Abandono Ligado às falhas de vinculação segura com o outro, de carinho, de estabilidade, da maternagem em geral. Forte dificuldade no estabelecimento de relações afetivas saudáveis. O contato com outras pessoas não me traz nenhum benefício, tende a procurar o isolamento (pode ser visto como um contato desagradável, intrusivo, violento. Cresce com a percepção de que eu não preciso do outro). Aqui faltou o vínculo seguro, de alguma maneira não se percebeu amado. Pode não ter sido amado, mas também pode não ter se percebido amado. Com isso ela nunca se sente apoiada, se sente desprotegida em relação ao outro. Estratégia de Enfrentamento Esquema Resignação Evitação Hipercompensação Abandono/instabilidade: Percepção de que os outros com quem Escolhe parceiros Evita totalmente relações Afasta parceiros e outras poderia se relacionar são instáveis e indignos de confiança. Envolve a amorosos ou outras íntimos por medo de pessoas importantes por sensação de que pessoas importantes não serão capazes de pessoas importantes que abandono. meio de um continuar proporcionando apoio emocional, ligação, força ou proteção não estão disponíveis ou comportamento prática porque seriam emocionalmente instáveis e imprevisíveis (por são imprevisíveis pegajoso, possessivo ou exemplo, têm ataques de raiva), não mereceriam confiança ou só controlador. estariam presentes de forma errática; porque morreriam a qualquer momento, ou iriam abandoná-lo por outra pessoa melhor. Desconfiança/abuso: Expectativa de que os outros irão machucar, Escolhe parceiros Evita relacionamentos Maltrata ou explora os abusar, humilhar, enganar, mentir, manipular ou aproveitar-se. amorosos ou outras íntimos com outros na outros; age de maneira Geralmente, envolve a percepção de que o prejuízo é intencional ou pessoas importantes que vida pessoal e exageradamente resultado de negligência injustificada ou extrema. Pode incluir a não são de confiança; tem profissional; não confia crédula. sensação de que sempre se acaba sendo enganado por outros ou atitude supervigilante e nem se abre. “levando a pior”. desconfiada em relação aos outros. Privação emocional: Expectativa de que o desejo de ter um grau Escolhe parceiros e outras Retrai-se e isola-se; Faz exigências fora da adequado de apoio emocional não será satisfeito adequadamente pessoas importantes que evita relacionamentos realidade para que os pelos outros. As três formas mais importantes de privação são: a) são frios e distantes; íntimos. outros satisfaçam suas Privação de cuidados: ausência de atenção, afeto, carinho ou necessidades. companheirismo. b) Privação de empatia: ausência de compreensão, desestimula os outros a de escuta, de uma postura aberta ou de compartilhamento mútuo de doarem-se sentimentos. c)Privação de proteção: ausência de força, direção ou emocionalmente. orientação por parte de outros. Defectividade/vergonha: Sentimento de que é defectivo, falho, mau, Escolhe parceiros e outras Evita contar Comporta-se de maneira indesejado, inferior ou inválido em aspectos importantes, ou de não pessoas importantes que pensamentos ou crítica e superior em merecer o amor de pessoas importantes quando está em contato com sejam críticos; diminui a si sentimentos relação aos outros; tenta elas. Pode envolver hipersensibilidade à crítica, rejeição e postura mesmo. "constrangedores “para parecer "perfeito". acusatória; constrangimento, comparações e insegurança quando se parceiros e outras está junto de outros, ou vergonha dos defeitos percebidos. Essas pessoas importantes falhas podem ser privadas (como egoísmo, impulsos de raiva, com medo de rejeição. desejos sexuais inaceitáveis) ou públicas (como aparência física indesejável, inadequação social). Isolamento social/alienação: Sentimento de que se está isolado do Torna-se parte de um Evita a convivência; Assume um resto do mundo, de que se é diferente das outras pessoas e/ou de grupo, mas se mantém na passa a maior parte do "personagem" falso para não pertencer a qualquer grupo ou comunidade. periferia; não participa tempo só. juntar-se ao grupo, mas integralmente. ainda se sente diferente e alienado. ESQUEMAS INICIAIS DESADAPTATIVOS CATEGORIA: AUTONOMIA E DESEMPENHO PREJUDICADOS Os indivíduos não conseguem desenvolver um senso de confiança, de se estabelecer no mundo por si mesmo, possuindo geralmente famílias super protetoras que, na tentativa de proteger a criança, acabam não reforçando a sua autonomia. Ambiente permissivo (fica difícil a criança entender os limites dela. O limiar de frustração é baixo e quando algo não sai do seu jeito...não há freio da exposição dos sentimentos, mesmo que isso gere um problema, chamado "super sincero", isso porque seu limite está prejudicado. O que está comprometido é: Autonomia, Competência e Sentido de identidade. Normalmente são cuidadores que superprotegem, não deixando a criança se desenvolver emocionalmente, fazendo com que a autoconfiança fique minada. Estratégia de Enfrentamento Esquema Resignação Evitação Hipercompensação Dependência/incompetência: Crença de que se é incapaz de dar Pede ajuda demais; Posterga decisões; evita Demonstra conta das responsabilidades cotidianas de forma competente sem reconfirma suas decisões agir de forma autoconfiança excessiva, considerável ajuda alheia (por exemplo, cuidar de si mesmo, resolver com outros; escolhe independente ou assumir mesmo quando recorrer problemas do dia-a-dia, exercer a capacidade de discernimento, parceiros superprotetores, responsabilidades a outros seria normal e cumprir novas tarefas, tomar decisões adequadas). Com frequência, que fazem tudo por ele. adultas normais. saudável. apresenta-se como desamparo. Vulnerabilidade ao dano ou à doença: Medo exagerado de que Preocupa-se continuamente Desenvolve evitação Emprega pensamento uma catástrofe iminente cairá sobre si a qualquer momento e de que com uma imprevisível fóbica de situações mágico e rituais não há como a impedir. O medo se dirige a um ou mais dos catástrofe que cairá sobre "perigosas". compulsivos; desenvolve seguintes: (A) catástrofes em termos de saúde (ataques do coração, si; pede reafirmação aos comportamento AIDS, etc.); (B) catástrofes emocionais (enlouquecer, por exemplo); outros repetidamente. negligente e perigoso. (C) catástrofes externas (queda de elevadores, ataques criminosos, desastres de avião, terremotos). Emaranhamento/self subdesenvolvido: Envolvimento emocional e Imita o comportamento de Evita relações com Desenvolve autonomia intimidade em excesso com uma ou mais pessoas importantes (com outras pessoas pessoas que enfatizam a excessiva. frequência, os pais), dificultando a individuação integral e importantes, mantém-se em individualidade em desenvolvimento social normal. Muitas vezes, envolve a crença de contato próximo com o detrimento do que ao menos um dos indivíduos emaranhados não consegue "outro emaranhado"; não emaranhamento. sobreviver ou ser feliz sem o apoio constante do outro. Pode também desenvolve identidade incluir sentimentos de ser sufocado ou fundido com outras pessoas e separada da, com de não ter uma identidade individual suficiente. Com frequência, é preferencias próprias. vivenciado como sentimento de vazio e fracasso totais, de não haver direção e, em casos extremos, de questionar a própria existência. Fracasso: Crença de que fracassou, de que fracassará Sabota seus esforços Posterga tarefas Diminui as realizações inevitavelmente ou de que é inadequado em relação aos colegas em profissionais, trabalhando profissionais; evita de outros; tenta atingir conquistas (escola, trabalho, esportes, etc.). Costuma envolver a abaixo do seu nível de completamente tarefas padrões perfeccionistas crença de que é burro, inepto, sem talento, inferior, menos exitoso do capacidade; compara novas ou difíceis; evita para compensar-se pela que os outros, e assim por diante. desfavoravelmente suas estabelecer objetivos sensação de fracasso. realizações com as de profissionais que sejam outros, de maneira adequados ao seu nível tendenciosa. de capacidade. ESQUEMAS INICIAIS DESADAPTATIVOS CATEGORIA: LIMITES PREJUDICADOS Ligado às falhas na aplicação de limites realistas, na capacidade de seguir regras e normas, de respeitar os direitos de terceiros e de cumprir as próprias metas pessoais. O egoísmo é a principal característica desses indivíduos, sendo a família geralmente permissiva. Ambiente permissivo (fica difícil a criança entender os limites dela. O limiar de frustração é baixo e quando algo não sai do seu jeito...não há freio da exposição dos sentimentos, mesmo que isso gere um problema, chamado "super sincero", isso porque seu limite está prejudicado. Estratégia de Enfrentamento Esquema Resignação Evitação Hipercompensação Arrogo/grandiosidade: Crença de que é superior a outras pessoas, Tem relações desiguais ou Evita situações em que Dá presentes e de que tem direitos e privilégios especiais, ou de que não está sujeito com falta de atenção com não pode ter contribuições às regras de reciprocidade que guiam a interação social normal. parceiros ou outras desempenho alto, nem extravagantes à caridade Envolve a insistência de que se deveria poder fazer tudo o que se pessoas importantes; se destacar. para compensar queira, independentemente da realidade, do que outros consideram comporta-se de forma comportamento egoísta. razoável ou do custo a outras pessoas. Tem a ver com o foco egoísta; desconsidera exagerado na superioridade (estar entre os mais bem-sucedidos, necessidades e sentimento famosos, ricos) para atingir poder ou controle (e não principalmente de outros; age como para obter atenção ou aprovação). Às vezes, inclui competitividade superior excessiva ou dominação em relação a outros: afirmar o próprio poder, forçar o próprio ponto de vista ou controlar o comportamento de outros segundo os próprios desejos, sem empatia ou preocupação com as necessidades ou desejos dos outros. Autocontrole/autodisciplina insuficientes: Dificuldade ou recusa a Realiza tarefas que são Não trabalha ou Toma iniciativas rápidas exercer autocontrole e tolerância à frustração com relação aos tediosas ou desconfortáveis abandona a escola; não e intensas para próprios objetivos ou a limitar a expressão excessiva das próprias de forma descuidada; perde estabelece objetivos completar um projeto ou emoções e impulsos. Em sua forma mais leve, o paciente apresenta controle das emoções; profissionais a longo exercer autocontrole. ênfase exagerada na evitação de desconforto: evitando dor, conflito, come, bebe, joga em prazo. confrontação e responsabilidade, à custa da realização pessoal, excesso ou usa drogas. comprometimento ou integridade. ESQUEMAS INICIAIS DESADAPTATIVOS CATEGORIA: ORIENTAÇÃO PARA O OUTRO Com o objetivo de ganhar aprovação e evitar retaliação, os pacientes nesse domínio têm uma ênfase excessiva no atendimento dos desejos e necessidades do outro, às custas das suas próprias necessidades. A família de origem geralmente estabelece uma relação de amor condicional, ou seja, a criança só recebe atenção e aprovação se ela suprime sua livre expressão e se comporta da maneira desejada. Estratégia de Enfrentamento Esquema Resignação Evitação Hipercompensação Subjugação: Submissão excessiva ao controle dos outros, por sentir- Escolhe parceiros Evita qualquer Age de maneira passivo- se coagido, submetendo-se para evitar a raiva, a retaliação e o amorosos e pessoas relacionamento; evita agressivo ou revoltada. abandono. As duas principais formas são: a) Subjugação das importantes que sejam situações nas quais seus necessidades: supressão das próprias preferências, decisões e dominadores e desejos sejam diferentes desejos. b) Subjugação das emoções: supressão de emoções, controladores; obedece aos dos de outros. principalmente a raiva. Envolve a percepção de que os próprios desejos desses. desejos, opiniões e sentimentos não são válidos ou importantes para os outros. Apresenta-se como obediência excessiva, combinada com hipersensibilidade a sentir-se preso. Costuma levar a aumento da raiva, manifestada em sintomas desadaptativos (como comportamento passivo-agressivo, explosões de descontrole, sintomas psicossomáticos, retirada do afeto, “atuação”, uso excessivo de álcool ou drogas). Auto-sacrifício: Foco excessivo no cumprimento voluntário das Desenvolve autonegação; Evita relacionamentos Irrita-se com pessoas necessidades de outras pessoas em situações cotidianas, à custa da faz muito pelos outros e íntimos que lhe são importantes própria gratificação. As razões mais comuns são: não causar pouco para si. por não corresponder ou sofrimento a outros, evitar culpa por se sentir egoísta, ou manter a não demonstrar conexão com outros percebidos como carentes. Muitas vezes, resulta apreciação; decide não de uma sensibilidade intensa ao sofrimento alheio. Às vezes, leva a fazer mais nada pelos uma sensação de que as próprias necessidades não estão sendo outros. adequadamente satisfeitas e a ressentimento em relação àqueles que estão sendo cuidados. (Sobrepõe-se ao conceito de co-dependência.) Busca de aprovação/busca de reconhecimento: Ênfase excessiva Chama a atenção de outros Evita relacionamentos Age abertamente com na obtenção de aprovação, reconhecimento ou atenção de outras para suas realizações com com indivíduos vistas a obter a pessoas, ou no próprio enquadramento, à custa do desenvolvimento relação ao status. admirados, por meio de aprovação de indivíduos de um senso de Self seguro e verdadeiro. A autoestima depende não ober sua aprovação. admirados. principalmente das reações alheias, em lugar das próprias inclinações naturais. Por vezes, inclui uma ênfase exagerada em status, aparência, aceitação social, dinheiro ou realizações como forma de obter aprovação, admiração ou atenção (não principalmente em função de poder ou controle). Com frequência, resulta em importantes decisões não-autênticas nem satisfatórias, ou em hipersensibilidade à rejeição. ESQUEMAS INICIAIS DESADAPTATIVOS CATEGORIA: SUPERVIGILANCIA E INIBIÇÃO Em função de uma educação rígida, repressora, na qual não houve possibilidade de expressar suas emoções de maneira livre, os indivíduos com esquemas ligados a esse domínio são geralmente tristes e introvertidos, com regras internalizadas excessivamente rígidas, autocontrole e pessimismo exagerados e uma hipervigilância para possíveis eventos negativos. Os esquemas que aqui se apresentam são: negativismo/pessimismo, inibição emocional, padrões inflexíveis, caráter punitivo. Estratégia de Enfrentamento Esquema Resignação Evitação Hipercompensação Negativismo/pessimismo: Foco generalizado, que dura toda a vida, Miniminiza as situações Não espera muito; Age de maneira nos aspectos negativos (sofrimento, morte, perda, decepção, conflito, positivas; exagera as mantém as expectativas exageradamente culpa, ressentimento, problemas não resolvidos, erros potenciais, negativas; espera e baixas. positiva, otimista, tipo traição, algo que pode dar errado, etc.), enquanto se minimizam ou prepara-se para o pior. "Poliana"(raro). negligenciam os aspectos positivos ou otimistas. Costuma incluir uma expectativa exagerada – em uma ampla gama de situações profissionais, financeiras ou interpessoais – de que algo vai acabar dando muito errado, ou, que aspectos da própria vida que parecem ir muito bem acabarão por desabar. Envolve um medo exagerado de cometer erros que podem levar a colapso financeiro, perda, humilhação ou a se ver preso em uma situação ruim. Como exageram os resultados negativos potenciais, essas pessoas costumam se caracterizar por preocupação, vigilância, queixas ou indecisão crônicas. Inibição emocional: Inibição excessiva da ação, dos sentimentos ou Enfatiza razão e ordem em Evita atividades que Age de forma impulsiva da comunicação espontâneos, em geral para evitar a desaprovação detrimento da emoção; age envolvam expressar e sem inibições (às alheia, sentimentos de vergonha ou de perda de controle dos próprios de maneira muito sentimentos próprios vezes sobre a influência impulsos. As áreas mais comuns da inibição envolvem: (a) inibição da controlada; não demonstra (como amor ou medo) ou de substâncias raiva e da agressão (b) inibição de impulsos positivos (por exemplo, emoções ou que requeiram desinibidoras, como o alegria, afeto, excitação sexual, brincadeira); (c) dificuldade de comportamentos comportamento álcool). expressar vulnerabilidade ou comunicar livremente seus sentimentos, espontâneos. desinibido (como necessidades e assim por diante; (d) ênfase excessiva na dançar). racionalidade, ao mesmo tempo em que se desconsideram emoções. Postura punitiva: Crença de que as pessoas devem ser punidas Age de forma Evita situações que Perdoa em exagero, ao com severidade quando cometem erros. Envolve a tendência a estar exageradamente punitiva envolvam avaliação para mesmo tempo em que com raiva e a ser intolerante, punitivo e impaciente com aqueles ou dura com pessoas que escapar do meio de sente internamente, (incluindo a si próprio) que não correspondem às suas expectativas lhe são importantes. punições. raiva e vontade de punir. ou padrões. Via de regra, inclui dificuldades de perdoar os próprios erros, bem como os alheios, em função de uma relutância a considerar circunstâncias atenuantes, permitir a imperfeição humana ou empatizar com sentimentos. Padrões inflexíveis/postura crítica exagerada: Crença subjacente de que se deve fazer um grande esforço para atingir elevados padrões internalizados de comportamento e desempenho, via de regra para evitar críticas. Costuma resultar em sentimentos de Descarta totalmente os pressão ou dificuldade de relaxar e em posturas críticas exageradas Tenta ter um desempenho Evita assumir tarefas altos padrões e vai em com relação a si mesmo e a outros. Deve envolver importante perfeito; estabelece profissionais; posterga. busca de desempenho prejuízo do prazer, do relaxamento, da saúde, da autoestima, da padrões altos para si e para abaixo da média. sensação de realização ou de relacionamentos satisfatórios. Os os outros. padrões inflexíveis geralmente se apresentam como: (a) perfeccionismo, atenção exagerada a detalhes ou subestimação de quão bom é seu desempenho em relação à norma; (b) regras rígidas e ideias de como as coisas “deveriam” ser em muitas áreas da vida, incluindo preceitos morais, éticos, culturais e religiosos elevados, fora da realidade; (c) preocupação com tempo e eficiência, necessidade de fazer sempre mais do que se faz.