Você está na página 1de 83

TERAPIA DO ESQUEMA: Modos

Esquemáticos e Avaliação
Roseli Lage de Oliveira
roseli@conscientia.com.br
Principais Conceitos

• Revisão Principais Conceitos


• Modos Esquemáticos
• Formas de Avaliação
• Técnicas Cognitivas
• Técnicas Emotivas
• Técnicas Comportamentais
• Estilos de Avaliação
• Horizontal – Situação Atual
• Vertical – Situação Antiga
• Avaliações Objetivas - Questionários
Revisão
Não atendimento
das Necessidades
Emocionais
Exposição Básicas
sucessiva à
Práticas experiências
Educativas traumáticas
Temperamento (Apego Seguro)

18
Tarefa 5 Domínios
Desenv. NEB Esquemáticos

03 Estilos
Desadaptativos de
Enfrentamento
1º Domínio

Abandono /
Instabilidade

Isolamento
Desconfiança
Social /
/ Abuso
Alienação
DESCONEXÃO
E REJEIÇÃO

Defectividade Privação
/ Vergonha Emocional

(Falcone, 2011, 2014; Young, 2003)


2º Domínio

Dependência /
Incompetência

AUTONOMIA e Vulnerabilidad
Fracasso DESEMPENHO e ao Dano ou
à Doença

Emaranhamento
/ Self
Subdesenvolvido

(Falcone, 2011, 2014; Young, 2003)


3º Domínio

Arrogo /
Grandiosidade

LIMITES
PREJUDICADOS

Autocontrole /
Autodisciplina
Insuficientes

(Falcone, 2011, 2014; Young, 2003)


4º Domínio

Subjugação

DIRECIONAMENTO
PARA O OUTRO

Busca de
Aprovação /
Autossacrifício
Reconheci-
mento

(Falcone, 2011, 2014; Young, 2003)


5º Domínio

Negativismo
/ Pessimismo

Postura SUPERVIGI-
Inibição
Punitiva LÂNCIA /
Emocional
INIBIÇÃO

Padrões
inflexíveis /
Crítica
Exagerada (Falcone, 2011, 2014; Young, 2003)
Exercício - EIDs
INTRODUÇÃO
MODOS ESQUEMÁTICOS
• Conceito - Modos Esquemáticos
• Surgiu com a atualização da teoria de Young,
• Se identificava maior dificuldade em se trabalhar com os EIDs e com os EED,
quando eram casos muito graves e/ou refratários, como os Transtornos da
Personalidade.
• Foram subdivido em Quatro principais grupos:
• Modos Inatos Criança
• Modos Pais Desadaptativos Internalizados
• Modos de Enfrentamento Desadaptativos
• Modo Adulto
Modos Esquemáticos
• O modos esquemáticos são formas de funcionamento do indivíduo,
em um determinado momento, em que são ativados
• Característicos em relações interpessoais
• Estilo global de funcionamento
• Envolve emoções / sentimentos, pensamentos e formas de enfrentar a
situação
• Podem ser saudáveis ou não
• Há 10 modos básicos, divididos em quatros tipos
• Quando o paciente compreende como ele funciona, passa a ter maior
consciência do que está ocorrendo e maior poder de escolha
(Wainer & Rijo, 2016)
Modos Esquemáticos
• No aspecto evolutivo – os modos foram funcionais / adaptativos em
algum momento do desenvolvimento
• Possibilitava o atendimento das Necessidades Emocionais Básicas – de
alguma forma
• Passam a ser disfuncionais / desadaptativos – quando se mantém no
mundo adulto, sem se adaptar ao contexto atual
• A transição dos modos saudáveis para não saudáveis – quando as NEB
não estão sendo atendidas
• Modos esquemáticos – quando um conjunto de EIDs estão sendo
acionados simultaneamente
(Wainer & Rijo, 2016)
Modos Esquemáticos
• Os Modos Esquemáticos não ficam ativos o tempo todo, dependendo
dos gatilhos, esses modos são ativados
• Quando o paciente tem patologias mais graves – Transtornos da
Personalidade – podem permanecer constantemente ativados –
torna-se quase um modo padrão do indivíduo
• Busca-se encontrar os modos que são mais saudáveis e adaptativos
• Tenta-se negociar com os modos de enfrentamento
(Wainer & Rijo, 2016)
Ativação Esquemática
Situações Necessidades
ativadoras Emocionais
Pessoais não Atendidas

Estratégias de EIDs Ativados


Emoções
Enfrentamento

MODOS ESQUEMÁTICOS
Criança MODO Capitulador
Vulnerável Complacente
ADULTO
Criança
SAUDÁVEL
Zangada
MODOS DE Protetor
MODOS INATOS
ENFRENTAMENTO Desligado
CRIANÇA
Criança DESADAPTATIVOS
Impulsiva/
Indiscip.
MODOS PAIS
DESADAPTATIVOS
Hipercompensador
INTERNALIZADOS
Criança
Feliz
Pai/ Mãe Pai/ Mãe
Punitivo/ Crítico Exigente
Modos Inatos Criança
• Referem-se à respostas Inatas para as Necessidades
Emocionais que não foram supridas
• São baseados em Emoções

• Há quatro modos básicos, mas pode-se ter as suas


ramificações
Modos Inatos Criança
MODO DESCRIÇÃO EIDs RELACIONADOS
Criança Vivencia sentimentos disfóricos ou ansiosos, em Abandono, desconfiança/ abuso,
vulnerável especial medo, tristeza e desamparo, quando em privação emocional, defectividade,
contato com esquemas associados isolamento social, dependência/
incompetência, vulnerabilidade,
emaranhamento, negativismo/
pessimismo
Criança zangada Libera raiva diretamente em resposta a Abandono, desconfiança/abuso,
necessidades fundamentais não satisfeitas ou privação emocional, subjugação
tratamento injusto relacionado a esquema nuclear
Criança Age impulsivamente, segundo desejos imediatos Arrogo, autocontrole insuficientes
impulsiva/ de prazer, sem considerar limites nem as
indisciplinada necessidades e os sentimentos dos outros
Criança feliz Sente-se amada, conectada, contente e satisfeita Nenhum
(Baseado em Young et al., 2008)
Criança Abandonada TPB
Criança Abusada - TPB
Criança Vulnerável Criança Solitária - TPN
Criança Dependente- TPD

Criança Zangada
MODOS Criança Zangada
Inatos Criança Criança Enfurecida

Criança Indisciplinada TPA


Criança Impulsiva/
Indisciplinada
Criança Impulsiva
Criança Feliz
Criança zangada/ impulsiva
• Função: atos impulsivos para satisfazer suas necessidades ou
demonstração de sentimentos (inapropriada)
• Sinais e sintomas: raiva intensa, impulsividade, exigência,
desvalorização, manipulação, controladora, abusiva,
ameaças de suicídio, promiscuidade
• Transpondo o modo Criança Zangada/ Impulsiva
• Estabelecer limites de abuso
• Empatizar com os esquemas adjacentes
• Teste de realidade: realismo x exagero
• Compartilhar reações de raiva
• Praticar assertividade
• Relação terapêutica
Modos Pais Desadaptativos
Internalizados (Vozes)
• Observar quem são as vozes internalizadas, nem sempre
serão os cuidadores primários
• Tendem a ser interpretados como internalizações negativas
• São baseados em Pensamentos
• “Você não presta”
• “Você é incapaz”
• “Você é um desajeitado, não faz nada direito”
• “Você não é suficiente”
Modos Pais Internalizados
Desadaptativos
MODO DESCRIÇÃO EIDs RELACIONADOS
Pai/mãe Restringe, critica ou pune a si ou aos Subjugação, postura punitiva,
punitivo- outros defectividade, desconfiança/
crítico abuso (como abusador)

Pai/mãe Estabelece expectativas e níveis de Padrões inflexíveis,


Exigente, responsabilidade altos em relação aos autossacrifício
Demandante outros e pressiona-se para
cumpri-los

(Baseado em Young et al., 2008)


Mãe / Pai
Críticos,
Punitivo

MODOS
Pais – Desadaptativos
internalizadas
(Vozes Internalizadas)
Mãe / Pai
Exigente,
Demandante
Pais Punitivos
• Agressões verbais
• Uso sistemático de ironia e desprezo pelas intervenções do
terapeuta
• Frieza emocional
• Função: pune a criança por expressar suas necessidades e
sentimentos ou por cometer erros
• Sinais e Sintomas: ódio de si mesmo, autocrítico, abnegação,
automutilação, raiva por sua carência, extrema intolerância
consigo mesmo, alto nível de culpa, se pune com raiva cortando-
se, passando fome...
Combatendo Pais Punitivos (imagem)

1. Nomear o funcionamento defensivo do modo


2. Auxiliar o paciente a identificar os sinais desse modo esquemático –
emoção do pai – Raiva?
3. Explorar o desenvolvimento infantil do modo
• Quais parentes ou outros significativos tinham tom de voz que ele associa com a
maneira como ele está falando/agindo?
• Quando os cuidadores tornavam-se punitivos?
• Nomear o modo – dar um nome pessoal (ex. Sargentão)
4. Explorar ao máximo a ativação dos sentimentos e ver se o que sente
é só na terapia ou em outras situações
5. Pedir ao paciente para dizer o que necessitaria ou gostaria de ouvir
(reparentalização)
6. Imagens mentais - Transpondo o modo pais punitivos (na
cena imagística a importância está na reparentalização)
• Pedir permissão para fazer o exercício
• Iniciar em ambiente seguro
• Levá-lo à uma situação da criança com o pai punitivo, em que se
sente criticado, culpado
• Criar mecanismos de proteção para a criança (na imagem, o
cliente precisa se sentir seguro)
• Criar diálogos entre a criança e o adulto punitivo para que a
criança possa dizer o quanto o adulto está sendo inadequado para
com ela – tente expressar com a entonação mais próxima possível
que o paciente vivenciou
• Ter a certeza de que a criança ganhe a discussão “não tente
convencer o pai punitivo de que você está certo, somente diga-lhe
que está errado”
• Finalize o exercício em um lugar seguro
• Avalie o experimento com o paciente ajudando-o a perceber
que seu modo de funcionamento é a voz dos pais punitivos
em ação
• Ajude o paciente a perceber que os pais punitivos
cometeram um erro ao funcionarem assim com ele (e não
necessariamente foram malévolos)
• Avalie se o paciente se sentirá seguro após a sessão
• Assegure-se de que poderá contatá-lo se precisar.

A criança é dicotômica
Se ela protege o pai – se culpa
Se ela se perdoa – culpa o pai
Modos de Enfrentamento
Desadaptativos
• Referem-se à respostas de sobrevivência utilizadas para lidar com
as necessidades que não foram atendidas ou com situações mais
traumáticas
• São baseados em Comportamentos
• Essas estratégias não são boas ou ruins em si, vai depender do
contexto
• Em um ambiente aversivo, de violência a evitação pode ser funcional
• Em um ambiente acolhedor, favorável, se afastar pode não ser funcional
• Há três modos básicos, mas pode-se ter as suas ramificações
Modos de Enfrentamento
Desadaptativos
MODO DESCRIÇÃO
Capitulador Adota enfrentamento baseado em obediência e dependência
Complacente
Tem o propósito de evitar maus-tratos reais
Protetor Desligado Adota estilo de retraimento emocional, desconexão, isolamento e
evitação comportamental, podendo agir de modo robótico

Utilizado para fuga de estados emocionais negativos.


Hipercompensador Estilo de enfrentamento caracterizado por contra-ataque e controle;
pode hipercompensar por meios indiretos, como trabalho excessivo

Utilizado para fuga de estados emocionais negativos


(Baseado em Young et al., 2008)
Capitulador Complacente *
Resignação

Protetor Desligado *

Autoaliviador
Evitação
MODOS Protetor Zangado
Desadaptativos de
Enfrentamento Autoengrandecedor - TPN
Hipercompensador *– TPOC – Perf.

Hipercontrolador - TPOC
Hipercompensação Busca de Aprovação e Atenção
Provocador e Ataque - TPB
Predador - TPA
Apresentação Clínica
• Protetor Desligado – entender sempre ao que um
comportamento serve, a serviço do que ele está
• Postura de retraimento emocional
• Desconexão com o terapeuta
• Isolamento e evitações cognitiva e emocional
• Funcionamento robótico
• Papel do Protetor desligado
• Bloqueia acesso a outros modos
• Bloqueia emoções e as necessidades do paciente
• Contribui para um self imaturo
• Comum em TPB e TPN
• Função
• Desligar-se de necessidades e sentimentos para evitar sentimentos
dolorosos

• Sinais e sintomas: ausência de emoções (emoções planas),


intelectualização, despersonalização, vazio, tédio, abuso de
substâncias e outras adições, trabalho em excesso,
automutilação.
• Reconhecendo o Modo Protetor Desligado
• Autorrelato: bloqueado, disperso, amortecido
• Sinais não verbais na sessão: afeto embotado, postura rígida, não
faz contato visual
• Comportamento fora da Sessão: dependências, mutilações,
compulsão, navegação compulsiva na internet
• Reação do terapeuta na sessão (ver qual a emoção que o cliente
lhe desperta): tédio, fadiga, dificuldade de concentração
• Formas de Protetor Desligado
• Resistente (não quer entrar)
• Amortecido, disperso, despersonalizado
• Excessivamente intelectualizado
• “Maduro”, sensível, racional – “Adulto” Racional
• Complacente
• Robotizado – tudo igual
• Metas Terapêuticas
• Psicoeducar o paciente sobre o modo e suas funções
• Assegurar que a terapia irá ajudar o paciente a conter e aliviar suas
emoções
• Enfraquecer o modo protetor desligado para acessar o modo
criança vulnerável – acessar sua vulnerabilidade e outros modos
• Transpor o Modo
• Terapeuta deve tomar cuidado para não ser crítico, julgador
Transpondo o Modo Protetor Desligado

Transpondo o Modo Protetor Desligado


1. Nomear o modo protetor desligado
2. Ajudar o paciente a sentir o modo e reconhecer os sinais –
auxiliar a identificar pistas desse modo (Ex. sem contato visual)
3. Levar o paciente a identificar os gatilhos deste modo e se este
funcionamento é útil
4. Explorar e explicar o desenvolvimento do modo na infância
(origens)
5. Discutir o seu valor adaptativo e empatizar com o valor
adaptativo do modo na infância
6. Revisar pós e contras do desligamento do modo na vida adulta
(por meio da técnica das duas cadeiras, diálogos entre o protetor
desligado e o adulto saudável)
7. Discutir o exercício com o paciente
8. Ajudar o paciente a generalizar para a sua vida, fora da sessão
Modos Saudáveis
• Modos em que as necessidades emocionais são atendidas de
modo satisfatório
• Mostram-se de forma adaptativa

• MODO ADULTO SAUDÁVEL


• MODO CRIANÇA FELIZ
Tratamento dos ME
• Objetivos:
• Inibir o modo protetor desligado
• Combater o modo pais punitivos
• Recanalizar a criança zangada e impulsiva
• Buscar a criança vulnerável e reparentalizá-la
• Trazer o adulto Saudável
• Proporcionar a cura esquemática
7 Passos – Tratamento ME
1. Identificar e dar nome aos modos do paciente – isso deve fazer
sentido para ele emocionalmente

2. Explorar a origem e o valor adaptativo (quando necessário) dos ME

3. Relacionar os ME aos problemas e sintomas atuais – melhor


momento de utilizar isso é quando os esquemas estão ativados

4. Demonstrar as vantagens da mudança ou desistência do Modo


Desadaptativo que interfere no acesso ao Modo Adaptativo – ir
demonstrando os contrapontos
7 Passos – Tratamento ME
5. Acessar a Criança Vulnerável por meio de imagens – utilizar
a reparentalização “Você pode fazer as coisas, você
merece”
6. Diálogo com os ME – Terapeuta auxilia a modelar o Adulto
Saudável – posteriormente paciente representa esse modo
(reparentalização, uso de imagens)
7. Generalizar esse trabalho na vida do paciente
Resumindo ...
EM TERMOS DE TRATAMENTO
• Suprir as necessidades emocionais dos pacientes
• Acolher os modos criança inatos
• Recanalizar a criança zangada e impulsiva
• Reparentalizar a criança vulnerável
• Combater os modos pais, vozes internalizadas
• Negociar com os modos de enfrentamento
• Inibir o modo protetor desligado
• Fortalecer o adulto saudável
• Ampliar o espaço da criança feliz
Caso Clínico
Discutindo o Modelo de Modos
Terapia do Esquema
• Dividida em duas etapas principais
• Avaliação

• Processo de Mudança (Intervenção)

(Wainer & Rijo, 2016)


AVALIAÇÃO

Como identificar
quais os
esquemas mais
predominantes no
seu cliente?
Quais aspectos
considerar no processo
de avaliação?

Como desenvolver o
raciocínio clínico?
Terapia do Esquema - Avaliação
• Objetivos:
• Identificar os EIDs e educá-lo a respeito
• Relacionar os EIDs com a história de vida e as dificuldades atuais
• Auxiliar o paciente a se conectar com as emoções relacionadas aos
EIDs
• Identificar as estratégias de enfrentamento disfuncionais

(Wainer & Rijo, 2016)


Avaliação - Estágios
• Identificação dos EIDs e Estilos de Enfrentamento
• Avaliação Objetiva (questionários), dados da história de vida,
problemas atuais, origens dos problemas
• Ativação dos Esquemas
• Pode-se utilizar de estratégias para identificar os EIDs e estratégias
por meio das ativações esquemáticas – técnicas imagística
• Aqui objetiva-se apenas avaliar, mas não intervir
• Conceitualização dos Esquemas
• Construir a partir das informações obtidas
• Educação sobre os EIDs
• Psicoeducação – papel crucial na Terapia do Esquema
(Wainer & Rijo, 2016)
Avaliação - Estratégias
• Desenvolver uma sólida Aliança Terapêutica – só se sentindo
seguro o paciente se permite ser conduzido pelo paciente para
acessar seus próprios esquemas e ter a ativação emocional
• Terapeuta pode utilizar múltiplos recursos para compreensão:
• Recursos Cognitivos
• Estratégias Vivenciais (emocionais)
• Recursos Comportamentais
• Observação da Relação Terapêutica e emoções expressas durante as
sessões
Aliança Terapêutica
• Um componente essencial da Relação Terapêutica
• Envolve o vínculo, postura, tom de voz, expressões faciais e
corporais, afetividade, validação, encorajamento, colo,
delicadeza, compaixão, entre outros etc.

• Duas Técnicas Centrais (serão discutidas na intervenção)


• Reparentalização Limitada

• Confrontação Empática
Análise Situacional (Horizontal)
• Automonitoramento
• Estratégias mais cognitivas:
• Flecha Descendente
• Maior foco às emoções
• Crenças Nucleares
• Episódio Recente – descrever em detalhes a situação, ativação
emocional, significado dos PAs e Imagens Mentais
• A análise do comportamento visa identificar como indivíduo
tenta evitar, atenuar a ativação dos EIDs
• A emoção expressa pode ser um indicativo importante do EID
(Paim & Copetti, 2016)
Análise Situacional (Horizontal)
• Diário de Esquemas (automonitoramento)
• Situação
• Emoção
• Pensamento
• Comportamento
• Memórias Infantis relacionadas aos Esquemas *
• Ativações Esquemáticas

(Paim & Copetti, 2016)


Análise pela História de
Vida (Vertical)
• Retorno às origens: EIDs, NE não atendidas, EED, fortalecer o
vínculo
• Terapeuta avalia a história de vida, fazendo uma ponte entre a
história e as situações atuais
• Ficar atento para validar as reações emocionais do paciente
• Acolher a dor do paciente – tom de voz afetivo, suave, expressões
emocionais que sejam validantes, buscando compreender as
dificuldades e emoções
• Pode-se fazer perguntas abertas:
• “Deve ser difícil falar sobre isso, como se sente?”
• “O que está sentindo ao se lembrar disso?”
• “Você se recorda de outras situações da sua vida em que se sentiu dessa mesma
forma?”
• “Como foram seus outros relacionamentos?”
(Paim & Copetti, 2016)
USO DE
QUESTIONÁRIOS E
AVALIAÇÕES
FORMAIS
Uso de Questionários

• Pode ser aplicado o Questionário de Esquemas de Young, Forma


Longa, Terceira Edição (Formulário enviado)
• Possui 232 afirmações - respondidas em um continuum entre 1
(inteiramente falsa) a 6 (descreve perfeitamente)
• Considerar os esquemas em que foram pontuados 5 e 6, somar em cada
conjunto de afirmações que compõem cada esquema
• Calcular a média de cada esquema (somar todas as respostas do conjunto
de afirmações que compõem o esquema e dividir pelo número de
afirmações) – Atentar a partir de 3,5.
• Exemplo: Padrões Inflexíveis – afirmações de 152-167 (Afirmações 5/6 = 14;
Média = 5,06)
Cliente Suely
Média de Pontuação dos Esquemas
6

27/02/2019
Esquemas Pontuados
14
12
10
8
6
4
2
0

Pontos 5/6 - 1a
Cliente – AC – (pai)
Média de Pontuação dos Esquemas
6

11/01/2019
Esquemas Pontuados
8
7
6
5
4
3
2
1
0

Pontos 5/6 - 1a
Cliente – CM – (tdah)
Média de Pontuação dos Esquemas
6

25/04/2019
Esquemas Pontuados
14
12
10
8
6
4
2
0

Pontos 5/6 - 1a
Uso de Questionários

• Pode ser aplicado o Questionário de Esquemas de Young, Forma


Reduzida – YSQ-S3 (Formulário enviado)
• Possui 90 afirmações - respondidas em um continuum entre 1
(completamente falso – não tem nada a ver) a 6 (descreve-me perfeitamente
– tem tudo a ver)
• Considerar os esquemas em que foram pontuados 5 e 6
• Na folha de escore - calcular a média de cada esquema (Formulário
enviado)
Uso de Questionários

• Pode ser aplicado o Questionário de Estilos Parentais (Formulário enviado)


• Possui 72 afirmações - respondidas em um continuum entre 1 (completamente
falso) a 6 (descreve-o (a) perfeitamente)
• Pode ser respondido por pessoas significativas para o paciente (madrasta,
padrasto, avó, tia – principalmente se este foi um cuidador primário)
• Considerar os esquemas em que foram pontuados 5 e 6, somar em cada conjunto
de afirmações que compõem cada esquema. Esquema de Privação Emocional,
considerar 1 e 2.
• Calcular a média de cada esquema (somar todas as respostas do conjunto de
afirmações que compõem o esquema e dividir pelo número de afirmações) –
Atentar a partir de 3,5.
• Exemplo: Padrões Inflexíveis – afirmações de 37-43 (Pai - Afirmações 5/6 = 6;
Média = 5,06 /// Mãe – Afirmações 5/6 = 2; Média = 3,8)
Uso de Questionários

• Pode ser aplicado o Questionário de Esquemas para Adolescentes –


Versão abreviada (Formulário enviado)
• Recém validado e adaptado para o Brasil
• Possui 52 afirmações - respondidas em um continuum entre 1 (não tem
nada a ver) a 6 (é exatamente)
• Considerar os esquemas em que foram pontuados 5 e 6, somar em cada
conjunto de afirmações que compõem cada esquema
• Calcular a média de cada esquema (somar todas as respostas do conjunto
de afirmações que compõem o esquema e dividir pelo número de
afirmações) – Atentar a partir de 3,5.
• Exemplo: Padrões Inflexíveis – afirmações de 04 e 19 (Afirmações 5/6 = 2;
Média = 5,5)
(Borges et al., 2020)
Uso de Questionários

• Pode ser aplicado o Inventário de Modos Esquemáticos (SMI 1.1)


• Possui 124 afirmações - respondidas em um continuum entre 1 (nunca ou
quase nunca) a 6 (o tempo todo)
• Considerar as afirmações em que foram pontuados 5 e 6, somar em cada
conjunto de afirmações que compõem cada esquema
• Calcular a média de cada esquema (somar todas as respostas do conjunto
de afirmações que compõem o esquema e dividir pelo número de
afirmações) – Atentar a partir de 3,5.
• Exemplo: Modos Pais Internalizados – Pais Exigentes/ Críticos – afirmações
de 07, 23, 45, 51, 82, 83, 90, 104, 115 e 116 (Afirmações 5/6 = 6; Média =
4,8)
Uso de Questionários

• Pode ser aplicado o Inventário de Evitação de Young-Righ (YRAI 1)


• Possui 41 afirmações - respondidas em um continuum entre 1
(completamente falso) a 6 (descreve-me perfeitamente)
• Considerar as afirmações em que foram pontuados 5 e 6. Essas afirmações
de escore alto, se representativas do paciente, podem indicar estratégias
evitativas

• Qualitativamente, pode-se buscar investigar a função das estratégias


evitadas, quando se desenvolveram e quando são utilizadas
Uso de Questionários

• Pode ser aplicado o Inventário de Compensação de Young (YCI 1)


• Possui 48 afirmações - respondidas em um continuum entre 1
(completamente falso) a 6 (descreve-me perfeitamente)
• Considerar as afirmações em que foram pontuados 5 e 6. Essas afirmações
de escore alto, se representativas do paciente, podem indicar estratégias
hipercompensatórias.
• Qualitativamente, pode-se buscar sentimentos difíceis para o paciente
que muitas vezes são camuflados pela hipercompensação
• Neste caso, quando você responde que te descreve perfeitamente a
afirmação “Acredito que é importante mostrar ´uma cara feliz´,
independentemente do que eu sinto de verdade”, é possível que esta seja
uma forma de lidar com seu medo de ser abandonada?
USO DE IMAGENS
PARA AVALIAR OS
EIDs, ORIGENS
Estratégias Experienciais

• Técnicas Experienciais – Objetivam


• Ultrapassar a compreensão racional dos problemas
• Promover a ativação emocional por meio de experiências emocionais
corretivas
• A capacidade para processar as informações demonstra ser mais
efetiva na presença das emoções
(Young et al., 2008)
• O sucesso não está apenas na simples expressão das emoções, mas
pelo desenvolvimento de novos significados
(Greenberg, 2002 apud Falcone, 2014)
• Na fase de mudança, possibilitam o distanciamento emocional dos
esquemas do paciente por meio da mobilização emocional, com ênfase na
relação terapêutica (reparação parental)

• Técnicas experienciais auxiliam a mudar a característica dos esquemas – de


egossintônica para egodistônica
• Prepara melhor o paciente para quebrar padrões comportamentais (estilos
de enfrentamento)
(Young et al., 2008)
• Início do trabalho com imagens:
“Agora feche os olhos, deixe que surja uma imagem. Não force as imagens,
apenas deixe que uma delas venha a sua mente e diga o que vê”

“As imagens mentais não são como pensar ou fazer associação livre, em
que um pensamento leva a outro; elas são como assistir a um filme, quero
que você vivencie – tornando-se parte dele e vivendo todos os eventos
que aconteceram”
• Imagens mentais de um lugar seguro:
• O trabalho com imagens sempre se
inicia e é concluído com a visualização
de um lugar seguro e/ou agradável para
o paciente

• Para acessar as emoções e realizar as


técnicas vivenciais, o paciente precisa
se sentir seguro
• Imagens mentais da infância:
• Nesta técnica busca-se identificar a
emoção do paciente e quais
esquemas subjacentes são
acionados, possibilitando
compreender as origens destes
• Procura-se trabalhar uma imagem
por sessão...
Técnicas Imagísticas
• Imagens agradáveis da
Infância

• Imagens agradáveis com o


pai

• Imagens agradáveis com a


mãe
Técnicas Imagísticas

• Imagens desagradáveis da
Infância
• Imagens desagradáveis com o
pai
• Imagens desagradáveis com a
mãe
• Imagens desagradáveis de outras
pessoas importantes, inclusive
amigos, que possam ter
contribuído para a formação de
um esquema
Diagnóstico com Imagens Mentais
• Imagens mentais que ligam o
presente ao passado:
• Após explorar uma imagem da
infância, o terapeuta pede que o
cliente focalize uma imagem no
momento presente que acione a
mesma emoção
Referências
• Borges, J. L., Vagos, P., Dell’Aglio, D. D., & Rijo, D. (2020). Cross-cultural Validation
of the Young Schema Questionnaire for Adolescents in Portuguese and Brazilian
Samples. Journal of Cognitive Theraphy, 13, 233–250.
https://doi.org/10.1007/s41811-020-00067-6
• Falcone, E. M. O. (2014). Terapia do Esquema. In: Wilson Vieira Melo (Org.).
Estratégias Psicoterápicas e a terceira onda em terapia cognitiva. Porto Alegre:
Sinopsys, pp.264-288.
• Paim, K., & Copetti, M. E. K. (2016). Estratégias de Avaliação e Identificação dos
EIDs. In: R. Wainer, K. Paim, R. Erdos, & R. Andriola (Orgs.). Terapia Cognitiva
Focada em Esquemas: integração em psicoterapia [recurso eletrônico]. (pp. 73-
96). Porto Alegre: Artmed.
Referências
• Wainer, R. (2016). O Desenvolvimento da Personalidade e suas tarefas evolutivas.
In: R. Wainer, K. Paim, R. Erdos, & R. Andriola (Orgs.). Terapia Cognitiva Focada
em Esquemas: integração em psicoterapia [recurso eletrônico]. (pp. 20-27). Porto
Alegre: Artmed.
• Wainer, R., & Rijo, D. (2016). O modelo teórico: esquemas iniciais, estilos de
enfrentamento e modos esquemáticos. In: R. Wainer, K. Paim, R. Erdos, & R.
Andriola (Orgs.). Terapia Cognitiva Focada em Esquemas: integração em
psicoterapia [recurso eletrônico]. (pp. 44-56). Porto Alegre: Artmed.
• Young, J. E., Klosko, J. S., Weishaar, M. E. (2008). Terapia do Esquema: guia de
técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed.
Profa. Dra. Roseli Lage de Oliveira
WhatsApp (11) 98473-7060
www.conscientia.com.br / roseli@conscientia.com.br

Você também pode gostar