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Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013

História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.

Bruxaria Natural Uma Filosofia de Vida


MODULO 1
Bruxaria Natural
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Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.

Uma Filosofia de Vida

Coordenação e elaboração: Tânia Gori


Revisão conforme o novo acordo Ortográfico: Maria do Carmo Costa de Mello

Introdução ao Curso de Bruxaria Natural

1. Introdução ao Mundo da Bruxaria


Que visão a maioria das pessoas tem de uma bruxa? A maioria acha que bruxa é uma mulher
feia, má, com uma grande verruga no nariz, que cozinha bebezinhos pagãos (criancinhas não
batizadas) e que, acima de tudo, voa numa grande vassoura feita de ervas, ou então tem a
visão hollywoodiana de uma bruxa que mexe o nariz e tudo o que imagina aparece na sua
frente. Qual é a sua visão?

2. Bruxaria – Religião e Filosofia


A palavra religião vem do latim religio > religionis, e é geralmente associada à palavra latina
religatio, religationis > religação. Neste curso falaremos sobre a Bruxaria não como uma
religião porque, para ser uma religião, seria preciso afirmar que não possuímos a Natureza
dentro de nós e, automaticamente, teríamos que ligar novamente nossos laços com a Mãe
Natureza. Mas em que momento nós teríamos perdido esses laços? Será que os perdemos um
dia?

Estudaremos a Bruxaria como uma filosofia de vida, como uma arte na qual expomos de cara
limpa, sem medo e sem preconceito, o nosso amor pela Mãe Natureza, despertando o amor
em nós e aprendendo a respeitar as pessoas, a vontade da Natureza e, acima de tudo, a nós
mesmos.

Não temos hierarquia nem mestres. Somos apenas eternos aprendizes que contemplamos os
nossos professores o Senhor Sol, a Senhora Lua, as Senhoritas Estrelas, enfim, todo o
Cosmos. Eu, particularmente, admiro todas as formas de expressão da Bruxaria. Afinal,
estamos todos em um grande processo de aprendizagem e todos os caminhos levam à
redescoberta do ser humano e da magia que existe dentro de cada um.

Para ser uma bruxa, não é preciso abandonar suas crenças e seus dogmas religiosos. Basta
acreditar no seu próprio poder e na força da Mãe Natureza.

As bruxas são mulheres que buscam o equilíbrio natural da Natureza. Talvez por medo, o ser
humano nunca buscou viver em harmonia com a Mãe Terra, e até hoje ele só tem provocado a
sua destruição.

Bruxaria é a magia da simplicidade e da dualidade. Como se acredita que tudo é feito de


símbolos, então tudo é possível. Se usarmos o laboratório da Natureza e não prejudicarmos
ninguém, poderemos obter tudo o que desejarmos.

Reflita: A Bruxaria não tem cor. É como uma torneira que, quando é aberta, tanto serve
para matar a sede quanto para matar uma criança...

Beijos Encantados
Tânia Gori

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História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.

Bruxaria Natural – História e Filosofia

1. Nascimento da Bruxaria
Segundo a doutora Margareth Murray, as origens da Bruxaria remontam ao período
paleolítico, cerca de 2,5 milhões de anos atrás. A importância da mulher e da Natureza era
vista através da observação. O ser humano relacionava tudo na Natureza com uma energia
espiritual e, assim, estabelecia a magia simpática.

2. Imaginativo Primitivo
No início, não se conheciam deuses nem ciências. Tudo era novo, tudo era mágico, e o
homem primitivo acreditava na sua união com a Natureza. Existia o ritual para o nascer do
Sol, pois se o ritual não fosse realizado, o Sol não nasceria e todos ficariam na escuridão.
Acender fogueiras era o ritual para as noites frias. Havia rituais para cada mudança de fase da
Lua, pois cada Lua tinha sua energia própria. Os homens primitivos sentiam grande prazer
com o carinho dos ventos, mas também temiam as forças naturais, como a voz dos trovões e a
fúria dos mares. Todavia, tinham acima de tudo grande respeito um pelo outro e todos pela
Natureza.

3. Etimologia da palavra “Bruxa”


Várias pesquisas afirmam que a palavra bruxa deriva do verbo brusiare > queimar, usado no
latim da Idade Média. Outras pesquisas apontam para a palavra grega brouchos, que designa
larva de borboleta, ou seja, o ser disposto a sofrer uma metamorfose dentro e fora de si
mesmo. Há também linguistas que sustentam que a palavra bruxa seja um vocábulo pré-
romano, de origem controversa, provavelmente do latinismo brouxa ou plusscia > pluscia >
bruscia > bruxa.

4. Evolução da Bruxaria
No período paleolítico ou Idade da Pedra Lascada, que teve início 2,5 milhões de anos atrás e
durou até 13.000 a.C., o homem desconhecia sua participação na procriação e, por isso, a
valorização feminina era muito grande porque a mulher “criava a vida”, cuja observação é
comprovada através de desenhos rupestres. Ao período paleolítico se seguiu o período
mesolítico, que se estendeu de 13.000 a 8.000 a.C..
No período neolítico ou Idade da Pedra Polida, que teve início em 8.000 a.C. e durou até
1.500 a.C., o homem se tornou sedentário e passou a observar os animais com mais atenção.
Ao verificar que as fêmeas só procriavam com a presença dos machos, concluiu que a mulher
também só procriaria com a presença do homem. Então a mulher passou de superior para
igual.

Com o advento do Judaísmo, que pregava a crença num único Deus, e mais tarde, com o
domínio do Império Romano, a mulher deixou de ser igual e passou a ser inferior ao homem.

5. A Bruxaria na Europa
Há quatro interpretações sobre as raízes europeias da Bruxaria:
1. As bruxas nunca existiram. A Bruxaria era simplesmente uma invenção das
autoridades da Igreja Católica, usada especificamente para ganhar poder e força;
2. A Bruxaria desenvolveu-se a partir de cultos de fertilidade europeus, que enfatizavam
uma Deusa como deidade central;
3. A Bruxaria era uma convenção social, em que as pessoas culpavam uma bruxa quando
não podiam explicar um acontecimento;
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4. A Bruxaria desenvolveu-se gradativamente a partir de uma grande variedade de


práticas e costumes, cujas raízes se encontram no paganismo, no misticismo hebreu e
no folclore grego.
6. A Bruxaria se torna Ilegal
Até 1484, a Igreja Católica não tinha uma definição sobre a Bruxaria e qualquer citação
bíblica sobre Bruxaria passou a ser registrada após 1484. Só com a publicação do manual de
caça às bruxas O Martelo das Feiticeiras (editora Nova Era) é que surgiu a relação das bruxas
com o demônio: Se uma mulher se atreve a curar sem ter estudado, ela é uma bruxa e deve
morrer. Ou ainda: Como pode viver um ser que sangra sete dias e não morre, a não ser pelo
pacto que tem com o demônio?

7. Primeiras Leis
Em 743, o sínodo de Roma declarou ser crime fazer oferendas a espíritos. Em 829, o sínodo
de Paris baixou um decreto proclamando que a Igreja Católica não toleraria encantamentos e
idolatria. Entre 1100 e 1300, a imagem da bruxa foi se transformando numa criatura diabólica
que desprezava o sagrado, comia crianças e realizava orgias selvagens.

8. A Inquisição
A Inquisição era um tribunal eclesiástico, chamado Tribunal do Santo Ofício, criado para
combater heresias cometidas por cristãos confessos e muçulmanos vindos do Oriente. A
Inquisição foi iniciada em 1184, em Verona, Itália, pelo papa Lúcio III, que se inspirou em
textos de Santo Agostinho. A Inquisição fortaleceu-se durante o papado de Inocêncio III
(1198-1216) e no Concílio de Latrão (1215). De 1231 a 1234, o papa Gregório IX multiplicou
os Tribunais de Inquisição na Europa, que eram presididos por inquisidores permanentes.

9. Os Inquisidores
Todo inquisidor devia ser doutor em Teologia e em Direito Canônico e Civil e ter, no mínimo,
40 anos de idade para ser nomeado. A autoridade do inquisidor era dada pelo papa através de
uma bula, que às vezes delegava seu poder de nomear inquisidores a um cardeal
representante, aos superiores ou aos padres provincianos dos dominicanos e aos frades
franciscanos. Foram os papas Inocêncio IV e Alexandre IV que delegaram poder aos
superiores e aos padres provincianos de suas respectivas Ordens Licet ex Omnibu e Olim
Praesentiens. O inquisidor não podia nomear um escrivão, pois era assistido pelo escrivão
público das dioceses. Somente em 1561 os papas puderam nomear os escrivães.

10. Quem era Herético?


 Quem era excomungado pela Igreja Católica
 Quem se opunha à Igreja e contestava a autoridade que ela recebia de Deus
 Quem cometia erros na interpretação das Sagradas Escrituras
 Quem criava uma nova seita ou aderia a uma seita já existente
 Quem não aceitava a doutrina romana sobre os sacramentos
 Quem tinha opinião diferente da opinião da Igreja Católica sobre um ou vários artigos
de fé
 Quem duvidava da fé cristã

11. As Torturas
A Inquisição usava a tortura como método de obter as confissões. Às vezes chegava ao
extremo, levando o torturado à morte. Segundo o grande historiador norte-americano Henry

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Thomas, poderia ser escrito um livro, embora nada agradável, sobre as torturas empregadas
pela Inquisição. Eis alguns exemplos de tortura:
 O prisioneiro, com as mãos amarradas para trás, era levantado por uma corda que
passava por uma roldana, e guindado até o alto do patíbulo ou teto da câmara de
tortura. Em seguida, deixavam-no cair e travavam o aparelho quando seu corpo
chegava próximo ao chão. Isso se repetia várias vezes. Os cruéis carrascos também
amarravam pesos nos pés da vítima a fim de aumentar o choque da queda.
 Havia a tortura pelo fogo. Os pés da vítima eram colocados sobre carvões em brasa, e
sobre as brasas era espalhada uma camada de graxa para que estalasse ao contato com
o fogo. Enquanto o fogo martirizava o supliciado, os inquisidores ali presentes
incitavam-no “piedosamente” a aceitar os ensinamentos da Igreja, em cujo nome o
condenado estava sendo tratado “tão delicada e misericordiosamente”.
 Para que houvesse um contraste com a tortura pelo fogo, praticavam também a tortura
pela água. Amarravam as mãos e os pés do prisioneiro com uma corda trancada, que
lhe penetrava as carnes e os tendões, e abriam a boca da vítima à força, despejando
água dentro dela, até que chegasse à confissão ou à sufocação.
 Toda imaginação bárbara do espírito de Dante quando descreveu o inferno foi
incorporada às máquinas reais que cauterizavam as carnes, esticavam e dilaceravam
os corpos e quebravam os ossos de todos os que se recusavam a crer na “branda
misericórdia” dos inquisidores.
 De acordo com a lei, a tortura só podia ser infligida uma única vez, mas esse
regulamento era burlado. Quando queriam repetir a tortura, mesmo depois de alguns
dias, infringiam a lei, não alegando que fosse uma repetição, mas simplesmente a
continuação da tortura anterior. Esse jogo de palavras dava margem à crueldade e ao
zelo desenfreado dos inquisidores.

12. As Taxas do Ato de Fé


Na Europa era costume cobrar uma taxa do acusado ou de seus familiares para cada ato
bárbaro cometido contra o próprio, desde sua prisão até sua execução. As taxas eram
estipuladas em reichsthalers, moeda vigente no Império Germânico:
 Para ser aterrorizado com a exibição dos instrumentos de tortura > 1
 Para ser açoitado na cadeira > 1
 Para ter os dedos ou as mãos cortados > 3
 Para ser morto na roda > 4
 Para ser queimado vivo > 4
 Para ser estrangulado e queimado > 4
 Para ter a língua decepada > 5
 Para ser decapitado e queimado > 5

13. A Inquisição no Brasil


No Brasil nunca existiu um tribunal do Santo Ofício ou da Inquisição, pois o país achava-se
sob a competência do Tribunal de Lisboa, Portugal. Durante o século XVI, a Inquisição agiu
discretamente. São conhecidos três processos e uma visita do Santo Ofício, sem graves
consequências. Misturavam-se às vezes fatos reais de índole religiosa ou político-social com
faltas graves, aparentes ou supostas, ou tendências perniciosas no campo religioso ou social.
A Inquisição no Brasil foi extinta em 1774 e o Santo Ofício foi oficialmente transformado em
tribunal régio, sem autonomia ou totalmente dependente da Coroa portuguesa.

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Dados históricos, publicados na revista Veja de 13.10.1999, mostram que, entre 1749 e 1771,
nove mulheres e quatro homens foram acusados de feitiçaria na cidade de São Paulo e
encaminhados para a Santa Inquisição de Portugal. Segundo pesquisas realizadas pelo pastor
doutor Aníbal Pereira dos Reis, existem arquivos de condenações em solo brasileiro de 721
mulheres e 1098 homens.

14. A Loucura Tomando Conta


Foi estimado que, entre 1450 e 1800, vinte mil pessoas foram queimadas vivas em todo o
mundo, por onde a Santa Inquisição passasse. A definição de Bruxaria era vaga e a
condenação podia incluir qualquer fato, como marido farto da esposa, briga entre vizinhos ou
até pessoas deficientes, pois tudo girava em torno da informação de quem provasse que uma
pessoa era bruxa ou não. Além disso, a Igreja também reprimia o sexo, obrigando o homem
medieval a ter, a cada ano, 160 dias de relações sexuais com a esposa, estimulando, assim, o
sadismo e a brutalidade e criando um imenso manicômio.

15. A Bruxaria e a Bíblia


Na Bíblia, a distorção mais comum referente às bruxas está em Êxodo, capítulo 22, versículo
17: “A feiticeira não deixarás viver”. Essa passagem foi traduzida inúmeras vezes. Em
versões mais antigas do Livro de Êxodo o significado era: “Que a feiticeira não deixarás
viver”. Esse versículo em particular refere-se à feiticeira como envenenadora e assassina. O
significado original era: “A assassina não deixarás viver”, cuja palavra provavelmente foi
confundida com “feiticeira”, causando um mal-entendido até hoje. O antigo povo hebreu não
marginalizava a prática da magia.

16. Bruxas Escondidas


É evidente que, com esse retrato da sociedade medieval, as bruxas gradualmente deixaram de
ser aldeãs e foram banidas da sociedade. Elas começaram então a praticar sua arte
silenciosamente e com muito cuidado, pois a última lei contra a Bruxaria só foi abolida em
1951 na antiga União Soviética (URSS). A partir daí, a comunidade intelectual começou a
considerar a Bruxaria sob uma nova luz.

17. Renascimento da Bruxaria


A Bruxaria renasceu no século XX com um resgate romântico e um profundo amor à
Natureza. Pessoas conhecidas, como Sir Walter Scott, afirmavam que a Bruxaria era real e
que devia suas origens a tradições populares pré-cristãs. Nessa ocasião, Aleister Crowley e
Gerald Gardner vieram à frente e a antiga imagem da bruxaria diabólica foi posta de lado.

18. Wicca e Bruxaria


A Wicca surgiu em 1954 através de Gerald Gardner, que resgatou uma filosofia religiosa
específica. Como qualquer movimento religioso, ela incorpora muitas escolas e se divide em
vários seguimentos.

A Bruxaria implica uma metodologia, principalmente no que se refere ao uso da magia. A


maioria das bruxas aprendeu sua arte como parte de uma tradição familiar. Elas aprenderam
um ofício.

É impossível que uma bruxa seja satanista porque o satanismo é baseado na mitologia cristã e
tem seu foco num ser chamado Satã. A Bruxaria e, em particular, a Wicca, são baseadas na
história dos costumes celtas e nas práticas anglo-saxônicas, onde o demônio não tinha lugar
porque os pagãos antigos não reconheciam a existência de uma fonte de mal maior.
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20. Cronologia das Influências Recebidas Dentro da Bruxaria

Anos antes de Cristo


2.500.000: Período paleolítico
13.000 a 8.000: Período mesolítico
8000 a 1500: Período neolítico
3600: A “civilização” tem início na Suméria
3500: Início do antigo Império Egípcio
2630 a 1530: Os egípcios constroem as pirâmides
1500: Data aproximada da construção de Stonehenge, monumento megalítico
1200: Surge a cultura celta nos territórios que hoje são a França e a Alemanha
500: Os celtas migram para a Grã-Bretanha
390: Os celtas invadem e saqueiam Roma
200: Primeiros conflitos entre romanos e teutônicos
27: Fundação do Império Romano

Do ano 04 antes de Cristo ao ano 29 depois de Cristo: Tempo provável da vida de Jesus

Anos depois de Cristo


313: O Édito de Milão torna o cristianismo a religião oficial do Império Romano
447: O Conselho de Toledo define o demônio como a incorporação do mal
476: Queda do Império Romano
500: Os romanos deixam as ilhas Britânicas
800: Fundação do Sagrado Império Romano
1231: Início da Inquisição medieval
1313: Suposto nascimento de Aradia, filha de Diana
1400: Início do período das fogueiras
1478: Início da Inquisição espanhola
1486: Publicação do manual O Martelo das Feiticeiras
1492: A Espanha força os judeus a se converterem ao cristianismo
1502: Ato contra a Bruxaria, do papa Alexandre IV
1542: Ato contra a Bruxaria, do rei Henrique VIII
1563: Ato contra a Bruxaria, da rainha Elizabeth I
1645: Matthew Hopkins se proclama o General Caçador de Bruxas
1692: Início dos julgamentos contra a Bruxaria em Salém, Massachusetts, EUA
1693: Fim dos julgamentos de Salém, Massachusetts, EUA
1735: O Ato de Bruxaria, do rei George
1834: Supressão da Inquisição espanhola
1875: Fundação da Sociedade Teosófica, por Helena Petrovna Blavatsky
1888: Fundação da Golden Dawn (Aurora Dourada)
1898: Aleister Crowley se agrega à Golden Dawn
1899: Publicação de Aradia: O Evangelho das Bruxas, de Charles Godfrey Leland
1921: Publicação de O Culto das Bruxas na Europa Ocidental, da Dra. Margareth Murray
1939: Gerald Gardner se inicia na Bruxaria
1951: O Ato de Bruxaria é revogado na Inglaterra e na União Soviética
1953: Gerald Gardner forma seu coven
1954: Publicação de A Bruxaria Hoje, de Gerald Gardner
1966: Descobertas arqueológicas orientadas para as deusas do período neolítico
1972: O fisco federal americano reconhece a Bruxaria como uma religião e concede status
com isenção de impostos para a Igreja e para a escola Wicca
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1998: Na Romênia, o deputado Madalin Volceu leva à Câmara Legislativa um projeto de lei
que regulamenta uma escola para quem pretenda ser bruxa, propondo que ela se torne uma
profissional liberal de aconselhamento e reequilibradora energética
1998: O papa João Paulo II reconhece que terríveis excessos tinham sido cometidos pelo
Santo Ofício e autoriza o Vaticano a abrir seus arquivos secretos sobre a Inquisição

21. Galhos de Uma Mesma Raiz


A Bruxaria é um caminho pessoal, livre de dogmas, que dá liberdade a quem deseje se
aprofundar nos mistérios do Universo e encontrar suas próprias respostas. A experiência de
cada um é a verdade pessoal da sua essência. Cada galho contém um foco diferente e nenhum
deles é totalmente certo ou errado. Todos têm seus méritos e deméritos:
Alexandrina: Tradição fundada por Alex Sanders, bastante semelhante à garderiana. Sanders
afirmava ter sua própria divisão da Bruxaria pelo fato de ter sido iniciado pela sua avó. Seu
conhecimento anterior sobre magia cerimonial acrescentou pontos na evolução da Bruxaria.
Na sua tradição, Sanders era chamado de rei das bruxas.
Asatrus: Seguidores dos Aesir, raça governante dos deuses da mitologia nórdica. Os asatrus
quase sempre se voltam para a magia rúnica.
Brujeria: Tradição da América Central que não tem nenhuma ligação com a Wicca.
Trabalham com a magia natural, com as ervas e os encantos, e curam por meio de remédios
mágicos e populares.
Cabot: A bruxa Laurie Cabot estabeleceu duas tradições entrelaçadas em uma. A primeira é a
Bruxaria como ciência e a segunda é uma tradição pré-garderiana, baseada na herança céltica
e no seu próprio treinamento original, na sua memória genética e na sua inspiração.
Celta: Bruxaria praticada através de rituais, mitos e deuses célticos e druídicos.
Cerimonial: Tradição que une rituais cabalísticos, herméticos, maçônicos, alquímicos e outras
facções.
Diânica: Ramificação da Wicca feminista que honra Diana, deusa da Lua e da caça na
mitologia romana, conhecida como Ártemis na mitologia grega. Os covens são formados
exclusivamente por mulheres.
Druidismo: Movimento pagão fundamentado nos ensinamentos dos druidas.
Eclética: São grupos de pessoas que não seguem nenhuma tradição específica, mas sentem-se
livres para tomar emprestados aspectos de muitas tradições e culturas.
Egípcia: Bruxaria que resgata os mitos egípcios.
Fadas Radicais: Moderna tradição de gays sem estrutura rígida, porque utilizam apenas a
alegria e o divertimento para desenvolver a espiritualidade.
Faery (mundo encantado das fadas): Tradição fundada por Victor Anderson, cujos rituais
honram o mundo das fadas.
Garderiana: Dentro da linha religiosa da Bruxaria, é considerada a mais tradicional, cujo
material foi extraído da própria experiência de Gerald Gardner. Essa tradição se espalhou nos
Estados Unidos, Austrália e Europa, inclusive Grã-Bretanha.
Greco-romana: Bruxaria que trabalha exclusivamente com as deidades das mitologias grega e
romana.
Magia do Caos: Fundada por Peter J. Carroll e inspirada por Aleister Crowley, ela incorpora a
atitude de que tudo é válido porque acredita poder usar tudo para tudo, sem se apegar ao
sistema.
Nova Era: Não é necessariamente uma tradição de magia, mas traz a habilidade de toda bruxa,
que é viver em harmonia e cujo lema é viva e deixe-me viver.
Santeria: Tradição religiosa da África cujo culto é honrar os Orixás.
Seax Wicca: Tradição criada por Raymond Buckland, mais aberta e democrática na prática do
que a alexandrina e a garderiana.
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Solitária: São bruxas geralmente ecléticas, que não pertencem a nenhuma tradição e aprendem
a Bruxaria por conta própria.
Stregheria: Bruxaria italiana, cuja tradição resgata o conhecimento de Charles Godfrey
Leland.
Tradição Familiar: São os que receberam conhecimentos através de pessoas da própria
família.
Verde: Ampla categoria de herboristas e bruxas de cozinha ou de magia natural.
Wicca Cristã: Embora muitos wiccans não aceitem esta tradição, ela está se tornando cada vez
mais prevalecente, principalmente na Europa.
Xamanismo Wiccan: Criação de Selena Fox, que combina a Wicca com técnicas do
xamanismo.

22. Os Celtas
O povo celta pertencia a um ramo indo-europeu que, por volta de 3000 a.C., saiu de sua terra
natal, no oeste do Mar Negro. Os celtas eram conhecidos pela justiça de suas leis que, entre
outras coisas, garantiam direitos às mulheres. Na cultura celta havia três níveis de
reconhecimento: O rei era um descendente de um herói ou líder guerreiro, reconhecido por
sua capacidade bélica em batalhas; os guerreiros eram reconhecidos por sua habilidade de
proteger e defender o clã; os fazendeiros, pastores e produtores eram pessoas comuns, mas
necessárias para o sustento da vida diária. Separados do clã, mas constituindo parte dele,
havia os sacerdotes druidas. O sacerdócio era dividido em três classes: Derwydd era o
conselheiro-chefe; Ovydd era a classe dos profetas e adivinhos; Bardd era a classe dos poetas
e mantenedores da Tradição.

A cosmogonia céltica e o sistema espiritual druidas influenciaram diretamente a Bruxaria em


sua crença fundamental na Lei dos Três (ordem lógica da Tríade), que era a associação dos
humanos com a Natureza, combinados com o Divino. Devido à sua associação com a terra e
os animais, os celtas eram mais cônscios da existência das energias sutis e do poder potencial
dos fenômenos naturais.

Reflexão do Módulo 1
Devemos nos lembrar que, nos séculos passados, aqueles que queimavam bruxas e heréticos
estavam repetindo exatamente o pecado que matou Jesus Cristo. A história cristã seria muito
diferente se os cristãos se recordassem de que foi a motivação humana que os levou a matar
o homem a quem consideravam o seu salvador.

Avaliação do Módulo 1

1. A Inquisição realmente acabou? Explique sua resposta;


2. Faça um resumo sobre o que você acha mais importante na história da Bruxaria;
3. Você já se assumiu como bruxa ou mago? Como foi a receptividade das pessoas?
4. Dê sua sugestão de como podemos diminuir o preconceito ainda existente.

Exercício Prático: Recomendação do uso do cd “O despertar da bruxa (Imagick)” –


www.imagick.org.br

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Leituras sugeridas
. A Bruxaria Hoje - Gerald Gardner - Editora Madras
. A Inquisição - Michael Baigent - Editora Imago
. Aradia - Charles Godfrey Leland - Editora Outras Palavras
. As Bruxas e a Igreja - Maria Nazareth Alvim de Barros - Editora Rosa-dos-Ventos
. As Bruxas Noivas de Satã - Jean Michel Sallmann - Editora Objetiva
. Guia Prático da Wicca - Lady Sabrina - Editora Novo Século
. O Culto das Bruxas na Europa Ocidental - Margareth Murray - Editora Madras
. O Deus das Feiticeiras - Margareth Murray - Editora Gaia
. O Livro Completo de Wicca e Bruxaria - Marian Singer - Editora Madras
. O Significado da Bruxaria - Gerald Gardner - Editora Madras
. O Templo Interior da Bruxaria - Christopher Penczak - Editora Madras

Filmes que abordam o assunto


. As Bruxas de Salém
. As Profecias de Nostradamus
. O Caçador de Bruxas
. Em Nome da Rosa
. O Poço e o Pêndulo

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Curso Livre de Qualificação em Bruxaria Natural 2013
História e Pilares da Bruxaria & Elementos e Elementais.

Pilares da Bruxaria Natural e Leis Complementares da Bruxaria Geral

Para começarmos a estudar Bruxaria e despertarmos a energia dentro do nosso ser,


precisamos de chaves, as quais estão disponíveis em todos os momentos porque representam
antigos princípios que são aceitos como universais. Essas chaves, num total de nove, são
chamadas de Pilares da Bruxaria.

1. Tu farás tudo o que tiveres vontade, desde que não prejudiques ninguém
Sua liberdade termina no começo da liberdade do outro. Não podemos invadir a vida das
pessoas, pois certamente não gostaríamos de ter a nossa vida invadida. Cada pessoa tem a sua
livre escolha para seguir o caminho que desejar.

2. Tudo que fizeres voltará triplicado para ti


Dentro das diferentes linhas da Bruxaria, muitas delas trabalham com a lei tríplice, ou seja,
tudo que fizermos voltará três vezes para nós, com uma força triplicada. Podemos explicar
este Pilar pelo princípio da trindade, pois tudo o que se faz em magia contém a força do
número três. Se eu penso numa pessoa, meu pensamento contém a minha força pensando, a
força do próprio pensamento e a força de onde o pensamento chegará. Quando faço um
feitiço, ele tem a minha magia, a magia da Natureza e a magia do objetivo da magia. Essas
três energias saem juntas de mim e chegam juntas ao seu objetivo, mas voltam separadas para
mim. Exemplo: Junto três bolinhas de pingue-pongue na minha mão e as jogo contra uma
parede. As três bolinhas saíram juntas da minha mão, mas, ao baterem na parede, voltam
separadas e com forças diferenciadas. Assim é a magia. Estes são apenas alguns dos muitos
exemplos que existem, além de que há outras linhas que não pregam a lei tríplice, mas
respeitam a lei de ação e reação.

3. Estarás sempre em equilíbrio com os quatro elementos e com todos os seres da Natureza
Aqui temos o princípio da paz interior, da tranquilidade e da serenidade que precisamos ter
para viver bem. Devemos respeitar os quatro reinos da Natureza - mineral, vegetal, animal,
humano, e os quatro elementos - água, ar, fogo, terra. Precisamos respirar mais
profundamente antes de julgar ou culpar alguém, porque todos os nossos semelhantes têm
razões de sobra para serem o que são e fazerem o que fazem. Portanto, tente se colocar no
lugar do outro antes de tomar qualquer atitude.

4. Nunca negarás uma informação


Estamos no século XXI, o século das comunicações e da expansão do pensamento. Se você
souber responder ao que uma pessoa lhe perguntar, terá a obrigação de falar. Não existe mais
a necessidade de esconder nada porque já podemos clarear o oculto e deixar para trás o véu de
mistérios. Lembre-se que você é responsável pela perpetuação das tradições.

5. Terás consciência de que o Universo se formou através de duas grandes forças


Só é possível gerar a vida com a união do feminino e do masculino. Um não é mais
importante que o outro, mas os dois se completam para formar um terceiro, da mesma forma
que o dia só se completa com a noite e só se acende uma lâmpada com dois fios, um positivo
e um negativo. Um não é melhor que o outro e somente juntos ambos têm poder. Na magia
hermética, a lei da polaridade ensina que o mundo é dual e os opostos são apenas dois
extremos da mesma coisa. Sob esse ponto, notamos que o homem e a mulher são diferentes
em vários aspectos, mas possuem um mesmo objetivo. Outra lei da magia hermética que
complementa este Pilar é a lei do gênero, que diz que nenhum ser humano é totalmente

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masculino ou feminino. De acordo com a Física moderna, todas as coisas que produzem uma
dinâmica precisam de uma energia masculina projetiva e de uma energia feminina receptiva.
6. Saberás ouvir teu próximo e respeitarás a evolução dele
Saber ouvir é uma demonstração de amizade e educação, e saber respeitar é uma prova de
sabedoria. Cada ser humano se encontra num determinado grau de evolução. Não somos
melhores nem piores, somos apenas nós. Devemos sempre procurar ensinar o que sabemos a
outras pessoas, desde que elas queiram aprender. Uma estação de rádio bem sintonizada pode
ser ouvida sem interferências e ruídos. Escutar é um ato humano que reflete uma disposição
interior. Peter Drucker dizia que “o verdadeiro comunicador é o receptor”. Escutar é permitir
o diálogo. Aqui deve ser lembrada a prática medieval de diálogo durante um debate. Enquanto
um falava, o outro era obrigado a ouvir porque, antes de expor seu ponto de vista, precisava
repetir a ideia do primeiro, com sua expressa aprovação, antes de dizer a sua resposta.
Algumas pessoas têm o defeito quase físico de não escutar, e as consequências desse mau
hábito são as discórdias.

7. Terás consciência de que nunca saberás tudo


Nossa vida é um eterno aprendizado porque estamos constantemente aprendendo coisas
novas. Este Pilar completa o anterior, com a preocupação de nunca perdermos a humildade e,
acima de tudo, nossa capacidade de aprender. Precisamos acreditar que aprendemos sempre
com o nascer do Sol, com a claridade da Lua, com o brilho das estrelas, com a sabedoria do
idoso ou com o sorriso da criança. Precisamos estar abertos a todas as formas de
aprendizagem e também ter a humildade de dizer: “Isso eu não sei!”

8. Serás sempre alegre e passarás sempre tua alegria a todos os que te cercarem
Tudo o que ocorre conosco é resultado da energia que emitimos para o Cosmos. Se
estivermos mal-humorados, em baixo astral, atraímos esse tipo de sintonia para a nossa vida.
Por isso, precisamos estar sempre alegres e levar a nossa alegria a outras pessoas. Lembremos
que o verdadeiro amor e a verdadeira felicidade são sentimentos que permitem deixar as
pessoas e as coisas livres. Nunca devemos prender ninguém aos nossos desejos e convicções
unicamente para nossa satisfação pessoal. Se a pessoa ou a coisa permanecer com você, é
porque vocês foram feitos um para o outro. Caso contrário, é porque a pessoa ou a coisa não
ia lhe fazer bem. Como diz minha mãe: “O que é do homem o bicho não come!”

9. Trabalharás com a Magia


Afinidade: Do latim affinitas ou adfinitas, adfinitatis, afinidade significa vínculo, identidade,
atração, simpatia, coincidência ou semelhança de gostos, interesses ou sentimentos.
Compaixão: Do latim compassio, compassionis, designa comiseração, piedade. Compaixão é
a qualidade de quem tem um sentimento piedoso e participa espiritualmente da infelicidade
alheia, num impulso altruísta de ternura para com o sofredor e com o desejo de aliviar sua dor.
Coragem: Do francês coeur > coração > coeur + sufixo age > courage > disposição nobre
do coração. Coragem designa ânimo, bravura, determinação, galhardia, hombridade,
intrepidez, ousadia, perseverança, tenacidade e valentia. É a qualidade de quem tem grandeza
de alma, nobreza de caráter, firmeza de espírito diante do perigo e dos riscos e capacidade de
suportar dificuldades.
Disciplina: Do latim disciplina, disciplinae, significa observância dos preceitos e obediência
às regras, em que a pessoa tem uma conduta imposta ou aceita democraticamente para acatar
uma ordem conveniente e necessária, cuja finalidade é o bem-estar das pessoas e o bom
andamento de quaisquer atividades individuais ou coletivas.
Discrição: Do latim discretio, discretionis, significa qualidade de quem é comedido, recatado,
reservado, sensato, que não chama a atenção nem revela os segredos dos outros.
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Estabilidade: Do latim stabilitas, stabilitatis, significa consistência, firmeza, segurança,


solidez. É a condição do que ou de quem se mantém constante, invariável, equilibrado e
imperturbável.
Higiene: Do grego hugieinós, a palavra higiene tem origem em Higeia, Higiia ou Higieia,
deusa da saúde, da limpeza e do saneamento, na mitologia grega.
Paciência: Do latim patientia, patientiae, significa constância, perseverança. Paciência é a
qualidade de quem espera com tranquilidade aquilo que tarda. É a virtude que consiste em
suportar, com calma, os dissabores, os incômodos e as dificuldades da vida.
Prudência: Do latim prudentia, prudentiae, designa a pessoa que vê adiante, que costuma
precaver-se, que se prepara antecipadamente. São quatro as virtudes cardeais: prudência,
justiça, fortaleza e temperança. A prudência corresponde à sabedoria, ao equilíbrio e à
precaução. A prudência dispõe a inteligência a discernir e a escolher o que convém na
conduta da vida. É a qualidade daquele que, atento ao alcance de seus atos e palavras, procura
evitar consequências desagradáveis. A justiça refere-se à dignidade e à igualdade de direitos e
deveres. A fortaleza corresponde à coragem e à fé. A temperança refere-se ao autocontrole, ao
autodomínio e à moderação.
Respeito: Do latim respectus, significa apreço, atenção, consideração, cortesia, deferência,
reverência. É o sentimento que leva alguém a tratar outrem ou alguma coisa com grande
atenção, de proceder de maneira respeitável, agir com compostura e ter uma postura digna.

Outros princípios que integram a Bruxaria Geral


Em complementação aos nove Pilares da Bruxaria Natural, vamos trazer ao nosso cotidiano as
leis de Hermes Trismegisto, as quais fazem parte da Magia Cerimonial. Além de outras leis
auxiliares, vamos conhecer também os sete princípios deixados por Hermes, dos quais já citei
três dentro dos Pilares. Às leis de Hermes se dá o nome de Alquimia Hermética. O
hermetismo diz respeito às ciências ocultas e ao saber místico, astrológico, alquímico, mágico
e secreto, reservado a poucos por ser de difícil compreensão e interpretação.

LEIS HERMÉTICAS

1. O Princípio do Mentalismo
O Todo é mente. O Universo é mental - Este princípio diz que nós todos somos pensamentos
da Mente Divina. Fomos criados pela Mente e podemos criar tudo pela mente. Afetamos
diretamente tudo ao nosso redor com a nossa mente. Exercícios práticos: 01. Entrando
mentalmente num objeto; 02. Partindo uma nuvem.

2. O Princípio da Correspondência
O que está em cima é como o que está embaixo. O que está embaixo é como o que está em
cima - Este princípio diz que o microcosmo tem correspondência com o macrocosmo. O que
somos refletimos no Universo e o Universo reflete em nós, como o átomo e o nosso sistema
solar. O DNA do ser humano é capaz de criar um novo ser. A correspondência é muito usada
nas poções e nos rituais, nos quais se incluem as cores, as ervas, os planetas, as notas musicais
e os elementos. Citamos aqui parte de um poema de William Blake: “Ver o mundo num grão
de areia e o céu numa flor silvestre; conter o infinito na palma da mão e a eternidade numa
hora”.

3. O Princípio da Vibração
Nada está parado. Tudo se move, tudo vibra - Tudo no Universo está em movimento, tudo
tem uma vibração. Nada está parado. Nada descansa. A matéria é uma vibração mais densa
que a energia. Em O Tao da Física, Fritjof Capra explica que todos os objetos materiais do
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nosso meio ambiente são feitos de átomos e que “a enorme variedade de estruturas
moleculares... não é energia rígida e imóvel, mas oscila de acordo com as respectivas
temperaturas e em harmonia com vibrações térmicas do seu meio ambiente”. A matéria não é
passiva nem inerte, como nos pode parecer no nível material, mas cheia de movimento e
ritmo. Ela dança. Exercício prático: Eu desejo vibrar em harmonia com... (09 vezes).

4. O Princípio da Polaridade
Tudo é duplo, tudo tem dois polos, tudo tem seu oposto. O igual e o desigual são a mesma
coisa - Os opostos são sempre os aspectos de uma mesma coisa. Todas as verdades são meias-
verdades. Cuidado com a associação do bom e do ruim, pois o princípio da polaridade nos diz
que dentro do bom está o ruim e que dentro do ruim está o bom, como o yin-yang. A energia
existe em escalas graduadas, não absolutas. Devemos lembrar que as energias vivas não são
positivas ou negativas. Existem apenas graduações de energias mais sutis e refinadas e
energias mais densas e pesadas. No mundo da magia, o que pode ser pesado para um, é leve
para outro. Nosso objetivo na Bruxaria é encontrar o equilíbrio.
Exercício prático: Visualização da balança.

5. O Princípio do Ritmo
Tudo tem seu fluxo e refluxo. Tudo tem suas marés. Tudo sobe e desce - A lei do ritmo nos
proporciona um importante vislumbre sobre como esses opostos se movimentam. Eles se
movem em círculos. Tal como as ondas dos oceanos, o movimento linear que parece avançar,
contém milhões de gotas de água, cada uma rodopiando em círculos. Mais uma vez o
paradoxo dos opostos: As coisas não são o que parecem ser! As coisas recuam e avançam,
descem e sobem, entram e saem, fluem e refluem, mas também giram em círculos e em
espirais. Os sábios orientais ensinam que todos os opostos fluem juntos e interpenetram-se, e
tudo se converte continuamente em seu oposto. O filósofo grego Heráclito de Éfeso dizia que
tudo está em perpétua mudança, tudo está num contínuo estado de vir a ser, de devir, numa
interação cíclica dos opostos. Exercício prático: Observação das estações do ano em sua vida.

6. O Princípio do Gênero
O gênero está em tudo. Tudo tem seu princípio masculino e seu princípio feminino - Esta lei é
uma importante aplicação da lei da polaridade. Ela é semelhante ao princípio Anima e Animus
que Carl Jung e seus seguidores popularizaram, ou seja, cada pessoa tem aspectos masculinos
e femininos, independentemente do seu gênero físico. Nenhum ser humano é totalmente
masculino ou feminino. A lei do gênero fala acerca da força e da energia, pois em todas as
coisas existe uma energia feminina receptiva e uma energia masculina projetiva, ao que os
chineses chamam de yin-yang. Segundo a lei da polaridade, todas as coisas têm seus opostos e
a Física diz que existe uma vitalidade dinâmica entre esses opostos. Portanto, as energias
femininas e masculinas estão numa constante dança cósmica. Exercício prático: O Sol e a
Lua.

7. O Princípio de Causa e Efeito


Toda causa tem seu efeito. Todo efeito tem sua causa - Já abordamos este princípio no Pilar
que fala sobre a lei tríplice. Nada acontece por acaso. Muitas coisas que parecem
coincidências têm uma causa em algum lugar. Todos os seus pensamentos e sentimentos e
todas as ações que você executa, causam um efeito em você ou em outra pessoa ou outra
coisa, pois não estamos isolados, mas ligados em uma grande teia. Exercício prático:
Meditação da árvore.

Leis Auxiliares
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Lei Criadora: É a própria vida e, ao mesmo tempo, o que sustém e o que determina os
caminhos pelos quais ela evolui. De acordo com esta lei, toda a existência universal perfaz a
sua trajetória em ciclos ou etapas. Esta lei é também conhecida como Princípio Criador, ou
seja, o impulso à manifestação.

Lei da Adaptabilidade: Exprime-se como adaptação sistemática de todo conhecimento


disponível e de toda espécie de recursos para a finalidade em vista. Prepara o homem para
receber o novo em sua vida. Permite que seu modo de pensar, sentir e agir vá ao encontro de
necessidades grupais e coletivas de maneira harmoniosa. Quem se sintoniza com as facetas
mais positivas desta lei, é maleável e aplica corretamente os atributos da inteligência ativa ao
que se apresenta. É preciso adaptabilidade para que as transformações se realizem sem atrito e
para que o ser humano se amolde sem dificuldades a circunstâncias inéditas.

Lei da Afinidade: O indivíduo consciente desta lei cuida do que pensa, sente e faz porque
compreende que atrai vibrações afins com o que manifesta. A similaridade de energias e
metas é parâmetro da lei da afinidade, que mostra seus aspectos superiores quando elas estão
voltadas para o bem universal.

Lei da Associação: Associações como, por exemplo, o uso do dólar para atrair dinheiro.

Lei da Compaixão: Esta lei prepara o ser humano para contatar a vida divina, trazer luz à sua
mente e consagrá-lo ao serviço impessoal. A ela se chega pela gratidão. Manter a consciência
focalizada em estados de pureza e harmonia favorece o contato com o espírito e atrai essa
qualidade, que descobre a verdadeira necessidade evolutiva dos seres.

Lei da Compensação: Também chamada de lei da retribuição, é um aspecto da lei do carma


material que permite remanejamentos no destino dos seres, a fim de se adaptarem às
conjunturas grupais e planetárias limitantes, sem prejuízo do seu processo evolutivo.

Lei da Consagração: Por esta lei, todos os seres e universos são levados a consagrar-se à
meta que lhes foi designada no princípio da Criação. Está inserida na lei do retorno, pois a
consagração é parte do caminho para a Origem. O ser humano se consagra quando sua
interação com as energias da alma se plenifica e sua vida se volta por inteiro para a meta
evolutiva. Esta lei está relacionada com o caminho iniciático, cujos graus sucessivos
significam novos potenciais dela aplicados e consumados, com repercussões não apenas no
indivíduo, mas em todo o reino humano.

Lei da Disciplina: É fundamental para estados sutis se instalarem na vida externa do ser
humano. As forças da matéria, pela inércia que lhes é peculiar, tendem a estabilizar-se na
vibração alcançada; alinhá-las com metas superiores requer aplicação da lei da disciplina. Por
essa lei estabelece-se ordem no plano material e o indivíduo presta assistência espontânea aos
semelhantes e aos seres dos demais reinos. A verdadeira disciplina se fundamenta no
reconhecimento da necessidade de a vida evoluir e de se cooperar voluntariamente com essa
evolução.

Lei da Economia: Determina o caminho de menor resistência para a realização do propósito


evolutivo. Ao canalizar sua energia para a concretização de obras espirituais, sem dispersá-la
em situações ou envolvimentos supérfluos, o ser humano cumpre a lei da economia.

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Lei da Estabilidade: Permite ao indivíduo firmar a resolução inabalável de permanecer no


caminho espiritual. Quando observada, essa lei exprime com fidelidade aquilo que, a cada
momento, corresponde à necessidade interior genuína.

Lei da Harmonia: Os passos na senda ascensional levam em conta esta lei. Desde os
mínimos atos, como a organização das tarefas diárias, até votos profundos da consciência,
tudo se hierarquiza para exprimir a realidade interna.

Lei da Repulsão: Governa o mecanismo pelo qual os obstáculos à evolução são repelidos
pela alma, quando esta já despertou para a realidade cósmica. As estruturas ilusórias,
formadas por modos de pensar, sentir e agir, adotadas pelo ser humano no decorrer de
encarnações sucessivas, a certa altura convertem-se em prisão para o eu interior. Havendo
íntima disposição para transformar-se e evoluir, algo novo acontece: pela lei da repulsão, a
alma transmite uma energia que destrói tais estruturas.

Lei da Ressonância Vibratória: Só o ruído externo, sobretudo o de formas-pensamento e o


de formas astrais, gera nódulos no plano psíquico planetário, que devem ser removidos. É
buscando compreender os mecanismos pelos quais esta lei se exprime e agindo em
conformidade com eles, que o ser humano pode auxiliar no restabelecimento da harmonia
planetária. Considerável ajuda é quando o silêncio externo se instala, mas imensamente maior
é a prestada quando também se aquietam os corpos emocionais e mentais. O silêncio e a paz
são uma necessidade que nutre de energia superior a existência concreta.

Lei da Seleção: Quando o ser humano ascende a novos patamares espirituais, precisa
aprender a sintetizar energias e, para isso, seleciona não só as vibrações que emite, mas
aquelas com que interage, o que faz sob a regência desta lei. Tal discernimento é requerido
dos que se abrem ao serviço, pois devem separar o útil do que deve ser suprimido. Pela lei da
seleção, a consciência tanto inclui quanto exclui; aprende a superar-se ao descobrir o valor de
se ater apenas ao necessário.

Lei da Sincronia: A sincronicidade é uma palavra usada por Carl Jung para descrever as
coincidências, como, por exemplo, a consulta a um oráculo.

Lei da Sintonia: Tudo o que ocorre com o ser humano é consequência da sintonia em que se
mantém. Isto significa que uma mesma ação pode ter efeitos diversos. Embora a consciência
do homem abranja faixas vibratórias que vão do nível físico concreto ao divino, cada
indivíduo se relaciona com o Universo naquela com a qual está sintonizado.

Lei da Transcendência: Ajuda o indivíduo a enfocar a mente de modo correto, fazendo com
que o natural seja absorvido no sobrenatural e que uma só vibração, superior e divina,
prevaleça. Sempre existe no ser humano a possibilidade de transformações profundas, e é
apoiada nela que a lei da transcendência age. Porém, para que essas transformações se
efetivem, é preciso que ele não retroceda e tenha firmeza suficiente para não sucumbir às
forças que o atraem para o ultrapassado.

Lei da Translação: Promove a mudança dos átomos para níveis cada vez mais sutis. Permite
ao homem penetrar, com sua consciência externa normal, realidades supranormais antes
intangíveis. Em alguns casos, propicia a levitação porque alinha a substância material com a
vibração de mundos suprafísicos.

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Lei do Amor: Atua permanentemente, atraindo cada partícula para o seu destino superior.
Alimenta a chispa divina e revela, no íntimo dos seres, sua ligação com a Vida Única. Permite
surgirem lampejos a iluminar-lhes o Caminho, trazendo-lhes a certeza da direção a seguir e a
fortaleza para vencer obstáculos. Estimula a integração da consciência humana com esferas
sutis e encaminha-a para a união cósmica. Desperta seus potenciais magnéticos, faz emergir
nela a compreensão da realidade interna subjacente aos fatos e firma o seu destino. Enfim,
capacita o ser humano a expressar a energia correta para cada momento e ver além das
aparências.

Lei do Simbolismo: O uso do símbolo como linguagem da mente e da alma.

Reflita: A Natureza é colorida; logo, sendo a Bruxaria um equilíbrio com a Natureza, deve
conter todas as cores.

Avaliação – Pilares da Bruxaria Natural


1. Descreva, com suas palavras, três dos nove Pilares da Bruxaria Natural;
2. Comente sobre a lei hermética, que diz: “Tudo o que está em cima é como o que está
embaixo. Tudo o que está embaixo é como o que está em cima”.
3. O que é a Lei do Amor?
4. Você já colocou em prática alguns dos Pilares ou leis aqui estudados? Quais? Como?

Leitura sugerida
. Bruxas de Verdade - Ana Elizabeth Cavalcanti da Costa - Editora Berkana
. O Livro Completo de Wicca e Bruxaria - Marian Singer - Editora Madras
. Paganismo - Joyce & River Higginbotham - Editora Madras

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O Encontro com os Elementais dos Quatro Elementos e Rituais Rápidos de


Harmonização e Equilíbrio

Os Elementais
Muitas pessoas me perguntam se realmente acredito na existência desses pequenos seres. E
eu, sem pestanejar, respondo que sim. Infelizmente, há pessoas que creem apenas naquilo que
seus olhos podem ver porque não têm sensibilidade para sentir. Ainda bem que, na história da
humanidade, existiram pessoas sensíveis que se dispuseram a estudar esses seres e o mundo
sutil em que vivem.

Sabemos que tudo o que existe em nosso planeta é formado da composição básica de quatro
elementos. Você sabe quais são eles? Se responder “ar, água, fogo, terra”, merece nota 10.
Mas você sabe como os estudiosos chegaram a essa conclusão?

Compreendendo os Elementais
Voltemos no tempo para compreender o pensamento dos nossos ancestrais. Na verdade, a
origem do ser humano se perde nas brumas do passado. Cada época e cada povo, inclusive os
mais primitivos, tiveram o seu mito de criação. Para o homem da antiguidade, o céu era a
morada dos deuses. As constelações, formadas de incontáveis astros, transformaram-se na
figura desses deuses. A Natureza possuía ao todo quatro elementos básicos, chamados pelo
homem primitivo de raízes. Para o povo celta, o Universo era formado de três elementos: céu,
terra e mar. Os quatro elementos eram a água, o ar, o fogo e a terra e todas as transformações
da Natureza seriam o resultado da combinação desses quatro elementos, que depois se
separavam novamente um do outro. Durante a Idade Média surgiu a Alquimia, misto de
magia e experimentação prática para se fazer descobertas sobre a Natureza. Foi a partir da
Alquimia que a teoria dos quatros elementos tomou forma e ganhou inúmeros pesquisadores,
conhecidos como alquimistas.

Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, mais conhecido como


Paracelso, nasceu em 17.12.1493 numa pequena cidade próxima a Zurique, Suíça, e faleceu
na Áustria em 24.09.1541. Era alquimista, astrólogo, filósofo, físico, médico, químico e
ocultista. Ele foi o primeiro indivíduo a realizar estudos sérios sobre os pequenos seres que,
segundo ele, habitavam os quatro elementos. Paracelso dizia que esses elementais eram de
carne e osso e possuíam duas naturezas, uma física e uma espiritual; que se movimentavam
dentro do elemento ao qual pertenciam e se privavam do contato com os elementais dos
outros elementos. Foi assim que Paracelso estabeleceu a sua classificação:

 Elementais do elemento água: ondinas


 Elementais do elemento ar: silfos
 Elementais do elemento fogo: salamandras
 Elementais do elemento terra: gnomos

A complementação da classificação de Paracelso veio do Egito, Índia e China:

 Elementais do elemento água: ninfas e sereias


 Elementais do elemento ar: fadas e hamadríades, que representavam os deuses, mas
muitas vezes eram adoradas e reverenciadas como espíritos da Natureza.
 Elementais do elemento terra: duendes

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 Além desses, ainda existem outros tipos de seres elementais, como os dragões, os
elfos, os goblins, os trolls e os uldras.
Foto dos Elementais

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Os Elementos e seus Mistérios


A calma e a paciência são as qualidades necessárias para quem deseja contatar os elementais
dos quatro elementos. Em muitas mitologias esses seres nascem da lama, o ar lhes dá o sopro
da vida e o fogo lhes é fornecido por seres que revolucionam a ordem estabelecida (prometeu
a serpente que daria o fruto da árvore do conhecimento). Há uma razão na localização dos
elementos nos quatro pontos cardeais:
 A água está associada ao oeste e simboliza a morte e a imersão no inconsciente;
 O ar está associado ao leste e simboliza o nascer do Sol, quando, todas as manhãs, o
prana se fortalece e a vida se renova;
 O fogo está associado ao norte e simboliza o calor que vem do hemisfério norte para o
hemisfério sul;
 A terra está associada ao sul e simboliza o frio e o recolhimento.

Elementais Artificiais
De acordo com vários estudos esotéricos, o ser humano pode criar elementais artificiais com a
força do pensamento e da vontade. Segundo o livro O Mago de Strovolos, de Kyriacos C.
Markides, editora Pensamento, esses elementais têm vida própria, como qualquer outra forma
de vida, e podem ter uma experiência independente daquela que os projetou, pois o ser
humano pode criar várias formas de pensamento, inclusive os elementais artificiais, que são
vampiros sexuais chamados de íncubos e súcubos. Os íncubos são espíritos malignos
masculinos que copulam com mulheres. Íncubo vem do latim incubus, incubi e significa estar
deitado (a) sobre. Os súcubos são espíritos malignos femininos que copulam com homens.
Súcubo vem do latim succuba, succubae e significa estar deitado (a). O ser humano pode
vibrar através do pensamento e do sentimento, e qualquer pensamento ou sentimento que ele
projetar criará um elemental artificial. Há dois tipos de elementais artificiais: os provenientes
dos desejos-pensamentos e os provenientes dos pensamentos-desejos.

É o modo como o indivíduo vibra que determina o tipo e a quantidade de elementais que ele
cria. Quando ele vibra primeiro através do sentimento, está sujeito ao impacto dos desejos e
emoções e, a partir daí, seu pensamento passa a desempenhar um papel subserviente. Os
elementais de desejos-pensamentos têm vida própria, forma e poder. Flutuam e vagam no
mundo etéreo e podem tomar a forma de animais, como cobras e ursos. As crianças
frequentemente veem essas formas durante o sono e têm pesadelos. Segundo o autor
Markides, os elementais não podem ser dissolvidos até terem cumprido as tarefas para as
quais foram criados. Por esta razão, devemos estar preparados para encarar as consequências
dos nossos pensamentos e ações, pois os elementais criados por nós nos manterão
responsáveis por eles não só nesta vida, mas também nas nossas futuras encarnações.

Atenção! Aviso importante!


Nos rituais, lembre-se que seu respeito e sua concentração são fundamentais para que possa
ocorrer a transmutação dos seus pedidos, os quais devem ser específicos e feitos somente
quando você realmente tiver necessidade. Ao trabalhar dentro da Natureza para aquilo que é
ético e positivo, você sempre receberá em troca amor, saúde e felicidade. Sempre que fizer
algum pedido, lembre-se de agradecer mesmo antes de ser atendido (a).

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ELEMENTO ÁGUA
O elemento água é protegido pelas ondinas e sereias. A água é o elemento da purificação, da
absorção, da germinação, do subconsciente, do amor e de todas as emoções. Assim como a
água é fluida, que muda incessantemente de um nível para outro, assim também são as nossas
emoções, que se movimentam constantemente. O subconsciente é simbolizado pela água
porque está sempre em movimento, como o mar que nunca descansa, seja dia ou noite.

Objetivos dos Elementais da Água


 Cuidar do equilíbrio da emoção, da intuição e da sensibilidade
 Ensinar a curar
 Ensinar a delicadeza
 Estimular a natureza romântica
 Despertar a imaginação criativa
 Ajudar a vencer os medos

Correlações do Elemento Água


Animais: Todas as criaturas da água e todas as aves do mar, como botos, focas, golfinhos,
peixes
Árvore: Salgueiro
Cores: Azul, cinzento, índigo, preto, verde, verde azulado
Deusas: Afrodite, Ísis, Tiamat
Deuses: Dylan, Netuno, Osíris, Poseidon
Direção cardeal: Oeste
Época da nossa vida: Maturidade
Espírito: Ondinas governadas pelo rei Niksa
Estação: Outono
Ferramentas: Caldeirão, cálices e taças
Hora: Crepúsculo
Incenso: Mirra
Instrumentos: Canto harmônico, carrilhões e cordas
Joia: Água-marinha
Lugares: Banheiras, camas, chuveiros, fontes, lagos, marés, oceanos, piscinas, poços, praias,
rios, spas
Nome do vento: Zéfiro
Plantas: Todas as plantas aquáticas, como alga marinha, junco, lótus, samambaia
Regência: Amor, coragem, córregos, emoção, fertilidade, inconsciente, lagoas, lagos, marés,
nascentes, oceanos, ousadia, poços, rios, sentimento, tristeza, útero
Representantes: Ondinas
Sentido: Paladar
Signos: Câncer, Escorpião, Peixes
Símbolos: Água, chuva, conchas, fontes, lagos, neblina, oceanos, poços, rios

Trabalho Ritual com o Elemento Água


Amizade, amor, busca da visão, casamento, comunicação com o mundo espiritual, coragem,
correntes e marés da vida, cura, cura de si mesmo, emoções, eu interior, felicidade, fertilidade,
geração, inconsciente, intuição, jornadas, plantas, poder de ousar e purificar as coisas, prazer,
psique, purificação, reflexão, sabedoria interior, segurança, sentimentos, simpatia, sonhos,
sono, ternura, tristeza, ventre, visão interior.
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Rituais Rápidos de Harmonização - Água


Para entrar em contato com o elemento água e se harmonizar com ele, você deve:
 Pisar, com os pés descalços, numa vasilha com água fresca e cristalina (escalda-pés)
 Cantar no chuveiro
 Brincar na chuva ou mesmo com a água de uma mangueira
 Contemplar uma cachoeira, um rio ou o mar
 Mergulhar, nadar
 Pedir desculpas
 Contar histórias
 Procurar um grupo
 Demonstrar afeto

ELEMENTO AR
O elemento ar é protegido pelos silfos. O ar é masculino, ativo, expansivo e seco. Ele é o
elemento do intelecto e a realidade do pensamento, que é o primeiro passo para a criação. É
ele que governa a concentração e a visualização e é o elemento que se sobressai nos locais de
aprendizagem, onde pensamos, ponderamos e teorizamos, além de ser também usado para
auxiliar no desenvolvimento das faculdades psíquicas. Magicamente, o ar é a clara, pura e
perfeita visualização, poderosa ferramenta para a mudança, pois ele é o impulso que lança a
visualização na direção da concretização. O ar governa os feitiços e os rituais que ajudam a
encontrar coisas perdidas, a descobrir mentiras e que envolvem viagens, instrução, liberdade e
obtenção de conhecimento. Feitiços ligados ao ar geralmente incluem o ato de se colocar um
objeto no ar ou de se deixar cair um objeto do alto de uma montanha ou de outro lugar alto,
para que o objeto realmente se conecte fisicamente com o elemento ar. O ar governa o leste
porque esta é a direção da luz maior, da luz da sabedoria e da conscientização. Sua cor é o
amarelo do Sol e da aurora celeste. O ar também governa a magia dos quatro ventos e a
maioria das magias adivinhatórias.

Objetivos dos Elementais do Ar


 Cuidar do equilíbrio dos pensamentos
 Atuar na resolução de um negócio ou de uma situação preocupante
 Despertar a sabedoria
 Realçar a oratória
 Estimular a telepatia e a clariaudiência
 Aumentar a força de vontade

Correlações do Elemento Ar
Animais: Pássaros, especialmente as águias e os falcões
Árvore: Álamo-tremedor
Cores: Amarelo vivo, branco, branco azulado, carmim, pastel
Deusas: Aradia, Arianhod, Cardeia, Nuit, Urani
Deuses: Enlil, Khephera, Mercúrio, Shu, Toth
Direção cardeal: Leste
Época da nossa vida: Infância
Espírito: Silfos governados pelo rei Paralda
Estação: Primavera
Ferramentas: Athame, espada, turíbulo
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Hora: Amanhecer

Incenso: Olíbano
Instrumentos: Athame, espada, incenso
Joia: Topázio
Lugares: Aeroportos, agências de viagens, bibliotecas, céu nublado, escolas, escritórios,
praias ventosas, topo de colinas, topo de montanhas, torres altas
Nome do vento: Euros
Plantas: Milefólio, mirra, olíbano, prímula, violeta
Regência: Aprendizagem abstrata, conhecimento, mente, montanhas expostas ao vento, picos
de montanhas, planícies, praias ventosas, respiração, teoria, todos os trabalhos intuitivos,
mentais e psíquicos, torres altas, ventos
Representantes: Silfos
Sentido: Olfato
Signos: Gêmeos, Libra, Aquário
Símbolos: Árvores, brisa, céu, ervas, flores, nuvens, plantas, respiração, vento, vibração

Trabalho Ritual com o Elemento Ar


Aprendizagem abstrata, audição, começos, conhecimento, crescimento intelectual, discussões,
habilidade de saber e entender, habilidades psíquicas, harmonia, iluminação, inspiração,
instrução, liberdade, meditação zen, memória, mente, pensamento, recuperação de coisas
perdidas, respiração, revelação da verdade, saber os segredos dos mortos, telepatia, todo
trabalho intuitivo, mental e psíquico, vento, viagem.

Rituais Rápidos de Harmonização – Ar


Para entrar em contato com o elemento ar e se harmonizar com ele, você deve:
 Caminhar com os pés descalços nas primeiras horas da manhã
 Sentir a brisa acariciando o seu rosto nas primeiras horas da manhã
 Acender incenso
 Silenciar
 Cantar
 Fazer exercícios de consciência respiratória
 Ler, dar aulas, fazer palestras
 Soltar pipas
 Sacudir objetos no ar ou pendurá-los ao vento
 Suspender ferramentas em lugares altos
 Soprar objetos leves enquanto visualiza energias positivas
 Deixar que o vento leve folhas, flores, ervas ou papéis picados

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ELEMENTO FOGO
O elemento fogo é protegido pelas salamandras. As salamandras são elementais que têm o
poder de desencadear e transformar tanto as emoções positivas como as negativas, porque o
fogo tanto é ativo e energético como destruidor. Segundo os especialistas, as salamandras
parecem bolas de fogo que podem atingir até 06 metros de altura, e suas expressões, quando
percebidas, são rígidas e severas.

Objetivos dos Elementais do Fogo


 Equilibrar a coragem, o entusiasmo, o vigor e os bons empreendimentos
 Atuar no trabalho e na espiritualidade
 Realçar as paixões
 Auxiliar a enxergar o que precisa ser destruído
 Ajudar a reconhecer as leis de causa e efeito
 Fortalecer os relacionamentos sexuais

Correlações do Elemento Fogo


Animais: Cavalos, cobras, leões
Árvore: Amendoeira em flor
Cores: Carmesim, dourado, laranja, vermelho
Deusas: Brigit, Héstia, Pele, Vesta
Deuses: Agni, Hefestos, Hórus, Prometeu, Vulcano
Direção cardeal: Norte
Época da nossa vida: Mocidade
Espírito: Salamandras governadas pelo rei Djin
Estação: Verão
Ferramentas: Bastão e turíbulo
Hora: Meio-dia
Incenso: Olíbano
Instrumentos: Harpa e lira
Joia: Opala
Lugares: Academias de ginástica, campos de atletismo, desertos, dormitórios, fontes termais,
fornos, lareiras, saunas, vulcões
Nome do vento: Notos
Plantas: Cebola, hibisco, papoula vermelha, urtiga
Regência: Calor, chama, chama de velas, cura, desertos, destruição, energia, erupções,
espírito, explosões, fogueiras, lareiras, purificação, sangue, seiva, Sol, vida, vontade, vulcões
Representantes: Salamandras
Sentido: Visão
Signos: Áries, Leão, Sagitário
Símbolos: Arco-íris, estrelas, larvas, relâmpagos, Sol, vulcões

Trabalho Ritual com o Elemento Fogo


Amor, aprendizagem, artes, autoconhecimento, autoridade, calor, chama, consciência
corporal, coragem, criatividade, cura, destruição, energia, erupções, espírito, eu superior,
evolução, exercícios físicos, explosões, fé, fogueiras, força, iluminação, lareiras, lealdade,
liberdade, mudança, paixão, percepção, poder, proteção, purificação, refinamento, sangue,
sexualidade, Sol, sucesso, transformação, velas, vida, vigor, visão, visão interior, vitalidade,
vontade, vontade de ousar.
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Rituais Rápidos de Harmonização – Fogo


Para entrar em contato com o elemento fogo e se harmonizar com ele, você deve:
 Acender uma vela nas primeiras luzes do Sol
 Dançar ao redor de uma fogueira
 Correr
 Rasgar papéis
 Fazer banho de óleo
 Criar
 Queimar
 Acender pequenas fogueiras
 Passar no meio da fumaça ou derreter um objeto

ELEMENTO TERRA
O elemento terra é protegido pelos duendes, faunos e gnomos. Os gnomos são seres que
conhecem todos os segredos do planeta Terra e do Cosmos. A palavra gnomo significa anão
sem idade definida que, segundo a Cabala, vive no interior da Terra e tem a guarda de seus
tesouros em pedras e metais preciosos. Paracelso usava o termo latino gnomus, calcado no
grego genómos > habitante da terra, ou no grego gnomes > bom senso, conhecimento,
julgamento, reflexão, ou mesmo provavelmente do francês gnome > pequenos gênios que
habitam a terra.

Designação do termo gnomo usada na língua de diversos países:


Alemão: Heinzelm nnchen
Búlgaro: Djudje
Checoslovaco: Skritek
Finlandês: Tonttu
Flamenco: Kleinmanneken
Holandês: Kabouter
Inglês: Gnome
Irlandês: Gnome
Norueguês: Tonte O nisse
Polonês: Gnom
Russo: Domovoi djedoesjka
Sérvio/croata: Kippec/patuljak
Sueco: Tontebisse O nisse

Objetivos dos Elementais da Terra


 Responsabilizar-se pela filtração de energias dos ambientes
 Responsabilizar-se pelo armazenamento de energias positivas
 Cuidar do equilíbrio da prosperidade
 Abrir oportunidades para o sucesso
 Ajudar a desenvolver maior atenção no ser humano
 Estimular a alegria nas atividades terrenas
 Despertar o respeito por todas as formas de vida
 Ensinar a driblar as influências desfavoráveis do tempo

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Correlações do Elemento Terra


Animais: Bois, cobras, vacas
Árvore: Carvalho
Cores: Branco, marrom, preto, verde
Deusas: Ceres, Deméter, Gaia, Perséfone, Rea, Rhiannon
Deuses: Adonis, Arawn, Athos, Cernunnos, Dionísio, Pã
Direção cardeal: Sul
Época da nossa vida: Velhice
Espírito: Gnomos governados pelo rei Gob
Estação: Inverno
Ferramenta: Pentagrama
Hora: Meia-noite
Incenso: Benjoim
Instrumentos: Chocalhos, gongos, percussão, sinos, tambores e metais em geral
Joia: Cristal de rocha, sal
Lugares: Abismos, buracos, campos cultivados, canyons, cavernas, cozinhas, creches,
fazendas, florestas, jardins, minas, montanhas, parques, porões, tocas, vales
Nome dos ventos: Bóreas e Ophion
Plantas: Arroz, aveia, cevada, hera, milho, trigo
Regência: Bosques, campos, construções, corpo, crescimento, criatividade, cristais, dinheiro,
grutas, joias, metais, montanhas, morte, nascimento, Natureza, ossos, rochas, silêncio,
sustentação
Representantes: Cristais e plantas
Sentido: Tato
Signos: Touro, Virgem, Capricórnio
Símbolos: Campos planos, cavernas, gemas, minas, montanhas, rochas, solos

Trabalho Ritual com o Elemento Terra


Abundância material, conservação, corpo, crescimento, cristais, cura, dinheiro, empatia,
emprego, ensino, estabilidade, estruturas, fertilidade, força de vontade, força física, forças da
Natureza combinadas, ganho material, incorporação, joias, metais, mistério, morte,
nascimento, negócios, noite, ossos, pedras, prosperidade, rendição, riqueza, rochas, runas,
sabedoria prática, silêncio, sucesso, sustentação, tesouros, toque.

Rituais Rápidos de Harmonização – Terra


Para entrar em contato com o elemento terra e se harmonizar com ele, você deve:
 Ficar com os pés descalços sobre a terra, de preferência após o meio-dia
 Caminhar ao ar livre com os pés descalços
 Preparar e comer a própria comida
 Fazer massagens
 Trabalhar com argila
 Segurar um cristal
 Banhar-se com terra
 Deitar e rolar na terra
 Enterrar, plantar

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Geometria Sagrada

O princípio do elemento água é o crescente prateado

O princípio do elemento ar é o círculo azul

O princípio do elemento fogo é o triângulo vermelho

O princípio do elemento terra é o quadrado amarelo

Meditação com os Elementos


Elemento água - meditação com o copo de água
Elemento ar - meditação com o incenso
Elemento fogo - meditação com a chama da vela
Elemento terra - meditação com o cristal

 Música para abertura da meditação:


Terra, meu corpo; água, meu sangue; ar, meu sopro; fogo, meu espírito.

 Fazer uma roda de dança e cantar “Eh anana hei!”

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Textos Auxiliares

A NATUREZA HUMANA DOS ELEMENTOS

Autor: José Laércio do Egito, FRC

A Natureza Humana do Elemento Água

Qualquer força é sempre a residência de um Deva ou de um Elemental

Os elementais responsáveis pelo elemento água são as náiades, as nereidas, as ninfas, as


oceânides, as ondinas, as potâmides e as sereias

É bem significativa a ligação que há entre as coisas existentes e os elementos da Natureza. Em


geral, tudo guarda estreita relação com os quatro elementos básicos. Assim sendo, podemos
dizer que todos os elementos da Natureza entram na constituição do corpo dos seres que
habitam a Terra, mas em cada espécie e mesmo em cada ser, um dos elementos predomina, e
isso faz com que existam afinidades marcantes entre os seres e os elementos. Na realidade,
existem sete elementos fundamentais na Natureza, e não apenas quatro. Três são inerentes aos
planos espirituais, enquanto que os outros quatro se expressam e se manifestam objetivamente
no mundo material: água, ar, fogo, terra.

Diz o mestre Philippe de Lyon: “O homem acredita constituir-se um único ser, mas, na
realidade, ele não passa de uma coleção de bilhões de seres, pois cada célula é um ser tanto ou
quanto independente. Ele crê possuir total livre-arbítrio e não o tem. Crê agir por conta
própria e, no entanto, sofre a influência de todos os que estão dentro e fora de si. Quando crê
possuir uma coisa, essa coisa é também propriedade de outros seres que ele nem ao menos
consegue ver”.

Toda pessoa é formada da matéria dos quatro elementos, portanto, sujeita à força dos quatro
elementos que constitui a matéria. Sempre um dos elementos predomina numa determinada
coisa, e isto também acontece não somente no que diz respeito às coisas em geral, mas
também ao próprio ser humano. Uma pessoa, ou mesmo um animal, sempre mantém estreita
relação com um dos elementos, e este lhe é particularmente favorável.

Em decorrência da maior ou menor intimidade com os elementos, o indivíduo guarda


características ligadas a um determinado elemento, o que faz com que frequentemente
apresente qualidades especiais para determinadas atividades que, algumas vezes, se refletem
em condições que o vulgo atribui ao acaso. Diz-se, por exemplo, que uma pessoa tem “mão
verde” ou “mão boa” para as plantas, enquanto outras são hábeis para acender fogo, localizar
lençóis de água no subsolo, encontrar minerais, e assim por diante. Isto acontece exatamente
devido à relação predominante entre o indivíduo e um dos elementos.

O indivíduo pode ser predominantemente água, ar, fogo ou terra, e é isto que estabelece as
afinidades pessoais. Mas como em todo organismo sempre estão presentes os quatro
elementos da Natureza, nunca se encontra uma pessoa que seja, por exemplo, somente água,
ar, fogo ou terra. Embora haja o predomínio de um elemento, a pessoa é uma miscelânea dos
atributos de todos os elementos.

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Não são apenas os oficialmente denominados seres vivos que são constituídos pelos quatro
elementos, pois isso acontece com todas as formas de vida presente neste mundo. Uma
montanha, por exemplo, não é constituída somente de terra. Nela há também o elemento ar
nas cavernas, o elemento água nos veios e o elemento fogo na forma de calor nas rochas,
formando, muitas vezes, rios de lava e vulcões. O fogo ou calor está presente em todos os
átomos e, mesmo entre os átomos, há espaços preenchidos por algo que algumas pessoas
chamam de éter, que também é considerado um dos sete elementos básicos da Natureza e no
qual existem devas e elementais. Assim, podemos dizer que tanto uma montanha está ligada
aos quatro elementos, como a água presente na fonte, no lago, no rio ou no oceano, pois neles
há sempre o elemento terra na forma de minerais, o elemento fogo na forma de calor e o
elemento ar na forma de gases em dissolução.

Uma das religiões predominantes no Japão é o xintoísmo, que tem muitos mistérios ligados às
forças da Natureza. Há um séquito imenso de elementais chamados Kamis, reverenciados na
tradição xintoísta. Há os Kamis dos ventos, responsáveis pelas mudanças atmosféricas, os
Kamis dos rios, dos lagos, das montanhas, das árvores, da agricultura, enfim, uma imensa
plêiade de Kamis inerentes a cada coisa que existe. No Oriente, o mais elevado Deva ligado
ao elemento água se chama Varuna, o Senhor da Água. O fogo é de suma importância na
tradição xintoísta, que diz que o Universo nasceu do fogo e depois se transformou, em parte,
em água, pois o fogo penetrou na terra e se escondeu. No Japão fala-se do deus do Fogo,
muito temido por ser responsável pelos incêndios e vulcões, mas também venerado por
purificar o mundo e destruir o mal. Nesse país há o festival Hi-Matsuri, em cujo ritual os
adeptos do Shugendo caminham com os pés descalços sobre brasas. Devido à influência
xintoísta no Japão, as pedras são muito respeitadas, e até mesmo veneradas, pois a elas são
atribuídas qualidades ocultas ligadas aos Kamis. Seria necessário um grande livro para se
descrever a relação do xintoísmo com os elementos da Natureza, cujo conhecimento antigo
procede da Atlântida.

Nas religiões fundamentadas na Cabala, de alguma forma os elementais estão presentes e até
citados como as mais elevadas expressões angelicais. Tanto é assim que é dito que Miguel
governa o vento do leste, Rafael o do oeste, Gabriel o do norte e Uriel o do sul.

Diz Anne W. Besant: “Nosso sentimento da realidade neste mundo material é totalmente
ilusório. Nada conhecemos da verdadeira natureza dos seres e dos objetos, mas apenas as
impressões que eles produzem em nossos sentidos. Por isso, tiramos conclusões quase sempre
errôneas do conjunto dessas impressões”.
Vamos mostrar algumas características da pessoa que, por sua natureza, está ligada ao
elemento água. A água é a fonte da vida, a mãe de todas as coisas e, por isso, a mulher do
elemento água é muito maternal e dotada de muita sensualidade. As meninas gostam de
brincar com bonecas ou de casinha e são muito afeitas ao banho, pois gostam de levar
brinquedos para o banho e brincar com eles na água enquanto se banham.

A pessoa do elemento água corresponde ao biótipo renal ou shao yin, que os japoneses
chamam de tipo frango. Tem pele macia, pouco brilho nos olhos, pouca transpiração. É
basicamente tímida, introvertida, sensível, responsável, e tem grande amor pela Natureza. É
racional, lógica, pensativa, organizada, aplicada, e se apega muito a detalhes. É artista,
temperamental, ciumenta, guarda mágoa e rancor e pode ser até bastante vingativa.

A pessoa do elemento água é muito egocêntrica, mas tem prazer em agradar àqueles de quem
gosta. É afinada com os próprios sentimentos e nela prevalecem emoções profundas e reações
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dos sentimentos, indo desde paixões compulsivas e temores irresistíveis até um amor e uma
aceitação que abrangem toda a Criação. É por isso que chora com facilidade, inundando-se de
lágrimas, e envolve-se compassivamente em situações passionais.

A pessoa do elemento água, como sua própria natureza mostra, não tem solidez nem formas
próprias. Fica mais feliz quando sua fluidez é diretamente direcionada por outrem,
especialmente por alguém do elemento terra, que possui a solidez na qual a água pode se
apoiar. É uma pessoa que, por fora, se mostra calma, mas em níveis mais profundos esconde
um temperamento nervoso e, muitas vezes, violento. A água, numa represa, aparenta calma e
serenidade, mas se o dique que a retém é rompido, ela pode manifestar uma violência imensa.
A pessoa do elemento água tende a sentir aversão por aqueles que são turbulentos, com
personalidade forte, tais como os do elemento ar e do elemento fogo.

A sensibilidade da pessoa do elemento água é tão grande e sua vulnerabilidade à mágoa é tão
pronunciada que, se suas reações emocionais não forem controladas e adequadamente
canalizadas, podem levá-la a um estado de instabilidade emocional e a uma predisposição a
ser facilmente influenciada até pelo mais leve vento que sopre. Todavia, essa sensibilidade
não deve ser considerada uma fraqueza, pois a água tem grande força e um importante e longo
poder, especialmente quando é canalizada de forma concentrada.

Um sábio chinês do século XI é citado na página 78 do livro The Wheel of Life, de John
Blofeld: “Entre todos os elementos, o sábio tomaria a água como seu preceptor. A água é
submissa, mas conquista tudo. Ela extingue o fogo ou, percebendo que pode ser derrotada,
escapa como vapor e toma outra forma. Ela carrega a terra macia ou, quando desafiada pelas
rochas, procura um caminho em torno. Satura a atmosfera de modo que o vento morra. A água
é humilde, mas não submissa. Ela cede passagem para os obstáculos com uma humildade
enganadora, pois nenhum poder pode impedi-la de seguir seu caminho rumo ao mar. Ela
conquista submetendo-se. Nunca ataca, mas sempre vence a última batalha.

A pessoa do elemento água pode facilmente ser sensacionalista porque gosta de cultivar
potencialmente tempestades interiores e até apresentar distúrbios emotivos quando sente a
vida enfadonha. Tende a ferir as pessoas e é capaz de criar confusão quando seus “diques” se
rompem e não consegue controlar suas emoções. Sua sensibilidade não significa fraqueza
porque ela, quando represada, é muito forte.
Como o indivíduo do elemento água tem excesso de energia nos rins e escassez de energia no
estômago, seus distúrbios mais frequentes são digestivos, abrangendo o estômago, o baço e o
pâncreas.

De alguma forma, os elementos sempre se refletem na personalidade humana e, por isso, é


fácil compreender como é a pessoa do elemento água. Ela tem predisposição exagerada para a
limpeza, tem propensão para a arte de curar, prefere esportes aquáticos, admira os seres da
água e decorações com aquários, prefere profissões ligadas à medicina ou a rios, mares e
meios aquáticos e tem muitos sonhos com ambientes aquáticos. Embora muitos indivíduos do
elemento água sejam pescadores, não apreciam muito os frutos do mar como alimento, porque
os elementais que dominam o elemento água despertam-lhe o lado emotivo.

O indivíduo do elemento água se acomoda facilmente e se adapta bem às situações, mas não
permanece acomodado se não for contido, da mesma forma que a água, que se amolda
facilmente dentro de um vaso, mas logo extravasa e toma outra forma se o vaso for quebrado.
Se a “pessoa água” se desequilibra emocionalmente, entra em desarmonia com os elementais
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da água, afoga-se em paixões sensuais e pode manifestar distúrbios circulatórios. Quando


entra em desequilíbrio profundo, tende ao suicídio por afogamento.

A pessoa do elemento água prefere viver perto de praias ou à margem de lagos ou rios. Gosta
de ver a água fluir e de ouvir o barulho de um regato ou das ondas do mar. Sente-se bem física
e emocionalmente nos dias chuvosos e deleita-se ao ver a chuva caindo e sentir seus respingos
na pele. No âmbito profissional, talvez escolha a pesca ou a oceanografia.

Em todas as situações em que haja perda de energia, fadiga e cansaço, a “pessoa água” se
recompõe facilmente perto da água, que pode ser à beira de um lago ou rio, numa praia ou
mesmo tomando um banho refrescante. Quando há predominância de água e fogo, ela se cura
muitas vezes com banhos termais ou escalda-pés.

Os elementos da Natureza têm características próprias, mas cada elemento tem poder e
controle sobre os outros, e é exatamente isso que torna possível o equilíbrio da Natureza. A
água pode ser retida pelo elemento terra até certo limite, pois com o elemento terra se pode
fazer um vaso, um recipiente ou uma barragem capaz de conter e controlar a água, mas a água
pode amolecer e dissolver a terra. A água pode apagar o fogo, mas o fogo pode transformar a
água em vapor. A terra pode apagar o fogo, mas o fogo pode mudar o estado da terra,
transformando as rochas em lava e gerando os vulcões. É possível também gerar o fogo
provocando atrito entre duas pedras. O ar tanto pode apagar como intensificar o fogo. O fogo
ou calor aquece o ar e muda a pressão atmosférica, a qual ocasiona os ventos. Os ventos
mobilizam a água, criando as ondas. Entende-se, com isto, que os vendavais, as ventanias, os
tufões, os furacões, os ciclones e os maremotos resultam da interação dos elementos da
Natureza. Além destes exemplos, é possível imaginar outras situações relativas às
interferências elementais que formam o sistema autocontrolador da Natureza.

Em obediência ao princípio hermético assim como é em cima é embaixo; assim como é


embaixo é em cima, o comportamento dos elementos da Natureza se reflete nas pessoas,
caracterizando-as sob os mais diversos tipos comportamentais. A maneira de ser de uma
pessoa é, em grande parte, decorrente do elemento a que ela esteja mais ou menos ligada.
Diante desta afirmativa, poder-se-ia indagar: O responsável pela maneira de ser de uma
pessoa não é o grau de evolução do seu espírito? Na realidade, sim.
Embora o corpo físico seja fruto da estrutura genética, o espírito que o recebe o merece por
causa da lei de ressonância vibratória. Exemplo: A má formação de um corpo físico pode ser
de origem genética ou de hereditariedade biológica, mas, na realidade, esse corpo vem
estruturado exatamente com a forma que o espírito está precisando. De igual maneira, mesmo
que os elementos determinem o modo de ser do organismo físico, esse modo de ser retrata
perfeitamente as qualidades do espírito que vem ocupar o corpo.

Dissemos que a predominância do elemento água acarreta uma natureza bem maternal nas
mulheres. Assim, um espírito que, na sua caminhada evolutiva, tenha já desenvolvido essa
qualidade ou tenha algum carma que precise desse tipo de caráter, certamente encarnará como
uma “pessoa água”. Essa predominância do elemento água não se refere ao plano físico do
elemento, mas sim à sua predominância energética no nível astral. É a harmonia vibratória
entre a pessoa e o elemento que define a afinidade entre ambos, visto que esse fato é apenas
um efeito de ressonância. Cada espírito encarna no corpo físico que merece, mesmo que esse
corpo seja fruto da genética e ou da hereditariedade.

Oração do Elemento Água


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Somos o sangue de Gaia!


Nossas moléculas estão dentro de todos os filhos dela.
Somos leves e, em nosso interior, existe plena alegria.
Podemos servir a todos os elementos, até mesmo ao nosso irmão fogo.
Umedecemos a nossa irmã terra, refrescamos o nosso irmão ar.
Somos tão leves que, com a ajuda do nosso irmão fogo, nos tornamos nuvens.
Carregamos a memória das eras e redesenhamos os céus com todas as cenas das eras.
Somos tenebrosas porque podemos encher os rios e fazê-los transbordar.
Somos tenebrosas porque podemos nos tornar chuvas violentas.
Somos tenebrosas porque podemos nos transformar em gigantescas ondas.
Ouçam, homens! Estamos aqui para servir ao Criador e a vocês!
Na forma de nuvens, permitimos que o céu fertilize a terra.
Na forma de mares, abrigamos as muitas vidas que ainda povoam a Terra.
Na forma de rios, lagos e nascentes, lembramos que a Terra é a grande alquimista.
Só ela sabe o segredo de tirar água de pedra e de tornar salgado o doce e doce o salgado.
Estamos aqui desde antes de vocês.
Ainda que nos poluam com seus dejetos, nós nos regeneraremos!
Comunguem conosco, bebam de novo as nossas moléculas e agradeçam de novo a todas nós.
Somos o sangue de Gaia! E se o sangue dela está doente, quanto estará o de vocês?
Temos a cura, mas já não sabemos se ainda vale a pena mostrá-la.
Orem conosco! Levantem-se todos os seres aquáticos!
Cantem das profundezas dos mares, dos rios, dos lagos, das lagoas, das grutas,
E de cada canto onde existamos.
Cantem o seu canto de cura.
Limpem os males que o homem criou.
Limpem o seu sangue.
Limpem todas as impurezas.
Lembrem aos homens para que nos reverenciem de novo.
Varram com suas águas as imundícies que depositaram em nós.
Que seu canto acaricie cada ser que ainda sofre sob o império da ganância e do poder.
Limpem cada mínimo pedaço deste planeta com o seu canto de amor.
Ensinem de novo ao homem o amor.
Façam desabrochar, a partir do seu sangue, o amor.
Somos o berço e acalentamos seus sonhos desde a gravidez.
Esperamos por vocês para partilharmos os nossos segredos.
Esperamos o retorno do amor aos seus corações.
Nós somos o amor!

A Natureza Humana do Elemento Ar

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Temei o obstáculo do fracasso e a armadilha do sucesso

Os elementais responsáveis pelo elemento ar são os elfos, as fadas, as sílfides e os silfos

Na caminhada do desenvolvimento espiritual, os elementos intervêm na natureza humana


porque o elemento predominante no indivíduo condiciona, em parte, sua forma de pensar e
agir. Por sua vez, a pessoa molda formas de pensamento no plano astral conforme a sua
maneira de ser, e cria mentalmente uma categoria de elementais artificiais. É por isso que no
plano astral há uma imensa multidão de elementais artificiais gerados pelo pensamento
humano e uma inconcebível variedade de réplicas de tudo quanto existe no plano material,
além de tudo aquilo que tem ali o seu próprio plano existencial.
Muitas coisas que possuem formas no plano astral existem apenas como pensamentos no
plano material. No plano astral existem todos os elementais que correspondem aos quatro
elementos da Natureza sob suas mais diversas formas, além dos elementais artificiais gerados
pela mente humana, cujas formas são relativamente efêmeras.
Muitas culturas incluem os quatro elementos nas suas tradições filosóficas, religiosas ou
mitológicas, e a maioria dessas tradições postula uma energia primária que se manifesta como
corrente “reduzida”, conhecida como “elemento”, que é um processo que se assemelha ao
funcionamento de um transformador elétrico. Essa energia primária é chamada de prana, força
vital ou QI, mas apesar de ter vários nomes, ela é idêntica em todas as culturas.
A pessoa do elemento ar se sente bem em lugares altos e prefere atividades que envolvam o
ar, como ser piloto de aviões, aeromoça, equilibrista, trapezista. No esporte, aprecia praticar
paraquedismo e asa-delta. A criança gosta de aeromodelismo e prefere brincar com pipas e
aviões de papel. O indivíduo do elemento ar gosta muito de pescarias quando tem a água
como segundo elemento. Adora a brisa e as correntes de ar e não tolera trabalhar em salas
fechadas e em ambientes confinados. Tem tendência a adquirir doenças respiratórias, que se
agravam em lugares fechados e abafados.
No tratamento da saúde, em vez de remédios, prefere mais exercícios respiratórios, como
hataioga. Tem excesso de energia nos pulmões e escassez de energia no fígado, pois
corresponde ao biótipo hepático ou tai yang, que os japoneses chamam de tipo sardinha. Seus
sintomas mais comuns são tensões nas costas, principalmente na região cervical, e grande
tendência a sofrer de acidez e flatulência. Em doses moderadas, as frutas ácidas lhe fazem
bem porque nutrem o fígado, mas em doses excessivas o agridem. Quando tem a harmonia
rompida e entra em desequilíbrio, tem tendência ao suicídio, pulando de lugar alto.
Da mesma forma que o indivíduo do elemento fogo, a pessoa do elemento ar tem olhos muito
vivos e brilhantes. É progressista, revolucionária, pioneira, embora muitas vezes não seja
compreendida pela sociedade convencional. É simpática, envolvente e tem ideias que
sensibilizam os outros facilmente. Suas faculdades mentais estão muito ligadas ao elemento ar
e, por isso, geralmente pensa bastante, é inteligente, criativa e tende a estimular a inspiração.
Por outro lado, a sexualidade não está no topo de suas prioridades. Admira os seres alados e
não tolera vê-los maltratados ou presos, pois não suporta o sofrimento alheio nem o seu
próprio. Quando se machuca, diz: “Sopra, sopra!”
Tem forte dose de autoconfiança no que faz, mas sem grande poder de decisão naquilo que
pretende. Possui amor-próprio e orgulho, mas é um tanto fútil, sem vontade muito definida e,
portanto, facilmente influenciável. Quando exagera, corresponde ao tipo “Maria vai com as
outras”. É dócil e fácil de ser conduzida quando recebe a devida atenção, mas quando é
atingida além dos limites, pode explodir em violenta cólera, como um furacão ou um tufão.
Nessa situação extrema, chega a dominar os elementos água e terra, e até mesmo o fogo.

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Cada pessoa reflete os arquétipos da sua natureza elemental, especialmente o indivíduo do


elemento ar, cuja sintonia com um silfo pessoal lhe dá acesso ao reino dos arquétipos. Por
isso, a pessoa do elemento ar gosta muito do imponderável, das coisas que não se apresentam
de forma concreta, da mesma forma que o ar que existe ao redor, mas é fugidio e não pode ser
pego. A pessoa do elemento ar também aprecia o sobrenatural, o mediunismo, a cartomancia e
outras artes divinatórias. Porém, o exercício dessas atividades pode acarretar um peso
existencial e lhe gerar um carma, fazendo com que, em futuras encarnações, sinta-se atraída
pelo ocultismo, mas ao mesmo tempo tenha muito medo dele.
O indivíduo do elemento ar tem tendência à expansão e pode facilmente se tornar idealista,
filósofo, pensador ou visionário, pois como não pode fazer seu corpo voar, voa com a mente.
É ágil no pensar e tende ao teorismo, ao contrário do indivíduo do elemento terra, que é
inclinado para o lado prático e objetivo das coisas, e ao contrário do indivíduo do elemento
fogo, que vive de forma altamente inspiradora e excitante. A pessoa do elemento ar vive o
estado emocional dos seus sentimentos no mundo abstrato do pensamento porque, para ela, o
pensamento é tão ou mais real e importante que um objeto material, e é essa maneira de ser
que determina o padrão do seu comportamento. Como os silfos facilitam a compreensão e a
inspiração, a pessoa do elemento ar tem inclinação para as artes, especialmente música, poesia
e pintura e, sendo artista, retrata mais as coisas ligadas ao seu elemento individual.
O indivíduo do elemento ar é geralmente muito curioso e gosta de expandir sua sabedoria.
Para isso, precisa de canais de expressão através dos quais possa dar vazão à sua liberdade
intelectual para exprimir suas ideias, optando pela profissão de comunicador, como radialista,
jornalista, apresentador, camelô ou divulgador de produtos. Mas prefere o ar livre para o
exercício profissional porque não tolera ambientes fechados, em que seja obrigado a ficar
preso a um balcão ou a uma mesa de trabalho.
A mulher do elemento ar é a mais volúvel de todas porque seus sentimentos ficam pouco
presos às coisas concretas. É perdulária, pois gasta em demasia e não pensa muito no futuro.
Gosta de futilidades, festas e exibições. Como quer sempre conhecer as novidades no modo
de vestir, é excessivamente ligada à moda, aos desfiles de moda e à maquilagem. Muitas
vezes se maquila exageradamente ou se veste com roupas de cores e modelos berrantes,
mudando de aspecto tão facilmente quanto um camaleão.
A mulher do elemento ar se amolda facilmente às situações, mas não se envolve nelas por
muito tempo e se afasta na primeira oportunidade, da mesma forma que o ar se amolda a um
recipiente, mas escapa pelo menor orifício. Ela prefere mais participar de festas e passeios do
que ficar cuidando de crianças e dos afazeres domésticos. Embora não goste de cuidar dos
filhos, em geral tem amizade e carinho por eles e pelas pessoas. Com a mesma facilidade com
que se apaixona, esquece a paixão. Muda de marido sem dificuldade e tem relativa
predisposição para se prostituir. É afetuosa, gosta do toque físico e adora ser acariciada. Como
tem grande atração por homens do elemento fogo, pode se envolver em situações passionais
muito intensas.
O homem do elemento ar também é muito volúvel. Trai com grande facilidade porque seus
sentimentos não têm fortes raízes. Sente necessidade de mudar constantemente e, por isso,
não permanece muito tempo num emprego ou trabalho. O seu forte é a liberdade. Agora está
aqui, daqui a um instante está ali, mais tarde está lá e amanhã está acolá. Para ele, o que
importa é a mudança, a renovação, e não os lugares onde está ou vai. Afinal, não tolera passar
duas férias seguidas num mesmo lugar. Geralmente não é muito ligado ao lar. Prefere deixar
as responsabilidades de lado e sair de casa, visitar lugares e pessoas e participar de farras.
Como é muito volúvel, magoa os entes queridos sem compreender porque seus atos podem
feri-los, mas como é essencialmente amoroso, sofre quando toma consciência do que faz.
Assim como o ar não para, o homem do elemento ar vive em constante movimentação.
Aprecia viajar e geralmente é vendedor viajante, caminhoneiro ou guia turístico. Gosta de
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mudanças em tudo porque muda de residência, de amor, de profissão e de preferências com a


maior facilidade.
Nesta fase dos nossos estudos, é aconselhável que o discípulo analise e medite sobre os quatro
elementos para conhecer suas peculiaridades, pois certamente constatará que as qualidades
dos elementos da Natureza estão claramente presentes na personalidade dos seres humanos.
Essa análise evidenciará que todas as características pessoais retratam exatamente as mesmas
características dos elementos da Natureza, seja de forma isolada ou combinada. Ao se
examinar as qualidades dos elementos da Natureza, fica evidente o quanto elas estão presentes
nas pessoas, pois tudo o que os elementos apresentam em sua natureza se manifesta na
maneira de ser das pessoas.
A proporcionalidade das diferentes combinações dos elementos tanto existe nas coisas
como nas pessoas. Cada um reflete não apenas um elemento, mas uma somatória de todos os
elementos, em que um ou outro se salienta mais. É por isso que a Tradição diz que o que
muda de uma pessoa para outra é fruto da proporção dos elementos. Há a predominância de
um elemento que marca a personalidade básica da pessoa de forma bem nítida, mas, ao
mesmo tempo, há a presença também dos demais elementos. Um alpinista, por exemplo, pode
estar mais ligado ao elemento ar, porque gosta das alturas, mas também ao elemento terra,
porque gosta de escalar montanhas.
O conhecimento da natureza elementar de uma pessoa serve como teste vocacional porque é
possível descobrir quais as profissões mais adequadas para ela, seu melhor campo de atuação,
a forma como ela reagiria ante as diversas situações da vida, e até mesmo indicar, com boa
margem de segurança, o tipo de pessoa com quem ela é compatível para negócios, sociedades
e matrimônio.
A partir destas informações, é possível elaborar um sistema psicológico utilizável. É
importante conhecer a influência que os elementos da Natureza exercem sobre o ser humano
porque fica mais fácil para o indivíduo compreender a si mesmo, as outras pessoas e até o
mundo como um todo. É importante fazer uma comparação entre os quatro temperamentos
para se descobrir quantas coisas erradas acontecem quando não se conhece a influência que os
elementos da Natureza exercem sobre o indivíduo. A importância desse conhecimento se faz
sentir mesmo na vida do dia a dia, pois muitas vezes a adaptação ou não a uma situação
vivenciada diz respeito ou não à sintonia da pessoa com o seu elemento essencial. A
expressão “fulano está fora do seu elemento” significa que a pessoa está vivenciando uma
atividade estranha à sua verdadeira natureza.
Um indivíduo do elemento ar que seja obrigado a viver numa sociedade materialista, a exercer
uma função ligada à atividade física, ou a integrar um grupo que lide com as coisas do mundo
material, decerto vai se sentir continuamente desajustado, enquanto que, para a pessoa do
elemento terra, esse tipo de vida seria ideal. Se o indivíduo do elemento ar não consegue uma
forma de compensação, fica sujeito a entrar numa condição mental indesejável e vai se sentir
muito infeliz. Para que isso não ocorra, ele deve procurar uma compensação dentro do seu
elemento e se ligar a algo próprio da sua natureza, como, por exemplo, ter uma atividade
espiritual ou metafísica. Quanto à pessoa do elemento fogo, deve procurar uma atividade de
liderança social ou equivalente. Desta forma, torna-se mais fácil um aconselhamento porque
já se sabe a razão pela qual a pessoa se sente deslocada e neurótica dentro de um determinado
grupo ou assume uma posição diferente daquela que espera. Tudo fica mais fácil quando já se
sabe que a pessoa do elemento ar tem anseios emocionais profundos e é motivada por
conceitos intelectuais; que a pessoa do elemento fogo é motivada por aspirações e inspirações;
que a pessoa do elemento terra é motivada por necessidades materiais.

Carter diz: “Se os psicólogos, psiquiatras e conselheiros de vários tipos aprendessem ao


menos a classificar as pessoas segundo o seu elemento predominante, constituindo os tipos de
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personalidade, dariam um grande passo nos seus esforços de deslindar as forças infinitamente
complexas que atuam na motivação e no comportamento do ser humano”.
Exercendo uma atividade paralela em seu próprio elemento, a pessoa pode “recarregar a
bateria” para suportar uma atividade fora do seu elemento. Pode estabelecer, de forma
consciente, uma sintonia com a energia do seu elemento através do cultivo e do contato físico
íntimo com esse elemento, pois, de forma real, os elementos de terra recebem mais energia do
elemento terra, os de ar, do ar, os de água, da água, e os de fogo, do fogo.
O indivíduo do elemento fogo precisa estar ao ar livre, sob a luz solar, banhando-se no calor
do fogo radiante do Sol, e manter-se fisicamente ativo a fim de captar a energia ígnea, pois se
tiver que ficar confinado por muito tempo, sem a oportunidade de se movimentar, logo vai se
sentir estressado, irrequieto e nervoso, sujeito a entrar em depressão. O indivíduo do elemento
ar é particularmente sensível ao clima montanhês porque precisa de ar limpo e leve, jamais
encontrado nas grandes cidades, planícies úmidas e vales.
Tudo isto diz muito sobre o comportamento das pessoas na sociedade, o que é corroborado
com o que fala Lois H. Sargent em seu livro How to Handle Your Human Relations: “Os do
elemento ar tendem a se elevar acima dos conflitos e a flutuar ao redor deles; os do elemento
fogo a se envolver com eles; os do elemento água a fugir deles; os do elemento terra a
enfrentá-los, resolvendo a situação com a pessoa que causou o problema no seu caminho”. Os
do elemento água detestam conflitos e, por isso, tendem a escorrer ao redor deles, por baixo
deles ou sobre eles, ou, se tudo falhar, desgastar lentamente a pessoa ou a coisa que está no
seu caminho. Os do elemento água são impressionáveis, sensíveis e intuitivos, preferindo
aguardar os acontecimentos até ter a oportunidade de encontrar uma solução para o problema.
Os do elemento ar preferem ser ponderados e pensar bastante antes de agir. Os do elemento
terra, sendo bastante sólidos por natureza, tendem a desdenhar o conflito, preferindo absorver
o impacto do problema, mas quando são forçados, enfrentam o obstáculo duramente e com
força total. Os do elemento fogo tendem a afugentar, a queimar ou a vencer os obstáculos com
demonstração de força, raramente exibindo um comportamento diplomático.
A compreensão das características dos elementos refletidas na personalidade pode contribuir
de várias formas para o autoconhecimento, mostrando como podemos viver melhor em nossa
própria companhia, como satisfazer as nossas necessidades e como revitalizar o nosso campo
de energia.
Concluindo, citamos o grande mestre Paracelso, a quem Carl Jung considerou um precursor
dos psicólogos modernos. Paracelso atribuía um espírito da Natureza específico para cada um
dos quatro elementos e afirmava que era possível trabalhar com essas forças naturais. Esses
espíritos, que são mencionados em todas as mitologias, simbolizam o modo de atuação de
cada elemento.
Paracelso deu o nome de ondinas aos elementais ligados à água, os quais deviam ser
controlados através da firmeza. Com isso, podemos apreender que a pessoa do elemento água
precisa ser firme consigo mesma e que, às vezes, a firmeza é a melhor forma de se lidar com
ela, especialmente quando suas emoções estão fora de controle.
Deu o nome de sílfides ao elementais ligados ao ar, os quais deviam ser controlados através
da constância. Com isso, fica evidente que a pessoa do elemento ar deve cultivar a
determinação e a constância em sua vida para dar um passo importante em sua evolução,
porque, para ela, é difícil assumir um compromisso com uma determinada resolução.
Deu o nome de salamandras aos elementais ligados ao fogo, os quais deviam ser controlados
através da serenidade. A pessoa do elemento fogo pode moderar o uso extremo da sua energia
cultivando conscientemente um tranquilo estado de contentamento, pois se ela aceitar
calmamente a vida aqui e agora, evitará muitas tensões e desgaste da sua energia.

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Deu o nome de gnomos aos elementais ligados à terra, os quais deviam ser controlados
através da generosidade jovial. Essa qualidade não é comumente encontrada na pessoa do
elemento terra, mas assim que for apreendida, a pessoa será beneficiada porque sua maior
força se irradia e resplandece quando ela assimila essa qualidade na sua natureza.

Oração do Elemento Ar
Sou a alma dos ventos! Sou o sopro da vida!
Estou em todos os lugares e nunca sou visto,
Mas meu poder é temido, pois sou a fúria dos furacões!
No entanto, hoje sou aquele que carrega a dor.
Antes carregava os ares da Natureza e hoje carrego com eles a morte.
Levo gases tóxicos até onde minhas forças me possibilitam.
A radioatividade vaza e eu a arrasto por onde for possível.
Hoje carrego as doenças que o homem cuidou de despertar com sua noção de progresso.
O homem fez de mim o seu aliado na devastação inconsequente a que se entrega com fúria.
Sou o sopro da vida e agora também o da morte.
Sou a fúria dos furacões e o silêncio macabro da toxicidade.
Tornei-me um doente a contaminar tudo e todos com os males da mente humana.
Em lugar de prestigiar o brilho da inteligência, sou agora o arauto da insanidade.
Humanos... Seres humanos...
Sou a personificação da inteligência.
Sou como a espada que corta os liames que nos atam a tudo o que é retrógrado.
Aprendam comigo a insuflar vida ao planeta.
Limpem suas mentes e se lembrem de ser portadores de boas novas.
Lembrem-se de ouvir os espíritos.
Cultuem os espíritos ou, ao menos, demonstrem respeito por eles.
Meus ventos continuarão a soprar em todas as direções
Seus fétidos produtos e suas destrutivas idéias.
Manterei seus narizes ocupados com sua ignorância,
Até que entendam o mal que estão fazendo a si e aos outros,
Até que entendam o valor da vida.
Não sou vingativo!
Esta é apenas a única maneira que tenho para acordar suas consciências.
Estou cansado de ver sua imprudência infligir dor ao próximo.
Estou cansado de ver a morte chegar através dos meus sopros, mas não por culpa deles.
Sou filho da Natureza e, como todos os outros filhos da Natureza,
Zelo pela vida e pela morte.
Mas nossas ações não são gananciosas nem visam o poder ou o domínio.
Somos criaturas que vivem em harmonia com as vibrações do Universo.
Nossos atos obedecem às leis maiores.
Sabemos que, ao destruirmos, daremos origem a algo novo,
Mais belo e adequado ao novo padrão que se instala.
Não somos movidos por paixões insanas.
Somos apenas servos do Criador.
Não nos diferenciamos em nada dos seres humanos,
Então peço aos homens que reflitam melhor sobre os seus atos.
Usem a inteligência para cortar seus vínculos com a destruição.
Criem vida de novo!
Nós somos vitais para vocês, e o elemento ar mais ainda.
Respirem o ar com amor e poderão ser inspirados por mim.
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Eu carrego os espíritos e posso fazer a ponte entre eles e vocês.


Vamos partilhar o nosso amor!

A Natureza Humana do Elemento Fogo

O fogo é essencial à vida. Só existe vida onde há fogo, desde o coração do homem até o
coração do Universo

Os elementais responsáveis pelo elemento fogo são os dragões e as salamandras

A antiga filosofia grega baseava-se nos quatro elementos, que eram representados por quatro
aspectos do ser humano: água > alma e estética; ar > intelecto; fogo > moral; terra > corpo
físico. A medicina galênica que floresceu na Europa durante a Idade Média e que até hoje
serve de fundamento para o pensamento médico e filosófico, constituindo a base da medicina
alopática, está correlacionada com os quatro humores que, por seu turno, falam dos quatro
temperamentos humanos, citados em todos os antigos livros de medicina europeus e em obras
de William Shakespeare e outros literatos. Um dos erros da literatura médica é mencionar
Hipócrates como o pai da medicina. Na verdade, a medicina alopática baseia-se nos
ensinamentos de Galeno e não nos de Hipócrates, pois Hipócrates não é o pai da tradicional
medicina alopática praticada no Ocidente, mas sim o pai da filosofia da medicina
homeopática e de outras formas que tratam o doente, não a doença, visto que para a
homeopatia não há doenças, mas doentes.

No Japão há muitos exemplos da importância dos elementos. Num tratado zen-budista, escrito
em 1004 a.C. sobre o bodhidharma, os elementos tradicionais são representados pelas quatro
qualidades que compõem a Criação: luz ou fogo, ar, fluidez e solidez. Os elementos estão
também intrinsecamente contidos nas mitologias desde a mais remota antiguidade. Na
Suméria, onde a religião regia cada aspecto e cada atividade da vida, as divindades mais
importantes eram relacionadas com os elementos: Enki > água; Anu > ar e céu; Enlil > fogo e
tempestade; Ninhursaga > terra.

As salamandras são os elementais do elemento fogo. A palavra salamandra designa o anfíbio


caudado, com aspecto de lagarto, de corpo alongado e cauda comprida, com um ou dois pares
de membros curtos, que tanto pode viver em terra como na água. Os elementais do fogo
receberam este nome porque, quando os sensitivos de épocas remotas observavam o fogo e
viam nele elementais de forma alongada, acreditavam que fossem salamandras, pois não
possuíam o conhecimento sobre os elementais do fogo. Diz a Tradição que nenhum fogo é
aceso sem o auxílio das salamandras, que estão presentes não só nas chamas, mas nos
elementos água e terra, no interior dos vulcões e em tudo onde há calor acima de 0ºC.

O elemento fogo induz características marcantes no indivíduo, fazendo com que tenha uma
personalidade forte e dominadora e um temperamento explosivo, emocional, impulsivo e
impetuoso. Sendo o fogo um princípio transformador que pode agir em dois sentidos, a
predominância do elemento fogo no indivíduo equilibrado pode induzi-lo a se tornar líder,
governante ou condutor de pessoas, mas no indivíduo desajustado essa predominância pode
torná-lo guerrilheiro, incendiário, extremista ou revolucionário.

Os elementais do fogo trabalham com o mundo e com o ser humano através do calor, tanto
através da chama de uma vela como através das chamas de um vulcão. O elemento fogo
intensifica a espiritualidade e sua energia destrói o que é velho e edifica o que é novo. Assim,
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o indivíduo com predominância do elemento fogo é geralmente inovador e pouco


conservador. Quando consegue controlar a pressa e a impaciência, que lhe são peculiares,
pode se tornar um grande pesquisador.

A pessoa do elemento fogo prefere se tratar por meio de irradiações, cores e compressas
quentes e frias. Como gosta do Sol, alegra-se nos dias ensolarados e aprecia passar horas ao
Sol. Quando está em desequilíbrio ou em desarmonia, tende à piromania, fazendo bombas ou
produzindo incêndios por prazer ou para descarregar tensões. Quando é criança, gosta de fazer
fogueiras. Se seu segundo elemento predominante é o ar, gosta de soltar balões.

Ao contrário da pessoa do elemento terra, que prefere alimentos pesados, a pessoa do


elemento fogo prefere alimentos leves e tende a comer muito, mas engorda pouco porque seu
metabolismo é acelerado, isto é, seus processos de assimilação são rápidos. Como é irrequieta,
impaciente e hiperativa, está sujeita ao desgaste físico e ao estresse. Tudo que faz tem que ser
rápido porque não suporta esperar nem voltar a passar por onde já passou. Quer sempre seguir
em frente porque não gosta de recuar. Tem preferência por lugares altos, mas mantém
vínculos com o seu meio porque está sempre ligada a alguma coisa, o que não ocorre com a
pessoa do elemento ar, que tem essas mesmas características, mas não mantém vínculos.
Enquanto o elemento fogo é dificilmente contido dentro de um recipiente, os elementos ar e
água podem ser contidos em determinados objetos e o elemento terra não precisa ser contido
porque se mantém por si mesmo.

A pessoa do elemento fogo corresponde ao biótipo cardíaco ou shao yang, que os japoneses
chamam de tipo porco. Tem muito brilho nos olhos e é espontânea, extrovertida, ativa,
agitada, impaciente, mas pouco persistente. Embora seja de natureza alegre, cai facilmente em
depressão e, mesmo impulsiva e explosiva, não guarda rancor porque tem índole mansa.

Por ser o fogo uma força universal radiante e excitável, o indivíduo do elemento fogo é
decidido, entusiasta, de grande fé em si mesmo, de uma honestidade direta e com grande força
interior. Como precisa de muita liberdade para se expressar naturalmente, garante espaço para
si mesmo pela sua incansável insistência até obter o que deseja. Uma de suas falhas é não
perceber a sensibilidade alheia porque está muito envolvido com sua própria sensibilidade.
Não é muito preso aos familiares, mas não tanto quanto o indivíduo do elemento ar. Apesar de
não ser muito apegado à família, é exigente com aqueles que não admitem oposição. Por ser
inflamável, interfere muito nos problemas alheios e, quando age, não mede as consequências
dos seus atos.

Carl Jung relacionou o elemento fogo com o núcleo dinâmico da energia psíquica, a qual flui
de forma espontânea, inspiradora e automotivada. A pessoa do elemento fogo é dominadora,
egocêntrica e impessoal. Sente que é um canal de “vida” e não esconde seu orgulho por ser
assim. Ao exercer poder, é capaz de impor a sua vontade.
Seu desejo de se expressar livremente é quase infantil, cuja qualidade pode parecer cativante a
alguns, mas ser ofensiva aos mais cautelosos e sensíveis, embora raramente suas faltas sejam
cometidas de forma intencional. É geralmente impaciente com pessoas mais sensíveis, mais
gentis, mais meticulosas, especialmente com as que têm predominância dos elementos água e
terra. É como se pressentisse que a água pudesse extingui-lo e a terra sufocá-lo. Mas é
compatível com a pessoa do elemento ar, que “abana” as chamas do fogo, fornecendo-lhe
novo ânimo e novas ideias.

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Quanto à saúde, a pessoa do elemento fogo tem excesso de energia no coração e estômago e
escassez de energia nos rins. O sabor salgado lhe é benéfico justamente pela falta de energia
nos rins. Para tratar a saúde, prefere medicamentos energéticos. Seus sintomas mais comuns
são taquicardia, palpitação, ondas de calor subindo para a cabeça, gastrite, mãos e pés
gelados, dor de cabeça, pressão sanguínea descontrolada, diabetes e queimação no estômago.
Bons alimentos para ela são alface, escargot, frutas secas, ovos cozidos e peixes de água
salgada. Quando entra em desequilíbrio e está em desarmonia, pode ser acometida por
doenças cardíacas e mentais.

Sendo as salamandras os elementais mais difíceis de serem compreendidos e controlados, o


mesmo acontece com a pessoa do elemento fogo. Assim como o fogo não tem forma própria,
a pessoa apresenta um perfil meio indefinido, com atitudes bruscas e inesperadas, tornando
difícil compreender seus propósitos e intenções e prever suas decisões.

Tem tendência a ouvir e a executar músicas e a passar horas admirando o fogo, ocasião em
que pode ter percepções e visões. Ao contrário da pessoa do elemento terra, a mudança é
primordial no indivíduo do elemento fogo por causa da sua grande tendência a mudar de
profissão, residência, médico, dentista, fornecedores, amizades e divertimentos. Prefere
esportes que requeiram muita atividade física e dispêndio de energia, como futebol, ciclismo,
basquete e caminhada.

Embora tenha caráter forte, às vezes o indivíduo do elemento fogo lembra a pessoa do
elemento ar, que é de natureza fútil e volátil. Geralmente ele se dá muito bem com a pessoa
do elemento ar porque o fogo precisa do ar para se manifestar. Quanto mais baixar seu nível
de manifestação no mundo denso, mais precisará do ar. Com as correntes de ar, o fogo cresce
e sobe, e o fogo, por sua vez, aquece e eleva o ar, que produz correntes de vento.

Oração do Elemento Fogo


Sou o fogo!
Sou fogo em todos os sentidos.
Do Sol eu desço e das profundezas da Terra me lanço.
Derreto tudo e refaço e recombino tudo.
Nunca estou quieto e nunca sou o mesmo.
Nos raios, nos relâmpagos, nos vulcões, onde houver chama eu sou o brilho.
Meu brilho tem sido copiado e usado erroneamente pelos humanos.
Suas bombas e demais artefatos cospem morte!
Eu também mato, mas só o que precisa ser banido ou transformado.
Não mato por esporte nem para mostrar a força que, na verdade, não tenho.
Sou forte, e mesmo minha irmã água pode sumir com a minha presença, se for necessário.
Sou as paixões que ardem em seus corações.
Sou o sentimento que habita seus corações.
Sou o destemor, o espírito da aventura que faz do seu lar o coração.
Sou a coragem de ousar, sou a chama do amor.
Sou a destruição na forma de raios ou vulcões.
Eu limpo para trazer novas formas de vida.
Queimo o que precisa ser purificado.
Sou a inspiração que os espíritos precisam.
Não sou ignorante nem me arvoro o mais sábio dos seres.
Não sou tolo nem me faço passar por um.
Humanos, somos todos habitantes do mesmo Universo!
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O que os faz pensar que são os donos do mundo?


Acaso podem superar um de nós, os elementos?
Não notam que jogamos seu jogo apenas para mostrar o quanto estão errados?
Será que precisarão ver a morte para redescobrir o valor da vida?
Nossas repetidas investidas, usando seus próprios modelos de vida, não os alertam?
Será que suas invenções são mais importantes do que vocês?
Por acaso, ainda acham que podem viver de lata, de plástico?
Será que o Criador lhes deu este planeta para que o destruam?
Para que fabricar tanta coisa inútil que poucos utilizarão? Para aumentar o ódio?
O fogo do ódio corrói, o fogo do amor purifica!
Convoco todos os seres do fogo para que seus corações humanos voltem a brilhar.
Convoco todos os seres do fogo para que seus espíritos voltem a inspirar suas ações.
Convoco todos os seres do fogo para que purifiquem o planeta.
Em nome de todos os elementos, convoco todos os seres para que iluminem os humanos.
Façam com que percebam que seus atos os levam cada vez mais para a destruição e a dor.
O amor é ainda o maior de todos os remédios.
Amem novamente e terão suas doenças curadas!
Iluminem-se, humanos!

A Natureza Humana do Elemento Terra

Cremos constituir um único ser, mas há milhões de seres em nós. Cremos agir por nossa
própria conta e, no entanto, sofremos a influência de todos os seres que estão conosco

Os elementais responsáveis pelo elemento terra são os duendes, as fadas, os gnomos, os


ogros, os trasgos e os trolls. Os gnomos vivem no interior da Terra e têm a guarda de seus
tesouros em pedras e metais preciosos

A tradição dos quatro elementos está presente em todas as culturas. No Tibete, por exemplo,
as estupas são gigantescos símbolos da estrutura da Criação e representam o alicerce básico
da cosmogonia tibetana, para a qual os quatro elementos são as energias fundamentais do
Cosmos. As estupas são monumentos bramanistas ou budistas que guardam relíquias e
marcam o caráter sagrado do lugar ou comemoram um evento importante. A base
quadrangular da construção simboliza a terra. Sobre essa base repousa uma esfera que
simboliza a água. No alto da esfera há uma estrutura, em espiral, que simboliza o fogo. No
topo da construção há uma meia-lua que simboliza o ar. Sobre a meia-lua há uma pequena
esfera que simboliza o éter, força primária da qual emanam todas as outras forças.

Na cultura da Índia há também uma concepção sobre os quatro elementos contida no


Bhagavad-Gita, escrituras sagradas indianas. As bases filosóficas da medicina aiurvédica da
Índia, assim como a acupuntura chinesa, são fundamentadas nos conceitos dos elementos.

Facilita a compreensão saber que tudo o que diz respeito ao elemento terra tem forma,
tamanho e peso e que se reflete de forma evidente na personalidade da pessoa do elemento
terra. O indivíduo predominantemente terra é pesado, lento e um tanto avesso a mudanças.
Tem propensão a exercer profissões que exigem pouca mobilidade e é afeito ao trabalho
pesado, como a agricultura, a criação de animais ou outros trabalhos semelhantes, pois prefere
atividades ligadas diretamente com a terra, além de ter grande amor pelos vegetais. Sente-se
bem com o contato com a terra e tem necessidade de permanecer descalço ao menos uma
parte do dia. Dá muita preferência à vida sedentária e aprecia trabalhar em gabinetes ou
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escritórios fechados e não gosta de caminhar porque se sente pesado, ou é de fato pesado.
Gosta muito de histórias, contos e lendas e de colecionar fósseis e pedras preciosas. Quando
não as possui, tende a trabalhar como joalheiro e avaliador de joias. Como gosta de construir
coisas, a engenharia civil é o seu estudo predileto, pois tem inclinação para construir edifícios,
estradas e barragens e para ser artesão, escultor, ferreiro, metalúrgico, arquiteto, colecionador
e museólogo. No campo das artes, aprecia esculturas e artesanato. No esporte, prefere atirar
dardos e levantar pesos.

Como não gosta de mudanças, vive “preso” a um lugar. Muitas vezes passa a vida inteira
numa mesma cidade, apegado a uma casa, aos bens materiais e a objetos antigos, além de
gostar de passar as férias num mesmo lugar, todos os anos. Qualquer situação nova lhe causa
ansiedade ou até irritação. Diante de algum evento ou viagem, tende a manifestar ansiedade
antecipadamente, não conseguindo dormir na noite anterior e ficando sujeito a sofrer algum
distúrbio físico, como diarreia e vômito. Sua tendência à fixidez torna-o econômico, o inverso
das pessoas dos elementos água e fogo, que muitas vezes gastam até o que não têm. O
indivíduo do elemento terra gosta de pássaros presos em viveiros ou em gaiolas, mas se é
influenciado pelo elemento ar, prefere ver as aves soltas e livres.

Quando qualquer indivíduo necessita recompor, restaurar ou ampliar suas energias,


especialmente a energia sutil, pode captá-las na Natureza a partir do elemento ao qual está
mais diretamente ligado. Uma pessoa do elemento fogo, por exemplo, pode recompor suas
energias perto de uma fogueira ou se expondo ao Sol, deixando os raios solares penetrarem
sua boca e se projetarem no véu palatino. Se sua segunda predominância for o elemento ar,
deve praticar algum tipo especial de respiração para ser beneficiado, como respirar lenta e
profundamente, da mesma forma que a pessoa do elemento ar recompõe suas energias
caminhando ao ar livre ou expondo-se a uma brisa suave. Enquanto a pessoa do elemento ar
tem tendência ao vegetarianismo, preferindo inclusive medicamentos vegetais, o indivíduo do
elemento terra é geralmente comilão e, se seu segundo elemento é o fogo, está sujeito a ser
insaciável e a preferir alimentos pesados, cujo processo de assimilação é lento e o de
desassimilação mais lento ainda, fazendo-o engordar.

O indivíduo do elemento terra tem admiração pelos penhascos e montanhas e sente-se bem à
sombra das árvores. Quando é influenciado pelo elemento ar, gosta de alpinismo. Tem muita
energia sexual, mas não se entrega a aventuras amorosas, ao passo que a pessoa do elemento
fogo tem muita necessidade sexual e a pessoa do elemento ar é voluptuosa.

A pessoa do elemento terra recompõe facilmente sua energia sutil quando se recosta a uma
pedra, a um rochedo ou a uma árvore, da mesma forma que uma pessoa do elemento fogo se
recompõe sob o Sol e uma pessoa do elemento água se recompõe em contato com a água.

O indivíduo do elemento terra não exige muita liberdade no seu modo de viver e se adapta
bem às circunstâncias porque é naturalmente ponderado. E não explode facilmente, embora
resista muito às transformações sociais, morais e religiosas porque o seu forte é a fixidez.

A pessoa do elemento terra corresponde ao biótipo pulmonar ou tai yin, que os japoneses
chamam de tipo vaca. Tem o corpo gelado, é friorento e tem muita transpiração. Possui
pernas curtas e pescoço bem desenvolvido. Tem excesso de energia no fígado e escassez de
energia nos pulmões. Tem tendência a sofrer de doenças respiratórias e intestinais,
hemorroidas, hipertensão ou hipotensão. Gosta muito de sais minerais e vitaminas e de
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tratamentos à base de massagem, pressão local, cataplasma e unguento. O sabor picante, em


doses moderadas, é benéfico para as suas funções respiratórias. Em sua dieta deve incluir
alho, cebola, rabanete e pistache, além de que o sabor doce lhe é conveniente justamente pelo
excesso de energia no fígado e escassez de energia nos pulmões. Quando está em
desequilíbrio, pode adquirir doenças relacionadas com os ossos e os músculos.

O indivíduo do elemento terra é persistente e teimoso porque, mesmo tendo consciência de


que está errado, não muda de opinião. Geralmente não gosta do lado abstrato das coisas, como
filosofia e metafísica. Está sempre em contato com os sentidos físicos e com o aqui e o agora
do mundo material. Persiste até alcançar seus objetivos porque sabe como deve se adaptar ao
mundo para ganhar a vida e suprir suas necessidades. Como tem uma percepção inata de
como funciona o mundo material, é mais paciente e disciplinado que os indivíduos dos outros
elementos, pois confia mais nos sentidos e no raciocínio do que na intuição, na inspiração e
nas teorias. É objetivo, interesseiro e tem facilidade para se relacionar com outras pessoas.
Tem os pés no chão porque acredita mais na razão prática das coisas e está mais ligado aos
elementos da subsistência e do suprimento das necessidades básicas. O indivíduo do elemento
terra é receptivo como a terra, mas de decisão forte e com grande força de vontade. É
persistente e eficiente e fala e age de forma objetiva e cautelosa. Como se liga mais às coisas
materiais, se apega facilmente à rotina e à ordem.

O psicólogo C. E. O. Carter diz: “O indivíduo do elemento terra vê a Natureza como um


campo para a manifestação da vida e, através da sua afinidade instintiva com o mundo
material, é capaz de ajudar a manter a vida com a utilização e o domínio de processos
naturais, enquanto que, para o indivíduo do elemento ar, a Natureza deve ser percebida e bem
compreendida para ser utilizada de forma correta e completa”.

A pessoa do elemento terra é mais de fazer do que de mandar fazer, enquanto que a pessoa do
elemento fogo manda, administra, incentiva e resolve problemas, e a pessoa do elemento ar
manda, mas não incentiva porque sai de perto. Embora o fogo se apresente em chamas
irrequietas e um tanto livres, está sempre ancorado em alguma coisa, especialmente nos
minerais ou vegetais do elemento terra. O ar é praticamente livre porque se desloca
rapidamente para lugares diferentes, ficando preso somente à força da gravidade.

Embora a atividade sexual do indivíduo do elemento terra não seja praticada com muita
intensidade, ele a manifesta de forma um tanto brutal. Enquanto o homem gosta de prole
numerosa, a mulher geralmente é uma dona de casa eficiente porque é firme em seus
propósitos e bem apegada aos filhos e ao lar. A pessoa do elemento terra não é colérica nem
explosiva, mas pode ser rancorosa, enquanto que a pessoa do elemento fogo ou do elemento
ar é explosiva, mas não rancorosa. O indivíduo do elemento terra dificilmente se envolve com
os outros. Prefere ser comedido, medindo e pesando todas as consequências.

O artista retrata muito as coisas ligadas ao elemento que lhe é peculiar. Há uma interação na
Natureza, em que uma coisa se reflete na outra e os elementos se refletem na personalidade
humana, deixando evidente que as formas de existência são dependentes umas das outras e
que tudo está ligado entre si. Diz o mestre Philippe de Lyon: “Cremos constituir um único ser
e há milhões de seres em nós. Cremos possuir um pensamento e agir por nossa própria conta
e, no entanto, sofremos a influência de todos os seres que estão conosco. Cremos possuir uma
coisa e essa coisa é propriedade também de outros seres que muitas vezes nem conseguimos
ver”. Todas as coisas se interdependem porque, de alguma forma, estão unidas por elos
comuns, mas em níveis diferentes. Seja em qualquer nível, coisa alguma está isolada porque
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há sempre um vínculo entre uma coisa e outra. Esse elo também existe na personalidade
humana e pode ser nitidamente observado quando se compara a maneira de ser de uma pessoa
com as características dos elementos da Natureza, cujo reflexo depende do grau de relação
que a pessoa tem com os elementos.

Então, as características e a maneira de ser de uma pessoa nada têm a ver com o espírito, mas
com o corpo físico? De certa forma é assim, pois é a matéria, em níveis genéticos e
elementais, que marca as características e a maneira de ser da pessoa, mas o corpo físico,
mesmo moldado segundo as bases genéticas e elementais, tem a forma exata que um
determinado espírito precisa para se desenvolver. Portanto, o que a pessoa mostra ser é
inerente ao seu corpo de forma passiva e inerente ao seu espírito de forma ativa. É como se o
corpo físico fosse um instrumento musical e o espírito fosse um musicista. As características
do som são inerentes ao instrumento, ao elemento passivo, e a habilidade de tocá-lo é inerente
ao musicista, ao elemento ativo. O instrumento não é moldado pelo musicista, mas apenas
usado por ele conforme a sua capacidade musical, pois quando um pianista se apresenta em
público, precisa de um piano e não de uma flauta. Assim também é a relação entre espírito e
corpo.

O corpo é moldado independentemente do espírito, mas é possuído por um espírito que


precisa exatamente dele. Não fosse assim, a hereditariedade estaria ligada ao espírito e não ao
corpo, e o filho não teria as características dos pais, mas de sua própria encarnação anterior, e
suas características pessoais estariam ligadas à sua linhagem espiritual e não à sua linhagem
biológica. A ciência prova o contrário, alegando que as características pessoais são fruto da
hereditariedade biológica, morfológica, psicológica e emocional.

Muitas vezes o filho tem as mesmas características temperamentais dos pais e até de
ancestrais ainda vivos. Então, como explicar que o temperamento é inerente ao espírito e não
à matéria? Exemplo: A capacidade de irritabilidade de uma pessoa está implícita no seu corpo
de forma passiva e pode ou não ser ativada, em maior ou menor grau, pelo espírito.

Tanto isto é verdade que, na fisiologia experimental, quando se estimulam mecanicamente


certas áreas do cérebro de um animal, nele é imediatamente despertada uma reação específica,
como a agressividade. Se o espírito é calmo, ele não ativa a agressividade inerente ao seu
corpo, tal como o piano que tem um teclado repleto de notas musicais, mas uma só nota não
soa se não for tocada pelo pianista, pois cabe ao pianista tocar as notas adequadas e evitar as
inadequadas para produzir uma música. Portanto, é o pianista quem tem que saber usar as
notas certas para que suas músicas sejam executadas de forma perfeita, e é exatamente isso
que acontece na relação entre espírito e corpo físico.

É a matéria que traz as características pessoais registradas, as quais correspondem exatamente


às que o espírito precisa aprender a corrigir, superar e vencer. Se as características fossem
inerentes só ao espírito, não haveria necessidade da sua encarnação na matéria, já que ele teria
em si mesmo todas as possibilidades de execução. Porém, o corpo é preparado com barreiras
que devem ser superadas e vencidas pelo espírito, que tem necessidade de receber um corpo
para se desenvolver.

Não há conflitos quando se diz que as características pessoais resultam da natureza genética,
como afirma a ciência oficial, ou que resultam dos elementos da Natureza, como afirmam
certas correntes místicas. O que dificulta a compreensão é quando as religiões e o misticismo
dizem que é o espírito e não a matéria que responde pela maneira de ser da pessoa. Na
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verdade, a matéria é o instrumento musical e o espírito é o musicista, e cada musicista recebe


o instrumento musical mais adequado para o exercício da sua arte.

Oração do Elemento Terra


Sou a terra!
Meu nome e o do planeta se confundem.
Dos homens eu sou o corpo.
Junto com minha irmã água formo o sangue do corpo humano e de muitos outros seres.
Dou força, dou estabilidade.
Todos os seres me procuram para, em mim, construir suas moradias.
Sou o chão, as paredes, as montanhas e o leito das águas.
Não tenho fúria, mas me movo lentamente em forma de placas.
Temem meu movimento, mas é assim que renovo a superfície.
Não obedeço a nenhuma lei, a não ser a do Criador.
Sou a abundância da vida.
De mim nascem as plantas e em mim muitos seres se abrigam e se reproduzem.
Tenho várias cores e curo todos os males.
Sei toda a história que aconteceu sob o meu antigo olhar.
Em minhas formas deixo escapar trechos dessa história.
Conto tudo apenas àqueles que têm amor.
Homens, acordem!
Muito do seu corpo é feito de mim, mas vocês cospem em mim seus dejetos.
Retiram impiedosa e descontroladamente partes e mais partes de mim.
Levo milhares de anos para crescer e vocês levam apenas alguns anos para me devorar.
Vocês me devolvem minhas partes totalmente contaminadas e desfiguradas.
Usam meus filhos para sujar meus irmãos água e ar.
Seus atos sufocam e empobrecem meus filhos.
Tenho muito para lhes dar, tenho muito a lhes falar.
Ouçam todos os meus filhos e saberão o segredo da abundância.
Posso mostrar-lhes meus tesouros, mas só se seus corações estiverem plenos de amor.
Trago o ouro que embeleza as almas, trago a riqueza que cura seus corpos.
Sou seu tesouro e lhes espero para partilhar com vocês minha riqueza.
Sou a matéria.
Ao aprenderem a tocar em mim, verão desabrochar toda a minha abundância.
Irmãos da Terra!
É chegada a hora de limpar do solo o sangue derramado pela cobiça dos homens.
Das areias dos desertos às profundezas dos mares e aos mais altos cumes.
Que a abundância seja trazida de volta, a abundância da vida!
Que os seres possam novamente se abrigar em meu seio e nele encontrar a saúde.
Que os venenos derramados pelo homem sejam transformados
E nunca mais habitem nossas entranhas.
Que o homem reaprenda o valor que a vida tem, pois seu maior tesouro é a vida.
Que respeite todos os nossos irmãos que habitam o seu corpo.
Que entenda que não pode escravizar por tanto tempo os nossos irmãos.
Que entenda que habita nele o seu maior tesouro.
A terra ensinará ao homem o caminho da abundância!

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Trabalhando magicamente com as cores das velas


Cada cor de vela tem uma finalidade energética específica. A vela é um dos instrumentos de
focalização da sua energia até o self, isto é, até si mesmo (a). Ela é usada também para
representar a Deusa e o Deus, os quatro pontos cardeais - norte, sul, leste, oeste, e os quatro
elementos - água, ar, fogo, terra.

Amarela: Simboliza a energia solar, a ação, a criatividade, a inspiração, o intelecto, as


mudanças súbitas e a unidade. Nos rituais, aumenta o poder de concentração e de imaginação.
Essa vela é usada em feitiços que envolvem aprendizagem, atração, charme, confidências e
persuasão, além de ajudar a quebrar bloqueios mentais e a estimular os estudos. Dia:
domingo.

Amarelo-clara ou dourada: Simboliza a energia solar, ativa a compreensão e atrai as


influências dos poderes cósmicos da Deusa e dos poderes divinos masculinos. Essa vela é
usada em rituais e feitiços para afastar a negatividade, encorajar, trazer estabilidade e atrair
dinheiro ou sorte com rapidez.

Azul: Cor espiritual utilizada em rituais para atrair harmonia, luz, paz, saúde e bons sonhos. É
usada em magias que envolvem bondade, conhecimento, estabilidade, honra, projeção astral,
proteção durante o sono, tranquilidade e verdade, e em feitiços que envolvem calma,
compreensão, criatividade, estabilidade no emprego, fidelidade, harmonia no lar, paciência,
poderes ocultos, proteção, sabedoria e sonhos proféticos. Dia: quinta-feira.

Azul-clara: Cor espiritual que irradia a energia do signo de Aquário. Essa vela é usada para
sintetizar situações, atrair paz e tranquilidade para o lar e ajudar durante a meditação de
devoção e de inspiração.

Azul-royal: É a cor da alegria e da jovialidade. É usada para atrair a energia de Júpiter ou


qualquer outra energia que se queira potencializar.

Branca: Por ser o branco a mistura de todas as cores, a vela branca é usada para fazer todo e
qualquer pedido, inclusive quando se desconhece a cor correspondente ao pedido. É usada em
rituais que envolvem alinhamento espiritual, adivinhação, exorcismo e meditação, e em
feitiços que envolvem alto astral, energia lunar, clarividência, consagração, cura, força
espiritual, limpeza, paz, poder, pureza, saúde, totalidade e verdade. Dia: quarta-feira.

Cinzenta: É uma cor neutra que ajuda na meditação. Na magia, essa cor simboliza confusão,
mas também neutraliza as forças negativas.

Índigo: Simboliza a energia de Saturno. A cor índigo é usada para equilibrar o carma e em
rituais que requerem um elevado estado de meditação. Sendo a cor da inércia, ela tem o poder
de deter pessoas ou situações, neutralizar magias lançadas por outrem e quebrar maldições,
mentiras e competições indesejadas.

Laranja: Usada em rituais para estimular a energia e a criatividade e alcançar justiça, metas
profissionais e sucesso.

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Marrom: Usada em rituais para aumentar o equilíbrio e a força material e atrair o poder de
decisão, o sucesso financeiro, a concentração nos estudos e a telepatia. Usada também em
feitiços para proteger os familiares e os animais domésticos e localizar coisas perdidas.
Prateada ou cinza-clara: Atrai a energia da Grande Mãe e dos poderes divinos femininos.
Usada em rituais em honra às deidades do Sol e em rituais para remover a negatividade,
encorajar a estabilidade, desenvolver as faculdades psíquicas e ajudar na meditação. É usada
em feitiços para atrair o poder das influências cósmicas e a vitória.

Preta: Atrai a energia de Saturno e simboliza o desdobramento, a discórdia, a libertação, a


proteção e a reversão. A cor preta é usada em rituais para afastar o mau-olhado, limpar a
negatividade, repelir a magia negra e formas mentais negativas, abrir os níveis do
inconsciente e induzir ao estado de meditação.

Púrpura ou Roxa: Atrai a energia de Netuno e é usada em rituais que envolvem a cura e as
manifestações psíquicas. É também utilizada em feitiços que envolvem adivinhação,
idealismo, honra, poder, progresso, proteção, quebra de má sorte, contato com entidades
astrais e para afastar o mal. Dia da semana: quarta-feira.

Verde: Usada em rituais para atrair a cura e a sorte e em feitiços que envolvem abundância,
ambição, casamento, crescimento, dinheiro, equilíbrio, fertilidade, finanças, generosidade,
harmonia, prosperidade, rejuvenescimento, saúde, sorte e sucesso.

Verde-esmeralda: Importante componente nos rituais venusianos, essa cor é usada em rituais
para atrair o amor e a fertilidade e estimular as relações sociais.

Verde-escura: Como a verde-escura é a cor da ambição, do ciúme, da cobiça e da inveja, a


vela de cor verde-escura atrai as influências dessas forças durante os rituais.

Vermelha: Atrai as energias dos signos de Áries e Escorpião. Usada em rituais que envolvem
amor, aumento de magnetismo, coragem, energia, fertilidade, força, paixão, potência sexual,
saúde e vontade de poder. Ela serve também para se atingir metas e afastar o medo, a preguiça
e o desejo de vingança.

Oráculo da chama da vela


Acenda uma vela, visualizando um pedido ou uma pergunta para a qual deseja uma resposta.
 Se a vela não acende imediatamente: O seu astral pode estar baixo e o elemental pode
não estar querendo responder à sua pergunta;
 Se a chama da vela tem cor azulada: O elemental está perto de você;
 Se a chama da vela é intermitente, piscante ou vacilante: Seu pedido será atendido,
mas sofrerá modificações;

 Se a chama da vela solta fagulhas: Você encontrará alguém que vai lhe ajudar a
realizar seu pedido;
 Se a chama da vela assume a forma espiralada: Seu pedido será atendido;
 Se o pavio da vela está repartido ou a vela possui mais de um pavio: O elemental não
compreendeu o seu pedido;
 Se a vela chora muito: A realização do seu pedido será difícil, mas não impossível;
 Se a vela se apaga: Esqueça a sua pergunta ou o seu pedido.
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Se sobrar restos da vela, refaça mais uma vez o seu pedido ou a sua pergunta.

CRISTAIS

Círculo de Pedras
Se desejar mudar a energia de um objeto, como uma joia ou o que for, apanhe um punhado de
pedras de alta vibração, em número ímpar, e forme com elas um circulo sobre uma mesa, no
chão, ou ainda melhor, na terra. Escolha um lugar onde as pedras possam permanecer pelo
menos um dia inteiro. Assim que as pedras estiverem arrumadas, coloque o objeto a ser
carregado bem no centro do círculo. Isto é tudo o que você deverá fazer, porque as pedras, por
si mesmas, farão sua magia, enviando fortes vibrações ao objeto colocado no centro do
círculo. Se desejar fortalecer o poder do encantamento, desenhe a runa apropriada em cada
pedra antes de formar o círculo, o que permitirá que o objeto seja impregnado de energias
específicas. Exemplo: Se um anel for dado a alguém que você ama, desenhe nas pedras as
runas do amor e da proteção para assegurar que o receptor do anel seja banhado de vibrações
de amor e proteção.

Pote de Pedras
Encha uma jarra ou um pote velho com pedras de baixa vibração e mantenha-o em um lugar
escondido de sua casa, onde jamais seja visto ou tocado. As pedras espalharão suas baixas
energias por toda a casa, trazendo calma e paz. Seu lar será feliz e você ficará livre de grandes
problemas e embaraços.

Saco das Sete Pedras


Este encantamento requer sete pedras de alta ou baixa vibração, e cada uma deverá ser de uma
cor: amarela, branca, laranja, marrom, preta, verde e vermelha. Seria melhor se você sozinho
(a) conseguisse encontrar essas pedras. Os leitos dos rios são lugares excelentes para procurá-
las. Se isso não for possível, compre-as então. Ponha as pedras dentro de uma bolsa feita com
um pedaço de pano natural, tingido de amarelo. O tecido de algodão é excelente. Quando
desejar ter uma breve visão do futuro, apanhe a bolsa e, sem olhar, retire uma das pedras. Ela
revelará as condições atuais e futuras:
Amarela: lições e sabedoria
Branca: paz e tranquilidade
Laranja: sorte
Marrom: objetos, posses e presentes
Preta: negatividade
Verde: amor e dinheiro
Vermelha: discussões e paixão

Cristais especiais para cada caso


Abundância e prosperidade: Aventurina, diamante, esmeralda, jade, malaquita, topázio
amarelo
Adivinhação: Ágata, azurita, hematita, lápis-lazúli, obsidiana, olho-de-tigre, pedra da lua
Amor espiritual: Crisoprásio, kunzita, larimar, quartzo-róseo, turmalina rosa
Angústia e falta de espaço: Esmeralda
Comunicação: Água-marinha, topázio azul, topázio imperial, turquesa
Cura: Água-marinha, cristal de quartzo
Intuição: Ágata-musgosa, água-marinha, lápis-lazúli, pedra da lua
Meditação: Ágata-de-fogo, azurita, cornalina, safira
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Mediunidade: Azurita, quartzo fumê


Memória: Calcita
Proteção: Turmalina negra
Pureza e fidelidade: Diamante
Regressão: Azurita, jaspe marrom, malaquita, variscita
Sonhos: Calcedônia, malaquita, pérola, safira
Transformação: Ametista

Dependendo da necessidade, a pedra, sua cor e sua lapidação podem influenciar. Exemplos:
 Mudar mental e espiritualmente, modificando todas as imperfeições que se carrega, e
buscar o caminho da iluminação perfeita: Uma ametista em forma de estrela de seis
pontas que, na tradição judaica, representa a ascensão, o corpo de luz;
 Preocupação com os estudos, especialmente no período de provas, exames e
vestibulares: Um amuleto em forma de margarida, em cujo centro haja um topázio
amarelo que representa o Sol, a ação e a energia necessária, e cujas pétalas sejam
feitas com calcita para fortalecer a memória. Se não conseguir criar o amuleto, monte
uma mandala.

Teste das fadas


Há duas maneiras de descobrir o elemento que mais pode auxiliar você: uma é pela astrologia,
através do seu signo solar, e a outra é através da primeira vogal do seu nome. Consulte a
tabela abaixo para saber qual é o seu elemento:

Vogal Elemento Elementais Signo Zodiacal


A Éter - éter é a junção de todos os elementos
E Ar Silfos Gêmeos, Libra, Aquário
I Fogo Salamandras Áries, Leão, Sagitário
O Água Ondinas Câncer, Escorpião, Peixes
U Terra Gnomos Touro, Virgem, Capricórnio

Reflita: O bem e o mal não existem; é o pensamento que os cria.


William Shakespeare

Incensos
O incenso age como um talismã ambiental, podendo inclusive higienizar e proteger o
ambiente. Antigamente as pessoas queimavam incensos para conseguir conquistar as boas
graças dos deuses, pois acreditavam que, dessa forma, seus pedidos chegavam mais depressa
até eles.

Abeto: Combate a fadiga


Absinto: Combate o nervosismo
Acácia: Estimula a busca espiritual
Agreste: Estimulante e antidepressivo
Água-fresca: Combate a dificuldade de concentração
Alecrim: Combate a apatia, o cansaço mental e a indecisão
Alfazema: Ajuda a combater o estresse e a acalmar
Algas: Combate a ansiedade e a tensão
Almíscar: Estimula a paciência e o raciocínio
Aloé: Combate a apreensão e o nervosismo
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Âmbar: Afrodisíaco e fortificante


Amêndoas: Combate a insônia e seus males
Andiroba: Combate a preguiça
Angélica: Fortalece a compreensão e a paciência
Anis: Combate a apreensão e a vertigem
Antifumo: Purifica o ar e restaura as vibrações energéticas
Antimagia: Retira as energias negativas
Arruda: Combate a depressão, o medo e a tensão
Artemísia: Estimula a concentração e o raciocínio
Axé: Proporciona bem-estar físico e mental
Axyris: Atrai o (a) parceiro (a) ideal
Azarrô: Fortalece o poder de sedução
Bálsamo: Combate a irritabilidade
Baunilha: Combate a depressão e as atitudes impulsivas
Benjoim: Limpa o ambiente de energias negativas
Bergamota: Relaxante
Bouquet: Combate a frieza emocional
Cajepute: Combate a apatia e o desânimo
Calandre: Combate a insônia e é relaxante
Calêndula: Combate o desânimo e estimula a fé
Calma: Indicado para dor de cabeça, estresse e insônia
Camomila: Estimula o raciocínio e é calmante
Cananga: Afrodisíaco
Canela: Aguça a intuição e o raciocínio
Cânfora: Proporciona a limpeza energética do ambiente
Capim: Proporciona a sensação de frescor e tranquilidade
Cardamomo: Controla o comportamento explosivo
Cedro: Fortalece o corpo e a mente e traz vitalidade
Cenoura: Limpa a mente e estimula a reflexão
Cereja: Afrodisíaco
Cipreste: Ajuda a esquecer as más recordações
Citronela: Tranquilizante
Citrus: Combate a depressão e o nervosismo
Copaíba: Estabiliza as fortes emoções
Cravo: Acalma e estimula a reflexão
Cravo e canela: Proporciona bem-estar físico e mental
Dama-da-noite: Estimula a sensualidade
Energia: Combate o cansaço e o estresse
Erva-cidreira: Combate a timidez e estimula a autoconfiança
Erva-doce: Calmante
Ervas finas: Fortalece a sensibilidade
Espiritual: Fortalece a religiosidade e a prática da oração
Eucalipto: Dá disposição para o desempenho das tarefas diárias
Floral: Combate a angústia, o medo e a raiva
Flor de laranjeira: Quebra o estresse causado pela rotina
Flor de pitanga: Fortalece o estado emocional
Flor-do-campo: Combate a apatia e o desgosto
Flor-do-nepal: Combate a depressão e estimula a reflexão
Frenesi: Afrodisíaco e relaxante
Funcho doce: Espanta as crises existenciais e a depressão
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Gardênia: Restaura a paz e protege a alma


Gengibre: Combate o cansaço e a fadiga
Gerânio: Combate o cansaço mental e estimula a coragem
Grapefruit: Aguça a imaginação
Harmonia: Traz equilíbrio energético ao ambiente
Herbal: Combate a insegurança e a tensão
Hora íntima: Estimula a sensualidade
Hortelã: Traz ânimo e disposição
Hortelã-pimenta: Estimula a criatividade
Ilangue-ilangue: Fortalece a espiritualidade
Indígena: Ameniza pequenos males
Infantil: Estimula a afetividade
Ipê-roxo: Estimula a concentração
Jaborandi: Traz bem-estar e atrai energias positivas
Jasmim: Fortalece a afetividade e o amor
Kashmir: Dá um ar de sensualidade ao ambiente
Lama negra: Controla a euforia demasiada
Lavanda: Combate a agitação e a insônia
Lima: Traz calma e autocontrole
Limão: Afasta o cansaço e a preguiça
Limette: Traz ânimo e disposição
Lírio: Estimula a criatividade e a presença de espírito
Lótus: Estimula a renovação espiritual
Maçã: Dá disposição para o desempenho das tarefas diárias
Maçã verde: Estimula a autoconfiança
Macela: Energiza o ambiente positivamente
Madeira: Conforta e ampara
Manjericão: Fortalece a memória e o raciocínio
Maracujá: Estabiliza o estado emocional
Marine: Estimula a criatividade e a personalidade
Mel: Ajuda a superar mágoas e rancores
Melaleuca: Traz sensação de bem-estar
Melissa: Combate a apreensão e a insônia
Menta: Controla as atitudes impulsivas
Mil-flores: Purifica o ar
Mirra: Estimula a intuição e o bom senso
Morango: Estimula a sensualidade
Moscatel: Energizante e aguçador da criatividade
Musk: Traz sensualidade ao ambiente
Narciso: Traz afetividade e amor
Olíbano: Estimula a paciência
Opium: Relaxante físico e mental
Paco: Combate a agressividade e estimula o raciocínio
Palmarosa: Combate a insônia
Papaia: Energizante e traz disposição
Patchuli: Antidepressivo
Pau-rosa: Ajuda a combater o desânimo e a mágoa
Pêssego: Aumenta a sensualidade e a vitalidade
Petit-grain: Estimula a memória
Phebo: Combate a depressão e o estresse
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Pinho: Combate o esgotamento físico e mental


Primavera: Combate o medo, o pânico e a raiva
Querubim: Fortalece os relacionamentos em crise
Raízes: Estimula a capacidade intuitiva
Rosa branca: Protege contra energias negativas
Rosa musgosa: Afasta a dificuldade de concentração e a preguiça
Rosas: Aproxima e reconcilia
Sálvia: Traz equilíbrio entre a mente e o corpo
Sândalo: Estimula a meditação
Sésamo: Combate a insegurança e o medo
Sete-ervas: Atrai energias positivas
Silvestre: Evita o nervosismo e as vertigens
Stileto: Reacende os relacionamentos
Sucesso: Traz vibrações positivas
Talco: Estimula a concentração
Tangerina: Fortalece a memorização
Tomilho: Restaura o equilíbrio emocional
Tulasi: Afasta lembranças negativas
Uva: Afrodisíaco
Verbena: Estimula o bom humor e ajuda a superar as mágoas
Vetiver: Energiza o ambiente positivamente
Vivre: Traz alegria e felicidade
Zimbro: Estimula a renovação transcendental

Avaliação
Teste dos Elementos (acrescentar o teste dos elementos)

Bibliografia
. Bruxaria Natural I – Escola de Magia - Tânia Gori - Editora Alfabeto
. Guia das Bruxas Sobre os Fantasmas e o Sobrenatural - Gerina Dunwich
. Manual de Bruxaria – Livro Eletrônico – Zetek

Elaboração: Casa de Bruxa


Diagramação: Elisangela Sanches.

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Uma publicação eletrônica da EDITORA SUPERVIRTUAL LTDA.


Colaborando com a preservação do Patrimônio Intelectual da Humanidade.

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E-Mail: supervirtual@supervirtual.com.br
(reprodução permitida para fins não-comerciais)

Malleus Maleficarum – O Martelo das Feiticeiras –


Os Instrumentos de Tortura da Santa Inquisição

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Compêndio de Instrumentos de
Tortura e Execução na Idade Média
Européia
Por Cristine Vieira Vilarino

I - Instrumentos de Execução
1 - Espada, Machado e Cepo
A decapitação com a espada, entretenimento público,
desde o início da Idade Médi a, é, ainda hoje, utilizada
em alguns países do terceiro Mundo. Era necessária
uma longa aprendizagem para aprender a manejar a
espada com precisão, de modo a decepar a cabeça com
um golpe só, coisa que a multidão muito apreciava,
como um sinal da habilidade do carrasco.
Os executores mantinham-se "em forma" treinando
com animais nos matadouros ou com espantalhos de cabeça de cabaça.
A decapitação, pena suave quando executada com habilidade, estava reservada
exclusivamente a condenados nobres e important es. Os plebeus eram executados de outras
formas, que garantiam agonias mais prolongadas, das quais a mais freqüente e mais rápido
era o enforcamento comum, no qual a vítima era erguida e lentamente estrangulada - ao
contrário do enforcamento à inglesa, que faz to mbar a vítima de certa altura com a corda ao
pescoço, provocando ruptura das vérteb ras cervicais e da medula espinhal.
Distinção importante: o cepo só era usado em conjunto com o machado; nas decapitações
com a espada, o condenado deveria manter-s e ereto, enquanto o ex ecutor efetuava um
movimento horizontal com a lâmina, ceifando o pescoço.

2 - O Garrote
Consistia o garrote em um poste de madeira provido de um
colar de ferro ou, menos comum e eficientemente, de couro
duro, e que se apertava progressivamente por meio de um
parafuso. Havia duas versões essenciais deste instrumento:
a) a versão tipicamente espanhola, na qual apertando se o
parafuso, fazia-se apertar a argola de ferro, matando a
vítima por asfixia;
b) a versão catalã, no qual havia, na nuca do condenado,

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um punção de ferro, que, ao apertar-se o co lar, penetrava e quebrava as vértebras


cervicais, ao mesmo tempo que empurrava o pescoço para a frente, provocando o
esmagamento da traquéia contra a argol a, matando tanto por asfixia como pela
destruição da medula espinhal ou do bulbo cerebral. A presença deste aguilhão não
garante uma morte rápida; antes, pelo contrário. A agonia podia ser mais ou menos
prolongada, dependendo do humor do carrasco.
O primeiro tipo foi usado na Espanha até a morte de Franco, em 1975, altura em
que o rei Juan Carlos aboliu a pena capital.
O segundo tipo, usado até princípio deste século na Catalunha e na América
Central, ainda é utilizado, em alguns pa íses do Terceiro Mundo, como instrumento
de tortura e execução.

3 - Emparedamento
O emparedamento, utilizado já no tempo dos romanos, para punir as vestais que perdiam
sua virtude, dispensa qualquer explicaç ão. A vítima era sepultada viva, morrendo,
dependendo do local de confinamento, de sede e fome, ou simplesmente asfixiada.

4 - As Gaiolas Suspensas
Desde a Alta Idade Média até finais do séc. XVIII, as paisagens urbanas e suburbanas da
Europa abundavam de gaiolas de ferro e made ira, no exterior de edifícios municipais,
palácios de justiça, catedrai s e muralhas de cidades, assim como penduradas em postes
situados nas encruzilhadas de diversos cami nhos ; freqüentemente havia várias gaiolas em
fila, umas ao lado das outras.
Em Florença, Itália, havia dois locais reservados às gaiolas: um na esquina do Bargello, na
Via Aguillara com a praça San Firenze, e o outro num poste fixado na colina de San
Gaggio, passada a Porta Romana, junto à estrada para Siena. Em Veneza, tida como um dos
prováveis locais de origem da gaiola celular , estas erguiam-se na Ponte dos Suspiros e nos
muros do Arsenal.
As vítimas, nuas ou quase nuas, eram fechadas nas gaiolas suspensas, que não eram muito
maiores que seus corpos; morriam de fome e sede, de mau tempo e frio no Inverno, de
queimaduras e insolação no Verão e eram muitas vezes torturadas e mutiladas para melhor
servir de exemplo. Os cadáveres em putrefação eram, na maior parte das vezes, deixados in
situ, até o desfazimento do esqueleto.

5 - A Roda Para Despedaçar


A roda para despedaçar era, depois da forca, a forma mais comum de execução na Europa
germânica, desde a Baixa Idade Média até princípios do séc. XVIII; na Europa latina e
gálica, o despedaçamento era feito por meio de barras maciças de ferro e maças, em lugar
da roda.

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A vítima, nua, era esticada de barriga para cima na roda (ou no


chão ou no patíbulo), com os membros estendidos ao máximo e
atados a estacas ou anilhas de ferro. Por baixo dos pulsos,
cotovelos, joelhos e quadris, co locavam-se atravessados suportes
de madeira. O verdugo aplicava violentos golpes com a barra,
destroçando todas as articulações e partindo os ossos, evitando dar
golpes que pudessem ser mortais. Isso provocava, como é fácil
imaginar-se, um verdadeiro paroxismo de dor, o que muito divertia
a platéia1 .
Depois do despedaçamento, desatavam o condenado e
entrelaçavam-lhe os membros com os raios da grande roda,
deixando-o ali até que sobreviesse a morte, ao cabo de algumas horas, ou até dias.
Os corvos, outrossim, arrancavam pedaços de carne e vazavam os olhos até a chegada do
último momento. Esta era a mais atroz e longa agonia prevista dentre todos os
procedimentos de execução judicial.
Junto com a fogueira, o despedaçamento ou de smembramento era um dos espetáculos mais
populares que tinham lugar nas praças da Europa. Multidões de plebeus e nobres
deleitavam-se ao contemplar um bom desp edaçamento, como comprovam várias gravuras
da época.

6 - Submersão em Azeite
A submersão em azeite podia ser tanto uma forma de execução como de interrogatório,
tanto judicial como extrajudicial. O prisioneiro, suspenso pe los braços no teto, era baixado,
por meio de um sistema de corda e roldana, dentro de um caldeirão cheio de azeite em
ebulição. Este suplício podia ser aplicado em conjunto com a estrapada (!) e quase que
invariavelmente, provocava a morte da vítima; na melhor das hipóteses, deixava-a inválida
para toda a vida.

7 - A Serra
A serra era outro meio de execução
extremamente cruel, no qual a vítima,
suspensa pelos pés, era serrada ao meio, de
cima para baixo, a partir de entre as pernas.
Esse tipo de execução podia ser levada a cabo
com qualquer tipo de serra de lenhador
utilizada a quatro mãos e de dentes grandes.
A história conta que vários mártires - santos,
religiosos, laicos - sofreram esse suplício,
talvez pior que a cremação lenta ou a imersão
em azeite fervente. Devido á posição
invertida, que assegu ra a oxigenação do
cérebro e impede a perda geral de sangue
o condenado não perde a consciência até que
a serra alcançava o umbigo, ou, às vezes, até
o peito.

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A Bíblia conta-nos que o rei hebr eu Davi exterminou os habitantes


de Rabah e de todas as outras cidades amonitas , pelo método de por
os homens, mulheres e crianças debaixo de serras, rastelos,
machados de ferro e fornos de tijo los. Esta espécie de beneplácito,
pouco menos que divino, contribuiu muito para a aceitação da serra,
do machado, do rastelo como me io de execução por gente bem
pensante da Igreja medieval.
A serra era aplicada freqüentemente a homossexuais de ambos os
sexos, principalmente a homens. Na Espanha, a serra foi um meio de
execução militar até meados do séc. XVIII, segundo várias
referências, que não citam, todavia, um só caso concreto. Na
Catalunha, durante a guerra da Independência (1808-1814), contra
os exércitos de Napoleão, os guerrilheiros espanhóis submeteram
dezenas de oficiais franceses e in gleses à serra, sem se preocupar
muito com as alianças do momento. Na Alemanha, a serra estava
reservada aos cabeças de movimentos rebeldes e na França, às
bruxas "engravidadas por Satanás".

8 - Empalamento
Esta era uma forma particularmente cruel de execução, visto que a
vítima agonizava por vários dias antes de morrer, demorando muito
a ficar inconsciente. Era, ao que se tem notícia, usada desde a
antigüidade; no séc. XVI, foi amplamente empreg ada pelos exércitos turcos que invadiam o
leste da Europa.
O método era simples: deitava-se a vítima de bruços e enfiava-se-lhe no ânus, no umbigo -
ou, talvez, tratando-se de uma mulher, na vagi na - uma estaca suficientemente longa para
transfixar o corpo no sentido longitudinal. Para que a estaca ficasse firme, era introduzida
no corpo do condenado a golpes de marreta. Em seguida, simplesmente plantava-se a estaca
no chão; a força da gravidade fazia o resto. O corpo simplesmente era puxado em direção
ao solo, enquanto a estaca rasgava lentamente as entranhas, num processo que podia durar -
dependendo da espessura da estaca e da capacidade de resistência da vítima - várias horas
ou até dias.
Ainda mais terrível era o "empalamento ao cont rário", tal coo era feito pelas tropas turcas
de janízaros que invadiam o leste da Euro pa no século XV. Segundo este método, a vítima
era suspensa pelos pés, o que impedia a hemo rragia e facilitava a oxigenação do cérebro;
assim sendo, o condenado demorava a perder os sentidos, permanecendo consciente
durante a maior parte da operação.

9 - Cremação
A cremação ou vivicombustão é conhecida como a forma de execução utilizada em casos
de bruxaria ou feitiçaria; na verdade, os roma nos já a utilizavam para os parricidas e os
traidores.
Na sua forma medieval, utilizada pela Inquis ição, o condenado só era queimado vivo se se
recusasse a abjurar, ou seja, renunciar aos e rros que o haviam arrastado àquela situação;
nesse caso, era estrangulado.

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Para garantir que a vítima morresse verdad eiramente nas chamas, e não asfixiada com a
fumaça, vestiam-na com uma camisola encharcada com enxofre.

10 - Mesa de Evisceramento
Este terrível suplício era levado a cabo em um aparelho especial, constante de uma mesa ou
tábua sobre a qual havia uma roldana e um sistema de cordas e pequenos ganchos. O
verdugo abria o ventre da vítima amarrada s obre a tábua, de mane ira a não poder debater-
se; em seguida, introduzia-lhe os ganchos na abertura, prendendo-os firmemente às
entranhas do condenado. Ao manipular a roldan a, as entranhas eram puxadas para fora,
com a vítima ainda viva; esta era então abandonada e deixada para morrer neste estado. A
morte demorava por horas ou até dias. Quanto mais tardasse - isto é, quanto mais o
condenado sofresse, maior era considerada a habilidade do carrasco.

II - Instrumentos Letais de Tortura


Os instrumentos citados a seguir são aquele s que, embora servissem como instrumentos de
interrogatório, podiam ser usados como instru mentos de execução - como por exemplo, a
Dama de Ferro - ou provocavam na vítima tais traumas e lesões que acabavam por matá-la
horas após sua aplicação. Por isso, só eram geralmente aplicados a condenados à morte,
cuja execução deveria seguir-se sem demora ; assim, obtinha-se a garantia de que as
vítimas, ainda que gravemente feridas, não escapariam à aplicação da justiça.

1 - As Cunhas ou Borzeguim
Este era um dos suplícios mais dolorosos que se poderia imaginar. A vítima era amarrada e
esticada no chão, com as pernas encerradas en tre quatro pranchas de carvalho, das quais o
par do lado externo era fixo, enquanto o inte rno era móvel. Introduzindo cunhas no espaço
de separação entre as duas pranchas móveis, era possível esmagar as pernas da vitima
contra a estrutura fixa da máquina.
Havia a tortura dita comum e a extraordinária; a diferença entre as duas era avaliada pela
quantidade de cunhas cada vez mais espessa s que eram cravadas na parte interna.
Este tipo de tortura, pelo fato de ser sempre - embora nem sempre imediatamente - fatal, só
era administrada a condenados à morte que devessem ser executados sem demora.

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2 - O Esmaga-Cabeças
Os esmaga-cabeças, instrumentos tipicamente medievais,
compunham-se de um capacete e de uma barra na qual se
colocava o queixo do torturado. Em seguida, por meio de
um parafuso, ia-se apertando o capacete, comprimindo a
cabeça do indivíduo de
encontro à base, no sentid o vertical. O resultado era
arrasador: primeiro destroçavam-se os alvéolos dentários;
depois, as mandíbulas; e finalmente, caso a tortura não
cessasse, os olhos saltavam das órbitas e o cérebro vazava pelo crânio fraturado.

3 - A Dama de Ferro
A história da tortura registra muitos inst rumentos em forma de sarcófago antropomorfo
com pregos em seu interior, que, ao fechar-se a porta, penetravam no corpo da vítima. O
exemplo mais conhecido foi a chamada "donzela de ferro" de Nuremberg, exemplar do
final do século XV, reprodução aperfeiçoada de exemplares mais antigos. O aparelho foi
destruído quando Nuremberg foi bombardeada, em
1944.
É difícil separar a lenda dos fatos quando se fala de
tal instrumento, pois restaram poucas descrições da
época, e a maioria do material publicado baseia-se em
investigações distorcidas do século XIX, opiniões
fantasiosas e românticas e testemunhos não oculares e
exagerados. Ao contrário do que se costuma afirmar,
a Dama de Ferro raras vezes era usada numa
execução intencional (embora, sem dúvida, o
condenado pudesse, devido a um lamentável
infortúnio, morrer asfixiado em seu interior).
A primeira referência confiável a uma execução com
a Dama de Ferro reporta-se a 14 de Agosto de 1515,
se bem que o instrumento já fose utilizado,
comprovadamente, há uns dois séculos.
Nesse dia, um falsificador de moeda foi aí
introduzido e as portas fechadas lentamente, pelo que
as pontas afiadíssimas lhe penetraram nos braços, na
barriga, e no peito, nas pernas em vários lugares, na
bexiga, nos olhos, nos ombros e nas nádegas, mas não
suficiente para o matar, e assim permaneceu a gritar e lamentar-se por vários dias, após os
quais morreu.
É provável que os cravos fossem desmont áveis e de vários tamanhos, de modo que
pudessem colocar-se em vários orifícios no interior do aparelho, tornando-se mais ou
menos cutilantes, segundo as exigências da sentença.
A Dama de Ferro era aplicada aos autores de crimes contra o Estado, que não fossem de
lesa-majestade, e também nos casos de mulher es adúlteras e de jovens ou viúvas que não
mantivessem sua castidade. Era também usada como instrumento de interrogatório, em

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casos específicos de mulheres suspeitas de bruxaria ou comércio com as forças do Inferno.


Nesse caso do interrogatório, era usada especi almente em mulheres, pois julgava-se que
estas poderiam suportá-la melhor que outr os métodos e por deixar poucas ou nenhuma
marca visível, sendo, além disso, praticam ente garantida a confissão da acusada.

4 - A Roda Vertical
Na roda vertical, que, como diz o nome, era erguida
perpendicularmente em relação ao chão, o corpo da vítima era
amarrado ao instrumento, o mais esticado possível. Em seguida
a roda era girada, expondo o tort urado, a cada volta, a pregos ou
brasas ardentes colocados no chão, sob a máquina. O resultado
final era o retalhamento lento ou queimaduras expostas por
toda a superfície do corpo, que, conforme sua gravidade,
poderiam levar à morte do torturado.

5 - Gaiola de Cravos
Atribui-se geralmente a invenção desse engenhoso instrumento
à condessa húngara Elizabeth Báthory, que viveu no século
XVI; todavia, existem registros de seu uso já no tempo dos romanos. Frise-se, porém, que
não era um modo de interrogatório ou punição judicial, sendo utilizado apenas por certos
indivíduos, isoladamente.
Basicamente, o engenho era uma gaiola cilíndrica de lâminas de ferro afiadas, cujo interior
era guarnecido de pontas aguçadas de ferro. A ví tima era trancada na gaiola e o torturador,
armado de um archote, um ferro em brasa ou ainda de um ferro pontiagudo, começava a
espetar ou atiçar o prisioneiro, que, em seus movimentos de recuo, ia chocar-se contra as
pontas e lâminas da gaiola. O resultado final é fácil de imaginar-se.
Embora a maioria das gaiolas de cravos de que se tem notícia fossem colocadas diretamente
sobre a terra, diz-se que a gaiola de Elizab eth Báthory (aperfeiçoada para que ela tomasse
os famosos banhos de sangue que, segundo supunha, a manteriam sempre jovem e bela) era
suspensa no teto; a condessa sentava-se abaixo dela e o sangue corria diretamente sobre seu
corpo.

6 - O Cavalo de Estiramento
O estiramento, ou desmembramento
causado por meio de tensão exercida
longitudinalmente, já era usado no Antigo
Egito e na Babilônia. Na Europa medieval
- e após - o cavalo de estiramento
constituía instrumento fundamental de
qualquer masmorra respeitável, e isso até
o desaparecimento da tortura, por volta do
séc. XVII.
A vítima era deitada no aparelho, seus
membros firmemente presos às
extremidades e esticados pela força do

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cabrestante, existindo testemunhos antigos que falam de até 30 cm de distensão, o que é


inconcebível; a distensão originada pelo desloc ar e torcer de cada articulação dos braços e
das pernas, do desmembramento da coluna ve rtebral e da destruição dos músculos das
extremidades do tórax e do abdômen provocava um efeito mortal. No entanto, antes do
abatimento final da vítima, e mesmo nas fa ses iniciais do interrogatório, era sofrido o
deslocamento dos ombros, por causa do estirame nto dos braços para trás e para cima, assim
como uma dor intensa provocada pelo rompimento dos músculos e quaisquer fibras
submetidas a uma tensão excessiva.
Com a continuação da tortura, os quadris, e os cotovelos começavam a desconjuntar-se,
separando-se por fim, ruidosamente. Já nesta fase, a vítima, se escapava com vida do
tormento, ficava aleijada para toda a vida . Depois de horas ou dias, no caso dos mais
resistentes, as funções vitais simp lesmente cessavam, uma após a outra.

III - Instrumentos de Interrogatório


Estes instrumentos diferenciam-se dos anteriormente citados por não provocarem
ferimentos fatais - a menos que o verdugo assim o desejasse ou fosse extremamente inábil
em sua utilização. Eram empregados, de forma geral nos interrogatórios judiciais e
inquisitoriais, não se destinando a matar a ví tima, que deveria ser mantida viva no interesse
da instrução do processo.

1- As Aranhas Espanholas
As Aranhas eram ganchos de quatro pontas unidas em forma de tenaz, e constituíam
ferramentas básicas no arsenal do verdugo. Serv iam, frias ou quentes, para içar a vítima
pelos pulsos, nádegas, ventre, seios ou tornozelos, enquanto as pontas enterravam-se
lentamente na carne.
No processo dos Templários1 , no início do s éc. XIV, as aranhas espanholas foram usadas,
segundo testemunhas, para suspender os acusados pelos órgãos genitais, até que admitissem
seus crimes.

2 - O Esmagador de Testas
O esmagador era uma faixa de ferro, algumas vezes com aguilhões no seu interior, que se
colocava ao redor da testa da vítima, se ndo então, progressivamente apertado, pelos
parafusos situados em roscas laterais, pr ovocando cortes e lacerações e podendo provocar
fraturas cranianas fatais.
Este era um instrumento usado sobretudo em mulheres e quase nunca em homens.

3 - O Berço de Judas
Este procedimento apresentava variações, que
eram usadas simultaneamente em toda a Idade
Média. A mais simples consistia em suspender
a vítima sobre uma espécie de pirâmide, sobre
cuja ponta fazia-se baixar, com maior ou
menor velocidade. O bico afiado da pirâmide,
desta forma, atingia o ânus, a vagina, a base
do saco escrotal, ou as últimas vértebras do

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cóccix. O carrasco, segundo as indicações dos interrogadores, podia variar a velocidade e a


pressão, desde o nada até a totalidade do peso do corpo. Podia ainda sacudir a vítima, ou
fazê-la cair, repetidas vezes sobre a ponta.
O Berço de Judas, em italiano Culla di Giuda, em alemão Judaswiege e em inglês Judas
Cradle (ou simplesmente Cradle) era conheci do em francês como La Veille (A Vigília).

4 - Cadeira de Interrogatório
Muito simples: era uma cadeira de ferro com o assento e o
encosto totalmente cobertos de pontas afiadas. Era um
instrumento básico no arsenal dos inquisidores. A vítima,
sempre nua, era colocada e amarrada na cadeira, cujas pontas
produziam um efeito óbvio sobre sua força de vontade, que
dispensa qualquer comentário. O tormento podia ser
intensificado com sacudidelas e golpes nos braços e no tronco.
Além disso, havia outro modo de tornar este instrumento mais
eficiente: como a cadeira era, na maior parte das vezes, de
ferro (havia exemplares e made ira, nos quais apenas as pontas
eram metálicas), havia ainda o requinte adicional de aquecê-la
a um braseiro até que se transformasse em brasa.

5 - O Esmagador de Polegares
Simples e muito eficaz. O esmagamento dos nós e falanges dos dedos e a arrancamento das
unhas estão entre as torturas mais antigas. Os resultados, em termos de relação entre a dor
infligida, o esforço realizado e o tempo cons umido são altamente satisfatórios do ponto de
vista do torturador, sobretudo quando se carece de instrumentos complicados e
dispendiosos.
O esmagador era basicamente constituído de duas ou três barras, que podiam ser apertadas
por meio de um parafuso, lentamente, ou por meio de pancadas dadas em cunhas, de
maneira mais brusca.

6 - A "Extensão"
A extensão é uma variante do cavalo de esti ramento. Ao invés da distensão ser aplicada ao
corpo no sentido longitudinal, é aplicada apenas aos braços do condenado, enquanto a
corrente, enlaçando e esmagando o tórax, exerce uma pressão extra. A extensão é uma
variante do cavalo de estiramento.

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7 - A Escada de Estiramento
A chamada "escada de estiramento" era nada mais que uma simples escada de madeira, à
qual se dava um uso a mais, o de instrument o de interrogatório. Foi usada no processo de
Eischtadt, no qual uma velha foi acusada de bruxaria, em meados do séc. XV.
A vítima era deitada sobre a escada, tendo seus pés atados a um dos degraus; aos braços,
igualmente atados, eram progressivamente puxa dos para trás, fosse por meio da força
humana, fosse por meio de pesos cada vez maiores.
Se depois de tudo isso a vítima ainda se recusasse a confessa r, estando paralisada e com os
ombros destroçados, o tribunal era forçado a reconhecer sua inocência.
Esta tortura era largamente usada pelos inquisidores alemães.

8 - Potro
Este aparelho, muito engenhoso, era
composto por uma prancha, sobre a qual
era deitada a vítima. Esta prancha
apresentava orifícios pelo quais se
passavam cordas de cânhamo que
arrochavam os antebraços, os braços as
coxas, as panturrilhas, em suma, as partes
mais carnudas dos membros da vítima. No
decorrer da tortura, essas cordas eram
progressivamente apertadas, por meio de
manivelas nas laterais do aparelho. O efeito
era o de um torniquete.
A legislação espanhola que regulamentava
a tortura previa, no máximo, cinco voltas
nas manivelas que apertavam as cordelas ao
corpo. Isso visava a ga rantir que, caso fosse
provada a inocência do réu, este não saísse da tortura com seqüelas irreversíveis. Porém,
geralmente, os carrascos, incitados pelos interrogadores, davam até dez voltas na torção, o
que fazia com que as cordas esmagassem a carne até o osso.

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9 - Quebrador de Joelhos
Assemelhava-se, em ponto maior, ao
esmagador de polegares: duas barras
destinadas a comprimir entre si, até o ponto
de fraturá-los, os joelhos da vítima. A parte
interior do aparelho podia conter pontas.
Geralmente, este aparelho era aplicado, após
o que permitia-se à vítima uma noite ou
algumas horas de descanso; no dia seguinte,
estando as pernas do infeliz esmagadas e
inflamadas, se não já quebradas
mesmo, repetia-se a tortura, que se tornava, assim, muito mais dolorosa e quase impossível
de resistir-se.

10 - A Estrapada ou Polé
Uma tortura fundamental, que consistia na deslocação dos ombros, pelo movimento de içar
violentamente a vítima, com os braços at ados às costas, com o corpo suspenso.
A estrapada era um meio de extraordinária eficiência; como não provocava derramamento
de sangue, o que era proibido pela Igreja a seus agentes, era largamente usado pelos
inquisidores.
O aparelho era muito
simples: compunha-se
apenas de uma corda e de
uma roldana. Os pulsos do
condenado eram atados
atrás das costas e ligados a
uma corda, que, passando
pela roldana, permitia que
fosse içado no ar, pelo que
as articulações dos ombros
passavam a suportar a
totalidade da massa
corporal.
De imediato, as clavículas e as
omoplatas se desarticulavam, o
que provocava deformações que podiam ser irre versíveis. A agonia podia ser agravada por
uma série de medidas adicionais:
a) podia-se içar a vítima até certa altura, deixando-a cair em seguida, mas sustando a queda
antes que chegasse ao chão, o que provocava a imediata ruptura das articulações e por
vezes fraturas ósseas;
b) a fim de aumentar o peso suportado, pren diam-se aos pés do condenado um lastro cada
vez maior,

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geralmente, até cinqüenta ou sessenta quilos, embora haja notícias de interrogatórios em


que foram presos aos pés dos interrogados pe sos de até setenta quilos, quase o peso do
próprio corpo;
c) por vezes, enquanto o condenado se achava suspenso, podia-se queimar partes de seu
corpo - notadamente as axilas, - com mechas ou archotes, como
no caso do interrogatório dos Papenheim ers, na Baviera, no século XVI.

11 - Pêra Oral, Retal e Vaginal


Esses instrumentos em forma de pêra - daí o nome - eram colocados na boca, no reto ou na
vagina da vítima, e ali eram abertos, por meio de um parafuso, até atingir sua total abertura.
O interior da cavidade afetada ficava, in variavelmente, danificado, com efeitos muitas
vezes irreversíveis. Por vezes, além da abertura exagerada, a pêra era dotada, na
extremidade mais interna, de pontas em ga ncho, que destroçavam a garganta, o reto ou a
raiz do útero, pois penetravam bastante fundo.
A pêra oral aplicava-se aos casos de pred icadores hereges ou a criminosos laicos de
tendências anti-ortodoxas. A pê ra vaginal estava destinad a a mulheres consideradas
culpadas de conluios e acordos com Sataná s ou quaisquer outras forças sobrenaturais (o
processo das feiticeiras bascas1 , no qual foi ut ilizada, falava dos "espíritos dos mortos"), a
adúlteras, homossexuais ou suspeitas de ter mantido relações com familiares; e por último,
a retal destinava-se a homossexuais masculinos passivos.

12 - Tortura da Água
Havia duas maneiras de apli car-se a tortura da água. A
primeira delas consistia simplesmente em enfiar um
trapo na boca da vítima amarrada e ir deitando água
aos poucos no trapo, fazendo-o inchar, provocando
sufocação; um bocado além da conta e o torturado
afogava-se em terra seca.
A segunda versão, mais conhecida, é também
chamada de "tortura das bilhas". A bilha era um
recipiente de argila que continha cerca de um litro e
meio de água. O carrasco introduzia na boca da vítima
um funil de couro ou de ch ifre e despejava o conteúdo
da bilha nesse funil.
Em ambas as versões, para que a tortura fosse
eficiente, tapava-se o nariz do condenado,
provocando-lhe asfixia.

13 - Agulhas e Estiletes Para


Punções
Estes instrumentos eram utilizados pelos i nquisidores para encont rar a "marca do Diabo",
um sinal que o Demônio, segundo a crença, te ria colocado no corpo de todos os seus
seguidores. A marca do Diabo poderia ter a form a de uma mancha na pele, um pedaço de

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carne saliente, ou ainda (era mais conc lusivo) de um mamilo anormal, onde se
alimentariam os "acompanhantes", pequenos demônios em forma de animais domésticos
(geralmente gatos ou sapos) que acompanha vam as bruxas. Mas a marca poderia também
ser invisível aos olhos dos não iniciados; ne sse caso, seria uma área insensível do corpo,
que, além disso, não verteria sangue se ferida. Então, para descobrir-se tais marcas,
espetava-se o corpo do suspeito com agulhas e estiletes especiais. Um calo, uma verruga,
uma região tornada insensível pelo excesso de dor, era considerada uma prova irrefutável
da culpabilidade.
Este método, diga-se de passagem, era apli cado por vezes de maneira irregular; os
examinadores recorriam a velhacarias tais como lâminas retráteis, que não feriam a pele,
não provocando, portanto, qualquer dor ou sangramento. A vítima, em contrapartida, não
podia fingir dor ou sofrimento, pois permanecia vendada durante todo o exame. Os
suspeitos não eram páreo para os inquisidores.

14 - As Garras de Gato
As garras eram instrumentos simples, semelhantes a grandes tridentes um pouco
encurvados, ou antes, a rastelos. Eram utilizadas para escarnar o corpo dos prisioneiros,
arrancando progressivamente a car ne, até a exposição dos ossos.

IV - Instrumentos de Mutilação
Desde o Antigo Egito, e antes, a mutilação serviu como método eficaz de castigo para
crimes menores, considerados não tão graves que merecessem a pena de morte, tais como
furtos, danos à propriedade alheia, e às vezes - por incrível que possa parecer - estupros.
A mutilação, além de ter um efeito arrasa dor sobre os culpados, tanto física quanto
moralmente, também era considerada um esplêndido método de prevenir a reincidência,
visto que o criminoso ficava marcado como tal para o resto da vida, bastando às pessoas de
bem lançar-lhe um olhar para estarem preven idas acerca de seus atos ilícitos no passado.
Geralmente, os condenados a ser mutilados recebiam a pena em público, a fim de servir de
exemplo q quem quer que, por desespero ou inc linação, estivesse tent ado a desobedecer a
lei.

1 - Pinças e Tenazes
Pinças, tenazes e tesouras, usadas também frias, mas normalmente aquecidas ao rubro,
adequadas para arrancar pedaços de carne do corpo das vítimas, constituíam utensílios
básicos de qualquer verdugo. As tenazes destin avam-se geralmente - e de preferência em
brasa - aos narizes, dedos das mão e dos pés e mamilos. As pinças, maiores, serviam para
destroçar e queimar o pênis.

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No decorrer da história da tortura, os ór gãos genitais masculinos (ao contrário dos


femininos) sempre gozaram de certa imunidade. Contudo, raramente, aconteciam casos de
castração (arrancamento dos testículos) e de amputação do pênis. Estes castigos não se
aplicavam, como seria de esperar, por violência contra a mulher, mas geralmente por
conspiração ou tentativa de conspiração contra o príncipe ou governante local. A violação
extra-conjugal, na Idade Média como hoje era raramente castigada; a violação conjugal
sempre foi considerada exercício de di reito por parte do marido, permanecendo sempre
impune.

2 - Ferros de Marcar a Quente


Usavam-se para marcar alguns condenados , normalmente no ombro, mas outras vezes na
face ou na testa. O delito cometido era expressa do na marca, através de um código de letras
facilmente reconhecível.

3 - Destroçador de Seios
Tratava-se de tenazes com quatro garras conv ergentes, capazes de transformar em massas
disformes os seios de mulheres condenadas por heresias, blasfêmias, adultério, magia
branca erótica, homossexualismo, aborto provocado, entre outros delitos. Para tal efeito, às
vezes era utilizado apenas um gancho, aquecido ao rubro.

V - Instrumentos de Contenção
Tais instrumentos destinavam-se não propriamente a causar dor e sofrimento - embora esta
fosse uma conseqüência secundária muitas vezes inevitável - mas a imobilizar os
prisioneiros enquanto estavam a ser interrogados, ou simplesmente quando permaneciam
em suas celas. É claro que a imobilidade constante e forçada podia consistir por si só em
uma tortura bastante requintada.

1 - A Cegonha ou A Filha do Varredor


A cegonha consistia numa espécie de algema ou grilhão que quase unia os pés e as mãos do
torturado, impedindo qualquer movimento. Ainda que pareça, à primeira vista, mais um
meio de imobilização que de tortura, não mais terrível que milhares de outros artefatos
semelhantes, a Cegonha provoca, depois de pouc os minutos, fortes cãibras, primeiro nos
músculos retais e abdominais, depois nos peitorais, cervicais e nas extremidades do corpo;
cãibras que, com o passar das
horas, transformam-se em uma contínua e atroz agonia, sobretudo no abdome e no reto.
Em tal situação, a vítima pode ser maltratada, queimada, açoitada e mutilada, ao bel prazer
de seus interrogadores.

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2 - A Mordaça de Ferro
Esta invenção era muito útil na medida em que abafava os gritos e gemidos dos torturados,
para não importunas os debates de seus inte rrogadores entre si. Compunha-se de um aro de
ferro, no interior do qual havia uma protuberância chamada "caixa", a qual colocava-se na
boca da vítima, fechando-se o aro metálico na nuca. Uma minúscula abertura permitia a
entrada do ar; o que podia ser interrompido pela ação do verdugo. Uma simples pressão
dedos poderia provocar a asfixia do condenado.
Freqüentemente os condenados ao tronco eram assim amordaçados; ou quando se tratava de
autos-de-fé, para que seus gemidos não perturbassem a audição da música sacra que
acompanhava esses autos.
Este instrumento era usado desde a época ro mana, mas na Idade Média foi aperfeiçoado,
com a colocação de farpas na caixa, de maneira não só de silenciar, mas também de ferir.
Giordano Bruno, um dos intelectuais mais brilh antes de sua época, foi queimado na Praça
do Campo dei Fiori, em Roma, e, 1600. Tinha colocado um açaime de ferro com cravos,
um dos quais lhe perfurava a língua e outro, o céu da boca.
A mordaça era usada tanto durante os interrogatórios como durante as execuções, ou
simplesmente para calar ou punir os prisioneiros recalcitrantes.

3 - Pieti ou Cinturão de Santo Erasmo


Apesar do nome, este instrumento não era sempre um cinto, embora fosse esta a sua forma
mais comum. Podia tomar tanto a forma de um cinto como a de uma túnica ou vestimenta,
de malha de arame, com inúmeras pontas de ferro dirigidas para seu interior. Bastante
apertado em volta da vítima, feria e dest roçava a carne a cada pequeno movimento ou
respiração. Depois, vinham a infecção, a putr efação e a gangrena. Por vezes, a fim de
ampliar o sofrimento, eram colocados insetos ou vermes carnívoros nos ferimentos.
Segundo uma tradição do séc. XIV, este cint urão teria sido aplica do a uma jovem e bela
senhora chamada Márcia Orsini, esposa de um rico nobre milanês, por um condontieri. O
salteador havia raptado a dama, mas sendo contrário ao estupro, por princípios morais e
escrúpulos religiosos, atou-a à cama e coloc ou-lhe o cinturão, deixando-a assim até que
resolvesse entregar-se-lhe por vontade própria. Sabe-se que felizmente, o covil do bandido
foi descoberto e assaltado pelos homens de armas do marido, e a dama foi posta em
liberdade, ficando, finalmente, a salvo. Diga-se, porém, que não se sabe se o resgate foi
anterior ou posterior à anuência da dama.

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4 - A "Forquilha do Herege"
Era um colar de ferro cuja frente consistia em uma espécie de espeto duplo, com duas
pontas que se encravavam no queixo e sobr e o esterno da vítima, profundamente. A
forquilha impedia qualquer movimento de cabeça, mas permitia que os condenados
falassem em voz quase inaudível, dur ante as cerimônias de abjuração.

5 - Cinturão de Castidade
A função deste instrumento foi sempre mistificada, não só pelo povo, mas também pelo
círculos acadêmicos. A opinião tradicional é que o cinturão de castidade se usava para
garantir a fidelidade das esposas durant e as ausências do marido, e sobretudo - uma
convicção que em nada se aproxima da verdade, não havendo evidências que suportem tal
idéia - para as mulheres dos cruzados que partiam para a Terra Santa.
Na verdade, ainda que a função primordial do aparelho fosse esta, tal constrição limitava-se
sempre a breves períodos de tempo, como al gumas horas ou, no máximo, dois ou três dias;
jamais o cinturão era utilizado por períodos dilatados. Uma mulher "impedida" desta forma
corria risco de vida, pelas infecções originad as por acumulações tóxicas prejudiciais ao
organismo, e isso para não falar nas queimaduras e lacerações pr ovocadas pelo contato
contínuo do ferro com a pele ou a possibilidade de uma gravidez em curso.
Contudo, havia uma segunda utilidade para o cinturão, esta bem pouco mencionada:
constituía-se numa barreira contra a violação. Uma barreira eficiente em ocasiões
"perigosas", tais como o aquartelamento de soldados na cidade, ou a permanência em uma
estalagem, durante a noite, em meio a uma viagem qualquer. Nestas ocasiões, eram as
próprias mulheres as mentoras da idéia de colocar o referido cinto, segundo comprovam
vários testemunhos.

6 - Cinturão de Contenção
Aplicava-se este cinturão á cintura da vítima, cujos pulsos eram presos pelas braçadeiras
laterais. A pessoa assim imobilizada, podia ser submetida a quaisquer outras torturas ou
abandonada à morte por fome, frio, sede ou infecções.

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7 - Colar de Castigo com Um Peso


Muitas são as formas de acorrentar pessoas a pesos inumanos: argolas para o pescoço,
pulsos e tornozelos; cinturões e colares vari ados. Há pouco mais a dizer. O prisioneiro
deveria carregar estes pesos por meses, até anos; às vezes, a vida toda.
O colar com peso correspondia a uma argola de ferro passada em v volta do pescoço, à qual
prendia-se um peso variável de cerca de dez a vinte quilos. Além do tremendo esforço em
carregar semelhante conjunto, as queimaduras provocadas pela fricção em torno do pescoço
e dos ombros causavam gangrena e infecções que podiam ser fatais.

8 - Armas Para Carcereiros


Estes instrumentos distinguiam-se das
armas militares pela sua configuração,
inadequada para a guerra contra os inimigos
protegidos com couraças e armaduras, mas próprios
para controlar grupos de prisioneiros desarmados.
O agarra-pescoços era um aro com uma abertura, na
extremidade de um bastão de cerca de dois metros
de comprimento. Seu interior era provido de pontas
aguçadas. Um preso que, em meio a uma multidão,
procurasse fugir a um oficial de justiça era
facilmente capturado. Uma vez preso o pes-
coço na armadilha, não restava outra alternativa
senão seguir o captor sem resistência, sob pena de
ter o pescoço perfurado e esfolado pelas pontas.

9 - Colar de Puas
Este colar, cujo interi or era provido de picos
afiados, colocava-se em torno do pescoço da ví tima. Era freqüentemente usado coo meio de
execução: pesando mais de cinco quilos, descarnava o pescoço, ombros e maxilares,
provocando infecções febris e finalmente a corr osão dos ossos e das vértebras expostas, o
que levava à morte em pouco tempo.

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Tinha a grande vantagem de economizar te mpo e dinheiro, pois, sendo um meio extático,
não exigia qualquer esforço por parte do carras co. Trabalhava por si só, dia e noite, não
exigindo qualquer esforço de manutenção.

10 - Cavalete
Este é o mais famoso dos instrumentos de contenção, e um item fundamental no arsenal de
qualquer torturador. Seu uso era variado: tanto servia para imobilizar as
vítimas durante a tortura ou mutilação como para expô-la em público como punição para
crimes menores, insignificantes; co mo dormir na igreja, por exemplo.

11 - A "Cadeira das Bruxas"


Este aparelho, com a forma de uma cadeira com o assento inclinado, era usada durante os
interrogatórios, principalmente pelos inquisidores, o que justifica seu nome. Nele, a vítima
era pendurada pelos tornozelos, podendo en tão ser submetida a outras espécies de
tormentos mais dolorosos. A posição invertida, além de impossibilitar os movimentos,
provocava desorientação, e, caso fosse muito prolongada, poderia fazer o prisioneiro perder
os sentidos.

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VI - Instrumentos de Açoitamento
Esta é uma família toda especial dentre o arsenal dos instrumentos e tortura: a família dos
açoites. É um grupo de instrumentos interess ante e incrivelmente variado, a despeito da
semelhança da forma. Os açoites ou chicotes podem ir desde o gigante "Gato de Nove
Caudas" e o knut dos boiardos russos, que podi a destroçar de um só golpe um braço ou
ombro, até os mais finos e pérfidos, como o chicote egípcio, cujas finas tiras de couro eram
entrelaçadas de laminas de ferro (ou de metais preciosos como ouro e prata) afiados como
navalhas e que faziam o sangue correr no prim eiro golpe. Particularmente interessante e
digno de ser citado é o "Nervo de Boi", que com dois ou três golpes podia cortar a carne
das nádegas até chegar à pélvis.
Dentre as punições menores, a flagelação era muito
apreciada pelo público. O suplício era considerado
sobretudo humilhante - e seus aplicadores faziam o
possível para acentuar tal cara cterística. Para a flagelação
pública, o condenado, nu da cinta para cima, era amarrado
às traseiras de uma carroça e assim arrastado pelas ruas
até o pelourinho público, onde o executor aplicava-lhe as
chicotadas ou varadas prescritas na sentença. A flagelação
poderia também dar-se no interior das prisões; como
método de interrogatório, era utilizado sobretudo em
crianças que ainda não haviam atingido a puberdade, por
ser considerado relativamente leve, a não ser que os juízes
requeressem expressamente o emprego dos meios usuais.

1 - Chicotes de Correntes
Os chicotes de correntes mais pareciam arma s de guerra que instrumentos de interrogatório
judicial; no entanto, eram largamente usados . Eram todos mais ou menos similares e em

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grande variedade - com duas, três, até oito correntes - e providos de muitas "estrelas de
ferro", lâminas cortantes nas pontas. Algumas correntes eram intercaladas com lâminas.

2 - A Cauda de Gato
A cauda de Gato era um chicote de cordas en trançadas que servia pa ra esfolar a pele da
vítima. As cordas eram embebidas numa solução de sal e enxofre, de maneira que, devido
às características da fibra do cânhamo e dos ef eitos do sal e do enxofre, para além das mais
de cem lâminas de ferro afiadíssimas, cada uma delas colocada no final de cada corda, a
carne ia sendo reduzida a uma polpa, até se en contrarem expostos os pulmões, os rins, o
fígado e os intestinos. Durante esse procedim ento, a zona afetada ia sendo coberta com a
mesma solução, em ebulição.

1Roland Villeneuve, Le Musée des Suplices, p. 233.


1 Processo dos Templários: processo inquisitorial no qual foram julgados todos os
membros da Ordem religiosa e militar do Templo, acusados pelo rei da França, Filipe, o
Belo, de feitiçaria e heresia.
1 Processos das feiticeiras bascas: caso ocorrido em 1603, no país basco, no qual dois
juízes do Parlamento de Paris, senhores de La ncre e d'Estivet julgaram cerca de seiscentas
pessoas acusadas de práticas de bruxaria e outros contatos com forças sobrenaturais,
nomeadamente a invocação dos mortos.

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