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MITOLOGIA GREGA

A origem dos deuses : Essas coisa nunca aconteceram, mas


sempre existiram...
A) A TEOGONIA DE HESÍODO: A
ORIGEM DOS DEUSES

a) Do Caos às dinastias cósmicas.

b) A era de Urano e Gaia: do possível em direção ao ser -


o nomear cósmico.

c) A era de Kronos e Réa: do ser em direção à


temporalidade - o tempo recurvo.

d) A era de Zeus e Hera: da temporalidade em direção à


criação - para a reconquista do imortal.
4) A ILÍADA DE HOMERO

1. PARTE: O CAMINHO DE IDA DO HERÓI.

a) O casamento de Peleu e Tétis.

b) O pomo da discórdia.

c) O rapto de Helena.

d) Efigênia em Áulis.
2. PARTE: DA SEPARAÇÃO ENTRE
HOMENS E DEUSES.
a) A disputa entre Aquiles e Agamémnon.

b) O estratagema dos deuses.

c) O cavalo de Tróia: A queda de Tróia.

d) O assassinato de Agamémnon por Clitemnestra.

II - A Odisséia de Homero: O retorno do herói


consagrado.
ORIGEM DA PALAVRA PLATEIA:

 Árvores Platôs : local onde se realizava a Paidéia

 Forma de Educar.

 O mito de Eros e Psique e sua representatividade

 O Mito de Medusa ( O poder de reflexão, emblema nos teatro


gregos.

 Origem mítica do teatro: Dionísio


DEUSES DA ANTIGUIDADE: QUEM ERAM OS DEUSES DO OLIMPO?


Na Antigüidade grega, sua religião e mitologia eram constituídas por um casal supremo -
Zeus e Hera - e mais doze deuses, que eram seus pares complementares. Havia duas
maneiras de entendê-los:

 A primeira, mais simples e concreta, era a chamada visão de Homero, que encontramos
na Ilíada e na Odisséia. Aqui, os deuses só eram diferentes dos homens por serem mais
poderosos e imortais. Tinham, além da forma humana, paixões, rancores, ciúmes,
preferências, enfim, todos os atributos humanos.

 A segunda maneira de entendê-los encontramos em Hesíodo, em suas obras "A


Teogonia" e "Os Trabalhos e os Dias". Eles não eram apenas poderosos e imortais, mas
potências e manifestações cósmicas em busca de uma ordem que superasse o Caos. A
primeira, mais simples, era destinada ao povo, e a outra, mais profunda, destinada aos
iniciados.

 Na linguagem de Homero isto era explicado de uma forma muito mais acessível: Zeus era
a paixão que não se continha, e por isso era infiel a sua esposa, tendo inúmeras relações
extra conjugais, das quais nasceram muitos deuses, semideuses e heróis. Já Hera morria
de ciúmes e sempre estava tentando aniquilar as (os) amantes de seu esposo e os filhos
nascidos destas uniões.
Dessa maneira, conseguiam os antigos ensinar às crianças ou pessoas simples a
religião de uma forma mais humana e apaixonante, pois tratava-se de uma
linguagem que todos entendiam. A Criação se dava através do amor e da paixão, e
nem sempre era possível contê-la ou mesmo prevê-la. Talvez seja isso o que tanto
nos encanta na mitologia. Os antigos reuniam os deuses de acordo com suas
funções e aqui apresentamos uma síntese:
 Zeus: deus da criação e expansão.
 Hera: deusa da fecundidade, consolidação e fortalecimento.
 Homero lembra-nos que a distância que os separa dos outros deuses é a mesma
que separa os homens dos deuses.
 Apolo: deus da profecia , luz, beleza, música, poesia e artes.
 Ártemis (Diana): deusa que honra e protege o sagrado na natureza.
 Atená (Minerva): deusa da sabedoria, da justiça e da equidade.
 Afrodite (Venus): deusa do amor e da entrega.
 Ares (Marte): deus do espírito de luta e dos combates.
 Héfestos (Vulcano): deus das ferramentas e dos instrumentos .
 Héstia (Vesta): deusa protetora do sagrado do lar e do interior de cada um.
 Hermes (Mercúrio): deus condutor das almas após a morte no caminho para
voltarem a viver (todas as religiões antigas acreditavam na regeneração das almas
em outro corpo – séculos mais tarde o espiritismo aí se inspirou). Era além disso o
condutor dos homens aqui na Terra.
 Deméter (Vesta): deusa da fertilidade e das artes para se voltar a viver. Simboliza as
estações do ano e a regeneração da natureza.
 Dioniso (Baco): deus do vinho, do êxtase e da alegria. No período romano seus
atributos foram completamente degenerados, sendo associados com orgias e
bacanais, típicos da decadente Roma.
 Posseidon: deus dos mares e das tarefas inadiáveis para se viver.
 Hades ou Plutão: era também irmão de Zeus. É o deus dos mortos e vingador dos
falsos juramentos
 Os mitos não podem - e nunca quiseram - competir com a ciência e a razão. Eles
nos abrem as portas para uma outra realidade: o mistério de viver, com seus dramas
individuais e coletivos, suas angústias, medos, alegrias e anseios. Eis onde a ciência
e a razão sempre fracassaram redondamente! Alguém se atreve a explicar sua
própria existência de modo científico, racional e previsível? Se conseguir é porque
já morreu e ainda não foi notificado da data de seu enterro…

Eis a beleza dos mitos que tanto nos fascina e apaixona: eles não prevêem, abrem
portas e possibilidades para a nossa vida. Por isso são fantásticos e ambíguos;
exigem nossa participação e tomada de posição, enfim, cobram-nos a coragem de
viver e não simplesmente vegetar. Assim, cada um tem o desafio de recriar um mito
- qualquer mito - para a sua própria vida de acordo com sua visão e compreensão.
Ontem como hoje, eles fazem o papel dos oráculos e videntes de nosso íntimo.

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O ENIGMA DA ESFINGE E O ORÁCULO DE DELFOS

Quem és tu, que fazes aqui? De onde vieste? Para onde vais?

Édipo e Antígona.
A Esfinge era um monstro mitológico com cabeça de mulher, corpo de leão e
asas de águia. Esfinge é uma palavra do egípcio arcaico, e significa "apertar a
garganta até sufocar ou mesmo asfixiar".

Aliás, é por isso que a Esfinge nos sufoca e ameaça asfixiar-nos. É o que
sentimos quando nada sabemos de nós, quando as incertezas nos invadem e o
tempo nos angustia, pois passa cada vez mais depressa. Enfim, são tantas as
indagações sobre o passado não compreendido e o incerto futuro.

Desde o advento da psicanálise nos fins do séc. XIX, se consolidou a idéia de


que Édipo e sua contrapartida Electra, representavam o desejo inconsciente de
relacionamento incestuoso entre mãe e filho e pai e filha.
O ENIGMA DA ESFINGE E O ORÁCULO DE DELFOS

É pouco, muito pouco, para o significado e grandeza contidos nos mitos de Édipo Rei
e Antígona. Seu verdadeiro sentido compreende a história de um homem maldito e
condenado à morte, antes mesmo de nascer e que, pela sua coragem de ser verdadeiro,
alcança o mais alto grau oferecido aos homens pelos deuses: a imortalidade, somente
concedida aos Messias, os filhos de Deus. Édipo é, portanto o antecessor de Moisés,
Buda, Cristo e Maomé - para citar somente alguns.

A problemática fundamental do homem - existencial, psicológica e social - nunca


poderia centrar-se num desejo incestuoso inconsciente (o complexo de Édipo e ou de
Electra; a questão sexual segundo a psicanálise), mas sim no desejo natural cósmico de
se ter direito a vida - e como tal poder exercê-lo com dignidade. Mais do que tudo, o
horror - o horror dos horrores da condição humana - é não ser amado, ser rejeitado e
excluído pelo outro, não importando se são os pais, o conjugue, o amigo ou quem quer
que seja. Quer dizer, toda e qualquer rejeição pode ser fatal. Não, a questão essencial
da existência não é e nunca poderia ser sexual - consciente ou inconscientemente. É do
direito natural cósmico de nascer, viver e morrer com dignidade e amor.
O QUE SÃO OS MITOS E PARA QUE SERVEM?

O ENIGMA DA ESFINGE: QUEM ÉS TU? DE ONDE VIESTE E QUE FAZES


AQUI? PARA ONDE VAIS?

A origem dos mitos perde-se na noite dos tempos, sem que ninguém possa dizer de onde vieram. São
narrativas fascinantes, porém absurdas para quem quiser neles enxergar algo palpável e "real". E não
adianta neles procurar verdades científicas ou mesmo; quem tentar faze-lo perderá toda a sua beleza e
fascínio, além de desperdiçar seu tempo.

Mas se são absurdas fantasias, para que servem então? Para levar-nos para longe da realidade e
embalar-nos em sonhos impossíveis? E ainda assim ficamos por eles apaixonados e maravilhados.
Falam de coisas que nos dizem respeito e parecem responder a tantas e tantas perguntas que temos
sobre o mistério e o absurdo de existir. Que estranho! Parece que quando conhecemos um mito, "já
sabíamos sem saber", soa-nos tão familiar e, principalmente, toca o coração - se nosso realismo
permitir e não exigir que o descartemos como bobagem ou simples mentira (afinal, mito é seu
sinônimo).

Na Antigüidade, longe de indicar algo falso, os mitos eram considerados a linguagem que os deuses
utilizavam para ensinar a nós, pobres mortais, a arte de viver, amar e deles se aproximar. Eram
narrativas fantásticas e ambíguas porque os deuses nunca se comunicam de forma direta conosco; não
é muito diferente do que ocorre quando consultamos um astrólogo ou um vidente. As respostas que
buscamos nunca são transparentes e diretas - elas exigem nossa intervenção e interpretação para
ganharem sentido e direção. É como se adentrássemos num mundo mágico (esta palavra deriva de
mitoÂ…), onde se abrem novas possibilidades e esperanças para um futuro sempre incerto, mas tão
sonhado e desejado.

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