Você está na página 1de 68

Física Moderna

A Física até o século XIX


Como era a Física do século XIX?
Praticamente tudo o que ensinamos no
ensino médio já havia sido descoberto:
•Mecânica clássica
•Óptica e ondas
•Termologia
•Eletricidade
•Magnetismo
A Física até o século XIX

Mecânica
• Descoberta de planetas
• Giroscópios
• Hidrodinâmica
• Aerodinâmica
• Aplicações técnicas
A Física até o século XIX
Óptica e ondas
• Difração
• Interferência
• Teoria ondulatória
• Infravermelho e ultravioleta
• Aplicações técnicas
A Física até o século XIX
Termologia
• Conversão de trabalho em calor
• Conservação da energia
• Máquinas térmicas
• Lei da termodinâmica
• E aplicações técnicas
A Física até o século XIX
Eletricidade e magnetismo
• Pilha elétrica
• Efeitos magnéticos da
eletricidade
• Efeitos elétricos do
magnetismo
• Teoria eletromagnética
• E aplicações técnicas
Alessandro Volta
Séc. XIX: grandes sucessos

Havia um grande
otimismo geral com
o progresso da
humanidade e com
o desenvolvimento
técnico e científico.
1900: O fim da física?
Em 1900 alguns físicos
pensavam que a física estava
praticamente completa.

Philipp von Jolly recomendou


que os jovens não se
dedicassem à física, pois só
faltavam alguns detalhes
pouco interessantes, como o Philipp von Jolly

refinamento de medidas.
1900: O fim da física?

“Duas nuvens”:
1) Em que meio a luz se
propaga? Éter?
2) Corpo aquecido emite
radiação, como descrever?

Lord Kelvin
1900: O recomeço...
• As limitações da Física Clássica criaram novas
fronteiras. Para resolver a situação 1,
agruparam a mecânica e o eletromagnetismo, o
que criou a relatividade restrita. Para resolver a
situação 2, agruparam a termodinâmica e o
eletromagnetismo, o que criou a física quântica.
• Finalmente a relatividade, que depois ficou
geral, e a física quântica deram ferramentas
para o desenvolvimento da cosmologia
moderna.
Relatividade
A Relatividade de Galileu

Nenhum experimento realizado


na cabine fechada de um navio
pode determinar a velocidade
com que este se move.
Diálogo sobre os Dois
Sistemas de Mundo
Galileo Galilei
(1564-1642)
Newton e o Espaço Absoluto

O Deus Supremo é um
Ser eterno, infinito…;
e por existir sempre e
estar em todo lugar,
ele constitui o tempo
e o espaço.
Principia
Isaac Newton
(1642-1727)
Como identificar o repouso
absoluto?

V=?

V=cte
A Velocidade Relativa a um
Referencial

U
Para o “observador” no carro
vermelho...

V
repouso

U-V

U+V
A Velocidade Relativa a um
Referencial
E as ondas de Luz?
As Ondas de Maxwell e a Luz
Campos eletromagnéticos
podem propagar-se como
ondas, com velocidade
c  300.000 km/s.

A luz é uma onda
eletromagnética.
James C. Maxwell
(1831-1879)
Há um “meio” para a
propagação das ondas
eletromagnéticas?

Século XIX:
o “éter luminífero”
Movimento no “éter”

C1 = C-V C 2  C1
V
C2 = C+V 2

c2 c1 V
A Experiência de
Michelson e Morley

Albert A. Michelson
(1852-1931) Interferômetro de
Michelson (1887)
Qual é a velocidade da Terra em
relação ao “éter”?

V
A Experiência de
Michelson e Morley
V

A = fonte luminosa
L B = espelho
semitransparente
D, V = espelhos
F = tela fotossensível
B L L = |BV| = |BD|
A * D

Se o laboratório está em repouso no éter, as franjas


de interferência são as esperadas.
O que Michelson e Morley
encontraram em 1887:

V (Terra - éter) = 0

V (Terra - Sol)  30 km/s

Brillet e Hall (1979):


V (Terra - éter) < 0,03 km/s
V = ??

c c V
A luz se propaga no vácuo com
uma velocidade definida c que
é independente do movimento
do corpo que a emitiu.

V
Observadores diferentes encontram
sempre a mesma velocidade de
propagação da luz.

c
V
A Relatividade de Einstein

… não apenas na mecânica, mas


também na eletrodinâmica, os
fenômenos não têm nenhuma
propriedade associada ao
conceito de repouso absoluto…

Eletrodinâmica dos Corpos


Albert Einstein
em Movimento (1905)
(1879-1955)
Mais Relatividade do Tempo

espelho

c c
Para outro observador...

c c V
A Dilatação do Tempo

c c c c

tempo tempo maior


menor
Dilatação do Tempo
  d = V.t
V V
d
to
B h = c.to
D = c.t

t 2 2 2
c 2 .t o2 c.t o
= + t  2
2
t
A c.t  2
 v.t   c.t o 
2 2 (c  v 2 ) c2  v2

c 2.t 2  v 2.t 2  c 2.t o2 to


t
c .t  v .t  c .t
2 2 2 2 2 2 v2
o 1 2
c 2

 v 2 .t 2  c 2.t o2
c
Relógios em movimento batem
mais devagar!

V
Relógios em movimento batem
mais devagar!

T (repouso)
T (m ovim ento) 
1  v /c
2 2
Relatividade do Comprimento

V = 0,99 C V = 0,99 C

1 ano-luz
Contração do Comprimento

V
Réguas em movimento
ficam mais curtas!

D (m ovim ento)  D (repouso)  1  v 2 /c 2


Contração do Comprimento
(de novo)

1 ano-luz
se a velocidade
da luz fosse
30 km/h ...

George Gamow
Mr. Tompkins in Wonderland
A vida dos múons

em repouso
Vida = 2,2 milionésimos de segundo

V = 0,9994 C

Vida = 64 milionésimos de segundo

Bailey et al., Nature (1977) pg. 301


O paradoxo dos gêmeos

Terra estrela
7 anos-luz

V = 0,99 C

Tempo (Terra) = 7 anos

1
7 Tempo (viajante) = 1 ano
1  v /c
2 2
Movimento Relativo
Massa Relativa
Energia Relativística

m V

2
mc
E
1  v /c
2 2

velocidade da luz  energia infinita


Energia Cinética e de Repouso

energia em repouso:

energia cinética:
Energia Relativística

Conservação da energia
FUSÃO NUCLEAR
H H
mf

ENERGIA
He

mi > mf
H H E = m.c2
mi
FUSÃO NUCLEAR
mi = 4.mH = 4 x 1,67 x 10-27 kg = 6,68 x 10-27 kg

mf =mHe= 6,65 x 10-27 kg m = 0,03 x 10-27 kg


(1 Reação)

Em 1 segundo: 1038 Reações


mT = 0,03 x 10-27 x 1038 kg = 3 x 109 kg

E = m.c2 = m.c2 = (3 x 109). (3 x 108)2 = 27 x 1025 J


Energia Cinética
Energia e Quantidade de
Movimento

Para fótons:
Curvatura Espaço Tempo
Curvatura Espaço Tempo
Física Quântica
O Corpo Negro
• Um corpo negro pode ser definido como o corpo
que absorve toda a energia nele incidente, emitindo
somente aquilo que lhe é próprio.
• Uma boa aproximação de um corpo negro pode ser
visto na figura abaixo:
Matéria e radiação
Uma cavidade quente
(“corpo negro”) emite
radiação contínua.
A teoria previa que ela
deveria emitir mais
radiação de pequenos
comprimento de onda
do que de grande
comprimento de onda.
Mas não era isso o que
se observava.
Max Planck – 1900
Em sua teoria a emissão de radiação não
deve ser contínua (a) e sim em pacotes
discretos de energia denominados
“quanta” (b).
Fótons
A luz consegue se propagar no espaço, isso se
deve ao fato dela ser uma onda
eletromagnética e sua energia luminosa é
emitida em forma de fótons de energia que
são pequenos pacotes da mesma.
Fótons
Em cada fóton de luz vemos que a energia é
diretamente proporcional à freqüência da
radiação.

E E
Ou seja:  cte ou  h logo: E  h.f
f f
Efeito Fotoelétrico
O efeito fotoelétrico é a emissão de elétrons
por um material metálico, quando exposto
a um tipo de luz com freqüência
relativamente alta.
Descobertas experimentais
Os raios X e a luz
ultravioleta podiam
descarregar eletroscópios,
e em alguns casos a luz
visível também, mas o
fenômeno não era
compreendido: por que
alguns tipos de luz não
conseguem produzir o
efeito fotoelétrico?
Einstein – 1905
A emissão acontece quando um fóton é absorvido
por apenas um elétron, se a energia desse fóton
absorvido for maior que a energia de ligação
entre o elétron e o núcleo do átomo acontece à
emissão e sua energia cinética é a diferença
entre a energia do fóton e a energia de ligação
do elétron com o núcleo.

Então: Ecin  h.f  W


Einstein – 1905
A emissão não depende da intensidade, depende
apenas da frequência. O aumento da
intensidade aumenta o número de elétrons após
a emissão.
Gráfico Energia Cinética (EC) dos elétrons emitidos x
Frequência da luz incidente (f)

EC MÁXIMA Relação LINEAR

? EC máx = h.f +– (-W)


W
α α Y = a.X + b
0 fCA fCB f

-WA Inclinação da reta = h (Constante de Planck)

-WB Se fCA < fCB WA < WB


Compton - 1923
Confirmou o efeito fotoelétrico: ao incidir um
feixe de raio x sobre um bloco de grafita, a
medição do espalhamento dos raios comprovou
a existência dos fótons.
Dualidade onda-partícula
O efeito fotoelétrico mostra que a luz ou qualquer outra
partícula pode se comportar de duas forma, onda ou
partícula.
Tomando um fóton de luz monocromática temos sua
energia e quantidade de movimento dada por:

Analogamente, a uma partícula em movimento, com


quantidade de movimento Q e energia cinética E,
podemos associar uma onda de freqüência e
comprimento de onda dados por:

Você também pode gostar