C E N Á R I O D E C A M PA N H A

SAMUEL HERNANDEZ LEONARDO MOREIRA

 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

Fantasia Estranha num

Deserto de Dunas Negras
ARKHI é um cenário para Old Dragon 2ª Edição e se
passa num deserto de dunas negras, zigurates suntuosos,
megalitos retorcidos, hominídeos ultraviolentos, magos
arquitetos e alienígenas macabros.
Um cenário de horror estranho, cuja paisagem é um
tabuleiro de xadrez e cada movimento pode enterrar-lhe
para sempre. Todo deserto é um imenso cemitério, e até
as cores foram embora quando a presença do maligno
arranhou a materialidade.
Aqui, todo vagante é um foco de vida num universo morto.
Aproveite bem o seu tempo e descubra tesouros vultosos
enterrados em cidades subterrâneas petrificadas.
Este livro traz ainda:
◆ Descrição completa do cenário de ◆ Bestiário completo com mais
ARKHI: sua história, cronologia de oitenta criaturas típicas de
e divindades, além da sua ARKHI, dos terríveis insetoides
paisagem e seus habitantes Antlions aos temidos, misteriosos
misteriosos e sobreviventes. e superiores ARKHImancistas.
◆ Listas e descrições completas ◆ O Zigurate ARKHImancista,
de mais de trinta Marcos do uma aventura completa
Deserto de Lumn, representando ambientada no Palácio da Noite
suas topografias, cidades, e suas criaturas horrendas,
acampamentos, ruínas e locais corredores labirínticos e imensos
fantásticos. tesouros.
◆ Sistema de exploração, navegação ◆ Regras próprias para aventurar-
e sobrevivência no Deserto de se no tenebroso Deserto de
Lumn, com regras para criação e Lumn e apêndices com magias,
movimentação nas dunas, encontros equipamentos e armas de
e fenômenos naturais mortais. materiais pouco usuais!

corra bem rápido ou morra tentando!

ISBN 978-65-81633-15-8

9 786581 633158
 ARKHI
SAMUEL HERNANDEZ & LEONARDO MOREIRA
 Direitos cedidos para esta edição à
BURÓ DE JOGOS DO BRASIL EDITORA LTDA
Avenida Graça Aranha, 226
Rio de Janeiro/RJ
20030-001

Impressão e acabamento:
Ipsis

H557a Hernandez, Samuel, 1989-

Arkhi / Samuel Hernandez, Leonardo
Moreira. - 1ª ed. - Rio de Janeiro: Buró, 2023.
108 p. : il. ; 23 cm.

ISBN 978-65-81633-15-8

1. Jogos de fantasia. 2. Jogos de aventura.

3. "Roleplaying games".
Título
CDD - 793.93
CDU - 794.046.2:792.028
 ARKHI
SAMUEL HERNANDEZ & LEONARDO MOREIRA
1ª e dição ◆ 1ª im p re ssão ◆ ju nho de 2023

ESCRITO POR: Samuel Hernandez & Leonardo Moreira

CO-AUTORES: Antônio Vieira Quiral Alquimista
Elvis Magalhães Miguel Rodrigues
EDIÇÃO: Antonio Sá Neto e Flávia Najar
REVISÃO: Flávia Najar
LAYOUT: Sarah Fleury-Curado
CAPA: Bernardo Hasselmann
ILUSTRAÇÕES: Leonardo Moreira, Felipe Faria
Carlos Castilho, Antonio Vieira
Yuri Perkowski, Bernardo F. Hasselmann
Jade Wolfspider, Yuri Costa
Miguel Rodrigues,
DIAGRAMAÇÃO: Sarah Fleury-Curado

Jogadores da primeira fase de teste: Alê Portal, Agradecimentos dos Autores: Antônio Vieira, Gustavo
Alessandra Ferreira, Antonio H. G. Vieira, Bernardo Tertoleone, Gabriel Iricevolto, Elvis Magalhães, Bernardo
Hasselmann, Bruno Felipe, Daniel Coelho, Daniel Leal, Dante Hasselmann, Bruno Felipe, Mayara Avi, Pedro Wah, Guga
Santos, Eclison Tolentino, Eduardo Miranda, Elvis Magalhães, Pinto, Paulo Cotta, Jullyana Katryn, Flávia Najar, Antonio
Fabio Castro, Felipe Duarte, Fellipe da Silva, Fernando Marques, Pop e a todos os jogadores da mesa aberta de ARKHI!
Flavio Ribeiro, Gabriel Baptista, Gabriel Jansen, Gabriel
Martins Iricevolto, Geraldo Marinho, Gustavo Tertoleone,
Jose Noce, Julyana Katryn, Leandro Abrahão, Marcelo Bentes,
Mayara Avi, Nadir Alves, Pedro Gonzaga, Pedro Oliveira, Pedro
Pellegrino, Pedro Valentim, Raphael Schueler, Salvio Filho,
Thiago Lima, Thiago Roos, William Freitas e Willy Alencar.

OLD DRAGON é uma criação de Antonio sá Neto, Dan Ramos e Fabiano Neme baseado nos originais de Gary Gygax e Dave Arneson.
 ---------- ARKHI ----------

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 6 30 Feira norte e Feira Central
7 Cronologia 30 Ossada-de-Dinossauro
10 Paisagens no Deserto de Lumn 30 Cidades Verticais
31 Cidades Petrificadas
OS POVOS 12 32 Bases ao Longo do Rio-Seco
12 Agmista 32 Bases ao Longo do Rio-Mantaro
13 Glomniano 33 Estátuas de Cera
14 Jaonída 33 Colmeia de Abelha-Diamante
15 Lukaresh
33 Barcos Enterrados
16 Mortik
34 Espelhos Mágicos
17 Plomeriel
34 Normósia
18 Os Mestres de ARKHI
34 Pegadas Fossilizadas de Ciclopes
35 Monólito Ancião
AS DIVINDADES 20
20 Agmi 35 Pontas de Torres Agmistas
20 Mantaro 35 Tocas nas Montanhas Castanhas
20 Meggia 36 Ruínas Ciclópicas
21 Nagual 36 A Mulher de Muitos Braços
21 Rasmum 36 Vulcão Extremo Oeste
21 Vulto 36 Vulcão Extremo Sul
21 Zenitar 37 Laboratório-Portal dos Mestres
37 Abrigo de Luz
MARCOS 22 37 Cego e a Floresta de Cactos
23 Mapa do Deserto de Lumn 38 Arena ARKHI
24 Marcos Principais 39 Floresta de Árvores Secas
24 Acampamentos 39 Estrada-Morte
25 Cidade Velada 40 A Floresta de Vidro
26 Montanhas Castanhas 40 Círculos Concêntricos do Palácio
27 Rio Mantaro 40 Marcos Móveis
29 Palácio da Noite 40 Acampamento Camaleão Jeonída
30 Marcos Comuns 41 Acampamentos Menores
30 Povo Jaonída 41 Oásis Envenenado
30 Povo Glomni 42 Piscinas Naturais e as Anhandêras
30 Povo Mortik 44 Mapas de Marcos
30 Culto Meggista
30 Culto Zenitar EXPLORAÇÃO 46
30 Povo Lukaresh 46 Procedimentos Iniciais
30 Povo Agmista 53 Determinando Fen. Naturais
30 Cidade Óssea 53 Sobrevivência e Marcos
MONSTROS E INIMIGOS 56 69 Guarda do Palácio
56 Abelha-Diamante 69 Homem Abutre
56 Abutre Gigante 69 Homem Chacal
56 Alma Conspurcada 70 Inumano Colérico
57 Anhandêra 70 Jaguar das Dunas
57 Antigo 70 Javali-Toupeira
58 Antlion 70 Jinn
58 Aparição Sombria 71 Lagarto Gigante do Deserto
58 Aranha Gigante do Deserto 71 Leão Branco
58 Arkhimancista (Arkhimago) 71 Lodo
59 Akhimancista (Sumo Sacerdote) 71 Mãe-Plumada
59 Basilisco do Deserto 71 Maldição Pedra-Cabelo
59 Besouro Gigante 72 Mímico
59 Caçador de Recompensas 72 Morcego
59 Cactoide Gigante 72 Mordomo Morto-Vivo
60 Camaleão Jaonída 72 Morte-Alva
60 Cão Espectral 72 Morte-Sombra
60 Caranguejo-Cabeça 72 Múmia
60 Castanho Guerreiro 73 Necromante Místico
61 Castanho Xamã 74 Ninfa do Oásis
61 Cavalo Selvagem 74 Normósia
61 Caveira-Gigante 74 Pensador
61 Ciclope Alienígena 76 Povo do Verde
62 Coiote do Deserto 77 Pterodáctilo
62 Criatura Alienígena 77 Rato Comum
62 Diabo Branco Maior (Soldado) 78 Sereia de Areia
62 Diabo Branco Maior (Líder) 78 Serpente Negra
63 Diabo branco Menor (Soldado) 78 Sombra Agmista
63 Diabo Branco Menor (Líder) 78 Sprites
64 Demônio Abutre 78 Tricerátops
64 Demônio do Deserto 79 Varredor
64 Dríade das Dunas 79 Verme Argênteo
64 Elemental de Vapor 79 Yeldra
64 Escaravelho 79 Yeldra da Noite
65 Escorpião Coruja 80 Zumbi Desidratado
65 Escorpião Gigante do Deserto
65 Escorpião Lunar AVENTURA 84
66 Espectro do Caos 85 O térreo
66 Esqueleto 89 Primeiro andar
66 Esqueleto do Velho Mestre 92 Segundo andar
66 Fantasma Meggista 96 Terceiro andar
67 Fantasma Perdido 100 O subterrâneo
67 Fantasma Violento
67 Fungo Amarelo APÊNDICES 102
68 Gênio Areísco 102 Itens Iniciais
68 Ghoul 105 Magias
68 Gigante do Deserto
69 Gigante ígneo FICHA DE PERSONAGEM 108
69 Glamérios
 INTRODUÇÃO
A
imensidão, a beleza e o horror se tocam,
projetando no nada uma escultura
natural do tempo inclemente. O vento
sopra austero, cantando à medida que avança nos
espaços amplos ou estreitos do grande deserto de
Lumn. As dunas, paredões negros que desafiam os
céus por seu tamanho colossal, são moldadas num
inferno quente e infestado de criaturas. Entre as
dunas, formam-se passagens, corredores sufocan-
tes e vales. Ora estreitos ora amplos, os caminhos
e trilhas se alteram no curso do tempo, ao sabor do
vento enganador. Abaixo de suas mortalhas, tais
dunas escondem segredos antigos, esculpidos em
pedra, varridos pelo magma, estrangulados no
subsolo lacrado do deserto.
Por sobre as dunas, além delas em todas as
direções, monólitos negros, megálitos retorcidos,
pirâmides semienterradas, ossos, ouro e morte.
O infesto hórrido e criaturas violentas sentem o
clamor do sangue, dos sons, dos passos daqueles
que vagam no inferno misterioso de Lumn. Os
sobreviventes traçam suas vidas na linha do impro-
vável, buscando a sagrada água nas fontes termais
fervilhantes, os trapos ondeando no vento, mãos
firmes segurando ossos, facas, pedras lascadas e
tripas de algum cadáver que sumiu no chão hostil
dos ermos. Corajosos são aqueles que, atraídos pela
febre do ouro, da prata e do cobre, serpenteiam
entre ruínas esquecidas e vulcões.
A oeste e leste da paisagem, uma cadeia de
montanhas castanhas barra o horizonte
mais distante. O deserto todo é um corredor
cerrado, vertendo lava, engolido
pelo magma, pelos
6 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
ventos, tempestades e pelo poderio corrupto
dos ARKHImancistas. As montanhas escondem
dentro de si segredos antigos de povos violentos
(Antigos Castannes ou Castanhos) sob a escuridão
das pedras, no interior das cavernas, das fendas,
reentrâncias, cavas e covas. Ergueu-se das cinzas
e da obsidiana, do couro e do cobre, das dunas
negras e do céu branco, no encontro impetuoso
dos deuses e dos elementos, um povo forte,
austero, sábio e resistente como a própria rocha.
De seu ventre, da cultura dos salões ilumina-
dos, nasceram os muitos povos e crenças que,
avançando livremente no deserto, constituíram
outras nações livres. Do povo indômito das
montanhas nasceu Jaon, o rei primeiro. Pai dos
Jaonídas. Líder das nações Lumnianos e fundador
das tradições Jaônicas. Os Jaonídas deram vida,
esculpindo na pedra o altar de seus herdeiros.
Então nasceram os Lukaresh do vento, cultuando
Nagual; os Agmistas do fogo, cultuando Agmi;
os Glomnianos da água, adorando Mantaro; os
Mortik, filhos da violência e da morte na figura
do deus Vulto. O povo Plomeriel (elfos), parte
fundamental da herança Jaônica, se dividiram
em dois cultos que antes comungavam em um só
espírito de luz e trevas. De sua separação, nasce-
ram os povos de Zenitar (cultuando a lua maior,
a luz dos viajantes) e de Meggia (cultuando a lua
menor, o pesadelo dos errantes e das crianças
abandonadas). Depois vieram os Viridianos,
sub-dissidentes nascidos do seio letal dos Mortiks
adorando ao Vulto com serenidade, forjando nas
pedras de jade seu sustento e proteção.
Os povos ergueram seus acampamentos,
paliçadas, seguiram seu comércio e formaram
alianças. Enquanto as comunidades floresciam
como o verde cacto do deserto, uma sombra
morta pairava além das estrelas e do véu do
entendimento. Boquiabertos, viajantes presen-
ciaram a vinda de objetos bizarros flanando
nos céus encantados das luas gêmeas. Como se
tivessem vindo do nada, esferas negras escor-
riam na paisagem como se o ar fosse tangível.
As gotas transitavam amorfas em várias regiões
mais a sul do grande deserto.
Aos poucos, o que era sem forma delineou-se no
firmamento alvo da Xadrah. Transformaram-se
em pirâmides flutuantes e pousaram em terra
firme, fazendo as areias e dunas tremerem.
Um vento gelado soprou em todas as direções.
Ao sul, nos acampamentos, crianças e velhos
inexplicavelmente enlouqueceram. Os coiotes
ladravam e uivavam desesperados. Um som
estranho e grave, como a voz tonitruante de um
deus mau, ecoava nas paisagens do leste, oeste,
norte e sul de Lumn. Minutos depois, uma luz
avermelhada projetou-se do solo aos céus. Um
silêncio ensurdecedor sucedeu. ARKHI.
cronologia
Ano 1 – Formação dos Jaonídas, sob o comando
de Jaon I.
Ano 2 – Organização das religiões Jaonídas.
Ano 4 – Ignis, um General Agmista, se rebela
contra Jaon I, contestando as Leis Jaônicas, prin-
cipalmente as leis que se referiam à proibição
das magias de fogo e a adoração de Rasmun
como um deus maior.
Ano 9 – A rebelião de Ignis foge de seu controle,
entretanto o mesmo consegue libertar os
homens castanhos.
Ano 10 – Estranhos fenômenos envolvendo
fogo e magma afetam Lumn. Tudo indica que
isso seja consequência da rebelião de Ignis. Jaon
I inicia uma tentativa de expulsar as forças de
Ignis iniciando a Guerra do Exílio.
Ano 12 – Nascimento de Jaon II, filho de Jaon I.
Ano 15 – Fim da Guerra do Exílio. Os rebeldes
são exilados para as Montanhas Castanhas.
Ano 16 – Ao explorar as montanhas, os rebeldes
encontram uma figura mascarada a qual
chamam de Pedra de Fogo. O estranho os ajuda a
estabelecerem-se nas Montanhas Castanhas.
Ano 17 – Jaon I expulsa os orcs e goblins do meio
Jaonída para o incômodo dos sacerdotes Vultistas.
Ano 19 – Hasmir compila em uma série de
pergaminhos o Tomo do Vento.
Ano 20 – Pedra de Fogo presenteia os exilados
com a Pedra Esmeralda e a Luz Baixa, os exila-
dos passam a compreender melhor as dádivas
de Agmi.
Ano 22 – As chuvas começam a ficar escassas, o
culto ao deus Mantaro ganha força.
Ano 23 – Uma onda de pedras azuladas rebenta
ao leito do Rio Mantaro. Descoberta da pedra
menina, uma pedra mágica capaz de verter
água. Se usada em meio a um ritual com crianças
orando num círculo mágico ao seu redor, ela
verte em maior quantidade.
Ano 24 – Jaon II convence seu pai a banir lutas
cerimoniais. A medida agrada parte de seu povo,
porém, enfurece o Culto Vultista.
Ano 26 – Jaon II sofre uma tentativa de
assassinato, Aalmadim, o poeta, cria o Colar do
Guardião para proteger o herdeiro real.
Ano 28 – Desencadeando um estranho fenô-
meno sobrenatural nas planícies de Lumn, Pedra
de Fogo incinera Luzir com um épico lampejo,
dando início a expressão “Clarão”. Os Jaonídas
tentam entender o ocorrido.
Ano 29 – O culto Meggista tenta culpar o culto de
Zenitar pelo estranho fenômeno ocorrido no ano
anterior. Em uma acalorada audiência o sumo
sacerdote Meggista fere mortalmente Jaon I.
Ano 30 – Jaon I morre após ficar um ano
acamado. Em seu leito de morte finaliza o Petrus
Libris, o livro que será seu legado e ensina a
manipulação mágica dos minérios. Com a morte
de Jaon I, o sumo sacerdote Meggista
Rack é exilado a viver
nos ermos.
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 7
 Ano 31 – O código de Aalmadim termina de ser
escrito, reestruturando as leis de Jaon I. Jaon II
assume o trono.
Ano 32 – Cerimônia de união de Jaon II com a
sacerdotisa Glomniana Laasi, filha de Aalmadim.
Ano 34 – Visando a expansão Jaonída, a rainha
Laasi distribui cotas de pedra menina. Início da
dispersão Jaonída, a divisão dos cultos e crenças.
Ano 35 – O culto Glomni se estabelece na
nascente do rio Mantaro.
Ano 40 – Os cultos Jaonídas, já dispersos por toda
Lumn, começam a apresentar culturas diversas.
Ano 44 – Com a redução de água na cidade
Rasmûnica, devido a saída do culto Glomni,
os Vultistas iniciam uma onda de violência.
Os conflitos cessam quando o sumo sacerdote
Vultista Vultura decide deixar a cidade com seus
seguidores.
Ano 47 – Seguindo estranhas luzes no céu, o culto
Meggista faz uma peregrinação por Lumn, esta-
belecendo-se em um estranho monólito alinhado
com Meggia. Lá encontram o Sacerdote Velado.
Ano 50 – Nascimento de Jaon III. Fortes ventos
formam um ciclone sobre Lumn, assolando
e destruindo parte de Rasmûnica. O culto de
Nagual interpreta isso como um presságio para
iniciar seu nomadismo.
Ano 51 – A rainha Laasi apaixona-se por um
sacerdote Meggista. Em um ato desesperado, o
casal foge. Jaon II enlouquece e fica obcecado por
encontrar sua esposa.
Ano 52 – Após organizar a elite de guer-
reiros Jaonídas, Jaon II, acompanhado por
uma enorme caravana bélica, ruma para as
Montanhas Castanhas. O rei e sua caravana
nunca mais são vistos.
Ano 53 – Os sábios Jaonídas debatem a respeito
do desaparecimento de seu rei. Tudo aponta que
o rei tenha sido traído por aliados. O que intriga
os sábios é a identidade dos mesmos. Rumores
sussurram a respeito de estranhas criaturas
conhecidas por Glamérios.
8 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
Ano 54 – Surgimento do conselho Rasmûnico,
os membros elegem Aalmothur, um descendente
de Aalmadim, para assumir a regência Jaonída.
Aalmothur é também um sacerdote Vultista de
enorme respeito.
Ano 55 – Aalmothur decreta o envenenamento do
Refúgio dos Glamérios como represália a traição de
Jaon II. Uma vasta área é destruída no processo.
Ano 60 – O emissário ARKHImancista Zan’Hat
apresenta-se à corte Jaonída, oferecendo
conhecimentos proibidos ao regente em troca de
recursos. Relutante, Aalmothur aceita o presente
do visitante.
Ano 61 – Utilizando o conhecimento de seus
aliados, Aalmothur começa a estabelecer a
Estrada-Morte, uma obra que promete ser uma
homenagem a seu deus Vulto.
Ano 63 – Inflamado pelas promessas dos
Mestres de ARKHI (os ARKHImancistas),
Aalmothur renega a própria morte para tornar-
-se imortal. No processo, acaba amaldiçoado por
seu próprio deus, tornando-se um morto-vivo.
Como um ato final de sua rebeldia, enterra seu
coração podre no seio da estrada.
Ano 65 – Jaon III, com apenas 15 anos, reúne a
elite de guerreiros Jaonídas para caçar Aalmothur.
O rei invade a Estrada-Morte e descobre uma
passagem subterrânea, ligada a montanha.
Ano 66 – Depois de inúmeras batalhas, o rei
Jaon III e seus intrépidos guerreiros aprisionam
Aalmothur na montanha.
Ano 67 – Jaon III, apesar do sucesso, ainda tem
que lidar com muitas outras criaturas ligadas aos
rituais de Aalmothur. Estas batalhas demoraram
mais do que imaginavam, mas, ao final, Jaon III
obtém sucesso.
Ano 70 – Várias cerimônias e festas são intro-
duzidas no calendário Rasmûnico em celebração
a suas vitórias, porém, a comunidade está cada
vez mais fragmentada e a presença insidiosa
da comitiva do misterioso Zan’Hat preocupa e
alarma a todos.
Ano 72 - O conselho Rasmûnico pressiona seu
rei por um sucessor, herdeiro do trono Jaonída,
mas Jaon III é categórico em sua decisão em
apontar o filho do Adriano, que é o guerreiro
mais preparado de seu exército.
Ano 74 – As intrigas plantadas pela comitiva
de Zan`Hat são percebidas pelo rei Jaon III,
aconselhado por Adriano, o mesmo começa a
isolar os emissários do contato com seus súditos.
Sábios Glomnianos reportam estranhos arranjos
arquitetônicos sendo construídos à leste em
alguns pontos na margem do Rio Mantaro.
Ano 76 – O derrame de lava dos vulcões erigiu
cidades petrificadas no interior das areias do
deserto, por ali ficaram escondidos itens podero-
sos, fortunas desconhecidas e parte da história
pregressa do deserto que nunca foi devidamente
traduzida pela arte dos escribas. Um aventureiro
Lukaresh, chamado Lan, acabou por descobrir
um complexo subterrâneo perto das montanhas
centrais e escavações cada vez mais ousadas
iniciaram seu curso a partir desse ponto.
Ano 79 – Muitos povos, ao longo dos meses e
anos que se seguiram, começaram uma busca
frenética por ouro e riquezas enterradas; e cada
vez mais criaturas misteriosas e tesouros petri-
ficados foram sendo descobertos. Nessa corrida,
alguns dos povos acumularam recursos, mas isso
também fomentou uma certa violência por parte
de alguns deles, incluindo Mortiks, Meggistas e
até entre os Agmistas perseguidos.
Ano 80 – O filósofo-guerreiro Vorsk dos Mortik
começa a questionar os aspectos da crença de
seu povo Vultista, dizendo que existem mais
caminhos para o Vulto além da violência. As
dúvidas do jovem guerreiro se iniciam ao
observar os trabalhadores Vultistas morrendo de
exaustão em minas de jade.
Ano 82 – Sabia-se da presença de gigantes desde
o tempo dos homens castanhos, mas eles viviam
isolados e sua presença era notada há centenas de
anos. Uma estranha alteração no Rio Mantaro fez
com que eles se agitassem, perturbados por algo.
Desde então espalharam-se pela região causando
caos e destruição em muitos lugares a sul.
Ano 83 – Estudiosos do culto Zenitar acredi-
tam que alguma criatura misteriosa invadiu
o fundo do rio, mas nunca a encontraram de
fato. Movimentações estranhas próximas às
bases ao longo do rio fizeram-nos supor alguma
relação entre a comitiva de Zan’Hat e a criatura
desconhecida.
Ano 85 – A presença tumultuada dos gigantes era
sem dúvida um aspecto complicado para todas as
comunidades. Cada povo tratou de criar métodos
para se proteger, aliar ou repelir os imensos huma-
noides. Uma parte do povo Agmista debandava de
montanha em montanha nesse momento, fugindo
dos outros povos e protegendo suas famílias.
Acabaram por descobrir um Ciclope adormecido e,
com ajuda da magia de fogo, o despertaram.
Ano 87 – As comunidades se juntam com o
intuito de pôr fim a uma série de desastres dos
últimos tempos. Os melhores soldados de cada
povo entre Jaonídas, Glomnianos, Lukaresh e
Zenitares formam a frente unificada Irmandade
de Jaon ou Filhos de Jaon. Juntos, estabelecem
locais de troca ao norte do deserto e perto das
montanhas centrais. O intento tem sucesso e
acabam por expulsar a comitiva de Zan’Hat,
os gigantes e derrotam o Ciclope desperto
pelos bárbaros Agmistas. No entanto, Zan’Hat
promete retornar em breve junto de seu povo,
trazendo a resposta de seus líderes. Ele não
retornou e os mistérios da criatura no fundo do
Rio Mantaro nunca foram descobertos.
Ano 90 – Fascinado por lendas trazidas por
viajantes distantes de um deserto de águas ao
extremo oeste, Jaon III e Adriano reuniram
uma comitiva de aventureiros para viajar em
sua companhia para averiguar as maravilhosas
histórias. O rei reafirma sua escolha de que seu
herdeiro é Alabaster, o filho de Adriano, para a
insatisfação do conselho Rasmûnico. Após sua
partida no final do ano, marcada por festivida-
des, o rei jamais retornou.
Ano 95 – Apesar dos esforços de Alabaster, o
conselho Rasmûnico se torna o corpo governante
dos povos Jaonídas na cidade.
Ano 100 – Chegada dos
ARKHImancistas.
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 9
 paisagens no
deserto de lumn
xadrah
Dunas Negras e Céu Branco
Logo pela manhã, depois do nascer do sol
(Clarão), inicia-se a Xadrah, que percorre toda
extensão do dia até o pôr do sol. A cor negra das
areias vai invadindo, como ramas pelo chão,
espalhando-se pela areia prateada e recobrindo
dunas até se estabelecer totalmente. A Xadrah é
a hora do dia em que a maioria dos povos estão
ativos, e os viajantes perambulam em caravanas
cortando os vales e curvas do deserto de Lumn.
O céu, desde o Clarão, permanece de um branco
claríssimo, e quase não se pode notar a presença
de um sol. Dependendo do ângulo, em uma
mui breve sensação, é possível ver um anel mais
brilhante em meio ao infinito branco do céu.
assombro
Dunas Negras e Céu Preto
Ao fim da Xadrah, no pôr do sol, o Assombro se
apresenta. O céu escurece completamente, e as
areias permanecem negras, fazendo com que a
visão se torne quase impossível. Muitas lendas
e histórias antigas remontam fenômenos ma-
cabros realizados nesse horário. Nos corredores
apertados da Cidade Velada, há o boato de que
10 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
criaturas terríveis e assombrosas perambulam
somente nesse horário da mais cruel escuridão.
De fato, é um momento para evitar viagens em
espaços desconhecidos. O deserto, nesse perío-
do, se torna impiedoso e infestado.
lumien
Dunas Brancas/Prateadas e Céu Preto
O Lumien é o belíssimo fenômeno das luas do
deserto. A luz após a mais nefasta escuridão
do Assombro vai brilhando a partir da lua e
colorindo de prateado todo o escuro das areias.
Quem já viu esse fenômeno sabe de sua majes-
tosa beleza. O deserto de pó de espelho, como
chamam os sábios do culto Zenitar e Nagual, se
amplia e se eleva até a totalidade da paisagem. O
brilho da prata percorre as curvas altíssimas das
dunas e dos vales, e todos podem contemplar a
maravilha das luas boiando prata e azul no céu
escuro da noite.
clarão
Dunas Brancas e Céu Branco
Assim como o Assombro, o Clarão é uma fase
de transição como no nascer e no pôr do sol.
O Clarão é o momento do início do dia, onde
a areia permanece prateada e o céu, claro e
poderoso, ocupa a posição de destaque no
firmamento. O branco do céu refletido na prata
brilhante das areias faz com que tudo se ilumine,
sendo impossível ver além dessa claridade.
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 1111
 —— CA P Í T U L O 1 ——

OS POVOS

Agmista
Anões – Veneram o Fogo, Sol e Vulcões.
Os Agmistas podem ser descritos como uma cabala
secreta de anões desgarrados, vivendo por toda
parte do deserto de Lumn em meio a outros povos.
Relatos de uma misteriosa história de sofrimento e
escravidão correm pelas areias e dunas de Lumn
à respeito desse povo. São poucos aqueles que
podem afirmar realmente terem tido algum
contato com os Agmistas, e isso ocorre porque
estes jamais admitem serem Agmistas, a não
ser para outros de seu próprio povo por meio
de runas anãs e linguagem secreta.
Lendas afirmam que os Agmistas vene-
ram o fogo e calor em decorrência da sua
intimidade com a forja, uma bênção de
uma divindade misteriosa relacionada
a esses aspectos. Ainda assim, a
magia de fogo foi banida pelos
Jaonídas desde os patriarcas.
O fato principal é que, apesar
de toda sua secretividade, os
Agmistas podem ser reconhe-
cidos por suas construções,
pelos artigos extremamente
refinados, pelas obras-pri-
mas de forjaria e pelas joias
que fogem à compreensão
de outros povos.

12 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

 Glomniano
Humanos, Gnomos e Goblins – Veneram o Rio.
No passado, os Glomnianos floresceram à volta
do rio Mantaro, acompanhando o curso do rio
em suas caravanas nômades, regrando sua
existência junto dos ciclos do curso d’água.
Seus líderes xamãs creditaram a
maior parte das conquistas
do povo ao espírito do rio
Mantaro. Com isso, eles têm
o costume de venerar o curso
d’água a um nível de deidade.
Esta devoção ao rio Mantaro só
se agravou quando este secou,
fazendo com que seu povo acredi-
tasse que seu “deus” havia morrido.
A maior parte dos Glomnianos
acredita que o rio ascendeu à condição
de um verdadeiro “espírito”.
Hoje, os Glomnianos vivem em uma
condição nômade nas margens secas do rio
Mantaro, subsistindo na “estrada” que hoje
é o “cadáver do rio”, utilizando Yeldras para
arrastar canoas adaptadas como trenós nas
árduas areias do deserto.
No entanto, nem todos os líderes se contentaram
com a “morte” do rio.
Um pequeno grupo, o qual é liderado por um
carismático xamã, subiu o curso do rio Mantaro em
busca de respostas. Contudo, esse pequeno grupo
familiar nunca mais foi visto.
Em volta das fogueiras, os xamãs contam que as
almas dos membros daquele pequeno grupo estão
juntas com a “alma morta do rio”.

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 13

 Jaonída
Humanos e raríssimos Elfos, Anões e Halflings –
Veneram a Areia, Rocha e Montanhas.
Os Jaonídas eram um antigo povo pacífico e ocupa-
vam a porção leste da nação de Lumn. Depois das
Montanhas Castanhas e além do Rio-Seco, ainda nas
monumentais encostas que ferem a superfície do
deserto, fizeram suas moradas. Tocas escavadas
na pedra eram seu lar. Vigiavam silenciosos os
movimentos naturais do deserto e seus ventos
sopravam canções de dor e esperança. Velhas canções
de tempos passados, tempos em que havia água
em abundância e a vida florescia dando frutos e
remédios, bulbos e raízes, ceras e flores.
Anos depois, os ARKHImancistas se
tornaram cada vez mais severos e, com a
suposta escassez de água, os caçadores,
coletores, homens-do-rio e demais
pessoas aprenderam a viajar longas
distâncias. Grande parte da população,
agora vivendo um seminomadismo
paupérrimo, recusava-se a pagar os
tributos pesados dos ARKHImancistas.
Ao longo de décadas, pequenos acampa-
mentos se transformavam em pequenas
vilas, ergueram imensas barracas de pele
e cordas, e sua montaria mais segura são
os Yeldras, camelos de porte imenso,
inteiramente brancos, capazes de andar
longas jornadas com pouquíssima água
e com segurança para o transporte das
famílias e bagagens.
Algo no imenso deserto noturno
começou a atrair a atenção de
comunidades desconhecidas do
oeste distante. Pouco a pouco,
homens de toda a parte em
busca de algo valioso adentram
calmamente para o centro da
sociabilidade das comunidades
fragmentadas dos Jaonídas.

14 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

 Lukaresh
Humanos e Halflings – Veneram o Vento e as
Tempestades de Areia.
Navegadores do vento, os
Lukaresh abandonaram
as caravanas arrasta-
das por Yeldras e hoje
utilizam carroças a vela
chamadas Voadeiras. Tais
engenhosidades são obras dos
Pequeninos os quais constituem
parte desse povo e, segundo os
mesmos, é uma benção de Nagual.
Antigas lendas contam que Nagual
concedeu uma miríade de cavalos-
-de-vento ao seu povo.
Outro “milagre” de Nagual que cons-
titui a cultura dos Lukaresh é o uso de
enormes postes com grandes cordões de
pano vermelho na ponta para se orientar
em meio ao vento e tempestades de
areia. Funcionando de maneira similar
a uma biruta, esses postes chamados
de Sentinelas servem como indicadores
de direção e orientação para os ciclos de
nomadismo do povo.
Os Lukaresh se vestem em tons de vermelho
vivo, uma exceção em meio aos povos de Lumn.
Forasteiros comentam que eles se vestem dessa
maneira para facilitar o reconhecimento de
indivíduos desgarrados em meio ao deserto. São
conhecidos por terem um comércio ao mesmo
tempo rico e ultrarrestrito aos seus membros.
Os Lukaresh compartilham tudo que produzem e
dificilmente são atacados, pois estudaram a natureza
dos ventos que abrem vales e trilhas entre as imensas
dunas de Lumn. Entoam canções com seu lema
melódico: “Um caminho muda com o vento, todos
os ventos levam ao coração de Nagual”.

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 15

 Mortik
Humanos, Goblins e Orcs –
Veneram a Morte.
Os brutais Mortik vivem profundamente a
violência do deserto, são exímios sobreviventes
e oponentes duros em batalha. Esse povo
habita o centro-leste da região onde os
recursos são escassos e a existência é a
manifestação irônica da própria morte
que louvam. Os Mortik veneram a morte
como o fim inevitável e cruel para uma
existência árida e disciplinada. O fim
da vida de um legítimo Mortik, seja
como for, é a glória e sua libertação
final. Os sábios do povo acreditam que
ceifar a vida de qualquer outra criatura
fora de seus domínios é manter os laços
afetivos com sua deidade em boa harmo-
nia, e garantem uma longa existência.
Para esse povo, a desconfiança e receio de
forasteiros vêm como um instinto, pois
suas principais habilidades de sobre-
vivência advêm da luta constante por
recursos, levando alguns viajantes a
afirmarem já terem sido atacados
pelos Mortik nas noites escuras
do deserto.
Lendas antigas contam
que a criatura semi-
-humana, com uma
cabeça na nuca e 4
braços horrendos, vaga
pelo deserto e pode ter sido
um Mortik que descontentou o
Vulto por meio de ritos profanos para
desafiar a própria mortalidade.
Essas lendas também afirmam
que, após o ocorrido, os Mortik
adotaram em definitivo o estilo
de vida sobrevivencialista e
brutal dos dias de hoje, negando
orgulhosamente sua origem Jaonída.

16 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

 Plomeriel
Elfos – Veneram a Noite e as Luas.
Notívagos e extremamente ariscos, os
Plomeriel constituem o povo mais misterioso
do deserto de Lumn. Geralmente, suas
caravanas podem ser vistas ao longe em
noites de luas cheias, sendo banhadas
pelo luar prateado de Meggia e Zenitar.
Os viajantes mais destemidos que se
deparam com tal vislumbre normalmente
tentam alcançar as caravanas para nunca
mais serem vistos.
A maior parte do contato que forasteiros
têm com os Plomeriel advém do comércio,
quando uma expedição comercial dos
mesmos entra em contato com outras
comunidades do deserto para vender o
artesanato élfico de extrema qualidade.
Testemunhas da ocasião afirmam
que os Plomeriel são extremamente
altivos, esguios e elegantes, porém,
muito ferinos, aguçados e indômitos.
É possível ouvir entre os viajantes
que este soturno povo detém mapas de
ruínas antigas e dificilmente se perdem,
pois conhecem os caminhos prateados das
luas. Somente o povo Plomeriel tem acesso
aos salões sagrados dos Jaonídas e, apesar de
arredios com estranhos, são quase sempre bem
quistos pelos seus conhecimentos de magia,
astrologia, meditação e forjaria refinada. Raras
canções Plomeriel versam sobre mitos
antigos e remontam sagas cósmicas
de mundos mortos aprisionados em
gelo e prata em Meggia ou Zenitar,
e a grande maioria dos povos
desconhecem essas lendas ou
simplesmente não as entende.
Antigamente, os Plomeriel
cultuavam ambas as luas (Meggia
e Zentiar). Porém, se dividiram em dois
cultos distintos: Meggistas, cultuando apenas
Meggia; e Zenitar, cultuando apenas a lua de
mesmo nome. Após tal divisão, Meggistas e Zenitar
seguiram caminhos distintos.

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 17

 Os mestres de ARKHI
Os temidos ARKHImancistas (como
também são chamados os Mestres
de ARKHI) são um mistério para o
povo Jaonída. Originários de reinos
distantes, o que se sabe a respeito dos
ARKHImancistas é reproduzido em
sussurros entre os viajantes e já se
misturou com inúmeras lendas da
região. O que se pode tentar discernir
com precisão é que eles vêm de uma
outra “realidade”, chegaram a Lumn
através de sua poderosa magia capaz
de cruzar o limiar das dimensões.
A esse poder, foi dado o nome de
ARKHImancia, a arte de utilizar
imponentes obras arquitetônicas para
aprisionar, extrair, sifonar e aproveitar
o poder mágico de horrores cósmicos
indescritíveis.
As lendas afirmam ainda que o seu
grande talento se encontra em discer-
nir, com precisão, o alinhamento das
estrelas para encontrar horrores anciões
dormentes e aproveitar a ocasião para
erigir sobre seus jazigos os mais incríveis
zigurates, pirâmides, templos e palácios.
Graças a esse talento, construíram um
paraíso em sua “realidade” original por
meio da conquista de outras dimensões,
como é o caso de Lumn. Em cada uma
de suas obras faraônicas em outros
mundos, os ARKHImancistas ligaram
sua “Cidade das Estrelas” através de um
portal de espelhos.
18 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
O contato que os Jaonídas têm com a
hierarquia social dos ARKHImancistas
rende poucas oportunidades para se
aprender a respeito de sua organização.
No entanto, suas obras refletem o
caráter imponente e opressor de sua
sociedade. Os ARKHImancistas se
organizam em cabalas e a que controla
a porção leste de Lumn, apesar de
seu grande poder, não aparenta ser a
mais poderosa. Delegações de cabalas
mais poderosas já foram avistadas em
Lumn, trazendo a palavra das cabalas
superiores nos círculos de mistério
da ARKHImancia, emissários ocultos
entre os eles próprios.
As cabalas geralmente são compostas
por Sumo sacerdotes que detêm o
poder entre seus pares. Seus seguidores
diretos são os sacerdotes, seguidos
dos ARKHImancistas, os iniciados e,
na camada mais baixa, os seguidores
externos da cabala, como cultistas,
servos, homens-de-armas e mercená-
rios. Geralmente, aqueles que estão
externos à cabala são habitantes da
população local sobrepujada pelos
ARKHImancistas. Os poucos habitantes
do deserto que vislumbraram a aparên-
cia dos reais ARKHImancistas afirmam
que estes têm grande estatura em
comparação a outros povos, pele pálida,
desprovida de pelos, cabeça alongada e
semblante lúgubre.
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 1919
 —— CA PÍ T U LO 2
AS DIVINDADES
agmi
Fogo, Sol, Vulcões
Divindade antiga adorada em círculos secretos
de magia e pela grande maioria dos anões.
Os anões que não se vincularam ao povo Jaonída
acreditam que o sol é o corpo dormente de seu
deus em constante meditação.
O Fogo teria sido dado como presente às
criaturas como lembrete de sua existência. Os
Vulcões são os filhos de Agmi.
Os anões, ocultistas e eruditos que conhecem as
leis de Agmi, sabem trabalhar como ninguém a
Obsidiana. E dela podem extrair infinitos recur-
sos como armas, equipamentos e até a sagrada
magia do fogo, proibida em todos os povos e nas
cidades veladas.
mantaro
Rio, Água, Oásis
A divindade adorada pelos Glomni leva o nome
do próprio rio. Desde o desvio de suas águas
pelos ARKHImancistas, uma série de lendas
surgiram em meio a veneração à Mantaro. A
principal gira em torno do afluente seco do
Mantaro, conhecido agora pelos devotos como
“cadáver do Deus”. Tal lenda diz que Mantaro
agora vaga como um espírito em meio a seu
20 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
——
povo. Outro conto proeminente afirma que
as raras chuvas em meio ao deserto são as
tentativas de Mantaro de prover água a seu
povo por meio de sua aliança com Nagual no
combate a Meggia.
meggia
Trevas, Tormento, Frio, Mal
O frio gelado que atormenta os ossos dos viajantes
na noite em Lumn e corrompe o coração dos
salteadores é Meggia, a treva corruptora que assola
o coração do deserto.
Os insanos o suficiente para devotar sua
vida em adoração a Meggia afirmam que a
divindade assola seus sonhos com profecias a
respeito de um lugar fugaz no qual a vida vale
menos do que um punhado de gelo e chamas
verdes que consomem as almas dos grandes e
humildes sem distinção.
Os vislumbres concedidos pela divindade aos
seus devotos podem ser interpretados como
sonhos febris em meio ao frio e a tormenta dos
jejuns ao relento que compõem seus rituais.
No entanto, as lendas afirmam que os
ARKHImancistas fazem uso das bênçãos de
Meggia em meio às suas artes funestas.
A divindade é representada pela menor lua, com
seu brilho branco esverdeado no firmamento de
Lumn e seus devotos advertem que seus capri-
chos estão intimamente ligados a suas fases.
nagual
Vento, Areia, Tempestades
Nagual leva a bênção dos ventos refrescantes para
as dunas escaldantes do deserto de Lumn como
um agrado aos povos Jaonídas, ou pelo menos é
aquilo que afirmam seus devotos.
A divindade está ligada aos princi-
pais aspectos do deserto e é vista
por seus maiores devotos como
líder no panteão divino de Lumn.
Os Lukaresh retratam Nagual como
um humanoide trajando suas
vestimentas tradicionais em
vermelho vivo, conduzindo uma
enorme Voadeira arrastada por
cavalos de vento.
rasmum
Areia, Rocha, Montanha
O grande mantenedor dos segredos
protege as cidades veladas abaixo das
montanhas.
Rasmum é descrito como uma montanha
enorme com feições e aparência
humana, constituído principalmente
por rochas.
Os Jaonídas dizem que deslizamentos de pedras
são os “soluços de Rasmum”, pois em uma de
suas histórias a divindade vive alimentando-se
de vários tipos de rochas para provar de seus
minérios como regalias.
vulto
Morte, Podridão, Violência
O Vulto, para os Jaonídas, é aquele que espera
em cada curva no desfiladeiro de pedras o qual
um viajante precisa desbravar para alcançar a
Cidade Velada.
A picada do escorpião gigante espreitando nos
mares de dunas de Lumn, a chibata farpada
desferida por um mestre que acerta a garganta
para esvaziar a vida em uma poça de sangue, a
lâmina afiada que golpeia o ventre do incauto
em meio aos oásis povoados por salteadores,
a praga que assola as terras ao imobilizar o
enfermo em seu leito.
Em suma, é aquele que ceifa as vidas
no deserto de Lumn. Poucos são
aqueles que não temem sua visita
e, segundo as lendas, apenas os
ARKHImancistas podem desafiar
sua vontade.
zenitar
Noite, Sonhos,
Viagens, Alma
Os devotos de Zenitar afirmam que é
a divindade irmã de Meggia, no entanto
carrega um aspecto completamente oposto
ao de sua contraparte.
Zenitar ilumina o caminho do viajante em
meio ao deserto, envia sonhos de boas novas
a estudiosos que procuram a verdade
ao adentrar a noite em meio a livros e
pergaminhos, conforta o espírito daque-
les que se sentam à volta da fogueira para
descansar após uma longa jornada.
A maior parte das caravanas oferecem um
pequeno prato de rações de viagens aos altares de
Zenitar na beira das estradas no deserto, para que
o viajante faminto ou mesmo o vagante perdido
tenham uma chance na imensidão dos desertos
de Lumn.
Da mesma forma que Meggia é representada
para seus devotos pela menor lua do firmamento,
Zenitar é representada pela grande lua
azulada nas noites escuras
de Lumn.
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 21
 —— CA PÍ T U LO 3
MARCOS
N
este capítulo, você encontrará a descri-
ção dos marcos de ARKHI. Nele,
falaremos mais sobre cada um deles,
descrevendo suas histórias e principais caracte-
rísticas. Você notará que este capítulo encon-
tra-se dividido em três partes, com três tipos
distintos de marcos. São eles: Marcos Principais,
Marcos Comuns e os Marcos Móveis.
Os Marcos Principais encontram-se no
deserto de Lumn, e são as cidades e acampa-
mentos de cada um dos Povos encontrados em
Lumn. Ou seja, as Montanhas Castanhas, o Rio
Mantaro, a Cidade Velada, os Acampamentos
e por último, mas não menos importante, o
Palácio da Noite, que é o palco da aventura
disponível ao final deste livro.
A localização de cada um desses Marcos está
marcada no mapa do deserto de Lumn , encon-
trado na página ao lado.
Os Marcos Comuns são os principais
locais para suas mesas. Muitas das lendas
de Lumn são oriundas destes lugares. Você
pode aventurar-se nas Cidades Petrificadas,
arriscar-se visitando as Estátuas de Cera, ou
22 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
——
ainda traumatizar-se tentando descobrir a
verdade sobre a Normósia.
Em cada um deles, você encontrará descrições
e muitas informações para incrementar seus
desafios em Lumn.
Todos os Marcos Comuns possuem números,
para que você possa identificar cada um deles
nos mapas das páginas e 44 (durante o Lumien)
45 (durante o Xadrah). Repetimos os mapas
em suas duas versões para melhor imersão.
Na seção dos Marcos Comuns, aproveitamos
também para colocar a localização exata de cada
um dos Povos de Lumn, facilitando na hora de
sua aventura.
Os Marcos Móveis, por sua vez, represen-
tam fenômenos naturais e eventos de Lumn,
perfeitos para encontros com criaturas errantes
e demais desafios. Como oásis envenenados,
piscinas naturais, gêiseres com água escal-
dante, ou até mesmo um acampamento inteiro
montado nas costas de um réptil gigante.
Os Marcos Móveis não possuem um mapa
ou numeração, justamente porque eles não
possuem uma localização fixa em Lumn.
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 23
 Acampamentos
Após a morte do grande rio Mantaro, a
região foi lentamente passando de um clima
semiárido para um imenso deserto, e a
sobrevivência nas cidades veladas se tornou
ainda mais difícil.

Muitas famílias Jaonídas optaram por

erguer acampamentos, e o nomadismo
entre oásis e rio passou a ser a melhor
maneira de sobreviver à economia austera
engendrada pelos ARKHImancistas.

Os viajantes foram os primeiros a notar

as luzes vindo da região do palácio, os
tremores no subsolo e, principalmente, as
diversas criaturas nefastas as quais, como
mágica, passaram a andar pela região.

24 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

Cidade Velada
A primeira cidade velada foi construída
em uma montanha, ao nordeste da nação
de Lumn. A maioria do povo acredita que
ela teria sido construída pelos próprios
Jaonídas durante anos a fio.

Ainda assim, uma lenda corre entre

viajantes e comerciantes antigos do
deserto. Dizem que os mestres ARKHI
teriam planejado toda a cidade usando
magia e conhecimento de construções
complexas, modelando artificialmente o
espaço do interior de uma das Montanhas
Castanhas. De acordo com essa lenda, eles
teriam construído toda a cidade dentro da
montanha para abrigar os trabalhadores
que, mais tarde, ergueriam no meio do
semiárido um imenso palácio negro
para que os ARKHImancistas tivessem
conforto em seus estudos astronômicos,
filosóficos e de ciências ocultas.

Centenas de anos mais tarde, mesmo

depois da fuga de grande parte dos
moradores que mais tarde se tornariam
nômades, muitos permaneceram vivendo
sob o véu da rocha. Com isso, a cidade se
mantém relativamente populosa, com
aproximadamente 6 mil homens vivendo e
morando nas construções centenárias.

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 25

 Montanhas Castanhas
Em meio ao noturno deserto de Lumn,
formações rochosas grandiosas e irregula-
res crescem, como se desafiassem os céus.
Essas formações rochosas são as
Montanhas Castanhas as quais, por sua vez,
possuem uma belíssima coloração em tons
terrosos, indo do bege ao rútilo.
Criaturas como lagartos e escorpiões gigan-
tes podem ser vistos por aqui, vez ou outra,
perambulando nos arredores das cidades,
cobertas pelo véu infinito de areia e dunas.
Os Jaonídas vivem em vários destes
complexos de cavernas. Dentro deles, eles
erigiram o que ficaria conhecido como as
Cidades Veladas, que também faz parte dos
Primeiros Marcos.

26 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

rio mantaro
O caudaloso “Mantaro” era o modo como
era chamado o conhecido rio que serpen-
teia o solo arcaico de Lumn.
Porém, com a chegada dos
ARKHImancistas, o curso do rio
Mantaro foi desviado por meio de
ARKHItectonismo antigo e magia.
Os Arkhimancistas apossaram-se das
águas do rio, sob o pretexto de que iriam
redistribuir igualmente os recursos.
Contudo, acabaram por cobrar impostos
altíssimos e o leito do rio secou.
A terra abaixo do rio, agora à mostra e
nesse calor infernal , revelou suas mais
profundas rachaduras e fendas.
Lendas dizem que algumas dessas fendas
imensas na terra já estavam ali antes mesmo
da água ser drenada, mas ninguém sabe.

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 27

28 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
 PALÁCIO DA NOITE
Centenas de anos atrás, os homens simples de
Lumn foram obrigados pelos ARKHImancistas
a construir um imenso zigurate negro em
meio ao semiárido. Em troca da sobrevivência
e de uma falsa segurança, ergueram um
palácio belíssimo e exótico conforme as ordens
expressas dos misteriosos ARKHI.
Animais de todos os cantos do mundo foram
transportados para dentro do palácio e uma
combinação de espelhos de prata fornecia
toda a luz necessária através do reflexo do
sol. Quando o rio Mantaro foi desviado,
muitos escravizados e empregados dos
ARKHImancistas fugiram das cidades veladas
e montaram imensos acampamentos.
Alguns homens juram ter visto uma enorme
criatura, coberta por um imenso pano
bordada a ouro, ser retirada do fundo do rio
e transportada para o palácio. Meses depois,
criaturas bizarras começaram a ser vistas
ao redor do palácio, vagando pelo deserto.
Criações de bode amanheciam devoradas,
ladrões e homens malignos cada vez mais
se espalhavam nas cidades veladas e nos
acampamentos, sempre em busca de tesouros
e mistérios do palácio.
Lendas antigas falam sobre um cego vagante
que perseguia, em meio às dunas do deserto
noturno, um som macabro que ecoava no ar.
Acabou por topar em uma muralha gelada
e lisa, passou dias circulando de longe o
palácio, e viajantes mercadores juram tê-lo
visto com um aspecto macabro.
Algo como uma criatura semi-humana
com braços esquisitos nascidos de partes
diferentes do corpo, e uma cabeça na nuca
que proferia impropérios e amaldiçoava
cada grão de areia, cada sol poente.
Os viajantes contaram essa história em
caravanas, em viagens, depois de batalhas,
aos seus filhos, netos, bisnetos e tatarane-
tos. Ninguém sabe de fato o que é criação
da mente ociosa dos vagabundos e o que
se deu ali, naquele lugar. A verdade é que
no coração do deserto pulsa uma força
estranha, algo malicioso, imponente,
macabro, horrendo.
Cultos a criaturas cada vez mais
sinistras começam a ficar comuns.
Um sábio que anda por aí carregando
uma rocha quadrada em sua cabeça
diz a todos que os mistérios foram
revelados. Meggia se aproxima e mais
uma lua aponta solene no céus do
Oeste de Lumn.
29
 MARCOS COMUNS
1
Povo Jaonída: Os Jaonídas habitam
principalmente a Cidade Velada, um dos
Marcos Principais.
2 Povo Glomni: Os Glomnianos ficam
próximos ao rio Mantaro, um dos Marcos
Principais.
3
Povo Mortik: Os Mortiks habitam
principalmente o centro-leste de Lumn.
4 Culto Meggista: Localização dos
acampamentos dos Plomeriel que cultuam
unicamente Meggia.
5
Culto Zenitar: Localização dos
acampamentos dos Plomeriel que cultuam
unicamente Zenitar.
6
Povo Lukaresh: Os Lukaresh ficam
próximos aos Acampamentos, à margem
do rio-Seco.
7 Povo Agmista: Atualmente, os Agmistas
habitam em sua maioria as Montanhas
8
Castanhas, um dos Marcos Principais.
Cidade Óssea: Em uma ossada de
pteranodonte gigante enterrada em meio
ao terrível deserto de Lumn, homens de outros
tempos cavaram os ossos naturalmente ocos da
criatura e, dentro deles, construíram uma cidade
inimaginável e pouquíssimo povoada.
Os homens dessa civilização são dissidentes do
povo Mortik e são conhecidos como o Povo do
Verde (Viridianos). Vivem e se escondem dentro
das ossadas, dizem que alguns deles são capazes
de domesticar e controlar os odiados pássaros da
Morte-Alva. Possuem conhecimento de jazidas de
Jade no Sudoeste de Lumn e são exímios caçadores.
Divergem dos Mortik em sua postura de vida,
sendo mais isolados e pacíficos. Porém, adoram o
Vulto e enxergam a violência como uma dádiva a
qual deve ser praticada com sabedoria e disciplina.
9
Feira Norte: Mensalmente,
Jaonídas, Glomnianos, Zenitar e
Lukaresh se reúnem para
trocar, vender e
30 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
comprar itens, proventos, especiarias, armas,
montarias e raridades. As feiras acontecem à
noite e duram até antes do Clarão, momento
no qual o sol nasce em Lumn. Nas feiras,
encontra-se todos os tipos de serviços, incluindo
armeiros, costureiros, sapateiros, coristas,
sábios e até cozinheiros.
10 Feira Central: Acontece a cada 3
meses e é uma celebração aos filhos de
Jaon (Ancestral Mítico do povo Jaonída). Todas
as comunidades são convidadas e a única regra é
entrar desarmado e não manifestar religiosidade
em território comercial.
Os Agmistas não são mais convidados pois foram
expulsos do círculo de Jaon após manifestarem a
proibida magia do fogo. Na feira do centro, o foco é
a guerra. Aqui, encontram-se armas de toda a sorte
e valor, bem como armaduras, bombas, elixires
poderosos, soldados e mercenários. Se alguém
for pego armado dentro do território, deverá
pagar com a vida no ritual lunar da noite-alta em
sacrifício à união dos filhos de Jaon.
11 Ossada-de-Dinossauro: O passado
remoto do deserto de Lumn é um mistério
que choca os sábios e viajantes do deserto. Barcos,
construções, cidades subterrâneas, bem como
ossos de criaturas abissais e dinossauros ciclópicos
podem ser encontrados enterrados ou semi-expos-
tos em meio às dunas do deserto de Lumn.
Os temidos pássaros da Morte-Alva costumam
observar a paisagem de cima desses ossos e
espetam algumas de suas vítimas nos ossos
mais altos para protegê-las das outras criaturas
terrestres que também procuram comida.
Expostos em meio às ossos é possível encontrar
homens armadurados, magos de tempos anti-
gos, criaturas do deserto e até mesmo pequenos
demônios. No chão, perto das bases das ossadas,
algumas moedas, espadas de metal ou itens de
guerreiros abatidos podem ser encontrados.
12
Cidades Verticais: Interrompendo
a passagem em meio ao vale entre
dunas, alguns monólitos irregulares e cinzentos
se erguem no céu branco do dia no deserto de
Lumn. Pedras ocas por dentro e de até 25 metros
são habitadas por Castanhos ultraviolentos.
Eles, na verdade, são ancestrais do povo Jaonída,
conhecidos como Povo-Passado. Esses ancestrais
ainda podem ser encontrados nas Montanhas
Castanhas e nas Cidades Verticais.
Possuem um estranho ritual de cultivar árvores
dentro da rocha e petrificá-las com cinzas, cera,
areia, água e pó de ossos. Os seus xamãs podem
dar vida a bonecos de pedra-e-cabelo feitos por
meio de um ritual de morte de crianças anãs do
povo Agmista.
São capazes de domesticar Aranhas Gigantes
e possuem um conhecimento de Vitrificar e
Petrificar Clavas, deixando-as mais fortes e
resistentes (tornam-se clavas +1). Pássaros negros,
conhecidos como Morte-Sombras e que se alimen-
tam de carniça e ossos, costumam fazer morada no
teto dos monolitos. Esses pássaros são alimentados
pelos Castanhos que, por sua vez, apreciam o
alarme (ou Canto Macabro) dos Morte-Sombras
quando alguém se aproxima das Cidades Verticais.
Os Castanhos possuem algum cobre, prata e
até mesmo ouro e itens mágicos, porém, não
dão a mínima para isso e vivem em função da
caça de Agmistas em parcerias tenebrosas com
ARKHImancistas, Mortiks e, eventualmente, o
Povo do Verde e devotos de Meggia. Costumam
expor os corpos das vítimas em correntes e
cordas em suas cidades. Adoram uma versão
feminina do Deus Vulto, geralmente em
estatuetas de uma mulher com 6 braços. Com
a ajuda dos Xamãs, ARKHImancistas e sábios
do Povo do Verde, desenvolveram uma forma
misteriosa de viajar pelo deserto com ajuda de
magia sombria e moedas conspurcadas.
13
Cidades Petrificadas: Os
Agmistas construíram suas moradas
no subterrâneo do deserto. Pequenas cidades
de pedra erguidas nos 4 cantos do deserto de
Lumn. Encontra-se muitos ossos nas escadarias
e saguões de entrada dessas cidades, pois as
areias encobrem parte das escadarias e alguns
homens ou Yeldras, distraídos, acabam caindo
escada abaixo quando a areia desliza, revelando
buracos imensos no solo dos vales entre dunas.
Esses buracos, na realidade, são escadarias de
areia embaixo de construções parcialmente
soterradas há muito tempo.
Por conta da altura, cair nas escadarias é uma
morte certa. Desde antigamente, os Agmistas
contam que bruxos poderosos usando magias
sombrias entraram dentro de um vulcão
dormente e saíram de lá com uma pedra negra e
vermelha, do tamanho de uma carroça.
Os Lukaresh contam que os Agmistas rouba-
ram o coração do vulcão e, com isso, abriram
as portas para todos os males posteriores.
Segundo os ancestrais dos anões Agmistas, seu
próprio deus se enfureceu e lançou sobre eles
uma praga flamejante na forma de chuvas de
fogo e rios de lava preta.
Algumas dessas cidades foram inteiramente petri-
ficadas, enquanto outras parcialmente destruídas.
Nos dias de hoje, os Agmistas se tornaram um povo
odiado, perseguido e constantemente atacado.
Sua habilidade com magias de fogo deram a prote-
ção necessária para que resistissem aos ataques
e, com o tempo, passaram a viver escondidos,
camuflados e nos subterrâneos.
As Cidades Petrificadas possuem grandes salões
de obsidiana, mármore negro e pedra casta-
nha. As ruínas podem guardar em si ladrões,
tesouros, bruxos de toda sorte, mercenários
procurados, ARKHImancistas, soldados Mortik
e até mesmo outros aventureiros perdidos. Mas
nenhum desses perigos é a principal ameaça
para quem resolve aventurar-se nas cidades-de-
-fogo no subsolo de Lumn.
Um anão Agmista experiente é capaz de conjurar
magias de fogo. Já outros mais poderosos são
capazes de levantar Agmistas mortos que retor-
nam em corpos humanoides bizarros de sombra
líquida e atacam os incautos violentamente com
seus recursos secretos.
Tanto os Agmistas experientes quanto os
desmortos-em-sombra possuem saquinhos com
pó preto de obsidiana. Este pó é capaz de
petrificar por alguns minutos
(1d10 minutos).
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 31
 Quem recebe esse efeito precisa resistir ao
mal inalado ou sentirá dores terríveis como se
estivesse sufocando (1d6 de dano).
Nas paredes dos salões, é possível encontrar
quadros entalhados mostrando cenas de bata-
lhas entre Castanhos do deserto e os Agmistas.
Centenas de moedas (2d100) de prata podem
ser encontradas nos salões e quartos-reais nas
profundezas. É possível encontrar itens mágicos
que envolvam fogo e/ou proteção a ele.
14
Bases ao Longo do Rio-Seco:
Quando os ARKHImancistas
chegaram, seu primeiro interesse foi estudar
meticulosamente o rio enquanto construíam
as primeiras Cidades Veladas com a força de
trabalho dos Jaonídas. O Rio Mantaro corria das
montanhas congeladas do sul até o sudoeste e
leste de Lumn. Enquanto o rio cortava a paisa-
gem, aquilo que hoje é um deserto queimado
antes era um semiárido que abrigava a vida.
Uma parte do povo Jaonída insistia em cultuar o rio
e suas águas. Com isso, se afastaram das Cidades
Veladas e criaram sua própria comunidade, com
sua cultura original: os Glomnianos. Eles monta-
ram seus acampamentos à beira do velho Rio
Mantaro e, de acordo com as lendas, a relação de
proximidade do rio com os Glomnianos era tanta
que o rio conversava com os magos e sacerdotes nos
cultos Glomni, decidindo o destino pacífico desse
povo e aconselhando-os como um avô sábio.
A violência e o horror chegaram junto com os
ARKHImancistas e, por meio de um verdadeiro
massacre, todos os acampamentos Glomnianos
foram substituídos por bases ao longo do rio.
Desde então, os ARKHImancistas mantêm o
controle da água em suas mãos.
O rio foi secando e a água inverteu seu curso de
modo assustador, passando a correr para um
palácio medonho mais a sul. Os ARKHImancistas
começaram a cobrar altos tributos para os
povos terem acesso à água e, assim, todos os
Glomnianos que viviam nos acampamentos se
juntaram mais ao norte e formaram
um grande e unificado
32 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
acampamento. Os padres Glomnianos, como são
chamados, dizem que o deus Mantaro morreu
e seu espírito habita os desertos, aconselhando
os justos, salvando os inocentes e purificando a
pouca água de que têm acesso.
Para os Glomnianos, as piscinas naturais borbu-
lhantes do deserto são as lágrimas de Mantaro
ao ver seu povo em condições sub-humanas. Eles
acreditam que Mantaro pode ser visto vagando
pelo deserto, como um viajante sereno. Verdade
ou mentira, a religião Glomniana vê na água
o reflexo da origem da vida numa perspectiva
espiritual e ritualística.
Muitos dos soldados dos ARKHImancistas foram
Glomnianos capturados, sendo convencidos ou
torturados. Esses guardas costumam fazer vigia
praticamente 24h nas bases ao longo do Mantaro
seco. Mesmo quando alguma região do rio seca
completamente, as bases ali instaladas perma-
necem ativas e operantes, exercendo a função de
impedir os povos de se aproximarem da fenda
imensa e macabra. O leito seco do rio é conhecido
entre os Glomnianos como O Corpo do Velho D’água.
As bases são construções em L e quase sempre
são salões retangulares grandes, ou corredores
e salas contendo todo tipo de alimentos, água,
armas, armaduras, pergaminhos de magia e
itens capazes de controlar a água de alguma
maneira. Existem andares superiores com mobí-
lia refinada de madeira, quadros imensos com os
ARKHImancistas dominando povos e criaturas
estranhas. Nesses andares, é possível encontrar
partes de mapas do deserto com a localização de
alguns marcos e pontos centrais do cenário. No
andar mais alto, escondidas, existem plantações
de diversas árvores com algum sistema tecnoló-
gico e mágico de irrigação artificial.
Em meio às árvores, algum ARKHImancista pode
estar meditando à luz das luas ou descansando
em cadeiras estofadas com enfeites de esmeralda
(10 pequenas pedras – 2.500 moedas de prata).
15
Bases ao Longo do Rio Mantaro:
As bases ao longo do rio foram as
primeiras tentativas dos ARKHImancistas de
separar o povo Lumniano de seu bem mais natural.
Montaram as bases e, violentamente, impediram
o acesso irrestrito a água que havia quando este
deserto ainda era um semiárido. As bases eram
formadas por dezenas de soldados de infantaria,
além de sacerdotes e magos ARKHImancistas de
nível mais baixo, e um comandante habilidoso
tanto em armas como em feitiçaria.
Ao longo das primeiras décadas, a estratégia
dos algozes mudou. Desviaram o curso do rio e
mantiveram-no saudável apenas nas proximida-
des do Palácio da Noite.
As bases ao longo do rio no trecho seco passaram a
ser bases de operação, inteligência e investigação
dos povos Lumnianos e das entidades que por ali
circulam. Já as bases ao longo do trecho saudável
do rio permanecem como antes, sendo hoje alvos
de investidas e assaltos por Lumnianos sedentos e
desesperados que veem nessas atitudes drásticas
a única forma de se manterem vivos e livres nesse
contexto trágico.
Entretanto, grande parte dos Lumnianos,
incluindo Glomnianos, não arriscaram uma ida
até além sul nas fronteiras com o temido palácio e,
portanto, não sabem que o rio ainda corre vivo na
região dominada pelos ARKHImancistas.
Esse rumor existe, mas confunde-se com lendas,
mistérios e fatos que percorrem o deserto.
16
Estátuas de Cera: Os pássaros
brancos e plumados do deserto são
chamados de Morte-Alva por aqui. Ninguém
compreende o motivo de terem sido atraídos
para cá, mas nem sempre estiveram por aqui.
Esses pássaros são semelhantes a cisnes,
mas com bico fino e comprido, e uma barriga
volumosa e saliente. Céu-abaixo, os Morte-Alva
disparam bolotas de cera venenosa que petrifica
e corrói suas vítimas. Até dezenas de vítimas
podem ser congeladas quando um grupo grande
de Morte-Alva passa nos céus, derrubando seu
visgo de cera. Alimentam-se de algumas das
vítimas, mas, muitas vezes, deixam as demais ao
relento no deserto.
Ao explorarem o deserto de Lumn, os aventurei-
ros podem encontrar cenas congeladas, com víti-
mas que agora são estátuas de cera, morrendo
lentamente. Se um desavisado encontrar a cena
e decidir roubar os itens dos petrificados, ficará
paralisado ao encostar na cera se não passar em
um teste de JPC.
Lagartos, camaleões e aranhas podem ter dado
o azar de cruzar com esses pássaros malditos, e
agora também viraram uma decoração de cera no
deserto. Diabos Brancos Menores (abaixo dos 2,5
metros) também podem ser paralisados, assim
como Serpentes, Homens Chacal, Castanhos,
Caranguejos Cabeça e Escorpiões (Escorpiões
Lunares são imunes a paralisia e petrificação).
17
Colmeia de Abelha-Diamante:
Em alguns raros lugares do extremo sul
do deserto, já perto do grande Palácio da Noite,
diamantes grandes podem ser vistos semienterra-
dos nas areias.
Essas pedras, na realidade, são os corpos de abelhas
gigantes que atacam em grupo e são extrema-
mente letais. Se os aventureiros não se prevenirem
fazendo testes e buscando informações, podem
ser atacados por essas abelhas. A notícia boa é
que elas costumam fazer casas em regiões que
possuem jazidas de diamante. Por este motivo, os
ARKHImancistas as trouxeram de longe para cá.
As abelhas servem como uma ferramenta para
detectar no fundo subsolo do deserto, a presença
de diamantes verdadeiros. Todo cuidado é pouco
com este brilho da morte. Os corpos das abelhas
não são diamantes de verdade, mas valem algu-
mas moedas de prata nas feiras e acampamentos.
18
Barcos Enterrados: O passado
distante de Lumn é um mistério até
mesmo para os ARKHImancistas. É possível
encontrar barcos, navios, galeras e naus enterra-
dos e parcialmente destruídos ou bem conserva-
dos sob as areias salgadas e escuras de Lumn.
Espectros, monstros e insectoides costumam
se abrigar dentro de suas estruturas. Além de
criaturas, não é difícil encontrar tesouros, itens e
informações de tempos imemoriais ou até futu-
rísticos e alienígenas (para aquele nível
de organização social de
Lumn).
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 33
 Diabos Brancos que costumam fazer suas tocas-
sob as dunas, às vezes, utilizam os barcos como
hall de entrada para suas cavernas tenebrosas.
19
Espelhos Mágicos: Desde sempre,
viajantes do Povo Plomeriel, magos
de todos os povos e viajantes de outras paragens
constroem casas e abrigos de pedra em meio ao
velho deserto.
Lendas do Povo do Verde dizem que espelhos
gigantescos foram retirados do subsolo destas
construções em tempos imemoriais. Já os seus
irmãos Mortik acreditam que sobraram apenas
as casas e as construções e que, na verdade, os
espelhos foram trazidos pelos ARKHImancistas.
O povo Plomeriel, formado por exímios
caçadores de demônios, acredita que foi por
meio dos espelhos que os ARKHImancistas
conseguiram trazer os seus rivais de chifre
para este plano de existência.
Bruxos Agmistas, por sua vez, dizem que magos
do passado trouxeram os ARKHImancistas por
acidente e isso só foi possível porque os espelhos,
não apenas clonam pessoas, como também são
portais de viagem no tempo.
20
Normósia: Os ARKHImancistas do
Palácio fizeram todo o tipo de experiên-
cia bizarra com humanos, elfos, anões, criaturas
horrendas, diabos, raças de outras realidades,
animais, vegetais, minerais e até com almas. Uma
dessas experiências pretendia transformar 100
pessoas em um único e singular organismo vivo.
Os órgãos internos dessas 100 pessoas foram
costurados e ligados um a um. Aos poucos, por
meio do uso de substâncias mágicas ou alquí-
micas, essas 100 pessoas deram origem a uma
criatura gigantesca e bizarra, uma máquina
de matar inteligente: Normósia, a centopeia
humana. Viajantes podem ouvir os gemidos e
vagidos que a criatura bizarra emite em algum
vale da morte, bem no meio do deserto.
Articulada e veloz, a centopeia é capaz de rastrear
como ninguém a presença de almas
sofredoras e vagantes
que estão
34 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
presas a Lumn por feitiçaria, ódio e/ou apego. A
centopeia é capaz de coordenar grupos de almas,
fantasmas, espectros, vagantes espirituais e
toda sorte de mortos-vivos. Comunicando-se
e esgueirando-se entre entidades negativas, a
centopeia é um príncipe em meio a uma horda de
fiéis abominações.
Os Almioses (eruditos e sábios Lukaresh)
dizem que ela faz parte de um experimento dos
ARKHImancistas para manter as almas amaldiço-
adas em Lumn; para que estas não sejam enviadas
ao inferno verde. Para encontrar essa criatura,
basta chegar até o centro do mapa do deserto de
Lumn. Neste local que assombra a paisagem, um
espaço sem dunas e recoberto de pedras empilha-
das funerárias a perder de vista, conhecido como
Estrada-Morte, é onde vive a terrível Normósia.
A centopeia vive num grande buraco repleto
de prata a qual é coletada dos desavisados que
perambulam em busca de espadas lendárias
e tesouros nas pedras empilhadas. Se houver
muito barulho por perto, ela ataca.
Personagens de alinhamento caótico e com
Sabedoria e Inteligência superior a 14 podem
entender alguns dos seus gemidos e sons
guturais. A centopeia pode trocar a vida dos
aventureiros por prata se, e somente se, não houver
nenhum personagem Lukaresh entre eles.
Se houver um Lukaresh adorador de Nagual
estiver por perto, a centopeia atacará sem chance
para negociação, destruindo e dilacerando seu
corpo prontamente. Um Lukaresh possui a chance
de 1-2 em 1d6 de ser percebido por Normósia.
As vítimas da centopeia não são enviadas a
outros planos, e permanecem em espírito, como
decaídos, em Lumn. O mestre poderá usar isso
como bem entender.
21
Pegadas Fossilizadas de
Ciclopes: Gigantes Ígneos e do
Deserto ainda perambulam pelo deserto de Lumn,
mas essas pegadas são algo de tamanho colossal.
Cada pegada fossilizada de um ciclope é do
tamanho de um gigante comum. Dizem as más
línguas que por onde os ciclopes passaram no
deserto nasce uma flor negra, que é o segredo
por trás das poções negras de mutação usadas
pelos ARKHImancistas.
Os gigantes costumam usar as covas como
toca e, se os personagens se interessarem
nas flores, deverão fazer isso rápido ou um
deles pode aparecer. Alguns gigantes mortos
foram reanimados pelo poder macabro dos
ARKHImancistas e é possível enfrentá-los em
algumas pegadas perto da Estrada-Morte.
22
Monólito Ancião e o Culto
do Assombro no Albayok: Os
Castanhos, apesar de tribais e primários, se
reúnem todo ano ao fim da estação das noites
quentes, sob o comando dos Meggistas. Nesta
pedra gigantesca (de 150 metros de altura), come-
moram um festival nefasto recoberto por sangue,
peles, órgãos e olhos de, principalmente, crianças e
jovens Agmistas.
Na noite-Albayok, uma competição divide
Castanhos em dezenas de grupos disputando
para descobrir qual grupo retornará mais rapi-
damente com cinquenta Agmistas. Os Castanhos
executam todos ao mesmo tempo, enfiando a
base de suas clavas olho adentro das vítimas. Isso
acontece exatamente no primeiro minuto do
Assombro e o ritual evoca um demônio negocia-
dor que, em troca das almas dos Agmistas, dá aos
Castanhos uma gema vermelha capaz de dar vida
a um entulho mágico contendo pedras e cabelo.
Os Castanhos protegem seus tesouros com
exércitos petrificados de vítimas dos Morte-Alva.
Usando sua mistura de ossos em pó e outros
componentes, eles mantêm os homens como
estátuas em volta de seus tesouros e quem
encostar no corpo de algum petrificado deve
realizar um teste de JPC para não ser paralisado.
23
Pontas de Torres Agmistas
(de Obsidiana): Obsidiana é uma
pedra que proporciona armas poderosas e
belas no deserto de Lumn. Entre as dunas do
deserto, é possível encontrar pedaços de torres
Agmistas do passado, enterradas e desconec-
tadas do restante da construção. Muitas vezes,
essas torres são moradas para diabos brancos,
escorpiões gigantes e toda sorte de criaturas que
por ali se entocam.
Se os jogadores quiserem recolher minérios,
deverão fazer num tempo definido pelo mestre e
nesse tempo todos os turnos deverão ser rolados
com possibilidade de encontro.
A quantidade de minério coletado deve ser ofere-
cida pelo mestre de jogo. Tesouros, cadáveres,
itens estranhos e animais comestíveis podem
ser encontrados dentro dessas torres, assim
como itens de exploração, armas e até quadros
Agmistas antigos.
24 Tocas nas Montanhas
Castanhas (Castannes): As
Montanhas Castanhas têm um formato que
beira o artificial. Talhadas pelos ventos e talvez
pelos próprios ARKHImancistas, essas forma-
ções rochosas podem representar um enorme
perigo para quem viaja perto delas.
No alto do paredão das montanhas, dezenas de
Morte-Alva espreitam e, nas inúmeras cavernas
e reentrâncias, há Castanhos ultraviolentos que
atacam em qualquer situação de proximidade
de estranhos.
Esses Castanhos odeiam todo o tipo de povos e
nutrem um ódio especial e ritualístico pelos anões
Agmistas. Roubaram centenas de bestas leves e
pesadas de algum exército do oeste em tempos
passados e, mesmo sendo primais, podem atingir
seus alvos de longe graças a esse fato estranho.
Dentro das montanhas, é possível encontrar
construções de inúmeros povos, do presente e
do passado. Salas, criptas, salões ritualísticos,
esconderijos para tesouros, armadilhas de
espelho e até mesmo os locais usados pelos
ARKHImancistas para os seus pactos sombrios.
Há três detalhes importantes (verdadeiros ou
não) acerca dessas tocas nas montanhas:
H Dizem que um culto Jaonída antigo era feito em
uma passagem secreta nessas montanhas no tempo
dos ancestrais.
H Algum bruxo animou centenas de caveiras huma-
nas aqui dentro além de armar armadilhas
de óleo e de esmagamento.
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 35
 H Dizem que o Rei-Bruxo dos diabos brancos mora no
coração dessa montanha e teria sido aprisionado
por magia na montanha. Cabe ao Mestre decidir
se é só um rumor ou se de fato existe. Os diabos
brancos maiores são imunes a maioria das magias
arcanas e são exímios caçadores não temendo a
quase nada incluindo os ARKHImancistas.
nota para o mestre
Cabe ao mestre decidir quais lendas são
verdadeiras ou acatar todas. O importante
é construir uma trama interessante para
desafiar os jogadores em viagens e explo-
rações psicodélicas e surpreendentes.
25
Ruínas Ciclópicas: Seres imensos
caminharam no deserto de Lumn em
um passado longínquo e deixaram suas moradas
em ruínas de pedras megalíticas pelo deserto.
A grande maioria dessas ruínas encontra-se
soterrada, abaixo das maiores dunas a sul do
deserto, próximas ao Palácio da Noite. Porém,
suas cidades míticas possuíam monólitos e
obeliscos imensos, saltando para fora da areia e
com quase 300 metros de altura.
Aranhas gigantes fazem casas entre os obeliscos
e uma quantidade inimaginável de prata (1d100
moedas), ouro (2d20 moedas) e tesouros de toda
sorte podem ser achados no chão perto das teias
e nos cadáveres e caveiras presos também às
casas desses aracnídeos imensos.
Se os aventureiros cavarem aos pés dos monó-
litos encontrarão placas gigantescas de prata,
pesando entre 300 e 450 moedas de prata e
valendo o mesmo peso. No subterrâneo dessas
ruínas, pode-se encontrar poções de Voo (1
minuto), de Invisibilidade (15 minutos) e de Cura
(1d6 e 1d8), além de magias de 3º círculo e espa-
das de prata +2. Os objetos construídos em pedra
nas ruínas são realmente imensos e retratam
uma guerra com fantasmas de pura
magia e carruagens de
fogo-puro.
36 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
26 A Mulher de Muitos Braços:
Representação, em pedra, feminina do
Vulto, em meio ao vale entre dunas ao noroeste
do deserto, há uma estátua de uma mulher de seis
braços interrompendo a passagem. Se os aventu-
reiros colocarem moedas de prata em 2 círculos
em volta da base da estátua, ela se ativa e leva o
viajante para um arquipélago imenso com ondas
gigantes batendo na costa de pedra cinzenta.
Os personagens podem ficar um curto espaço de
tempo nessa outra realidade e serão trazidos de
volta. É importante que uma moeda de ouro seja
usada para fechar o círculo mais interno. Se os
2 círculos completos forem feitos com moedas
de ouro com a cunhagem dos ARKHImancistas
ou do alto sacerdote Meggista, os personagens
poderão passar o tempo que quiserem na outra
realidade. Para voltar, precisam utilizar essa
mesma estátua na praia do arquipélago.
27
Vulcão Extremo Oeste: No
extremo oeste do deserto há um
vulcão baixo do qual escorre lava em rios negros
e borbulhantes, matando tudo e todos por
onde passam. Perto desses vulcões, é possível
encontrar ruínas Agmistas.
Perto da hora do Assombro a temperatura se
eleva muito e, quase sempre, a lava escorre
durante o Lumien prateado. Lendas contam que
poderosos magos do passado teriam escondido
um tesouro além-da-imaginação dentro do
vulcão. Dizem que tal tesouro encontra-se em
um invólucro mágico, instalado no lugar da
Pedra Ígnea Anciã roubada pelos mesmos.
Ninguém sabe se essa história é verdade e cabe
ao Mestre decidir o que é mito e o que pode ser
desafio real para os jogadores.
28
Vulcão Extremo Sul: O imenso
vulcão de 70 metros de altura pode ser
visto no extremo sul, deixando no céu um rastro
preto de fumaça. A partir dele, já é possível ver
o sal acumulando em quantidades extremas
na areia e, com isso, as dunas aqui perto são
acinzentadas, mediando uma transição para um
imenso deserto de sal leste adentro.
Esse vulcão derrama seu rio de fogo duas vezes
por ano, geralmente no início das estações.
Lendas Glomnianas rezam que perto dele é
possível encontrar trilhas lisas de obsidiana
no chão do deserto, corredores naturais de
lava resfriada, lisa e acinzentada, cidades,
homens e itens petrificados por onde o rio de
fogo passou. Armas e armaduras podem ser
feitas a partir dessa obsidiana clara. Quando
este vulcão derrama seu rio de lava, é possível
ver criaturas mexendo-se e contorcendo-se
dentro do magma. Dizem que é assim que os
Gigantes Ígneos nascem por aqui. Em alguma
base ao longo do rio, é possível encontrar um
quadro. Nele, está retratada a cena de uma nave
pousando dentro do vulcão ativo.
Rumores sobre vulcões são muito populares em
todas as comunidades.
29
Laboratório-Portal dos
Mestres: O único oásis de fato é
artificial e fica perto do zigurate. Próximo a
ele, guardado por soldados dos Mestres (1d20
soldados) há uma escadaria que desce até o
subterrâneo do local. Dentro dessa construção
e abaixo da terra existe um laboratório dos
ARKHImancistas que pode servir como um
bunker ou posto avançado perfeito.
Boas quantidades de alimento (3xd100 rações e
1d100 cantis cheios), assim como itens, dinheiro,
mapas do deserto e de outras regiões de Lumn
podem ser encontrados. Mas também é possível
encontrar criaturas híbridas entre humanoides e
monstros, aquários com peixes pré-históricos e
criaturas abissais do mar.
Em uma porta, há uma armadilha com gás
venenoso (JPC para não morrer). Essa porta
esconde uma sala com um portal capaz de
levar os aventureiros para um arquipélago no
extremo oeste de Lumn. Eles podem passar até
no máximo 12 horas nesta outra realidade. Se
não possuírem o item-chave necessário (ver
Marco 24), serão teleportados novamente para
dentro do laboratório no deserto de Lumn.
30 Abrigo de Luz (A luz que vem de
baixo): No sul do deserto, em alguns
lugares, existem covas feitas de pedra de luz.
Elas geralmente têm até 3 metros e são pura luz.
Cobertas por teias e areia, são uma armadilha
natural de buraco em meio ao chão negro das
areias de Lumn. Estas salas de pura luz, com pare-
des e chão de luz branca brilhantes, são um total
mistério no seio do deserto. O Mestre pode usar
estas salas como bem entender e criar desafios
para quem cair dentro delas.
Lendas do povo Plomeriel contam sobre povos
da lua que teriam vindo. De acordo com as
lendas, esses povos tinham o dom de solidificar
luz e sombra, então construíram um complexo,
mas acabaram deixando o lugar sem motivo
determinado.
Dizem que uma criatura alienígena comedora de
ossos vaga solitária nesta região e dorme nos abrigos
de luz. O Povo Mortik a chama de Dramísios e, de
acordo com eles, existem algumas delas por aqui. Os
Mortik respeitam essa mítica criatura (que ninguém
sabe ao certo se existe) porque ela é fruto de um
encontro híbrido entre os Glamérios e o general
sanguinário humano que rompeu com a tradição
dos filhos de Jaon e fundou o acampamento Mortik e
a cidade do Povo do Verde. Esse general é conhecido
como Flagelo-Montado ou Namurge-Vulto. Se essa
criatura for destruída, os aventureiros encontrarão
um item-chave o qual permite que eles permaneçam
no arquipélago do Portal dos Mestres (Marco 23).
31
Cego e a Floresta de Cactos:
Próximo à face sul da última montanha
castanha, ao leste do Palácio da Noite, uma
pequena gruta de pedras azuladas e toda
enfeitada com sinos e tiras de couro, surge no
centro de uma floresta de cactos espinhosos no
sudeste do deserto.
Para chegar a essa gruta é preciso atravessar a
floresta densa de cactos (3 chances em 1d6 de
encontrar um Cactoide Gigante). No meio da
pequena gruta há um cego com quatro braços, mas
o par de baixo está atrofiado e extre-
mamente malcheiroso.
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 37
 Ele ter quatro braços não é nada estranho
comparado ao rosto que se encontra em sua
nuca, que xinga e amaldiçoa tudo e todos que
por ele passam. De acordo com as lendas,
ouvir os grunhidos da nuca do cego pode
amaldiçoar gerações de sobreviventes. Seu
nome é Tirésias e, se os aventureiros forem
pacientes e darem a ele comida boa e água, ele
contará detalhes escondidos sobre o deserto
e sobre os arredores do Palácio da Noite.
Um complexo abaixo da arena foi construído com
áreas de cozinha, dormitórios, oficinas, prisões,
etc. Cabe ao Mestre construir corredores
e salas à sua escolha. Nos laboratórios
alquímicos do complexo pode-se
encontrar ricas quantidades de
poções de cura e de mutação,
além de guardas, carrascos,
tesouros, armas e
armaduras.

Em meio a loucuras sem sentido,

as informações do velho podem
ajudar muito. Se perguntado,
ele poderá oferecer a receita
e o pergaminho de magias
poderosas (Magias de 2º círculo).
O Mestre deverá escolher como
presentear os personagens que
conseguirem manter uma boa
conversa com o velho louco.

32 Arena ARKHI:
Construída no extremo
sudeste do deserto, esta Arena é o
mais novo empreendimento dos
ARKHImancistas. Uma parceria
entre ARKHImancistas, mercená-
rios de todos os cantos de Lumn,
Mortiks, Agmistas corruptos, o
povo Plomeriel devoto de Meggia, o
Povo do Verde e Castanhos.

Batalhas de todos os tipos envolvendo

criaturas gigantescas, batalhões e gladiadores,
bem como manifestações sobrenaturais e
escravizados lutadores. Não apenas batalhas
acontecem como também provas de todo tipo,
exigindo destreza, força, estratégia e habilidades
diversas. Os maiores lutadores do deserto vêm
para a Arena depois de reforçarem seu inventário
nas feiras centrais. Cada luta pode render
algumas moedas de cobre ou prata, e quanto
mais sanguinário e teatral melhor.

38 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

33 Floresta de Árvores Secas:
A sudeste da Cidade Velada, no alto
de dunas imensas, encontra-se uma floresta
semissoterrada de árvores gigantescas já secas e
mortas. Essas árvores serviram como ponto de
encontro de adoradores de Meggia nos tempos
passados, mas hoje intimidam os viajantes
com horrores além da imaginação. Corpos
pendurados nas árvores balançando enforcados,
amarrados, mutilados, quase todos mortos (pois
alguns ainda agonizam de dor), representam a
retaliação Meggista à tentativa de comando e
ordenação dos Jaonídas e povos ordeiros.
Jaonídas, Glomnianos, Zenitar e Lukaresh (que
são os povos que abominam os rituais da Lua
Menor, Meggia) tentam combater as práticas
nefastas deste culto a Lua Menor, mas
sempre que algum item é apreendido,
um ritual é interrompido ou uma
tradição é violada, o culto responde
com demonstrações terríveis de
forças, amedrontando a todos com
seu horror estampado.
As vítimas penduradas nas
árvores são mantidas
com todos os seus
itens (mochilas, armas,
trajes, etc.) e suas mãos
são cortadas para evitar
qualquer tentativa de
fuga. Aventureiros e
mercenários aproveitam
para roubar o que restou
das posses das vítimas,
enquanto o povo
Jaonída, Lukaresh,
Zenitar e Glomniano
tenta a todo custo evitar
que essas demonstrações
nefastas se renovem.
Enterrado na areia
profunda em meio às
raízes das árvores
ancestrais é possível
encontrar um punhal
sagrado. Esse punhal poderoso retarda o enve-
lhecimento, e é por esse motivo que as velhas
árvores “enforcadoras” não perecem e caem,
mesmo com tanto tempo de vida.
Esse punhal não pode ser tocado por criatura
alguma pois foi amaldiçoado com uma poderosa
magia antiga capaz de matar quem o toque
instantaneamente. Porém, se o portador tiver
em mãos uma Orbe de Luz Contínua do povo
Zenitar as energias do caos e ordem se equili-
bram e o punhal fica livre da maldição enquanto
a luz o tocar. Ele é um punhal de prata e rubis
cravejados +3. Um portador humano poderia
conferir a si, ou a algo, o dobro de seu tempo
natural de vida e conjurar qualquer feitiço
de até 2º círculo de magia, mesmo não sendo
Mago. Elfos e Magos que tenham o punhal em
mãos podem aprender magias divinas. Anões,
Ladinos, Guerreiros e Halflings, por sua vez,
conseguem usar feitiços como se fossem Magos.
Já os Clérigos, aprendem magias arcanas.
Os líderes do culto a Lua Menor baniram o uso
deste objeto alegando que seu poder terrível
dividia e fragmentava o grupo, fazendo com
que os rituais se perdessem em meio a disputas
internas. O punhal foi enterrado para sempre em
seu jazigo de areia, raízes, sangue e insetos.
34
Estrada-Morte: Entre os acampa-
mentos do povo Mortik e Zenitar, um
vale largo se abre em meio às dunas imensas.
Essa estrada larga e repleta de pedras empilha-
das é o maior cemitério a céu aberto de todo o
deserto de Lumn. Um deserto mais antigo do
que a memória dos povos que aqui vivem e que
guarda os mais tenebrosos mistérios. É comum
encontrar pássaros Morte-Alva e Morte-Sombra
rondando tumbas com tesouros enterrados,
armas mágicas e itens de outros tempos.
Algumas dessas tumbas possuem fantasmas
perdidos e violentos, espectros, almas conspur-
cadas, zumbis, esqueletos e inumanos.
Dizem que nesse lugar criaturas malignas planta-
ram um coração macabro. Lendas
contam que, séculos
após
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 39
 o coração ser plantado, os ARKHImancistas
chegaram e tentaram trazer à tona todo o mal
ali escondido. Fizeram experimentos nefastos
unindo partes humanas a de animais, rituais
com centenas de crianças, estudos de anato-
mia humanoide, cirurgia ARKHImancista e
festivais regados a sangue, morte, violência e
canibalismo.
Em um buraco muito fundo mais ao sul no fim
da Estrada-Morte pode-se encontrar uma antiga
toca com uma Centopeia-Humana bizarra e
centenas de moedas de prata, além de uma
armadura de placas de Escorpião Lunar (+3).
35 A Floresta de Vidro: Dizem que
em uma noite mais extensa do que o
comum, a queda de uma coisa brilhante do céu
criou um marco fantástico em meio ao deserto.
Ouviu-se um enorme barulho, foi sentida uma
repentina onda de calor, e quem conseguiu se
aproximar viu a formação de um conjunto de
estruturas moldadas em grandes pilares de vidro
retorcidos. Alguns fatos são conhecidos pelos
poucos que se atreveram a passear pelo lugar, os
mesmos poucos que conseguiram sair.
Esta reunião de esculturas de vidro, de dife-
rentes tonalidades e transparências, emite
melodias, vibrando em diversos padrões sonoros
com os diferentes toques do vento.
No centro, como que sentado em um ninho de
vidro de sua própria criação, uma enorme pedra,
fazendo a vez do ovo, moldado em espelho pelo
fogo, abriga uma serpente de olhos espelhados,
que se aproveita do som da floresta de vidro
para se mover discretamente em busca de
presas atraídas para o lugar. É possível que o
ninho possua tesouros das vítimas ou o próprio
minério de espelho das pedras tenham valor
para alguns mercadores.
Para chegar a este marco, há um campo de areia
vitrificada e algumas trilhas de pedras de vidro
formando uma estrada escorrega-
dia e perigosa.
40 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
36 Círculos Concêntricos do
Palácio: Ao redor do grande Palácio
da Noite, dunas imensas e concêntricas escondem
o gigantesco Palácio. Os ARKHImancistas cons-
truíram esta duna e fizeram um encanto para que
elas não se deformem com a presença do vento ou
das tempestades de areia.
As dunas escondem perigos e criaturas bizarras.
Tais criaturas são mantidas dentro de cada círculo
concêntrico e são alimentadas por pássaros
Morte-Sombra treinados. O local está cheio desses
pássaros no alto das dunas que aproveitam a
carniça e os restos para se alimentarem.
Pouco se sabe sobre a natureza misteriosa das
dunas já que a maioria nunca voltou para contar,
mas é certo que os círculos menores e mais
próximos do palácio são os mais perigosos. Há
rumores de exércitos de humanoides amaldi-
çoados, de caranguejos-cabeça, de demônios
de diferentes aspectos e da presença de uma
criatura rastejante e imensa que devora corpos
como se fosse uma máquina.
Os ARKHImancistas dispõem de monólitos
encantados dentro de cada círculo, fornecendo
passagem segura para eles ou para quando
as barreiras estão abertas. É preciso tomar
cuidado porque os ARKHImancistas utilizam
essas passagens como armadilhas, fazendo
com que aventureiros espertos adentrem os
primeiros círculos e depois fiquem trancados
entre dunas enormes.
MARCOS MÓVEIS
Acampamento Camaleão Jaonída: Um
lendário camaleão anda pelo norte de Lumn
praticamente invisível em meio ao deserto negro
ou prateado de Lumn.
Jaonídas montaram seu acampamento nas
costas da criatura e variam a cor das barracas e
roupas de acordo com a hora do dia para preser-
var a camuflagem natural da criatura. Os solda-
dos de elite do povo Jaonída costumam morar
neste exótico acampamento móvel, viajando até
o sul e enfrentando ARKHImancistas, soldados
Mortik, Agmistas corruptos, caçadores do Povo
do Verde, Castanhos e criaturas bizarras.
Acampamentos Menores: Desde que os
ARKHImancistas chegaram no deserto negro,
a febre do ouro atraiu, de todos os cantos,
centenas de aventureiros, mercenários, ladrões,
assassinos, bruxos e até mesmo reis.
Em tavernas a oeste e sul de Lumn, a milhares de
quilômetros do deserto, é possível ouvir sobre
os vulcões de ouro vomitando magma d’ouro
nas areias amaldiçoadas do deserto. É claro que
isso é mentira, mas tanto os Agmistas quanto os
ARKHImancistas cavaram pedra e areia adentro
em busca de ouro para seus intentos mágicos e
para seu poder medonho.
Os ARKHImancistas ficaram com grande parte
dos tesouros, mas muitos mistérios e riquezas
jazem abaixo das sandálias gastas que correm
aqui e acolá atrás de comida e água.
Com tudo isso, os pequenos acampamentos
de forasteiros e caçadores de recompensas se
espalharam por todo o deserto, representando
perigo aos aventureiros e àquilo que estes carre-
gam. Sejam armas, pergaminhos, Yeldras, itens,
tesouros, moedas ou armaduras, os viajantes
podem agir de forma violenta para conseguirem
o desejado.
Por isso, é preciso caminhar discretamente na
parte baixa dos vales e corredores entre dunas
para não ser visto por ninguém do alto.
Se alguém for alvejado no alto de uma duna,
deverá fazer um teste de JPD e ser bem-suce-
dido ou vai rolar duna abaixo provocando um
deslizamento ou desabamento da areia no chão
(1 chance em 1d6 de desabar).
Gêiseres: Nas imediações dos vulcões, as
piscinas naturais têm a sua duração ainda mais
reduzida e fervem numa velocidade maior.
Geralmente ao redor dessas piscinas, pequenas
áreas disparam jatos de água-fervente do
subterrâneo até o alto.
É possível que água dos gêiseres queimem os
aventureiros desavisados que por ali perambu-
lam, havendo 1 chance em 1d6 do aventureiro
tomar 1d8+1 dano de queimadura caso falhe
em uma JPD.
Oásis Envenenado e Glamérios
Sombrios: As fontes seguras de água no
deserto de Lumn são as piscinas naturais
borbulhantes e ferventes, aquecidas pelo calor
da lava dos vulcões.
A raça dos Glamérios é oriunda de uma reali-
dade além-estrelas. Eles habitam o subterrâ-
neo do máximo de planetas que conseguirem.
Sua missão no cosmos é o hibridismo mágico.
Os Glamérios, soldados humanos com cabeça
de polvo, têm por razão da existência o desafio
de construir híbridos entre raças do cosmos,
e são capazes de encantar multidões mesmo
sem falar.
Podem transformar-se em lama negra ou em
chacais durante o Assombro (pôr do sol – escu-
ridão), e usam as piscinas naturais como portais
de navegação entre dutos, ruínas, cavernas,
caminhos, grutas e trilhas subterrâneas.
Qualquer criatura que estiver ao redor dos
Glamérios possui 1 chance em 1d6 de flutuar
no ar, a poucos metros do chão, como se seu
peso houvesse deixado de existir. Após alguns
segundos flutuando, a criatura cai no chão
sem danos.
Os Glamérios não conhecem limites e quase
sempre são pacíficos e desinteressados em raças
comuns. Os ARKHImancistas envenenaram
alguns dos oásis na tentativa de capturar
Glamérios e usar seus poderes de algum modo.
Se alguém beber água dessas piscinas naturais
contaminadas, deve ser bem-sucedido em um
teste de JPC ou morrerá.
A visão de um Glamério é raríssima. Eles
só andam nos relâmpagos negros do dia de
Lumn. Não se sabe se é obra de seu magne-
tismo poderoso ou se é sua capa-
cidade de navegação
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 41
 inteligente, mas os Glamérios sempre preferem
caminhar no Assombro ou em eclipses diurnos.
Ver um Glamério aproximar-se de outras raças
alienígenas é algo extraordinário e, se acontecer, o
Mestre pode oferecer 150 de XP para cada um dos
personagens pela experiência. Se um personagem
tentar violentar um Glamério, há 1 chance em 1d6
deste atacar.
Se for forçado a lutar, o Glamério faz com que o
adversário levite (JPC para evitar) a 150 metros
do chão. Quando o alvo alcança essa distância,
o Glamério reverte a gravidade, fazendo-o cair
aceleradamente até seu corpo estourar no chão
em pedacinhos.
Piscinas Naturais e as Anhandêras:
Piscinas naturais são grandes oásis borbu-
lhantes de água limpa e fervente. As maiores
piscinas naturais do deserto podem chegar a
durar 4 horas antes de secar completamente.
No fundo dessas piscinas pode-se achar todo o
tipo de coisas como monstros, alienígenas, ossos
grandes e pequenos, além de tesouros perdidos,
armas e armaduras de outros tempos.
42 42 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
Beber a água diretamente da fonte causa 1d6 de
dano direto de queimadura, não sendo aconse-
lhado fazer isso.
Os personagens deverão construir métodos de
recolher água sem se queimar e essa é parte
importante deste desafio. Além disso, as piscinas
naturais são quase sempre a morada perfeita para
uma criatura estranha.
As Anhandêras são criaturas aparentemente
aracnídeas e tentaculares com corpo azulado,
assemelhando-se a um ornitorrinco sem bico.
Têm patas como de aranhas, mas na realidade
são tentáculos semirrígidos que funcionam como
armas. Receber um golpe de uma Anhandêra
é como tomar um golpe de uma arma grande
de concussão. Após matar suas vítimas, as
Anhandêras cozinham e comem devagar, empa-
nando os corpos no sal da areia negra.
Elas são capazes de lançar a magia Sono como
um Mago de 1º nível e podem escalar superfícies
lisas e íngremes. Além disso, são imunes a fogo e a
queimaduras de qualquer tipo.
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 43
4444 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 45
 —— CA PÍ T U LO 4
EXPLORAÇÃO
V
iajar e explorar são tarefas cotidia-
nas na vida de aventureiros, caçadores
de recompensa, ladrões, viajantes e,
até mesmo, entre criaturas nefastas e animais.
No deserto de dunas negras, a viagem é um
capítulo à parte. Saber navegar entre os veios
do deserto é necessário para conseguir se
movimentar de um lado a outro, nos vales entre
dunas, entre torres misteriosas, acampamentos
de nômades, zigurates palacianos, montanhas
esculpidas, ossadas gigantescas, vulcões e
cidades enterradas.
As trilhas entre as dunas são traiçoeiras e, abaixo
delas, há cidades e monumentos em ruínas
apenas esperando aventureiros incautos à
procura de tesouros.
A presença destas construções cria escoa-
mentos de areia que normalmente não seriam
comuns em um deserto tradicional: as dunas
instáveis podem provocar deslizamentos, soter-
ramentos e até desabamentos dependendo de
onde ocorrerem.
Dentro das dunas, se escondem perigosos
mistérios e oportunidades além-da-imaginação.
Subir uma duna requer alguma habilidade e
dependendo do procedimento de escalado, do
46 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
——
peso do aventureiro e da estabilidade da duna, o
pior pode acontecer.
Apresentaremos nesse capítulo um conjunto de
ferramentas que ajudarão a levar adiante à explora-
ção e, ao mesmo tempo, criar, variar e expandir sua
experiência no deserto sombrio de Lumn.
procedimentos
iniciais
Nos desertos de areia, a primeira grande decisão
a ser feita é: caminhar em um vale entre dunas ou
caminhar por sobre as dunas?
Essa é uma decisão que somente os jogadores
poderão tomar e, para isso, o Mestre pode querer
ter em mãos algumas sugestões iniciais para
encaminhar os jogadores deserto adentro.
Recomendamos que o Mestre de jogo inicie
sua campanha no extremo norte do mapa e, a
partir dali, ofereça todas as direções possíveis
desenhando dunas e rumando nas opções leste,
sudeste, sul, sudoeste e oeste.
Além disso, reforçamos o convite para que o Mestre
desenhe as dunas com tempo na preparação, ou
mesmo emergentemente. Porém, se o desejo da
mesa for rolar aleatoriamente estes caminhos,
sugerimos seguir o procedimento a seguir:
 Caso o Mestre sinta a necessidade, ele pode rolar
t4.1 direção inicial outro 1d8 para alterar a direção da duna em
das dunas algum ponto que queira ou que seja necessário,
como ultrapassar o espaço de uma montanha ou
ROLE 1D6 qualquer outro marco do mapa.

1 Leste O Mestre pode reencaminhar a direção das

2 Sudeste
3 Sul
4 Sudeste
5 Oeste
6 Role Novamente
A partir do ponto onde o jogo começa, o Mestre
poderá encaminhar 1 ou mais corredores entre
2 dunas. Este vale entre dunas é o caminho
por onde a jornada irá se desdobrar. Os ventos
sopram em todas as direções e dunas com forma-
tos absurdos são possíveis neste deserto. Role na
tabela abaixo para definir a direção das dunas:
t4.2 direção das dunas
dunas quantas vezes achar necessário e pode
manter tal formação por quanto tempo desejar,
pois os ventos movimentam as dunas em uma
velocidade assombrosa.
Recomendamos fortemente que todos esses
procedimentos sejam feitos na preparação
de jogo, dando ao Mestre mais tempo para
desenhar os caminhos sagrados no deserto. Se
um Mestre desejar fazê-lo improvisadamente,
ele também poderá seguir as recomendações e
pular as que não julgar necessárias.
É importante esclarecer que esses procedimen-
tos são apenas ferramentas para ajudar o Mestre
a oferecer viagens interessantes, diversas,
recompensadoras, desafiadoras e muitas vezes
letais aos jogadores. Experimente usar todas elas
e, a partir de sua experiência, recrie como quiser
as trilhas de areia negra.

ROLE 1D8
Extensão e Topo das Dunas
1 Norte Determine a extensão da duna a sua maneira,
compreendendo as distâncias de norte a sul e de
2 Nordeste
oeste a leste do deserto.
3 Leste
Determine também se é uma duna reta, como
4 Sudeste um corredor, ou se ela faz curvas fechadas,
5 Sul criando coberturas e pontos cegos. Para
determinar se são retas ou curvas, lance 1d6. Se o
6 Sudoeste resultado for par, trate a duna como Reta. Se for
7 Oeste ímpar, como Curva.

8 Noroeste Por fim, determine a altura das dunas instáveis

(1d10 x 10 metros) e das estáveis (1d4 x 10 metros).

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 47

 Trace (se houver espaço suficiente) pelo menos
2 dunas para que os jogadores possam escolher
entre caminhar por cima delas ou entre elas.
determine o tipo de duna
As dunas podem ser mais ou menos estáveis
conforme sua formação natural e a ação dos
ventos constantes. Em casos nos quais as dunas se
projetem acima de construções antigas e frágeis,
pode haver acidentes. Problemas podem aconte-
cer tanto em dunas Almíneas quanto em dunas
Lardésias. Em casos de exploração onde os
personagens não estiverem andando sobre ruínas
de outros tempos, as dunas são perfeitamente
seguras e não oferecem riscos de deslizamento,
desabamento, soterramento etc. Tais dunas são
consideradas dunas Comuns.
Nenhuma duna pode ser considerada total-
mente segura para quem se mete a subir por
elas. Porém, como descrito anteriormente, elas
podem ser mais ou menos perigosas.
O Mestre deve consultar o peso do personagem
e, baseado nas tabelas adiante, escolher o nível de
dificuldade de atravessar ou percorrer a duna em
questão. É importante lembrar que estes acidentes
apenas acontecem quando, abaixo das dunas, há
ruínas e escombros antigos que, por algum motivo,
vão ceder, fazendo com que os aventureiros caiam
ruína abaixo ou rolem externamente pelas dunas.
t4.3 tipos de dunas
ROLE 1D8
1-3 Almíneas: dunas baixas, com formato de lombada. Estáveis e firmes.
4-6 Lardésias: dunas altas, com topos íngremes e cume estreite. Instáveis e Perigosas.
7-8 Comuns: dunas comuns, não apresentam risco.
48 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
Acima de 1.200 de peso total, o personagem não
pode subir.
O Mestre deve rolar de acordo com o nível de
dificuldade. Um resultado 1, significa que
a duna desabou e o personagem toma o dano
especificado a cada 6 metros de queda ou 1d6 de
dano por soterramento.
Escolha a melhor opção, baseando-se no
posicionamento ficcional dos personagens ou, se
isso não for o suficiente, role 1d6: Queda (Par);
Soterramento (Ímpar).
Se o resultado for queda da duna, role 1 dado
correspondente à altura máxima daquela duna
para determinar em qual ponto dela o persona-
gem começou a cair.
Exemplo: um personagem resolve subir por
uma duna estável de 30 metros. Ele possui peso
60, então deve rolar 1d12.
O resultado obtido é 1. Se não houve procedimen-
to algum, role para ver em que ponto o persona-
gem cai (neste caso, 3d10 metros) e aplique o dano
conforme o tipo de duna.
Em caso de procedimento prévio à subida na
duna, o Mestre pode permitir que o jogador faça
uma JPC para tentar evitar o dano da queda. Se
o jogador estiver amarrado e completamente pro-
tegido, ele recebe apenas 1 de dano e nada mais.
t4.4 alminídeas (dunas baixas e estáveis)

NÍVEL DE
PESO TOTAL QUEDA SOTERRAMENTO
DIFICULDADE
1 de dano a
Até 400 1d12 1d6 de dano
cada 6 metros
1 de dano a
Até 600 1d10 1d6 de dano
cada 6 metros
1 de dano a
Até 800 1d8 1d6 de dano
cada 6 metros

t4.5 lardésias (dunas altas e instáveis)

NÍVEL DE
PESO TOTAL QUEDA SOTERRAMENTO
DIFICULDADE
1d4 de dano a
Até 400 1d8 1d6 de dano
cada 6 metros
1d4 de dano a
Até 600 1d6 1d6 de dano
cada 6 metros
1d4 de dano a
Até 800 1d4 1d6 de dano
cada 6 metros

Um Mestre pode negociar os testes mediante
as ideias e procedimentos dos jogadores. As
ideias dos jogadores para atenuar os riscos são
essenciais nesta etapa do processo. É impor-
tante que o Mestre (antes dos personagens
subirem na duna) antecipe a eles sempre existe
a chance de morte, tanto nas dunas estáveis
quanto nas instáveis.
Em caso de queda dentro das ruínas, o desastre
pode abrir campo para a investigação em uma
dungeon velada pelas areias. Recomendamos
que as dunas Almíneas e Lardésias se estabele-
çam apenas nos locais dos marcos de cidades
subterrâneas ou ruínas esquecidas. O Mestre
também pode espalhar outras dungeons e
cidades arruinadas pelo mapa se desejar.
Caso a exploração não passe por nenhum desses
marcos de construções subterrâneas, as dunas
serão seguras, oferecendo apenas riscos no sentido
de os personagens serem percebidos ou de navega-
ção em terrenos mais íngremes e difíceis.
determinando encontros
Seja dentro ou sobre as dunas, nos vales ou no céu
de Lumn, o Mestre pode sempre preparar tesouros,
itens enterrados, desafios, criaturas e mistérios.
Além das tabelas do Old Dragon 2, ou qualquer
outra que guarde coerência com a vida no deserto
de Lumn, o Mestre pode rolar randomicamente
os encontros nas tabelas a seguir. Role na tabela
Tabela T4.6 para decidir qual das tabelas de
Encontros nos Ermos será usada, ou
escolha a melhor para a
sua mesa.

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 49

 t4.6 matriz de encontros nos ermos

ROLE 1D6

1 T4.7: Encontros nos Ermos 1

2 T4.8: Encontros nos Ermos 2
3 T4.9: Encontros nos Ermos 3
4 T4.10: Encontros nos Ermos 4
5 T4.11: Encontros nos Ermos 5
6 T4.12: Encontros nos Ermos 6

t4.7 encontro nos ermos 1

ROLE 1D12

1 Humanoide Morto (1)

2 Yeldra (1d2)
3 Lagarto Gigante do Deserto (1d2)
4 Escorpião Gigante do Deserto (1d2)
5 Coiote do Deserto (2d6)
6 Besouro Gigante (1d6)
7 Verme Argénteo (1d2)
8 Esqueleto (2d6)
9 Zumbi Desidratado (2d6)
10 Homem Abutre (1d4)
11 Demônio Abutre (1d2)
12 Role na T4.8: Encontros nos Ermos 2

50 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

t4.8 encontro nos ermos 2

ROLE 1D12

1 Ghoul (1d3)
2 Escaravelho (1d6)
3 Gigante Ígneo (1)
4 Gigante do Deserto (1)
5 Cavalo Selvagem (1d6)
6 Jinn (1)
7 Aranha Gigante do Deserto (1d4)
8 Cactoide Gigante (1d2)
9 Ninfa do Oásis (1d4)
10 Abutre Gigante (1d4)
11 Gênio Areísco (1)
12 Role na T4.9: Encontros nos Ermos 3

t4.9 encontro nos ermos 3

ROLE 1D12

1 Dríade das Dunas (1d2)

2 Homem Chacal (1d4)
3 Demônio do Deserto (1d4)
4 Ankheg (1d6)
5 Escorpião Coruja (1d4)
6 Povo do Verde (Guerreiros) (2d6)
7 Aventureiro (como Elfos, Anões e Halflings de 2º nível) (1d6)
8 Assassino (como um Ladrão de 2º nível) (1d4)
9 Caçador de Recompensas (1d4)
10 Viajante Misterioso (como um Mago de 2º nível) (1d4)
11 Clérigo Caótico (como um Mago de 2º nível) (1d4)
12 Role na T4.10: Encontros nos Ermos 4

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 51

 t.10 encontro nos ermos 4 t4.11 encontro nos ermos 5

ROLE 1D12 ROLE 1D6

1 Yeldra (1d4) 1 Javali-Toupeira (1d6)

2 Yeldra da Noite (1d3) 2 Ciclope Alienígena (1)

3 Glamério (1d2) 3 Caveira-Gigante (1d4)

4 Povo do Verde (Guerreiros) (3d6) 4 Castanho Xamã (1)

5 Pterodáctilo (1d2) 5 Sombra Agmista (1d8)

6 Leão Branco (1d6) 6 Camaleão Jaonída (1)

7 Anhandêra (1d6) Rei Bruxo (Líder dos Diabos

7
Brancos Menores) (1)
8 Maldição Pedra-Cabelo (4d6)
Rei Branco (Líder dos Diabos
9 Castanho (Guerreiro) (1d10) 8
Brancos Maiores) (1)
10 Morte-Sombra (1d6) Necromante Místico das Covas
9
11 Mãe-Plumada (1d2) Castanhas (1 em 1d100)
Role na T4.11: Encontros nos 10 Role na T4.12: Encontros nos Ermos 6
12
Ermos 5

t4.12 encontro nos ermos 6

ROLE 1D6

1 Mestre de ARKHI (ARKHImancista) (1d4)

2 Caranguejo-Cabeça (1d10)
3 Normósia (Centopeia Humana) (1)
4 Escorpião Lunar (1d6)
5 Morte-Alva (3d4)
Antigo (de maneira discreta ou onírica – jamais o antigo se apresenta de corpo
6
presente) (1)

52 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

determinando
fenômenos naturais
Os desafios e perigos de Lumn não estão
limitados a apenas encontros com criaturas e
demônios. Os fenômenos naturais que englobam
Lumn também possuem uma grande participação
na histórias dos seus aventureiros, que sempre
precisam estar de olhos abertos e atentos ao seu
redor. Para determinar os fenômenos naturais
ocorrendo em Lumn, role na tabela T4.13 ou
escolha a melhor opção para sua mesa.
t4.13 fenômenos naturais
ROLE 1D6
1 Eclipse solar/lunar
2 Vulcão em erupção
3 Tempestade de fumaça negra
4 Tempestade de areia
5 Nuvem de vapor
6 Tremores de terra
sobrevivência e
geração de marcos
No seu mapa de Lumn, você poderá ver a locali-
zação atual dos acampamentos de cada povo de
Lumn, assim como os marcos fixos do cenário
(Montanhas Castanhas, Rio Mantaro, Rio-Seco,
zigurate e a Cidade Velada.
Com a velocidade de exploração determinada,
e com as dunas e os encontros gerados, os aven-
tureiros partem para a exploração e o Mestre já
pode começar a elaborar seus desafios.
O mapa de jogo está repleto de ganchos e semen-
tes de aventuras, assim como locais detalhados
e eventos importantes do deserto de Lumn.
Porém, é no caminho entre marcos em que o
Mestre mostrará que a sobrevivência é a chave da
manutenção da vida em Lumn.
sede em arkhi
A água é fonte de vida, é a chave da sobrevivência,
e isso não é diferente em Lumn. Aqui, cada 1 uso
de água equivale a 0,5 litro de água, e cada tipo de
cantil possui uma quantidade de uso específica.
H Cantil Comum: 2 usos (1 litro)
H Cantil Bola: 10 usos (5 litros)
H Bexiga de Coiote: 1 uso (½ litro)
O deserto consome como um vilão paranoico
toda e qualquer fonte de água no corpo e fora
dele. Viajar pelo deserto significa também
perder água e, portanto, a reposição precisa ser
igualmente cuidadosa.
Viajando em marcha normal um aventureiro
precisa consumir o mínimo de 2 usos de água
por dia (conteúdo completo de um cantil
comum) ou estará penalizado como exausto,
extenuado e morto.
Em casos de marcha forçada, o Mestre deve
arbitrar conforme velocidade, dificuldade
do relevo, temperatura, presença de sombra,
estação do ano e até horário do dia.
Adiante você pode conferir as consequências de
ficar sem água:
24 horas: se ficar 24h sem beber ao menos 2
usos de água, o PJ adquire a condição Exausto.
PJs exaustos realizam todos os testes de
Atributo, Jogada de Proteção ou Ataque ajusta-
dos como difícil, até que a condição causadora
da exaustão seja resolvida.
H Deslocamento: além dos efeitos da exaus-
tão, o movimento do personagem é reduzido
em 3 pontos.
48 horas: se ficar 48h sem beber ao menos
2 usos de água, o PJ adquire a condição
Extenuado. PJs extenuados passam a realizar
todos os seus testes como muito difícil, até que a
condição causadora da extenuação seja resolvida.
H Deslocamento: além dos efeitos da extenu-
ação, o movimento do personagem
é reduzido para 1
ponto.
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 53
 72 horas: se ficar 72h sem beber ao menos 2 usos
de água, o personagem morre imediatamente.
fome em arkhi
Por conta da quantidade absurda de energia
necessária para explorar os ermos tão extenu-
antes, um aventureiro precisa fazer pelo menos
2 refeições (ou consumir 2 rações de viagem)
por dia. Não consumir estas refeições/rações
leva o personagem às condições de exaustão,
extenuação e morte.
Adiante você pode conferir as consequências de
ficar sem alimentos:
24 horas: se ficar 24h sem comer ao menos
2 refeições, o personagem adquire a condição
Exausto. Personagens exaustos realizam todos
os testes de Atributo, Jogada de Proteção ou
Ataque ajustados como difícil, até que a condi-
ção causadora da exaustão seja resolvida.
H Deslocamento: além dos efeitos da exaus-
tão, o movimento do personagem é reduzido
em 3 pontos.
48 horas: se ficar 48h sem comer ao menos
2 refeições, adquire a condição Extenuado.
Personagens extenuados passam a realizar
todos os seus testes como muito difícil, até que a
condição causadora da extenuação seja resolvida.
H Deslocamento: além dos efeitos da
extenuação, o movimento do personagem é
reduzido para 1 ponto.
72 horas: se ficar 72h sem comer ao
menos 2 refeições, o personagem morre
imediatamente.
vitalidade em arkhi
ARKHI é um deserto e, com isso, a água, um
recurso escasso.
Frequentemente, os aventureiros se veem na
necessidade de encontrar outras fontes para aliviar
seu desespero. Bebidas alcoólicas, urina, sangue,
linfa de insetos e outros líquidos
podem ser utilizados
para
54 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
conter minimamente os efeitos devastadores da
fome e da sede.
Porém, pelas suas impurezas, tais substâncias
podem fazer mal aos aventureiros, fazendo-os
progredir automaticamente na gradação de níveis
de privação: Exausto > Extenuado > Morte.
Impurezas: um Mestre deve arbitrar usando
1d6 (chance de 1 em 1d6 para pouco impuro
ou chance de 1-5 em 1d6 para muito impuro) a
chance de um aventureiro passar mal ingerindo
o líquido, levando em conta o quão impuro é o
material usado.
Se falhar, ele passa automaticamente a um nível
superior de privação.São eles:
H 1º Nível: um aventureiro saciado passa a
estar Exausto.
H 2º Nível: um aventureiro Exausto passa a
estar Extenuado.
H 3º Nível: um aventureiro Extenuado, morre.
Álcool: bebidas alcoólicas desidratam mais do
que hidratam. Então, um Mestre pode considerar
uma falha automática em um teste como esse a não
ser que algum procedimento seja feito como, por
exemplo, incandescer uma adaga e mergulhá-la no
tonel de vinho, fazendo com que o álcool evapore e
o líquido passe a ser mais útil em caso de sede.
Carneação
Para evitar fome e sede, os aventureiros
frequentemente abrem e dividem os corpos das
criaturas. Dependendo da situação, eles podem
até mesmo abrir cadáveres humanos em busca
de alimento para permanecerem vivos.
Este procedimento dá ao Mestre a chance de arbi-
trar usos de refeições e sangue ou linfa (e outros
líquidos) para serem retirados do processo. A
quantidade de carne e líquidos a serem extraídos
de uma criatura se dá pelo seu tamanho:
H Miúdo: 1d2 rações e 1 uso de líquido;
H Pequeno: 1d3 rações e 1d2 usos de líquido;
H Médio: 1d4 rações e 1d3 usos de líquido;
H Grande: 1d6 rações e 1d4 usos de líquido;
H Imenso: 3d6 rações e 3d4 usos de líquido;
H Colossal: 6d6 rações e 6d4 usos de líquido.
Contaminação: criaturas que em seus corpos
possuírem venenos, substâncias tóxicas ou intes-
tino, podem ter uma chance de contaminação de
suas carnes ou líquidos durante uma carneação.
H Miúdo: 1-4 chances em 1d6 de contaminação;
H Pequeno/Médio: 1-3 chances em 1d6 de
contaminação;
H Grande: 1-2 chances em 1d6 de contaminação;
H Imenso/Colossal: 1 chance em 1d6 de
contaminação.
Durabilidade: os líquidos como sangues e
linfas possuem uma validade menor do que a
água e com isso um Mestre pode arbitrar que elas
estragarão em 1d4 dias, tornando o consumo
da mesma impróprio, causando um teste de
vitalidade um nível mais severo que o normal.
Ossos
Ossos podem ser trocados por algum cobre nos
mercados. Crânios valem um pouco mais na mão
de cultistas Agmistas, Mortiks ou Meggistas. Um
fêmur pode virar uma arma, enquanto os ossos
menores podem servir para fazer instrumentos
de Ladrão.
Ossos podem ser trabalhados e esculpidos além
de transformados em pó para a construção ou
para rituais mágicos. Os antigos mesclavam pó
de ossos com água fervente e areia negra para
fabricar uma massa que servia como barro,
argila ou cimento para edificações de pedra.
Os elfos Plomeriel que cultuam Meggia são capa-
zes de produzir uma pomada para ferimento
usando sangue de diabo branco e pó de ossos.
Com o devido descanso, essa pomada pode curar
até 1d4 pontos de vida.
Coletar carapaças de insetos gigantes, escamas
de demônios, sangue de criaturas especiais e
outras especiarias podem servir para todo o tipo
de proveito, como alterar objetos criados dando a
eles qualidades singulares. Alguns exemplos:
H Armadura de Carapaça de Insetos: CA igual
da cota de malha (mais leve: peso = 300).
H Bexiga de Homem-Chacal: funciona como
cantil.
H Escamas de Demônio: podem suprir fome
por 1d12 horas e não precisam ser mastigadas.
H Fêmur de Demônio: não quebra no acerto e
não se desfaz no calor extremo (mergulhado
no fogo).
H Fêmur de Yeldra: não quebra no acerto e dá
1d8 de dano.
H Olhos Vermelhos de Diabo Branco: quando
os 6 olhos são acumulados, pode-se produzir
uma poção de cura (1d8 pontos de vida).
H Sangue de Escorpião Lunar: +2 na Destreza
por 1d6 horas.
Desta forma, os aventureiros aproveitarão 100%
dos inimigos abatidos ao longo da exploração,
entre acampamentos e piscinas naturais. Corpo,
sangue, ossos, tripas, órgãos… Tudo pode ser
aproveitado.
Navegando entre Marcos
Fixos e Marcos do Mestre
A taxa de movimentação de exploração nos
ermos do deserto (segundo o Old Dragon 2) é
reduzida em 2 devido as dificuldades de se andar
em um relevo irregular.
Norte a Sul: 195 km
Leste a Oeste: 145 km
Com as distâncias determinadas, os aventurei-
ros começam a se movimentar entre os marcos
fixos do cenário. Todos os marcos fixos estão
dispostos nos mapas do deserto de Lumn (veja
as páginas 44 e 45) e é entre eles que uma parte
significativa do jogo acontece.
Além das tabelas padrões de encontros aleatórios
e fenômenos naturais, o Mestre pode querer
inserir novos lugares na exploração do deserto
de Lumn. E como fazê-lo? No caminho entre os
marcos, o Mestre pode inserir elementos
mesclados usando caracterís-
ticas de ambos.
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 55
 —— CA PÍ T U LO 5 ——

MONSTROS E INIMIGOS

N este capítulo, apresentamos as fichas

das criaturas originárias do deserto
de Lumn.
Além delas, estão descritas aqui as criaturas das
tabelas dos ermos do Capítulo 4: Exploração,
a partir da página 50, como também todas as
encontradas durante a aventura Palácio da
Noite: O Zigurate ARKHIimancista ao final deste
livro. Todas em ordem alfabética para facilitar na
hora da consulta do Mestre.
As estatísticas dos monstrs e inimigos deste
livro seguem o padrão apresentado no Livro III:
Monstros & Inimigos do Old Dragon 2. Mas, como
Mestre, não se sinta na obrigação de utilizar apenas
as criaturas deste capítulo em suas aventuras ou de
usá-las exatamente como estão descritas aqui.
No mundo de ARKHI, o céu e a imensidão
das dunas são o seu limite. Explore, invente,
divirta-se e, principalmente, crie desafios cada
vez maiores para você e seus jogadores.

abelha- 1d6 (5d6) [10xp ] abutre gigante 0 (1d3) [75xp ]

diamante Animal, Grande e Neutro
Animal, Miúdo e Neutro

Abelhas gigantes (30cm) de temperamento Tão grandes quanto cães. Se famintos, podem
agressivo. Constroem colmeias subterrâneas. atacar humanos ou criaturas de tamanho parecido.

DV CA JP MV MO DV CA JP MV MO
1/2 20 7 11V 8 3+3 13 7 20V 7
1 × ferroada + 0 (1d3 + veneno + ferrão alojado) 2 × garras + 3 (1d6)
1 × bico + 3 (1d6)
H Tesouro: mel. H Carregar: conseguem carregar suas presas
H Agressividade: normalmente atacam à (tamanho máximo equivalente ao de um
primeira vista. Sempre atacam intrusos a 9m halfling).
de sua colmeia.
alma
H Morrem Após Atacar: esta criatura conspurcada 1d6 (1d8) [115xp ]
morre após ser bem-sucedida em um ataque Morto-vivo, Médio e Caótico
de ferroada.
H Veneno: mortal (JPC para evitar).
Alma amaldiçoada, presa ao mundo
H Ferrão Alojado: causa 1 de dano por material por feitiços negativos.
rodada, conforme o ferrão abre caminho
para dentro. Uma rodada pode ser gasta para DV CA JP MV MO
removê-lo. 3 14 7 8 9
1 × toque + 2 (drenar energia)

56 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

H Tesouro: (B) antigo 0 (0) [17.775xp ]
Besta, Imenso e Caótico
H Morto-vivo: imune a frio, magias mentais
de manipulação, controle ou ilusão, ou demais
formas mágicas de interferir na mente de Um criador de mundos de sofrimento e dor. Tem um
seres vivos. Sofre 1d6 de dano ácido por frasco poder absurdo, mas sua mentalidade infantil, egoísta e
de água benta. desatenta o deixam ainda mais terrível.

H Imunidades: só podem ser feridos por DV CA JP MV MO

armas de prata. Armas de prata causam apenas 57 15 15 20 9
metade do dano. 1 × língua + 12 (2d6 + engolir)
4 × tentáculos + 10 (2d6)
H Drenar Energia: um ataque bem-sucedido 1 × mordida + 10 (2d4)
faz com que o alvo perca um nível de experi-
ência (ou Dado de Vida). Isso incorre na perda H Medo: qualquer um que o ver pela primeira
equivalente a um Dado de Vida dos pontos de vez deve ser bem-sucedido em uma JPS ou
vida, assim como outros benefícios, graças fugirá de medo.
a ação de drenar níveis (ex. Magias, Jogada H Regeneração: regenera 1 DV por
de Proteção, etc.). A XP de um personagem rodada, e é capaz de conjurar 1d20+4 Almas
é reduzida ao valor intermediário entre seu Conspurcadas por encontro.
antigo nível e o novo. Uma pessoa que tem todos
seus níveis drenados se transforma em uma H Engolir: se o Antigo for bem-sucedido em
Alma Conspurcada dentro de 1d4 dias, sob o seu ataque de língua, engolirá seu oponente.
comando da Alma Conspurcada que a matou. O suco gástrico de seu estômago causa 2d6 de
dano corrosivo.
anhandêra 1 (2) [115xp ]
Besta, Médio e Neutro
conhecendo o antigo

Criaturas que misturam características de aranha e

polvo. São azuladas e sua pele parece de látex. Possuem O Antigo é um monstro de proporções gi-
8 patas em formato de tentáculos articulados semiflexí- gantescas, tentáculos por todo o corpo e
veis, usados como bastões para contundir suas vítimas. uma bocarra imensa. Os Alyzarinos anti-
gos (Povos da Floresta Central) os chama-
DV CA JP MV MO vam de Tepzago (O Mais Novo). Os Sábios
3+3 8 7 20 7/8
do Luzir Zenitar (Leste) o conheciam como
1 × pancada + 5 (1d4+1)
Agoyibb (Estrela dos Mortos). No templo
da Tumba Preta, fora chamado de Mnoma
H Fúria: ao tomar 2 ataques seguidos, Anhandêra
(Pai do Vazio) pelos sacerdotes Vsysulianos
fica em fúria e ataca com 1d4+2. Quando nesse
(Oeste). Na capital de Andarion, os antigos
estado, o moral de Anhandêra fica 8.
escribas relataram uma criatura parecida
H Imunidades: imunes ao fogo e a queimadu- e deram o nome de Elzaroth (Besta Celes-
ras de qualquer tipo. te). Mas os ARKHImancistas o chamam de
Ehnaog (Pequeno Dormente).
H Sono: não são imunes ao Sono, mas são
capazes de conjurar a magia Sono como um
Mago de 1º nível quando não estão utilizando
seus tentáculos para bater.

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 57

 antlion 0 (1d3) [75xp ] aranha gigante
Besta, Grande e Neutro do deserto 1d3 (1d3) [150xp ]
Animal, Grande e Neutro

Um monstro insetoide terrível. Enterra-se nas areias

e tem paladar para carne fresca. Tem seis patas e uma Aranhas caçadoras com 2,1m de comprimento
coloração amarelada. e cheias de pelos. Assemelham-se a tarântulas.
Mágicas por natureza.

DV CA JP MV MO
3+3 16 7 20V 7 DV CA JP MV MO
4 14 7 9 7
1 × garra + 3 (1d4)
1 × mordida + 3 (1d8+veneno)
1 × mordida + 3 (1d6)
H Tesouro: (I)
H Enterrar: podem movimentar-se por baixo
do solo à metade de seu deslocamento padrão.
H Veneno: uma JPC para não dançar por 2d6
turnos (sofrendo de terríveis dores, e espasmos
H Saliva Ácida: causa 1d4 extra de dano em que se assemelham a uma dança macabra).
ataques de mordida. H Espectadores: quem estiver assistindo as
H Spray Ácido: causa 8d4 de dano, mas vítimas afetadas pelo veneno deve ser bem-su-
esgota o uso de sua saliva por 24 horas. cedido em uma JPS ou começará a dançar da
mesma forma, pelo mesmo período de tempo
aparição 1d6 (1d8) [115xp ]
que as vítimas envenenadas.
sombria H Dança: aqueles afetados sofrem uma
Morto-vivo, Médio e Caótico penalidade de 4 para atacar e em sua CA. Após
5 turnos de dança, as vítimas ficarão exaustas
Poderosos humanos que sucumbiram a forças obscuras, e cairão no chão indefesas.
e agora se alimentam do espírito e da vontade de
viver de suas vítimas. Arkhimancista
(Arkhimago) 1d4 (2d4) [75xp ]
DV CA JP MV MO Humanoide, Médio e Caótico
3 14 7 8 9
1 × toque + 2 (1d6 + dreno)
Senhores da magia e do rio Mantaro. Dominam a
H Tesouro: (B) ARKHImancia, uma antiga e misteriosa arte capaz de
dobrar a matéria de maneira incompreensível.
H Dreno: ao tocar um alvo, a Aparição
Sombria drena 1 nível do alvo caso este não DV CA JP MV MO
passe em uma JPC. Se um alvo tiver todos 2 10 6 8 7
os seus níveis drenados assim, irá retornar 1 × adaga + 0 (1d4)
como uma Aparição Sombria sob controle da H Tesouro: (B)
Aparição Sombria que o criou. H Levitação: são capazes de levitar.
H Morto-vivo: imune a frio, magias mentais H Magia: como um Mago de 5º nível. Além
de manipulação, controle ou ilusão, ou das magias disponíveis, possuem a magia
demais formas mágicas de interferir na ARKHItectonismo.
mente de seres vivos. Sofre 1d6 de dano ácido
por frasco de água benta.
H Imunidades: só podem ser feridos por
armas de prata ou magia.

58 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

arkhimancista besouro gigante 1d6 (2d4) [95xp ]
(sumo sacerdote) 1d4 (2d4) [135xp ] Animal, Grande e Neutro
Humanoide, Médio e Caótico
Uma versão gigante e poderosa de sua versão comum.
Mais poderosos entre os ARKHImancistas e superiores
aos ARKHImagos, os Sumo Sacerdotes são
uma versão ainda mais perigosa. DV
3+1 16
CA JP
7
MV
11
MO
8
1 × mordida + 3 (2d6)
DV CA JP MV MO
3 9 8 8 7
H Tesouro: (I)
1 × adaga + 0 (1d4)
H Tesouro: (B) caçador
H Levitação: são capazes de levitar.
de recompensas 1d4 (2d4) [35xp ]
Humanoide, Médio e Neutro
H Magia: como um Mago de 8º nível. Além
das magias disponíveis, possui as magias
Um aventureiro e combatente experiente e preparado,
ARKHItectonismo e Arkhãnima Petra. retirando o melhor proveito das situações em que se
coloca. Nem sempre um Caçador vai agir da forma
basilisco mais usual: sendo contratado e pago pelo serviço
do deserto 1d6 (1d6) [340xp ] ou correndo atrás de tesouros perigosos. Podem ser
Besta, Grande e Neutro terríveis rivais, ou incríveis aliados.

Lagarto serpentiforme, não-inteligente, mas muito DV CA JP MV MO

mágico. Tem percepção às cegas e vive no Palácio da Noite. 2 13 6 9 8
1 × arma + 2 (1d8 ou dano da arma)
DV CA JP MV MO
6+1 15 9 6 8 H Tesouro: (B)
1 × mordida + 6 (1d10 + petrificação)
1 × encarada + 6 (petrificação) cactoide 0 (1d8) [695xp ]
gigante
H Tesouro: (F) H. Monstruoso, Grande e Ordeiro
H Surpresa: personagens surpreendidos por
um Basilisco encaram seu olhar. Humanoides gigantes (2 a 3m) semelhantes a cactos.
Vagam pelo deserto. Preocupam-se apenas em proteger
H Toque Petrificador: quem for tocado por as plantas de sua terra. Falam seu próprio idioma
um, transforma-se em pedra (JPC para evitar). oblíquo e arrastado.
H Olhar Petrificador: qualquer um que
encarar o olhar do Basilisco transforma-se DV CA JP MV MO
8 17 11 6 8
em pedra (JPC para evitar). A não ser que
2 × punhos + 7 (2d6)
desviem o olhar ou usem um espelho, perso-
nagens que estejam a uma distância corpo a H Tesouro: (C)
corpo são afetados em cada rodada.
H Aversão ao Fogo: não confiam em fogo e
H Desviar o Olhar: penalidade de 4 para nem naqueles que o carregam.
jogadas de ataque. O Basilisco ganha um
H Sangue de Água: se mortos, produzem
bônus de +2 para atacar.
1d4x10 litros de água potável.
H Espelhos: o reflexo de um Basilisco é
H Animar Plantas: cada indivíduo pode
inofensivo. Combatê-lo utilizando um
animar 2 cactos. Tais cactos lutam como
espelho incorre em uma penalidade de 1 em
Treants com taxas de movimento de 3 metros.
jogadas de ataque. Ao encarar seu próprio
reflexo (chance de 1-2 em 1d6), ele deve
efetuar uma JPC para evitar petrificação.

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 59

 camaleão 1 (1) [270xp ] caranguejo-
jaonída cabeça 1d6 (2d6) [25xp ]
Animal, Imenso e Neutro Besta, Grande e Neutro

Imenso camaleão, domado pelo esquadrão militar Uma monstruosidade bizarra que se enterra nas
Jaonída. Por cima de suas costas, uma sela sustenta dunas e usa seu rabo de cobra coral como uma antena
uma espécie de barraca que oferece um teto, sombra e para detectar a presença de predadores e vítimas.
assentos para os soldados. Viaja em grande velocidade, Movimenta-se muito rápido e pode atacar com suas
apesar de seu tamanho. Sua pele se mistura à cor da pinças, presas e o veneno de sua cauda é poderosíssimo.
areia tanto de dia na Xadra quanto à noite no Lumien.
DV CA JP MV MO
DV CA JP MV MO
1+1 14 7 8 7
6+1 16 8 9 10 2 × pinças + 1 (2d4)
1 × garra + 6 (1d6) 1 × presa + 1 (1d6)
1 × mordida + 6 (2d6) 1 × cauda + 1 (1d4 + veneno)
H Tesouro: (E) + 8.000 gemas preciosas H Veneno: qualquer um atingido pela cauda
de serpente pode agonizar e morrer em 1d4
H Infravisão: 30 metros. rodadas se falhar em uma JPC.

cão espectral 0 (0) [65xp ]

castanho
Morto-vivo, Pequeno e Neutro guerreiro 1d10 (1d4x10) [35xp ]
Humanoide, Médio e Neutro
Cães que outrora foram cães mastiff, mas que agora são
seres espectrais, sombrios e perigosos.
Criaturas hominídeas, recolhidas no interior das
montanhas e em monólitos esquecidos do deserto. Atacam
DV CA JP MV MO ferozmente, não se importando com as leis Jaônicas.
2+2 12 7 12 8
1 × mordida + 2 (1d6 + drenar)
DV CA JP MV MO
2 9 7 9 9
H Dreno: ao morder um alvo, drena 1d4x10
1 × clava vitrificada +1 (1d4+2)
pontos de Experiência.
H Morto-vivo: imune a frio, magias mentais H Tesouro: (C)
de manipulação, controle ou ilusão, ou H Encontrão: o alvo faz uma JPD. Se falhar,
demais formas mágicas de interferir na será derrubado e desarmado (o escudo
mente de seres vivos. Sofre 1d6 de dano ácido também cai) no chão. Só funciona com
por frasco de água benta. inimigos sem armadura.
H Imunidades: só podem ser feridos por H Mordida no Rosto: atacando como um cão
armas de prata ou magia. Armas de prata feroz, os Castanhos Guerreiros mordem o rosto
causam apenas metade do dano. de seus inimigos para intimidá-los. A mordida
causa 1d6 de dano e, se o Castanho falhar, ele cai
no chão e poderá ser atacado com +2.

60 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

castanho xamã 1d10 (1d4) [75xp ] ciclope 1 (1d4) [2.375xp ]
Humanoide, Médio e Ordeiro alienígena
Gigante, Imenso e Caótico
Entre os Castanhos, no interior das Montanhas, vivem
alguns Xamãs. Sua tradição antiga evoca os elementos Sua pele tem um tom marrom esverdeado e produz
mais antigos do arcanismo Lumniano. Geralmente usam barulhos terríveis enquanto caminha ou descansa.
colares de crânios, penas de pássaros da Morte-Alva,
e carregam bastões ou cajados de pedra com gemas e DV CA JP MV MO
símbolos sagrados Castanhos amarrados à cintura. 13 14 15 3 8
1 × porrete + 9 (3d10)
DV CA JP MV MO 1 × rocha + 9 (3d6)
3 10 9 9 9
1 × arma + 1 (2d 4 ou arm a +1) H Tesouro: (E) + 5.000 PO
habilidades de um Clérigo de 3º nível. H Visão Limitada: penalidade de 2 nas jogadas
H Tesouro: (C) de ataque, devido a percepção de profundidade
limitada.
cavalo selvagem 0 (1d10x 10) [35xp ] H Arremesso de rochas: até 60 metros de
Animal, Grande e Neutro distância.
H Raciocínio Lento: personagens inteligen-
Cavalos de composição leve, adaptados para atingirem tes podem enganá-lo.
altas velocidades. Podem sobreviver apenas de grama. H Maldição: 1 em cada 20 Ciclopes são
capazes de amaldiçoar um personagem 1x
DV CA JP MV MO
2 12 7 16 7 por semana. Teste de JPS para negar ou será
2 × coice + 1 (1d4) afetado por uma maldição a escolha do Mestre.
Efeitos máximos possíveis: penalidade de 2
H Debandada: manadas de 20 ou mais
nas jogadas de proteção, penalidade de 4 para
podem atropelar quem estiver em seu
acertar, e um atributo reduzido em 50%.
caminho. Chance de 1-3 em 1d4 por rodada.
+4 para acertar criaturas pequenas ou de H Olho Central: pode soltar uma vez por dia
tamanho humano. Causam 1d20 de dano. um raio poderoso e avermelhado de seu olho
central. Funciona como um Míssil Mágico,
H Domar: podem ser treinados como monta- dando 1d12+3 de dano. Uma JPD reduz o
rias (Cavalos de Montaria). dano à metade.
caveira-gigante 1d4 (2d4) [695xp ]
H. Monstruoso, Grande e Caótico
conhecendo o
ciclope alienígena
Humanoides esqueléticos e brutos, de inteligência baixa.
São conhecidos por atacar assentamentos humanos
para roubar tesouros e itens poderosos. Essas malditas Seu olho central bizarro é paranoico,
caveiras gigantes morreram, mas o seu delírio por ouro olhando na paisagem tudo e todos de
manteve-se mesmo após a sua morte amaldiçoada. maneira raivosa. Os Ciclopes eram gigan-
tes de outras realidades, foram trazidos por
DV CA JP MV MO
8 15 11 3 7 invocação poderosa Castanha há centenas
1 × arma + 8 (2d8) ou milhares de anos. Há rumores sobre Ci-
clopes com mais de 40 metros de altura em
H Tesouro: (E) + 5.000 PO
Lumn. Os rumores correm inclusive apon-
H Imunidades: são imunes a venenos e a tando pegadas fossilizadas destes gigantes
magias de Sono e Encantar. hórridos alienígenas.
H Corpo de Osso: armas perfurantes e
cortantes causam metade do dano.

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 61

 coiote diabo branco
do deserto 2d6 (3d6) [35xp ] maior (líder) 1 (1) [410xp ]
Animal, Pequeno e Neutro Besta, Grande e Caótico

Canídeos pequenos e carnívoros comuns em desertos.

Líder Supremo de todos os Diabos Brancos do Deserto.
DV CA JP MV MO
2 12 7 12 6/7
DV CA JP MV MO
1 × mordida + 1 (1d6) 6 17 9 9,16 9
H Quantidade: matilhas de 4 ou mais coiotes 2 × garras + 4 (2d6 + 2)
possuem moral 8. Se a matilha for reduzida 1 × toque + 4 (1d6 + drenar energia)
a menos de 50% de seu tamanho original, o
moral volta a ser 6.
H Tesouro: (E)
H Controle: pode controlar e conduzir 1d6
criatura diabos brancos acordados na região.
alienígena 0 (0) [50xp ]
Besta, Pequeno e Caótico H Morto-vivo: imune a frio, magias mentais
de manipulação, controle ou ilusão, ou
Olhos vermelhos e esbugalhados, pele marrom e oleosa, demais formas mágicas de interferir na
com três protuberâncias sobre a cabeça. mente de seres vivos. Sofre 1d6 de dano ácido
por frasco de água benta.
DV CA JP MV MO
2 14 7 9 8 H Imunidades: só podem ser feridos por
1 × disparo laser + 1 (1d6) armas de prata. Armas de prata causam
H Tesouro: (A) apenas metade do dano.
H Odiosos: tentam matar qualquer criatura H Drenar Energia: um ataque bem-suce-
que encontrarem. dido faz com que o alvo perca um nível de
H Armas a Laser: pistola que dispara experiência (ou Dado de Vida). Isso incorre
raios de luz que ignoram qualquer tipo de na perda equivalente a um Dado de Vida
armadura. dos pontos de vida, assim como outros
benefícios, graças a ação de drenar níveis
diabo branco (ex. Magias, Jogada de Proteção, etc.). A
maior (soldadO) 1d6 [175xp ] XP de um personagem é reduzida ao valor
(1d10) Besta, Pequeno e Caótico intermediário entre seu antigo nível e o
novo. Uma pessoa que tem todos seus níveis
drenados se transforma em um Diabo
Apesar deste Diabo ser apenas um soldado errante de
sua espécie, ele é maior e mais poderoso do que seus Branco Maior (Soldado) em um dia, sob o
parentes menores. Possui as mesmas características comando do Rei Bruxo.
de seus parentes soldados menores, porém com quase o
dobro do tamanho, podendo chegar até a 4m de altura. H Sentidos: quando um ataque de toque for
Seu lema é matar e levar para dentro da toca. bem-sucedido, a vítima tocada perde um dos
seus sentidos.
DV CA JP MV MO O mestre rola 1d4:
5 15 9 9,16V 9
1 – Visão;
2 × garras + 4 (1d6 + 2)
1 × mordida + 4 (1d8 + 2) 2 – Audição;
3 – Tato;
H Tesouro: (E) 4 – Paladar e Olfato.
H Magias: como um Mago de 3º nível.

62 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

 diabo branco
conhecendo o diabo
menor (líder) 1 (1) [75xp ]
branco maior (líder) Besta, Médio e Caótico

Vive escondido nas sombras das Montanhas

Castanhas, e é extremamente poderoso e Possui escamas brancas, chifres longos,
olhos grandes e vermelhos.
perigoso. Os seus parentes tanto menores
quanto maiores o tomam como um deus.
DV CA JP MV MO
É chamado de Rei Bruxo por seus pode- 3 16 9 8 7
res arcanos e psíquicos. Rumores contam 2 × garras + 3 (2d4)
de alianças entre ele com Meggistas e até 1 × mordida + 1 (1d6)
ARKHImancistas. Alguns dizem que ele não
obedece a ninguém, outros acreditam que H Tesouro: (D)
ele é comandado pelos magos ARKHItetos. H Olhar Ardente: chance de 1-2 em 1d6
Ninguém sabe ao certo, pois os poucos que o por rodada de atacar um alvo com um raio
viram ou morreram ou voltaram loucos. maligno dos olhos, causando 1d6+2 de dano.
Uma JPD diminui o dano pela metade.
Violentos: atacam qualquer criatura que
diabo branco
H

menor (soldado) 1d6 (1d10)
Besta, Médio e Caótico
É forte e perigoso, podendo decepar suas
vítimas com suas garras enormes.
DV CA JP MV MO
2 13 5 8
2 × garras + 4 (1d6 + 1)
1 × toque + 4 (1d8 + 1)
H Tesouro: (D)
H Vulnerabilidade: é suscetível à magia de
Sono e a outros ataques mágicos.
conhecendo o diabo
branco menor (soldado)
Alguns o chamam de diabo, outros de demô-
nio. Mas a verdade é que essa é uma criatura
rejeitada dos planos inferiores justamente por
ser o resultado do cruzamento dos dois tipos.
Com escamas brancas e olhos vermelhos, esta
criatura constrói tocas no subterrâneo e in-
vade construções cobertas pelas areias. Nem
sempre leva suas vítimas para dentro da toca,
muitas vezes rasgando-as e comendo-as ali
mesmo no local da batalha.
avistarem.
[35xp ]
H Carregar: após sair vitorioso, chance de
1-2 em 1d6 de levar o corpo da vítima para sua
toca no subterrâneo.
H Vulnerabilidade: é suscetível à magia
Sono.
5
conhecendo o diabo
branco menor (líder)
É capaz de construir verdadeiros complexos
subterrâneos a partir da duna em que se en-
terra. Encontrar com essas criaturas é quase
sempre um sinal de morte certa.
Conhecido como Rei Branco, já foi visto per-
to das bases do Rio-Seco, mas é raríssimo um
encontro com ele. Após executar sua vítima,
na maior parte das vezes, a leva para dentro
das dunas, saindo novamente apenas para
atacar o próximo comboio ou caravana.

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 63

 demônio abutre 1d4 (1d4) [650xp ] dríade 0 (1d6) [50xp ]
Besta, Grande e Caótico das dunas
H. Monstruoso, Médio e Neutro
Demônio com aparência que lembra
a de um abutre deformado. Espíritos pacíficos da areia, tímidos e desconfiados.
Manifestam-se como belas humanoides.
DV CA JP MV MO
8 19 11 9 9 DV CA JP MV MO
2 14 9 8 6
2 × garras + 4 (1d6 + 4)
1 × bico + 4 (1d8 + 4) 1 × magia + 1 (encantar)
H Tesouro: (D)
H Tesouro: (C)
H Fusão: podem desaparecer ao se fundir
H Habilidades Mágicas: pode usar as com dunas.
seguintes magias à vontade: Escuridão, H Encantar: a vítima é compelida a se aproxi-
Detectar Invisibilidade e Telecinesia.
mar da duna, desaparecendo dentro dela (JPS
com uma penalidade de 2). Se não for resgatada
demônio
imediatamente ficará perdida para sempre.
do deserto 1d4 (2d6) [80xp ]
Besta, Médio e Caótico elemental
de vapor 1 (1) [3.425xp ]
São almas antigas de criaturas que pereceram no grande Besta, Grande e Neutro
deserto e, desencontrados da consciência de sua morte,
vagam em busca água de modo violento e macabro
Gigantescas ondas de água.

DV CA JP MV MO
DV CA JP MV MO
2+2 12 7 8 9 16 21 17 6, 12N 8
1 × toque + 2 (1d4 + drenar força) 1 × golpe + 11 (3d8)
1 × arma + 2 (1d6 ou o dano da arma)
H Tamanho: 1,2m de altura, 4,8m de diâme-
H Tesouro: (F) tro/1,8m de altura, 7,3m de diâmetro/2,4m de
H Surpresa: chance de 1-5 em 1d6 de surpre- altura, 9,6m de diâmetro.
ender seus alvos. H Conectado a Água: devem permanecer à
H Drenar Força: vítimas perdem 1 de FOR 18m da água.
por acerto. Recuperam após 8 turnos. Se as H Imunidades: só podem ser feridos por
vítimas tiverem a FOR reduzida a 0, após 24h ataques mágicos.
se transformam em Demônios do Deserto. H Ferimento Contra Criaturas na
H Imunidades: só podem ser feridas por Água: causam um dano extra de 1d8.
ataques mágicos, com exceção das magias
Sono e Encantar. escaravelho 1d8 (2d6) [50xp ]
H Alterar aparência: capazes de imitar a Animal, Pequeno e Neutro
forma de outro indivíduo até 1 vez por dia para
enganar aventureiros.
Besouros de 90cm de comprimento que se enterram
H Absorver Pobres Coitados: absorvem as e, às vezes, são encontrados abaixo do solo.
almas dos mortos graças às forças do deserto,
ganhando 1 DV por alma absorvida. Role 1d6 DV CA JP MV MO
por Demônio adicionando o valor ao total de DV. 2 15 7 9 7
1 × mordida + 1 (1d6)
1 × spray de óleo + 1 (bolhas)

64 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

H Spray de Óleo: usa ao ser atacado. Mira em escorpião lunar 1d6 (1d6) [150xp ]
um oponente a 1,5m de distância. Um acerto Animal, Gigante e Caótico
causa o surgimento de bolhas extremamente
dolorosas. Se atingido, o alvo recebe a pena-
lidade de 2 em jogadas de ataque durante as Escorpiões brancos gigantes. Vivem sob as areias do
próximas 24 horas. A magia Curar Ferimentos deserto e projetam uma luz ofuscante, atacando os
Leves pode ser utilizada para curar este efeito incautos de forma sorrateira. Sua carapaça brilhante
em vez de restaurar pontos de vida. como a lua possui valor inestimável na fabricação de
armaduras de qualidade superior e na joalheria entre a
escorpião nobreza. Hoje, são raros e extremamente letais.
coruja 1d4 (2d4) [175xp ]
Besta, Grande e Caótico DV CA JP MV MO
4 19 7 11 9
2 × pinças + 3 (1d10)
Uma mistura de coruja humanoide e escorpião gigante,
1 × ferrão + 3 (1d4 + veneno)
semelhante a um centauro.
H Tesouro: (2 itens mágicos)
DV CA JP MV MO
4 16 7 9 8 H Agressividade: normalmente atacam à
1 × bicada + 3 (1d4) primeira vista.
2 × garras + 3 (1d6 cada) H Veneno: mortal (JPC para evitar).
1 × picada de escorpião + 3 (1d8 + veneno) H Imunidades: imune a paralisia e petrificação.
H Tesouro: (F) H Agarrar e Ferroar: bônus de +2 para
ataques de ferroada se uma das pinças acertar
H Imunidade à magia: não são afetadas
o ataque.
pelas magias Sono e Encantar.
H Carapaça Lunar: vale 2d10x100 PO.
H Veneno: alvo deve realizar uma JPC para
evitar. Se falhar, o alvo perde metade dos seus
pontos de vida. Se bem-sucedido, perde 1d4
pontos de vida.

escorpião gigante
do deserto 1d6 (1d6) [150xp ]
Animal, Grande e Caótico

Aracnídeos tão grandes quanto um cavalo, com pinças e

ferrões mortais. Vagam em cavernas, ruínas e desertos.

DV CA JP MV MO
4 17 7 11 9
2 × pinças + 3 (1d10)
1 × ferrão + 3 (1d4 + veneno)

H Tesouro: (2 itens mágicos)

H Agressividade: normalmente atacam à
primeira vista.
H Veneno: mortal (JPC para evitar).
H Agarrar e Ferroar: se uma das pinças
acertar o alvo, os ataques de ferroada recebem
bônus de +2.

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 65

 espectro H Corpo de Osso: armas impactantes
do caos 1d4 (1d6) [175xp ] causam o dobro de dano nos Esqueletos, mas,
Morto-vivo, Médio e Caótico em contrapartida, armas perfurantes causam
metade do ano.
Assim como Aparições Sombrias, são poderosos humanos H Inabalável: mortos-vivos não fazem testes
que sucumbiram a forças obscuras, e agora se alimentam de moral, a não ser quando sofrem o efeito de
do espírito e da vontade de viver de suas vítimas. um Afastar Mortos-Vivos.

DV CA JP MV MO esqueleto do
4 16 9 9,16V 9
velho mestre 3d4 (3d10) [25xp ]
1 × toque + 3 (1d6 + drenar energia) Morto-vivo, Médio e Caótico
H Tesouro: (2 itens mágicos)
H Morto-vivo: imune a frio, magias mentais Um ARKHImancista morto. Seu corpo é um conjunto
de manipulação, controle ou ilusão, ou de ossos escuros, coberto por um manto negro.
demais formas mágicas de interferir na O crânio é grande e alongado.
mente de seres vivos. Sofre 1d6 de dano ácido
por frasco de água benta. DV CA JP MV MO
1 12 7 6 9
H Imunidades: feridos apenas por meio de 1 × arma + 0 (1d6 ou o dano da arma)
magia e de armas mágicas ou de prata. Armas
de prata causam metade do dano. H Morto-vivo: imune a frio, magias mentais
de manipulação, controle ou ilusão, ou
H Drenar Energia: um ataque bem-sucedido
demais formas mágicas de interferir na
faz com que o alvo perca 1 nível de experiência
(ou DV). Isso incorre na perda equivalente a mente de seres vivos. Sofre 1d6 de dano
um DV dos PV, assim como outros benefícios, ácido por frasco de água benta.
graças a ação de drenar níveis (ex. Magias, H Magias conhecidas: Encantar Pessoas
Jogada de Proteção, etc.). A XP de um perso- e Sono.
nagem é reduzida ao mínimo possível de
seu novo nível. Uma pessoa cujos níveis são fantasma
completamente drenados, se transforma em meggista 1d4 (1d8) [305xp ]
um Espectro do Caos dentro de um dia, sob o Morto-vivo, Médio e Caótico
comando do Espectro do Caos que a matou.
Mortos-vivos sem propósito definido, movidos pela
esqueleto 3d4 (3d10) [15xp ] raiva contra tudo o que é vivo.
Morto-vivo, Médio e Caótico
DV CA JP MV MO
6 17 9 11 9
Mortos-vivos normalmente usados como guardiões
de locais antigos e esquecidos. Sem medo, atacam até 1 × toque +5 (1d8 + drenar)
caírem aos pedaços. H Tesouro: (E)

DV CA JP MV MO
H Dreno: o toque de um Fantasma Meggista
1 13 6 9 7 drena 1 ponto de Constituição do personagem
1 × arma + 2 (arma + 0) sem direito a jogada de proteção. Um alvo que
H Silencioso: não produz som algum ao movi- tenha todos os seus pontos de Constituição
mentar-se e se mantém silencioso até atacar. drenados, ficará permanentemente morto.
H Morto-vivo: imune a frio, magias mentais H Morto-vivo: imune a frio, magias mentais
de manipulação, controle ou ilusão, ou de manipulação, controle ou ilusão, ou
demais formas mágicas de interferir na demais formas mágicas de interferir na
mente de seres vivos. Sofre 1d6 de dano ácido mente de seres vivos. Sofre 1d6 de dano ácido
por frasco de água benta. por frasco de água benta.

66 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

fantasma
perdido 1d4 (1d6) [175xp ]
Morto-vivo, Médio e Caótico
Uma alma que, apesar de estar livre para o descanso,
não sabe de sua própria morte. Vive vagando pelos
corredores, a fim de encontrar sua vida pregressa.
DV CA JP MV MO
4 16 9 9,16V 9
1 × toque +3 (1d6 + drenar energia)
H Tesouro: (E)
H Morto-vivo: imune a frio, magias mentais
de manipulação, controle ou ilusão, ou
demais formas mágicas de interferir na
mente de seres vivos. Sofre 1d6 de dano ácido
por frasco de água benta.
H Imunidade: só podem ser feridos por armas
de prata ou magia. Armas de prata causam
apenas metade do dano.
H Drenar energia: Um ataque bem-su-
cedido faz com que o alvo perca um nível de
experiência (ou Dado de Vida). Isso incorre
na perda equivalente a um Dado de Vida
dos pontos de vida, assim como outros
benefícios, graças a ação de drenar níveis (ex.
Magias, Jogada de Proteção, etc.). A XP de um
personagem é reduzida ao mínimo possível
de seu novo nível. Uma pessoa cujos níveis
são completamente drenados, se transforma
um Fantasma Perdido dentro de um dia, sob o
comando do Fantasma Perdido que a matou.
fantasma
violento 1d4 (1d6) [175xp ]
Morto-vivo, Médio e Caótico
Um fantasma aconselhado por Magos das trevas ou
ARKHImancistas, compelido a atacar, a fazer o mal,
acumular poder e nunca desistir.
DV CA JP MV MO
4 16 9 9,16V 9 H
1 × toque +3 (1d6 + drenar energia)
H Tesouro: (E)
H Morto-vivo: imune a frio, magias mentais
de manipulação, controle ou ilusão, ou
demais formas mágicas de interferir na
mente de seres vivos. Sofre 1d6 de dano ácido
por frasco de água benta.
H Imunidade: só podem ser feridos por armas
de prata ou magia. Armas de prata causam
apenas metade do dano.
H Drenar energia: um ataque bem-su-
cedido faz com que o alvo perca um nível de
experiência (ou Dado de Vida). Isso incorre
na perda equivalente a um Dado de Vida
dos pontos de vida, assim como outros
benefícios, graças a ação de drenar níveis (ex.
Magias, Jogada de Proteção, etc.). A XP de um
personagem é reduzida ao mínimo possível
de seu novo nível. Uma pessoa cujos níveis são
completamente drenados, se transforma um
Fantasma Violento dentro de um dia, sob o
comando do Fantasma Violento que a matou.
fungo amarelo 1d8 (1d4) [50xp ]
Planta, Pequeno e Neutro
Amarelo e fétido. É capaz de lançar esporos, envenenar e
até matar. Presente em estruturas de madeira, couro e em
construções de pedra pouco ventiladas.
DV CA JP MV MO
2 - 7 0 9
1 × esporos + 1 (2d 6 + e ngasgar)
H Área: cada 3m² cobertos pelo Fungo
Amarelo são tratados como um “indivíduo”.
Uma área de 3 x 3m, por exemplo, consiste em
3 fungos separadamente.
H Imunidades: nenhum ataque causa dano,
exceto fogo (uma tocha em chamas causa
1d4 de dano).
H Nuvem de Esporos: chance de 50% de
atacar se for tocado (ou danificado), lançando
uma nuvem de esporos que afeta a todos em
uma área de 3m³.
Engasgar: JPC para não morrer dentro de
6 rodadas.
H Erosão: madeira ou couro são devorados ao
entrar em contato com o fungo.
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 67
 gênio areísco 1 (1) [1.325xp ] ghoul 1d6 (2d8) [95xp ]
Besta, Médio e Caótico Morto-vivo, Médio e Caótico

Seres altamente mágicos, inteligentes e munidos de Morto-vivo grotesco. Passa todo o tempo procurando
livre-arbítrio oriundos do plano elemental do fogo. carne de semi-humanos para se alimentar.
Manifestam-se como um homem gigante de face
demoníaca, com uma aura de calor e fumaça. DV CA JP MV MO
Tornam-se tangíveis através de nuvens de fumaça. 3 14 8 9 7
2 × garras + 3 (1d4 + paralisia)
DV CA JP MV MO 1 × mordida + 3 (1d3 + paralisia)
10 15 15 9,16V 9
1 × punhos + 8 (2d 8) H Tesouro: (B)
H Morto-vivo: imune a frio, magias mentais
H Imunidades: só podem ser feridos por
de manipulação, controle ou ilusão, ou
ataques mágicos.
demais formas mágicas de interferir na
H Magias: cada um dos poderes abaixo pode mente de seres vivos. Sofre 1d6 de dano ácido
ser usado até três vezes ao dia: por frasco de água benta.
H Paralisia: alvo atingido por um Ghoul deve
Pilar de chamas: transforma-se em uma
ser bem-sucedido em uma JPC ou ficará para-
coluna de fogo por até 3 rodadas. Itens infla-
lisado por até 1d6 turnos. Elfos são imunes à
máveis que estejam a até 1,5m de distância
habilidade de Paralisia de um Ghoul.
do Gênio Areísco entram em combustão.
Ataques causam um adicional de 1d8 de dano H Inabalável: mortos-vivos não fazem testes
(3d8 no total). de moral, a não ser quando sofrem o efeito de
um Afastar Mortos-Vivos.
Invisibilidade.
Ilusão: visual e auditiva. Concentração não gigante
é necessária. Permanece até ser tocada ou do deserto 1d4 (2d4) [650xp ]
dissipada. Gigante, Imenso e Caótico

Criar Alimento e Água: para 12 humanos e

montarias durante um dia. Humanoides peludos e brutos de 3,6m de altura e baixa
inteligência. Vivem nos sopés de dunas e são conhecidos
H Odeiam Jinns: atacam à primeira vista. por atacar assentamentos humanos para roubar comida.
H Servos Aprisionados: magias de invo-
DV CA JP MV MO
cação de Gênios Areíscos podem ser pesqui- 8 15 11 9 7
sadas por Magos de níveis altos. Gênios 1 × arma +7 (2d8)
Areíscos podem ser presos como servos por
101 dias. Os Gênios Areíscos de lâmpadas H Tesouro: (E) + 5.000 PO
são traiçoeiros e seguirão comandos ao pé H Arma: brandam clavas e lanças gigantes.
da letra enquanto corrompem a intenção de
quem deu o comando.

68 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

gigante ígneo 1d2 (1d3) [1.675xp ] homem abutre 0 (1d4) [75xp ]
Gigante, Imenso e Caótico H. Monstruoso, Médio e Caótico

Humanoides de 4,8m de altura, com barbas negras e pele

Abutres que podem tomar a forma humanoide, meio
avermelhada. Vestem armaduras ornamentadas com
humana meio abutre, ou a forma de humanos.
metais dourados. Vivem em lugares muito quentes.

DV CA JP MV MO
DV CA JP MV MO 3 15 9 9,12V 7
11+2 15 14 9 8
1 × garras + 4 (2d4)
1 × arma + 9 (5d6)
1 × arma + 4 (1d6 ou o dano da arma)
1 × pedregulho + 9 (3d6)
H Tesouro: (E)+5.000 PO
H Tesouro: (C)
H Arremesso de Pedregulho: até 61m.
H Vulnerabilidade: só podem ser feridos
por armas +1, ou superior, de ferro.
H Imunidade ao Fogo: não são feridos por
fogo. H Garras: ferimentos com as garras requerem
uma JPC para evitar de ser paralisado.
glamérios 1 (1d6) [175xp ] H Forma Abutre: quando na forma huma-
H. Monstruoso, Grande e Caótico
noide, seu movimento é de 9. Quando na
forma abutre, é de 12V.
Humanoides grandes de pele negra, escamosa e brilhante
com cabeça de polvo. Bizarros e alienígenas, só podem ser
vistos no Assombro ou em Eclipses. Só atacam em caso homem chacal 1d4 (1d4) [125xp ]
extremo de violência contra eles. H. Monstruoso, Médio e Caótico

DV CA JP MV MO
5 6 7 4, 3S 9 Chacais capazes de tomar a forma humanoide, meio
2 × tentáculos + 4 (1d6 + 5) humana meio chacal, ou a forma de humanos.
1 × arma + 4 (1d12 + 5)
DV CA JP MV MO
H Tesouro: (I) 4 15 9 9, 12 8
H Magia: utiliza a magia ARKHImancista - 1 × mordida + 3 (2d4)
Imã de Carne, porém ampliando seu efeito 1 × arma + 1 (1d6 ou o dano da arma)
para 1d6 alvos em vez de apenas um. H Tesouro: (C)
H Levitação: pode Levitar até 200m de altura,
bem como fazer o alvo levitar. Para evitar
H Vulnerabilidade: só podem ser feridos
ser levado pelo glamério, o alvo deve ser por armas +1, ou superior, de ferro.
bem-sucedido em uma JPC. H Encarar: ao encarar o alvo, este deve ser
bem-sucedido em uma JPS ou ser afetado
guarda pelos efeitos da magia Sono.
do palácio 1d8 (3d10) [15xp ]
Humanoide, Médio e Neutro H Forma Chacal: quando na forma
humanoide, seu movimento é de 9. Quando
na forma de chacal, é de 12.
Guardas do Palácio da Noite, prontos para defender o local.

DV CA JP MV MO
1 13 6 9 7
1 × arma +0 (1d6 ou o dano da arma)
H Tesouro: (I)

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 69

 inumano javali-toupeira 1d6 (1d6) [75xp ]
colérico 2d4 (4d6) [65xp ] Animal, Pequeno e Neutro
Morto-vivo, Médio e Caótico

Pode atravessar para diferentes planos Maiores do que um javali padrão, mas igualmente perigosos
através de ângulos agudos. se perturbados. Podem se locomover no subterrâneo.

DV CA JP MV MO
DV CA JP MV MO 3 12 7 11 8
2 11 7 6 9
1 × arma +1 (1d6 ou o dano da arma) 1 × presa +2 (2d4)

H Guardiões: sempre atacam à primeira vista.

H Subterrâneo: movimenta-se no subterrâ-
neo com MV 20.
H Lento: sempre perdem a Iniciativa em um
combate (não precisam rolar).
jinn 1 (1) [460xp ]
H Drenar vida: se o ataque do Inumano Besta, Grande e Neutro
Colérico for o suficiente para matar um
personagem, este despertará 1d4 rodadas
depois como um zumbi sob o comando do Humanoides altos envoltos em nuvens. São seres altamente
Inumano Colérico. mágicos, inteligentes e munidos de livre-arbítrio. Vêm do
plano elemental do ar.
H Atravessar Planos: se encurralado, o
Inumano Colérico poderá tentar uma Jogada DV CA JP MV MO
de Proteção de magia para que consiga 7+1 14 15 8 9,16V
atravessar pelo ângulo agudo mais próximo, 2 × punhos +7 (2d8)
chegando no plano de sua escolha. H Imunidades: só podem ser feridos por
H Morto-vivo: imune a frio, magias mentais ataques mágicos.
de manipulação, controle ou ilusão, ou H Magias: cada um dos poderes abaixo pode
demais formas mágicas de interferir na ser usado até três vezes ao dia:
mente de seres vivos. Sofre 1d6 de dano ácido
Forma de Turbilhão: 5 rodadas para se trans-
por frasco de água benta.
formar (ou para voltar a forma humanoide).
21m de altura, 6m de largura no topo, 10m de
jaguar
largura na base. Movimenta-se a 9m. Causa
das dunas 1d4 (1d4) [305xp ]
Besta, Grande e Neutro 2d6 de dano em todos que estiverem em seu
caminho. Criaturas com menos de 2 DV são
jogadas para longe (JPC para evitar).
Felino de 6 patas com pelagem escura. Tem dois tentáculos
saindo de suas costas e terminando com uma Forma Gasosa.
hacha repleta de espinhos.
Invisibilidade.
DV
6
CA
15 6
JP MV
11
MO
8
Ilusão: visual e auditiva. Concentração não
é necessária. Permanece até ser tocada ou
2 × tentáculos +5 (2d4)
dissipada.
H Tesouro: (D) Criar Alimentos e Criar Água: para 12 huma-
H Refração: surgem a 90cm de sua posição nos e montarias durante um dia.
atual. Agressores sofrem uma penali-
dade de 2 para acertá-lo. H Morte: se morto, volta para o plano
elemental do ar.

70 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

lagarto gigante H Corroer: pode dissolver madeira ou metal
do deserto 1d6 (1d10) [75xp ] em um turno.
Animal, Grande e Neutro H Pegajoso: pode mover-se sobre paredes e tetos.
H Espremer: é capaz de espremer-se através
Lagartos noturnos e carnívoros de 1,5m de comprimento.
de pequenos buracos e rachaduras.
Possuem escamas azuladas com manchas laranjas.
H Tamanho*: pode recobrir áreas gigantescas
DV CA JP MV MO como pequenos lugares.
3+1 14 7 9 7
1 × mordida +3 (1d8)
mãe-plumada 1d2 (1d6) [50xp ]
H Tesouro: (I) Besta, Imenso e Neutro
H Escalar: escalam paredes, árvores, etc., e
caem sobre suas vítimas.
Criaturas alienígenas. Seu aspecto lembra um retângulo
leão branco [175xp ] branco e plumado voador. Às vezes, podem ser confun-
1d4 (1d8)
didas com um tapete branco voando solitário no alto dos
Animal, Médio e Neutro
céus (até 200m).

DV CA JP MV MO
Grandes e majestosos felinos. Devido à pelagem branca, 2 12 7 8,12V 7
podem se camuflar em meio às dunas prateadas. Vivem 1 × bico + 2 (1d8)
em grupos. Raramente são encontrados em seu estado
selvagem, próximos a piscinas naturais. Costumam ser H Arremesso de Morte-Alva: possuem
adestrados pelos povos Mortik, recebendo uma coleira na parte inferior de seus corpos retangulares
especial feita a partir das escamas de um Diabo Branco.
bolsas que arremessam pássaros da Morte-
Alva na paisagem. Quando os pássaros são
DV CA JP MV MO
5 13 7 4 8 deixados para voar no mundo, são arremes-
2 × garras +4 (1d4 + 4) sados como mísseis aéreos e, a partir desse
1 × mordida +4 (1d10) momento, ganham a liberdade.

H Tesouro: (I) maldição

H Perseguição: sempre persegue suas presas. pedra-cabelo 1 (1d3) [25xp ]
Constructo, Pequeno e Neutro
lodo 1 (0) [1.325xp ]
Planta, Variável* e Neutro
Pequenas pedras retangulares, aparentando um para-
lelepípido de pedra escura com cabelos humanos colados
Vegetal viscoso e grudento de odor forte e ao topo. Quando ativos, lançam pseudópodes bizarros,
coloração variada. Cresce sobre superfícies úmidas. capazes de fazê-los andar livremente e sempre em grupos
gigantescos. São um constructo mágico Castanho.
DV CA JP MV MO
10 13 9 6 9 DV CA JP MV MO
1+3 6 7 14 9
1 × toque + 8 (3d8)
1 × cabeçada perfurante +2 (1d4 + veneno)
H Imunidades: só é ferido por ataques de fogo.
H Divisão: ataques que não sejam de fogo H Veneno: possui o mesmo efeito da cera de
(incluindo magias) dividem o Lodo em dois. Morte-Alva (JPC para evitar).
Cada acerto cria um novo Lodo de 2 DV, que
As habilidades desta criatura podem variar conforme as
causa 1d8 de dano.
características das vítimas e de seus respectivos cabelos.

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 71

 mímico 0 (0) [175xp ] morte-alva 1d4 (1d8) [50xp ]
Besta, Médio e Neutro Besta, Médio e Neutro

Criaturas que podem tomar a forma de objetos inanimados Uma espécie de cisne com bico fino e comprido, com barrigas
feitos de pedra ou madeira, atacando de surpresa. volumosas e salientes. Estes malditos pássaros concentram,
em suas barrigas, bolas de cera branca paralisante.
Despejam nos alvos que, ao ficarem paralisados, não podem
DV CA JP MV MO
5 12 6 3 7 correr. Atacam usando o bico que, com uma força sobrenatu-
ral, é comparado ao estrago de uma picareta. Pode destruir
1 × mordida +0 (2d4 ) um corpo humano inteiro em questão de minutos.
H Tesouro: (B)
DV CA JP MV MO
2 12 7 8/12V 7
morcego 1d100 (1d100) [5xp ] 1 × bico +2 (1d8)
Animal, Miúdo e Neutro
H Petrificação: pode despejar uma cera
esbranquiçada em cima de suas presas (JPC
Pequenos mamíferos comedores de insetos que vivem em para evitar).
qualquer subterrâneo ou locais sem luz.
morte-sombra 0 (1d6) [10xp ]
PV CA JP MV MO
1 14 4 9V 6 Animal, Pequeno e Neutro
1 × enxame + 0 (confusão)
Pássaros de caça ágeis. Atacam humanos apenas
H Confusão: quando 10 ou mais morcegos quando estes parecerem indefesos.
sobrevoam um alvo, causam nele um ataque
de confusão. O alvo recebe -2 para realizar DV CA JP MV MO
qualquer ação que não seja se debater e tentar 1/2 11 5 30V 7
afastar os morcegos. 1 × garra + 0 (1d2)
1 × bico + 0 (1d2)
mordomo H Mergulhar: podem mergulhar sobre suas
morto-vivo 2d4 (4d6) [75xp ] presas. Se o alvo for pego de surpresa, sofrerá
Morto-vivo, Médio e Caótico o dobro do dano. Se a vítima for surpreen-
dida, o ataque inflige o dobro do dano. Em
Como um zumbi, mas com roupas sofisticadas e nobres. um resultado de 18 ou mais, o alvo pode ser
carregado (se tiver tamanho apropriado).
DV CA JP MV MO
3 11 7 6 9 múmia 1d4 (1d12 [340xp ]
1 × arma + 1 (1d6 ou o dano da arma ) Morto-vivo, Médio e Caótico
H Guardiões: sempre atacam à primeira vista.
H Lento: sempre perdem a Iniciativa em um Morto-vivo embalsamado e amaldiçoado. Vive em tumbas e
combate (não precisam rolar). ruínas ancestrais, destilando seu ódio pelos vivos.
H Morto-vivo: imune a frio, magias mentais
de manipulação, controle ou ilusão, ou DV CA JP MV MO
6+5 17 9 6 9
demais formas mágicas de interferir na
1 × toque +6 (1d12 + doença)
mente de seres vivos. Sofre 1d6 de dano ácido
por frasco de água benta. H Tesouro: (D)
H Silencioso: não produz som algum ao movi-
mentar-se e se mantém silencioso até atacar.

72 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

H Morto-vivo: imune a frio, magias mentais
de manipulação, controle ou ilusão, ou
demais formas mágicas de interferir na
mente de seres vivos. Sofre 1d6 de dano ácido
por frasco de água benta.
H Imunidades: além das imunidades comuns
aos mortos-vivos, Múmias são feridas apenas
por fogo, magia ou armas mágicas e, mesmo
assim, todo dano recebido é reduzido à metade.
H Aura Aterrorizante: qualquer cria-
tura a até 30 metros da Múmia, capaz de
ver ou percebê-la, é afetada pela sua Aura
Aterrorizante. Enquanto a Múmia não atacar
ou não se afastar, todos afetados pela Aura
Aterrorizante ficarão paralisados de medo.
Uma JPS nega o efeito da Aura Aterrorizante.
H Doença: qualquer alvo que receber dano
de um ataque físico de uma Múmia será
infectado pela Podridão da Múmia. A
Podridão impede toda cura mágica e retarda
toda forma de cura não mágica a uma taxa de
apenas 10% da cura normal, além de causar o
apodrecimento da vítima. Apenas um Curar
Doenças remove uma Podridão da Múmia.
necromante
místico 1 (1d100) [1.475xp ]
Morto-vivo, Médio e Caótico
Das Covas Castanhas, é um cavaleiro
ARKHImancista e Necromante que viaja em um
Yeldra da Noite. Capaz de Criar e Comandar Mortos-
vivos; e de criar tempestades de fogo.
DV CA JP MV MO
10 19 13 9 9
1 × espada mágica + 8 (1d8 + 6 )
H Tempestade de Fogo: um crânio negro
feito de fumaça gelada projeta-se a partir das
mãos do Necromante. Da boca do crânio sai
um fogo negro que verte para baixo e queima
mais do que o fogo comum. A tempestade de
fogo atua num raio de 10 metros ao redor do
Necromante, dando 1d10 de dano por 3 roda-
das. Não pode ser apagado por água comum,
apenas por água benta.
H Morto-vivo: imune a frio, magias mentais
de manipulação, controle ou ilusão, ou
demais formas mágicas de interferir na
mente de seres vivos. Sofre 1d6 de dano ácido
por frasco de água benta.
H Aura Aterrorizante: qualquer criatura a
até 1,5 metro do Necromante é afetada pela aura
de medo que afugenta todos por 1d4 turnos.
Uma JPS nega o efeito da Aura Aterrorizante.
Há 3 chances em 1d6 de uma pessoa em fuga
deixar cair o que estiver carregando.
H Detectar Invisibilidade: pode enxer-
gar normalmente qualquer alvo invisível a
até 18 metros.
H Comandar Mortos-vivos: pode coman-
dar mortos-vivos irracionais.
H Magias: uma vez por dia, pode lançar
apenas uma:
Dissipar Magia: dissipa completamente os
efeitos de outra magia lançada sobre uma
área de 6 metros.
Bola de Fogo: dano de 14d6 a todos dentro de
um raio de 6 metros.
H Imunidade à magia: recebe bônus de +4 em
todas as jogadas de proteção contra magia.
H Reviravolta: há 10% de chance de qual-
quer feitiço lançado com o Necromante ser
repelido contra o conjurador.
H Montado: normalmente montado em um
Yeldra da Noite.
H Espada Mágica: causa dano em criaturas
que são imunes a ataques mundanos. Se uma
criatura que não seja caótica portar essa espada,
sofrerá uma maldição.
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 73
 ninfa do oásis 0 (2d20) [25xp ] normósia 1 (1d3) [305xp ]
H. Monstruoso, Miúdo e Neutro Besta, Imenso e Caótico

Com apenas 90cm de altura, apresentam-se como mulhe- Uma centopeia composta por 100 humanos. Fruto de uma
res misteriosas de pele azulada, esverdeada e acinzentada. experiência bizarra dos ARKHImancistas, esta criatura é
Entocam-se nas partes mais fundas de lagos de oásis. uma verdadeia máquina mortífera.

DV CA JP MV MO
1 12 6 9
1 × arma + 0 (1d4)
1 × magia em grupo + 0 (encantar)
H Tesouro: (B)
H Tímidas: tentarão encantar intrusos em vez
de entrarem em combate.
H Armas: usam adagas e pequenos tridentes
(como lanças).
H Encantar: uma vez ao dia, dez Ninfas juntas
podem usar a magia Enfeitiçar Pessoas como
um Mago de 12º nível. Uma JPS nega o efeito.
Se falhar, o personagem caminhará em direção
às Nixies (resistindo àqueles que tentarem
contê-lo); defenderá as Nixies; obedecerá aos
comandos das Nixies (se compreendidos);
ficará incapaz de conjurar magias, de usar
itens mágicos e de ferir as Nixies. O encanta-
mento é quebrado com a morte das Nixies.
H Respirar na Água: podem conjurar
magia de mesmo nome sobre um alvo
encantado. Dura apenas um dia, tendo que
ser conjurada novamente.
DV CA JP MV MO
6 6 13 9 9 8
1 × mordida + 4 (1d10 + 6 + Petrificação) (JPC para
evitar, se falhar não pode se mover por 1d6
rodadas)
2 × espadas longas + 4 (1d8 + 6)
H Encontrão: se acertar um ataque no alvo,
este é derrubado e recebe 1d4+6 de dano.
H Aura Aterrorizante: qualquer criatura
na presença da Normósia é afetada pela aura
de medo que afugenta todos por 1d4 turnos.
Uma JPS nega o efeito da Aura Aterrorizante.
Há 3 chances em 1d6 de uma pessoa em fuga
deixar cair o que estiver carregando.
H Invisibilidade: pode conjurar magia de
mesmo nome como um Mago de 2º nível.
H Silencioso: não produz som algum ao movi-
mentar-se e se mantém silencioso até atacar.
pensador 0 (0) [695xp ]
Constructo, Médio e Neutro
Antigo filósofo transmutado em um
constructo de pedra humanoide.

DV CA JP MV MO
8 17 9 9 9
2 × armas + 7 (2d6 ou o dano da arma x2)

H Ataques Múltiplos: atacam até 2 oponen-

tes por rodada.
H Imunidade a Energia: não são feridos por
fogo, frio ou eletricidade.

74 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 75
 povo do verde
(guerreiro) 0 (1d4) [35xp ]
Humanoide, Médio e Neutro

Exímios caçadores, lutadores e rastreadores de jazídas de

jade. Geralmente, utilizam armaduras, itens e armas de
jade, e são conhecidos por sua calma e precisão.

DV CA JP MV MO
2 4 7 3 7
1 × arma + 1 (arma + 0 )

povo do verde
(líder) 0 (1d4) [75xp ]
Humanoide, Médio e Neutro

Pode estar recoberto com armaduras de placas de jade,

lanças e espadas poderosas. Comandam esquadrões de
ataque, grupos de comerciantes e agem como juízes e
reis em seu domínio.

DV CA JP MV MO
3+2 3 7 3 8
1 × arma + 3 (arma + 0 )

conhecendo o povo do verde

O Povo do Verde ou Viridianos são uma

dissidência do povo Mortik. Cultuam a
Violência, Honra e a Morte, porém de ma-
neira mais serena e discreta. Vivem no
interior ou ao redor de cidades-ósseas.
É possível negociar com Viridianos, pois
gostam de conhecer novas culturas. Na
guerra dos ARKHImancistas contra os Po-
vos Livres (Filhos de Jaon), têm tendência
neutra, ora se retirando do conflito, ora
podendo aliar-se a um dos lados. Um Líder
Viridiano passa o trono para seu sucessor,
escolhendo o guerreiro mais apto, ouvindo
também os apelos do povo.

76 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

pterodáctilo 0 (1d4) [125xp ]
Dinossauro, Médio e Neutro

Répteis alados e carnívoros que voam

aproveitando as correntes de ar de climas quentes.

DV CA JP MV MO
4 14 6 12V 8
1 × mordida + 4 (1d4)
H Bônus em jogadas de proteção: +2 em
todas as jogadas.
H Odeiam Cães Espectrais: sempre os
atacam, assim como a seus companheiros.

rato comum 5d10 (2d10) [5xp ]

Animal, Miúdo e Neutro

Ninhadas repletas de indivíduos de 20 a 60cm de

comprimento, com pelagem marrom ou cinza.

PV CA JP MV MO
1 10 5 6,3N 6
1 × mordida por ninhada + 0 (1d6 + doença)
H Tesouro: S
H Ninhada: cada grupo de 5 a 10 ratos atacam
como uma ninhada. Cada ninhada faz uma
única jogada de ataque contra uma criatura.
H Cobrir: a criatura atacada deve ser bem-suce-
dida em uma JPC ou cairá no chão, incapaz de
atacar até ser capaz de se levantar novamente.
H Doença: um rato possui 1 chance em 1d6 de
transmitir Febre do Esgoto a um alvo mordido.
Um alvo mordido que falhar em uma JPC,
ficará doente e com valor de Constituição igual
a 1 por 1d6 dias.

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 77

 sereia de areia 0 (2d4) [15xp ] H Drenar Força: vítimas perdem 1 de FOR
H. Monstruoso, Médio e Neutro por acerto. Recuperam após 8 turnos. Se as
vítimas tiverem a FOR reduzida a 0, após 24h
Criaturas que nadam pelas areias. se transformam em Sombras Agmistas.
São escravizadas pelos ARKHImancistas. H Imunidades: só podem ser feridos por
ataques mágicos, mas são imunes as magias
DV CA JP MV MO
1 12 7 9 6 Sono e Encantar.
1 × arma + 0 (1d4) H Pilar de chamas: transforma-se em uma
1 × magia em grupo + 0 (encantar) coluna de fogo pelo tempo desejado. Itens
inflamáveis a até 4m de distância da criatura
H Tesouro: (B) entram em combustão. Ataques causam um
H Tímidas: tentarão encantar intrusos em vez adicional de 2d8 de dano (3d10 + 2d8 no total).
de entrar em combate.
H Encantar: 1x ao dia, dez juntas podem sprites 2d4 (1d4x10) [25xp ]
H. Monstruoso, Miúdo e Neutro
usar a magia Enfeitiçar Pessoas como um
Mago de 12º nível (JPS nega).
Humanoides alados com menos de meio metro de altura.
serpente negra 1d8 (1d8) [95xp ] Tímidos, mas extremamente curiosos, parecem ser
movidos por seu senso de humor peculiar.
Animal, Miúdo e Neutro

Víbora escura que se esconde durante o dia e ataca no DV CA JP MV MO

1 16 7 8,12V 7
Assombro ou em locais escuros durante o Lumien.
1 × adaga + 0 (1d4 )
DV
3 13
CA
7
JP MV
8
MO
7
H Tesouro: V+N
1 × mordida + 2 (1d6 + veneno) H Invisibilidade: naturalmente invisíveis, mas
podem decidir se revelar. Podem permanecer
H Veneno: com uma ação lenta, os efeitos invisíveis enquanto atacam, não sofrendo
desse veneno são sentidos após 1d4+2 turnos. ataques durante a 1ª rodada. Nas próximas
Depois, a vítima deve ser bem-sucedida rodadas, podem ser atacadas com uma penali-
em uma JPC ou morrerá em 1 turno. A essa dade de 2 em jogadas de ataque (localizadas por
altura, a magia Neutralizar Veneno possui sombras ou movimentos de ar).
apenas 25% de eficácia. H Surpresa: sempre surpreendem se estive-
rem invisíveis.
sombra agmista 1d8 (1d12) [50xp ]
Besta, Pequeno e Caótico H Voo Limitado: pequenas asas permitem
apenas 3 turnos de voo. Devem descansar 1
Monstro inteligente e incorpóreo, com a capacidade turno após voarem.
de inflamar-se e semelhante a uma sombra.
tricerátops 0 (1d4) [3.350xp ]
DV CA JP MV MO Dinossauro, Grande e Neutro
2+2 12 7 3 9
1 × toque + 2 (1d4 + drenar força)
Este encouraçado quadrúpede é dócil até precisar se defen-
H Tesouro: (F) der, que é quando usa seus chifres em ataques mortais.

H Surpresa: chance de 1-5 em 1d6 de surpre- DV CA JP MV MO

ender seus alvos. 16 17 14 9 10
3 × chifres + 14 (2d8 )

78 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

varredor 1 (1) [4.825xp ] yeldra 0 (2d4) [35xp ]
Constructo, Grande e Neutro Besta, Grande e Neutro

Constructo branco com articulações de esferas metálicas e Montarias do deserto. Parecem dromedários, mas com o
espadas curtas no lugar dos braços. dobro da altura, pelagem branca e longas barbas.

DV CA JP MV MO DV CA JP MV MO
20 19 13 16 9 2 12 7 11 7
2 × espadas + 13 (1d8 cada ) 1 × mordida + 1 (1d4)
1 × casco + 1 (1d4)
H Sangue em Chamas: se danificado por uma
arma cortante, espirra fogo líquido. Agressores
H Água: após se encher com água, pode sobrevi-
sofrem 2d6 de dano (JPC para evitar). ver até 2 semanas sem precisar beber novamente.
H Imunidade ao Fogo: não são feridos por fogo.
H Viagem pelo Deserto: movimenta-se
em velocidade máxima através de desertos e
terrenos acidentados.
verme argênteo 1d2 (1d4) [3.035xp ]
Besta, Gigante e Neutro H Animal de Carga: carrega até 3.000
moedas sem ficar sobrecarregado, e até 6.000
Criatura anelídea, gigantesca e prateada. moedas com a metade de sua velocidade.
H Ataques de Investida: ataques corpo a
DV CA JP MV MO
15 13 11 6 8 corpo não são possíveis para quem estiver
1 × mordida + 11 (2d8 ) montado em um Yeldra.
1 × ferroada + 9 (1d8 + veneno )
yeldra da noite 0 (2d4) [35xp ]
H Tesouro: (D) Besta, Grande e Neutro
H Engolir: com um 20 natural em seu teste de
ataque, engolirá seu oponente (se este for do Os Yeldras da Noite podem atacar inimigos pela estrada
tamanho de um humano ou menor) por inteiro. com seus chifres curvados. Apesar da dificuldade extrema
em domesticá-los, os ARKHImancistas o fizeram usando
O engolido sofre 3d6 de dano por rodada até sair técnicas cruéis e feitiçaria.
do estômago do Verme. Atacar dentro do sistema
digestivo é possível com penalidade de 4. O corpo
DV CA JP MV MO
é digerido em 6 turnos após a morte da vítima. 2 14 7 11 7
H Veneno: mortal (JPC para evitar). 1 × chifre + 2 (1d6)
H Espaços Restritos: pode não ser capaz de 1 × mordida + 1 (1d4)
1 × casco + 1 (1d4)
morder e ferroar na mesma rodada se estiver
em espaços restritos. H Mal-humorado: morde ou dá coice em
criaturas próximas, incluindo seus donos.
H Água: após se encher com água, pode sobreviver
conhecendo o verme argênteo
até 2 semanas sem precisar beber novamente.
H Viagem pelo Deserto: movimenta-se
Pode derrubar dunas, engolir quantidades
em velocidade máxima através de desertos e
imensas de areia, pedra e criaturas vivas
terrenos acidentados.
com sua bocarra cheia de dentes e presas
protuberantes. Foge da lava subterrânea, H Animal de Carga: carrega até 3.000
preferindo perambular ao sul da montanha moedas sem ficar sobrecarregado, e até 6.000
central e ao redor dela. São atraídas pela moedas com a metade de sua velocidade.
prata, principalmente no Lumien, quando H Ataques de Chifre: não são possíveis
as luas estão altas e o brilho lunar é intenso. quando o Yeldra da Noite está sendo usado
como montaria.

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 79

zumbi
desidratado 2d4 (4d6) [35xp ]
Morto-vivo, Médio e Caótico

Corpos humanoides apáticos, reanimados como

guardiões por Clérigos ou Magos poderosos.

DV CA JP MV MO
2 11 7 6 9
1 × arma + 1 (1d6 ou o dano da arma)

H Guardiões: sempre atacam à primeira vista.

H Lento: sempre perdem a Iniciativa em um
combate (não precisam rolar).
H Morto-vivo: imune a frio, magias mentais
de manipulação, controle ou ilusão, ou
demais formas mágicas de interferir na
mente de seres vivos. Sofre 1d6 de dano ácido
por frasco de água benta.
 palacio
da noite,

82 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

o zigurate
arkhimancista

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 83

 —— CA PÍ T U LO 6 ——

AVENTURA

R umores correm com o vento pelo deserto de

Lumn. Boatos sobre os horrores nunca antes
vistos que cercam o Palácio da Noite. Boatos de
criaturas horrendas do submundo, corredores labirínticos,
magos poderosos e imensos tesouros.
nota para o mestre

Para evidenciar as dificuldades de sobrevivên-

Poucos são os tolos que se arriscaram a chegar perto das
dunas concêntricas que o cercam. Dizem as más línguas
que em cada anel de areia ao redor do Palácio da Noite
se escondem perigos, aumentando à medida que se
aproximam do local.
Muito se tem inventado sobre o lugar, mas os sábios do
Luzir juram que algumas das histórias são verdadeiras...
cia no deserto de Lumn, o Mestre deve utilizar
o tesouro inicial em peças de cobre (3d6x10 PC),
que pode ser utilizado para a compra do equi-
pamento inicial encontrado na página 102.
Para uma mesa de até 4 jogadores, recomen-
da-se que cada um crie 2 fichas de persona-
gens e jogue com elas ao mesmo tempo.
Não se trata de um sistema de funil! O objetivo
é ampliar as possibilidades de planejamento
estratégico para os jogadores.

t6.1 os rumores do deserto

role o mestre pode rolar 1d6 para sortear um dos rumores que permeiam o
1d6 deserto de Lumn ou escolher abaixo:

1 Lumn, apesar de ser chamada de nação, é um imenso continente.

Os ancestrais do povo Plomeriel dizem que os velhos ARKHImagos construíram uma
2
centopeia humana com magia macabra.
3 As lendas contam de explosões esverdeadas no lado mais escuro de Meggia.
4 Existe uma lenda de que há um cego com quatro braços vagando pelo deserto.
5 Mercadores juram ter visto um imenso palácio negro ao sul.

Um estranho andarilho vestindo um manto carmesim invadiu os acampamentos

6 dos viajantes procurando companhia e bebida, uma ou duas noites após sua visita os
campistas foram encontrados mortos e o andarilho desapareceu.

84 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

 o térreo
A Passagem do Fluxo Contínuo
Ao entrar pelo portão principal do Palácio da
Noite, a visão é de imensidão. Há dois corredores
neste andar (esquerda e direita), com salas
dispostas ao infinito. Não existe possibilidade
de chegar ao final de nenhum dos corredores.
Rumores falam que quem chegar no fim do
corredor vai descobrir que está de volta ao início,
porém, isso levaria muitos anos. O ambiente é
iluminado pelas luzes fantasmagóricas de neon
que saem das salas. Todo o ambiente é estranha-
mente limpo.
No centro do ambiente há um enorme túnel
retangular, com dezenas de metros de altura pelo
qual, de tempos em tempos, os ARKHImancistas
deságuam o rio Mantaro para preencher o
subterrâneo do zigurate. Quando este ritual é
realizado, um grupo de magos controla a água
do rio e a envia para o subterrâneo, que passa de
forma amorfa, sem molhar nem um centímetro
do ambiente ao redor.
A água do rio é utilizada para gerar a energia
do complexo do antigo palácio. Sua força
movimenta um moinho gigantesco, quase
imaterial, de uma cor profunda, tão negra
quanto uma noite sem luas e com cheiro de
amêndoas.
O chão do corredor central é estranho, com um
revestimento metálico. Se algum jogador tentar
quebrar os lacres para levantar a cobertura de
metal, encontrará no chão passagens ocultas
para o Subterrâneo. Todas elas levam a um
estreito corredor que conduz até uma escada
ziguezagueante que, por sua vez, é o caminho
para se acessar os andares do subsolo.
O Mestre deve deixar claro para os jogadores
que este andar não tem fim. Isso pode ser feito
por meio da descrição inicial. Mesmo que
os jogadores gastem muito tempo andando
pelos corredores, o horizonte não se modifica,
dando a impressão de que eles nunca saíram
do lugar.
Para conseguirem acessar o Primeiro Andar do
Palácio, os personagens precisam ser bem-suce-
didos ao procurar uma passagem secreta. Uma
escada estará escondida no início do corredor
das Infinitas Salas.
A cada turno de 10 minutos, role 1d6. Caso o
resultado seja 1, um Varredor encon-
tra os personagens.
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 85
 varredor (1) [4.300xp ]
Grande e Neutro
DV CA JP MV MO
20 19 13 16
2 × espadas + 13 (1d8 cada)
Cada sala desse corredor aparentemente infinito
deve ser decidida pelo Mestre ao rolar 1d8.
Confira os resultados de cada uma das Infinitas
Salas a seguir.
1
Biblioteca de Livros Errantes
Algum incauto inadvertidamente lançou
uma magia que deu vida a todos os livros da
biblioteca. Agora, há um grupo de 2d6 inicia-
dos (Magos Aprendizes) correndo atrás dos
livros para colocá-los de volta nas prateleiras e
mantê-los lá. Se os PJ entrarem nesta sala, os
aprendizes estarão muito mais interessados
em pedir ajuda do que questionar a presença
deles no local. Porém, dependendo de como a
narrativa se desenvolver, a relação estabelecida
pode ser mais ou menos amistosa após a
resolução do problema com os livros.
H Tesouro: pergaminho de magias aleatórias.
iniciados (2d6) [15xp ]
Médio e Neutro
DV CA JP MV MO
1 7 5 8 5
1 × adaga + 0 (1d4)
magias: como Magos de 1º e 2º nível.
tesouro: (B)
2 Sala do Pensador
Um constructo abre a porta e pergunta se a
lua ainda brilha no céu. Se os jogadores disserem
que sim, ele começa a chorar e se encolhe no canto
ignorando tudo a seu redor. Caso contrário, ele
continua perguntando e segue os personagens
durante todo o andar. O constructo carrega a alma
de um filósofo Jaonída que previu a destruição do
zigurate com o desaparecer das luas deste mundo.
Enlouquecido pela solidão há muito
tempo, não sai do andar
térreo por
86 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
vontade própria e, no meio de suas perguntas, faz
proselitismo sobre todo tipo de assunto que um
filósofo pensaria. Ele evita lutar com qualquer
9 um, mas, se não tiver opções, tentará imobilizar
o agressor e sair do local. Caso os PJ consigam
estabelecer um diálogo que faça sentido com o
constructo, ele conta, de forma vaga, um pouco
da história da construção do zigurate e da relação
dos Jaonídas com os ARKHImancistas. Ele não
lembra seu nome, e confunde a ordem e o tempo
em que as coisas aconteceram.
o pensador (1) [650xp ]
Médio e Neutro
DV CA JP MV MO
8 17 9 9 9
2 × armas + 7 (2d 6 ou o dano da arm a x2)
3
Salão de Festa
Um grupo de esqueletos dança ao som de
uma música animada, como música de piratas. Ao
entrarem, os personagens serão convidados por
um mordomo morto-vivo a juntarem-se à dança.
Caso aceitem, serão muito bem recebidos pelos
esqueletos, que vão pular, dançar e cantar com os
personagens. Ao final da dança ocorre um brinde
com cálices de ouro muito brilhantes, trazidos pelo
mordomo e oferecidos a cada um dos que estejam
no centro do salão. Se os PJ tentarem sair da sala
sem dançar, os esqueletos ficarão indignados e,
caso insistam em sair, eles sacam as cimitarras.
Os esqueletos só param de dançar para fazer o
brinde e só permitirão a saída dos personagens se
a música parar, o que só acontece quando o músico
(um dos esqueletos) dá uma pausa de um minuto
para comer rapidamente um prato de lentilhas no
canto do salão. O músico come na hora do brinde.
H
Tesouros: um cálice de ouro para cada PJ.
Caso eles “esqueçam” de devolver, ninguém
se importará.
H Letra da música: “A vida aqui não presta,
não tente me enganar, num zigurate imenso
estou a me enfurnar. Já passei por várias
portas, caos pra lá caos para cá, mas a magia
volta e as águas vão rolar!”
esqueleto (3d6)
Médio e Caótico
[15xp ]
5 Sala de Estudos
Local no qual os iniciados se reúnem
para estudar. Não é permitida a entrada de
DV CA JP MV MO forasteiros. Se os personagens tentarem
1 13 6 9 7
entrar, serão recebidos com hostilidade. Há um
1 × armas + 2 (arma + 0)
ARKHImancista e mais 2d6 iniciados na sala.

mordomo H Tesouro: uma poção aleatória e 1d4

morto-vivo (1) [35xp ] pergaminhos.
Médio e Caótico
arkhimancista (1) [35xp ]
DV CA JP MV MO Médio e Caótico
2 11 7 6 9
1 × arma + 1 (1d6 ou o dano da arma) DV CA JP MV MO
2 10 6 8 7

4 Sala da Face
Esta sala não tem porta. No que seria uma
entrada, existe uma cabeça fantasmagórica
1 × adaga + 0 (1d4)
tesouro: (B)

enorme, tentando falar e fazendo expressões iniciados (2d6) [15xp ]

completamente distintas (dor, tristeza, raiva, Médio e Neutro
apatia, alegria, etc.) uma após outra.
DV CA JP MV MO
1 7 5 8 5
Os PJ veem a boca se mover, mas não escutam
1 × adaga + 0 (1d4)
som algum. Além da face, há uma armaria,
magias: como Magos de 1º e 2º nível.
porém, está escuro e não dá para ver detalhes.
A armaria é uma sala comum, com armas e
armaduras penduradas nas paredes. Há tochas e
candelabros, porém, estão apagados.
6 Refeitório
Um grupo de 1d6 constructos está cozi-
nhando atrás da bancada da cozinha. Uma mesa
Qualquer criatura viva que tente passar pelo rosto de mármore branco enorme está disposta na
será repelida como um ímã e derrubada, sofrendo sala, com cadeiras de madeira ao seu redor. Caso
dano pela queda. Objetos passam normalmente, os PJ sentem, serão servidos pelos constructos. A
como se não houvesse nada no caminho. comida tem um cheiro horrível, porém o sabor é
excelente e revigorante. Todos os PV perdidos de
Caso os personagens coloquem uma moeda na quem se alimentar são restaurados.
boca da criatura, ela cospe o dobro de moedas
e começa a xingá-los, perguntando se por constructos
um acaso ela é um banco, chamando-os de da cozinha (1D6) [35xp ]
vagabundos, mandando-os trabalhar, deixá-la Grande e Neutro
em paz, etc.
DV CA JP MV MO
2+2 12 7 9 9
nota para o mestre 1 × punho + 2 (1d8)

Caso os jogadores elaborem uma forma de ti-

rar algum item do local, recompense-os com
boas armas e armaduras, pois este desafio exi-
ge bastante criatividade.

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 87

 7 Sala do Bosque Encantado
Vários tipos de fadas regam e brincam com
flores de todas as cores nesse ambiente. Caso os
O objetivo é deixar os jogadores sentirem a
estranheza de outras realidades vinculadas ao
zigurate e a imensidão cósmica das criaturas
personagens entrem, a noção do tempo ficará ARKHImancistas. Tenha em mente que há um
confusa. O jardim se estende por vários metros, e é perigo real dos personagens se perderem em
apenas parte de um bosque encantado. Se quiser, outra realidade, então estabeleça um ponto de
o mestre pode desenvolver sua Corte das Fadas retorno (um portal ou algo do tipo), ou simples-
e designar missões para os personagens. Mas, a mente abrace o caos!
princípio, as fadas e sprites ficarão curiosas com os
personagens e pregarão peças e brincadeiras. Role Role 1d4 ou defina qual o melhor Desafio:
1d6 para definir a passagem de tempo:
1. Gênesis: os personagens encontram-se no
1. Horas tornam-se segundos; início da construção do zigurate, há muitas gera-
2. Horas tornam-se minutos; ções. Centenas de pessoas escravizadas trabalham
3. Nenhuma mudança; nesta imensa construção, carregando pedras ao lado
4. Horas tornam-se dias; de animais estranhos. No interior do zigurate, há
5. Horas tornam-se semanas;
um portal que os leva de volta, porém encontra-se
6. Horas tornam-se anos.
protegido por guardas arcanos que estudam o portal
Um Jaguar das Dunas é o guardião desta entrada misterioso. Caso descubram que os personagens
para o plano feérico. Ele foi colocado pelos vieram de outro tempo, ficarão interessados em ouvir
ARKHImancistas para impedir a entrada de a história deles e talvez queiram testar o mecanismo.
forasteiros.
2. A Pirâmide Invertida: parece o mesmo
zigurate, porém invertido. Essa é outra realidade.
sprites (2d4) [25xp ]
Miúdo e Neutro A base do zigurate é o topo, formando uma espécie
de pirâmide invertida, em que as nuvens passam
DV CA JP MV MO muito rápido acima nos céus, e as estrelas brilham
1 16 7 8,12V 7
profundamente. A vertigem provocada por observar
1 × adaga + 0 (1d4)
a edificação força um teste de Paralisação. Quem
H Tesouro: V+N falhar, ficará hipnotizado pela estrutura e, se não
for desperto, enlouquecerá.
jaguar
3. A Floresta: o mesmo zigurate, porém comple-
das dunas (1) [305xp ]
Grande e Neutro tamente abandonado. Agora não há mais deserto, e
sim uma floresta tropical na qual se sobressai a estru-
DV CA JP MV MO tura do zigurate. Aqui, há animais de todos os tipos
6 15 9 11 8
de uma floresta tropical, incluindo dinossauros. Há
2 × tentáculos + 5 (2d4)
homens das cavernas que veneram o zigurate. Talvez
H Tesouro: (D) o futuro, talvez o passado... quem sabe?

8 Fluxo Contínuo do Espaço-Tempo

Ao entrar nesta sala, os personagens se
veem do lado de fora do zigurate. Porém, algo
está diferente. O mestre pode modificar o espa-
ço-tempo à vontade, tendo o cuidado de
garantir a continuidade
da narrativa.
4. Assalto ao Zigurate: o zigurate está sob
ataque! Enormes discos voadores, com raios lasers
e criaturas bizarras de enormes olhos esbugalha-
dos comandam constructos metálicos que invadem
o zigurate e provocam todo tipo de destruição. Os
Arkhimancistas resistem, mas o fim avança cada
vez mais rápido. De qual lado os jogadores ficarão?

88 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

 primeiro andar
a espiral de arkhi
1. Escada (acesso ao térreo)
2. Quadro de uma Cachoeira de Areia (o quadro
é uma porta secreta)
3. Armadilha da Mantícora (uma cabeça de man-
tícora esculpida na parede é uma armadilha acio-
nada por uma placa de pressão no chão)
4. Espiral Hipnótica (caso um PJ analise a pin-
tura por uma rodada completa, deve fazer uma
JPS ou ficará hipnotizado e verá seus aliados
como monstros por um turno)
5. Escada (acesso ao segundo andar)
6. Sala das Indagações
7. Sala dos Deleites
8. Sala dos Prazeres
9. Sala dos Mistérios
Este é um andar espiralado. Uma espiral interna
é o centro da estrutura, com uma leve sensação
de subida em cada corredor circular. As paredes,
em alto relevo, são de um tom amarelo escuro,
com artes esquecidas pelo tempo. Na parede
da primeira espiral [2], um grande quadro de
molduras metálicas ilustra uma cachoeira de
areia, uma das lendas da região que trata do covil
de draconianos do deserto.
Na segunda espiral [3], uma cabeça de pedra em
alto relevo da mantícora, criatura sagrada para
os Jaonídas. A cauda da criatura está saliente,
com espigas espinhais apontando ameaçadora-
mente para o invasor.
A terceira espiral [4] encerra-se em uma arte
antiga da própria espiral vista de cima, um
símbolo clássico de ARKHI. No final desta
última espiral, um corredor circular acessa o
nível superior do zigurate.
Para acessar o Segundo Andar do Palácio, os
personagens podem usar a escada [5]
Salas Especiais
As salas especiais podem ser acessadas através
da passagem secreta no quadro de [2]. São elas:
CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 89
 6 Sala das Indagações
Um grande salão, recheado de história
Jaonída. Cada pedaço da história é retratado em
uma estátua humanoide, de uma pedra escura
e antiga, portando equipamentos clássicos de
uma região. São 8 altares no total, quatro com
estátuas e quatro vazios. As estátuas são: um
cavaleiro usando elmo de flores dirigindo uma
biga; uma amazona com uma enorme lança de
duas mãos; um selvagem em posição encurvada
com uma lâmina curta; um rei sentado em um
trono. Cada altar pode ser acessado por um
corredor de pedra ladeado por uma areia branca
fina. Curiosamente, cada estátua contém uma
relíquia não petrificada de valor.
basilisco
do deserto (1) [340xp ]
Grande e Neutro
DV CA JP MV MO
6+1 15 9 6 8 sobre seus estudos e obter prazeres misterio-
1 × mordida + 6 (1d10 + petrificação)
1 × encarada + 6 (petrificação)
tesouro: (F)
nota para o mestre
Todos os humanos que foram petrificados
pelos arcanistas de ARKHI são inimigos his-
tóricos que tentaram de alguma forma derru-
bar seu poder. Na areia fina, vive um basilis-
co, cria dos arcanistas. Os magos do zigurate
sabem se comunicar com a criatura-guardiã,
mas qualquer invasor será visto como uma
ameaça. Ela se move pelas areias do salão
como se fosse água, emergindo e submergin-
do à vontade, e é capaz de sentir qualquer vi-
bração na areia. Caso os personagens não to-
quem na areia, existe uma chance de 1 em 1d6
de ela perceber movimentos pelo salão.
90 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
7 Sala dos Deleites
Uma leve música pode ser ouvida no corre-
dor. Este salão similar a um auditório de estudos é
uma prisão de sprites. Cinco estarão engaioladas
vivas no centro do salão como fonte de estudos
arcanos. Elas foram torturadas, obrigadas a emitir
cânticos leves e também usam de magia conjunta
para tocarem um grande piano que fica no fundo
do salão. Ao redor do centro do auditório, há
assentos para os arcanistas sentarem e observarem
as fadas, além de executarem seus estudos sobre
as propriedades mágicas de sua música. Além
do piano, tratados a respeito da música podem
ser encontrados no auditório, material como
pergaminhos, tinta e penas para escrita.
8 Sala dos Prazeres
A umidade já é perceptível no corredor. Este
salão é uma sauna, com diversos pilares circula-
res e altos, e quatro piscinas de água morna. Os
arcanistas usam o local para se banhar, refletir
sos. É comum usarem de seu conhecimento
alquímico para gerar vapores alucinógenos
misturados aos vapores filosofais, gerados pelos
sais que jazem nas piscinas.
Cada piscina possui uma Sereia de Areia. Elas
foram capturadas em um oásis do deserto e
escravizadas pelos arcanistas. Essas criaturas
têm uma relação misteriosa com os banhistas,
mas os seus senhores já possuem conhecimentos
de subjugação, e elas os temem. Por isso, é
possível que vejam invasores desconhecidos
como ameaça (testar reação).
sereia de areia (4) [25xp ]
Médio e Neutro
DV CA JP MV MO
1 12 7 9 6
1 × adaga + 0 (1d4)
1 × magia em grupo + 0 (encantar)
tesouro: (B)
 nota para o mestre

No fundo de cada piscina existe uma “pedra

d’água”, uma relíquia que os arcanistas desco-
briram no deserto, com cerca de 50 kg. Pare-
cida com gelo, é capaz de emitir vapor d’água
constante e manter o local úmido por até um
ano (sorteie 1d12 para verificar a duração em
meses de cada uma). Parte dos estudos em
ARKHI envolve a busca e compreensão dessas
pedras. De acordo com algumas lendas, em
todo oásis há uma mina delas.

9 Sala dos Mistérios

Esta é mais uma sala exótica do zigurate.
Um grande orbe de vidro está no centro do salão,
suportado por um pedestal de prata. Dentro
dele, flutua um belo anel de ouro com um rubi
incrustado. Na parede, quatro quadros (dois em
cada lado) de cultistas antigos olham atenta-
mente para o anel. Os quadros são, na verdade,
mímicos que protegem o local de invasores.

mímico (4) [175xp ]

Médio e Neutro

DV CA JP MV MO
5 12 6 3 7
1 × mordida + 0 (2d4)

tesouro: (B)

nota para o mestre

O vidro aprisiona um cubo gelatinoso e o

anel de rubi é um anel de resistência a fogo.
Na parede ao fundo, há dois armários con-
tendo livros de contos sobre os Jaonídas e
algumas magias antigas (caso os persona-
gens investiguem, pode ser uma fonte de
magias e pergaminhos). Cada armário la-
deia um grande espelho central, que é tam-
bém uma passagem secreta para qualquer
outro espelho do zigurate.

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 91

 segundo andar
o portal letárgico
Este andar da construção fica em constante
mudança conforme os personagens entram e
saem das salas. Há uma entrada, vinda do andar
anterior e apenas uma saída para o andar seguinte
(veja explicação mais adiante na Nota para o
Mestre). Visualmente, todas as salas e corredores
deste andar parecem ser idênticos, exceto pelas
peculiaridades fornecidas pelas tabelas que
veremos adiante.
Todas as salas se parecem com grandes bibliotecas
ou salas de estar, com pé direito alto, a perder de
vista, colunas em pedra, estantes repletas de livros
empoeirados, lareiras há muito apagadas e escadas
que parecem subir e descer para lugar nenhum. Os
corredores são estreitos e escuros, construídos com
pedras sobrepostas.
Neste andar, as criaturas vagam perdidas pelos
corredores e ambientes, nunca parando em salas
fixas, a não ser para se esconder ou fugir de algo.
As criaturas não sabem o porquê de estarem
ali ou como chegaram, sem
ter uma ideia de
92 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
pertencimento ao local. É um andar desconexo,
onde almas vagam e suas memórias se ligam
magicamente ao ambiente físico das salas, tendo
as mesmas projetadas no espaço.
Cristais permeiam as paredes das salas refletindo
lampejos de memórias esquecidas (utilize a tabela
de Cristais para os reflexos), enquanto o ambiente
das salas apresenta fragmentos das memórias
dos Jaonídas (agora fantasmas, espectros ou
inumanos) que vagam sem direção por este andar,
procurando por um sentido ou escapatória.
Essas memórias se fundem com o que é tangível,
de maneira mágica, criando duplicidades no
tecido do espaço-tempo. Isto é possível graças ao
poder emanado pela entidade residente nos mais
profundos níveis deste local.
nota para o mestre
O andar é um grande labirinto de cômo-
dos. Quando os jogadores se metem por
uma escada presente em uma sala, eles
descem pela sala posterior, dão de cara
em uma porta resultando em um corre-
dor, e assim sucessivamente. Aos poucos,
as memórias de qualquer personagem se-
rão integradas ao ambiente. Role na tabe-
la de Encontros Aleatórios normalmente
de acordo com tempo, considerando uma
chance de 1-2 em 1d6. Neste andar, as sa-
las têm apenas uma entrada e uma saída.

Cada vez que o grupo entra em uma sala, role
nas tabelas adiante para gerar as característi-
cas da mesma. Assim que os personagens per-
ceberem que as salas se repetem, assim como
as imagens proporcionadas, poderão procurar
ativamente pela saída ou acabar aprisionados
para sempre; assim como os Jaonídas.
A única forma de conseguir acessar o Ter-
ceiro Andar do Palácio por meio do Segun-
do Andar é tirando um resultado 1 em 1d8 ao
subirem por uma escada. Aconselhamos que
não revele essa informação aos jogadores,
deixando-os perceberem sozinhos que ago-
ra chegaram ao Terceiro Andar.
Cristais: diversos cristais permeiam o local.
Se observados com atenção, refletirão algo.
Role 1d4 na tabela de Cristais para definir. Após
a revelação, seja esta qual for, a mesma agora
pertence ao zigurate. As cenas vão se misturar
com as demais imagens expostas nos fios que
entrelaçam a realidade e ilusão neste andar.
t6.2 cristais
ROLE 1D4
1 Um segredo do personagem.

2 Uma cena da infância do personagem.

3 Uma cena do futuro do personagem.

Fonte de Água: o primeiro personagem que
se banhar ou beber de alguma fonte de água 4 A morte do personagem.
encontrada recebe, imediatamente, uma visão.
Por um instante, o personagem se verá com os
olhos de um antigo Jaonída, como se fosse ele.
Neste momento, o personagem está vivenciando
t6.3 o que acontece
uma cena, uma memória de um Jaonída aprisio-
nado neste andar, o mestre pode descrever tal
memória como bem entender ou compartilhar a ROLE 1D4
narrativa com o jogador.
Uma violenta tempestade
Qualquer um que beber ou se banhar na fonte 1 de areia começa.
posteriormente sente um vazio em sua mente.
Parte de suas memórias são apagadas de sua Uma onda de calor escaldante toma
cabeça, pertencendo agora ao zigurate (qualquer 2 conta de tudo. Suas bocas secam e
memória, seja esta antiga ou recente, pode ser vocês transpiram sem parar.
retirada, cabendo ao jogador e ao mestre defini- 3 Um frio intenso aflige o ambiente.
rem). A partir de agora, em qualquer momento,
Uma escuridão cobre como um lençol
as imagens expostas nos fios que entrelaçam
4 o ambiente que passa a ser iluminado
a realidade e ilusão neste andar mostram as
por uma lua de sangue.
lembranças deste personagem.

Exemplo: uma perda de memória recente

pode fazer com que o personagem se esqueça dos
nomes dos companheiros ou do porquê está ali.
É indicado ao mestre que passe a descrever as
memórias dos personagens ao longo das salas,
como se as memórias passassem a integrar ago-
ra com o ambiente.

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 93

 t6.4 qual é o cheiro

ROLE 1D4

1 Um perfume encantador, com cheiro de bosque fresco e brisa leve.

2 Um fedor insuportável, como se vocês estivessem em um mar de carcaças podres.

3 Estéril, dá a impressão de que não há ar para se respirar.

4 Cheiro de chuva, como se vocês estivessem ao ar livre em meio a uma garoa.

t6.5 encontro aleatório t6.6 o que é visto

ROLE 1D8 ROLE 1D4

1 Fantasma Meggista (1) Entre as estantes empoeiradas, vocês

veem um grupo de mulheres vestindo
1 túnicas enchendo baldes d’água às
2 Aparição Sombria (1)
margens de um rio.
3 Rato Comum (2d8) À beira da lareira há muito abando-
nada, vocês notam nômades circun-
4 Morcego (1d8) 2 dando uma fogueira, bebendo algo e
comendo a carne de algum animal.
5 Aranha Gigante do Deserto (1)
Vocês são quase pisoteados por
6 Fungo Amarelo (1) 3 camelos brancos gigantes, que cruzam
o caminho com cavaleiros montados.
7 Inumano Colérico (1)
Vocês estão no meio de um embate
8 Espectro do Caos (1) 4 vigoroso, entre estranhos cavaleiros e
homens de túnicas.

t6.7 qual é o som

ROLE 1D4

1 O correr de um rio, com águas fortes e rápidas ao fundo.

2 Sons de ferramentas batendo, quebrando e construindo permeiam este ambiente.

3 O grasnar de abutres ecoa sobre a cabeça de vocês.

4 O som de uma brisa fina que antecede uma tempestade de areia é ouvido.

94 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 95
 terceiro andar
a colmeia

em meio a ela, pode-se tentar fazer um teste de

Força para destravá-la.
Na sala, há um baú destrancado com uma gema
conhecida como Olho-de-Tigre no valor de 1.000
PO, e no alto da sala há um esquife verde-água

1
flutuando a 10m do chão. O teto parece o chão de
Sala do Vapor uma horta, com ervas, flores e frutas exalando um
Um cheiro muito delicado, quase como cheiro incrível. A esquife parece oferecer a ilumi-
o hálito fresco de uma divindade. Esse cheiro nação necessária para o crescimento da horta.
parece vir do teto ou da parte superior da sala.
Assim que a porta é aberta, nota-se que essa é Na esquife, um velho ARKHImancista dorme
uma sala hexagonal com uma criatura assusta- num sono profano, conservado em consciência
dora em seu interior. As salas são magicamente dentro do local. Ao chegarem mais perto, perce-
iluminadas nos rodapés entre o chão e as paredes berão que esse ARKHImancista é, na verdade,
com uma luz esverdeada e muito fraca. um Esqueleto. Ele atacará qualquer um que ouse
acordá-lo, sendo capaz de conjurar as magias
elemental Sono e Enfeitiçar Pessoas, além das habilidades
de vapor (1) [3.425xp ] normais. A água para as plantas é fornecida
Grande e Neutro pelo Elemental que protege a sala. As plantas,
flores e ervas podem ser colhidas e juntas têm
DV CA JP MV MO
16 21 17 6, 12N 8 efeito mágico, podendo curar 1d6 PV de até um
1 × golpe + 11 (3d8) personagem que a consumir.

A criatura é um Elemental de Vapor. Ele ataca esqueleto do

prontamente e não é possível fechar a porta velho mestre (1) [15xp ]
imediatamente após abri-la (um mecanismo Médio e Caótico
trava a porta aberta). Após a batalha, ou
DV CA JP MV MO
1 12 7 6 9
1 × arma + 0 (1d 6 ou o dano da arm a )

96 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

2 Sala Espelhada
esta sala é inteiramente espelhada e a
imagem pálida de baú se vê logo à frente. O chão
dela não existe, sendo na verdade uma imagem
gerada pelo jogo de espelhos. Aquele que entrar na
sala cairá sobre o chão do segundo andar.
libertado, há uma chance de 1-4 em 1d6 de ajudar
o grupo com informações privilegiadas sobre
os segredos do palácio e o rio desviado. Ele fala
sozinho, resmunga, cospe e repete as frases pelo
menos 3 vezes. Em troca dos segredos, Aranol pede
para acabarem com seu sofrimento matando-o.

O teto é todo cravejado de pedras brilhantes arenol, o

(parecem diamantes) simulando uma noite mestre louco (1) [35xp ]
estrelada. Somente uma das pedras é verdadeira, Médio e Caótico
as outras são criaturas com corpo de diamante,
parecidas com abelhas. São capazes de ferir com DV
2
CA
10
JP
6
MV
8
MO
7
suas ferroadas. Seus abdomens não são feitos
magias como um mago de 5º nível

5
de diamante verdadeiro. O diamante verdadeiro
vale 2.000 PO. Sala do Quadro
Aqui tem um portal para uma casa lacrada
abelha dentro da montanha, na Cidade Velada. O
diamante (1) [10xp ]
portal é um imenso quadro dos enormes cães
Miúdo e Neutro
mastiff caçando Yeldras na beira de um lago e
DV CA JP MV MO os ARKHImancistas, com suas capas e chapéus
1/2 20 7 11V 8
exóticos, pairando a centímetros do chão enquanto
1 × ferroada + 0 (1d3 + veneno + ferrão alojado) meditam. O quadro é assombroso, pintado com
tesouro: mel tons escuros e sangue-vivo, deixando naturalmente

3
Sala Fedida
Esta sala tem um cheiro forte de fezes e é
banhada por uma sinistra escuridão mágica. Não
há nenhum tesouro aqui. Criaturas sombrias
vivem neste pequeno perímetro hexagonal e
atacarão quem entrar nessa sala. As criaturas são
Cães Espectrais sombrios que outrora foram os
cães mastiff de guarda dos ARKHImancistas do
palácio. No canto da sala, há um pote de barro com
uma pasta escura e fétida (altamente inflamável).
o ambiente carregado.
Dentro desta sala, há um pequeno cubo de safira
que brilha sob um pedestal de bronze no centro
dela. O cubo é um dado belíssimo de 6 lados e
é também a chave para o portal. Para o quadro
assumir a forma de portal, o cubo precisa estar
com a face do número 3 voltada para cima. O
cubo só pode ser roubado com cinzéis e os PJ
precisarão de um longo tempo para isso, mas
pode ser vendido por 600 PO.

cão espectral (6)

Pequeno e Neutro
[35xp ]
6 Sala das Gavetas
Pequenas gavetas em todas as paredes,
do chão até o teto. Elas são miniaturas de
DV CA JP MV MO
lápides de criaturas diversas. Um estudo mais
2+2 12 7 12 8 minucioso revela que aqueles homens são,
1 × mordida + 2 (1d6+drenar) na verdade, aventureiros que morreram na

4
tentativa de acesso ao grandioso tesouro das
Sala do Mestre Louco estrelas, o qual os ARKHI guardam em algum
Esta sala é uma cela onde um local secreto neste palácio. Todos os móveis
ARKHImancista louco está preso. Correntes aqui são em miniatura, criando uma sensação
prateadas prendem suas mãos e pés, e um elmo de que os aventureiros são gigantes.
inteiramente fechado o impede de ver e falar. Ele
está deitado numa cama suja de palha e é possível
notar que, de alguma forma, ele recebe alimento
e água. O nome desse homem é Aranol. Se

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 97

 7 Sala dos Líderes
Aqui estão reunidos os ARKHI. Os grandes
líderes entre os ARKHImancistas e o Sumo sacer-
dote. Os líderes são ARKHImagos (Magos de 3º
nível) e o Sumo sacerdote é um Mago de 8º nível.
O Sumo sacerdote pode oferecer a passagem livre
aos aventureiros pelo grande espelho (Parede 1)
se aceitarem incorporar as fileiras do zigurate e
fizerem o sacrifício ritual.
de moldar água. Poderosa, é capaz de transladar
o curso de um rio (com a ajuda de engenheiros
e trabalhadores, ou com outra magia de moldar
pedra/terra). Na parede ao lado (Parede 5), há uma
estatueta de uma deusa antiga em bronze polido
que, na verdade, é um portal. Quem passar por
esse portal, aparecerá nas margens de um Oásis
verdadeiro escondido entre dunas e protegido por
guardas a poucas milhas do palácio.

arkhimago (3) [75xp ] Cada Mago carrega 150 moedas de platina e 1

Humanoide, Médio e Caótico pergaminho de proteção a Elementais. Já o Sumo
sacerdote, tem 1 mapa detalhado do Zigurate (sem
DV CA JP MV MO informações do conteúdo das salas), 1 mapa da
2 10 6 8 7
Cidade Velada, relatos da transposição do rio e
1 × adaga + 0 (1d4)
uma carta de um ARKHI em comum antigo sobre
magia: como um Mago de 5º nível; e magia
a criatura encontrada no fundo do rio, a qual agora
ARKHItectonismo. habita o poço profundo no subterrâneo do palácio,
mais precisamente no fundo da pirâmide invertida.
sumo sacerdote (1) [135xp ]
Humanoide, Médio e Caótico

DV CA JP MV MO
3 9 8 8 7
1 × adaga + 0 (1d4)
magia: como um Mago de 8º nível; e as magias
ARKHItectonismo e Arkhãnima Petra.
Um dos aventureiros pode ser escolhido como
chave do portal. Sangue fresco e em grande
quantidade deve ser derramado no espelho,
tornando-o um portal para um plano desco-
nhecido. Através do espelho, pode-se ver um
caminho de pedras azuladas brilhantes no chão,
como se o enfeitassem de estrelas. Tal caminho
pode levar a qualquer parte do zigurate, para os
Subterrâneos ou para a Cidade das Estrelas.
A parede à direita (Parede 3) é uma armadilha.
Se aberta, a sala 7 ficará coberta de veneno em pó
(os Magos têm o antídoto).
A Parede 2 tem 2 fundos falsos. Eles guardam, nota para o mestre
além de serpentes negras de pura magia, uma
armadura de placas +3 cada um. As salas hexagonais têm portas em todas as
suas paredes, criando assim o efeito de labi-
serpentes negras (4) [115xp ]
rinto. Para chegar a Cidade das Estrelas, o
Miúdo e Neutro
caminho para a Sala 7 deve ser feito de forma
DV CA JP MV MO perfeita. Desvios ocasionam em encontros
3 13 7 8 7 aleatórios. Role 1d4: 1 - Fantasma Perdido (1); 2
1 × golpe + 11 (3d8) - Fantasma Violento (1); 3 - Fantasma Violento (2);
Na parede à esquerda (Parede 4), há uma câmara 4 - Alma Conspurcada (1).
escondida com um item precioso: uma varinha

98 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

99
 o subterrâneo
Ao escolher alguma das passagens que
levam ao Subterrâneo os personagens
vão se deparar com longas escadas
ziguezagueantes que descem dezenas
de metros abaixo do solo.
O ar é abafado, pesado, com cheiro de
peixe, lodo e mofo. As escadas, a cada
degrau, vão se tornando mais oleosas
e escorregadias. Um odor intenso e
azedo, como uma mistura bizarra de
vinagre e suor, se sobressai no hori-
zonte olfativo.
100 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA
Os degraus de pedra negra do último
lance de escadas estão cobertos de mate-
rial pútrido irreconhecível, cascas de
amêndoas e um líquido fétido brilhando
a óleo. Ao final do lance de escadas, há um
longo e escuro corredor. Ao pisarem nos
degraus do último lance de escadas, os
personagens deverão realizar uma JPC
ou ficarão temporariamente presos no
lodo da escada.
Armas de prata são eficazes neste caso,
servindo para liquefazer o visco e soltar
os aventureiros. Porém, se os companheiros
livres se distraírem deixando os corpos dos
amigos sozinhos por um tempo ou se todos
ficarem presos no lodo, uma língua gigan-
tesca e tosca surgirá do imenso corredor,
levando-os para o escuro desconhe-
cido e derretendo-os com seu suco
gástrico que causa 2d6 de dano
corrosivo. Se o personagem
sobreviver, terá que enfrentar
a criatura dona da língua, o
Antigo, para sair desta situação.
Se nenhum aventureiro ficar
preso no lodo do último lance
de escadas, encontrarão no
corredor um baú com um colar
que permite a comunicação
entre seu portador e o Antigo.
O modificador de Carisma do
personagem portando o colar
deve ser no mínimo +1 e, ao usá-lo,
pode pedir que a poderosa entidade destrua
o imenso gerador de energia d’água.
O jogador deve fazer uma JPC e,
se tiver sucesso, a imensa enti-
dade destrói o mecanismo dos
ARKHImagos e o zigurate cairá
pedra por pedra. Se falhar, todos do
grupo serão devorados por essa cria-
tura horrenda.

o antigo (1) w [17.775xp]

Imenso e Caótico

DV CA JP MV MO
57 15 15 20 9
1 × língua + 12 (2d6+engolir)
4 × tentáculos + 10 (2d6)
1 × mordida + 10 (2d4)

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 101

 —— A PÊ N D I CE 1 ——

ITENS INICIAIS

equipamento inicial
Role 3d6 x 10 Peças de Cobre (PC) e compre seus itens iniciais aqui nesta lista:

ITEM custo (pc)

Cantil Vazio 30
Corda Frágil 10
Couro Branco e Carvão para Escrever (grimório inicial) 10
Estatueta de Pedra de um Deus (símbolo sagrado) 20
Ferramentas de Ladrão (feita de pequenos ossos) 40
Ganchos de Pedra 10 (5 unidades)
Pederneira de Baixa Qualidade 20
Pinos de Pedra 10 (12 unidades)
Saco de Dormir de Peles 10
Saco de Retalhos (suporta até 100 de peso)* 5
Saco Grande de Retalhos (suporta até 200 de peso)* 10
Sandálias Usadas e Farrapos para Vestir 10
Tocha de Sálvia do Deserto (uma tocha de Sálvia queima por meia hora/3 turnos,
20 (3 unidades)
iluminando claramente um raio de 6m)

Todos os equipamentos de exploração dessa lista são
de péssima qualidade e podem quebrar, esfarelar,
apodrecer e/ou rasgar com uma chance de 1 em 1d6.
O Mestre deve antecipar os problemas possíveis e os
jogadores decidem se querem assumir o risco.
*Todos os equipamentos de exploração da sua compra
juntos pesam 40 se forem guardados em algum saco,
seja este grande ou pequeno. Porém, os diferentes sacos
suportam diferentes cargas de outros itens que pesam,
como armas, armaduras, etc.

102 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

 Farrapos
de Vestir

Saco de Dormir de Peles

Corda
Frágil

Couro Branco e
Carvão para Escrever

Ferramentas
Sandálias de Ladrão
Usadas

Cantil Vazio
Tocha de Sálvia
do Deserto

Pinos de Pedra

Pederneira de
Baixa Qualidade Saco Grande de
Retalhos

Gancho de Pedra

Estatueta de Saco de Retalhos

Pedra de um Deus

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 103

 armas iniciais
ARMA custo (pc) peso dano chance de quebra

Azagaia de Pedra 30 50 1d4+1 1 em 1d8

Fêmur Humano 20 40 1d6 1 em 1d6

Adaga de Osso 5 10 1d4 1 em 1d6

Funda de Tripas* 2 10 1d4 1 em 1d6

As armas podem quebrar em caso de acerto. O Mestre *Na compra da Funda de Tripas, receba 10 Pedras.
deve antecipar os problemas possíveis e os jogadores Cada pedra tem 2 de peso (Total de Peso: 20).
decidem se querem assumir o risco.

Adaga
de Osso
Fêmur
Humano

Funda
de Tripas

Azagaia
de Pedra

104 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA

 —— A PÊ N D I CE 2 ——

MAGI AS
Arkhãnima Petra Imã de Carne
Arcana 6 Arcana 3
Duração: permanente Duração: até 3 rodadas
Alcance: toque Alcance: 50 metros
Jogada de Proteção: JPS nega Jogada de Proteção: JPS nega
O toque do conjurador transforma uma alma em Esta magia atrai corpos para o conjurador, como se
uma pedra ou uma pedra em uma essência de este fosse um imã de carne. Se a vítima tiver 800 de
alma. O alvo tocado deve ser bem-sucedido em peso ou mais, não será atraída. Se o conjurador for
uma JPS para não morrer. ferido, utilizar outra magia ou se estiver em fuga, a
magia é interrompida no ato. Para lançá-la, o alvo
Arkhitectonismo precisa estar no campo de visão do conjurador.
Arcana 5 Caso contrário, a magia falha automaticamente.

Duração: 1d4 turnos
Alcance: 36 metros
Jogada de Proteção: nenhuma
Este feitiço permite ao lançador moldar até
100m² de pedra e terra enquanto durar a magia.
Pode ser desfeita com uma magia Dissipar Magia
(também de 3° círculo).
O alvo é atraído caso não passe em uma JPS,
ficando momentaneamente sob controle do conju-
rador. O corpo pode flutuar, arrastar, bater etc.

CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 105

106 ARKHI ◆ CENÁRIO DE CAMPANHA CENÁRIO DE CAMPANHA ◆ ARKHI 106
107
 cenario de campanha

Nome Nivel

Classe & Especializacao Etnia Divindade

forforça
m.for

m.des
ca classe de
armadura
armadura escudo m.con
pv pontos
de vida
total
m.des ▶
▶
des
destreza pv atuais
m.con +10
con
constituição

int
m.int

m.for
ba ▶
base de
ataque
base m.des base
jp jogada de
proteção
raça/classe atributo
inteligência
m.sab ▶

sab
sabedoria
m.car

car
carisma BAC BAD JpD JpC Jps

PO
EquipAmEntos PP PC
AtAquEs & HABiliDADEs
quebrar arma ba dano

equipamento geral

sEDE FomE
⚫ Exausto ⚫ Extenuado ⚫ Morto ⚫ Exausto ⚫ Extenuado ⚫ Morto

1º nível: 3º nível:

CARGA moVimEnto
máxima atual base atual

6º nível: 10º nível:

pontos DE EXpERiEnCiA
atual próximo nível