INSTITUTO LATINO-AMERICANO DE

CIÊNCIAS DA VIDA E DA NATUREZA

(ILACVN)

Curso: Engenharia Física

Disciplina: MECÂNICA CLÁSSICA 2
Professor DANIEL LUIZ NEDEL

Prova III: Resolução das questões.

Estudante:
Fernando José Zardinello Batistti (2017101000017111)

Foz do Iguaçu, 10 de dezembro de 2022.

Questão 1
Pelo papel que desempenhou no avanço da mecânica quântica, o tratamento do movimento limitado de uma partícula carregada no potencial de Coulomb
por variáveis de ação é de considerável interesse histórico. O potencial
𝑘
𝑉(𝑟) = − , 𝑘>0
𝑟
Com
𝑘
𝑎(𝑟) = − e 𝑏(𝜃) = 0
𝑟
Portanto, o sistema é separável e multiplamente periódico, e as variáveis de ação são escritas
2𝜋
𝐽𝜙 = ∮ 𝑝𝜙 𝑑𝜙 = 𝛼𝜙 ∫ 𝑑𝜙 = 2𝜋𝛼𝜙
0

2
𝜕𝑊 𝛼𝜙
𝐽𝜃 = ∮ 𝑝𝜃 𝑑𝜃 = ∮ √ 2
𝑑𝜃 = ∮ 𝛼𝜃 − 2 𝑑𝜃
𝜕𝜃 sin (𝜃)

𝜕𝑊 2𝑚𝑘 𝛼𝜃2
𝐽𝑟 = ∮ 𝑝𝑟 𝑑𝑟 = ∮ 𝑑𝑟 = ∮ √2𝑚𝛼1 + + 2 𝑑𝜃
𝜕𝑟 𝑟 𝑟
Necessariamente
2
𝛼𝜙
𝛼𝜃2 − 2 ≥0
sin (𝜃)
Então
𝜃0 ≤ 𝜃 ≤ 𝜋 − 𝜃0
Onde
 𝛼𝜙
cos(𝛾) = sin(𝜃0 ) =
|𝛼𝜃 |
Para o cálculo da integral
2
𝜕𝑊 𝛼𝜙
𝐽𝜃 = ∮ 𝑝𝜃 𝑑𝜃 = ∮ 𝑑𝜃 = ± ∮ √𝛼𝜃2 − 2 𝑑𝜃
𝜕𝜃 sin (𝜃)

Devemos tomar a raiz quadrada positiva (𝑝𝜃 > 0) quando (𝜃) aumenta de (𝜃0 ) para (𝜋 − 𝜃0 ) e a raiz quadrada negativa (𝑝𝜃 < 0) quando (𝜃) diminui de
(𝜋 − 𝜃0 ) para (𝜃0 ). Desta forma,

𝜋−𝜃0 2 𝜋−𝜃0
𝛼𝜙 cos(𝛾)
𝐽𝜃 = 2 ∫ √𝛼𝜃2 − 𝑑𝜃 = 2|𝛼𝜃 | ∫ ±√1 − 𝑑𝜃
𝜃0 sin2 (𝜃) 𝜃0 sin2 (𝜃)

Para tornar o intervalo de integração simétrico, é conveniente introduzir a nova variável 𝜓 definida por
𝜋
𝜃 =𝜓+
2
E o ângulo
𝜋
𝜓0 = − 𝜃0
2
De modo que

𝜓0 𝜓0
cos2(𝜓0 ) cos2 (𝜓0 )
𝐽𝜃 = 2|𝛼𝜃 | ∫ √1 − 𝑑𝜓 = 4|𝛼𝜃 | ∫ √1 − 𝑑𝜓
−𝜓0 cos 2(𝜓) 0 cos2(𝜓)

Onde
𝛼𝜙
cos(𝜓0 ) = sin(𝜃0 ) =
|𝛼𝜃 |
A forma do integrando, sugere a mudança de variável
 cos(𝜃) = sin(𝜓) = sin(𝜓0 ) sin(𝑢)
O que nos leva
𝜋 𝜋
𝜓0 2 2
√sin2(𝜓0 ) − sin2(𝜓) 2 sin (𝜓0 ) cos (𝑢) 2 cos 2(𝜓0 )
𝐽𝜃 = 4|𝛼𝜃 | ∫ 𝑑𝜓 = 4|𝛼𝜃 | ∫ 2 2
𝑑𝑢 = 4|𝛼𝜃 | ∫ 1 − 𝑑𝑢
0 cos(𝜓) 0 1 − sin (𝜓0 ) sin (𝑢) 0 1 − sin2 (𝜓0 ) sin2 (𝑢)

Com o uso da fórmula (Gradshteyn e Ryzhik, 1980)

𝑑𝑥 1
∫ = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑎𝑛 (√1 − 𝑘 2 𝑡𝑎𝑛(𝑥)), |𝑘| < 1
1 − 𝑘 2 𝑠𝑖𝑛2(𝑥) √1 − 𝑘 2

Finalmente, temos
𝐽𝜃 = 2𝜋|𝛼𝜃 |(1 − sin(𝜓0 )) = 2𝜋[|𝛼𝜃 | − 𝛼𝜙 ]

Questão 2
Temos a Lagrangiana dissipativa
𝛾
𝐿 = 𝑚𝑥̇ 𝑦̇ + (𝑥𝑦̇ − 𝑥̇ 𝑦) − 𝑘𝑥𝑦
2
A transformação sugerida é
𝑢+𝑣 𝑢−𝑣
𝑥= e 𝑦=
√2 √2
Também, temos
 𝑑 𝑑 𝑢+𝑣 𝑢̇ + 𝑣̇ 𝑑 𝑑 𝑢−𝑣 𝑢̇ − 𝑣̇
𝑥̇ = 𝑥= ( )= e 𝑦̇ = 𝑦= ( )=
𝑑𝑡 𝑑𝑡 √2 √2 𝑑𝑡 𝑑𝑡 √2 √2
1
𝑥̇ 𝑦̇ = (𝑢̇ 2 + 𝑣̇ 2 )
2
𝑦𝑥̇ − 𝑦̇ 𝑥 = 𝑢𝑣̇ − 𝑣𝑢̇
1
𝑥𝑦 = (𝑢2 − 𝑣 2 )
2
Aplicando a transformação na Lagrangiana, temos
𝛾
𝐿 = 𝑚𝑥̇ 𝑦̇ + (𝑥𝑦̇ − 𝑥̇ 𝑦) − 𝑘𝑥𝑦
2
𝑢̇ + 𝑣̇ 𝑢̇ − 𝑣̇ 𝛾 𝑢 + 𝑣 𝑢̇ − 𝑣̇ 𝑢̇ + 𝑣̇ 𝑢 − 𝑣 𝑢+𝑣 𝑢−𝑣
𝐿 = 𝑚( )( ) + (( )( )−( )( )) − 𝑘 ( )( )
√2 √2 2 √2 √2 √2 √2 √2 √2
Simplificando
𝑚 𝛾 𝑘
𝐿= (𝑢̇ + 𝑣̇ )(𝑢̇ − 𝑣̇ ) + ((𝑢 + 𝑣)(𝑢̇ − 𝑣̇ ) − (𝑢̇ + 𝑣̇ )(𝑢 − 𝑣)) − (𝑢 + 𝑣)(𝑢 − 𝑣)
2 4 2

Pela igualdade

𝑎2 − 𝑏 2 = (𝑎 + 𝑏)(𝑎 − 𝑏)

𝑚 2 𝛾 𝑘
𝐿= (𝑢̇ − 𝑣̇ 2 ) + ((𝑢 + 𝑣)(𝑢̇ − 𝑣̇ ) − (𝑢̇ + 𝑣̇ )(𝑢 − 𝑣)) − (𝑢2 − 𝑣 2 )
2 4 2
Olhando para o termo
(𝑢 + 𝑣)(𝑢̇ − 𝑣̇ ) − (𝑢̇ + 𝑣̇ )(𝑢 − 𝑣) = 𝑢𝑢̇ − 𝑢𝑣̇ + 𝑣𝑢̇ − 𝑣𝑣̇ − [𝑢̇ 𝑢 − 𝑢̇ 𝑣 + 𝑣̇ 𝑢 − 𝑣̇ 𝑣 ] = 𝑢𝑢̇ − 𝑢𝑣̇ + 𝑣𝑢̇ − 𝑣𝑣̇ − 𝑢̇ 𝑢 + 𝑢̇ 𝑣 − 𝑣̇ 𝑢 + 𝑣̇ 𝑣
= −2𝑢𝑣̇ + 2𝑣𝑢̇ = 2(𝑣𝑢̇ − 𝑢𝑣̇ )
Temos
𝑚 2 𝛾 𝑘
𝐿= (𝑢̇ − 𝑣̇ 2 ) + ((𝑣𝑢̇ − 𝑢𝑣̇ )) − (𝑢2 − 𝑣 2 )
2 2 2
Simplificando
1
𝐿 = [𝑚(𝑢̇ 2 − 𝑣̇ 2 ) + 𝛾(𝑣𝑢̇ − 𝑢𝑣̇ ) − 𝑘(𝑢2 − 𝑣 2 )]
2
Primeiro temos que encontrar
𝜕𝐿 𝛾𝑣 𝟏 𝜸𝒗 𝒑𝒖 𝜸𝒗
𝑝𝑢 = = 𝑚𝑢̇ + ⇒ 𝒖̇ = (𝒑𝒖 − ) = ( − )
𝜕𝑢̇ 2 𝒎 𝟐 𝒎 𝟐𝒎
𝜕𝐿 𝛾𝑢 𝟏 𝜸𝒖 𝜸𝒖 𝒑𝒗
𝑝𝑣 = = −𝑚𝑣̇ − ⇒ 𝒗̇ = − (𝒑𝒗 + ) = (− − )
𝜕𝑣̇ 2 𝒎 𝟐 𝟐𝒎 𝒎
Perceba que
𝐻 = 𝑢̇ 𝑝𝑢 + 𝑣̇ 𝑝𝑣 − 𝐿
Aplicando agora os conhecidos 𝑢̇ e 𝑣̇ , temos
𝑝𝑢 𝛾𝑣 𝛾𝑢 𝑝𝑣 1
𝐻=( − ) 𝑝𝑢 + (− − ) 𝑝𝑣 − [𝑚(𝑢̇ 2 − 𝑣̇ 2 ) + 𝛾(𝑣𝑢̇ − 𝑢𝑣̇ ) − 𝑘(𝑢2 − 𝑣 2 )]
𝑚 2𝑚 2𝑚 𝑚 2
Agora aplicando os mesmos 𝑢̇ e 𝑣̇ na Lagrangiana, temos
𝑝𝑢 𝛾𝑣 𝛾𝑢 𝑝𝑣 1 𝑝𝑢 𝛾𝑣 2 𝛾𝑢 𝑝𝑣 2 𝑝𝑢 𝛾𝑣 𝛾𝑢 𝑝𝑣
𝐻=( − ) 𝑝𝑢 + (− − ) 𝑝𝑣 − [𝑚 (( − ) − (− − ) ) + 𝛾 (𝑣 ( − ) − 𝑢 (− − )) − 𝑘(𝑢2 − 𝑣 2 )]
𝑚 2𝑚 2𝑚 𝑚 2 𝑚 2𝑚 2𝑚 𝑚 𝑚 2𝑚 2𝑚 𝑚
Agora realizando manipulações algébricas,
𝑝𝑢2 𝛾𝑣𝑝𝑢 𝛾𝑢𝑝𝑣 𝑝𝑣2 1 𝑝𝑢 𝛾𝑣 2 𝛾𝑢 𝑝𝑣 2 𝛾𝑣𝑝𝑢 𝛾 2 𝑣 2 𝛾 2 𝑢2 𝛾𝑢𝑝𝑣
𝐻=( − ) + (− − ) − [𝑚 (( − ) − (− − ) )+( − + + ) − 𝑘(𝑢2 − 𝑣 2 )]
𝑚 2𝑚 2𝑚 𝑚 2 𝑚 2𝑚 2𝑚 𝑚 𝑚 2𝑚 2𝑚 𝑚
Vamos calcular o termo abaixo separadamente para que caiba em uma linha, então olhando para o termo
𝑝𝑢 𝛾𝑣 2 𝛾𝑢 𝑝𝑣 2
( − ) − (− − ) = (⋆)
𝑚 2𝑚 2𝑚 𝑚
Temos
𝑝𝑢 𝑝𝑢 𝑝𝑢 𝛾𝑣 𝛾𝑣 𝛾𝑣 𝛾𝑢 𝛾𝑢 𝛾𝑢 𝑝𝑣 𝑝𝑣 𝑝𝑣
(⋆) = − + − − −
𝑚 𝑚 𝑚 2𝑚 2𝑚 2𝑚 2𝑚 2𝑚 2𝑚 𝑚 𝑚 𝑚
Simplificando
𝑝2𝑢 𝛾𝑣𝑝𝑢 𝛾2 𝑣2 𝛾2 𝑢2 𝛾𝑢𝑝𝑣 𝑝2𝑣
(⋆) = − + − − −
𝑚2 2𝑚2 4𝑚2 4𝑚2 2𝑚2 𝑚2
Voltando na Hamiltoniana, temos
𝑝𝑢2 𝛾𝑣𝑝𝑢 𝛾𝑢𝑝𝑣 𝑝𝑣2 1 𝑝𝑢2 𝛾𝑣𝑝𝑢 𝛾 2 𝑣 2 𝛾 2 𝑢2 𝛾𝑢𝑝𝑣 𝑝𝑣2 𝑣𝛾𝑝𝑢 𝑣 2 𝛾 2 𝛾 2 𝑢2 𝛾𝑢𝑝𝑣
𝐻=( − )+( − ) − [𝑚 ( 2 − + − − − )+( − + + ) − 𝑘(𝑢2 − 𝑣 2 )]
𝑚 2𝑚 2𝑚 𝑚 2 𝑚 2𝑚2 4𝑚2 4𝑚2 2𝑚2 𝑚2 𝑚 2𝑚 2𝑚 𝑚
Simplificando
𝑝𝑢2 𝛾𝑣𝑝𝑢 𝛾𝑢𝑝𝑣 𝑝𝑣2 1 𝑝𝑢2 𝛾𝑣𝑝𝑢 𝛾 2 𝑣 2 𝛾 2 𝑢2 𝛾𝑢𝑝𝑣 𝑝𝑣2 𝑣𝛾𝑝𝑢 𝑣 2 𝛾 2 𝛾 2 𝑢2 𝛾𝑢𝑝𝑣
𝐻= − + − − [ − + − − − + − + + − 𝑘(𝑢2 − 𝑣 2 )]
𝑚 2𝑚 2𝑚 𝑚 2 𝑚 2𝑚 4𝑚 4𝑚 2𝑚 𝑚 𝑚 2𝑚 2𝑚 𝑚
𝑝𝑢2 𝛾𝑣𝑝𝑢 𝛾𝑢𝑝𝑣 𝑝𝑣2 𝑝𝑢2 𝛾𝑣𝑝𝑢 𝛾 2 𝑣 2 𝛾 2 𝑢2 𝛾𝑢𝑝𝑣 𝑝𝑣2 𝑣𝛾𝑝𝑢 𝑣 2 𝛾 2 𝛾 2 𝑢2 𝛾𝑢𝑝𝑣 𝑘 2
𝐻= − + − −[ − + − − − + − + + − (𝑢 − 𝑣 2 )]
𝑚 2𝑚 2𝑚 𝑚 2𝑚 4𝑚 8𝑚 8𝑚 4𝑚 2𝑚 2𝑚 4𝑚 4𝑚 2𝑚 2
𝑝𝑢2 𝛾𝑣𝑝𝑢 𝛾𝑢𝑝𝑣 𝑝𝑣2 𝑝𝑢2 𝛾𝑣𝑝𝑢 𝛾 2 𝑣 2 𝛾 2 𝑢2 𝛾𝑢𝑝𝑣 𝑝𝑣2 𝑣𝛾𝑝𝑢 𝑣 2 𝛾 2 𝛾 2 𝑢2 𝛾𝑢𝑝𝑣 𝑘 2
𝐻= − + − − + − + + + − + − − + (𝑢 − 𝑣 2 )
𝑚 2𝑚 2𝑚 𝑚 2𝑚 4𝑚 8𝑚 8𝑚 4𝑚 2𝑚 2𝑚 4𝑚 4𝑚 2𝑚 2
2𝑝𝑢2 2𝛾𝑣𝑝𝑢 2𝛾𝑢𝑝𝑣 2𝑝𝑣2 𝑝𝑢2 𝛾𝑣𝑝𝑢 𝛾 2 𝑣 2 𝛾 2 𝑢2 𝛾𝑢𝑝𝑣 𝑝𝑣2 2𝑣𝛾𝑝𝑢 2𝑣 2 𝛾 2 2𝛾 2 𝑢2 2𝛾𝑢𝑝𝑣 𝑘 2
𝐻= − + − − + − + + + − + − − + (𝑢 − 𝑣 2 )
2𝑚 4𝑚 4𝑚 2𝑚 2𝑚 4𝑚 8𝑚 8𝑚 4𝑚 2𝑚 4𝑚 8𝑚 8𝑚 4𝑚 2
 𝑝𝑢2 3𝛾𝑣𝑝𝑢 3𝛾𝑢𝑝𝑣 𝑝𝑣2 𝑣 2 𝛾 2 𝛾 2 𝑢2 𝑘 2
𝐻= − + − + − + (𝑢 − 𝑣 2 )
2𝑚 4𝑚 4𝑚 2𝑚 8𝑚 8𝑚 2
1 3𝛾 𝛾2 𝑘
𝐻= [ 𝑝𝑢2 − 𝑝𝑣2 ] − 2 [𝑣𝑝𝑢 + 𝑢𝑝𝑣 ] + 3 [𝑣 2 − 𝑢2 ] + (𝑢2 − 𝑣 2 )
2𝑚 2 𝑚 2 𝑚 2
Partindo deste Hamiltoniano, podemos encontrar a equação de Hamilton-Jacobi, então partindo de
𝜕𝑆
𝑝𝑖 =
𝜕𝑞𝑖

E sabendo que a equação de Hamilton-Jacobi é

𝜕𝑆 𝜕𝑆 𝜕𝑆
𝐻 (𝑞1 , … , 𝑞𝑛 , ,…, , 𝑡) + =0
𝜕𝑞1 𝜕𝑞𝑛 𝜕𝑡

Temos para nosso caso

𝜕𝑆 𝜕𝑆
𝑝𝑢 = e 𝑝𝑣 =
𝜕𝑢 𝜕𝑣
Aplicando no Hamiltoniano, temos
1 𝜕𝑆 2 𝜕𝑆 2 3𝛾 𝜕𝑆 𝜕𝑆 𝛾2 𝑘
𝐻= [ ( ) − ( ) ] − 2 [𝑣 + 𝑢 ] + 3 [𝑣 2 − 𝑢2 ] + (𝑢2 − 𝑣 2 )
2𝑚 𝜕𝑢 𝜕𝑣 2 𝑚 𝜕𝑢 𝜕𝑣 2 𝑚 2
E temos a equação de Hamilton-Jacobi, como sendo
𝜕𝑆 𝜕𝑆 𝜕𝑆
𝐻 (𝑞1 , … , 𝑞𝑛 , ,…, , 𝑡) + =0
𝜕𝑞1 𝜕𝑞𝑛 𝜕𝑡
Para nosso caso
𝜕𝑆 𝜕𝑆 𝜕𝑆
𝐻 (𝑢, 𝑣, , , 𝑡) + =0
𝜕𝑢 𝜕𝑣 𝜕𝑡
E por fim, a equação de Hamilton-Jacobi para nosso caso, é
1 𝜕𝑆 2 𝜕𝑆 2 3𝛾 𝜕𝑆 𝜕𝑆 𝛾2 𝑘 𝜕𝑆
[ ( ) − ( ) ] − 2 [𝑣 + 𝑢 ] + 3 [𝑣 2 − 𝑢2 ] + (𝑢2 − 𝑣 2 ) + =0
2𝑚 𝜕𝑢 𝜕𝑣 2 𝑚 𝜕𝑢 𝜕𝑣 2 𝑚 2 𝜕𝑡

Questão 3
A equação de Schrödinger é
𝜕Ψ
𝑖ℏ = 𝐻Ψ
𝜕𝑡
E se tivermos
𝑝2
𝐻= + 𝑉(𝑟)
2𝑚
Teremos então
𝜕Ψ ℏ2 𝜕 2 Ψ
𝑖ℏ = + 𝑉(𝑞)Ψ
𝜕𝑡 2𝑚 𝜕𝑞 2
Se considerarmos apenas uma dimensão, ficamos com a equação dada pelo problema, então
𝜕Ψ ℏ2 𝜕 2 Ψ
𝑖ℏ = + 𝑉(𝑥)Ψ
𝜕𝑡 2𝑚 𝜕𝑥 2
Quando escrevemos
𝑆
𝜓 = exp [𝑖 ]
ℏ
Onde
 𝑆 ≡ 𝑆(𝑥, 𝑡) ∈ ℂ
Realizando a troca de variáveis então temos
𝜕𝑆 𝑖ℏ 𝜕 2 𝑆 1 𝜕𝑆 2
− = + ( ) + 𝑉(𝑥)
𝜕𝑡 2𝑚 𝜕𝑥 2 2𝑚 𝜕𝑥
Tomando o limite semiclássico em ordem 0, temos
𝜕𝑆 1 𝜕𝑆 2 𝜕𝑆 𝜕𝑆
0= + ( ) + 𝑉(𝑥) = + 𝐻 ( , 𝑥)
𝜕𝑡 2𝑚 𝜕𝑥 𝜕𝑡 𝜕𝑥
De forma mais geral,
𝜕𝑆 𝜕𝑆
+ 𝐻 ( , 𝑥) = 0
𝜕𝑡 𝜕𝑥
Que é apenas a equação de Hamilton-Jacobi. Assim vemos que no limite clássico ℏ → 0 a equação de Schrodinger é apenas a equação de Hamilton-Jacobi. A
equação Hamilton-Jacobi era uma equação diferencial parcial que poderia ser resolvida com qualquer escolha de função em 𝑡 = 0. Essa função age como a
função de onda que encontramos na mecânica quântica. Para a equação Hamilton-Jacobi, tomaremos uma solução real 𝑆 e, portanto, estaremos de fato
descartando o termo de ordem ℏ da equação de Schrödinger.