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Nos últimos meses o CPI (Centro Português de Iluminação) No decurso destas conferências tive a oportunidade de
tem realizado uma série de seminários, por todo o País, para contactar de perto com muitas entidades e ESE´s que direta
divulgar o seu último documento, recentemente impresso, ou indiretamente, estavam à procura de soluções
”Manual de Boas práticas para Cadastro de IP”. sustentáveis para sistemas de iluminação pública (IP).
É pertinente perguntar porque é que havendo iluminação Estes agentes em coordenação com as entidades
pública há mais de 100 anos em Portugal, se lembra agora o responsáveis pela gestão dos sistemas de Iluminação Pública
CPI da criação de um ” Manual de Boas práticas para procuravam recorrer a mecanismos de financiamento que
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Constatei também que muitas das pessoas que andavam no Os cadastros que existem são insuficientes para um correto
terreno me punham questões que revelavam um grande planeamento de um sistema IP eficiente e para planearmos,
desconhecimento do sistema de IP, nomeadamente precisamos de conhecer o que existe, como existe e o
geógrafos que me davam a conhecer a sua dificuldade em porquê da sua existência.
caracterizar o sistema elétrico de IP, o que é perfeitamente
normal dada a sua especialidade e à necessidade de haver Para que as entidades gestoras estejam municiadas de
Por outro lado, é bom lembrar que a maioria dos contratos Este documento tem como metas ajudar as entidades
de concessão acabam entre 2015 e 2021 e é necessário que gestoras e demais atores neste processo na elaboração do
as autarquias tenham o sistema de IP cadastrado para uma Cadastro da Iluminação Pública, explicitando as
potência, estado real de conservação, nem quanto à e integrado será possível tomar medidas de gestão
justificação da potência, localização ou até à própria conscientes e conducentes a uma efetiva eficiência
Em muitos casos não sabemos o que está ligado à IP, como Falando agora do manual, o CPI considera que a
outdoors, cabines telefónicas, paragens de autocarro, etc. implementação de um Cadastro de Iluminação Pública deve
Foram-se ligando, ao abrigo de protocolos, mas não se obedecer aos seguintes objetivos:
registaram ou atualizaram.
• Ser uma fonte de informação credível e rigorosa;
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• ) [5, 15].
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- Caracterização do modo de instalação da rede – que inclui Fase 1 – Integração de informação proveniente de outros
aspetos de natureza civil como assentamento/fixação dos sistemas, nomeadamente:
apoios, o tipo de instalação dos circuitos (aéreos,
• Faturação e consumos registados;
subterrâneos,…), as características construtivas das
instalações,… • Sistemas automáticos de monitorização/medição
implementados nas instalações: medições de parâmetros
- Caracterização do modo de estruturação da rede – que
lumínicos, energéticos e do meio ambiental;
inclui a identificação dos circuitos e sua extensão, as
características elétricas (potencias, correntes e outros • Contratos associados à conservação e manutenção;
parâmetros),…
• Condições de segurança da rede.
- Caracterização do modo de ligação da rede – que inclui a
criação de parâmetros de relação entre os circuitos as
instalações e os Pontos de luz,… Fase 2 - Análise e diagnóstico da situação atual
-Caracterização da função das entidades em relação ao • Cruzamento da informação recolhida com a legislação
espaço e o meio envolvente – que inclui as características vigente aplicável ao país em matéria de iluminação exterior,
associadas com a conjugação e interação com o meio (vias, ou outra aceitável;
zonas, caracterização funcional)…
• Análise cruzada com outra informação integrada;
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Recomenda-se que as equipas que realizam os trabalhos de São sugeridos os seguintes instrumentos:
levantamento cadastral sejam multidisciplinares, capazes de
1– GPS
reconhecer com facilidade os elementos da rede de
Iluminação Pública e as diversas tipologias de equipamentos. 2– Estação Topográfica Total
Essas equipas devem ter sensibilidade para o modo de 3– Base cartográfica existente
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Entende-se que para desempenhar esse papel a qualificação O manual está à venda em versão impressa e pode ser
mais óbvia será a de alguém com grandes conhecimentos de encomendado através do site do CPI com um preço para
eletrotecnia e luminotecnia mais concretamente um sócios e outro para não sócios, incluindo já ambos despesas
engenheiro eletrotécnico. de envio.
O CPI considera que um cadastro desenvolvido de acordo Fizeram parte do grupo de trabalho que criou este manual os
com o Manual permitirá: seguintes elementos: Alberto Van Zeller, Vice-presidente do
CPI e coordenador do grupo; os geógrafos Hugo Jorge,
• Um conhecimento aprofundado de toda a infraestrutura
Sandra Cunha e João Melo, António Gomes, da Divisão de IP
• Diagnosticar e avaliar todo o sistema de IP da CM de Lisboa; Paulo Nogueira, da Adene; e José Carlos
• Ter uma base de desenvolvimento para um plano diretor Teixeira, Professor Universitário e especialista em sistemas
de IP de integração e avaliação.
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