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Escola Municipal Florestan Fernandes

Diretora: Maria Aparecida R. da Cruz


Vice-diretora: Kênia Gonçalves Araújo Duarte
Pedagogas do 1º turno: Rosana Mara Resende
Professor(a): dr. Cássio Bruno de Araujo Rocha
Turma: 6º___ Componente Curricular: História Data: abril/2023
Aluno(a):

Origens e evolução da humanidade

De onde nós viemos? Qual é a nossa origem? Individual ou coletivamente, a questão das origens sempre
inquietou, assombrou e aterrorizou homens e mulheres ao longo da história.
Por isso mesmo, ao longo do tempo, várias formas de explicações para a origem da humanidade foram
criadas pelas diversas culturas.
Vejamos duas delas.

1) Mito grego da criação do mundo


Os gregos antigos tinham muitos mitos que explicavam a criação do mundo, da humanidade, das suas
cidades e de sua cultura.
O que são mitos?
Mitos são narrativas orais tomadas como verdadeiras pelos povos de cada cultura, cujo objetivo é contar e
explicar (dar sentido de verdade) a fatos assombrosos e sem explicação da natureza, do universo, da cultura
humana.
A origem da humanidade é um desses fatos que ninguém sabia com certeza como aconteceu.

Mito grego da criação da humanidade


Os gregos acreditavam que a humanidade foi uma criação do titã Prometeu. Vamos acompanhar a narrativa
do mito?
Após a criação do mundo, ainda não existia uma criatura capaz de pensar por conta própria e de se
lembrar de sua história. Faltavam os homens e as mulheres.
O titã Prometeu decidiu mudar isso. Ele arrancou o barro do chão e misturou as suas lágrimas. Prometeu
trabalhou sem parar, usando toda sua enorme arte, até obter um ser com feições semelhantes às dos deuses.
Prometeu criou várias estátuas de barro assim. Porém, elas ainda não tinham vida. O que fazer?
O titã soprou nas estátuas características dos animais: a coragem do leão, a fidelidade do cavalo, a força
do touro, a esperteza da raposa. Com isso, as estátuas começaram a se mexer. Mas elas ainda não
pensavam por si mesmas. Ainda não eram humanas.
Para isso, era necessária uma faísca do espírito divino.
A deusa Atena, a mais inteligente filha de Zeus, o senhor dos deuses, decide ajudar Prometeu. Ela foi ao
Monte Olimpo, morada dos deuses, e pegou uma taça cheia de néctar, a bebida dos deuses. Atena desceu à
terra e deu algumas gotas de néctar para cada um dos homens e das mulheres.
De repente, sobre a cabeça de cada um, surgiu uma luz nova e bela. Agora sim, são todos humanos, têm
alma e razão, são capazes de pensar por conta própria.
Criados e dotados de razão, os homens precisavam ter uma cultura.
Esses novos seres humanos têm alma e pensamento, mas ainda não sabiam o que fazer com eles. No início,
viviam quase como animais, deslumbrados diante das maravilhas da natureza.
Prometeu, o titã, decidiu ajudar suas criações. Ensinou os homens os segredos da natureza, a plantar e a
colher alimentos, a domesticar animais selvagens. Prometeu também mostrou aos humanos como curar
doenças e até a interpretar seus sonhos. O titã abriu a terra e de lá tirou o ferro, o ouro, a prata e pedras

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preciosas, ensinando homens e mulheres a trabalhar os metais. Começava o reinado dos homens sobre o
mundo.
Os deuses do Olimpo passaram a temer a humanidade.
Assombrados com a razão, o pensamento, da humanidade, os deuses do Olimpo temeram que a nova
espécie pudesse destroná-los do governo do universo. Por isso, Zeus impôs que homens e mulheres se
curvassem aos deuses e lhes fizessem sacrifícios. Além disso, Zeus escondeu o fogo dos homens, impedindo
o desenvolvimento cultural da humanidade.
Prometeu roubou o fogo dos deuses.
Prometeu era inimigo dos deuses do Olimpo, porque eles destruíram a raça dos titãs e castigaram
cruelmente dois de seus irmãos, os titãs Atlas e Menécio. Prometeu desejava que a humanidade crescesse e
se desenvolvesse a ponto de conseguir enfrentar e derrotar os deuses. Para isso criara homens e mulheres.
Mas ainda faltava algo para que a humanidade se tornasse mais poderosa. Faltava o fogo.
Então, Prometeu subiu aos céus e, com um comprido ramo seco de árvore, acendeu o galho do ardente
carro do Sol.
Com a chama acesa, desceu à terra e entregou o fogo aos homens, para a alegria dos mortais. De posse do
fogo, os homens cresceram, se multiplicaram e tornaram-se poderosos. Pouco os diferenciava dos deuses.
A vingança dos deuses: Pandora e sua caixa.
O temor dos deuses cresceu e eles se reuniram para criar uma forma de impedir que a humanidade pudesse
vencê-los. Zeus tem a ideia de criar uma belíssima mulher para enganar os homens. O deus ferreiro Hefesto
criou a bela mulher como uma estátua perfeita de bronze. Cada um dos deuses concedeu àquela mulher um
dom próprio. Afrodite concede-lhe a beleza infinita. Hermes o dom da linguagem, Apolo a voz suave de
cantora. Zeus chama-a de PANDORA, ou seja, “dotada de todos os dons”.
Antes de enviar Pandora à terra, Zeus entregou-lhe uma caixa fechada. Ali estavam todas as pragas e
misérias destinadas a atormentar a humanidade: doenças, vícios, guerras, a inveja, a avareza, o ódio, o
desespero, a violência.
O Pai dos deuses enviou então Pandora ao irmão de Prometeu, o titã Epimeteu, para que se casassem. A
caixa, disse o poderoso deus, era um presente para a humanidade.
Porém, Prometeu sabia que Zeus era vingativo e esperto. Por isso, aconselhara o irmão Epimeteu a nunca
aceitar qualquer presente de Zeus.
Só que, deslumbrado pela beleza suprema de Pandora, Epimeteu não deu ouvidos ao irmão e casou-se com
Pandora, aceitando e abrindo a caixa terrível.
Imediatamente, saltaram para fora da caixa todos os males e desgraças do mundo. O sofrimento se
espalhou pelo mundo. Porém, havia algo mais no fundo da caixa. Um último sentimento, muito precioso,
que poderia estragar a vingança dos deuses. Era a esperança.
Para ter certeza que a humanidade nunca pudesse ter esperança de vencer os deuses e conquistar o
universo, Zeus ordenou que Pandora fechasse a caixa. Assim, a esperança não escapou, ficou escondida
para sempre. E a humanidade perdeu seu paraíso.
O castigo eterno de Prometeu.
Por fim, Zeus decidiu castigar cruelmente o titã Prometeu, que ousara desafiar os deuses. Por ordem de
Zeus, Hefesto forjou uma poderosa corrente de ferro e aprisionou Prometeu no topo de uma alta e distante
montanha, chamada Cáucaso. Para ali, Zeus enviara uma águia enorme que, todos os dias, ia devorar o
fígado de Prometeu, que se regenerava do dia para a noite, para que a águia sempre tivesse uma nova
refeição a cada dia.

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CADERNO DE IMAGENS

Figura 1: Prometeu atormentado pela águia de Zeus, escultura de Nicolas-Sébastien Adam, 1762 (Museu do
Louvre, Paris)

Figura 2: Prometeu leva o fogo à humanidade. Pintura de Heinrich Friedrich Füger, 1817.

Figura 3: Hefesto acorrentando Prometeu. Pintura de Dirck van Baburen, 1623.

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Figura 4: Prometeu cria a humanidade. Sarcófago romano, ca 240 a.C., Museu do Louvre, Paris.

Figura 5: Pandora e sua caixa. Escultura de Pierre Loison, 1861.

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