O crescimento desordenado das cidades traz uma grave

consequência, principalmente para áreas mais afastadas como as

periferias. A carência de água potável e a falta de tratamento de
esgoto além de aumentarem consideravelmente as desigualdades
sociais são diretamente responsáveis pelo aumento de doenças
transmitidas pela falta de higiene e contato com água contaminada,
como a leptospirose por exemplo.
Embora seja um direito assegurado na constituição, a falta de
saneamento é um problema social que atinge quase metade da
população brasileira que não usufrui desse direito básico. A verdade
é que muitos políticos preferem não investir em obras de esgoto que
pelo fato de ser uma obra escondida não atrai votos. Essa cultura
negligente além de aumentar a segregação social é responsável
inclusive pela morte de várias pessoas.
Recentemente foi aprovado o marco legal do saneamento, que
estabelece um grande investimento no setor até 2033, visando
melhorar o acesso a água potável e o tratamento adequado de
dejetos. Essa medida além de trazer de volta a dignidade humana,
deverá evitar uma grande demanda nos postos de saúde, uma vez
que saneamento básico também é uma questão de saúde pública e,
é muito melhor e mais fácil investir na causa do que depois ter que
tratar as consequências.