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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Santa Maria, RS
2022
Jéssica da Silva Vieira
Santa Maria, RS
2022
Jéssica da Silva Vieira
...............................................................................
Luciano Pivoto Specht, Prof. Dr. (UFSM)
(Orientador)
...............................................................................
Chaveli Brondani, Mestre (UFSM)
(Coorientadora)
...............................................................................
Lucas Dotto Bueno, Prof. Dr. (UFSM)
(Banca)
...............................................................................
Cléber Faccin, Mestre (UFSM)
(Banca)
Santa Maria, RS
2022
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço aos meus pais, Sergio e Nara, pelo apoio, suporte e
carinho, em todos esses anos de curso e principalmente ao longo das etapas desse
trabalho no qual estiveram presentes. Sempre me incentivaram desde o início na
minha jornada e foram meu porto seguro em todos os momentos mais difíceis. Sou
eternamente grata pelo amor e suporte que me deram e deixo registrado meu amor
incondicionalmente por vocês.
Agradeço ao meu orientador Luciano Pivoto Specht, pela compreensão do
início ao fim, onde aceitou me guiar nessa jornada pelo laboratório no qual não tinha
vivência prévia. Obrigada pelos ensinamentos ao longo desse trabalho, que
contribuindo para minha formação acadêmica despertando interesse na ciência e
assim ingressar na pesquisa.
A doutoranda Chaveli Brondani corientadora desse trabalho e a mestranda
Gabriela Fanck, pela paciência, ensinamentos, dedicação e palavras de incentivo.
Agradeço por tudo que me ensinaram, aos inúmeros auxílios sem medir esforços e os
momentos de descontração que passamos no laboratório. Me alegra ver que
construímos uma amizade nesse tempo que iniciamos esse trabalho e que ela
continue por muitos anos.
A todos os amigos que estiveram presentes ao longo do curso, sou grato pelas
palavras de incentivo, momentos vivenciados juntos ao longo desses anos, a
paciência e ensinamentos que puderam me proporcionar, sem vocês com certeza
essa jornada não teria sido fácil e memorável, ficou feliz em ter vocês como colegas
de profissão e amizades para a vida.
Agradeço a minha irmã Leticia e ao restante da família, pelo apoio e palavras
de confiança ao longo dos anos, feliz por concluir mais uma etapa, ser mais um
exemplo entre nós e celebrar essa conquista junto de todos.
Não poderia deixar de agradecer a Universidade Federal de Santa Maria e ao
GEPPASV, uma instituição pública de excelência e qualidade, onde tive o privilégio
de estudar e adquirir minha formação profissional.
A todos minha eterna gratidão!
RESUMO
The paving branch is constantly developing, seeking to update its techniques adjusted
to the preservation of the environment, thus improving the conditions of execution and
quality of the mixtures, becoming increasingly popular. Among these techniques, warm
mix asphalt (WMA) bring a positive impact and several benefits when compared to
conventional hot mix asphalt. The use of warm mix asphalt allows the reduction of
manufacturing and compaction temperatures usually used in hot mix asphalt. As the
objective of this research, the behavior of warm mix asphalt, using conventional binder
and surfactant additives, was analyzed from laboratory tests. Thus, the
characterization tests of the stone materials carried out approved the use of these
granular materials in the mixture and they are following (as DAER A range). Dosed by
the Marshall methodology, it was possible to determine the percentage of asphalt
binder used and after the molded specimens, stability/creep tests were performed.
Finally, still as a methodology in this research, were submitted to the following tests:
Diametral Tensile Strength (RT) and Resilience Module (MR). As a result, the
compaction temperature reduction of 15°C and 30°C of the reference mixture, in the
different compositions with the additives used, brought adequate results and values
very close to the conventional binder. The values found for RT and MR are in
accordance with the literature and the stone materials used have satisfactory
characteristics, and can be used in the mixture without the need for adjustment. In this
way, the benefits of warm mix are very advantageous and as proven in this study, the
surfactant additives evaluated are two options presents in the market.
Figura 1 - Classificação das misturas asfálticas em função de temperaturas típicas de usinagem. .... 18
Figura 2 - Tecnologia com aditivos orgânicos/ceras. ............................................................................ 21
Figura 3 - Sasobit em flocos e em pastilha, respectivamente. ............................................................. 22
Figura 4 - Aditivo surfactante agindo como melhorador de adesividade. ............................................. 23
Figura 5 - Aditivos citados quanto a seu estado físico. ......................................................................... 24
Figura 6 - Tecnologia com formação de espuma.................................................................................. 25
Figura 7 - Fumos asfálticos liberados pela mistura a quente (A) e pela mistura morna (B) quando da
aplicação do material em pista. ........................................................................................... 27
Figura 8 - Traçado da pesquisa. ........................................................................................................... 32
Figura 9 - Coletado agregado mineral. ................................................................................................. 34
Figura 10 - Aditivos Surfactantes utilizados. ......................................................................................... 35
Figura 11 - Série de peneiras e percentuais para granulometria. ......................................................... 37
Figura 12 - Granulometria por peneiramento. ....................................................................................... 37
Figura 13 - Ensaio densidade: Picnômetro na bomba de vácuo (A); picnômetro com amostra e água (B)
e amostra em banho-maria (C) ........................................................................................... 41
Figura 14 - Ensaio Abrasão: equipamento LMCC (A); bolas de aço (B); material ensaiado (C) e resultado
do ensaio (D). ...................................................................................................................... 42
Figura 15 - Ensaio Sanidade: Amostras separadas em frações (A); amostras submersas no sulfato (B)
e amostras após 16 horas (C). ............................................................................................ 43
Figura 16 - Ensaio equivalente de areia: Kit Solotest (A); preparação do ensaio (B) e período de
sedimentação(C). ................................................................................................................ 44
Figura 17 - Requisitos para Concreto Asfáltico segunda a norma. ...................................................... 47
Figura 18 - Valores limites dos vazios do agregado mineral da mistura com CAP para o método
Marshall. .............................................................................................................................. 47
Figura 19 - Material separado em frações (A); adição do ligante (B) e moldagem Marshall (C). ........ 49
Figura 20 - Misturas prontas (A); CPs com moldes (B) e CPs após 12 horas (C). .............................. 50
Figura 21 - Dispositivo centralizador para Resistência à tração. .......................................................... 51
Figura 22 - Estado de tensões gerado no ensaio de RT. ..................................................................... 52
Figura 23 - Ensaio de MR realizado no equipamento UTM-25............................................................. 53
Figura 24 - Curva granulométrica dos agregados................................................................................. 57
Figura 25 - Curva da composição granulométrica - Faixa A DAER-ES-P 016/91. .............................. 58
Figura 26 - Parâmetros de dosagem Marshall. ..................................................................................... 62
Figura 27 - Comparativo volume de vazios das composições. ............................................................ 63
Figura 28 - Resultados de Resistência a Tração. ................................................................................. 66
Figura 29 - Resultados de Módulo de Resiliência. ................................................................................ 69
Figura 30 - Resultados da razão MR/RT. ............................................................................................. 70
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Relação das quantidades de corpos de prova por ensaios e misturas. .............................. 32
Tabela 2 - Especificação do CAP 50/70. .............................................................................................. 33
Tabela 3 - Ensaios e normas utilizadas para caracterização dos agregados. ..................................... 35
Tabela 4 - Temperaturas dos agregados, mistura e compactação para moldagem. ........................... 48
Tabela 5 - Granulometria dos agregados. ............................................................................................ 56
Tabela 6 - Composição granulométrica da mistura asfáltica conforme limites da Faixa A do DAER-ES-
P 016/91. ............................................................................................................................. 57
Tabela 7 - Resultados de massa específica do material graúdo. ......................................................... 58
Tabela 8 - Massa específica do material miúdo (pó de pedra). ............................................................ 59
Tabela 9 - Propriedades do agregado em estudo................................................................................. 59
Tabela 10 - Características da mistura referência. ............................................................................... 60
Tabela 11 - Parâmetros Finais da Mistura ............................................................................................ 61
Tabela 12 - Volume de vazios médio das composições. ...................................................................... 63
Tabela 13 - Valores da Resistência a Tração. ...................................................................................... 65
Tabela 14 - Valores de média e desvio padrão para RT. ..................................................................... 66
Tabela 15 - Resultados de MR para cada amostra, média por posição de ensaio, desvio padrão,
coeficiente de variação e resultado de MR médio por composição. ................................ 68
Tabela 16 - Valores de média de Módulo de Resiliência. ..................................................................... 68
Tabela 17 - Resultados da relação MR/RT. .......................................................................................... 70
LISTA DE SIGLAS E SÍMBOLOS
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 13
3 METODOLOGIA ...................................................................................................................... 31
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 73
13
1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
1.2 OBJETIVO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Misturas asfálticas mornas ou Warm Mix Asphalt (WMA) são misturas asfálticas
produzidas em temperaturas mais baixas, que reduzem o gasto com combustível, as
emissões de gases poluentes e a exposição dos trabalhadores aos fumos durante a
usinagem ou aplicação da mistura (BOHN, 2017).
De acordo com a EAPA – European Asphalt Pavement Association (2014), as
misturas asfálticas mornas operam acima de 100oC e possuem diferentes técnica de
produção. Essas técnicas são usadas para reduzir a viscosidade efetiva do ligante,
permitindo revestimento completo dos grãos da mistura e compatibilidade a
temperaturas mais baixas.
A técnica de misturas mornas permite que o agregado seja completamente
revestido pelo ligante asfáltico, ajudando assim também, na compactação (DNIT
2018). Como especificado por DNIT (2018) a temperatura mínima a ser empregada
19
usina, o aditivo pode ser inserido diretamente no ligante ou na mistura (D’ ANGELO
et al., 2008). Este produto é comercializado em flocos ou em pastilhas, sendo que,
quando utilizado em flocos deve ser incorporado diretamente no ligante, e quando
utilizado sob a forma de pastilhas deve ser incorporado diretamente na massa
asfáltica, conforme ilustrado na Figura 3.
Figura 7 – Fumos asfálticos liberados pela mistura a quente (A) e pela mistura morna (B) quando da
aplicação do material em pista.
A B
3 METODOLOGIA
15 X X X X
Dosagem Marshall e
Estabilidade/Fluência
5 5 5 5 5
Resistência à Tração /
Módulo de Resiliência
Subtotal 20 5 5 5 5
TOTAL 40
Fonte: Autora (2022).
Laudo LMCC -
Propriedades Método Especificação
Petrobrás GEPPASV
Penetração (0,1mm) D5 50 a 70 57 55
Ponto de Amolecimento (°C) D 36 46 min 48,6 47
Viscosidade Brookfield a 135°C,
D 4402 274 min 300 307
SP 21, 20rpm (cP)
Viscosidade Brookfield a 150°C,
D 4402 112 min 156 162
SP 21 (cP)
Viscosidade Brookfield a 177°C,
D 4402 57 a 285 min 60 60
SP 21 (cP)
Fonte: Adaptado Possebon (2018).
Nesta seção, serão descritos os métodos que foram utilizados na pesquisa para
a caracterização dos materiais granulares das misturas asfálticas. Inicialmente a
caracterização deu-se pela análise granulométrica do material pétreo, posteriormente
descobriu-se as densidades e massas específicas da brita 3/8” e pó de pedra,
realizou-se ensaio de abrasão Los Angeles, sanidade, absorção e equivalente de
areia, utilizados para caracterização dos agregados (Tabela 3).
ENSAIOS METODOLOGIA
DAER- DNIT-
Análise granulométrica dos DAER/RS-
ES-P ME
agregados EL 102/01
16/91 083/98
Massa específica real dos
DAER/RS-EL 105/01
agregados graúdos
Massa específica real dos
DNIT - ME 084/95
agregados miúdos
Abrasão “Los Angeles” DAER/RS-EL 103/01
Absorção DAER/RS-EL 105/01
Sanidade DAER/RS-EL 104/01
Equivalente de areia DAER/RS-EL 006/01
𝑃𝑠
𝑀𝐸𝐴 = [1]
𝑃ℎ − 𝑃𝑖
𝑃𝑠
𝑀𝐸𝑅 = [2]
𝑃𝑠 − 𝑃𝑖
𝑃ℎ − 𝑃𝑠
𝐴= 𝑥100 [3]
𝑃𝑠
Onde:
MEA= massa específica aparente, em g/cm³;
MER= Massa específica real, em g/cm³;
A = Absorção do agregado, em porcentagem.
Ph = massa ao ar do agregado na condição saturada de superfície seca, em g;
Pi = massa do agregado imerso, em g;
Ps= massa do agregado seco, em g;
Pi = Peso imerso, em g.
𝐵−𝐴
𝐷𝑟(25) = (𝐷−𝐴)−(𝐶−𝐵)
[4]
40
Onde:
Dr = densidade real do agregado miúdo;
A = massa do picnômetro vazio e seco, em g;
B = massa do picnômetro mais amostra, em g;
C = massa do picnômetro, mais amostra, mais água, em g;
D = massa do picnômetro cheio d`água, em g
Figura 13 - Ensaio densidade: Picnômetro na bomba de vácuo (A); picnômetro com amostra e água
(B) e amostra em banho-maria (C)
A B
𝑀𝑥−𝑚𝑥
𝐴𝑥 = 𝑥100 [5]
𝑀𝑥
42
Onde:
𝐴𝑥 = abrasão “Los Angeles” das graduações, com aproximação de 1%;
𝑥 = graduação (A, B, C, D) escolhida para o ensaio;
𝑀𝑥 = peso total da amostra seca antes do ensaio;
𝑚𝑥 = peso da amostra lavada e seca após o ensaio.
Figura 14 - Ensaio Abrasão: equipamento LMCC (A); bolas de aço (B); material ensaiado (C) e
resultado do ensaio (D).
A C
B D
3.3.4 Sanidade
Figura 15 - Ensaio Sanidade: Amostras separadas em frações (A); amostras submersas no sulfato (B)
e amostras após 16 horas (C).
Figura 16 - Ensaio equivalente de areia: Kit Solotest (A); preparação do ensaio (B) e período de
sedimentação(C).
B C
Esse método foi desenvolvido pelo engenheiro Bruce Marshall, em 1939, nos
Estados Unidos, ao departamento de estradas do Mississippi, no decorrer da Segunda
Guerra Mundial como um procedimento para definir a proporção de agregado e ligante
capaz de resistir às cargas de roda e pressão de pneus das aeronaves militares
(ASPHALT INSTITUTE, 2007; BERNUCCI et al., 2010).
Para a utilização deste método de dosagem deve ser definido alguns
parâmetros básicos: o tipo e o destino da mistura; granulometria; massa específica
real e aparente dos agregados; escolha de uma faixa granulométrica de projeto e, em
função do tráfego previsto, escolher qual será a energia de compactação dos corpos
de prova (CERATTI E REIS, 2011).
Figura 18 - Valores limites dos vazios do agregado mineral da mistura com CAP para o método
Marshall.
Temperatura
Temperatura de Temperatura de
Mistura dos agregados
mistura (°C) compactação (°C)
(°C)
Figura 19 - Material separado em frações (A); adição do ligante (B) e moldagem Marshall (C).
A B C
Figura 20 - Misturas prontas (A); CPs com moldes (B) e CPs após 12 horas (C) .
Onde:
𝜎𝑅 = resistência à tração por compressão diametral (MPa);
𝐹 = carga de ruptura (N);
𝐷 = diâmetro do corpo-de-prova (cm);
𝐻 = altura do corpo-de-prova (cm).
𝑃
𝑀𝑅 = (0,9976𝜇 + 0,2692) [7]
∆ℎ
Onde:
𝑀𝑅 = módulo de resiliência (MPa);
𝑃 = carga vertical repetida aplicada diretamente no corpo-de-prova (N);
∆ = deformação elástica ou resiliente medida nos ciclos particulares de repetição de
carga (𝑃) (mm);
ℎ = altura do corpo-de-prova (mm);
𝜇 = o coeficiente de Poisson (0,30 para 25°C).
Porcentagem Retida
80 BRITA 3/8''
70
60
50 PÓ DE
PEDRA
40
30
20
10
0
0,01 0,1 1 10 100
Diâmetro dos Grãos (mm)
Massa
Massa SSS Massa Massa Massa Especifica Absorção
Amostra Especifica
(Ph) Imersa (Pi) Seca (Ps) Aparente (MEA) (A)
Real (MER)
Para encontrar o teor de projeto, moldaram-se três corpos de provas para cinco
teores diferentes de betume (4,5%; 5,0%; 5,5%, 6,0% e 6,5%), sob 75 golpes por face,
conforme o procedimento de moldagem Marshall. O projeto foi realizado para mistura
de referência, somente, e a partir daí definiu-se o teor, a Tabela 10 ilustra os
parâmetros de dosagem e características volumétricas. A partir dessas
características, foram elaborados os gráficos para obtenção final do teor de projeto, e
encontram-se representados na Figura 26.
VAM (%)
7,0
6,0 14,0
5,0
4,0
3,0 12,0
2,0
1,0
0,0 10,0
4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0
80,0
2,320
70,0
2,280
RBV (%)
60,0
2,240
50,0
2,200
40,0
2,160
30,0
2,120
20,0
2,080
10,0
2,040
0,0
4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 2,000
4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0
Ligante (%)
Ligante (%)
2000 18
17
1750
16
Fluência (0,01 in.)
Estabilidade (kgf)
1500
15
1250 14
1000 13
12
750
11
500
10
250 9
0 8
4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0
AD-
REF@136° AD-I@121° AD-II@121° AD-II@106°
I@106°
O resultado para este ensaio foi filtrado, buscando os dados de forma mais
objetiva e representativa, procurando uma análise de variabilidade estatística. Para
nota de esclarecimento o valor encontrado do CP19, na mistura de referência, foi
desprezado devido à grande variação, logo para completar os valores analisados foi
realizado uma média dos dois CPs na mistura.
Portanto, o desvio padrão é uma medida de dispersão, medida esta, que indica o
quanto o conjunto de dados é uniforme. Portanto, quando o desvio é mais baixo, quer
dizer que os dados do conjunto estão bem aproximados da média. Iniciou-se o
procedimento com as 15 amostras totais de cada mistura, realizou-se a Média (×) e
calculou-se o Desvio padrão (σ), os resultados finais obtidos encontram-se na Tabela
14 abaixo.
66
Com os resultados de RT, apresentados na Figura 28, foi possível afirmar que
as misturas mornas não diferem em comportamento das misturas convencionais,
provado pela pouca diferença nos valores de resistência médio. É importante destacar
que os corpos de prova utilizados para o ensaio de RT foram, anteriormente,
ensaiados para obtenção do seu módulo de resiliência.
Com a figura acima, nota-se que as misturas com incorporação de aditivos
surfactantes obtiveram resultados satisfatórios de resistência à tração e comparados
entre si apresentam resultados semelhantes. Ainda se percebe que as misturas que
67
Utilizou-se apenas três corpos de prova para cada mistura, que é o mínimo
exigido pela norma, que após ensaios de MR foram utilizados para realizar a
resistência a tração. Os resultados obtidos estão apresentados na Tabela 15.
68
Tabela 15 - Resultados de MR para cada amostra, média por posição de ensaio, desvio padrão,
coeficiente de variação e resultado de MR médio por composição.
0° 90°
MR Médio
Mistura Amostra CV CV média
MR SD MR SD (MPa)
% %
16 3327 101,61 3,05 4003 165,28 4,13 3665,00
REF@136° 18 4034 139,00 3,45 4065 137,60 3,39 4049,50 2992
19 1271 34,76 2,74 1253 14,95 1,23 1262,00
11 4247 132,58 3,12 4268 25,30 2,94 4257,50
AD-
12 3129 167,68 5,36 3202 118,28 3,69 3165,50 3649
I@121°
14 3487 160,48 4,60 3560 237,37 6,67 3523,50
1 5135 183,21 3,57 5506 100,23 1,82 5320,50
AD-
3 4089 144,71 3,54 4625 207,36 4,48 4357,00 4301
I@106°
4 3102 78,17 2,52 3347 74,11 2,21 3224,50
7 5049 142,61 2,13 5271 226,82 4,30 5160,00
AD-
8 4800 292,75 6,10 5025 136,84 2,72 4912,50 4652
II@121°
9 3691 142,66 3,86 4075 212,37 5,21 3883,00
20 3606 309,75 8,59 3598 114,04 3,36 3602,00
AD-
22 3276 288,17 8,80 3064 73,50 2,40 3170,00 3678
II@106°
24 4094 181,41 4,43 4431 131,31 2,96 4262,50
Fonte: Autora (2022).
Bernucci et al. (2010) descreve que a razão entre esses dois parâmetros é
utilizada como um fator na vida de fadiga das misturas, agregando informações de
rigidez e resistência. Para os autores, o mais desejável é um valor pequeno de razão,
dado que com frequência se procura baixa rigidez para evitar elevada absorção de
tensões que levem ao trincamento precoce do revestimento, além da alta resistência
à tração, que em geral, quanto maior resistência a ruptura há uma maior resistência à
fadiga. A Tabela 17 demonstra os resultados obtidos na relação MR/RT e a Figura 30
representa graficamente os resultados desta razão.
A análise desta relação foi avaliada por Granich (2010), e neste contexto os
resultados não significam perda ou ganho de desempenho das misturas, que segundo
o autor, uma relação de MR/RT alta ou baixa é designada de acordo com um caso
isolado de aplicação. Como exemplos, o tipo de tráfego, clima ou o tipo da estrutura.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.1 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ASPHALT INSTITUTE. The Asphalt Handbook. MS-4. 7th edit. Asphalt Institute,
2007.
CAVALLARI, J. M.; ZWACK, L. M.; LANGE, C. R.; KERRICK, R., F. MCCLEAN, M.,
D. Temperature-dependent emission concentrations of polycyclic aromatic
hydrocarbons in paving and built-up roofing asphalts. In: The Annals of
Occupational Hygiene Volume 56, Issue 2Pp. 148-160. Oxford University Press.
Oxford, 2012.
D’ANGELO, J.; HARM, E.; BARTOSZEK, J.; BAUMGARDNER, G.; CORRIGAN, M.;
COWSERT, J.; HARMAN, T.; JAMSHIDI, M.; JONES, W.; NEWCOMB, D.;
PROWELL, B.; SINES, R.; YEATON, B. Warm-Mix Asphalt: European practice.
International Technology Scanning Program. Virginia: Federal Highway
Administration, 2008.
RUBIO, M.C.; MARTÍNEZ, G.; BAENA, L.; MORENO, F. Warm mix asphalt: an
overview. Journal of Cleaner Production 24 76-84 (2012).
SABITA. Manual 32: Best practice guideline for warm mix asphalt. ISBN 978- 1-
8974968-55-1. South Africa, 2011.
SHELL. The Shell bitumen handbook. 5 ed. London: Shell Bitumen/Thomas Telford
Publishing, 2003.