Foco excessivo no cumprimento voluntário das necessidades de outras pessoas
em situações cotidianas, às custas da própria gratificação. As razões mais comuns são: não causar sofrimento a outros, evitar culpa por se sentir egoísta, ou manter a conexão com outros percebidos como carentes. Muitas vezes, resulta de uma sensibilidade intensa ao sofrimento alheio. Às vezes, leva a uma sensação de que as próprias necessidades não estão sendo adequadamente satisfeitas e a ressentimento em relação à àqueles que estão sendo cuidados. Por vezes, acreditam que não esperam coisa alguma dos outros em troca, mas, quando algo lhes acontece e a outra pessoa não lhes dá o suficiente, ressentem-se. Atendem às necessidades alheias mas as suas não são satisfeitas. Na superfície, parecem contentes de se sacrificar, mas, por trás disso, tem um sentido profundo de privação emocional. Comportamentos desadaptativos (podem ocorrer ou não):Desenvolver autonegação, faz muito pelos outros e pouco por si; Evitar relacionamentos íntimos; Irritar- se com pessoas que lhe são importantes por não corresponder ou não demonstrar apreciação. Objetivo: entender que você tem, igualmente aos outros, direito de ter suas necessidades atendidas, de falar de si; Reduzir a sensação de ter uma super-responsabilidade com os outros, Prestar atenção em suas próprias necessidades e deixar que outras pessoas as atendam; Pedir o que quer de forma mais direta; Ser mais vulnerável ao invés de parecer forte o tempo todo. 2-INIBIÇÃO EMOCIONAL Inibição excessiva da ação, dos sentimentos ou da comunicação espontâneos, em geral para evitar a desaprovação alheia, sentimentos de vergonha ou de perda de controle dos próprios impulsos. As áreas mais comuns de inibição envolvem: inibição da raiva e da agressão, inibição de impulsos positivos (alegria, afeto, exitação sexual, brincadeira), dificuldade de expressar vulnerabilidade ou comunicar livremente seus sentimentos, necessidades e assim por diante; ênfase na racionalidade, ao mesmo tempo que se desconsideram as emoções. Pode haver tendência a valorizar mais o autocontrole do que a intimidade nas interações humanas e temer que, por liberarem as próprias, podem perder o controle e provocar o abandono ou outra punição. Comportamentos desadaptativos (podem ocorrer ou não): Conduta sem intensidade emocional; Evitar situações nas quais as pessoas discutem ou expressam sentimentos; Tentar de forma desajeitada ser a "animação da festa" ainda que pareça pouco natural. Objetivo: Permitir-se ser mais expressivo emocionalmente, identificar as emoções que estão sendo suprimidas, permitir que pessoas próximas sejam emocionalmente mais expressivas, aprender a demonstrar raiva de forma apropriada, realizar mais atividades por prazer, expressar afeto e falar sobre seus sentimentos. 3-DESCONFIANÇA/ABUSO Expectativa de que os outros irão machucar, abusar, humilhar, enganar, mentir, manipular ou aproveitar-se. Geralmente envolve a percepção de que o prejuízo é intencional ou resultado de negligência injustificada ou extrema. Pode incluir a sensação de que sempre se acaba sendo enganado por outros ou "levando a pior". Pode haver tendência a evitar a intimidade, não compartilhar seus pensamentos e sentimentos mais profundos com outros. Comportamentos desadaptativos (podem ocorrer ou não): Risco de escolher parceiros abusivos e permitir o abuso; ou evitar tornar-se vulnerável (manter segredos) ou Usar os outros (trair ou usar como forma de ataque preventivo ("Vou pegá-los antes que me peguem"), alternar entre se sentir sufocado e estar insensível. Objetivo: Fortalecer a segurança emocional e a reconexão; Distinguir entre pessoas do passado que merecem raiva e desconfiança e aquelas, no presente, que não merecem.