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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
CONFORTO AMBIENTAL I
PROF. DR. IRVING MONTANAR FRANCO

BIANCA BARBOSA DO NASCIMENTO


GIOVANA MARIA DO NASCIMENTO SILVA
SAMUA DAS NEVES PRAZERES
WENDELL TRINDADE ROCHA
TURMA: 020

RELATÓRIO DE CONFORTO AMBIENTAL I


ESTUDO DA INCIDÊNCIA DOS RAIOS SOLARES NOS SOLSTÍCIOS E
EQUINÓCIOS

BELÉM – PARÁ
2014
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 3

METODOLOGIA E ANÁLISE 3

ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAIS 6

SUSTENTABILIDADE E CONFORTO AMBIENTAL 8

PERFIL DO CÉU 8

CONCLUSÕES/RESULTADOS 9

ANEXOS 10

 DESENHOS MANUAIS

 DESENHO NO AUTOCAD

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AFERIÇÃO DE PROCEDIMENTOS VOLTADOS A ESTUDOS DE GEOMETRIA DE
INSOLAÇÃO: EXPERIMENTAÇÃO, ANÁLISE GEOMÉTRICA.

INTRODUÇÃO
O trabalho tem por objetivo investigar as metodologias voltadas a estudos de
geometria de insolação, aplicando geometria descritiva e experimentações. A
atividade que foi proposta em sala de aula e consiste na utilização de um cubo com
uma abertura em uma das faces como objeto de estudo e análise da incidência solar
para latitude 0ºS durante o solstício de 22 de junho no horário das 9h00min.

METODOLOGIA E ANÁLISE
Adotaram-se dois métodos para o estudo e entendimento das variáveis de
insolação.
 Análise geométrica:
A princípio foi estabelecido um período do ano – o solstício de 22 de junho às
9h00min – e, com o auxílio do diagrama de altitude solar aparente de Belém (latitude
0°S), encontraram-se os valores de azimute e altura solar para aplicá-los na
representação de um cubo de 17 cm de aresta com uma abertura de 6.5cm - contida
em uma das faces – orientada ao norte. Ao fim da análise geométrica foi possível
reconhecer a interseção dos pontos comuns nas linhas de representação das
projeções reais para a luz no piso e na parede. O exercício deveria ser realizado em
uma folha A1 utilizando as medidas reais do cubo.
Durante o período em que foram realizados os primeiros esboços em sala de
aula, houve certa dificuldade por parte do grupo em desenhar o esquema preliminar
para o entendimento da análise em decorrência de vários fatores, como a angulação
incorreta dos raios de incidência, erro nos rebatimentos dos pontos, entre outros
fatores que dificultaram a assimilação da teoria repassada. Após inúmeras tentativas
de corrigir o erro, optou-se pela realização do desenho no AutoCAD, pois com esta
opção os erros cometidos devido ao mau uso dos materiais de desenho técnico
seriam minimizados, aumentando a chance da finalização correta do desenho
esquemático.
 Análise experimental:
Após o desenho do esboço no AutoCAD para ajudar na realização da análise
experimental, o grupo escolheu se posicionar em frente à Faculdade de Arquitetura

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e Urbanismo (FAU-UFPA) para a realização da análise com a iluminação natural.
Essa atividade teve início às 16h02min do dia 30 de setembro de 2014. Para a
realização da análise foi necessária a utilização de uma prancheta para desenho
técnico, juntamente com o desenho esquemático feito pelo grupo e um cubo de
madeira de 17 cm de aresta cedido pelo LADEC – Laboratório de Análise e
Desempenho do Ambiente Construído/DAU/UFPa. Esse cubo foi o objeto de estudo
para a análise experimental e dos dados que contribuíram para o estudo geométrico.
A tarde ensolarada contribuiu para a realização das fotografias necessárias para
anexar a esse relatório, bem como para o entendimento da teoria repassada em sala
de aula e a comprovação da sombra e do feixe de luz obtidos através dos desenhos
esquemáticos realizados na folha de papel A1. Como as condições temporais não
eram equivalentes às condições necessárias para a obtenção dos resultados
encontrados, foi necessário o ajuste do objeto sobre uma prancheta com carta solar
em concordância com o azimute adaptando-a a uma angulação de altura solar
compatível ao estabelecido anteriormente. Em decorrência dessa situação, os
resultados obtidos através das fotografias não corresponderam exatamente ao
obtido nos desenhos esquemáticos.

Figura 1 e 2: Integrantes do grupo realizando a análise experimental na FAU-UFPA

 Insolação direta e difusa sobre as fachadas:


Durante o solstício de 22 de Junho, o posicionamento do planeta Terra em
relação ao sol faz com que a incidência solar seja mais frequente na face do cubo
voltada para o Norte. Às 9h00min da manhã, os raios solares incidem sobre o cubo
com uma inclinação de 42º, como conseqüência disso, esses raios incidem nas
faces do cubo voltadas para o norte e leste, produzindo sombra nas faces oeste e

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sul. Contudo, apesar do sombreamento das faces oeste e sul, estas ainda recebem
uma insolação difusa por parte da incidência solar.

Figura 3: Desenho esquemático


representando a projeção das sombras
durante o solstício de 22 de Junho.

Figuras 4 e 5: Fotos tiradas durante a análise experimental em campo representando a projeção


das sombras externas durante o solstício de 22 de Junho.

 Prisma de luz interno ao cubo no solstício de 22/06 – 9 h:


Levando em conta a posição terrestre e solar, anteriormente estabelecidas,
foram calculados o tamanho, a forma e a posição de incidência do prisma de luz a
ser formado dentro do cubo. Tais dados sendo primeiramente obtidos por meio de
analise geométrica em sala tendo o apoio apenas de materiais tradicionais
(prancheta, papel, esquadros, etc.), em um segundo momento fez-se uso do
programa AutoCAD, como recurso na busca da precisão necessária para uma boa
representação gráfica do estudo para que o experimento em campo gerasse, em
meio as adequações necessárias, o resultado mais convincente e próximo ao da
análise geométrica.

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Figuras 6 e 7: Fotos tiradas durante a análise experimental em campo representando a projeção do
prisma de luz durante o solstício de 22 de Junho.

ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAIS
 Soluções tecnológicas
a) Fachada:
A cor branca absorve menos
radiação solar agregando um impacto
positivo no conforto térmico, no entanto,
seu uso em grandes fachadas pode
causar desconforto luminoso da
edificação derivado do brilho excessivo
e ofuscamento, principalmente em
cidades que já possuem grande nível de
luminosidade natural.
Dependendo das condições climáticas eFigura
ambientais
8: Imagemda região dede
representativa implantação
Brise-soleil
do projeto, o uso de cores não muito (Fonte: http://www.archiexpo.fr/prod/spbl/brise-soleils-
orientables)
claras nas fachadas com grande
extensão, a implantação de esquadrias com venezianas, cobogós, brises, grandes
áreas verdes e coberturas com grandes beirais na construção são os meios mais
eficientes para atingir o grau de conforto térmico desejado.

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b) Brise-soleil (Quebra sol): o longo do século
XX o brise-soleil tornou-se um importante
elemento na arquitetura, composto de peças de
madeira, concreto, plástico ou metal,podendo ser
instalado vertical ou horizontalmente diante de
fachadas, tem como função principal impedir a
insolação direta nas fachadas sem que a
ventilação do ambiente ficasse prejudicada.

c) Cobogó: o cobogó é um elemento


construtivo desenvolvido no século 20 em
Pernambuco, pelos engenheiros Amadeu Oliveira
Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio de
Góis, que tem por principal característica serem
elementos vazados, normalmente feitos em Figura 9: Imagem ilustrativa do Cobogó

cimento, que completam paredes e muros para (Fonte:


http://www.saccaro.com.br/blog/2014/05/)
possibilitar maior ventilação e luminosidade ao
interior de um imóvel.

d) Transparência e Opacidade: enquanto um vidro de 3 mm, transparente, tem


fator solar de 0,87, um protetor solar externo como veneziana em madeira é de 0,09.
Ou seja, para o vidro simples 87% da energia incidente penetra no ambiente em
forma de ondas curtas e longas, elevando a temperatura do ambiente. Já com base
no uso de protetor solar externo como veneziana, por exemplo, a energia incidente
passa para apenas 9%, considerando aqui os ganhos apenas pelos fechamentos
transparentes, deixando a temperatura do ambiente mais amena, logo sem
necessidade de maiores esforços energéticos para climatização.

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SUSTENTABILIDADE E CONFORTO AMBIENTAL
O uso racional da energia permite a adequação da arquitetura ao clima,
evitando ou reduzindo de climatização artificial para o ambiente, quer com a
finalidade de refrigerar, quer com a de aquecer os ambientes
Lamberts1considera um edifício mais eficiente, energeticamente falando,
quando apesar de ambos disporem da mesma quantidade de energia, uma
construção proporcione melhores condições ambientais de conforto que outra.
Dentro desse contexto vale a pena implantar áreas verdes e elementos
arquitetônicos que tenham por objetivo a elevação ou diminuição de ganhos
térmicos que sejam de acordo com o contexto climático da região, visto que tais
elementos são importantes instrumentos para a maior economia de energia e
conforto para o edifício.

Figura 10: Fotografia do entorno da FAU-UFPA, no dia 30 de setembro de


2014

PERFIL DO CÉU
As quantidades de incidência solar variam em função da época do ano e
dalatitude. Para entender este fenômeno, deve-se examinar o movimento aparente
do Sol em relação a Terra.
Mascaró2 diz que a quantidade de radiação solar que penetra na atmosfera
pode ser menor ou maior dependendo da quantidade de nuvens presentes na
abóbada celeste; se estiver nublada ou parcialmente coberta por nuvens pouca
1
LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F. O. R. Eficiência Energética na Arquitetura. 2ª edição. São Paulo: ProLivros, 2004.

2
MASCARÓ, Lucía R. De. Luz, clima e arquitetura. 3 ed. São Paulo: Nobel, 1983

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radiação, se o céu estiver claro e limpo, mais radiação penetrara. De modo que
quantidade de energia refletida venha depender da quantidade de nuvens. Observa-
se que lugares elevados, que possuem uma massa de ar muito menor por cima
delas, recebem do céu descoberto uma quantidade de insolação consideravelmente
maior que os locais a nível do mar. É também importante levar em consideração os
movimentos da terra em relação ao sol, visto que em determinadas épocas do ano
os hemisférios recebem quantidades diferentes de radiação.

CONCLUSÕES/RESULTADOS
Com base dos conhecimentos metodológicos transferidos em classe e
através de pesquisas foi possível compreender e efetuar os experimentos
supracitados de modo a ser comprovados empiricamente por meio de análises feitas
dentro e fora de sala a equipe conclui por meio deste relatório que o uso das
tecnologias e materiais, a correta orientação em relação ao sol do objeto a ser
construído e observação das características climáticas próprias da cidade/região em
que se pretende implantar um projeto são princípios básicos do processo de
elaboração da arquitetura que podem contribuir de maneira significativa, na redução
do consumo de energia, de água e das emissões de calor fazendo com que os
custos de climatização artificial sejam reduzidos drasticamente, sem que os custos
de iluminação artificial aumentem com a mesma intensidade, elevando a qualidade
das edificações construídas e do meio urbano onde elas se encontram.

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ANEXOS

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