– Tipo IDEALISTA, seguidor de princípios.

– São pessoas éticas.

– Possuem um senso muito claro do que é certo ou errado.
– São professores!
– Sempre lutam para melhorar as coisas e temem errar.
– Organizadas, ordeiras e meticulosas.
– Tentam viver conforme altos padrões.
– São críticos e perfeccionistas.
– Costumam ter problemas com a impaciência e a raiva reprimida.

São criteriosas, ponderadas, realistas e nobres.

A ideia mental superior do Tipo 1 é a DIVINA PERFEIÇÃO. É uma compreensão profunda de que cada momento é simplesmente perfeito,
de que não há coisas fora do lugar e de que não há erros na natureza ou mesmo nas pessoas. Segundo essa compreensão, as pessoas são
perfeitas como são e aquilo que chamamos de erros, defeitos ou falhas existe apenas por conta dos julgamentos baseados em nossos
sistemas de crenças pessoais e culturais, ou seja, são conceitos criados, relativos. Assim, o que está certo para uma pessoa e em um lugar
pode estar errado para outra pessoa em outro lugar, e está tudo ok.

A personalidade do Tipo 1 perde contato com esta ideia essencial de que no universo, a partir de uma perspectiva mais elevada, tudo o
que existe é, em essência, correto e justo e todas as coisas são perfeitas. Com isso, ele desenvolve uma crença limitante bastante forte: a
fixação chamada de RESSENTIMENTO. Este ressentimento é um pensamento carregado de raiva reprimida e julgamento, que aparece
todas as vezes que a pessoa do Tipo 1 vê alguém fazendo algo que ela considera errado, incorreto ou impuro.

Aquilo fica remoendo por muito tempo e, por vezes, não é verbalizado. Assim olham para o mundo e encontram pessoas
que transgridem regras e os padrões que ela acredita serem os corretos. Para ele é difícil se esquecer dessa transgressão, que pode ficar
durante muito tempo em seus pensamentos. Assim, os mais severos julgamentos e condenações aparecem, sejam eles colocados para
fora ou não.

A virtude do Tipo 1 é a SERENIDADE ou ACEITAÇÃO. É uma compensação emocional, um entendimento do coração de que todas as
pessoas e coisas são perfeitas exatamente como são. Não há nada a ser corrigido. É uma profunda calma emocional e uma aceitação dos
prazeres do corpo e da vida de forma relaxada, livre de culpas e julgamentos.

Ao perder contato com esta virtude citada anteriormente, o Tipo 1 desenvolve uma paixão (emoção de qualidade inferior) chamada de
IRA. A ira é um estado emocional cheio de raiva reprimida, que se desdobra em explosões ou implosões emocionais carregadas de culpa,
críticas e intolerância à imperfeição. Ela surge como uma reação a irresponsabilidade e a falta de compromisso dos outros e é dirigida a si
mesmo, como culpado por não ser certo ou fazer as coisas certas nos padrões em que deveriam ser feitas.

Quando criança, o Tipo 1 sentiu-se na obrigação de se comportar bem. Foi cobrado dela para que ela fosse uma criança bem educada,
bem comportada. Foi elogiada por ser assim e interpretou isso como uma cobrança para ter que continuar sendo assim.

Sentiu que os adultos não acreditavam nela, que depositavam expectativas muito altas em cima dela e assim ela foi se sentindo obrigada
a se comportar como um adulto, com receio que a achassem irresponsável.

É aqui que começa o Mecanismo de Defesa que chamamos de FORMAÇÃO REATIVA, um hábito mental e depois emocional, que chega no
físico, para controlar a irritação, abafar qualquer sinal de raiva.
FORMAÇÃO REATIVA. Este mecanismo de defesa do Tipo 1 aparece como uma força contrária a qualquer manifestação do instinto, da
parte que mais nos conecta ao mundo animal. São contidos os impulsos ou os anseios e os desejos deste instinto, como a raiva e os
impulsos de prazer sexual. Essa força reage e não deixa que os impulsos internos se manifestem, pois eles são julgados incorretos, “maus”
e “inadequados”. Trata-se de uma desesperada tentativa de controle dos impulsos corporais que acaba por trazer grandes privações e
conflito interno entre julgamento e vontade.