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Hérnia Perineal: separação dos m. do diafragma pélvico, levando ao


deslocamento de órgãos abdominais e pélvicos para o períneo

(COSTA NETO et al., 2006; TOBIAS 2010; FOSSUM, 2015)

Hérnia perineal em cães

Profª. Barbra Gabriela Oliveira de Faria

Fonte: MORTARI & RAHAL, 2005

M. ESFÍNCTER EXTERNO DO ÂNUS

M. COCCÍGEO

ÂNUS

M. ELEVADOR DO ÂNUS
ARTÉRIA, VEIA E NERVO
PUDENDOS INTERNOS M. ELEVADOR DO ÂNUS

M. OBTURADOR
INTERNO TUBEROSIDADE
ISQUIÁTICA
M. COCCÍGEO

M. ISQUIOURETAL
M. ESFÍNCTER DO ÂNUS
M. ISQUIO-
CARVENOSO
LIGAMENTO
M. BULBOESPONJOSO SACROTUBEROSO TUBEROSIDAD
E
M. RETRATOR ISQUIÁTICA
DO PÊNIS

MUSC. SEMITENDINOSO
(ADAPTADO DE BOYD, 1993)
(ADAPTADO DE BOYD, 1993)

Envolvimento do aumento da pressão intra-abdominal na


Causas do enfraquecimento do Diafragma Pélvico: formação da hérnia perineal
(BELLENGER & CANFILD 2007)

Hormônios Atrofia muscular congênita ou Esforço para


masculinos adquirida defecar

• Prostatite
• Cistite
• Obstrução do trato urinário
• Homônios andrógenos
• Obstrução colorretal
• Hormônio relaxina
• Desvio ou dilatação retal
• Inflamação perineal
• Diarreia
(BELLENGER & CANFILD 2007; FOSSUM, 2015) • Constipação Fonte: Arquivo Pessoal

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b2 Hérnia: a protrusão total ou parcial de um órgão de sua cavidade


natural, através de uma abertura congênita ou adquirida.
(referencia livro)

Hérnia Perineal: enfraquecimento dos m. do diafragma pélvico,


com posterior deslocamento de órgãos e estruturas abdominais
para o períneo.
barbra.faria; 16/02/2016
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Caudal, ciática, dorsal ou ventral

Classificação:
Unilateral ou bilateral A

Redutível ou irredutível
(TOBIAS 2010; FOSSUM, 2015)

Fonte: Arquivo Pessoal B Fonte: Arquivo Pessoal

Exame da região perineal


Exame da região perineal

Fonte: Arquivo Pessoal

REDUTÍVEL REDUTÍVEL
Fonte: Arquivo de Prof. João Moreira Fonte: Arquivo de Prof. João Moreira

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IRREDUTÍVEL IRREDUTÍVEL
Fonte: Arquivo de Prof. João Moreira Fonte: Arquivo de Prof. João Moreira

Palpação digital retal Patologias retais


Saculação, desvio e divertículo retal

Fonte: Arquivo de Prof. João Moreira

Prevalência:

Caudectomizados Idosos
Cães machos Não castrados
ou cauda atrofiada (7 a 9 anos)
(COSTA NETO et al., 2006; BELLENGER & CANFILD 2007; TOBIAS 2010; FOSSUM, 2015)

Fonte: Arquivo Pessoal

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PEQUENO PORTE Fonte: Arquivo de Prof. João Moreira


MÉDIO PORTE Fonte: Arquivo de Prof. João Moreira

Rara em fêmeas caninas


Pós-parto
Diafragma pélvico mais resistente
M. elevador do ânus (potente, largo e espesso)
Ligamento sacrotuberal mais forte

Fonte: Arquivo de Prof. João Moreira

GRANDE PORTE Fonte: Arquivo de Prof. João Moreira


(DEAN & BOJRAB, 1996; ACAUI et al., 2010; SERAFINI et al., 2011; ARONSON, 2013)

Estruturas herniadas:
• Pequinês
• Boston Terrier Saculação retal Desvio retal Divertículo retal Gordura retroperitoneal
• Corgi
• Boxer Omento Bexiga urinária Intestino delgado Próstata
• Poodle (DALECK et al.; 1992; RAISER, 1994; COSTA NETO et al., 2006; MORAES et al., 2013)

• Boiadeiro de
Flandres
• Sheepdogs
Inglês
• Collie
• Dachshunds
• Kelpie
• Pastor Alemão
(ARONSON, 2013)
Fonte: www.google.com.br A B C D Fonte: Arquivo Pessoal

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Obstrução ou estrangulamento visceral:

Situação emergencial Rápida deterioração do órgão


(FOSSUM, 2015)

A B Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: Arquivo de Prof. João Moreira

Fonte: Arquivo de Prof. João Moreira

Fonte: Arquivo de Prof. João Moreira

Movimentos peristálticos em alça intestinal

Fonte: Arquivo de Prof. João Moreira Fonte: Arquivo Pessoal

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Sinais clínicos:

Inchaço perineal Tenesmo Constipação/obstipação Disúria Anúria


(FOSSUM, 2015)

Fonte: Arquivo Pessoal Adaptado de Hill’s (1989)

Tratamento cirúrgico: b3

Laxantes

Herniorrafia clássica (DÖRNE & DUPRÉ, 2010)


Enemas
Transposições musculares (OLIVEIRA et al., 2014)
Tratamento conservador:
Pexias de órgãos abdominais (D’ASSIS et al., 2010)
Mudança na dieta
Implantes sintéticos (VNUK et al., 2006; LEAL et al. 2012)

Remoção digital fecal Implantes biológicos (DALECK et al., 1992; BONGARTZ et al., 2005; ZERWES et al., 2011)
(BELLENGER & CANFILD 2007; FOSSUM, 2015)

Avaliação geral do paciente

• Exame clínico
• Exames laboratoriais (hemograma e bioquímico)
Cuidados pré-operatórios
• USG (abdominal e perineal)
• Eletro e ecocardiograma
• Sondagem
• Enema
• Jejum
• Antibioticoterapia
• Posicionamento do paciente
• Oclusão do ânus

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b3 Tratamento cirúrgico: evita o risco de encarceramento de órgãos


barbra.faria; 17/02/2016
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Orquiectomia: Herniorrafia clássica:


Promove redução de recidivas
Casos em que a musculatura esteja bem evidenciada
Diminui os níveis de relaxina e testosterona (MORTARI & RAHAL, 2005)

Inevitável em cães com hiperplasia prostática


(BELLENGER & CANFILD 2007; FOSSUM, 2015)

Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: MORTARI & RAHAL, 2005

Transposição do m. obturador interno:


Transposições musculares:
Promove o reforço na porção ventral da hérnia
(MORTARI & RAHAL, 2005)

Transposição do m. Transposição do m. Transposição do m.


obturador interno semitendinso glúteo superficial

(MORTARI & RAHAL, 2005)

Fonte: MORTARI & RAHAL, 2005

Transposição do m. semitendinso:
Utilizada quando a face ventral do períneo está severamente afetada

Não compromete a locomoção ou movimentação articular


(MORTARI & RAHAL, 2005)

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b4 Índice de complicações: 28,6 a 61%


Taxas de recorrência: 10% a 46%
Utilizada nos casos em que a musculatura esteja bem evidenciada
barbra.faria; 18/02/2016
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P. Böttcher, C. Thiel, M. Kramer, V. Grevel, (2013)

Fonte: Arquivo de Prof. João Moreira

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Pexias de órgãos abdominais:


Colopexia e deferentopexia associadas à omentalização

Indicada nos casos com retroflexão de bexiga e


saculação retal concomitante (D’ASSIS et al., 2010)

Fonte: D’ASSIS et. al., 2010

Implantes sintéticos: Principal Complicação devido ao uso de implantes sintéticos:


Tela de polipropileno
Custo elevado Corpo estranho
Evitar o uso de material estranho Reação inflamatória crônica
Utilizar tecido do paciente (MAZZINI & MANTOVANI, 1999)

(VNUK et al., 2006; LEAL et al., 2012; PRATUMMINTRA et al., 2013)


)

A Fonte: LEAL et. al., 2012 B Fonte: Arquivo Pessoal


A B C Fonte: Arquivo Pessoal

Tipos de enxertos
Enxertos biológicos:

• Enxerto autólogo: do próprio animal

• Enxerto heterólogo: da mesma espécie porem individuo diferente Fáscia lata Peritônio bovino Pericárdio equino
(BONGARTZ et. al, 2005) (DALECK et. al.,1992) (ZERWES et. al., 2011)

• Enxerto xenólogo: espécie diferente

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Enxerto autólogo de fáscia lata: Enxerto xenólogo de pericárdio equino:


Indicada em casos de atrofia muscular severa
Local cirúrgico adicional para colheita
Transposição do m. obturador interno
Mudança de decúbito Pericárdio equino utilizado como reforço
(BONGARTZ et. al, 2005)
(ZERWES et al., 2011)

A B C Fonte: BONGARTZ et. al, 2005


A B
Fonte: ZERWES et al., 2011

Túnica vaginal autóloga:

Enxerto pediculado Enxerto não pediculado

• Aplicável em machos inteiros


• Não aplicada em cães com neoplasia testicular e/ou escrotal

(TANAKA et. al., 2004; PRATUMMINTRA et. al., 2013)

Herniorrafia com uso de túnica vaginal autóloga:

Material adequado Enxerto pediculado


Relato em um único cão
Túnica vaginal

Não possui antigenicidade Treinamento prévio para execução


(TANAKA et. al., 2004)

Menor custo do que materiais sintéticos

Obtida da castração
(PRATUMMINTRA et. al., 2013)

Fonte: TANAKA et. al., 2004

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Herniorrafia com uso de túnica vaginal autóloga: Herniorrafia com uso de túnica vaginal autóloga:
(TANAKA et. al., 2004) (TANAKA et. al., 2004)

D E F Fonte: Arquivo Pessoal

A B C Fonte: Arquivo Pessoal

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Herniorrafia com uso de túnica vaginal autóloga: Herniorrafia com uso de túnica vaginal autóloga:

Enxerto não pediculado


(PRATUMMINTRA et al., 2013)

A B C Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: PRATUMMINTRA et al., 2013

AA B B C C Fonte: Arquivo Pessoal

Herniorrafia com uso de túnica vaginal autóloga: Herniorrafia com uso de túnica vaginal autóloga:

D E F

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b7 Absorção de fluidos do tecido muscular adjacente (48h) nutre o


enxerto
Os capilares dos músculos adjacentes unem-se com o enxerto
Novos capilares crescem para o enxerto
O enxerto é ancorado a musculatura para fixação e
revascularização
barbra.faria; 26/02/2016
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Herniorrafia com uso de túnica vaginal autóloga: AMPUTAÇÃO DE RETO

Fonte: Arquivo Pessoal

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COMPLICAÇÕES

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• Complicações pós-operatórias:
- Seroma,
- Infecção da ferida,
- Deiscência de suturas,
- Tenesmo,
- Prolapso retal,
- Colocação de suturas no lúmen retal ou sacos anais,
- Incontinência fecal ou urinária,
- Necrose da vesícula urinária,
- Lesão do nervo ciático,
- Recidiva.

Considerações pós-operatórias
Lesão do nervo ciático relacionada a penetração
ou aprisionamento durante herniorrafia • Anti-inflamatório (meloxicam, carprofeno, cetoprofeno)
(BELLENGER & CANFILD 2007) • Analgésico (dipirona, tramadol)
• Antibiótico (metronidazol, cefalexina)
• Laxante (lactulose)
• Emoliente fecal (azeite de oliva)
• Alimentação pastosa
• Limpeza da ferida (clorexidina 1%, repelente)
• Repouso
• Colar elisabetano

Fonte: Arquivo Pessoal

barbra_faria@yahoo.com.br

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