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INSTRUÇÕES GERAIS SOBRE UM GRUPO DE TERAPÊUTICO

Os Grupos Terapêuticos, ou Terapias em grupo, consistem em trabalhar uma queixa


específica em comum com um grupo, dentro de um tema específico.
O grupo bem-sucedido deve ser temático, ou seja, os participantes precisam ter vivências
semelhantes. Exemplos: mulheres que querem diminuir a ansiedade, diminuição dos
sintomas de depressão, superação de feridas emocionais, etc. Em outras palavras, os
participantes devem ter objetivos em comum, tanto no compartilhamento de experiências
vividas, como no desenvolvimento de novas habilidades (enfrentamento da ansiedade,
aprender a se comunicar melhor, gerenciar as emoções, etc.).
O profissional deve fazer uma boa seleção dos participantes, para que se engajem no
processo e, assim, tenham resultados.
Os grupos terapêuticos podem ser conduzidos tanto de forma presencial, como de forma
online (através de reuniões em programas como Zoom ou Google Meetings).
Psicólogos devem seguir todos os critérios do CFP relacionados às práticas de terapia
em grupo determinados para a classe.

A duração ideal de um grupo terapêutico consiste entre 8 e 12 sessões, com a duração


de 1h e 30min à 2h.
Quantidade ideal de participantes: entre 3 e 10.

ESTRUTURA DAS SESSÕES DE INTERVENÇÃO:


- Revisão das tarefas de casa. (15 minutos).
- Psicoeducação (10 minutos).
- Vivências e Técnicas (35 minutos).
- Feedback dos participantes e acolhimento (20 minutos).
- Finalização e instruções da tarefa de casa (10 minutos).
COMO PRECIFICAR UM GRUPO TERAPÊUTICO

Divide-se o valor do horário do terapeuta pela quantidade de participantes.

Ao fechar o contrato, o participante deve pagar pelo valor de TODO o processo.

Quantidade ideal de encontros: 12 sessões semanais (processo de 3 meses).

*Exemplo:

Valor da hora do terapeuta = R$200,00

Grupo de 10 pessoas (2 horas de duração): A remuneração do terapeuta deverá ser de


R$400,00 por sessão (200 + 200).

Remuneração total do terapeuta: 400x12. R$3.800,00

4.800/10 (participantes)= R$480,00 por participante.

INSTRUÇÕES PARA O GRUPO TERAPÊUTICO EM AUTOESTIMA E


FERIDAS EMOCIONAIS

O objetivo do grupo de terapêutico em ansiedade é trabalhar o desenvolvimento da


autoestima em mulheres, trabalhar gestão das emoções, e feridas emocionais que estejam
enraizadas em sua personalidade.
Você, terapeuta, pode utilizar esse modelo para montar grupos de mulheres no seu
consultório, grupos online, oferecer esse projeto em empresas, escolas e instituições, pode
ser a base para imersões, retiros, palestras, oficinas, e até para a própria terapia individual
as pacientes do consultório.
MODELO DE GRUPO TERAPÊUTICO PARA AUTOESTIMA DE FEMININA
E FERIDAS EMOCIONAIS

SESSÃO 1: IDENTIFICANDO SUAS FERIDAS E INSEGURANÇAS

Início:
Relembrar as regras básicas de como funciona o grupo, tarefas a serem realizadas, limite
de faltas, tolerância de atraso e características específicas do Grupo Terapêutico dentro
da sua abordagem.

Dinâmica de apresentação:
Divide-se o grupo em duplas (na plataforma, pode fechar a reunião e pedir para que as
duplas façam uma vídeo-chamada entre si durante 15 minutos; em seguida, você retoma
a reunião), e cada um dos integrantes deve apresentar seu par; antes disso, é dado um
tempo para que possam conversar e falar mais sobre suas características, qualidades, entre
outros assuntos.

Retorno à reunião- estabelecimento de metas e objetivos:


Ao término da apresentação, as participantes compartilham suas metas e objetivos que
desejam alcançar com o tratamento.

Psicoeducação e vivências:
- Explicar sobre a formação na nossa autoestima na infância: quando chegamos a este
mundo, não sabemos nada, nem quem somos. Então, na infância, o que nossos pais,
irmãos, parentes, professores e colegas falam sobre nós, tomamos como verdade e
levamos aquilo para nossa vida.
Exemplo: se uma pessoa é insegura, é porque, lá na infância, pessoas e acontecimentos a
fizeram interpretar que ela não é capaz ou que as situações são perigosas demais para ela.
Outro exemplo: uma pessoa que se acha feia é porque, de alguma forma, isso lhe foi
passado na infância.

- Dinâmica dos óculos embaçados: solicitar que as participantes peguem óculos em casa,
e deixem-no embaçado. Assim são as nossas experiências na infância; embaçam a visão
de quem nós somos. Quando esses óculos são limpos, conseguimos ver quem realmente
somos, em nossa essência.
VIVÊNCIA:
- Dar um tempo para as participantes identificarem e escreverem suas maiores
inseguranças e crenças negativas sobre si mesmas.

Discussão:
Pedir para que as participantes compartilhem experiências as inseguranças, crenças
negativas sobre si, e problemas de autoestima que vivenciam; e como isso atrapalha a
vida de cada uma.

Tarefa de casa:
Tentar identificar, em suas experiências infantis, a origem de cada uma das suas
inseguranças e problemas de autoestima.
Exemplo: se a mulher percebeu que se acha incapaz e inútil, ela deverá, durante a semana,
buscar em sua história experiências infantis que possam ter desenvolvido nela esta crença.

SESSÃO 2: DESCONSTRUINDO CRENÇAS NEGATIVAS SOBRE SI


Início:
Os membros do grupo compartilham seu desenvolvimento, relatando suas experiências
com a tarefa de casa. Todos podem aprender com as experiências tiradas das atividades
realizadas pelos outros. O terapeuta, em conjunto com os participantes do grupo, faz um
resumo dos principais temas abordados na sessão anterior.

Psicoeducação e Vivências:
- A partir dos resultados da tarefa de casa, a vivência em sessão será a seguinte: que cada
uma busque entender o porquê seus pais (ou colegas) fizeram-lhe algumas ações.
Exemplo: uma mulher identificou que se acha inútil porque sua mãe sempre lhe dizia que
ela não fazia nada direito. Essa mulher deverá pensar: por que sua mãe lhe falava isso?
Porque falaram isso para ela também? Por ela ter tido uma criação difícil? Ou porque lhe
faltava tempo?
Cada participante deverá, durante a sessão, buscar essa compreensão, e começar um
movimento de liberação de perdão para possíveis mágoas.
A partir disso, ela entenderá que não significa que ela seja “inútil” ou “feia”; mas que
outras pessoas feridas jogaram esta ferida nela; não significa que ela realmente seja assim.

Feedback:
Compartilhar as conclusões que cada uma chegou em suas anotações e reflexões. Se
alguma participante não tiver conseguido identificar o motivo de as pessoas que lhe
feriram terem o feito, as demais participantes podem ajudá-la a encontrar respostas.

Tarefas de casa:
- Começar a desconstruir as idéias negativas sobre si mesma.

DESCONSTRUINDO IDÉIAS NEGATIVAS SOBRE SI

Faça uma lista com todos os seus pensamentos negativos que te geram insegurança
como: nunca serei nada na vida, nunca termino o que começo, nada do que faço é bom
o suficiente. Depois pense em fatos que contradigam esses pensamentos. Desconstrua
cada frase negativa. Por exemplo: Quantas coisas boas você já terminou? Quantas
coisas boas você já fez?
SESSÃO 3: QUEM VOCÊ REALMENTE É

Início:
Os membros do grupo compartilham seu desenvolvimento, relatando suas experiências
com a lição de casa. Todos podem aprender com as experiências tiradas das atividades
realizadas pelos outros. O terapeuta, em conjunto com os participantes do grupo, faz um
resumo dos principais temas abordados na sessão anterior.

Tema da sessão para psicoeducação e vivências:


- Com os resultados da tarefa de casa, as participantes já terão uma visão mais realista
sobre quem realmente são.
Exemplo: aquela que se achava inútil, pode ter chegado a conclusão de que pessoas com
alguma ferida a fizeram acreditar nisso; mas, ao olhar a quantidade de coisas que já fez,
percebeu que ela realmente não é inútil.
Durante a sessão, cada participante deverá escrever uma carta com o seguinte conteúdo:
a partir das reflexões que eu fiz, quem eu realmente sou?

QUEM EU REALMENTE SOU?

*Dar um bom tempo para as participantes escreverem.

Feedback:
Compartilhar sobre as conclusões que cada participante chegou sobre si mesma, e deixar
que as mesmas compartilhem vivências e ajudem umas as outras.

Tarefas de casa:
- Escrever novas crenças sobre si mesma, a partir da carta que escreveu em sessão;
fazer pequenos cartões, post-its e lembretes, para introjetarem a nova crença.
Exemplos: “eu sou útil, pois todos os dias faço coisas relevantes para os outros”;
“eu sou bonita, pois já recebi e recebo vários elogios”.
SESSÃO 4: FAZENDO AS PAZES COM SUA HISTÓRIA

Início:
Os membros do grupo compartilham seu desenvolvimento, relatando suas experiências
com a lição de casa. Todos podem aprender com as experiências tiradas das atividades
realizadas pelos outros. O terapeuta, em conjunto com os participantes do grupo, faz um
resumo dos principais temas abordados na sessão anterior.

Tema da sessão para psicoeducação e vivências:


- Explicar sobre aceitação da nossa história. Dizer que, por mais que não gostemos do
nosso passado, não podemos mudá-lo. Algumas coisas fogem a nossa capacidade de
decisão. Não escolhemos em qual família nasceremos, nem o dia, nem nosso
temperamento. Logo, revoltar-se contra sua história não adianta. É necessário entender
os aprendizados que ela pode te trazer.

VIVÊNCIA 1:
- As participantes deverão identificar e escrever situações e elementos de sua história que
elas consideram revoltantes e não conseguem aceitar (ex: o pai que lhe gerou, uma perda
que teve, uma doença, situação social e financeira, característica física, sexualidade, etc.).
O terapeuta pode pensar em alguma dinâmica específica que evoque isto.

VIVÊNCIA 2:
- Para cada elemento que traz revolta, a participante deverá escrever o que ela aprendeu
e as forças pessoais que ela desenvolveu a partir disto.
Ex: ter nascido em uma família muito pobre a fez desenvolver habilidades de trabalhar e
correr atrás do seu sustento e se destacar em algo; uma doença lhe ensinou a ser mais
empática e compreensiva com os outros; uma perda lhe ensinou a valorizar e se aproximar
mais das pessoas que ama.

VIVÊNCIA 3:
- As participantes, após entenderem que, de alguma forma, as dores lhe desenvolveram
algo, elas deverão verbalizar que não brigarão mais com seu passado e com sua história,
e decidirão que não podem mudar as coisas do passado, mas podem mudar seu futuro.

Feedback:
Compartilhar sobre as feridas, dores, revoltas e aprendizados identificados.

Tarefas de casa:
Escrever uma carta para o seu “EU” do passado.

Escreva uma carta para o seu EU do passado, contando como você está no presente.
Conte os seus avanços e transformações. Perceba o quanto você mudou (ou não). Você
pode começar com: HOJE... EU ME SINTO... Escreva livremente... Então complete:
EU QUERO... EU POSSO... EU SOU... Pode ainda finalizar com EU APRENDI...
SESSÃO 5: ASSUMINDO RESPONSABILIDADES – O QUE VOCÊ PRECISA
MUDAR?

Início:
Os membros do grupo compartilham seu desenvolvimento, relatando suas experiências
com a lição de casa. Todos podem aprender com as experiências tiradas das atividades
realizadas pelos outros. O terapeuta, em conjunto com os participantes do grupo, faz um
resumo dos principais temas abordados na sessão anterior.

Tema da sessão para psicoeducação e vivências:


- Pedir para as participantes listarem seus “defeitos”; ou seja, dificuldades, e no que
reconhecem que precisam melhorar.
Exemplo: quer se sentir mais bonita, precisa ser mais disciplinada nas tarefas, precisa ser
mais paciente com as pessoas, quer ser uma melhor profissional ou dona de casa, ter mais
sucesso financeiro, etc.
- Após a escrita, chamar as participantes para a responsabilidade, lembrando que, após
fazerem as pazes com suas histórias, elas hoje são adultas e são capazes de trabalharem
para melhorar o que precisa ser melhorado.
Exemplos:
- Se você acha que é feia, o que você tem feito para se perceber mais bonita? Separa
tempo e recursos para cuidar da sua aparência?

- Se você não gosta da sua situação financeira atual, o que você tem feito para mudá-
la? Está buscando se aperfeiçoar ou construir novas fontes de renda?

- Se você se acha pouco capaz em algo, o que você tem feito para aprimorar sua
capacidade nisto?

- Explicar que a autoestima, a partir de agora, não deverá se pautar nos seus resultados,
mas nos seus esforços.
Exemplos:

- “Ainda não estou no meu peso ideal, mas me amo porque sei que estou me esforçando
para chegar lá”.

- “Ainda não sou a profissional que almejei ser, mas me amo porque estou me
esforçando para ser”.
Feedback:
Compartilhar sobre as áreas e características que cada uma identificou que quer melhorar,
e o que estão fazendo por isso.

Tarefas de casa:
- Traçarem um plano prático para desenvolverem aquilo que precisa ser desenvolvido.
Exemplos: “para me sentir mais bonita, vou sempre me maquiar de manhã e vestir roupas
que me caem bem para sair”; “para melhorar minha situação financeira, vou procurar
desenvolver outras fontes de renda”; “para ser uma mãe melhor, vou separar um tempo
para estar com meus filhos, longe do celular”.
SESSÃO 6: PENSAMENTOS QUE INFLUENCIAM O HUMOR

Início:
Os membros do grupo compartilham seu desenvolvimento, relatando suas experiências
com a lição de casa. Todos podem aprender com as experiências tiradas das atividades
realizadas pelos outros. O terapeuta, em conjunto com os participantes do grupo, faz um
resumo dos principais temas abordados na sessão anterior.

Tema da sessão para psicoeducação e vivências:


“Os pensamentos norteiam todas as nossas emoções. Se você pensar constantemente
assim: ‘tenho que dar conta de tudo’, como consequência, você se sentirá ansiosa,
desesperada e o seu corpo começará a dar sinais desta sobrecarga. E ainda, qualquer coisa
que não estiver dando certo, você pensará: ‘é culpa minha porque eu não dei conta’, e este
pensamento de gerará tristeza, sentimento de impotência e diminuição drástica da sua
energia.
Então, quero te mostrar que, antes de tentarmos qualquer mudança, você começará
identificando o que você pensa!
Como?
Você fará assim: todas as vezes que perceber que seu humor mudou (que ficou com muita
raiva, ou triste, ou com medo, ou começou a chorar), pare e preste atenção no que você
está pensando. Podem ser várias coisas que estão passando pela sua cabeça: ‘eu não estou
sendo uma boa mãe’, ‘vou acabar perdendo o emprego’, ‘meu marido não me acha mais
atraente’, ‘estou muito gorda e descuidada’, ‘meu filho não gosta da minha comida’, ‘sou
sozinha no mundo sem ninguém para me ajudar’, ‘estou me isolando e vou ficar sem
amigos’...enfim, há uma infinidade de pensamentos sabotadores do seu humor. Nesse
momento, tente se lembrar de alguns pensamentos assim que surgem no seu dia-a-dia”.

PENSAMENTOS SABOTADORES SENTIMENTOS QUE ME GERAM

“Estou ficando para trás na vida, todo Tristeza, raiva


mundo dá conta, menos eu”

“Se eu não der conta de tudo, é porque Ansiedade, medo, tensão


sou uma péssima mãe”
“Agora que você identificou quais são os pensamentos que mais atrapalham o seu humor,
você começará a aprender o que fazer com eles.
Você já percebeu que a maioria destes pensamentos é DISTORCIDO?
Por exemplo: ‘não posso tirar uma soneca a tarde porque sou mãe’.
Será que este pensamento é verdadeiro? Será que mães não dormem? Mães não tiram
sonecas? Mães não são seres humanos com necessidades? Você seria mesmo uma
péssima mãe enquanto descansa e seu filho fica 30 minutos com outra pessoa?
Até agora, você está acreditando nestes pensamentos como se fossem VERDADES, e
está SOFRENDO como se eles fossem mesmo reais!
Mas HOJE, você vai escolher AQUELES PENSAMENTOS QUE MAIS TE
INCOMODAM, e ao invés de ACREDITAR NELES, você vai QUESTIONÁ-LOS,
COLOCÁ-LOS CONTRA A PAREDE!
Como fazer isso? Respondendo algumas perguntas sobre eles. Escolha um dos
pensamentos e faça-se essas perguntas”.

Pensamento que está me incomodando:

De 0 a 10, o quando eu acredito que este pensamento é verdadeiro?

Que evidências eu tenho de que isso é verdade?

Que evidências eu tenho de que isto pode não ser verdade?

No passado, já estive errada muitas vezes sobre meus pensamentos?

Se eu continuar pensando desta forma, quais benefícios terei?


Se eu continuar pensando desta forma, que prejuízos terei em minha vida?

Supondo que o que eu estou pensando seja realmente verdade. Como isto interferiria
em minha vida? Eu poderia sobreviver a isto?

O que eu diria para uma amiga que estivesse com este mesmo pensamento que eu?

E agora, de 0 a 10, o quanto eu acredito que este pensamento é verdadeiro?

Feedback:
Pedir para que as participantes compartilhem os pensamentos sabotadores que
identificaram, e de que forma o exercício de questionamento ajudou a diminuir a força
deles.

Tarefas de casa:
- Tentar identificar os pensamentos no dia a dia e, sempre que eles surgirem, anotar, e
tentar fazer o questionamento para flexibilizá-los.
SESSÃO 7: IDENTIFICANDO E ACOLHENDO EMOÇÕES

Início:
Os membros do grupo compartilham seu desenvolvimento, relatando suas experiências
com a lição de casa. Todos podem aprender com as experiências tiradas das atividades
realizadas pelos outros. O terapeuta, em conjunto com os participantes do grupo, faz um
resumo dos principais temas abordados na sessão anterior.

Tema da sessão para psicoeducação e vivências:


- Explicar sobre a forma que as situações do dia a dia desencadeiam emoções, e a
importância de cada emoção para nós.

VIVÊNCIA 1:

Pegue papel e caneta e responda: No seu dia-a-dia quais são os momentos que você se
sente mais irritada? Em que momento você sente fragilizada? O que você faz?

Procure refletir sobre qual o motivo que te faz sentir dessa forma para identificar o fator
desencadeante de tal situação. Ao entender o que te faz perder o controle sobre suas
emoções ficará mais fácil evitar o problema.

VIVÊNCIA 2:

Pense em alguma emoção desagradável que você costuma evitar, e imagine-se em uma
situação em que você a sente (tristeza, medo, raiva, frustração).

Quais as sensações do seu corpo ao sentir a emoção? Sente uma tensão no peito? Um
calor, um formigamento? Um frio na barriga? Em seguida reserve mais alguns instantes
para examinar os efeitos da emoção. Preste atenção na sua respiração. Tente
acompanhar o ar circulando no seu corpo durante todo o seu trajeto, desde a inspiração
até a expiração. Para se concentrar melhor na sua respiração, você pode contar as
respirações interiormente ou em voz baixa

Ao sentir o desconforto causado pela emoção, diga pra você mesma: “EU PRECISO
SENTIR ISSO; ESSE DESCONFORTO NÃO VAI DURAR PARA SEMPRE”.
Feedback:
Compartilhar sobre as emoções desencadeadas, e sobre o exercício de aceitação das
emoções.

Tarefas de casa:
- Definir ações que poderão ser feitas sempre que sentirem alguma emoção.
O que vou fazer quando eu me sentir triste:

O que vou fazer quando eu me sentir com raiva:

O que vou fazer quando eu me sentir com medo:

O que vou fazer quando eu me sentir sozinha:

O que vou fazer quando eu me sentir frustrada:

O que vou fazer quando eu me sentir decepcionada:

O que vou fazer quando eu me sentir preocupada:

O que vou fazer quando eu me sentir insegura:


SESSÃO 8: LISTANDO PRAZERES PESSOAIS

Início:
Os membros do grupo compartilham seu desenvolvimento, relatando suas experiências
com a lição de casa. Todos podem aprender com as experiências tiradas das atividades
realizadas pelos outros. O terapeuta, em conjunto com os participantes do grupo, faz um
resumo dos principais temas abordados na sessão anterior.

Tema da sessão para psicoeducação e vivências:


- Conversar sobre as coisas que as participantes gostam de fazer simplesmente pelo prazer
que lhes trazem e que, por algum motivo, deixaram de fazê-las.
“Pense em coisas que você sempre gostou de fazer, desde quando era criança, mas que
acabou deixando de lado por conta das obrigações da vida. Podem ser pequenos hábitos,
ou atividades mais envolventes, tanto faz...o importante é que sejam atividades que você
faz pelo simples prazer que a atividade traz.
Vou citar alguns exemplos: tomar café da manhã com tranquilidade antes dos filhos
acordarem, ler um livro, ir ao cinema, praticar seu esporte favorito, cozinhar sem pressa,
fazer um artesanato, sentar com as amigas e ficarem conversando besteiras, tomar sorvete
num dia quente, sentar ao ar livre numa noite estrelada, fazer um piquenique ou
acampamento, ouvir música alta, tomar um banho quente e demorado, ir ao salão cuidar
do seu visual, pegar uma sauna ou piscina, planejar uma viagem bacana, dormir curtindo
o barulho da chuva, se envolver em um trabalho voluntário, fazer uma visita a alguém
que ama, fazer um jantar diferente para os amigos, comprar alguns mimos para você,
cuidar de um jardim, tocar um instrumento musical, criar um projeto diferente em uma
área que você goste, tirar um tempinho só para namorar, aprender a se maquiar, ir para
uma fazenda ou campo, comemorar seu aniversário, brincar com seu animal de estimação,
ir a um restaurante comer seu prato predileto, pedalar, dançar”.

*Dar um tempo para as participantes listarem 30 prazeres pessoais.

Feedback:
Compartilhar sobre as atividades prazerosas encontradas no exercício.

Tarefas de casa:
- Escolher 5 prazeres da lista e tentar praticar.
SESSÃO 9: FAZENDO AS PAZES COM O PRÓPRIO CORPO

Início:
Os membros do grupo compartilham seu desenvolvimento, relatando suas experiências
com a lição de casa. Todos podem aprender com as experiências tiradas das atividades
realizadas pelos outros. O terapeuta, em conjunto com os participantes do grupo, faz um
resumo dos principais temas abordados na sessão anterior.

Tema da sessão para psicoeducação e vivências:


“Nossa autoestima está bem ligada à nossa aparência física. O nosso grau de
satisfação/insatisfação com nosso corpo afeta nosso humor e nossas ações. Uma mulher
insatisfeita com o corpo pode afetar negativamente várias áreas de sua vida. Ela pode se
descontrolar financeiramente ao fazer vários procedimentos estéticos, ou comprar várias
roupas, na tentativa de disfarçar ou eliminar as imperfeições que ela mesmo vê. Ela pode
ficar estressada, mau humorada por não gostar do seu corpo, e descontar essa raiva nos
filhos, marido e pessoas próximas. Sua vida sexual pode ficar comprometida, por estar
com vergonha do próprio corpo. A insegurança no relacionamento aumenta. A vida social
e momentos de lazer também podem ser prejudicados (deixa de tomar um sol na praia de
biquíni, sabota eventos sociais por achar que nenhum vestido lhe cai bem). Não há
dúvidas do quanto é importante fazer as pazes com sua aparência para que você fique
bem emocionalmente.
Se você está insatisfeita com o seu corpo, o exercício de hoje caminha na direção de
autoaceitação”:

VIVÊNCIA 1:

“Vá até o seu quarto (ou banheiro) e olhe seu corpo no espelho, por um instante. Observe
cada detalhe, e se detenha nas partes do seu corpo que você gosta. Em seguida, anote”:

PARTES DO MEU CORPO QUE EU GOSTO:


*Deixar que as participantes se ausentem, de 5 a 10 minutos, para irem ao espelho fazer
o exercício.

VIVÊNCIA 2:

“Esta segunda parte é inspirada em alguns exercícios da obra ‘Você pode curar sua vida’,
de Louise L. Hay. Você se olhará no espelho e deverá se ver como uma criança. Olhe
para sua imagem e imagine que é seu filho (ou sua filha) ali. Mesmo com ‘imperfeições
no corpo’, o que você diria e ele ou ela? Deixaria ele (a) se achar feio ou feia em razão de
alguns traços específicos? Acredito que não. Assim, você olhará para sua imagem, todos
os dias, e dirá o seguinte:
EU TE AMO E TE ACEITO DO JEITO QUE VOCÊ É!
Faça isso todos os dias. Mesmo que você tenha dificuldades em encarar sua imagem,
diga! Trate a criança ferida dentro de você. Fale com você como gostaria de falar com
seu filho, filha. A repetição diária dessa frase a ajudará a modificar sua programação
mental, de forma que, com o tempo, você desenvolverá a autoaceitação, mesmo quando
o seu corpo não estiver da forma que você idealizou. Você deve se amar pela sua
essência”.

Feedback:
Compartilhar sobre as percepções do próprio corpo que cada uma encontrou.

Tarefas de casa:
- Praticar, todos os dias, os exercícios do espelho.
SESSÃO 10: SUA VIDA DAQUI 10 ANOS

Início:
Os membros do grupo compartilham seu desenvolvimento, relatando suas experiências
com a lição de casa. Todos podem aprender com as experiências tiradas das atividades
realizadas pelos outros. O terapeuta, em conjunto com os participantes do grupo, faz um
resumo dos principais temas abordados na sessão anterior.

Tema da sessão para psicoeducação e vivências:


“Esta atividade de hoje é muito valiosa, pois ajudará você a fazer uma projeção de futuro.
Quando você imagina como será sua vida daqui a 10 anos, você está permitindo que seu
cérebro visualize aquilo que você sonha e, consequentemente, você pensará no seu
momento presente, e refletirá: ‘Será que estou no caminho certo’?
Ao fazer este exercício, você pode ter muitas surpresas. Você deverá parar e pensar um
pouquinho no que você verdadeiramente sonha para você e sua família, e se você está
caminhando no sentido de realiza-los.
Hoje, então, você escreverá como você imagina sua vida, daqui a 10 anos, em três áreas:
familiar, profissional e pessoal”

Minha vida FAMILIAR daqui a 10 anos:


Como estará minha vida familiar? Se filhos, quantos e com qual idade?

Minha vida PROFISSIONAL daqui a 10 anos:


Onde pretendo ter chegado profissionalmente? Quero estar trabalhando, ou sem
trabalhar fora, tendo mais tempo para me dedicar à família e a mim mesma? O que terei
acrescentado e o que terei diminuído e ponderado?
Minha vida PESSOAL daqui a 10 anos:
Quais sonhos pessoais terei realizado? Aqueles que são apenas MEUS, que não incluem
necessariamente meus filhos e outras pessoas. O que ainda está por realizar?

Feedback:
Compartilhar sobre os sonhos e metas.

Tarefas de casa:
- Fazer um plano palpável para começar a caminha em direção a essas metas.
SESSÃO 11: VOCÊ É INSUBSTITUÍVEL

Início:
Os membros do grupo compartilham seu desenvolvimento, relatando suas experiências
com a lição de casa. Todos podem aprender com as experiências tiradas das atividades
realizadas pelos outros. O terapeuta, em conjunto com os participantes do grupo, faz um
resumo dos principais temas abordados na sessão anterior.

Tema da sessão para psicoeducação e vivências:


- Ler alguns trechos do livro “Você é Insubstituível”, do Augusto Cury, e discutir sobre
eles.
Alguns trechos:

“UM DIA VOCÊ FOI INSCRITO PARA PARTICIPAR DO MAIOR CONCURSO


DO MUNDO, DA MAIOR CORRIDA DE TODOS OS TEMPOS. ACREDITE,
VOCÊ ESTAVA LÁ! ERAM MAIS DE QUARENTA MILHÕES DE
CONCORRENTES. PENSE NESSE NÚMERO. TODOS TINHAM POTENCIAL
PARA VENCER MAIS SÓ UM VENCERIA. SERÁ QUE VOCÊ ERA MAIS UM
NÚMERO NA MULTIDÃO OU TINHA ALGO ESPECIAL?

ANALISE QUAIS SERIAM SUAS CHANCES. ZERO, ZERO, ZERO, ZERO,


ZERO, ZERO, ZERO, ZERO, QUATRO (0,00000004). VOCÊ NUNCA FOI TÃO
PRÓXIMO DO ZERO. SUAS CHANCES ERAM QUASE INEXISTENTES. TINHA
TUDO PARA SER MAIS UM DERROTADO, TINHA TODOS OS MOTIVOS
PARA QUERER SER UM GRANDE PERDEDOR. QUALQUER UM ACHARIA
LOUCURA PARTICIPAR DESSA CORRIDA. MAS VOCÊ PARTICIPOU E
AINDA ACHAVA QUE IRIA VENCER.
TALVEZ FOSSE MELHOR DESISTIR E SE CONFORMAR COM A DERROTA.
MAS VOCÊ ERA O SER MAIS TEIMOSO DO MUNDO, SUA GARRA ERA
INCRÍVEL. POR ISSO JAMAIS ADMITIU RECUAR. A PALAVRA DESISTIR
NÃO FAZIA PARTE DE SEU DICIONÁRIO GENÉTICO. POR QUÊ? PORQUE,
SE PERDESSE ESSA CORRIDA, PERDERIA O MAIOR PRÊMIO DA HISTÓRIA.
QUAL?

A VIDA!!!

QUE DISPUTA ERA ESSA? A DISPUTA DO ESPERMATOZÓIDE PARA


FECUNDAR O ÓVULO. A CORRIDA PELO DIREITO DE FORMAR UMA VIDA.
TALVEZ VOCÊ NUNCA TENHA IMAGINADO, MAS JÁ PARTICIPOU DA
MAIS EXCITANTE E PERIGOSA AVENTURA DA EXISTÊNCIA. SERIA MIL
VEZES MAIS FÁCIL VENCER AS ELEIÇÕES PARA PRESIDENTE DE SEU
PAÍS. É INCRÍVEL, MAS VOCÊ VENCEU! COMO VOCÊ CONSEGUIU?

SERIA TAMBÉM MAIS FÁCIL GANHAR DEZENAS DE PRÊMIOS DE MELHOR


ATOR OU MELHOR ATRIZ. VOCÊ FOI SURPREENDENTE! MAS CADA SER
HUMANO NÃO FOI UM VENCEDOR? SIM! CONTUDO, ESTA É A SUA
BIOGRAFIA. SOMENTE ALGUÉM COM UMA FORÇA DESCOMUNAL COMO
A SUA PODERIA VENCER UMA CORRIDA COM MILHÕES DE
CONCORRENTES PISOTEANDO-O, PRESSIONANDO-O, ULTRAPASSANDO-
O.

CONTUDO, HOJE, OS TEMPOS MUDARAM. SE ALGUÉM PISA NO SEU PÉ,


VOCÊ PERDE A PACIÊNCIA. SE ALGUÉM O PRESSIONA OU O CRITICA,
VOCÊ SE ESTRESSA E DESESPERA. E SE ALGUNS CONCORRENTES ESTÃO
À SUA FRENTE, VOCÊ DESANIMA E TEM INSÔNIA. VOLTE ÀS SUAS
ORIGENS! NAQUELA ÉPOCA NADA O ABALAVA. QUEM LHE
CONTROLAVA ERA O SONHO DE ESTAR VIVO, NÃO OS SEUS PROBLEMAS
OU OS SEUS CONCORRENTES.

VOCÊ FOI UM GRANDE SONHADOR. SONHOU SEM TER A CAPACIDADE DE


SONHAR. SONHOU, ATRAVÉS DO SEU PROGRAMA GENÉTICO, COM O
ESPETÁCULO DA VIDA. O QUE VOCÊ PENSOU NA GRANDE CORRIDA?
NADA! VOCÊ AINDA NÃO PENSAVA. O PASSO MAIS IMPORTANTE DA
VIDA FOI DADO NA AUSÊNCIA DAS IDÉIAS. VOCÊ AGIU ANTES DE
PENSAR. ENTRETANTO, HOJE VOCÊ DEVE PENSAR ANTES DE AGIR.
QUEM REAGE SEM EPNSAR ATIRA SEM PONTARIA.

SEM SONHOS, A VIDA NÃO TEM BRILHO. SEM METAS, OS SONHOS NÃO
TÊM ALICERCES. SEM PRIORIDADES, OS SONHOS NÃO SE TORNAM
REAIS. SONHE, TRACE METAS, ESTABELEÇA PRIORIDADES E CORRA
RISCOS PARA EXECUTAR SEUS SONHOS. MELHOR É ERRAR POR TENTAR
DO QUE ERRAR POR SE OMITIR! NÃO TENHA MEDO DOS TROPEÇOS DA
JORNADA. NÃO SE ESQUEÇA DE QUE VOCÊ, AINDA QUE INCOMPLETO,
FOI O MAIOR AVENTUREIRO DA HISTÓRIA”.

- Passar algum vídeo sobre a corrida do espermatozoide para fecundar o óvulo.


- Pedir para que cada participante escreva características da sua história que a torna única.

Feedback:
Compartilhar sobre as características que cada uma encontrou.

Tarefas de casa:
- Escrever uma carta para si mesma, lhe parabenizando por todos os seus esforços e
conquistas ao longo da vida.

SESSÃO 12:

- Feedbacks, fechamentos, revisões e despedidas.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

CARTER, B., MCGOLDRICK, M. e cols.(1989). As mudanças no ciclo de vida


familiar. Porto Alegre: Artmed, 1995.

CLARK, David A., BECK, Aaron T. Vencendo a ansiedade e a preocupação. Porto


Alegre: Artmed, 2015.

CURY, A. Você é insubstituível. Rio de Janeiro: Sextante, 2002.

HAY, Louise L. Você pode curar sua vida: 8ª ed. São Paulo: Best Seller, 2009.

NEUFELD, C. B. (org.); RANGÉ, B. P. (2017). Terapia Cognitivo-comportamental em


Grupos: das evidências à prática. Porto Alegre: Artmed.

RIBAS, G. Caderno do Eu. Copyright, 2015.


Quem sou eu?

Meu nome é Luciana Rodrigues. Sou psicóloga clínica desde 2011 (CRP 04/34188). Me
formei pela UFU - MG (Universidade Federal de Uberlândia), tenho especialização em
Psicologia Clínica na abordagem Comportamental-cognitiva, com foco e tratamento da
Ansiedade, do Estresse e da Depressão (pela UFU-MG), e tenho mestrado em Processos
Cognitivos (pela UFU-MG). Já realizei mais de 10mil atendimentos clínicos, sendo a
maior parte deles em queixas de Ansiedade e Estresse. Já trabalhei com muitos grupos de
desafios e grupos terapêuticos. Em 2022, após 11 anos de intensa experiência clínica,
iniciei também uma frente de trabalho para mentorar psicólogos em suas carreiras,
auxiliando-os na captação de mais clientes e aprimoramento de suas práticas clínicas.

@lucianarodrigues.psi

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