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Tipo 2 no Eneagrama

Trata-se de uma pessoa que coloca seus dons a serviço das necessidades dos outros e
se preocupa com a saúde, alimentação, educação e bem-estar deles. Normalmente
solidário com aqueles que julga sofredores. Contudo, o maior e presença junto ao
próximo também tem seus lados negativos que não se manifestam de imediato.

Tende a ser vaidoso, precisando por vezes de modo exagerado de confirmações e


elogios. O amor condicional nos anos de formação da personalidade, a forte sensação
de ter que ser útil e/ou uma infância triste e enfadonha podem estar na causa desta
postura.

Tem a necessidade de ser “querido” e prestativo e percebe-se de fato como sendo


prestativo. No entanto, pode por vezes exagerar e tornar-se incômodo ou chato,
fazendo com que as demais pessoas afastem-se dele. Nestes momentos, sente-se
explorado e enganado, porque parte das suas próprias expectativas para manter a
autoimagem de “querido” e prestativo.

Sempre mantém o termômetro no ar par medir a temperatura social e a direção do


vento, porque constrói sua identidade sobre o modo de comportar-se dos outros em
relação aos outros. Seu barômetro sobe e desce conforme recebe simpatia ou antipatia
de seu grupo de convivência.Seu bem estar depende em primeiro lugar de como o
mundo a sua volta reage a seu respeito.

Sua sensibilidade para perceber disposições de espírito e sentimentos tem um aspecto


bem positivo: consegue detectar exatamente como está o “tempo” pela maneira como
seu interlocutor move as sombrancelhas. Isto pode tornar-se um peso para ele porque
logo se sente ofendido ou tem medo ao perceber um simples indício de rejeição.
Precisa aprender a conviver com este tipo de hiper-sensibilidade emocional.

Em momentos de maior vazio afetivo, qualquer pessoa que se aproximar e disser


”preciso de você” vencerá suas resistências e será capaz de manipulá-lo.
Em função disso, configura-se mais facilmente uma sensação de não se saber
exatamente quem é, pois a motivação é externa, vivendo para satisfazer as
necessidades alheias, sem perceber de forma acurada o quanto se perde se
esquecendo de si mesmo.

Sua grande tentação consiste em ajudar sempre os outros e, dessa forma, fugir de si
mesmo. Sua identidade está, por assim dizer, nos desejos e necessidades dos outros,
isto é, fora de si mesmo. Seu grande dilema é que dá aos outros exatamente aquilo
que deseja para si. Na medida em que aprende a ter amor incondicional por si mesmo,
sua autonomia começa a se configurar mais real, do contrário, a tendência será a posse
e o autoritarismo, principalmente em momentos onde a carência afetiva se faz mais
intensa.

Interessa-se pelos problemas alheios e espera que confiem cegamente, sem a


contrapartida, ou seja, tem grande dificuldade em confiar-se aos outros, em função do
medo de não ser compreendido.

Sua estratégia de fuga consiste em reprimir as próprias necessidades e projetá-las sobre


os outros, portanto, não tem acesso as suas reais necessidades. Importante prestar
atenção quando se envergonha das próprias necessidades, este é um sinal de alerta
para não estar considerando a si mesmo.

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