Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Estudaremos a Bruxaria como uma filosofia de vida, como uma arte na qual expomos de cara
limpa, sem medo e sem preconceito, o nosso amor pela Mãe Natureza, despertando o amor
em nós e aprendendo a respeitar as pessoas, a vontade da Natureza e, acima de tudo, a nós
mesmos.
Não temos hierarquia nem mestres. Somos apenas eternos aprendizes que contemplamos os
nossos professores o Senhor Sol, a Senhora Lua, as Senhoritas Estrelas, enfim, todo o
Cosmos. Eu, particularmente, admiro todas as formas de expressão da Bruxaria. Afinal,
estamos todos em um grande processo de aprendizagem e todos os caminhos levam à
redescoberta do ser humano e da magia que existe dentro de cada um.
Para ser uma bruxa, não é preciso abandonar suas crenças e seus dogmas religiosos. Basta
acreditar no seu próprio poder e na força da Mãe Natureza.
As bruxas são mulheres que buscam o equilíbrio natural da Natureza. Talvez por medo, o ser
humano nunca buscou viver em harmonia com a Mãe Terra, e até hoje ele só tem provocado a
sua destruição.
Reflita: A Bruxaria não tem cor. É como uma torneira que, quando é aberta, tanto serve
para matar a sede quanto para matar uma criança...
Beijos Encantados
Tânia Gori
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 2
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
1. Nascimento da Bruxaria
Segundo a doutora Margareth Murray, as origens da Bruxaria remontam ao período
paleolítico, cerca de 2,5 milhões de anos atrás. A importância da mulher e da Natureza era
vista através da observação. O ser humano relacionava tudo na Natureza com uma energia
espiritual e, assim, estabelecia a magia simpática.
2. Imaginativo Primitivo
No início, não se conheciam deuses nem ciências. Tudo era novo, tudo era mágico, e o
homem primitivo acreditava na sua união com a Natureza. Existia o ritual para o nascer do
Sol, pois se o ritual não fosse realizado, o Sol não nasceria e todos ficariam na escuridão.
Acender fogueiras era o ritual para as noites frias. Havia rituais para cada mudança de fase da
Lua, pois cada Lua tinha sua energia própria. Os homens primitivos sentiam grande prazer
com o carinho dos ventos, mas também temiam as forças naturais, como a voz dos trovões e a
fúria dos mares. Todavia, tinham acima de tudo grande respeito um pelo outro e todos pela
Natureza.
4. Evolução da Bruxaria
No período paleolítico ou Idade da Pedra Lascada, que teve início 2,5 milhões de anos atrás e
durou até 13.000 a.C., o homem desconhecia sua participação na procriação e, por isso, a
valorização feminina era muito grande porque a mulher “criava a vida”, cuja observação é
comprovada através de desenhos rupestres. Ao período paleolítico se seguiu o período
mesolítico, que se estendeu de 13.000 a 8.000 a.C..
No período neolítico ou Idade da Pedra Polida, que teve início em 8.000 a.C. e durou até
1.500 a.C., o homem se tornou sedentário e passou a observar os animais com mais atenção.
Ao verificar que as fêmeas só procriavam com a presença dos machos, concluiu que a mulher
também só procriaria com a presença do homem. Então a mulher passou de superior para
igual.
Com o advento do Judaísmo, que pregava a crença num único Deus, e mais tarde, com o
domínio do Império Romano, a mulher deixou de ser igual e passou a ser inferior ao homem.
5. A Bruxaria na Europa
Há quatro interpretações sobre as raízes europeias da Bruxaria:
1. As bruxas nunca existiram. A Bruxaria era simplesmente uma invenção das
autoridades da Igreja Católica, usada especificamente para ganhar poder e força;
2. A Bruxaria desenvolveu-se a partir de cultos de fertilidade europeus, que enfatizavam
uma Deusa como deidade central;
3. A Bruxaria era uma convenção social, em que as pessoas culpavam uma bruxa quando
não podiam explicar um acontecimento;
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 3
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
7. Primeiras Leis
Em 743, o sínodo de Roma declarou ser crime fazer oferendas a espíritos. Em 829, o sínodo
de Paris baixou um decreto proclamando que a Igreja Católica não toleraria encantamentos e
idolatria. Entre 1100 e 1300, a imagem da bruxa foi se transformando numa criatura diabólica
que desprezava o sagrado, comia crianças e realizava orgias selvagens.
8. A Inquisição
A Inquisição era um tribunal eclesiástico, chamado Tribunal do Santo Ofício, criado para
combater heresias cometidas por cristãos confessos e muçulmanos vindos do Oriente. A
Inquisição foi iniciada em 1184, em Verona, Itália, pelo papa Lúcio III, que se inspirou em
textos de Santo Agostinho. A Inquisição fortaleceu-se durante o papado de Inocêncio III
(1198-1216) e no Concílio de Latrão (1215). De 1231 a 1234, o papa Gregório IX multiplicou
os Tribunais de Inquisição na Europa, que eram presididos por inquisidores permanentes.
9. Os Inquisidores
Todo inquisidor devia ser doutor em Teologia e em Direito Canônico e Civil e ter, no mínimo,
40 anos de idade para ser nomeado. A autoridade do inquisidor era dada pelo papa através de
uma bula, que às vezes delegava seu poder de nomear inquisidores a um cardeal
representante, aos superiores ou aos padres provincianos dos dominicanos e aos frades
franciscanos. Foram os papas Inocêncio IV e Alexandre IV que delegaram poder aos
superiores e aos padres provincianos de suas respectivas Ordens Licet ex Omnibu e Olim
Praesentiens. O inquisidor não podia nomear um escrivão, pois era assistido pelo escrivão
público das dioceses. Somente em 1561 os papas puderam nomear os escrivães.
11. As Torturas
A Inquisição usava a tortura como método de obter as confissões. Às vezes chegava ao
extremo, levando o torturado à morte. Segundo o grande historiador norte-americano Henry
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 4
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Thomas, poderia ser escrito um livro, embora nada agradável, sobre as torturas empregadas
pela Inquisição. Eis alguns exemplos de tortura:
O prisioneiro, com as mãos amarradas para trás, era levantado por uma corda que
passava por uma roldana, e guindado até o alto do patíbulo ou teto da câmara de
tortura. Em seguida, deixavam-no cair e travavam o aparelho quando seu corpo
chegava próximo ao chão. Isso se repetia várias vezes. Os cruéis carrascos também
amarravam pesos nos pés da vítima a fim de aumentar o choque da queda.
Havia a tortura pelo fogo. Os pés da vítima eram colocados sobre carvões em brasa, e
sobre as brasas era espalhada uma camada de graxa para que estalasse ao contato com
o fogo. Enquanto o fogo martirizava o supliciado, os inquisidores ali presentes
incitavam-no “piedosamente” a aceitar os ensinamentos da Igreja, em cujo nome o
condenado estava sendo tratado “tão delicada e misericordiosamente”.
Para que houvesse um contraste com a tortura pelo fogo, praticavam também a tortura
pela água. Amarravam as mãos e os pés do prisioneiro com uma corda trancada, que
lhe penetrava as carnes e os tendões, e abriam a boca da vítima à força, despejando
água dentro dela, até que chegasse à confissão ou à sufocação.
Toda imaginação bárbara do espírito de Dante quando descreveu o inferno foi
incorporada às máquinas reais que cauterizavam as carnes, esticavam e dilaceravam
os corpos e quebravam os ossos de todos os que se recusavam a crer na “branda
misericórdia” dos inquisidores.
De acordo com a lei, a tortura só podia ser infligida uma única vez, mas esse
regulamento era burlado. Quando queriam repetir a tortura, mesmo depois de alguns
dias, infringiam a lei, não alegando que fosse uma repetição, mas simplesmente a
continuação da tortura anterior. Esse jogo de palavras dava margem à crueldade e ao
zelo desenfreado dos inquisidores.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 5
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Dados históricos, publicados na revista Veja de 13.10.1999, mostram que, entre 1749 e 1771,
nove mulheres e quatro homens foram acusados de feitiçaria na cidade de São Paulo e
encaminhados para a Santa Inquisição de Portugal. Segundo pesquisas realizadas pelo pastor
doutor Aníbal Pereira dos Reis, existem arquivos de condenações em solo brasileiro de 721
mulheres e 1098 homens.
É impossível que uma bruxa seja satanista porque o satanismo é baseado na mitologia cristã e
tem seu foco num ser chamado Satã. A Bruxaria e, em particular, a Wicca, são baseadas na
história dos costumes celtas e nas práticas anglo-saxônicas, onde o demônio não tinha lugar
porque os pagãos antigos não reconheciam a existência de uma fonte de mal maior.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 6
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Do ano 04 antes de Cristo ao ano 29 depois de Cristo: Tempo provável da vida de Jesus
1998: Na Romênia, o deputado Madalin Volceu leva à Câmara Legislativa um projeto de lei
que regulamenta uma escola para quem pretenda ser bruxa, propondo que ela se torne uma
profissional liberal de aconselhamento e reequilibradora energética
1998: O papa João Paulo II reconhece que terríveis excessos tinham sido cometidos pelo
Santo Ofício e autoriza o Vaticano a abrir seus arquivos secretos sobre a Inquisição
Solitária: São bruxas geralmente ecléticas, que não pertencem a nenhuma tradição e aprendem
a Bruxaria por conta própria.
Stregheria: Bruxaria italiana, cuja tradição resgata o conhecimento de Charles Godfrey
Leland.
Tradição Familiar: São os que receberam conhecimentos através de pessoas da própria
família.
Verde: Ampla categoria de herboristas e bruxas de cozinha ou de magia natural.
Wicca Cristã: Embora muitos wiccans não aceitem esta tradição, ela está se tornando cada vez
mais prevalecente, principalmente na Europa.
Xamanismo Wiccan: Criação de Selena Fox, que combina a Wicca com técnicas do
xamanismo.
22. Os Celtas
O povo celta pertencia a um ramo indo-europeu que, por volta de 3000 a.C., saiu de sua terra
natal, no oeste do Mar Negro. Os celtas eram conhecidos pela justiça de suas leis que, entre
outras coisas, garantiam direitos às mulheres. Na cultura celta havia três níveis de
reconhecimento: O rei era um descendente de um herói ou líder guerreiro, reconhecido por
sua capacidade bélica em batalhas; os guerreiros eram reconhecidos por sua habilidade de
proteger e defender o clã; os fazendeiros, pastores e produtores eram pessoas comuns, mas
necessárias para o sustento da vida diária. Separados do clã, mas constituindo parte dele,
havia os sacerdotes druidas. O sacerdócio era dividido em três classes: Derwydd era o
conselheiro-chefe; Ovydd era a classe dos profetas e adivinhos; Bardd era a classe dos poetas
e mantenedores da Tradição.
Reflexão do Módulo 1
Devemos nos lembrar que, nos séculos passados, aqueles que queimavam bruxas e heréticos
estavam repetindo exatamente o pecado que matou Jesus Cristo. A história cristã seria muito
diferente se os cristãos se recordassem de que foi a motivação humana que os levou a matar
o homem a quem consideravam o seu salvador.
Avaliação do Módulo 1
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 9
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Leituras sugeridas
. A Bruxaria Hoje - Gerald Gardner - Editora Madras
. A Inquisição - Michael Baigent - Editora Imago
. Aradia - Charles Godfrey Leland - Editora Outras Palavras
. As Bruxas e a Igreja - Maria Nazareth Alvim de Barros - Editora Rosa-dos-Ventos
. As Bruxas Noivas de Satã - Jean Michel Sallmann - Editora Objetiva
. Guia Prático da Wicca - Lady Sabrina - Editora Novo Século
. O Culto das Bruxas na Europa Ocidental - Margareth Murray - Editora Madras
. O Deus das Feiticeiras - Margareth Murray - Editora Gaia
. O Livro Completo de Wicca e Bruxaria - Marian Singer - Editora Madras
. O Significado da Bruxaria - Gerald Gardner - Editora Madras
. O Templo Interior da Bruxaria - Christopher Penczak - Editora Madras
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 10
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
1. Tu farás tudo o que tiveres vontade, desde que não prejudiques ninguém
Sua liberdade termina no começo da liberdade do outro. Não podemos invadir a vida das
pessoas, pois certamente não gostaríamos de ter a nossa vida invadida. Cada pessoa tem a sua
livre escolha para seguir o caminho que desejar.
3. Estarás sempre em equilíbrio com os quatro elementos e com todos os seres da Natureza
Aqui temos o princípio da paz interior, da tranquilidade e da serenidade que precisamos ter
para viver bem. Devemos respeitar os quatro reinos da Natureza - mineral, vegetal, animal,
humano, e os quatro elementos - água, ar, fogo, terra. Precisamos respirar mais
profundamente antes de julgar ou culpar alguém, porque todos os nossos semelhantes têm
razões de sobra para serem o que são e fazerem o que fazem. Portanto, tente se colocar no
lugar do outro antes de tomar qualquer atitude.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 11
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
masculino ou feminino. De acordo com a Física moderna, todas as coisas que produzem uma
dinâmica precisam de uma energia masculina projetiva e de uma energia feminina receptiva.
6. Saberás ouvir teu próximo e respeitarás a evolução dele
Saber ouvir é uma demonstração de amizade e educação, e saber respeitar é uma prova de
sabedoria. Cada ser humano se encontra num determinado grau de evolução. Não somos
melhores nem piores, somos apenas nós. Devemos sempre procurar ensinar o que sabemos a
outras pessoas, desde que elas queiram aprender. Uma estação de rádio bem sintonizada pode
ser ouvida sem interferências e ruídos. Escutar é um ato humano que reflete uma disposição
interior. Peter Drucker dizia que “o verdadeiro comunicador é o receptor”. Escutar é permitir
o diálogo. Aqui deve ser lembrada a prática medieval de diálogo durante um debate. Enquanto
um falava, o outro era obrigado a ouvir porque, antes de expor seu ponto de vista, precisava
repetir a ideia do primeiro, com sua expressa aprovação, antes de dizer a sua resposta.
Algumas pessoas têm o defeito quase físico de não escutar, e as consequências desse mau
hábito são as discórdias.
8. Serás sempre alegre e passarás sempre tua alegria a todos os que te cercarem
Tudo o que ocorre conosco é resultado da energia que emitimos para o Cosmos. Se
estivermos mal-humorados, em baixo astral, atraímos esse tipo de sintonia para a nossa vida.
Por isso, precisamos estar sempre alegres e levar a nossa alegria a outras pessoas. Lembremos
que o verdadeiro amor e a verdadeira felicidade são sentimentos que permitem deixar as
pessoas e as coisas livres. Nunca devemos prender ninguém aos nossos desejos e convicções
unicamente para nossa satisfação pessoal. Se a pessoa ou a coisa permanecer com você, é
porque vocês foram feitos um para o outro. Caso contrário, é porque a pessoa ou a coisa não
ia lhe fazer bem. Como diz minha mãe: “O que é do homem o bicho não come!”
LEIS HERMÉTICAS
1. O Princípio do Mentalismo
O Todo é mente. O Universo é mental - Este princípio diz que nós todos somos pensamentos
da Mente Divina. Fomos criados pela Mente e podemos criar tudo pela mente. Afetamos
diretamente tudo ao nosso redor com a nossa mente. Exercícios práticos: 01. Entrando
mentalmente num objeto; 02. Partindo uma nuvem.
2. O Princípio da Correspondência
O que está em cima é como o que está embaixo. O que está embaixo é como o que está em
cima - Este princípio diz que o microcosmo tem correspondência com o macrocosmo. O que
somos refletimos no Universo e o Universo reflete em nós, como o átomo e o nosso sistema
solar. O DNA do ser humano é capaz de criar um novo ser. A correspondência é muito usada
nas poções e nos rituais, nos quais se incluem as cores, as ervas, os planetas, as notas musicais
e os elementos. Citamos aqui parte de um poema de William Blake: “Ver o mundo num grão
de areia e o céu numa flor silvestre; conter o infinito na palma da mão e a eternidade numa
hora”.
3. O Princípio da Vibração
Nada está parado. Tudo se move, tudo vibra - Tudo no Universo está em movimento, tudo
tem uma vibração. Nada está parado. Nada descansa. A matéria é uma vibração mais densa
que a energia. Em O Tao da Física, Fritjof Capra explica que todos os objetos materiais do
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 13
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
nosso meio ambiente são feitos de átomos e que “a enorme variedade de estruturas
moleculares... não é energia rígida e imóvel, mas oscila de acordo com as respectivas
temperaturas e em harmonia com vibrações térmicas do seu meio ambiente”. A matéria não é
passiva nem inerte, como nos pode parecer no nível material, mas cheia de movimento e
ritmo. Ela dança. Exercício prático: Eu desejo vibrar em harmonia com... (09 vezes).
4. O Princípio da Polaridade
Tudo é duplo, tudo tem dois polos, tudo tem seu oposto. O igual e o desigual são a mesma
coisa - Os opostos são sempre os aspectos de uma mesma coisa. Todas as verdades são meias-
verdades. Cuidado com a associação do bom e do ruim, pois o princípio da polaridade nos diz
que dentro do bom está o ruim e que dentro do ruim está o bom, como o yin-yang. A energia
existe em escalas graduadas, não absolutas. Devemos lembrar que as energias vivas não são
positivas ou negativas. Existem apenas graduações de energias mais sutis e refinadas e
energias mais densas e pesadas. No mundo da magia, o que pode ser pesado para um, é leve
para outro. Nosso objetivo na Bruxaria é encontrar o equilíbrio.
Exercício prático: Visualização da balança.
5. O Princípio do Ritmo
Tudo tem seu fluxo e refluxo. Tudo tem suas marés. Tudo sobe e desce - A lei do ritmo nos
proporciona um importante vislumbre sobre como esses opostos se movimentam. Eles se
movem em círculos. Tal como as ondas dos oceanos, o movimento linear que parece avançar,
contém milhões de gotas de água, cada uma rodopiando em círculos. Mais uma vez o
paradoxo dos opostos: As coisas não são o que parecem ser! As coisas recuam e avançam,
descem e sobem, entram e saem, fluem e refluem, mas também giram em círculos e em
espirais. Os sábios orientais ensinam que todos os opostos fluem juntos e interpenetram-se, e
tudo se converte continuamente em seu oposto. O filósofo grego Heráclito de Éfeso dizia que
tudo está em perpétua mudança, tudo está num contínuo estado de vir a ser, de devir, numa
interação cíclica dos opostos. Exercício prático: Observação das estações do ano em sua vida.
6. O Princípio do Gênero
O gênero está em tudo. Tudo tem seu princípio masculino e seu princípio feminino - Esta lei é
uma importante aplicação da lei da polaridade. Ela é semelhante ao princípio Anima e Animus
que Carl Jung e seus seguidores popularizaram, ou seja, cada pessoa tem aspectos masculinos
e femininos, independentemente do seu gênero físico. Nenhum ser humano é totalmente
masculino ou feminino. A lei do gênero fala acerca da força e da energia, pois em todas as
coisas existe uma energia feminina receptiva e uma energia masculina projetiva, ao que os
chineses chamam de yin-yang. Segundo a lei da polaridade, todas as coisas têm seus opostos e
a Física diz que existe uma vitalidade dinâmica entre esses opostos. Portanto, as energias
femininas e masculinas estão numa constante dança cósmica. Exercício prático: O Sol e a
Lua.
Leis Auxiliares
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 14
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Lei Criadora: É a própria vida e, ao mesmo tempo, o que sustém e o que determina os
caminhos pelos quais ela evolui. De acordo com esta lei, toda a existência universal perfaz a
sua trajetória em ciclos ou etapas. Esta lei é também conhecida como Princípio Criador, ou
seja, o impulso à manifestação.
Lei da Afinidade: O indivíduo consciente desta lei cuida do que pensa, sente e faz porque
compreende que atrai vibrações afins com o que manifesta. A similaridade de energias e
metas é parâmetro da lei da afinidade, que mostra seus aspectos superiores quando elas estão
voltadas para o bem universal.
Lei da Associação: Associações como, por exemplo, o uso do dólar para atrair dinheiro.
Lei da Compaixão: Esta lei prepara o ser humano para contatar a vida divina, trazer luz à sua
mente e consagrá-lo ao serviço impessoal. A ela se chega pela gratidão. Manter a consciência
focalizada em estados de pureza e harmonia favorece o contato com o espírito e atrai essa
qualidade, que descobre a verdadeira necessidade evolutiva dos seres.
Lei da Consagração: Por esta lei, todos os seres e universos são levados a consagrar-se à
meta que lhes foi designada no princípio da Criação. Está inserida na lei do retorno, pois a
consagração é parte do caminho para a Origem. O ser humano se consagra quando sua
interação com as energias da alma se plenifica e sua vida se volta por inteiro para a meta
evolutiva. Esta lei está relacionada com o caminho iniciático, cujos graus sucessivos
significam novos potenciais dela aplicados e consumados, com repercussões não apenas no
indivíduo, mas em todo o reino humano.
Lei da Disciplina: É fundamental para estados sutis se instalarem na vida externa do ser
humano. As forças da matéria, pela inércia que lhes é peculiar, tendem a estabilizar-se na
vibração alcançada; alinhá-las com metas superiores requer aplicação da lei da disciplina. Por
essa lei estabelece-se ordem no plano material e o indivíduo presta assistência espontânea aos
semelhantes e aos seres dos demais reinos. A verdadeira disciplina se fundamenta no
reconhecimento da necessidade de a vida evoluir e de se cooperar voluntariamente com essa
evolução.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 15
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Lei da Harmonia: Os passos na senda ascensional levam em conta esta lei. Desde os
mínimos atos, como a organização das tarefas diárias, até votos profundos da consciência,
tudo se hierarquiza para exprimir a realidade interna.
Lei da Repulsão: Governa o mecanismo pelo qual os obstáculos à evolução são repelidos
pela alma, quando esta já despertou para a realidade cósmica. As estruturas ilusórias,
formadas por modos de pensar, sentir e agir, adotadas pelo ser humano no decorrer de
encarnações sucessivas, a certa altura convertem-se em prisão para o eu interior. Havendo
íntima disposição para transformar-se e evoluir, algo novo acontece: pela lei da repulsão, a
alma transmite uma energia que destrói tais estruturas.
Lei da Seleção: Quando o ser humano ascende a novos patamares espirituais, precisa
aprender a sintetizar energias e, para isso, seleciona não só as vibrações que emite, mas
aquelas com que interage, o que faz sob a regência desta lei. Tal discernimento é requerido
dos que se abrem ao serviço, pois devem separar o útil do que deve ser suprimido. Pela lei da
seleção, a consciência tanto inclui quanto exclui; aprende a superar-se ao descobrir o valor de
se ater apenas ao necessário.
Lei da Sincronia: A sincronicidade é uma palavra usada por Carl Jung para descrever as
coincidências, como, por exemplo, a consulta a um oráculo.
Lei da Sintonia: Tudo o que ocorre com o ser humano é consequência da sintonia em que se
mantém. Isto significa que uma mesma ação pode ter efeitos diversos. Embora a consciência
do homem abranja faixas vibratórias que vão do nível físico concreto ao divino, cada
indivíduo se relaciona com o Universo naquela com a qual está sintonizado.
Lei da Transcendência: Ajuda o indivíduo a enfocar a mente de modo correto, fazendo com
que o natural seja absorvido no sobrenatural e que uma só vibração, superior e divina,
prevaleça. Sempre existe no ser humano a possibilidade de transformações profundas, e é
apoiada nela que a lei da transcendência age. Porém, para que essas transformações se
efetivem, é preciso que ele não retroceda e tenha firmeza suficiente para não sucumbir às
forças que o atraem para o ultrapassado.
Lei da Translação: Promove a mudança dos átomos para níveis cada vez mais sutis. Permite
ao homem penetrar, com sua consciência externa normal, realidades supranormais antes
intangíveis. Em alguns casos, propicia a levitação porque alinha a substância material com a
vibração de mundos suprafísicos.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 16
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Lei do Amor: Atua permanentemente, atraindo cada partícula para o seu destino superior.
Alimenta a chispa divina e revela, no íntimo dos seres, sua ligação com a Vida Única. Permite
surgirem lampejos a iluminar-lhes o Caminho, trazendo-lhes a certeza da direção a seguir e a
fortaleza para vencer obstáculos. Estimula a integração da consciência humana com esferas
sutis e encaminha-a para a união cósmica. Desperta seus potenciais magnéticos, faz emergir
nela a compreensão da realidade interna subjacente aos fatos e firma o seu destino. Enfim,
capacita o ser humano a expressar a energia correta para cada momento e ver além das
aparências.
Reflita: A Natureza é colorida; logo, sendo a Bruxaria um equilíbrio com a Natureza, deve
conter todas as cores.
Leitura sugerida
. Bruxas de Verdade - Ana Elizabeth Cavalcanti da Costa - Editora Berkana
. O Livro Completo de Wicca e Bruxaria - Marian Singer - Editora Madras
. Paganismo - Joyce & River Higginbotham - Editora Madras
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 17
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Os Elementais
Muitas pessoas me perguntam se realmente acredito na existência desses pequenos seres. E
eu, sem pestanejar, respondo que sim. Infelizmente, há pessoas que creem apenas naquilo que
seus olhos podem ver porque não têm sensibilidade para sentir. Ainda bem que, na história da
humanidade, existiram pessoas sensíveis que se dispuseram a estudar esses seres e o mundo
sutil em que vivem.
Sabemos que tudo o que existe em nosso planeta é formado da composição básica de quatro
elementos. Você sabe quais são eles? Se responder “ar, água, fogo, terra”, merece nota 10.
Mas você sabe como os estudiosos chegaram a essa conclusão?
Compreendendo os Elementais
Voltemos no tempo para compreender o pensamento dos nossos ancestrais. Na verdade, a
origem do ser humano se perde nas brumas do passado. Cada época e cada povo, inclusive os
mais primitivos, tiveram o seu mito de criação. Para o homem da antiguidade, o céu era a
morada dos deuses. As constelações, formadas de incontáveis astros, transformaram-se na
figura desses deuses. A Natureza possuía ao todo quatro elementos básicos, chamados pelo
homem primitivo de raízes. Para o povo celta, o Universo era formado de três elementos: céu,
terra e mar. Os quatro elementos eram a água, o ar, o fogo e a terra e todas as transformações
da Natureza seriam o resultado da combinação desses quatro elementos, que depois se
separavam novamente um do outro. Durante a Idade Média surgiu a Alquimia, misto de
magia e experimentação prática para se fazer descobertas sobre a Natureza. Foi a partir da
Alquimia que a teoria dos quatros elementos tomou forma e ganhou inúmeros pesquisadores,
conhecidos como alquimistas.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 18
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Além desses, ainda existem outros tipos de seres elementais, como os dragões, os
elfos, os goblins, os trolls e os uldras.
Foto dos Elementais
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 19
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 20
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Elementais Artificiais
De acordo com vários estudos esotéricos, o ser humano pode criar elementais artificiais com a
força do pensamento e da vontade. Segundo o livro O Mago de Strovolos, de Kyriacos C.
Markides, editora Pensamento, esses elementais têm vida própria, como qualquer outra forma
de vida, e podem ter uma experiência independente daquela que os projetou, pois o ser
humano pode criar várias formas de pensamento, inclusive os elementais artificiais, que são
vampiros sexuais chamados de íncubos e súcubos. Os íncubos são espíritos malignos
masculinos que copulam com mulheres. Íncubo vem do latim incubus, incubi e significa estar
deitado (a) sobre. Os súcubos são espíritos malignos femininos que copulam com homens.
Súcubo vem do latim succuba, succubae e significa estar deitado (a). O ser humano pode
vibrar através do pensamento e do sentimento, e qualquer pensamento ou sentimento que ele
projetar criará um elemental artificial. Há dois tipos de elementais artificiais: os provenientes
dos desejos-pensamentos e os provenientes dos pensamentos-desejos.
É o modo como o indivíduo vibra que determina o tipo e a quantidade de elementais que ele
cria. Quando ele vibra primeiro através do sentimento, está sujeito ao impacto dos desejos e
emoções e, a partir daí, seu pensamento passa a desempenhar um papel subserviente. Os
elementais de desejos-pensamentos têm vida própria, forma e poder. Flutuam e vagam no
mundo etéreo e podem tomar a forma de animais, como cobras e ursos. As crianças
frequentemente veem essas formas durante o sono e têm pesadelos. Segundo o autor
Markides, os elementais não podem ser dissolvidos até terem cumprido as tarefas para as
quais foram criados. Por esta razão, devemos estar preparados para encarar as consequências
dos nossos pensamentos e ações, pois os elementais criados por nós nos manterão
responsáveis por eles não só nesta vida, mas também nas nossas futuras encarnações.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 21
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
ELEMENTO ÁGUA
O elemento água é protegido pelas ondinas e sereias. A água é o elemento da purificação, da
absorção, da germinação, do subconsciente, do amor e de todas as emoções. Assim como a
água é fluida, que muda incessantemente de um nível para outro, assim também são as nossas
emoções, que se movimentam constantemente. O subconsciente é simbolizado pela água
porque está sempre em movimento, como o mar que nunca descansa, seja dia ou noite.
ELEMENTO AR
O elemento ar é protegido pelos silfos. O ar é masculino, ativo, expansivo e seco. Ele é o
elemento do intelecto e a realidade do pensamento, que é o primeiro passo para a criação. É
ele que governa a concentração e a visualização e é o elemento que se sobressai nos locais de
aprendizagem, onde pensamos, ponderamos e teorizamos, além de ser também usado para
auxiliar no desenvolvimento das faculdades psíquicas. Magicamente, o ar é a clara, pura e
perfeita visualização, poderosa ferramenta para a mudança, pois ele é o impulso que lança a
visualização na direção da concretização. O ar governa os feitiços e os rituais que ajudam a
encontrar coisas perdidas, a descobrir mentiras e que envolvem viagens, instrução, liberdade e
obtenção de conhecimento. Feitiços ligados ao ar geralmente incluem o ato de se colocar um
objeto no ar ou de se deixar cair um objeto do alto de uma montanha ou de outro lugar alto,
para que o objeto realmente se conecte fisicamente com o elemento ar. O ar governa o leste
porque esta é a direção da luz maior, da luz da sabedoria e da conscientização. Sua cor é o
amarelo do Sol e da aurora celeste. O ar também governa a magia dos quatro ventos e a
maioria das magias adivinhatórias.
Correlações do Elemento Ar
Animais: Pássaros, especialmente as águias e os falcões
Árvore: Álamo-tremedor
Cores: Amarelo vivo, branco, branco azulado, carmim, pastel
Deusas: Aradia, Arianhod, Cardeia, Nuit, Urani
Deuses: Enlil, Khephera, Mercúrio, Shu, Toth
Direção cardeal: Leste
Época da nossa vida: Infância
Espírito: Silfos governados pelo rei Paralda
Estação: Primavera
Ferramentas: Athame, espada, turíbulo
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 23
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Hora: Amanhecer
Incenso: Olíbano
Instrumentos: Athame, espada, incenso
Joia: Topázio
Lugares: Aeroportos, agências de viagens, bibliotecas, céu nublado, escolas, escritórios,
praias ventosas, topo de colinas, topo de montanhas, torres altas
Nome do vento: Euros
Plantas: Milefólio, mirra, olíbano, prímula, violeta
Regência: Aprendizagem abstrata, conhecimento, mente, montanhas expostas ao vento, picos
de montanhas, planícies, praias ventosas, respiração, teoria, todos os trabalhos intuitivos,
mentais e psíquicos, torres altas, ventos
Representantes: Silfos
Sentido: Olfato
Signos: Gêmeos, Libra, Aquário
Símbolos: Árvores, brisa, céu, ervas, flores, nuvens, plantas, respiração, vento, vibração
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 24
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
ELEMENTO FOGO
O elemento fogo é protegido pelas salamandras. As salamandras são elementais que têm o
poder de desencadear e transformar tanto as emoções positivas como as negativas, porque o
fogo tanto é ativo e energético como destruidor. Segundo os especialistas, as salamandras
parecem bolas de fogo que podem atingir até 06 metros de altura, e suas expressões, quando
percebidas, são rígidas e severas.
ELEMENTO TERRA
O elemento terra é protegido pelos duendes, faunos e gnomos. Os gnomos são seres que
conhecem todos os segredos do planeta Terra e do Cosmos. A palavra gnomo significa anão
sem idade definida que, segundo a Cabala, vive no interior da Terra e tem a guarda de seus
tesouros em pedras e metais preciosos. Paracelso usava o termo latino gnomus, calcado no
grego genómos > habitante da terra, ou no grego gnomes > bom senso, conhecimento,
julgamento, reflexão, ou mesmo provavelmente do francês gnome > pequenos gênios que
habitam a terra.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 26
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 27
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Geometria Sagrada
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 28
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Textos Auxiliares
Diz o mestre Philippe de Lyon: “O homem acredita constituir-se um único ser, mas, na
realidade, ele não passa de uma coleção de bilhões de seres, pois cada célula é um ser tanto ou
quanto independente. Ele crê possuir total livre-arbítrio e não o tem. Crê agir por conta
própria e, no entanto, sofre a influência de todos os que estão dentro e fora de si. Quando crê
possuir uma coisa, essa coisa é também propriedade de outros seres que ele nem ao menos
consegue ver”.
Toda pessoa é formada da matéria dos quatro elementos, portanto, sujeita à força dos quatro
elementos que constitui a matéria. Sempre um dos elementos predomina numa determinada
coisa, e isto também acontece não somente no que diz respeito às coisas em geral, mas
também ao próprio ser humano. Uma pessoa, ou mesmo um animal, sempre mantém estreita
relação com um dos elementos, e este lhe é particularmente favorável.
O indivíduo pode ser predominantemente água, ar, fogo ou terra, e é isto que estabelece as
afinidades pessoais. Mas como em todo organismo sempre estão presentes os quatro
elementos da Natureza, nunca se encontra uma pessoa que seja, por exemplo, somente água,
ar, fogo ou terra. Embora haja o predomínio de um elemento, a pessoa é uma miscelânea dos
atributos de todos os elementos.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 29
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Não são apenas os oficialmente denominados seres vivos que são constituídos pelos quatro
elementos, pois isso acontece com todas as formas de vida presente neste mundo. Uma
montanha, por exemplo, não é constituída somente de terra. Nela há também o elemento ar
nas cavernas, o elemento água nos veios e o elemento fogo na forma de calor nas rochas,
formando, muitas vezes, rios de lava e vulcões. O fogo ou calor está presente em todos os
átomos e, mesmo entre os átomos, há espaços preenchidos por algo que algumas pessoas
chamam de éter, que também é considerado um dos sete elementos básicos da Natureza e no
qual existem devas e elementais. Assim, podemos dizer que tanto uma montanha está ligada
aos quatro elementos, como a água presente na fonte, no lago, no rio ou no oceano, pois neles
há sempre o elemento terra na forma de minerais, o elemento fogo na forma de calor e o
elemento ar na forma de gases em dissolução.
Uma das religiões predominantes no Japão é o xintoísmo, que tem muitos mistérios ligados às
forças da Natureza. Há um séquito imenso de elementais chamados Kamis, reverenciados na
tradição xintoísta. Há os Kamis dos ventos, responsáveis pelas mudanças atmosféricas, os
Kamis dos rios, dos lagos, das montanhas, das árvores, da agricultura, enfim, uma imensa
plêiade de Kamis inerentes a cada coisa que existe. No Oriente, o mais elevado Deva ligado
ao elemento água se chama Varuna, o Senhor da Água. O fogo é de suma importância na
tradição xintoísta, que diz que o Universo nasceu do fogo e depois se transformou, em parte,
em água, pois o fogo penetrou na terra e se escondeu. No Japão fala-se do deus do Fogo,
muito temido por ser responsável pelos incêndios e vulcões, mas também venerado por
purificar o mundo e destruir o mal. Nesse país há o festival Hi-Matsuri, em cujo ritual os
adeptos do Shugendo caminham com os pés descalços sobre brasas. Devido à influência
xintoísta no Japão, as pedras são muito respeitadas, e até mesmo veneradas, pois a elas são
atribuídas qualidades ocultas ligadas aos Kamis. Seria necessário um grande livro para se
descrever a relação do xintoísmo com os elementos da Natureza, cujo conhecimento antigo
procede da Atlântida.
Nas religiões fundamentadas na Cabala, de alguma forma os elementais estão presentes e até
citados como as mais elevadas expressões angelicais. Tanto é assim que é dito que Miguel
governa o vento do leste, Rafael o do oeste, Gabriel o do norte e Uriel o do sul.
Diz Anne W. Besant: “Nosso sentimento da realidade neste mundo material é totalmente
ilusório. Nada conhecemos da verdadeira natureza dos seres e dos objetos, mas apenas as
impressões que eles produzem em nossos sentidos. Por isso, tiramos conclusões quase sempre
errôneas do conjunto dessas impressões”.
Vamos mostrar algumas características da pessoa que, por sua natureza, está ligada ao
elemento água. A água é a fonte da vida, a mãe de todas as coisas e, por isso, a mulher do
elemento água é muito maternal e dotada de muita sensualidade. As meninas gostam de
brincar com bonecas ou de casinha e são muito afeitas ao banho, pois gostam de levar
brinquedos para o banho e brincar com eles na água enquanto se banham.
A pessoa do elemento água corresponde ao biótipo renal ou shao yin, que os japoneses
chamam de tipo frango. Tem pele macia, pouco brilho nos olhos, pouca transpiração. É
basicamente tímida, introvertida, sensível, responsável, e tem grande amor pela Natureza. É
racional, lógica, pensativa, organizada, aplicada, e se apega muito a detalhes. É artista,
temperamental, ciumenta, guarda mágoa e rancor e pode ser até bastante vingativa.
A pessoa do elemento água é muito egocêntrica, mas tem prazer em agradar àqueles de quem
gosta. É afinada com os próprios sentimentos e nela prevalecem emoções profundas e reações
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 30
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
dos sentimentos, indo desde paixões compulsivas e temores irresistíveis até um amor e uma
aceitação que abrangem toda a Criação. É por isso que chora com facilidade, inundando-se de
lágrimas, e envolve-se compassivamente em situações passionais.
A pessoa do elemento água, como sua própria natureza mostra, não tem solidez nem formas
próprias. Fica mais feliz quando sua fluidez é diretamente direcionada por outrem,
especialmente por alguém do elemento terra, que possui a solidez na qual a água pode se
apoiar. É uma pessoa que, por fora, se mostra calma, mas em níveis mais profundos esconde
um temperamento nervoso e, muitas vezes, violento. A água, numa represa, aparenta calma e
serenidade, mas se o dique que a retém é rompido, ela pode manifestar uma violência imensa.
A pessoa do elemento água tende a sentir aversão por aqueles que são turbulentos, com
personalidade forte, tais como os do elemento ar e do elemento fogo.
A sensibilidade da pessoa do elemento água é tão grande e sua vulnerabilidade à mágoa é tão
pronunciada que, se suas reações emocionais não forem controladas e adequadamente
canalizadas, podem levá-la a um estado de instabilidade emocional e a uma predisposição a
ser facilmente influenciada até pelo mais leve vento que sopre. Todavia, essa sensibilidade
não deve ser considerada uma fraqueza, pois a água tem grande força e um importante e longo
poder, especialmente quando é canalizada de forma concentrada.
Um sábio chinês do século XI é citado na página 78 do livro The Wheel of Life, de John
Blofeld: “Entre todos os elementos, o sábio tomaria a água como seu preceptor. A água é
submissa, mas conquista tudo. Ela extingue o fogo ou, percebendo que pode ser derrotada,
escapa como vapor e toma outra forma. Ela carrega a terra macia ou, quando desafiada pelas
rochas, procura um caminho em torno. Satura a atmosfera de modo que o vento morra. A água
é humilde, mas não submissa. Ela cede passagem para os obstáculos com uma humildade
enganadora, pois nenhum poder pode impedi-la de seguir seu caminho rumo ao mar. Ela
conquista submetendo-se. Nunca ataca, mas sempre vence a última batalha.
A pessoa do elemento água pode facilmente ser sensacionalista porque gosta de cultivar
potencialmente tempestades interiores e até apresentar distúrbios emotivos quando sente a
vida enfadonha. Tende a ferir as pessoas e é capaz de criar confusão quando seus “diques” se
rompem e não consegue controlar suas emoções. Sua sensibilidade não significa fraqueza
porque ela, quando represada, é muito forte.
Como o indivíduo do elemento água tem excesso de energia nos rins e escassez de energia no
estômago, seus distúrbios mais frequentes são digestivos, abrangendo o estômago, o baço e o
pâncreas.
O indivíduo do elemento água se acomoda facilmente e se adapta bem às situações, mas não
permanece acomodado se não for contido, da mesma forma que a água, que se amolda
facilmente dentro de um vaso, mas logo extravasa e toma outra forma se o vaso for quebrado.
Se a “pessoa água” se desequilibra emocionalmente, entra em desarmonia com os elementais
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 31
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
A pessoa do elemento água prefere viver perto de praias ou à margem de lagos ou rios. Gosta
de ver a água fluir e de ouvir o barulho de um regato ou das ondas do mar. Sente-se bem física
e emocionalmente nos dias chuvosos e deleita-se ao ver a chuva caindo e sentir seus respingos
na pele. No âmbito profissional, talvez escolha a pesca ou a oceanografia.
Em todas as situações em que haja perda de energia, fadiga e cansaço, a “pessoa água” se
recompõe facilmente perto da água, que pode ser à beira de um lago ou rio, numa praia ou
mesmo tomando um banho refrescante. Quando há predominância de água e fogo, ela se cura
muitas vezes com banhos termais ou escalda-pés.
Os elementos da Natureza têm características próprias, mas cada elemento tem poder e
controle sobre os outros, e é exatamente isso que torna possível o equilíbrio da Natureza. A
água pode ser retida pelo elemento terra até certo limite, pois com o elemento terra se pode
fazer um vaso, um recipiente ou uma barragem capaz de conter e controlar a água, mas a água
pode amolecer e dissolver a terra. A água pode apagar o fogo, mas o fogo pode transformar a
água em vapor. A terra pode apagar o fogo, mas o fogo pode mudar o estado da terra,
transformando as rochas em lava e gerando os vulcões. É possível também gerar o fogo
provocando atrito entre duas pedras. O ar tanto pode apagar como intensificar o fogo. O fogo
ou calor aquece o ar e muda a pressão atmosférica, a qual ocasiona os ventos. Os ventos
mobilizam a água, criando as ondas. Entende-se, com isto, que os vendavais, as ventanias, os
tufões, os furacões, os ciclones e os maremotos resultam da interação dos elementos da
Natureza. Além destes exemplos, é possível imaginar outras situações relativas às
interferências elementais que formam o sistema autocontrolador da Natureza.
Dissemos que a predominância do elemento água acarreta uma natureza bem maternal nas
mulheres. Assim, um espírito que, na sua caminhada evolutiva, tenha já desenvolvido essa
qualidade ou tenha algum carma que precise desse tipo de caráter, certamente encarnará como
uma “pessoa água”. Essa predominância do elemento água não se refere ao plano físico do
elemento, mas sim à sua predominância energética no nível astral. É a harmonia vibratória
entre a pessoa e o elemento que define a afinidade entre ambos, visto que esse fato é apenas
um efeito de ressonância. Cada espírito encarna no corpo físico que merece, mesmo que esse
corpo seja fruto da genética e ou da hereditariedade.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 33
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 34
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
personalidade, dariam um grande passo nos seus esforços de deslindar as forças infinitamente
complexas que atuam na motivação e no comportamento do ser humano”.
Exercendo uma atividade paralela em seu próprio elemento, a pessoa pode “recarregar a
bateria” para suportar uma atividade fora do seu elemento. Pode estabelecer, de forma
consciente, uma sintonia com a energia do seu elemento através do cultivo e do contato físico
íntimo com esse elemento, pois, de forma real, os elementos de terra recebem mais energia do
elemento terra, os de ar, do ar, os de água, da água, e os de fogo, do fogo.
O indivíduo do elemento fogo precisa estar ao ar livre, sob a luz solar, banhando-se no calor
do fogo radiante do Sol, e manter-se fisicamente ativo a fim de captar a energia ígnea, pois se
tiver que ficar confinado por muito tempo, sem a oportunidade de se movimentar, logo vai se
sentir estressado, irrequieto e nervoso, sujeito a entrar em depressão. O indivíduo do elemento
ar é particularmente sensível ao clima montanhês porque precisa de ar limpo e leve, jamais
encontrado nas grandes cidades, planícies úmidas e vales.
Tudo isto diz muito sobre o comportamento das pessoas na sociedade, o que é corroborado
com o que fala Lois H. Sargent em seu livro How to Handle Your Human Relations: “Os do
elemento ar tendem a se elevar acima dos conflitos e a flutuar ao redor deles; os do elemento
fogo a se envolver com eles; os do elemento água a fugir deles; os do elemento terra a
enfrentá-los, resolvendo a situação com a pessoa que causou o problema no seu caminho”. Os
do elemento água detestam conflitos e, por isso, tendem a escorrer ao redor deles, por baixo
deles ou sobre eles, ou, se tudo falhar, desgastar lentamente a pessoa ou a coisa que está no
seu caminho. Os do elemento água são impressionáveis, sensíveis e intuitivos, preferindo
aguardar os acontecimentos até ter a oportunidade de encontrar uma solução para o problema.
Os do elemento ar preferem ser ponderados e pensar bastante antes de agir. Os do elemento
terra, sendo bastante sólidos por natureza, tendem a desdenhar o conflito, preferindo absorver
o impacto do problema, mas quando são forçados, enfrentam o obstáculo duramente e com
força total. Os do elemento fogo tendem a afugentar, a queimar ou a vencer os obstáculos com
demonstração de força, raramente exibindo um comportamento diplomático.
A compreensão das características dos elementos refletidas na personalidade pode contribuir
de várias formas para o autoconhecimento, mostrando como podemos viver melhor em nossa
própria companhia, como satisfazer as nossas necessidades e como revitalizar o nosso campo
de energia.
Concluindo, citamos o grande mestre Paracelso, a quem Carl Jung considerou um precursor
dos psicólogos modernos. Paracelso atribuía um espírito da Natureza específico para cada um
dos quatro elementos e afirmava que era possível trabalhar com essas forças naturais. Esses
espíritos, que são mencionados em todas as mitologias, simbolizam o modo de atuação de
cada elemento.
Paracelso deu o nome de ondinas aos elementais ligados à água, os quais deviam ser
controlados através da firmeza. Com isso, podemos apreender que a pessoa do elemento água
precisa ser firme consigo mesma e que, às vezes, a firmeza é a melhor forma de se lidar com
ela, especialmente quando suas emoções estão fora de controle.
Deu o nome de sílfides ao elementais ligados ao ar, os quais deviam ser controlados através
da constância. Com isso, fica evidente que a pessoa do elemento ar deve cultivar a
determinação e a constância em sua vida para dar um passo importante em sua evolução,
porque, para ela, é difícil assumir um compromisso com uma determinada resolução.
Deu o nome de salamandras aos elementais ligados ao fogo, os quais deviam ser controlados
através da serenidade. A pessoa do elemento fogo pode moderar o uso extremo da sua energia
cultivando conscientemente um tranquilo estado de contentamento, pois se ela aceitar
calmamente a vida aqui e agora, evitará muitas tensões e desgaste da sua energia.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 37
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Deu o nome de gnomos aos elementais ligados à terra, os quais deviam ser controlados
através da generosidade jovial. Essa qualidade não é comumente encontrada na pessoa do
elemento terra, mas assim que for apreendida, a pessoa será beneficiada porque sua maior
força se irradia e resplandece quando ela assimila essa qualidade na sua natureza.
Oração do Elemento Ar
Sou a alma dos ventos! Sou o sopro da vida!
Estou em todos os lugares e nunca sou visto,
Mas meu poder é temido, pois sou a fúria dos furacões!
No entanto, hoje sou aquele que carrega a dor.
Antes carregava os ares da Natureza e hoje carrego com eles a morte.
Levo gases tóxicos até onde minhas forças me possibilitam.
A radioatividade vaza e eu a arrasto por onde for possível.
Hoje carrego as doenças que o homem cuidou de despertar com sua noção de progresso.
O homem fez de mim o seu aliado na devastação inconsequente a que se entrega com fúria.
Sou o sopro da vida e agora também o da morte.
Sou a fúria dos furacões e o silêncio macabro da toxicidade.
Tornei-me um doente a contaminar tudo e todos com os males da mente humana.
Em lugar de prestigiar o brilho da inteligência, sou agora o arauto da insanidade.
Humanos... Seres humanos...
Sou a personificação da inteligência.
Sou como a espada que corta os liames que nos atam a tudo o que é retrógrado.
Aprendam comigo a insuflar vida ao planeta.
Limpem suas mentes e se lembrem de ser portadores de boas novas.
Lembrem-se de ouvir os espíritos.
Cultuem os espíritos ou, ao menos, demonstrem respeito por eles.
Meus ventos continuarão a soprar em todas as direções
Seus fétidos produtos e suas destrutivas idéias.
Manterei seus narizes ocupados com sua ignorância,
Até que entendam o mal que estão fazendo a si e aos outros,
Até que entendam o valor da vida.
Não sou vingativo!
Esta é apenas a única maneira que tenho para acordar suas consciências.
Estou cansado de ver sua imprudência infligir dor ao próximo.
Estou cansado de ver a morte chegar através dos meus sopros, mas não por culpa deles.
Sou filho da Natureza e, como todos os outros filhos da Natureza,
Zelo pela vida e pela morte.
Mas nossas ações não são gananciosas nem visam o poder ou o domínio.
Somos criaturas que vivem em harmonia com as vibrações do Universo.
Nossos atos obedecem às leis maiores.
Sabemos que, ao destruirmos, daremos origem a algo novo,
Mais belo e adequado ao novo padrão que se instala.
Não somos movidos por paixões insanas.
Somos apenas servos do Criador.
Não nos diferenciamos em nada dos seres humanos,
Então peço aos homens que reflitam melhor sobre os seus atos.
Usem a inteligência para cortar seus vínculos com a destruição.
Criem vida de novo!
Nós somos vitais para vocês, e o elemento ar mais ainda.
Respirem o ar com amor e poderão ser inspirados por mim.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 38
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
O fogo é essencial à vida. Só existe vida onde há fogo, desde o coração do homem até o
coração do Universo
A antiga filosofia grega baseava-se nos quatro elementos, que eram representados por quatro
aspectos do ser humano: água > alma e estética; ar > intelecto; fogo > moral; terra > corpo
físico. A medicina galênica que floresceu na Europa durante a Idade Média e que até hoje
serve de fundamento para o pensamento médico e filosófico, constituindo a base da medicina
alopática, está correlacionada com os quatro humores que, por seu turno, falam dos quatro
temperamentos humanos, citados em todos os antigos livros de medicina europeus e em obras
de William Shakespeare e outros literatos. Um dos erros da literatura médica é mencionar
Hipócrates como o pai da medicina. Na verdade, a medicina alopática baseia-se nos
ensinamentos de Galeno e não nos de Hipócrates, pois Hipócrates não é o pai da tradicional
medicina alopática praticada no Ocidente, mas sim o pai da filosofia da medicina
homeopática e de outras formas que tratam o doente, não a doença, visto que para a
homeopatia não há doenças, mas doentes.
No Japão há muitos exemplos da importância dos elementos. Num tratado zen-budista, escrito
em 1004 a.C. sobre o bodhidharma, os elementos tradicionais são representados pelas quatro
qualidades que compõem a Criação: luz ou fogo, ar, fluidez e solidez. Os elementos estão
também intrinsecamente contidos nas mitologias desde a mais remota antiguidade. Na
Suméria, onde a religião regia cada aspecto e cada atividade da vida, as divindades mais
importantes eram relacionadas com os elementos: Enki > água; Anu > ar e céu; Enlil > fogo e
tempestade; Ninhursaga > terra.
O elemento fogo induz características marcantes no indivíduo, fazendo com que tenha uma
personalidade forte e dominadora e um temperamento explosivo, emocional, impulsivo e
impetuoso. Sendo o fogo um princípio transformador que pode agir em dois sentidos, a
predominância do elemento fogo no indivíduo equilibrado pode induzi-lo a se tornar líder,
governante ou condutor de pessoas, mas no indivíduo desajustado essa predominância pode
torná-lo guerrilheiro, incendiário, extremista ou revolucionário.
Os elementais do fogo trabalham com o mundo e com o ser humano através do calor, tanto
através da chama de uma vela como através das chamas de um vulcão. O elemento fogo
intensifica a espiritualidade e sua energia destrói o que é velho e edifica o que é novo. Assim,
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 39
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
A pessoa do elemento fogo prefere se tratar por meio de irradiações, cores e compressas
quentes e frias. Como gosta do Sol, alegra-se nos dias ensolarados e aprecia passar horas ao
Sol. Quando está em desequilíbrio ou em desarmonia, tende à piromania, fazendo bombas ou
produzindo incêndios por prazer ou para descarregar tensões. Quando é criança, gosta de fazer
fogueiras. Se seu segundo elemento predominante é o ar, gosta de soltar balões.
A pessoa do elemento fogo corresponde ao biótipo cardíaco ou shao yang, que os japoneses
chamam de tipo porco. Tem muito brilho nos olhos e é espontânea, extrovertida, ativa,
agitada, impaciente, mas pouco persistente. Embora seja de natureza alegre, cai facilmente em
depressão e, mesmo impulsiva e explosiva, não guarda rancor porque tem índole mansa.
Por ser o fogo uma força universal radiante e excitável, o indivíduo do elemento fogo é
decidido, entusiasta, de grande fé em si mesmo, de uma honestidade direta e com grande força
interior. Como precisa de muita liberdade para se expressar naturalmente, garante espaço para
si mesmo pela sua incansável insistência até obter o que deseja. Uma de suas falhas é não
perceber a sensibilidade alheia porque está muito envolvido com sua própria sensibilidade.
Não é muito preso aos familiares, mas não tanto quanto o indivíduo do elemento ar. Apesar de
não ser muito apegado à família, é exigente com aqueles que não admitem oposição. Por ser
inflamável, interfere muito nos problemas alheios e, quando age, não mede as consequências
dos seus atos.
Carl Jung relacionou o elemento fogo com o núcleo dinâmico da energia psíquica, a qual flui
de forma espontânea, inspiradora e automotivada. A pessoa do elemento fogo é dominadora,
egocêntrica e impessoal. Sente que é um canal de “vida” e não esconde seu orgulho por ser
assim. Ao exercer poder, é capaz de impor a sua vontade.
Seu desejo de se expressar livremente é quase infantil, cuja qualidade pode parecer cativante a
alguns, mas ser ofensiva aos mais cautelosos e sensíveis, embora raramente suas faltas sejam
cometidas de forma intencional. É geralmente impaciente com pessoas mais sensíveis, mais
gentis, mais meticulosas, especialmente com as que têm predominância dos elementos água e
terra. É como se pressentisse que a água pudesse extingui-lo e a terra sufocá-lo. Mas é
compatível com a pessoa do elemento ar, que “abana” as chamas do fogo, fornecendo-lhe
novo ânimo e novas ideias.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 40
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Quanto à saúde, a pessoa do elemento fogo tem excesso de energia no coração e estômago e
escassez de energia nos rins. O sabor salgado lhe é benéfico justamente pela falta de energia
nos rins. Para tratar a saúde, prefere medicamentos energéticos. Seus sintomas mais comuns
são taquicardia, palpitação, ondas de calor subindo para a cabeça, gastrite, mãos e pés
gelados, dor de cabeça, pressão sanguínea descontrolada, diabetes e queimação no estômago.
Bons alimentos para ela são alface, escargot, frutas secas, ovos cozidos e peixes de água
salgada. Quando entra em desequilíbrio e está em desarmonia, pode ser acometida por
doenças cardíacas e mentais.
Tem tendência a ouvir e a executar músicas e a passar horas admirando o fogo, ocasião em
que pode ter percepções e visões. Ao contrário da pessoa do elemento terra, a mudança é
primordial no indivíduo do elemento fogo por causa da sua grande tendência a mudar de
profissão, residência, médico, dentista, fornecedores, amizades e divertimentos. Prefere
esportes que requeiram muita atividade física e dispêndio de energia, como futebol, ciclismo,
basquete e caminhada.
Embora tenha caráter forte, às vezes o indivíduo do elemento fogo lembra a pessoa do
elemento ar, que é de natureza fútil e volátil. Geralmente ele se dá muito bem com a pessoa
do elemento ar porque o fogo precisa do ar para se manifestar. Quanto mais baixar seu nível
de manifestação no mundo denso, mais precisará do ar. Com as correntes de ar, o fogo cresce
e sobe, e o fogo, por sua vez, aquece e eleva o ar, que produz correntes de vento.
Cremos constituir um único ser, mas há milhões de seres em nós. Cremos agir por nossa
própria conta e, no entanto, sofremos a influência de todos os seres que estão conosco
A tradição dos quatro elementos está presente em todas as culturas. No Tibete, por exemplo,
as estupas são gigantescos símbolos da estrutura da Criação e representam o alicerce básico
da cosmogonia tibetana, para a qual os quatro elementos são as energias fundamentais do
Cosmos. As estupas são monumentos bramanistas ou budistas que guardam relíquias e
marcam o caráter sagrado do lugar ou comemoram um evento importante. A base
quadrangular da construção simboliza a terra. Sobre essa base repousa uma esfera que
simboliza a água. No alto da esfera há uma estrutura, em espiral, que simboliza o fogo. No
topo da construção há uma meia-lua que simboliza o ar. Sobre a meia-lua há uma pequena
esfera que simboliza o éter, força primária da qual emanam todas as outras forças.
Facilita a compreensão saber que tudo o que diz respeito ao elemento terra tem forma,
tamanho e peso e que se reflete de forma evidente na personalidade da pessoa do elemento
terra. O indivíduo predominantemente terra é pesado, lento e um tanto avesso a mudanças.
Tem propensão a exercer profissões que exigem pouca mobilidade e é afeito ao trabalho
pesado, como a agricultura, a criação de animais ou outros trabalhos semelhantes, pois prefere
atividades ligadas diretamente com a terra, além de ter grande amor pelos vegetais. Sente-se
bem com o contato com a terra e tem necessidade de permanecer descalço ao menos uma
parte do dia. Dá muita preferência à vida sedentária e aprecia trabalhar em gabinetes ou
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 42
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
escritórios fechados e não gosta de caminhar porque se sente pesado, ou é de fato pesado.
Gosta muito de histórias, contos e lendas e de colecionar fósseis e pedras preciosas. Quando
não as possui, tende a trabalhar como joalheiro e avaliador de joias. Como gosta de construir
coisas, a engenharia civil é o seu estudo predileto, pois tem inclinação para construir edifícios,
estradas e barragens e para ser artesão, escultor, ferreiro, metalúrgico, arquiteto, colecionador
e museólogo. No campo das artes, aprecia esculturas e artesanato. No esporte, prefere atirar
dardos e levantar pesos.
Como não gosta de mudanças, vive “preso” a um lugar. Muitas vezes passa a vida inteira
numa mesma cidade, apegado a uma casa, aos bens materiais e a objetos antigos, além de
gostar de passar as férias num mesmo lugar, todos os anos. Qualquer situação nova lhe causa
ansiedade ou até irritação. Diante de algum evento ou viagem, tende a manifestar ansiedade
antecipadamente, não conseguindo dormir na noite anterior e ficando sujeito a sofrer algum
distúrbio físico, como diarreia e vômito. Sua tendência à fixidez torna-o econômico, o inverso
das pessoas dos elementos água e fogo, que muitas vezes gastam até o que não têm. O
indivíduo do elemento terra gosta de pássaros presos em viveiros ou em gaiolas, mas se é
influenciado pelo elemento ar, prefere ver as aves soltas e livres.
O indivíduo do elemento terra tem admiração pelos penhascos e montanhas e sente-se bem à
sombra das árvores. Quando é influenciado pelo elemento ar, gosta de alpinismo. Tem muita
energia sexual, mas não se entrega a aventuras amorosas, ao passo que a pessoa do elemento
fogo tem muita necessidade sexual e a pessoa do elemento ar é voluptuosa.
A pessoa do elemento terra recompõe facilmente sua energia sutil quando se recosta a uma
pedra, a um rochedo ou a uma árvore, da mesma forma que uma pessoa do elemento fogo se
recompõe sob o Sol e uma pessoa do elemento água se recompõe em contato com a água.
O indivíduo do elemento terra não exige muita liberdade no seu modo de viver e se adapta
bem às circunstâncias porque é naturalmente ponderado. E não explode facilmente, embora
resista muito às transformações sociais, morais e religiosas porque o seu forte é a fixidez.
A pessoa do elemento terra corresponde ao biótipo pulmonar ou tai yin, que os japoneses
chamam de tipo vaca. Tem o corpo gelado, é friorento e tem muita transpiração. Possui
pernas curtas e pescoço bem desenvolvido. Tem excesso de energia no fígado e escassez de
energia nos pulmões. Tem tendência a sofrer de doenças respiratórias e intestinais,
hemorroidas, hipertensão ou hipotensão. Gosta muito de sais minerais e vitaminas e de
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 43
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
A pessoa do elemento terra é mais de fazer do que de mandar fazer, enquanto que a pessoa do
elemento fogo manda, administra, incentiva e resolve problemas, e a pessoa do elemento ar
manda, mas não incentiva porque sai de perto. Embora o fogo se apresente em chamas
irrequietas e um tanto livres, está sempre ancorado em alguma coisa, especialmente nos
minerais ou vegetais do elemento terra. O ar é praticamente livre porque se desloca
rapidamente para lugares diferentes, ficando preso somente à força da gravidade.
Embora a atividade sexual do indivíduo do elemento terra não seja praticada com muita
intensidade, ele a manifesta de forma um tanto brutal. Enquanto o homem gosta de prole
numerosa, a mulher geralmente é uma dona de casa eficiente porque é firme em seus
propósitos e bem apegada aos filhos e ao lar. A pessoa do elemento terra não é colérica nem
explosiva, mas pode ser rancorosa, enquanto que a pessoa do elemento fogo ou do elemento
ar é explosiva, mas não rancorosa. O indivíduo do elemento terra dificilmente se envolve com
os outros. Prefere ser comedido, medindo e pesando todas as consequências.
O artista retrata muito as coisas ligadas ao elemento que lhe é peculiar. Há uma interação na
Natureza, em que uma coisa se reflete na outra e os elementos se refletem na personalidade
humana, deixando evidente que as formas de existência são dependentes umas das outras e
que tudo está ligado entre si. Diz o mestre Philippe de Lyon: “Cremos constituir um único ser
e há milhões de seres em nós. Cremos possuir um pensamento e agir por nossa própria conta
e, no entanto, sofremos a influência de todos os seres que estão conosco. Cremos possuir uma
coisa e essa coisa é propriedade também de outros seres que muitas vezes nem conseguimos
ver”. Todas as coisas se interdependem porque, de alguma forma, estão unidas por elos
comuns, mas em níveis diferentes. Seja em qualquer nível, coisa alguma está isolada porque
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 44
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
há sempre um vínculo entre uma coisa e outra. Esse elo também existe na personalidade
humana e pode ser nitidamente observado quando se compara a maneira de ser de uma pessoa
com as características dos elementos da Natureza, cujo reflexo depende do grau de relação
que a pessoa tem com os elementos.
Então, as características e a maneira de ser de uma pessoa nada têm a ver com o espírito, mas
com o corpo físico? De certa forma é assim, pois é a matéria, em níveis genéticos e
elementais, que marca as características e a maneira de ser da pessoa, mas o corpo físico,
mesmo moldado segundo as bases genéticas e elementais, tem a forma exata que um
determinado espírito precisa para se desenvolver. Portanto, o que a pessoa mostra ser é
inerente ao seu corpo de forma passiva e inerente ao seu espírito de forma ativa. É como se o
corpo físico fosse um instrumento musical e o espírito fosse um musicista. As características
do som são inerentes ao instrumento, ao elemento passivo, e a habilidade de tocá-lo é inerente
ao musicista, ao elemento ativo. O instrumento não é moldado pelo musicista, mas apenas
usado por ele conforme a sua capacidade musical, pois quando um pianista se apresenta em
público, precisa de um piano e não de uma flauta. Assim também é a relação entre espírito e
corpo.
Muitas vezes o filho tem as mesmas características temperamentais dos pais e até de
ancestrais ainda vivos. Então, como explicar que o temperamento é inerente ao espírito e não
à matéria? Exemplo: A capacidade de irritabilidade de uma pessoa está implícita no seu corpo
de forma passiva e pode ou não ser ativada, em maior ou menor grau, pelo espírito.
Não há conflitos quando se diz que as características pessoais resultam da natureza genética,
como afirma a ciência oficial, ou que resultam dos elementos da Natureza, como afirmam
certas correntes místicas. O que dificulta a compreensão é quando as religiões e o misticismo
dizem que é o espírito e não a matéria que responde pela maneira de ser da pessoa. Na
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 45
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 46
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Azul: Cor espiritual utilizada em rituais para atrair harmonia, luz, paz, saúde e bons sonhos. É
usada em magias que envolvem bondade, conhecimento, estabilidade, honra, projeção astral,
proteção durante o sono, tranquilidade e verdade, e em feitiços que envolvem calma,
compreensão, criatividade, estabilidade no emprego, fidelidade, harmonia no lar, paciência,
poderes ocultos, proteção, sabedoria e sonhos proféticos. Dia: quinta-feira.
Azul-clara: Cor espiritual que irradia a energia do signo de Aquário. Essa vela é usada para
sintetizar situações, atrair paz e tranquilidade para o lar e ajudar durante a meditação de
devoção e de inspiração.
Branca: Por ser o branco a mistura de todas as cores, a vela branca é usada para fazer todo e
qualquer pedido, inclusive quando se desconhece a cor correspondente ao pedido. É usada em
rituais que envolvem alinhamento espiritual, adivinhação, exorcismo e meditação, e em
feitiços que envolvem alto astral, energia lunar, clarividência, consagração, cura, força
espiritual, limpeza, paz, poder, pureza, saúde, totalidade e verdade. Dia: quarta-feira.
Cinzenta: É uma cor neutra que ajuda na meditação. Na magia, essa cor simboliza confusão,
mas também neutraliza as forças negativas.
Índigo: Simboliza a energia de Saturno. A cor índigo é usada para equilibrar o carma e em
rituais que requerem um elevado estado de meditação. Sendo a cor da inércia, ela tem o poder
de deter pessoas ou situações, neutralizar magias lançadas por outrem e quebrar maldições,
mentiras e competições indesejadas.
Laranja: Usada em rituais para estimular a energia e a criatividade e alcançar justiça, metas
profissionais e sucesso.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 47
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Marrom: Usada em rituais para aumentar o equilíbrio e a força material e atrair o poder de
decisão, o sucesso financeiro, a concentração nos estudos e a telepatia. Usada também em
feitiços para proteger os familiares e os animais domésticos e localizar coisas perdidas.
Prateada ou cinza-clara: Atrai a energia da Grande Mãe e dos poderes divinos femininos.
Usada em rituais em honra às deidades do Sol e em rituais para remover a negatividade,
encorajar a estabilidade, desenvolver as faculdades psíquicas e ajudar na meditação. É usada
em feitiços para atrair o poder das influências cósmicas e a vitória.
Púrpura ou Roxa: Atrai a energia de Netuno e é usada em rituais que envolvem a cura e as
manifestações psíquicas. É também utilizada em feitiços que envolvem adivinhação,
idealismo, honra, poder, progresso, proteção, quebra de má sorte, contato com entidades
astrais e para afastar o mal. Dia da semana: quarta-feira.
Verde: Usada em rituais para atrair a cura e a sorte e em feitiços que envolvem abundância,
ambição, casamento, crescimento, dinheiro, equilíbrio, fertilidade, finanças, generosidade,
harmonia, prosperidade, rejuvenescimento, saúde, sorte e sucesso.
Verde-esmeralda: Importante componente nos rituais venusianos, essa cor é usada em rituais
para atrair o amor e a fertilidade e estimular as relações sociais.
Vermelha: Atrai as energias dos signos de Áries e Escorpião. Usada em rituais que envolvem
amor, aumento de magnetismo, coragem, energia, fertilidade, força, paixão, potência sexual,
saúde e vontade de poder. Ela serve também para se atingir metas e afastar o medo, a preguiça
e o desejo de vingança.
Se a chama da vela solta fagulhas: Você encontrará alguém que vai lhe ajudar a
realizar seu pedido;
Se a chama da vela assume a forma espiralada: Seu pedido será atendido;
Se o pavio da vela está repartido ou a vela possui mais de um pavio: O elemental não
compreendeu o seu pedido;
Se a vela chora muito: A realização do seu pedido será difícil, mas não impossível;
Se a vela se apaga: Esqueça a sua pergunta ou o seu pedido.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 48
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Se sobrar restos da vela, refaça mais uma vez o seu pedido ou a sua pergunta.
CRISTAIS
Círculo de Pedras
Se desejar mudar a energia de um objeto, como uma joia ou o que for, apanhe um punhado de
pedras de alta vibração, em número ímpar, e forme com elas um circulo sobre uma mesa, no
chão, ou ainda melhor, na terra. Escolha um lugar onde as pedras possam permanecer pelo
menos um dia inteiro. Assim que as pedras estiverem arrumadas, coloque o objeto a ser
carregado bem no centro do círculo. Isto é tudo o que você deverá fazer, porque as pedras, por
si mesmas, farão sua magia, enviando fortes vibrações ao objeto colocado no centro do
círculo. Se desejar fortalecer o poder do encantamento, desenhe a runa apropriada em cada
pedra antes de formar o círculo, o que permitirá que o objeto seja impregnado de energias
específicas. Exemplo: Se um anel for dado a alguém que você ama, desenhe nas pedras as
runas do amor e da proteção para assegurar que o receptor do anel seja banhado de vibrações
de amor e proteção.
Pote de Pedras
Encha uma jarra ou um pote velho com pedras de baixa vibração e mantenha-o em um lugar
escondido de sua casa, onde jamais seja visto ou tocado. As pedras espalharão suas baixas
energias por toda a casa, trazendo calma e paz. Seu lar será feliz e você ficará livre de grandes
problemas e embaraços.
Dependendo da necessidade, a pedra, sua cor e sua lapidação podem influenciar. Exemplos:
Mudar mental e espiritualmente, modificando todas as imperfeições que se carrega, e
buscar o caminho da iluminação perfeita: Uma ametista em forma de estrela de seis
pontas que, na tradição judaica, representa a ascensão, o corpo de luz;
Preocupação com os estudos, especialmente no período de provas, exames e
vestibulares: Um amuleto em forma de margarida, em cujo centro haja um topázio
amarelo que representa o Sol, a ação e a energia necessária, e cujas pétalas sejam
feitas com calcita para fortalecer a memória. Se não conseguir criar o amuleto, monte
uma mandala.
Incensos
O incenso age como um talismã ambiental, podendo inclusive higienizar e proteger o
ambiente. Antigamente as pessoas queimavam incensos para conseguir conquistar as boas
graças dos deuses, pois acreditavam que, dessa forma, seus pedidos chegavam mais depressa
até eles.
Avaliação
Teste dos Elementos (acrescentar o teste dos elementos)
Bibliografia
. Bruxaria Natural I – Escola de Magia - Tânia Gori - Editora Alfabeto
. Guia das Bruxas Sobre os Fantasmas e o Sobrenatural - Gerina Dunwich
. Manual de Bruxaria – Livro Eletrônico – Zetek
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 53
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 54
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
WebSite: http://www.supervirtual.com.br
E-Mail: supervirtual@supervirtual.com.br
(reprodução permitida para fins não-comerciais)
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 55
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Compêndio de Instrumentos de
Tortura e Execução na Idade Média
Européia
Por Cristine Vieira Vilarino
I - Instrumentos de Execução
1 - Espada, Machado e Cepo
A decapitação com a espada, entretenimento público,
desde o início da Idade Médi a, é, ainda hoje, utilizada
em alguns países do terceiro Mundo. Era necessária
uma longa aprendizagem para aprender a manejar a
espada com precisão, de modo a decepar a cabeça com
um golpe só, coisa que a multidão muito apreciava,
como um sinal da habilidade do carrasco.
Os executores mantinham-se "em forma" treinando
com animais nos matadouros ou com espantalhos de cabeça de cabaça.
A decapitação, pena suave quando executada com habilidade, estava reservada
exclusivamente a condenados nobres e important es. Os plebeus eram executados de outras
formas, que garantiam agonias mais prolongadas, das quais a mais freqüente e mais rápido
era o enforcamento comum, no qual a vítima era erguida e lentamente estrangulada - ao
contrário do enforcamento à inglesa, que faz to mbar a vítima de certa altura com a corda ao
pescoço, provocando ruptura das vérteb ras cervicais e da medula espinhal.
Distinção importante: o cepo só era usado em conjunto com o machado; nas decapitações
com a espada, o condenado deveria manter-s e ereto, enquanto o ex ecutor efetuava um
movimento horizontal com a lâmina, ceifando o pescoço.
2 - O Garrote
Consistia o garrote em um poste de madeira provido de um
colar de ferro ou, menos comum e eficientemente, de couro
duro, e que se apertava progressivamente por meio de um
parafuso. Havia duas versões essenciais deste instrumento:
a) a versão tipicamente espanhola, na qual apertando se o
parafuso, fazia-se apertar a argola de ferro, matando a
vítima por asfixia;
b) a versão catalã, no qual havia, na nuca do condenado,
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 56
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
3 - Emparedamento
O emparedamento, utilizado já no tempo dos romanos, para punir as vestais que perdiam
sua virtude, dispensa qualquer explicaç ão. A vítima era sepultada viva, morrendo,
dependendo do local de confinamento, de sede e fome, ou simplesmente asfixiada.
4 - As Gaiolas Suspensas
Desde a Alta Idade Média até finais do séc. XVIII, as paisagens urbanas e suburbanas da
Europa abundavam de gaiolas de ferro e made ira, no exterior de edifícios municipais,
palácios de justiça, catedrai s e muralhas de cidades, assim como penduradas em postes
situados nas encruzilhadas de diversos cami nhos ; freqüentemente havia várias gaiolas em
fila, umas ao lado das outras.
Em Florença, Itália, havia dois locais reservados às gaiolas: um na esquina do Bargello, na
Via Aguillara com a praça San Firenze, e o outro num poste fixado na colina de San
Gaggio, passada a Porta Romana, junto à estrada para Siena. Em Veneza, tida como um dos
prováveis locais de origem da gaiola celular , estas erguiam-se na Ponte dos Suspiros e nos
muros do Arsenal.
As vítimas, nuas ou quase nuas, eram fechadas nas gaiolas suspensas, que não eram muito
maiores que seus corpos; morriam de fome e sede, de mau tempo e frio no Inverno, de
queimaduras e insolação no Verão e eram muitas vezes torturadas e mutiladas para melhor
servir de exemplo. Os cadáveres em putrefação eram, na maior parte das vezes, deixados in
situ, até o desfazimento do esqueleto.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 57
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
6 - Submersão em Azeite
A submersão em azeite podia ser tanto uma forma de execução como de interrogatório,
tanto judicial como extrajudicial. O prisioneiro, suspenso pe los braços no teto, era baixado,
por meio de um sistema de corda e roldana, dentro de um caldeirão cheio de azeite em
ebulição. Este suplício podia ser aplicado em conjunto com a estrapada (!) e quase que
invariavelmente, provocava a morte da vítima; na melhor das hipóteses, deixava-a inválida
para toda a vida.
7 - A Serra
A serra era outro meio de execução
extremamente cruel, no qual a vítima,
suspensa pelos pés, era serrada ao meio, de
cima para baixo, a partir de entre as pernas.
Esse tipo de execução podia ser levada a cabo
com qualquer tipo de serra de lenhador
utilizada a quatro mãos e de dentes grandes.
A história conta que vários mártires - santos,
religiosos, laicos - sofreram esse suplício,
talvez pior que a cremação lenta ou a imersão
em azeite fervente. Devido á posição
invertida, que assegu ra a oxigenação do
cérebro e impede a perda geral de sangue
o condenado não perde a consciência até que
a serra alcançava o umbigo, ou, às vezes, até
o peito.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 58
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
8 - Empalamento
Esta era uma forma particularmente cruel de execução, visto que a
vítima agonizava por vários dias antes de morrer, demorando muito
a ficar inconsciente. Era, ao que se tem notícia, usada desde a
antigüidade; no séc. XVI, foi amplamente empreg ada pelos exércitos turcos que invadiam o
leste da Europa.
O método era simples: deitava-se a vítima de bruços e enfiava-se-lhe no ânus, no umbigo -
ou, talvez, tratando-se de uma mulher, na vagi na - uma estaca suficientemente longa para
transfixar o corpo no sentido longitudinal. Para que a estaca ficasse firme, era introduzida
no corpo do condenado a golpes de marreta. Em seguida, simplesmente plantava-se a estaca
no chão; a força da gravidade fazia o resto. O corpo simplesmente era puxado em direção
ao solo, enquanto a estaca rasgava lentamente as entranhas, num processo que podia durar -
dependendo da espessura da estaca e da capacidade de resistência da vítima - várias horas
ou até dias.
Ainda mais terrível era o "empalamento ao cont rário", tal coo era feito pelas tropas turcas
de janízaros que invadiam o leste da Euro pa no século XV. Segundo este método, a vítima
era suspensa pelos pés, o que impedia a hemo rragia e facilitava a oxigenação do cérebro;
assim sendo, o condenado demorava a perder os sentidos, permanecendo consciente
durante a maior parte da operação.
9 - Cremação
A cremação ou vivicombustão é conhecida como a forma de execução utilizada em casos
de bruxaria ou feitiçaria; na verdade, os roma nos já a utilizavam para os parricidas e os
traidores.
Na sua forma medieval, utilizada pela Inquis ição, o condenado só era queimado vivo se se
recusasse a abjurar, ou seja, renunciar aos e rros que o haviam arrastado àquela situação;
nesse caso, era estrangulado.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 59
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Para garantir que a vítima morresse verdad eiramente nas chamas, e não asfixiada com a
fumaça, vestiam-na com uma camisola encharcada com enxofre.
10 - Mesa de Evisceramento
Este terrível suplício era levado a cabo em um aparelho especial, constante de uma mesa ou
tábua sobre a qual havia uma roldana e um sistema de cordas e pequenos ganchos. O
verdugo abria o ventre da vítima amarrada s obre a tábua, de mane ira a não poder debater-
se; em seguida, introduzia-lhe os ganchos na abertura, prendendo-os firmemente às
entranhas do condenado. Ao manipular a roldan a, as entranhas eram puxadas para fora,
com a vítima ainda viva; esta era então abandonada e deixada para morrer neste estado. A
morte demorava por horas ou até dias. Quanto mais tardasse - isto é, quanto mais o
condenado sofresse, maior era considerada a habilidade do carrasco.
1 - As Cunhas ou Borzeguim
Este era um dos suplícios mais dolorosos que se poderia imaginar. A vítima era amarrada e
esticada no chão, com as pernas encerradas en tre quatro pranchas de carvalho, das quais o
par do lado externo era fixo, enquanto o inte rno era móvel. Introduzindo cunhas no espaço
de separação entre as duas pranchas móveis, era possível esmagar as pernas da vitima
contra a estrutura fixa da máquina.
Havia a tortura dita comum e a extraordinária; a diferença entre as duas era avaliada pela
quantidade de cunhas cada vez mais espessa s que eram cravadas na parte interna.
Este tipo de tortura, pelo fato de ser sempre - embora nem sempre imediatamente - fatal, só
era administrada a condenados à morte que devessem ser executados sem demora.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 60
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
2 - O Esmaga-Cabeças
Os esmaga-cabeças, instrumentos tipicamente medievais,
compunham-se de um capacete e de uma barra na qual se
colocava o queixo do torturado. Em seguida, por meio de
um parafuso, ia-se apertando o capacete, comprimindo a
cabeça do indivíduo de
encontro à base, no sentid o vertical. O resultado era
arrasador: primeiro destroçavam-se os alvéolos dentários;
depois, as mandíbulas; e finalmente, caso a tortura não
cessasse, os olhos saltavam das órbitas e o cérebro vazava pelo crânio fraturado.
3 - A Dama de Ferro
A história da tortura registra muitos inst rumentos em forma de sarcófago antropomorfo
com pregos em seu interior, que, ao fechar-se a porta, penetravam no corpo da vítima. O
exemplo mais conhecido foi a chamada "donzela de ferro" de Nuremberg, exemplar do
final do século XV, reprodução aperfeiçoada de exemplares mais antigos. O aparelho foi
destruído quando Nuremberg foi bombardeada, em
1944.
É difícil separar a lenda dos fatos quando se fala de
tal instrumento, pois restaram poucas descrições da
época, e a maioria do material publicado baseia-se em
investigações distorcidas do século XIX, opiniões
fantasiosas e românticas e testemunhos não oculares e
exagerados. Ao contrário do que se costuma afirmar,
a Dama de Ferro raras vezes era usada numa
execução intencional (embora, sem dúvida, o
condenado pudesse, devido a um lamentável
infortúnio, morrer asfixiado em seu interior).
A primeira referência confiável a uma execução com
a Dama de Ferro reporta-se a 14 de Agosto de 1515,
se bem que o instrumento já fose utilizado,
comprovadamente, há uns dois séculos.
Nesse dia, um falsificador de moeda foi aí
introduzido e as portas fechadas lentamente, pelo que
as pontas afiadíssimas lhe penetraram nos braços, na
barriga, e no peito, nas pernas em vários lugares, na
bexiga, nos olhos, nos ombros e nas nádegas, mas não
suficiente para o matar, e assim permaneceu a gritar e lamentar-se por vários dias, após os
quais morreu.
É provável que os cravos fossem desmont áveis e de vários tamanhos, de modo que
pudessem colocar-se em vários orifícios no interior do aparelho, tornando-se mais ou
menos cutilantes, segundo as exigências da sentença.
A Dama de Ferro era aplicada aos autores de crimes contra o Estado, que não fossem de
lesa-majestade, e também nos casos de mulher es adúlteras e de jovens ou viúvas que não
mantivessem sua castidade. Era também usada como instrumento de interrogatório, em
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 61
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
4 - A Roda Vertical
Na roda vertical, que, como diz o nome, era erguida
perpendicularmente em relação ao chão, o corpo da vítima era
amarrado ao instrumento, o mais esticado possível. Em seguida
a roda era girada, expondo o tort urado, a cada volta, a pregos ou
brasas ardentes colocados no chão, sob a máquina. O resultado
final era o retalhamento lento ou queimaduras expostas por
toda a superfície do corpo, que, conforme sua gravidade,
poderiam levar à morte do torturado.
5 - Gaiola de Cravos
Atribui-se geralmente a invenção desse engenhoso instrumento
à condessa húngara Elizabeth Báthory, que viveu no século
XVI; todavia, existem registros de seu uso já no tempo dos romanos. Frise-se, porém, que
não era um modo de interrogatório ou punição judicial, sendo utilizado apenas por certos
indivíduos, isoladamente.
Basicamente, o engenho era uma gaiola cilíndrica de lâminas de ferro afiadas, cujo interior
era guarnecido de pontas aguçadas de ferro. A ví tima era trancada na gaiola e o torturador,
armado de um archote, um ferro em brasa ou ainda de um ferro pontiagudo, começava a
espetar ou atiçar o prisioneiro, que, em seus movimentos de recuo, ia chocar-se contra as
pontas e lâminas da gaiola. O resultado final é fácil de imaginar-se.
Embora a maioria das gaiolas de cravos de que se tem notícia fossem colocadas diretamente
sobre a terra, diz-se que a gaiola de Elizab eth Báthory (aperfeiçoada para que ela tomasse
os famosos banhos de sangue que, segundo supunha, a manteriam sempre jovem e bela) era
suspensa no teto; a condessa sentava-se abaixo dela e o sangue corria diretamente sobre seu
corpo.
6 - O Cavalo de Estiramento
O estiramento, ou desmembramento
causado por meio de tensão exercida
longitudinalmente, já era usado no Antigo
Egito e na Babilônia. Na Europa medieval
- e após - o cavalo de estiramento
constituía instrumento fundamental de
qualquer masmorra respeitável, e isso até
o desaparecimento da tortura, por volta do
séc. XVII.
A vítima era deitada no aparelho, seus
membros firmemente presos às
extremidades e esticados pela força do
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 62
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
1- As Aranhas Espanholas
As Aranhas eram ganchos de quatro pontas unidas em forma de tenaz, e constituíam
ferramentas básicas no arsenal do verdugo. Serv iam, frias ou quentes, para içar a vítima
pelos pulsos, nádegas, ventre, seios ou tornozelos, enquanto as pontas enterravam-se
lentamente na carne.
No processo dos Templários1 , no início do s éc. XIV, as aranhas espanholas foram usadas,
segundo testemunhas, para suspender os acusados pelos órgãos genitais, até que admitissem
seus crimes.
2 - O Esmagador de Testas
O esmagador era uma faixa de ferro, algumas vezes com aguilhões no seu interior, que se
colocava ao redor da testa da vítima, se ndo então, progressivamente apertado, pelos
parafusos situados em roscas laterais, pr ovocando cortes e lacerações e podendo provocar
fraturas cranianas fatais.
Este era um instrumento usado sobretudo em mulheres e quase nunca em homens.
3 - O Berço de Judas
Este procedimento apresentava variações, que
eram usadas simultaneamente em toda a Idade
Média. A mais simples consistia em suspender
a vítima sobre uma espécie de pirâmide, sobre
cuja ponta fazia-se baixar, com maior ou
menor velocidade. O bico afiado da pirâmide,
desta forma, atingia o ânus, a vagina, a base
do saco escrotal, ou as últimas vértebras do
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 63
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
4 - Cadeira de Interrogatório
Muito simples: era uma cadeira de ferro com o assento e o
encosto totalmente cobertos de pontas afiadas. Era um
instrumento básico no arsenal dos inquisidores. A vítima,
sempre nua, era colocada e amarrada na cadeira, cujas pontas
produziam um efeito óbvio sobre sua força de vontade, que
dispensa qualquer comentário. O tormento podia ser
intensificado com sacudidelas e golpes nos braços e no tronco.
Além disso, havia outro modo de tornar este instrumento mais
eficiente: como a cadeira era, na maior parte das vezes, de
ferro (havia exemplares e made ira, nos quais apenas as pontas
eram metálicas), havia ainda o requinte adicional de aquecê-la
a um braseiro até que se transformasse em brasa.
5 - O Esmagador de Polegares
Simples e muito eficaz. O esmagamento dos nós e falanges dos dedos e a arrancamento das
unhas estão entre as torturas mais antigas. Os resultados, em termos de relação entre a dor
infligida, o esforço realizado e o tempo cons umido são altamente satisfatórios do ponto de
vista do torturador, sobretudo quando se carece de instrumentos complicados e
dispendiosos.
O esmagador era basicamente constituído de duas ou três barras, que podiam ser apertadas
por meio de um parafuso, lentamente, ou por meio de pancadas dadas em cunhas, de
maneira mais brusca.
6 - A "Extensão"
A extensão é uma variante do cavalo de esti ramento. Ao invés da distensão ser aplicada ao
corpo no sentido longitudinal, é aplicada apenas aos braços do condenado, enquanto a
corrente, enlaçando e esmagando o tórax, exerce uma pressão extra. A extensão é uma
variante do cavalo de estiramento.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 64
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
7 - A Escada de Estiramento
A chamada "escada de estiramento" era nada mais que uma simples escada de madeira, à
qual se dava um uso a mais, o de instrument o de interrogatório. Foi usada no processo de
Eischtadt, no qual uma velha foi acusada de bruxaria, em meados do séc. XV.
A vítima era deitada sobre a escada, tendo seus pés atados a um dos degraus; aos braços,
igualmente atados, eram progressivamente puxa dos para trás, fosse por meio da força
humana, fosse por meio de pesos cada vez maiores.
Se depois de tudo isso a vítima ainda se recusasse a confessa r, estando paralisada e com os
ombros destroçados, o tribunal era forçado a reconhecer sua inocência.
Esta tortura era largamente usada pelos inquisidores alemães.
8 - Potro
Este aparelho, muito engenhoso, era
composto por uma prancha, sobre a qual
era deitada a vítima. Esta prancha
apresentava orifícios pelo quais se
passavam cordas de cânhamo que
arrochavam os antebraços, os braços as
coxas, as panturrilhas, em suma, as partes
mais carnudas dos membros da vítima. No
decorrer da tortura, essas cordas eram
progressivamente apertadas, por meio de
manivelas nas laterais do aparelho. O efeito
era o de um torniquete.
A legislação espanhola que regulamentava
a tortura previa, no máximo, cinco voltas
nas manivelas que apertavam as cordelas ao
corpo. Isso visava a ga rantir que, caso fosse
provada a inocência do réu, este não saísse da tortura com seqüelas irreversíveis. Porém,
geralmente, os carrascos, incitados pelos interrogadores, davam até dez voltas na torção, o
que fazia com que as cordas esmagassem a carne até o osso.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 65
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
9 - Quebrador de Joelhos
Assemelhava-se, em ponto maior, ao
esmagador de polegares: duas barras
destinadas a comprimir entre si, até o ponto
de fraturá-los, os joelhos da vítima. A parte
interior do aparelho podia conter pontas.
Geralmente, este aparelho era aplicado, após
o que permitia-se à vítima uma noite ou
algumas horas de descanso; no dia seguinte,
estando as pernas do infeliz esmagadas e
inflamadas, se não já quebradas
mesmo, repetia-se a tortura, que se tornava, assim, muito mais dolorosa e quase impossível
de resistir-se.
10 - A Estrapada ou Polé
Uma tortura fundamental, que consistia na deslocação dos ombros, pelo movimento de içar
violentamente a vítima, com os braços at ados às costas, com o corpo suspenso.
A estrapada era um meio de extraordinária eficiência; como não provocava derramamento
de sangue, o que era proibido pela Igreja a seus agentes, era largamente usado pelos
inquisidores.
O aparelho era muito
simples: compunha-se
apenas de uma corda e de
uma roldana. Os pulsos do
condenado eram atados
atrás das costas e ligados a
uma corda, que, passando
pela roldana, permitia que
fosse içado no ar, pelo que
as articulações dos ombros
passavam a suportar a
totalidade da massa
corporal.
De imediato, as clavículas e as
omoplatas se desarticulavam, o
que provocava deformações que podiam ser irre versíveis. A agonia podia ser agravada por
uma série de medidas adicionais:
a) podia-se içar a vítima até certa altura, deixando-a cair em seguida, mas sustando a queda
antes que chegasse ao chão, o que provocava a imediata ruptura das articulações e por
vezes fraturas ósseas;
b) a fim de aumentar o peso suportado, pren diam-se aos pés do condenado um lastro cada
vez maior,
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 66
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
12 - Tortura da Água
Havia duas maneiras de apli car-se a tortura da água. A
primeira delas consistia simplesmente em enfiar um
trapo na boca da vítima amarrada e ir deitando água
aos poucos no trapo, fazendo-o inchar, provocando
sufocação; um bocado além da conta e o torturado
afogava-se em terra seca.
A segunda versão, mais conhecida, é também
chamada de "tortura das bilhas". A bilha era um
recipiente de argila que continha cerca de um litro e
meio de água. O carrasco introduzia na boca da vítima
um funil de couro ou de ch ifre e despejava o conteúdo
da bilha nesse funil.
Em ambas as versões, para que a tortura fosse
eficiente, tapava-se o nariz do condenado,
provocando-lhe asfixia.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 67
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
carne saliente, ou ainda (era mais conc lusivo) de um mamilo anormal, onde se
alimentariam os "acompanhantes", pequenos demônios em forma de animais domésticos
(geralmente gatos ou sapos) que acompanha vam as bruxas. Mas a marca poderia também
ser invisível aos olhos dos não iniciados; ne sse caso, seria uma área insensível do corpo,
que, além disso, não verteria sangue se ferida. Então, para descobrir-se tais marcas,
espetava-se o corpo do suspeito com agulhas e estiletes especiais. Um calo, uma verruga,
uma região tornada insensível pelo excesso de dor, era considerada uma prova irrefutável
da culpabilidade.
Este método, diga-se de passagem, era apli cado por vezes de maneira irregular; os
examinadores recorriam a velhacarias tais como lâminas retráteis, que não feriam a pele,
não provocando, portanto, qualquer dor ou sangramento. A vítima, em contrapartida, não
podia fingir dor ou sofrimento, pois permanecia vendada durante todo o exame. Os
suspeitos não eram páreo para os inquisidores.
14 - As Garras de Gato
As garras eram instrumentos simples, semelhantes a grandes tridentes um pouco
encurvados, ou antes, a rastelos. Eram utilizadas para escarnar o corpo dos prisioneiros,
arrancando progressivamente a car ne, até a exposição dos ossos.
IV - Instrumentos de Mutilação
Desde o Antigo Egito, e antes, a mutilação serviu como método eficaz de castigo para
crimes menores, considerados não tão graves que merecessem a pena de morte, tais como
furtos, danos à propriedade alheia, e às vezes - por incrível que possa parecer - estupros.
A mutilação, além de ter um efeito arrasa dor sobre os culpados, tanto física quanto
moralmente, também era considerada um esplêndido método de prevenir a reincidência,
visto que o criminoso ficava marcado como tal para o resto da vida, bastando às pessoas de
bem lançar-lhe um olhar para estarem preven idas acerca de seus atos ilícitos no passado.
Geralmente, os condenados a ser mutilados recebiam a pena em público, a fim de servir de
exemplo q quem quer que, por desespero ou inc linação, estivesse tent ado a desobedecer a
lei.
1 - Pinças e Tenazes
Pinças, tenazes e tesouras, usadas também frias, mas normalmente aquecidas ao rubro,
adequadas para arrancar pedaços de carne do corpo das vítimas, constituíam utensílios
básicos de qualquer verdugo. As tenazes destin avam-se geralmente - e de preferência em
brasa - aos narizes, dedos das mão e dos pés e mamilos. As pinças, maiores, serviam para
destroçar e queimar o pênis.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 68
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
3 - Destroçador de Seios
Tratava-se de tenazes com quatro garras conv ergentes, capazes de transformar em massas
disformes os seios de mulheres condenadas por heresias, blasfêmias, adultério, magia
branca erótica, homossexualismo, aborto provocado, entre outros delitos. Para tal efeito, às
vezes era utilizado apenas um gancho, aquecido ao rubro.
V - Instrumentos de Contenção
Tais instrumentos destinavam-se não propriamente a causar dor e sofrimento - embora esta
fosse uma conseqüência secundária muitas vezes inevitável - mas a imobilizar os
prisioneiros enquanto estavam a ser interrogados, ou simplesmente quando permaneciam
em suas celas. É claro que a imobilidade constante e forçada podia consistir por si só em
uma tortura bastante requintada.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 69
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
2 - A Mordaça de Ferro
Esta invenção era muito útil na medida em que abafava os gritos e gemidos dos torturados,
para não importunas os debates de seus inte rrogadores entre si. Compunha-se de um aro de
ferro, no interior do qual havia uma protuberância chamada "caixa", a qual colocava-se na
boca da vítima, fechando-se o aro metálico na nuca. Uma minúscula abertura permitia a
entrada do ar; o que podia ser interrompido pela ação do verdugo. Uma simples pressão
dedos poderia provocar a asfixia do condenado.
Freqüentemente os condenados ao tronco eram assim amordaçados; ou quando se tratava de
autos-de-fé, para que seus gemidos não perturbassem a audição da música sacra que
acompanhava esses autos.
Este instrumento era usado desde a época ro mana, mas na Idade Média foi aperfeiçoado,
com a colocação de farpas na caixa, de maneira não só de silenciar, mas também de ferir.
Giordano Bruno, um dos intelectuais mais brilh antes de sua época, foi queimado na Praça
do Campo dei Fiori, em Roma, e, 1600. Tinha colocado um açaime de ferro com cravos,
um dos quais lhe perfurava a língua e outro, o céu da boca.
A mordaça era usada tanto durante os interrogatórios como durante as execuções, ou
simplesmente para calar ou punir os prisioneiros recalcitrantes.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 70
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
4 - A "Forquilha do Herege"
Era um colar de ferro cuja frente consistia em uma espécie de espeto duplo, com duas
pontas que se encravavam no queixo e sobr e o esterno da vítima, profundamente. A
forquilha impedia qualquer movimento de cabeça, mas permitia que os condenados
falassem em voz quase inaudível, dur ante as cerimônias de abjuração.
5 - Cinturão de Castidade
A função deste instrumento foi sempre mistificada, não só pelo povo, mas também pelo
círculos acadêmicos. A opinião tradicional é que o cinturão de castidade se usava para
garantir a fidelidade das esposas durant e as ausências do marido, e sobretudo - uma
convicção que em nada se aproxima da verdade, não havendo evidências que suportem tal
idéia - para as mulheres dos cruzados que partiam para a Terra Santa.
Na verdade, ainda que a função primordial do aparelho fosse esta, tal constrição limitava-se
sempre a breves períodos de tempo, como al gumas horas ou, no máximo, dois ou três dias;
jamais o cinturão era utilizado por períodos dilatados. Uma mulher "impedida" desta forma
corria risco de vida, pelas infecções originad as por acumulações tóxicas prejudiciais ao
organismo, e isso para não falar nas queimaduras e lacerações pr ovocadas pelo contato
contínuo do ferro com a pele ou a possibilidade de uma gravidez em curso.
Contudo, havia uma segunda utilidade para o cinturão, esta bem pouco mencionada:
constituía-se numa barreira contra a violação. Uma barreira eficiente em ocasiões
"perigosas", tais como o aquartelamento de soldados na cidade, ou a permanência em uma
estalagem, durante a noite, em meio a uma viagem qualquer. Nestas ocasiões, eram as
próprias mulheres as mentoras da idéia de colocar o referido cinto, segundo comprovam
vários testemunhos.
6 - Cinturão de Contenção
Aplicava-se este cinturão á cintura da vítima, cujos pulsos eram presos pelas braçadeiras
laterais. A pessoa assim imobilizada, podia ser submetida a quaisquer outras torturas ou
abandonada à morte por fome, frio, sede ou infecções.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 71
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
9 - Colar de Puas
Este colar, cujo interi or era provido de picos
afiados, colocava-se em torno do pescoço da ví tima. Era freqüentemente usado coo meio de
execução: pesando mais de cinco quilos, descarnava o pescoço, ombros e maxilares,
provocando infecções febris e finalmente a corr osão dos ossos e das vértebras expostas, o
que levava à morte em pouco tempo.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 72
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
Tinha a grande vantagem de economizar te mpo e dinheiro, pois, sendo um meio extático,
não exigia qualquer esforço por parte do carras co. Trabalhava por si só, dia e noite, não
exigindo qualquer esforço de manutenção.
10 - Cavalete
Este é o mais famoso dos instrumentos de contenção, e um item fundamental no arsenal de
qualquer torturador. Seu uso era variado: tanto servia para imobilizar as
vítimas durante a tortura ou mutilação como para expô-la em público como punição para
crimes menores, insignificantes; co mo dormir na igreja, por exemplo.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 73
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
VI - Instrumentos de Açoitamento
Esta é uma família toda especial dentre o arsenal dos instrumentos e tortura: a família dos
açoites. É um grupo de instrumentos interess ante e incrivelmente variado, a despeito da
semelhança da forma. Os açoites ou chicotes podem ir desde o gigante "Gato de Nove
Caudas" e o knut dos boiardos russos, que podi a destroçar de um só golpe um braço ou
ombro, até os mais finos e pérfidos, como o chicote egípcio, cujas finas tiras de couro eram
entrelaçadas de laminas de ferro (ou de metais preciosos como ouro e prata) afiados como
navalhas e que faziam o sangue correr no prim eiro golpe. Particularmente interessante e
digno de ser citado é o "Nervo de Boi", que com dois ou três golpes podia cortar a carne
das nádegas até chegar à pélvis.
Dentre as punições menores, a flagelação era muito
apreciada pelo público. O suplício era considerado
sobretudo humilhante - e seus aplicadores faziam o
possível para acentuar tal cara cterística. Para a flagelação
pública, o condenado, nu da cinta para cima, era amarrado
às traseiras de uma carroça e assim arrastado pelas ruas
até o pelourinho público, onde o executor aplicava-lhe as
chicotadas ou varadas prescritas na sentença. A flagelação
poderia também dar-se no interior das prisões; como
método de interrogatório, era utilizado sobretudo em
crianças que ainda não haviam atingido a puberdade, por
ser considerado relativamente leve, a não ser que os juízes
requeressem expressamente o emprego dos meios usuais.
1 - Chicotes de Correntes
Os chicotes de correntes mais pareciam arma s de guerra que instrumentos de interrogatório
judicial; no entanto, eram largamente usados . Eram todos mais ou menos similares e em
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 74
Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.
grande variedade - com duas, três, até oito correntes - e providos de muitas "estrelas de
ferro", lâminas cortantes nas pontas. Algumas correntes eram intercaladas com lâminas.
2 - A Cauda de Gato
A cauda de Gato era um chicote de cordas en trançadas que servia pa ra esfolar a pele da
vítima. As cordas eram embebidas numa solução de sal e enxofre, de maneira que, devido
às características da fibra do cânhamo e dos ef eitos do sal e do enxofre, para além das mais
de cem lâminas de ferro afiadíssimas, cada uma delas colocada no final de cada corda, a
carne ia sendo reduzida a uma polpa, até se en contrarem expostos os pulmões, os rins, o
fígado e os intestinos. Durante esse procedim ento, a zona afetada ia sendo coberta com a
mesma solução, em ebulição.
__________________________________________________________________________________
UNICB – PABX: 11.4994.4327 / 11.2534.4001 – www.casadebruxa.com.br
Todos os direitos reservados. CNPJ: 02.178.288/0001-14 75