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Saneamento Básico no Brasil

CAUSAS E AGRAVANTES

Edmilson Junior | Senador Canedo | 15/12/2022


Saneamento básico é um conjunto de serviços
fundamentais para o desenvolvimento
socioeconômicas de uma região tais como
abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza
urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos
e de águas pluviais. O saneamento básico é um direito
garantido pela Constituição Federal e instituído pela
Lei nº. 11.445/2007.
De forma simplificada, a cadeia do saneamento tem
início na captação em reservatórios de água, onde
acontece o tratamento e distribuição aos pontos de
consumo, sejam eles residenciais ou industriais. Em
seguida, é feito o descarte em uma rede de esgoto,
direcionando o resíduo para tratamento. O ciclo tem
conclusão quando a água tratada é devolvida ao ciclo
natural.
O saneamento básico contribui com a saúde, a
educação, o meio ambiente e a economia. A
modernização e ampliação do sistema de saneamento
básico beneficia, em qualquer lugar do mundo, a
sociedade como um todo: as empresas, o país, as
cidades e o desenvolvimento social e econômico.
De acordo com estimativas da Organização Mundial da
Saúde (OMS), em 2017, o Brasil ocupou o 117º lugar
quanto ao percentual da população com acesso a
saneamento básico.

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A posição mostra a dura realidade ambiental com mais
atraso no país, o que implica em temas sobre saúde das
famílias, educação das crianças, produtividade dos
trabalhadores e competitividade das empresas.
De acordo com pesquisa realizada pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI), e retratada na reportagem
especial que explora os problemas do sistema atual de
saneamento básico no Brasil, 1.519 cidades brasileiras –
o que representa 57% das 2.677 que têm delegações
para serviços de esgotamento sanitário – se encontram
em situação irregular, o que significa contrato
vencido/inexistente ou delegação em vigor sem a
prestação do serviço.
Com o ritmo atual de investimentos, o Brasil levará
mais quatro décadas para atingir a sua meta do Plano
Nacional de Saneamento Básico (Plansab) de
universalizar a coleta e tratamento de esgoto e
abastecimento de água.
A pesquisa da CNI, Burocracia e Entraves no Setor de
Saneamento Básico, aponta que toda a população do
país só será atendida com água encanada em 2043 e
com acesso à rede de esgoto somente em 2054.
Ampliar o atendimento dos serviços de água e
saneamento representa ganhos diretos em termos de
saúde, tais como: queda da mortalidade infantil,
redução da incidência de doenças de veiculação hídrica
(diarreia, vômitos) e, como consequência, diminuição

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dos custos com saúde (menor volume de gastos com
médicos, internações e medicamentos).
De acordo com estimativas feitas pelo Instituto Trata
Brasil (2018), o Brasil deixa de gerar benefícios de até
R$ 1,2 trilhão com ausência de saneamento básico.
Considerando o custo médio nacional para se levar
água e esgoto às moradias, o estudo estimou que serão
necessários R$ 443,5 bilhões em 20 anos para que todos
os brasileiros tenham este acesso.
Atualmente, mais de um bilhão de pessoas no mundo
não possuem acesso a banheiro. A consequência da
falta de saneamento acarreta cerca de um milhão de
mortes por ano em todo o mundo, vítimas de doenças
relacionadas com o contato direto a fezes humanas ou
esgoto a céu aberto.
A disponibilidade adequada de água e a coleta e
tratamento de esgoto também têm papel fundamental
na redução de diarreias, prematuridade e doenças
causadas pelo mosquito Aedes Aegypti.
Além dos benefícios para a saúde da população, a
disponibilidade de saneamento em uma rua ou região
agrega valor aos imóveis de até 20%, impulsionado pela
percepção de melhoria da qualidade de vida.
Portanto, é necessário que os órgãos federais se
mobilizem para melhorar a estrutura do saneamento
básico e ampliar o acesso a ele para 100% da população,

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por meio de projetos e liberação de verbas para a
construção de encanamento nas casas dos brasileiros.

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