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– Tipo COMPREENSIVO, voltado para o lado interpessoal.

– São pessoas amigáveis, generosas, empáticas, sinceras e afetuosas.


– Podem ser sentimentalistas e aduladoras, esforçando-se para agradar os outros a qualquer preço.
– Sua maior motivação é chegar perto dos demais, fazendo-se necessária.
– Costumam ter dificuldade de cuidar de si mesmas.
– Possuem dificuldade de reconhecer suas próprias necessidades.

São pessoas altruístas e desprendidas que amam a si mesmas e aos demais incondicionalmente.
O estado essencial mental do Tipo 2, chamado de DIVINA LIBERDADE, tem muitas definições. Entre essas definições, está a que diz que
esse é um estado de compreensão mental superior que gera doações livres e desinteressadas, sem qualquer necessidade de
reconhecimento ou criação de vínculo entre doador e recebedor.

A medida que a personalidade do 2 vai gradualmente se formando, essa ideia vai se perdendo, deixando de ser sua natureza mental mais
básica e verdadeira. De fato, quanto mais a personalidade se fixa a partir da infância, mais essa ideia é perdida e, em seu lugar, forma-se
um estilo de pensamento mental inferior muito mais limitante chamado de ADULAÇÃO. Ela é uma lente muito forte com a qual o tipo 2
interpreta a realidade.

Ela funciona como uma crença limitante fundamental, um pensamento repetitivo, uma ideia fixa, e pode ser definida como a utilização
contínua de incentivos, encorajamentos e elogios como forma de conquistar e ganhar a atenção das outras pessoas. Ao adular o outro,
encorajá-lo, apoiá-lo, elogiá-lo e fazer tudo por ele, o tipo 2 fica certo de que receberá seu afeto e sua atenção como retribuição. É um
pensamento de troca, de escambo, segundo qual é preciso dar amor para recebe-lo. Esse mecanismo de dar e receber cria amarras,
cobranças, dívidas e mágoas muitas vezes escondidas sob a imagem do adulador.

Para piorar este mecanismo todo, a adulação faz com que o tipo 2 perca a noção superior de que cada pessoa tem a liberdade de decidir
sobre suas próprias necessidades e que será, assim, amparada pelo universo. Em determinado momento, o tipo 2 passa a acreditar que
ele é quem sabe do que os outros precisam, ele é quem sabe o que é melhor para o outro. Dessa maneira, coloca toda a sua energia para
atender as pessoas especiais em sua vida.

Saindo da esfera mental e mergulhando agora na esfera emocional, no coração divino de Deus, o tipo 2 carrega a virtude da HUMILDADE.
Nesse caso, a humildade significa o reconhecimento dos seus limites físicos, psíquicos e emocionais. Numa escala mais simples, tem a ver
com reconhecer as suas necessidades, o seu grande desejo de receber amor e atenção e de ser cuidado pelos outros. Tem a ver com
colocar-se do seu devido tamanho, reconhecer o cansaço em só fazer coisas pelos outros 24 horas por dia, pedir ajuda, atenção.

A humildade é muito difícil para o Tipo 2, pois ele se torna viciado em uma emoção inferior, exagerada, recorrente chamada no
Eneagrama de ORGULHO. Este é uma sensação de que ele é maior do que de fato é, de que não se cansa, fazendo com que ele não admita
pedir ajuda dos outros, mostrar sua carência. “Eu não preciso da ajuda e da atenção dos outros, mas eles precisam de mim, com certeza.
Eu sei do que eles precisam, mesmo que eles ainda não saibam. E eles vão perceber que sou indispensável na sua vida”.

Quando criança, o Tipo 2 sentia-se muito amado. Porém em algum momento, ou em alguns momentos sentiu que não recebeu o amor
que estava acostumado a receber. Isso gerou uma grande decepção. A frustração de uma expectativa de receber amor e atenção aparece
de uma forma muito forte.

A criança então reage escondendo as suas necessidades, para não sofrer mais a decepção de não ser atendida nas suas necessidades.
Neste momento, as necessidades afetivas não correspondidas deixaram uma raiva muito escondida, por não receber mais o maior que
esperava. É como se de repente a criança descobrisse que o amor incondicional não existe mais. E agora, ela precisa fazer algo para
agradar e comprar o amor dos adultos.
A criança passa a perceber que quando é boazinha, simpática e prestativa, as pessoas lhe dão amor e atenção. E aí a criança internaliza a
crença de que precisa ser boa e prestativa (ajudando os outros) para se amada. Assim, começa a ser estruturado o MECANISMO DE
DEFESA do Tipo 2 que é a REPRESSÃO DAS SUAS NECESSIDADES. Esconde as necessidades pessoais e ajudando as necessidades dos
outros.

REPRESSÃO DAS PRÓPRIAS NECESSIDADES. Este mecanismo de defesa atua reprimindo suas vontades e carências. Em verdade, a
repressão gera uma falta de consciência e de atenção do tipo 2 com relação as suas necessidades como forma de ele não enxergar sua
vontade de receber cuidados dos outros. Quando o tipo 2 ainda tem pouco autoconhecimento, esse mecanismo permite a ele acreditar
realmente que não precisa de nada e que não está sentindo falta de receber atenção dos outros.

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