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Compreendendo-se a si mesmo
TIPO 2
O Ajudador
Marge, é uma mãe exemplar, que cozinha, limpa e se dedica
desinteressadamente aos outros (incluindo seu marido “inútil”). Seu
lema é “pensar-nos outros antes de mim”
Necessidades de ordem emocional- carinho, sexo, afeto,
1. Visão geral comer, fazer compras.
Gratificam-se: "fiz por merecer", muitos têm excesso de
Alguns tiveram infância que lhes pareceu triste e enfadonha: peso, a banha é o amor não correspondido.
faltou-lhes verdadeira segurança e o sentimento de estarem
em casa; alguns só conheceram um amor condicional.
O amor de pessoas influentes teve de ser comprado através 5. Armadilha: adulação (amabilidade)
de bom comportamento; tendo recebido, por isso, amor e
segurança, não têm raiva ou tristeza pelo fato de terem sido Desenvolve um lado muito independente (que pode
animadas a um comportamento exageradamente bom. surpreender) para criar nos outros a dependência e
Alguns reconhecem que bem cedo tiveram que ser apoio conseguir autovalorização.
para necessidades emocionais de outros. Um dia não aguenta, retrai-se e agarra-se com unhas e
Tinham a sensação de que precisavam ser úteis para serem dentes à sua "liberdade" (pode acontecer de forma repentina,
notados e amados. Assumiram o lema: "serei amado se for grotesca).
meigo, compreensivo e prestativo, e se deixar minhas Enfrenta muitos problemas por não saber dizer não,
necessidades em segundo plano". prometendo mais do que pode cumprir (depois se sente
Tem necessidade de ser querido e prestativo (está culpado).
convencido de ser assim, embora nem sempre corresponda Vive sob a compulsão de ser "utilizado".
à realidade objetiva e à opinião dos outros). Podem ser bons dirigentes, se refrearem a parcialidade e
A imagem clássica do Tipo 2 é a mãe judia, que protege os subjetividade e não tratarem apenas com seus favoritos.
filhos como a galinha cuida dos pintinhos e faz com que eles Têm a tendência de se cercarem de um grupo de "discípulos"
precisem dela. que "entendem"; os críticos não têm grande chance de
Colocam seus dons a serviço dos outros (das necessidades penetrar nesse círculo.
dos outros). Adaptam seus sentimentos aos sentimentos dos Se os discípulos quiserem libertar-se do círculo, podem
outros. Preocupam-se com a saúde, a alimentação e o bem ocorrer processos complicados de separação.
estar dos outros. Geralmente, a posição de comando é penosa para este tipo
Isso não é feito de forma direta: oferecem "um guarda- (porque exige muita responsabilidade) - prefere ser o número
chuva" para proteger o companheiro, e ser levado por ele dois, a eminência parda nos bastidores, com muito poder e
pelo braço; o que dão aos outros é o que esperam em troca. pouca responsabilidade.
Irradiam certo grau de aceitação e valorização, o que pode Teme posições em que esteja exposto sozinho, em que se
levar os outros a acreditar em seu próprio valor. sinta isolado e alvo de ataques.
Partilham com generosidade (dão a "última camisa"). Basta um único crítico no grupo para o Tipo 2 dizer: "Todos
Solidários com os que suportam sofrimentos, dor, conflitos, estão contra mim".
passam-lhes a sensação de que alguém se preocupa com
eles e os aceita.
São pessoas vaidosas.
Precisam exagerada mente de confirmação e elogios.
Reprimir suas próprias necessidades e projetá-Ias nos outros.
Quando se abre, espera apoio e compreensão para seu - "Fazei aos outros o que quereis que vos façam" é veneno para
modo de agir - a crítica poderia tirar-lhe o chão dos pés. este tipo.
(Para acompanhar um Tipo 2, é preciso passar-lhe a Se falhar o agradecimento... "como podem fazer isso comigo,
sensação de ser aceito.) depois de tudo o que fiz?" A "queixa" é um hábito, para que
Predominam as mulheres. os outros reconheçam o que lhe devem.
Sentem-se bem no ambiente religioso. De início, mima e paparica os outros, sem ser solicitado: as
fases iniciais de um relacionamento são dominadas pelo
Fuga de: carência Dois vivenciando aspectos de si que alimentam as
necessidades do parceiro. As fases posteriores são
3. Pecado de raiz: orgulho dominadas pelo sentimento de ser controlado pela vontade
do parceiro, com um desejo opressivo de liberdade. Aí
- (Não é igual vaidade e narcisismo) é um "eu inchado". podem surgir acessos histéricos de raiva (conflito de ser
O perigo é manipular os outros e torná-los dependentes. agradável ao parceiro e ser livre para fazer o que quer).
O orgulho dificulta o acesso a si mesmo e a Deus. São capazes de sentir raiva, sem guardar rancor.
Dificuldade de reconhecer o pecado (tem que instalar um Quando isso se torna chato para os outros e eles se afastam,
“observador interno”) por causa de sua percepção subjetiva. sentem-se enganados e explorados.
Dificuldade de criar relacionamento cordial com Deus (está Mantém o termômetro no ar para medir a temperatura social
convencido de que Deus precisa dele) - espera de todos, e a direção do vento, pois constrói sua identidade sobre o
mesmo de Deus, gratidão. modo como os outros se comportam em relação a ele; o
O lado escuro do não redimido é o falso amor. (Que ele acha termômetro sobe ou desce, conforme a simpatia que recebe.
autêntico.) São pessoas dirigidas de fora.
O redimido é capaz de verdadeiro amor. Na idade adulta, as pessoas podem sentir-se mal com o
São atraídos pelo poder e querem ser amados por pessoas Tipo2. É como se tivessem um aguilhão constante: “prestem
poderosas. Por isso se colocam taticamente como "ajudantes atenção em mim”, “acariciem-me”, “tenham necessidade de
do líder" (geralmente preferem ficar em segundo plano, como mim”.
"eminências pardas"). São devotos do líder exigente, "o São pessoas manipuláveis. Basta dizer: “Preciso de você”,
braço direito do chefe", "a secretária que faz a empresa mesmo que depois se recrimine por ter cedido.
funcionar" ... São emotivos e sensíveis (gostam de acarinhar, fazer e
receber agrados). Gostam de falar sobre relacionamento e o
4. Mecanismo de defesa: repressão amor. Gostam de amar e ser amados à vontade, e viver para
(sobretudo sentimentos negativos no campo da agressividade e o ente amado.
sexualidade) São benfeitores-prestativos-doadores (mas precisam resistir
à tentação de "mártires") - é a síndrome do “ajudante”. ("Não
- O reprimido pode, sem dizer uma palavra, envenenar todo um preciso de ninguém, mas todos precisam de mim.
ambiente. Preso em si mesmo, luta com problemas de identidade
(muda constantemente para satisfazer os desejos dos
outros) - "eu múltiplo". (Cada um de meus amigos requer
uma parte diferente de mim; quem sou eu, afinal?") Por isso,
prefere ficar com uma só pessoa.