Professora Flávia Rita

PROVA PREF CRISTIANO OTONI

PSICÓLOGO DO CRAS
INSTITUTO CONSULPLAN/ 2021
Professora Flávia Rita

TREINAMENTO
POR QUESTÕES
TREINAMENTO POR QUESTÕES

Idade cronológica, fisiológica ou mental?

Podemos utilizar os mesmos critérios de idade que tradicionalmente usamos há
alguns anos? Esta simples pergunta tem embutida uma série de questões, desde a quem
deve-se considerar idoso e oferecer benefícios a até mesmo questões de ordem prática
em relação a propostas de tratamento médico.
Vamos lá.
Há em torno de pouco mais de 30 anos atrás um paciente com 60 ou mais anos de
idade que tivesse indicação de, por exemplo, colocar uma ponte de safena e não tivesse
qualquer outra doença além desta, teria sua cirurgia contraindicada simplesmente por
causa da sua faixa etária, considerada idoso de risco não aceitável.
Já atualmente pacientes com 80 ou mais anos vão à mesma cirurgia sem o menor
problema e provavelmente com outras doenças concomitantes, existem inclusive casos de
transplante cardíaco que o doador está nesta faixa etária – estamos falando do doador e
não do receptor.
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O conceito de idade tem mudado muito nos últimos anos. Quando eu tinha 20 anos,
uma pessoa de 60 era um velho para mim, hoje vejo cada dia mais pacientes com 94/95
anos e mais, que vão ao consultório sozinhos, que administram suas vidas de maneira
independente. Quando um paciente me fala aos 90 que acha que está ficando velho, eu
adoro, ou quando me anunciam um novo namoro...
Recentemente, fui auxiliar uma paciente em idade avançada levantar-se da mesa de
exame e ela me disse: “por favor, doutor, não me ajude, faço tudo sozinha e não posso
depender de ninguém”. Outro de 96, quando lhe disse “vou ajudá-lo a levantar-se”, não
deu tempo de acabar a frase: deu um pulo da cama tão vigorosamente que me assustei.
Acompanho muitos pacientes durante anos e mostro para muitos deles como eles
melhoram sua performance física ao longo dos anos. Claramente, isto depende de como
cada pessoa se comporta e trata seu corpo e sua mente.
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Aqueles que fazem atividade física regular e que mantêm seu cérebro em constante
atividade, fazendo contas mentalmente, fazendo palavras cruzadas, por exemplo,
costumam ter uma “juventude” prolongada.
Percebo também que aqueles com espírito mais jovem aparentam idade inferior à
sua cronológica.
O passar dos anos não é obrigatoriamente uma sina de piora progressiva, muitas das
coisas que as pessoas justificam como sendo da idade, na verdade, fazem parte do
declínio de quem não faz nada para impedi-lo.
Não serão fórmulas milagrosas ou exemplos extremos que farão as pessoas viverem
não mais, mas mais tempo com qualidade de vida.
Um exemplo clássico é o declínio muscular. A partir dos 40 anos, começamos a
perder tônus muscular. E como podemos reverter isto? Exercícios físicos regulares. Caso
não façamos nada, o que irá acontecer com o passar dos anos? Virá a perda de massa
muscular e, novamente, somente o consumo adequado de proteínas e o exercício
físico podem reverter ou minimizar este
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processo. Finalmente, se nada feito, os músculos serão substituídos com o tempo por
gordura, aí passam a ser difíceis a locomoção e as atividades do dia a dia.
O idoso que tem dificuldades para levantar-se da cadeira ou mesmo ter equilíbrio na
caminhada, muita das vezes, é porque não tem músculo. Aí vêm as quedas, um grande
perigo para aqueles com mais idade.
Todos vamos envelhecer, mas dependendo do espírito e do comportamento que
temos em relação ao nosso corpo e mente, a idade chegará benevolente ou maldosa
conosco, mas não adianta culpar sua data de nascimento ou mesmo aceitar como uma
sina. É assim mesmo.
Viva, não deixe de ter sonhos, trate bem seu físico e sua mente comendo
adequadamente e realizando atividades que estimulem sua cabeça e seus músculos.
A vida não é feita de números, e sim de vida.
(Jornal do Brasil. Carlos Scherr. Disponível em:
https://www.jb.com.br/colunistas/doutor_carlos_scherr/2020/03/1022 586-idade-cronologica-
-fisiologica-ou-mental.html.)
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01. Durante o desenvolvimento do texto é possível observar o emprego do pronome

pessoal de terceira pessoa alternando com o uso do pronome pessoal de primeira pessoa.
Tal emprego demonstra que:

A) Há um contraste entre o pensamento individual e o coletivo, em que o coletivo deve

sempre estar acima do interesse individual.

B) O enunciador possui o domínio de um vocabulário variado e compatível com o uso da

linguagem proposto no texto em questão.

C) Pode-se constatar a existência de uma lacuna quanto à correção linguística do texto, já

que se trata de um texto de caráter jornalístico.

D) O enunciador apresenta constatações que podem ser vistas como genéricas e outras
que demonstram a particularização do pensamento desenvolvido.
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02. De acordo com a estrutura textual apresentada, analise as características textuais

relacionadas a seguir e indique as pertencentes ao texto em análise.

I. Utilização da linguagem padrão da Língua Portuguesa.

II. Apresentação de um ponto de vista acerca de um assunto relevante.
III. Sustentação dos argumentos apresentados por meio da refutação de ideias.
IV. Defesa de um ponto de vista por meio de argumentos relacionados ao assunto tratado.

Estão de acordo com o enunciado apenas

A) I e II.
B) I e III.
C) I, II e IV.
D) II, III e IV.
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03. Observe a tirinha a seguir.

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Em relação ao texto “Idade cronológica, fisiológica ou mental?”, pode-se afirmar que o

conteúdo apresentado na tirinha:

A) Reflete a realidade apresentada no texto.

B) Demonstra uma realidade diferente da apresentada no texto.

C) Apresenta argumentos contrários aos do enunciador do texto.

D) Promove uma crítica acerca das práticas de pessoas com mais 60 anos citadas no texto.
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04. “Podemos utilizar os mesmos critérios de idade que tradicionalmente usamos há

alguns anos?” A forma verbal anterior é reconhecida por sua característica de
impessoalidade; o mesmo ocorre em:

A) Na caixa, existe dez repartições.

B) Haviam escutado as recomendações.

C) Deve haver outras soluções viáveis para a execução do projeto.

D) Eram muitos os convidados que havia comido naquele restaurante.

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05. Pode-se afirmar que a relação de sentido pretendida pelo enunciador no título do
texto está corretamente indicada em:

A) Conclusiva.

B) Contrastiva.

C) De alternância.

D) De esclarecimento.
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06. “[...] existem inclusive casos de transplante cardíaco que o doador está nesta faixa
etária – estamos falando do doador e não do receptor.” Acerca dos segmentos destacados
anteriormente, pode-se afirmar que:
A) Há apenas dois segmentos em que os verbos indicam complementos indiretamente
ligados a eles.

B) Há apenas dois segmentos em que os verbos, de ação, indicam complementos

diretamente ligados a eles.

C) Em cada segmento é apresentada uma diferente classificação sintática em relação às

formas verbais empregadas.

D) São estruturas que demonstram o mesmo tipo de complemento verbal de acordo com
a transitividade apresentada.
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07. Dentre os segmentos destacados do texto a seguir, é possível identificar a expressão

de subjetividade em referência ao ponto de vista do autor em:

A) “Vamos lá.” (2º§)

B) “Podemos utilizar os mesmos critérios de idade [...] (1º§)

C) “‘por favor, doutor, não me ajude, faço tudo sozinha e não posso depender de
ninguém’.” (6º§)

D) “Quando um paciente me fala aos 90 que acha que está ficando velho, eu adoro, ou
quando me anunciam um novo namoro...” (5º§)
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08. Em “vão à mesma cirurgia” é possível observar a ocorrência do fenômeno da crase;

neste caso, o emprego do acento grave é obrigatório. O uso deste acento está INCORRETO
em:

A) Refiro-me à mesma preocupação de ontem.

B) Informou à própria diretoria acerca da gravidade do problema.

C) Tenho consciência de que o ocorrido foi devidamente informado àquela senhora.

D) É possível constatar que a referência feita à Vossa Excelência está bem fundamentada.
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09. Considerando o contexto, o trecho “O passar dos anos não é obrigatoriamente uma
sina de piora progressiva, [...]” (9º§) pode ser corretamente entendido como um(a):

A) Sentimento em relação aos transtornos da terceira idade.

B) Consideração diante dos exemplos apresentados no texto.

C) Determinação de um estilo de vida que começa ainda na juventude.

D) Alerta para as dificuldades que se apresentam mediante o avançar da idade.

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10. Em relação à coesão textual, pode-se observar que no trecho “[...] hoje vejo cada dia
mais pacientes com 94/95 anos e mais, que vão ao consultório sozinhos, que administram
suas vidas de maneira independente.” (5º§):

A) As duas ocorrências do termo “que” refletem o uso da linguagem coloquial na

reprodução do discurso oral.

B) Os usos do vocábulo “mais” demonstram sentidos diferentes introduzindo, assim,

informações distintas.

C) A repetição do pronome “que” é desnecessária, provocando uma deficiência em

relação à coerência textual.

D) O termo “pacientes” é retomado por meio de diferentes conectivos textuais

contribuindo para a coesão textual.
GABARITO

1. D
2. C
3. B
4. C
5. C
6. C
7. D
8. D
9. B
10. D

PROVA REALIZADA EM 25/07/2021

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possível!

Obrigada pelo nosso encontro!