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SÃO MATEUS
2013
EMERSON SANTOS QUEIROZ
KLEBER HOLANDA
MATEUS CARLOS RAMOS DOS SANTOS
POLLYANNA LUIZA MARTINS BORGES
SÃO MATEUS
2013
FICHA CATALOGRÁFICA
EMERSON SANTOS QUEIROZ
KLEBER HOLANDA
MATEUS CARLOS RAMOS DOS SANTOS
POLLYANNA LUIZA MARTINS BORGES
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Norte Capixaba São Mateus, como
requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Mecânico junto à Disciplina de TCC.
COMISSÃO EXAMINADORA
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 14
1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA ...................................................................... 17
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA ........................................................................ 18
1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ............................................................. 18
1.4 OBJETIVOS ............................................................................................. 18
1.4.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................... 18
1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 18
1.5 HIPÓTESE ............................................................................................... 19
1.6 METODOLOGIA ....................................................................................... 19
1.6.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ..................................................................... 19
1.6.2 TÉCNICAS DE PESQUISA PARA COLETA DE DADOS ........................................ 20
1.6.3 FONTES PARA COLETA DE DADOS ............................................................... 21
1.6.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS .......................................................... 21
2 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................ 23
2.1 DEFINIÇÕES DE MANUTENÇÃO ........................................................... 23
2.2 AS GERAÇÕES DA MANUTENÇÃO ....................................................... 24
2.2.1 PRIMEIRA GERAÇÃO ................................................................................... 24
2.2.2 SEGUNDA GERAÇÃO ................................................................................... 25
2.2.3 TERCEIRA GERAÇÃO ................................................................................... 26
2.2.4 QUARTA GERAÇÃO ..................................................................................... 28
2.3 EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO .................................. 29
2.4 TIPOS DE MANUTENÇÃO ...................................................................... 30
2.4.1 MANUTENÇÃO NÃO PLANEJADA ................................................................... 31
2.4.1.1 MANUTENÇÃO CORRETIVA OU REATIVA ........................................................ 32
2.4.2 MANUTENÇÃO PLANEJADA .......................................................................... 33
2.4.2.1 MANUTENÇÃO PREVENTIVA ......................................................................... 35
2.4.2.2 MANUTENÇÃO PREDITIVA ............................................................................ 36
2.4.2.3 MANUTENÇÃO DETECTIVA ........................................................................... 42
2.5 CONFIABILIDADE.................................................................................... 43
2.5.1 PARÂMETROS DA CONFIABILIDADE .............................................................. 45
2.5.1.1 CURVA DA BANHEIRA .................................................................................. 44
2.5.1.2 INDICADORES DE MANUTENÇÃO ................................................................... 46
2.5.1.3 DISPONIBILIDADE ........................................................................................ 48
2.5.1.4 MANUTENABILIDADE OU MANTENABILIDADE ................................................... 48
2.6 ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ..................................................... 50
ANEXO
ANEXO A – PLANILHA DE FMEA ............................................................................ 97
ANEXO B – EXEMPLO DE FMEA ............................................................................ 98
ANEXO C – OCORRÊNCIA, GRAVIDADE E DETECÇÃO ...................................... 99
ANEXO D – SAE JA 1011 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PARA PROCESSOS DE
MANUTENÇÃO BASEADOS EM CONFIABILIDADE ............................................... 100
14
1 INTRODUÇÃO
Num mundo globalizado onde a competição está cada vez mais acirrada, a busca
constante por maiores produtividades tem levado as indústrias de modo geral a
investirem em programas e tecnologias que garantem uma maior eficiência do
sistema produtivo. De fato as empresas necessitam se adequar a essa nova
realidade buscando racionalizar os seus recursos diminuindo dessa forma os custos
tornando assim uma empresa competitiva no mercado.
medidas necessárias para evitar que essas falhas ocorram precocemente, através
de ações preventivas (THORLAY, 2011).
Devemos nos atentar, pois as informações contidas nos manuais dos equipamentos
podem não ser baseadas em dados reais, visto que alguns fabricantes, a fim de
maximizar as vendas de peças de reposição ou reduzir sua responsabilidade em
relação a quebras, orientam intervalos curtos de revisão e substituição de
componentes.
Para Fogliatto e Ribeiro (2009), os programas de RCM têm se mostrado uma forma
eficiente de tratar questões de manutenção. Devido a sua abordagem racional e
16
No RCM, define-se o que deve ser feito para assegurar que um equipamento
continue desempenhando suas funções para o qual foi projetado. A ênfase é
determinar a manutenção necessária para manter o sistema produtivo funcionando,
ao invés de tentar restaurá-lo a uma condição inicial (LAFRAIA, 2001).
Como base de análise do RCM temos a técnica do FMEA (Failure Mode and Effects
Analysis ou Analise dos Modos e Efeitos de Falha), podendo ser classificados em
dois tipos: FMEA de Produto e FMEA de Processo. Esta em princípio, busca evitar
através da análise de possíveis falhas e propostas de ações de melhorias, que um
produto ou processo deixe de atender ao desempenho requerido, reduzindo dessa
forma a probabilidade de falhas e consequente aumento da confiabilidade dos ativos
de uma empresa.
A FMEA (Failure Mode and Effects Analysis ou Analise dos Modos e Efeitos
de Falha) é uma técnica de confiabilidade que tem como objetivos: (i)
reconhecer e avaliar as falhas potenciais que podem surgir em um produto
ou processo, (ii) identificar ações que possam eliminar ou reduzir a chance
de ocorrência dessas falhas, e (iii) documentar o estudo , criando um
referencial técnico que possa auxiliar em revisões e desenvolvimentos
futuros do projeto ou processo.
1.4 OBJETIVOS
1.5 HIPÓTESE
1.6 METODOLOGIA
Neste trabalho, foi, então, utilizada como técnica para coleta de dados a pesquisa
bibliográfica, sendo relacionados com material já disponível, o que vislumbrou-se
desde o inicio como sendo o ideal para se atingir os objetivos traçados.
21
Portanto, os dados primários nesta pesquisa foram obtidos através dos conceitos e
documentos literários relacionados ao assunto abordado e os secundários, através
de bibliografias concernentes ao tema proposto para esta pesquisa.
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO
Nos últimos quinze anos, a manutenção evoluiu talvez mais do que qualquer outra
disciplina de gerenciamento. As alterações devem-se a um grande aumento no
número e diversidade de itens físicos (instalações, equipamentos e construções) que
têm de ser mantidos, em todo o mundo, projetos muito mais complexos, novas
técnicas de manutenção e novos enfoques sobre a empresa e a responsabilidade de
manutenção (MORTELARI; SIQUEIRA; PIZZATI, 2012, p. 29-30).
Primeira Geração;
Segunda Geração;
Terceira Geração;
Quarta Geração.
1
Falha: Término da capacidade de um item desempenhar a função requerida (NBR 5462, 1994).
26
“Desde os meados dos anos 70, o processo de alteração na indústria conquistou até
um significativo ímpeto. As alterações podem ser classificadas como: novas
expectativas, nova pesquisa e novas técnicas” (MORTELARI; SIQUEIRA; PIZZATI,
2012, p. 32).
Nas décadas de 60 e 70, esse fato já era uma preocupação constante nos
setores de mineração, manufatura e transporte. Na manufatura, os efeitos
dos períodos de inatividade foram se agravando pela tendência mundial de
2
utilizar sistema “just in time ”, onde estoques reduzidos para a produção em
andamento significavam que pequenas pausas na produção naquele
momento parariam a fábrica [...] (MORTELARI; SIQUEIRA; PIZZATI, 2012,
p. 32).
2
“Just in time”: é um sistema de administração da produção que determina que nada deve ser
produzido, transportado ou comprado antes da hora certa. O termo just in time em inglês, e significa
na hora certa. Disponível em: <http://www.significados.com.br/just-in-time/>. Acesso em: 2 jun. 2013.
27
Quando uma empresa tem a maior parte de sua manutenção na classe não
planejada (Manutenção Corretiva), sua equipe de manutenção é comandada pelos
equipamentos e o desempenho da organização não será adequado às necessidades
de competitividade atuais, baixo custo e alto desempenho (ARTETÉCNICA, 2013).
32
Ainda nessa mesma linha de raciocínio, Viana (2002, p. 10) explica que:
Apesar de ser aplicada pela grande maioria das empresas, este tipo de manutenção
pode não ser a melhor estratégia a ser adotada. Ela se posiciona como sendo a
segunda opção de manutenção com maior custo na indústria, atrás somente da
manutenção corretiva. Por ter periodicidade definida, os custos são aumentados
significadamente justamente pela substituição de componentes das máquinas e com
a utilização de mão-de-obra.
36
Como na maioria das vezes as informações contidas nos manuais dos fabricantes
não são confiáveis, levando os equipamentos a falhas prematuras, duas situações
distintas podem ser observadas:
Para Viana (2002, p. 11-12), “Manutenção Preditiva são tarefas de manutenção que
visam acompanhar a máquina ou as peças, por monitoramento, por medições ou por
controle estatístico e tentam predizer a proximidade da ocorrência da falha”.
Manutenção Preditiva é aquela que indica as reais condições de funcionamento das
máquinas e equipamentos com base em dados e conhecimento das condições de
cada componente, através de um acompanhamento que informam o seu desgaste
ou processo de degradação.
Dentre as várias técnicas de Manutenção Preditiva, quatro são as mais usuais nas
indústrias de modo geral, que são:
A vibração pode ser considerada como um processo destrutivo, pois causa sérios
danos nos equipamentos, reduzindo consideravelmente sua resistência em função
do efeito repetitivo de vibração. Os maiores responsáveis pelas falhas dos
equipamentos rotativos são os desgastes e a fadiga.
Desbalanceamento;
Desalinhamento de juntas e acoplamentos;
Excentricidade;
Folgas;
Problemas de engrenamentos;
Rolamentos defeituosos, etc. (INFRAREDSERVICE, 2010).
40
fatores mais comuns, que afetam a viscosidade são: presença de água, sólidos em
suspensão, produtos de oxidação (COMITTI; SANTOS, 2009).
A termografia é uma técnica de inspeção não destrutiva e não invasiva que tem
como base a detecção da radiação infravermelha emitida naturalmente pelos corpos
com intensidade proporcional a sua temperatura; através desta técnica é possível
identificar regiões, ou pontos, onde a temperatura está alterada com relação a um
padrão pré-estabelecido com o objetivo de propiciar informações relativas à
condição operacional de um componente, equipamento ou processo em qualquer
dos sistemas de manutenção considerados (MMTEC, 2013).
Apesar de a nomenclatura ser ainda muito nova no Brasil, por vezes até confundida
com a manutenção corretiva planejada, a detectiva visa à atuação e detecção de
falhas ocultas ou imperceptíveis em equipamentos e sistemas de proteção e de
comandos, durante os períodos de inspeção. Esse tipo de manutenção é específico
para sistemas automatizados, onde o controle de atividades e tarefas é feito com
base em comandos de sistemas e circuitos. Um exemplo bem prático refere-se ao
funcionamento dos geradores. Ao faltar luz, os geradores devem entrar em ação.
Porém, se houver alguma falha no sistema de transmissão de dados, o gerador não
funciona. Ou seja, quanto maior o emprego da automação e de instrumentos de
comando, maior a necessidade de planejar ações específicas de manutenção
detectiva nas empresas (BRANCO, 2010).
2.5 CONFIABILIDADE
a uma conceituação de Confiabilidade, termo que define uma das mais importantes
premissas da manutenção (GURSKI, 2013).
De modo geral, confiabilidade está associada ao grau de certeza que se tem no bom
funcionamento de um produto num determinado período de tempo. Do ponto de
vista da engenharia, por exemplo, seria importante poder garantir a confiabilidade de
um produto ou a sua melhoria. Essa tarefa, contudo, só seria viável se o grau de
certeza pudesse ser medido de alguma forma aceitável.
“A frequência com que as falhas ocorrem, num certo intervalo de tempo, medida
pelo número de falhas para cada hora de operação ou número de operações do
sistema ou componente” é denominada taxa de falhas (LAFRAIA, 2001 p. 15).
45
Conforme figura 11, a curva da banheira apresenta três regiões identificáveis como:
O Tempo Médio Entre Falhas (TMEF): é um índice utilizado para itens reparados
após a ocorrência de uma falha. Seria relação entre o produto do número de itens
(NOIT) e os seus tempos de operação (HROP), e o número de falhas identificadas
nesses mesmos itens (NTMC), em período determinado. Conforme a expressão a
seguir (DUTRA, 2013):
O Tempo Médio Para Reparar (TMPR): o Tempo Médio Para Reparo deve ser
utilizado para itens para os quais o tempo de reparo ou substituição é significativo
em relação ao tempo de operação. Seria a relação entre o tempo total de
intervenção corretiva em um conjunto de itens com falha (HTMC) e o número total de
falhas identificadas nesses itens (NTMC), em período determinado (DUTRA, 2013).
Tempo Médio Para Falha (TMPF): o Tempo Médio Para Falha deve ser utilizado
para itens que são substituídos após ocorrência de uma falha. Seria a relação entre
o tempo total de operação de um conjunto de itens não reparáveis (HROP) e o
47
2.5.1.3 DISPONIBILIDADE
O RCM é uma metodologia que nasceu para a aviação, ou seja, para equipamentos
complexos e com risco muito elevado em sua operação. Desta forma, podemos
entender que o RCM não é uma filosofia que deve ser implementada em todos os
equipamentos como outras ferramentas de manutenção, mas sim, pontualmente,
naqueles itens que são vitais para a Organização.
Fica como reflexão a celebre frase de John Moubray: ”Não basta executar certo as
tarefas de manutenção (eficiência), é preciso executar certo as tarefas certas!”
(eficácia – confiabilidade).
Uma boa visão é a de Lafraia (2001, p. 238), onde estabelece que na ótica da
manutenção, o objetivo do RCM é “assegurar que um sistema ou item continue a
preencher as suas funções desejadas”. Vale lembrar que a saúde financeira de uma
organização depende de uma operação continuada sem intervenções para
manutenção.
Todos os autores citados até aqui destacam, ainda, que a principal característica do
RCM é a implantação rápida, visto que a sua estrutura lógica e prática privilegia a
participação de equipes polivalentes que tenham alto conhecimento técnico das
funções a serem analisadas durante a execução do FMEA, já que o foco principal de
tais análises não estará dirigido para as atividades voltadas à preservação dos
próprios equipamentos, mas sim para aquelas necessárias à preservação de suas
funções (DUTRA, 2012).
54
A partir de John Moubray, a metodologia RCM tem sido aplicada nos mais diversos
seguimentos de mercado e das mais variadas formas, adequadas ou não, porém
sempre apresentando resultados benéficos a quem a utiliza (MORTELARI;
SIQUEIRA; PIZZATI, 2012).
Nos últimos anos, a demanda por confiabilidade nos ativos de uma organização tem
aumentado consideravelmente, da mesma forma, o conceito de confiabilidade tem
sido melhor compreendido. Intensas procuras envolvendo aspectos de segurança,
meio ambiente e, nos dias atuais principalmente, os custos têm norteado empresas
a procurarem uma resposta eficaz para a solução das falhas que ocorrem no dia a
dia em seus processos produtivos. A confiabilidade, portanto, aliada a outras
ferramentas de gestão, se torna cada vez mais decisiva no fator competitividade
empresarial (MORTELARI; SIQUEIRA; PIZZATI, 2012).
Segundo Moubray (2000, p. 7), o processo de RCM implica em sete perguntas sobre
cada um dos itens sob revisão ou sob análise crítica, como a seguir:
3.4 FUNÇÕES
A norma SAE JA 1011 (1999) define função como sendo “o que o proprietário ou
usuário de um ativo físico espera que esse ativo execute”. Para Moubray (2000, p.
22) função “deve consistir de um verbo, um objeto e o padrão de desempenho
desejado”.
4
Capabilidade Inicial: O que o ativo é capaz de produzir (MOUBRAY, 2000. p. 23).
57
As funções primárias estão associadas à razão pela qual o ativo foi criado. Para
Moubray (2000), as empresas adquirem ativos físicos para uma, e possivelmente
duas, raramente para mais de três razões primárias.
Por ser menos preciso que as funções principais, as funções secundárias servem
para aumentar o valor agregado do item, e a perda dessa função pode ocasionar
graves consequências e algumas vezes mais sérias do que a perda de uma função
primária (MOUBRAY, 2000).
3.5 FALHAS
Para Siqueira (2012), além das fontes citadas acima o conhecimento das regras
práticas e os critérios podem auxiliar na identificação das falhas, tais como:
Para (MOUBRAY 2000) o quarto passo no processo RCM sugere listar os efeitos da
falha, descrevendo todas as informações necessárias para suportar a avaliação de
consequências da falha, dentre essas se incluem:
65
De acordo Siqueira (2012, p. 109) dependendo da instalação, uma falha pode gerar
consequências insignificantes ou desprezíveis, ou afetar sistemas vitais para
empreendimento e a sociedade ou a segurança dos seres humanos.
Para (MOUBRAY, 2000) as falhas evidentes são classificadas em três grupos, com
consequência sobre a segurança humana e ambiental, com consequências
operacionais e com consequências não operacionais conforme descrito na figura
abaixo.
Falha Oculta: falha que não se torna evidente para o operador ou ao profissional
de manutenção é conceituada como Falhas ocultas. Estas falhas não impactam
diretamente na produção, mas acontecendo um evento deste tipo há uma grande
probabilidade de ocorrência das falhas múltiplas, normalmente com consequências
67
bruscas para o processo produtivo, devido ao fato destas falhas estarem associadas
diretamente aos dispositivos de proteção do sistema com o único propósito de evitar
ou minimizar as ocorrências de falhas evidentes.
Siqueira (2012, p. 116) afirma que a ocorrência de falha oculta, em combinação com
um segundo evento/falha, causa uma perda de função ou dano secundário que
poderá ter um efeito adverso na segurança operacional e no meio ambiente [...],
Ainda cita que o RCM considera que neste caso, a manutenção preventiva será
justificável se garantir a disponibilidade necessária para reduzir a probabilidade de
falha múltipla a um nível aceitável. Caso contrario, se a mudança de projeto não for
mais atrativa realiza-se apenas reparos funcionais.
O padrão A é caracterizado pela curva da banheira. Ela começa com uma alta
incidência de falha (conhecida como mortalidade infantil) seguida de uma
probabilidade condicional de falha constante ou gradualmente aumentada, que com
o passar do tempo, tende a entrar numa zona de desgaste. O padrão B mostra uma
probabilidade de falha constante ou de aumento lento, terminando em uma zona de
desgaste. O padrão C monstra um aumento lento da probabilidade de falha, mas
não existe uma idade de desgaste identificável. O padrão D mostra baixa
probabilidade de falha quando o item é novo ou recém reparado em oficina e, então,
um rápido aumento para um nível constante. O padrão E mostra uma probabilidade
condicional de falha constante em todas as idades (falhas aleatórias). O padrão F
começa com alta incidência de falhas, que cai eventualmente para uma
probabilidade de falha constante ou de aumento muito lento (MOUBRAY, 2000).
69
Para Moubray (2000, p. 53), “Modo de Falha pode ser definido como qualquer
evento que pode levar um ativo (sistema ou processo) a falhar”. Ainda segundo a
norma SAE JA 1011 modo de falha pode ser definido como sendo “um evento único
que causa uma falha funcional”.
formas adequadas de combate à falha funcional. [...] cada modo de falha esta
constantemente associada a um componente do sistema em estudo (SIQUEIRA,
2012).
A FMEA tem uma natureza cíclica de acompanhamento, que busca por excelência
em projeto e processo, envolvendo todas as atividades de melhoria continua.
Entretanto ela se subdivide em: FMEA de projeto e FMEA de processo.
Ações efetuadas: nesta coluna entra uma breve descrição das ações de
correção e melhoria efetivamente implantadas e com a correspondente data
de implantação.
Contudo, pode ser visto que a tabela da FMEA responde as questões 5W1H5 que
corresponde: O que, Quem, Quando, Onde, Porque e Como. “O que” está descrito
na coluna da ação, “Quem” e “Quando” aparecem nesta coluna responsável e data,
“Onde” está especificado na operação em análise (processo, etapa, operação),
“Porque” está especificado nas colunas de causa, modo de falha e, finalmente,
5
5W1H: é um tipo de lista de verificação utilizada para informar e assegurar o cumprimento de um conjunto de
planos de ação, diagnosticar um problema e planejar soluções.
76
Esse tipo de ação é uma técnica aplicada à manutenção preventiva e preditiva com
objetivo de eficiência na gestão de conservação. “São tarefas tomadas antes de
ocorrer a falha com a intenção de prevenir o ativo de entrar em um estado de falha”
(MOUBRAY, 2000, p. 129).
Esta deterioração esta também relacionada com a exposição à tensão que de uma
forma geral esta envolvida com o tempo. Quanto maior o desempenho (esforço) e a
idade de um ativo, maior será a possibilidade de ocorrências de falhas.
Para reduzir as consequências provocadas pela falha, o RCM adota três importantes
categorias, uma delas são as tarefas de restauração programada onde um elemento
é refabricado independentemente de sua condição no período especificado ou até
mesmo é feito uma revisão dentro de uma idade limite do elemento.
78
Para maior entendimento, é necessário ter conhecimento sobre a curva P-F que
indica o ponto onde a falha se inicia e o ponto onde o deteriora, e caso não seja
efetuado a correção, mostra o ponto onde ocorre a falha funcional (quando um
elemento é incapaz de executar um desempenho do qual foi programado, ou seja,
para de funcionar). A figura 23 detalha esses estágios da falha.
79
Além da curva P-F existe o intervalo P-F que compreende o ponto em que uma falha
em potencial ocorre, em outras palavras, é o ponto em que se torna identificável e o
ponto onde se deteriora em falha funcional.
Deve-se tomar muito cuidado quando se buscar identificar esse tipo de intervalo,
pois quanto maior for maior será a possibilidade de identificar a falha e quando
menor o intervalo, perderá recursos para identificação.
Esse diagrama é aplicado para cada modo de falha, onde avalia as consequências e
classificando-as de modo a tomar uma ação mais apropriada para uma manutenção
através de um fluxograma de perguntas. Deve-se identificar as funções e classifica-
las se são ou não significantes, de acordo com a figura 25 (sequência de priorização
81
Nota-se que somente para ESA não é necessário inspecionar, considerando que
para o operador essa falha é evidente, quando uma falha é considerada evidente
significa que não é necessário efetuar testes diferentes das utilizadas pelo operador
para identificar a mesma ( SIQUEIRA, 2012).
83
Com base nesses elementos pode-se iniciar o processo para implantação do RCM
obedecendo as cinco etapas que compõe o mesmo. Abaixo consta uma sequencia
de implementação integrado pelo RCM.
Implantação do RCM
Na primeira etapa realiza-se a seleção dos sistemas que envolve o item físico. Para
identificar tais sistemas mencionados e aplica-los na implementação do RCM, basta
que o sistema em análise apresente no mínimo um desses itens:
89
A quarta etapa envolve a seleção de tarefas mais eficaz que poderá atender a
manutenção do ativo físico visando a economia obtida com a operação do sistema.
Esta etapa é caracterizada pelo diagrama de decisão que analisa os modos de
falhas e após suas consequências.
Primeiramente é realizada uma análise do RCM que em seguida direciona uma ação
de manutenção a ser tomada de acordo com cada equipamento. É importante
salientar que grandes mudanças ocorreram em todo o escopo da organização,
desde a gestão até o produto final.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
5 REFERÊNCIAS
<http://brasilengenhariademanutencao.blogspot.com.br/2012/08/objetivos-e-
caracteristica-do-rcm-ou-mcc.html>. Acesso em: 3 out. 2013.
14. END Ensaios não Destrutivos. Ensaio por Ultrassom. Disponível em:
<http://endindustrial.com.br/plus/modulos/noticias/ler.php?cdnoticia=4>. Acesso em:
1 jun. 2013.
15. FACHIN, Odília. Fundamentos de Metodologia. 5. ed. [rev] São Paulo: Saraiva,
2006.
18. GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2010.
Resultados alcançados
Informações básicas após a ação corretiva
da FMEA Informações relativas às Ações que devem ser tomadas
falhas do produto ou para o bloqueio da causa da falha
processo ou diminuição da sua gravidade ou
Informações sobre a ocorrência
situação existente do
produto ou processo em
termos de ocorrência,
gravidade e detecção
ANEXO A – PLANILHA DE FMEA
97
Divisão
FMEA Tipo de FMEA
Processo Folha
Failure Modes and Effects Analysis
Cliente Aplicação Áreas envolvidas Data da elaboração
Desperdicio de
não havia ao funcionário 9 1 1 9 extração deve
tempo
geração de errado descartar o resíduo
resíduos em um lixo próximo
Espremedor não
possui Ociosidade do
Processo de
capacidade funcionário Adquirir espremedor
4 extração do suco 8 1 3 24
suficiente para responsável pelo industrial
Cortar a laranja em formou um gargalo
processar corte
duas metades
Corte das laranjas eficientemente
aproximadamente
iguais Falta de Adquirir
Local de corte Desperdício de recipiente para equipamento que
10 1 4 40
inadequado suco drenar líquido no evite o desperdício
momento do corte durante o corte
Espremedor não
Inspecionar e higienizar possui Ociosidade do
Inspeção e Processo de
laranjas e passá-las ao capacidade funcionário Adquirir espremedor
5 higienização das extração do suco 8 1 3 24
funcionário responsável suficiente para responsável pela industrial
laranjas formou um gargalo
pelo corte processar inspeção
eficientemente
98
99