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Roteiro

O roteiro serve como guia para um filme a ser feito. Um mapa narrativo para a equipe
técnica chegar a uma obra audiovisual. É a receita de um bolo que só vai ser feito uma vez.
Um roteiro clássico tem uma formatação própria e um número de páginas estimado, mas,
para cumprir seu papel, um roteiro pode romper as regras e estar condensado em poucas
linhas ou até mesmo só existir no mundo da imaginação. É importante perceber que o
“roteiro” não é só um amontoado de papéis, sua função é apontar uma direção artístico-
narrativa para a equipe seguir e colaborar na construção do filme.

Roteiro é o filme no papel. É a descrição das imagens, das ações e das falas dos
personagens em um texto. Uma espécie de ensaio do que vai ser o filme. O roteiro
cinematográfico não tem a mesma autonomia literária que, por exemplo, uma obra teatral.
Ele pode ir para o lixo quando acaba as filmagens; não serve para nada, a não ser para ser
estudado por pessoas que querem aprender a fazer roteiro […] Outro papel importante do
roteiro é seduzir potenciais financiadores. Cinema é uma coisa muito cara, então, se o filme
não estiver muito bem escrito, de maneira que seja gostoso de ler, prazeroso, e que envolva
o leitor tanto quanto um romance é capaz de envolver, será mais difícil realiza-lo. No Brasil,
hoje em dia, você só capta recursos para fazer um filme a partir de um roteiro. Isso está
cada vez mais evidente.”

Carta
Carta é um texto cuja finalidade é estabelecer um diálogo entre duas partes distintas,
podendo ser com um interlocutor próximo ou distante do convívio do autor.
A carta é um gênero textual dialógico, ou seja, ela tem como principal objetivo
estabelecer uma conversa entre dois interlocutores específicos. Assim, a carta pode ser
utilizada na comunicação entre amigos e familiares (carta pessoal), obtendo um caráter
mais subjetivo e informal.

Porém, ela também pode ser direcionada à determinada instituição, ter certo viés crítico
social e ser de domínio público (carta aberta), prevalecendo a argumentação e a
formalidade; ou, ainda, a carta pode promover uma discussão acerca de um tema
específico publicado na mídia (carta do leitor).

Resumo de cartas:
● A carta é um texto escrito em prosa, destinado a alguém (pessoa, instituição, grupo),
a fim de estabelecer-se um diálogo formal ou informal sobre determinado assunto de
relevância pessoal ou coletiva.

● Apresenta os seguintes elementos estruturais: data, vocativo, assunto e despedida.

● É comumente conhecida pelos seguintes tipos: carta pessoal, carta do leitor e carta
aberta, os quais se subdividem de acordo com o conteúdo e a função.

● Para escrevê-la, é importante definir seu tipo e o assunto a ser tratado. Assim, o
autor deve organizá-la de acordo com a estrutura padrão do gênero.
Estrutura de uma carta:

● Data: identificação do dia, mês e ano em que o documento foi enviado/publicado.



● Vocativo: trata-se do chamamento do destinatário; deve ser utilizado de acordo com
a posição social do seu interlocutor.

● Assunto: o que será abordado na carta? Em uma carta pessoal, pode constar uma
narração dos últimos acontecimentos da vida do locutor. Já em uma carta ao leitor,
pode-se discutir uma matéria lançada recentemente em um veículo de comunicação.
Ao escrever uma carta aberta, o remetente pode questionar algumas decisões
governamentais prejudiciais a determinado setor da sociedade.

● Despedida: é o fechamento da carta; geralmente vem com um “Atenciosamente”
seguido da assinatura do locutor.

Poema

O poema é um gênero textual que pode ser escrito conforme rígidas normas — os
poemas de forma fixa — ou em versos livres, nos quais mais valem as imagens do que a
métrica.
O poema é um gênero textual relacionado com os gêneros literários. É impossível
dissociar o poema da literatura, arte que tem a palavra como matéria-prima. Na literatura
não há compromisso com a objetividade, tampouco com a sintaxe ou com a semântica. A
palavra pode ser lapidada, dissecada, subvertida de acordo com as vontades de quem
escreve o poema para assim atingir seu principal fim: impressionar o leitor e nele despertar
diferentes sensações.

Mito

O que é mito?
A mitologia remete a um conjunto de mitos, ou seja, de histórias de uma determinada
cultura. Podemos falar de mitologia grega, romana, asteca, nórdica e até brasileira — as
lendas indígenas são uma espécie de mito.

O que é um mito na Filosofia?


No senso comum, mito pode significar “mentira”, “pegadinha”, “absurdo”. Por exemplo,
existem mitos sobre o vestibular, isto é, crenças populares que podem ou não ter um fundo
de verdade.
Porém, para a Filosofia, trata-se de um relato fantástico, geralmente protagonizados por
seres que encarnam forças da natureza e aspectos gerais da condição humana” (Dicionário
Houaiss). Pelo mito, as sociedades conseguiam explicar a origem das coisas e os conceitos
mais abstratos, como amor, coragem ou ganância.

Mito da Caverna
Uma das narrativas mais comuns da mitologia grega é a Alegoria ou o Mito da Caverna.
Platão explica a ignorância da humanidade por meio da seguinte história: dentro de uma
caverna, alguns seres humanos conseguiam ver apenas o que se projetava como sombras
do mundo exterior. Eles acreditavam que aquilo era a realidade e se recusaram a crer na
verdade.
O mito mostra como as pessoas são apegadas às suas crenças e vivem presas em seus
próprios mundos, julgando-os únicos.

Exemplo de poema

NEL MEZZO DEL CAMIN...

Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada


E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma de sonhos povoada eu tinha...

E paramos de súbito na estrada


Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.

Hoje, segues de novo... Na partida


Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.

E eu, solitário, volto a face, e tremo,


Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.

(Soneto de Olavo Bilac)

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