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XXII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétri

SENDI 2016 - 07 a 10 de novembro


Curitiba - PR - Brasil

Norton Luiz Dalla Vecchia Antonio Molinari Pinto


Companhia Paranaense de Companhia Paranaense de
Energia Energia
norton@copel.com antonio.molinari@copel.com

Anderson Carneiro Vilson Luis Piotrowski


Copel Distribuição S.A. Copel Distribuição S.A.
anderson.carneiro@copel.com vilson.piotrowski@copel.com

GEOIP - Gerenciamento da Iluminação Pública.

Palavras-chave

GEOIP
Georreferenciamento
Gerenciamento de Redes
Iluminação Pública
Mobilidade

Resumo

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O saneamento e a compatibilização de dados de Iluminação Pública envolvendo distribuidoras de energia
elétrica e Prefeituras Municipais é um processo que necessita bastante dinamismo, motivo pelo qual a Copel
Distribuição vem investindo em esforços para melhorar e aperfeiçoar a metodologia de atualização destas
informações.
Este trabalho apresenta as etapas e soluções adotadas no processo de verificação e compatibilização da
quantidade, tipo e fase dos dados de IP, entre os acervos municipais e o banco de dados da Copel, de forma que
sua atualização reflita de forma mais fiel a situação existente em campo, permitindo avaliar com maior eficiência
o envio de ofícios à Copel pelas Prefeituras em relação as informações pertinentes a iluminação pública.
Os esforços aplicados para aperfeiçoar o processo envolveram o desenvolvimento de um aplicativo
computacional denominado GEOIP, que permitiu obter ganhos significativos na qualidade das informações
cadastradas, impactando positivamente na redução de custos e no aumento da produtividade.

1. Introdução

Um dos grandes desafios enfrentados pelas empresas distribuidoras de energia elétrica é manter a sua base de dados
atualizada de forma íntegra, ágil e confiável, uma vez que esta base é utilizada para diversas funções vitais da empresa,
principalmente nas atividades da Engenharia de Distribuição (planejar, operar, construir, fiscalizar, manter e cadastrar as
redes). Além disso, tais informações atendem não só para fins técnicos, como cálculos de queda de tensão,
balanceamento de circuito e reforço de rede, mas também a fins regulatórios. Neste trabalho serão apresentadas as
etapas de implantação de uma solução de computação móvel para a coleta de dados de iluminação pública na Copel
Distribuição, bem como os objetivos estabelecidos, as principais dificuldades encontradas, os resultados alcançados em
relação à metodologia anteriormente adotada e, por fim, os benefícios diretos e indiretos que a implantação deste projeto
trouxe para a Companhia.

No tocante à atualização do acervo de IP, a importância em manter uma base fiel à realidade física é ainda maior, pois o
controle deste ativo passou recentemente a ser de responsabilidade das Prefeituras Municipais, conforme prevê o Artigo
218 da Resolução Normativa nº 414/2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, que determina a
transferência dos ativos registrados como Ativo Imobilizado em Serviço à pessoa jurídica de direito público competente,
ou seja, os municípios. Devido a isso, as concessionárias de energia necessitam conhecer o número exato de
equipamentos para não só realizar o correto faturamento, como também realizar estudos necessários para a
necessidade de manutenção, reforma ou ampliação nos circuitos de baixa tensão.

Para que a Copel Distribuição atinja os objetivos citados acima, foi implantada uma nova forma de coleta de dados de IP
em campo, através do uso do aplicativo Collector, que utiliza a mesma plataforma de geoprocessamento adotada pela
Companhia (ESRI), facilitando a compatibilização dos dados já existentes na base, aplicativo este que foi customizado e
designado aqui como GEOIP.

Apesar do aplicativo ser um produto específico para este fim (coleta de dados em campo), a instalação e a configuração
do ambiente que ele requer foi um grande desafio, desde a definição de um modelo de dados paralelo, a criação de uma
nova base com características específicas, a instalação e a configuração do software Portal for ArcGIS e outros detalhes
técnicos requeridos no projeto. Além das características técnicas, outras medidas de segurança foram tomadas, como a
criação de perfis específicos para cada agência e a criação de uma base de dados paralela para que o trabalho
executado em campo pudesse sofrer validação antes de ser efetivado no ambiente de produção.
Superados todos os obstáculos e definições exigidas pelo projeto, foram escolhidos dois municípios próximos a Curitiba

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para a execução de um piloto, para que se pudesse acompanhar de perto a execução das atividades e o resultado
alcançado com a adoção do aplicativo como ferramenta de coleta de dados de iluminação pública, visando sua
implantação na Copel Distribuição.

2. Desenvolvimento

O acervo de iluminação pública nas sedes de municípios atendidos pela Copel Distribuição é de aproximadamente
1.200.000 (um milhão e duzentas mil) lâmpadas. Estes dados devem ser atualizados constantemente pela Companhia,
de acordo com os ofícios enviados pelas prefeituras a cada projeto ou obra de inclusão, exclusão ou alteração na
quantidade ou tipo de lâmpada realizada. A cada três anos, de acordo com as políticas estabelecidas pela empresa, os
dados devem ser confrontados entre a concessionária e as Prefeituras Municipais, para uma nova assinatura de
contrato. Desta forma, objetiva-se a compatibilização dos dados, bem como o correto faturamento e a garantia dos
estudos necessários para o balanceamento de circuito e de distribuição de carga, impactando diretamente na qualidade
do fornecimento de energia aos consumidores.

Neste estudo foram analisadas várias propostas que pudessem contemplar as necessidades buscadas pela Companhia
(confiabilidade e agilidade na atualização das informações referentes a IP), porém o fato da Copel Distribuição utilizar de
forma bastante sólida a plataforma ESRI (ArcGIS) e possuir todos os dados georreferenciados em sua rede de
distribuição, contribuiu para a escolha do aplicativo em questão. Outro fator que corroborou para a definição do aplicativo
foi o apoio técnico fornecido pelo distribuidor, o que se tornou essencial para que as adequações necessárias fossem
possíveis de serem realizadas.

No processo de atualização das informações ocorre que, por muitas vezes, os ofícios informando as alterações não são
encaminhados pelos municípios à Copel, gerando erros nas informações, deficiência na cobrança e desequilíbrio no
balanceamento dos circuitos. A importância de tornar mais célere o processo de levantamento e atualização do banco
de dados, assim como a confiabilidade das informações cadastradas, por si só, já justifica a implantação deste aplicativo
no processo. Com sua utilização, após o levantamento em campo é possível a visualização das alterações ocorridas na
rede de forma instantânea, permitindo que dúvidas possam ser sanadas imediatamente, inclusive pelas próprias
Prefeituras, quando consultam o sistema de geoprocessamento junto aos técnicos das agências da Copel Distribuição.

No método adotado anteriormente, se fazia necessária a impressão de dezenas de pranchas de papel, bem como
trabalho pesado de digitação para atualizar as informações no ambiente de produção do geoprocessamento.

Com a implantação do aplicativo, o sistema passou a ser chamado de GEOIP, constituindo-se em uma nova e prática
forma de realizar o trabalho, proporcionando economia de recursos e simplificando o processo de atualização cadastral
de iluminação pública, garantindo a confiabilidade das informações inseridas no banco de dados da Companhia. Além
da atualização imediata no sistema de geoprocessamento da Copel Distribuição e a consequente emissão do Termo de
Aceite pelas Prefeituras, com a correta atualização e cobrança das taxas de IP, possíveis ampliações que não foram
informadas anteriormente pelos municípios poderão ser cobradas retroativamente aos últimos três anos, em
consonância com contrato firmado entre as partes. Ademais, com o GEOIP é possível também identificar a presença de
redes irregulares, tais como IP’s em postes de telefonia, postes particulares, postes sem baixa tensão da empresa, entre
outros, para que a agência responsável possa tomar as providências necessárias à regularização da situação.

Quanto ao registro de ações do usuário que realizou o levantamento e a inserção de dados no banco, o sistema
possibilita o rastreio de forma a sanar futuras dúvidas que possam surgir.

Como forma de esclarecer e exemplificar os processos adotados na atualização de informações de iluminação pública,

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abaixo seguem informações sobre o método antigo e o método atual de coleta e cadastro.

2.1 Método antigo - Utilização de mapas impressos

Para efetuar a atualização e/ou a coleta de novas informações de iluminação pública, era necessária a impressão de
mapas em papel em grande formato. A Figura 1 mostra uma prancha impressa na escala 1:1.000, na qual pode-se
observar a dificuldade que o técnico encontrava para anotar as informações à mão. Além disso, o cadastro no sistema
era realizado por outro empregado, o que caracterizava certa vulnerabilidade do processo, devido a dúvidas, erros de
digitação ou até mesmo falhas/esquecimento em anotar alguns dos dados coletados.

Neste processo, o tempo consumido entre o levantamento, a implantação e o repasse das informações às Prefeituras
era muito grande, o que fazia com que, durante este intervalo, houvesse nova inserção de materiais na rede, que
deixavam de ser contabilizados. Na maioria dos casos, por este método, devido a lentidão no processo, mais de um
funcionário era envolvido no trabalho, além da impossibilidade de identificação de uma forma rápida e assertiva em uma
eventual auditoria, os empregados responsáveis pelas informações.

Figura 1 - Processo anteriormente utilizado, com mapa impresso em folha de papel

2.2 Método atual - Utilização detablets

Com a implantação do GEOIP, foi adotada a solução de utilização de um dispositivo móvel para a coleta e atualização
das informações de iluminação pública. A Figura 2 mostra a tela em que o usuário navega pelo mapa, na região em que
está realizando o levantamento de campo.

O aparelho é equipado com sistema de posicionamento global (GPS - Global Positioning System), e a rede de
distribuição georreferenciada é representada em um mapa de fundo. Desta maneira, tais funcionalidades impedem que o
usuário cometa erros de localização. A simbologia pré-definida para os postes facilita o gerenciamento em relação ao
serviço já realizado, evitando que algum equipamento deixe de ser verificado e necessite de um novo deslocamento a
campo.

No método antigo, verificou-se que a digitalização das informações de forma manual impactava diretamente na
produtividade e na confiabilidade dos dados. Por este motivo, no GEOIP as informações são pré-determinadas, ou seja,

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o usuário utiliza apenas os dados existentes nas tabelas do banco, organizadas em combo boxes. Caso exista algum
material não contemplado nesta tabela, é possível anotá-lo no campo "Observação". No momento da atualização no
sistema GEOREDE, as anotações realizadas neste campo serão reportadas como divergências, sendo enviadas por e-
mail para as áreas responsáveis, que analisarão caso a caso.

Figura 2 - Tela do equipamento móvel com o aplicativo GEOIP

2.2.1 Objetivos a serem alcançados com a implantação definitiva do GEOIP

2.3. Características do projeto

Devido à indisponibilidade operacional das redes de dados móveis em municípios do interior do Estado do Paraná,
principalmente em localidades da área rural, adotou-se para a implantação deste projeto o uso de dados off-line para a
coleta e a atualização das informações em campo. Este procedimento permite que os técnicos trabalhem no aplicativo
sem estarem conectados à base de dados corporativa, independentemente da existência de rede de dados móveis ou
não. A escolha do aplicativo Collector como base para a execução do projeto teve três motivações principais:

1. A ESRI, empresa desenvolvedora do aplicativo, já era fornecedora dos demais softwares de geoprocessamento
utilizados pela Copel Distribuição, garantindo total integração destas aplicações;
2. A aquisição do aplicativo Collector, devido ao contrato já existente entre a Copel e a Esri, não traria custos
adicionais à Companhia;
3. A Copel já possuía os tablets que seriam utilizados no projeto.

Desta forma, o desenvolvimento do projeto gerou apenas custos de mão de obra interna.

O projeto teve início em março de 2014, tão logo foi anunciado pela ESRI que o aplicativo passaria a permitir o trabalho
em modo off-line.

A implantação teve início com um projeto piloto, realizado em dois municípios da região metropolitana de Curitiba, nos
quais foi identificada uma diferença a maior de aproximadamente 25% entre o que as prefeituras haviam informado
como equipamentos instalados e o que efetivamente foi verificado em campo, fato este que chancelou a viabilidade
econômica da aplicação.

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Para evitar eventuais atualizações de dados inconsistentes na base de produção, optou-se por criar um banco de dados
auxiliar, onde os dados atualizados em campo são armazenados para, ao fim do processo de coleta, serem validados
antes de efetivamente retornarem ao banco de produção.

Para esta etapa do projeto, foi criado um aplicativo desenvolvido em linguagem Java, que analisa cada um dos registros
de iluminação pública levantados em campo, realiza as validações e, se as informações se apesentarem consistentes,
faz as atualizações na base de produção. Para os dados inconsistentes é gerado um relatório, contendo informações
sobre os elementos com problemas, como por exemplo suas referências geográficas, data de coleta, identificação do
funcionário que realizou a atualização em campo, bem como o motivo da inconsistência.

2.4 Preparação de material para a verificação em campo

No método antigo, era necessário empregar um tempo considerável para a confecção das pranchas em papel, além do
alto custo que estas impressões geravam. Com a implantação da nova metodologia, este tempo ficou bastante
reduzido. O processo de solicitação de mapas para levantamento foi totalmente automatizado, sendo que o gerente da
própria agência pode solicitar via web o arquivo digital do município onde será realizado o levantamento de campo. Este
arquivo fica disponível em uma pasta de rede, para download dos dados no tablet que o empregado utilizará para
realizar a verificação. Nesta mesma solicitação, o nome do empregado é informado para que seja feita a inclusão do
mesmo no portal da Copel Distribuição.

2.5 Tempo de atualização

Apesar do tempo de coleta de dados ser muito próximo tanto para o sistema antigo quanto para o sistema automatizado
com o GEOIP, obteve-se um ganho de tempo considerável em duas outras fases do processo, principalmente no que diz
respeito à atualização do banco de dados após o levantamento. Enquanto no método antigo era necessário em média
um dia para atualizar cerca de 150 IP’s, no método atual essa atualização dura menos de dez segundos. A carga de
dados é realizada por um funcionário devidamente habilitado, apenas com a localização do arquivo no aplicativo e um
clicar no botão "download".

2.6 Acompanhamentoon line via WEBGEO

WEBGEO - Aplicativo de geoprocessamento coorporativo da empresa, disponível à todos os funcionários desde que
com perfil devidamente cadastrado de acordo com a sua atividade, esse sistema possibilta a visualização dos elementos
elétricos e a base cartográfica da empresa, disponíveis para consulta (atributos) ou até mesmo alterações em alguns
casos.

A cada sincronização realizada pelo usuário - sempre que houver uma rede de dados móveis disponível (3G, 4G) - todo
o serviço realizado é atualizado no WEBGEO, conforme mostrado na Figura 03. No mesmo instante, é possível realizar
o acompanhamento remoto do serviço executado, não somente pelo gerente da agência como também pelo
representante do município. Desta forma é possível a interferência antes mesmo da atualização no banco de dados,
caso seja detectada alguma divergência em relação ao levantamento efetuado.

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Figura 3 - Tela do Sistema de Geoprocessamento da Copel Distribuição - Webgeo

2.7 Simbologia das IPs

Foi desenvolvida uma simbologia de status de IP (Figura 4), a qual permite que o usuário visualize de forma simples e
rápida a atual situação do levantamento. Esta simbologia evita que o empregado esqueça de verificar algum ativo, pois
mesmo que não ocorram alterações de material, quantidade ou fase no equipamento, deve ser feita a mudança do status
para "inspecionada", confirmando que foram verificadas e conferidas as informações. Desta forma, é possível verificar
tanto o desenvolvimento da tarefa durante a sua execução, quanto a visualização do trabalho ao final do levantamento,
seja pelos representantes das Prefeituras, seja por outros usuários do sistema, para uma contestação ou concordância
sobre o serviço executado. Cabe ressaltar que toda alteração realizada fica associada ao registro do funcionário que a
realizou, pois o acesso ao aplicativo se dá através do login e senha de rede do mesmo.

Figura 4 - Simbologia definida para a situação do equipamento de iluminação pública

2.8 Treinamento

Antes do início das verificações em campo, foram realizados treinamentos específicos em todas as regionais da
empresa, orientando os profissionais a trabalharem com o hardware e o software necessários para a execução do
serviço. Foram treinados os eletricistas lotados nas agências, que possuem conhecimento técnico do material a ser

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levantado, bem como os técnicos que farão o gerenciamento e a carga dos arquivos verificados em campo. Também
receberam treinamento os técnicos das áreas de geoprocessamento, com vistas a auxiliar na solução de possíveis
problemas e disseminar as informações para novos funcionários que necessitem do treinamento. A Figura 5 mostra a
quantidade de pessoas treinadas por regional e por área responsável.

Figura 5 - Empregados treinados para utilização do GEOIP

3. recursos utilizados

3.1 Ambiente de produção - infraestrutura

Servidor Windows Server 2008 R2 SP1 - Instalação e configuração do software Portal for ArcGIS e configurações
para exposição do servidor para ser acessado externamente via internet;
Portal for ArcGIS 10.3.1 - Publicação de mapas (nuvem) de cada município onde será realizado o levantamento
das IP’s, para serem consumidos pelo aplicativo Collector;
ArcGIS Destop 10.3.1 - Preparação de mapa no formato .MXD, utilizando os dados de Iluminação pública,
definindo critérios de exibição dos dados, simbologia, e modelos para inclusão e modificação dos dados em
campo;
Collector for ArcGIS 10.3.7 - Acesso aos mapas disponibilizados no Portal for ArcGIS, atualização e sincronização
dos dados de iluminação pública;
ArcSDE 10.2.2 - Criação de tabelas e domínios de dados;
Banco de dados Oracle 11g - Criação de tabelas e domínios de dados;
Java - Programa para validação dos dados levantados em campo e sua posterior atualização no banco de dados
do geoprocessamento em ambiente de produção;
Automatização do fluxo de criação de mapas: Python 2.7
FME Desktop e FME Server 2016 - Criação de fluxo para extração e agrupamento das informações de iluminação
pública de tabelas do banco de dados de produção e reagrupamento destas informações em uma única tabela
em um banco de dados auxiliar;
Tablets de 7” rodando Android 4 ou superior.

3.2 Recursos humanos

1 líder de projeto;
2 analistas de sistemas;
1 consultor de TI com ênfase em geoprocessamento;
1 usuário da área de geoprocessamento para fornecer informações sobre o negócio e realizar testes;
1 eletricista para a fase do teste piloto, para a verificação operacional em campo.

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4. Situação atual do projeto

Até o mês de maio de 2016 foram gerados 113 (cento e treze) arquivos para levantamento em campo, sendo que
destes, 71 (setenta e um) arquivos tiveram seu processo finalizado - levantamento, atualização e assinatura de contrato.

Em nove meses de projeto, foram gerados aproximadamente 30% do total de municípios sede da área de concessão da
Copel Distribuição. A Figura 6 mostra alguns municípios e o resultado obtido no levantamento em campo.

Figura 6 - Municípios cujo levantamento foi efetuado em campo

5. Resultados

Eliminação do processo de impressão de pranchas utilizadas nos levantamentos (tempo e custos);


Melhoria no processo de comunicação entre as Prefeituras e a Copel Distribuição, no caso de novas instalações
de equipamentos de iluminação pública, bem como no trâmite interno dos ofícios entregues para a Companhia;
Dados pré-definidos, evitando erros nas informações coletadas;
Armazenamento no servidor, proporcionando maior segurança;
Verificação de possíveis falhas on-line;
Impossibilidade de carregar dados incorretos, visto que o sistema informa possíveis inconsistências;
Atualização automática no banco de dados;
Georreferenciamento das informações;
GPS acoplado, permitindo a correta localização do equipamento;

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Acompanhamento on-line do serviço executado.
Realizar o faturamento das IP’s de modo justo, refletindo a situação existente em campo;
Redução nos custos de mão de obra relativos ao cadastro de informações levantadas;
Atribuiçãodo trabalho de inspeção e cadastro das informações à área devidamente responsável;
Geração de base de dados de Iluminação Pública atualizada e confiável, de modo a realizar o faturamento
utilizando os dados cadastrados no sistema georreferenciado;
Diminuição do retrabalho para correção de erros advindos de má interpretação das informações levantadas;
Redução no tempo total da coleta e devolução dos dados no sistema de geoprocessamento;

6. Fluxograma do processo:

Figura 7 - Fluxograma do processo

7. Resultados

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A variação na quantidade de IP’s antes e após a verificação em campo demonstra que a diferença verificada no
levantamento e o número de IP’s cadastradas no banco de dados da Companhia é resultado, em grande parte dos
casos, da falta de envio do ofício pelas Prefeituras Municipais, informando as alterações ocorridas na rede. Isto reflete
negativamente não somente no faturamento mensal, mas principalmente no cálculo de queda de tensão e de
balanceamento de circuito, impactando significativamente na qualidade da distribuição de energia fornecida ao
consumidor final. A Figura 8 mostra o levantamento executado para o município de Almirante Tamandaré.

Tela do collector

Figura 8 - Telas do sistema GEOIP para o município de Almirante Tamandaré (piloto)

9. Oportunidades de melhorias

Para as próximas etapas do projeto há previsão de anexar fotos para sanar possíveis dúvidas em relação ao cadastrode
dados, realizando melhor aproveitamento de mão de obra através da inclusão de informações adicionais.

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O aplicativo será devidamente adaptado para que além das informações sobre IP, seja possível realziar coleta de dados
referente a unidades consumidoras e usuários de postes da empresa (compartilhamenteo de estruturas), inspeção de
manutenção, bem como outras atividades de canmpo que necessitam de coleta de dados.

3. Conclusões

A implantação do projeto GEOIP - Coleta de dados de Iluminação Pública trouxe excelentes resultados. Já na primeira
verificação realizada em um município como teste piloto, percebeu-se uma diferença de aproximadamente 25% a maior
no total de lâmpadas existentes em campo. Também pode-se ressaltar que, além do acréscimo de lâmpadas
encontrado, a verificação efetuada através do aplicativo trouxe agilidade no levantamento, que antes era realizado com
pranchas em papel. A eliminação do papel também reduz o custo das impressões e reafirma a preocupação da Copel
Distribuição em tornar seus processos sustentáveis.

As principais dificuldades encontradas no processo de implantação do aplicativo foram a configuração inicial da


infraestrutura da aplicação, após a implantação, a ausência de rede de dados sem fio (Wi-Fi) e a ausência de sinal
3G/4G em algumas localidades dificulta a sincronização dos dados levantados em campo, porém não são fatos
impeditivos para a realziação do trabalho.

Cabe ainda enfatizar que a nova metodologia de contabilização de iluminação pública também reduziu a carga de
trabalho nas equipes de cadastro do geoprocessamento, pois o processo de atualização dos dados no banco de
produção é automático, e apenas as pendências (identificadas através do pós-processamento realizado por um
programa de validação de dados desenvolvido pela equipe de TI da Copel Distribuição) são tratadas por estes
profissionais.

Desta forma, a meta do projeto é implantar a metodologia em todas as 393 sedes de municípios da área de concessão
da Companhia (392 no Estado do Paraná e 1 em Santa Catarina), atendidos pela Copel Distribuição, e que além dos
resultados alcançados, este novo modelo de verificação em campo demonstre a transparência exigida no processo e no
relacionamento entre a empresa e as prefeituras do Estado do Paraná e de Santa Catarina.

Como resultados principais e imediatos, além dos já citados, a confiabilidade das informações resultou no maior ganho
do projeto, visto que os dados estão pré-definidos no aplicativo, impossibilitando que o usuário informe dados
inexistentes no banco de dados, gerando maior consistência das informações.

4. Referências bibliográficas

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