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COMPONENTES DO JOGO
O jogo compõe-se de:
1 peça teórica: COVIVER;
A B C
(1-5) (1-5) (1-5)
objetivos
O objetivo do jogo é compreender como enfrentar o tema da habitação no presente
pensando no futuro a partir da leitura de um projeto que inclui a variável tempo em
sua concepção.
o jogo
Só deve ser iniciado após a leitura de todas as instruções. O jogador deve conferir
todas as peças antes de dar início ao jogo.
- 1ª etapa:
Pegue a peça teórica (COVIVER), faça a leitura completa para compreender os concei-
tos para jogar. Após essa leitura, abra o tabuleiro de localização na página 100.
- 2ª etapa:
A
(1-5)
B
(1-5)
C
(1-5)
- 4ª etapa:
Abra a peça de desenhos A (1-5), B (1-5) e C (1-5), e inicie a leitura. Todas páginas
devem ser viradas simultaneamente para entendimento prático projetual dos conceitos
apresentados na 1ª etapa.
FINAL DO JOGO
Quem vence? O jogador que compreender os objetivos e conceitos apresentados durante
o jogo e se der conta de que os verdadeiros jogadores não são os leitores, e, sim,
as pessoas que a todo instante lutam por seu espaço na sociedade, lutando por seu
direito à moradia e condições mínimas de habitabilidade.
Bom, agora você está pronto para jogar o jogo principal, a vida!
COVIVER
CO VIVER
Qualificação das Indústrias Matarazzo
DEDICO
Por fim, a todos que tornaram esse trabalho mais “nós” do “A arte de viver é simplesmente a arte
que “eu”, e assim, em sua essência, mais humano. de conviver... simplesmente, disse eu?
Mas como é difícil!”
Mário Quintana
HABITUAR
SUMÁRIO
1 HABITUAR
1.1. Problemática
1.2. Objetivo
14
14 2 AFEIÇOAR
1.3. Localização 15
PROJETAR
2.1. Cronologia 26
2.2. Fábricas Reunidas
Pamplona 32
2.3. Indústrias Reuni-
das Francisco Matarazzo 34
2.4. O processo de
abandono 37
2.5. O processo de de-
molição 40
3 VISITAR
AFEIÇOAR 4 RELACIONAR
5 PROJETAR
5.1. Conviver 60
5.2. Conscientizar 64
5.3. Viver 68
5.3.1. Estudo Cola-
VISITAR borativo
5.3.2. Habitar
5.3.2.a. Na favela
72
81
81
5.3.2.b. Em altas
densidades 85
5.3.3. Projeto 87
6 REFERENCIAR
RELACIONAR
Para criarmos um co viver precisamos nos
habituar ao lugar, nos afeiçoando ao território
que visitaremos, em seguida analisar existências HABITUAR
que nos ajudem a conectar relações para um
projeto
HABITUAR
14 Baseado no urbanismo rodoviarista de Prestes Maia¹, o Em um vale alagadiço no limite entre os municípios de São 15
desenvolvimento da metrópole negou seus rios e córregos, Caetano do Sul e a capital do Estado, São Paulo, encontra-
que atualmente são vistos como os maiores vilões nos dias -se o bairro da Fundação, cercado pelo Rio Tamanduateí e a
de chuva, gerando problemas sociais devido às enchentes. Estrada de Ferro São Paulo Railway Company (SPR). Faz jus
ao seu nome, sendo o bairro dos fundadores, onde diversas
Como requalificar e revitalizar uma área degradada pela indústrias se instalaram ao longo dos últimos 100 anos e
saída e demolição de um antigo espaço industrial, a par- construíram a força cultural e financeira que a região
tir de uma proposta de inserção de equipamentos públicos possui atualmente.
e habitações ligadas à malha urbana já existente para su-
prir a necessidade de um urbanismo sustentável que traga É, também, um dos bairros mais afetados pelas enchentes
melhoria na qualidade de vida da população? Pretende-se, recorrentes na Av. do Estado, que cerca o Rio Tamandua-
com este trabalho, demonstrar que a presença de um parque teí. Seus moradores sentem a necessidade de auxílio da
atrelado a diversos equipamentos podem, sim, responder à prefeitura para qualificar a vida no bairro, que atual-
essas problemáticas enfrentadas no dia a dia do paulista, mente passa pelo abandono de algumas indústrias, deixando
fazendo com que um bom planejamento traga uma melhora das vastos terrenos desocupados, e, em grande parte, com solo
relações humanas com a paisagem construída. contaminado. Nesse contexto, se insere o conjunto das
antigas Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, que foi
escolhido para implantação do projeto.
Será possível resgatar a
identidade dos nossos rios As enchentes causadas
e córregos? pela negação dos rios nos
permitirá criar um novo
OBJETIVO cenário para a cidade?
fig. 2 escalas
fonte: elaborado pelo autor
2. Criação de
um parque onde
1. Francisco localizava-se
Prestes Maia ESCALA DE MAPEAMENTO (MACRO) as Indústrias
foi prefei- Reunidas Fran-
to da cidade ESCALA DE DIRETRIZES (MESO) cico Matara-
de São Paulo zzo. Promessa
entre 1938 à feita pela
1945, depois ESCALA DE INTERVENÇÃO (MICRO) prefeito José
entre 1961 à Auricchio Jú-
1965. nior em 2010.
fig. 3 Com a linha férrea (Brás - Rio Grande da Serra) seguindo
região metropolitana de o Rio Tamanduateí, a industrialização da cidade de São
são paulo Paulo se expandiu até o ABC Paulista (fig. 4), no século
XX, onde se encontra a cidade de São Caetano do Sul (fig.
5). Consequentemente, a urbanização também se expandiu,
gerando uma intensa conurbação entre as cidades perten-
centes ao ABC e a capital, São Paulo.
17
fig. 4 são paulo + grande abc
fonte: elaborado pelo autor
São Paulo
Grande ABC
Santo Mauá
André
Diadema
legenda Ribeirão Pires
limites municipais
são caetano do sul Rio Grande
da Serra
São Bernardo
do Campo
N
fonte: elaborado pelo autor
com base do google earth
SÃO LUCAS
Atualmente, São Caetano do Sul possui 160.275 habi- fig. 9
tantes³ espalhados pelos seus poucos 15,3 quilômetros município de VILA PRUDENTE
quadrados, sendo o segundo menor município do Estado. são caetano do sul
GA
IPIRAN
CENTRO
SACOMÃ
fig. 6 espaço verde chico mendes
fonte: acervo da prefeitura de são caetano do sul
3. População estima-
da IBGE 2018;
4. Índice de Desen-
volvimento Huma-
no, uma medida im-
portante concebida
pela ONU (Organiza-
ção das Nações Uni-
das) para avaliar a
qualidade de vida
e o desenvolvimen-
to econômico de uma
população.
legenda
limites municipais
área de intervenção
áreas verdes
fig. 7 general motors brazil
fonte: acervo da chevrolet
N
fig. 8 park shopping são caetano do sul
fonte: acervo da multiplan fonte: elaborado pelo autor
com base do google earth
SANTO ANDRÉ
SÃO BERNARDO
DO CAMPO
fig. 10 O entorno imediato do terreno encontra-se em uma área de
mapa escala bairro fácil acesso a equipamentos culturais e de ensino, estan-
do a 10 minutos de caminhada da estação de São Caetano
da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e
onde acontece a tradicional festa italiana, organizada
pela histórica Igreja São Caetano, com seus mais de 130
anos. Mas também é carente de equipamentos públicos e área
verde, sendo bastante afetada pelos galpões industriais 21
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abandonados.
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nde limites municipais
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área de intervenção
linha cptm
ensino
marcos e cultura
hospitais
delegacias
encontro dos rios
Igreja Matriz
Sagrada Família detran
hipermercados
Prefeitura terminais de ônibus
Parque de Diversão Municipal
estação cptm
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ocupações
Fundação
Hospital Central Pró Memória
São Caetano do Sul
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fig. 12 fundação pró-memória
fonte: elaborado pelo autor fonte: acervo da fundação pró-memória de são caetano do sul
com base do google earth
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Fragmentado por elementos como a linha férrea, linhas de fig. 15 ado
s
alta tensão, a Avenida Guido Aliberti e o Ribeirão dos mapa área de intervenção
Meninos, o terreno traz algumas dificuldades projetuais.
Já o fato de fazer divisa com os distritos paulistanos da
Vila Prudente, Ipiranga e Sacomã, no município de São Pau-
lo, confere à área uma diversidade significativa de usos
e de público. Isto possibilita que a implantação de um
22 conjunto de atividades e equipamentos urbanos atrelados
ao tecido urbano existente se faça eficaz para a qualifi-
R.
cação de todo o conjunto e seu entorno.
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R. Maximiliano
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fig. 13 acumulo de lixo nas fachadas, 2019
fonte: foto do autor
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legenda
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limites municipais
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área de intervenção
linha cptm R. 28 de Julho
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ocupações
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rios e córregos
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fig. 14 vista interna do terreno, 2019 o
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fonte: foto do autor fonte: elaborado pelo autor an
com base do google earth de
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Prado
AFEIÇOAR
19
CRONOLOGIA
16 22
71 18 Início das operações da
Fábrica de Curtumes; 19 19
26
Fernão Dias Paes Leme
arremata território em
77 24 30
27
12
O município de São Ca-
Com o crescimento po-
lítico-administrativo,
O grupo Matarazzo arren-
19 etano do Sul foi homo-
logado em 24 de outubro
54
São Caetano é considera- de 1948, pelo governador
da as quatro fábricas da
do como Distrito Fiscal do Estado de São Paulo,
antiga Pamplona, de sa-
em 1901; Adhemar de Barros;
bões e óleos vegetais; Inaugurada a Fábrica de
A agricultura predomi-
Acetileno;
nava nesses primeiros
anos de fundação, e pos-
1955 - Inaugurada a Fá-
19
teriormente, demonstra
interesse na exploração
19 brica de Carbureto de
Cálcio;
61
de terras, quando se dá
o surgimento de diver- 13 Inaugurada a Fábrica de
Ácido Sulfúrico;
19
sas olarias e fábricas Início das atividades da
de cerâmica; fábrica de pregos;
Em pouco tempo São Ca-
etano se torna um im- 19 77
portante centro fabril,
principalmente pelo
15 Desativadas as Fábricas 19
surgimento das Fábricas
Reunidas Pamplona - Fá- Ermelino Matarazzo ini-
de Rayon e Sulfureto;
19 81
brica de Sabão e Velas
de Pamplona, Sobrinho e
cia a implantação em São
Caetano do primeiro nú- 95 Fechadas as Fábricas de
Cloro e B.H.C;
Cia; cleo fechado de fábricas Direção da Fábrica Cerâ- 1982 - Fechada a Fábrica
do grupo Matarazzo; mica assumida pelos ope- de Soda Cáustica;
Se torna Distrito de Paz rários;
em 1916, de São Bernardo 1997 - Festa Italiana de
do Campo, posteriormen- São Caetano utiliza par-
te, de Santo André; te do terreno;
28
O Ribeirão
dos Meninos
evidencia a
segregação entre
as cidades. De
um lado lotes
industriais
vazios, do
outro, ocupações
irregulares.
fig. 20 vista da fazenda tijucuçu com as chaminés da fábrica pamplona ao fundo, 1905
fonte: acervo da fundação pró-memória de são caetano do sul
INDÚSTRIAS REUNIDAS FRANCISCO MATARAZZO
7. Rayon é o
nome da seda
artificial,
fibrada de ce-
fig. 26 galpão abandonado, 2009 lulose regene-
fonte: são paulo antiga rada normal-
mente.
Somente dez anos depois, entre agosto de 1995 e março de
1997, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CE-
TESB) juntamente com a Agência Alemã de Cooperação In-
Ri ternacional (GIZ) investigaram o terreno. Foi constatada
o
Ta
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a presença de diversos contaminantes no solo, inclusive
ua
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os mais perigosos, como o Mercúrio e o Hexaclorociclohe-
xano (HCH).
38 39
Por esse motivo foi confirmado um plano de intervenção
1A da área para inviabilizar o acesso e aprofundar as in-
vestigações. Como mostra o trabalho de Gustavo Freitas
Av
.
(2012), para facilitar o entendimento da região, as áre-
do
s
Es
as foram divididas em três (fig. 27); Subáreas 1A e 1B;
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do
s
Subáreas 2A, 2B e 2C e Área da Prefeitura, ao sul.
1B
Após as investigações, declarou-se que todos os riscos
de contaminações nas subáreas 1A e 1B tinham sido exami-
nados. Nas amostras retiradas do solo e da água constam
a ausência de anomalias, portanto não acarreta em risco
direto à saúde humana.
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ÁREA DA PREFEITURA
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“A Matarazzo não se
especializou em nada e foi fig. 30 portão próximo a igreja, 2019
fonte: foto do autor
engolida pelas empresas
estrangeiras e a indústria
automobilística por volta da
década de 1980”. (CALÍCIO, 2010)
O prefeito José Auricchio Júnior garantiu, então, que
todo o processo fosse filmado e fotografado antes da de-
molição, para que futuramente, na implantação do “Parque
Fundação” atrelado à escola de educação ambiental, sejam
apresentados para que as crianças conheçam a história de
industrialização do município.
MORFOLOGIA URBANA
54 55
11
3
10
12
34
5
13
14
7
6 7
PROPOSTAS relembrar
cultura
marquise
MASSA pista de
caminhada
ARBÓREA
ciclovia
DECK
pista de skate
bosques
pomar
fig. 45 estudo de intervenção nas fachadas fig. 46 estudo de intervenção nas fachadas
fonte: croqui do autor fonte: croqui do autor MANTER
ABRIR “BURACOS“
COBERTURA
NA FACHADA
BANCO
BANCO PASSAGEM
fig. 47 estudo conviver
acessos bolhas coviver
deck rios e córregos
equipamentos linha férrea
cooper relacionar
fonte: elaborado pelo autor com base do google earth N
CONSCIENTIZAR
área a construir
5.300m²
ESCOLA
TECNOLÓGICA
AMBIENTAL
área do terreno
4.946,89m²
área a construir
3.125m²
MUSEU MUNICIPAL
ensinar
área do terreno
2.283m² relembrar
RAMPAS MIRANTE
aquietar
área a construir
1.430m²
BIBLIOTECA ponto de
MUNICIPAL interesse
área do terreno
1.575m²
área a construir
aprender
600m²
MIRANTE
ENSINAR - APRENDER
RELEMBRAR - AQUIETAR
universidade
CONECTAR
HORTA URBANA
fig. 51 estudo conscientizar ampliado
acessos novo acesso
área de interesse rios e córregos
relacionar linha férrea
horta urbana barreira
fonte: elaborado pelo autor com base do google earth N
VIVER
relacionar
relacionar
habitações
REINTEGRAÇÃO (futuro)
1ª DE
POSSE
IMPLANTAÇÃO
3ª HABITAÇÃO
EQUIPAMENTOS
IMPLANTAÇÃO
8. Archigram SISTEMA
foi um grupo
de arquitetos
2ª VIÁRIO
ingleses for- EDIFÍCIOS
mado em 1961; QUADRAS
9. Prêmio in-
ternacional,
conhecido como
“Nobel da Ar- fig. 52 diagrama processo de implantação
quitetura”. fonte: elaborado pelo autor
fig. 53 estudo viver
acessos bolhas coviver
futuro habitações rios e córregos
relacionar linha férrea
área de interesse
fonte: elaborado pelo autor com base do google earth N
viver
Entrelaçando as ideias de complemento e constante mo-
viver
vimento da cidade, a inclusão de uma Unidade Básica de
Saúde (UBS) e uma Creche, a proposta de inserção de no-
vos equipamentos urbanos busca responder às problemáticas
apresentadas anteriormente, que a própria gleba nos traz.
Assim, a vida em comunidade pode ser melhor aproveitada.
70 Já a proposta arquitetônica traz um gabarito baixo, per-
mitindo que as pessoas sejam mais importantes que o skyli- viver
ne, para isso, as habitações são pensadas para que sejam relacionar
modulares e que permitam a constante implementação de no-
vos módulos ao longo do tempo, gerando, assim, um projeto
atemporal, que não possui um “final” e que não pretende viver
estipular ou prever qual será o seu futuro.
viver
PROGRAMA
creche
viver
PLAYGROUND
PRAÇAS
QUADRAS ubs
ESTACIONAMENTO
CONVIVÊNCIA
FLEXIBILIDADE relacionar
expansão futura
COMÉRCIO das habitações
LAZER
UBS
HABITAÇÃO
AUTOCONSTRUÇÃO
SOCIABILIDADE
76 77
NA FAVELA
Av. Guido
como origem e modelo organizador, busca-se a desconstru-
ção desse pensamento para que assim a construção conforme
o tecido urbano, onde o lote é fruto da habitação, não
a habitação do lote. É necessário criar uma heterogenei-
dade, pois, segundo Valladares (2005), o espaço se dá “a
partir de sua diversidade, do que eles têm e do que são,
92 não daquilo que lhes falta”. Propõe-se a inclusão dessa 93
lógica organizacional das favelas, principalmente quanto
à funcionalidade da autogestão, mas pensando sempre na
qualidade de vida e satisfação urbanística, a partir de
estreitas relações com a natureza, cultura e memória do
território onde está inserido. A ideia é trazer a cidade
contemporânea vista nos ideais de Frans van der Werf, nos
anos 70, aperfeiçoados por arquitetos da atualidade, como
Alejandro Aravena, para a utopia de um projeto inspirado
nessas lógicas de diferentes experiências e perspectivas
ao redor do mundo.
R. Mariano Pamplona
Sendo assim, a conceituação do projeto se dá por meio de
diretrizes e construções iniciais - já pensadas em suas
possíveis flexibilizações -, da qual os moradores (atu-
ais e futuros) poderão dar continuidade a esse projeto
inicial, seja customizando ou até mesmo construindo. Tra-
zendo a ideia de espaços que possam atender diferentes
funções em diferentes tempos, sem uma previsão concreta de
como se dará essa transformação que deve seguir diretri-
zes programáticas da proposta inicial. O projeto pretende
demonstrar apenas algumas das infinitas possibilidades de
transformação dessa comunidade caminhante.
implantação das unidades habitacionais esc. 1/750
habitações
espaço de convivência
playground
fonte: elaborado pelo autor com base do google earth N
fig. 82 cubo expansivo
fonte: elaborado pelo autor
IMPLANTAÇÃO DAS HABITAÇÕES
IMPLANTAÇÃO FINAL
MALHA ESTRUTURAL
EQUIPAMENTOS
espaços de convivência
(raio de 15m)
espaços de playground
(raio de 30m)
quadra poliesportiva
De modo a minimizar a forma, o cubo foi escolhido tanto (raio de 100m)
para a pesquisa de necessidades quanto para o projeto: por
possuir diversas faces e diferentes maneiras de se apre-
sentar arquitetonicamente; por criar uma analogia com a
forma simples das construções nas favelas; e, também, por
permitir um padrão construtivo menos complexo e de fácil
HABITAÇÕES
adaptação e complementação.
habitações
Construindo uma malha estrutural invisível ao longo da 25m²
área escolhida, tornando a implantação das habitações 50m²
modular. Essa malha possui 5mx5m, onde as habitações são 75m²
implantadas com blocos estruturais, tornando muito mais
fácil as possíveis extensões e adaptações dos módulos ha-
bitacionais.
fig. 84 tipologias fig. 86 3D geral das unidades habitacionais
fonte: elaborado pelo autor fonte: elaborado pelo autor
96 97
Av. Guido Al
AS QUADRAS
5
6
98 Para realização deste trabalho, buscou-se detalhar uma 99
quadra que se constituirá como diretriz projetual para
toda área previamente definida como habitacional, sendo
assim, o estudo especifica todas as condicionantes para
implantação do projeto na Quadra 1, que, consequentemen-
te, deve ser seguida, em seus princípios reguladores, nas
outras 5 quadras.
- Quadra 1 - 2.659,89m²
- Quadra 2 - 3.320,81m²
- Quadra 3 - 3.076,65m²
- Quadra 4 - 1.243,28m²
- Quadra 5 - 3.243,82m² 4
- Quadra 6 - 1.592,72m²
R. Mariano Pamplona
QUADRA 1
3
Os espaços livres permitem a coexistência entre os diver-
sos usos, articulando o público e o privado, permitindo
que a comunidade se aproprie desses espaços, para, assim,
desenvolver atividades coletivas, com uma articulação en-
tre os equipamentos urbanos do parque.
2
espaço de convivência
playground
fonte: elaborado pelo autor com base do google earth N
Dentro das diversas possibilidades de expansões que o pro- DENSIDADES
jeto pode proporcionar, decidiu-se por abordar 3 diferen- uh = unidade habitacional; hab = habitantes; ha = hectare;
tes tempos do mesmo, chamados de: Início, Intermediário
e Final. Busca-se, assim, demonstrar na forma projetual Início: 28uh x 3,6hab = 100,8hab / 0,27ha = 378,97hab/ha
a implantação das ideias e diretrizes para fim de exem- Intermediário: 38uh x 3,6hab = 136,8hab / 0,27ha = 506,7hab/ha
plificar os conceitos apresentados durante este trabalho. Final: 47uh x 3,6hab = 169,2hab / 0,27ha = 626,67hab/ha
100 fig. 88 pavimento x tempo * 3,6hab é uma média para cálculo de densidade estimada pelo Instituto 101
fonte: elaborado pelo autor Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
TÉRREO
A1 A2 A3 A4 A5
A
1º PAV
B1 B2 B3 B4 B5
B
2º PAV
C1 C2 C3 C4 C5
C
N
O EFEITO TETRIS
INÍCIO
378,97hab/ha
INTERMEDIÁRIO
506,70hab/ha
FINAL
626,67hab/ha
* Essas são
apenas algumas
das possibili-
dades
- Usos comunitá-
CONDICIONANTES rios, não existe
- Origens e traça- lote
- Malha construtiva de 5x5m, dos para estacio-
usuais de 2,5 ou 5m namento pré deter-
RELAÇÃO DE VIZINHANÇA minados, podendo
- Consolidação construtiva: perder seu espaço
DISPONIBILIDADE DE TERRA distância entre habitações para uma futura
de 2,5 a 5m habitação
RECURSOS MATERIAIS
- Abertura de janelas devem - As vias poderão INSTRUMENTOS
ESTÁGIO DE CONSOLIDAÇÃO prever novas habitações servir como esta-
cionamento URBANÍSTICOS
FLEXIBILIDADE DAS HABITAÇÕES - Altura das construções não
devem ultrapassar 3 pavimen- - Automóvel tende
SOCIABILIDADE tos (9 metros) (Inicialmente a perder sua ne-
pensada para até 3 pavimen- cessidade ao pas-
tos, podendo chegar a uma hi- sar dos anos
perverticalização - que deve - Piso permeável
ser estudada e consentida por drenante em toda
toda comunidade - conforme o quadra, exceto em
passar dos anos.) áreas definidas
para vegetação
- Escadas externas devem se-
guir padrão predefinido - Utilização e ocu-
pação compulsória
- A fachada da R. Mariano
Pamplona será mantida, po- - Concessão de uso
dendo receber novas abertu- para a moradia
ras REGRAS DE OCUPAÇÃO
- As lajes devem ser acessí- DE TERRA
veis quando possível
[1] Escoramento da fachada com chaminé ao fundo, 2019. Fonte: foto do autor. 107
[2] Escalas. Fonte: elaborado pelo autor
[3] Região metropolitana de São Paulo. Fonte: elaborado pelo autor com base no Google Earth.
[4] São Paulo + Grande ABC. Fonte: elaborado pelo autor com base no QGIS.
[5] Grande ABC. Fonte: elaborado pelo autor com base no QGIS.
[6] Espaço Verde Chico Mendes. Fonte: Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul.
Disponível em: <http://www.saocaetanodosul.sp.gov.br>. Acesso em: 28 abr. 2019.
[7] General Motors Brasil. Fonte: Chevrolet Brasil.
Disponível em: <https://www.chevrolet.com.br/>. Acesso em: 28 abr. 2019.
[8] ParkShopping São Caetano, 2017. Fonte: Multiplan.
Disponível em: <http://multiplan.com.br/>. Acesso em: 28 abr. 2019.
[9] Município de São Caetano do Sul. Fonte: elaborado pelo autor com base no Google Earth.
[10] Mapa escala bairro. Fonte: elaborado pelo autor com base no Google Earth.
[11] Museu Histórico Municipal. Fonte: Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul.
Disponível em: <http://www.fpm.org.br/>. Acesso em: 16 abr. 2019.
[12] Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul. Fonte: Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul.
Disponível em: <http://www.fpm.org.br/>. Acesso em: 16 abr. 2019.
[13] Acumulo de lixo nas fachadas, 2019. Fonte: foto do autor.
[14] Vista interna do terreno, 2019. Fonte: foto do autor.
[15] Mapa da área de intervenção. Fonte: elaborado pelo autor com base no Google Earth.
[16] Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo - destaque dos remanescentes, 1912. Fonte: Fundação Pró-
-Memória de São Caetano do Sul.
Disponível em: <http://www.fpm.org.br/>. Acesso em: 16 abr. 2019.
[17] Azulejo com o brasão das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, 2012. Fonte: São Paulo Antiga -
fotografia por Douglas Nascimento.
Disponível em: <http://www.saopauloantiga.com.br/irfm-sao-caetano-do-sul/>. Acesso em: 02 mai. 2019.
[18] Urbanização de São Paulo, 1924. Fonte: Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento de São
Paulo.
Disponível em: <http://smul.prefeitura.sp.gov.br/>. Acesso em: 13 mar. 2019.
[19] Núcleo de São Caetano do Sul, 1924. Fonte: Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento de
São Paulo.
Disponível em: <http://smul.prefeitura.sp.gov.br/>. Acesso em: 13 mar. 2019.
[20] Vista da Fazenda Tijucuçu com as chaminés da Fábrica Pamplona ao fundo, 1905. Fonte: Fundação Pró-
-Memória de São Caetano do Sul.
Disponível em: <http://www.fpm.org.br/>. Acesso em: 16 abr. 2019.
[21], [22] Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, 1940. Fonte: Fundação Pró-Memória de São Caetano do
Sul. Disponível em: <http://www.fpm.org.br/>. Acesso em: 16 abr. 2019.
[23] Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, 1960. Fonte: Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul.
Acesso em: 16 abr. 2019.
[24] Agrupamento das unidades segundo processo produtivo, 2008. Fonte: Investigação Ambiental Comple-
mentar, 2008 - CONAM.
Disponível em: <https://www.seesp.org.br/site/images/ecosp2012/gustavo_freitas.pdf>. Acesso em: 12 mar.
2019.
[25], [26] Galpões abandonados voltados para linha férrea, 2009. Fonte: São Paulo Antiga.
Disponível em: <http://www.saopauloantiga.com.br/irfm-sao-caetano-do-sul/>. Acesso em: 19 mai. 2019.
[27] Subáreas, investigação da CETESB. Fonte: elaborado pelo autor com base no Google Earth e Investi-
gação da CETESB.
Disponível em: <https://www.seesp.org.br/site/images/ecosp2012/gustavo_freitas.pdf>. Acesso em: 12 mar.
2019.
[28] Galpão abandonado, 2009. Fonte: São Paulo Antiga. Disponível em <http://www.saopauloantiga.com.br/
irfm-sao-caetano-do-sul/>. Acesso em: 02 mai. 2019.
[29] Prefeito José Arucchio Junior na demolição das Indústrias Matarazzo, 2010. Fonte: Prefeitura Mu-
nicipal de São Caetano do Sul.
Disponível em: <http://www.saocaetanodosul.sp.gov.br>. Acesso em: 14 abr. 2019.
[30] Portão próximo a igreja, 2019. Fonte: foto do autor.
[31], [32] Fachada da Rua Mariano Pamplona, 2019. Fonte: foto do autor.
[33] Fachada escorada em estrutura metálica, 2019. Fonte: foto do autor.
[34] Vista interna do terreno, 2019. Fonte: foto do autor.
[35] Mapa cheios e vazios, 2019. Fonte: elaborado pelo autor com base em cartografias da Prefeitura de
São Caetano do Sul. [54] Diagrama programa. Fonte: elaborado pelo autor.
[36] Mapa de topografia, 2019. Fonte: elaborado pelo autor com base em cartografias da Prefeitura de [55] Estudo Viver ampliado. Fonte: elaborado pelo autor com base em cartografias da Prefeitura de São
São Caetano do Sul. Caetano do Sul.
[37] Mapa de fluxos, 2019. Fonte: elaborado pelo autor com base em cartografias da Prefeitura de São [56], [57], [58], [59], [60], [61], [62], [63], [64], [65], [66] Estudo colaborativo “casa ideal”. Fonte:
Caetano do Sul. acervo do autor.
[38] Mapa de uso e ocupação do solo, 2019. Fonte: elaborado pelo autor com base em cartografias da Pre- [67] Quadrinhos ácidos em: casas, 2014. Fonte: charge de Pedro Leite.
feitura de São Caetano do Sul. [68] Grotinho de Paraisópolis - construindo espaços de convívio, 2015. Fonte: Boldarini Arquitetos
[39] Divisões de macrozonas, 2010. Fonte: Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul. Associados. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/760744/grotinho-de-paraisopolis-construindo-
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108 109
[40] Divisões de macrozonas, 2016. Fonte: Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul. [69] Hiperverticalização, 2019. Fonte: Cotidiano, Folha de São Paulo.
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[51] Estudo Conscientizar ampliado. Fonte: elaborado pelo autor com base em cartografias da Prefeitura
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1994. 120p. (Publicação Pólis, 15)
ILUSTRAÇÕES
capa e verso [Felipe Menezes]
p. 8, 10-11, 24-25, 42-43, 52-53, 56-57, 106 [Felipe Menezes]
COVIVER
25m² - TÉRREO
1-2 pessoas
75m² - DUPLEX
1-5 pessoas
B
1-5
C
1-5
A
A1 TÉRREO - INÍCIO B
Esc. 1/200
10m 1m
N
5m
R. Mariano Pamplona
734
D D
C B A
B1 1º PAVIMENTO - INÍCIO B
Esc. 1/200
10m 1m
N
5m
C
R. Mariano Pamplona
736,9
D D
C B A
C1 2º PAVIMENTO - INÍCIO B
Esc. 1/200
10m 1m
N
5m
C
R. Mariano Pamplona
739,8
D D
C B A
A
A2 TÉRREO - POSSIBILIDADES B
Esc. 1/200
10m 1m
N
5m
Legenda
C
expansão horizontal
R. Mariano Pamplona
expansão vertical
nova construção
734
D D
C B A
B2 1º PAVIMENTO - POSSIBILIDADES B
Esc. 1/200
10m 1m
N
5m
Legenda
C
expansão horizontal
R. Mariano Pamplona
expansão vertical
nova construção
736,9
D D
C B A
C2 2º PAVIMENTO - POSSIBILIDADES B
Esc. 1/200
10m 1m
N
5m
Legenda
C
expansão horizontal
R. Mariano Pamplona
expansão vertical
739,8
nova construção
D D
C B A
A
A3 TÉRREO - INTERMEDIÁRIO B
38 unidades habitacionais
4 áreas comuns fixas
1 playground fixo
17 vagas
9 escadas externas
11 comércios
Esc. 1/200
10m 1m
N
5m
R. Mariano Pamplona
734
D D
C B A
B3 1º PAVIMENTO - INTERMEDIÁRIO B
38 unidades habitacionais
4 áreas comuns fixas
1 playground fixo
17 vagas
9 escadas externas
11 comércios
Esc. 1/200
10m 1m
N
5m
C
R. Mariano Pamplona
736,9
D D
C B A
C3 2º PAVIMENTO - INTERMEDIÁRIO B
38 unidades habitacionais
4 áreas comuns fixas
1 playground fixo
17 vagas
9 escadas externas
11 comércios
Esc. 1/200
10m 1m
N
5m
C
R. Mariano Pamplona
739,8
D D
C B A
A
A4 TÉRREO - POSSIBILIDADES B
Esc. 1/200
10m 1m
N
5m
Legenda
C
expansão horizontal
R. Mariano Pamplona
expansão vertical
nova construção
734
D D
C B A
B4 1º PAVIMENTO - POSSIBILIDADES B
Esc. 1/200
10m 1m
N
5m
Legenda
C
expansão horizontal
R. Mariano Pamplona
expansão vertical
nova construção
736,9
D D
C B A
C4 2º PAVIMENTO - POSSIBILIDADES B
Esc. 1/200
10m 1m
N
5m
Legenda
C
expansão horizontal
R. Mariano Pamplona
expansão vertical
739,8
nova construção
D D
C B A
A
A5 TÉRREO - FINAL B
47 unidades habitacionais
4 áreas comuns fixas
1 playground fixo
x vagas
8 escadas externas
x boxes de comércio
Esc. 1/200
10m 1m
N
5m
R. Mariano Pamplona
734
D D
C B A
B5 1º PAVIMENTO - FINAL B
47 unidades habitacionais
4 áreas comuns fixas
1 playground fixo
x vagas
8 escadas externas
x boxes de comércio
Esc. 1/200
10m 1m
N
5m
C
R. Mariano Pamplona
736,9
D D
C B A
C5 2º PAVIMENTO - FINAL B
47 unidades habitacionais
4 áreas comuns fixas
1 playground fixo
x vagas
8 escadas externas
x boxes de comércio
Esc. 1/200
10m 1m
N
5m
C
R. Mariano Pamplona
739,8
D D
C B A
COMPONENTES CONSTRUTIVOS
TELHADO VERDE
impermeabilização
vegetação
terra
PLACA DE MADEIRA
vedação para o vão da
laje
REVESTIMENTO
DRYWALL
argamassa
paredes internas
*possibilidade do mo- espessura 78mm
rador escolher a cor de
suas fachadas
BLOCO ESTRUTURAL
paredes externas
14x19x39cm
JANELA BASCULANTE
JANELA DE CORRER
*diversas possibilidades
e tamanhos
INÍCIO
AA Esc. 1/150 742,7
739,8
736,8
734
INTERMEDIÁRIO
AA Esc. 1/150 742,7
739,8
736,8
734
FINAL
AA Esc. 1/150 742,7
739,8
736,8
734
742,7
INÍCIO
BB Esc. 1/150
739,8
736,8
734
INTERMEDIÁRIO 742,7
BB Esc. 1/150
739,8
736,8
734
FINAL 742,7
BB Esc. 1/150
739,8
736,8
734
742,7
739,8
INÍCIO
CC Esc. 1/150
736,8
734
742,7
INTERMEDIÁRIO
CC Esc. 1/150
739,8
736,8
734
742,7
FINAL
CC Esc. 1/150
739,8
736,8
734
INÍCIO
742,7
DD Esc. 1/175
739,8
736,8
734
INTERMEDIÁRIO
DD Esc. 1/175 742,7
739,8
736,8
734
FINAL
DD Esc. 1/175 742,7
739,8
736,8
734
INTERMEDIÁRIO
Esc. 1/150
FINAL
Esc. 1/150
COVIVER
COVIVER
COVIVER
O PODER DAS PESSOAS