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Este livro não vai te ensinar a investir, nem vai passar

dicas financeiras para multiplicar seu dinheiro, sugerir novos
negócios ou detectar oportunidades futuras do mercado. Mas
vai tratar de algo muito mais profundo e decisivo para o seu
sucesso financeiro e a sua relação com o dinheiro, algo que não
depende da situação econômica do país, nem dos governantes
ou de qualquer outro fator externo.
Vamos falar sobre como desenvolver a SUA INTELIGÊNCIA

EMOCIONAL para lidar com o SEU DINHEIRO e colocar
na prática tudo aquilo que, muito provavelmente, você já
pesquisou no GOOGLE sobre o que fazer para mudar a sua
condição financeira!
Neste livro, vamos desbravar juntos – você e eu – cada passo

de um caminho que o conduzirá para um relacionamento sau-
dável e produtivo com o dinheiro. Uma jornada que o levará
a conquistar a liberdade financeira para você e os seus, sem
culpa, sem estresse e de maneira simples e rápida. Você ficará
surpreso ao descobrir que a sua vida financeira não tem nada
a ver com a matemática ou a economia, mas sim, com a sua
história de vida e emoções!

Dedicatória
Dedico este Livro à maior Riqueza

que pude construir na minha Vida:
minha Família, Amigos e Vidas que
eu pude tocar... e que ainda tocarei,
com a minha Missão e Legado! Pois
nenhuma riqueza material seria capaz
de me nutrir e me proporcionar tantas
experiências e emoções extraordinárias!

Agradecimento
Este Livro só foi possível ser escrito graças a experiência de vida de

milhares de Gerações, que viveram e superaram tantos desafios, para que
todos nós pudéssemos estar aqui hoje, com tantos recursos tecnológicos
e riquezas.
Gratidão a Deus, pela vida e saúde, e que me inspira a cada momento
para materializar o meu Legado de Amor!
Gratidão à todas as nossas Raízes Familiares que sustentaram o bastão
da vida e fez chegar a todos nós!
Gratidão aos meus Pais Carlos e Laice, que me trouxeram a este
mundo maravilhoso e com quem aprendi os primeiros e mais importantes
valores da minha vida!
Gratidão ao meu Irmão Alessandro, que abriu os caminhos das pri-
meiras experiências que tive no mundo externo, mas principalmente, que
me fez chegar até o início da minha Missão em 1997!
Gratidão à minha Esposa Silvia, um verdadeiro presente de Deus na
minha vida e que me fez sentir e conhecer o verdadeiro amor, construindo,
junto comigo, o nosso maior tesouro, nossa Família!
Gratidão aos meus Filhos Lohan, Maria Fernanda e Rafaella, que são
as maiores heranças que deixarei para o nosso mundo, e que me fazem

sentir o quanto é maravilhoso viver para ver o brilho nos olhos e o sorriso
em cada um deles!
Gratidão ao meu grande Mestre Yasushi Arita, que me ensinou através
do seu exemplo, tudo aquilo que eu precisaria para construir o meu Legado.
Que o nosso bastão do Amor seja passado por milhares de Gerações!
Gratidão à minha Equipe Extraordinária, desde os primeiros que
desbravaram esse mundo da Inteligência Emocional na prática, que ainda
era tão desconhecido por todos, até os atuais Seres Humanos incríveis
que dedicam seu amor e dedicação para juntos, construirmos este Legado
de Amor para a Humanidade!
Gratidão a cada Ser Humano que eu pude contribuir e ajudar de alguma
forma, através dos Treinamentos, Palestras, Livros, E-books, YouTube,
Áudios, Ligações, Mensagens, Redes Sociais... e todas as outras formas
que ainda surgirão para fazer chegar a maior mensagem que vim deixar
neste mundo: “O Poder do Amor para transformar e construir tudo em
nossas Vidas!”
Rodrigo Fonseca

Prefácio
Nosso mundo interno cria o mundo externo! Nosso mundo interno é o

mundo da energia emocional, o mundo das emoções. Sendo assim, nossas
emoções determinam a riqueza que vamos usufruir. A riqueza é um estado
de Ser. Ela está relacionada ao que vibra emocionalmente dentro de você.
A riqueza também é energia e como energia ela precisa estar em
movimento. Por isso, tem relação com um mundo invisível, que você
não percebe, muitas vezes, não consegue pegar, tocar, sequer ver, mas
consegue sentir em cada pedacinho do seu corpo. Assim também são
as nossas emoções. E o que você sente repercute no mundo exterior, na
sua vida, nas coisas que consegue materializar e projetar para o mundo.
Porque todas as coisas estão correlacionadas energeticamente, desde
o núcleo das suas células à vibração que transmite para as outras pes-
soas, para o universo e para a sua relação afetiva com o dinheiro. Tudo,
sem dúvida alguma, é transferido para o mundo através do seu campo
quântico, que consegue integrar todas as coisas. Isso a ciência e a física
quântica comprovam, área em que sou especialista e aplico, com muito
sucesso, diversos fundamentos no meu dia a dia.
Por isso, você é a representação do seu estado interno de ser e a sua
relação com o dinheiro, com a riqueza e com a prosperidade é nada mais,
nada menos, que o espelho disso, sem dúvida alguma.

No livro “RIQUEZA EMOCIONAL – Desvendando o mundo

invisível das pessoas prósperas e felizes”, o meu amigo Rodrigo Fonseca
traz, de maneira muito simples e objetiva, essa clareza de raciocínio ou
pensamento sobre as relações emocionais com o dinheiro e a matéria.
Que é uma verdadeira relação íntima, apoiada em crenças limitadoras ou
potencializadoras, percepções e interpretações da realidade sobre o ver-
dadeiro sentido da abundância no universo, tanto interior como exterior.
Porque as pessoas bem-sucedidas, ricas, prósperas e abundantes, em
todas as áreas da vida, souberam, e sabem, como harmonizar tudo isso
dentro do sistema emocional, físico e mental. Equilibrar as emoções,
entender o significado subjetivo e material do dinheiro, da energia da
prosperidade, o que fazer e como fazer para alcançar o sucesso financeiro
e a liberdade econômica, com exemplos específicos de personalidades ven-
cedoras, como o caso do incrível Bill Gates, criador da empresa Microsoft.
Então, o conteúdo apresentado por Rodrigo Fonseca é extremamente
valioso, didático e assertivo, porque vai ajudá-lo a desenvolver compe-
tências e habilidades potenciais para estabelecer um novo patamar na
escalada rumo ao sucesso e à prosperidade infinita.
Mas de que forma? Ao desenvolver e manter a sua Inteligência Emocional
focada, exclusivamente, na relação intrínseca que você mantém com o
dinheiro e com seus recursos financeiros, a partir daquilo que você acredita
ou precisa desconstruir, internamente, antes de fixar um novo mindset de
prosperidade e de riqueza, compatível com uma nova ideia e uma nova
percepção sobre dinheiro, a partir das emoções, da sua harmonia interna,
da sua vibração enviada ao mundo e do poder da sua mente, para você pre-
servar, finalmente, um relacionamento produtivo e saudável com o dinheiro.
Elainne Ourives
Ativista Quântica. Treinadora Mental e Reprogramadora Vibracional
Criadora da Técnica Hertz – Reprogramação da Frequência Vibracional®
Autora do livro best-seller DNA Milionário®

Sumário
1. O mundo invisível das emoções.......................................... 7

O que é Inteligência Emocional?...................................................7
Emoção e sentimento................................................................... 8
Qual é a sua personalidade financeira?...................................... 12
O mundo invisível das EMOÇÕES............................................... 13
A CRIANÇA dentro de nós........................................................... 14
PRÁTICA 1 – O CAVALO, O CONDUTOR E A CHARRETE

REPROGRAMAÇÃO EMOCIONAL SEU MUNDO INVISÍVEL
(vídeo)..........................................................................................18
2. Felicidade. Simples assim...................................................21

A felicidade está na SIMPLICIDADE.......................................... 22
SER, FAZER e TER........................................................................27
PRÁTICA 2 – A FELICIDADE ESTÁ NA SIMPLICIDADE............. 35

3. Como os nossos pais.........................................................39

O que aprendemos no ÚTERO da nossa MÃE........................... 39
Dinheiro é coisa de MÃE............................................................. 42
Pai-Herói ou Pai-Vilão?............................................................... 43
O que é sua RAIZ?...................................................................... 45
Pais e Filhos da classe ALTA, MÉDIA e BAIXA........................... 46
Famílias de Classe Alta................................................................47
Famílias de Classe Média............................................................ 51
Famílias da Classe Baixa............................................................ 53
PRÁTICA 3 – HERANÇAS DO PASSADO................................... 59
4. Temos o que merecemos?.................................................63

Culpa ou Merecimento?............................................................. 64
As CRIANÇAS PERDIDAS no mundo invisível........................... 66
Errou? Conserte!......................................................................... 69
PRÁTICA 4 – RESGATANDO AS CRIANÇAS PERDIDAS............74
PRÁTICA 5 – PERDOE-SE – REPROGRAMAÇÃO EMOCIONAL

SEU MUNDO INVISÍVEL (vídeo).................................................78
5. A palavra cria! AMOR......................................................... 81

MATRIZ DA VIDA......................................................................... 85
PRÁTICA 6 – MUDANDO A SUA MATRIZ................................... 88
6. Dinheiro é história..............................................................95
Cultura do Imediatismo.............................................................. 95

Cultura da Mãezona.................................................................... 98
Cultura da Obesidade............................................................... 100
DINHEIRO é sobrevivência........................................................103
PRÁTICA 7 – ENERGIZANDO O SEU DINHEIRO...................... 110
7. Missão e Legado................................................................. 115
A MISSÃO................................................................................... 115
Como saber qual é a minha MISSÃO?......................................120
Planeje e realize a transição para a MISSÃO............................126
Gratidão x Insatisfação..............................................................128
LEGADO. Ou o que vamos deixar para o futuro.......................132
PRÁTICA 8 – DESCOBRINDO A SUA MISSÃO.........................135
8. Questões práticas............................................................ 139
Ande com dinheiro vivo no seu bolso!......................................140
Dê uma direção para o seu dinheiro.........................................140
E se estiver com dívidas............................................................143
Valorize o seu dinheiro!.............................................................144
ALCANCE A SUA LIBERDADE FINANCEIRA!........................... 147
O que aprendi com Bill Gates....................................................150
Conclusão............................................................................. 153
Bibliografia............................................................................ 155

Introdução
Dinheiro... Quantas vezes você já ouviu essa palavra? E, em quantas

situações diferentes?
Grana, dindin, tutu, pila, cacau, prata, vintém, tostão. Estas e outras
expressões, algumas até engraçadas, de origens e épocas diferentes, são
utilizadas diariamente por você, por mim e mais milhões de brasileiros,
para falarmos de dinheiro.
Se pudéssemos ouvir cada voz que soa no mundo contando algo a
respeito de dinheiro, com certeza, o barulho seria ininterrupto, estrondoso.
Falamos o tempo todo que desejamos ganhar mais dinheiro, que isso é
caro, que aquilo é barato, que é difícil ganhar dinheiro, que estão nos
enganando por causa do dinheiro, que assim se ganha dinheiro, que assim
se perde, que o dinheiro não sobra, que o dinheiro não dá, que o fulano
ficou milionário, o sicrano roubou, matou, corrompeu ou foi corrompido
por dinheiro... Ufa! E, cada vez mais, referimo-nos ao dinheiro de forma
negativa, pesada e cheia de culpa, de recriminações, medo e até de raiva.
A maioria das pessoas vive uma relação de amor e ódio com o dinheiro.
E alguns até vivem uma relação abusiva. Outros, ainda, tentam ignorar
o dinheiro, procuram evitar o seu contato, chamam-no de sujo, de fonte
de desgraça, de “vil metal” e tantos outros adjetivos que nada tem a ver
com o dinheiro.
1
Riqueza Emocional – Desvendando o mundo invisível das pessoas prósperas e felizes
Mas, todos sabem também, que o dinheiro traz prazer, conforto, popu-
laridade, poder, influência e muitas coisas boas com ele. Com o dinheiro
na mão, você tem acesso a produtos, serviços – e até a pessoas – que outros
não têm. O dinheiro mexe com as emoções, atitudes e comportamentos
das pessoas, nações e do mundo todo.
A forma como encaramos o dinheiro é consequência das emoções
e significados que nós, seres humanos, atrelamos a ele. Essas emoções
podem nos impulsionar para ganharmos muito dinheiro, ou podem nos
impedir de alcançar a nossa prosperidade financeira... e principalmente,
pode definir totalmente a nossa relação com o dinheiro, independente do
valor que temos.
Então pergunte a si mesmo:
É normal eu chegar ao final do mês sem saber onde foi parar o dinheiro?
Meu dinheiro nunca é suficiente para pagar todas as minhas contas?
Eu nunca consigo investir no meu futuro ou no futuro da minha família?
Eu me sinto incomodado quando preciso falar sobre dinheiro?
Eu me saboto quando preciso me empenhar para aumentar meus ganhos?
Eu costumo adquirir coisas desnecessárias ou por impulso?
Eu tenho dívidas que não consigo pagar nunca?
Essas e outras situações que trazem angústia e tensão para o seu dia
a dia, por causa de problemas financeiros, são sinais urgentes de que é
preciso reprogramar emocionalmente a sua maneira de sentir, pensar e
lidar com o dinheiro.
Este livro não vai te ensinar a investir, nem vai passar dicas finan-
ceiras para multiplicar seu dinheiro, sugerir novos negócios ou detectar
oportunidades futuras do mercado. Mas vai tratar de algo muito mais
profundo e decisivo para o seu sucesso financeiro e a sua relação com o
dinheiro, algo que não depende da situação econômica do País, nem dos
governantes ou de qualquer outro fator externo:
2
Introdução
Vamos falar sobre como desenvolver a SUA INTELIGÊNCIA

EMOCIONAL para lidar com o SEU DINHEIRO e colocar na prática
tudo aquilo que, muito provavelmente, você já pesquisou no GOOGLE
sobre o que fazer para mudar a sua condição financeira!
Neste livro, vamos desbravar juntos – você e eu – cada passo de um
caminho que o conduzirá para um relacionamento saudável e produtivo
com o dinheiro. Uma jornada que o levará a conquistar a liberdade finan-
ceira para você e os seus, sem culpa, sem estresse e de maneira simples e
rápida. Você ficará surpreso ao descobrir que a sua vida financeira não
tem nada a ver com a matemática ou a economia, mas sim, com a sua
história de vida e emoções!
Faremos essa jornada passo a passo, com exercícios práticos em cada
capítulo, para que a sua evolução seja constante e progressiva. Por isso,
siga a ordem dos capítulos da maneira como está proposto no livro.
Principalmente, faça sempre a parte prática, e assim você notará a dife-
rença na sua vida financeira, muito mais rápido do que você imaginava.
Então chega de conversa, pois chegou a hora de AGIR. Respire
fundo e vire a página para iniciarmos, juntos, esta jornada para a sua
PROSPERIDADE!
Rodrigo Fonseca
3
Quem ganha dinheiro

é o seu ADULTO, mas
quem gasta é a sua
CRIANÇA que ainda
existe dentro de você!

1. O mundo invisível das emoções
Aqui começamos a nossa jornada “Se chorei ou se sorri

rumo à sua Prosperidade. E, como em O importante
todas as jornadas, é recomendável veri- É que emoções eu vivi”
ficar o que vamos levar na bagagem,
Roberto e Erasmo Carlos
para não esquecermos de algo impor- “Emoções”
tante, e, também, para não levarmos
coisas demais.
Para começar, vamos falar sobre uma habilidade que todos nós pode-
mos e devemos desenvolver, se quisermos ter sucesso em qualquer área,
e principalmente, sermos felizes: a INTELIGÊNCIA EMOCIONAL. É o
elemento fundamental na nossa bagagem, pois ele será o nosso guia e o
nosso intérprete para enxergarmos todo o caminho com um novo olhar.
Usaremos, daqui para frente, o ponto de vista da Inteligência Emocional
para falarmos sobre DINHEIRO, para mergulharmos na sua história de
vida e significados carregados de emoções, e para propor atitudes e ações
simples para alcançarmos a PROSPERIDADE e a FELICIDADE juntos!
O que é Inteligência Emocional?

É a capacidade de desenvolver, reconhecer e perceber as nossas
EMOÇÕES – e, consequentemente, as dos outros – e, assim, direcionar
melhor as próprias emoções, para beneficiar a si mesmo, e também, a
todos ao nosso redor.
7
Segundo Daniel Goleman, considerado o “papa” da Inteligência

Emocional, são cinco os pilares dessa disciplina: autoconhecimento
emocional, controle emocional, automotivação, empatia e habilidade no
desenvolvimento de relacionamentos interpessoais.
Com essas cinco habilidades da Inteligência Emocional, você pro-
vavelmente terá sucesso em qualquer atividade pessoal ou profissional
e será muito mais feliz do que já está sendo. Com o autoconhecimento
emocional, será capaz de diagnosticar com clareza as próprias emo-
ções, e as reações que produz nos outros; possuindo controle emo-
cional terá melhor poder de reação; com a automotivação vencerá as
barreiras do caminho, e se reerguerá após algum revés, persistindo
perante as dificuldades; com empatia, saberá se colocar no lugar do
outro e dialogar com todos, visando o ganha-ganha, isto é, a vanta-
gem mútua; e, por fim, com a sua habilidade de se relacionar com
qualquer pessoa, encontrará aliados, e construirá pontes de amizade
e amor onde quer que vá.
As EMOÇÕES movem o mundo. A maioria das decisões que toma-
mos é emocional, seja no âmbito profissional ou pessoal. Portanto,
quem desenvolve a Inteligência Emocional está mais preparado para
ser bem-sucedido e a encontrar a sua PROSPERIDADE FINANCEIRA
em mundo onde cada vez mais os robôs executarão atividades técnicas,
deixando tempo livre para o ser humano se relacionar com outros seres
humanos... leia-se: emoções!
Emoção e sentimento
A palavra EMOÇÃO deriva do latim emovere, onde o prefixo “e” vem
de EXTERNO e “movere” vem de MOVIMENTO. Então, toda EMOÇÃO
surge para gerar movimentos externos em nossas vidas. Ou seja, para
produzir AÇÃO. Portanto, a EMOÇÃO é o elemento fundamental para
entendermos o mundo e a nós mesmos e para nos conectarmos com
outras pessoas.
8
O ser humano age porque ele tem EMOÇÃO
Falar de EMOÇÃO parece desnecessário, pois todos a sentem e con-

vivem com ela o tempo todo. Mas, geralmente, estamos tão mergulhados
num turbilhão de sentimentos e temos dificuldade de perceber, na hora
H, qual é a emoção que está regendo o nosso comportamento.
Eu costumo dividir as emoções básicas em cinco: Medo, Raiva, Tristeza,
Alegria e por último, o AMOR, que une todos eles e é a origem de tudo.
A RAIVA e o MEDO têm uma correlação íntima. A RAIVA costuma

surgir somente depois do MEDO. Vamos explicar usando o exemplo
básico de um cachorro bravo (dependendo do caso, um chefe enraivecido
ou alguém tentando te prejudicar, podem ser usados também). Quando o
cachorro nos ameaça rosnando, babando e mostrando os dentes, primeiro
sentimos MEDO, ficamos paralisados. Quanto mais tempo dura a ameaça,
9
mais MEDO sentimos. Quando o animal passa da ameaça ao ataque, o

nosso cérebro emocional passa do MEDO à ação em milésimos de segundo.
Temos sempre duas alternativas frente ao perigo: fugir ou paralisar. Se a
fuga não for possível e formos atacados – ou se formos daquele tipo que
prefere sempre o enfrentamento – sentimos RAIVA. Deixamos a adrenalina
enrijecer os nossos músculos e partimos para o contra-ataque. Dependendo
do tamanho da sua RAIVA – ou do cachorro – poderemos afastar o perigo.
Esse encadeamento de fatos ocorre em maior ou menor grau, mais

rápido ou mais breve, em todos os tipos de ameaças, sejam explícitas e
violentas, ou disfarçadas e sutis no nosso dia a dia, e é importante termos
consciência das EMOÇÕES que estamos sentindo para assumirmos o
controle da situação e escolhermos a melhor forma de agir.
A ALEGRIA e a TRISTEZA são emoções opostas, e ambas estão

relacionadas diretamente ao AMOR: você sente ALEGRIA quando vive
ou conquista algo e se sente, de alguma forma, amado ou valorizado, e a
TRISTEZA surge quando o AMOR desaparece da sua vida, porque perdeu
algo ou alguém importante, dando lugar ao vazio, ao desinteresse, à apatia,
ou à autopiedade. Quanto maior a TRISTEZA, maior será a ALEGRIA,
quando ela for superada, pois somos seres que precisamos de referência
para definirmos se algo é “muito” ou “pouco”.
As emoções básicas, MEDO, RAIVA, ALEGRIA e TRISTEZA, estão

relacionadas à emoção que dá origem a tudo: o AMOR. Por AMOR,
entenda-se todo tipo de amor: o amor que temos pelas pessoas, por todas
as formas de vida, pelo nosso trabalho e por nós mesmos. Nós nascemos
de um ato de AMOR, e sempre buscaremos o AMOR.
Os graus de ALEGRIA e de TRISTEZA variam de acordo com o

AMOR que desfrutamos. E sentimos MEDO e RAIVA quando somos
ameaçados física ou emocionalmente, ou seja, quando corremos risco de
perder o AMOR em algum nível.
Tudo o que sentimos, pensamos e fazemos é em busca ao AMOR...

inclusive a nossa busca pelo dinheiro.
10
O que são SENTIMENTOS?
O SENTIMENTO é a tentativa de racionalização das EMOÇÕES. É

tudo o que sentimos, decorrente das EMOÇÕES básicas: insegurança,
angústia, ansiedade, mágoa, carinho, compaixão, pena, decepção, frus-
tração, solidão, derrota, fracasso, etc. São como galhos que saem do
tronco principal, que são as EMOÇÕES... MEDO, RAIVA, TRISTEZA,
ALEGRIA e AMOR.
Por que é importante distinguir os

SENTIMENTOS das EMOÇÕES?
Porque, muitas vezes, analisamos os nossos SENTIMENTOS,

sem chegar realmente à origem deles – as EMOÇÕES. Assim, não
chegamos realmente à ORIGEM do problema. Você está gastando
compulsivamente? Qual é a EMOÇÃO que está atrelada a essa ação?
É TRISTEZA? É RAIVA? É MEDO? De onde vem essa emoção?
Como lidar com isso? Não adianta se justificar dizendo que se sente
“frustrado”, ou “carente”, ou “ansioso” e encerrar o assunto, pois esses
são apenas SENTIMENTOS. É preciso ir mais fundo para descobrir
a EMOÇÃO atrelada ao problema, onde ela se encontra repetidas
vezes na sua história de vida, alterar o significado que um dia a sua
“criança” deu a ela, e aí sim, passar para a ação.
Você gasta porque está sentindo uma EMOÇÃO.
Você acumula dinheiro porque está sentindo uma EMOÇÃO.
Você deixa de ganhar dinheiro porque está sentindo uma EMOÇÃO.
Você não corre riscos porque está sentindo uma EMOÇÃO.
Portanto, conhecer as suas EMOÇÕES será crucial para a sua

PROSPERIDADE.
11
Qual é a sua personalidade financeira?

Existem uma maneira diferente de entender as pessoas, de acordo
com as “personalidades financeiras”, que nos ajudam a compreender
melhor as emoções vinculadas ao dinheiro. T. Harv Eker, autor do livro
Mentes Milionárias, divide as pessoas em Poupadores: “Dinheiro signi-
fica segurança” e poupam com regularidade, sentem grande resistência
em gastar e tem medo de perder o seu dinheiro. Gastadores: “Dinheiro
significa popularidade e projeção social” e gastam muito e sem pensar
nas consequências. Evitadores: “Dinheiro é algo que não lhes diz res-
peito” e mostram desinteresse pelo assunto e incapacidade de cuidar
das próprias finanças, deixando na mão de outros. E Monges: “Dinheiro
é o mal que corrompe o Universo” e são contra o lucro, não admitem
que o dinheiro seja necessário, sentem-se mal quando recebem qualquer
quantia e descartam a possibilidade de precisarem de dinheiro para
viverem no mundo material,
Todas essas atitudes e comportamentos que temos na área financeira

tem a ver com aquilo que o nosso cérebro emocional está entendendo
como “isso vai me ajudar a sobreviver melhor”. Toda decisão racional
(ou achamos que é racional), relacionada a dinheiro, na verdade são só
justificativas para decisões que foram tomadas EMOCIONALMENTE.
É preciso que, na hora de tratar das suas finanças, você use mais o seu
lado cognitivo, o seu cérebro racional, porque assim, vai tomar decisões
melhores do que deixando o cérebro emocional decidir por você. O cérebro
emocional vai procurar oportunidades e pessoas que vão lhe vender coisas
que prometem reconhecimento, aceitação, valor, mas, não necessariamente,
a melhor opção financeira. Então o grande segredo é desenvolver a sua
Inteligência Emocional, para deixar de fato, o seu cérebro cognitivo
decidir o que é melhor para você, ficando menos suscetível aos encantos
emocionais dos meios de comunicação e da influência de celebridades,
que propagam um consumismo como sendo a saída para encontrar a tão
sonhada felicidade e sucesso.
12
O mundo invisível das EMOÇÕES

Outra maneira de explicar Inteligência Emocional é: a habilidade
de tornar visível o jogo invisível que nós, os adultos, jogamos o tempo
todo e de maneira totalmente inconsciente. E é através da Inteligência
Emocional que conseguimos ver esse mundo invisível de EMOÇÕES, o
qual foi estabelecido e criado durante toda a nossa história de vida, nos
fazendo agir e repetir padrões de comportamento que não queremos mais
no nosso dia a dia, que já até descobrimos como mudar, na teoria ou no
Google, mas continuamos confinados em uma verdadeira prisão invisível.
E, quando finalmente conseguimos entender a importância desse lado
emocional em nossas vidas, é que conseguimos enxergar esse mundo
invisível... e descobrir uma grande liberdade de ação, descobrindo....
Surpresa!!! ... uma CRIANÇA bem ali, nesse mundo invisível.
Essa CRIANÇA é você, sou eu. Ela tem o seu rosto e o seu corpo
de quando era apenas um garotinho(a). Ela tem os seus medos, as suas
crenças e as suas barreiras – que herdou dos seus pais ou adquiriu na sua
primeira infância. Ela está induzindo você, até hoje, a ser um gastador, um
poupador, um evitador ou um monge. Todos nós jogamos esse jogo sem
nem mesmo saber, sem enxergar tantas CRIANÇAS perdidas em toda
a nossa história de vida. Achamos que somos adultos, independentes e
que temos o controle sobre a nossa vida. Mas hoje você já sabe que não
temos! Todas as vezes que você faz algo que não quer mais... e isso acontece
muitas vezes... quem está no comando é a sua CRIANÇA!
Então, quando você for às compras, por exemplo, lembre-se que a sua
CRIANÇA está aí bem ao seu lado, pronta para controlar as suas decisões.
Já ouviu alguém dizer para não ir ao supermercado com fome? Claro
que sim. Porque você vai, com certeza, comprar mais do que realmente
precisa. Mas quem compra a mais? Não é o adulto, é a sua CRIANÇA.
Ela diz: “Eu quero esse doce, eu quero iogurte ou esse chocolate”. E você
enche o seu carrinho de coisas que comia na infância ou coisas que você
não podia comer à vontade, e agora tem a possibilidade de comprar. Essa
13
CRIANÇA sempre está com fome, sempre está insatisfeita, e vai sempre
pedir mais doces e chocolates quando você for ao supermercado.
E isso vai acontecer não só com comida, mas com roupas, com equi-
pamentos eletrônicos, com tudo aquilo que um dia a sua criança quis
comprar. Enquanto você não aceitar e compreender essa CRIANÇA,
descobrindo do que ela realmente tem “fome”, ela vai continuar contro-
lando a forma como você lida com o dinheiro... e muito mais.
A CRIANÇA dentro de nós

O dinheiro está ligado diretamente à nossa sobrevivência. Sem dinheiro
você não come, não bebe, não tem lugar pra dormir. E quem assume o
comando das nossas decisões ligadas a sobrevivência é o cérebro límbico,
o CÉREBRO EMOCIONAL, onde prevalecem as EMOÇÕES BÁSICAS, o
instinto de sobrevivência e a memória remota, que acumula experiências
de muitas gerações para formar comportamentos que garantam a nossa
sobrevivência.
Como você viu, eu costumo vincular a imagem da EMOÇÃO a uma

CRIANÇA dentro de nós. Isso porque as emoções são simples, básicas,
viscerais, e as trilhas da sua programação emocional são formadas, na sua
maioria, na primeira infância. E o que é uma criança, senão EMOÇÃO em
estado puro? O adulto tenta explicar, racionalizar e faz rodeios, enquanto
a criança é direta, clara, objetiva, e algumas vezes, explosiva.
Quando o sistema límbico – ou o cérebro emocional – entra em ação,

a reação é imediata, instintiva – e muitas vezes equivocada. A CRIANÇA
dentro de nós grita, chora, faz birra ou manha para conseguir o que quer.
Quem vai ao mercado, quem vai às lojas, aos restaurantes, aos shoppings,
ou até mesmo ao trabalho, não são os adultos e, sim, as CRIANÇAS
dentro de nós. Observe as pessoas, como elas se comportam, o tom de
suas vozes, os olhares e os gestos quando estão comprando. São crian-
ças em corpos de adultos. Em qualquer shopping que você for a partir
14
de hoje, perceba a atitude infantil, algumas vezes o ar de encantamento

em homens, mulheres ou até mesmo idosos enquanto compram... são
crianças! Isso acontece porque a EMOÇÃO tomou conta delas. Querem
as roupas, os sapatos, ou os produtos com as imagens de personagens,
querem se apropriar de cada magia criada por profissionais especializados
em encantar. Estão gastando dinheiro, estão dominadas pela EMOÇÃO.
Quem GANHA dinheiro é o seu ADULTO,

mas quem GASTA é a sua CRIANÇA!
As decisões sobre dinheiro sempre estão vinculadas à ideia de sobre-

vivência, portanto, têm um FUNDO EMOCIONAL.
Claro que em algumas situações, é saudável que você deixe a sua
CRIANÇA assumir o comando, e vamos falar disso. Mas, no momento de
gastar seu dinheiro, é fundamental que o seu ADULTO fique encarregado
de analisar se a compra é necessária para você, ou não.
Você precisa “alimentar” a sua CRIANÇA
A sua CRIANÇA precisa ser alimentada emocionalmente antes

de chegar ao shopping ou ao supermercado, para parar de pedir bens
materiais. Ela é EMOÇÃO, não é razão. A matéria não a preenche, o seu
alimento pertence ao mundo invisível do AMOR e da ALEGRIA. Então
pare um pouco e pense. Do que você está sentindo falta? Do AMOR? Então
vá abraçar um amigo ou amiga, vá beijar quem você ama, faça alguma
coisa boa para alguém. Realize algo que preencha as suas necessidades
emocionais invisíveis e aí, sim, você estará em paz com a sua criança. É
isso que a Inteligência Emocional vai trazer a você.
Não adianta ser um especialista em finanças e ler todos os livros
sobre negócios, investimentos ou marketing, se a sua CRIANÇA está
15
desequilibrada ou faminta. Ela entra no Instagram, entra no Google,

compra pela Internet e faz a festa com o seu cartão de crédito. Aí o adulto
é quem vai arcar com as consequências de uma criança carente, mimada,
triste ou magoada.
Se, por outro lado, essa CRIANÇA tem MEDO de ser abandonada,
esquecida ou rejeitada, ela procurará pela segurança, pois não quer correr
riscos. Está o tempo todo falando ao seu ouvido para não gastar, acu-
mular o dinheiro, não dividir com ninguém. Faz você deixar de usufruir
das coisas boas que o dinheiro pode lhe trazer, tornando-o desconfiado,
egoísta e mesquinho.
Então, olhe aí no seu bolso agora... No

bolso de todo adulto tem uma CRIANÇA
Vamos ver que tipo de CRIANÇA é essa! Porque se você não entender
essa CRIANÇA que está mexendo no seu bolso dia após dia, mês após
mês, ano após ano, vai fechar o mês eternamente no vermelho. Ou vai
passar a vida sem aproveitar o que o seu dinheiro pode lhe proporcionar,
pensando apenas em acumular bens materiais, vítima de um medo sem
fim e sem saber de onde vem.
16
PRÁTICA 1
O CAVALO, O CONDUTOR E A CHARRETE
Para explicar a relação entre a RAZÃO e a EMOÇÃO, eu gosto de

contar a fábula do cavalo e da charrete. Vem contar comigo!
Preencha com o seu nome os espaços vazios e leia a fábula em voz

alta!
“E ra uma vez, uma longa estrada chamada VIDA. Nessa estrada,

vai uma charrete puxada por um forte cavalo. O nome desse
cavalo é EMOÇÃO.
EMOÇÃO tem muita força bruta, avança sempre para frente, sem se
importar com a direção. Por qualquer coisa, EMOÇÃO logo se agita e quer
correr. É difícil controlá-lo, é preciso ter muita habilidade.
A charrete também tem um nome. Ela se chama RAZÃO. A RAZÃO

é pesada, pois leva muita carga. E as pessoas costumam jogar mais carga
na RAZÃO todos os dias!
Há também um(a) condutor(a) na RAZÃO. Ele(a) tem muita habilidade.

Claro que tem um nome também. O nome dele(a) é __________________.
No entanto, a VIDA tem muitos buracos, subidas e descidas. É preciso

ter cuidado para frear a EMOÇÃO, ou a RAZÃO pode se quebrar. E a
viagem do(a) __________________ pela VIDA vai ter muitos problemas...
Mas, __________________ usa a RAZÃO para impedir que EMOÇÃO

saia correndo sem controle e sem direção. __________________ faz
EMOÇÃO acompanhar o curso da VIDA, fazendo curvas, descendo e
subindo, controlando EMOÇÃO para seguir sempre em frente. Quando a
VIDA se torna mais acidentada, __________________ segura EMOÇÃO
para ir mais devagar. Quando a VIDA lhe permite, __________________
solta EMOÇÃO e deixa que corra e vá mais longe...
17
Assim, EMOÇÃO e RAZÃO seguem a viagem pela VIDA de maneira

harmoniosa e equilibrada, conduzidos pelo(a) __________________.
Sabem que um não pode seguir sem o outro, pois, se não existisse RAZÃO,
EMOÇÃO correria desgovernado, não chegando a lugar nenhum. Sem
EMOÇÃO, nada aconteceria e RAZÃO não sairia do lugar.
E, o mais importante:
Sem a habilidade de __________________ para conduzir os dois, com
certeza esta história não teria um final feliz!”
REPROGRAMAÇÃO EMOCIONAL
SEU MUNDO INVISÍVEL (vídeo)
Coloque a câmera do seu celular aqui e veja o vídeo!
18
Formiga só anda
com formiga
(Frase do Vovô Alfredo)

2. Felicidade. Simples assim
Muito bem, agora que temos a “A semana inteira

companhia da Inteligência Emocional Fiquei esperando
conosco, podemos dar início à nossa Pra te ver sorrindo
jornada. Vamos dar os primeiros Pra te ver cantando
passos rumo à sua PROSPERIDADE
Quando a gente ama
EMOCIONAL. E a primeira pergunta
Não pensa em dinheiro
que você deve se fazer é:
Só se quer amar
Qual é a primeira coisa que vem Se quer amar
à sua cabeça, quando você pensa em Se quer amar”
“ter muito dinheiro”?
Tim Maia
Uma viagem ao redor do mundo, “Não quero dinheiro”
um supercarro importado, uma casa
maravilhosa na praia, uma joia assinada por um designer famoso, aquela
bolsa de grife que custa o seu salário de um ano, o celular de último
modelo, roupas, equipamentos... A maioria das pessoas responderia
dessa maneira. Afinal, se você tiver muito dinheiro, por que não dar
vazão às suas vontades e curtir a vida, ser feliz usufruindo de coisas que
o dinheiro pode comprar?
Muitas pessoas podem ter começado a ler este livro pensando: “Ah,
este livro é sobre prosperidade, sobre dinheiro, portanto, é sobre matéria,
coisas visíveis e palpáveis. Este livro vai me dizer como eu vou conseguir
essa casa na praia, esse carro novo, a bolsa de grife, a viagem, etc.”
Mais ou menos...

Neste livro, falaremos sobre coisas incríveis que o dinheiro vai lhe
trazer. Mas as coisas realmente importantes são INVISÍVEIS, que você
não vê, compra ou guarda num cofre. E, neste livro, você também vai
saber que, ao buscar essas coisas invisíveis, os bens materiais também
virão, na medida dos seus desejos e necessidades.
A felicidade está na SIMPLICIDADE

Eu venho de uma família de poucas posses, sem recursos para com-
prar brinquedos caros ou roupas de grife para os filhos. O dinheiro para
o mercado era sempre “contadinho” e quase nunca sobrava o suficiente
para minha mãe comprar um chocolate ou um doce mais especial. Mas eu
me lembro perfeitamente de inúmeros momentos de extrema felicidade
nos meus tempos de criança... Lembro-me, ainda hoje, da alegria e do
prazer intenso ao brincar com meu pai em cima da cama, de rolar com
a minha mãe no chão da nossa sala e da minha avó montando para mim
uma cabana com um lençol velho na árvore. São coisas muito simples,
que às vezes não custam um tostão, mas ficam para sempre na nossa
memória, assim como, um tesouro raro e valioso.
Eu trabalho com seres humanos, dando treinamentos de Inteligência
Emocional na prática, há mais de 21 anos. Durante todo esse tempo,
repeti, incontáveis vezes, uma pergunta-chave aos meus clientes, que é
mais ou menos assim:
“Qual foi o momento mais feliz da sua vida? Feche os olhos e relembre
da criança que você foi... Deixe as lembranças fluírem e volte ao momento
mais feliz da sua vida”.
As respostas sempre falam de momentos simples junto aos pais ou
irmãos. Ele estava na cama dos pais, rindo, enquanto o pai fazia cócegas
nos seus pés. Estava brincando de formiguinha, rolando na areia com a
mãe. Jogava futebol com o pai na rua. Ninguém jamais lembrou de uma
viagem na Disney, por exemplo, ou quando ganhou um brinquedo caro,
como a lembrança mais marcante de sua vida. Dessas pessoas, muitas
22
eram de famílias abastadas, que passaram a infância viajando, tendo tudo

do bom e do melhor. Outros pertenciam à classe média e alguns vinham
de famílias pobres. Todos se lembram, SEM EXCEÇÃO, de momentos
simples, e nunca, de conquistas de bens materiais ou coisas caras que o
dinheiro pode comprar.
São as experiências mais SIMPLES, que aparentemente não têm tanto
valor, que acabam deixando as lembranças mais profundas na nossa
memória emocional e criando os fundamentos de quem nos tornamos.
Então por que queremos tanto a casa luxuosa, o carro do

ano, o celular mais moderno ou as roupas mais caras?
Porque estamos falando como um ADULTO, que foi doutrinado desde

pequeno a considerar esses bens materiais como a suposta fonte de feli-
cidade e de AMOR. Mas estamos agindo como verdadeiras CRIANÇAS,
batendo o pé, procurando avidamente conquistar essa felicidade, a qualquer
custo, competindo e passando por cima de qualquer um que possa nos
impedir de consumir coisas caras e exclusivas.
E quem nos doutrinou assim?
O mundo inteiro. Desde muito pequenos somos bombardeados por

imagens bonitas de pessoas felizes nas novelas, nos filmes, nos programas
de TV, nos comerciais, e agora nos canais do YouTube ou Redes Sociais,
consumindo uma infinidade de produtos ou serviços. A margarina do comer-
cial é consumida por uma família que parece muito unida e extremamente
feliz, o celular de último tipo é exibido por jovens descolados e sorridentes,
a celebridade do cinema se deixa fotografar na sua ilha particular. Puxa,
como não se encantar e desejar o mesmo para nós também, não é mesmo?
Além disso, nossos pais, que também cresceram com o mundo lhes
ensinando sobre o valor dos bens materiais e do dinheiro, nos passaram
a mesma mensagem:
23
“Ganhe dinheiro, vença na vida para dar tudo do bom e do melhor

para a sua família.”
E quem somos nós para duvidar dos nossos pais? E assim crescemos,
nos tornamos adultos por fora, mas continuamos crianças imaturas e
carentes por dentro.
Então o ADULTO dentro de nós, que acha que já entendeu a fórmula
do sucesso, começa a colocar o preço em tudo:
“Se sou feliz com um carro que custa X, então, se comprar um carro
importado que custa cem vezes X, vou ser cem vezes mais feliz!”
Então esse mesmo ADULTO quer o carro plus, o celular max, a bolsa mega,
a grife blaster, tudo o que aparece nos meios de comunicação (que, não por
acaso, são patrocinados pelas grandes empresas que produzem esses mesmos
carros, celulares, bolsas, etc. e formam a base da sociedade consumista) como
produtos mais valorizados – e mais caros. Quer viver como o ator da novela,
a garota do comercial, sonha em postar no seu Instagram selfies em resorts
paradisíacos, ao lado de influencers do YouTube ou do cinema.
Acha que só vai ser feliz quando tiver um milhão na sua conta ban-
cária para comprar o que precisa. Quando isso acontecer, perceberá que
ainda não foi o suficiente, precisará de dois milhões. Depois constatará
que precisa de dez milhões, de vinte milhões, de cem...
A sua procura nunca terá fim, pois o que deseja – a felicidade e o
amor – não está nessa direção. Viverá insatisfeito, carente e amargu-
rado, sentindo falta de dinheiro em todos os momentos de sua vida...
e muitas vezes solitário.
O que nós mais desejamos não é o dinheiro, em si. Queremos

a FELICIDADE que achamos que o dinheiro compra.
Almejamos o bem-estar, o conforto, a alegria, a satisfação de nossas

carências e achamos que o dinheiro vai nos trazer tudo isso. Mas, os
24
verdadeiros momentos de felicidade estão bem aí, ao nosso lado, só que

não os enxergamos, porque estamos estressados, apressados, angustiados,
doentes, tomando um monte de remédios, acima do peso, solitários,
insatisfeitos e inseguros.... em busca de mais dinheiro.
Não nos lembramos dos momentos verdadeiramente felizes porque
estamos desgastados, acabando com a nossa saúde emocional e física,
empenhados na corrida diária pelo dinheiro.
Mas, ao resgatarmos as lembranças da nossa infância, despertamos
também a CRIANÇA que vive dentro de nós. Essa nossa criança, que viveu
momentos felizes no seu passado, vibrou e riu enquanto brincava com os
pais, começa a perceber que o que deseja realmente são esses momentos
de volta, não a selfie com celebridades que nem as conhece de verdade.
Quer simplesmente se EMOCIONAR e SER AMADA!
Então está na hora de ouvir a sua CRIANÇA...
Todos nós temos esse adulto (a RAZÃO), e essa criança (a

EMOÇÃO), dentro de nós, ditando o nosso comportamento,
avaliando e decidindo sobre tudo o que fazemos.
Enquanto o ADULTO raciocina, cria argumentos, coloca em números

(ou preços) o valor de todas as coisas e faz mil planos para conseguir mais
dinheiro, a CRIANÇA dentro de nós quer se divertir, tirar os sapatos,
rolar no chão e sorrir. E, afinal, o que nós, como seres humanos, mais
buscamos durante toda a nossa vida?
Buscamos SENTIR as alegrias, os amores e prazeres. Buscamos a maior
de todas emoções... o AMOR. É para isso que vivemos.
Se o adulto dentro de nós se aproximar dessa CRIANÇA, ouvir o que
ela tem a dizer e deixar que ela traga à tona os momentos de verdadeira
felicidade, esse ADULTO de cara amarrada, cheio de rugas de preocupação,
25
vai sorrir, tirar o seu sapato de couro alemão e a gravata de seda italiana,
para rolar no chão com o seu filho ou brincar descalço na areia, jogar bola
na chuva, pular corda, jogar bolinha de gude... e tantas outras coisas simples.
Porque não é o caviar, a champanhe importada ou os pratos de res-
taurantes caros, que vão satisfazer você. Mas sim, aquela rosquinha sim-
ples, doce e quentinha, acompanhada de um café fumegante da padaria
da esquina, servida pela atendente que sempre lhe dá bom dia com um
sorriso no rosto. É aquela corrida na chuva, descalço, com o seu cachorro
latindo alegremente ao seu redor.
Porque isso, sim, é FELICIDADE – e não tem preço!
A FELICIDADE está ao seu alcance – e ao alcance

de qualquer pessoa. Basta abrir os olhos para ela.
A ciência nos ensina que a felicidade é resultado dos hormônios que

circulam pelo nosso corpo, produzindo sensações boas como o prazer e
satisfação. Comprar bens materiais como um carro maravilhoso, ou uma
bolsa de grife, podem disparar essa carga de serotonina e dopamina, dei-
xando-o feliz por uma hora, um dia, uma semana. Mas é uma satisfação
superficial, com um prazo de validade brevíssimo. Logo o encanto se
desfaz, e você sentirá a necessidade de estimular, novamente, a produção
desses hormônios. Só que o seu cérebro emocional exigirá estímulos externos
cada vez mais fortes, e caros, para produzir a mesma carga hormonal, e você
precisará cada vez mais de somas maiores de dinheiro para se satisfazer.
Isso acontece porque esses estímulos vêm de fora, da mídia, de outras
pessoas, e oscila ao sabor da moda ou das tendências do mercado de bens
e serviços. O encanto do seu bem material arduamente conquistado logo
se acaba: o objeto é superado por outro modelo mais novo, a mídia passa
a valorizar outro produto, as empresas jogam no mercado objetos cada
vez mais atrativos.
26
Vítima do consumismo, você fica vazio, carente, solitário, e precisa

ganhar mais dinheiro para conquistar outro bem, ainda mais caro, para
preencher esse vazio ou para se sentir parte de algum “grupo”.
Você só conseguirá escapar desse círculo vicioso

quando se conscientizar que a verdadeira
FELICIDADE acontece DENTRO de você.
Dentro de cada um de nós que surgiu a alegria, a felicidade ou o amor,

quando brincávamos com nossos pais na areia. É de dentro de nós que
surge a satisfação de comer um pão quentinho com manteiga na padaria,
em vez de tomar café num local chique e caro, mas frio e sem graça.
Claro que você pode sentir um prazer genuíno tomando um café
maravilhoso num ótimo restaurante, mas não é disso que estamos falando.
Estamos falando em encontrar a felicidade no sabor, no aroma e na qua-
lidade desse café, não nos olhares “aprovadores” das outras pessoas bem
vestidas, maquiadas e bonitas que frequentam o local.
Cada pessoa tem todas as possibilidades do mundo para alcançar a
felicidade, tanto em coisas simples do dia a dia, como em coisas gran-
diosas. Depende de cada um, e do lugar que veio ocupar neste mundo.
Mas, de uma coisa você pode ter certeza: o DINHEIRO, como um meio
para o consumo desenfreado, NÃO vai conduzi-lo a essa realização.
Porque VOCÊ é a fonte da sua

felicidade. É simples assim.
SER, FAZER e TER

Agora que falamos um pouco sobre o consumismo, vamos falar sobre a
importância de três verbos que são decisivos para a sua PROSPERIDADE:
SER, FAZER e TER.
27
Se fôssemos simbolizar em uma imagem como seria essa tríade, seria

mais ou menos assim:
SER é a base de tudo, a semente de onde tudo germina. Ele é o nosso

mundo invisível: os nossos vínculos emocionais, os nossos talentos,
enfim, tudo o que está diretamente ligado às nossas emoções. É a nossa
raiz, quem SOMOS e o que nos sustenta pela vida afora.
FAZER é o tronco que se abre em galhos, é a ação, é o movimento em

direção aos frutos. Sem o FAZER, nada acontece. O FAZER decorre do SER.
Está ligado a emoções, porque é a emoção que gera todo e qualquer movimento.
TER é o fruto do SER e do FAZER. Sendo talentoso, com vínculos

fortes e firmes com a sua família, seus amigos, seus parceiros de negócios,
seus colegas de trabalho, você fará tudo melhor. E, como consequência,
28
terá mais dinheiro – e terá também o mais importante, que são os

bens invisíveis. Se o que você fez for benéfico para as pessoas, trará
alegrias, sentimento de realização pessoal, segurança, conhecimentos,
experiência, reconhecimento e admiração por parte das pessoas. Se
você fez algo negativo, poderá até ter dinheiro, mas os bens invisíveis
serão negativos também.
O TER – os frutos do que você é e faz hoje – produzirão as sementes
do futuro. Elas vão determinar o que você será amanhã. Se você produzir
frutos ruins hoje, produzirá sementes contaminadas, que irão minar o
que você será, fará e terá amanhã.
Geralmente, as pessoas acham que TER as coisas materiais fazem
você SER. Acham que, para ser um milionário, basta ter uma casa igual
a dele, ter o seu carro, ter o seu iate. Na verdade, os milionários compram
todas essas coisas graças ao que realizam usando os seus talentos, os seus
vínculos emocionais, as suas conexões e parcerias de negócios. Então
ter um iate não faz de você um milionário, faz de você um endividado!
Então cuide do seu SER, pois é a origem de tudo, inclusive da sua
PROSPERIDADE.
Você nunca TERÁ, sem primeiro SER
Os ditados populares são realmente extraordinários! Resumem o

pensamento popular de uma forma objetiva, clara e, às vezes, engraçada.
Meu avô Alfredo era o cara dos ditados, sempre dava um jeito de soltá-los
numa conversa. Por exemplo, ele sempre dizia:
“Formiga só anda com formiga.”
É uma frase curta, simples, mas muito profunda, e tem tudo a ver
com SER, FAZER e TER.
Imagine que, naquela velha história da cigarra e da formiga, existisse
uma cigarrinha que sonhava em ser uma formiga para ter segurança e
prosperidade na vida. Para isso, ela colocou roupa de formiga, comprou
29
as coisas que as formigas usam, começou a falar como uma formiga. Mas,
quando começou a viver entre as formigas, logo foi descoberta.
“Você não gosta do que faz”, disse uma formiga para ela. “Não faz seu
trabalho com capricho.”
“Nós, as formigas, trabalhamos em equipe”, disse outra. “Você só
pensa em si mesma.”
E uma terceira formiga completou:
“Você não tem a nossa energia, força de vontade e capacidade de trabalho.”
A cigarrinha foi embora muito triste para a sua casa. Lá, começou a
pensar sobre todas as coisas que as formigas falaram para ela, e achou que
elas tinham razão. Os valores das formigas eram as bases do seu trabalho.
Então resolveu aplicar esses valores no seu próprio trabalho. Começou a
caprichar no seu canto, formou uma banda com outras cigarras e passou a
trabalhar o triplo do que trabalhava antes. Logo virou uma artista famosa
e conquistou a segurança e a prosperidade que tanto queria.
As formigas se tornaram suas amigas e fãs. Sempre que a cigarrinha
precisava, as formigas vinham ajudá-la. Sempre que as formigas esta-
vam exauridas de tanto trabalhar, a cigarrinha vinha cantar para elas,
deixando-as felizes.
E a cigarrinha sempre cantarolava:
“Pra você andar com formiga, tem que SER formiga por dentro!”
Abundância chama abundância
A cigarrinha descobriu que, para você mudar algo na sua vida, tem que
mudar por dentro primeiro. E quando você muda por dentro, acontece
uma coisa incrível! Formiga só anda com formiga... por isso, quando você
se torna uma formiga, as outras formigas começam a chegar até você.
Eu costumo chamar de abundância, essa qualidade que as pessoas bem-
-sucedidas têm, de serem FONTES, não apenas DEPÓSITOS. Fontes de
30
oportunidades, inovações, ideias – e por consequência, fontes de dinheiro e

de PROSPERIDADE. São aquelas pessoas que estão sempre envolvidas, de
alguma maneira, em empreendimentos interessantes, tanto pessoais, quanto
profissionais. Elas criam parcerias, têm ideias que beneficiam a todos, são
generosas, sem serem ingênuas ou simplórias, pois se cercam de pessoas
que são FONTES como ela. Podem passar por altos e baixos na vida, pois
ninguém é infalível, mas, sempre se reerguem e conseguem retomar o seu
lugar de destaque e reconhecimento. Elas geram ABUNDÂNCIA!
Por outro lado, há outras pessoas que são apenas DEPÓSITOS. São
como um cofre-forte, acumulando riquezas conseguidas por uma única
tacada genial, um golpe de sorte, um único negócio bem-sucedido, uma
herança qualquer. Não abrem novas possibilidades, não criam parcerias
vantajosas para os dois lados, não direcionam o dinheiro para algum
objetivo maior, usam o que têm apenas para adquirir coisas materiais ou
conforto para si e para os seus. Esses, na maioria das vezes, são pessoas
que também nada produzem, vivem de sugar as energias e o dinheiro
de pessoas-fonte. Todas essas pessoas geram ESCASSEZ, por mais que
possuam bens ou dinheiro.
Se você se torna uma pessoa abundante, outras pessoas abundantes
chegarão até você. É assim, quando você vai com a cara de uma pessoa
que acabou de conhecer, mas não vai com a cara de outra. Às vezes, essa
outra pessoa é rica, vive cercada de gente, mas não nos atrai, pois ela tem
dinheiro e bens, mas não gera nada além disso. Quem só tem – mas não
gera – é uma fonte escassa. Quem se torna abundante, é uma fonte ilimitada.
Por isso, ABUNDÂNCIA chama ABUNDÂNCIA
Quem ganha muito dinheiro em loterias, jogadores de futebol que recebem

valores astronômicos ou atores e modelos que vivem de sua beleza, se não se
tornarem FONTES de abundância, verão o seu dinheiro acabar rapidamente,
porque são fontes escassas. Por isso, é muito importante cuidarmos do nosso
SER. Se somos FONTES, colheremos os frutos da ABUNDÂNCIA.
31
Mas, as pessoas querem fazer o contrário, querem ter primeiro, para

depois fazer algo melhor, e finalmente se tornarem. E só assim acham
que serão alguma coisa. Isso é impossível, é como se eu quisesse colher
o fruto sem plantar, pois SER é plantar a semente. Aí, o FAZER é regar,
cuidar, pra depois eu TER o fruto.
Então a ordem correta para você chegar à PROSPERIDADE é:
Como se tornar FONTE de abundância, dinheiro,

prosperidade?
Para se tornar FONTE, além de SER, é preciso aperfeiçoar duas
importantes habilidades:
1. CRIAR VÍNCULOS:
Crie bons vínculos, relacionamentos ou pontes entre as pessoas, se
perguntando:
O que posso oferecer a essa pessoa?
Como posso ser útil a ela?
Como posso ajudá-la?
Como contribuir com ela?
Porque as pessoas acham normal, quando conhecem alguém, pensar
ao contrário. Elas pensam em primeiro lugar:
O que eu posso tirar dessa pessoa?
Qual vantagem ela me traz?
O que ela tem que eu não tenho?
O que ela pode me oferecer?
32
As pessoas percebem, em um nível emocional, as intenções da outra.

Sentem de longe quando a outra está apenas querendo tirar algo de você.
E, claro, se afastam e querem distância. É um relacionamento que diminui
o seu potencial e que divide, de ganha-perde. É uma via de mão única, e
portanto, superficial.
Agora, se a outra pessoa quer oferecer coisas boas para você em primeiro
lugar, automaticamente você começará a pensar no que pode oferecer
a ela também. É a lei da reciprocidade. É uma relação de ganha-ganha,
uma ponte que permite mão dupla. Você está multiplicando os frutos.
Para você se tornar uma FONTE, em primeiro lugar, você deve se ver
como uma. E, como FONTE, se perguntar o que pode oferecer para essa
pessoa. Pois, se você se enxergar como DEPÓSITO, só pensará em o que
pode tirar do outro para tampar os “buracos” do seu depósito.
Então, para ser FONTE, é muito importante essa habilidade de gerar

o PRIMEIRO VÍNCULO, construir pontes e CRIAR o que posso passar
para o lado de lá e, como consequência, gerar essa reciprocidade, rece-
bendo o que nos é oferecido.
Saber ser fonte é como eu posso usar, explorar ao máximo os meus

talentos e contribuir com o outro. Isso é ser fonte. Como eu posso poten-
cializar, o que eu posso fazer mais para mais pessoas e mais rápido.
Mas lembre-se, sempre ofereça ao outro algo sem pensar em retri-

buições, senão você ainda será depósito. AMOR
2. VENDER E COMPRAR:
VENDER e COMPRAR, antes de tudo, é entender exatamente o que

você está vendendo ou comprando.
Até há pouco tempo, as pessoas guardavam suas economias no colchão.

Hoje compram propriedades, ouro, ações ou dólares, focados apenas em
juntar, juntar e juntar. De que adianta tudo isso? Se quando morremos,
33
não levamos nada! Não usufruímos daquilo que o dinheiro podia nos
proporcionar de melhor: EXPERIÊNCIAS!
Dinheiro = Experiências
Mas o que significa “EXPERIÊNCIA”?

Quando você compra um biscoito com o seu dinheiro, você não está
comprando um doce feito de farinha, leite, ovos e açúcar. Na verdade,
você está comprando a EXPERIÊNCIA que vem junto com o biscoito: se
o atendimento foi bom, se o lugar era agradável e acolhedor, a sensação
de bem-estar que você teve ao comê-lo.
Da mesma forma, quando você compra uma bolsa de grife, você não
está comprando um objeto feito de couro, com detalhes sofisticados e
com o nome da grife estampada. Você está comprando a EXPERIÊNCIA
de sentir os olhares de admiração (ou de inveja) das outras pessoas, de
se destacar do resto da multidão, de demonstrar poder financeiro, ou de
provar que tem bom gosto, etc.
Todos nós viemos a este mundo para viver novas EXPERIÊNCIAS.
A nossa alma, a nossa essência, seja qual for o nome que você queira dar
para a nossa individualidade, anseia por isso: viver, experimentar, sentir
e aprender. E tudo isso nos leva a evoluir como ser humano.
O dinheiro, portanto, não é algo vinculado à matéria. O dinheiro é
EMOCIONAL! Dinheiro, por si só, não tem energia ou valor. Somos nós
que damos energia ao dinheiro. Se você buscar algo mais valioso como ser
humano, um propósito mais elevado do que, simplesmente causar inveja
a um grupo de pessoas, isso movimenta, dá vida, enche você de energia.
E o dinheiro vai circular, vai gerar novas parcerias, empreendimentos
e ideias. Pessoas com propósitos semelhantes, visando o mesmo benefício,
vão procurar você.
34
PRÁTICA 2
A FELICIDADE ESTÁ NA SIMPLICIDADE
1. Vá para um lugar tranquilo, onde possa ficar sozinho por uma meia
hora. Coloque uma música que remeta à sua infância.
Você pode se cercar de objetos que relembrem a sua primeira infância,
quando você tinha uns 4 ou 6 anos. Pegue fotos suas quando criança,
algum brinquedo, uma roupa, e algo com o “cheiro” da sua infância.
Não precisa ser o objeto original, se não o tiver mais. Pegue coisas
que o ajudem a mergulhar na sua infância.
2. Feche os olhos por um instante.

Normalmente fechamos os olhos para experimentar as melhores coi-
sas da vida. É assim quando você faz amor, quando você beija alguém
amado, quando abraça um amigo. Sentimos uma alegria intensa,
entramos num estado de quase êxtase – e fechamos os olhos. O nosso
cérebro emocional sabe que ali surgiu algo invisível, que é muito valioso
e importante para nós. Então feche os olhos. Ouça a música. Segure os
objetos e sinta o cheiro.... Seja de novo a criança que você foi um dia...
3. Visualize cenas felizes de sua infância.

Deixe a emoção fluir, deixe-se levar pelas boas lembranças. É fácil
reconhecer essas lembranças, pois serão as primeiras a vir à tona,
quando queremos lembrar de momentos felizes em nossas vidas.
Virão carregadas de saudades, amor e de muito prazer. Não importa
que sejam breves, que sejam simples. Não julgue, apenas deixe-as
fluir. Você correndo na chuva, ou brincando com o seu cãozinho, você
abraçado seu pai ou a sua mãe, você jogando bola com seus amigos.
Recorde o cheiro bom do bolo na cozinha, o céu estrelado de uma
noite de verão. Não tenha receio de se emocionar, de chorar. Receba
essas lembranças de coração aberto!
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4. Anote, nas linhas abaixo, esses momentos felizes. Onde você estava,
com quem estava, o que estava fazendo?
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
_______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
5. Agora, marque com um “X” quais dessas coisas você pode fazer de novo.
Você se lembrou de como era gostoso correr descalço? Você pode tirar
os sapatos e pisar na grama ou na terra de novo! Você se lembrou de
quando rodava pião com seu irmão? Você pode conseguir um pião
e chamar seu irmão para uma rodada, ou, se não for possível, chame
um amigo ou seu filho. Não deixe que o adulto dentro de você lhe
diga para não fazer isso... porque ele tentará. Há muitas coisas que
não fazemos porque nos consideramos “velhos demais” ou porque
“não temos tempo pra isso”, porque “isso é coisa de criança”. Deixe
tudo isso pra lá e ouça a sua criança: marque todas as coisas que lhe
davam prazer – pois você ainda pode fazer tudo isso e muito mais!
6. Agora faça!
Comece hoje mesmo a fazer de novo essas coisas. Perceba quanto
prazer você pode resgatar com coisas simples e sem preço, que estão
ao seu alcance. Acostume-se a sentir novamente a felicidade nas coisas
mais simples da vida!
36
No nosso cérebro
emocional, o dinheiro
está diretamente ligado
à nossa MÃE.

3. Como os nossos pais
Quando adolescentes, criticamos “Que apesar de termos

e reclamamos quando os nossos pais Feito tudo,
não nos dão o dinheiro para um Tudo o que fizemos
cinema, um tênis novo ou um game. Ainda somos os mesmos
Chamamos nossos pais de pães-du-
E vivemos
ros e ficamos inconformados com
Como os nossos pais”
essa atitude. Os anos passam e,
quando temos os nossos próprios Belchior
“Como os nossos pais”
filhos, agimos da mesma forma. Até
repetimos a mesma frase: “Você acha
que dinheiro dá em árvore?” enquanto nossos filhos, com certeza, estão
nos julgando e nos chamando de versões atualizadas de “pão-duro”.
E assim a vida segue, pessoas repetindo as mesmas frases, os mesmos
comportamentos, e claro, os mesmos problemas sendo transmitidos
de geração a geração. Está tudo bem? Não! Precisamos mudar o que
está errado, evoluir. Se a nossa vida financeira não está bem, temos que
melhorar. Se há problemas na área pessoal, temos, mais do que nunca,
buscar a raiz desses problemas. Então vamos falar sobre isso AGORA.
O que aprendemos no ÚTERO da nossa MÃE

Há algumas décadas, acreditava-se que todo o aprendizado e a formação
das emoções no ser humano iniciava-se apenas após o nascimento. Mas
estudos de uma nova área da ciência, a Fetal Origins ou Origens Fetais, têm

comprovado que a relação Mãe-Filho, ainda no útero materno, influen-

ciam, e muito, o desenvolvimento emocional dessa criança, moldando
depois, a sua vida adulta.
Isso quer dizer que, o que sua mãe pensou e sentiu, enquanto você era
apenas um bebê na barriga dela, programou o seu cérebro emocional para
reagir com amor, medo, raiva, tristeza ou alegria a alguns estímulos –
de acordo com as interpretações desse bebê! E imagine a capacidade que
tínhamos de interpretar a vida, quando éramos apenas um feto.
Por exemplo, o que uma mãe do tipo poupadora ferrenha pode

estar transmitindo ao bebê durante a sua gravidez? O que ela mais
deseja no mundo é segurança, não gastar o seu dinheiro, não correr
o risco de ambos passarem necessidades, por exemplo. Fica nervosa
quando chegam as contas, briga com o marido porque ele comprou
algo supérfluo, vive situações tensas causadas pelo dinheiro que está
sendo gasto com o quarto do bebê e outras despesas relacionadas à
chegada dessa criança.
Para um feto ainda em formação, os efeitos dos pensamentos e emo-

ções da mãe são muito amplificados. Essa criança ainda não sabe nada da
vida, o seu mundo gira em torno da mãe, e todas as emoções que capta
dela lhe causam um impacto gigante. Nesse caso específico, o cérebro
emocional desse bebê pode gravar a informação de que o dinheiro é algo
muito difícil de ser obtido, por isso não deve ser gasto. E ainda associará
o uso do dinheiro a insegurança, medo, tensão ou perigo de vida.
Essa criança, ao nascer, já chega com medo da ESCASSEZ de dinheiro

gravado no seu cérebro emocional.
Poderá reagir com pânico sempre que se deparar com uma despesa,
por exemplo. Vai se negar a gastar o seu dinheiro, a não ser que seja em
último caso. Poderá não compartilhar o que ganha com ninguém, tor-
nando-se uma pessoa arredia ou avarenta. Pode acumular muitos bens,
mas não conseguirá usufruir desse dinheiro, sempre com medo de que
um dia ele lhe faltará.
40
E mais, pense que essa mãe, também, provavelmente, herdou esse padrão
de comportamento de seus pais – os avós dessa criança. E os avós podem
ter herdado dos bisavôs. Imagine que o significado do dinheiro que essa
criança (e ela sou eu ou você!) passou a acreditar, pode ter sido incutido
nas pessoas de sua família centenas de anos atrás! E o pior, essa criança vai
crescer, ter filhos e provavelmente transmitirá esse padrão a eles.... até que
em alguma geração, alguém tome consciência disso e comece a mudança
desses padrões no inconsciente coletivo dessa família. E se você está lendo
esse livro agora.... VOCÊ foi o escolhido! Sinta-se honrado por isso!
Os problemas que você têm, e não resolvê-los,

serão herdados pelos seus descendentes.
Estudos em Epigenética, uma nova área da ciência, que estuda a inter-

ferência do meio em nossos comportamentos, provaram que características
que não estavam gravadas nos seus genes quando você foi concebido, mas
que foram adquiridas no decorrer da sua vida, podem ser transmitidas
de uma geração à outra.
Isso quer dizer que, as experiências vividas na nossa vida intra e
extrauterina podem modificar a nossa HERANÇA GENÉTICA.
Por exemplo, se um garoto ruivo bateu em você na escola e lhe cau-
sou um forte trauma emocional e se, por falta de um acompanhamento
emocional, você passou a encarar todos os ruivos como inimigos, essa
crença poderá passar a todas as gerações futuras de sua linhagem, gerando
descendentes com tendência à agressividade, preconceito e violenta
rejeição às pessoas ruivas. Isso nos ajuda a compreender muitas brigas e
guerras que estão acontecendo em nosso mundo hoje!
Portanto, é fundamental corrigir os nossos problemas emocionais
AGORA, para não sermos uma fonte de adversidades, não só a nossa
geração, mas uma herança de dor aos nossos filhos e descendentes.
41
Eu escrevi um livro inteiro (Inteligência Emocional para Pais, SBie

Editora, 2019) sobre como os pais podem, desde a gestação, “programar”
emocionalmente os filhos para viver uma vida mais feliz e próspera em
todos os sentidos. Mas, como o objetivo desta nossa jornada é encontrar
a sua PROSPERIDADE, vamos focar especificamente no assunto dinheiro
e prosperidade emocional.
A SOBREVIVÊNCIA está intimamente atrelada aos

nossos Pais
Como vimos, tudo o que nossos pais nos transmitem durante a

GESTAÇÃO e a PRIMEIRA INFÂNCIA é decisivo para moldar o nosso
cérebro emocional. A maioria dos problemas que encontramos com
relação ao dinheiro tem origem aí.
Nós estamos o tempo todo observando nossos pais, colocando em
xeque, se o que fazem e pensam vai ser bom para nossa sobrevivência
ou não. Estamos julgando ou apoiando, aceitando ou rejeitando os seus
padrões – inclusive em relação ao dinheiro.
A nossa CRIANÇA emocional um dia gravou: “Se meu pai e minha
mãe falam ou fazem isso, então isso é o certo. Isso vai me ajudar a sobre-
viver melhor” ... e então, usará toda a força do nosso mundo invisível das
emoções, para agirmos conforme fomos “ensinados” desde a gestação.
Dinheiro é coisa de MÃE

Geralmente vinculamos a ideia de dinheiro ao Pai, não é? Embora
hoje em dia, as mulheres sejam tão provedoras das famílias quanto os
homens, nós ainda estamos acostumados a ver o pai como a pessoa que
traz dinheiro para casa, dá a mesada, dá dinheiro para as compras, etc. O
dinheiro sempre aparece associado à imagem paterna. Mas não é bem assim.
No nosso cérebro emocional, o dinheiro está diretamente ligado à
nossa MÃE.
42
Por que a Mãe? Porque dinheiro é MATÉRIA! E a primeira pessoa

que nos forneceu a matéria quando chegamos ao mundo foi a nossa
MÃE. O embrião começa a sua vida como uma única célula, que vai
se multiplicando até formar o feto dentro do útero da Mãe. Esse feto é
alimentado por meio do cordão umbilical pela MÃE e, por fim, mesmo
após o nascimento, a criança de novo depende da MÃE para lhe fornecer
o leite. E o que é o leite, senão o símbolo da VIDA para esse bebê?
A relação que você teve com a sua mãe, durante a gestação e a primeira
infância, vai dizer se você vai enxergar, depois de adulto, o mundo pelo
prisma da abundância ou da escassez. E o que você pensa, sente e como
age em relação à abundância e a escassez influenciará a maneira como
vê e se relaciona com o dinheiro.
A mãe que alimenta o filho está transmitindo ao bebê uma crença de

segurança, de confiança e de abundância. A criança se sente protegida,
amada e bem alimentada física e emocionalmente. A mãe está lhe dizendo
de uma forma totalmente inconsciente: “Filho, o universo é abundante.
Você não vai passar fome ou por dificuldades”. E claro que, além disso,
depende de como a mãe pensa, sente e age em relação ao dinheiro também.
Crescendo com essa confiança, consciente e inconsciente de sua mãe,

essa criança, depois de adulta, será capaz de se relacionar com o dinheiro
com tranquilidade, sem estresse e sem medo.
Pai-Herói ou Pai-Vilão?
Existem células nervosas no nosso cérebro encarregadas dos compor-
tamentos empáticos, sociais e imitativos. São os nossos neurônios-espelho,
os responsáveis pela nossa tendência de cantarolar uma música junto com
o cantor, de repetir os gestos do outro sem perceber, de bocejar quando
a pessoa perto de nós boceja também.
Portanto, todos nós temos uma inclinação natural a REPETIR com-

portamentos de outras pessoas, e isso está relacionado com a empatia e
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com a nossa característica de animais sociais. E, quanto mais repetimos

um comportamento, mais ele fica arraigado no nosso cérebro, tornando
mais fácil de repeti-lo e difícil mudá-lo.
O próprio cérebro se encarrega de desestimular a mudança, pois mudar
exigirá mais energia do que repetir, e o nosso sistema límbico, a porção do
cérebro que cuida especificamente das questões de sobrevivência, nos ordena
que optemos sempre por gastar menos energia em tudo o que fizermos.
Desde a nossa vida intrauterina, até o final da primeira infância, esta-
mos mais sujeitos a esse processo de imitar e repetir o comportamento de
quem nos é mais próximo, no caso, a nossa Mãe e o nosso Pai, ou aque-
les que colocaremos no “lugar” deles, quando não existirem em nossas
vidas. Por isso, é nesse período que definimos a formação emocional do
nosso cérebro e gravamos a maioria das nossas crenças sobre o mundo
ao nosso redor. Ou seja, dependendo de como foi esse período, teremos
a tendência de viver com mais ou menos dinheiro.
MUDAR o nosso comportamento sobre dinheiro, nos exige mais vontade,
mais energia e muito mais dedicação, do que simplesmente REPETIR o que
aprendemos com os nossos pais.
Você, provavelmente, já percebeu que, geralmente, as pessoas imitam
as atitudes dos pais, encarando-os como modelos para suas vidas, ou
rejeitam os valores paternos, passando a agir de modo oposto.
No PROCESSO DE REPETIÇÃO, nos deixamos levar pela tendência
natural, aceitando a maneira de viver dos nossos pais e reproduzindo,
quase que literalmente, os seus comportamentos. Vamos passar pelas mes-
mas experiências positivas dos nossos pais, mas também, pelos mesmos
problemas. É um processo mais cômodo, simples e necessita de menos
energia, mas eterniza os erros e as limitações por gerações:
“Sou pobre, mas sou honesto”.
“É só dinheiro, não vou me estressar com isso”.
“Pobre não tem vez. Nasce pobre e morre ainda mais pobre!”
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No PROCESSO DE REPULSÃO, culpamos os nossos pais pelo que

há de errado em nossas vidas e passamos a agir de maneira oposta a eles:
“Eu quero tudo, menos aquilo que minha mãe viveu!”
“Eles só pensam em dinheiro, eu vou ser diferente!”
“Eu vou ser muito melhor do que meu pai.”
A atitude de REPULSÃO fará com que a pessoa repudie algo que está
fortemente arraigado dentro de si. Está rejeitando aqueles que lhe deram
a vida. Está negando a sua RAIZ. É um processo custoso, que vai sugar
muita energia, sem gerar resultados satisfatórios, em termos emocionais,
e a longo prazo, tenderá a não suportar mais tanta rejeição, se tornando
idêntico aos seus pais.
Por exemplo, se um filho de pais muito pobres se torna milionário, as
mudanças na sua vida, nos seus amigos, nas relações com os familiares,
vão exigir uma reeducação emocional profunda. Pois o dinheiro está
mexendo com a sua RAIZ.
Em média, 80% dos filhos vivem em PROCESSO DE REPETIÇÃO e
só 20% em PROCESSO DE REPULSÃO. Quem vem de família rica tende
a continuar rico e quem vem de família pobre tende a continuar pobre.
E assim, a coisa se perpetua por gerações. Ou seja, repetir ou repulsar,
sempre envolverá muita dor.
“O segredo está em aceitar e reinterpretar a nossa história de vida, para
fazermos escolhas próprias, honrando e sentindo gratidão ao nosso passado.”
O que é sua RAIZ?

Raiz é o vínculo emocional que criamos com alguém ou um grupo de
pessoas, desde que viemos ao mundo. É a ligação com os nossos pais,
a nossa família, os nossos vizinhos, os colegas da escola, os amigos da
nossa rua, os integrantes da banda de rock que criamos, os participan-
tes de um clube que fizemos parte, e assim por diante. Para criar esses
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vínculos, precisamos de tempo, convivência e troca. Principalmente da

troca de carinho, companhia, cumplicidade e identidade. Essa troca vai
criando um vínculo, uma raiz invisível e muito emocional. Uma espécie
de conexão bluetooth: “Ok, fomos um com a cara do outro. Eu dou a
permissão e você entra aqui. Você dá a permissão e eu entro aí”. Criamos
uma ponte entre nós e isso é criar RAIZ.
Quando temos RAIZ, vamos querer nos alimentar de AMOR nessa

RAIZ pelo resto da vida. Quando estamos tristes, machucados, insegu-
ros, frágeis, cheios de dúvidas ou medos, voltamos à nossa RAIZ para
reencontrarmos o nosso chão. Falamos com nossos pais, nossos avós,
amigos ou nosso cônjuge. O AMOR que recebemos dessa raiz nos dará
energia e força para vencer quaisquer obstáculos.
Quem repudia os pais está indo contra aqueles que são a sua RAIZ. E vai
gastar uma energia absurda para seguir em frente sem suas raízes. E, como
uma planta, se perder a RAIZ, perderá a sua identidade, seu chão e sua força.
Pais e Filhos da classe ALTA, MÉDIA e BAIXA

Classes sociais é a maneira mais superficial de classificarmos as pessoas,
pelo nível de renda familiar e pelos bens que possuem. Existem vários cri-
térios e órgãos que medem esses índices, como o IBGE, por exemplo. Mas,
para conversarmos sobre a Inteligência Emocional de pais e filhos, vamos
fazer uma classificação simples, mas profunda, das famílias pelo mundo:
• Classe Alta ou os Ricos: pessoas que ganham muito bem, viajam

constantemente pelo mundo, consomem roupas e acessórios de grifes
exclusivas, têm vários carros na garagem, consomem bens supérfluos
e restaurantes caros. Normalmente usam seu dinheiro para se manter
no topo, mandar e exercer o poder.
• Classe Média: pessoas que têm rendimentos suficientes para ter uma
casa, um carro, ir ao cinema, viajar nos fins de semana e pagar muitas
contas. Normalmente usam seu dinheiro para obter conforto.
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• Classe Baixa ou Pobres: pessoas que ganham pouco, compram apenas

o básico para sobreviverem, e o que ganham muitas vezes não cobre
as contas do mês. Normalmente usam seu dinheiro para pagar as
contas e sobreviver.
Vamos falar sobre cada uma dessas classes, e assim entender melhor
o que acontece, em termos financeiros e emocionais, com essas pessoas.
Famílias de Classe Alta

Quem tem muito dinheiro e quer o controle, quer manter o status quo,
porque assim manterá as conexões com outras pessoas de poder e, portanto,
manterá o comando. O dinheiro é essencial, porque no momento em que
perdê-lo, perderá tudo, pois todo o seu poder está apenas no dinheiro – e
essa é a sua maior fragilidade. Tudo o que lhe importa está fora dele, na
matéria. Não se desenvolveu espiritualmente ou emocionalmente.
As pessoas que pertencem a essa classe têm familiaridade com dinheiro,

nunca sentiram a sua falta, desde a gestação até a primeira infância. Ao
contrário, sempre tiveram muito mais do que necessitavam. Estão acos-
tumadas a ouvir conversas dos pais sobre dinheiro, em como ganhar ou
competir por ele, vivendo a competição dentro da própria família. Para
essas pessoas, é normal ver dinheiro e se relacionar com ele. É normal
viajar, ter o carro importado do ano, comprar roupas e acessórios nas lojas
mais famosas. E, como tudo isso é normal para elas, não gastam muita
energia para ganharem ainda mais dinheiro. Por isso, filhos de pais ricos
tendem naturalmente a ser ricos também.
Os maiores problemas que as famílias de classe alta enfrentam não

são o de falta de dinheiro, mas sim, a falta de AMOR.
Eu conheço uma pessoa, que vamos chamar aqui de Júnior, cujo pai
era comerciante, tinha uma rede de lojas. Dinheiro não era problema para
eles, deram ao menino tudo do bom e do melhor: brinquedos, roupas,
viagens pelo mundo, as melhores escolas, cursos, etc.
47
Júnior era mesmo o “júnior”, pois parecia o seu pai em miniatura.

Júnior adorava o pai e, quando podia, o seguia por todos os lados. Teve
uma infância de muita abundância de bens materiais, era só estalar
os dedos que tudo o que pedia ele recebia. Era um menino tímido e
bem-educado, benquisto por toda família, pelos professores e pelos
amigos. Mas, quando se tornou adulto, esse garoto exemplar começou a
se envolver com drogas e com marginais. Casou-se, mas suas aventuras
extraconjugais o levaram a dois casamentos fracassados. Passou por
grandes dificuldades financeiras e perdeu tudo o que tinha, emocional
e financeiramente.
Por meio de uma reeducação emocional, Júnior descobriu a causa
desse impulso irresistível, que quase destruiu a sua vida: o significado
que deu ao dinheiro. Para ele, o dinheiro era o culpado pela ausência do
pai na sua vida. O dinheiro tirava o seu pai de casa nos fins de semana, o
dinheiro fazia com que seu pai nunca brincasse com ele, o dinheiro era
o responsável pela falta de tempo do pai na sua vida. Então, inconscien-
temente, Júnior fazia de tudo, para destruir o culpado por tudo que não
teve na sua vida: o dinheiro.
Júnior vivia num processo de REPULSÃO, negando suas raízes e as
crenças do seu pai: que o dinheiro significava felicidade, que prover a
família de bens materiais era maneira que foi aprendida de dar AMOR.
Para Júnior, dinheiro passou a ser um rival pela atenção de seu pai,
o ladrão que lhe roubava esse amor, o culpado pela sua infelicidade.
Não foi à toa que passou a rejeitar o dinheiro de forma tão violenta.
Hoje, Júnior está começando a se reerguer. Tem uma empresa ainda
modesta, enfrenta muitas dificuldades, fecha o mês normalmente
no vermelho, mas está empenhado em reencontrar o amor do seu
pai, dentro de si e reconquistar aquele que o seu pai sempre havia
entendido que era maior forma de amor que um pai pode dar a sua
família: dinheiro! Só que agora, Júnior está dando o lugar correto para
o dinheiro e o amor... pois, cada um tem a sua importância..., mas
nunca serão a mesma coisa.
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Quando se perde a RAIZ
Para vivermos com muito dinheiro, precisamos de tempo. Precisamos

de tempo para viajar, para fazer compras, para fazer tratamentos de beleza,
para conhecer celebridades, etc. E também, para trabalhar muito, claro,
para ganhar mais dinheiro para ter mais dessas coisas.
E cadê o tempo para conversar com seus filhos, brincar com eles, lidar
com as suas birras, ensinar coisas importantes, conhecer seus medos,
estar ao lado deles nos momentos de tensão e insegurança, mas também
de descobertas e amor?
Se não gastamos uma parte do nosso tempo com os nossos filhos,
não teremos troca de amor, não teremos atividades prazerosas com eles,
não criamos vínculos. Não criamos RAÍZES. Filhos de pais ausentes vão
fincar raízes com quem está sempre por perto, cuida dele, brinca e ouve
o que têm a dizer – mesmo que sejam pessoas pagas para isso. Por isso,
filhos de milionários criam RAÍZES com babás, motoristas, cuidadores
e empregados da casa, pois seus próprios pais são quase estranhos emo-
cionais para eles.
Não quero, de maneira nenhuma, dizer que a presença desses pro-
fissionais é negativa, e nem que é errado confiar neles e valorizar o seu
trabalho. Mas a educação emocional das crianças deve ser assumida
pelos pais e ninguém mais. Por mais que sejam profissionais competen-
tes, babás, cuidadores e motoristas são pessoas que têm outras RAÍZES,
têm outras histórias de vida, que nada têm a ver com a história dessas
crianças ou dos seus pais.
Essa RAIZ estabelecida artificialmente não tem duas vias, na maio-
ria das vezes. Os profissionais estão ao lado da criança para trabalhar
e ganhar o seu salário, e a sua cortesia e afeição significam, no fim das
contas, apenas dinheiro. E a criança vai aprendendo, com esse tipo de
vínculo, que dinheiro significa aceitação, afeição e AMOR. E o com-
portamento dos pais ausentes, ocupados em ganhar ou usufruir do
dinheiro, só confirmam isso.
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A criança acaba crescendo com essa RAIZ “distorcida”, não natural

e frágil. Ao se tornar adolescente, passa mais tempo com quem lhe dá
reconhecimento e atenção. Procura a RAIZ com pessoas de poder aqui-
sitivo menor, que moram na periferia, que convivem com marginais na
porta ao lado, que estão acostumadas a assistir no dia a dia a violência,
a discriminação, drogas e a insegurança.
Meu avô Alfredo sempre dizia quando via alguém fora do seu lugar:
“É que nem sentar cachorro no banco.”
Claro que meu avô é de um tempo em que não existiam empresas
especializadas em dar festinhas pros pets e nem tínhamos o costume de
tratar nossos pets como se fossem humanos. Para ele, cachorro que era
obrigado a sentar em banco, não gostava e não conseguia se adaptar e
logo desceria para rolar na terra.
Então um rapaz rico (ou uma garota rica) numa balada da periferia
é que nem cachorro sentado num banco. Está chamando a atenção, está
fora do seu lugar, está lidando com coisas que não conhece e não tem
capacidade de controlar. Vai ser cercado por pessoas interessadas no seu
dinheiro, que vão adulá-lo, enganá-lo e levá-lo até a cometer atos crimino-
sos muitas vezes. Há vários casos famosos nos jornais para confirmar isso,
histórias que acabaram de forma muito mais trágica do que a do Júnior.
Os filhos criados numa bolha
Quando dissemos que os filhos de famílias abastadas geralmente não

têm problemas financeiros, claro que estamos falando de uma tendência.
Mas essa tendência não vai se concretizar, se os pais criarem esse filho numa
bolha, afastando-o dos problemas, não conversando com ele sobre assun-
tos financeiros, não lhe ensinando como ganhar e manter o seu dinheiro.
Os pais superprotetores não admitem que os filhos tenham um contato
real com o mundo, protegendo-os de todas as contrariedades, fazendo-lhes
todas as vontades, criando uma criança mimada, egocêntrica e individualista,
50
que não consegue compartilhar, não sente empatia por ninguém e não se
preocupa em se preparar para assumir o seu lugar no mundo.
Provavelmente, esse filho administrará mal o patrimônio do pai ao
herdá-lo, pois não terá capacidade, nem saberá criar aliados, para aju-
dá-lo a se reerguer, após a primeira adversidade. É assim que empresas
tradicionais quebram, é assim que fortunas gigantescas são destruídas
pelos seus herdeiros.
Famílias de Classe Média

A classe média, como o próprio nome diz, vive no meio-termo. Os
filhos da classe média, provavelmente, foram crianças que sempre tiveram
condições básicas para viver bem. A família tem uma casa ou apartamento
simples (em bairros bons, mas não os mais valorizados), tem carro (não
é zero, mas funciona bem), comida (nada especial, mas pode consumir o
que gosta: carne, chocolate ou refrigerantes). Não vai todo final de semana
a um restaurante, mas vai pelo menos uma vez por mês a uma pizzaria
ou churrascaria. Não tem condições de bancar uma viagem ao exterior,
mas pode viajar nas férias para a praia. Os filhos frequentam a escola e
fazem faculdade. A vida é relativamente tranquila.
Uma pessoa da classe média sempre almeja subir na vida. Acompanha
a vida de celebridades, não perde um capítulo das novelas para copiar
o look das atrizes, ou mais recentemente, os perfis de todos os tipos de
influencers. Sonha com um celular do ano, trocar de carro, fazer uma
viagem a Miami ou Disney. Gostaria de ter mais dinheiro para ascender
socialmente, tornar-se classe A. Vive endividada, pois tem o hábito de
comprar bens a prazo no cartão de crédito. Mas, por outro lado, não
se sente muito motivada a grandes esforços para mudar, a não ser que
sinta que a sua qualidade de vida vai cair. Não tem grandes ambições, e,
também, não alcança muitas melhorias. Vão ter filhos que vão torcer pelo
mesmo time de futebol, vão aprender uma profissão e constituir família,
repetindo os passos dos seus pais.
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Se as coisas estão confortáveis, para quê mudar? Os filhos da classe

média sentem uma grande falta de motivação para tudo. Nós, os seres
humanos, só agimos por amor, em direção a algo que nos dá prazer, ou
por medo, para fugir da dor. Mas quando na vida não há muito prazer,
nem muita dor, não nos movimentamos, acostumamo-nos com as coisas
mornas e sem emoção.
Isso acontece porque o nosso cérebro está programado para, se tiver
como optar, escolher sempre a vida mais fácil, a manutenção das coisas
como estão – um reflexo das eras primitivas, quando o mundo era mais
hostil e o ser humano precisava fugir de predadores, lutar por uma com-
panheira, perseguir e matar uma presa para se alimentar. Nesse cenário,
quanto mais energia você economizasse, maiores seriam suas chances
de sobrevivência.
O caso de um advogado, que aqui vamos chamar de Jorge, é bem
típico. Ele veio de uma família de classe média, teve uma infância normal
e sem grandes traumas. O objetivo da vida dele, a sua maior ambição,
quando nos conhecemos, era a de comprar um laptop. Porque a classe
média vive disso, de comprar bens que vão lhe dar mais conforto. Jorge
vivia endividado, pagando juros do cartão, pois sempre comprava acima
do que podia. Não sentia motivação pra nada, a não ser buscar o seu
objetivo do momento, que, quando conquistado, logo era substituído
pelo desejo por um outro produto.
Jorge aspirava ser milionário um dia, viver uma vida glamorosa, subir
na vida. Então ele comprava uma série de coisas para se afastar cada vez
mais da classe baixa. Porque a classe média está sempre comprimida
entre a classe baixa e a classe alta, a qualquer momento poderá cair, mas
precisará de grandes esforços para ascender. E infelizmente, a maioria cai
pra classe baixa. E, por ironia, geralmente caem por causa de tantos bens
que compraram e das dívidas que fizeram para ter uma vida confortável
e aparentemente da classe alta.
A classe média não tem perspectivas de um futuro melhor, não pensa
em alcançar sua liberdade financeira – ou seja, ter dinheiro ou investimento
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para pagar seu estilo de vida atual (ou seja, pagar suas contas) e não ter
que trabalhar para isso. E na maioria das vezes, nunca recebeu qualquer
informação sobre dinheiro, e como lidar com ele.
Famílias da Classe Baixa

Uma família da Classe Baixa passa por problemas financeiros a vida
inteira. Durante a gestação, provavelmente, a mãe passa por dificulda-
des, têm muitas contas a pagar e muitos filhos. O pai, muitas vezes, não
mora com a mãe, sendo uma pessoa completamente ausente na família.
Ou ganha pouco e não consegue prover as necessidades básicas da sua
família. A criança, desde a gestação, já conhece a escassez, por meio dos
pensamentos e sentimentos que a mãe lhe transmitiu. Ao nascer, sente que
todas as coisas básicas, como o alimento, a roupa e uma cama para dormir
são difíceis de serem conquistadas. Doces e brinquedos, por exemplo,
são sonhos muito distantes. Para ela não há a perspectiva de fazer uma
faculdade ou de conseguir uma ocupação melhor que a dos seus pais.
Os Filhos da ESCASSEZ
Eu sou um exemplo de alguém que nasceu numa família pobre, que viveu
essa escassez de recursos, desde a gestação e durante toda a minha infância.
Não chegamos a passar fome, mas o dinheiro do mês nunca dava
para comprar todas as coisas necessárias, e muito menos as supérfluas.
Com muito esforço do meu pai e da minha mãe que trabalhavam duro,
tínhamos apenas coisas básicas, como o arroz, feijão ou frango. Meu
irmão e eu ganhávamos um chocolate ou uma bolacha recheada, apenas
uma vez no mês, no máximo. Ganhar brinquedos, então, era ainda mais
raro. Brincava com latas vazias, pedaços de pau encontrados na rua ou
com caixas de fósforos e vasilhas vazias. Vivíamos a vida sem nenhuma
expectativa de melhora. Cheguei a ver muitos amigos de infância se per-
derem pelo caminho, caindo na marginalidade ou nas drogas.
53
Durante toda a minha infância, quase nunca eu via meu pai e minha
mãe falando ou lidando com dinheiro. Abria a carteira do meu pai e só
via moedas de um real, notas de dois, cinco, ou no máximo, dez reais.
Raramente eu via nota de cinquenta reais na rua, e as notas de cem,
vi apenas depois na minha vida adulta. Meus pais não falavam sobre
dinheiro em casa, a não ser, quando brigavam pela falta dele para pagar
alguma conta ou para comprar comida. “Tá faltando dinheiro, tem
conta pra pagar”. O dinheiro sumia já no início do mês, nunca dava
para pagar todas as contas. Sempre ficava algumas para mês seguinte.
Negociavam cartão de crédito, crediário, e assim, a vida se tornava cada
vez mais difícil.
Nunca ouvia meus pais dizendo: “Vamos separar uma parte do nosso
dinheiro para viajar”, por exemplo. Conheci uma praia só nos meus 16
anos, isso porque paguei a viagem com o dinheiro do meu trabalho
como office-boy, na época. Ninguém usava o dinheiro para o lazer em
casa. Dinheiro era só para pagar conta, pagar conta e fazer mais contas
para sobrevivermos.
Com o tempo fui me desenvolvendo emocionalmente, e hoje faz 22
anos que me trabalho, conhecendo a verdadeira história registrada no
meu cérebro emocional, e pouco a pouco, venho construindo a histó-
ria que eu quero viver e deixar para os meus filhos. Isso me fez sair da
pobreza, passei pela classe média, e hoje estou numa posição que, a meu
ver, está muito acima do que um dia eu sonhei chegar! Mas, essa posição
financeira não me trouxe nada de mais. Trouxe, sim, a certeza de que, o
que faz as pessoas ascenderem, e se manterem lá em cima, é realizarem
o que vieram fazer no mundo. Cumprir seu propósito de vida – que eu
chamo de MISSÃO.
Todas as decisões que tomei baseadas na minha MISSÃO foram
acertadas e sempre me trouxeram prosperidade. Todas as decisões que
tomei antes disso, não.
Comecei a trabalhar aos 13 anos, vendendo planos funerais e sacos
de lixo porta a porta. Depois, quando tinha 15 anos, trabalhei como
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office-boy em uma estatal. Sempre ganhei somas consideráveis de dinheiro

na minha vida, se comparado aos outros garotos da minha idade. Mas o
dinheiro não durava na minha mão, ele simplesmente sumia. Por exem-
plo, eu me lembro até hoje, comecei ganhando três vezes mais do que o
salário de um office-boy na época. Cheguei a comprar meu primeiro carro
(um Passat branco, 1981, que eu chamava de Chiquinho) com apenas 16
anos. Nem podia dirigir ainda, mas já tinha o meu carro. Entre os meus
amigos, apenas fuscas, e ainda mais antigos, que era o carro mais barato
na época. Mas eu não, comprei um Passat de segunda mão, um carro
muito melhor. Eu estava me achando!
Depois de três anos deixei a estatal e fui trabalhar como telemarketing.

Passei a ganhar ainda mais! Lembro que saía com bolos de dinheiro no
bolso. Imagine o que um menino de 18 anos fazia com tanto dinheiro no
bolso? O dinheiro mais uma vez desaparecia! Até hoje eu não sei o que
fazia com tanto dinheiro para torrar cada centavo.
Na verdade, o dinheiro sumia porque não tinha propósito! Era apenas

o dinheiro pelo dinheiro. A partir do momento que descobri (relembrei)
qual era a minha MISSÃO e comecei a trabalhar com os treinamentos de
Inteligência Emocional, comecei a ganhar dinheiro de verdade. As coisas
fluíam e foram aparecendo, pessoas que me deram oportunidades, não
só de ganhar, mas de conseguir coisas em condições quase milagrosas.
Gente que me deu um ano de trabalho da sua empresa de graça (jamais
esquecerei isso Fred!), quando eu precisava desse serviço para começar
a minha empresa, mas não tinha condições de pagar. E muitas outras
pessoas surgiram no meu caminho, me ajudaram a progredir, a formar
a minha equipe e a prosperar.
“Quando eu me tornei a pessoa certa, apareceram

as pessoas certas... para fazerem as coisas certas...
e nos momentos certos da minha vida!”
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Quando se ganha muito dinheiro
Para quem vem de uma classe mais baixa, ganhar muito dinheiro
é quase traumático. Nunca estamos preparados para isso, mesmo que
o desejemos ardentemente. Quando conseguimos, temos receio de ser
rejeitados pelas pessoas do nosso próprio círculo e perder a nossa RAIZ.
Muitos continuam a se vestir, morar e comer da mesma forma que antes,
para não serem malvistos pelos familiares, vizinhos e amigos. Histórias
de filhos de pais pobres, que se sabotaram para não ter mais dinheiro que
os pais, é mais comum do que se pensa.
Isso é ainda mais evidente, quando essa pessoa, que veio de uma
família pobre, ganha muito dinheiro e de forma inesperada. Imagine
alguém que ficou milionário da noite para o dia com um canal no
YouTube, a confusão que se forma na sua cabeça. Nesse tipo de veí-
culo, há um excesso de material superficial, banal e sem conteúdo
que acaba viralizando, transformando seus criadores em celebridades
instantâneas. Num dia, ele era um anônimo na multidão, no outro, tem
milhões de seguidores atentos a cada passo seu. O dinheiro começa a
entrar a rodo, o canal começa a render milhões ao dia. Vira presença
constante em festas e eventos. Ele ou ela ganha o poder da mídia,
da fama e se sente acima do bem e do mal. Afasta-se de sua RAIZ e
perde o contato com aqueles cujos vínculos são o seu esteio. A vida
assim, vazia, começa a perder sentido. Já ouvimos muitas histórias
de pessoas, com esse perfil, que acabaram doentes, deprimidas e na
pobreza novamente.
No seu íntimo, registrado em seu cérebro emocional, esse YouTuber
acha que não merece todo esse dinheiro, e começa a se sabotar de forma
inconsciente. Por isso exagera na bebida, assume condutas inadequa-
das, usa drogas e entra em depressão. Ele não está preparado para lidar
com isso – a maioria das pessoas não está. E não estamos falando só de
milionários. Pode ser o dono de uma empresa, um diretor, pessoas que
chegaram num patamar alto dentro de sua carreira e ainda não se sentem
merecedores do que estão recebendo.
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Mas, por que não se sentem merecedores? Porque acham que não
geram valor suficiente para a sociedade. O dinheiro, a fama e o sucesso são
PODER. E o que a pessoa faz com esse poder é a questão. Não é preciso
queimar esse dinheiro como se fosse algo impuro. Nem sair distribuindo à
toa, comprando coisas ou viagens para os amigos. Se você alcançou algum
tipo de poder, seja de status, fama ou dinheiro, descubra o que pode fazer
com esse poder para ajudar de fato a sociedade à qual pertence, gerando
real valor para a Humanidade, especialmente, para as suas raízes.
Ok, você acha que o que faz não tem grande valor. Portanto, acha que
ganhou mais do que deveria da sociedade. Esqueça como e por que esse
dinheiro chegou até você. Apenas lembre que ele veio do Universo, da
Vida, ou se você acredita, de Deus. Agora seu papel é devolver para esse
Universo. Como? Ajudando o maior número de pessoas, usando esse
dinheiro para expandir as suas qualidades e os seus talentos, em prol da
Humanidade. Então você se sente merecedor... e percebe o valor que está
gerando com o seu dinheiro.
E ajudar, aqui, não é só fazer doações para entidades filantrópicas, é
trabalho mesmo, para esse dinheiro fluir e multiplicar, para gerar mais
benefícios, ainda mais valor para a Humanidade.
Muita gente confunde fazer doação com ajudar. Não, ajudar significa,
por exemplo, um YouTuber famoso criar um canal, ou outro meio digital,
para usar o seu talento de comunicador para ensinar coisas realmente
importantes para as pessoas. Pode até cobrar por isso, para manter o
canal, para gerar mais formas de difundir esse conhecimento. Mas o
dinheiro não é o seu objetivo principal, o objetivo mais importante é o de
beneficiar as pessoas. E está tudo certo. Vai ganhar mais dinheiro ainda,
só que agora com merecimento e propósito.
E, magicamente, quando você está com esse desejo, essa intenção de
agir em prol da Humanidade, as oportunidades surgirão em seu caminho.
Pessoas que necessitam de sua ajuda, e que, por sua vez irão ajudar você,
aparecerão do absoluto nada. Tudo fluirá melhor, em harmonia, pois
você encontrou a sua forma de contribuir para o mundo, e o dinheiro
57
– e a PROSPERIDADE – virão até você, porque agora encontraram um

propósito!
Não importa a qual classe você pertença, existe

uma maneira de você subir na vida e se manter
lá em cima: dar um propósito ao seu dinheiro.
É ascender e se manter em paz de espírito. É você estar de acordo

com a sua Alma... sua MISSÃO. Ou seja, usar os seus dons e talentos
para ajudar a “curar” feridas que um dia foram suas, em outras pessoas.
Nós ainda vamos falar sobre PROPÓSITO e MISSÃO, com muito
mais detalhes nos próximos capítulos. Por agora, vamos refletir sobre a
sua herança emocional, os seus vínculos e a sua RAIZ.
A prática seguinte vai ajudá-lo nisso!
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PRÁTICA 3
HERANÇAS DO PASSADO
Vamos resgatar a história financeira da sua família. Converse com

seu pai, sua mãe, irmãos mais velhos, tios, tias, avós ou bisavós. Leve um
caderno e anote os fatos mais marcantes pra você.
Pergunte a eles como era a situação financeira da sua família. Tente
reconstituir histórias do seu passado: se havia falta ou abundância de
dinheiro; o que o dinheiro causava na vida da família; relembre os momen-
tos mais marcantes do seu passado, tanto positivos quanto negativos.
Depois siga os seguintes passos:
1. Preencha no quadro abaixo dez fatos da história financeira da sua
família que mais marcaram você.
2. Na coluna “ATITUDE”, faça um sinal de positivo (+), se hoje você está
REPETINDO o mesmo tipo de comportamento, ou negativo (-), se
você estiver REPULSANDO esse comportamento. Por exemplo: sua
mãe nunca comprava doces ou biscoitos para você no supermercado
porque não sobrava dinheiro. Se hoje você tende a não comprar doces
quando vai ao supermercado, está REPETINDO o comportamento
de sua mãe. Se você sente compulsão de comprar muitos doces, você
está REPULSANDO.
3. Anote na coluna à direita uma AÇÃO para equilibrar cada fato. No
caso do nosso exemplo, passe a comprar apenas um doce de cada vez.
Fatos marcantes Atitude Ação para equilibrar
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“Tudo que registramos em

nossas memórias não é o
que aconteceu conosco,
mas a percepção que
temos do que aconteceu.”

4. Temos o que merecemos?
Nós, seres humanos, temos uma “Eu te desejo

enorme facilidade de nos sentirmos culpa- Não parar tão cedo
dos. Assumimos a culpa de tudo e de todos. Pois toda idade tem
Isso começa desde a gestação. Achamos Prazer e medo
que tudo que está acontecendo na vida E com os que erram
da nossa mãe – que é a única pessoa com
Feio e bastante
quem temos contato direto, o tempo inteiro
Que você consiga
– é por nossa culpa. Algumas interpreta-
Ser tolerante”
ções que eu já ouvi, ajudando pessoas a
acessarem suas memórias mais remotas: Frejat, Maurício Barros
e Mauro Sta. Cecília
“Ah, a minha mãe está triste, é por “Amor Pra Recomeçar”
minha causa, é porque eu tô aqui”.
“Ah, a minha mãe está brigando com meu pai, é minha culpa”.
“Se minha mãe está com raiva, é por minha causa.”
“Se minha mãe está depressiva, a culpa é minha.”
Durante a gestação, o nosso mundo é o útero, não sabemos de nada
do que acontece lá fora. Tudo na vida se resume a nós, tudo gira ao nosso
redor. Então de quem pode ser a culpa, se a nossa mãe está com algum
problema? É claro que é nossa!
E as mães, mandam sinais de problemas o tempo todo. Infelizmente,
nós, adultos, vivemos a maior parte das nossas vidas enfrentando algum
tipo de problema, e com as mães não é diferente. Além das inconveniências

físicas da gravidez, elas convivem com a ansiedade, a angústia e a inse-

gurança decorrentes de toda mudança gerada por uma gestação. Vivem
momentos de medo, tristeza, raiva, frustração ou preocupações como
qualquer pessoa, e tudo isso o bebê (eu e você) começa a registrar lá
dentro como: é culpa minha, é tudo minha culpa...
E aí, como consequência, uma crença nada positiva se instala no
nosso cérebro emocional:
“Eu sou culpado e não mereço nada de bom.”
Então a gente nasce e começa a conhecer o mundo aqui fora. Mas o pro-
cesso de se culpar por tudo continua, pois os pais nunca nos dizem por que
estão nervosos, por que estão tristes ou por que estão com raiva. Os adultos
costumam imaginar que alguns assuntos não são para crianças, por isso não
explicam que estão tristes, porque um amigo morreu, não dizem que estão
nervosos porque gastaram mais do que podiam e o dinheiro vai faltar, etc. E a
criança continua a se sentir culpada por tudo o que acontece no seu mundo,
que agora é um pouco maior: o seu quarto, a sua casa, a escola e a vizinhança.
Culpa ou Merecimento?
Infelizmente, por pura falta de conhecimento, os pais reforçam o tempo
todo, o sentimento de culpa no processo de educação. Se você faz coisa
errada, não merece brincar ou ver seu desenho favorito na televisão ou
no YouTube. Se você não foi um bom menino, não ganha presente do
Papai Noel. E a gente acaba gravando esses mecanismos no nosso cérebro
emocional: “Se faço coisa errada, não mereço coisa boa.”
Se uma pessoa se sente culpada, automaticamente, ela mesma se
condena e acha que não merece nada de bom. E uma das primeiras coisas
que o ser humano afasta da sua vida, ao se sentir culpado, é o dinheiro.
Se o dinheiro pode comprar todas as “coisas boas” da vida, portanto,
quem é CULPADO não merece ter DINHEIRO.
Todos nós erramos, como bons seres humanos que somos. Quando
a criança erra, os pais geralmente reagem com desaprovação, CULPA,
64
CONDENAÇÃO e CASTIGO. Muitas vezes, os pais até fazem chantagem

emocional, para controlarem as crianças mais facilmente:
“Você foi malcriado, a mamãe está muito triste com você, e não vai
mais fazer o que você gosta.”
“Você foi desobediente, o papai não vai mais gostar de você.”
Claro que um pai ou uma mãe não vai deixar de amar seu filho por
causa de uma pequena desobediência, é apenas um modo de dizer. Mas
para a criança é uma ameaça real. Ela se sente muito mal, triste e desam-
parada. Afinal, a coisa que nos faz mais felizes, quando somos crianças,
é o reconhecimento e o AMOR dos nossos pais. E aí a criança pensa:
“E agora? Perdi o amor da mamãe, papai não gosta mais de mim. Sou
errado, sou mau, sou culpado. Não mereço nada de bom!”
Ficamos presos nessa culpa e condenação. E começamos um pro-
cesso de autossabotagem. Giramos em falso, não saímos do lugar, nunca
superaremos o nosso erro e nem aprenderemos com ele. Crescemos, nos
tornamos adultos, e a culpa por aquele erro na infância apenas muda de
tamanho, gerando culpas e condenações cada vez maiores e nos impedindo
de alcançarmos a PROSPERIDADE.
65
Se ERRAMOS, podemos APRENDER com esse erro. E quando

aprendemos, ao percebemos o nosso erro, podemos consertar e des-
fazer o erro, ou pedir perdão. Então, como consequência, alcançamos
o MERECIMENTO. Merecemos ser felizes, merecemos o amor dos
nossos pais e o nosso amor próprio. Merecemos, também, o DINHEIRO
e a PROSPERIDADE.
Os MECANISMOS DE CULPA e MERECIMENTO são pratica-

mente o freio e o acelerador em nossas vidas. A culpa nos coloca FREIO,
adiando tudo de bom que poderia acontecer, e o merecimento aperta o
ACELERADOR, faz as coisas acontecerem, faz tudo fluir em nossas vidas.
As CRIANÇAS PERDIDAS no mundo invisível

Lembra da CRIANÇA perdida em algum lugar do nosso passado?
Saiba que, assim como ela, existem milhares de CRIANÇAS PERDIDAS
dentro do nosso mundo invisível, da nossa história de vida.
66
Quando alguma coisa começar a não dar certo de modo insistente, é

hora de você detectar, se as barreiras emocionais (ecos do nosso passado),
não estão interferindo em seu comportamento. Por exemplo, você quer
viajar e não dá certo, você quer comprar uma casa e não dá certo. Algo
está impedindo as coisas fluírem. Será que esse algo não é você mesmo?
Os mecanismos de culpa fazem nos autossabotar, nos colocam em
momentos cruciais, procurando desculpas para não fazer alguma coisa
que vai melhorar a nossa vida e criam empecilhos para não levar adiante
atividades que podem nos trazer felicidade e prosperidade.
Feche os olhos e pense: quando você viveu algo parecido com o que
está vivendo agora, na sua infância? Você vai descobrir, de repente, que
essa sensação é a mesma, de quando você era ainda um garotinho, e fez
alguma coisa errada, sentiu-se culpado e achou que não merecia o brin-
quedo ou o passeio, ou outra coisa que te faria muito bem e feliz.
Feche os olhos e se pergunte: Onde está essa CRIANÇA PERDIDA

dentro de mim, que ficou congelada no tempo, chorando sozinha, desam-
parada ou sentindo-se a última pessoa do mundo?
Essa criança está convencida de que não merece nada de bom. Ela
está freando o fluxo natural da sua vida e fazendo com que as coisas
acabem não se realizando.
Assim como essa, há uma CRIANÇA PERDIDA para cada uma

das ocasiões em que nos sentimos culpados, que nos lamentamos e nos
acusamos por erros que cometemos na nossa vida adulta. E são muitas,
uma verdadeira multidão! A criança que empurrou o irmãozinho e o
machucou, a criança que respondeu mal para a mamãe, a criança que
mentiu, ou a que tirou nota baixa, a criança que comeu doce escondido,
ou a que brigou na escola, a criança que quebrou alguma coisa... e assim,
quase que infinitamente, ecoaram crianças presas na nossa história,
pedindo nossa ajuda como adultos, para se libertarem.
Essas crianças estão congeladas, nunca cresceram. Permanecem

rodando no mecanismo de CULPA e NÃO MERECIMENTO, servindo
67
de freio e barreira para você, quando surgem oportunidades para ganhar

mais dinheiro ou fechar um bom negócio. Mas essa criança não precisa
ficar perdida, parada no tempo, sofrendo para sempre. Você pode retomar
de onde ela parou. Pode relembrar esse mesmo momento, esclarecer o
seu erro e tirar essa criança desse castigo permanente.
“É fundamental buscarmos essas CRIANÇAS PERDIDAS que exis-
tem nas histórias de todos nós. Devemos resgatá-las e ensiná-las que
o caminho correto para o MERECIMENTO é a APRENDIZAGEM e a
AÇÃO para mudarmos nossas vidas.”
A Teoria da Fractalidade diz que a parte está no todo e o todo está na
parte. Ou seja, o que acontece no micro, acontece no macro. Essa multi-
dão de minúsculas CRIANÇAS PERDIDAS forma o que somos hoje, o
ADULTO vivido, mas ainda cheio de barreiras e freios. Tudo aquilo que
aconteceu com elas irá se repetir em nossas vidas, só que numa escala
maior. Agora não é mais o brinquedo ou o carrinho. É o carro. Não é a
mais a casinha de boneca, mas o apartamento. E assim, os mecanismos
se repetirão indefinidamente, se não forem corrigidos.
Os fatos em si – os erros do passado – nunca poderemos mudar. Mas
podemos entendê-los de uma forma positiva, como um aprendizado.
Podemos mudar a nossa percepção desses fatos milhares de vezes.
Sabe aquela pessoa que, quando você conheceu, odiou, mas que depois
virou o seu melhor amigo? É a mesma coisa. O seu amigo não mudou, ele
é o mesmo desde o primeiro dia, mas a nossa percepção, a interpretação
de quem ele é, que mudou radicalmente.
Usando a sua Inteligência Emocional, você pode mudar essas percep-
ções e significados de cada uma de suas crianças perdidas. Pode retornar
mentalmente no tempo para resgatar essas CRIANÇAS PERDIDAS e
corrigir as interpretações negativas que geraram barreiras emocionais
relacionadas ao dinheiro e a tantas coisas em nossas vidas.
Para isso, se prepare para viver tudo isso na Prática 5 – Resgatando
as CRIANÇAS PERDIDAS.
68
Errou? Conserte!
Falamos aqui até agora sobre as culpas que acumulamos na infância, nas
CRIANÇAS PERDIDAS que deixamos à deriva pela nossa história. Mas não
é porque crescemos que vamos parar de errar – e nem de nos culparmos por
esses erros – gerando novos mecanismos de não merecimento a cada dia.
É muito simples entender que não se deve matar, assaltar, bater nas pes-
soas, dar um desfalque, ou cometer outros crimes punidos pela lei. Mas às
vezes praticamos pequenos atos ilícitos, no dia a dia, que ficarão “impunes”,
mas irão se somando uns aos outros, nos transformando em verdadeiros
infratores das nossas próprias leis – indignos de admiração e confiança
das pessoas que convivem conosco – e principalmente, de nós mesmos.
E o que temos que fazer?
PARE de errar, mesmos os pequenos erros!
Outro dia, eu estava num restaurante com um amigo, e estávamos acom-

panhados das nossas famílias. Era um daqueles bufês que cobram por pessoa
e podemos nos servir à vontade. Como o preço era diferente para adultos
e crianças, o garçom perguntou qual era a idade do meu filho. Respondi
que ele tinha onze anos na época. Aí o garçom disse para o meu amigo:
– “Então ele tem dez.”
– “Beleza”, respondeu o meu amigo, e o garçom se afastou.
Eu não tinha percebido exatamente o que havia acontecido, mas
quando me dei conta, eu disse ao meu amigo:
– “Mas está errado, o meu filho está com onze anos.”
O meu amigo disse:
– “Não, Rodrigo, é pra pagar menos, porque quem tem dez paga metade...”
– “Mas ele tem onze. Está errado.”
Fui atrás do garçom e o fiz incluir meu filho na conta como um adulto.
Quando voltei à mesa, o meu amigo estava assustado. Não entendia por
69
que me dei todo aquele trabalho para me desfazer de algo que parecia
uma vantagem.
– “Foi o garçom que ofereceu, a gente não mentiu, papai”, disse ele.
– “Mas a gente se omitiu”, eu respondi, “é tão errado quanto, filho”.
Meu amigo ainda tentou ajudar dizendo:
– “Esse dinheiro não vai fazer diferença pro dono do restaurante”.
– “Mas está errado. E fazer coisas erradas faz diferença para mim
e para o meu filho, que está aprendendo, e repetirá tudo o que estou
fazendo hoje.”
Durante todo o tempo vi meu filho nos observando atentamente.
Tenho certeza que, quando ele se deparar com alguma dessas pequenas
ilegalidades do dia a dia, vai se lembrar do que seu pai disse e fez. O mundo
inteiro poderá dizer o contrário: que é certo se aproveitar de situações
ilícitas para obter vantagem. Mas ele saberá que não se deve agir assim.
E eu não agi assim por altruísmo, foi um comportamento consciente
para preservar a minha saúde emocional e a do meu filho, netos e de
todos os meus descendentes.
Estamos tão acostumados a conviver com essas pequenas contravenções,
que nem percebemos quando cometemos alguma. Andamos pelo acosta-
mento nas estradas, sentamos indevidamente, no banco para idosos no metrô,
estacionamos em locais proibidos, furamos filas, não jogamos o nosso lixo,
depois de comer nas praças de alimentação, jogamos papéis de bala nas ruas,
pregamos pequenas mentiras para obter alguma vantagem, ou espalhamos
fofocas e denegrimos a imagem de quem não gostamos, sabotamos em surdina
quem “não vamos com a cara” no escritório. Imitamos quem está cometendo
esses erros, só porque queremos sentir que somos “espertos”.
O comportamento ilícito está incorporado em nossa cultura e, ao
agirmos assim, estamos ensinando a próxima geração a dar continuidade
a ele. Estamos aumentando a carga de culpa de pessoas que nem nasceram
ainda. Pode haver culpa maior?
70
Então pare de errar, não importa o tamanho do erro.

A sua vida vai ficar mais fácil, simples e próspera.
Errei. E agora?
Traiu sua esposa (ou marido)? Não ajudou seu amigo quando ele
mais precisou de seu apoio? Brigou com alguém por um motivo fútil?
Há tantas coisas erradas que fazemos sem pensar, e que depois ficamos
remoendo por anos e anos!
Muitas vezes, o peso do remorso é tanto que não conseguimos perceber
claramente por que fizemos aquilo. O que estávamos buscando quando
erramos. Entender o porquê é o primeiro passo para nos perdoarmos e
assim procurarmos nos redimir.
O que você buscava? Por que você errou?
Pode ser que você tenha traído sua esposa porque passava por um
momento ruim no casamento, havia muita mágoa e você estava muito
carente. Você buscava amor. Agora você sabe que aquele não é o melhor jeito
de encontrar amor. Em vez disso, acabou encontrando, sim, uma maneira
de magoar a sua esposa e criar muitos outros problemas. Mas, você não fez
aquilo para prejudicá-la, por isso está se sentindo muito mal e culpado. Mas
esse é o aprendizado que você extraiu desse episódio doloroso da sua vida.
Você precisa se conscientizar que não adianta se martirizar por causa
disso para sempre. É preciso tocar o barco, avançar. Porque ficar parado
no tempo, se acusando, se torturando, não é bom para ninguém, nem
mesmo para a pessoa que você prejudicou. Causar sofrimento em alguém
– mesmo que esse alguém tenha feito por merecer – não traz bem-estar
para ninguém. Por isso, é fundamental que você saia logo desse estado
de ânimo para consertar o seu erro, o mais rápido possível, porque assim
voltará a merecer as coisas boas da vida.
E como vamos consertar os erros?
71
Peça perdão
Diga com sinceridade à pessoa que sente muito, que têm consciência
do seu erro, que aprendeu a lição. Explique-se, abra o seu coração e diga
toda a sua verdade.
Essa pessoa deve estar magoada e ressentida com você, pois quando
somos lesados, principalmente, se foi por alguém que amamos, nos sentimos
carentes, com raiva e machucados. Ela pode não estar preparada ainda para
perdoar, por isso respeite o seu momento. Mas peça perdão. A sua atitude
só trará benefícios para ambas as partes. Lembre-se que o seu pedido de
perdão é, primeiro para você, e depois para o outro, e por isso, mesmo
que o outro não te perdoe, está tudo bem... agora é um processo do outro.
Se a pessoa está longe, se você perdeu o contato com ela, ou se ela
já faleceu, peça perdão de outro modo. Vá para o seu quarto ou outro
local que possa ficar a sós por alguns momentos e mentalize essa pessoa.
Lembre-se dela, do seu rosto, e diga em voz alta o seu pedido de perdão.
Fale tudo o que você diria se estivesse na frente dela fisicamente, não
economize palavras. Verbalize o seu remorso, o seu arrependimento, e
mande votos de felicidade e alegrias para ela.
Compense a pessoa pelos danos
Além de pedir perdão, faça algo para compensar essa pessoa pelos
momentos ruins que você lhe causou. Se estiver ao seu alcance, dê-lhe
carinho, amor e cuide dela. Se você lhe causou danos materiais, pague o
valor e acrescente uma quantia a mais. Se não for possível pagar direta-
mente à pessoa, destine o valor para caridade, faça algo de positivo para
outras pessoas com esse dinheiro.
Se a parte lesada não for uma pessoa, mas uma instituição ou uma
empresa, procure o dono ou a pessoa responsável. Pense de que modo
você pode pagar essa dívida. O que você não deve fazer, é ficar remoendo
o erro e não tomar uma atitude. Consertar os seus erros é, na verdade,
72
um ato de limpeza, de purificação, que vai beneficiar você, mais do que

qualquer outra pessoa.
Certa vez, eu estava em um daqueles restaurantes que cobram comida

por quilo. Eu estava morrendo de fome porque já era tarde. Passava das
15 horas e não havia quase ninguém no restaurante. Já no bufê, passei
pelas de batatas-doces e coloquei alguns pedaços no meu prato. E, sem
pensar, peguei um deles e comi. Peguei mais comida e fui pesar o meu
prato. Só me dei conta do que fiz depois, na hora em que coloquei o prato
na mesa e comecei a comer.
Aí bateu o remorso. E agora? O que eu vou fazer? Não tinha como

colocar aquela batata de volta no prato para pesar de novo. Pensei em
todas as coisas que as pessoas falam nessas horas. Deixe pra lá, o dono do
restaurante não vai sentir falta de um pedaço de batata-doce, esse dinheiro
não vai fazer diferença. Você não fez por querer, estava com muita fome
e distraído. Tudo isso era verdade, mas eu tinha feito algo errado. Eu iria
remoer esse ato na minha cabeça, até conseguir consertar.
Então acabei de comer, fui até o bufê de comida, peguei um prato limpo
e coloquei nele cinco pedaços de batata doce. Pesei o prato e fiz com que
acrescentassem o valor na minha conta. Depois devolvi as batatas no bufê,
paguei a conta e fui embora com a consciência limpa. O dono do restaurante
jamais saberá o que aconteceu, mas eu lembrarei desse dia para sempre...
pois foi o dia que pude ensinar para a minha criança, que comia escondido
chocolates ou bolachas no mercado, o que era realmente certo para mim.
Como você viu, é algo simples. Aquela minha pequena atitude foi
o suficiente para aprender e me redimir. Eu paguei minha conta e não
fiquei remoendo mais o fato. Limpei a minha mente de algo que iria me
incomodar e me atrapalhar, roubando minhas energias.
Na prática seguinte, vamos exercitar o perdão. Vamos limpar o seu

mundo invisível das culpas, que não permitem que as coisas benéficas,
principalmente o dinheiro, fluam livremente na sua vida. Por isso, viva
essa prática intensamente!
73
PRÁTICA 4
RESGATANDO AS CRIANÇAS PERDIDAS
Vá a um local tranquilo, onde possa ficar sozinho por meia hora, mais
ou menos. Com os olhos fechados, relembre na sua infância qual foi o
momento que mais te gerou culpa....
Veja novamente a mesma cena, mas com olhos de ADULTO.
Relembre todo o diálogo, o local onde tudo aconteceu, e visualize cada
detalhe dessa sua experiência. Por exemplo, veja a sua mãe o repreendendo:
“Você não merece o brinquedo novo, porque não estuda, não faz lição
de casa e tirou nota vermelha”
Então interfira, como ADULTO que você é, conversando com essa
CRIANÇA que está lá, desconsolada, sem saber o que fazer:
“Oi menino, eu vim te falar algumas coisas que não te explicaram...
realmente você devia ter estudado, então a partir de hoje, vai lá e faça a
lição de casa. Estude, porque é para o seu bem! Conserte o que você fez e
vai ficar tudo bem. Assim, você vai ganhar o brinquedo que tanto quer. A
mamãe não vai ficar brava com você porque ela te ama muito.”
É como se você, adulto, fosse um mediador da sua criança. Volte a
cada cena e, como ADULTO, explique a situação para essa CRIANÇA
para que ela interprete o fato de uma nova forma. Veja outros exemplos:
“Olha, você não deveria ter batido no seu irmãozinho. Mas vai lá, faça
as pazes com ele agora. Brinque com ele, empreste seus brinquedos e diga
o quanto você o ama. É só fazer isso, não é nada do outro mundo, vai ser
bom pra vocês dois. O seu irmão vai te perdoar e vai ficar tudo bem.”
“A mamãe está chateada porque você foi muito mal-educado com ela,
mas dá pra consertar. Quer ver como? Vai lá, peça desculpas e diga que
não vai mais responder desse jeito pra ela. Dê um beijo, abrace, diga que
a ama. Ela vai te desculpar.”
74
Agora refaça a cena, como se fosse um diretor de cinema:

Reveja a cena com a CRIANÇA pedindo desculpas, a sua mãe a aco-
lhendo do jeito que as mães amorosas fazem, com um abraço apertado,
um beijo, um afago na sua cabeça:
“Filho, mamãe te perdoa, sim. É claro que mamãe vai te perdoar. Vem
cá, me abrace!”
Sinta o calor e o perfume da sua mãe, veja o sorriso no rosto dela. E
veja a sua CRIANÇA sorrindo também.
Essa CRIANÇA já não estará mais perdida, pois a percepção que
você tinha desse momento do seu passado mudou. E mudou, também,
a percepção que agora você tem de si mesmo.
Em algumas vezes, pode dar vontade de chorar, está tudo certo e faz
muito bem chorar. Por isso é importante você estar sozinho, para que possa
se abraçar, como se abraça uma criança, consolá-la, fazer de tudo para
resgatá-la com o seu amor e compreensão de adulto. Todas as vezes que
você se deparar com uma barreira emocional, faça o resgate da CRIANÇA
PERDIDA que está ali, nas sombras e se sentindo aprisionada. Você se
sentirá merecedor e verá que a sua vida se tornará mais fácil, mais leve
e muito mais PRÓSPERA!
75
PRÁTICA 5
PERDOE-SE
Vá a um local tranquilo, onde possa ficar sozinho por meia hora,

mais ou menos. Apenas se permita e vamos agora acessar, juntos, as suas
culpas, compreendê-las e redimir-se delas. Pode ser doloroso no início,
mas também será libertador. Por isso, respire fundo e vamos lá!
A. Preencha os espaços abaixo com CINCO ERROS que você
cometeu e dos quais mais se arrepende.
1. Eu me sinto culpado(a) por ________________________________
______________________________________________________
2. Eu sou culpado(a) de ____________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
4. Eu sou culpado(a) de ____________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
B. Agora preencha os espaços correspondentes a cada erro com o que

você acredita que BUSCAVA ou QUERIA quando cometeu esses erros.
1. Eu buscava ____________________________________________
______________________________________________________
2. Eu queria _____________________________________________
______________________________________________________
3. Eu buscava ____________________________________________
______________________________________________________
76
4. Eu queria _____________________________________________
______________________________________________________
5. Eu buscava ____________________________________________
______________________________________________________
C. Agora preencha os espaços com um ANTÍDOTO para cada erro

mencionado acima. O que você poderia ter feito de diferente, agora que
sabe o que realmente buscava?
1. Eu poderia ter __________________________________________
______________________________________________________
2. Eu poderia ter __________________________________________
______________________________________________________
3. Eu poderia ter __________________________________________
______________________________________________________
4. Eu poderia ter __________________________________________
______________________________________________________
5. Eu poderia ter __________________________________________
______________________________________________________
D. Agora peça PERDÃO para cada erro mencionado acima.

Procure as pessoas que sofreram com os seus erros e converse com elas.
Diga a elas por que fez aquilo, que agora sabe que errou e que aprendeu
a lição – e peça PERDÃO. Se você não tem mais contato com a pessoa
envolvida, peça perdão mentalmente, imaginando essa pessoa, relembrando
seu rosto, a sua voz, e dizendo em voz alta tudo o que diria pessoalmente.
Tente compensá-las de alguma forma.
Sempre que aparecer novas culpas, comece tudo de novo!

Você verá que logo a sua vida passará a fluir melhor e de uma forma muito
mais próspera em todos os sentidos. As oportunidades aparecerão, você
agirá com maior leveza e as coisas tenderão a dar certo!
77
REPROGRAMAÇÃO EMOCIONAL
CULPA E MERECIMENTO (vídeo)
Coloque a câmera do seu celular aqui e veja o vídeo!

Você pode alterar toda

a sua realidade através
da comunicação

5. A palavra cria! AMOR
No primeiro dia da Criação, Deus “Palavra eu preciso

fez o céu e a terra. Depois, disse: “Haja Preciso com urgência
luz”; e fez-se a luz. Assim começa o Palavras que se usem
primeiro dia do Universo, segundo em caso de emergência
a Bíblia. A primeira palavra foi a de
Dizer o que se sente
Deus, o primeiro verbo, o da criação.
Cumprir uma sentença
No hinduísmo, a palavra OM é a Palavras que se diz
representação sonora do Absoluto, o Se diz e não se pensa”
som do início do Universo. A ciência
Marcelo Fromer
já comprovou que, desde as partículas e Sérgio Britto
mais minúsculas, até as estrelas mais “Palavras”
distantes, o som está em tudo o que
existe no Universo.
Do som, se fez a palavra. E a palavra sonora tem um grande poder
de criação. O som é uma forma de energia produzida por vibração, que
comunica e interfere em todos os corpos próximos, que, por sua vez,
emitem mais sons, numa sinfonia infinita. Isso é o Universo. No âmbito do
estudo da Inteligência Emocional, a palavra cria, dá forma e torna visível
aquilo que era invisível: o mundo das EMOÇÕES, o mundo invisível que
estamos tratando neste livro. E, alterando a PALAVRA, você começa a
alterar a sua realidade a partir da comunicação.

A PALAVRA que vem do nosso mundo invisível

Então o som, a palavra, tem um grande poder de materialização.
Com o domínio da PALAVRA, da nossa capacidade de expressar ideias e
raciocínios complexos, temos o poder de convencimento, de disseminar
conhecimento e de influenciar pessoas. Mas o grande problema é que nós
também ouvimos palavras emitidas (pensadas) dentro de nós, que vêm do
nosso mundo invisível, das nossas CRIANÇAS PERDIDAS. Dependendo
daquilo que você viveu, do que seu pai e sua mãe falavam para essa sua
criança, você ouvirá uma “vozinha” repetindo dentro de sua cabeça:
– “Você não presta.”
– “Você não vai dar em nada na vida.”
– “Você vai ser um bandido, que nem seus amigos.”
– “Você vai ser igual a sua mãe, a seu pai.”
Essa voz vai criando literalmente a nossa realidade, faz com que veja-
mos o mundo – e a nós mesmos – através dessa lente distorcida, criando
barreiras e freios que nos impedem de conquistar coisas positivas, ou
aquilo que queremos. Para alcançarmos a PROSPERIDADE em todos
sentidos, temos que olhar para essa criança e saber o que ela está dizendo
quando, por exemplo, pegamos no dinheiro:
– “Cuidado, vai faltar, sempre faltou.”
– “Você não merece tudo isso de dinheiro.”
– “Isso não é para você. Gasta logo, senão você vai perder ou alguém
vai roubar.”
Por mais que melhoremos a nossa comunicação externa, falada, que
a gente elabora com a nossa razão e comunicamos para as pessoas, se
não corrigirmos a percepção distorcida dessa criança que existe dentro
de nós, continuaremos cometendo os mesmos erros, vivendo as mesmas
barreiras e autossabotagem, e consequentemente, realizando cada vez
menos, neste mundo que muda exponencialmente.
82
A PALAVRA que vem de fora. A PALAVRA que

emitimos
Não é só do nosso mundo invisível que vêm as palavras que regem
a nossa percepção de mundo. Aqui fora vivemos sob um verdadeiro
bombardeio de informações elaboradas de forma complexa, insinuante
e convincente para alterar o nosso comportamento e decisões.
Enquanto a propaganda nos diz que devemos consumir isto e aquilo
para sermos belos, ricos e saudáveis, as redes sociais e programas de TV
nos mostram como a vida é perfeita para as celebridades. E, quando
assistimos ou lemos os noticiários, somos expostos apenas a informa-
ções extremamente negativas. O mundo está em crise, a economia vai
mal e as taxas de desemprego crescem a cada dia. Os políticos corruptos
proliferam, a miséria humana está em todos os cantos. Casos de assassi-
natos, roubos e abusos são abordados em detalhes e repetidamente. As
coisas ruins parecem milhões de vezes ampliadas com essa cobertura
sensacionalista feita somente com o objetivo de ganhar mais audiência,
e vender produtos nos intervalos.
E, claro, você passa a comentar sobre essas notícias com a mesma
intensidade. Reclama da crise, pede por justiça para que os corruptos sejam
punidos e horroriza-se com os crimes brutais. Passa a propagar boca a
boca as notícias ruins, a compartilhá-las nas redes sociais, e a receber de
volta comentários dos seus familiares e amigos, ampliando ainda mais o
impacto emocional negativo no seu mundo invisível.
Essa carga incessante de informações negativas está gerando todos
os dias uma overdose de emoções negativas na humanidade. Temos que
“limpar” essa comunicação, limitar a nossa exposição a essas informações
e evitar espalhar e ampliá-las ainda mais. Porque, mais cedo ou mais tarde,
isso se tornará a sua realidade.
“Então vou viver numa bolha, num mundo de

Poliana, sem saber o que está acontecendo?”
83
Claro que é importante se manter informado. Mas fique tranquilo,

você não precisa procurar por essas informações, pois você saberá de
um jeito ou de outro. Sempre haverá pessoas que vão contar para você,
e essas informações estão em todos os lugares: nos sites que você visita,
nas conversas do WhatsApp e nas redes sociais. O que não devemos fazer
é focar nossa atenção nessas informações negativas.
Onde você foca, expande!!!

Se você dirigir o seu foco para a crise, aos problemas do país, as
dificuldades econômicas, tudo isso vai “crescer” na sua cabeça e vai se
expandir a ponto de enxergar apenas o lado negativo em tudo que você
vê. E logo você estará pensando no negativo o tempo todo, sofrendo com
isso, sentindo raiva, frustração e sentindo-se impotente para reagir.... e
isso não mudará a sua vida e nem o seu mundo!
A mídia também costuma focar nos aspectos negativos, mostrando

uma visão alarmista dos fatos, em busca de audiência, pois tudo o que
nos ameaça capta mais a nossa atenção. Então, cabe a você controlar as
suas emoções para distinguir o fato em si do tom pessimista dado pela
mídia. É a velha máxima de ver o copo meio cheio ou meio vazio. Prefira
ver sempre o copo meio cheio... para o seu próprio bem!
Se você trabalha na área de finanças, por exemplo, e é obrigado a lidar

todos os dias com esse tipo de informação, seguem algumas recomen-
dações que podem ajudar:
• Pegue um momento específico do dia para ler o noticiário econô-

mico. De preferência, no meio do dia, nunca de manhã ou final da
noite, pois nesses horários o seu inconsciente, o seu cérebro emocional,
estará mais “aberto” e receptivo. E a última coisa que queremos é que
essa carga negativa vá direto para o nosso mundo emocional.
• Use a Estratégia do Sanduíche: procure na internet e leia com aten-

ção uma notícia boa antes de entrar no noticiário. Algo otimista, que
84
o motive a ganhar dinheiro, por exemplo. E leia outra notícia boa

depois. Assim, você entrará fortalecido emocionalmente e sairá com
uma emoção positiva da última leitura.
• Acione ao máximo a sua razão, pois, com a emoção, a negatividade
ganha corpo, ganha vida. Diga a si mesmo:
“Agora vou fazer um trabalho estritamente racional. Crises acontecem
toda hora, notícias ruins também, por isso vou focar apenas na informação
que eu realmente preciso, etc.”
• Não fique remoendo a informação negativa. Nem a espalhe para quem
não tem necessidade dela. Lembre-se: onde você foca, EXPANDE!
MATRIZ DA VIDA
A Matriz da Vida é a maneira como, sem perceber, criamos a nossa
realidade! É uma grande receita de bolo, que nos guia para fazer sempre
o mesmo bolo. Pode ser um bolo maravilhoso ou um bolo solado! Esse
bolo é a nossa VIDA, como a interpretamos, como nos comportamos e
os resultados que colhemos ao longo dela.
85
De acordo com a COMUNICAÇÃO que recebemos do nosso mundo

invisível (emocional), e da COMUNICAÇÃO que recebemos do mundo
exterior, através dos nossos cinco sentidos – que nada mais é do que
uma INFORMAÇÃO – o cérebro emocional gera um PENSAMENTO
(imagem) dentro de nós.
Aquele pensamento, ou aquela imagem, nos desperta uma determinada

EMOÇÃO. E, unindo nosso pensamento com a emoção, pouco a pouco
cria-se uma CRENÇA, ou o que chamo de PROGRAMA EMOCIONAL.
E é esse Programa Emocional que conduz o nosso COMPORTAMENTO.
E aí, esse comportamento ou resultado, é uma nova COMUNICAÇÃO

que inicia um novo ciclo, reforçando cada vez mais o registro desse
Programa Emocional no nosso cérebro límbico.
Se ouço a minha vida inteira que dinheiro é sujo, passo a falar isso
para os outros e para mim mesmo. E a tendência é acontecer coisas para
reforçar ainda mais essa crença. Daí a importância de conhecermos essas
“crianças perdidas” que carregamos na nossa história de vida. Porque elas
estão falando o tempo inteiro dentro da nossa cabeça! Uma criança que
todos nós carregamos, e que está “dentro” do seu bolso, na sua carteira,
conta corrente, no seu cartão, ou no Instagram, impulsionando você a
fazer coisas, que mais tarde, se arrependerá!
E aí você fica preso nesse ciclo vicioso, se for negativo; ou virtuoso, se

for positivo! Fica rodando, rodando e, como a cada repetição, as trilhas
neurais – que é o modo como registramos novos comportamentos – vão
se aprofundando e ficando mais fortes, torna-se mais difícil mudar o
seu modo de pensar, sentir, agir... e acaba colhendo cada vez menos os
resultados que você deseja.
As pessoas tendem a encontrar culpados!
Durante os últimos 22 anos, desenvolvendo emocionalmente mais de

100 mil pessoas, o que eu mais ouvi, foram pessoas apontarem culpados
86
para tudo, menos assumirem a responsabilidade, pela sua vida financeira.

Apresentam-se sempre como vítimas, nunca como os responsáveis. Dizem:
“Estou mal de finanças por causa da minha mãe (ou do meu pai, da
minha mulher, do meu chefe, dos meus funcionários, etc.).”
“Meus negócios não vão pra frente por causa da situação econômica
do país (ou da instabilidade política, do meu sócio ou colaboradores, da
depressão econômica, do pessimismo geral, etc.).”
Isso está muito longe da verdade, pois o fato de você estar bem ou
mal financeiramente depende, principalmente, de você. Pois é você que
carrega todas essas crianças perdidas, que acreditam e fazem de tudo até
hoje, para que você esteja exatamente na situação financeira que você está
hoje. É você que se abre todos os dias para essa enxurrada de notícias
econômicas negativas.... e é você que toma cada uma das decisões que
te trouxeram até aqui!
Então já que a responsabilidade é SUA,

comece a mudar a sua MATRIZ DA VIDA!
Agora vamos, juntos, promover essa mudança através da Prática 6

a seguir!
87
PRÁTICA 6
MUDANDO A SUA MATRIZ
Sobre PEGAR no dinheiro:

A. O que você PENSA quando PEGA no dinheiro?
A primeira coisa que lhe vem à cabeça quando usa o dinheiro em
cédulas é que ele é abundante? Escasso? Ou se recorda de brigas entre
seus pais? Ou se lembra de quando o dinheiro faltou para comprar algo
que tanto queria? Cite três pensamentos pela ordem de importância:
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________
B. Agora diga o que SENTE quando PEGA no dinheiro:

Agora se permita perceber as suas EMOÇÕES... Todos nós sentimos!
Quando você manuseia o dinheiro, sente alegria... ansiedade... sensação de
que é sujo ou que você não merece. Ou então, sente medo de perdê-lo...
raiva do que ele te fez passar... ou tristeza, por tantos momentos de dor?
Quais as três principais emoções, pela ordem de importância, que vêm
à sua cabeça agora? Escreva abaixo:
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________
CONVERSAR sobre dinheiro:

A. O que você PENSA quando CONVERSA sobre dinheiro?
88
Enquanto fala com alguém sobre dinheiro, o que vem à sua cabeça?
Que é muito difícil ganhar dinheiro? Já se imagina fazendo algo com o
dinheiro? Comprando? Investindo? Lembra-se de fatos tristes? Fatos
alegres? Escreva três pensamentos pela ordem de importância:
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________
B. Agora cite o que SENTE quando CONVERSA sobre dinheiro:
Sente uma tristeza? Felicidade? Esperançoso? Pessimista? Sente irri-

tação? Ou incomodado? Quais as três principais emoções, pela ordem
de importância, que lhe vêm à cabeça? Você pode repetir emoções que
já citou na resposta anterior. Escreva abaixo:
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________
COMPRAR algo com o dinheiro:
A. O que você PENSA quando COMPRA algo?
Pensa que esse dinheiro vai fazer falta? Ou só pensa naquilo que
está comprando? Ou se lembra de alguma coisa que já comprou antes?
Lembra de algum fato da sua infância? Escreva três pensamentos pela
ordem de importância:
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________
89
B. O que você SENTE quando COMPRA:
Sente inseguro? Calmo? Ansioso? Culpado? Excitado? Importante?

Feliz? Vaidoso? Irritado? Impaciente? Com raiva? Quais as três principais
emoções, pela ordem de importância, que vêm à sua cabeça? Você pode
repetir emoções que já citou nas respostas anteriores. Escreva abaixo:
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________
Sobre a COMUNICAÇÃO EXTERNA:
A._ Anote abaixo as notícias relacionadas ao DINHEIRO que você

vem recebendo diariamente:
Da TV:________________________________________________
Do rádio: ______________________________________________
Da internet:____________________________________________
Dos jornais:____________________________________________
Das revistas: ___________________________________________
Das redes sociais: _______________________________________
B. Anote agora que EMOÇÃO você sente quando vê, lê ou ouve essas
notícias:
Da TV: _______________________________________________
Do rádio: ______________________________________________
Da internet: ____________________________________________
Dos jornais: ____________________________________________
90
Das revistas:____________________________________________
Das redes sociais:________________________________________
Nas respostas sobre PEGAR e CONVERSAR sobre dinheiro e

COMPRAR coisas:
• Faça um “x” na frente de cada resposta com o significado negativo.
• Há mais respostas sem “x” ou com “x”?
• Reflita sobre isso. Você enxerga o dinheiro de forma positiva ou
negativa?
• Escolha a EMOÇÃO negativa que você sente mais forte e intensa, ou
a que mais se repete nas respostas e faça o RESGATE EMOCIONAL
da SUA CRIANÇA PERDIDA relacionada a essa emoção, seguindo
os passos da PRÁTICA 4 deste livro.
Nas respostas sobre a COMUNICAÇÃO EXTERNA:

• Faça um “x” na frente de cada emoção negativa.
• Depois reflita: a mídia tem transmitido mais emoções negativas ou
positivas?
• Perceba de onde têm vindo mais emoções negativas: da TV, das redes
sociais, etc.
• Comece a controlar o seu acesso a essa mídia, SELECIONANDO
melhor o que você vê, ouve ou lê diariamente. E mesmo que você
não perceba, lembre-se que com a repetição... água mole, pedra dura,
tanto bate, até que fura!
91
O que é melhor: eu,

sozinho, cuidando de
mim sem me importar
com o todo, ou o todo,
com mais de sete bilhões
de seres humanos,
cuidando uns dos outros?

6. Dinheiro é história
Já falamos muitas vezes neste livro, “Desde os primórdios

que as gerações passadas nos transmi- Até hoje em dia
tiram muitas crenças e comportamen- O homem ainda faz
tos. E, quanto mais antigas, mais estão O que o macaco fazia
arraigadas em nosso cérebro emocional. Eu não trabalhava
Então vamos falar agora sobre alguns Eu não sabia
comportamentos que ecoam do nosso
Que o homem criava
passado e que precisamos aprender a
E também destruía
perceber e atualizar cada um deles!
Homem primata
Capitalismo selvagem
Cultura do Imediatismo Ô! Ô! Ô!”
Titãs
Sabe qual é a empresa mais antiga “Homem primata”
do mundo?
O Hotel Nishiyama Onsen tem 1.314 anos de existência, e continua

a operar desde o século VIII, no Japão. Na Europa, funcionam até hoje
restaurantes, bares, tecelagens e vinícolas com mais de mil anos de exis-
tência, trazendo consigo um pedaço da história da Humanidade. Esses
negócios de pequeno porte sobreviveram a inúmeras guerras, pestes e
catástrofes naturais e hoje são importantes heranças históricas, valorizadas
pela sua longevidade e persistência.
Seria matematicamente impossível que no Brasil, descoberto no ano

de 1.500 pelos portugueses, existissem empresas tão antigas. Mas, de

qualquer modo, chama a atenção o pouco número de empresas com mais

de cem anos de existência por aqui.
As nossas empresas mais antigas são todas estatais: o Correio (1663),

a Casa da Moeda (1694) e o Banco do Brasil (1808). Mongeral, a primeira
empresa privada a aparecer na lista das empresas mais antigas em atividade
no País, foi fundada em 1835, mais de 300 anos após a descoberta do Brasil.
Houve um vácuo de crescimento econômico entre a descoberta em

1500 e o florescimento da economia brasileira. Isso se explica pela maneira
como se desenvolveu a economia durante o período colonial. No início,
apenas os portugueses, os sobreviventes de embarcações naufragadas e
aventureiros de todos os tipos compunham, junto com as tribos indígenas,
a população brasileira. Os primeiros habitantes europeus sobreviviam
durante alguns anos extraindo e comercializando pau-brasil e outras
riquezas, geravam filhos com as mulheres indígenas e, se não sucumbis-
sem às doenças tropicais, aos ataques de bandidos ou de indígenas que
atacavam para se defender, retornavam a Europa para nunca mais voltar.
A ideia predominante era a de extrair tudo o que podia, o mais rápido
possível, para retornar a sua terra natal.
Durante o ciclo da cana-de-açúcar e o ciclo do ouro, continuava a

vigorar no Brasil, uma economia primitiva, baseada no extrativismo e na
monocultura, completamente dependente de Portugal. As iniciativas de
industrialização eram proibidas, as exportações só eram liberadas para
Portugal, que revendia esses produtos para outros países. A filosofia do
ganho imediato permanecia no Brasil colônia. Apenas com a chegada da
Família Real ao Brasil, em 1808, o estabelecimento de indústrias brasileiras
foi liberado, abrindo caminho para uma economia mais desenvolvida.
Portanto, são 300 anos de crenças arraigadas no ganho fácil e rápido,

e de completa falta de planejamento, que precederam o atual panorama
econômico do nosso País.
Essa visão e comportamento imediatistas permanecem ainda em

todos nós.
96
Por aqui, dificilmente as empresas duram mais que uma geração.

Funcionam durante cinco, dez, vinte anos, no máximo, depois a lucra-
tividade cai, são vendidas ou acabam fechando. A tendência de buscar
sempre o sucesso imediato e descuidar-se do futuro está lastreada na
nossa história tão recente.
O brasileiro não se sente confortável pensando em objetivos de longo

prazo. Nossos planejamentos preveem resultados utópicos, detalhes cru-
ciais são ignorados, problemas sérios são minimizados, pois, no fundo,
todos acham que esses planos nunca serão cumpridos. Empurra-se o
planejamento com a barriga, cumprem-se apenas as etapas iniciais, pois,
temos a convicção de que o próximo gestor irá recomeçar do zero. Não
nos achamos capazes de cumprir metas que demorarão cinco, dez, vinte
anos para serem alcançadas. Somos partidários do “só se for agora”.
Por outro lado, contra todas as estatísticas, acreditamos que vamos

ganhar em loterias, rifas, bingos, jogo do bicho ou pirâmides. Tudo isso
parece dinheiro fácil e rápido! E tudo isso só faz tanto sucesso no Brasil,
por conta da nossa ilusão de lucro imediato.
Não é por acaso que a Cultura do Imediatismo encontrou um terreno

fértil no Brasil.
O termo Cultura do Imediatismo surgiu recentemente, com o advento

da tecnologia digital. É uma tendência mundial que descreve o compor-
tamento de pessoas que vivem o dia a dia em função da conectividade
digital. Com o tempo tomado pelos e-mails, mensagens instantâneas e
stories nas redes sociais, as pessoas vivem na urgência de enviar, responder
e reagir 24 horas por dia. E quanto mais rápido, melhor, ou perderá as
informações emitidas, sem cessar, por outras pessoas com a vida digita-
lizada. A sua atenção está sempre voltada para um presente infindável,
pois o futuro já não existe, apenas o aqui e agora!
O Imediatismo, que já imperava por aqui, desde a época do Colonialismo,

encontrou na tecnologia digital um terreno fértil. O que já era rápido se
tornou ainda mais rápido, superficial, vazio e sem valor. E com as nossas
97
finanças está acontecendo o mesmo também. Investimos num fundo, se

não rende o que esperamos logo de cara, mudamos de investimento e
reclamamos do gerente da conta. Abrimos um negócio às pressas, e se
não der lucro rapidamente começamos a pensar em como passar esse
mico pra frente, pois estamos quebrados. Parcelamos despesas no cartão
de crédito, sem pensar que não temos uma fonte de renda garantida para
pagar essas parcelas, porque queremos esse bem agora, já.
Essa é a Cultura do Imediatismo, e tenho certeza que você já se

lembrou de várias situações em que agiu assim, ou presenciou alguém
se comportando dessa maneira.
Agora vou recorrer de novo à sabedoria do meu avô Alfredo, aquele

que gosta de ditados. Ele diria:
“Cebola que muito muda não dá cabeça.” Vovô Alfredo!
Mudando a cebola de lugar toda hora, ela nunca cria raiz, não dá
“cabeça”. Não dão tempo para ela germinar, e ainda dizem que a cebola
é ruim. O mesmo acontece com o dinheiro. Se você muda toda hora
onde o seu dinheiro está investido, ele nunca se firma, não vinga e não
dá frutos. Então você acha que o dinheiro não vem, coloca a culpa no
gerente, no sócio ou no mercado, enfim, você “culpa a cebola”. Portanto,
quando você sentir que, apesar dos seus esforços, seu dinheiro não está
dando frutos, analise se a ansiedade, a falta de planejamento, a falta de
cuidado com detalhes e com a negociação, a insegurança ou a falta de
visão de um futuro a longo prazo não estão apodrecendo a sua cebola!
Cultura da Mãezona
Observe os filmes de Hollywood, os pais americanos ensinam os filhos
a ganhar dinheiro e a empreender desde cedo. É emblemática a cena do
garotinho vendendo limonada na frente de sua casa em troca de uns cen-
tavos. Lá se ensina, desde cedo, a ser independente em todos os aspectos,
principalmente no financeiro. As crianças fazem bicos cortando a grama
98
dos vizinhos, entregando jornais, fazendo pequenos serviços para ganhar

um dinheirinho extra, e não há nenhum problema nisso. Eles estão apenas
treinando e se preparando para a vida adulta.
Nós não agimos assim com os nossos filhos. A maioria dos pais
superprotege os filhos e nem cogita em ensiná-los a ganhar dinheiro.
Pensam, sim, em como sustentá-las para sempre, dando-lhes tudo do
bom e do melhor, sem que precisem aprender como darão continuidade
a sua própria sobrevivência.
Isso acontece porque criamos a cultura da MÃEZONA!
Já falamos no início deste livro, que o dinheiro está ligado ao con-
ceito de “mãe”, pois é a mãe que primeiro nutre o filho e satisfaz as suas
necessidades físicas – ou seja, materiais.
E aí, o que acontece? Criamos adultos que trocam a comodidade da
sustentação materna pelos benefícios oferecidos pelo seu empregador.
A empresa é a versão profissional da MÃEZONA. Ela fornece ao seu
funcionário o carro, o ticket restaurante, ticket de combustível, o vale
supermercado, bônus, etc. Só que esse funcionário não tem a cultura de
empreendedor, de pensar de modo independente, de usar a sua inteligência
para gerar, o tempo todo, possibilidades de melhores resultados. Ele se
interessa apenas pelo seu ganho, seus benefícios e quanto falta para ir
embora ou se aposentar.
A CULTURA DA MÃEZONA também gera um fenômeno já comum
no Brasil, a “Geração Canguru”, ou seja, adultos de 25 a 40 anos, que ainda
vivem na casa dos pais e não pensam em sair de lá num futuro próximo.
Ganham o próprio dinheiro, que já poderiam arcar com as despesas de
uma vida independente, mas preferem continuar sob as asas dos pais,
usando o seu dinheiro para viajar, comprar roupas ou objetos para si... ao
invés de aproveitarem para investir... pois nunca foram ensinados a isso!
A CULTURA DA MÃEZONA estimula o comodismo, o materialismo,
e acaba acarretando dificuldades para a pessoa se enxergar como adulto
e assumir as responsabilidades como tal. Pode retardar o crescimento
99
emocional, fazendo-a agir de forma rebelde, imatura e inconsequente,

prejudicando a sua vida pessoal, profissional e o nosso mundo.
É claro que Mãe é a melhor coisa da vida! Ela nos gerou, amamentou,
cuidou da gente para que um dia pudéssemos ser adultos e independentes.
Não deixe que uma ideia distorcida da maternidade seja uma barreira na
sua vida. Nenhuma mãe gostaria disso, muito menos a sua!
Cultura da Obesidade
A Cultura da Obesidade vem desde a época das cavernas, quando
fomos programados para estocar alimentos, pois, como dependiam
principalmente da caça para nos alimentar, os nossos antepassados
constantemente conviviam com a fome. Quem tinha mais massa
corporal tinha mais chances para sobreviver, portanto, quando havia
comida, era preciso comer muito e rápido para fugir, antes que algum
predador aparecesse.
Acumular gordura era questão de vida ou morte
Esse programa foi gravado, provavelmente, no nosso cérebro límbico

há cerca de 2,5 milhões de anos, quando surgiu o primeiro Homo habilis,
na África oriental. Claro que, nessa época, toda a gordura que acumulá-
vamos no nosso corpo era logo queimada, pois o que não faltava eram
atividades físicas para fazermos, literalmente tudo.
Os gregos foram os primeiros a considerar a obesidade como um
problema de saúde, por volta do século seis antes de Cristo. Hipócrates,
considerado o pai da medicina, disse: “A corpulência (obesidade) não só é
uma doença, como é o prenúncio de outras”. De lá para cá, houve períodos
alternados, em que a gordura era vista com maus olhos e outras, em que
voltou a ser considerada sinal de riqueza e saúde. Esses últimos, geralmente
coincidiam com épocas de guerras, quando houve novamente escassez
de comida e outros bens. Até hoje, existem vários locais no mundo,
100
como Kuwait e Mauritânia, em que as mulheres obesas são desejadas e

admiradas como símbolos de opulência e fertilidade.
Esse comportamento se faz notar mesmo hoje, em várias situações.

Quando há previsão de aumento nos preços da gasolina, formam-se
longas filas nos postos, pois todos querem encher o tanque na vés-
pera. Se há greve de caminhoneiros, corre-se ao supermercado para
comprar comida e produtos de primeira necessidade, acelerando o
desabastecimento. A qualquer sinal de crise, as pessoas saem acumu-
lando. Em vez de somarem esforços para enfrentarem as dificuldades,
competem entre si.
ESTOCAR e ACUMULAR é um comportamento individualista e

egoísta, que nunca se pensa no bem geral, mas apenas no benefício próprio.
Quem estoca e acumula está pensando: “Se faltar, eu tenho”. E nunca: “Se
faltar, vamos dividir, consumir menos, nos ajudar para encontrar, juntos,
uma solução pra todos”.
Se você estocar alimentos, água, gasolina ou outros bens, poderá viver

melhor do que as outras pessoas durante um período. Mas o que você
vai fazer, quando o seu estoque acabar? Porque todas as grandes crises
dependem de engajamento popular para serem controladas, sejam guerras,
epidemias ou catástrofes naturais. Todos nós fazemos parte de um todo,
nenhum de nós conseguirá sobreviver sem os demais.
Portanto, o comportamento de ESTOCAR e ACUMULAR não é bom

para a nossa sobrevivência. Trabalhar apenas para o benefício próprio
é incompatível com a raça humana, pois somos criaturas sociais, que
sobrevivem apenas em grupo.
Essa necessidade de ACUMULAR bens se manifesta, também, em

tempos mais tranquilos, quando não há crises ou catástrofes. As pessoas
acumulam roupas, objetos, equipamentos eletrônicos, joias ou carros,
muito acima do que conseguem ou precisam consumir. Essa ânsia de
comprar, ter e guardar vem lá de trás, do nosso comportamento primitivo
e irracional de acumular gordura para sobreviver.
101
Dizia-se: “Quem guarda, tem”. E as pessoas guardavam. Era comum

encontrar dinheiro escondido nos colchões, nos guarda-roupas ou em
locais secretos de parentes já falecidos, somas enormes na época em que
foram guardadas, mas que se desvalorizaram com o tempo. Esse dinheiro,
se estivesse em circulação, poderia ter sido usado para criar empresas,
ajudar familiares e amigos, ou causas humanitárias, e, até mesmo, para
a própria diversão e felicidade da pessoa que o ganhou. No entanto, foi
para o lixo, desperdiçado!
Tudo que não flui, se deteriora
Tudo que está parado vai se deteriorando. A comida, a roupa, o carro,

tudo se deteriora, nada nesse mundo é permanente. Tudo se transforma,
o tempo todo, até o dinheiro. Por isso, você não deve estocar. Se as coi-
sas vêm até você e você apenas as acumula, está estancando o fluxo do
Universo. Lembre-se que tudo que não circula, apodrece e morre!
Como uma consequência natural, as coisas vão parar de vir até você.
Mas, se você mantém o fluxo, usa o dinheiro em objetivos que vão

gerar benefícios para outras pessoas, tudo continua a fluir, a vir até você,
seja dinheiro, bens materiais, pessoas que vão trazer oportunidades ou
novas possibilidades.
Quando você entra no processo de “não quero dividir, não quero

compartilhar, quero acumular”, está indo contra a natureza do ser humano.
Está estancando o processamento da energia que mantém o organismo
social vivo. Você está estancando o fluxo que rege o Universo. E aí, como
uma célula morta, será jogado para fora.
Até por isso, quem quer só acumular dinheiro e bens, e jamais con-
tribui para o bem da sociedade, dificilmente é alguém saudável. Sofre de
doenças físicas ou emocionais e está sempre em tratamentos de saúde,
porque é uma célula doente, que, se não mudar, logo não receberá mais
nutriente e será descartada do “corpo”.
102
DINHEIRO é sobrevivência
Toda compra que você faz está ligada à ideia de sobrevivência. Mas
você se engana se pensa que a ideia de sobrevivência está relacionada
no nosso cérebro emocional às necessidades físicas como comer, beber
e dormir. No mundo invisível das EMOÇÕES, a sobrevivência está
intimamente vinculada à ACEITAÇÃO, a primeira necessidade do ser
humano. Porque tudo o que nós fazemos na vida é buscar primeiro o
AMOR, o AFETO e o RECONHECIMENTO de outros seres humanos,
para depois, o alimento físico.
Morrem muito mais pessoas no mundo por falta de ACEITAÇÃO ou

AMOR, do que por falta de comida, bebida ou abrigo.
Existe, hoje em dia, uma classe especial de pessoas que são mais
valorizadas do que qualquer outra: as celebridades ou influencers. Elas
podem ter dinheiro, algum talento, ou ter nascidos em berço de ouro,
mas possuem, principalmente, o dom de se destacar nas mídias sociais.
Qualquer coisa que façam, falem ou consumam passa a ser notícia no
mesmo instante. Mesmo que essa notícia seja a de que ela, está sofrendo
de depressão ou acabou seu relacionamento, por exemplo.
E aí postam selfies, deprimidos na sua casa maravilhosa, e as pessoas

dizem “O quê? Deprimido na beira de uma piscina dessas? Queria eu
estar deprimido desse jeito!”
Mas as coisas não são bem assim. Por mais likes e exposição na mídia
que tenham, a depressão desses influencers é real. Essas pessoas vivem
à base de aparências. Todo dinheiro que ganham vem carregado dessa
energia vazia e artificial, criada pela mídia e pela ilusão de outras pessoas,
tão vazias quanto elas. Por isso o dinheiro logo acaba, some e deixa no
seu lugar o mesmo vazio de antes.
“Vazio só pode criar vazio.”
Então vemos nos noticiários que esse influencer está doente, depri-
mido. Que seu casamento acabou, que está sem dinheiro ou falido. Ou,
103
em casos extremos, que tentou suicídio. Se isso acontece com quem

tem todas as condições para fazer qualquer tratamento, imagine com
a gente, seres humanos normais. Diariamente, milhões e milhões de
pessoas no mundo estão sofrendo desse mesmo mal, desse mesmo
vazio, dessa falta de afeto, tentando se curar e tampar esse buraco,
consumindo bens materiais.
Mas se ao contrário, você der ao seu dinheiro um significado e
direcionamento mais nobre do que os bens materiais que ele pode lhe
proporcionar, verá que esse mesmo dinheiro ganha outro valor, outra
dimensão e outra energia. Então a aceitação, o amor e o reconhecimento
virão como consequência natural.
As frases negativas sobre o dinheiro
É curioso como os ditados populares distorcem o real papel do dinheiro.

Crenças como “o dinheiro é a raiz de todos os males” e “quem é rico não
vai para o céu”, são transmitidas há muitas gerações.
O dinheiro só potencializa e mostra quem você realmente é. Quanto
mais dinheiro você tem, mais poder você ganha para exercer suas
qualidades, mas também, para dar vazão aos seus defeitos. Se você já
é normalmente arrogante, com o dinheiro será ainda mais. Se você é
sempre vítima das circunstâncias e alvo de pessoas de mau caráter, com
o dinheiro você se tornará ainda mais atacado. Se você é egoísta, com
o dinheiro, você será muito mais. Se você é bondoso, com dinheiro
você ajudará ainda mais outras pessoas. É como se o dinheiro fosse
um amplificador, que aumenta o volume da sua “voz”. Mas quem está
dizendo algo com essa voz é você.
Dizem, também, que “o dinheiro é a solução para todos os proble-
mas”, mas na verdade é o contrário. O dinheiro pode criar ainda mais
problemas. É como dar uma arma na mão de uma criança, nesse caso,
na mão de sua CRIANÇA interior que todos nós temos. Ela pode ferir,
pode machucar os outros e a si mesma com essa arma.
104
O único problema é que essas frases negativas, repetidas à exaustão,

criam trilhas neurais no nosso cérebro, transformando o dinheiro no
grande culpado, impedindo-nos de encará-lo como ele realmente é.
O dinheiro é o óleo que faz as engrenagens do mundo rodarem mais
rápidas; são as roldanas que nos faz erguer pesos muito maiores do que
a nossa capacidade normal; é como o sangue, que leva oxigênio a todas
as partes do nosso corpo, garantindo a nossa vida. Por isso, o dinheiro
deve estar sempre fluindo e circulando. Ele nos permite realizar muito
mais, conquistar muito mais, conhecer muito mais e experienciar tudo o
que queremos. O dinheiro, se bem usado, pode trazer benefícios a muitas
pessoas, tornando nosso mundo infinitamente melhor.
Se você direcionar o seu dinheiro para um PROPÓSITO,

estará limpando a carga negativa que muitas gerações
deram a ele
A imagem que fazemos do dinheiro é, na maioria das vezes, o de um
agente catalisador de energias negativas. Por dinheiro, as pessoas enga-
nam, roubam e se corrompem. Por dinheiro, irmãos brigam, parceiros
traem e amigos bajulam.
Veja, não estou dizendo que o dinheiro vem carregado de mau-o-
lhado, de azar ou algo parecido. Essa carga negativa está no nosso aspecto
emocional, em todos os registros de dor que carregamos em relação ao
dinheiro. Está no inconsciente coletivo, quando pensamos que o dinheiro é
perdição, é desonestidade, é inveja, etc. O dinheiro, em si, é só um número,
um papel ou uma moeda. São as nossas emoções que conferem essa carga
negativa a ele..., mas, que também, podem munir de cargas positivas.
Quando eu digo que vamos limpar a carga negativa do dinheiro, na
verdade vamos limpar o nosso próprio aspecto emocional.
Dar ao dinheiro um PROPÓSITO é dar a ele um novo significado.
O melhor PROPÓSITO que você pode dar para esse dinheiro é: aju-
dar o maior número de pessoas possível, usando os TALENTOS que você
105
tem e o seu dinheiro. Assim, esse dinheiro se desvinculará do papel de

mesquinharia, egoísmo ou de desonestidade que o inconsciente coletivo
lhe atribui, e se tornará o combustível para a sua PROSPERIDADE!
Mas, se você não tiver um PROPÓSITO, o dinheiro tende a não che-
gar até você. Ou, se chega, vem com uma carga negativa, ou sem energia
nenhuma, se tornando improdutivo e sem frutos. Se você gastar o seu
dinheiro apenas com coisas materiais para si mesmo, logo ele se esgotará
ou perderá completamente o seu valor.
Para isso, precisamos atrelar o dinheiro à uma EMOÇÃO. E não tem
emoção maior e mais positiva do que ter em vista o bem comum, um
PROPÓSITO MAIOR... o AMOR INCONDICIONAL! Nós viemos ao
mundo para realizar algo e gerar um benefício para a Humanidade. E,
quando damos ao dinheiro esse propósito, estabelecemos uma conexão
real e poderosa com o mundo.
Somos todos INTERDEPENDENTES
Muitas pessoas têm a ilusão de que são indivíduos separados do resto

da Sociedade. Por isso dizem: “Cara, eu preciso cuidar de mim, se eu não
cuidar de mim, ninguém vai cuidar”. Acham que esse individualismo
irá levá-los a vencerem na vida, mas quem vai cuidar dele, de verdade,
é a Humanidade. É o Universo. E esse Universo é composto de quê? De
bilhões de pessoas como nós, cada um procurando, descobrindo e cum-
prindo o seu papel nesse mundo. Então eu tenho um lugar meu, aqui,
reservado nesse todo, e você tem o seu. Somos todos dependentes, uns
dos outros, para manter o todo funcionando. Tem que ter essa troca, essa
INTERDEPENDÊNCIA.
O mundo em que estamos inseridos não é pequeno. Não é apenas do
seu tamanho ou do tamanho da sua família, do seu grupo de amigos, do
time que você torce, de sua religião ou da sua etnia. É muito mais amplo,
é maior e mais abrangente que tudo isso. Desde pequenos, nos ensinaram
a ver o mundo menor do que é, como uma forma de manipulação. Todos
106
repetem incessantemente: cuide de você, cuide de você, pois é mais fácil

manipular um indivíduo solitário e carente, do que pessoas que têm
consciência de ser parte de algo maior.
O que é melhor: eu, sozinho, cuidando de mim,

sem ligar para o todo? Ou o todo, com mais de
sete bilhões de seres humanos, cuidando de mim?
E a INTERDEPENDÊNCIA não significa que você deva esperar que

o Universo lhe mande um bilhete premiado para só depois retribuir. Mas,
o que seria do mundo se o restante, os sete bilhões de seres humanos,
ficassem de braços cruzados, esperando pelo bilhete premiado antes de
fazer a sua parte?
Não estou dizendo que você deva abandonar a sua carreira para se
tornar um missionário, para lutar contra a fome em locais distantes, ou um
militante ecológico, ou trabalhar numa instituição de caridade. Claro que,
se alguém tem capacidade, talento e crenças para isso, deve fazê-lo. Mas
estou me referindo a você, que precisa trabalhar para manter a sua família.
Todos nós possuímos o dom de realizar algo para o bem comum. Não é
preciso ser um herói ou um santo para dar ao dinheiro um propósito maior.
Se você tem uma empresa, desvincule-a do objetivo de ter apenas lucros
em dinheiro. Pense em quantas famílias você está ajudando, dando a seus
funcionários uma ocupação digna, remuneração justa e boas condições
de trabalho, para que possam, por sua vez, usar seus talentos e contribuir
para a Humanidade. Pense em quantas pessoas, direta ou indiretamente,
está beneficiando com os seus serviços e produtos. Se ajudar as pessoas for
o propósito principal do seu dinheiro, ele estará cheio de boas energias,
e gerará lucros de forma natural.
Se você exerce alguma atividade artística, não se apegue ao sucesso
pessoal ou ao seu ego. Pense em quantas pessoas você vai divertir, vai
107
fazer refletir e estimular com a sua arte. Você pode trabalhar para que
todos possam ampliar seus pontos de vista, descobrir novas estéticas
ou conhecimentos, possam pensar, discutir e contribuir melhor com o
mundo. É um belíssimo propósito, e ele lhe trará reconhecimento, pres-
tígio e retorno financeiro.
Mesmo se o seu trabalho for aquilo a que chamam de mais simples,

como o de limpar uma residência ou empresa, por exemplo, pense em
todo o cuidado que você dispensa para dar a essa família, ou pessoas,
um lugar mais saudável, agradável e acolhedor. Pense em quantas pessoas
ao seu redor está influenciando, positivamente, com o seu exemplo de
honestidade, dedicação e boa vontade.
Cada ser humano desse planeta veio para contribuir, em maior ou

menor escala, para a Humanidade. E o dinheiro vindo dessa forma estará
cheio de boas energias. Basta ter essa intenção, esse propósito.
Você deve cobrar o que é justo pelo seu trabalho
Ter um propósito não significa que você deve trabalhar sem pensar
em um retorno financeiro. Todo trabalho bem feito deve ser pago de
forma justa. Você deve buscar o pagamento pelo que faz, deve cuidar
do seu dinheiro fazendo aplicações, investindo e deve usá-lo para o seu
próprio bem-estar e o de sua família. Mas sem nunca perder de vista,
que essas coisas só fazem sentido porque garantem a você as condições
ideais de tranquilidade, segurança e afeto para continuar trabalhando
pelo seu PROPÓSITO.
Esse dinheiro se multiplicará com uma carga incrível de energia,

e quanto mais pessoas você puder ajudar, mais dinheiro virá até você.
O dinheiro sem propósito e que serve apenas aos interesses de uma

pessoa, não a todos, simplesmente desaparece da conta, da sua mão. Ou,
quando não some, pode até permanecer na conta, mas não gera grandes
resultados. É um dinheiro que não tem vida, não se multiplica.
108
E acontece o oposto também, quando você trabalha com um bom

propósito. Quanto mais benefícios você gerar para a Humanidade, mais
recursos chegarão a você.
Lembra quando dissemos que o mais importante para o ser humano é a
ACEITAÇÃO e o RECONHECIMENTO por parte de outros seres huma-
nos? Trabalhando para todos, produzindo benefícios para a Humanidade
como um todo, você estará ocupando o seu lugar de valor nesta vida com
todas as honras. Será ACEITO, ACOLHIDO, APOIADO e AMADO. E
todo o dinheiro que passar pelas suas mãos sairá cheio de boas energias,
para produzir ainda mais benefícios para o mundo.
109
PRÁTICA 7
ENERGIZANDO O SEU DINHEIRO
1. Feche os olhos e pense numa grande quantia de dinheiro – uma

quantia que não seja irreal, mas que seja considerável para o seu padrão
de vida hoje: dez, vinte, cinquenta ou cem mil reais. Agora imagine a si
próprio pegando nesse dinheiro, recebendo a notícia de que ganhou essa
quantia em dinheiro. O que você sente (emoções e sentimentos como
medo, raiva, amor, tristeza, alegria, ansiedade, insegurança, etc.)? O que
vem à sua cabeça (pensamentos em geral)? Coisas boas? Coisas ruins?
Escreva agora apenas as COISAS NEGATIVAS que você sentiu

(emoções, sentimentos e pensamentos) na Coluna 1 do quadro abaixo:
Coluna 1 Coluna 2
2. Agora vamos trocar essa energia NEGATIVA pela POSITIVA!
Feche os olhos novamente. Pense em todas as coisas POSITIVAS

que você pode FAZER com esse DINHEIRO, não o usando só para si ou
para a sua própria família, mas também para a humanidade. Pense em
110
o que, usando os talentos que tem, poderá fazer com esse dinheiro para
melhorar a vida das pessoas. Não é preciso ter um talento artístico ou
algum dom extraordinário: se você cozinha bem, poderá trazer alegria às
pessoas cozinhando para elas; se você é um bom administrador, poderá
ajudar a alguma instituição; se você é expert em algo, pode passar o seu
conhecimento através de vídeos, reuniões, e palestras.
É importante, também, você enxergar tudo isso de forma específica:
por isso, coloque tudo em números: por exemplo, “Vou dar uma palestra/
mês, para XX pessoas. Ao final de seis meses, terei influenciado posi-
tivamente a XXX pessoas.” Assim, poderá ter uma noção realista dos
resultados que poderá obter!
Escreva na Coluna 2 do quadro acima todas essas COISAS
POSITIVAS que você fará quando tiver esse DINHEIRO. É muito
importante escrever, pois você verá mais claramente o quanto você pode
contribuir para o mundo!
3. Agora, o mais importante: AJA!
Não espere o dinheiro chegar para começar a fazer. Comece em
pequena escala, fazendo o que é possível. Mas faça. Você verá que as
pessoas e os recursos financeiros necessários começarão a chegar na hora
certa, quando VOCÊ der o seu PRIMEIRO PASSO. Porque você estará
conectado a um Universo que quer que você realize tudo em nome do
todo. E ele mandará todos os recursos que você precisa para levar adiante
o seu propósito.
111
Neste Universo tão vasto,

somos pequenos como
apenas uma célula,
mas nos tornamos gigantes
quando cumprimos a
NOSSA MISSÃO

7. Missão e Legado
No decorrer deste livro, você viu “Viver

que algumas vezes nos referimos ao E não ter a vergonha
PROPÓSITO que devemos dar ao De ser feliz
dinheiro e à nossa MISSÃO de vida. Cantar e cantar e cantar
Já percebeu que em alguns aspectos A beleza de ser
– principalmente no financeiro – é Um eterno aprendiz
muito importante nos desapegarmos Ah meu Deus!
de valores materiais e nos concen- Eu sei, eu sei
trarmos em valores emocionais. Que a vida devia ser
Agora vamos falar de uma forma Bem melhor e será
mais detalhada e aprofundada sobre Mas isso não impede
MISSÃO, pois é um conhecimento Que eu repita
fundamental para você alcançar a sua É bonita, é bonita
Riqueza Emocional – e, por conse- E é bonita.”
quência, a Prosperidade Financeira. Gonzaguinha
“O que é, o que é?”
A MISSÃO
A Humanidade é como um grande organismo vivo. Cada um de nós,
seres humanos, desde o mais humilde até o mais poderoso, somos células
desse organismo maior. As células recebem os nutrientes para se repro-
duzirem e gerarem energia para o corpo; elas processam o que recebem e
devolvem em energia para o corpo. O nosso trabalho, como seres humanos,

é também processar o que recebemos com nossos talentos e devolver para

a Humanidade como serviços, algo que somente nós podemos produzir.
Como as células, nascemos com uma função específica, uma MISSÃO
só nossa, para manter esse organismo vivo, saudável e em evolução. Para
isso, viemos ao mundo com um conjunto de talentos naturais, que vão
nos permitir realizar a nossa função. E, quando passamos a realizá-la, nos
conectamos com o todo, com esse grande organismo, a quem nutriremos
com as nossas realizações, e de quem receberemos o que precisamos para
continuar a cumprir a nossa MISSÃO.
Somos INTERDEPENDENTES. Cada um de nós depende da
Humanidade, e a Humanidade, por sua vez, depende de cada um de nós.
MISSÃO é o que fazemos para realizar o nosso PROPÓSITO
Bill Gates tinha a visão, a inteligência, a energia e a capacidade de

reunir as pessoas certas ao seu lado, para realizar a popularização dos
computadores pessoais, promovendo uma revolução no modo de vida de
toda a Humanidade. Mahatma Gandhi, com o seu carisma, fé e liderança,
disseminou a mensagem de paz numa época conturbada. Os Beatles
vieram ao mundo para dar voz a uma geração de jovens, por meio de
seu talento musical. Pelé, com a sua genialidade esportiva, elevou nossa
autoestima e nosso orgulho, levando estímulo e esperança a muitos garotos
que nasceram com o dom do esporte. Irmã Dulce, com o seu trabalho
humanitário, ajudou e salvou milhões de pessoas.
Todas essas pessoas deixaram suas marcas na história da Humanidade,
usando seus TALENTOS excepcionais. Mas não pense que só nomes
ilustres contribuem de forma decisiva para a evolução do nosso mundo.
Todos nós, anônimos na multidão, temos as nossas próprias MISSÕES
que, embora não sejam tão reconhecidas publicamente, são tão impor-
tantes quanto as deles. Enfermeiros, professores, especialistas emocio-
nais, médicos, engenheiros, advogados, estilistas, escritores, jornalistas,
esportistas, atores, músicos, policiais, analistas, padeiros, fazendeiros,
116
7. Missão e Legado
empresários, cientistas, etc., todos, ao seu modo, vivem instantes de

glória e encantamento nas suas atividades. Todos, ao realizarem os seus
propósitos, brilham ao conduzir a sua MISSÃO, e sentem uma satisfação
tão profunda quanto esses grandes nomes.
Todos nós, sem exceção, viemos ao mundo para sermos gigantes,
quando cumprimos a NOSSA MISSÃO.
A nossa MISSÃO nos torna REALIZADOS, FELIZES e

PRÓSPEROS
Observe um grande artista, um astro do rock ou um tenor lírico, se

apresentando. Você pode sentir na pele a felicidade que emana dele ou
dela. Você sente uma enorme vibração no ar e é contagiado por essa carga
incrível de emoção.
Veja um craque de futebol executando uma bela jogada: não é pre-
ciso conhecer futebol para saber que, naquele momento, esse jogador
alcançou um patamar acima de todos nós, combinando sua habilidade
física à imaginação e ousadia. Você sente um arrepio na pele e percebe
imediatamente que aquilo foi genial.
Essa sensação de felicidade ou êxtase é sentida pelo astro, pelo craque,
mas também por todas as pessoas que estão testemunhando seu grande
momento – pois ele está usando seus talentos ao máximo. Ninguém precisa
nos dizer, nós sabemos que ele está vivendo um grande momento: está
cumprindo a sua MISSÃO.
Quando atuamos na nossa MISSÃO, vivemos momentos de uma
FELICIDADE PURA.
Pode ser a receita incrível de bolo que você acabou de inventar, a solu-
ção de um problema dificílimo que você resolveu, uma negociação tensa
que você conduziu com tato e empatia ou uma venda difícil e lucrativa
que você fechou! Não importa a profissão, o poder, o tamanho da conta
bancária. Naquele momento, é apenas você e a sua MISSÃO. Você sabe que
117
executou um grande feito. Você sabe que é um vencedor. É um momento

de extrema felicidade, em que você percebe que vale a pena viver!
É isso que a MISSÃO nos traz. Você nasceu para algo e tem na sua
bagagem o conjunto de TALENTOS necessários para atuar com extrema
perfeição e eficiência. E, ao executar esse trabalho com essa maestria, sentirá
uma FELICIDADE maior do que qualquer outra coisa pode lhe oferecer.
A sua MISSÃO DEVE ser o seu TRABALHO!
Já conversei com muitas pessoas que estão firmemente convencidas

de que estão cumprindo a sua MISSÃO. Elas dizem:
“Uso os finais de semana para cumprir a minha Missão.”
“Eu cumpro minha Missão à noite, depois que chego do trabalho.”
“Eu cumpro minha Missão quando dou aula, uma vez por semana, a
pessoas que não têm condições de me pagar.”
Essas pessoas estão completamente equivocadas sobre o significado
de MISSÃO. A MISSÃO não é um hobby, não é um passatempo para
ser feito nas horas vagas, muito menos um trabalho voluntário que você
presta uma vez ou outra. Claro que o trabalho voluntário é admirável, e
daqui a pouco vamos falar sobre isso, mas isso não é MISSÃO.
“MISSÃO é aquilo que faz com que cada um de nós contribua

para a HUMANIDADE, com o nosso melhor desempenho,
com o trabalho mais perfeito, com a atuação em nível
máximo – utilizando os nossos TALENTOS para trazer
LUZ a uma SOMBRA, que um dia já vivemos também.”
Você deve realizar a sua MISSÃO durante a maior parte do seu dia,
pois é o propósito da sua vida. A MISSÃO é o seu trabalho.
118
7. Missão e Legado
Faça da sua ATIVIDADE PROFISSIONAL a sua MISSÃO de vida!

A MISSÃO é a ocupação que vai lhe trazer o melhor retorno financeiro,
graças a excelência que você vai gerar, usando seus talentos ao máximo.
Vai trazer reconhecimento e aceitação por parte das pessoas, pois a
verdadeira MISSÃO está sempre vinculada a um propósito elevado, que
beneficiará a muitas pessoas de forma generosa e abundante.
A MISSÃO vai fazer você escalar até o topo da sua profissão – e se
manter lá.
Se você está cumprindo a sua MISSÃO, adquire vitalidade, força de
vontade e inspiração para fazer cada vez mais e melhor. Você terá mais
garra, mais dinheiro e mais saúde. Não vai desistir no primeiro, no décimo
ou no milésimo “não”, e vai continuar tentando, até que alguém diga “sim”.
E, após cada resultado vitorioso, não vai se acomodar, e desejará realizar
cada vez mais e mais.
A verdadeira PROSPERIDADE está ligada à sua MISSÃO
A verdadeira PROSPERIDADE não é ter dinheiro, é se realizar

cumprindo a sua MISSÃO. É passar seus dias em uma atividade que
você AMA; é trabalhar por um objetivo maior, um propósito, que trará
benefícios para muitos; é acordar todos os dias feliz e cheio de energia,
desejando chegar ao trabalho e fazer aquilo que mais gosta – e nasceu
para fazer. E receber o pagamento próspero por isso.
Ao cumprir a sua MISSÃO, o dinheiro naturalmente chegará até você.
Não o dinheiro em excesso, carregado de ambições, ansiedade e egoísmo
que o consumismo gera, mas o dinheiro cheio de energia, na quantidade
certa para as suas necessidades.
Eu tenho a honra e a felicidade de viver isso, de presenciar como fun-
ciona essa reciprocidade, desde que comecei a trabalhar com Inteligência
Emocional há 22 anos, para o benefício de milhares de pessoas. Se
somasse os gastos da minha empresa e quanto dinheiro entra todo mês,
119
provavelmente estaria sempre no vermelho. No entanto, a minha conta

está sempre no azul e ainda invisto todos os meses. De onde vem esse
dinheiro? Simplesmente as coisas acontecem! O dinheiro investido na
empresa retorna, se multiplica e volta para mim. Eu SINTO que estou
cuidando da Humanidade, e ela está cuidando de mim!
Como saber qual é a minha MISSÃO?

Quando era garoto, eu sonhava em ser jogador de futebol. Eu me via,
com todos os detalhes, em um grande estádio, com milhares de pessoas
me vendo e aplaudindo cada gol que faria. Cheguei a participar das
categorias de base de grandes times de São Paulo. Eu achava que o meu
destino, quando crescesse, era ser jogador de futebol, entrar num estádio
lotado e ser aplaudido por milhares de pessoas.
Por outro lado, eu sempre tive facilidade para me comunicar com

as pessoas. Por onde andava, eu conquistava a todos, desde um simples
morador de tua até grandes executivos, senhoras, crianças, pessoas mais
diversas, sempre com a minha conversa, espontaneidade e simpatia.
Minha mãe dizia sempre: “Esse menino vai ser um político ou jornalista!”
Porém, eu sofria de uma dificuldade terrível: eu tinha medo de tudo – e,

principalmente, de ser rejeitado. O meu medo era constante, estava comigo
em todos os momentos da minha vida. Temia não ser aceito, ser excluído
ou criticado, e eu utilizava os meus talentos para me mostrar desinibido,
simpático, comunicativo, para encobrir esse medo horrível e inexplicável.
Acabei não sendo nem político e nem jornalista, e muito menos joga-
dor de futebol! Como contei alguns capítulos atrás, trabalhei em vendas
desde cedo, e cheguei a ganhar muito dinheiro com isso, pois os meus
talentos me auxiliaram bastante nessa atividade.
Mas faltava algo na minha vida que exigisse o melhor de mim, algum
objetivo maior do que o dinheiro – que eu torrava sem pensar, que sumia entre
meus dedos como areia. Faltava para mim um PROPÓSITO, uma MISSÃO.
120
7. Missão e Legado
Eu só descobri a minha MISSÃO quando fui confrontado com os

meus medos. Meu irmão me apresentou a Inteligência Emocional, e foi por
meio dessa experiência, que uma porta incrível se abriu no meu mundo
invisível. Foi entrando através dessa porta que descobri de onde vinham
esses MEDOS que me desestabilizavam, freavam e se constituíam na
maior barreira para a minha evolução como ser humano e profissional.
O que descobri foi doloroso, mas essencial para me tornar o homem
que sou hoje. Durante a gravidez, enquanto ainda estava no útero da
minha mãe, eu havia sofrido uma forte rejeição. A nossa família era
muito pobre e meus pais já tinham um filho: o meu irmão mais velho.
Meu pai estava desempregado e minha mãe tinha acabado de arrumar
um emprego num hospital em São Paulo. Quando descobriu a gravidez,
ela sentiu muito medo, pois receava ser demitida. Pensava na família, no
meu irmão, e na possibilidade de todos passarem fome. Nessas condições,
meus pais desejaram, em algum momento, que eu não existisse, que eu
não tivesse vindo ao mundo.
Já contei a vocês, no início deste livro, o quanto as emoções dos pais
– principalmente as da mãe – são decisivas para a formação do cérebro
emocional da criança durante a gestação. Então já nasci com esse medo
de rejeição registrado no meu cérebro emocional. Fui criado com muito
amor pela minha família, mas o medo já estava lá, instalado, escondido
atrás de uma porta trancada que eu não conseguia, nem mesmo enxergar,
muito menos, abrir. É claro que não guardo nenhuma mágoa dos meus
pais, pois compreendi emocionalmente que aquilo foi consequência de
uma vida sem recursos, e que a rejeição não era pela minha vida... e
sim, pelo meu possível sofrimento e fome aqui fora. Ou seja, o que antes
havia sido registrado como um ato de rejeição, transformou-se dentro
de mim, como uma atitude de extremo amor dos meus pais por mim...
pois quem ama, protege!
Trabalhei então para superar os meus medos. Conheci a sua origem,
reprogramei emocionalmente a minha mente para reformular as crenças
que produziam esse medo constante. Então, comecei a minha evolução
121
– que seria eterna nessa vida – e venho me aperfeiçoando e me tornando

um especialista em lidar com os meus medos. Hoje dou treinamentos para
milhares de pessoas e ensino a elas como enfrentar os seus próprios medos!
E, veja, essa SOMBRA não desapareceu totalmente da minha vida.

Preciso continuar superando meus medos a cada dia, porque é um pro-
cesso eterno. E continuarei vencendo, enquanto usar o medo para ajudar e
contribuir para outras pessoas. O medo aconteceu na minha vida porque
havia um propósito: o de me preparar para a minha MISSÃO. Se eu parar
com a MISSÃO, vou me desequilibrar de novo, e as SOMBRAS voltarão...
pois são elas que continuam a nos lembrar que precisamos continuar
“salvando” cada ser humano que simboliza uma parte da nossa história.
Descobri que é essa a minha MISSÃO: usar os meus TALENTOS

para despertar as pessoas dos seus MEDOS PARALISANTES, usando a
Inteligência Emocional, para iniciarem uma vida de “REALIZ-AÇÃO”!
No mundo invisível das emoções, a porta do medo sempre esteve

trancada para mim, me impedindo de progredir e fazer a minha vida
fluir. Ao me tornar adulto, ao usar os meus talentos, consegui a chave –
a Inteligência Emocional – para abrir essa porta. E agora estou guiando
multidões de pessoas para atravessarem essa porta, destrancando-a com
uma chave que existe DENTRO de cada ser humano.
E veja que curioso: quando dou treinamentos para um grande público,

eu sinto a mesma alegria, a mesma troca de energia, a mesma vibração,
a mesma conexão com todas essas pessoas, de quando eu me via num
grande estádio, aplaudido por uma multidão. A Vida já estava me enviando
sinais do que seria a minha Missão, mas eu, criança que era, traduzi aquilo
usando as referências que eu conhecia: o futebol.
A LUZ e as SOMBRAS do nosso mundo invisível
Pense nas coisas que, desde pequeno, você fazia com muita facilidade,
sem que ninguém tenha lhe ensinado: desenhar, escrever, se comunicar,
122
7. Missão e Legado
calcular, organizar, cozinhar, limpar, costurar, tricotar, imaginar, jogar,

correr, dançar, cantar... Essas coisas são a sua LUZ, ou seja, os seus
TALENTOS. Cada uma das bilhões de pessoas deste planeta nasceu com
o seu conjunto de TALENTOS necessários para executar a sua MISSÃO.
Os TALENTOS facilitam e fazem a MISSÃO fluir mais rápida, de forma
agradável e harmônica. São como a LUZ, que ilumina o nosso caminho
em uma noite escura.
Pense agora em tudo que se constitui em BARREIRAS ou

DIFICULDADES para você: a timidez, que não lhe permite falar em
público; o medo do novo, que o torna lento e ultrapassado; a insegurança,
que o faz perder muitas oportunidades; dificuldade de aceitar o “não”
ou de receber críticas; a raiva, que o faz reagir com violência a qualquer
provocação, etc. Essas barreiras são as suas SOMBRAS, que lhe causam
medo ou dificultam a sua vida. As SOMBRAS freiam seus movimentos e
mantém tudo parado e estagnado.
Ambas, LUZ e SOMBRA, são polos opostos do seu aspecto emocional.

Você é um e outro, são os dois que o tornam inteiro. É impossível disso-
ciá-los. Um símbolo perfeito para isso é o Yin-Yang: LUZ e SOMBRA
unidos, formando uma só unidade.
A sua MISSÃO está ligada sempre aos seus talentos (LUZ) e aos
seus maiores problemas ou dificuldades (SOMBRAS) que você teve que
enfrentar, principalmente, na gestação, infância e adolescência. De todos
esses períodos, sem dúvida é a infância que nos marca de maneira muito
profunda, tanto pela manifestação dos nossos talentos mais importantes,
quanto pelos medos que ficam gravados na nossa memória emocional.
Às vezes pouco nos lembramos desse período, pois as marcas foram

deixadas no nosso mundo invisível, no nosso inconsciente. Portanto,
mesmo se você não se lembrar, coisas importantes aconteceram na sua
infância e durante a sua gestação. Eu te garanto, pela minha experiência
profissional com mais de 100 mil pessoas, que a maioria das suas SOMBRAS
surgiram nesses períodos.
123
Então olhe para trás, lembre-se da sua história, converse com quem
compartilhou esse período com você. Fale com sua mãe, seu pai, seus
irmãos, tios, avós, vizinhos, amigos e conhecidos de infância. Pergunte
a eles quais eram os seus maiores problemas e dificuldades. E também,
quais eram os seus talentos e qualidades daquela época!
Às vezes, ouvir os outros é uma das maneiras de conhecer mais sobre
nós mesmos, especialmente, sobre nossos talentos. Geralmente não pres-
tamos atenção a coisas que fazemos com facilidade, pois isso é natural
para nós. Só nos damos conta que temos esses dons, quando as outras
pessoas demonstram admiração por eles.
Três perguntas para descobrir a sua MISSÃO
1. Quais são os seus maiores TALENTOS, QUALIDADES e DONS?

Os talentos podem indicar qual é a sua MISSÃO, mas às vezes é difícil
acertar logo de cara. A minha mãe dizia que eu seria um político ou jor-
nalista, devido aos dons que identificou em mim: ser comunicativo, me
expressar bem e sentir empatia pelos outros. Mas esses talentos podem ser
úteis para dezenas de profissões diferentes... ou de novas profissões (como
foi a minha): vendedor, professor, especialista emocional (que não existia na
época da minha infância!), médico, etc. Você precisa analisar como poderá
usar a sua LUZ para “curar” as suas SOMBRAS – essa é a sua MISSÃO!
2. Quais são as suas maiores dificuldades?
A SOMBRA que me limitava e estagnava foi o motor que me impul-
sionou a me tornar um Especialista em Inteligência Emocional e, desse
modo, ajudar milhares de pessoas. Graças às minhas SOMBRAS, eu
descobri a minha MISSÃO.
Isso acontece porque, ao superarmos a nossa SOMBRA, acabamos
ganhando experiência e sabedoria para lidar com ela. E, adicionando a
essa experiência os seus talentos, se tornará alguém preparado para ajudar
pessoas que sofrem com o mesmo tipo de problema.
124
7. Missão e Legado
Então, alguém que superou o alcoolismo, por exemplo, poderá se

destacar usando sua experiência e inteligência emocional para ajudar
outras pessoas que sofrem com o vício. Esse pode ser o seu PROPÓSITO.
As formas da sua MISSÃO podem variar: se ele é um empresário, poderá
usar seus talentos para criar uma instituição de ajuda aos alcoólatras; se
tiver o dom para ser um médico, poderá se especializar em curar os males
causados pelo alcoolismo; se tiver o talento para escrever, poderá escrever
um livro sobre o tema, etc. Perceba que existem diversas formas e cami-
nhos para realizar a sua Missão... portanto, não se limite apenas a uma!
3. O que você mais gostava de fazer quando era Criança?
Pense nas brincadeiras da sua infância que causavam uma alegria
enorme em você, e que, se você pudesse, brincaria o dia inteiro. Eu, por
exemplo, adorava jogar futebol, andava com uma bola por todos os lados
e jogava de segunda a segunda, sem me cansar!
Mas cuidado, nem sempre há uma ligação direta entre a sua brinca-
deira e a sua MISSÃO, pois o vínculo emocional pode ser mais sutil. Veja
o meu exemplo, a minha MISSÃO não era ser um jogador de futebol. O
que existia por trás da minha vontade de jogar em um estádio lotado (e
fazer gol!!!), era o meu desejo de fazer milhares de pessoas felizes! Hoje
eu contribuo para que milhares de pessoas descubram uma felicidade
infinitamente maior, e que não depende de algo externo, mas sim do seu
próprio mundo invisível!
Portanto, para descobrir qual é a sua MISSÃO, uma boa pista é aquilo
que você mais gostava de fazer quando criança. Mas vá fundo nas suas
lembranças, no resgate do seu passado e histórias da sua vida. Se você
brincava de fazer comidinha, você não vai ser, necessariamente, um
chef. Se gostava de cuidar de bonecas, não quer dizer que será médica.
Vá mais fundo, e reflita sobre o que você queria realmente com aquilo,
desde aquela época. Talvez o seu sonho, ao brincar de fazer comidinha,
fosse a de alimentar não só o corpo, mas a alma das pessoas. E, ao cuidar
da sua boneca, você sonhava em descobrir a cura de doenças infantis ou
constituir uma empresa que cuida de pessoas, por exemplo.
125
Ao analisar esses três aspectos da sua infância: os seus TALENTOS

(Luz), as suas DIFICULDADES (Sombras) e o que MAIS GOSTAVA DE
FAZER, você poderá descobrir qual é a sua MISSÃO.
Ao cumprir a sua MISSÃO, você trabalhará no que mais ama fazer.
Se tornará a pessoa certa, no lugar certo, fazendo a coisa certa e para
pessoas certas!
Aí não tem como dar errado, o dinheiro vem, a prosperidade vem, a
abundância vem, as coisas acontecem e você viverá um prazer genuíno,
a alegria de fazer o que nasceu para fazer! O dinheiro é só um detalhe,
o grande barato é sentir que pode proporcionar um grande bem para as
pessoas, para o mundo, para a Humanidade. Aí sim, você sentirá na sua
Alma que a sua vida vale a pena!
Quando se foca apenas no dinheiro, a gente envelhece, se desgasta e
tudo perde o valor. Buscar dinheiro pelo dinheiro é estressante, porque
não gera nada, além do prazer momentâneo, limitado, ilusório e que vem
de fora para dentro.
Mas, quando a felicidade vem de dentro, do bem que estamos fazendo às
pessoas, da nossa contribuição para o Mundo, ela se renova a cada momento.
Nós nos tornamos uma fonte inesgotável de prazer, felicidade e riqueza!
Planeje e realize a transição para a MISSÃO

Então, agora que você descobriu qual é a sua MISSÃO, o que fazer primeiro?
A primeira coisa importante para você saber é que não precisa “chutar o
balde” – caso você esteja completamente fora da sua Missão – e abandonar
repentinamente o trabalho que você realizava, para atirar-se na MISSÃO.
Calma! MISSÃO é para a sua vida inteira! Faça um planejamento para
fazer essa transição em seis meses ou um ano, no máximo.
A melhor forma de começar é materializar a sua MISSÃO no papel. Se
você não trouxer a sua MISSÃO para o plano físico e planejar, organizar e
definir as prioridades, ações e DATAS para a sua transição, ela não acontecerá.
126
7. Missão e Legado
Pare por alguns instantes e concentre-se na sua MISSÃO. Você usará

os dois aspectos do seu cérebro: o límbico, ou emocional, por meio de
IMAGENS, e o neocórtex, ou racional, pelo uso da ESCRITA.
Projeto de transição de carreira emocional!
1. Pesquise imagens agradáveis na internet que traduzam as etapas de

transição para a sua MISSÃO: pessoas atuando na área da sua MISSÃO,
locais de trabalho, paisagens, pessoas felizes e sorrindo ao executar
essas atividades, etc.
2. Crie um mosaico com essas imagens num slide de Power Point ou
até no Word ou Excel. Ou pode recortar imagens de revistas e colar
numa cartolina.
3. Se fez o mosaico no computador, imprima-o colorido, em papel.
Projeto de transição de carreira racional!
1. Faça uma tabela com três colunas e coloque na primeira coluna uma lista
dos passos necessários para a transição da sua atividade profissional atual
para a sua MISSÃO. Por exemplo, se você vai precisar frequentar algum
curso, falar com alguém, fazer algum estágio, mudar de emprego, etc.
2. Estabeleça e anote uma data para o início de cada passo na segunda
coluna.
3. Na terceira coluna, estabeleça a data de concretização de cada passo.
Evite estabelecer prazos muito longos ou curtos demais, para não se
frustrar ou relaxar demais.
4. Imprima.
Imprimiu os dois projetos (imagens e escrita)? Nada de guardá-los
na gaveta. Deixe-os em algum lugar bem visível, onde você possa vê-los,
obrigatoriamente, todos os dias, ou em imagem no seu celular.
127
Leia o projeto por escrito todos os dias de manhã e também à noite,

pois são períodos em que o nosso inconsciente está mais receptivo para
receber novas informações
A diferença entre o Medo e a Coragem é a AÇÃO!
E agora mãos à obra! A sua MISSÃO vai mudar a sua vida, vai fazer
com que cada dia seja mais produtivo, recompensador e cheio de alegrias.
Saia da sua zona de conforto para ser feliz de verdade. Faça a transição de
carreira e comece a trabalhar na sua MISSÃO. Pense em quantas pessoas
você ajudar, como contribuir e como fazer mais. Isso naturalmente vai lhe
trazer retorno financeiro. Você vai gerar valor para o Mundo e as pessoas
vão lhe entregar mais valor.
E isso é maravilhoso: se a fonte de seu dinheiro é vinculada à sua
MISSÃO, é uma fonte que se multiplica. O Universo sabe que você está
realizando um bem maior. Quando a gente só trabalha para si mesmo,
não precisa de muito, por isso não vem muito valor. Agora se você está
trabalhando para uma multidão, o universo sabe, e mandará o dinheiro
multiplicado, porque sabe que você está também multiplicando esse valor
em benefícios para a Humanidade.
Gratidão x Insatisfação
Vivemos muitos momentos de felicidade, de alegria e de recom-
pensa – principalmente se estamos cumprindo a MISSÃO. Mas nada
no mundo é perfeito, e haverá momentos difíceis, surgirão problemas,
conflitos, como em qualquer outra atividade. Afinal de contas, tudo que
vivemos traz consigo tanto as SOMBRAS como a LUZ, e aprendemos e
evoluímos com ambas.
Por mais problemas e desafios que enfrentemos, temos a felicidade
de viver hoje, neste mundo, tendo recebido talentos, oportunidades e
chances para ser verdadeiramente feliz.
128
7. Missão e Legado
No entanto, muitas vezes damos voz muito mais à nossa insatisfação

do que às coisas boas que vivemos. Vemos o nosso copo vazio, em vez
de vê-lo cheio. Nossa cultura não nos ensinou a agradecer! Ao contrário,
sempre procuramos destacar o lado negativo, expressando e repetindo a
nossa frustração aos quatro cantos do mundo.
A insatisfação gera sentimento de escassez.
Lembra da MATRIZ DA VIDA? Se você está comunicando apenas

insatisfação para o seu cérebro (falta isso ou aquilo), está gravando um
programa emocional que diz que tudo na sua vida é escasso. Isso dá origem
a sentimentos e comportamentos de escassez: egoísmo, individualismo e
a necessidade de acumular sem propósito.
Mas tudo o que vivemos na nossa vida é uma expressão de abundância

e não de escassez.
Todos os dias eu agradeço ao Universo pela minha saúde, amor,

trabalho, talentos, clientes, Missão, dinheiro e pela família que tenho a
felicidade de ter. E eu sei que o Universo me ouve, por causa de tudo que
aparece aparentemente do “nada” na minha vida. E me envia meios para
continuar a cumprir a minha MISSÃO aqui na Terra.
Então vamos refletir não apenas sobre as nossas dificuldades, mas

principalmente sobre as coisas boas que recebemos da vida. E vamos
agradecer!
Doe uma parte do que recebeu por usar seus talentos

para o mundo
Podemos – e devemos – devolver uma parte do que recebemos em

forma de abundância vinda dos nossos dons e talentos para o Universo,
separando uma parte do dinheiro e, principalmente, algumas horas por
mês para ajudar as pessoas que ainda não podem nos remunerar, mas
que ajudaremos a “caminhar com as próprias pernas” em breve!
129
É uma maneira de vivenciar a gratidão que sentimos pelo que recebe-

mos. Ao doarmos, fazemos circular num âmbito muito maior, a energia
positiva dos nossos talentos, fazendo-os chegar a pessoas que nunca
conheceríamos de outro modo. Essas pessoas influenciarão outras, que
influenciarão outras mais, ampliando o nosso círculo do bem. E, ao
fazermos esse movimento de expansão, removemos o excesso e de energia
que atrofiam os nossos talentos, abrindo espaço para que mais talentos
sejam “recebidos” e nos permitam realizar mais e mais pelo Universo.
O significado de AJUDAR pessoas
Outro dia, enquanto eu almoçava próximo a Sbie, um menino de uns

dez ou onze anos me abordou. Queria me vender panos de prato e me
mostrou um bilhete amassado, que dizia que a avó tinha três netos para
sustentar e não tinha dinheiro para comer. Pedia que eu comprasse os
panos, por dez reais cada, para ajudá-los.
Quem mora em São Paulo conhece bem essa história de bilhete.
Toda hora alguém traz cartas, receitas médicas e outras coisas contando
histórias tristes para convencer você a dar algum dinheiro, ou a comprar
algo. Naquele momento, seria fácil dar os dez reais e encerrar o assunto.
Mas nem sempre o que é fácil, é o mais certo. Então eu disse:
– “Ah, não, cara. Você não pode fazer isso! Um pano de prato vendido
na rua por dez reais não é um preço atrativo.”
Todos da mesa ficaram surpresos. E eu continuei:
– “Olha só, o que você acha de vender esse pano por um terço disso e
ainda ter lucro? Venda um pano por quatro reais ou três por dez. Vai vender
tudo num instante e terá o lucro que precisa para continuar seu trabalho.”
O garoto ficou sem reação e eu disse ainda:
– “E mais... se apresente! Diga: meu nome é João, tenho 11 anos e já
estou trabalhando porque eu gosto de vender ou de me comunicar com
outras pessoas, e estou ajudando em casa, etc. Converse com as pessoas
130
7. Missão e Legado
e olhe nos olhos delas, ao invés de ficar repetindo palavras decoradas ou

mostrando esse bilhete cabisbaixo. Mostre orgulho do seu trabalho e que
tem panos com estampas especiais, olhe para o seu cliente e diga qual
estampa combina mais com ele. Valorize o ser humano que te pagará com
um valor ainda maior!”
O garoto ficou quieto e foi embora. Todos na mesa me disseram: “Ai,
Rodrigo, mas é só uma criança, você podia ter comprado o pano e pronto.”
Mas não é por ser uma criança que vou agir diferente. Eu me sentiria
muito mal, se eu gravasse mais uma vez, na cabeça desse garoto, que é
melhor ele se fazer de vítima para ganhar dinheiro, em vez de aprender
a se comunicar, a vender valor e a se fazer respeitar como ser humano.
Eu ensinei a ele algo que, provavelmente, seus pais jamais o fariam e
plantei uma semente diferente no seu cérebro emocional, que irá ger-
minar em algum momento do seu futuro, mudando-o para sempre! E
isso é infinitamente mais valioso do que dez reais, mesmo que o outro
ainda não perceba!
Para 99% das pessoas, ajudar é dar dinheiro ou fazer alguma doação.
Na verdade, essa é a menor ajuda que você pode dar, porque você só está
dando o peixe. Ajudar de verdade é ensinar a pescar, a andar melhor com
as próprias pernas. Assim, quando você não estiver mais por perto, ela
conseguirá sobreviver por conta própria. Poderá até ajudar outras pessoas
que agora precisam dela.
Ajudar é contribuir para que as pessoas se tornem INDEPENDENTES
e INTERDEPENDENTES, ou seja, capazes de contribuir, elas mesmas,
para os outros.
Claro que algumas pessoas vivem em um estado tão grave de miséria,
que se torna urgente suprir suas necessidades básicas. Nesse sentido, as
doações em dinheiro, em roupas e comida são realmente necessárias.
Mas a verdadeira ajuda é aquela que fica, mesmo que o doador não
esteja ao lado. É ajudar essa pessoa a não passar mais por dificuldades
e permitir que, ela mesma, possa ajudar os outros. É ajudá-la a fazer
131
parte dessa conexão com o Universo e sentir a honra de participar dessa

troca, fazendo a sua parte nesse sistema de INTERDEPENDÊNCIA e
reciprocidade chamado VIDA!
LEGADO. Ou o que vamos deixar para o futuro

Se você está cumprindo a sua MISSÃO, está vivendo de forma plena e
prazerosa a sua vida. O seu trabalho é recompensador, os resultados são
incríveis e abrem-se mais e mais possibilidades de ampliar o espectro de
sua influência positiva para mais pessoas. Mas e depois que você se for
ou quando não estiver mais aqui? Como a sua MISSÃO prosseguirá sem
você, beneficiando o maior número de pessoas possível? Então surge a
necessidade de planejar a continuidade da sua MISSÃO para o futuro:
seu LEGADO.
O DINHEIRO, a MISSÃO e o LEGADO
Quando você está atuando na sua MISSÃO, o dinheiro tem um papel

importante. Já dissemos antes que você deve sempre vincular seu dinheiro
a um propósito – ou a uma MISSÃO, assim carregará com energias posi-
tivas. Esse dinheiro voltará para você multiplicado, para que você possa
usá-lo para ampliar o desdobramento da sua MISSÃO – ajudando um
número cada vez maior de pessoas.
Você deve usar esse dinheiro que virá para materializar a sua MISSÃO
no mundo físico e deixá-la acessível ao maior número possível de pessoas:
livros, sites, vídeos, espaço físico e equipamentos para uma organização,
uma instituição, uma escola, uma Universidade, Hospital, etc. E, ao mesmo
tempo, começar a construir o seu LEGADO.
Devemos usar o nosso tempo aqui na Terra para deixar um LEGADO
que transcenda o período de nossas vidas. E nós não temos uma cultura
que nos incentive a pensar nisso. Somos educados e treinados para pensar
apenas no presente, nos resultados imediatos. Se não pensamos, nem no
132
7. Missão e Legado
amanhã, imagine se cogitamos algo além da nossa vida! Às vezes pensa-

mos, no máximo, em garantir uma herança para os nossos filhos, e ponto.
É claro que não há problema em pensar na vida, em querer viver cem anos
ou mais, muito bem vividos. Mas devemos ter a consciência de que vamos
partir em algum momento, e devemos pensar na continuidade da nossa
MISSÃO. Se, no nosso corpo, as células que morrem não forem substituídas
por outras, morreríamos em pouquíssimo tempo. Assim é com a Humanidade,
precisamos garantir a continuidade da “nossa função” nesse grande corpo.
Ou seja, precisamos eternizar a nossa Missão, e não a nossa vida.
O LEGADO nada mais é do que o cumprimento da nossa

MISSÃO, independentemente da nossa existência
Ou seja, deixar um LEGADO é construir um sistema “vivo”, que vai

cumprir a sua MISSÃO, e será mantido de forma contínua por novas
pessoas, novas gerações.
O ser humano sempre buscou a imortalidade, mas a verdadeira

imortalidade não é a do corpo e, sim, do seu papel na Terra. Todos nós
devemos buscar essa imortalidade, pois dela depende a evolução da
Humanidade. Imagine se cada ser humano na face da Terra criasse um
sistema de contribuição para a evolução que se auto mantém, que grande
legado seria deixado para as gerações futuras!
O que você vai deixar no LEGADO é a IDEIA que você “baixou” e

materializou! A matéria pode ser destruída, a faculdade, a universidade,
a sede da empresa, o vídeo, o site, tudo pode desaparecer em acidentes,
guerras e catástrofes naturais. Mas, se o seu LEGADO for criado de tal
forma que difundirá a sua ideia, o que ensinou e impactou um grande
número de pessoas com a sua MISSÃO, essas pessoas reconstruirão o
legado material eternamente. A sua missão sempre estará VIVA.
Ou seja, trabalhamos para materializar a ideia, mas o que estamos

perpetuando é algo imaterial e invisível. O LEGADO é uma ideia, uma
133
inspiração que recebemos e passamos para frente. Pessoas admiráveis

como Martim Luther King e Mahatma Gandhi deixaram seus próprios
LEGADOS. Os monumentos, os livros, as instituições podem ser destruí-
dos, mas a ideia e inspiração que deixaram é imortal. Existindo pessoas
que sejam inspiradas pelo Universo, acreditem e vivam conforme seus
LEGADOS, tudo o que construíram continuará a existir.
A continuidade da evolução das pessoas são o nosso verdadeiro
LEGADO para o futuro!
134
7. Missão e Legado
PRÁTICA 8
DESCOBRINDO A SUA MISSÃO
Vamos descobrir agora três pontos de vista diferentes sobre você,

quando ainda criança. Para isso, faça para si mesmo, para seus familiares
mais próximos e para os seus conhecidos as três perguntas abaixo, para
descobrir a sua MISSÃO. Preencha com as respostas o quadro abaixo.
1. Quando eu era criança, quais eram os meus maiores talentos e dons
(LUZ)?
2. Quando eu era criança, quais eram as minhas maiores dificuldades
e barreiras (SOMBRAS)?
3. Quando eu era criança, o que mais gostava de fazer? Qual era a
minha brincadeira favorita?
Pontos de vista Luz Sombras Atividade

(talentos e (dificuldades e preferida
dons) barreiras) quando criança
Seu ponto
de vista
De seus
familiares
De seus
amigos
Agora analise as respostas e encontrar pontos em comum com as

informações obtidas. Você tem, num lado, os seus talentos, e no outro,
as suas dificuldades e barreiras. Como poderá ajudar as pessoas, usando
essas informações? Essa é a sua MISSÃO! No meu caso, a minha MISSÃO
consistiu em usar a minha LUZ – os meus dons de comunicação, de
empatia, etc. – para curar pessoas que sofrem com seus medos e emoções,
que era a minha principal SOMBRA.
135
Depois, relembre as suas brincadeiras favoritas de criança e perceba

as coincidências de motivação, de sentimentos, que essas brincadeiras
têm em relação aos seus talentos e dificuldades. Encare-as como pistas
importantes para a identificação, ou até confirmação, da sua MISSÃO.
Faça a combinação das informações obtidas. E escreva a sua MISSÃO
abaixo!
136
O Universo “baixa” a
mesma ideia em várias
pessoas ao mesmo
tempo para garantir
que ela seja realizada!

8. Questões práticas
Estamos chegando ao fim “Uma coisa vou pedir

da nossa jornada. Você já tem Deixa eu ficar neste lugar
a sua MISSÃO na sua bagagem Todos os dias da minha vida
(ou está a caminho de tomar Uma coisa vou pedir
total consciência) e descobriu (é só uma coisa)
que a Inteligência Emocional Deixa eu ficar neste lugar
pode ser usada para guiá-lo. Todos os dias da minha vida
A sua rota para a RIQUEZA Na Tua presença.”
EMOCIONAL e, por conse-
Bruno Morada
quência, à PROSPERIDADE “Uma coisa”
FINANCEIRA, está bem tra-
çada. Logo chegará a hora de nos separarmos, para você continuar o seu
caminho por conta própria... e um dia nos reencontrarmos de alguma
outra forma.
No decorrer deste livro, fizemos juntos várias práticas para você colocar
na prática os ensinamentos de cada capítulo. Agora, para você continuar
a sua jornada, vamos deixar algumas práticas sobre o DINHEIRO que lhe
serão úteis a sua vida inteira, assim como são na minha vida.
Se permita colocar cada uma delas na prática, pois o conhecimento

sem a SUA AÇÃO se torna mais um peso e culpa, por agora saber que
só você pode mudar sua vida e não está fazendo! Você verá que, algumas
vezes, um pouco de método e algumas dicas simples poderão operar
verdadeiros milagres na sua vida financeira!

Ande com dinheiro vivo no seu bolso!

Com o uso de cartão de crédito ou débito e cheques, e com as compras
online se tornando cada vez mais comuns, o dinheiro passou a ser um
elemento quase abstrato na nossa mente. Acabamos nos distanciando do
dinheiro vivo, das cédulas, que nos transmitem a sua própria energia, a
sensação de riqueza, poder e abundância, e acabamos gastando o que
temos e não temos sem perceber, e pior, sem lhe dar o devido valor.
Para começar a se aproximar desse sentimento de poder... e só pode

realizar uma missão que tem poder... e reestabelecer a sua conexão direta
com o dinheiro, tenha sempre uma quantia de dinheiro vivo consigo.
Sempre guarde as notas organizadas, no seu bolso ou bolsa. Organize-as
dentro do seu bolso ou carteira, voltadas todas para o mesmo lado em
ordem crescente, de modo que você possa ver primeiro a cédula de
maior valor (de preferência, uma nota de R$ 100,00). Assim, você estará
transmitindo uma mensagem ao seu cérebro emocional, que as demais
cédulas são também de R$ 100,00, registrando uma imagem de abundância.
Toque nas cédulas constantemente, pois você precisa criar no seu cérebro
emocional essa familiaridade, essa conexão. Manuseie seu dinheiro com
cuidado, pois esse espírito também se estenderá à forma como você vai
usá-lo: com cuidado, valorizando, comprando apenas as coisas realmente
necessárias e investindo para que se multiplique.
Dê uma direção para o seu dinheiro

O dinheiro é uma ENERGIA que se materializa pelo trabalho de
milhares de pessoas. E, como ENERGIA, você deve dar uma direção
a ela, ou ela se dissipará de alguma forma e para lugares que você nem
imagina. Ou ainda, outros darão a direção a essa energia.
Que outros? A mídia, a Internet, o Instagram que, como vimos, não

estão propriamente interessados no seu bem-estar, mas sim, que você
compre cada vez mais, mesmo que não precise. Eles vão tentar sempre
140
direcionar a energia do seu dinheiro para o consumo de bens materiais

ou serviços. E as pessoas cujas opiniões têm importância para você, como
seus familiares, amigos e líderes, também tendem a influenciar na direção
que você dá ao seu dinheiro.
Se você não tomar as rédeas da direção que VOCÊ quer dar ao seu
dinheiro, ele vai sumir, sem que você tenha consciência para onde ele
realmente foi.
Aqui vamos apresentar duas maneiras de direcionar o seu dinheiro, uma
mais simples, e outra mais elaborada. Escolha a que mais combina com você.
Três FOCOS para o seu DINHEIRO
Então você acabou de receber o seu salário ou pró-labore, e vai começar
a direcionar o seu dinheiro. Neste sistema, você vai dirigir o foco do seu
dinheiro em três direções, e nessa ordem de prioridade:
1. Separe 10% de todo dinheiro que você ganhar para investir na
sua LIBERDADE FINANCEIRA.
Essa é a sua prioridade máxima. Você investirá esse valor para se
tornar financeiramente livre – quando os lucros dos nossos investimentos
pagam todo o nosso estilo de vida atual – para ajudar ainda mais pessoas
com a sua MISSÃO; e para construir o seu LEGADO.
2. Separe 10% para você se divertir.
O Ócio Criativo, conceito desenvolvido pelo cientista e sociólogo
italiano Domenico de Masi, já nos dizia, desde os anos 1990, que o ser
humano rende muito mais e melhora a sua capacidade criativa e intuitiva,
se equilibrar o seu tempo entre diversão, aprendizagem e trabalho. Num
mundo de celulares e redes sociais, em que temos como nos conectar com
o trabalho 24 horas por dia, é muito importante dar-se um tempo para
relaxar e se divertir. Então separe essa quantia para a sua diversão, pois
será um grande investimento. As minhas melhores ideias surgiram nos
meus momentos de lazer, quando estava com a mente relaxada e livre de
preocupações ou atividades.
141
3. Use os 80% restante para pagar as contas.
Geralmente, as pessoas costumam direcionar o seu dinheiro em uma

ordem contrária de prioridades. Primeiro focam em pagar as contas; se
sobrar dinheiro, usam para a sua diversão; e, por último, pensam em
investir para sua Liberdade Financeira, sua MISSÃO e LEGADO.
Só que o grande problema é que nunca sobra, o dinheiro que entra

mal dá pra pagar as contas, pois você o está direcionando somente para a
sua sobrevivência. Lembre-se: onde você foca, EXPANDE! Se você dirige
o seu foco para as despesas, vai potencializá-las. O seu dinheiro vai ser
consumido todos os meses e não sobrará nada. Mas, por outro lado, se
você focar o seu dinheiro na sua MISSÃO, na sua liberdade financeira
e no seu LEGADO, vai perceber que o dinheiro renderá muito mais:
você vai ter dinheiro suficiente para investir, se divertir e ainda pagar as
despesas! Você multiplica o dinheiro, porque o direcionou corretamente.
Não apenas acredite no que estou escrevendo, faça isso nos próximos
três meses e veja um aparente “milagre” acontecer na sua vida... assim
como vem acontecendo na minha desde que estou na minha Missão e
dou direção ao meu dinheiro!
POTES DA LIBERDADE FINANCEIRA
T. Harv Eker, no livro Os segredos da Mente Milionária, ensina o

“método dos potes” como uma forma de administrar o seu dinheiro,
independente de quanto você ganha hoje. Ele consiste em criar seis dire-
ções básicas para todo dinheiro que você receber. Você pode criar uma
conta bancária separada para cada direção, ou guardar esse dinheiro em
um pote na sua casa, se o valor for baixo, ou escrever os valores que você
distribuirá em cada pote.
1. Pote da Liberdade Financeira.
Abra uma conta de investimentos e direcione 10% dos seus ganhos

todos os meses. Esse dinheiro só deve ser usado para criar fluxos de
142
rendimentos passivos, ou seja, o seu dinheiro literalmente trabalhará para

você! Você pode criar também um POTE DA LIBERDADE FINANCEIRA
na sua casa. Lá você colocará seu dinheiro, o valor que depositou, todos
os meses (o valor não importa, o hábito, sim).
2. Pote do Longo Prazo.
Direcione 10% dos seus ganhos todos os meses. Dinheiro para sonhos
maiores, como uma viagem mais cara, um carro, etc.
3. Pote da Educação.
Direcione 10% dos seus ganhos todos os meses. Para pagar cursos,
palestras, livros, mestrado, para aperfeiçoar os seus conhecimentos.
4. Pote das Necessidades Básicas.
Direcione 55% dos seus ganhos todos os meses. Aqui se enquadram
todas as suas despesas básicas e fixas como luz, água, gás, telefone, super-
mercado, aluguel, celular, educação dos filhos, etc.
5. Pote da Diversão.
Direcione 10% dos seus ganhos todo mês. Use o dinheiro para o seu
lazer. E importantíssimo.... GASTE TUDO todo mês, pois serão nestes
momentos que você se abrirá para receber novas ideias!
6. Pote da Doação.
Direcione 5% dos seus ganhos todos os meses. Aqui você destinará
seu dinheiro para ajudar seus pais ou familiares, ou para doar para uma
instituição que você ajudará com seus talentos também, etc.
E se estiver com dívidas...

Se você está endividado, priorize sempre o pagamento dessa dívida antes
de direcionar o seu dinheiro para qualquer outro fim. Há vários motivos
para isso: em primeiro lugar, para evitar os juros abusivos, pois não há
dinheiro mais mal direcionado do que os juros de pagamentos atrasados.
143
Em segundo lugar, porque quitar as dívidas é bom para a sua autoes-

tima e o amor próprio. Por mais que seja tentador usar o dinheiro para
comprar outras coisas, a sensação de ser uma pessoa íntegra e que cumpre
sua palavra, é melhor do que qualquer outro prazer momentâneo. Nós
retomamos a nossa autoestima, andamos de cabeça erguida, temos a
consciência de que estamos fazendo a coisa certa. E isso não tem preço.
Ao melhorar o sentimento sobre si mesmo, atrairá novas oportunidades
e o dinheiro voltará a fluir na sua vida. Importante: lembre de direcionar
ao menos 5% do seu ganho mensal para a sua diversão, pois se não tiver
alguma válvula de escape, você tenderá a se estressar ou adoecer, e aí não
poderá pagar mais nenhuma dívida.
Se não está conseguindo pagar a sua dívida, renegocie!
Jamais fuja! Renegocie de cabeça erguida e olhando nos olhos de cada

credor. A renegociação de dívidas é uma prática comum hoje em dia, faz
parte do dia a dia de muitos, inclusive empresários. Todo mundo está sujeito
a ter problemas financeiros algum dia. Não importa se você só poderá pagar
um 1% da dívida mensalmente, encare o problema e apresente as suas con-
dições. Com certeza, qualquer pessoa prefere receber pouco todo mês, do
que nunca mais receber nada! Entre num acordo para quitar a sua dívida
da melhor forma e recupere o poder da sua palavra e da sua autoestima!
Valorize o seu dinheiro!

É importante que o aspecto financeiro de nossa vida não fique segre-
gado num canto, só sendo lembrado em momentos de crise, de falta de
dinheiro ou de frustrações.
Faça do dinheiro um assunto constante em suas conversas. Fale com
as pessoas sobre dicas de investimento, sobre oportunidades no mercado.
Algumas pessoas evitam falar sobre dinheiro, geralmente devido àqueles
preconceitos instalados no inconsciente coletivo, porque o dinheiro está
144
atrelado a significados negativos. Por isso, precisamos incentivar todos

ao nosso redor e falar da importância e do valor do dinheiro para tantas
coisas extraordinárias em nossas vidas!
Lembre-se, que onde focamos, EXPANDE! Focando no valor e no

significado positivo, você atrairá naturalmente mais dinheiro na sua
vida, para a sua Missão. Existem três tipos de foco, e você pode usar
todos eles. São:
1. FOCO VISIONÁRIO.
É criar imagens que representem o que significa o dinheiro na sua

vida. Faça um painel com um mosaico de imagens que você pode cole-
tar na internet, em revistas ou fotografar, com você e outras pessoas em
situações positivas relacionadas ao dinheiro. Pense: o que você quer com
o dinheiro? O que você espera do dinheiro? E a esta altura você já deve
saber que não estamos nos referindo a bens materiais, mas a coisas rela-
cionadas à sua MISSÃO e ao seu LEGADO! Fotografe-se na porta de uma
empresa semelhante à que você quer construir, mostre um grande grupo
de pessoas felizes estudando, trabalhando, ou fazendo outra coisa que
você quer proporcionar a elas com a sua MISSÃO. Fotografe-se ajudando
pessoas, e multiplique várias vezes essa imagem, simbolizando o quanto
você quer ampliar a sua atuação, ajudando cada vez mais pessoas. Crie,
imagine, e mostre para você mesmo, como o dinheiro será utilizado na sua
MISSÃO – e mantenha esse painel bem visível, para que você possa olhar
para ele todos os dias ao acordar e ao deitar, mantendo o seu foco nele.
2. FOCO COMPORTAMENTAL.
É se comportar de modo que o dinheiro faça parte do seu dia a dia.

Você deve falar sobre dinheiro, dar espaço na sua agenda para cuidar do
dinheiro, procurar pessoas que possam ajudá-lo com relação ao dinheiro,
frequentar cursos e ler livros sobre como investir em ações, criptomoedas,
vender e comprar, aumentar seus ganhos, ou seja, tenho que me comportar
como alguém que realmente está interessado em multiplicar o dinheiro
para cumprir a minha Missão.
145
Quando resolvi vender o meu primeiro apartamento, comecei a falar

para todo mundo sobre ele. Numa manhã de domingo, eu subia no ele-
vador junto com um casal que eu nunca tinha visto no meu prédio. Puxei
conversa e soube que tinham ido visitar um apartamento para comprar.
Então eu disse: “Puxa, eu estou vendendo um apartamento lindo, capa
de revista! Querem dar uma passadinha agora?” Mostrei o apartamento
para o casal, que se encantaram e acabaram comprando o imóvel à
vista! E olha que eles queriam, a princípio, um outro apartamento. Mas
isso só ocorreu porque meu comportamento foi congruente com quem
queria realmente vender o apartamento. Por onde eu andava, falava do
apartamento, perguntava se conhecia alguém que queria comprar, etc. A
maioria das pessoas não fala, querem que as pessoas descubram sozinhas.
Aí nada acontece. Então, é ter o comportamento certo, não só em relação
ao dinheiro, mas a tudo que pode levar você a multiplicar seu dinheiro
para a construção do seu Legado.
3. FOCO TEMPORAL.
É dar o tempo certo para as coisas acontecerem na sua vida. É como

o bambu. Durante cinco anos vemos ele crescer apenas debaixo da terra,
parece até que não vai vingar. Mas depois de cinco anos, ele cresce e atinge
alturas de até 25 metros em poucos meses! Então você deve manter seu
foco comportamental durante certo tempo, até as coisas começarem a
dar resultado. Depende do tamanho do seu objetivo, da sintonia que você
está com o Universo em relação a sua Missão. Mas, se você mantiver o
foco, é inevitável que as coisas aconteçam, mais cedo ou mais tarde. Eu
procurei por meses um novo prédio adequado para a nossa sede. Falava
para todo mundo, perguntava, anunciava que estava procurando um novo
prédio para a SBie. Até que o achei, em um dia que decidi que navegaria
na internet até encontrar. É tão perfeito que parece que foi projetado
especialmente para nós. E as pessoas sempre falam o quanto temos sorte,
por esse prédio ter aparecido. Sorte nada, nós procuramos e colocamos
todo o nosso foco, para um dia ele realmente aparecer! Mas soubemos
esperar e colhemos a recompensa. Então, é dar tempo ao tempo, mas
146
continuar focando, se comportando da maneira a construir o que você

deseja. E no final... por acaso... tudo sempre dá certo!
ALCANCE A SUA LIBERDADE FINANCEIRA!

Alcançamos a LIBERDADE FINANCEIRA, quando os nossos ren-
dimentos passivos (isto é, aqueles rendimentos que recebemos, sem
investir nosso tempo e trabalho), cobrem as despesas para manter o
nosso estilo de vida.
Quanto antes alcançarmos essa liberdade, mais livre seremos. Teremos
tempo para criar, aprender, nos dedicarmos à nossa MISSÃO, sem ser-
mos aprisionados pela necessidade de ganhar dinheiro para sobreviver e
pagar as contas. Aí, as ideias virão, as oportunidades de inovar surgirão,
pois você estará mais relaxado, sereno, e a sua mente está aberta para
receber as grandes ideias que provocarão as melhores transformações
no nosso mundo.
Muitas vezes achamos que é necessário sermos milionários para alcan-
çar a LIBERDADE FINANCEIRA, mas isso está longe da verdade. A sua
LIBERDADE FINANCEIRA depende do estilo de vida que você quer
manter. Já contamos a você, lá no início deste livro, que a maioria dos bens
luxuosos nada mais é do que símbolos de ostentação, feitos apenas para
exibição na mídia e para substituir um vazio existencial, por não sabermos
o que realmente viemos fazer nesse mundo. Então, se você precisa de um
carro para se locomover, não é necessário que ele seja uma Ferrari. Se você
quer uma casa própria, não é preciso que ela seja uma mansão. As coisas
que realmente importam são invisíveis aos olhos, pois acontecem dentro
de nós. Cumprir a sua MISSÃO, atuando em alto nível, usando os seus
talentos para alcançar grandes realizações – isso é o que precisamos para
extrair o máximo de felicidade e propósito no nosso dia a dia.
Então vamos fazer agora, algumas contas simples para você descobrir
qual é o valor da sua LIBERDADE FINANCEIRA. Você vai perceber que
ela está mais próxima de você do que imaginava!
147
Quanto vale a sua LIBERDADE FINANCEIRA?
Despesa R$ Reduzir Receita R$ Aumentar
Total: Total:
1. Faça numa folha à parte uma tabela igual à acima, com todas as
suas despesas e receitas mensais. Depois escreva o que você pode fazer
para diminuir ao máximo as suas despesas e aumentar ao máximo as
suas receitas.
Por exemplo, você pode economizar 20% se mudar todas as lâmpadas
da casa para lâmpadas LED, que gastam muito menos energia. E, por
exemplo, você pode aumentar suas receitas dando aulas particulares.
Veja como preencher:
Despesa R$ Reduzir Receita R$ Aumentar

Luz 150,00 Lâmpada Salário 3.000,00 Aulas =
led = 30,00 600,00
2. Some todos os números da coluna “R$” de despesas e de receita.

Some também os números da coluna de “Reduzir” e “Aumentar”, e
148
escreva na última linha das respectivas colunas. Vamos considerar, só

hipoteticamente, estes valores.
Total: 2.500,00 400,00 Total: 3.000,00 600,00
3. O total de suas despesas mensais seria: R$ 2.500,00 - R$ 400,00 =

R$ 2.100,00.
4. O total de sua receita mensal seria: R$ 3.000,00 + R$ 600,00 = R$
3.600,00.
5. Então, você terá este valor para investir todo mês para a sua Liberdade
Financeira: R$ 3.600,00 – R$ 2.100,00 = R$ 1.500,00.
Portanto, nesse exemplo, se você tiver R$ 210.000,00 na sua conta
de investimentos para o futuro, rendendo 1% ao mês, você já terá um
rendimento de R$ 2.100,00, suficiente para pagar as suas despesas atuais.
De modo simples, se você investir R$ 1.500,00 por mês, poderá alcançar
esse valor em aproximadamente 12 anos (sem contar com a mágica dos
juros compostos nesse período!).
Claro que são apenas valores hipotéticos, apenas para a uma demons-
tração. Você poderá ter aumentos salariais nesse período, poderá ser
promovido, ou mudar de ocupação para ganhar mais. As suas despesas
poderão aumentar. Você poderá optar por investimentos que rendam
mais. Ou seja, essas variáveis poderão mudar.
Se hoje a sua receita mal cobre as despesas, você precisa mexer na
coluna de “Aumentar”, para direcionar seu dinheiro para a sua Liberdade
Financeira. Mas como aumentar os ganhos? Investindo na aceleração da
sua carreira, na sua formação, adquirindo mais habilidades, ou fazendo
cursos e aprendendo gratuitamente na internet!
Se o seu estilo de vida atual está consumindo mais do que deveria, ou
seja, seus custos estão bem maiores do que seus ganhos, ajuste a coluna das
149
DESPESAS, tirando temporariamente alguns itens que são dispensáveis,

aumentando o seu resultado financeiro final. Cuidado para não cair na
tentação de consumir mais do que precisa, apenas pela sua necessidade
de ser aceito ou para fazer parte de determinados grupos sociais.
Esses cálculos são importantes para você fazer uma projeção de

quanto precisa por mês para manter o seu estilo de vida mínimo atual,
e quanto dinheiro e tempo necessitará para alcançar a sua fundamental
LIBERDADE FINANCEIRA.
Lembre-se, sempre que temos um número em mente, torna-se muito mais

fácil alcançar a meta. Estabeleça essa meta e dê a si mesmo um prazo para
chegar ao seu objetivo: CONQUISTAR A SUA LIBERDADE FINANCEIRA!
O que aprendi com Bill Gates

Nós somos como computadores interligados numa grande rede,
conectados num organismo gigantesco chamado HUMANIDADE.
Então por que não podemos nos conectar e aprender com outros seres
humanos ilustres, que obtiveram sucesso em várias áreas? Eu desenvolvo
esse trabalho há algum tempo, procurando o aperfeiçoamento das minhas
ideias, conectando-me com essas pessoas por meio de conversas, leituras e
até por simples inspiração. Aprendi este PROCESSO DE CRIAÇÃO com
Bill Gates, visionário e empresário, fundador da Microsoft:
PROCESSO DE CRIAÇÃO
1 - Relaxe.
As ideias vêm nos momentos em que estamos mais relaxados, descan-

sando, tomando banho, correndo, ouvindo música, etc. Nesses momentos
as ideias surgem na minha cabeça como janelas (windows) abertas em
minha mente. Por isso, busque algumas maneiras e tempo para relaxar,
se você está à procura de grandes ideias.
150
2 - Conecte-se com o seu “Eu do Futuro”.

A ciência está avançando cada vez mais rápido, e uma das grandes
descobertas cientificas é que não existe o conceito de tempo como nós
imaginamos e vivemos. Para a Física Quântica, passado, presente e futuro
estão acontecendo ao mesmo tempo! Por isso, hoje, podemos acessar o
nosso inconsciente no futuro através de meditações, ou seja, o nosso “Eu
do Futuro”, para ver o que as pessoas precisarão no “amanhã”. Esse é o
segredo de uma boa ideia, é fazer o “download do futuro” de soluções
que satisfarão necessidades que as pessoas ainda nem sabem que vão
ter. É como os computadores e smartphones... até poucas décadas atrás,
todos nós vivíamos sem nada disso... hoje se tornou quase vital! Portanto,
tire um tempo no início ou no final do seu dia, para meditar por alguns
minutos, abrindo espaço para ser inspirado pelo nosso Universo infinito!
3 - Acredite nos pensamentos.
Quando a janela na sua mente se abre, acredite sempre no que está
“recebendo”, nas ideias que surgem, pois o desacreditar já matou muita
ideia boa antes de ela nascer, ou outras pessoas deram vida a ela, se tor-
nando famosas e milionárias, na maioria das vezes.
4 - Anote na hora.
Se não anotar a ideia na hora, a janela na sua mente se fechará e você
a perderá todo o conteúdo, que até então parecia óbvio. Sempre deixe um
bloco de notas digital ou físico ao lado da sua cama, para anotar tudo ou
gravar um áudio (eu prefiro áudio, porque minhas ideias surgem mais
rápido do que consigo escrever). Por mais clara e inesquecível que possa
parecer a ideia, anote TUDO... senão, você perderá detalhes importan-
tíssimos, porque a ideia não é nossa... apenas fazemos o “download do
Universo”.
5 - Faça na HORA que vem a ideia.
Faça acontecer na hora que receber a ideia. O Universo está baixando
essa mesma ideia em várias pessoas, ao mesmo tempo, pelo mundo.
Faz acontecer quem age mais rápido! Quem fica pensando, pensando...
151
e pensando, só fica nisso e não realiza nada. Acredite e faça na hora,

porque, se você teve acesso a essa informação, é porque o mundo já está
preparado para ela. O Universo carrega a mesma ideia em várias pessoas,
ao mesmo tempo, para garantir que seja realizada. E, se não for por meio
de você, será por meio de outra pessoa. O que você escolhe? Lembre: “A
diferença entre o Medo e a Coragem é a AÇÃO!”. Então AJA NA HORA!!!
6 - Envolva muitas pessoas (confie no Universo).
É fundamental envolver muitas pessoas na realização da sua ideia.
Quanto mais pessoas são envolvidas, maior é o seu compromisso em
realiza-la e mais energia se ganha do Universo, pois a realização dessa
ideia significa o bem-estar de muitas pessoas e famílias!
7 – Deixe sua mente fluir e vibrar na sintonia do Universo... no AMOR!
Acredite no Universo. O Universo vai atrás das pessoas certas para
fazer as coisas acontecerem. E quando o Universo percebe que não é a
pessoa certa, que ela não está na mesma sintonia, corta a conexão, e as
grandes ideias passam a fluir em outras mentes. Então, mantenha a sua
sintonia no AMOR INCONDICIONAL, e novas ideias sempre surgirão
para que você possa ajudar um número cada vez maior de pessoas!
152
Conclusão
Lembra-se de quando você começou esta Jornada? Você chegou a este

livro, provavelmente, com uma motivação diferente sobre o dinheiro,
riqueza e prosperidade!
Como era a sua vida antes de ter contato com este livro? Você enfrentava
problemas financeiros? Tinha atritos com a sua família? Trabalhava em
alguma atividade que não gostava? Ganhava pouco e estava infeliz por
isso, ou ganhava muito, mas mesmo assim estava infeliz? Sentia-se frus-
trado, com um vazio, em relação a sua carreira? O que estava “pegando”
na sua vida, que o fez procurar por um livro que fala especificamente
sobre dinheiro e prosperidade?
Seja qual for a pergunta, e seja qual for a sua resposta, mantenha os
verbos sempre no passado: era, sentia, achava, ganhava, perdia, sabia, não
via ou sofria, etc. Pois espero que tudo isso já tenha ficado para trás de fato.
O que eu desejo, de todo o meu coração, é que as coisas que vive-
mos juntos nesta Jornada tenham ajudado você a descobrir e sentir o
verdadeiro significado e propósito do dinheiro na sua vida. Tornando
sua vida muito mais leve e livre de significados negativos impostos pelo
consumismo e materialismo.
E que a descoberta desse extraordinário mundo invisível das emoções
possa te ajudar a “voltar para casa” e conquistar tudo aquilo que a sua
Alma veio realmente trazer ao nosso Mundo!
E, acima de tudo, que você possa cumprir a sua MISSÃO durante
a sua existência, atingindo a sua LIBERDADE FINANCEIRA e, assim,

possa viver a sua vida de forma livre e feliz para construir a marca que a
sua Alma veio deixar, o SEU LEGADO!
VOCÊ ESTÁ PRONTO! SUA ALMA ESTÁ DESPERTA! E QUANDO
A GENTE VÊ, NÃO DÁ PARA DESVER! BOA JORNADA DE
CONSTRUÇÃO DO SEU LEGADO!
Um forte abraço... Estamos juntos nesta Jornada!

Rodrigo Fonseca
154
Bibliografia
• Pai Rico e Pai Pobre – Robert Kiyosaki

• Mente Milionária – T. Harv Eker
• The Millionaire Course - Marc Allen
• Quem pensa enriquece – Napoleão Hill
• O Milionário mora ao lado - Thomaz Stanley
• Empresas feitas para vencer – Jim Collins
• Dinheiro, Coração e Mente – William Bloom
• Guia de Investimentos – Robert Kiyosaki
• Factfulmess – Hans Rosling
• Organizações Exponenciais – Salim Ismail, Michael Malone e Yuri
Van Geest
• A Escola dos Deuses – Elio D’Anna
• A Magia do Império Disney – Ginha Nader
• O Código Básico do Universo – Dr. Massimo Citro
• O Caibalion - Três Iniciados
• Um Salto Quântico no Cérebro Global – Ervin Laszlo
• A Voz do Silêncio – Helena Blavatsky
• Um Novo Mundo: O Despertar de uma Nova Consciência – Eckhart
Tolle

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0803L5635690521YZP - 05942093156 - Laura nayara soares f

Este livro não vai te ensinar a investir, nem vai passar

Vamos falar sobre como desenvolver a SUA INTELIGÊNCIA

Neste livro, vamos desbravar juntos – você e eu – cada passo

0803L5635690521YZP - 05942093156 - Laura nayara soares f

Dedico este Livro à maior Riqueza

0803L5635690521YZP - 05942093156 - Laura nayara soares f

Este Livro só foi possível ser escrito graças a experiência de vida de

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0803L5635690521YZP - 05942093156 - Laura nayara soares f

Nosso mundo interno cria o mundo externo! Nosso mundo interno é o

0803L5635690521YZP - 05942093156 - Laura nayara soares f

No livro “RIQUEZA EMOCIONAL – Desvendando o mundo

0803L5635690521YZP - 05942093156 - Laura nayara soares f

1. O mundo invisível das emoções.......................................... 7

Qual é a sua personalidade financeira?...................................... 12

O mundo invisível das EMOÇÕES............................................... 13

A CRIANÇA dentro de nós........................................................... 14

PRÁTICA 1 – O CAVALO, O CONDUTOR E A CHARRETE

2. Felicidade. Simples assim...................................................21

SER, FAZER e TER........................................................................27

PRÁTICA 2 – A FELICIDADE ESTÁ NA SIMPLICIDADE............. 35

0803L5635690521YZP - 05942093156 - Laura nayara soares f

3. Como os nossos pais.........................................................39

Dinheiro é coisa de MÃE............................................................. 42

O que é sua RAIZ?...................................................................... 45

Pais e Filhos da classe ALTA, MÉDIA e BAIXA........................... 46

Famílias de Classe Alta................................................................47

Famílias de Classe Média............................................................ 51

Famílias da Classe Baixa............................................................ 53

PRÁTICA 3 – HERANÇAS DO PASSADO................................... 59

4. Temos o que merecemos?.................................................63

As CRIANÇAS PERDIDAS no mundo invisível........................... 66

PRÁTICA 4 – RESGATANDO AS CRIANÇAS PERDIDAS............74

PRÁTICA 5 – PERDOE-SE – REPROGRAMAÇÃO EMOCIONAL

5. A palavra cria! AMOR......................................................... 81

PRÁTICA 6 – MUDANDO A SUA MATRIZ................................... 88

0803L5635690521YZP - 05942093156 - Laura nayara soares f

Cultura da Obesidade............................................................... 100

PRÁTICA 7 – ENERGIZANDO O SEU DINHEIRO...................... 110

7. Missão e Legado................................................................. 115

Como saber qual é a minha MISSÃO?......................................120

Planeje e realize a transição para a MISSÃO............................126

LEGADO. Ou o que vamos deixar para o futuro.......................132

PRÁTICA 8 – DESCOBRINDO A SUA MISSÃO.........................135

8. Questões práticas............................................................ 139

Ande com dinheiro vivo no seu bolso!......................................140

Dê uma direção para o seu dinheiro.........................................140

E se estiver com dívidas............................................................143

Valorize o seu dinheiro!.............................................................144

ALCANCE A SUA LIBERDADE FINANCEIRA!........................... 147

O que aprendi com Bill Gates....................................................150

0803L5635690521YZP - 05942093156 - Laura nayara soares f

Dinheiro... Quantas vezes você já ouviu essa palavra? E, em quantas

Riqueza Emocional – Desvendando o mundo invisível das pessoas prósperas e felizes

Vamos falar sobre como desenvolver a SUA INTELIGÊNCIA

Quem ganha dinheiro

0803L5635690521YZP - 05942093156 - Laura nayara soares f

1. O mundo invisível das emoções

Aqui começamos a nossa jornada “Se chorei ou se sorri

O que é Inteligência Emocional?