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UNIP- Universidade Paulista

CPA - Centro de Psicologia Aplicada / Campus Tatuapé


ÁREA: OFICINA DE CRIATIVIDADE
RELATÓRIO 06
OFICINA “Livro.”

1. Identificação:
 
Instituição: 
Estagiários:Camilla Ribeiro Dos Santos         RA: C860HA-1
                    Giovana Alves Rodrigues da Silva RA: C990CA-6
 
Autor (a): Camilla Ribeiro Dos Santos
                Giovana Alves Rodrigues da Silva
 
Supervisor: Marcos Vinícius Sant’AnaCRP: 06/103044
Data: 26 de Novembro de 2020

Descrição da demanda: 
 
Com base nos atendimentos anteriores e relembrando as oficinas já
realizadas, criar um livro sobre como ocorreu o processo de oficina de
criatividade para cada participantes. Esse livro deve conter o fato mais
marcante de cada oficina, através de uma representação.  Deve ter título e ser
decorado como desejarem. Assim, devemos estabelecer um momento de
reflexão sobre o processo total dos nossos encontros. 

3. Procedimento
Oficina de criatividade de fechamento realizada na instituição Cei
Espaço Kairós IX, com a participação de oito professoras do ensino infantil.
O encontro teve como objetivo fazer com que as participantes
refletissem sobre o processo da oficina de criatividade e relembrar sim o
sentimento que tiveram durante as oficinas e transformassem isso em um livro.
  Relembramos a primeira oficina, que era para que os participantes falar
assim sobre um sentimento que descreviam. A maioria dos participantes
colocou representações de amor e gratidão. Camila desenhou um coração com
um curativo e disse que a oficina a auxiliou no processo de cura. Além disso,
fez na primeira pagina um poema, com palavras de força que gostaria de ouvir
de si mesma todos os dias. 

Ao falarem da oficina do espelho, as participantes revelaram que após a


oficina se sentiram mais fortes, em perceber o tanto de conquistas possuem e
afirmaram que não tinham parado para olhar para elas mesmas. Disseram que
foi o momento que pararam para pensar em aspectos que não haviam
pensado. Josiele fez uma representação de dois espelhos, um quebrado e um
inteiro. O quebrado representava a forma como elas se viam, mas disse que
tem muitas potencialidades e que se olharem mais para elas, se verão como
espelhos inteiros. 

A terceira oficina foi a das fotos. As participantes apontaram quem


lembraram da infância, nos aprendizados que tiveram na vida, pontos que
aquecem o coração e fazem buscar os sonhos que tiveram ao longo da vida.
Sirlene refletiu sobre as escolhas e transformações, que fazem parte da vida e
olhar para o seu passado remeteu a isso.  

Na quarta e ultima oficina que pedimos para elas registrarem no livro, na


qual elas deveriam escrever sobre 6 aspectos representados por desenhos,
elas falaram que refletiram sobre algumas coisas que precisavam destacar,
metas e pensamentos esquecidos. Para Tamara, essa oficina fez com ela
percebesse algo que estava adormecido dentro dela, mas que sempre foi um
grande desejo, que é construir uma ong para mulheres e crianças vitimas de
violência. Para Juliana, foi a oficina mais marcante, pois ela revelou que uma
das suas maiores vontades era ser mae novamente e uma semana depois ela
descobriu que estava grávida.
Claudia afirmou que através dessa oficina percebeu que precisa sempre ter
coragem para ir além, que se deseja algo, ela pode conquistar. 
As participantes também deveriam dar titulo aos seus livros e Sirlene
disse que havia feito isso assim que começou a oficina. O nome escolhido foi
“Diário dos sentimentos e emoções”, e colocou como autoras “Giovana, Camila
e profº” , pois, para ela, nós a conduzimos nessa história em que ela foi
protagonista, num espaço de autodescoberta, em que pode se reconhecer
melhor como pessoa. Sirlene também desenhou uma corrente, que significava
a quebra dos medos e angústias, mas também a formação de vínculos mais
fortes entre elas, que passaram a se conhecer melhor, tornaram o olhar umas
para as outras mais fraterno e perceberam o quanto são capazes de realizarem
aquilo que desejam. 

Analise

Com essa oficina do livro pudemos observar que todas as participantes


conseguiram refletir sobre os seus processos de autodescoberta e
autoconhecimento, pois todas relataram algum aspecto que mudou em relação
ao olhar para si mesma. Como a participante Tamara citou, ela não sabia o
quanto estava disposta a ir atras do seu objetivo, mas através das oficinas isso
apareceu de forma intensa e ela pode perceber algo em si que estava
adormecido. Segundo Ferreira et. al. (2019), ao falarem sobre as Oficinas de
Criatividade, apontam que “este trabalho promove ressignificações, pois, ao
entrar em contato com o que estava oculto em si mesmo, o participante
reorganiza e vivencia de maneira diferente suas questões relacionadas ao
tema proposto” (P. 92).

Pode-se perceber também que elas refletiram sobre a criação de vínculo


entre elas, que passou a ser mais forte, pois conheceram aspectos mais
íntimos uma das outras e como isso foi importante para o apoio que podem dar
quando uma delas precisar. Sirlene, ao desenhar uma corrente que significou a
formação de vínculos mais fortes entre elas, deixa claro como as oficinas a
auxiliou nesse relacionamento entre as colegas de trabalho. Os autores
Ferreira et. al. também pontuam esse aspecto. “O foco se concentra no
fortalecimento das relações e no estabelecimento de redes de apoio e
sustentação, promovendo a autonomia dos integrantes, para que eles mesmos
assumam este processo de autoexploração, onde o psicólogo se constitui
apenas como um facilitador” (2019, p. 92)

Outro ponto que podemos analisar foi o fato de Sirlene ter apontados as
estagiárias e o professor como autores e seu livro e ela como protagonista da
história. No processo de auto conhecimento presente nas oficinas, tanto
estagiário e professor como as participantes são fundamentais, sendo todos
“co-autores”. Na oficina de criatividade não há o detentor do saber, todos os
olhares para a vida são levados em consideração, num processo de troca
constante. Como aponta Cupertino (2007) apud Ferreira et. al.
“Distante do caráter de determinação de posições hie- rárquicas em relação à
detenção do saber, as oficinas de criatividade servem para compor uma visão
multidimen- sional da problemática posta em questão, permitindo que as
finalidades mencionadas acima ocorram num contexto de afetação mútua”
(2019, p. 92). 

Quando Camila fala sobre o sentimento de cura, de que as oficinas


fortaleceram ela a olhar para si e perceber sua forças, percebemos um
amadurecimento e um enfrentamento de suas dificuldades. O que no inicio era
apenas dor, foi emergindo e ela foi observando como lidar melhor com suas
questões interiores. Como cita Ferreira et. al., na oficina de criatividade “aquilo
que era percebido como ameaçador passa a ser acolhido como próprio e
singular, aumentando a potência de agir” (2019, p. 92)

REFERENCIAS 
FERREIRA, Renata Santos Leme et al . Oficinas de Criatividade: atendimento
à população de rua.Fractal, Rev. Psicol.,  Rio de Janeiro ,  v. 31, n. 2, p. 91-
101,  Aug.  2019 .   Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1984-02922019000200091&lng=en&nrm=iso>. Acesso
em  03  Dez.  2020.
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Estagiário(a): Camila R. dos Santos         Estagiário(a): Giovana A. R. da
Silva
RA: C860HA-1                                         RA:C990CA-6
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Profº Supervisor: Marcos Vinicius Sant’Ana
CRP: 06/103044

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