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RESPONDENDO PERGUNTAS 2
• Indicações de grandes críticos literários: (Não se submeter a um ponto de vista único!)
◦ Ler Álvaro Lins.
◦ Ler Wilson Martins.
◦ Ler Otto Maria Carpeaux.
◦ Ler Temístocles Linhares.
◦ Ler Lúcia Miguel Pereira.
◦ Ler Roberto Alvim Corrêa.
◦ Ler Erich Auerbach.
◦ Ler Northrop Frye.
• Como vencer a indisposição na hora de escrever:
◦ Entender a escrita como uma profissão, ter disciplina para vencer o desânimo e a apatia.
◦ A insegurança e o temor ao fracasso é comum a todos – aos grandes e aos pequenos.
◦ Concentre-se somente no processo da escrita, sem se preocupar com as consequências, sem
ficar se questionando se vão ou não gostar de seu trabalho. Concentre-se no que você quer
dizer.
▪ “Não aspirem ao sucesso – quanto mais a ele aspirarem e dele fizerem um alvo, mais
falharão. Porque o sucesso, como a felicidade, não pode ser perseguido; deve
acontecer… como se fosse o efeito secundário involuntário da dedicação pessoal a algo
cuja grandeza nos ultrapassa.” – Viktor Frankl.
• Sobre o efeito do “personagem ganhar vida própria”.
◦ Não podemos aceitar essa afirmação de maneira literal.
◦ “Criar um personagem é um pouco como cavalgar, estar em cima de um ser vivo, que tem
vontade própria. Ainda que tentemos dirigi-lo, não podemos fazer isso totalmente. No ato
de escrever temos de encontrar um equilíbrio entre dirigir e deixar-se levar por esse grande
animal que é o subconsciente.” – Peter Stamm.
▪ Mesmo que o escritor não tenha domínio completo sobre sua criação, ele também não
perde totalmente o domínio.
• Aos que pedem ao professor uma lista de leitura, ele aconselha que comprem o História da
Literatura Ocidental do Otto Maria Carpeaux [ler]. A melhor edição é a do Senado Federal.
◦ Ao ler o Carpeaux, compor sua própria lista sobre o que é essencial ler.
• Na hora da escrita, não se preocupar em classificar o gênero literário de sua obra – apenas
conte a história que você precisa contar.
◦ Dica de escritor brasileiro, contemporâneo, de ficção científica: Carlos Orsi Martinho [ler].
◦ Ler também Jorge Luís Borges e Murilo Rubião.
◦ Quando Gurgel diz que precisamos estar inseridos na realidade, ele não quer dizer que,
necessariamente, precisamos escrever literatura realista. O fato de estar conectado à
realidade nos tornará capazes de imaginar novas situações, conceber novos mundos,
incluindo as situações e os mundos fantásticos. O drama humano precisa estar presente,
seja em um humano em um mundo fantástico ou em uma criatura fantástica de uma
realidade onírica, ou em um androide em um futuro distante. É com o drama humano que
nos identificamos, é por causa dele que torcemos para a vitória ou a derrota deste ou
daquele personagem – é vendo-os de fora, como enfrentam seus medos, suas covardias, suas
paixões, que conseguimos, com mais clareza, voltar os olhos para o que está dentro de nós.
Para conseguir transformar esses dramas e lutas em palavras, primeiro precisamos capturá-
los em nosso contato infindável com a realidade; depois, em nossa introspecção, sobre eles
refletimos e, através da linguagem, concebemos histórias e personagens que estejam vivos,
realmente vivos – que consigam dialogar com os leitores, que os confronte, os ajudem a
refletir, os conforte.
▪ A Realidade sempre nos alimenta, é a base de tudo. Sem a observação da realidade não
é possível criar nada.
• Até mesmo a literatura ruim ou medíocre, nasce da observação da realidade; mas de
uma observação rasa, superficial, que não passa de impressões; ela impera nos
extremos, incapaz de captar as nuances intermediárias; e por isso mesmo é ruim e
medíocre.
• No caso de autopublicação, aumentam as responsabilidades do autor; ele terá de ser seu
próprio revisor, editor e crítico; a propaganda ficará por sua conta; e, claro, a venda dos livros.
• Sobre o niilismo na literatura.
◦ Entre seus autores, há os “inocentes”, infantis, simplesmente irresponsáveis, que não têm
noção do mal que fazem. Mas também existem aqueles que têm plena consciência de seus
atos e da consequência deles – são os ideólogos, aqueles que seguem religiosamente uma
cartilha e servem cegamente a determinado projeto político.
• O escritor não precisa ser um gramático. A gramática deve estar ao seu lado para a consulta no
caso de dúvidas pontuais. O único caminho para se aprender a escrever – bem e corretamente
– é lendo os bons escritores da nossa língua.
◦ Nesse caso, ler Machado de Assis, Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco, Padre Antônio
Vieira.
◦ Outra forma de aperfeiçoamento é o próprio ato da escrita, mas de uma escrita consciente
e disciplinada.
• Sobre escritores contemporâneos que têm os vícios citados durante o curso: ler o livro de
Gurgel Crítica, Literatura e Narratofobia (Parte V – Pouca Fortuna) . Ali estão suas críticas aos
escritores brasileiros contemporâneos.
• Ler José Luís Peixoto (Morreste-me).
• Dicas de escrita: ler o artigo do professor, em seu site, 12 Conselhos Para O Escritor
Principiante.
• Dicas de livros para escritores.
◦ A Arte de Escrever em 20 Lições, Antonie Albalat.
◦ Para Ler Como Um Escritor, Francine Prose.
▪ Obs.: tomar cuidado com suas listas de leitura, propostas pela autora e pelo editor da
obra no Brasil. Ali há lacunas e escritores que não deveriam ter sido nomeados. Mas as
ideias da autora sobre métodos de leitura são ótimas.