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CAPA

Inteligência Emocional para Pais


Eduque seu filho para ser feliz

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Sumário

Lado A – Gestação

Introdução.......................................................................................... 3

1. A Pré-concepção............................................................................ 9

2. A Concepção................................................................................ 19

3. A Gestação................................................................................... 27

4. O Nascimento.............................................................................. 63

Lado B – Educação

Introdução........................................................................................ 79

5. Primeira Infância (0 a 4 anos).................................................... 83

6. Infância (5 a 9 anos).................................................................. 137

7. Pré-Adolescência e Adolescência (10 a 17 anos)....................... 153

Conclusão...................................................................................... 185

Bibliografia.................................................................................... 187

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Lado A
Gestação
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Introdução

Este é o terceiro livro sobre Inteligência Emocional que tenho o privilégio de publicar e,
no meu ponto de vista, era necessário fazê-lo o mais rápido possível, pois aborda um aspecto
primordial para mim, para você e para o futuro da sociedade como um todo: a Educação
Emocional dos nossos Filhos.
Chegamos num momento na História em que geramos muita informação, mas pouca ex-
periência. Muito conhecimento, mas pouca sabedoria. Até uma criança na fase escolar, hoje,
tem mais conhecimento geral do que um governante do período romano. E, se não possuímos
esse conhecimento, fazemos uma busca rápida na internet e conseguimos a resposta. Mas é
bem diferente quando se trata de sabedoria, do “saber fazer”, pois são qualidades que precisam
ser aprendidas na prática. O conhecimento, sem a execução, a disciplina e a criatividade, é
inútil e se torna um verdadeiro lixo intelectual.
A Educação Emocional é a chave para transformar essa avalanche de estímulos externos
e informações em resultados práticos, em concretização e, especialmente. em uma sociedade
mais equilibrada e feliz.
Para um adulto, possuir um alto grau de Inteligência Emocional o prepara para alcançar o
equilíbrio necessário para a felicidade na sua vida pessoal, familiar, profissional e financeira (o
dinheiro é algo muito mais emocional do que você imagina!). Conhecer as próprias emoções

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

e medos – e usá-los para superar barreiras internas e encontrar o nosso caminho na vida, uti-
lizando nossos talentos e assumindo o nosso papel neste mundo – é o caminho para a verda-
deira felicidade que, por milhares de anos, temos procurado inutilmente apenas fora de nós.

O que dizer, então, das crianças? A Educação Emocional, ou o desenvolvimento da Inte-


ligência Emocional desde cedo, é muito mais importante quando se trata de nossos filhos e
filhas, que temos o privilégio e a responsabilidade de receber em nossa família e prepará-los
(o mais rápido possível!) para a vida adulta e social.

Ser mãe, ou ser pai, não é uma tarefa trivial, corriqueira ou simples, pois os filhos não vêm
com um manual de instruções e cada criança é completamente diferente da outra. É preciso
preparação, orientação, conhecimento e determinação para interpretar, agir e reagir de forma
adequada a toda uma gama de delicados processos emocionais que estão se formando no
pequeno cérebro ainda virgem de uma criança.

Como conceber e criar filhos e filhas saudáveis, tranquilos, serenos e felizes, que se destacam
da maré de crianças ansiosas, inquietas e presas ao mundo virtual que caracteriza os dias de hoje?

Quando foi, em toda a História da Humanidade, que treinamos, aprendemos ou aprimora-


mos essa arte tão vital: a de sermos PAIS e MÃES? Quanto tempo de vida nós temos investido
para desenvolver essa habilidade tão necessária? Que tipo de “Escola” criamos para aprender-
mos e treinarmos para sermos bons Pais e Mães?

O que devemos fazer para preparar nossos filhos e filhas para crescerem conscientes dos seus
medos, aceitando-os e usando-os para alcançarem suas realizações, em vez de crescerem frus-
trados ou ansiosos numa espera infrutífera pelo fim desses medos? Ou então, como ensina-los a
expressar e usar positivamente emoções tão naturais como tristeza e raiva?

Como gerar crianças focadas, criativas, inteligentes, ousadas e capazes de liderar suas vidas,
capacitadas por nós, pais e mães, a serem felizes em meio ao caos moderno?

Na realidade, nós nunca aprendemos, desde a época das cavernas, a proporcionar uma
Educação Emocional aos nossos filhos, e nunca atribuímos ao mundo emocional a impor-
tância devida. Não existe, por parte da maioria dos pais, o reconhecimento ou a percepção do
impacto que as emoções vividas durante na gestação e durante a primeira infância, causam
nos relacionamentos, nos aspectos físicos, profissionais, financeiros e nos hábitos diários dos
nossos filhos. Isso acontece até hoje, porque nunca fizemos as correlações entre tudo o que
nós, pais e mães, vivemos durante essas fases de nossas vidas, e o quanto estamos apenas RE-
PETINDO aquilo que aprendemos lá atrás em nossas gestações e primeira infância também.

A vida emocional da gestação e infância é tão decisiva que, mais tarde, as barreiras criadas
nesse período irão afetar profundamente a vida pessoal, profissional, familiar e até financeira

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Introdução

do adulto que essa criança se tornará. A maior parte das doenças físicos e emocionais de um
ser humano adulto está intimamente ligada a esse mundo emocional desenvolvido junto com
o nosso corpo físico. Um mundo que nós, pais, temos a possibilidade – e a responsabilidade
– de desenvolver de forma equilibrada e saudável nos nossos filhos.
Você, que é (ou será) mãe ou pai, disposto a realizar o melhor possível e imaginável para
o seu filho, vai descobrir neste livro como funciona esse mundo emocional – e como estrutu-
rar emocionalmente seu filho para viver, realizar e contribuir para uma sociedade mais feliz,
equilibrada e colaborativa.
Se você tem dúvidas, inseguranças, e procura por informações que o orientem no dia a
dia, irá encontrar aqui um porto seguro para parar, refletir e tomar as medidas práticas neces-
sárias para o desenvolvimento emocional saudável dos seus filhos.
Neste Lado A do livro, que chamamos de GESTAÇÃO, vamos tratar de algumas noções
básicas de Inteligência Emocional, que englobam quatro fases:
1. Pré-Concepção, que envolve o relacionamento dos pais (como se estabelece essa
união) antes do ato sexual que irá culminar com a concepção de um filho ou filha.
2. Concepção, onde abordaremos o momento decisivo, o instante mágico da conexão
entre dois corpos e almas, em que a fagulha da vida irá ser lançada pelos pais, forman-
do uma NOVA VIDA!
3. Gestação, os nove meses mais importantes de nossas vidas. É o período em que o cére-
bro emocional do bebê interpreta e registra (memoriza) todas as experiências vividas
pelos pais, e que determinará o aspecto emocional do seu filho por toda a vida – ou até
que tenha a oportunidade de se Reprogramar Emocionalmente.
4. Nascimento, um momento mágico, único e breve, mas determinante também, pois é
a primeira experiência da criança com o mundo externo, que marcará a forma como
ela, depois de adulta, encarará os desafios e a confrontação com esse mundo.
Leia este Lado A - GESTAÇÃO, mesmo se o seu filho ou filha já tiver nascido. Você en-
tenderá muito do comportamento dele, ou dela, ao tomar conhecimento dos processos emo-
cionais que envolvem a fase intrauterina do bebê até o momento do nascimento.
Por outro lado, se você, mamãe ou papai, ainda está pensando em ter o seu bebê, ou está
vivendo a fase da gestação, aproveite cada palavra desta jornada extraordinária. Convide o seu
marido, ou a sua esposa, para lerem juntos este livro. E proporcionem ao seu bebê, uma vida
emocional bem estruturada, pois, assim, ele, crescerá tendo nas mãos todos os recursos para
ser um adulto equilibrado, saudável, realizador e feliz!
E não é isso que nós, pais, tanto sonhamos para os nossos Filhos?!

Rodrigo Fonseca

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A Pré-concepção

“A Paixão é a emoção que surge entre dois


seres humanos para uni-los por tempo
suficiente para descobrirem o Amor
dentro de si. E gerarem Vida, Filhos e
mais Amor usando o livre arbítrio”

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1. A Pré-concepção

O bebê “acontece” na vida do casal


O que eu tenho observado durante os 19 anos em que venho exercendo a atividade de
Especialista em Inteligência Emocional, é que geralmente o bebê chega a uma família como
se fosse um acontecimento ao acaso.

Normalmente o bebê “acontece” na vida do casal, sem nenhum planejamento ou prepa-


ração, fundamentais para a vida de um ser humano que está prestes a nascer. Quando isso
ocorre, pega o homem e a mulher desprevenidos, despreparados emocionalmente e, muitas
vezes, financeiramente. É comum ouvir:

“Justo agora, que estava focada no meu trabalho.”

“Não me sinto maduro o suficiente para ser pai.”

“Não estamos bem financeiramente para receber um bebê agora.”

“Agora vou ter que casar.”

“Ainda sou muito jovem para estragar a minha vida”

“Já não tenho mais saúde ou idade para ser pai/mãe”

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Muitos pais, mesmo que de forma inconsciente, veem a criança como um “pacote - pro-
blema” que não esperavam e que não podem, ou não devem, recusar. Isso pode causar danos
inimagináveis ao bebê.

O bebê já chega carente a este mundo, sofrendo com uma eterna sensação de aban-
dono ou rejeição por parte dos seus pais. Torna-se uma criança e, mais tarde, um adulto
instável, que exige ser o centro das atenções o tempo todo, e realmente incomoda a todos com
a sua sede insaciável por atenção. Ou então, se fecha em seu próprio mundo por medo de ser
abandonado novamente, e rejeita todos aqueles que se aproximam, antes que ele mesmo seja
rejeitado novamente.

Por outro lado, existe o extremo oposto: a SUPEREXPECTATIVA.

Estamos falando de pais que esperam ansiosamente por um bebê: a mulher que tem difi-
culdades para engravidar; o casal que já têm uma filha ou um filho, e desejam uma criança do
sexo oposto; e a mulher que se aproxima ou já ultrapassou a idade-limite para uma gravidez
sem riscos. A espera ansiosa e prolongada pelo bebê causa um estresse em grau muito maior
para os pais, e consequentemente para o bebê, durante toda a gestação – gerando um futuro
adulto também estressado, pressionado por uma grande responsabilidade: a de superar essa
expectativa gigantesca!

Todos os pensamentos, desejos, emoções e comportamentos dos pais durante a GES-


TAÇÃO influenciam de forma inquestionável a VIDA EMOCIONAL do Bebê.

Os sentimentos dos pais, antes e durante da gravidez, sejam eles positivos ou negativos,
causam alterações na carga genética doada por eles. E irão marcar decisivamente a vida adulta
dos seus filhos.

A Trindade do Pai, Mãe e Bebê


Tudo nesta vida deve ter uma base, um apoio, um chão que o sustente, e com um filho não
é diferente. Vamos agora pensar um pouco sobre o quê – ou quem – serve de sustentação para
todos nós, que um dia já fomos crianças.

Imagine a relação entre pai, mãe e bebê como um triângulo, onde as duas pontas da
base são o pai e a mãe, e a ponta de cima é o filho. Se essa base (o relacionamento entre os
pais) é fraca ou inexistente, a ponta de cima (o bebê) fica solta, sem sustentação, e a figura
desmorona.

É exatamente isso, o que acontece na vida real. Quando vem a gravidez, é necessário que
essa base torne-se ainda mais forte, mais intensa, para sustentar com firmeza o terceiro pon-
to, o bebê. Quanto mais amor houver nessa base, mais forte e confiante será a criança, pois
se sentirá mais segura e acolhida por esse amor. E a própria criança gerará mais amor, mais
união, para fortalecer o relacionamento do casal.

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A Pré-concepção

Filho A Filho A

Mãe Pai Mãe Pai


Amor Conflito
Troca Discussões
Confiança Ciúme
Segurança Raiva
Apoio Desconfiança

Quando há um enfraquecimento ou um problema nessa base, acontece o oposto. Com a


gravidez, os pais ficam cada vez mais distantes, surgem conflitos, discussões, ciúmes, até que
a ligação é rompida. Não há mais família, não há mais a Trindade do pai, mãe e bebê, apenas
a criança apoiada só no pai ou na mãe de forma desequilibrada, transformando o terceiro
membro num intruso.
Então é muito importante cuidar da base do triângulo. Se o relacionamento do casal não
está estável, é preciso esperar mais um pouco antes de ter um bebê. Se o relacionamento vai
mal, o casal deve procurar orientação profissional, cuidar dessa ligação antes de tudo. E, se
viverem uma união saudável e firme, devem fortalecer ainda mais esse amor, comunicando-o
por meio de palavras, toque, atitudes e olhares.
Depois, quando vier a gravidez, nunca se esqueçam de que o amor do casal, pai e mãe,
deu origem a essa criança. Nunca deve faltar essa comunicação do amor, os momentos ínti-
mos, pois isso vai continuar a fortalecer a base dessa Trindade, para o seu bebê crescer feliz
e seguro.

Planejar, antes de conceber


Alguns requisitos são necessários antes de se conceber um bebê: é preciso que exista uma
relação de amor harmoniosa e estável entre os pais, condições financeiras adequadas, de pre-
ferência que a mãe esteja em idade propícia a uma gravidez sem riscos e, principalmente, que
possam se tornar pais, e não “avós” dos seus filhos.
Sim, pois os pais tardios, na sua maioria, esquecem-se de que, mesmo sendo fortes e sau-
dáveis agora, envelhecerão muito antes dos pais mais jovens. E que, no futuro, o relaciona-
mento e a interação com os filhos nunca será igual a dos pais mais jovens.
Claro que, muitas vezes, queremos ter um filho ou uma filha, mesmo sem atender a essas
condições ideais. Nesse caso, devemos estar conscientes de que essa criança terá algumas

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

dificuldades emocionais – e que devemos estar muito mais atentos e dar o nosso melhor para
ajudá-la a vencer essas barreiras. E que isso demandará muito mais esforço e dedicação de
nossa parte, como pais.

Vamos agora, abordar algumas condições que exigem muita atenção no período da pré-
-concepção, ou seja, antes de engravidar.

“Vamos ter um filho para melhorar a nossa


relação, ou vamos acabar nos separando.”

Eu posso afirmar com toda a convicção: não existe um erro maior do que esse para um pai,
ou uma mãe, cometer no seu relacionamento. E, principalmente, estará trazendo um dano
emocional gigantesco a esse bebê que vai nascer.

O ato de gerar um filho, por si só, é um fato extraordinário na vida de qualquer casal, pois os
futuros pais terão as suas vidas totalmente alteradas pela chegada do bebê. A dedicação, o amor,
a atenção e a energia que uma criança demanda, desde a gestação até os primeiros anos após o
nascimento, são imensas e intensas. E tende a ser ainda maior se for o primeiro filho do casal,
pois a tensão, insegurança e o medo do desconhecido, da experiência inédita, da enorme res-
ponsabilidade de ter uma nova vida sob seus cuidados, estarão sempre presentes nessa relação.

É preciso que os pais se PREPAREM para despender toda essa energia extra e atenção,
que estejam tranquilos, equilibrados, de bem um com outro e consigo mesmos. Com a
chegada do bebê, não lhes sobrará energia para corrigir um relacionamento problemático e
instável – que tenderá a piorar.

Seja qual for a situação do casal, a chegada de um bebê sempre POTENCIALIZARÁ


uma condição preexistente nesse relacionamento.

Isso significa que, se um casal está bem, um bebê os unirá ainda mais, o amor crescerá e
se multiplicará para todos da família. Se, ao contrário, o casal estiver em conflito, desunido e
separado emocionalmente, um bebê o separará ainda mais.

Uma criança raramente corrigirá ou curará uma relação que já estava doente. E o pior,
você estará gerando um bebê que trará consigo as sequelas de um relacionamento problemá-
tico e doentio, tornando-se uma criança e adulto com grandes possibilidades de viver proble-
mas tão comuns hoje em dia, como depressão, pânico, ansiedade, obesidade e vícios.

Pais tardios: a contagem regressiva para ter um bebê


Há alguns séculos, a expectativa de vida de uma mulher mal atingia os 40 anos de idade.
As garotas casavam cedo, logo que atingiam a maturidade sexual, e os filhos vinham em segui-

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A Pré-concepção

da, num número inimaginável para os casais de hoje. O mundo da mulher era a casa, a família
e os filhos. Mas isso mudou muito: hoje em dia, muitas mulheres atingem a casa dos 90 anos
– ou mais – de forma tranquila, e o estilo de vida feminina sofreu uma grande transformação.
A mulher moderna trabalha fora, é independente e tem anseios e objetivos profissionais tam-
bém. O corpo da mulher também acompanhou essa evolução e, hoje, os médicos indicam o
período dos 20 a 30 anos como o ideal para a gravidez.
É importante programar a gestação para esse período, em que o corpo da mulher se
encontra em plenitude física, para preservar o bebê e a mãe de uma gravidez de risco.
Claro que a Medicina está em constante evolução, e cada vez mais surgem técnicas e pro-
cedimentos médicos que minimizam os riscos, mas o fato inquestionável é que, depois dos 35,
o corpo da mulher já não apresenta as melhores condições para uma gravidez. Cientes disso,
muitas mulheres, ao se aproximarem dessa idade, decidem engravidar o mais rápido possível,
mesmo que não exista amor – ingrediente primordial para gerar uma vida saudável e feliz –
transformando a metade de seu filho(a), o pai, apenas num meio (objeto) para alcançar seu
objetivo (o de ser mãe!). Isso também provocará grande impacto no futuro de um bebê, que
se sentirá constantemente “vazio”, sem saber o porquê.
A contagem regressiva começa, então, para essa mulher e seu marido, quando casados. As di-
ficuldades naturais aumentam com a idade. Depois dos 30, a mulher já não possui a mesma abun-
dância de óvulos e a sua fertilidade começa a decrescer. As tentativas malsucedidas vão criando
uma grande frustração, ansiedade, estresse e pressão de amigos e familiares. Forma-se, então, um
cenário propício ao surgimento da SUPEREXPECTATIVA dos pais com relação ao futuro bebê.
Se, finalmente, a tão sonhada gravidez acontece, ela vem acompanhada pelo medo cons-
tante da perda ou do parto prematuro, que ocorrem com maior frequência em grávidas acima
dos 35 anos. Nessa faixa de idade, também, aumenta bastante a probabilidade do feto apresen-
tar a Síndrome de Down, por isso exames específicos, muitas vezes invasivos, são necessários.
Todas essas situações de estresse e pressão enfrentadas pelos pais tardios impactam direta-
mente o bebê. Pois tudo aquilo que mãe e pai está passando aqui fora, seu bebê está sofrendo,
só que com uma grande diferença – ele ainda é só um bebê, que não sabe se proteger e não tem
a mínima ideia do que significam todos esses medos e ansiedade dos seus pais .Tudo o que um
bebê quer, enquanto está sendo gerado, é ser aceito e amado pelos pais. Portanto, tudo aquilo
que quebra a harmonia e o clima de afeição deles o agride profundamente. Quanto à superex-
pectativa gerada, ele tende a tentar corresponder, mas desconhece como fazê-lo. Nesse dilema,
o seu cérebro emocional desenvolve insegurança, carência, estresse, antes mesmo de nascer.

Quando os pais são muito jovens


Esta era uma situação muito mais frequente no passado, quando as mulheres, em geral,
tinham o seu primeiro filho logo que atingiam a maturidade sexual. No tempo de nossas avós,

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

era comum que as garotas engravidassem do seu primeiro filho aos 14 ou 15 anos de idade.
Hoje em dia, tudo mudou. Podem ocorrer casos acidentais com jovens despreparados, que
não tomaram as medidas anticoncepcionais adequadas, mas são acontecimentos isolados,
não uma decorrência de hábitos arraigados.
Assim como no caso de pais tardios, os pais precoces também enfrentam uma série de
transtornos emocionais, e o mesmo ocorre com o seu bebê.
Certamente garotas e garotos de quinze anos ainda não possuem maturidade suficiente
para serem independentes, deixarem a proteção do “ninho” de seus pais para enfrentarem a
vida adulta sozinhos. O que dizer, então, de serem obrigados não só a voar por conta própria,
mas também a formarem uma nova família e se responsabilizarem por uma nova vida? Esses
jovens pais e mães encontram-se despreparados e inseguros. E acima de tudo, sentirão muito
medo ao descobrirem que estão esperando um bebê. Mais tarde, perceberão que perderam
um período importante de suas vidas, em que poderiam ter vivido novas experiências e apro-
veitado melhor a sua juventude, e o pior de tudo, colocarão a culpa neste filho(a), gerando
uma relação de pais e filhos completamente conflituosa, e na maioria das vezes, competitiva.
Mais tarde, esses pais cobram dos filhos a sua perda.
Quantas vezes você ouviu por aí frases como “Dediquei a minha juventude a você e
agora você me trata assim?”, “Passei a minha vida toda cuidando de você e é assim que me
agradece”?
Eu ouço sempre. E essas queixas são dirigidas a filhos já adultos, como se agora eles fossem
obrigados a compensar os pais pelo que eles fizeram lá atrás – que nada mais é do que uma
consequência dos “erros” dos próprios pais.
Esses pais estão convencidos de que os filhos lhes devem algo por terem sido cuidados e
protegidos, pois consumiram a sua juventude para isso. Isso se constitui numa relação eterna
de dor, ao invés de amor entre pais e filhos. Conscientes ou não, de forma voluntária ou não,
quem decidiu e gerou o filho foram os pais. A responsabilidade pela vinda de uma criança ao
mundo é, e sempre será, dos pais, nunca dos filhos.

Então o que devemos fazer, se as condições


ideais não existirem?
A resposta é a busca pelo Equilíbrio, e não pela Perfeição
Estamos aqui conversando sobre as condições ideais da Pré-Concepção, e explicando em
que medida essas condições, se não forem satisfeitas, impactarão a vida do seu bebê.
Isso não quer dizer que você não possa ter um filho, se não dispuser dessas condições ide-
ais. Ou que não vai conseguir criar o seu filho da melhor forma, apesar de todos os obstáculos.
Mas é importante saber que as dificuldades, no seu caso, serão maiores. É como quando nos

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A Pré-concepção

avisam que irá chover mais tarde – já saímos de guarda-chuva para nos prevenirmos – assim
será com você que não conseguirá ter seu bebê em condições favoráveis.
Tudo na vida tem um PREÇO.
É sempre melhor negociarmos conscientes do que temos a ganhar e, principalmente, a
perder. Assim, poderemos aceitar as perdas e nos prepararmos para as dificuldades que sur-
girão. Dessa forma, proporcionaremos aos nossos filhos as melhores chances de se tornarem
adultos mais felizes.
A resposta é sempre dar o nosso melhor.
É reunir o máximo de forças para garantir as melhores condições possíveis para os nossos
pequeninos virem ao mundo.
Nunca seremos perfeitos, porque a perfeição, na sua forma absoluta, não existe neste
mundo. O Universo é regido pelo constante cabo de guerra entre a luz e a sombra, o positivo
e o negativo, o bom e o ruim. E, nessa disputa, ambos os lados são necessários.
Nós, os pais, devemos buscar o ponto mais próximo possível do equilíbrio. Assim, estare-
mos dando às nossas crianças uma base sólida para que possam alcançar o seu próprio Ponto
de Equilíbrio de uma forma mais tranquila e menos traumática.

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A Concepção

Quanto mais for nutrida pelo AMOR


dos pais, mais feliz e saudável será a
criança que vai nascer dessa união.

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2. A Concepção

Os pais como espelhos – onde os filhos buscam a própria


identidade
Normalmente, quando falamos na educação dos filhos, tendemos a dirigir os holofotes
apenas à mãe, àquela que os leva no ventre, que acompanha de perto todos os momentos do
seu crescimento. Mas a importância do pai nesse processo é também fundamental.

Ao menino, o Pai proporcionará a referência do que é ser um homem. Vai mostrar o


comportamento, definir os valores, transmitir a essência de um ser humano do gênero mascu-
lino. O pai vai transmitir a ele o significado da segurança, do equilíbrio, da força e da proteção.

À menina, o Pai transmitirá as sensações, as emoções, o significado da convivência e


do relacionamento com o sexo oposto. O comportamento paterno refletirá profundamente
no que essa menina, quando adulta, pensará dos homens e de como se relacionará com eles.

No início de tudo, a VIDA é depositada no óvulo pelo PAI.

O sopro de vida, a energia vital, o espírito – qualquer que seja o nome dado a esse
milagre, que nos dá a VIDA e nos diferencia de um objeto inanimado – viaja por meio
do espermatozoide, que percorre um longo caminho de uma forma independente, livre e

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

viva, para chegar ao óvulo da Mãe e fecundá-lo. Então o PAI é o início, a centelha da vida,
o movimento, a ação.
A MÃE é o lar acolhedor, o HABITAT PERFEITO onde essa centelha de vida irá se
expandir e se desenvolver durante 9 meses.
A mãe é a estabilidade, o alimento, a morada do espírito. É a proteção, a companhia e o
primeiro amor de uma criança.
Pai e Mãe, juntos, são a base para a união perfeita entre a alma e o corpo da nova vida que
se inicia.
Quanto mais os pais se cuidarem emocionalmente, espiritualmente e fisicamente, es-
tarão transmitindo aos filhos uma herança genética e espiritual de melhor qualidade.

A nutrição física e a nutrição emocional


Pais saudáveis detêm maiores possibilidades de gerarem bebês igualmente saudáveis.
E isso se aplica tanto à saúde FÍSICA quanto ao EMOCIONAL.
A contribuição paterna na parte física é muito importante na concepção de uma criança,
pois a qualidade do espermatozoide que vai gerar depende de como cuida da sua saúde, da
sua alimentação, do seu sono e dos seus hábitos.
A saúde física da mulher também tem ligação direta com a saúde do bebê. Viver uma vida
regrada e saudável torna-se imprescindível durante a gestação. A futura mamãe deve adotar
uma alimentação equilibrada e balanceada, sem consumir drogas, cigarros ou álcool, praticar
exercícios adequados para a gravidez, e dormir as horas diárias de sono necessárias.
O estado físico da mãe vai influir diretamente na qualidade do seu leite, que vai nutrir seu
bebê a partir do nascimento. Mas, sobre aleitamento materno, vamos falar com mais detalhes
mais adiante.
Vamos nos concentrar, por enquanto, na NUTRIÇÃO EMOCIONAL, que é tão impor-
tante quanto a NUTRIÇÃO FÍSICA para o seu bebê, pois é disso que este livro trata: da SAÚ-
DE EMOCIONAL do seu BEBÊ.
A NUTRIÇÃO EMOCIONAL é fruto, principalmente, da COMUNICAÇÃO entre o
Pai e a Mãe, de como se amam, conversam, entendem um ao outro – enfim, como se CO-
NECTAM.
O relacionamento do casal é o solo, a base onde vai ser lançada a semente e onde ela vai
germinar. A criança é o fruto que nascerá dessa semente, e crescerá forte e segura, se for bem
plantada num solo saudável.
Por isso, é muito importante que o solo (o relacionamento entre Pai e Mãe) seja preparado
antes de ser semeado – que haja o amadurecimento emocional dessa união antes de terem um bebê.

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A Concepção

Ilustração: a imagem do solo firme (casal unido) para receber a semente. A


semente (a criança) germinará feliz e saudável num solo saudável.

É preciso que o casal viva um período de convivência, num relacionamento de amor


estável e seguro, antes de terem um bebê.
Se não existe um relacionamento de amor, uma forte conexão entre Pai e Mãe, onde a
semente germinará? O solo não oferecerá segurança, a planta nascerá fragilizada e vulnerável
às pragas.

Desde quando esse solo é preparado?


Na PRÉ-CONCEPÇÃO, antes mesmo da criança ser concebida.
O casal, se desejar ter filhos emocionalmente saudáveis, deve passar por alguns meses ou
anos de uma vida a dois saudável e amorosa, antes de terem um bebê. É preciso que o homem
e a mulher deem a si mesmos esse direito. Devem ter a oportunidade de se estabilizarem emo-
cionalmente, de maturarem o seu casamento.
Durante esse tempo de amadurecimento, é como se o homem e a mulher estivessem arando
o solo. Tudo o que vivem nesse período é jogado na terra. Por isso, é preciso analisar com cuida-
do com o tipo de adubo que estão injetando nesse solo onde crescerá um fruto deste amor. Será
que o tonificaram e enriqueceram com amor, cumplicidade, companheirismo, confiança? Ou
deixaram-no árido e pobre, com discussões diárias, mentiras, traições e raiva constante?

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Antes de plantar a semente nesse solo, é preciso pensar muito bem, pois os pais legarão
aos filhos todas as dificuldades que introduziram ali, nesse solo inicial, e perpetuarão a dor e
as dificuldades por anos ou gerações.

Então como devemos preparar o solo?


Com uma relação saudável e amorosa. E ter uma relação saudável significa conviver com
sua parceira(o) num ambiente de COMUNICAÇÃO DE AMOR TOTAL.
A maioria das pessoas não sabe como comunicar o amor. Sempre esperamos que o outro
nos diga “eu te amo”, que nos faça uma surpresa, que tenha gestos de carinho. Mas nós não
tomamos a iniciativa. Não comunicamos o nosso amor, se o outro não o fez antes.
E essa comunicação tem que partir de nós, pois assim que emitirmos o primeiro sinal, a
pessoa amada com certeza responderá. Mas, se nunca iniciarmos a comunicação de amor,
é mais provável que a outra pessoa também não o faça jamais. Viveremos lado a lado, sem
desfrutar desse amor, presos à barreira da falta de comunicação do amor que sempre existiu,
mas ficou aprisionado dentro de cada um.

Transmita o seu amor!


É muito importante que a Mãe e o Pai conscientizem-se da necessidade de cada um, à sua
maneira, estabelecer uma comunicação de amor com o outro. Essa comunicação pode ser
com palavras, com pequenas atitudes, com gestos de carinho pelo outro, de respeito ou ad-
miração. Comece aos poucos, dando um passo de cada vez. Você logo notará uma diferença
enorme na qualidade do seu relacionamento!
Toda relação, por melhor que seja, tem também momentos de discussão, de desentendi-
mento. Mas são momentos esparsos, nunca deve ser uma rotina. Quando há amor, tudo pode
ser resolvido com uma conversa aberta, com o perdão e com a compreensão um do outro.
Comunicando o seu amor, vocês estarão construindo uma união mais sólida e feliz, base-
ada na cumplicidade e confiança. Estarão preparando um solo rico, firme e acolhedor para a
semente que vão lançar.

O ato mágico da Concepção


O momento do sexo é DECISIVO para a vida da criança que está sendo gerada.
É muito importante que, ao fazer sexo, o casal (os dois!) viva um momento de prazer, de
alegria, de união e de cumplicidade absoluta.
O ato sexual é um verdadeiro milagre que orquestramos no interior dos nossos corpos.
Um ato de amor, de comunhão completa, íntima, em que RECEBEMOS e ACEITAMOS,

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A Concepção

agradecidos, a criança que lá, em algum lugar do Universo, nos ESCOLHEU para sermos
seus pais.

A concepção é um ato sublime, uma dança mágica, em que a VIDA – ou a alma, o espírito,
como queiram – insere-se no Pai, no seu espermatozoide, e viaja, cheio de energia, à procura
do local ideal para se desenvolver. E ele vai encontrar esse refúgio, o seu habitat perfeito, no
corpo da Mãe. Então acontece a explosão do amor, da energia, da vida: a CONCEPÇÃO!

Quanto mais espiritualizado, sereno e feliz for o relacionamento do casal, a crian-


ça que nascer dessa união será um bebê mais feliz, uma criança saudável e um adulto
equilibrado.

Os perigos de uma concepção problemática


O cérebro emocional de um bebê “grava” tudo o que acontece ao seu redor. As emoções
que ficam gravadas mais profundamente são as primeiras, que incluem desde o momento da
Concepção até o Nascimento.

Se, por exemplo, no momento do ato sexual, a mulher não está receptiva ao sexo por
alguma razão, e apesar disso é coagida a praticá-lo, a concepção dessa criança ficará mar-
cada por emoções como a rejeição, a raiva e o medo. O sentimento predominante, legado
pela mãe, será o de quem está sofrendo um desrespeito, uma invasão no seu corpo, uma
agressão ou abuso.

As emoções distorcidas, geradas por atos de abuso, ficarão gravadas no CÉREBRO


EMOCIONAL de seu Bebê. E serão essas sensações que ele ou ela REPRODUZIRÁ pela
vida afora.

Essa criança, mesmo depois de adulto, tenderá a atrair para si o mesmo tipo de pessoa
que abusou de sua mãe. Ele, ou ela, emitirá de forma inconsciente essa vibração, procurando
reconstituir o acontecimento que deu origem à sua vida, e acabará por viver repetidas expe-
riências negativas, sempre com pessoas que abusarão do seu carinho, do seu dinheiro, do seu
tempo, enfim, de tudo o que faz parte dela. Esses pequenos e grandes abusos tornarão o seu
dia a dia um inferno, e a sua autoestima, baixíssima.

Pode acontecer também o caminho oposto, ou seja, esse adulto se sentirá predisposto a
assumir o papel do agressor(a), do agente dos abusos físicos e/ou emocionais. Se tornando
alguém egoísta e agressivo e que não têm respeito pelo próximo. Em ambos os casos, o sexo
se transformará para esse Bebê, num ato de agressão, afastando-se do seu verdadeiro signifi-
cado: um ato de amor.

É primordial, quando o casal decide ter um bebê, que o amor, o respeito mútuo, a cum-
plicidade e a alegria estejam presentes desde o início, para que a criança nasça saudável e
equilibrada sob todos os aspectos.

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A Gestação

“A gestação é a gravação e a edição


do filme da nossa vida.”

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3. A Gestação

“Quando o nosso filho nascer, vamos


ensinar muitas coisas a ele!”

Você sabia que esta frase tão comum traz uma “pegadinha”, um erro importantíssimo, que
se não for corrigida, vai acarretar sérios prejuízos ao seu Bebê pela vida toda?

Vocês, Pais, NÃO vão ensinar muitas coisas ao seu filho QUANDO ele nascer – vão ensi-
nar ANTES de ele nascer!

Nada é mais errado do que imaginar que o útero materno é um santuário, onde o
bebê permanece intocável durante os nove meses de Gestação, apenas se desenvolvendo
fisicamente.

Durante a Gestação, há uma interação profunda e intensa entre a Mãe, Pai e o Bebê, e nes-
se período ocorrem as transformações que ditarão quase todo o futuro dessa criança. Isso já
foi comprovado cientificamente, e consta no livro Origins - How the Nine Months Before Birth
Shape the Rest of our Lives (Origens – Como os nove meses antes do nascimento moldam o resto
de nossas vidas), da norte-americana Annie Murphy Paul. O livro surpreendeu muita gente, e
foi matéria amplamente discutida até no The New York Times.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Vamos mostrar a você, agora, como educar seu Bebê ANTES de ele nascer, como trazê-lo ao
mundo de forma serena e tranquila, preparado para enfrentar os grandes desafios deste planeta!

“Nós Pais e Mães somos verdadeiros


Programadores das Experiências Emocionais
que nossos Filhos viverão por toda a vida.”

A importância da Educação Emocional durante


a Gestação
Quando o Bebê nasce, é como se fosse um DVD que sai do gravador, com TODA A SUA
VIDA FUTURA JÁ PRÉ-GRAVADA. A partir dali ele só apertará a tecla “play” pela vida
afora, apenas REPRODUZINDO essa gravação, só que em outras proporções na vida adulta.

O que está gravado nesse DVD emocional?


Lá estão gravadas as experiências que o Bebê viveu na sua vida intrauterina. Isto é, tudo o
que ele observou nos Pais, principalmente na Mãe: o que fizeram, falaram, viveram e sentiram
durante a Gestação, e os comportamentos gerados por essas sensações – que vão ditar, depois,
como esse Bebê perceberá, sentirá e se comportará pela vida afora.
Na vida intrauterina, TUDO o que o seu Bebê aprende sobre o mundo vem dos estímu-
los que vocês, PAIS, enviam para ele. O bebê grava tudo, para, quando ele se defrontar com
estímulos semelhantes, reagir sempre da mesma maneira, repetir sempre o mesmo compor-
tamento. É uma forma de garantirmos a sobrevivência – “Se meus pais conseguiram viver
assim, eu também conseguirei” – é o que passa na cabeça de um bebê que registra tudo, seja
positivo ou negativo.
Aqui, nos treinamentos da SBie – Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional – já passa-
ram mais de 61.000 pessoas durante os últimos 18 anos e TODAS – sem exceção – têm registra-
do no cérebro emocional tudo o que ouviram durante todo o período intrauterino. Essas pes-
soas guardam detalhes das conversas, discussões, das palavras murmuradas, gritos, dos choros,
que os pais – principalmente as mães – expressaram durante a Gestação. E essas memórias são
tão exatas, que algumas pessoas chegaram a repetir os diálogos, palavra por palavra, a ponto de
causarem surpresa aos pais, que nunca haviam contado a ninguém sobre isso.

“É importante destacar que todas essas memórias gravadas


no cérebro emocional do Bebê não são a verdade, mas a
realidade INTERPRETADA por ele durante a Gestação – e
aí que estão os nossos maiores problemas – nos ERROS
de interpretação enquanto bebês em formação.”

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A Gestação

O Bebê, na sua fase intrauterina, pode não compreender totalmente o código linguís-
tico do adulto, mas grava tudo no seu cérebro emocional. Ele interpreta à sua maneira as
EMOÇÕES geradas por cada tipo de estímulo intrauterino, e vai formando um repertório de
emoções e comportamentos para reagir a esses estímulos, ou algo similar, mais tarde na sua
vida adulta.
Quando falamos de emoções, estamos falando de neurotransmissores e hormônios como
a adrenalina, a ocitocina, o cortisol, a dopamina, endorfina, a serotonina, etc. Eles são os
responsáveis pelas sensações de medo, ansiedade, amor, tristeza, raiva, angústia, felicidade
e prazer enviadas ao cérebro. Por isso, durante a Gestação, enquanto a Mãe e o Bebê vivem
uma interação complexa e visceral, o corpo do bebê aprende a reagir de forma idêntica à Mãe
perante certos estímulos, enviando os mesmos hormônios – isto é, disparando as mesmas
emoções.
Por isso, se a Mãe, durante a Gestação, enviar sistematicamente sentimentos negativos ou
depressivos para o Bebê, ele reagirá da mesma maneira quando vier ao mundo, tornando-se
um adulto emocionalmente desequilibrado e depressivo.
O EQUILÍBRIO HORMONAL está associado diretamente à Gestação, à origem, quan-
do construímos a nossa ESTRUTURA EMOCIONAL.
Quantas vezes ouvimos alguém dizer que tal pessoa vive atraindo gente de má índole? Ou
que fulano ou sicrano sempre namora o mesmo tipo de pessoa, mesmo sabendo que nunca
dá certo?
É comum nos deparamos com pessoas maduras, inteligentes, de ótima formação, co-
metendo os mesmos erros sistematicamente. E o mais curioso é que elas parecem incapa-
zes de fugir dessa repetição, mesmo conhecendo outros caminhos.
Se mergulharmos mais fundo na vida dessas pessoas, provavelmente vamos encontrar as
raízes desse comportamento no período intrauterino, quando comandos distorcidos foram
gravados no seu cérebro emocional, levando-as a repetir sempre o mesmo engano.
Claro que essas distorções gravadas no seu “DVD Emocional” podem ser alteradas e no-
vos Programas podem ser inseridos. Há métodos modernos e profissionais competentes em-
penhados em proporcionar uma vida emocional mais saudável para quem necessita desse
auxílio. Nos programas da SBie, por exemplo, desenvolvemos uma metodologia, cientifica-
mente comprovada, para acessar o cérebro emocional, ressignificar e criar novos Programas
Emocionais, baseados nos conhecimentos do adulto, e não mais de uma bebê. Mas, por mais
que existam formas, comprovadas por milhões de pessoas, de corrigir as falhas da Educa-
ção Emocional, poder registrar Programas Emocionais baseados no amor e na felicidade no
“DVD Emocional” dos nossos Bebês, é MUITO melhor.
É para isso que estamos trabalhando, você e eu, neste capítulo: oferecer as melhores con-
dições emocionais para o seu Bebê ANTES do nascimento.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Porque aqui, como em tudo na vida, é muito melhor fazer algo certo desde o início do que
corrigi-lo depois.

A Descoberta da Gravidez: um momento de alegria


ou de tensão?
Todos nós temos na nossa memória imagens, amplamente divulgadas pela TV e cinema,
de mulheres grávidas felizes, sorridentes, protegendo e acarinhando sua barriga.

No entanto, as reações naturais das novas mamães, ao receberem a notícia da gravidez,


muitas vezes podem surpreender a todos, inclusive as próprias mamães. Muitas mulheres as-
sumem essa imagem artificial, demonstrando uma alegria que não sentem: na verdade, estão
assustadas, inseguras, atemorizadas ou até mesmo arrependidas por terem engravidado – e
ainda se sentem culpadas por terem sentimentos tão diferentes daqueles da TV. Algumas se
mostram agressivas ou deprimidas, outras chegam a esconder a notícia do marido durante
algum tempo e assim por diante.

Na verdade, nenhuma mulher, ou homem, estão realmente preparados para assumi-


rem, de uma hora para outra, o papel de mãe e pai.

Como disse no início, a maioria das pessoas não programa um bebê. O filho simplesmente
“acontece” na vida do casal. Então, a descoberta da gravidez provoca um grande susto e medo
no casal. Além disso, o aumento de responsabilidade, a perspectiva de mudanças no seu cor-
po e na sua vida, a incerteza do futuro, o medo de passar por uma experiência completamente
desconhecida, tudo isso oferece mil razões para os novos Pais e Mães sentirem-se inseguros
e apreensivos.

A própria chegada do bebê pode se transformar num momento de crise no casamento,


se não estivermos conscientes de todo esse “gatilho emocional” que é a gravidez para ambos.

Engravidar é voltar ao nosso PASSADO!


Outro fator que influi decisivamente nos nossos sentimentos com relação à gravidez é
o que ela “gatilha” dentro de nós, em relação a tudo que nós pais, enquanto bebês, vivemos
durante a nossa própria gestação. Ou seja, engravidar (Mãe e Pai) significa trazer à tona todas
as nossas experiências emocionais vividas enquanto nós crescíamos no útero de nossas mães.
E essas memórias incluem tanto as positivas, como as negativas.

Ao tomar consciência de que está grávida, o casal revive, de uma forma muito profunda,
a experiência de quando eles eram bebês. Por exemplo, se você sentir muito medo ao saber
sobre a gravidez, pode ser que esse sentimento tenha sido herdado de sua mãe, que passou por
alguma experiência de muito medo quando soube que estava grávida de você.

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A Gestação

E tem mais: esse sentimento pode ter sido herdado não apenas de nossa mãe, mas pode
estar acompanhando sua família há muitas gerações. Portanto, o medo e a sensação de amea-
ça vêm sendo transmitidos de geração a geração, mesmo que a causa deles já nem exista mais.
O que determina, muitas vezes, a reação dos Pais no momento em que descobrem a
gravidez, é o que eles têm GRAVADO em suas MEMÓRIAS EMOCIONAIS.
Então, mamãe e papai, saibam que muitas vezes, as nossas próprias emoções nos surpre-
endem pois, não temos a mínima consciência de todos sentimentos que carregamos dentro de
nós, e que aguardam apenas o gatilho certo para serem acionados. O importante, aqui, é estar
consciente de que, qualquer que seja a reação de vocês, ela tem uma explicação, e não é algo
anormal ou condenável... pelo contrário, vocês estão tendo uma grande oportunidade de dar
novos significados às emoções que não foram compreendidas há muitos anos!

Enquanto isso... O que o seu Bebê percebe e sente?


A resposta é TUDO e desde a CONCEPÇÃO! O seu Bebê ainda é um organismo minús-
culo, mas já está presente dentro do seu corpo, captando todas as informações e experiências
ao redor, aprendendo tudo o que for possível sobre seus pais e este mundo. Tudo o que vocês
como mãe e pai, vivem e sentem, está sendo INTERPRETADO pelo seu Bebê, só que com as
limitações que todo feto tem em relação a saber o que são os problemas da vida adulta. Se vocês
se assustam, o bebê também se assusta. Se vocês têm medo, então o bebê também tem medo. Se
vocês brigam, normalmente o bebê acha que ele é o responsável... e assim por diante. Ou seja, os
problemas que nós vivemos hoje como adultos são, na maioria das vezes, apenas más interpreta-
ções de quando tínhamos pouca, ou nenhuma, capacidade e recursos para perceber tudo o que
acontecia a nossa volta com nossos pais, enquanto ainda éramos apenas bebês.
Portanto, o que este bebê, que ainda não conhece nada do mundo, conclui de todos esses
estímulos externos? Se vocês, mãe e pai, não explicar o por que estão discutindo ou brigando,
o bebê de vocês tirará as próprias conclusões limitadas: ele se sentirá CULPADO pelo que está
acontecendo entre vocês. Na realidade, tendemos a achar que todos os problemas, tristezas e
dificuldades que nossos pais vivem durante a nossa gestação, sempre, é a nossa culpa ou por
nossa causa.
Essa é a reação mais natural possível, pois no mundo intrauterino em que o Bebê vive por
nove meses, só existe ele e os seus pais – onde o bebê se sente como a causa de tudo o que
acontece nesse mundo. Portanto, se algo acontece com a mãe ou seu pai, a culpa só pode ser
dele – o bebê.
Veja a importância enorme desses momentos iniciais. Ao captar esse medo de seus pais du-
rante a sua gestação, esse bebê se programará emocionalmente para reagir com o mesmo medo
em relação a qualquer gravidez, e poderá, inconscientemente, fazer de tudo para evitar casar e
ter filhos durante a vida adulta, sem saber o que realmente está por trás desta decisão ou escolha.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Então, o que a podemos fazer para evitar tudo isso?


Converse sempre com o seu Bebê! Toque e acaricie a barriga – mãe e pai. Digam sempre
a verdade de tudo o que estão vivendo, pois, o seu bebê já pode compreender tudo, se vocês
explicarem o que realmente está acontecendo “aqui fora”. Se a mãe, ou o pai, não derem um
SIGNIFICADO para tudo o que acontece aqui fora, o seu bebê dará o seu próprio significado,
só que de uma forma muito LIMITADA e DISTORCIDA.

Se você ainda está cogitando a possibilidade de ter um bebê, ótimo! Esse é o melhor mo-
mento para se preparar para o momento da gestação do seu bebê. Agora que você já sabe que
a sua reação pode ser inesperada, e não tão positiva o quanto falam, será muito mais fácil
enfrentá-la com serenidade, comunicar tudo o que está acontecendo e o que você está sen-
tindo ao seu bebê – sempre com a verdade – mesmo que você precise pedir perdão a ele por
qualquer sentimento negativo.

Por isso, ao saberem que estão “grávidos”, percebam tudo aquilo que estão sentindo
e pensando e, com o máximo de verdade e amor, comuniquem ao Bebê tudo aquilo que
realmente está acontecendo, dando um significado a tudo que estão vivendo, pois será
isso que estarão programando no cérebro emocional do seu bebê e que definirá o futuro
de tudo o que ele viverá na vida adulta.

Mas nem sempre isso é possível, não é? Especialmente se você já teve seu bebê como a gran-
de maioria dos Pais no Brasil e no Mundo! Imagine que você teve uma reação forte e traumática.
Tudo bem, isso acontece e é extremamente normal como falei acima. Respire fundo. Aceite as
emoções que afloraram, pois fazem parte de você. Espere até que elas se acalmem um pouco,
tendo sempre em mente que essas emoções já estavam gravadas no seu cérebro emocional des-
de a sua própria gestação e que, portanto, você não terá controle. Nem você, nem seu bebê, são
culpados de nada – apenas converse e explique tudo a ele, dizendo que está tudo bem e que o seu
bebê não é responsável por nada - e que você resolverá tudo isso aqui fora.

Provavelmente seu bebê está assustado com as fortes emoções que vocês pais lhe transmi-
tiram. Comece a conversar com ele, falando baixinho. Apresente-se:

“Oi Bebê, aqui é (diga o seu nome), sou a sua mamãe (ou seu pai). Vamos ficar juntinhos
pelos próximos nove meses. Nós, seu papai e mamãe vamos cuidar e proteger você, vamos amá-lo
e ensinar muitas coisas durante toda a vida!”

Toque na barriga enquanto fala com o seu Bebê. E seja sempre sincera(o)
Diga sempre a verdade ao seu Bebê. Se ficou irritada(o), com medo, incomodada(o), diga-
-lhe isso e explique o por que está passando por tudo isso. Exponha os seus motivos e depois
peça perdão, como você faria com um adulto. O seu bebê já está dentro de você e entende
tudo, portanto, trate-o como uma pessoa. Diga:

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A Gestação

“Olha, a mamãe/papai ficou preocupada(o), ficou com medo, quando soube que você estava
aí. Porque a gente não esperava... Porque nunca fomos pais antes... Porque já tínhamos muitos
filhos...”, etc.

Ou diga:

“Mamãe está brigada com papai, por isso ficou chateada, mas pode ficar tranquilo aí dentro
que isso é problema nosso e vamos resolver isso.”

“A nossa situação financeira não está boa, mas vai dar tudo certo, porque você é o maior
estimulo para melhorarmos nossas finanças.”

Ou até mesmo:

“A mamãe/papai não sabe por que ficou triste ou com medo, mas aconteceu. Desculpe meu
bebê, esses são sentimentos meus, então devolva para mim...”

Sempre afirme, com convicção, que o seu Bebê já é bem vindo e que não tem
culpa de nada
“Nada disso tem a ver com você. Perdoe a mamãe/papai pelo susto, você é bem-vindo, é
muito amado meu bebê. A mamãe e o papai cuidarão de você, por isso pode se sentir seguro...
amado... feliz...fique tranquilo que estamos juntos com você!”

Como dizer que o Papai está grávido também!


Se o Pai não estiver presente no momento em que a gravidez for confirmada, é muito im-
portante que a mãe o prepare de forma adequada amorosa antes de dar a notícia.

Seja romântica, faça um jantar com o seu prato preferido, enfeite a mesa com flores, velas.
Deixe-o à vontade, relaxado, crie um ambiente feliz e tranquilo antes de contar sobre a chega-
da do bebê de vocês. Dê a ele um presente-surpresa, uma caixinha com sapatinhos de bebê ou
com o teste positivo de gravidez, por exemplo.

Use a sua imaginação para tornar o momento da revelação da gravidez algo muito especial
e cheio de amor e alegria.

Importante: fique preparada, pois a reação do seu marido ou companheiro pode NÃO
ser a que você esperava.

As primeiras reações do homem, assim como as da mulher, resultam da sua experiência


intrauterina. Então fique preparada, pois as coisas podem ocorrer de forma diferente ao de-
sejado. O que fazer, então?

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Respeite o momento dele


Dê a ele um tempo para se acostumar com a ideia. Deixe que reaja naturalmente e espere
o impacto inicial passar. Só depois conversem sobre tudo que possa estar preocupando o
seu parceiro.

Abra o seu coração, compartilhe com o seu companheiro tudo o que está sentindo, tudo o
que aflorou quando soube que estava grávida. Resgate a cumplicidade, a comunhão que vive-
ram durante o ato da concepção deste bebê. Vislumbre, junto com ele, a beleza desse milagre:
dentro de você, cresce uma nova vida, fruto do amor de vocês.

Todos os homens e mulheres, desde o início dos tempos, têm levado a cabo essa missão
extraordinária de serem Pais e Mães. Por isso, não há nada a temer. Vocês dois, juntos ou não
(de acordo com a sua situação de vida), poderão criar um bebê iluminado, feliz e preparado
para deixar a sua marca neste mundo, desde que criem um relacionamento com ele desde o
momento que descobrem que estão grávidos!

Apresente o Papai ao Bebê


Conte ao seu bebê sobre o pai, fale sobre as suas qualidades, o que a fez amá-lo. Diga:
“olha, bebê, este é o seu pai. Ele vai cuidar de você, ensinar muitas coisas, protegê-lo e amá-lo
por toda a vida.”

Incentive o seu companheiro a conversar com o bebê durante toda a gestação, contando a
ele o que está vivendo e sentindo. Faça com que toque e acaricie a sua barriga. Deixe que ele
encoste a cabeça no seu ventre e fale baixinho com o bebê que está chegando, dando-lhe as
boas-vindas e criando um vinculo emocional extraordinário!

Com certeza, o bebê, lá no seu cantinho dentro da sua barriga, estará sorrindo e acolhen-
do o Papai com muito amor!

Aqui vale uma observação importante: muitas vezes os pais se sentem envergonhados
por falarem com “uma barriga”, e evitam fazê-lo, com receio de parecerem ridículos.

Lembrem que não é uma barriga, mas o. Bebê de vocês que já se encontra lá dentro e
espera pelo amor e relacionamento que somente vocês – pais e mães – poderão dar à pessoa
mais importante da vida de vocês. Esse bebê já percebe tudo, ouve e sente tudo, está conecta-
do a este mundo através de vocês, seus pais. Tudo o que disserem e sentirem estará ajudando
a formar a personalidade, os sentimentos, o cérebro emocional do seu bebê. É como se esse
bebê acabasse de entrar numa sala cheia de pessoas estranhas e objetos esquisitos. E as únicas
pessoas que ela conhece são vocês, seus pais, mas, em vez de recebê-la com boas-vindas e
ensiná-la sobre as regras da sala, vocês a deixam num canto, abandonada. Não é uma atitude
muito mais ridícula?!

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A Gestação

Muitos casais evitam o sexo durante a gravidez, pois temem machucar a criança
Isso é uma crença sem fundamento. É perfeitamente saudável manter relações sexuais
durante a gravidez, a não ser que haja uma recomendação médica específica para o seu caso.
Pois os momentos felizes e de prazer entre os pais só podem fazer bem ao bebê!

Trabalhe a relação entre os seus Filhos mais velhos e


o Bebê
É importantíssimo começar, desde a Gestação, a criar um bom relacionamento entre os seus
filhos maiores e o bebê que está para chegar. O bebê, por ser mais frágil e demandar mais cuidados,
tenderá sempre a ser o centro de atenções da casa, podendo causar ciúmes, rivalidade e sensação
de abandono por parte dos irmãos mais velhos. Por isso, a chegada de um irmãozinho, ou irmãzi-
nha, deve ser preparada com muito cuidado e antecedência aos outros filhos do casal, sempre de
forma positiva, ressaltando a alegria e a felicidade que o bebezinho vai trazer à família.

Contem a novidade, o mais rápido possível, para os outros filhos


Logo que souberem que um novo bebê está por vir, reúnam os filhos mais velhos e contem
a eles. Digam:

“Olha, papai e mamãe têm uma coisa maravilhosa para contar à vocês! A nossa família
crescerá e isso trará ainda mais amor e felicidade para todos nós. Está chegando um bebê, um
irmãozinho ou irmãzinha para vocês. A gente ainda não sabe se será menino ou menina, mas
será alguém muito especial, que vai trazer muito amor para todos nós. Vocês poderão ajudar e
ensinar tudo o que só vocês sabem a esse irmão(ã) que chegará em breve!”

Coloque as mãos dos seus filhos mais velhos na barriga da mãe, expliquem que o bebezi-
nho já está lá, só que ainda é tão pequenino, que não dá para sentir. Digam que eles também
já foram assim, bem pequenininhos e amados dentro da barriga da mamãe. Depois, à medida
que o bebê estiver se formando, mostrem a eles como ele vai crescendo. Mostrem como o
bebê se mexe dentro da barriga. Contem a eles que o irmãozinho já sente tudo e está ouvindo
o que eles dizem. Incentive-os a falarem também com o bebê, a transmitirem palavras e gestos
carinhosos e de amor.

Mostrem os benefícios que terão


“O seu irmãozinho ou irmãzinha vai fazer companhia a vocês.”

“O bebê vai crescer e vocês serão amigos por toda a vida!”

“Vocês não vão mais ficar sozinhos. Terão um irmãozinho ou irmãzinha para brincar!”

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Nunca digam que perderão algo com a chegada do bebê


Não digam, nem por brincadeira, coisas como:

“Vai acabar o seu reinado quando o bebê chegar!”

“Você vai ter que dividir papai e mamãe com o bebê.”

“Vai ter que dar seus brinquedos pro seu irmãozinho brincar.”

“Você não vai mais ser o bebezinho da mamãe.”

Tudo depende do significado que vocês, pais, darão para a chegada desse bebê. Por isso,
deem sempre um sentido positivo! Digam que a chegada do bebê produzirá MAIS amor e
MAIS alegria para toda a casa:

“Tem uma fábrica de amor dentro de papai e de mamãe. Quando você chegou, apertou um
botãozinho que fez a fábrica começar a produzir muito mais amor. Agora, o bebê está apertando
de novo, lá dentro do nosso coração, esse botãozinho do amor. Por isso, mamãe, papai e todo
mundo da nossa família vão produzir ainda mais amor para você e para o bebê!”

Nunca alimente a competição ou ciúme


Não faça terrorismo com os seus filhos mais velhos, ameaçando-os com a chegada de um
rival pelo amor dos pais, pelo seu espaço, pelos seus pertences.

Dependendo da idade, as explicações podem ser mais complexas ou não, mas devem se
focar, principalmente, em afirmar a posição do filho mais velho como uma parte importan-
tíssima da família, mais experiente e mais próximo do irmãozinho, que vai ajudar os pais a
criá-lo, protegê-lo e ensiná-lo por toda a vida.

Façam com que os Filhos mais velhos participem ativamente da Gestação


Mamãe, incentive os seus filhos a ajudar em algumas tarefas, como passar creme na bar-
riga, lembrá-la de tomar vitaminas, ou ajudar na escolha das roupinhas e objetos do quarto
do bebê.

Papai, conte para os filhos mais velhos como está se sentindo e os chamem para, conver-
sarem juntos com o bebê na barriga. Faça planos para brincarem todos juntos, saírem, etc.

Enquanto os filhos mais velhos participam ativamente desse período de Gestação, es-
tarão se habituando a cuidar e proteger o irmãozinho no futuro.

E, quando o bebê nascer, o momento será tão feliz e importante para eles quanto para
vocês, papai e mamãe!

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A Gestação

Menino ou menina?
Deixe claro ao seu bebê que o aceita, seja qual for o sexo.
No período inicial da gestação, quando ainda não se sabe qual é o sexo da criança, você
pode chamá-lo de BEBÊ, de NENÊ, de AMORZINHO, ou outro nome carinhoso sem dife-
rença de gênero.

Evite usar palavras com diferenças de GÊNERO


Por enquanto, não utilize as palavras meu FILHO e minha FILHA com o seu bebê, pois
quando vocês os chamam assim, acabam formando na sua mente, e também na do bebê, uma
imagem de um menino ou de uma menina. Por isso espere pela certeza do sexo do seu bebê
antes de chamá-lo assim.

Se você, ou o seu marido, tiver alguma preferência por menino ou menina,


não precisa esconder
Conte para o bebê. A sinceridade, como já disse, é a coisa mais importante nessas conver-
sas. Deixe bem claro que esse desejo é seu, mas que ele não está vindo ao mundo para satisfa-
zer as suas preferências, e sim para ser feliz com quem ele realmente é. Afirme que ele (bebê)
sempre será aceito, amado e cuidado, qualquer que seja o seu sexo.

O Nome do seu Bebê carrega uma grande carga emocional


Depois de descobrir o sexo do bebê, é importantíssimo escolher logo o nome. Cada nome
possui uma energia diferente, que poderá ser mais benéfico para uma criança do que para outra.

Os nomes influenciam decisivamente na personalidade da criança


Procurem e pesquisem juntos pelo nome do seu filho. Escolham com cuidado e dedicação
um nome que agrade ambos, pai e mãe. O seu filho é um pedacinho de vocês, portanto ambos
estarão sensíveis ao nome que melhor se adequará a ele. Se um dos dois não gostar do nome
escolhido, procurem por outro, pois esse nome já carrega um desequilíbrio desnecessário.
Se já tiverem um filho, perguntem a opinião dele ou dela, pois as crianças têm uma sensi-
bilidade aguçada, e muitas vezes o irmão ou a irmã mais velha pode “perceber”, antes dos pais,
qual é o nome certo para o bebê.
Assim que o nome for escolhido, passe imediatamente a chamar o bebê sempre pelo nome,
para que ele assuma a sua individualidade como pessoa, o mais rápido possível.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Cuidado com os diminutivos carinhosos e os apelidos


No início, chamar o seu bebê de Rafinha, Arturzinho, Vitinho, etc. é carinhoso e fofo.
Mas, na maioria das vezes, esses nomes colam-se à criança e a acompanham até a vida adulta,
quando essas qualidades de bebê não são mais tão desejáveis.

Todos os diminutivos conotam alguém frágil, pequeno, infantil, reduzindo a força e a


energia do nome, e, consequentemente, do seu dono quando adulto. Portanto, dê ao seu filho
um nome que será usado sempre. Se for um nome composto como Maria Fernanda, chame-a
sempre assim.

Evite apelidos “engraçados” ou que conotem alguma qualidade negativa, como Baixinho,
Fofucha, Carequinha, etc., ou o seu bebê ficará marcado por esse rótulo pela vida afora.

Estabeleça uma rotina diária de conversas com seu bebê


Os pais têm a responsabilidade de TRADUZIR este mundo para o bebê.

Um bebê pode ser comparado a um adorável ET, vindo de outro planeta (o útero mater-
no), um marciano que acabou de chegar a Terra e nada sabe sobre os nossos costumes, regras
ou crenças. Os pais têm a responsabilidade de acolhê-lo, protegê-lo e TRADUZIR este mundo
para ele.

Conte ao bebê o que está acontecendo com todos os detalhes, ao invés de achar que ele
sozinho será capaz de compreender corretamente o mundo ao seu redor. Isso trará segurança
ao seu bebê, pois saberá exatamente onde ele pisará. Jamais o ignore, só porque ele ainda está
dentro da barriga da mamãe. Lembre que ele já registra tudo, desde o momento da concepção,
assim como a caixa preta de um avião.

Mamãe e Papai, conversem o tempo todo com o seu Bebê


O processo de conhecer, tocar, conversar com o bebê ainda na barriga materna deve ini-
ciar-se assim que os pais descobrem a gravidez, e transformar-se numa rotina diária.

Você, mamãe, deve estar consciente de que o seu bebê está sempre com você, sentindo,
observando e guardando tudo na memória, através das próprias percepções e interpretações,
mesmo que ainda rústicas. Portanto, converse o máximo possível com ele. Não pense que
falar e interagir com o bebê é apenas uma brincadeira, pois ele existe, é real, apesar de você
ainda não conseguir enxergá-lo. Por isso, inclua-o na sua vida, na sua rotina. Não o deixe de
lado, especialmente quando passar por problemas cotidianos. Explique tudo o que está acon-
tecendo, pois caso isso não aconteça, os bebês tendem a achar que são responsáveis por todos
os problemas que os pais vivem “aqui fora”.

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A Gestação

Comente sobre o que está fazendo, conte como as coisas funcionam na sua casa, enfim,
mostre o mundo para ele. Quanto mais você ensinar ao seu bebê, mais adaptado e preparado
para a vida ele será ao nascer.

Papai, você também deve conversar com o seu bebê


Caro papai, não pense que a convivência com o bebê durante a gestação cabe somente à
mamãe, e que o seu relacionamento com o seu filho só começa depois do nascimento. Não se
omita, não transfira a sua responsabilidade para a sua esposa ou mãe do seu bebê. A sua pre-
sença é fundamental para o seu filho se sentir seguro e protegido! E ninguém jamais poderá
fazer esse papel por você.
Muitas vezes a mulher passa por períodos de sensibilidade emocional exagerada durante
a gestação, por estar com seus hormônios a flor da pele. O companheiro, nesses momentos,
deve apoiá-la e compreender as suas oscilações de humor, que são naturais. O pai deve estar
sempre presente para proteger, apoiar e proporcionar carinho e amor para a mãe e bebê, nesta
ordem, de forma alguma ao contrário, pois caso o pai foque toda a sua atenção apenas no
bebê, isso gerará insegurança na mãe e no bebê, como consequência.
Da mesma forma, é muito importante que a mãe permita e incentive o pai a interagir com
o bebê durante a gestação. Já presenciei casos em que a esposa recusava a aproximação do
marido, evitando que ele tocasse na sua barriga ou falasse com o bebê, exercendo uma atitude
superprotetora, ciumenta e possessiva.
Tanto o pai, quanto a mãe, deve sempre se lembrar que o bebê não teria sido concebido
se não houvesse a participação de ambos, pai e mãe. Essa criança carrega consigo a herança
genética e emocional, tanto positiva quanto negativa, que o casal trouxe de sua ascendência
familiar. Portanto, os dois são os responsáveis pela educação e proteção do bebê que está para
chegar. A presença do pai e da mãe em todos os estágios da vida de uma criança é indispen-
sável e fundamental para o desenvolvimento de uma boa saúde emocional e física, indepen-
dentemente se são casados, ou não.
Isso não é uma opção, é uma NECESSIDADE muito importante do bebê, e deve ser res-
peitada.

PRÁTICA PARA OS PAIS


A mãe e o pai podem conversar com o bebê de MANHÃ, ao acordar, e à NOITE, antes de
dormir, pois são os horários em que o cérebro emocional tanto do bebê, quanto dos pais, está
mais receptivo e aberto para interações mais emocionais. Na maioria das vezes não damos a
importância devida a esses momentos tão especiais, e acabamos perdendo os melhores mo-
mentos para “plantarmos” o amor no coração e no cérebro emocional daqueles que amamos,

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especialmente, nossos filhos. Por isso, você pode marcar na agenda como se fosse um com-
promisso importante e inadiável, pois são momentos que nunca mais retornarão.

1. Agenda diária: marque cinco minutinhos de manhã e mais cinco minutos, à noite,
junto com o seu marido ou esposa, para conversar com o seu bebê.

2. Conversa: dê bom dia ou boa noite, comente sobre o que vão fazer durante o dia.
Papai, conte um pouquinho para o bebê sobre o seu trabalho, qual é a sua profis-
são, ou a diferença que o seu trabalho faz na vida das pessoas. Pode contar tam-
bém como é o caminho até o seu trabalho, como são os seus colegas e o seu maior
aprendizado naquele dia. Mamãe, conte ao bebê o que vocês vão fazer juntinhos,
se vão ficar em casa, ou se vão para o trabalho, ou então, se vão sair e para onde,
etc. Digam também como vocês se amam e como o bebê é amado e aguardado com
muito carinho.

3. Despedida: se o pai vai sair para o trabalho, despeça-se beijando a barriga da esposa,
demonstrando carinho pelo bebê. Lembre sempre de dizer que vai voltar somente no
fim do dia, para que o seu bebê não se sinta triste ou abandonado por você.

A importância de verbalizar
Nos Treinamentos e Formações da SBie, 100% dos participantes têm registrado em seus
cérebros emocionais lembranças detalhadas das conversas dos pais durante a fase da gestação.
Mais do que isso – o que foi dito e interpretado nessa época influenciou fortemente a vida
dessas pessoas até a fase adulta.

Nessa fase, mesmo que os órgãos auditivos ainda não estejam formados, o bebê percebe
a voz, o tom, o timbre e a vibração causados pelas conversas ao seu redor. Por isso, não se
engane: a palavra falada tem um peso muito grande durante toda a nossa vida intrauterina.
Algumas expressões repetidas exaustivamente terão uma importância enorme para o seu fi-
lho, até depois de adulto, disparando emoções e comportamentos, muitas vezes indesejáveis,
mas que estão fora do controle racional do ser humano.

A Palavra dá forma e poder às Emoções


Quando alguém não se limita apenas a pensar, e VERBALIZA o que está sentindo, essa
ideia, ou essa emoção, torna-se muito mais forte, presente e poderosa. Por isso, seja responsá-
vel com cada uma das suas palavras.

“Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha


lançada, a oportunidade perdida e a palavra proferida.”

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A Gestação

O seu filho está gravando as palavras que você diz, o tom de voz que utiliza, os nomes que
usa para chamá-lo e as emoções que envolvem tudo isso. O bebê é uma espécie de gravador
que está sempre em ação, interpretando e registrando tudo o que chega até ele.
Além disso, quando você transforma ideias em fala, é obrigado a organizar na sua cabeça
as próprias ideias e emoções. Quando você explica verbalmente ao seu bebê por que está com
raiva, por exemplo, à medida que expressar através da palavra, enxergará a situação de uma
maneira mais clara. Poderá até ter surpresas ao descobrir que a sua raiva é muitas vezes des-
proporcional, ou poderá identificar melhor a sua causa.
Muito cuidado na hora de verbalizar a sua raiva ou mágoas. Desentendimentos acon-
tecem normalmente na vida de um casal, não é nenhuma “catástrofe emocional” para o seu
bebê se você discutir com seu marido de vez em quando. Mas vejo muitas mães repetindo
regularmente para si mesma, ou para os bebês, frases como:
“Seu pai é egoísta, só pensa nele.”
“É tudo culpa do seu pai.”
“Homem só presta para fazer filho.”
“Homem é tudo igual, não presta”, etc.
É importante ter consciência que o pai, para o bebê, é modelo de comportamento e de
identidade. E, portanto, caso seja criada essa imagem negativa paterna afetará a vida do seu
bebê no futuro. Se for um menino, você está rotulando ele com os mesmos “adjetivos” acima.
E caso for uma menina, está registrando no cérebro emocional dela o “tipo” de homem que
ela será atraída, por ter as mesmas “qualidades” do pai.
Cada uma dessas frases, ditas com convicção e emoção, são comandos que você está inse-
rindo na cabeça do seu bebê.
Como veremos adiante com maiores detalhes, isso não quer dizer que você deve reprimir
as suas emoções. É saudável e recomendável expressá-las. Mas sempre diga claramente ao seu
bebê que essas emoções nada tem a ver com ele.
Lembre sempre de reforçar que o pai do seu filho é uma pessoa com qualidades e defeitos,
que pode errar, mas nem por isso se torna um monstro ou algo parecido.
Nunca generalize, colocando um rótulo negativo no pai do seu filho, e muito menos no
gênero masculino como um todo.
Lembre-se que essa raiva pode ser um sentimento momentâneo para você, mas poderá se
tornar uma grande barreira por toda a vida do seu filho ou filha.

O seu Bebê vai aprender também com as emoções “negativas”


O EQUILÍBRIO HORMONAL, ou não, está associado diretamente à gestação – quando
construímos toda a nossa ESTRUTURA EMOCIONAL.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Quando falamos de emoções, estamos falando de neurotransmissores e hormônios como


a adrenalina, a ocitocina, cortisol, dopamina, endorfina, serotonina, etc. Eles são os responsá-
veis pelas emoções que chamamos de tristeza, raiva, angústia, felicidade, prazer, etc., enviadas
ao nosso cérebro.

Quanto mais equilibrados os hormônios no corpo de uma pessoa, maior será


o seu equilíbrio físico e emocional
Quando a mãe passa por situações de crise como a perda de um familiar, por exemplo, o
seu corpo produz uma grande descarga de hormônios resultantes da sua dor, tristeza, estresse,
etc. O bebê, no útero materno, será exposto a essa sobrecarga hormonal também. Durante
a gestação, quando a mãe e o bebê vivem uma interação simbiótica, as emoções maternas
influem decisivamente no equilíbrio hormonal do bebê – e, consequentemente, na sua saúde
física e emocional durante toda a sua vida.

Devemos, então, ELIMINAR as “emoções negativas”?


A resposta é NÃO, pois precisamos de todos esses hormônios na nossa constituição física,
e tão pouco existe alguma emoção negativa. O que pode ser positivo ou negativo é a maneira
como direcionamos cada uma de nossas emoções.
A vida segue durante a gestação. Podem ocorrer acidentes, mortes, acontecimentos tristes
como em qualquer outro momento da vida. Por isso, se fatos ruins ocorrerem durante a gra-
videz, não tente reprimir as suas emoções, temendo causar prejuízos ao bebê.
O seu filho, ou filha, terá que enfrentar perdas, agressões e frustrações como qualquer
outra pessoa, pela vida afora também. Privá-los dessas experiências na vida intrauterina é
colocá-los numa bolha de proteção, impedindo-o de aprender a enfrentar as adversidades
depois, que ele também passará na vida adulta.

Chore, grite, diga em alto e bom som o que está sentindo


Todas essas emoções são reações que se situam dentro da normalidade. Conforme o grau
da perda ou da agressão que sofremos, é saudável e natural reagir até mesmo fisicamente, so-
cando um travesseiro, batendo os pés no chão, tomando cuidado, claro, para não se machucar
por acidente.
É muito importante que, não apenas a mãe, mas também o pai demonstre quando esti-
ver sentindo medo, tristeza ou carência. Fomos criados numa cultura paternalista, em que o
homem é incentivado a mostrar-se forte e a esconder suas emoções. Mas essa atitude não é
saudável nem para o pai, nem muito menos para o bebê.

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A Gestação

Se o pai for incapaz de demonstrar as suas emoções, o bebê também crescerá com essa
deficiência, tornando-se um adulto imaturo, fragilizado, incapaz de lidar com as perdas e as
frustrações naturais da vida.

Mesmo se os pais reprimirem suas emoções, o bebê vai perceber que há


algo errado
O bebê sente a pressão, o mal-estar produzido pelas emoções e hormônios reprimidos.
Não havendo uma explicação para o que está sentindo, o bebê tentará traduzir essa sensação
por conta própria, dando-lhe um significado distorcido para essa experiência, que ficará gra-
vado na sua memória emocional por toda a vida.

Então FALE o que está sentindo. Expressar e extravasar as suas emoções é uma atitude
saudável, que vai gerar uma neutralização dos possíveis efeitos negativos.

A contenção, ao contrário, é uma barragem, que um dia se romperá. E, quando isso acon-
tecer, só poderá haver duas consequências. Uma delas é a EXPLOSÃO, com a liberação de
uma carga excessiva de agressividade, raiva ou rancor contra o mundo externo. A outra é a
IMPLOSÃO: se não se consegue gerar um movimento externo, cria-se o oposto, um movi-
mento interno. Surgem doenças como problemas no fígado, na pele, no rim, nos pulmões,
excesso de peso, colesterol, diabetes ou diversos tipos de vícios, por exemplo.

Para expressar de maneira saudável as suas emoções é preciso, antes de tudo, que você
aprenda a reconhecê-las por meio das reações do seu corpo.

Reconheça as Emoções
Eu me lembro muito bem que durante toda a minha infância eu ouvia a minha avó repe-
tindo que sentia um certo “aperto no coração”. Já ouvi muita gente dizendo: “estou sentindo
uma coisa ruim aqui no peito”. Ou “estou suando frio”. Ou ainda: “estou com um nó no estô-
mago” e tantos outros sintomas físicos.

A maioria das pessoas só percebe os sintomas, mas não sabe qual é a emoção por trás
deles.

Mas para quê saber qual é a emoção por trás desses sintomas? É simples. Sabendo reco-
nhecer cada uma das emoções, você percebe o que está sentindo com maior clareza, e prin-
cipalmente, como você expressa-las ou direciona-las. Como vou conversar com o meu filho
sobre o que estou sentindo, se não sei exatamente o que é?

Acompanhe a tabela abaixo e aprenda a reconhecer cada uma das suas emoções:

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

EMOÇÃO SINTOMAS/DESCRIÇÃO
TRISTEZA Sentimentos:
• Abandono
• Solidão
• Apatia
• Languidez
• Foco no passado
• Isolamento
• Pessimismo
Sintomas físicos:
• Vontade de chorar
• Coração apertado
• Postura encolhida, encurvada, fechada em si mesma.
• Corpo flácido, jogado, sem firmeza.
• Sem tônus
• Olhar caído
• Boca encurvada para baixo
ALEGRIA Sentimentos:
• Otimismo
• Vontade de viver
• Foco no presente e no futuro
• Criatividade
• Energia
• Entusiasmo
• Gosto por novidades
Sintomas físicos:
• Vontade de sorrir
• Coração alegre, batidas firmes e fortes
• Postura aberta, peito e os braços se abrem (como num abraço)
• Corpo ganha tônus, energia
• Movimentos largos
• Olhar voltado para cima
• Boca encurvada para cima (sorriso)
• Expansão
MEDO Sentimentos:
• Pensamento fixo e repetitivo (sobre a ameaça)
• Apagão, dá “um branco” (foco na ação, não no raciocínio)
• Foco no passado, revivendo no presente (a presença da ameaça)
• Necessidade de uma atitude (fuga ou paralização)
Sintomas físicos:
• Tremedeira nas pernas
• Mãos suam
• Boca seca
• Olhos arregalados
• Narinas abertas (farejar, sentir o perigo pelo cheiro)
• Desarranjo intestinal

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A Gestação

RAIVA Sentimentos:
• Pensamento fixo e repetitivo (sobre o que causou a raiva)
• Foco no passado recente (quando ocorreu o motivo de sua raiva) e no mo-
mento presente (reação ao fato)
Sintomas físicos:
• Dentes travados (fechamento de circuito, ferocidade)
• Punhos fechados (prontos para o ataque)
• Músculos tensionados (prontos para luta)
• Olhar fixo
AMOR Sentimentos:
• Conex
• Vontade de viver
• Foco no presente e no futuro
• Criatividade
• Energia
• Entusiasmo
• Gosto por novidades
Sintomas físicos:
• Vontade de sorrir
• Coração alegre, batidas firmes e fortes
• Postura aberta, peito e os braços se abrem (como num abraço)
• Corpo ganha tônus, energia
• Movimentos largos
• Olhar voltado para cima
• Boca encurvada para cima (sorriso)
• Expansão

A Raiva e o Medo são dois lados de uma mesma moeda


A raiva surge somente depois do medo, como uma resposta ao excesso de medo e a neces-
sidade de defesa. Mesmo que o estágio do medo seja rápido e quase imperceptível, passamos
necessariamente por ele antes de sentirmos raiva.

Quando você sente raiva? Sempre depois que alguém o atacou. A raiva é uma REAÇÃO a
alguém que o prejudicou, o feriu, o agrediu física ou emocionalmente. E todo ataque provoca
MEDO em primeiro lugar, pois está colocando em risco a nossa vida.

Por exemplo, se algum animal o ameaça, a sua primeira reação é a de se encolher, com
medo. Quanto mais a ameaça se aproxima, maior ainda se torna o seu medo. Quando
você é agredido de fato pelo animal, o seu cérebro emocional ultrapassa a fronteira
entre o medo e a raiva. Em questão de milésimos de segundos, a paralização provocada
pelo medo é substituída pelos efeitos da raiva, que lhe dá mais força, agilidade, potên-
cia e agressividade. Você não sente mais medo, apenas raiva, e REAGE brutalmente ao
agressor.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

A Alegria e a Tristeza são sentimentos opostos e polarizados


Quanto maior for a tristeza, maior será a alegria, quando a dor for superada!
Ambas estão diretamente ligadas ao AMOR. Ou seja, sentimos alegria, se nos sentimos
amados e/ou amamos. A tristeza surge no outro polo, quando há a perda ou a falta do amor,
e a nossa vida se torna vazia, sem sentido.

O AMOR une todos esses sentimentos, porque está associado à VIDA


Nós todos nascemos de um ato de amor, tudo o que buscamos durante a vida é, no final
das contas, a felicidade e o amor. Desde a concepção aprendemos a vincular VIDA ao AMOR.
Alegria e tristeza dependem do grau de amor que desfrutamos. Sentimos medo e raiva
quando detectamos alguma ameaça física (à nossa vida), ou emocional (ao amor).
A chave para decifrar e equilibrar todas essas emoções é o AMOR, o sentimento maior,
que engloba todos os outros. É a causa e o efeito de todas as emoções – a busca, mesmo que
inconsciente, de todos nós.

Alegria

Medo Amor Raiva

Tristeza

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A Gestação

Como lidar com as emoções?


O termo EMOÇÃO deriva do latim emovere, onde o prefixo “e- “significa EXTERNO, e
“movere”, MOVIMENTO. Ou seja, a palavra já traz em sua etimologia o seu objetivo. Toda
emoção surge para criar alguma forma de movimento em nossas vidas.
As emoções surgem para nos levar à mudança e para reagirmos a algo que está acontecen-
do em nossas vidas. Mas, até chegar a esse estágio e usarmos nossas emoções de uma maneira
positiva, precisamos vencer algumas etapas indispensáveis.
Já dizia o velho ditado:
“Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe.”
Ao vivermos momentos de alegria, é comum sermos tomados pela sensação de que essa
sensação é muito curta, acaba-se rápido demais. Da mesma forma, temos a impressão de que
o sofrimento, a dor e a tristeza duram para sempre, que não têm fim.
Na verdade, todo sentimento segue um caminho natural de COMEÇO, MEIO e FIM, e
o único fator variável é o TEMPO que se leva para superar cada um desses estágios.
Vamos falar agora de algumas dessas emoções, e de como lidar com elas. No decorrer das
próximas páginas, dirigirei mais diretamente às mães porque a interação com o bebê durante
a Gestação, no caso delas, é muito maior, todas as emoções maternas são detectadas pelo bebê
na hora em que acontecem, sem nenhum tipo de filtro. Por isso é preciso que as mães este-
jam muito bem preparadas para lidar com todas essas variações emocionais e como ajudar o
bebê a interpretá-las de uma maneira mais saudável. Mas essas dicas são extremamente úteis
para todos, pais, mães, vovós, vovôs, irmãos, tias e etc. Por isso, fique ligado e se prepare para
mergulhar nesta jornada!

A tristeza
A tristeza causa apatia e imobilidade em primeiro momento, vai minando forças, man-
tendo a pessoa em um isolamento, e num sentimento forte de desamparo. Depois, traz a
depressão, o pessimismo, o desespero, e pode mergulhar a sua vítima no grau mais baixo de
autoestima, no chamado “fundo do poço”. Todas essas fases são muito dolorosas e sofridas,
mas quando, finalmente, alcança-se o nível mais baixo e não podemos descer mais, só restará
uma saída: sair desse buraco, procurar a mudança, a luz. E aí reagimos, recomeçamos.
O que acontece quando não expressarmos a nossa tristeza, negamos ou a reprimimos? O tra-
jeto natural desse sentimento é interrompido. Paramos no meio do caminho e o estado de baixa
autoestima, de depressão, de isolamento se perpetuará muito tempo muito mais longo do que
o que seria necessário. Nunca conseguiremos superar a tristeza, jamais sairemos desse caminho
natural para o fundo e o recolhimento. E o pior: quanto mais tempo demorarmos para deixa-la
ir, maior a tristeza se tornará, será cada vez mais profunda e dolorosa. E, quando finalmente ela

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

for trazida à tona, estaremos tão debilitados física e emocionalmente que seremos incapazes de
reagir, dando margem a atos extremos como o suicídio ou tantas outras grandes perdas.
Por isso é de extrema importância RECONHECERMOS e EXPRESSARMOS a nossa
tristeza, para podermos superar o mais rápido possível as suas fases... que são naturais
para todo ser humano.
O que fazer, então, quando uma mãe enfrenta durante a gravidez a perda de pessoas ama-
das, separações, traições, ou outro fato que lhe causa grande dor e tristeza?
ACELERE o seu processo da DOR.
1. É muito importante contar ao bebê. Avise-o de que você está passando por um mo-
mento ruim, delicado, difícil e que agora vai chorar, colocar para fora essa sua dor.
Diga-lhe com muito amor para procurar não se assustar, pois vai ficar tudo bem ao fi-
nal. Peça que o seu bebê fique tranquilo e que toda essa tristeza faz parte da vida, e que
ele um dia também viverá, mas que quando superar essa fase, serão felizes novamente,
você e ele. Depois ENFRENTE a sua tristeza deixando-a sair.
2. Deixe que a tristeza venha. Chore, grite e descabele-se o quanto achar necessário
para você, tendo a certeza de que está tudo bem com o seu bebê, e que ainda você está
ensinando-o a expressar essa emoção no futuro. Olhe para a sua dor, sem medo de
remexer na ferida. Isole-se, vá para um quarto, abaixe a luz, ouça músicas tristes ou
que relembre a pessoa ou o que você perdeu, veja fotos da pessoa ausente, relembre
os momentos de felicidade que já não poderá ter. VÁ FUNDO NA SUA DOR. Não
reprima o que está sentindo, sem tentar minimizar ou esconder o seu sentimento. Ao
contrário, ACELERE esse processo para que ele dure apenas o tempo necessário para
fechar esse ciclo em sua vida. Atinja rapidamente o fundo. Você verá que, depois de
muito pouco tempo, começará a sentir os efeitos benéficos dessa sua atitude.
3. Recomece. Depois de atingir o ápice da tristeza, virá naturalmente o alívio, o fim da
angústia, o sentir-se leve, o surgimento de um novo sentimento: a ESPERANÇA. Então
recomece. Redirecione a sua vida sem quem ou o que você perdeu. Siga em frente, pois
agora você estará mais madura, tranquila e fortalecida, pois o seu bebê precisa muito
de você... especialmente sem aquele excesso de emoção, que quando não expressamos e
dizemos o “porque” estamos sentindo, inevitavelmente, transmitimos essa dor ao bebê.
Quanto mais rápido você mergulhar no fundo do seu poço, melhores condições terá
para subir, voltar à tona e se recuperar, sem grandes sequelas.

O medo
O medo, como já dissemos antes, é uma consequência imediata do surgimento de al-
guma ameaça, seja física ou emocional, à nossa vida, ao nosso modo de vida, ao nosso bem-
-estar e a dos que nos são caros.

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A Gestação

O medo surge para que possamos REAGIR a essa ameaça, fugindo ou enfrentando e
vencendo com muito mais poder.
Para os animais, a reação instintiva frente a qualquer ameaça se limita a duas opções: fugir
ou fingir-se de morto. Dependendo do tamanho do seu adversário e a sua própria capacidade,
qualquer uma dessas reações pode levar a resultados negativos. Nós, humanos, não somos
diferentes porque até hoje não paramos para discutir e descobrirmos melhores maneiras de
usarmos nosso cérebro límbico (emocional) para alcançarmos resultados diferentes deles.
Portanto, mesmo num mundo civilizado e altamente desenvolvido de hoje, ainda não
aprendemos a lidar com tudo o que nos ameaça. E mesmo nessa vida aparentemente paca-
ta, longe das ameaças do tempo das Cavernas, ainda vivemos diversas situações de perigo,
principalmente psicológico, em que está em jogo não a nossa integridade física, mas a nossa
autoestima e a nossa imagem perante os demais. E o pior, geralmente, essas situações não nos
deixam margem para a fuga... então, acabamos congelados frente a situações de perigo, ou
mesmo, diante das maiores oportunidades de nossas vidas.
Imagine aquela reunião em que você sabe que algumas medidas que tomou serão questio-
nadas, que suas metas não foram atingidas, que algum erro de sua responsabilidade foi detec-
tado. Ou a prova de Física na época do colégio, para a qual não tinha estudado; a intervenção
cirúrgica inadiável; o dia em que foi conhecer o seu futuro sogro. Todas essas situações co-
muns em nosso dia a dia nos são ameaçadoras em variados graus de intensidade. E nenhuma
delas nos oferece margem para uma fuga sem consequências.
Qual é, então, a reação mais comum? O de fingir-se de morto ou paralisarmos!
Desde empresários, políticos, pessoas influentes da mídia, até o mais humilde dos mora-
dores de rua, todos nós estamos acostumados a nos fingirmos de mortos perante uma ameaça.
Não reconhecemos, não encaramos o medo. Fingimos que ele não existe. Fingimos
que as causas do medo nada têm a ver conosco.
Interrompemos o fluxo natural do medo, paralisando-o antes mesmo de ser reconhecido
dentro de nós. O que isso significa: passamos a responsabilidade dos nossos erros para os
outros, fazemos de tudo para nos escondermos em situações adversas, deixamos que outros
vivam a nossa vida. O medo continua lá, no fundo da nossa cabeça, cada vez mais forte, in-
fluenciando os nossos atos e decisões, tornando-nos desconfiados, sem iniciativa, instáveis,
inseguros ou mentirosos. Em vez de sentirmos o medo durante aquele momento e enfrentá-
-lo, prolongamos esse sentimento, muitas vezes, por toda a vida.
O que fazer, então, quando você, mamãe, enfrenta durante a gravidez situações de medo?
1. Respire fundo. Depois expire profundamente. Geralmente o ato de fingir-se de mor-
to pressupõe imobilidade, a suspensão da respiração. Preste atenção, todas as vezes
em que somos confrontados com uma situação de muito medo, paramos automatica-
mente de respirar. Ficamos num estado catatônico, sem reação. Então a primeira coisa

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que você deve fazer é RESPIRAR. Faça-o com força, profundamente. E depois SOLTE
O AR, relaxando o seu corpo. Esse simples ato a tirará imediatamente do estado de
estresse e soltará a energia acumulada, livrando-a do excesso.
2. Identifique o estímulo que originou o seu medo. Feche os olhos e se pergunte de
onde surgiu essa sensação. As emoções sempre surgem como resposta a algum estí-
mulo externo – alguma ameaça externa – ou um estímulo interno, um pensamento
ou uma lembrança. Você ficou com medo porque se lembrou do projeto difícil que tem
que apresentar na semana que vem? Da conversa “séria” que o seu parceiro quer ter
com você? Identifique qual é o seu medo. E estará pronta para o passo seguinte.
3. Dê um passo em direção àquilo que a atemoriza. Claro que este passo não se aplica a
situações de perigo físico imediato, como um assalto ou o ataque de algum animal fe-
roz. Mas, hoje, a maioria das ameaças do nosso dia a dia surge principalmente em nos-
sa cabeça. Pensamentos como “não posso errar”, “será que vou conseguir?”, “se errar
agora, vou acabar com a minha carreira”, “se disser uma palavra errada, acabo com o
nosso relacionamento” causam muito mais problemas do que a realidade. Eles ampli-
ficam e superestimam os riscos, criando monstros imaginários em nossa cabeça. Para
quebrar esse padrão de pensamento, dê um PASSO para frente – bem na direção
da ameaça. Mova-se em direção à sala de reunião, ao carro, ao encontro da pessoa te-
mida. Dê um passo. O resultado será imediato e virá de forma natural: você enxergará
a ameaça como ela realmente é, não a imagem ampliada que a sua mente produziu. E
a sensação de alívio será incrível. Você pensará: “então era só isso?” e estará pronta e
com toda energia produzida pela adrenalina para seguir em frente!
4. Conte tudo ao seu bebê. Ora, você acabou de enfrentar um perigo e saiu vitoriosa!
Não se esqueça de explicar tudo ao seu bebê o que aconteceu. Parabenize-se pela sua
coragem, atitude e diga ao seu bebê que ele poderá fazer o mesmo – AGIR – sempre
que o medo surgir em sua vida aqui fora. Você estará ensinando ao seu bebê uma lição
maravilhosa e que garantirá a futura sobrevivência dele neste complexo e difícil mun-
do moderno!

“A única diferença entre o Medo e a Coragem é a AÇÃO!


Rodrigo Fonseca

A raiva
A raiva é um sentimento traiçoeiro, pois parece que, se for negada ou reprimida, ela de-
saparecerá. Mas, na verdade, a raiva continuará lá, crescendo em silêncio, pronta para atacar,
pois, como toda emoção, a raiva também precisa cumprir a sua trajetória até o fim, expressan-
do-a, para que possamos eliminar a sua origem.

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A Gestação

Se aquilo que a originou continua inalterado no mundo externo, a raiva será muito
maior a cada vez que se manifestar. Ela crescerá mais e mais, e toda essa energia acumulada
um dia explodirá de uma forma desmedida, sem controle, causando danos a nós mesmos, em
forma de doenças, ou às outras pessoas, em forma de agressões físicas ou verbais.
Então, o que uma mãe pode fazer para lidar com a raiva durante a gestação?
1. Em primeiro lugar, avise rapidamente o seu bebê que ele está seguro, por isso não
precisa ter medo, nem embarcar junto na sua raiva, e que você consegue resolver
isso sozinha.
2. Em seguida, coloque a sua raiva para fora. Extravase e solte a sua raiva o mais rápido
possível. Nunca a guarde dentro de você. Se você demorar para extravasar a sua raiva,
ela pode “passar”. Mas ela não desapareceu. Ela continuará existindo dentro de você,
causando males e doenças a você e ao seu bebê.
Grite, esmurre um travesseiro, xingue, fale tudo o que engoliu ou queria dizer a pessoa
que gerou raiva em você, e extravase o excesso de energia que a raiva acumulou
dentro de você. Não relaxe. Deixe que a raiva saia naturalmente – é NORMAL todos
nós sentirmos raiva, especialmente, quando uma mulher está grávida. Depois, direcio-
ne a sua raiva para fazer o que você estava sem energia para fazer.
3. Canalize a sua raiva para atividades produtivas. Sabe aquele armário que você es-
tava com preguiça de arrumar? A limpeza geral que estava adiando? As gavetas que
precisava esvaziar? A papelada que precisava organizar, as roupas velhas que precisava
separar para a doação? Todas essas atividades exigem energia extra e envolvem a ideia
de limpeza, portanto, são ideais para você direcionar a sua raiva e transformá-la em
algo produtivo. Aproveite o ímpeto, a necessidade de agir, essa força gerada pela raiva
e produza algo benéfico para si mesma. Assim, quando a raiva passar completamente,
você sairá duplamente vencedora!
4. Identifique o estímulo responsável pela sua raiva. E coloque fim no problema. O
fato de ter o conhecimento do que, ou de quem, exatamente, originou a raiva já é meio
caminho andado para a sua solução. A segunda parte é simples: vá até a pessoa que
provocou a sua raiva e imponha limites dizendo o que precisa ser dito: “não gostei dis-
so, por isso não faça mais.” Diga claramente: “não permito que você faça isso comigo,
porque eu me sinto desta ou daquela maneira”. Claro que às vezes nos deparamos com
problemas cuja solução está fora do nosso alcance, mas estar consciente disso nos dará
a serenidade necessária para lidarmos com os seus efeitos – sem deixar que a raiva
provoque grandes estragos em nossas vidas e no bebê!

A alegria
A alegria é uma emoção incrível, maravilhosa e desejada por todos nós. A alegria faz bem
para o corpo e a alma, cura feridas, aproxima as pessoas, transmite uma energia benéfica,

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

e libera hormônios do bem-estar e do prazer. Mas, ao contrário do que parece, precisamos


também aprender a lidar com ela.
Quantas vezes você já ouviu pessoas de diferentes origens e níveis sociais usarem termos
como “olho gordo” ou “inveja”, para justificarem o fato de não fazerem alarde de sua alegria?
Isso é um grande engano. Você pode não querer espalhar os detalhes da causa da sua
alegria, mas deve sempre compartilhá-la! Porque quando compartilhamos nossas alegrias, ela
contagia a todos que estão a nossa volta, e ainda se multiplica dentro de nós!
Como toda emoção, a alegria também deve ser expressada. Ao escondermos ou guardar-
mos a nossa alegria, estamos matando-a dentro de nós, deixando de aproveitar ao máximo
todos os efeitos benéficos dela e privando as pessoas que queremos bem de sentirem também
essa mesma alegria.
Quando você compartilha a sua alegria, você nunca a divide ou diminui. Ao contrário,
você a multiplica, a amplia, a estende e prolonga o efeito dela dentro de você.
Então, como lidar com a alegria?
1. Diga que está feliz para todos os que ama e se importam com você. Verbalize, diga
em alto e bom som que está feliz! Conte para os seus amigos, cante e ria muito. A cada
vez que você contar para alguém o quanto está feliz, você sentirá de novo essa alegria,
reforçando-a ainda mais. E as outras pessoas a sentirão também. A alegria genuína é a
que traz benefícios não só para nós, mas para todos ao nosso redor. Então, compartilhe
a sua alegria e a estará multiplicando mais e mais.
2. Expresse a sua alegria também sem palavras. Abra os braços, como se abrisse o seu
corpo para receber as coisas boas da vida com prazer e gratidão. Aprecie o sol sobre o
seu rosto, a brisa, o perfume das flores. Atente para o prazer contido em cada instante
vivido. Use uma roupa com cores alegres, cantarole a sua música favorita, faça alguma
coisa agradável para alguém. Sorria com os olhos, com a boca, com o corpo inteiro.
Com certeza a sua alegria contagiará muita gente, tornando-os mais alegres, também!
Celebre e comemore as coisas mais simples da vida!
3. Prolongue a sua alegria. Identifique o estímulo que a desencadeou. Até agora, fala-
mos sobre como apressar a trajetória de emoções desagradáveis como a tristeza, a raiva
e o medo, para que cheguem logo ao final. Mas, ao praticar os dois itens acima – o de
contar e de expressar de todas as formas a sua alegria – você a estará multiplicando e
prolongando em sua vida. E, identificando qual é o motivo exato de sua alegria, poderá
agir para repetir essa experiência no futuro.
4. Compartilhe tudo isso com o seu bebê! Lembre-se que a pessoa mais próxima de
você é o seu filho ou filha no seu ventre. Deixe que ele participe de tudo, conte a ele o
porquê da sua alegria, de como as pessoas estão reagindo ao seu sentimento. Imagine-
-o sorrindo, curtindo cada momento de alegria com você! E diga que ele também
poderá sentir e expressar todas as alegrias que a vida lhe trará aqui fora!

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A Gestação

O amor
Eu considero o amor como o nosso maior tesouro, a pedra mais preciosa que possuímos
dentro de nós, ainda oculta e muitas vezes desconhecida, enterrada em um oceano de emoções
dentro de cada ser humano. E, assim como qualquer outro tesouro ou pedra preciosa, o amor
só terá valor se for descoberto, expressado e colocado em circulação para curar muitas feridas e
unir pessoas que se amam. E claro, o amor produz uma profunda sensação de bem-estar e pra-
zer, porque ele libera ocitocina em nossa corrente sanguínea, conhecido como o “hormônio do
amor”, e extremamente necessário para um parto natural e feliz para pais e bebê!
Então, como lidar com essa preciosidade chamada AMOR?
1. Diga “eu te amo”. Declare o seu amor para o seu filho ou sua filha, para o seu marido
ou esposa, para os seus pais, para os seus irmãos ou grandes amigos. Não tenha vergo-
nha de dizer com clareza o quanto eles são importantes e valiosos para você. Diga com
todas as letras para o seu bebê: “eu te amo, filho(a)”, “você é muito importante para
mim”, “obrigado por você existir”, “obrigado por ser meu filho(a)”. O amor escondido,
preso ou reprimido dentro de você não vale nada. Ele só se torna um tesouro quando
você o expressa, faz a pessoa amada saber que ele existe e é real!
2. Toque com amor. O amor é, mais do que tudo, o toque, a carícia, o cafuné, o abraço e
o beijo. O amor é aconchego, é contato olho no olho, pele com pele, a intimidade física
com quem amamos. Rompa a barreira física e expresse o seu amor tocando na pessoa
amada. A explosão de energia, de sentimento, de bem-estar se multiplicará e ampliará
a sua sensação de amor e felicidade!
3. Amor é atitude. O amor não se mede apenas em palavras e carinho físico. Amar é
completar o outro, suprir as carências da pessoa amada, é estar ao seu lado quando e
onde for necessário. É perceber o outro e agir para o seu bem. É fazer uma massagem
relaxante na pessoa amada, que chega cansada do trabalho; é ajudar a lavar a louça
para que a sua esposa possa descansar. É tomar atitudes simples, que valem muito,
para propiciar serenidade, alegria e prazer à pessoa amada.
4. Saiba receber amor. Muitas vezes a falta de tempo, as demandas do dia a dia fazem
com que nos descuidemos do amor. Tornamo-nos distantes da nossa família, da nossa
esposa/marido e dos nossos filhos. Então fique atento às demonstrações de amor que
você recebe. Fique acessível. Mantenha-se perto das pessoas amadas. E receba o cari-
nho, a carícia, o amor com alegria, pois você merece!
Muitas vezes não temos o hábito de prestar atenção nas nossas emoções, por estarmos
ocupados demais em cumprir as tarefas diárias. E, portanto, esquecemos que tudo o que faze-
mos é exatamente em busca de emoções como felicidade e amor. Durante a Gestação, é muito
importante que a mãe perceba e saiba o que está sentindo, para lidar com essas emoções de
forma saudável e ensinar o mesmo ao seu bebê.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Aqui estabelecemos uma rotina diária para você perceber a si mesma e às suas emoções
pelo menos duas vezes ao dia. Mas você poderá fazer este exercício sempre que perceber que
está sentindo uma forte emoção. Então, vamos lá!

PRÁTICA PARA AS MÃES (MAS TAMBÉM PARA TODO SER HUMANO!)


Todos os dias, marque um horário de manhã e à noite, para parar e tomar consciência das
emoções que você está sentindo. Faça de tudo para cumprir esses horários.
1. Pegue uma folha de papel e uma caneta ou lápis. Feche os olhos e concentre-se.
2. Perceba quais são os pensamentos que lhe vêm à mente. Estou focada no passado,
presente ou futuro? Como estou me sentindo? Aberta, otimista ou apática, pessimista?
Anote no papel.
3. Perceba o seu corpo. Como está a sua musculatura? Está com dores? Onde? Está en-
curvada, tensa? Ou está ereta, aberta e relaxada? Perceba as condições do seu corpo e
anote.
4. Pegue a tabela das emoções e sua descrição e identifique quais está sentindo neste
momento.
5. Expresse a emoção que está sentindo, como foi indicado no capítulo de como lidar
com as nossas emoções.

Programe emocionalmente o seu bebê para o Amor e a


Felicidade!
Minha mãe, que muitos chamam de dona Laice, desde a época da Gestação até os primei-
ros anos da minha infância, sempre repetia para mim e para o meu irmão Alessandro:
“Vocês vão ser pessoas importantes, usarão terno (esse era o sonho dela!) e vão fazer uma
grande diferença no mundo!”
A previsão dela acabou se concretizando: meu irmão e eu vestimos terno durante quase
toda a nossa vida. Mas não foi só nisso que a dona Laice acertou. Para ela, o terno era apenas
um símbolo de sucesso – que, no final das contas, era o que ela desejava para nós. Hoje, meu
irmão e eu podemos nos considerar muito bem-sucedidos, cada um na sua área de atuação. E
minha Mãe teve uma grande participação nisso, mesmo sem saber!
Desde o momento em que é concebido, até o seu nascimento e os primeiros anos de vida,
os bebês são semelhantes a um pequeno computador, captando tudo ao seu redor. Tudo o
que lhes é repetido muitas vezes, ou dito com muita emoção, fica gravado em seu cérebro
emocional e os impelirá – para o bem ou para o mal – na direção em que foi programado
emocionalmente.

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A Gestação

Por isso, ao repetir quase todos os dias que meu irmão e eu seríamos importantes e bem-
-sucedidos – e tendo uma fé imensa nisso – minha mãe estava nos PROGRAMANDO EMO-
CIONALMENTE para esse futuro. Estava gravando “comandos” em nosso cérebro emocional
para nos direcionar para esse fim.
Por isso, é muito importante que você, e o seu marido, ou parceiro(a), comecem a trans-
mitir essa “voz de comando” para o seu bebê desde a Gestação. Mas falem com fé e emoção,
imprimindo muita força e energia nas suas palavras. Só assim a sua Programação Emocional”
ficará gravada no cérebro emocional do seu bebê.

Mas o que devemos Programar Emocionalmente em nossos Filhos?


Pense em tudo o que vocês, os pais, já são, e também em tudo o que gostariam de ser, mas
ainda não tiveram chance, nas áreas diferentes áreas da vida: física, emocional, intelectual,
espiritual, familiar, profissional, financeira e social. E crie comandos nessas áreas para o
seu bebê alcançar o melhor nessas áreas.
Fale, repita, verbalize essas palavras com todo amor. Imagine o adulto que você quer que
ele seja: alguém feliz, realizado, de bem com o mundo e consigo mesmo em cada uma dessas
oito áreas. Veja alguns exemplos simples:
“Meu filho, você será uma pessoa cheia de energia, que pratica esportes, se alimentará de
forma saudável e natural, e dormirá tranquila e profundamente todas as noites. Terá hábitos
saudáveis por toda a sua vida.”
“Minha filha, você será uma pessoa equilibrada emocionalmente, leal, amiga, empática. Mas saberá
ser enérgica e colocar limites quando for necessário. Saberá expressar suas emoções e usar seus medos e
sua raiva, sem prejudicar ninguém, aprendendo e evoluindo com tudo que acontece na sua vida.”.
“Meu filho, você será uma pessoa culta, visionária, inovadora de desbravadora de novos
horizontes. Sempre buscará novos conhecimentos, informações e novidades. Compreenderá as-
suntos complexos e terá a paciência para pesquisar e estudar as áreas que ainda não domina,
mas que será necessária.”
“Minha filha, você será um elo de união em nossa família e onde estiver, saberá estreitar os
laços com quem você ama, expressar seu amor e sua alegria, e sempre se sentirá parte da nossa
família. Por isso você terá uma família unida, harmoniosa e feliz”.
“Meu filho, você trabalhará com o que você ama, onde usará todos os seus talentos e qua-
lidades. Será muito bem-sucedido, obterá reconhecimento e admiração pela sua competência,
carisma e capacidade de liderança, unindo pessoas num mesmo objetivo com amor e respeito.”
“Minha filha, você vai ser alguém com forte conexão com Deus (use a denominação utiliza-
da pela sua crença), se sentirá protegida e sendo guiada em todos os seus passos, pensamentos e
decisões. Viverá uma vida espiritual saudável, conectada e feliz.”

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

“Meu filho, você será uma pessoa de grande sucesso e será muito bem recompensado finan-
ceiramente por isso. Usará esse dinheiro de forma positiva e equilibrada. Vai ajudar a sua famí-
lia, mas também vai usá-lo para ajudar outras pessoas, e a sociedade, em geral.”
“Minha filha, você vai cumprir a sua parte como cidadã do mundo, respeitando a natureza,
usando os recursos naturais de forma inteligente. Vai promover o bem geral, e ajudar as pessoas
a formar uma sociedade melhor.”

Você pode também mandar comandos sobre atitudes específicas, ensinando-o


a ser gentil, cuidadoso, amoroso
Por exemplo, diga:
“Meu filho, você respeitará as mulheres e os mais velhos, e protegerá as crianças ao seu redor.
Vai ajudar os mais necessitados e todos aqueles que precisarem dos seus cuidados, sem que você
se prejudique para isso.
“Minha filha, você vai encontrar uma pessoa que a ama e será muito feliz. Você preparará
surpresas para ele como uma das formas de demonstrar o seu amor.”
E o mais importante: ACREDITE em cada palavra que disser. Mantendo na sua mente
e coração que seu filho está se tornando essa pessoa. Enquanto fala, MENTALIZE a imagem
do seu filho, como ele será nesse futuro feliz em todos os detalhes que você puder imaginar.
Apenas sinta o que é ver o seu filho desta forma em um futuro bem próximo.
E lembre-se, todo e qualquer momento é bom para transmitir essas ideias ao seu bebê.
Mas o melhor momento para acessar o cérebro emocional do seu filho e gravar esses co-
mandos é pela MANHÃ, ao acordar, ou à NOITE, antes de dormir. Aproveite esses mo-
mentos e converse com seu filho.

Reforcem as qualidades que vocês, Pais, têm – e deixarão como legado ao


seu filho!
Vocês são expansivos, generosos, cultos? Vocês têm muitos amigos, são amorosos, tra-
balham muito, são bem-sucedidos, ganham muito bem? São sensíveis, artísticos, intuitivos?
São precavidos, seguros e confiantes? Enumerem as próprias qualidades e programem-nas
emocionalmente no seu bebê. Digam ao seu filho, ou filha:
“Você pode ser alegre como o Papai.”
“Você pode ser amorosa como a Mamãe.”
“Você pode ser bem-sucedido como Papai e Mamãe!”
“Você pode ter muitos amigos, como nós temos”, etc.

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A Gestação

Quanto mais vocês, pais, forem semelhantes a essa imagem que idealizaram para o seu
filho, mais PODER darão a esses comandos. E o poder de realização dessas programações
emocionais será muito maior!

Cuidado com a maneira de falar: NUNCA introduza comandos negativos na cabeça


do seu bebê, foque sempre em Programas Emocionais Positivos.

Em vez de dizer: “não seja uma pessoa depressiva”, ou “não seja egoísta”, “não seja ingrato”,
por exemplo, diga “você será uma pessoa cheia de energia”, “você será uma pessoa boa, gene-
rosa”, “você será uma pessoa agradecida e justa”.

Em vez de apontar para os defeitos do seu marido, esposa ou parceiro(a) foque sempre
a atenção do seu bebê para os talentos e qualidades de ambos.

Isto é, nunca diga “filho, não seja preguiçoso como seu pai”, ou “não seja avoada como sua
mãe”, etc. Foque sempre no positivo, na luz, no bem, quando programar emocionalmente o
seu filho para o futuro!

“Faça o que digo, não faça o que faço”


Provavelmente você já deve ter ouvido esse ditado popular... geralmente, o que acontece
é o contrário. Tudo o que vocês pais fazem conta muito mais para o seu filho do que o que
vocês dizem. Isso se dá desde o período de Gestação até a vida adulta do seu filho. E a razão
é muito simples:

Lembrem-se, o bebê é como um computador. Durante a Gestação, o hardware, que é o


corpo, está sendo constituído no útero materno pela genética. E o software que rodará nesse
bebê está sendo criado e gravado no HD (cérebro emocional) por vocês, os pais. E vocês
estão interferindo nesse software de duas formas:

• Com o que vocês, pais, VIVEM: seus hábitos, seu humor, seus sentimentos, seu compor-
tamento – enfim, a vida dos pais como um todo, que o bebê observa, absorve e vai repetir.

• Com o que vocês PROGRAMAM no bebê: a voz dos pais programando emocional-
mente e direcionando-o para as qualidades, os comportamentos e as características
que vocês desejam para ele.

Mas o que acontece se essas duas programações forem conflitantes, isto é, os pais levam
uma vida que nada tem a ver com o que desejam para o filho? Por exemplo, o casal quer que
o filho seja amoroso, mas são pessoas secas, que não sabem demonstrar amor.

É claro que o comportamento diário desses pais tem muito mais PODER – eles enviam
ao filho, sistematicamente, mensagens mostrando um comportamento frio, distante, insensí-
vel. Esse filho tenderá naturalmente para o lado que lhe envia a mensagem mais forte: ele se
tornará igual ao que observa no dia a dia dos seus pais. Isto é, terá muitas dificuldades para

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

demonstrar seu sentimento às pessoas que ama, a não ser que a programação emocional con-
trária seja MUITO MAIS PODEROSA.

Por isso, temos que nos empenhar ao máximo para programar emocionalmente os nossos
filhos para quebrarem esse paradigma, para romperem as barreiras que nós, os pais, trazemos
conosco – e se tornarem pessoas melhores e mais felizes.

A Gestação é o momento em que há poucas interferências externas, e nós, pais, temos a


possibilidade de inserir as melhores opções de vida no cérebro emocional dos nossos filhos.
Depois, ao nascer, ele será alvo de milhões de influências que recebe de outras pessoas, dos
condicionamentos impostos pela sociedade, da mídia, das energias e tendências do mundo
exterior – que, na maior parte das vezes são negativas, retrógradas, agressivas, limitadoras e
desestimulam as iniciativas individuais.

Por isso, a Gestação é o momento em que precisamos atuar com ainda mais foco, cuida-
do e amor como educadores emocionais dos nossos filhos. Porque o que a criança vai levar
da vida intrauterina para o mundo externo será a sua ESSÊNCIA, os softwares (programas
emocionais) que rodarão por toda a vida. E, para mudar essa programação mais tarde, serão
necessárias muita energia, força interior e vontade por parte dos nossos filhos.

E tudo isso pode ser evitado AGORA, educando o seu bebê de forma correta durante a
Gestação! Por isso, vou ensinar vocês o passo a passo para Programar Emocionalmente o seu
bebê da maneira mais saudável e feliz para ele.

PRÁTICA PARA OS PAIS


Papai e mamãe, este exercício deve ser feito a dois, num local tranquilo e sereno, de prefe-
rência de manhã, ao acordar, ou à noite, antes de dormir.

1. Fiquem sozinhos, bem confortáveis, sob uma luz suave. Se preferirem, coloquem uma
música suave, baixinho e um aroma que agradem vocês. Namorem, acariciem-se, sin-
tam o amor um pelo outro. Se quiserem fazer sexo, vão em frente, pois trará uma
grande energia positiva e agregadora para o momento. Depois, pensem no filho dentro
do útero como o fruto dessa união amorosa.

2. Fechem os olhos e visualizem como será esse(a) filho(a) – o tipo de adulto, homem
ou mulher, que vocês querem criar. Imaginem como será a sua aparência, o seu
comportamento, as suas qualidades. Será alguém bom, puro, bem-intencionado?
Será uma pessoa expansiva, sorridente, de alto astral? Será sensual, bonita, com
um corpo saudável e bem torneado? Será ativo, trabalhador, prestativo? Será in-
teligente, capaz de compreender noções complexas e de alto nível? Continuem
pensando no seu filho, em como ele será feliz e realizado no futuro, e como ele
alcançará esse sucesso e felicidade.

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A Gestação

3. Agora chegou a hora de listar as QUALIDADES e ATITUDES positivas que afloraram


durante a mentalização. Lembrem-se, foquem apenas nas qualidades e atitudes que
vocês QUEREM, não nas que não querem. Pensem em algumas qualidades para cada
uma das oito áreas de sua vida e escrevam abaixo. Se precisarem de mais espaço, escre-
vam numa folha de caderno ou de sulfite à parte.
Física:_______________________________________________________________
Emocional:___________________________________________________________
Intelectual: __________________________________________________________
Espiritual:____________________________________________________________
Familiar:_____________________________________________________________
Profissional:__________________________________________________________
Financeira:___________________________________________________________
Social:_______________________________________________________________
4. Agora falem com o bebê, aproximando-se e acariciando a barriga materna, transmi-
tindo a programação emocional para ele. Mentalizem, sempre, a imagem do seu filho
já adulto e feliz, agindo da maneira que vocês idealizaram nessas oito áreas. Apenas
sintam todo amor e acreditem no que estão visualizando. Coloquem o PODER DO
AMOR nessas palavras!
Digam, por exemplo:
“Eric (troque pelo nome do seu filho/filha), você será uma pessoa independente, que sa-
berá se virar sozinho sob quaisquer circunstâncias (troquem pela qualidade ou atitude que
vocês escolheram acima).”

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O Nascimento

“Você é insubstituível, porque você é você!”

(Fritz Perls)

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4. O Nascimento

Durante a Gestação, o bebê vive de uma forma completamente dependente de sua mãe. É
como se ele, ou ela, fosse parte daquela que o gera, pois está ligado física e emocionalmente a
ela. Dentro desse ventre acolhedor, a futura criança cresce e se desenvolve, preparando-se até
atingir a condição ideal para viver no mundo externo.

E esse momento tão importante chega na hora do NASCIMENTO.

O NASCIMENTO é o rito de passagem do seu filho para o mundo. Ao deixar o ventre


materno, ele dá início a uma mudança radical na sua existência: agora ele é um indivíduo
completo, único e independente, que deverá lutar com suas próprias forças para sobreviver
e atingir os seus objetivos num mundo nem sempre acolhedor. Ao contrário, muitas vezes o
mundo se mostrará agressivo e perigoso para esse bebê.

A forma como ele agirá nesse mundo dependerá de COMO ele nascerá: de um jeito
NATURAL E SERENO, ou de um modo violento, assustador e estressante?

E quem tem o poder de decidir isso são vocês, os pais!

O Nascimento é o primeiro ato da criança como um ser humano independente. E esse


ato culmina com uma separação física de grande impacto, uma ruptura da relação intensa e

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

completa com sua mãe, aquela que lhe deu a vida e o manteve confortável e protegido durante
nove meses dentro de seu útero.
Você pode imaginar o tamanho desse impacto na vida de um bebê?
Durante a gestação, a criança vive num ambiente quase perfeito, separado das interfe-
rências externas pelo corpo da sua mãe. Ali, há a proteção da bolsa ao redor do seu corpo,
o líquido amniótico que o cerca mantendo-o confortável, a pouca luz, o alimento que vem
constantemente pelo cordão umbilical. E, de repente, ele é separado desse mundo ideal para
ser introduzido no mundo exterior, onde precisa conviver com ruídos e luzes intensos, cores
diversas, odores fortes, texturas ásperas e duras, e pessoas estranhas.
Tudo isso faz com que o bebê necessite mudar o seu comportamento, de um estado
PASSIVO para ATIVO.
Se antes ele ficava quietinho, recebendo tudo o que o ambiente ao redor lhe oferecia,
agora ele precisa AGIR o tempo todo: respirar, se mexer, ver, ouvir e chorar. Agora, ele está
cercado por outros seres maiores, que se mexem, falam e o tocam. E ele precisa INTERA-
GIR com essas pessoas para pedir comida, para obter conforto, para avisar que sente dor,
sono, frio ou fome.
O NASCIMENTO é o momento em que, pela primeira vez, conquistamos algo, utili-
zando nossos próprios recursos. É a nossa primeira vitória como seres humanos.
Por isso, o ato de NASCER deve acontecer de maneira natural, serena e amorosa. Deve-
mos garantir à criança o direito de vir ao mundo usando a sua própria força, energia e vonta-
de. O momento de independência do seu bebê deve ser RESPEITADO.

Prepare o seu bebê para o nascimento ainda na gestação


Vocês, mamãe e papai, podem contribuir de forma decisiva para que a passagem dessa
criança pela porta que o separa do mundo exterior seja natural, serena e envolvida em carinho
e amor. E esse processo deve começar na GESTAÇÃO.
Como já conversamos nos capítulos anteriores, mesmo dentro do ventre materno, a crian-
ça já mantém um contato intenso com os pais. Então CONVERSE constantemente com o seu
bebê sobre o nascimento dele, com segurança, confiança e amor. Diga, por exemplo:
“Filho(a), o seu nascimento vai ser um momento maravilhoso, num dia muito especial
para você. Vai ser um dia muito importante para mamãe e papai também, mas quem vai
escolher o momento certo para nascer vai ser você. Venha quando estiver pronto(a). Venha
quando sentir que a hora chegou. Venha quando souber que está preparado. Venha confian-
te, tranquilo(a), sereno(a), porque o seu momento vai ser respeitado e estamos prontos para
recebê-lo(a).”
Ou diga, ainda:

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O Nascimento

“Meu filho(a), você vai chegar com o corpinho perfeito, a sua saúde será excelente. Estaremos
aqui, esperando por você, para ensinar, apoiar e ajudar no que for preciso neste novo mundo
aqui fora. Faremos tudo ao nosso alcance, porque você é o(a) nosso(a) filho(a) amado(a) e nas-
cerá em um mundo seguro, com muitas pessoas amáveis.
Diga essas coisas do seu jeito, com suas palavras, como numa conversa normal. Mas diga
sempre, TODOS os dias ao deitar e quando acordar... e em todos os momentos que lembrar.

O tipo de parto que você escolher fará uma grande


diferença para o futuro do seu filho
Você sabia que, segundo a Organização Mundial de Saúde, a cesariana, ou o parto
cesáreo, por meio de cirurgia, é indicado para apenas 10% a 15% dos partos? Para os res-
tantes 85%, é indicado o parto vaginal, considerado como a melhor forma do bebê nascer.
No entanto, no Brasil, a cesariana é adotada pela grande maioria das gestantes, que optam
por esse procedimento por escolha própria, não por necessidade médica. Então, vamos
falar um pouco desses tipos de parto e do que eles representam emocionalmente para o
seu bebê.

Cesariana
A CESARIANA é um procedimento cirúrgico, no qual é feita uma incisão no abdômen
e outra no útero para o bebê ser retirado. É utilizada a anestesia peridural ou raquidiana, em
que a paciente perde a sensibilidade e os movimentos na parte inferior do corpo, embora
mantenha a consciência. É um procedimento com duração previsível, com hora marcada e
um prazo de internação e recuperação mais longos que o parto vaginal.
Apesar de ser indicada apenas em situações especiais, em que as condições da mãe ou do
bebê apresentam sérios riscos num parto normal, a cesariana tem sido o procedimento mais
comum escolhido pelas futuras mães, aqui no Brasil.
Uma das razões apresentadas para justificar esse comportamento é a crença errônea de
que a cesariana é mais segura do que o parto vaginal. Isso não é correto. Não podemos nos
esquecer de que a cesariana é uma intervenção cirúrgica, e está sujeita a todas as complicações
relacionadas. Na verdade, segundo alguns estudos, o índice de risco da cesariana chega a ser
o dobro do parto vaginal.
Outra razão citada é a do receio da dor, muitas vezes estimulado por relatos de experi-
ências negativas em parto por parte das pessoas da família ou de conhecidos. Quanto a esse
aspecto, o que posso dizer é: não se deixe influenciar por experiências vividas por outras pes-
soas em condições e épocas diferentes das suas. Já existem inúmeros exercícios e técnicas para
aumentar a sua capacidade em força, flexibilidade, relaxamento e concentração para amenizar

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

as dificuldades do parto, e a cada ano surgem novidades nessa área. É essencial informar-se
bem a respeito, antes de fazer a sua escolha.

As fêmeas de quase a totalidade das espécies vivas passam por essa experiência e superam-
-na desde que o mundo existe. Com você, Mãe, não será diferente.

De novo, vamos relembrar a necessidade de um equilíbrio entre a luz e sombra para tudo
nesta vida. Haverá a dor, sim, mas, no parto, trata-se de uma dor natural, que trará como re-
compensa uma alegria imensa, uma experiência extraordinária: o de parir um filho – um ato
sublime, maravilhoso, que só as mães podem viver. E essa experiência influenciará não apenas
a vida do seu filho, mas também a sua vida futura como mãe.

Sem essa vivência, as mães tendem a se sentir menos participantes, menos conectadas
a esse bebê. Receber um bebê “pronto” não é a mesma coisa que participar do parto ativa-
mente, lutar pela vinda da criança, sentir à flor da pele cada movimento, cada centímetro
conquistado para, finalmente, tê-la nos braços.

A terceira razão, embora seja frívola, é um dos argumentos mais usados: a comodidade de
ter um dia e uma hora certos para o parto.

Hoje em dia, é comum celebrar o nascimento de um bebê como se fosse um evento social
para os pais, amigos e familiares. No planejamento desse “evento”, a criança, até por estar
ainda na barriga materna, é tratada como se fosse apenas um tema para a festa, um persona-
gem imaginário, sem voz e vontade própria. Tudo é condicionado ao gosto, à comodidade e
à conveniência dos pais.

Isso se constitui num grande engano. O ato de nascer é um momento de extrema impor-
tância para o seu bebê. Deve ser tratado com o máximo de respeito, cuidado e boa vontade. Se
os próprios pais não o respeitarem no primeiro ato de independência aqui fora, quem o fará?

Como todos os momentos cruciais de nossa vida, o nascimento está conectado a algo
muito maior, mais importante e único do que uma simples anotação na agenda. É o instante
em que essa criança vai se carregar de energias para iniciar um novo ciclo. É o momento em
que ela vai assumir a sua individualidade e aceitar a separação do ventre materno para viver
aqui fora. É a hora em que ela dará o seu primeiro passo num mundo desconhecido, e neces-
sitará de TODO o apoio e suporte dos pais para fazê-lo com segurança e confiança – no dia e
na hora em que ela estiver PREPARADA.

Imagine, agora, o impacto que o seu bebê receberá se for desalojado, de repente, através
de uma incisão cirúrgica, do seu mundo confortável e natural para ser atirado num ambiente
estranho e hostil. Coloque-se no lugar dessa criança, e imagine as sequelas deixadas pela vio-
lência desse ato, pelo trauma dessa expulsão do “paraíso”.

Permita que o seu bebê nasça no momento em que ele escolher. Não tome a decisão por
ele. Respeite a sua vontade.

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O Nascimento

Por outro lado, é necessário deixar bem claro que a cesariana é um triunfo da medicina,
um procedimento que já salvou milhões de vidas e trouxe ao mundo incontáveis bebês. Mas,
como um bom remédio, deve ser usado quando há algum mal a se combater, não de uma
forma irresponsável. O importante é sempre procurar saber em detalhes os prós e contras do
seu caso, e tomar a decisão pensando nas consequências que esse ato trará na vida futura do
seu bebê. E nunca escolher a cesariana por razões fúteis ou egoístas.
Se for preciso recorrer à cesariana, devemos estar conscientes dos possíveis danos emocio-
nais para o bebê e para a mãe, privados da maravilhosa experiência do parto natural para os
pais. E fazer o possível para superá-los.

Parto vaginal normal


O parto vaginal pode ser normal ou natural.
No PARTO VAGINAL NORMAL, como o nome indica, a criança nasce pela via vaginal,
ainda num ambiente hospitalar. Realizam-se procedimentos como o jejum prévio, a raspagem
de pelos pubianos, punção intravenosa para aplicação de medicamentos, administração de
hormônio sintético que induz as contrações uterinas, a episiotomia (corte vaginal, quando
necessário) para facilitar a passagem da criança, o rompimento artificial das membranas am-
nióticas, etc.
Apesar de ser menos agressivo que a cesariana, o parto vaginal normal ainda causa no
recém-nascido um grande choque. Assim como na cesariana, a criança chega num ambiente
artificial planejado para o trabalho do médico, não para um momento de emoção, de supera-
ção e de comunhão do bebê com o mundo exterior.
A luz forte, adequada para cirurgias, ofusca os olhinhos sensíveis do recém-nascido; as
conversas em voz alta e os ruídos, com os quais ainda não está acostumado, o assustam; o ar
condicionado, adaptado para adultos, deixa o bebê tremendo de frio, acostumado que está à
temperatura do corpo materno.
A forma como é manipulado assim que chega ao mundo também não é nada gentil. Logo
que nasce, é esfregado com uma gaze (que para o bebê parece uma lixa!) para retirar o vérnix,
que protege a sua pele delicada, cotonetes são enfiados no narizinho, na garganta, ouvidos,
e em todos os lugares possíveis e imagináveis. A picada do teste do pezinho dói. Os olhos
ardem com a solução de nitrato de prata que é pingado, e que o bebê sente como se fosse uma
pimenta ardida em seus olhos.
Mesmo estando a cargo de profissionais cuidadosos, esses procedimentos são, por si só,
uma tortura para o recém-nascido.
O que deveria ser “normal” acaba se convertendo em excesso de intervenções e medicali-
zação, com interferências realizadas de forma rotineira e, muitas vezes, desnecessária.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

O nascimento é um divisor de águas para a criança. Ela se desenvolveu dentro do útero


durante longos nove meses, e agora está chegando num mundo completamente diferente e
estranho. Aqui fora, é tudo novo para ela e, consequentemente, causa medo. Esse medo, essa
ansiedade, essa insegurança tem que ser contrabalançados por afeto, carinho e proteção. Se
esse divisor de águas for desequilibrado, criará uma personalidade marcada por carência de
amor, insegurança, falta de iniciativa, etc.

Por isso, cada vez mais o PARTO VAGINAL NATURAL, menos agressivo, está sendo
adotado pelas mães esclarecidas em todo o mundo.

Parto vaginal natural


No PARTO VAGINAL NATURAL, o bebê nasce sem intervenções médicas como aneste-
sia, analgésicos ou substâncias para acelerar as contrações. Pode ser feito num hospital, onde
todos os recursos médicos estarão à disposição, caso sejam necessários, ou numa casa de
parto, ou até mesmo na casa da parturiente - nesta opção, considere os riscos de não ter uma
estrutura hospitalar a disposição, caso necessário, para mãe ou bebê.

O parto acontece naturalmente. O tempo, limites, desejos, anseios e expectativas da mãe


são respeitados. A criança nasce no tempo certo dela, num ambiente com pouca luz, com uma
música tranquila e suave ao fundo, numa temperatura agradável. Os profissionais envolvidos
interagem com paciência, tranquilidade e respeito com a mãe, o bebê e o pai, que poderá
acompanhar o parto. A mãe e o bebê são chamados pelo nome, tudo o que está acontecendo
será explicado passo a passo, para que todos se sintam protegidos e confiantes.

A mãe tem a liberdade de se mover e se posicionar da forma mais confortável para o parto.
Geralmente posições não deitadas são consideradas as mais cômodas: de cócoras, em pé, ou
de quatro, na água. O bebê nasce e vai direto para o colo materno. O corte no cordão umbilical
é realizado só depois que ele parar de pulsar naturalmente.

O pai pode acompanhar o parto, apoiando a mãe e interagindo com o bebê logo que ele
nasce. Em muitos casos, o pai corta o cordão umbilical num ato simbólico, mas de grande im-
portância emocional para toda a família, em que rompe com as próprias mãos o elo entre mãe
e bebê para receber e proteger essa criança, assumindo essa responsabilidade e aceitando-a.

É visível como a forma do nascimento influi emocionalmente numa criança. A minha


filha mais nova nasceu do parto natural, e acompanhar o seu nascimento – e fazer parte dele
– foi uma experiência única e MÁGICA!

Cortei o cordão umbilical, dizendo baixinho: “minha filha, estou cortando este cordão
umbilical porque eu cuidarei de você junto com a mamãe a partir de agora. Estou te dando a
minha proteção a partir deste momento”. Falar com o bebê, nesse momento, tem um grande
poder benéfico, é uma mensagem muito forte para o cérebro emocional da criança.

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O Nascimento

Logo depois de nascer, minha filha foi colocada suavemente no peito da minha esposa.
Após alguns segundos, ela se mexeu e procurou, com a boquinha aberta, o seio da mãe. Logo
estava mamando, sozinha. Ninguém precisou interferir, porque ela sabia o que fazer. Não
chorou, apenas mamou e dormiu. Foi um momento extraordinário! Havia um clima de amor,
de respeito, de uma energia incrível ao redor de nós, naquele instante.

A minha filha é tranquila, serena e dificilmente chora alto ou berra. É sorridente e envol-
vente, conquistando a todos com a sua simpatia. Tenho certeza de que isso se deve a todo de-
senvolvimento emocional na sua gestação e ao seu nascimento, ao fato de ter vindo ao mundo
de uma forma natural, protegida e respeitada.

Proporcionar ao filho, ou à filha, um cérebro emocional saudável é o maior legado que


os pais podem lhe dar, pois é a base de tudo em nossas vidas.

Nascer de uma forma natural, com o mínimo possível de estresse e de sensações trau-
máticas é FUNDAMENTAL para trazer ao mundo uma criança emocionalmente saudável.

As consequências do parto para o bebê


As experiências de dor, discussões, medo e angústia surgidas durante a gestação ou o
trabalho de parto quase sempre formam um bebê com um cérebro emocional carregado de
muitos desequilíbrios.

A qualquer estímulo semelhante às lembranças negativas vividas durante a gestação ou


ao nascer, esse filho, mesmo na fase adulta, reagirá de forma impulsiva e irracional, causando
grandes problemas a si mesmo e a outros ao seu redor.

Um cérebro emocional desequilibrado faz com que a pessoa esteja sempre em estado de
alerta, descarregando grandes quantidades de hormônios como adrenalina e cortisol, que
agem diretamente no sistema nervoso. Esse excesso hormonal constante causa sérios pro-
blemas de saúde e de desenvolvimento, como obesidade, dificuldade de aprendizagem, baixo
nível de crescimento, problemas cardiovasculares, etc.

Eu mesmo sou um “filho de cesariana”, pois a minha Mãe – que ainda não tinha nenhuma
consciência sobre as consequências emocionais dessa escolha – decidiu fazer a cesariana, por
todo o medo imposto por pessoas mais velhas ao seu redor. Mas procurei vencer as dificulda-
des decorrentes com o meu próprio esforço e, graças a uma reprogramação emocional, conse-
gui superar grande parte delas. E essa superação tornou-me melhor, mais forte e ainda posso
ajudar muitas pessoas com a minha história neste livro e nos Treinamentos e Programas que
participo. A vida me deu um limão, e eu fiz uma limonada!

Mas não é todo mundo que tem condições, energia e discernimento para transformar difi-
culdades em qualidades. Geralmente quem nasce de cesariana tem muito medo, não lida bem
com as próprias emoções, carece de iniciativa, é indeciso e inseguro, e não consegue realizar

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sozinho os seus objetivos. Precisa que alguém esteja ao seu lado, faça as coisas acontecerem,
assim como alguém o fez nascer, retirando-o do útero materno.

Torna-se um adulto que reclama de suas dificuldades o tempo todo, mas não consegue
mudar e resolver por si mesmo os próprios problemas. De um limão, consegue extrair somen-
te uma existência azeda e ácida, sofrendo por toda a vida as consequências da sua gestação e
nascimento.

Ao nascer de forma natural, lutando junto com a mãe para conquistar seu espaço aqui
fora, a criança adquire uma segurança EXTRAORDINÁRIA! Ela superou o primeiro obstá-
culo de sua vida por meio da sua própria força. E, ao fazê-lo, recebeu, como recompensa, o
amor, o carinho, a atenção dos pais e de toda a equipe do parto.

Aprendeu que deve conquistar seus objetivos por conta própria e, mais do que isso, que
ele PODE fazê-lo – uma lição maravilhosa, que ficará gravada no seu cérebro emocional por
toda a existência.

Lembre-se: SÓ SE NASCE UMA VEZ. Não prive o seu bebê desse momento importantís-
simo de AFIRMAÇÃO e INDEPENDÊNCIA, que o influenciará por toda a vida!

Se estendermos essa análise para um âmbito maior, e pensarmos em termos de uma co-
letividade, teremos uma noção real da IMPORTÂNCIA e da RESPONSABILIDADE de cada
pai e de cada mãe para o FUTURO deste planeta.

Na nossa história recente, há uma grande carência de individualidades brilhantes,


de grandes homens e mulheres que se destaquem pela proatividade, pela força renova-
dora de suas ideias, pela capacidade de realizar objetivos realmente transformadores.
Ao contrário, os noticiários só nos transmitem maus exemplos de pessoas que se cele-
brizaram pela corrupção e atos ilícitos, ou por motivos fúteis e que não mudam a vida
de ninguém.

A corrupção, por exemplo, é consequência clara da falta de capacidade individual. O cor-


rupto rouba a força do outro, a energia do outro, o dinheiro do outro, porque é incapaz de
realizar por si mesmo as próprias ambições. A corrupção é o ato típico de alguém acostumado
a empurrar com a barriga as próprias responsabilidades, iniciativas e as atitudes, para que
outros as assumam em seu lugar.

Não é por acaso que isso aconteça no Brasil, um país que, de algumas décadas para cá, tem
se notabilizado por possuir um dos maiores índices de nascimentos por cesariana no mundo.

Enquanto permitirmos que nossos filhos nasçam por meio de um processo artificial e
agressivo, desrespeitando a sua natureza, criaremos gerações e gerações de indivíduos emo-
cionalmente fracos e dependentes.

NÓS somos os responsáveis pela sociedade em que vivemos. E a forma como criamos
nossos filhos hoje ditará como será a nossa sociedade amanhã.

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O Nascimento

Dê as boas-vindas ao bebê!
Assim que você estiver com o seu bebê recém-nascido nos braços, dê as boas-vindas a ele.
Apresente-se e apresente o seu marido. Diga:
“Eu sou a sua mamãe, e este é o seu papai. Nós dois geramos você. Você é o nosso bebê, e
amamos muito você. Seja bem-vindo à nossa família e ao mundo!”
Enquanto está na maternidade, narre ao bebê tudo o que está acontecendo. Lembre-se que
o bebê nada conhece do mundo, tudo é novo para ele. Diga:
“Oi, bebê! Agora você vai comer. Vai mamar, bem gostoso.”
“Mamãe vai trocar sua fraldinha.”
“Agora você vai tomar um banho gostoso.”
“Vamos dormir, porque está na hora!”
Quando levar o seu filho para casa, o ideal é que o pai e a mãe estejam juntos, e ambos
devem levá-lo para dentro de casa.
É muito importante que os outros membros da família (irmãos ou avós), que moram na
casa, estejam presentes para receber o bebê. Apresente cada familiar, um a um, e deixe que
toque no bebê, segure na sua mãozinha ou faça um carinho, dizendo alguma coisa para ele.
Por fim, diga:
“Todas essas pessoas fazem parte da nossa família. Estamos muito felizes com a sua chegada
meu filho! Você vai ser muito feliz ao nosso lado, porque nós te amamos muito!”
Fale com suas próprias palavras, o importante é que elas sejam verdadeiras!
Depois das apresentações, passeie com o bebê por todos os cômodos da casa, apresentan-
do-os e explicando para que servem:
“Olha, filho, esta é a nossa sala de estar. Aqui nós assistimos TV, recebemos as visitas. Aqui
é a varanda, aqui dá para ver ao longe, ver a rua, ver os carros, as árvores. Aqui é a cozinha,
onde tomamos café da manhã. Essa é a nossa sala de jantar, onde almoçamos e jantamos. Este
é o quarto do papai e da mamãe.”
Deixe para mostrar o quarto do bebê por último.
É importantíssimo para o bebê saber que ele possui um lugar só dele, dentro da sua
casa. Que aquele espaço é um local onde ficará protegido, vai dormir todas as noites e passará
horas agradáveis. Por isso, apresente o quarto dele, dizendo:
“Aqui é o SEU quarto, meu filho! Este é o SEU LUGAR, que preparamos para você com muito
amor! Veja que bercinho lindo, você vai dormir e sonhar bons sonhos aqui. Vai descansar e brin-
car, sentindo-se sempre protegido pela mamãe e pelo papai aqui. Olhe só quantos brinquedos
você ganhou! Você vai ser muito feliz aqui!”

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

“De agora em diante você tem um lugar dentro da nossa família, da nossa casa. Mesmo que
mudemos de casa, sempre teremos um lugar guardado para você, porque você é o nosso filho
amado!”

É importantíssimo sempre manter o bebê no quarto dele, nunca deixar o berço


no quarto dos pais – desde o 1º dia em casa!
Vocês podem brincar com o bebê, dar-lhe carinho, mas na hora de dormir, levem-no para o
quarto dele. Se receiam deixá-lo sozinho, utilizem os recursos oferecidos pelo mercado para ficar
de olho nele, como câmeras, microfones, berços que inclinam o bebê para evitar refluxos, etc.
O seu bebê é como uma plantinha, que precisa de espaço no vaso para crescer e se tornar
independente. Se o mantiverem dentro do quarto dos pais, é como se ainda não tivessem
cortado o cordão umbilical. Ainda o estão mantendo preso a vocês.
O mesmo ocorre ao carregar o seu bebê. O colo da mãe ou do pai é muito bom, mas deve-
mos estabelecer limites. Nunca deixe o seu filho dependente do seu colo. Ele precisa descobrir
como é bom se virar sozinho, e se habituar ao espaço dele, que é o berço e o seu quarto. Onde
poderá se esticar, rolar, engatinhar e explorar.

Diga ao bebê que ele é único, reafirme a individualidade dele, e a sua impor-
tância para a família!
Diga:
“Você chegou trazendo coisas únicas, só suas, coisas que só você poderia trazer para esta
família. Por isso você é importante para nós. Por isso você é especial. Existem quase oito
bilhões de pessoas no mundo, mais de 106 bilhões de pessoas já passaram pela Terra. Mas ne-
nhuma pessoa é igual a outra. Por isso, você é único nesta família, nesta cidade, neste planeta.
Que bom que você está aqui, conosco meu filho. Que bom que você nos escolheu como seu
pai, e como sua mãe! Seja muito bem-vindo!”

Leite materno: a materialização do amor


O leite materno é um alimento complexo e completo, composto de água, carboidratos,
fibras, gorduras, proteínas, vitaminas, minerais e anticorpos, essenciais para o crescimento e a
proteção do bebê contra infecções. A amamentação é uma forma de alimentação tão perfeita,
que a composição do leite materno varia naturalmente durante as várias fases do crescimento,
de acordo com as necessidades do bebê.
Da mesma forma, o aleitamento materno é o melhor meio de nutrição emocional para
o seu bebê.

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O Nascimento

O aleitamento é a MATERIALIZAÇÃO do amor, o VEÍCULO para o AMOR MATER-


NO chegar até o seu filho, num momento importantíssimo para o futuro dele.

A amamentação é quando você está dando ao seu bebê uma grande quantidade de energia
em forma de AMOR. É um instante mágico, a hora de estar com o seu bebê. De olhá-lo, de
admirá-lo, de embevecer-se frente a esse milagre da vida. De conversar, de acariciar, de deixar
fluir todo o seu amor sem reservas.

Na amamentação, você está estabelecendo uma ligação profunda, que permanecerá


durante TODA A VIDA do seu filho. Essa conexão entre mãe e filho ficará gravada para
sempre na memória emocional de ambos.

Sabe aqueles momentos na sua vida em que você precisa MUITO de sua mãe, e sabe que
um só olhar, um só abraço dela, por mais simples que seja, vai apaziguar seu medo, sua an-
siedade, seu desespero? É desse tipo de conexão que estou falando. Algo indescritível e sem
explicação.

Por isso, quando for amamentar, FOQUE totalmente no seu bebê. Deixe o celular de lado,
desligue a TV, saia da frente do computador, deixe a conversa com a amiga para depois.

CONCENTRE-SE totalmente no seu Bebê.

Ele precisa de você e do seu amor agora, assim como precisará dessa memória emocional
durante toda a vida.

A falta de aleitamento materno tem muito a ver com a distorção emocional que presencia-
mos à nossa volta. Se uma criança é amamentada por meio de uma mamadeira, a sua fome é
saciada, mas a sua falta de amor, não. Ela sentirá, o tempo todo, uma sensação de insatisfação,
vazio, de carência, de falta de algo que não sabe o que é. A única coisa que sabe é que deve
conseguir a sua satisfação por meios externos.

Assim, ao se tornar adulto, esse filho procurará saciar a sua falta de amor com o que vem
de fora: alimentos, objetos caros, vícios ou outras pessoas. Mas não se sente saciado, pois o
consumo dessas coisas jamais conseguirá suprir a sua carência de amor. Então o vazio dentro
dele só aumenta. As alegrias e a satisfação conseguidas dessa forma artificial nunca são sufi-
cientes. É preciso sempre mais, mais e mais.

Por isso, é importantíssimo que as mães façam todo o possível para amamentarem o bebê
com o seu próprio leite.

“Pai-bebê” e “Mãe-bebê”
Quando um bebê surge na vida de um casal, muitas vezes ocorre um fenômeno curioso:
surgem o “Pai-bebê” e a “Mãe-bebê”. Se observar com cuidado, você mesmo vai encontrar
alguns deles no seu círculo de amizades.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Pai-bebê e mãe-bebê são aqueles superpais e supermães que, depois do parto, passam a fo-
car a atenção, os cuidados, o amor, exclusivamente nos filhos, jogando para o segundo plano
o relacionamento com a esposa ou marido. A chegada do bebê acaba sendo o estopim para o
rompimento emocional do casal.

A mãe-bebê passa a cuidar só do bebê, que, se for menino, agrava ainda mais essa dis-
torção. Ela passa a considerar o filho como o seu complemento masculino, dispensando a
companhia do marido, separando-se dele ou relegando-o ao esquecimento dentro da própria
casa. A mãe-bebê cria meninos que, mesmo depois de completarem trinta, quarenta anos,
continuam a viver na casa materna; não se casam, e se o fazem, logo se separam. São homens
inseguros, dependentes a ponto de precisarem consultar a mãe para tomar as mínimas deci-
sões. Ou se encaminham para o extremo oposto: tornam-se homens exageradamente respon-
sáveis, que desde pequenos assumem o papel do “homem da casa”. A mãe se torna dependente
do filho para tudo, invertendo os papéis. Ela é o “bebê”, que nada sabe fazer sozinha.

Com o pai-bebê acontece o mesmo, principalmente quando tem uma filha. A menina torna-
-se o seu centro de atenção, desbancando a mãe nas suas prioridades e afeto. Não respeita a
autoridade materna, fazendo chantagens emocionais com o pai para conseguir o que quer. Mãe
e filha competem entre si o tempo todo, e a menina passa a enxergar as outras mulheres apenas
como rivais. Torna-se uma adulta egoísta, que não suporta frustrações. Não consegue criar rela-
cionamentos sólidos com os homens, pois o par ideal, na sua cabeça, já existe – seu pai.

“Pai” e “mãe”: não use esses nomes em vão


Algumas mulheres, ao terem um filho, passam a chamar o marido de “pai”. E os mari-
dos, por sua vez, passam a chamar a esposa de “mãe”.

Cuidado, isso pode se converter numa grande distorção. Embora possa parecer um ato
inocente, pode levar a uma troca seríssima de papéis, que não tem como ser sustentada por
muito tempo.

O nome tem uma importância enorme para cada um de nós, porque carrega uma energia
única, pois se trata da nossa ESSÊNCIA, da imagem mental que passamos para nós mesmos
e para os outros. Esse nome tão importante não é aquele que está no documento, mas o nome
pelo qual todos nos identificam no dia a dia, aquele que é repetido sem parar durante anos e
anos. E essa repetição constante acaba por imprimir no cérebro do bebê – e até em nós mes-
mos – uma ideia completamente errada do papel que nos cabe nessa relação. Veja a confusão:

Ao chamar a esposa de “mãe”, o homem está dando a entender ao bebê que ele também é
filho dessa mãe. O que isso significa para a criança:

“Se meu pai chama esta mulher de mãe, ele é filho dela. Mas eu também sou filho dela.
Então este homem é como se fosse meu irmão, ou meu concorrente.”

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O Nascimento

“Se ele é meu irmão, é igual a mim. Por que devo respeitá-lo? Por que devo obedecê-lo?”

O mesmo acontece com a mãe. Se ela chama o marido constantemente de “pai”, dá a en-
tender que é irmã da filha(o).

Como consequência, mãe e filha(o) passam a competir pela atenção do “pai”. Os filhos
tornam-se rivais dos pais, não os suportam e os desafiam o tempo todo.

Evite causar problemas a si mesmo, à sua mulher ou ao seu marido e, principalmente,


ao seu filho. Tome muito cuidado com os nomes! Cada um deve ter o seu lugar e espaço na
Família.

Meu, seu ou nosso?


Outro deslize de comunicação que presenciamos sempre, é o hábito de se referir ao filho
como “meu filho” ou “minha filha”.

Esse tipo de coisa parece sem importância, mas, ao contrário, tem um peso enorme na
educação do seu bebê, principalmente se for dito em tom de superioridade, de posse.

Lembre-se sempre que o filho não é só seu. Se não houvesse o relacionamento com o seu
marido ou sua esposa, essa criança não existiria. Ainda bem, pois isso significa que você não
está sozinho(a), tem a companhia e apoio do seu parceiro ou parceira nessa missão maravi-
lhosa, mas também difícil, que é gerar e educar um ser humano!

Ambos são pesos dessa balança, responsáveis por manter o EQUILÍBRIO na vida do seu
filho. Portanto, nem só de mãe e nem só de pai vive a criança. Ela crescerá feliz e protegida
sob as responsabilidades dos dois.

Então diga sempre, de peito aberto: “este é o NOSSO filho!”

O papel dos pais é dar independência ao filho, e o mais


rápido possível
A realização, a suprema felicidade dos pais, é saber que o filho não precisa mais deles para
viver. É saber que, quando deixarem este mundo, seus filhos continuarão a viver suas vidas,
criando seus próprios filhos e ensinando-os a viverem felizes, mesmo sem a presença deles.
Geralmente, pensamos que isso vai ocorrer bem adiante, quando estivermos velhinhos, mas
ninguém pode prever o futuro.

Por isso, tornem o seu filho independente o mais rápido possível. Protejam-no e o
orientem, mas nunca o mantenham fragilizado, infantilizado, agarrado à saia da mãe ou
escondido na sombra do pai, pois poderá ter um preço muito alto para aquele que mais
amamos.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

O importante é deixar que a criança passe por todas as fases de crescimento sem pular
etapas, superando cada barreira pelas próprias forças, com vocês, os pais, ao seu lado, orien-
tando, protegendo e apoiando.
No Lado B deste livro, falaremos mais detalhadamente sobre a Educação Emocional do
seu filho, desde os primeiros anos da infância até a adolescência. Então, vire o livro e recome-
ce conosco a Jornada para preparar o seu filho para ser feliz!

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O Nascimento

Lado B
Educação
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Introdução

Se você está começando a ler o livro por aqui, Lado B, não deixe de ler também o Lado A,
pois ele o ajudará a entender como a Estrutura Emocional de uma criança é formada ainda
dentro do útero materno. Você vai se espantar ao saber o quanto podemos fazer por um filho
ainda antes de ele nascer!

Mas, se você já leu o Lado A, precisa agora dar continuidade a esse belo trabalho. O seu
bebê nasceu. E agora? O seu maior trabalho como mãe, ou pai, vai começar agora!

Neste Lado B, vamos falar sobre como você vai conduzir a Educação Emocional do seu
filho, desde a primeira infância até a adolescência.

Durante a Gestação, enquanto o bebê vive no ventre materno, os pais – e especialmente


a mãe – são a sua maior fonte de aprendizado. Mas agora, depois que o bebê nasceu, tudo
vai mudar.

Na Primeira Infância, seu filho começa a receber estímulos de outros seres humanos e
desse vasto mundo em que vivemos. Vai assistir TV, navegar na internet, brincar com ami-
guinhos, com brinquedos e games. Logo começará a frequentar a escola, sairá à rua, passeará
nos shoppings, irá ao cinema, e será exposto a inúmeras ofertas de prazer, entretenimento, mas
também, distorções.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Todos esses estímulos externos têm uma influência gigantesca na formação emocional das
crianças. Por isso, é importantíssimo para os pais refletirem sobre algumas questões:
O que essas fontes externas ensinam aos nossos filhos?
Que tipo de desejos, necessidades e carências induzem nas crianças?
Como transformar nossos filhos em adultos equilibrados, ativos e felizes, capazes de
controlar a própria vida?
É sobre isso – a Educação Emocional do seu filho após o nascimento – que vamos falar
neste Lado B. Vamos discutir os processos mentais que transformam os estímulos externos
em comportamentos negativos, barreiras e carências nas crianças. Como você pode ensinar
gradativamente o seu filho a perceber e gerenciar as próprias emoções, encarando de forma
positiva os desafios, as frustrações e os medos que enfrentarão na vida adulta.
Nos dias atuais, é preciso, cada vez mais, desenvolver ao máximo a nossa capacidade de
lidar com as próprias emoções, de trabalhar bem os relacionamentos pessoais, de liderar, de
inovar e de realizar mesmo sob pressões, se quisermos ser bem-sucedidos tanto na vida pes-
soal como na profissional e social. Por isso um desenvolvimento emocional saudável tornou-
-se o maior legado que os pais podem deixar aos filhos, um legado muito mais importante
do que bens materiais. E foi para ajudá-lo a levar a cabo essa tarefa, que este livro foi escrito
para VOCÊ!
Então vire a página, e embarque conosco nessa Jornada pelo bem-estar, realização e feli-
cidade do seu filho. Você vai se surpreender ao descobrir que você PODE – e DEVE – ser a
origem dessas grandes transformações, e trazer benefícios reais e necessários para direcionar
seu filho a uma vida feliz e realizada!

Rodrigo Fonseca

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

Os pais não se comunicam com


os filhos, mas o mundo inteiro se
comunica com eles, normalmente, de
maneira negativa – e o tempo todo.

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5. Primeira Infância (0 a 4 anos)

Um grande problema nos dias atuais é a total falta de comunicação dos pais com a crian-
ça, desde que ela ainda se encontra na fase de Gestação. Mesmo se existe uma comunicação,
ela é falha, aleatória e desequilibrada. Como já abordamos no Lado A deste livro, durante a
Gestação, todas as informações emitidas pelos pais – principalmente pela mãe, com quem o
bebê mantém uma interação física e emocional intensa – estão sendo gravadas no cérebro
emocional do bebê. Mas a grande maioria dos pais não tem consciência disso.
Durante a Gestação, os pais enviam ao bebê fortes emoções como a raiva, o medo, a ansie-
dade, o rancor, etc., sem lhe fornecer explicações ou mostrar os motivos que geraram essas emo-
ções neles. Como resultado, a criança, ao nascer, chega ao mundo com o emocional frágil e mal
estruturado, e principalmente, se achando a “culpada” de todo problema que seus pais vivem.
Isso gera o segundo grande problema para essa criança: aqui fora, essa situação se AGRA-
VA. As informações que vai receber do mundo externo vai reforçar e alimentar essas sensa-
ções negativas adquiridas na vida intrauterina. Mas por que isso acontece?
Quando nasce, a criança começa a ampliar o seu leque de contatos. Conhece primeiro
os familiares, depois, os amigos da família, vizinhos e outras pessoas não tão próximas. Os
pais ficam cada vez menos tempo em casa, pois, passado o grande evento do nascimento,
estão reassumindo suas atividades profissionais. A criança passa a maior parte do tempo com

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

profissionais que prestam serviços à família: babás, empregadas domésticas, funcionários da


creche, da escolinha, do condomínio, etc. Mesmo que sejam profissionais competentes, essas
pessoas trazem consigo seus próprios medos e memórias vinculados a suas histórias de vida –
isto é, surgidos de ambientes domésticos e sociais que pouco ou nada têm em comum com os
da sua família – e não são adequadas para que, sozinhas, se responsabilizarem pela educação
do seu filho.

À medida que cresce, o garoto ou a garota habitua-se a ver TV, a navegar na internet e a
frequentar ambientes públicos. É bombardeada por milhões de estímulos, que, na sua maio-
ria, levam a passividade, falta de iniciativa e submissão a ideias e conceitos veiculados por
grupos econômicos e sociais que controlam essa mídia.

Nesse cenário, o pai e a mãe influenciam cada vez menos na Educação Emocional do seu
filho. Os pais NÃO se comunicam de forma adequada com os filhos, enquanto o mundo in-
teiro se comunica com eles, o TEMPO TODO, de maneira negativa.

Cabe a nós, os pais, ASSUMIR o papel de Educadores Emocionais dos nossos filhos,
fazendo uso dos instrumentos necessários para contrabalançar essa avalanche de estímu-
los externos negativos com comandos POSITIVOS e EQUILIBRADOS.

A Educação Emocional não só possibilita a você criar um filho saudável emocionalmente,


mas vai proporcionar também condições para transformá-lo num adulto ATIVO, consciente,
com controle sobre suas opiniões, seu ambiente e seus relacionamentos. Não será uma vítima
PASSIVA da manipulação exercida pela mídia ou por outras pessoas.

Para começar, é muito importante que você entenda um pouco sobre o funcionamento
do CICLO DA COMUNICAÇÃO, ou seja, como essas mensagens que recebemos do mundo
externo são PROCESSADAS pelo nosso cérebro emocional, até se transformarem em COM-
PORTAMENTOS e ATITUDES. E é disso que vamos tratar agora.

Matriz da Vida
Como construímos nossa Realidade.

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus.”


(Bíblia, João 1:1)

Toda a criação humana, tudo o que acontece em nossas vidas, começa com a comunica-
ção. E a forma de comunicação mais utilizada pelos seres humanos é a palavra. Não é à toa
que a o poder do verbo – ou da palavra – é enaltecido em todas Escrituras Sagradas.

No entanto, as pessoas tendem a não valorizar aquilo que verbalizam, não prestam a devi-
da atenção nas consequências de suas palavras.

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

A PALAVRA tem um poder EXTRAORDINÁRIO!


Quando a palavra é REPETIDA à exaustão, ou nos é comunicada com um forte impacto
emocional, ela vira REALIDADE em nossa mente. E passamos a AGIR de acordo com essa
realidade.

O que é a REALIDADE, senão o SIGNIFICADO que damos a ela?


É próprio de nós, seres humanos, atribuir um significado para tudo o que nos cerca. Uma
nuvem no céu pode nos inspirar uma sensação de paz e tranquilidade, pois a relacionamos à
imagem do paraíso, de anjos ou de paz. Mas, para o nativo de algum local remoto, a nuvem
pode significar um sinal de perigo, de fúria da natureza. Tudo depende do SIGNIFICADO
que nos foi ensinado – e todos os significados são gravados na nossa mente por meio da CO-
MUNICAÇÃO.

Mas, para compreender melhor esse processo, vamos conhecer, agora, o ciclo da Matriz
da Vida.

Matriz da Vida
Comunicação

Pensamento

Comportamento

Sentimento
Crença

Vamos começar pelo primeiro passo: a COMUNICAÇÃO. A comunicação é tudo que


é transmitido, por meio de estímulos, aos nossos 5 sentidos: sons, cores, texturas, cheiros,
sabores, movimentos, calor, frio, etc.

Toda comunicação gera uma IMAGEM, ou um PENSAMENTO.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

A IMAGEM ou PENSAMENTO gera um SENTIMENTO (emoção) associado a ela.


Quando essa associação imagem/sentimento é gravada no nosso cérebro emocional, gera um
Programa Emocional – que popularmente chamamos de CRENÇA.
Essa CRENÇA levará inconsciente e compulsivamente a certos COMPORTAMENTOS
ou RESULTADOS em nossas vidas.
Imagine que você teve, quando criança, uma experiência de forte impacto emocional:
uma barata subiu pela sua perna e a sua mãe se assustou, entrando em pânico e gritando
“Uma barata! Cuidado!”, enquanto tentava afastá-la de você.
No seu cérebro, a COMUNICAÇÃO dessa palavra – “barata” – emitida pela sua mãe,
acrescida pelo contato físico e a visão do inseto, gerou uma IMAGEM: o de um bicho com
antenas, perninhas, etc. Essa imagem, associada à maneira como sua mãe reagiu, gerou um
SENTIMENTO: por exemplo, o medo.
Essa associação entre barata e medo foi gravada automaticamente no seu cérebro emocio-
nal. Gerou-se, nesse instante, um PROGRAMA EMOCIONAL, ou uma CRENÇA. A crença
gravada na sua infância é:
A barata é uma ameaça, uma fonte de medo.
Uma crença leva a um COMPORTAMENTO. Vamos dizer que, no episódio, o seu com-
portamento foi de FUGA. Você chorou e fugiu. Por fim, a sua mãe matou a barata, acabando
com a ameaça. Então resumo desse ciclo é:
A barata é uma ameaça, uma fonte de medo, por isso devemos fugir dela.
Mas será que o processo acaba aí? Observe mais uma vez o gráfico da Matriz da Vida: uma
flecha indica que o COMPORTAMENTO leva à uma outra COMUNICAÇÃO. O que isso
significa?
Significa que o COMPORTAMENTO também COMUNICA, reforçando a comunica-
ção anterior.
Ao fugir da barata, você está reiniciando o processo, emitindo uma nova COMUNICA-
ÇÃO. Está formando mais uma vez a IMAGEM do inseto no seu cérebro emocional e prolon-
gando o SENTIMENTO de medo. Está reforçando a CRENÇA de que baratas são perigosas e
gravando cada vez mais profundo o comando de FUGA na presença de uma barata.
A MATRIZ DA VIDA é um sistema RETROALIMENTADO, isto é, ela alimenta a si
mesma.
Mas, a cada retomada desse sistema, perde-se uma parte da informação inicial, criando
uma DISTORÇÃO na maneira como enxergamos o mundo. Isso pode levar a criação de cren-
ças e preconceitos firmemente arraigados, cujas causas reais já nem sabemos mais, ou nem
nos questionamos se ainda são reais ou não. Por exemplo, você pode não saber por que tem
tanto medo de baratas, mas não consegue controlar o impulso de fugir quando vê uma.

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

Dessa maneira, milhões de crenças e comportamentos irracionais se perpetuam, desde


uma simples recusa a comer verduras, até sérios preconceitos relacionados a cor, religião,
gênero e preferência sexual.
É dessa forma que as pessoas criam uma realidade distorcida à sua volta.
Mas por que esses preconceitos perduram no nosso comportamento apesar de todos os
argumentos racionais que muitas vezes buscamos depois de adultos? A resposta é: porque a
tendência natural do nosso cérebro emocional é repetir comportamentos aprendidos no
inicio de nossas vidas.
Eu gosto de usar a imagem de um campo de trigo para ilustrar esse fenômeno. Atravessa-
mos um campo de trigo deixando para trás uma trilha, uma abertura suficiente para a nossa
passagem. Se no futuro quisermos atravessar esse mesmo trigal, abriremos nova trilha ou
preferiremos usar o caminho já marcado? Obviamente, preferiremos sempre o caminho mais
cômodo, conhecido e fácil. E, quanto mais repetirmos esse caminho, mais profundo e demar-
cado ele se tornará. Portanto, mais fácil de ser percorrido.
É isso que acontece com as nossas crenças, ou programas emocionais.
Quanto MAIS se repete um comportamento, o programa emocional resultante ficará
MAIS FORTE, pois aprofundamos essa trilha neural no cérebro emocional. E quanto mais
profunda a trilha, a nossa necessidade de repeti-la é cada vez maior.
O que estamos propondo neste Lado B é ensinar a você como gravar as trilhas neurais
corretas no cérebro emocional do seu filho desde o nascimento. Assim, você vai sair na frente
do mundo externo, desenvolvendo nele a autoconfiança, a habilidade de se relacionar e de se
comunicar. Vai estimular as atitudes saudáveis como a curiosidade, o autocontrole e a coope-
ração, mesmo que o mundo externo comunique a ele o oposto.

“Lembre que o poder que temos como pais, de registrar


novos Programas Emocionais em nossos filhos, é
infinitamente superior do que quaisquer outras pessoas!”

E portanto, se você não assumir o controle da educação emocional do seu filho, outros o
farão no seu lugar, de maneira grosseira e distorcida.
E, para começar, vamos propor a você uma prática importante para a “programação emo-
cional” do futuro do seu filho.
Lembra-se da Prática que fizemos no Lado A deste livro, no capítulo “Programe emocio-
nalmente o seu bebê para a felicidade”? Lá, instruímos você e sua esposa (ou marido) a fazer
uma lista de qualidades para o bebê, para depois repeti-las para ele em voz alta. Se você ainda
não leu o Lado A, faça o exercício agora.
Agora vamos retomar esse exercício!

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

PRÁTICA PARA OS PAIS – “Gravando o Futuro do seu Filho”


Preparo:
• Chame a sua esposa ou marido para participar da prática.
• Prepare um gravador do seu celular ou outro aparelho similar.
• Procure a lista de qualidades e comportamentos que vocês fizeram anteriormente, na
prática do Lado A.
• Leve o bebê para um local tranquilo, sem barulho, onde não serão interrompidos.
• Diminua a luz, coloque uma música suave ao fundo, se preferir. O importante é criar
um ambiente sereno e tranquilo para reflexão.
Prática:
1. Deem-se as mãos e olhem para o seu bebê, inspirem-se nele. Leiam em voz alta a lista
de qualidades e analisem. A lista abrange as 8 áreas de saúde: Física, Emocional, Inte-
lectual, Espiritual, Familiar, Profissional, Financeira e Social. Alterem ou complemen-
tem a lista, se necessário.
2. Liguem o gravador do seu celular. FALEM com o seu bebê, um de cada vez, dizendo
que ele PODE TER cada uma das qualidades desta lista que prepararam com muito
amor. Falem perto dele, usem um tom de voz amoroso, mas firme e confiante:
“Maria (use o nome da sua filha ou filho), você pode ser uma pessoa que dará e receberá
muito amor a todos ao seu redor”.
“João, você pode ser um homem forte, saudável, ativo, que gosta de se exercitar e manter o
seu corpo em forma”.
Enquanto falam, mentalizem a imagem do seu filho já adulto e feliz, usufruindo e pra-
ticando essas qualidades. Coloquem PODER nessas palavras usando todo o forte impacto
emocional que o AMOR pode gerar!
3. Façam várias gravações e guardem-nas. Façam backups! Claro que você pode fazer isso
sempre AO VIVO também! É ainda melhor para todos!
4. Todas as noites, toque uma das gravações, bem baixinho, perto do bercinho do seu filho,
enquanto ele está dormindo. Ele se sentirá confortável, pois ouvirá as vozes carinhosas
dos seus pais. Ao mesmo tempo, as trilhas neurais serão aprofundadas pela repetição.
5. Dia Especial. Escolham uma data, no futuro, quando o seu filho (ou filha) for um
adulto, para lhe entregar as gravações, embrulhadas para presente num pacote bem
bonito. Pode ser no aniversário de dezoito anos ou em outra data significativa para
vocês. Ouçam-nas juntos, conversem sobre o assunto, o que foi alcançado, o que falta
realizar. E, por fim, transformem essa data no Dia da Especial da Família, o início de
uma nova Jornada em direção a novos sonhos ou dos objetivos ainda não alcançados!

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

Estimule a fala do seu filho


Já falamos aqui que palavra é poder. Quem tem facilidade de se expressar, de argumentar
e de estimular já começa com uma vantagem significativa em qualquer área de atuação. Por
isso, estimule seu filho ou sua filha a falar. E falar certo, claro, de forma bem articulada.
Desde cedo, você deve conversar com o bebê o máximo que puder: mostre a ele o que está
fazendo, explique o porquê, diga para quem está fazendo. Interaja o máximo possível com ele
pela fala. Diga:
“Olha, a mamãe vai preparar o café da manhã. Veja, estou cortando o mamão, vou colocar
na tigelinha...”
Evite substituir palavras por sons sem significado.
Se você quer que o seu filho aprenda a falar direitinho, articule bem as palavras, use um
vocabulário variado, forme frases inteiras. Evite ficar só em ruídos e sons sem sentido ou imi-
tando a fala infantil. Lembre-se, ele está aprendendo com você.
Converse sempre olhando nos olhos do seu filho, pois assim ele gravará melhor. Fale com
carinho, com amor, mas de forma natural, pois você o estará estimulando a ser uma pessoa
expressiva, expansiva e bem articulada.

Cantigas infantis – amor ou medo?


Vamos falar agora de algo que a maioria das mães fazem quando colocam seu bebê na
cama: canta para ele. É um costume tão arraigado em nosso comportamento, que muitas
vezes nem prestamos atenção no conteúdo das canções. Afinal de contas, nós as aprendemos
desde pequenos, não é mesmo? Mas vamos prestar um pouco de atenção nas letras dessas
cantigas infantis.
Quando cantamos “nana neném, que a Cuca vem pegar”, o que estamos fazendo? Comu-
nicamos para a criança uma imagem de um bicho assustador: a Cuca, e atrelamos o sentimento
de MEDO ao momento do sono – que deveria ser um período de relaxamento e tranquilidade.
A repetição constante de uma canção gera uma trilha neural, que, por sua vez, vai resultar
num comportamento específico. Ou seja, canções de medo antes de dormir geram crianças
com medo do escuro, que fazem xixi na cama mesmo maiorzinhas, que veem monstros no
armário, etc.
É claro que as cantigas de ninar não são as únicas culpadas desses comportamentos, pois
podem existir outras causas. Mas, com certeza, o Nana neném, não transmite nem paz, nem
proteção ao sono do seu filho.
Dê uma olhada, agora em outras cantigas infantis tradicionais, e o que elas dizem para o
seu filho:

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

“O anel que tu me deste era vidro e se quebrou.


O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou.”
Esse trecho da Ciranda Cirandinha diz que nos presenteiam com falsidades e que somos
mal-amados. Péssimo para a nossa autoestima!

“Boi, boi, boi, boi da cara preta,


pegue este menino que tem medo de careta.”
Um Boi da Cara Preta com certeza é um bicho assustador. E a mãe ainda o chama para
pegar o filho!

“Atirei o pau no gato tô tô


Mas o gato tô tô
Não morreu reu reu
Dona Chica ca
Admirou-se se
Do berro, do berro que o gato deu:
Miau!”
Cantamos esta musiquinha infantil milhões de vezes na nossa infância, sem nos darmos
conta de que estimula violência, agressão e maus-tratos a animais.
Geralmente as canções infantis brasileiras comunicam escassez, medo e agressão. Fazem
terrorismo com ameaças e desestimulam as emoções.
Isso tem sua origem no passado, nos costumes e tradições herdados dos primeiros
colonizadores portugueses – que trouxeram consigo as primeiras cantigas, que nem eram
infantis, mas contavam sobre lendas da cultura europeia e suas criaturas. Depois, essas
cantigas foram sofrendo transformações no decorrer dos séculos, até chegar aos ouvidos
das amas de leite escravas, que as cantavam para os filhos dos sinhozinhos. Elas não se
incomodavam com o conteúdo aterrorizante das letras, pois espelhavam o ambiente de
opressão em que viviam.
Hoje, após séculos, ainda repetimos essas cantigas para os nossos filhos sem prestarmos
atenção ao seu conteúdo. Mas está na hora de romper com esse hábito. Procure, junto com
sua esposa (ou marido), canções de ninar suaves com uma mensagem de paz, amor e tranqui-
lidade para cantar na hora do seu bebê dormir ou em outros momentos. Ou escolha músicas
instrumentais agradáveis, que transmitam uma sensação de serenidade e relaxamento.

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

PRÁTICA PARA OS PAIS - Brincando com as Músicas


1. Mude a letra negativa das cantigas infantis! Use a melodia, mas substitua a letra por
frases enfatizando o amor e a presença protetora dos pais. Não é preciso quebrar a
cabeça, use frases simples, como as do exemplo abaixo. Se seu filho já for maiorzinho,
peça ajuda a ele!
“Nana, nenê, que mamãe vai te abraçar,
Mamãe te ama muito e
Papai te ama também.”
2. Cante as músicas para os seus filhos. Ajude-os depois a decorarem a letra e cantem
juntos. Lembre-se: quanto mais forem repetidas, as mensagens positivas serão grava-
das mais profundamente no cérebro emocional do seu filho.
3. Repita a brincadeira quantas vezes quiser. Pegue as músicas conhecidas, pesquise ou-
tras e invente letras ou até mesmo melodias!

O Poder do Toque
Outro dia, minha esposa e eu brincávamos com a nossa filha Rafaella, que ainda é um
bebê (neste momento que escrevo este livro), na cama, pela manhã. Depois de algum tempo,
passei a acariciá-la com a mão, sentindo com isso um enorme bem-estar. Percebi, também,
que a minha filha também sentia o mesmo, uma ligação profunda se estabelecia entre nós.
Então passei a pensar quais eram os motivos que nos fazia, pais e filhos, procurarem instinti-
vamente essa conexão através do toque.
Segundo a medicina chinesa tradicional, a energia transita pelo nosso corpo através de
canais ou meridianos. E alguns dos meridianos mais importantes localizam-se nas mãos – os
meridianos do coração, pulmões, fígado, estômago, rins, enfim, de todos os nossos órgãos in-
ternos. As técnicas de terapia oriental como o shiatsu e a acupuntura trabalham nesses pontos
para promover o equilíbrio do fluxo de energia no nosso corpo.
Quando acariciamos alguém com as mãos, estamos deixando fluir para ela a nossa energia
interna, num toque visceral – ao pé da letra – pois estamos “tocando” essa pessoa com o que
temos de mais íntimo, a energia que emana dos nossos órgãos. E essa conexão é ainda mais
intensa quando se estabelece com os nossos filhos, pois eles são uma parte da nossa essência,
do nosso DNA, da nossa história. Quando tocamos nossos filhos, é como se fôssemos a Ori-
gem e eles, o Futuro. Acariciamos o que somos e o que iremos ser.
O toque transmite energia, amor, tranquilidade. Tem um efeito terapêutico enorme. Por
isso necessitamos tanto da carícia, do abraço, do beijo. Portanto, o toque dos pais é vital para
os filhos. Nunca deixe de tocar o seu filho com todo o AMOR que já existe dentro de você.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Rastejar, engatinhar e andar. Deixe o seu bebê passar


por todas essas fases!
Faz parte do crescimento do bebê passar por todas as fases que simbolizam a evolução
do ser humano no planeta: primeiro, os répteis rastejavam sobre a Terra; depois, vieram os
mamíferos, que se locomovem com as quatro patas; e, por fim, o ser humano, que anda apenas
com duas pernas.
O bebê, ao ultrapassar cada uma dessas fases (rastejar, engatinhar e andar), está EVO-
LUINDO EMOCIONALMENTE também. Por isso, não o leve a pular essas etapas.
Os pais que colocam a criança num andador, por exemplo, estão causando, sem terem
consciência, um grande dano ao desenvolvimento físico e emocional, privando o filho da
vivência plena da sua evolução. Isso pode resultar na imaturidade de algumas áreas cerebrais,
resultando em algumas dificuldades, a mais, que a criança terá que superar na vida adulta.
Essa criança tende a se tornar imatura no caminhar pela vida, pois não passou pela ex-
periência de “viver no chão”, de rastejar para explorar o mundo, de engatinhar, encontrando
apoio em coisas e pessoas, para finalmente se erguer sobre as duas pernas e caminhar por
conta própria. Ela poderá se tornar um adulto inseguro, sempre com medo de dar o passo
seguinte, e, como consequência, encontrará dificuldades para progredir nas suas atividades.
Quando cair, não saberá encontrar recursos ao seu redor, terá muitas dificuldades para con-
seguir apoio para se reerguer.
Por isso, permita que seu filho supere de forma natural todas as etapas do seu desenvolvi-
mento. Deixe-o explorar o mundo a partir do chão, para depois ir gradativamente assumindo a
postura ereta, dando-lhe segurança para crescer como um ser humano pleno e independente!

Você sabe Abraçar?


Peça um abraço para uma criança (até os 6 anos), e ela oferecerá o lado esquerdo para
você, o lado do coração. Se ela não o conhecer bem, ela o abraçará com o outro lado, o direito,
num contato menos emocional.
Isso acontece porque o lado esquerdo do nosso corpo conecta-se com o cérebro emocio-
nal. À medida que crescemos, passamos a permitir que o cérebro racional (neo córtex) pre-
domine sobre nós. E passamos a abraçar com o lado direito do corpo. O abraço passará a ser
apenas protocolar, um gesto automático e sem emoção. Habituamo-nos a esse gesto e nunca
mais abraçamos com o lado esquerdo, mesmo as pessoas que amamos.
Mas isso pode ser mudado! O abraço é um gesto de grande importância para as pessoas
envolvidas. É um momento de explosão de emoções, de transmissão de energia, que deve ser
feito da maneira correta para surtir o efeito desejado. Vamos mostrar, agora, como você pode
abraçar o seu filho, e a todos que você ama!

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

Passo a passo do Abraço do Coração


1. Coloque-se à distância de um braço, frente a frente com o seu filho, e coloque-se na
altura dele, agachando ou se colocando de joelhos.

2. Olhe nos olhos dele reconhecendo a importância e a existência dele. Transmita “eu te
amo” com o seu olhar, sem falar.

3. Leve o seu braço esquerdo na direção do ombro do seu filho. Depois leve o braço di-
reito até a cintura dele. Seu filho vai fazer o mesmo com você, automaticamente.

4. Avance com a perna direita e depois com a esquerda, até se unirem completamente.

5. Abrace com o lado esquerdo do rosto colado ao lado esquerdo do rosto do seu filho,
coração com coração.

6. Feche os olhos e respire profundamente até ficarem na mesma frequência... por uns 30
segundos.

Um Abraço do Coração, com o lado esquerdo, trará uma troca intensa de emoção e ener-
gia entre vocês. Esse é o abraço que um pai, ou uma mãe, deve dar para os seus filhos diaria-
mente. E não tem contraindicações. Pode abraçar à vontade, quanto mais, melhor!

Educar é focar no POSITIVO, não no negativo


Se eu disser para você “NÃO pense num elefante rosa!”, instantaneamente você pensará
num elefante rosa, por mais que tente evitar. Isso acontece porque o FOCO DA COMUNICA-
ÇÃO foi dirigido para o elefante, e não lhe ofereci nada que mudasse esse foco.

É isso o que fazemos com as nossas crianças, quando dizemos não pegue nisso, não suba
aí, não corra, não grite, não faça isso ou aquilo. Só dizemos o que NÃO podem fazer. Resul-
tado: as crianças focam no que lhes é dito, apesar de proibido – o negativo – e tendem a fazer
exatamente aquilo que não queremos.

Como trabalhar o FOCO da Comunicação na Educação Emocional


O foco da comunicação é como uma LENTE DE AUMENTO.

Imagine que seu filho está prestes a brincar com a tomada elétrica e você quer evitar. Onde
devemos dirigir o FOCO, ou a lente de aumento? A resposta é fácil. Coloque o foco na POS-
SIBILIDADE que você deseja AMPLIAR, não naquela que você não quer ver.

Pense: você quer AMPLIAR um futuro onde seu filho leva um choque elétrico? Ou
você quer AMPLIAR um futuro onde ele está seguro, brincando com outra coisa e em
outro lugar?

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Se você disser apenas “filho, não mexa aí”, você está dirigindo o foco, de vocês dois, só para
o perigo, o choque elétrico, o seu filho machucado – tudo o que você não deseja que aconteça,
isto é, está focando no NEGATIVO. Mas por que fazemos isso?

Focamos no perigo porque projetamos primeiro na nossa cabeça aquilo que NÃO que-
remos, por acharmos que estamos garantindo a nossa sobrevivência.

Para ensinar seu filho de uma forma correta, você deve mudar o foco na sua própria “co-
municação interna” em primeiro lugar. Imagine uma alternativa positiva, alegre, feliz – o seu
filho brincando com outro brinquedo – e foque nessa alternativa. É claro que isso deve ser
feito rapidamente, ou será tarde demais.

Você deve falar com calma e firmeza, olhando seu filho nos olhos. Diga “não faça isso” de
forma clara, explique o porquê e, o mais importante, ofereça uma OPÇÃO POSITIVA com
convicção.

Diga, por exemplo:

“Filho, aí é perigoso, você pode se machucar. Venha aqui, vamos brincar com a massinha
aqui na outra sala. É muito mais legal!”

Traga-o para perto do brinquedo e brinque um pouco com ele, sem estresse, de forma
natural. Assim, você desviou o foco dele do problema/perigo e dirigiu-o para outra coisa mais
divertida e segura.

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

Quanto à tomada, vale lembrar que existem no mercado diversos modelos de protetores.
Que tal instalá-los nas tomadas da sua casa e evitar acidentes? Mas vamos voltar ao FOCO DE
COMUNICAÇÃO, e a sua importância na educação.

O seu filho não precisa aprender a falar para entender o que você diz
Mesmo enquanto o seu filho ou filha ainda é um bebê, não use a comunicação negativa,
não faça “propaganda” dos erros, dos defeitos, dos problemas, pois será isso que ele ou ela
gravará. Muitos pais passam o dia com o bebê no colo, reclamando dos erros e maldizendo a
vida. Ou pior, ocupam-se em criticar o marido ou a esposa. Já ouvi muitas vezes:
“Nunca seja como a sua mãe, que fica pegando no meu pé!”
“Você não pode ficar igual ao seu pai, que só pensa nele e no trabalho!”
“Seu pai é tão grosso! Não fique igual a ele!”
“Você tá ficando chata que nem sua mãe!”
Esses pais estão transmitindo informações que vão literalmente “colar” na cabeça dos fi-
lhos. E vão surtir efeito contrário, levando essas crianças a repetirem esses comportamentos
negativos, por direcionarem o foco do seu filho para aquilo que não querem.
O importante, na hora de educar seus filhos, é o FOCO NO POSITIVO: sempre comuni-
que a eles aquilo que você deseja, nunca o que você não quer.

NÃO à culpa. SIM à Responsabilidade!


Com tudo o que explicamos até agora, imagino que muitos pais possam se sentir culpados
ao, talvez, identificarem erros cometidos durante o período da Gestação ou logo depois do
Nascimento, pois poucos sabem das implicações do nosso comportamento e comunicação
durante esses períodos tão importantes na vida de todo ser humano.
A ideia não é essa. Os pais não devem se culpar pelos erros do passado, porque não foram
intencionais. Com certeza, você estava com as melhores intenções ao agir, e isso o redime de qual-
quer culpa. Além disso, provavelmente você apenas repetiu, ou fez o oposto, daquilo que seus pais
fizeram com você... e os seus pais, aquilo que seus avós fizeram com eles... e assim por diante.
Então, agora, ao ler este livro, depois de aprender sobre a essência da Educação Emocional
para o futuro do seu filho e tomar consciência da importância do que é comunicado às crian-
ças, os pais devem assumir, sim, a responsabilidade de MUDAR.
Cabe a você, mamãe ou papai, romper com essa linha educacional ultrapassada que her-
damos dos nossos antepassados e proporcionar ao seu filho uma educação moderna, saudável
física, mental e emocionalmente. E apagar completamente essa sensação de culpa da sua cabe-

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

ça, pois todo aquele que se “condena” como culpado, permanece preso e sem a possibilidade
de fazer algo para mudar.
A sensação de CULPA por um erro involuntário nos torna VÍTIMAS. Ao nos considerar-
mos vítimas, assumimos uma atitude PASSIVA. Nos sentimos fragilizados, paralisados, sem
forças para reagir. E a educação dos nossos filhos pede, ao contrário, uma atitude ATIVA, de
criação, de transformação, de mudança. Por isso, foco total no que você pode mudar a partir
de agora na vida do seu filho!

SABER é PODER. E poder é TRANSFORMAÇÃO


Ao ter consciência dos seus enganos, você, mamãe ou papai, está adquirindo PODER
para MUDAR. E a consciência traz também RESPONSABILIDADE. Se você está consciente
de que existem erros, deve assumir a responsabilidade de consertá-los, e tomar uma postura
ATIVA e CRIADORA para melhorar o mundo ao seu redor.
Os erros fazem parte da vida. Assumindo nossos erros e descobrindo como evitá-los,
aprendemos as nossas maiores lições.

Papais e mamães, ESQUEÇAM a perfeição!


A vida é EQUILÍBRIO. Os erros que cometemos, os problemas que criamos, tudo isso faz
parte desse equilíbrio, são as sombras que contrabalançam a luz.
Até hoje, infelizmente, a maioria das pessoas vive na INCONSCIÊNCIA total, repetindo
comportamentos do passado, caindo nos mesmos erros e sendo alvo da vitimização e da
paralisação decorrente. Nós, pais, podemos romper AGORA esse círculo vicioso de sombras.
Temos essa responsabilidade extraordinária de criar um futuro diferente, e muito melhor,
para nós e para os nossos Filhos!

Resgate Emocional
E quanto aos filhos que tiveram uma programação emocional equivocada até agora? Que
sofreram, desde a fase intrauterina, com os nossos enganos, conflitos e medos? Como corrigir
esses desvios e encaminhá-los para uma Educação Emocional saudável?
A resposta é: faça o RESGATE EMOCIONAL!
No Resgate Emocional, temos três objetivos:
1. Pedir PERDÃO aos filhos pelos nossos erros.
Todos nós erramos, de uma forma ou de outra, muitas vezes no decorrer da nossa vida.
Fatos como morte na família, doenças, problemas financeiros, brigas ou separações,

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

acabam nos envolvendo em situações que fogem ao nosso controle, e não consegui-
mos, muitas vezes, enfrentá-los da melhor forma. Como consequência, impactamos
negativamente os nossos filhos, mesmo sem querermos. Então, o que nos resta é pedir
perdão. E o nosso filho, ao nos perdoar, estará salvando a si mesmo dessa dor que car-
regaria, talvez, por muitos anos.

2. Dizer ao filho o quanto ele é AMADO. Essa mensagem complementa esse processo
de cura, agindo como um bálsamo para as feridas. Uma grande oportunidade para
fazermos nossos filhos sentirem em suas Almas, o que sempre sentimos por eles...
AMOR INCONDICIONAL, capaz de curar qualquer dor ou erro.

3. Gravar no cérebro emocional do seu filho Programas Emocionais Positivos. Diga


que ele pode ser feliz, ser bem-sucedido na vida, vai encontrar um grande amor, será
saudável, construirá uma família feliz, etc. Neste momento você, pai ou mãe, tem a
grande oportunidade e poder de programar um futuro feliz no cérebro emocional do
seu filho!

O texto de exemplo do Resgate Emocional deve ser repetido todas as noites para o seu
filho, 10 ou 15 minutos depois que ele adormecer, e um pouco antes de acordar, pois nesses
momentos ele está em estado Alfa (ondas cerebrais mais baixas, e, portanto, mais suscetíveis
a receber programações), ou estado de relaxamento, antes de cair em sono profundo ou de
acordar completamente. Diga o texto baixinho, se preferir, pode repetir o texto em pensamen-
to, e do seu quarto mesmo.

Não é preciso estar próximo fisicamente do seu filho. Pais separados, por exemplo, podem
fazer o Resgate Emocional, cada um na sua própria casa.

Feche os olhos e imagine um fio de luz conectando você ao seu filho, pois estará enviando
essa mensagem diretamente para o cérebro emocional dele. Em seguida, fale ou pense o texto
do Resgate Emocional com todo o AMOR INCONDICIONAL que você sente pelo seu filho.
Veja agora um exemplo de texto, que pode ser adaptado caso a caso.

RESGATE EMOCIONAL
“Meu Filho:

Mamãe/Papai está aqui porque tem coisas muito importantes para falar a você.

Perdão, meu filho, por tudo que fiz e passei para você durante a gravidez, sem saber que
estava te prejudicando. Eu estava triste, com raiva, desamparada, desesperada... Por isso, senti,
fiz e disse coisas pelos quais me arrependo com todo o meu coração.

(Anote alguns momentos, atitudes ou palavras suas, que passaram ideias e emoções negati-
vas ao seu filho durante a gestação dele).

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Quero que você me devolva todas essas sensações ruins que passei, porque são os sentimentos
da mamãe, não os seus. Devolva tudo o que é meu, e fique apenas com o que é seu, para que eu
também possa devolver para todas as nossas gerações.

Você é um filho muito amado e abençoado por Deus e por mim também.

Você é inteligente, prestativo, bom, trabalhador, carinhoso, responsável, alegre, divertido,


atencioso, amoroso, calmo, amigo... (qualidades que seu filho já possui!)

Você pode ser calmo, saudável, amigável, companheiro, dedicado, amável, bem-sucedido,
bom filho, bom marido e bom pai. (qualidades que você quer programar emocionalmente no
seu filho)

Você merece ser FELIZ!”

Faça o Resgate Emocional. Peça perdão e transmita todo o seu amor. Esse ato, simples e
singelo, gerará um grande poder de transformação, aliviando a carga emocional negativa que
você e seu filho carregam até hoje, e principalmente, resgatando tudo aquilo que passamos
para os nossos filhos sem sabermos.

No início, seu filho, ou filha, pode se tornar irritado com você. Isso é um ótimo sinal,
pois ele apenas está dizendo que estamos realmente mexendo profundamente em pontos im-
portantes da sua vida emocional. Há uma pequena piora inicial, mas logo virá a melhora
definitiva e extraordinária na vida de todos envolvidos! Então, continuem fazendo o Resgate
Emocional todas as noites com o seu filho!

Cuidados com sono do seu filho


Segundo recomendações da American Sleep Association (2015), o tempo de sono médio
de crianças de diferentes idades é:

Recém-nascidos (0-3 meses): 14 a 17 horas

Bebês (4-11 meses): 12-15 horas

Crianças (1-2 anos): 11-14 horas

Crianças em idade pré-escolar (3-5 anos): 10-13 horas

Crianças em idade escolar (6-13 anos): 9-11 horas

Claro que as necessidades de sono variam de criança para criança, dependendo da per-
sonalidade e do organismo de cada uma, mas é importante se assegurar que o seu filho esteja
dormindo o suficiente. Na infância, cerca de 90% dos hormônios de crescimento é liberado
durante o sono. O sono é fundamental para o fortalecimento do sistema imunológico, para a
memória e o relaxamento muscular.

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

Passo a passo do SONO saudável


1. Estabeleça um HORÁRIO CERTO para seu filho dormir.
Os pais devem se certificar que o horário de sono das crianças seja o mesmo todas as
noites (ou pelo menos, na maioria das vezes). As crianças devem ir para cama até 22 horas,
no máximo, e devem desfrutar das horas de sono necessárias para a sua idade e organismo. É
fundamental não passar deste horário para iniciarem o sono, pois nosso corpo produz hor-
mônios importantes por volta das 23h00, mas apenas, se estivermos dormindo.
2. Tenha um LOCAL CERTO para o seu filho dormir.
Seu filho deve ter o seu PRÓPRIO QUARTO, desde a chegada da maternidade. Fixe no cé-
rebro emocional do seu filho a imagem do quarto como um refúgio, uma fortaleza, um espaço
só dele, cercado e preenchido pelo AMOR e a PROTEÇÃO dos pais. Diga:
“Aqui é o seu quarto, um lugar seguro que papai e mamãe prepararam para você com muito
amor. Sempre que você estiver aqui se sentirá seguro, protegido e amado.”
3. Mantenha sempre o quarto do seu filho limpo e arrumado.
Ensine-o aos poucos a guardar seus brinquedos e a apreciar a limpeza e a organização.
Enquanto dormimos, reorganizamos no nosso cérebro tudo o que vivemos durante o dia. É
preciso que o ambiente do sono espelhe essa organização também.
4. FOCO TOTAL no sono.
A hora de dormir é sagrada. Não deve ter TV, joguinhos, celular, Netflix ou outra distração
perto do seu filho. A luz deve ser apagada, deixando, no máximo, uma luz noturna na tomada
ou uma luminária com pouca claridade.
5. Prepare o seu filho para o sono.
Uma hora antes da hora de dormir, vá mudando as atividades do seu filho para outras,
mais tranquilas, conduzindo-o para um estado de baixa excitação e relaxamento. Se estiver
vendo TV, coloque desenhos animados tranquilos, sem muita ação ou barulho. Converse com
ele com a voz mais suave, baixinho, falando de coisas agradáveis e acalmando-o.
6. Leve o seu filho para cama.
Ajeite-o para que fique confortável, cubra-o, e conte uma historinha, que transmita segu-
rança, paz e amor. Depois, deixe o quarto, dizendo sempre que estará bem pertinho, se ele
precisar. De preferência, pai e mãe devem se alternar em conduzir a criança para a cama, para
que se sinta amparada de forma igual por ambos.

Se o seu filho não quer dormir, ou acorda no meio da noite


• Insista. A criança precisa de uma boa rotina de sono para o desenvolvimento físico e
emocional saudável.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

• Se ele saiu da cama e veio ao seu quarto, leve-o de volta. Diga: “filho, agora é hora
de dormir.” Use sempre um tom de voz calmo e suave, não permita que o fato se torne
mais um motivo de excitação ou brigas. Fale o mínimo possível, apenas colocando-
-o na cama dele novamente e reforçando que você está perto e que ele pode se sentir
seguro, amado e tranquilo.
• Nunca o leve para dormir com você. Ou você estará retardando o processo de inde-
pendência do seu filho.
• Nunca deixe que ele assista TV ou recomece a brincar após cair no sono. Isso só
aumentará a excitação, além de estabelecer um hábito nada saudável.
• Ajeite-o na cama. Se ele choramingar, ajeite-o de novo. Segure na sua mão e diga:
“filho, agora é hora de dormir para crescer forte e saudável. Feche os olhinhos, porque a
mamãe (ou o papai) está aqui, com você.”
• Se a criança ainda demonstrar dificuldade para dormir, conte uma história calma,
sem cenas de muita ação ou medo. Conte, por exemplo, como você e sua esposa (ou
marido) se conheceram e se apaixonaram ou outra história que você mesmo pode
criar na hora!
• Outro recurso é fazer uma massagem na cabeça da criança.
Coloque a mão aberta no rosto dela, tocando o topo da cabeça e a testa com todos os dedos.
Vá acariciando suavemente o rostinho do seu filho de cima para baixo, na direção do
queixo, como se a induzisse a fechar os olhos, e cantarolando a “canção de ninar” (nan... nan...
nan..). Repita até ela adormecer.

Ilustração em 2 tempos: mostrar o movimento da massagem.

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

Problemas no sono – sinal de alerta!


Seu filho faz xixi na cama?
É normal que crianças até 5 anos tenham a enurese noturna, isto é, o popular “xixi na
cama”. Isso acontece porque o controle da sua bexiga só se desenvolve totalmente ao atingir
essa idade. Esse período pode variar, claro, de acordo com as características de cada criança,
podendo se prolongar até seis ou sete anos em alguns casos.
Quando a criança deixa de usar fraldas, pode ocorrer um ou outro momento de escape,
pois o seu corpo ainda está aprendendo a controlar as suas necessidades físicas.
Se a enurese é constante depois da fase do desfralde, é preciso descobrir a causa, que
pode ser física ou emocional.
As causas físicas da enurese noturna podem ser fatores genéticos hereditários, anorma-
lidade na produção do hormônio responsável pelo controle da urina, problemas na bexiga,
entre outros. Embora sejam minoria, as causas físicas devem ser investigadas em primeiro lu-
gar, com uma consulta ao pediatra, que poderá encaminhar a outro especialista, se necessário.
Na maioria dos casos, porém, o xixi na cama é sinal de problemas de fundo emocional,
principalmente de medo e tristeza.
Na Medicina Chinesa, o RIM é o órgão que está diretamente associado ao MEDO. O
medo produz uma grande dose de energia, que escoa pelas vias inferiores do nosso corpo até
os rins, que se desfazem dos estímulos negativos por meio da urina. Portanto, ao urinar du-
rante o sono, a criança “chora” o seu medo, escoa a sua tristeza, que não consegue extravasar
de outra forma durante o dia.
Geralmente as crianças que sofrem de enurese noturna estão passando por situações
estressantes em casa: separação dos pais, chegada de um irmãozinho, morte na família ou
no círculo de amizade, pressão na escola ou dos próprios pais, uma rotina diária desgastante,
ou ainda, a criança está impressionada com alguma história aterrorizante, ou algum fato que
ocorreu com amigos, etc.
Seu filho não faz xixi na cama por vontade própria ou por falta de cuidado. Ninguém,
mais do que ele, gostaria de evitar uma situação desagradável como essa. Por isso, ele precisa,
mais do que nunca, de seu apoio, compreensão e carinho, não de críticas, castigos ou brin-
cadeiras de mau gosto. Procure identificar a causa da enurese conversando com o seu filho,
e principalmente, observando o que você pode fazer para resolver esse conflito em casa, que
está se “materializando” na enurese do seu filho. E ajude-o a superá-la.

E, se você descobrir que o seu filho está sofrendo por algo que vocês, pais, são
os responsáveis?
No decorrer da nossa vida, fatos que fogem ao nosso controle costumam acontecer sem
aviso, deixando marcas profundas no desenvolvimento emocional de uma criança. Nós, pais,

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

sempre desejamos o melhor para os nossos filhos, mas muitas vezes isso não é possível. Então,
o que fazer? A resposta é estar sempre atento aos sinais de socorro emitidos pelas crianças.
E, depois, fazer o RESGATE EMOCIONAL e conversar muito com ele sobre tudo o que está
acontecendo.

O Resgate Emocional, como já explicamos antes, é a melhor forma de pedir perdão ao


seu filho e transmitir a ele o quanto é amado. Siga todos os passos que descrevemos ante-
riormente, e repita o Resgate Emocional todas as noites e manhãs, pedindo perdão pelo que
aconteceu. Os efeitos emocionais logo aparecerão!

Seu filho dorme demais?


Se uma criança dorme mais do que a média de horas de sono indicadas para sua faixa de
idade, cuidado. O sono é um artifício usado pelo cérebro emocional para FUGIR de proble-
mas, ou de uma TRISTEZA constante. E pode indicar a existência de problemas em casa ou
na escola. As causas podem ser eventuais (uma nota baixa no colégio, briga com um amigo
ou a derrota numa partida de futebol), até mais graves e permanentes (ser vítima de Bullying,
depressão, ciúmes do irmão, etc.)

O que fazer:

• Não deixe pra lá. Insista com o seu filho para que acorde na hora certa. Você pode
ajudar a mudar a atitude dele, de fuga para enfrentamento do problema.

• Não grite ou perca a paciência. É muito importante acordá-lo de forma agradável:


faça carinho, capriche no café da manhã, sorria e conte-lhe fatos positivos, dando bons
motivos para que ele levante da cama.

• Se o problema persistir por mais de 15 dias, converse, pergunte o que está havendo.
Deixe claro que vocês, os pais, estarão ao lado dele para resolver o problema, seja qual
for. Ajude-o a se abrir, falando sobre algum problema que você também viveu, e supe-
rou, durante a fase que ele está passando.

• Resolva o problema. Se for algo relativo à escola, converse com os responsáveis, em-
penhe-se em acabar com o motivo do sofrimento do seu filho. Se for algo na sua casa,
analise o problema com imparcialidade e assuma a responsabilidade de resolvê-lo e
ajudar o seu filho. Faça o RESGATE EMOCIONAL todas as manhãs e noites, pedindo
perdão e transmitindo seu amor a ele!

Cuidados com a alimentação do seu Filho


Quantas vezes já assistimos tios, avós e até mesmo pais, “entupindo” bebês ou crianças
com doces, chocolates, salgadinhos ou até refrigerantes? Dizem:

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

“Vou dar só um pouquinho, porque ele está querendo muito! Olha a carinha dele!”
Na verdade, esses adultos estão cometendo um grande erro contra a saúde dessa criança.
Um bebê não tem a mínima ideia do que é, e como é o sabor de um doce, por exemplo – até
que lhe deem o primeiro pedacinho. Não há como ele “querer” algo que não conhece, não é
mesmo? Porém, depois de provar um doce, um refrigerante, um salgadinho, ficará muito mais
difícil acostumar essa criança a outro tipo de comida.
Até um ano de idade, a página referente à comida ainda está em branco no cérebro do
seu filho. Portanto, é hora de gravar ali noções de uma dieta alimentar balanceada, natural,
colorida e saudável!
É muito importante, também, que os pais se conscientizem que a melhor forma de ensinar
hábitos saudáveis ao filho é dar-lhe o próprio exemplo. Coma aquilo que quer que o seu filho
coma, para o seu próprio bem e o do seu filho!

Alimentação SAUDÁVEL e NATURAL


O bebê, normalmente, deve ser alimentado com leite materno até os seis meses de vida,
e, a partir daí, pouco a pouco, a sua alimentação deverá se tornar mais diversificada e balan-
ceada.
Ensine ao seu filho hábitos saudáveis de alimentação até completar um ano de idade. Ao invés
de oferecer doces, apresente-lhe as frutas! Dê-lhe água pura e límpida, ou sucos naturais, em vez
de refrigerantes gasosos e açucarados. Dê preferência a alimentos cozidos, assados ou grelhados.
Ofereça a ele alimentos de texturas e consistências diferentes, quando começar a mastigar.
As frituras, açúcar refinado, sal em excesso, salgadinhos industrializados, refrigerantes
e embutidos são pobres em nutrientes, mas cheios de gordura, sal e conservantes químicos,
responsáveis pela obesidade, diabetes, colesterol alto, problemas cardiovasculares, câncer, etc.
Claro que, mais tarde, será inevitável que seu filho consuma esses produtos em festinhas, na
escola ou na casa dos amigos. Mas o hábito mais arraigado, aquele que ele aprendeu no seu pri-
meiro ano de vida e continuará sempre a praticar em casa, será o de comer de forma saudável!

Alimentação COLORIDA
Uma das formas mais simples de garantir a alimentação balanceada do seu filho é a dieta
colorida. Cada cor indica que nutrientes específicos estão presentes no alimento, e essa di-
versidade é muito importante para crianças em fase de crescimento. Quanto mais colorido
o prato, mais nutritivo ele será. Além disso, a variedade de cores tornará a comida mais cha-
mativa e divertida, e o seu filho se sentirá mais estimulado a comê-los. Comemos, primeiro,
com os olhos!

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Algumas cores e os seus nutrientes:


Alimentos brancos: leite, queijo, couve-flor, batata, arroz, cogumelo, banana. Fonte de cál-
cio e potássio.
Alimentos verde escuros: espinafre, brócolis, alface, agrião, couve. Fonte de fibras, betaca-
roteno, ferro, ácido fólico, vitamina K e clorofila.
Alimentos alaranjados: mamão, caju, damasco, caqui. Fontes de betacaroteno (pré vitami-
na A), vitamina A e vitamina C.
Alimentos vermelhos: morango, tomate, cereja, melancia, goiaba. Fontes de licopeno, an-
tocianinas e vitamina C.
Alimentos roxos: Uva roxa, ameixa, mirtilo (blueberry), jabuticaba, açaí, berinjela. Fontes
de antocianina e resveratrol.
Alimentos Marrons: Nozes, castanhas, cevada, centeio, leguminosas (grão de bico,
feijão, lentilha, soja), cereais integrais. Fontes de selênio, vitamina E e vitaminas do
complexo B.

Passo a passo da COMIDA SAUDÁVEL


1. Estabeleça um HORÁRIO CERTO para seu filho comer.
Certifique-se que a criança coma sempre na mesma hora, sem pular refeições. Não
dê guloseimas nos intervalos, pois seu filho perderá a fome e o interesse na refeição.
Transforme a hora de comer num momento de prazer para o seu filho.
2. Tenha um LOCAL CERTO para o seu filho comer.
A criança deve comer sempre no mesmo local, na mesma cadeirinha, mesinha, ou no
mesmo canto da cozinha, onde ela possa se sujar à vontade, e se sinta relaxada e fami-
liarizada.
3. FOCO TOTAL na comida.
Na hora de comer, não permita distrações perto do seu filho: TV, videogames, celular,
livros, brinquedos, etc. Acostume seu filho a focar no alimento, sentindo os sabores,
aprendendo o nome de cada fruta, legume ou verdura.
4. Deixe o seu filho se alimentar sozinho, o mais rápido possível.
Dê autonomia ao seu filho para passar por todas as fases do ato de se alimentar: pri-
meiro, com as mãos, e só depois, com o talher. Ele vai se lambuzar, vai apertar, vai
jogar o que não gosta, vai espalhar a comida ao redor. Isso faz parte do aprendizado.
Coloque-o num local onde possa se sujar à vontade e deixe que explore a comida em
todos os sentidos.

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

5. Ensine seu filho a mastigar bem, desde cedo.


Quando surgirem os dentinhos, é hora de ensinar seu filho a mastigar bem. No come-
ço, mastigue junto com ele, para ensinar quanto tempo cada alimento precisa ser mas-
tigado. É muito importante que o ato da mastigação não fique associado a coisas chatas
e trabalhosas, ou no futuro seu filho só comerá alimentos mais pastosos ou macios.

6. Festeje o término da refeição!

Parabenize o seu filho quando terminar de comer. Faça um carinho, bata palmas, fes-
teje. Torne a refeição um momento de felicidade e alegria, não de obrigação ou de
estresse e brigas.

O que fazer, se meu filho se nega a comer?


Primeiro, analise com cuidado, para verificar se seu filho não está comendo guloseimas
entre as refeições, se o horário está sendo seguido, se o foco dele está na comida, ou está sendo
distraído por TV, brinquedos, etc. E corrija.

Mas, se ele já se habituou a fazer birra e a não comer nas refeições, é preciso seguir alguns
passos básicos para quebrar esse mau hábito:

1. EXPLIQUE por que ele precisa comer. Diga, por exemplo: “filho, você precisa comer,
para ser saudável, crescer, ficar bonito e inteligente.” Você pode dar exemplos positivos:
“vai ficar forte como papai”, “vai ficar bonita como a mamãe”. Nunca foque no negativo:
“se não comer, vai ficar doente”, “vai ficar fraco”, etc.

2. Se a criança insistir em não se alimentar, EXPLIQUE de novo, com firmeza. Diga:


“filho, papai já te explicou. Você precisa comer para crescer, ficar saudável, forte, bonito
e inteligente. Vamos comer agora, papai vai comer com você.”

3. Se ainda assim a criança não comer, olhe nos olhos dela, bem sério, e diga com fir-
meza: “se você não comer agora, só vai comer na próxima refeição. É isso que você quer?”

Se, mesmo assim, a criança teimar em não comer, tire o prato de comida e deixe-a sem
comer até a próxima refeição. É muito importante que você seja firme e não abra
exceções de forma alguma. Não dê leite, bolachinhas ou qualquer outra coisa. Mesmo
que seu filho chore, reclame e o acuse, não volte atrás.

4. Se, mesmo depois de pular uma refeição, a criança se recusar a comer, faça tudo de
novo. Geralmente as crianças recuam antes de chegar a isso, mas, se isso ocorrer, você
deve tomar uma atitude bastante FIRME, ou a situação se agravará. É preciso que seu
filho saiba que não há alternativa senão obedecer e, quanto mais demorar, pior será
a consequência. Deixe-o sem algum brinquedo ou alguma atividade que gosta, duran-
te um período de tempo, sempre EXPLICANDO: “você vai ficar sem ver TV, porque

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não está comendo. Comer é muito importante para você crescer, ficar forte, inteligente,
saudável. Por isso, vai ficar sem o que você gosta e só vai comer na próxima refeição.”
5. Nunca volte atrás, mesmo que seu filho chore, grite ou reaja com agressividade.
Fique firme, pois terá que aguentar essa reação uma só vez. Depois de aprender que
não adianta lutar, a criança voltará a comer como nunca antes! Dê um basta na PRI-
MEIRA vez – assim, será também a ÚNICA. Não existe melhor “remédio” para a falta
de apetite do que a fome!

O que fazer, se meu filho come demais?


Já faz parte do passado a ideia de que, quanto mais uma criança come, mais saudável é. Da
mesma forma, é preciso ficar atento aos primeiros sinais de obesidade. Gordura não é saúde,
na maioria das vezes, é sinal de algum desequilíbrio.
Mas como saber a quantidade certa de cada alimento? Esta é uma questão importante,
pois essa quantidade varia de acordo com a idade, o tipo físico e as características de cada
criança. Mas vamos dar a você um sistema de medição que tem se mostrado bastante consis-
tente na maioria dos casos.

Porções certas de cada alimento


Você pode usar a mão do seu filho para calcular a quantidade de comida necessária para
uma refeição. E o melhor desse sistema, criado pela nutricionista britânica Sian Porter, é que,
como as mãos variam de acordo com o tamanho do corpo, as porções aumentam ou dimi-
nuem automaticamente, de acordo com as necessidades de uma pessoa adulta ou de uma
criança.
Medida de uma porção:
Carne bovina = A palma da mão
Peixe branco = A mão inteira aberta
Peixe = A palma da mão
Salada = Duas mãos inteiras abertas
Frutas = Duas mãos em concha
Legumes = Um punho fechado
Macarrão = Um punho fechado
Castanhas = Uma mão em concha
Batatas = Um punho fechado

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

Se o seu filho come demais só de vez em quando, não há por que se preocupar. Mas, se
você tem notado que ele está consumindo todos os dias bem mais do que as porções recomen-
dadas, é hora de se perguntar: o que está acontecendo?

Um filho que come demais, normalmente, é um filho que está se sentindo


carente
Carente de quê? É carente de AMOR, de ATENÇÃO, de CUIDADOS ou de TEMPO de
qualidade, por parte dos pais. Se o seu filho ainda não fala, pior ainda, pois não sabe expressar
essa carência. Só percebe que tem um grande vazio dentro de si – um vazio que ele nem sabe
o que é. Então, tenta preenchê-lo da única forma que conhece: comendo.
Seu filho está trocando AMOR por COMIDA. Então, é hora de vocês, os pais, desfazerem
essa troca, pois a comida nunca suprirá essa carência.

Os pais devem trocar COMIDA por AMOR!


Isso quer dizer: reduzir a comida e aumentar o AMOR.
Os pais têm, como parte dos seus instintos básicos, a necessidade de prover os filhos com
comida. Mas é preciso vencer essa barreira dos nossos antepassados das “Cavernas” e iden-
tificar a verdadeira necessidade do seu filho: AMOR. Por isso, não hesite em negar-lhe a sa-
tisfação momentânea e vazia proporcionada pela comida e troque-a por algo verdadeiro e
duradouro: a sua companhia, a sua atenção e o seu AMOR.
O que fazer, quando seu filho quiser comer mais do que o necessário?
1. Estabeleça uma quantidade-limite de alimentos, de acordo com as necessidades
de uma criança da idade dele. Não deixe que seu filho a ultrapasse. Se quiser repetir
o prato, não permita. Explique sempre, com carinho: “filho, você já comeu o suficiente
para o seu corpo crescer forte e saudável. Por isso, não precisa mais.”
2. Festeje o fim da refeição. Bata palmas e comemore. Grite “João acabou de comer! Ago-
ra merece um carinho!” Dê-lhe um beijo, um abraço, um cafuné ou vá brincar com ele
longe da mesa de refeição.
3. Tire-o da mesa e proponha uma atividade mais divertida. É importante que você o
direcione, para que não tenha que pensar a respeito. Proponha uma brincadeira, um
jogo ou uma atividade que ele goste.
4. Troque comida por AMOR. O ideal é que ambos, pai e mãe, passem um tempo
com o filho, brinquem com ele, coloquem-no no colo e conversem, façam carinho
e ouçam as histórias do dia a dia do seu filho. Assim, estarão dando o que ele mais
precisa: AMOR!

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PRÁTICA PARA OS PAIS – Mastigando com música


Para ensinar seu filho pequeno a mastigar, associe a mastigação a algo divertido, como a
música:
1. A cada garfada, ou colherada, cante para ele. Seu filho deverá mastigar a comida, en-
quanto isso. Por exemplo, cante “Ciranda Cirandinha” com a seguinte letra adaptada:
“Comida, comidinha, traz saúde e alegria.
Comida, comidinha, faz crescer e ser saudável.”
2. Quando a estrofe acabar, seu filho deve engolir a comida. A musiquinha é uma boa
forma de medir o tempo de mastigação. Repita a cada garfada, até ele comer tudo.
3. Você pode inventar outras musiquinhas! Escolha outras melodias, inventando novas
letras, sempre transmitindo mensagens positivas sobre a comida. Eis outro exemplo,
ainda usando a melodia de “Ciranda, cirandinha”:
“Salada, saladinha, que delícia você é.
Como tudo direitinho, porque vai me fazer bem!”

A hora da Escola
Já vão longe os tempos em que a mãe assumia o papel de “rainha do lar” e estava sempre
em casa, cuidando dos filhos e administrando a vida doméstica. Hoje é comum que ambos,
pai e mãe, trabalhem fora para constituir uma melhor renda familiar ou a mulher se sentir
produtiva. Nesse panorama, o ideal seria que, pelo menos até começar a frequentar a esco-
linha, a criança seja cuidada na própria casa, por familiares de confiança como os avós, tios,
etc. Mas muitas vezes isso não é possível, e a criança é deixada aos cuidados de uma escola
infantil, após cinco ou seis meses de idade.
Nesses casos, é muito importante que os pais preparem emocionalmente a criança para
essa mudança drástica de rotina.
1. Antes de escolher a escola para o seu filho, visite as instalações. Verifique como as
crianças estão sendo cuidadas, observe se o local é limpo, arejado, tem bom astral e se
a estrutura que dispõe é adequada. Você precisa se sentir bem nesse lugar... pois seu
filho é uma “extensão” sua!
2. Procure reunir todas as informações possíveis sobre a escola. Nessa idade, seu filho
ainda não fala, portanto, não sabe transmitir a você como está sendo tratado. Se puder,
pergunte aos pais das outras crianças o que acham da escola.
3. Analise a filosofia da escola e veja se está de acordo com o seu estilo de vida. A
creche deve ser um prolongamento da sua casa, pois assim o seu filho não sentirá uma

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mudança tão brusca. Se você e sua esposa adoram a vida ao ar livre e o contato com
a natureza, procure uma escola que tenha uma área com plantas e flores, que cultive
hábitos sustentáveis também. Se você é um entusiasta de tecnologia, de uma vida high
tech, opte por uma escola que siga essa tendência.

4. Uma semana antes, comece a PREPARAR seu filho para a ESCOLA. Mesmo que
o seu bebê ainda não fale, converse com ele todos os dias, falando sobre a escola.
Avise-o:

“Daqui a uma semana, nós vamos colocar você na escolinha (fale o nome da escola e da
professora, caso saiba). Será um lugar seguro, divertido e onde você conhecerá muitos
amiguinhos!

Dê sempre um significado positivo para a escola:

“Encontramos uma escola maravilhosa, um lugar muito bonito e gostoso, onde você
vai fazer muitos amiguinhos. Lá vai ter muitas brincadeiras, você vai se divertir e
aprender muito. Vai conhecer muitas professoras boazinhas, que vão cuidar muito
bem de você.”

5. Sempre diga que vai buscá-lo. O bebê sente uma grande sensação de perda, se os pais
não estão por perto. Então, é fundamental dar segurança ao seu filho. Sempre reafirme
que VOLTARÁ a tal hora – e CUMPRA a promessa:

6. Se a criança já fala, pergunte sempre como está indo na escola. Preste bastante aten-
ção nas respostas emocionais, para detectar qualquer problema. Pergunte:

“Filho, você está gostando da escolinha?”

“Já fez amiguinhos?”

“Como são as professoras que cuidam de você?”

“Você gosta de comer lá?”

7. Estimule seu filho a fazer amizades, a se relacionar com as outras crianças.

Caso seu filho já fale, pergunte sempre sobre os novos amiguinhos e o que ele apren-
deu de legal com eles naquele dia!

Que Emoção seu filho está sentindo?


Nós, adultos, muitas vezes não conseguimos definir o que estamos sentindo. Isso acontece
porque nunca fomos ensinados a prestar atenção ao caldeirão de sentimentos em ebulição
que carregamos dentro de nós, e acabam sendo determinantes na condução e decisões em
nossas vidas. Ter consciência sobre o que estamos sentindo nos permite direcionar as nossas
emoções e usá-las a nosso favor!

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

TABELA DE EMOÇÕES

EMOÇÃO REAÇÕES FÍSICAS REAÇÕES SUPER PODER


EMOCIONAIS (O que fazer com tudo isso!)

• Coração acelerado. • Só pensa naquilo que o • Respira fundo 3 vezes.


MEDO • Boca seca. está amedrontando. • Analisar os fatos reais.
• Pernas tremem. • Fica paralisado. • Enfrentar/reagir à ameaça.
• Mãos suam e gelam. • Quer fugir. “A única diferença entre o
• Desarranjo intestinal. • A ameaça parece maior medo e a coragem é a AÇÃO”
do que é. – AGIR!
• Dá “branco” .
• Ombros caídos. • Quer ficar quieto. • Sentar com o pai ou mãe.
• Cabeça baixa. • Quer ficar sozinho. • Segurar na mão do pai ou
• Olhos baixos. • Tudo perde a graça mãe.
TRISTEZA • Aperto no peito • Lembra só de coisas • Falar tudo que vier à
• Choro incontrolável. ruins cabeça.
• O mundo fica preto e • Chorar o quanto precisar.
branco ou cinza. • Depois levantar a cabeça e
voltar a viver!
• Se der, mudar o que o
deixou triste.
• Vontade de gritar. • Só pensa naquilo que o • Ir para algum lugar
• Dentes cerrados. deixou com raiva. tranquilo e gritar, bater os
• Punhos fechados. • Tem vontade de bater e pés, bater no travesseiro.
RAIVA • Olhos arregalados e chutar. • Falar em voz alta o que o
vermelhos. • Ou “engole” a raiva deixou com raiva.
• Choro de raiva. achando que passará. • Respirar forte 10 vezes,
puxando ar pelo nariz e
soltando pela boca.
• Falar os motivos para a
pessoa que o enraiveceu e
resolver.
• Rosto alegre. • Pensa em coisas boas. • Compartilhar a alegria com
ALEGRIA • Sorriso. • Foco no presente/ pais, familiares ou amigos.
• Peito e braços futuro. • Usar essa energia para
abertos. • Parece que tudo é uma realizar algo bom:
• Cabeça erguida. festa. construir algo, arrumar o
• Respiração vigorosa. • Tudo é engraçado quarto, fazer lição, brincar
• Olhos vivos • O mundo fica colorido. com irmão, etc.
• Olhos brilham. • Vontade de ficar com a • Expressar o amor pela
• Respiração profunda, pessoa amada. pessoa amada.
quer absorver cada • Quer abraçar, acariciar, • Abraçar, tocar, beijar, fazer
AMOR segundo. ficar sempre juntos. algo especial.
• Sente-se saudável. • Pensamentos positivos. • Conversar com a pessoa
• Sentidos mais • Pensamentos de união. amada, conhecê-la, e
aguçados. • Sensação de conexão aceita-la com ela é, até os
com tudo e com todos. seus defeitos.
• Usar esse amor para
perdoar ou pedir perdão.

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

A partir de três anos, seu filho já está apto a perceber e identificar as próprias emoções. E
não há treinamento melhor do que ter alguém ao seu lado, incentivando-o a reconhecê-las.
Habitue-se a perguntar ao seu filho, todos os dias, como ele está se sentindo.

Mostre-lhe que qualquer emoção, mesmo as aparentes negativas, podem lhe dar um SU-
PER PODER, isto é, podem ser DIRECIONADAS para produzir algo POSITIVO.

PRÁTICA PARA OS PAIS – Emocionômetro!


Faça este Emocionômetro junto com o seu filho. Ele vai ajudar vocês a treinar o reconhe-
cimento das próprias emoções e a reagir a elas de forma mais positiva!

Construindo o Emocionômetro
Material: cópias ou desenhos em folha de papel A4 de carinhas que representem as emo-
ções básicas (medo, raiva, tristeza, alegria e amor), 5 plásticos transparentes para folhas A4,
grampeador, um canudinho grosso (sem a sanfoninha da dobra), barbante colorido, prende-
dores grandes de roupa bem coloridos e tesoura.

1. Desenhe ou faça cópias das “carinhas” que representam o Medo, a Raiva, a Tristeza, a
Alegria e o Medo, uma em cada folha.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

2. Coloque uma dentro de cada plástico transparente.


3. Una os sacos plásticos com os grampos, formando uma tira vertical (como no exemplo
acima)
4. Coloque o canudinho na parte superior do Emocionômetro, prendendo-o com o
grampeador no plástico.
5. Passe o barbante dentro do canudo e dê um nó para fazer uma alça. Pendure, usando a
alça, o Emocionômetro em um lugar muito especial da casa ou do quarto do seu filho!

Usando o Emocionômetro na prática


1. Todos os dias, pela manhã e à noite, peça ao seu filho para colocar um prendedor de
roupa colorido na emoção mais forte que acordou ou que sentiu durante o dia.
2. Procure saber o que causou essa emoção. Se ele não souber qual é a emoção, consulte
as reações físicas e emocionais na Tabela de Emoções acima.
3. Ensine seu filho a usar o SUPER PODER de sua emoção! Consulte a tabela e mostre
a ele como reagir de forma positiva! E se ele já reagiu da forma recomendada, celebre,
parabenize-o e faça um carinho!
4. Depois de 7 dias, converse com o seu filho como foi a semana, sempre de forma posi-
tiva: o que aprendeu com as emoções que sentiu e com as novas formas de reagir.
5. Tire todos os prendedores e recomece a prática. Transforme esse momento em algo
muito especial para toda a Familia!

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

O equilíbrio fundamental entre LIMITE e AMOR


Minha mãe, dona Laice, com a sua sabedoria, sempre me dizia: “eu dou limites pra você
com Amor, mas o mundo sempre te dará com Dor.” E ela não tinha a mínima dó em ser dura
comigo, quando eu fazia algo errado, pois sabia que, mais tarde, o mundo faria muito pior
se ela não me ensinasse o que achava correto. Hoje, eu a agradeço por isso de todo o meu
coração. Muitos dos meus amigos de infância perderam-se nas drogas, no crime ou em tantas
outras armadilhas que surgem no caminho de garotos pobres da periferia. E hoje eu estou
aqui, passando a minha experiência – e a de dona Laice, claro! – para você, e ainda podendo,
talvez, salvar muitas vidas.
E esse alerta não se dirige apenas a pais de garotos pobres, expostos ao convívio da margi-
nalidade ou drogas. Serve também para pais de crianças de todas as origens e de todos os ní-
veis sociais. Se não ensinarmos nossos filhos a respeitarem as regras, a autoridade e as outras
pessoas, se nunca dermos limites quando fizerem más ações, estaremos confinando nossos
filhos a uma bolha familiar ilusória, mantendo-os dependentes de nós e à margem do mundo
real. E, assim que puserem os pés fora dessa bolha, o mundo os punirá por se comportarem
sem limites ou respeito.
As crianças chegam a este mundo sem saberem nada, assim como uma folha em bran-
co. Dependem de nós, os pais, para tudo. Por isso, devemos ensinar-lhes os LIMITES com
AMOR. Isso equivale a dizer “não” quando necessário, explicar o que pode e o que não pode
ser feito. Mostrar-lhes que ninguém pode fazer tudo o que quer sem consequências, e que pre-
cisamos refrear nossos impulsos, se queremos viver em sociedade. Nós devemos dar LIMI-
TES aos nossos filhos. Porque, se não o fizermos, o mundo o fará de uma forma dura e cruel.
Até quando vamos viver? Até quando poderemos manter essa bolha ilusória, à qual confina-
mos os nossos filhos? Não sabemos. Não poderemos garantir que amanhã estaremos neste mundo
para cuidar ou proteger eles. Portanto, temos a obrigação, como pais, de prepará-los para viver sem
nós, o quanto antes possível. Esta é a nossa maior responsabilidade com os nossos filhos.

Os pais podem proporcionar aos filhos a mesma porção de AMOR e LIMITE


Vamos relembrar, mais uma vez, que, como tudo na vida, deve haver o EQUILÍBRIO entre
a luz a sombra, entre o SIM e o NÃO, na educação emocional dos nossos filhos. Quanto mais
amor damos, mais limites temos que dar. Quanto mais limites damos, temos também que dar
mais amor.

LIMITE é uma ferramenta de autopreservação do cérebro emocional


Até há pouco tempo, acreditava-se que a principal função do nosso cérebro era a cognitiva,
a do conhecimento, que nos diferencia dos outros animais. Estudos recentes, entretanto, apon-

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

taram que a função principal do cérebro humano é o da autopreservação e a preservação da es-


pécie – registrado profundamente no nosso sistema límbico, responsável pelas nossas emoções.
Por isso, tudo o que aprendemos tem o propósito primordial de garantir a nossa sobrevivência.
Numa criança, esse sistema age ainda mais forte, pois o seu cérebro é praticamente emo-
cional. E o que esse cérebro necessita para sentir-se seguro e livre de ameaças? Do AMOR dos
pais e a SEGURANÇA e PROTEÇÃO dos LIMITES.
Conhecer os LIMITES faz parte do aprendizado de autopreservação. Os limites são como
a grade de proteção de um berço, barreiras destinadas a evitar que a criança se machuque ao
mergulhar num terreno onde as ameaças à sua segurança ainda lhe são desconhecidas.
O filho que não recebe LIMITES dos pais, é aquele que vai colocar sua vida sempre em
risco, vai apostar o seu dinheiro sem cautela, vai ser incapaz de medir as consequências dos
seus atos. É aquele que não tem o senso de autopreservação, portanto, estará sujeito a mais
ameaças e riscos durante toda a sua vida.

Até os bebês entendem as noções de LIMITE


Quando meu filho tinha dois meses, sempre quando eu trocava a sua fralda, ele chorava.
Um dia, eu olhei firme nos olhos dele e disse:
“Filho, por que você está chorando? Você já mamou e já está limpinho. Pode parar. Papai
não gosta disso!”
Ele virou a cabecinha para outro lado, e eu insisti:
“Olhe pra mim, papai está falando com você.”
Então ele olhou para mim e parou de chorar. Nunca mais chorou na hora de trocar a fral-
da, especialmente durante a madrugada!
Não tenha pena de dar limites ao seu bebê. Os psicólogos são unânimes em afirmar que
até uma criança de poucos meses é perfeitamente capaz de entender que existem coisas que
podem ser feitas e outras que não podem. E, quanto mais cedo você começar a educá-las,
menos severo terá que ser.
Dizer “não” ao filho, olhar “firme” quando ele age errado, demonstrar autoridade – tudo
isso faz parte das nossas atitudes de AMOR.

AMAR é também estabelecer LIMITES


Ao NÃO impor LIMITES ao seu filho, ao afagar a sua cabeça e protegê-lo das consequên-
cias quando comete malcriações e não acata a sua autoridade, você está gravando no cérebro
emocional dessa criança coisas do tipo:

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

• As regras são para os outros, não para ele.


• Não existe autoridade, todos são influenciáveis ou corruptíveis.
• Ele não precisa cumprir as leis, dá-se sempre um “jeitinho”.
• Ele não precisa respeitar os direitos dos outros, pode agir só em proveito próprio.
• Ele sairá impune quando quebrar regras.
Sabe aquelas consequências que você deixou de aplicar no seu filho, a “dura” que deixou
de dar, aquele LIMITE que deixou de impor?
Você não está favorecendo seu filho – muito pelo contrário! Você está registrando no
cérebro emocional dele a semente do que pode se transformar em um futuro criminoso, que
poderá cometer desde as infrações mais leves, como burlar pequenas leis de trânsito, até co-
meter falcatruas, estelionato, corrupção, roubos ou latrocínio. E o resultado disso, mais cedo
ou mais tarde, é a consequência que poderíamos ter dado lá atrás durante a infância, e que o
mundo transforma em PUNIÇÃO... sem nenhuma piedade.
Quando o mundo externo puni-lo em seu lugar, vai ser muito pior. A sociedade, o Es-
tado ou as outras pessoas, vão impor seus próprios limites, colocando seu filho na cadeia,
considerando-o como um infrator ou criminoso e, dependendo das leis locais, poderão até
tirar-lhe a vida.
Por isso quem ama, impõe LIMITES e EDUCA! Ensina ao filho que em tudo há regras
que TODOS devem respeitar. Que a sua liberdade termina onde começa o direito do outro. E
que todos são iguais nos direitos e deveres.
Infelizmente, hoje, muitos pais e mães tratam seus filhos como príncipes ou princesas, e
pessoas muito especiais..., mas esquecem de falar que para o mundo, eles são apenas mais UM!

Passo a passo do LIMITE


1. Diga claramente o que seu filho NÃO pode fazer.
Diga “não” com clareza, “Você não pode gritar com sua mãe, fale com respeito”, “não
jogue o seu brinquedo, guarde com cuidado”.
2. EXPLIQUE imediatamente o PORQUÊ.
“Não pule no sofá, porque você vai se machucar”; “não grite, porque as pessoas querem
dormir”; “não jogue seu brinquedo, porque vai quebrar”. Sempre dando opções positivas
para que ele mude o comportamento indesejável.
3. Dê uma OPÇÃO POSITIVA para o seu filho, sempre que for possível.
A criança entendeu que não deve fazer aquilo e por quê. Mas ela pensa: “e agora,
o que eu faço?”. Para que o seu foco seja desviado para outra coisa, é importante

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sugerir uma opção mais atrativa e específica. Isto é, não diga apenas “faça outra
coisa”, por exemplo, pois seu filho terá que pensar no que fazer. Dê uma alternativa
objetiva, como:

“Filho, não pegue na tomada, porque você vai se machucar. Venha aqui, desenhar com a
mamãe!”

“Filho, não grite, porque as pessoas querem dormir. Venha aqui, mamãe vai te fazer um
carinho para dormir.”

“Filho, não jogue seu brinquedo, porque vai quebrar. Traga aqui, para brincarmos
juntos!”

Se a criança não obedecer – 2ª tentativa


Agora, você vai repetir todo o processo, mas a diferença está na INTENSIDADE, que deve
ser maior:

1. Diga “NÃO” de novo. Olhe firmemente nos olhos do seu filho. Use um tom de voz
mais autoritário. Utilize o olhar “duro” e a voz para impor a sua vontade.

2. EXPLIQUE de novo o PORQUÊ. Mantenha o mesmo tom e o olhar.

3. Dê de novo uma outra OPÇÃO positiva.

Se a criança não obedecer – 3ª tentativa


Agora você deve aumentar ainda mais a INTENSIDADE. Você está sendo desafiado pela
terceira vez, por isso deve responder com um impacto mais forte, para que seu filho perceba
que as coisas ficaram mais graves.

1. Mantenha-se de pé, no alto. Nunca se abaixe ou se agache para ficar do tamanho da


criança enquanto você estiver sendo desafiado por ela. Marque a sua posição de domí-
nio e superioridade com a sua altura.

2. Diga “NÃO” e SEGURE nos ombros ou braços dele.

Há uma distância gigantesca entre o FALAR e o AGIR, entre uma ordem verbal e um
limite físico – quando uma fronteira está sendo ultrapassada. Com o LIMITE FÍSICO,
você está se comunicando diretamente com o cérebro emocional, que controla as emo-
ções e os instintos do seu filho, causando um FORTE IMPACTO EMOCIONAL. Olhe
bem nos olhos dele e fale baixo, mas firme, colocando ainda mais autoridade no seu
tom de voz. Diga:

“Chega. Você vai parar com isso, agora.”

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

Nunca segure na cabeça do seu filho, ou o sacuda ou use violência. Se o seu filho está
fora de si, segure no lugar certo: se a criança estiver batendo, segure a mão; se estiver
chutando, segure o pé.
3. Explique novamente o PORQUÊ.
É importante sempre manter o foco da atenção do seu filho no LIMITE e na sua EX-
PLICAÇÃO, ou o seu filho poderá ficar impressionado só com o toque e não se lem-
brará do motivo. Diga, por exemplo:
“Pare já de bater no seu irmão. Escute bem: seu irmãozinho é seu amigo, você não deve
bater nele. Vocês vão se ajudar e se amar por toda a vida. Por isso, é errado bater nele.”
4. Dê uma OPÇÃO positiva, se houver.
Há alguns casos em que não há uma opção positiva para oferecer. Mas vale a pena
sempre pensar em direcionar seu filho para uma atitude positiva. Diga, por exemplo:
“Você pode fazer carinho no seu irmãozinho, ajudá-lo e ensinar muitas coisas que você
sabe para ele.”

CONSEQUÊNCIA/PUNIÇÃO – a criança ultrapassou o LIMITE


Até agora, você estabeleceu o LIMITE, comunicou-o e explicou-o verbalmente ao seu
filho. Depois, fez o mesmo, valendo-se de um limite físico. Se, mesmo assim, ele ultrapassar
esse LIMITE, você deve impor uma consequência, ou mais tarde, o mundo trará uma puni-
ção ao seu filho.
Perceba que você está recriando dentro do ambiente familiar todos os “trâmites” que o seu
filho enfrentará no mundo lá fora: primeiro, o alerta; depois, o aviso mais severo; e finalmente
a consequência/punição, se ele transgredir uma regra ou lei.

Numa PUNIÇÃO, algo SEMPRE vai ser TIRADO do infrator


Na vida real é assim: você perde dinheiro ao ser multado, perde a sua liberdade ao ir para
a cadeia, perde a sua vida se for sentenciado à morte. São punições que a sociedade aplica a
elementos que desafiam os seus limites – as leis.
Dentro de casa, os pais são a autoridade máxima, fazem as regras e aplicam as consequên-
cias. O ambiente familiar nada mais é que um microuniverso, onde a criança precisa aprender
a conviver com os LIMITES – e a conhecer as “PUNIÇÕES”.
A consequência aplicada pelos pais deve ser usada com muito cuidado, pois os motivos
devem ficar bem CLAROS. Deve ser aplicada só DEPOIS da criança quebrar uma regra, ul-
trapassando um LIMITE. E só se ela o fez de FORMA CONSCIENTE – ou seja, conhecia a
regra e mesmo assim a quebrou.

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Passo a passo do LIMITE/CONSEQUÊNCIA


1. Coloque a criança sentada em um lugar especifico sempre (longe de lugares como
o quarto dela ou a mesa de refeição, pois são lugares que devem estar atrelados a
segurança e prazer).
Deixe-a sentada refletindo sobre seu “erro” durante um período de tempo, privada de
alguma atividade de que goste muito, como brincar, passear, ver TV ou jogar videogame.
Para crianças pequenas, calcule o tempo de castigo atribuindo 1 minuto para cada ano
de vida (1 ano = 1 minuto, 2 anos = 2 minutos, etc.). Para crianças maiores de 8 anos,
aumente o período para 15 minutos, meia hora, uma hora, ou até mesmo duas horas,
dependendo da gravidade do limite que ele ultrapassou.
Outras punições válidas são: consertar o estrago feito, ou “pagar” pelo prejuízo
causado. Por exemplo, se a criança derrubou algo no tapete, faça com que limpe a
sujeira. Se quebrou algo, faça-a doar algum objeto dela.
2. Sempre EXPLIQUE por que está recebendo aquela consequência.
Mesmo que pareça óbvio, repita com clareza e especificidade o motivo da consequên-
cia. Para a criança, a consequência tem um forte impacto emocional, e pode confundi-
-la, caso não seja explicado tudo o que está acontecendo. Então, é importante REFOR-
ÇAR a mensagem sempre. Diga, por exemplo:
“Você está aí neste lugar porque (diga o motivo com clareza) e papai/mamãe não gostou.
Sempre que você fizer algo que não pode, vai ter consequência. Você vai perder coisas
que gosta. Vai ter que consertar o que estragou.”
3. Quando a consequência terminar, repita a explicação.
Para se certificar que a criança aprendeu a lição, reforce a explicação antes de tirá-la
do lugar de reflexão. Fale de forma branda, buscando o entendimento. Não dê broncas
se ela não souber responder. Por exemplo:
Pai: “Você entendeu por que ficou de castigo?”
Filho: “Entendi.”
Pai: “Então explique para mim.”
Filho: “Bati no meu irmãozinho.”
Pai: “Então, na próxima vez, sabe o que fazer?”
Filho: “Não.”
Pai: “Então vou te dizer. Irmão é uma coisa muito legal, um amigo para toda vida! Só que
ele não sabe tanto quanto você, por isso podemos ensinar tudo para ele. Você deve tratar
seu irmãozinho com amor e respeito, e pode fazer carinho nele. Você entendeu, agora?”

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Filho: “Agora entendi, papai.”

Pai: “Lembre-se: se fizer isso de novo, vai voltar a ter consequências negativas, entendido?”

Filho: “Entendi.”

Pai: “Ok, agora pode ir brincar.”

Claro que o seu diálogo não vai seguir rigorosamente esse script, pois a vida real se ca-
racteriza pelo inesperado. O importante é lembrar, sempre, que deve primeiro REFORÇAR/
EXPLICAR, depois, ensinar a AÇÃO CORRETA e, por último, avisar que, se REPETIR o
“delito”, vai sofrer consequências de novo.

A consequência só funcionará se houver COERÊNCIA


Todas as vezes que a criança transgredir um LIMITE, deve receber as mesmas consequên-
cias. Se houver reincidência, vai direto para a consequência mais severa.

Só fale que vai fazer algo, se REALMENTE for fazer!


Minha mãe algumas vezes gritava: “vou te matar menino!” E meu irmão e eu pensávamos: “vai,
nada!”, pois era óbvio que ela jamais faria isso. Mas bastava um olhar duro do meu pai e a gente
corria, obedecendo imediatamente. Nem precisava falar, pois a consequência vinha. E como!

A consequência é como a pistola no Velho Oeste. Nunca a puxe, se não for usá-la, pois
senão, estará correndo um sério risco de volta-se contra você. É o que acontece com muitos
pais de hoje. Ameaçam, dizem que vão fazer isso ou aquilo, mas nada fazem. Dizem que não
têm coragem, sentem pena e sempre acabam cedendo. E o resultado é semelhante à de uma
pistola: se você não atirar num duelo, o outro mata você. Se não cumprir ao que falou, seu
filho “mata” a sua autoridade em relação àquele limite.

Por isso, se você disse que não iria deixar o seu filho jogar depois do almoço se ele não
fosse estudar antes, por exemplo, cumpra o que disse, sem hesitação ou pena. Você precisará
aplicar consequências mais severas no máximo duas ou três vezes. Logo seu filho vai aprender
que não há alternativa, e vai obedecê-lo, porque sabe que a sua palavra é uma só!

Os pais devem agir sempre em COMUM ACORDO


Pai e mãe devem falar sempre a mesma língua, isto é, devem agir de COMUM ACORDO
e apoiar-se mutuamente sempre para fortalecer a sua autoridade perante o filho.

Se você não concordar com alguma decisão de sua esposa (ou marido), discuta o caso
em particular, para não desautorizá-la na frente dos filhos. Depois, se necessário, mudem as

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regras, e avisem o filho, juntos. Não permita também que outros adultos da família os desau-
torizem. Os pais sempre devem ser a última palavra sempre.
Os pais devem impor LIMITES com convicção, sem hesitar e sem meio-termo. Se o pai
se mostrar zangado com a criança, a mãe deve mostrar a mesma severidade, e vice-versa. Não
deve existir o “mais ou menos errado”, ou “mais ou menos bravo”. Se um dos pais disse, está
dito. E ponto final.

Cuidado com o jogo de mocinho e bandido


Nunca se faça de “SALVADOR”, “aliado” ou “amigo” do seu filho, transformando quem
impõe as consequências em “VILÃO”. Se a mãe, por exemplo, impõe um limite ao filho, e o
pai diz: “não, filho, esquece a sua mãe, ela tá muito irritada hoje. Papai vai deixar você fazer o
que quer tá bom!”, está desrespeitando a esposa e desautorizando-a perante o filho.
Lembre-se que os pais sempre são a referência para os filhos. Se a mãe for encarada como
uma vilã, a filha terá uma enorme tendência de se tornar uma vilã na vida adulta. Se a mãe for
uma salvadora, a tendência será a de ser uma salvadora também. Ambos os papeis são ruins,
pois são extremos. E o mesmo pode acontecer na relação pai-filho, ou também, a busca por
um parceiro(a) na vida adulta com o mesmo papel dos pais.
Nunca deve existir um “vilão” ou um “salvador” entre os pais. Na hora de dar LIMITE,
os dois devem dar; na hora de dar AMOR, os dois devem dar.
O limite e a consequência fazem parte da vida de todo ser humano, e ensinar corretamente
seus filhos a aceitar limites é a maior prova de amor que os pais podem dar!

A consequência física deve existir?


No passado, a Humanidade utilizou-se de consequência físicas para punir os infratores,
sejam eles adultos ou crianças. Criminosos eram chicoteados em público, na escola utilizava-
-se a palmatória. Portanto, a sociedade já puniu os seus membros infratores de forma muito
mais violenta. Mas as relações humanas evoluíram, e as formas de punição também.
Hoje, no Brasil, a punição física às crianças encontra-se banida, tanto nas escolas, quanto
no âmbito familiar. A lei nº 13.010, conhecida como a Lei Menino Bernardo, proíbe as puni-
ções físicas nas crianças e adolescentes desde 2014.
Se você ensinar seu filho, desde bebê, a respeitar os limites, serão raros os momentos em
que ele o desafiará. Ele saberá que a consequência sempre virá, que não é um caso isolado
e nem dependerá do seu humor. Na maioria dos casos, um simples olhar duro bastará para
alertar a criança que está chegando ao limite – e não deve ultrapassá-lo.
Com a PALAVRA, o TOM DE VOZ e o OLHAR, você será perfeitamente capaz de impor
a sua autoridade ao seu filho.

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

E se outra pessoa castiga seu filho?


Imagine que você está em algum local público, como uma festinha de aniversário ou
uma reunião entre familiares, e seu filho vem se queixar que alguém o repreendeu e o
castigou.

O que fazer? Nenhum pai, ou mãe, sente-se confortável ao ver seu filho ameaçado por
outra pessoa. Mas fique calmo. Se o seu filho agiu mal, deve ter consequências, não importa
onde esteja, ou quem vai puni-lo. Esta é a lição que você deve ensinar a ele, nesse episódio,
pois será isso que acontecerá quando o seu filho se tornar adulto e tiver que responder pelos
seus atos perante a sociedade.

1. Pergunte o que aconteceu.

Se algum adulto o repreendeu rispidamente, não há muito o que se preocupar, pois


não gerará nenhum trauma. Mas se um adulto bateu nele, ou o coagiu fisicamente, é
mais grave e necessitará de sua intervenção. Mas, qualquer que seja o caso, não deixe
de fazer a pergunta seguinte.

2. Pergunte ao seu filho o que fez para receber essa consequência. Insista até ele con-
tar a verdade, pois poderá ser um momento de aprendizado para o seu filho.

3. Se a consequência foi justa, explique ao seu filho.

“Filho, sempre que você fizer algo errado, você terá consequências. É a Lei da Ação e
Reação. Sempre vai acontecer, não interessa se você está em casa, ou em outro lugar. Se
papai estivesse lá, faria a mesma coisa também, e para o seu bem.”

4. Se a consequência foi injusta, também explique:

“Você explicou que não fez nada? Então vamos agora falar com essa pessoa e explicar
mais uma vez. Assim, ela vai saber que o que você fez não foi errado e não mereceu a
consequência.”

E converse com a pessoa. Se possível, peça para ela se desculpar com o seu filho,
caso não o faça. Se o seu filho foi malcriado ao responder, peça para ele também se
desculpar com a outra pessoa.

5. Se a consequência foi justa, mas exagerada. Explique ao seu filho que ele agiu
errado, e, quando a gente age errado, está sujeito a receber punições mais seve-
ras, conforme o lugar onde estamos. Isso também pode acontecer quando ele
crescer: ainda existem lugares no mundo onde punem um roubo decepando a
mão, por exemplo. Por isso, devemos evitar agir mal ou ultrapassar os limites
do outro sempre, e em qualquer situação. Depois, converse em particular com a
pessoa que deu a consequência mais exagerada e diga que o seu método de edu-
cação não é esse.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

A BIRRA – como lidar?


Eu, você e o mundo inteiro já assistimos, com certeza, a cena de uma criança chorando,
esperneando e se jogando no chão porque a sua mãe, ou seu pai, se recusou a comprar um
doce no supermercado. A gritaria incomoda a todos, constrange os pais e causa um grande
mal-estar no ambiente.

Em outra cena igualmente familiar, uma criança chora e grita porque não quer tomar
banho, ir embora de um parque, ou trocar de roupa.

Em todos esses casos, o motivo da gritaria normalmente é banal. A criança vai sobreviver
perfeitamente sem o doce, não vai morrer se tomar um banho ou for embora de um local
divertido. Mas ela se comporta como se fosse o fim do mundo.

Isso tem uma explicação. É comum que crianças entre 2 e 4 anos tendam a fazer mais birra
e a terem uma dificuldade imensa em lidar com as frustrações, pois nesse período começam
a se tornar independentes, e estão sempre reafirmando os seus desejos e vontades, desafiando
os nossos limites. Note que a BIRRA começa sempre com “eu quero” ou “eu não quero” da
criança.

Embora seja um comportamento normal, os pais devem controlar a BIRRA, pois a aceita-
ção dos próprios limites – e da noção de que nem sempre podemos ter tudo o que queremos
– é um dos ensinamentos cruciais para uma vida saudável social e emocional.

Entenda que a BIRRA tem forte impacto emocional. É um momento em que as emoções
estão à flor da pele, a criança e o adulto estão sentindo toda essa overdose de energia. Então,
todas as etapas do passo a passo a seguir devem vir acompanhadas também de um impacto
emocional MUITO forte.

Passo a passo para controla uma BIRRA


1. Imponha o seu tamanho. Comande.

Nunca se abaixe, agache ou coloque-se na mesma altura da criança nestes momentos.


Seu filho deve perceber que é você que está no COMANDO.

2. Segure a criança pela mão, braço, ou ombro.

Segure firme, demonstrando controle e autoridade.

3. Aumente o tom de voz (nunca grite) e olhe firme nos olhos da criança. Diga clara-
mente que ela NÃO terá o que ela quer naquele momento.

Diga, por exemplo: “filho, papai NÃO vai te dar isso agora.” E explique: “você vai almo-
çar agora, por isso não vai comer outra coisa para não perder o apetite. Você tem que se
alimentar bem para crescer bem sadio e forte.”

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

4. Se a criança começar a chorar.


Seja mais duro, coloque mais firmeza no olhar. Faça uma feição de total desaprovação.
É muito importante mostrar, agora, que não existe outra alternativa. A criança TEM
que obedecer. Diga: “pare de chorar AGORA!”
5. Se a criança se atirar no chão, berrando.
Não toque nela. Não a levante do chão. Faça com que se levante sozinha, leve o tempo
que levar. Diga: “pare de chorar. E levante do chão AGORA!”
O importante na hora da birra é a demonstração de autoridade no TOM DE VOZ e a
FIRMEZA NO OLHAR, mostrando à criança que agora é sério. Não tem jeito. Ela vai
ter que ceder de qualquer jeito.
6. Depois que a criança parar com a birra, coloque-a para refletir.
Se estiver em casa, a consequência deve ser aplicada imediatamente. Tire duas ou três
coisas que ela gosta de fazer durante um tempo: ir ao playground, jogar videogame, etc.
Explique a gravidade do que ela fez com muita severidade;
“Você acha certo o que você fez? Imagine se papai e mamãe ficasse gritando e se jogando
no chão porque quer um doce. Você não pode fazer isso de jeito nenhum!”
Se estiver na rua, segure-a com firmeza pelo braço ou pela mão e leve-a para casa, sem
largá-la. Depois, coloque-a para refletir, como descrito acima.
Em todos os casos, deve ficar claro que o comportamento dela é inadmissível. E que
não será tolerado de forma alguma.
Muitas vezes os pais confundem o ato de controlar a birra com a necessidade pessoal de
responder a um desafio à sua autoridade. Na verdade, esse desafio é consequência de um
comportamento natural dessa fase do crescimento da criança: o de afirmar sua autonomia.
Em outras palavras, não é nada pessoal.
Portanto, controle a birra do seu filho, consciente de que esse momento é muito impor-
tante para o amadurecimento dele, pois é o instante em que vai aprender a se comportar na
sociedade, a exercer o autocontrole.
Deixe sempre bem claro que vocês, pai e mãe, não vão permitir esse comportamento, esse
descontrole. E, se a criança repetir a birra, mesmo que seja depois de algum tempo, repita
todo o processo. E relembre:
“É a segunda vez que você faz isso. Papai já avisou que não vai tolerar esse comportamento. Chega!”
É muito importante que, nesse momento, pai e mãe ajam em COMUM ACORDO tam-
bém. Na hora da birra, se um dos pais tomar partido da criança, estará prejudicando um
momento importantíssimo de sua educação. Não faça isso e nem permita que outros o façam.
Se outras pessoas da família tentarem interferir, seja firme em não permitir também.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Quando seu filho perceber que os pais estão unidos e a autoridade é incontestável, ele
obedecerá, pois não terá outra opção. E a birra terá um final feliz para todos... especialmente
para ele!

Casos especiais
No mundo de hoje, cada vez mais as famílias se formam de uma maneira não convencio-
nal. Mulheres optam por gerarem um filho de forma independente. Os casais homoafetivos
conquistaram o direito ao casamento, e formam famílias com seus filhos adotivos também.
Para essas e outras crianças que nasceram sob o signo da diferença, a Inteligência Emocio-
nal prestará um auxílio inestimável. Como criar esses filhos de uma forma emocionalmente
saudável?

Filhos de pais separados


Antes de qualquer coisa, é preciso que o casal, ao se separar, conscientize-se de um fato
importantíssimo:

Vocês se separaram como marido e mulher, mas estão UNIDOS para sempre como
PAI e MÃE dos seus filhos.

Um pai ou uma mãe não pode, simplesmente, eliminar o cônjuge da vida do filho porque
se separaram. Toda criança necessita de ambos os pais, mesmo que não vivam juntos.

Numa separação, sempre há o lado mais machucado, que se sente abandonado e traído
pelo outro. As emoções estão à flor da pele, é difícil dividir os filhos com alguém que magoou
você. Mas também é verdade que uma separação não acontece por causa de um ou dois fatos
isolados, é o resultado de um longo processo de desgaste, onde cada uma das partes sempre
tem 50% de responsabilidade pelo término, seja ele como for.

Geralmente sabemos muito bem onde estão os 50% do outro, ou até tentamos culpa-lo
100%. Mas quais são os nossos 50%? Por mais grave que tenha sido a conduta da outra parte,
a sua responsabilidade não deixa de existir. Isso não significa negar a responsabilidade do ou-
tro, mas, sim, enxergar e assumir a sua parte. É preciso reconhecer onde errou para aprender
e não errar mais. Ou você corre o risco de repetir os mesmos erros nos próximos relaciona-
mentos, permitindo que o tratem da mesma forma de novo... e de novo.

Ao assumir os seus 50% de responsabilidade, você estará pronto para PERDOAR e


seguir um novo caminho. E perdoar é preciso, pois vocês geraram uma criança, que pre-
cisa dos dois, PAI E MÃE, para crescer de forma equilibrada e saudável. Mesmo que não
sejam mais marido e mulher, a relação de pai e mãe não pode ser desfeita nunca. É para
toda a vida.

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

Os modelos de homem e mulher de um filho são o PAI e a MÃE


Evite as críticas negativas ao seu ex-cônjuge. Lembre-se que, ao difamá-lo, você estará
agredindo também uma parte emocional importantíssima do seu filho ou da sua filha, essen-
cial para a vida adulta dele.
Um filho sempre se espelhará na imagem do pai, e enxergará as mulheres de acordo com
a imagem da mãe.
Portanto, ao estimular um menino a enxergar o lado positivo do pai, você estará esti-
mulando-o a enxergar o lado positivo de si mesmo também. E, ao ressaltar as qualidades da
mãe, estará ensinando-o a perceber as qualidades das mulheres em geral – o que o ajudará,
no futuro, a amar uma mulher de forma saudável e equilibrada, e a criar uma filha da mesma
maneira. Da mesma forma, a filha se espelhará na mãe, e perceberá os homens segundo a
imagem paterna que ela criou.
Por isso, sempre que possível, reforce o lado bom da sua ex-esposa ou ex-marido para os
seus filhos. Relembre as qualidades, os bons momentos, o amor e o carinho que ela (ou ele)
tem pelos filhos.

Depois de adultos, muitos filhos de pais separados também se separam


Os filhos sempre tendem a repetir o caminho dos pais, pois os mesmos estímulos
estão gravados no seu cérebro emocional sob forte impacto emocional. Para reverter essa
tendência, os pais separados devem explicar ao filho os motivos da separação de uma
forma verdadeira. É preciso reforçar muito bem a ideia de que nem todos os casamentos
se desfazem. Isso aconteceu com eles, mas não quer dizer que não possa ser diferente com
o filho. Diga:
“Papai e mamãe se separaram por causa de (explique os motivos), por isso estamos passando
a você essa experiência, para que você não precise repetir para aprender também. Quando você
crescer e se casar, pode ser feliz, viver muito bem com a sua esposa. Você pode criar a sua própria
história e não precisa repetir a nossa, pois continuaremos a te amar da mesma forma.”
Nesse aspecto, fazer o Resgate Emocional todas as noites é muito importante, para res-
gatar seu filho desse caminho e aliviar a carga de estresse e sofrimento decorrente de toda
separação.

Se a separação ocorrer durante a gravidez, a mulher deve incentivar o pai


a acompanhar o desenvolvimento da criança
Isso é muito importante para o bebê, que percebe e memoriza, mesmo no útero, tudo o
que está ocorrendo aqui fora. Nunca exclua o seu ex-cônjuge da vida do seu filho. Deixe que

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

ele acompanhe a evolução da gestação, permita que toque na sua barriga, pois através dela
estará tocando a criança. A presença do pai durante a vida intrauterina do bebê é muito im-
portante. Permita que ele esteja presente na hora do nascimento e que participe ativamente
na criação do filho de vocês.
Quanto ao pai, deve manter-se presente na vida do filho, mesmo que não possa mais viver
ao lado dele. Geralmente a guarda dos filhos cabe à mãe, e a criança sente muito a falta da
proteção paterna no dia a dia. Então, o pai deve reforçar constantemente ao filho que estará
por perto para protegê-lo, e que sempre poderá contar com ele.

Dicas para pais separados


1. Faça o Resgate Emocional todas as manhãs e noites.
Faça o Resgate Emocional quinze minutos depois que o seu filho estiver dormindo, ou
de manhã, antes de ele acordar. Não é preciso estar perto do filho, você pode fazer o
Resgate na sua própria casa. Veja um exemplo de texto para o pai:
“Meu filho, papai está aqui para dizer uma coisa muito importante. Vim pedir perdão a
você, porque sua mãe e eu nos separamos. Mas estaremos sempre pertinho de você. Não
deu certo entre a gente como homem e mulher, mas vamos estar sempre unidos como seu
Pai e sua Mãe.
Papai te ama, gosta muito de você. Vai estar sempre ao seu lado para te apoiar, proteger,
dar segurança e amor.
Quando você crescer, você poderá encontrar uma moça bonita, carinhosa e inteligente,
que vai amar você. E você também vai amá-la muito, construindo a família que eu e a
sua mãe também queríamos ter.
Você poderá criar a sua própria história, que será diferente da nossa: será mais feliz, mais
alegre e duradoura!”
2. Ligue todos os dias, se você não mora mais com seu filho.
Dê preferência através de aplicativos que tenham recurso audiovisual, no qual
você possa ver e ser visto pelo seu filho. Não espere ter alguma novidade para
contar, ligue todos os dias, sem falta. Diga só um “tenha um ótimo dia”, um “eu te
amo”, um “boa sorte no teste”, etc. Assim, ele saberá que você se lembra dele e está
sempre presente.
3. Fique junto com o seu filho pelo menos uma vez a cada 15 dias, ou um mês, se mo-
rarem muito distantes.
Não importa qual seja o compromisso, faça o possível para nunca deixar de passar o
dia ou o seu fim de semana com o seu filho.

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

4. O que prometer, tem que cumprir.

No caso de pais separados, essa regra é ainda mais severa. Nunca deixe de cumprir
o prometido, seja para uma viagem no feriado, uma tarde no shopping, assistir uma
apresentação de balé da sua filha, etc.

5. Dar limites.

Não queira mostrar só o seu lado bom para o seu filho, só porque estão separados. Ao
contrário, quando vocês estão juntos, você tem que discipliná-lo também. Caso pos-
sível, procure conversar com a ex-esposa (ou ex-marido) e acerte as regras, para que a
educação seja uma só.

6. Tenha um momento a sós com o seu filho.

Sempre que estiverem juntos, procure ter um momento a sós com o seu filho, para
colocar no colo, acariciar, fazer cafuné, abraçar, beijar e conversar com ele.

7. Participe da vida social do seu filho.

Reveze com a sua ex-mulher (ou ex-marido) para levar seu filho a festinhas de ani-
versário, vá a reuniões dos pais, apresentações de judô, de canto, etc. Não só para ficar
com o seu filho, mas para que as outras pessoas do círculo de relacionamentos dele
saibam que o pai continua ao lado, presente.

8. Dê presentes só em datas comemorativas.

Não encha seu filho de presentes, só porque agora está longe dele e você está carente.
Dê amor e receba amor, evitando que ele confunda amor com coisas materiais.

9. Evite competir com o ex-cônjuge.

Trabalhe em conjunto com sua ex-mulher ou ex-marido para o bem do seu filho, pois
ele precisa igualmente dos dois.

10. Interaja no mesmo nível com o seu filho.

Brinque no chão, coloque-se na altura dele. Mostre que você é, mais do que um pai (ou
mãe), um amigo. Hoje é brincar no chão, amanhã, quando ele for mais velho, é assistir
um jogo de futebol, conversar sobre namoradas, etc. Fale e interaja de igual para igual
com o seu filho. Mas jamais abandone o seu papel de pai ou mãe, sempre que necessá-
rio, pois se você não cumprir esse papel, ninguém o fará.

11. Acompanhe o crescimento do seu filho.

As crianças crescem rápido, por isso fique atento. O amor é feito, principalmente, pela
convivência e intimidade. Se você ficar 2 ou 3 meses sem ver um filho pequeno, ele
vai estar muito diferente física e psicologicamente quando o reencontrar. E você terá
perdido um período importante do seu crescimento, que nunca mais será recuperado.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Muitas vezes o casal não se separa para não impactar negativamente os filhos. Mas o am-
biente familiar fica ruim, brigas acontecem, e os filhos acabam sofrendo igualmente, ou pior.
Então, é melhor enfrentarem o rompimento com sinceridade, caso seja a ultima escolha. O
importante é ressaltar sempre para os filhos que a separação dos pais nunca irá desfazer o elo
que os une. Que os pais podem se casar e se separar outras vezes, mas nunca deixarão de ser
seu pai e sua mãe.

Filhos de pais adotivos


Um dos maiores medos do ser humano é o medo da rejeição, e uma criança adotada pas-
sou, com toda a certeza, por dois processos de rejeição bastante traumáticos. Um, enquanto
estava no útero materno, pois a sua gestação deve ter sido muito sofrida; e o outro, logo ao
nascer, quando foi entregue para a adoção, ou perdeu seus pais.

Mesmo que a causa da adoção seja o falecimento dos pais biológicos, a criança sente o
mesmo impacto da rejeição, pois o seu cérebro emocional só percebe a ausência dos pais. Ela
ainda não sabe o que é a morte.

Portanto, os pais adotivos devem estar conscientes de que precisam DOBRAR a quan-
tidade de AMOR e LIMITES para criar um filho adotivo.

Um filho adotivo é uma criança que foi muito ferida, que já vem para a sua nova família
num estado de fragilidade, com muitos problemas criados antes mesmo do seu nascimento.
Então é preciso que os pais adotivos saibam que terão nas mãos uma criança que tem muito
mais probabilidade de ter problemas emocionais do que um filho que eles mesmo geraram.

Mesmo recebendo todo o amor e atenção, o filho adotivo continuará sentindo a falta dos
pais biológicos. E o motivo é simples: pais e filhos biológicos estão intimamente ligados numa
conexão natural e poderosa, pois compartilham do mesmo DNA, são partes de uma mesma
origem. Se, por algum motivo, essa ligação é rompida, essa criança sente dentro de si um
imenso vazio, uma carência quase insuportável, que os pais adotivos não conseguirão suprir,
a não ser que façam uma reprogramação emocional constante nessa criança. E mesmo assim
ainda ficará uma “cicatriz” dolorosa.

Por isso, é importantíssimo que os pais adotivos façam o Resgate Emocional todas as ma-
nhãs e noites.

Dicas para pais de filhos adotivos


1. Faça diariamente o Resgate Emocional. Aqui, o Resgate Emocional deve ser feito
diferente: a mãe adotiva deve assumir o papel da mãe biológica, e o pai adotivo, do pai
biológico, e falar por eles. Assim, os filhos adotados poderão compreender e perdoar

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

quem realmente é necessário. Se tiverem alguma informação sobre o que aconteceu


com os pais biológicos, devem incluir no Resgate Emocional.

Exemplo de texto do Resgate Emocional de Filhos Adotivos:

“Filho, sinta na minha voz a voz da sua mãe biológica:

Meu filho, aqui é a mamãe. Vim pedir perdão por ter rejeitado e abandonado você. Eu
era viciada em drogas, muito pobre, nem conhecia direito seu pai. Eu errei, porque não
tive ninguém para me orientar, mas estou arrependida. Eu não queria que você passasse
pelo que passei, por isso dei você para outros pais, com mais condições de te criar.

Perdoe-me, meu filho, porque te amo muito. Sofri e chorei muito quando tive que entre-
gar você. Mas fiz isso porque era o melhor a fazer.

Eu te amo muito e escolhi sentir toda dor de ficar longe de você, do que ver você passando
pelas mesmas coisas que eu vivi.

Você pode ser um menino feliz, forte, saudável e sentir-se muito amado por mim e pelos
seus pais adotivos.

Você terá seus próprios filhos, a quem vai cuidar e amar muito.

Será bem-sucedido na vida, respeitado e amado por todos.

Deus te abençoe e te proteja sempre meu filho. Te amo muito!”

2. Nunca esconda da criança que ela é adotada. Desde cedo, explique a ele que foi ado-
tado, que é um “filho do coração”. Não deixe para contar quando “ele tiver idade para
entender”, pois, quanto mais tardia a revelação, maior choque emocional causará. En-
care tudo com naturalidade, e a criança fará o mesmo. Diga:

“Você é o nosso filho do coração, porque adotamos você. Mas você tem pai e mãe bioló-
gicos, que não puderam criá-lo. Por isso, você veio para a nossa família, e estamos muito
felizes. Nós te amamos muito.”

3. Sempre comunique às pessoas ao redor que ele é adotado para evitar mal-entendidos.

4. Transmita muito AMOR, pois ele precisa muito de você. Mostre amor ao seu filho
adotivo com gestos e palavras: coloque-o no colo, abrace-o e o beije. Diga-lhe o quanto
é amado e o quanto é bem-vindo na família e no mundo.

5. Dê LIMITE com firmeza. Não mime o seu filho só porque é adotivo e já sofreu de-
mais, permitindo que cresça sem respeitar a sua autoridade. Mais do que nunca os pais
adotivos devem falar a mesma língua, e impor os limites com ainda mais firmeza, ou
perderão o controle sobre o filho adotivo muito rápido.

6. Oriente bem o seu filho adotivo, desde muito cedo, a respeito de drogas, álcool e
sexo. É grande a probabilidade de que os pais biológicos de seu filho tenham sofrido

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com um ou mais desses problemas, por isso empenhe-se em evitar que ele siga o
mesmo caminho, mostrando as consequências negativas e dando novas alternativas
e escolhas.
7. Se o seu filho manifestar o desejo de conhecer os pais biológicos, deixe. Não tenha
medo de perder o seu filho, pois isso não vai acontecer. Ao contrário, o seu relaciona-
mento com ele pode até mesmo se aprofundar e melhorar muito, pois ele conseguirá
distinguir entre os laços biológicos (pais biológicos) e os emocionais (pais adotivos).
8. Se você tiver um filho biológico, faça-o “adotar” também o novo filho. Comunique
com antecedência e inclua o filho biológico em todas as etapas da adoção. É importan-
te dar a ele um papel para desempenhar no processo: o de ajudar, ensinar e proteger
o filho adotivo, como um irmão mais velho. Reforce, principalmente, que o amor dos
pais não vai mudar ou diminuir com a chegada do novo irmão.
9. Nunca faça distinção entre o filho adotivo e o biológico. Nunca dispense um trata-
mento melhor para um, nem superproteja o outro.
10. Se o filho adotivo for de outra etnia, explique ao seu filho biológico:
“Seu irmãozinho é diferente de nós porque ele é parecido com a mamãe e o papai biológicos
dele, mas isso não tem importância, porque por dentro somos todos iguais meu filho.”

PRODUÇÃO INDEPENDENTE
As mulheres têm conquistado, ao longo das décadas, um lugar cada vez mais destacado
em várias frentes: profissional, social, política, espiritual. Das donas de casa dos meados do
século XX até as profissionais independentes e ocupadas de hoje, as mulheres promoveram
uma grande mudança no seu papel dentro da esfera familiar.
Com as novas conquistas, vieram também novas responsabilidades e uma nova maneira
de encarar a vida familiar. Basta dizer que dados do IBGE de 2015 mostram que 40% dos lares
brasileiros são comandadas por mulheres que criam os filhos e mantêm a família, sozinhas,
sem a presença de um companheiro.
Não é de se estranhar, portanto, que uma parte das mulheres desejasse, em algum momen-
to, concretizar seus sonhos de maternidade sem, necessariamente, ligar-se a um homem. Sur-
giu, então, o que chamamos de produção independente, ou seja, engravidar sem criar nenhum
tipo de laço afetivo ou físico com o pai da criança.
O método mais comum de fazer uma produção independente é a fertilização in vitro, que
usa espermatozoides doados para fertilizar o óvulo materno. O doador tem o seu anonimato
garantido por lei, e o procedimento é realizado em laboratório, sem nenhum contato pessoal.
Apenas quando o embrião é formado, é introduzido no útero materno, que o gestará de forma
natural daí em diante.

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

Para muitas mulheres, a produção independente parece uma solução lógica e cômoda, mas as
implicações de uma concepção tão fora do padrão são muito mais profundas do que se imagina.

Então vamos discutir um pouco aqui sobre a produção independente, sob a


ótica da Inteligência Emocional – ou seja, vamos falar sobre as emoções en-
volvidas nesse acontecimento
O sentimento mais sublime de um ser humano é o Amor – aquilo que mais almejamos e
a melhor emoção que geramos. Não é por acaso que chamamos o ato sexual de “fazer amor”.
Conceber uma criança significa não apenas o ato mecânico do sexo, mas o de uma intensa
troca de energia, de entrega, quando a mulher se abre para receber o homem, e de doação,
quando o homem deposita uma parte de sua própria integridade para a mulher. O ato sexual
significa entrega e doação. Significa generosidade e prazer na geração de uma nova vida a
partir do Amor. E a criança que começa a se formar, desde a primeira célula, vem carregada
desse fluxo de Vida, dessa energia do Amor.

Mas, quando não existe o Amor – e nem mesmo o ódio, a raiva, ou qualquer
outra emoção – na concepção de uma vida, pode ser gerado um imenso vazio
emocional
Esse vazio é muito mais intenso do que o de crianças órfãs, ou abandonadas pelos pais.
Porque para estas, mesmo que esteja ausente ou não exista mais, seu pai estava presente no ato
da concepção, e deixou-lhes uma herança emocional. Porém, para a criança gerada de forma
independente, não existe emoção alguma envolvida na concepção. Por mais que a mãe a ame,
e tente suprir a ausência paterna, sentir-se-á incompleta, com a sua metade vazia.

Para esse filho não existe uma imagem paterna


A sua percepção de um ser humano do sexo masculino é um espaço vazio. Poderá encon-
trar nos familiares da mãe, ou nos amigos mais velhos, um modelo masculino, mas sempre
carregará essa deficiência inata. Se for menino, tenderá a ser fraco, inseguro, frio e vazio. Se
for uma menina, poderá jamais se relacionar com um homem, ou terá uma imensa dificulda-
de para sentir algo pelo sexo oposto.

Por isso, se você está pensando em ter uma produção independente, pense
muito bem antes de se decidir
A ideia de ser mãe sem ter que se preocupar com um relacionamento homem-mulher
pode parecer cômoda, mas a realidade se mostrará muito mais delicada. Você está gerando

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

um ser humano com uma grande deficiência emocional. É como se a criança nascesse sem
uma perna ou um braço, por exemplo. Ela poderá sobreviver e ser feliz, mas precisará de mui-
ta força de vontade, energia e auxílio para superar as suas dificuldades.

É preciso, mais uma vez, perguntar: onde está o FOCO? Está em você, nas suas carências,
na sua falta de amor, na sua solidão? Qual é a necessidade que está satisfazendo ao ter esse
filho? Se você perceber, nessa reflexão, que o foco estava apenas em você, nas suas necessida-
des, é hora de procurar ajuda e reprogramar emocionalmente o seu cérebro primeiro para, só
depois, pensar em trazer uma vida para este mundo.

Se você está ansiosa para ter um filho devido à idade, pense: você está criando um pro-
blema de muita gravidade para o resto da vida dessa criança, por causa da sua ânsia de ser
mãe. Em tudo na vida, existe um tempo certo, e as coisas acontecerão naturalmente. E, se a
vida não trouxer a você a oportunidade de gerar um bebê, sempre haverá a possibilidade da
adoção. Ao adotar uma criança, você poderá ser uma mãe do coração, que proverá esse filho,
não de DNA, mas de Amor – que é o que ele mais precisa. Será que não é disso que você mais
precisa, também?

Se você já está gerando, ou já tem um filho de produção independente, prepare-


-se para fazer um trabalho intenso de Reprogramação Emocional no seu filho
Se, para um filho adotivo, é necessário que os pais deem atenção em dobro para as suas
carências, para um filho de produção independente é preciso que a mãe faça o mesmo, mas
de uma forma ainda mais intensa. Você estará fazendo o papel de pai e mãe, por isso terá que
se multiplicar nos seus esforços.

Dicas para mães de produção independente


1. Faça o Resgate Emocional todas as manhãs e noites.

No Resgate Emocional, você deve assumir o papel do pai, pois existe o doador, para
resgatar a imagem masculina no cérebro emocional do seu filho. A importância do
Resgate Emocional é gigantesca nesse processo. Acredite nele, e faça-o todas os dias,
sem falta. Faça primeiro o resgate em nome do pai, e, depois, em seu próprio nome. A
seguir, um exemplo do texto do pai:

“Filho, sinta na minha voz a voz do seu pai biológico.

Filho, papai está aqui para pedir perdão a você por não estar presente, ao seu lado desde
o momento da sua concepção. Papai doou o esperma com a intenção de ajudar a mamãe
a ter um filho, mas não sabia que ia gerar um vazio emocional e que você ia sentir tanto
a minha falta.

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Primeira Infância (0 a 4 anos)

Filho, papai te ama, mesmo sem saber nada a seu respeito. Porque você nasceu de uma
parte minha. Você é especial, e será sempre importante para papai, mamãe e todos que
convivem com você.
Você pode ser uma pessoa amorosa, cheia de bons sentimentos, e será muito amada por
todos ao seu redor.
Você encontrará uma pessoa especial na sua vida e terá seus próprios filhos, que amará
muito, e será por eles muito amado também.
Você poderá ter uma família unida e feliz.
Deus te abençoe, eu te amo muito meu filho.”
2. Dê muito AMOR. Se, para uma criança comum o Amor é importante, neste caso é
muito mais! Pegue o seu filho no colo, converse com ele, faça carinho, abrace, beije,
toque-o, diga que o ama.
3. Dê LIMITE. Nunca mime o seu filho, ou seja, condescendente demais com os seus
erros. Assim como o AMOR, é ainda mais importante para um filho de produção
independente receber LIMITES!
4. Nunca esconda que seu filho foi concebido de forma independente. Quando ele
perguntar sobre o pai, explique-lhe que não tem um pai nos moldes tradicionais. Que
você é a mãe e o pai dele, e que serão felizes desse jeito.
5. Sempre comunique às pessoas ao redor que ele é produção independente, para evi-
tar mal-entendidos.

FILHOS DE PAIS HOMOAFETIVOS


O filho de um casal homoafetivo é, geralmente, um filho adotivo também, por isso, deve
ser tratado de forma diferenciada, como explicamos no trecho referente a filhos adotivos.
Ao fazer o Resgate Emocional (imprescindível neste caso), um dos pais (ou das mães)
deve assumir o papel da mãe biológica e o outro, o do pai biológico, para se conectarem com
o cérebro emocional do filho.
Em qualquer casal, seja homoafetivo ou heterossexual, há uma clara divisão yang e yin
entre os parceiros. O conceito de yin e yang veio da filosofia taoista, e simboliza as energias
opostas e complementares que gera todas as coisas do universo. O yin é o feminino, a terra,
o escuro, a noite, o frio, a lua, o passivo, a absorção; e yang é o masculino, o céu, a luz, o dia,
o quente, o sol e o princípio ativo. O yin é normalmente associado ao lado materno, e o yang
ao paterno.
No casal homoafetivo, é importante que os parceiros (ou parceiras) utilizem as suas
características yin-yang para fornecer essas energias complementares para o filho.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Casais homoafetivos entre mulheres às vezes optam por fertilização in vitro


Nesse caso, tudo o que foi dito sobre produção independente vale também neste caso. Se
estão gestando, ou já tiveram a criança, uma das partes deve assumir o lado yang, paterno, e
fazer todas as noites o Resgate Emocional. Ambas devem procurar esse equilíbrio, fornecendo
os dois tipos de energia, a masculina e a feminina, para que essa criança cresça em equilíbrio.
Lembre que a energia masculina e feminina nada tem haver com a sexualidade!

Os pais (ou as mães) homoafetivos devem explicar desde cedo ao seu filho que
são diferentes da maioria dos pais dos seus amiguinhos
Devem ensinar que a homoafetividade é uma opção à felicidade, como qualquer outra
escolha. Por exemplo:
“Nós descobrimos que amamos pessoas do mesmo sexo, por isso, quando nos conhecemos,
surgiu um grande amor. Por isso, nos casamos e estamos felizes. Mas isso não quer dizer que
essa escolha sirva para todo mundo. Existem homens que se casam com mulher, mulheres que se
casam com outra mulher, e todos estão certos, estão buscando a sua felicidade.”
É importante sempre deixar claro que a escolha sexual do seu filho será livre:
“Você também, quando crescer, vai descobrir como ser feliz do seu jeito, que pode ser dife-
rente do nosso. Não tem problema nenhum, pois sempre te amaremos. As pessoas são felizes
de diferentes jeitos, e todo mundo tem o direito de optar pelo seu. É como gostar de azul ou do
vermelho. Cada um escolhe a cor que quiser, a que o deixa mais feliz.”
Sempre devem apoiá-lo:
“A gente fez a nossa escolha, e você vai fazer a sua. Nós vamos apoiar você, seja qual for a sua
escolha, pois te amamos muito.”
O importante é nunca se esquecer que, mesmo sendo filho de uma família homopa-
rental, essa criança é, antes de tudo, um filho adotivo, ou um filho concebido in vitro. E
devem ser tomados os cuidados necessários para uma criança com essas características.

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Infância (5 a 9 anos)

“Eu dou limites pra você com Amor,


mas o mundo sempre dará com Dor.”

(Laice Gama da Fonseca, minha mãe.)

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6. Infância (5 a 9 anos)

Superproteção: a tartaruga e o reizinho da bolha


A SUPERPROTEÇÃO é um fenômeno mais ou menos recente, pois viemos de um passa-
do onde a situação era oposta: os adultos tinham poder absoluto sobre as crianças. Havia pou-
ca conversa e muitas proibições, regras, imposições e agressões. Os nossos avós apanhavam de
fio de cobre, vara ou de cinto por qualquer motivo, e ninguém podia se meter.

Hoje, vivemos uma situação oposta: SUPERPROTEGEMOS os nossos filhos.

Temos pena de impor limites às crianças, receamos contrariar os filhos para não trauma-
tizá-los. Passamos da extrema agressão à SUPERPROTEÇÃO, que é igualmente, ou até mais
prejudicial.

A SUPERPROTEÇÃO pode criar dois mecanismos: de um lado, o filho-tartaruga, uma


criança que cresce dentro de uma casca dura, espessa e forte, criada pelos pais para isolá-la e
protegê-la do mundo. A salvo enquanto vive nesse ambiente superprotegido, o filho-tartaru-
ga, ao crescer, vai enfrentar a vida adulta sem nunca ter lidado com a pressão do dia a dia. Fica
à mercê de tudo e de todos, não aguenta cobranças, não consegue enfrentar as dificuldades da
vida adulta. Foge dos problemas, entra em parafuso, abandona a família, o emprego. Desmo-
rona por dentro e por fora.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

O outro mecanismo criado pela SUPERPROTEÇÃO é o do filho que se torna o reizinho


da bolha. A bolha é a sua casa, onde faz o que quer, na hora que quer, sem se importar com os
demais. Trata-se daquele filho para quem os pais, cheios de dedos, deixam todas as decisões:
“filhinho, o que você quer comer?”, “onde você quer sentar?”, “o que você quer assistir?”. A casa
gira em torno desses pequenos déspotas mirins.
Porém, para tomar decisões é necessário conhecimento e experiência.
Como uma criança vai saber o que é melhor para ela? Ela ainda não sabe o que deve
comer, qual é a melhor hora de dormir, como se comportar com outras pessoas. Sem saber
como decidir, normalmente decide errado, prejudicando a si mesma e a toda a família. Além
disso, essa montanha de decisões exerce uma grande pressão sobre ela. Por isso está o tempo
todo “pilhada”, tornando-se irritadiça e mal-humorada.
O reizinho da bolha geralmente cresce como um adulto arrogante, sem empatia com
outras pessoas, que julga que o mundo deve girar à sua volta.
Não aceitará a autoridade do professor durante o período escolar e, depois de adulto,
não conseguirá trabalhar em equipe ou respeitar seus superiores. É aquela pessoa que entra
numa empresa como auxiliar e julga-se injustiçado porque não o tornam um diretor no mês
seguinte. Nunca consegue levar um relacionamento por muito tempo, e normalmente, não
tem amigos. Acha que ninguém reconhece o seu valor, sempre encontrando culpados pelo seu
fracasso. Vive uma vida superficial e frustrado.
Em casos extremos, poderá se transformar num psicopata, geralmente uma pessoa de extrema
inteligência, mas com nenhum senso de limite. Um desequilibrado, que não hesita em agredir,
enganar, roubar ou matar para conseguir o que quer, e o faz sem nenhum sentimento de culpa.
Então, se o seu filho está virando um reizinho da bolha, a responsabilidade é apenas sua e
só você pode começar a mudar isso, para ajudar o seu filho.
O que é preciso fazer:
1. Estabeleça a sua autoridade: assuma a responsabilidade de dirigir a sua casa. Nessa
bolha, você e sua esposa (ou marido) são o rei e a rainha, e que sempre decidirão o que
é melhor para o seu filho.
2. Transforme o que antes era uma “bolha” num “simulador da realidade”: faça da sua
casa um simulador da vida adulta, onde seu filho irá aprender e treinar para viver em
sociedade. Permita que erre, teste os limites, coloque em cheque a autoridade, caia e
se levante quantas vezes for necessário. Dê limites para ele e, sempre que precisar, dê
consequências proporcionais ao que fizer ou deixar de fazer.
3. Quebre a casca: não esconda do seu filho a vida real. Mostre a ele que existem pessoas
diferentes de vocês, que todos têm suas dificuldades, que problemas irão surgir em
qualquer lugar, e a melhor forma de enfrentá-los é se unindo, cada um dando a sua
melhor contribuição.

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Infância (5 a 9 anos)

Quem é o FOCO?
Nós, os pais, viemos de hábitos familiares diferentes, nos quais as demonstrações de amor
pouco ocorriam. Claro que há exceções para toda regra, mas, para a maioria de nós, o amor
dos pais se traduzia em preparar um prato de comida, costurar uma roupa, cuidar da nossa
saúde ou ganhar um brinquedo simples. A troca de carinho, do toque, do abraço, do olhar
e dizer “eu te amo” era considerada uma bobagem, que poucos tinham o hábito de praticar,
porque ninguém nunca aprendeu antes.

Ninguém nos perguntou, quando éramos crianças, o que mais queríamos dos nossos pais.
Pois, se perguntassem, com certeza diríamos que queríamos carinho, amor e atenção.

É desnecessário dizer que um filho jamais poderá preencher esse vazio, pois não é o
responsável por ele. Mas acostumamo-nos a projetar a nossa “criança” interior no nosso
filho, e tentamos lhe proporcionar tudo o que nós mesmos desejávamos, e não recebemos...
dos nossos pais. Enchemos nossos filhos de mimos, presentes, de atenção e até um excesso
de amor, sem perceber que as necessidades deles são muito diferentes. Porque eles são di-
ferentes de nós.

Como pais e mães, devemos nos questionar o tempo todo: QUEM É O FOCO?
Sempre quando estamos dando um presente, ou fazendo algo para os nossos filhos, pre-
cisamos nos perguntar: quem é o foco verdadeiro de toda essa atenção? Quem é essa criança
que quer um videogame, uma viagem, jogar futebol com o pai? Quem é a menina que quer
essa boneca, esse vestido, esse corte de cabelo?

Muitas e muitas vezes, descobriremos que o foco do nosso comportamento não é o nosso
filho ou a nossa filha. É aquela criança cheia de carências e ausências que nós fomos um dia.
É para ela que estamos dando esses presentes, não para o nosso filho. É para ela que estamos
dando essa liberdade incondicional, não para o nosso filho.

Então, sempre que você pensar “preciso fazer isto pelo meu filho”, pergunte-se: quem é
o foco? É o seu filho? Ou essa criança que vive dentro de você, e que está triste, carente ou
sofrendo?

Precisamos deixar de alimentar essa distorção, parar de colocar nas costas dos nossos
filhos essa carga imensa – a de nos compensar pelo amor que não tivemos na nossa própria
infância, através deles.

Muitos pais procuram se informar com especialistas, leem, estudam, fazem de tudo para
compreender seus filhos. Mas, muitas vezes, temos que deixar tudo isso de lado e procurar,
dentro de nós, a resposta, curando a nossa criança, para então ela deixar o nosso adulto amar
realmente os nossos filhos.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

A maior causa da nossa incapacidade de entender nossos filhos vem do rela-


cionamento com os nossos pais
Enquanto você não resolver as suas raízes, não poderá gerar bons frutos. Cuide primeiro
de si mesmo, desenvolvendo-se emocionalmente, entendendo as razões que levaram seus pais
a não lhe darem aquilo que você precisava. No momento em que você compreender, perdoar
e amar seu pai e sua mãe, quando conseguir aparar as arestas desse relacionamento, poderá
olhar para o futuro, para os seus filhos, com a alma lavada e fazer diferente.
Compreenda que, para isso, não é necessário ir até seus pais, ou falar com eles. Porque
tudo o que você sente vem do que está registrado dentro de você – e só você tem acesso ao que
está gravado no seu cérebro emocional. Então, tem que começar a mudar o que tem dentro
de si, para depois resolver fora com os filhos. Enquanto isso não for feito, sempre que estiver
frente a frente com o seu pai ou a sua mãe, continuará a vê-los da mesma forma, sob o olhar
daquela criança que você foi – e que até hoje sente falta de amor, de carinho e da atenção deles.
Uma das formas de resolver esse relacionamento é reprogramar emocionalmente a sua
“criança interior”, por meio da Inteligência Emocional. Na SBie – Sociedade Brasileira de Inteli-
gência Emocional, em São Paulo, minha equipe e eu desenvolvemos Treinamentos e Formações
de Inteligência Emocional aplicada na prática, que tem ajudado milhares de pessoas a se repro-
gramarem emocionalmente para uma vida mais saudável e equilibrada. Consulte os links no
www.sbie.com.br, onde poderá encontrar mais informações, ou no meu canal www.youtube.
com/rodrigofonsecaie, onde eu ofereço centenas de vídeos práticos para o nosso dia a dia.

O que aconteceu com você na infância não importa. O importante é o SIGNI-


FICADO que VOCÊ deu ao que aconteceu
Muitas vezes, as pessoas dizem: “eu fui muito feliz, meus pais sempre me deram tudo, não
tenho do que reclamar”. No entanto, mal veem os pais, irritam-se sempre que os encontram e
não existe diálogo entre eles. Essas mesmas pessoas são as que vivem uma relação problemá-
tica com os próprios filhos.
Ou seja, muitas vezes essa aparência de normalidade, de felicidade, é só uma visão de
fora, ou seja, do adulto dele. Mas quando tocamos a criança que existe por trás desse adulto,
as coisas são bem diferentes e estão mal resolvidas. Portanto, é muito importante para você, e
principalmente para os seus filhos, que você reprograme emocionalmente seu relacionamen-
to com os seus pais. O que aconteceu entre vocês nunca poderá ser mudado. Mas a percepção
desse fato, o sentido que atribuímos a ele, pode ser mudado milhares de vezes.
É como quando conhecemos alguém e não gostamos dele de cara, mas após conhecê-lo
melhor, passarmos a gostar ou nos tornamos, até mesmo, melhores amigos. A pessoa conti-
nua a mesma, mas você mudou a sua percepção sobre ela. As interpretações que registramos
na memória durante a nossa gestação e primeira infância são os programas emocionais grava-

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Infância (5 a 9 anos)

dos no nosso cérebro emocional, e que usamos para nos relacionarmos com o mundo lá fora
durante toda a nossa existência, ou até que os alteramos (mudamos o significado em nosso
cérebro emocional).

E são esses Programas Emocionais negativos que precisam ser alterados ou atualizados,
para vivermos uma vida livre de reações indesejáveis e impulsivas.

A verdade, nada mais do que a verdade

O que você é fala tão alto para os seus filhos,


que eles não escutam o que você diz.

Fale sempre a verdade. São as suas atitudes do dia a dia que vão mostrar ao seu filho como
agir. Não interessa qual é o tamanho da mentira, o que importa é a desonestidade implícita
nesse ato, o exemplo que você está dando ao seu filho.

Por exemplo, um cinema está fazendo uma promoção onde crianças de até sete anos não
pagam. Um pai chega com o filho, que acabou de completar oito anos na semana anterior, e
pensa: “ah, mas é só uma semana! Não faz nenhuma diferença.” Faz o menino entrar sem pagar,
e ainda fica feliz, vangloriando-se da sua esperteza. Pode não significar mais do que uma pe-
quena malandragem para o pai, mas, na realidade, ele acabou de ensinar ao filho como mentir
ou enganar outras pessoas, ao apoderar-se de algo de forma ilícita. E mais: mostrou-lhe que
mentir e roubar dá certo, é recompensador.

Amanhã, esse menino poderá roubar na lanchonete da escola, na livraria ou no super-


mercado. Depois, poderá enganar os colegas, desfalcar a empresa, criar negócios ilícitos para
roubar em grande escala. E nada disso parecerá errado para ele, pois o certo, que aprendeu
com o exemplo paterno, é ser esperto e mentir para obter vantagens.

Outro péssimo ensinamento, nesse caso, é o de que existe a impunidade. O pai se alegra,
porque enganou alguém e não foi desmascarado. Se você não for descoberto, continua limpo,
“direito” e sem maiores consequências.

Isso não é bem verdade. Toda ação leva a uma consequência; tudo o que você fizer, traz
consigo um efeito. Por isso, a consequência dessa pequena mentira pode não chegar de ime-
diato, mas virá, mesmo que leve muitos anos. O Universo se move muitas vezes de forma
indireta, mas pagamos por tudo o que fazemos, de uma forma ou de outra, mesmo que não
conectemos, após tantos anos, uma perda, doença ou dificuldade.

Não é nas grandes coisas, mas, nas pequenas ações do dia a dia, que ensinamos as lições
mais importantes aos nossos filhos. E os pais precisam ter a consciência de que o seu exem-
plo vai definir quem seu filho vai ser pelo resto da vida, a não ser que esse filho busque uma

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

mudança, aprendendo a se reprogramar emocionalmente mais tarde. Mas até lá... ele já terá
sofrido muitas consequências negativas para “despertar”.

Mas quantos têm essa oportunidade e essa consciência para perceber a distorção inserida
no seu modo de viver a vida? Quantos conseguem mudar aquilo que foi gravado de forma
errônea ou distorcida no seu cérebro emocional?

A educação que damos ao nosso filho é a semente que ele vai plantar depois, no mundo
adulto também. O que ele vai colher dependerá do que havia nessa semente: se havia amor,
verdade, justiça, colherá bons frutos; mas, se foi mentiras, falsidade e traição, a colheita será
desastrosa.

O Brasil de hoje é a colheita de tudo o que gerações e gerações de brasileiros têm plantado
desde a nossa “descoberta”, pensando sempre apenas em tirar proveito de tudo e de todos.
Todos nós, com certeza, queremos um futuro melhor para o país onde criamos nossos filhos.
Para isso, precisamos iniciar, o quanto antes, o nosso trabalho individual, plantando boas
sementes nos nossos filhos. Pois estaremos trabalhando para que o Brasil, como um todo,
floresça num futuro melhor, mais digno e feliz.

Educação: Padronização ou Criatividade?


Sabe quando surgiu o modelo de ensino que adotamos ainda hoje na maioria das escolas
brasileiras?

Foi no século XIX, na Inglaterra, na época da Revolução Industrial. Foi nas linhas de
produção das primeiras fábricas que, pela primeira vez, o mundo conscientizou-se que a pro-
dução em massa exigia que os processos de trabalho fossem padronizados e repetitivos. E esses
conceitos foram introduzidos no sistema educacional para transformar a criança num futuro
operário – alguém especializado em atividades que não exigem criatividade nem sensibilida-
de, apenas padronização e repetição.

Hoje, as indústrias do século XXI são quase totalmente automatizadas, a produção está a
cargo de equipamentos sofisticados. O papel do ser humano nesse processo, cada vez mais, é
o de pensar, criar, inovar. Investimentos maciços são empregados para encontrar profissionais
capazes de “pensar fora da caixa”.

No passado, um alto Quociente de Inteligência (QI) bastava para qualificar o candidato


a um bom emprego. Hoje, o conjunto de habilidades emocionais (QE) como a sociabilidade,
a liderança, a empatia, confiabilidade, assertividade, resiliência, etc., são os requisitos mais
necessários para conquista, manutenção e crescimento dentro de uma carreira profissional.

No entanto, o sistema educacional brasileiro ainda segue as diretrizes traçadas há mais


de duzentos anos. As escolas continuam a despejar o conhecimento de forma fragmentada,
padronizada e repetitiva nas nossas crianças, desestimulando a inventividade, as iniciativas, a

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Infância (5 a 9 anos)

inovação, o “fazer diferente”. Não existe, ainda, nas escolas públicas um ensino voltado para a
Educação Sócio - Emocional.
É nessas escolas que vamos matricular nossos filhos.

Mas, então, o que fazer?


Existem algumas escolas que adotam metodologias mais avançadas, inovam nos espaços
das salas de aula, incentivam a criatividade dos alunos. Pesquise as opções na sua cidade e
faça uma visita para verificar as instalações e conhecer o projeto pedagógico da escola. E fique
atento: nem sempre uma ótima proposta de ensino atinge todo mundo. Verifique no compor-
tamento do seu filho, o que ele conta das aulas, se fez amiguinhos, etc., para se certificar que
ele está bem adaptado.

Brigas na escola. E agora?


Quando seu filho começar a frequentar uma escolinha, começa também a conviver de
forma mais intensa com outras crianças, e aí tem início um longo aprendizado: como lidar
com pessoas diferentes, ou seja, começa a se desenvolver a nossa habilidade social. É natural
que algumas situações de briga ocorram, e você deve estar preparado para elas.
Na fase inicial da vida, quando as crianças ainda não sabem falar, é comum que mordam
ou belisquem outras crianças, usando a força para conseguir um brinquedo ou afastar o ami-
guinho que está na disputa. É uma fase passageira, e não deve ser encarada como um bicho
de sete cabeças. Mas, depois que aprenderam a se expressar e verbalizar seus desejos e frustra-
ções, devem aprender a controlar sua hostilidade.
Na maioria dos casos, as pequenas brigas se resolvem sozinhas, com a criança aprendendo
aos poucos como controlar a si mesma e aos amiguinhos. Mas, se as brigas forem constantes
e violentas, você deve tomar uma atitude.

Se o seu filho BATE em outras crianças


Depois dos 4, 5 anos, a maioria das crianças que ainda continuam batendo nos coleguinhas
aprenderam a agir assim na própria casa. Geralmente, são filhos de pais agressivos, habituados a
agredir os familiares no trato diário. Muitas vezes, essa agressividade não chega a se transformar
em violência física, mas se traduz em violência verbal pesada, com berros e palavrões.
“Cale a boca, você é uma burra!”
“Não te aguento mais!”
“Sai de perto de mim!”

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Frases como essas indicam agressões verbais sérias, que os filhos estão assimilando du-
rante o convívio com os pais. Mais tarde, é comum que repitam as mesmas frases para os
amiguinhos, a professora, os outros familiares. Das agressões verbais, logo passam à violência
física, descontando nos amiguinhos a frustração e a angústia que sentem em casa.

Por isso, é importante que os pais revejam o que está acontecendo entre as quatro paredes
do próprio lar, antes de qualquer coisa. Pois, como dissemos antes, o exemplo dos pais é a
lição mais marcante para qualquer filho. Será muito difícil conseguir que ele mude de atitude
se vocês mesmos não conseguem mudar.

Nesses casos, é muito importante fazer o Resgate Emocional, como já descrevemos. Peça
perdão ao seu filho e alivie essa carga negativa!

Se o seu filho É AGREDIDO por outra criança


Alguns pais incentivam a violência, mandando o filho revidar, se outra criança bater nele. Di-
zem: “vai lá brigar!”, “bate, mesmo!”, “mostra que é homem!”, ou “que você não leva desaforo para
casa”, transformando o revide numa prova de coragem e masculinidade (no caso dos meninos).

Ao incentivar seu filho a revidar numa briga, você o está conduzindo a uma situação de
alto risco, pois mesmo entre crianças, uma briga pode resultar em quedas, pancadas e chutes,
com consequências sérias. Além disso, você o está incentivando a resolver problemas por
meio da força bruta, intimidação e medo. Está transformando seu filho num futuro bruta-
montes, que acabará seus dias na cadeia, ou pior, morto de forma precoce.

Enfrentar uma agressão não significa dar o troco na mesma moeda.

Para se defender, seu filho deve PARAR a agressão, impondo um LIMITE, dizendo a outra
criança que NÃO vai aceitar essa atitude. Nunca deve revidar com violência.

É essencial que você ensine seu filho a reagir de forma CORRETA:

• Antes de explicar, abaixe-se e fique na mesma altura do seu filho. Converse olho
no olho com ele, usando um tom de voz calmo e tranquilo. Nunca comece a conversa
repreendendo-o por brigar, nem diga que ele “perdeu” a briga, pois ele já deve se sentir
bastante humilhado.

• Pergunte ao seu filho o motivo da briga. Muitas vezes as crianças sentem vergonha e não
contam a razão da briga. Mas é muito importante que você insista e descubra o que acon-
teceu. Se descobrir que seu filho agiu mal primeiro, por exemplo, mostre que ele errou.

Mas não deixe de explicar que a outra criança também errou ao usar a violência.
Dependendo do caso, seu filho deve pedir desculpas ao amigo e vice-versa. Vale con-
versar com a professora ou outro pai/mãe para que promova uma reconciliação. Gran-
des amizades já surgiram de uma briguinha na infância!

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Infância (5 a 9 anos)

• Oriente seu filho a nunca brigar. “Quando um não quer, dois não brigam” já dizia
minha mãe! Explique que usar a violência não resolve nada, só aumenta a disputa, a
raiva, e gera mais violência.

Ensine o seu filho a PARAR uma agressão


Se o seu filho perceber que outro garoto vem na sua direção para agredi-lo, e não há outro
jeito senão enfrentá-lo, está na hora de impor um LIMITE:

1. Seu filho deve olhar firme nos OLHOS do adversário e manter esse olhar sobre o outro,
o tempo todo, sem desviar.

2. Deve falar firme e claro (sem gritar), com uma voz de comando: “PARE JÁ COM
ISSO!”

3. Se o adversário erguer a mão para bater, seu filho deve SEGURAR com força na mão
dele e dizer:

“Você não ouviu? NÃO quero que você faça isso! PARE, JÁ!”

4. Deve continuar a encarar o outro, segurando-o. Normalmente, após essa confronta-


ção, o adversário tende a recuar.

5. Treine o seu filho. Peça para ele imaginar que você é a outra criança, e agir como o en-
sinado. Corrija-o, se necessário. Instrua-o também a sempre contar para você ou para
o seu cônjuge, quando ocorrerem brigas.

Se, mesmo assim, a outra criança continuar a ameaçá-lo, oriente-o a procurar a ajuda de
um adulto. Ele deve ir até alguém que represente uma autoridade (uma professora, uma fun-
cionária, um vigia), para explicar o que está acontecendo. Essa pessoa deve resolver a briga e
evitar que aconteça novamente. Se o problema persistir, os pais devem procurar os responsá-
veis pela escola, e pedir para que tomem providências. Se isso não adiantar, pense seriamente
em mudar seu filho de escola, pois ela não está se mostrando capaz de garantir um ambiente
seguro para as crianças.

Acompanhe o desempenho escolar do seu filho


É importante que os pais estejam ao lado do filho, interessando-se pelas matérias, ajudan-
do, ensinando, estudando junto e apoiando a criança nas horas difíceis, quando precisar se
esforçar para conseguir uma nota ou terminar um trabalho. Mas jamais faça por ele!

Habitue-se a perguntar todos os dias ao seu filho o que aprendeu durante o dia. Peça
para ele ensinar a você o que aprendeu, como se fosse um professor. Assim, seu filho poderá
recapitular o que aprendeu, enquanto banca o professor com você, aprendendo ainda mais.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Sempre valorize cada conhecimento novo, mostre como essa informação é impor-
tante e como será usada na vida dele. Lembre-se que qualquer conhecimento é gravado
mais profundamente no cérebro emocional, se percebemos uma FUNÇÃO IMPORTANTE
nele. Então mostre para seu filho a função de cada coisa que está aprendendo: a utilidade da
tabuada, de escrever corretamente, da física e da química, etc.
Na véspera das provas, passe confiança, tranquilize-o: “Filho, você é inteligente, é
capaz, vai conseguir uma boa nota. Vai lá, vai dar tudo certo! Papai/Mamãe confia em
você!”
Sempre foque no positivo. Se seu filho tirou notas altas, valorize o desempenho, mos-
tre-se orgulhoso. Diga, por exemplo: “puxa, você acertou 9 respostas em 10! E você acertou
perguntas difíceis! Toca aqui, parceiro! Parabéns!”
Algumas crianças se mostram muito frustradas e desapontadas quando não conseguem
ir bem nas provas. Se eventualmente seu filho tirar uma avaliação baixa, não o critique ou
se mostre decepcionado. Jamais faça brincadeiras, ridicularizando-o. Alivie a tensão, foque
no positivo. Diga:
“Filho, olhe para estas questões que você acertou. São perguntas difíceis e você aprendeu
muito bem! Agora vamos entender o que houve com o resto. Vamos saber o que faltou estudar,
o que você não entendeu. E vamos corrigir isso, juntos.”
Ensine seu filho a não ter medo de errar e de admitir suas dificuldades. Explique a
ele que os erros fazem parte natural da vida, e são também uma forma, talvez a melhor, de
aprender. E que você até hoje ainda erra e muito!
É lógico que devemos sempre procurar acertar. Mas ninguém é perfeito, e todos têm
alguma dificuldade para assimilar conhecimentos de uma matéria ou outra. Use o próprio
exemplo, conte como foi a sua vida escolar, as matérias que você considerava difíceis e as
que você tinha mais facilidade.
O importante é destacar que essas dificuldades podem ser VENCIDAS. Que ele pode
estudar mais essa matéria e vencer esse desafio. Com certeza o seu filho tirará uma nota
muito melhor na próxima prova, e as respostas que errou antes serão as que ele mais saberá
no futuro!

E se seu Filho tira SEMPRE notas muito baixas?


As crianças são naturalmente receptivas ao conhecimento, sempre estão ávidas por
aprender, como verdadeiras “esponjas”. É por isso que aprendemos mais rápido e conse-
guimos assimilar maior quantidade de informações durante a infância. Por isso, se o seu
filho não consegue absorver o que está sendo ensinado, se não quer estudar, está mostrando
sinais de alerta.

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Infância (5 a 9 anos)

As notas baixas são uma forma de pedir atenção. Se isso está ocorrendo com o seu filho,
cuidado. Ele provavelmente está carente, o seu cérebro emocional está impedindo que o cé-
rebro racional processe novas informações. O seu filho está com medo de alguma coisa, ou
está pedindo amor e atenção de vocês. Existe algum problema dentro de casa, ou na escola,
que é uma espécie de prolongamento da casa.
Ao receber a informação de que seu filho foi mal nos testes, nunca reforce o negativo.
Não reclame do resultado, não mostre frustração, nem critique o seu filho. Valorize os acer-
tos e mostre-se disposto a ajudá-lo a superar a dificuldade, como descrevemos acima. Mas,
neste caso, só isso não resolverá o problema.
Se o problema se encontra dentro de casa, você com certeza sabe qual é: problemas de
relacionamento do casal, dificuldades financeiras, doença ou morte de alguém próximo,
tudo isso pode interferir no equilíbrio emocional do seu filho - e somente vocês adultos
podem resolver. Mas, se aparentemente está tudo bem, e mesmo assim as notas baixas con-
tinuam, você deve descobrir o que está acontecendo.
Em outro momento, quando o seu filho estiver mais relaxado e receptivo, pergunte a ele
se está havendo algo que ele não gosta em casa ou na escola. Diga:
“Filho, papai anda notando que você está diferente. Parece preocupado, mais triste... Está
acontecendo alguma coisa? Você está passando por algum problema? Pode contar, porque
vamos resolver juntos.”
Procure não relacionar as notas baixas à pergunta, para que o seu filho não volte ao
estado de tensão. Se ele insistir que não está havendo nada, continue observando-o, pois, as
crianças costumam revelar coisas durante as brincadeiras. Porque algo está acontecendo. E
você precisa descobrir e resolver o quanto antes.
Muitas vezes, a solução do problema não está ao seu alcance, mas existem algumas so-
luções aos quais os pais podem recorrer de imediato:
1. Fazer o Resgate Emocional todas as noites. Peça perdão ao seu filho pelas condi-
ções adversas dentro da sua casa, transmita tranquilidade, diga que o ama muito, e
que a situação é temporária e o problema vai se resolver. Diga que ele é inteligente,
capaz de obter notas melhores. Diga para ele não desanimar e superar mais essa
barreira.
2. Dar atenção e carinho para o filho. Arrume um tempo só para brincar com ele,
pegá-lo no colo, fazer carinho, abraçar, beijar. Converse, fale como ele é importante
para você, para a família. Diga que confia nele, sabe que ele é capaz de grandes con-
quistas. E, acima de tudo, lembre-se que as notas são apenas um detalhe. O impor-
tante é focar no coração, no bem-estar emocional do seu filho.
Um filho amado, em paz, feliz, sempre irá bem na escola e em todos os aspectos
da vida!

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Os Super-heróis do seu Filho


Super-Homem, Batman, Homem-Aranha, Mulher Maravilha, Capitão América, Homem de
Ferro. Os super-heróis já fazem parte do nosso cotidiano, pois seus produtos temáticos estão
presentes em todos os momentos da nossa vida: filmes, camisetas, games, brinquedos, copos,
adesivos, cadernos, etc.
Mas você já parou para pensar o que esses personagens têm a ver conosco? Os super-
-heróis realmente “nos representam”?
Os primeiros super-heróis americanos surgiram nas revistas de quadrinhos na época da
Grande Depressão, um período de dificuldades econômicas e sociais nos Estados Unidos.
O mais famoso deles, o Super-Homem, surgiu em 1938, um ano antes do início da Segunda
Guerra Mundial. Era um período de grande insegurança social nos Estados Unidos, em que a
sociedade necessitava de heróis cheios de poder, capazes de protegê-la de inimigos poderosos,
como os japoneses e os nazistas.
Os super-heróis nasceram, portanto, como uma personificação dos anseios da nação ame-
ricana quanto ao poder, à força, à soberania. Não é por acaso que as cores da maioria dos seus
uniformes sejam o azul, o vermelho e o branco – as cores da bandeira americana!
Ou seja, a criança brasileira cultua personagens criados há quase cem anos, não para ela,
mas para o público de outro país.

Por que esses personagens, que nada têm a ver com a nossa História, necessi-
dades e cultura, fazem sucesso por aqui?
A resposta é simples. Tudo isso é resultado de uma avalanche de INFORMAÇÕES, que
vêm até nós, “embrulhados para presente”, isto é, sob a forma atraente de filmes, seriados,
jogos, produtos temáticos, que chegam até nós através da TV, revistas, sites, redes sociais, etc.
Os nossos filhos são bombardeados pelos estímulos da mídia e do meio em que vivem
– os amiguinhos, as celebridades e até pelos pais – que os incentivam a adotar esse mundo
de fantasia.

Por que nós, Brasileiros, não temos os nossos Super-heróis?


Tente se lembrar de heróis brasileiros marcantes da literatura, do cinema, ou da televisão! Os
personagens brasileiros mais conhecidos são trapalhões, fracos, muitas vezes mentirosos e trapa-
ceiros, que se utilizam da astúcia para enganar os mais fortes, na maioria das vezes. É importante
lembrar que o problema não é a mídia que os criou, mas sim, o que a maioria quer ver até hoje.
Reflexos da nossa História, das heranças culturais e emocionais deixadas pela colonização
de outros países, esses personagens representam a imagem que o brasileiro médio faz de si

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Infância (5 a 9 anos)

mesmo. Todos nós sofremos de um crônico complexo de vira-lata, não nos enxergamos como
super-heróis, apenas como anti-heróis. Por isso, os nossos personagens vivem de artimanhas
e truques para contornar os poderosos e alcançar suas vitórias por baixo do pano Não nos
enxergamos com a grandeza e o heroísmo dos super-heróis americanos – embora desejemos
ardentemente ser como eles.

Então, o que fazer?


Não é necessário privar seu filho da diversão proporcionada pelos super-heróis. Mas co-
municando as informações certas, ele aprenderá o valor correto dessas brincadeiras. Para isso,
é preciso contra-atacar com bom humor – e com muita diversão também. Então, atenção,
papai e mamãe. Agora vamos revelar os SEUS SUPERPODERES!

Você é o Super-herói ou a Super-heroína do seu Filho


Você, mamãe ou papai, tem o maior superpoder do mundo, mais forte do que os poderes
do Capitão América, Super-Homem ou Homem-Aranha juntos: você é de VERDADE.
Você é um super-herói, ou super-heroína, que tem EMOÇÕES REAIS para dar e compar-
tilhar com o seu filho. Você luta, enfrenta desafios, protege os seus, trabalha todos os dias em
casa ou na empresa. Você supera dificuldades, chora, sente medo, raiva, amor... e ainda cria
seu filho! Você, sim, é um Super-Homem, ou uma Mulher-Maravilha de verdade. E o que seu
filho mais quer, principalmente durante a infância, é a sua atenção, a sua companhia, o seu
amor – que é o maior de todos os poderes humanos.
Nenhum super-herói chega aos pés de um PAI ou de uma MÃE de verdade.

Prática para os Pais – O Super-herói da Família


Agora que você conhece o seu incrível poder, vamos CRIAR para o seu filho o maior de
todos os super-heróis: VOCÊ! Ambos, papai e mamãe, podem fazer a prática, junto com o
filho. Prepare-se para a diversão!
1. Converse com o seu filho, pergunte a ele o que mais GOSTA em você. Traduza o que ele
disser em 3 QUALIDADES que você possui. Depois, anote-as nas linhas abaixo, e você
descobrirá os seus SUPERPODERES! Ex.: super-compreensão, super-alegria, super-inteli-
gência, super-paciência, super-desenho, super-escrita, super-dança, super-receitas, etc.
SUPER-_____________________________________________________________
SUPER-_____________________________________________________________
SUPER-_____________________________________________________________

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2. Mas nem tudo são flores na sua super-vida. Você também tem o seu calcanhar de
Aquiles, a sua SUPERFRAQUEZA, a kryptonita que ameaça suas vitórias. Escolha,
junto com o seu filho, as suas 3 maiores DIFICULDADES (ou defeitos) e anote-as na
linha abaixo. Mas seja sincero. Não tem problema se a palavra formada ficar estranha
ou muito comprida, o que importa é que ela seja o nome da sua fraqueza. Ex.: bravo-
-nyta, confuso-nyta, preguiçoso-nyta, pãoduro-nyta, sem-tempo-nyta, apressado-
-nyta, etc.
____________________________________________________________-NYTA
____________________________________________________________-NYTA
____________________________________________________________-NYTA
3. Escreva no espaço abaixo o nome pelo qual o seu filho costuma chamá-lo. E você
terá o seu SUPERNOME. Ex.: Superpai, Superpapi, Supermami, Supermãe, Super(seu
nome), etc.
SUPER-_____________________________________________________________
4. Agora vamos dar uma forma a você, o novo super-herói (ou super-heroína) do pedaço.
Isso pode ser feito de várias maneiras, escolha a que for mais divertida. O importante
é fazer seu filho participar ativamente da brincadeira. Por exemplo:
• Faça um boneco de pano ou de qualquer outro material, tentando deixá-lo o mais
parecido possível com você. Coloque uma capa nele, escreva as iniciais do seu
nome de super-herói no peito.
• Desenhe – ou peça para alguém desenhar – esse super-herói com a sua cara.
• Arranje desenhos de super-heróis e cole a foto do seu rosto sobre eles.
• Vá a uma loja de fantasias e misture os figurinos, criando o seu uniforme de super-
-herói. Depois, vista-o e tire fotos, junto com o seu filho.
5. Agora vamos narrar as suas SUPERAVENTURAS! Brinque com o boneco, o desenho
ou a foto do super-herói, enquanto conta acontecimentos do seu dia para o seu filho.
Não se esqueça de usar um tom heroico na narração!
• Mostre como você usou seus superpoderes para enfrentar os problemas no seu
trabalho, na sua casa, na rua, na academia, no supermercado, etc.
• Conte a ele como as suas superfraquezas o atrapalharam, mas você conseguiu ven-
cê-las, ou ainda está superando-as.
6. Transforme, agora, seu filho num super-herói ou super-heroína. Faça tudo de novo,
desta vez transformando as qualidades e as dificuldades dele em superpoderes e su-
perfraquezas. Faça o seu filho usar esses superpoderes e enfrentar as superfraquezas
no dia a dia. E peça para contar suas superaventuras todas as noites!

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Com essas brincadeiras, você ensinará ao seu filho uma lição valiosíssima: os super-heróis
dos filmes e da TV podem ser grandiosos, cheios de efeitos especiais, mas os maiores super-
-heróis do mundo são as pessoas de verdade – como você e seu filho. Você é um super-herói
que está pertinho do seu filho, o protege, lhe dá amor, carinho e atenção. Tem fraquezas, di-
ficuldades, defeitos, mas consegue superá-los e tornar-se mais forte a cada dia! VOCÊ e ELE
são REAIS!!!

Adultização precoce
Muitas crianças têm uma agenda quase tão cheia quanto a de um executivo: escola, aula de
natação, de inglês, ballet, de tênis, piano, hora de fazer a lição, hora de comer, etc. E, pasmem,
a única coisa que não está prevista na agenda é a hora de ser CRIANÇA!

Os pais desejam dar mais conhecimento e habilidades para os filhos, querem acelerar o seu
crescimento, e esquecem-se da sua necessidade de vivenciar todas as etapas do crescimento.

Essa criança superocupada, quando se tornar adulta, seguirá um dos dois caminhos:
transformar-se-á num adulto superocupado com depressão, ansiedade, estresse e problemas
cardíacos. Ou se tornará o oposto: um adulto que não quer saber de horários ou compromis-
sos, não leva nada a sério. O mundo é um imenso playground. Não conseguiu brincar quando
era pequeno, mas, depois de adulto, passa a brincar com os sentimentos das pessoas, com o
trabalho, e com tudo que o rodeia.

A aparência das crianças tem um peso muito grande nessa fase. Além de terem uma agen-
da um adulto, cada vez mais cedo as crianças começam a usar roupas iguais às dos adultos. Os
pais vestem os meninos com terninhos nas festas. As meninas, desde cedo, aprendem a usar
maquiagem, saltos altos e roupas que estimulam a sensualidade.

A aparência é um código de comunicação poderoso, que todas as pessoas compreendem


e identificam de longe. Se uma criança se parece com um adulto, as pessoas vão tratá-la como
adulto: vão interagir, cobrar atitudes, dar informações e se relacionar com ela como se fosse
um adulto.

A ADULTIZAÇÃO PRECOCE, além de queimar etapas no crescimento da criança,


coloca um peso emocional muito grande em alguém que ainda não está preparado para
aguentá-lo.

Esse cenário de desequilíbrio propicia o surgimento de problemas como a depressão e a


obesidade. A criança obesa está projetando no seu corpo o seu estado emocional: sentem-se
pesados, impotentes para carregar uma responsabilidade acima de sua capacidade ou se pro-
tegem com a própria gordura – como um verdadeiro escudo.

Outra consequência dessa adultização precoce é a EROTIZAÇÃO, também precoce. Hoje,


muitas crianças começam a namorar com nove ou dez anos, falam de sexo, pesquisam sobre

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

o assunto na internet, assistem vídeos com cenas “quentes” sem a presença dos pais. Perdem
a magia do namoro romântico, de pegar na mão, de dar beijinhos inocentes. Experimentam
carícias sensuais muito antes de terem os órgãos sexuais amadurecidos.
Nós, os pais, devemos permitir que as crianças sejam crianças, pois jamais terão outra
oportunidade para o serem. Devemos garantir aos nossos filhos a tranquilidade e as con-
dições para viver plenamente cada estágio de seu crescimento, sem atropelo e sem queimar
etapas.
Dê ao seu filho tempo para brincar, para aprender sobre o mundo adulto aos poucos, para
descobrir a sua sexualidade no momento certo. Caso contrário, o próprio corpo dessa criança
se ressentirá da pressão, da angústia e da insegurança gerados por esse desequilíbrio.
Muitas vezes, é difícil ser diferente, se todos os amiguinhos do filho estimulam a adultiza-
ção precoce. A maioria dos pais nada veem de errado em manter a agenda das crianças cheias,
em deixar suas filhas se maquiarem, usarem saltos altos e se vestirem como mocinhas. Mas,
agora que você está consciente dos problemas que esse crescimento fora de hora pode trazer,
faça o melhor para os seus filhos: deixem que vivam plenamente a sua infância, antes de entrar
para o mundo adulto.

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7. Pré-Adolescência e
Adolescência (10 a 17 anos)

Como descobrir os TALENTOS do seu Filho


Minha mãe adorava me dizer quando eu era criança: “Filho, você conversa com todo mun-
do, com vizinhos, com o mendigo da rua, até com o cachorro! Você podia ser um político!” Às
vezes ela mudava um pouquinho o discurso, e me dizia que eu podia ser jornalista. Na ver-
dade, ela estava constatando um talento natural meu, só estava errando ao indicar o caminho
que eu deveria seguir.

Eu sempre tive, de fato, facilidade de me comunicar com diferentes tipos de pessoas. Mas
esse talento não me levou à política ou ao jornalismo. Eu tenho um PROPÓSITO, uma MIS-
SÃO, na minha vida, que é o de contribuir para as pessoas, ajudando-as a transformar suas
vidas com o meu trabalho e minhas pesquisas em Inteligência Emocional aplicada na prática.
E tenho também os meus sonhos, como a expansão da SBie – Sociedade Brasileira de Inte-
ligência Emocional para o Mundo, que estou realizando enquanto caminho nessa Missão e
construção do meu Legado!

Mas meus pais nunca me disseram “Filho, papai vai te ensinar a realizar seus sonhos”.
Pouquíssimos pais estimulam os sonhos dos filhos. Ao contrário, as pessoas se acostumaram
a reprimir os sonhos umas das outras. Ouvimos com muita frequência frases como “põe o pé

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

no chão”, “quem você pensa que é?”, “coloque-se no seu lugar”, “você está se achando”, e por aí
vai. E isso acontece não devido à má fé, mas à ignorância, e principalmente por não terem
aprendido nada diferente do que fizeram conosco.

Muitos pais acabam “cortando as asinhas” de suas crianças, sem saber que estão podan-
do também as suas oportunidades de realização, de felicidade, de alcançarem um propósito
maior nesta vida. Essa atitude é mais uma das consequências de uma educação baseada no
medo, repressão, manipulação, padronização e repetição que predomina na nossa sociedade.
Os pais acabam repetindo a prática nociva de ensinar as crianças a se menosprezarem, se
subestimarem, a terem pouca ou nenhuma autoestima.

Todos nós possuímos qualidades e talentos únicos, que serão necessários para exercermos
com excelência uma determinada atividade, e com a qual contribuiremos para a evolução e o
bem-estar das outras pessoas e da sociedade em geral.

Qual é o diferencial que eu, você, cada um de nós está trazendo para o Mundo?
Quando falamos em como somos diferentes uns dos outros, de como cada um de nós tem
talentos e qualidades especiais que nos habilitam para determinadas ocupações e objetivos,
estamos falando de MISSÃO, ou de PROPÓSITO de vida.

MISSÃO é aquilo que faz com que cada um de nós contribua com o nosso melhor desem-
penho, com o trabalho mais perfeito, com a atuação de nível máximo de performance. Uma
atividade que nos exige tudo, mas que, também, nos faz sentir absolutamente REALIZADOS
como seres humanos e profissionais.

Exercer a nossa Missão é viver para crescer e contribuir de uma maneira única, só sua,
para o mundo.

E como exercemos essa Missão? Transformando nossos sonhos e desejos em realidade,


fazendo uso dos nossos TALENTOS. Ao cumprirmos a nossa Missão, alcançamos o sucesso
legítimo – a satisfação única, real, profunda, e o consequente e merecido retorno financeiro.

O ato de identificar corretamente a Missão tem uma importância extraordi-


nária na nossa vida!
Os talentos que levam, à primeira vista, a uma determinada atividade pode indicar
uma vocação para uma ocupação completamente diferente. Por exemplo, um talento
inato para o desenho tanto pode levar alguém a se tornar um artista plástico famoso,
quanto um dedicado e discreto desenhista de retratos falados da polícia. São atividades
completamente diferentes, que, se escolhidas erroneamente, podem causar infelicidade
para toda vida.

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Pré-Adolescência e Adolescência (10 a 17 anos)

Por isso, não tente “adivinhar” o futuro do seu filho baseado nas suas observações. O
importante é reconhecer os talentos e deixar que fluam naturalmente, pois levarão o seu filho
ao caminho correto... dele!
Não há uma profissão melhor do que outra, apenas a que está destinada a você – ou
não. Um simples porteiro pode sentir-se realizado exercendo o seu trabalho com excelência,
enquanto um presidente de uma grande organização pode ser infeliz porque não está cum-
prindo a sua verdadeira Missão.
Portanto, sentir-se realizado é uma arte única, pois somos seres humanos únicos. Não há
regras, apenas a de seguir os nossos desejos mais autênticos, indicados pelos nossos talentos
naturais.

NUNCA imponha ao seu filho profissões pelos quais ele NÃO mostra interesse,
só porque você gosta, pratica, ou um dia idealizou essa profissão para si mesmo
Muitos pais projetam nos filhos os seus próprios sonhos, ou até mesmo as suas frustra-
ções, por não terem, eles mesmos, conseguido encontrar o seu propósito, a sua Missão. Esfor-
çam-se, pressionam, fazem de tudo para convencer o filho a seguir esta ou aquela profissão,
sem observar os talentos da criança, reprimindo as suas inclinações naturais, as verdadeiras
aspirações que surgem da sua essência. O resultado mais provável é a transformação dessa
criança num adulto frustrado, inadequado para a atividade que exerce.
Seu filho não é a sua segunda chance, ele não vai cumprir a Missão que você deixou de
cumprir.
Aqui vale a pena ressaltar: mamãe ou papai, os seus sonhos, os seus desejos, são de sua
única e exclusiva responsabilidade. O seu filho NÃO é um prolongamento seu, tem a vida,
os talentos, um propósito, uma Missão só DELE. Esse caminho pode, eventualmente, ser
semelhante ao seu – ou completamente diferente. O importante é deixá-lo livre para seguir
o próprio caminho, e dar-lhe todo o suporte necessário.
Os pais têm a responsabilidade de dar o Norte, orientar o filho para que ele possa descobrir
qual é a MISSÃO de sua vida. E de como realizar os seus sonhos enquanto caminha nessa direção.

Estimule seus filhos a SONHAR


Seu filho quer ser o maior jogador de futebol do mundo? Quer construir uma casa em
Marte? Quer inventar games? Quer ser construtor de espaçonaves? Quer se comunicar com o
mundo? Quer fabricar estrelas?
Ouça sempre os sonhos do seu filho, por mais incomuns ou estranhas que lhe pareçam.
Os seres humanos têm realizado coisas incríveis no decorrer dos séculos, porque esses desejos

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

mais malucos um dia se tornaram realidade. Por isso, permita ao seu filho sonhar, não o repri-
ma, nunca o ridicularize. Deixe-o falar livremente sobre o assunto, faça perguntas, incentive-
-o a sonhar e apenas a perceber os talentos naturais.

O seu papel, como mãe (ou pai), é trazer à luz as habilidades, os talentos, as qua-
lidades do seu filho. E estimulá-los. Assim, irá ajudá-lo a encontrar a sua Missão
Constate o que seu filho faz bem. O que você gosta ou o surpreende nele. Descubra, re-
force, incentive-o a colocar em prática esse dom, mostre o seu apoio, aprovação e admiração.
Diga sempre: “nossa, como você desenha bem!”, “mamãe adora o que você escreve!”, “você
cozinha muito bem!”. Ressalte sempre a ação (desenhar, cozinhar, escrever, etc.) e evite elogiar
DEMAIS qualidades subjetivas, que não dependem do esforço próprio da criança (inteligên-
cia, esperteza, sensibilidade, etc), ou ela tenderá a acomodar-se, habituando-se a depender
apenas dessa habilidade para resolver tudo, sem encarar novos desafios.
Ao elogiar, sempre acrescente a importância do esforço pessoal, da persistência, da força
de vontade. Nunca passe a ideia de que basta só o talento para conseguir o que se deseja. Diga,
por exemplo: “o seu desenho ficou lindo! Parabéns, você treinou e praticou bastante... continue!”
Muitas vezes, algo que aparenta ser negativo à primeira vista pode ser sinal de um
talento incrível. Uma criança hiperativa pode se tornar um grande esportista; outra, muito
barulhenta, poderá encontrar seu caminho como locutora, cantora, humorista. O seu filho
pode manifestar um talento evidente desde cedo, ou mostrar vários talentos sem se destacar
muito em nenhum. Em todos os casos, acompanhe o seu caminho com carinho, apoiando-o
e estimulando-o a se aprofundar naquilo que o mais atrai.
Nunca deixe que o seu filho perca a autoestima. A cada nova vitória, a cada nova realiza-
ção, o seu filho irá descobrindo as direções possíveis, os sinais que o levarão ao caminho dele.
Ele tem uma Missão neste mundo, um papel que só ele poderá exercer. Ele é especial e único
não só para você, mas para todas as pessoas do planeta. Milhares de pessoas estão esperando
pelo seu Filho!
O Propósito de Vida do seu filho estará na atividade que o fará mais FELIZ e REALIZADO.

Mãe coruja. E pai corujão


Até agora falamos a você sobre reconhecer e enaltecer os talentos do seu filho ou filha.
Mas atenção: estamos falando de TALENTOS VERDADEIROS que podem ser percebidos
factualmente.
Quantas vezes você já ouviu a expressão “mãe coruja”? Se soubessem de onde vem esse di-
tado, as mães não se sentiriam muito felizes ao serem chamadas assim. O termo “mãe coruja”
vem da fábula “A coruja e a águia”, do escritor francês La Fontaine:

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Pré-Adolescência e Adolescência (10 a 17 anos)

“A coruja disse para a águia:


– Dona Águia, se encontrar um ninho com passarinhos lindos, graciosos e encantadores, não
os coma, porque são meus filhotes.
A águia prometeu que não comeria os filhotes da coruja e saiu por aí para procurar o seu
jantar. Encontrou alguns passarinhos feios num ninho, e comeu-os. Qual não foi a sua surpresa,
quando viu a coruja pousar no ninho e começar a berrar:
– Dona Águia, sua mentirosa, você comeu meus filhotes!
A águia respondeu:
– Você me disse que seus filhotes são lindos e graciosos. Estes eram feios de dar dó.
– Mas eram os meus filhos! – respondeu a coruja. – Para mim, eles eram as aves mais lindas
do mundo!
A águia deu de ombros e disse:
– Então a culpa não é minha. Você, com a sua cegueira de mãe, condenou seus filhos à morte.
– E foi embora, deixando a coruja a se lamentar no seu ninho vazio.”

Por causa dessa fábula, a expressão “mãe coruja” passou a designar mães que não perce-
bem – ou não querem perceber – os defeitos dos filhos. Para a “mãe coruja”, o filho é sempre
o melhor em tudo e cobrem a criança de elogios, mesmo quando não os merece. O uso desse
termo é tão perfeito, que o que acontece geralmente com os filhos das “mães coruja” da vida
real não é muito diferente do triste destino dos filhotes da fábula. O único reparo é que a ex-
pressão deveria ser usada também para o pai, pois existe muito “pai corujão” por aí.
Durante a infância, pai e mãe têm um poder gigantesco de implantar qualquer tipo de
COMUNICAÇÃO no cérebro emocional do seu filho. E o filho, por sua vez, tem uma grande
sensibilidade, também, para captar essa comunicação, e dela gravar CRENÇAS, ou Progra-
mas Emocionais Positivos/Negativos, que nortearão a sua vida no futuro.
Os falsos elogios dos pais transmitem à criança uma imagem distorcida da realidade.
Ao superestimar as realizações do seu filho, você está gravando na mente dessa criança
um padrão de qualidade distorcido – ou seja, está prejudicando seu senso de avaliação para
tudo o que fizer no futuro. O seu cérebro gravará: “se minha mãe (que é a minha maior fonte
de referência) diz que o que fiz é genial, então é só agir assim de agora em diante, para ser um
gênio”. E passará adotar essa referência.
Por exemplo, ao repetir muitas vezes para o seu filho, desde pequeno, que ele é um craque
da bola, embora seja um jogador normal, você está criando alguém que se enxerga como um
fora de série e não consegue perceber outras reais qualidades e talentos. Julga que todos têm a
obrigação de lhe dar um tratamento especial e enaltecer sua genialidade.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Durante algum tempo, os pais podem manter esse mundo de mentira para esse filho,
reagindo sempre da forma que ele espera. Mas, quando ele começar a viver fora do âmbito
familiar, o mundo não vai tratá-lo com a mesma benevolência. Ao contrário, haverá pessoas
que vão ridicularizá-lo, apontar seus erros, rir dos seus fracassos, e até puxar o seu tapete.
Ele vai se frustrar por não obter o reconhecimento que acha que sempre mereceu, vai perder
oportunidades de seguir uma carreira mais adequada aos seus talentos, será alguém arrogan-
te, instável, com pouca capacidade de resistir aos reveses, sem força de vontade, incapaz de
lidar com críticas.
O mundo vai agir como a Dona Águia: vai “comê-lo”, acabando com suas ilusões e
com a sua autoestima. E, mais tarde, quando perceber o seu erro – se perceber – é comum
que o próprio filho se volte contra os pais, que o educaram para um mundo distorcido.
Todo o “amor” dos “pais coruja” acaba resultando em raiva, rancor e recriminações por
parte do filho.
Portanto é preciso ensinar ao seu filho, desde pequeno, que ele, como todo mundo, tem
dificuldades, tem limites. E isso acontece também com os pais. Compartilhe com seu filho
seus limites, revele suas fraquezas. Diga:
“Olha, papai não sabe desenhar direito, não tem jeito pra isso, e está tudo bem... nunca se-
remos bons em tudo!”
“Mamãe acha difícil usar este programa de computador, mas vai tentar aprender.”
E quando seu filho fizer algo mal feito, diga a verdade, mas se focando sempre no
aspecto positivo. Não critique, não exija a perfeição, mas também não o adule com men-
tiras. Diga:
“Olha, filho, papai está orgulhoso, porque você fez esse trabalho. Mas dá ainda pra melhorar,
não acha? Tente de novo, agora melhorando aqui e aqui...”
“Bacana, filho, mas acho que você tem capacidade para fazer melhor, não acha?.”
“Olha, você jogou muito bem, filho. Mas o outro time jogou melhor, por isso ganhou o jogo.
Não faz mal, o que importa é que você deu tudo de si. Papai está orgulhoso de você! Continue
treinando para ganhar no próximo jogo.”
Ensine seu filho a reconhecer as próprias fraquezas e a se esforçar para superá-las. Com
certeza, ele o surpreenderá, superando limites que você jamais imaginou!

Você pode continuar dizendo que seu Filho é o seu


Príncipe ou muito Especial dentro da sua casa... Mas
sempre o lembre que isso é apenas dentro de casa...
Porque lá fora, ele é apenas mais um... Assim como
o papai e a mamãe também. E isso é a vida real!

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Pré-Adolescência e Adolescência (10 a 17 anos)

Os filhos projetam os pais o tempo todo


É importante que tenhamos consciência de que nossos filhos vão projetar o relacionamen-
to que têm conosco, nos demais relacionamentos da vida adulta. Ou seja, vão projetar a figura
paterna no líder, no professor, no orientador, e a figura materna na namorada, na amiga, etc.

Se o relacionamento com os pais for problemático e sem amor, o filho tenderá a projetar
essas mesmas carências nos outros relacionamentos, isto é, em quem nada tem a ver com isso.
O que acontece, então? O líder, por mais que goste do colaborador, não vai lhe dar a mesma
atenção e reconhecimento que um pai daria ao filho. E, mesmo que isso aconteça, não seria
a mesma coisa. Quem teve um relacionamento sem amor com os pais, viverá a vida inteira
carente, insatisfeito com o trabalho, com os relacionamentos amorosos, sem conseguir focar
nos seus objetivos. Separam-se, não param nos empregos, ou são demitidos.

Por outro lado, se o filho tiver um relacionamento saudável com os pais, projetará um
convívio também saudável com as pessoas ao seu redor. Mesmo que o líder, a namorada e os
colegas não lhe derem muita atenção, ele estará tranquilo. Na sua cabeça, essas pessoas estão
lhe dando o carinho suficiente. Quando olhar para um líder frio e distante, enxergará nele o
pai amoroso, honesto e presente, por isso não se sentirá carente, nem inseguro.

O relacionamento das pessoas não é o que está acontecendo aqui fora. É o que está sendo
acionado dentro de nós.

Seja você. Seja um bom pai, ou uma boa mãe

“Nós nos esforçamos tanto para dar aos nossos filhos o


que não temos, que esquecemos de dar o que temos.”
(Anônimo)

Como já falamos rapidamente no Lado A deste livro, nossos filhos nos escolheram como
pais, no momento da Concepção deles. E fizeram isso não apenas pelas nossas qualidades,
mas também pelos nossos defeitos, pois ambos irão auxiliá-los no seu aprendizado, durante
a passagem por esta vida.

Por isso, eu digo a muitos pais que se martirizam, dizendo “eu deveria fazer mais por ele”,
“eu não posso dar mais coisas a ele”, “preciso ficar mais tempo ao lado do meu filho”, etc., que,
primeiro, pergunte-se se é isso mesmo que o seu filho precisa. Não tentem ser os pais perfeitos
– e muito menos esperem que seus filhos sejam perfeitos, porque todos nós estamos aqui para
aprender e para evoluir. Somos todos companheiros de jornada numa longa caminhada, que
ainda está longe de terminar.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

O bom pai, e a boa mãe, devem criar o filho de uma forma saudável, para que ele cresça
amado, consciente de seus limites e do funcionamento da sociedade onde irá atuar depois de
adulto. Isto é criá-los no equilíbrio entre AMOR e LIMITE.
Cada casa é um simulador, onde a fórmula AMOR/LIMITE será ensinada pelos pais e
testada pelo filho dentro e fora de casa. Os pais criarão as condições certas para simular no
ambiente familiar uma mini-sociedade, Ali, essa criança vai gravar os comandos certos, vai
testar a sua capacidade, vai experimentar até onde vão os limites e aprenderá a respeitá-los.
Descobrirá seus talentos e o seu propósito de vida. Enfim, treinará para viver uma vida equi-
librada e feliz mais tarde.
Por isso, é primordial que, nesse simulador chamado família, seu filho saiba até onde
pode voar e manobrar quando sair sozinho, “pilotando” a sua vida. Ou vai bater e será destru-
ído pelos limites impostos pela sociedade.
O bom pai e a boa mãe devem dizer “não” sem medo, sem dó. Pois depois, lá fora, os limi-
tes serão mais rigorosos...

TEORIA DOS 3 CA’S DO LIMITE


Durante os meus últimos 20 anos, desenvolvendo a Inteligência Emocional de mais de
100.000 pessoas de todas as idades, e principalmente, experiências de vida adversas, pude
perceber a fundamental importância dos LIMITES impostos, ou deixados de existir, durante
a formação de um ser humano.
Enquanto somos crianças precisamos muito do amor dos nossos pais ou criadores para
nos desenvolvermos, mas acima de tudo, precisamos de fortes limites - extremamente impor-
tantes para a construção de um caráter firme, segurança, autoestima e respeito ao próximo.
Infelizmente, saímos de um extremo, onde nossos avós/pais eram espancados pelos pais
deles, e hoje deixamos de dar os devidos limites aos nossos filhos, acreditando que estamos
protegendo nossos filhos de futuros traumas.
O que a experiência vivida ao lado de milhares de pessoas me trouxe, é que jamais um
limite dado através de um comando mais forte, uma segurada mais firme, olhar, ou em ulti-
mo caso, uma “palmadinha” no bumbum, gerou qualquer tipo de trauma nos adultos que já
passaram por mim.
Mas, a falta de limites na infância – SIM – produz futuros cidadãos-tartaruga (duro por
fora e mole por dentro), que por não receberem limites em CASA, acabaram encontrando o
limite tão necessário, na CADEIA ou no CAIXÃO.
Pais e Mães... isso não é para assustá-los, mas sim, o que eu venho observando em todos
os filhos que lá atrás não receberam os limites necessários. Então, dê LIMITES ao seu Filho
sem pena. Pois nós, pais e mães, daremos limites com amor, mas o mundo não. Lembre-se:

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Pré-Adolescência e Adolescência (10 a 17 anos)

Se eu não der LIMITES em CASA, meu Filho encontrará esse limite na CADEIA ou no CAI-
XÃO! Agora a escolha é sua Pai/Mãe! (Teoria dos 3 CA’s)

Filhos “terceirizados”, filhos marginais


Vejo muitos pais que desfrutam de uma situação financeira privilegiada, e estão tão envol-
vidos um com outro, ou com as próprias carreiras, que “terceirizam” a criação e a educação
dos seus filhos. Colocam em ação um exército de profissionais: babá, governanta, motorista,
ou empregadas para cuidar do seu. Mobilizam os avós, ou outras pessoas da família, para
cumprirem o papel que cabe a eles, os pais: criar seu filho.
Essa criança, desde bebê, tem tudo do melhor: Tem a melhor assistência médica e psicoló-
gica, frequenta as escolas mais famosas, faz vários cursos, viaja pelo mundo, pratica esportes,
estuda línguas e veste-se com as melhores marcas. No entanto, todas essas regalias são apenas
“terceirizações”, pobres imitações do amor e da educação que deveriam lhe ser dadas pelos
pais. Essa criança vive à margem do relacionamento dos pais, que só têm olhares para si pró-
prios. Ela não se sente presente ali, dentro dessa família, pois nunca, ou raramente, vive um
momento só dela, na companhia dos pais, numa troca verdadeira de amor, de carinho, de
atenção em família. Mesmo quando os pais a levam para algum passeio, a criança continua
relegada ao segundo plano, pois quem tem a incumbência de cuidar dela é uma babá.
A criança “terceirizada” é um membro marginalizado da família. Cresce à margem
do relacionamento do casal, e ao se tornar um adulto, procurará, também fora de casa, a
marginalidade.
E aí vemos, espantados, notícias nos jornais, relatando casos de filhas de famílias abas-
tadas que namoram um marginal e cometem crimes, muitas vezes contra a própria família.
Ou rapazes que cometem assassinatos dos próprios familiares, para conseguir dinheiro para
drogas. As pessoas se perguntam: “mas como isso pode acontecer com essas pessoas que têm
tudo?”, “como uma moça de boa família pode se apaixonar por um criminoso?”, “por que um
filhinho de papai comete um assassinato violento?”
Esse rapaz, ou essa moça, provavelmente sentiu-se uma pessoa desvalorizada dentro de
sua própria família, a vida toda. Não sente nenhuma empatia pelos pais, pois praticamente
não os conhece. Não preza a família, pois nunca se sentiu parte dela. Sente um enorme vazio
dentro de si, uma frustração imensa, uma grande revolta pela sensação de que não lhe deram
aquilo que tinha direito – o amor e tempo dos pais. Quando se torna um adolescente, começa
a procurar alguém também carente ou desajustado ao seu meio. Encanta-se com o marginal,
com o passador de drogas, com o contrabandista, o bicheiro. Namoram, envolvem-se, passam
a viver juntos. E, se esse filho “terceirizado”, ou filha, não percebe o que aconteceu durante o
processo do seu crescimento, e por que isso está acontecendo com ele, torna-se um marginal
e vive como tal a vida toda. E, muitas vezes, despeja a sua raiva sobre as pessoas que causaram
a sua infelicidade: seus pais.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

A adolescência é o momento crucial, onde os pais perdem o controle sobre os filhos “ter-
ceirizados”. As garotas começam a namorar indivíduos mais velhos, que não trabalham, com
aparência e atitudes suspeitas. Os garotos perdem o interesse pelos estudos, não estão interes-
sados em nada, apenas em dinheiro. Apesar de todo o aparato material, as escolas, as roupas, as
viagens, os presentes, a única coisa que sobrou de sua infância é isso: um adolescente carente e
revoltado com os pais. Porque o que cria esses programas emocionais no cérebro da criança não
é essa vida externa, de opulência. É o que ela viveu emocionalmente durante esses anos.
Por isso, se você não quer esse destino para si mesmo e para o seu filho, inclua-o na sua
vida de verdade. Mostre a ele como é ser você, alguém que criou esse patrimônio, que traba-
lhou muito, que ama o seu cônjuge. Faça parte do dia a dia dele, envolva-se com os estudos,
com os problemas pessoais, ensine-o a viver de uma forma digna e honesta, tendo tempo de
qualidade com ele.
Ou ele vai ter como referências a babá, a empregada, o motorista e todas essas pessoas que
jamais poderão substituir você ou a sua esposa (ou marido). O amor se constrói com o con-
vívio, com a troca constante de carinho, de cuidado, de atenção. Com quem o seu filho está
estabelecendo esta troca? Com você ou com os seus funcionários? Ou com os Avós ou Tios?
Claro que você pode e deve cercar-se de profissionais competentes para ajudá-lo, e à sua fa-
mília, na criação dos seus filhos. Mas nada substitui a sua companhia, o seu exemplo, o seu amor.

Confinamento Digital
Antigamente, costumávamos nos referir à TV como a “babá eletrônica”, e discutíamos se
o hábito de deixar os filhos na frente da TV o dia inteiro era saudável. As crianças paravam de
brincar na rua, não saíam ao ar livre, não interagiam com outras crianças.
Hoje, a “babá digital” substituiu a TV, com os pais entregando um tablet ou um celular
aos filhos para entretê-los, não apenas dentro de casa, mas em qualquer situação, pois esses
aparelhos trazem, entre outras, a vantagem da portabilidade. Desde a mais tenra idade, as
crianças são conduzidas a um mundo de vídeos, games, redes sociais, isto é, uma quantidade
sem fim de diversões digitais. Os adultos levam as crianças a locais públicos, e a primeira pro-
vidência que tomam ao chegar é dar a elas o celular para que comecem a jogar. Assim, elas não
os atrapalharão, nem se comportarão mal. Em vez de ensiná-las a agirem de forma correta na
sociedade, estão apenas dirigindo seu foco para outra direção – isto é, não as estão educando.
Todos conhecem os efeitos causados pelo excesso de tempo desperdiçado por nós, adul-
tos, nos tablets, notebooks e celulares. Imaginem, então, a influência desses aparelhos numa
mente ainda virgem de uma criança.
À medida que o cérebro infantil aprende a interagir com o mundo digital, torna-se cada
vez mais adequado a esse ambiente – onde há regras mais fáceis de aprender, existe a probabi-
lidade de desfazer facilmente os erros, é bombardeado por movimentos, cores e sensações 3D

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Pré-Adolescência e Adolescência (10 a 17 anos)

incríveis. Ou seja, torna-se cada vez mais difícil para essa criança abandonar esse mundo. Não
consegue mais se distrair observando a realidade, acompanhando o ritmo em que as coisas
ocorrem na nossa vida. Ela necessita da velocidade, da intensidade e do impacto contidos na
tela de um celular. E, sempre que esse garoto ou garota é exposto a esses estímulos impactan-
tes, sente a necessidade de um impacto cada vez maior na próxima vez.
Seu filho pode e deve aprender a utilizar o mundo virtual, porque ele nos traz vantagens
inquestionáveis e está aí, presente em todos os momentos da nossa vida. Mas, antes disso, uma
criança deve aprender a correr, pular, jogar, conviver e brincar com pessoas reais, com o ca-
chorro, com brinquedos que exercitem a sua imaginação e com as coisas mais simples da na-
tureza. Seu filho precisa entrar em contato com a natureza, saber como é rolar na grama, pisar
na terra, molhar-se com a chuva, ver como é um rio, o mar, a montanha e subir em arvores!
Ele precisa aprender como é gostoso passar uma tarde com o pai e a mãe, tendo-os só para
si. Porque o mundo digital, por mais que tente reproduzir tudo isso, é apenas uma simulação
simplificada da realidade, assim como as relações de amizade digital são apenas uma imitação
dos relacionamentos pessoais.
Só numa relação entre duas pessoas reais, frente a frente, há uma verdadeira troca de
energia, de amor.
Nas redes sociais, as pessoas brigam por qualquer motivo, dizem coisas irracionais,
mostram-se agressivas, preconceituosas, intolerantes. Por razões banais, discutem, publicam
mensagens ofensivas e desfazem amizades, que, por sua vez, foram conseguidas de forma
igualmente banal. Qualquer adolescente tem centenas de amigos – que nunca viu – na sua
página, por isso, um a mais, um a menos, não faz diferença para ele. Cria-se uma ilusão de
popularidade, de amizade, que não existe de verdade. Esses garotos mostram-se felizes nas
redes sociais, mas, ao desligar o computador ou o celular, tornam-se indivíduos arredios,
frustrados e carentes, que não sabem se relacionar, se isolando em seus quartos. Na vida real,
só reagem de duas formas: agredindo ou fugindo, fazendo de conta que não se importa com
nada, que não precisa de ninguém.
É a esse mundo que você quer confinar seu filho?
É importante que o seu filho saiba lidar com o mundo digital, mas você deve colocar re-
gras – estabelecer LIMITES – desde o início. Dizer: “você pode acessar a internet, ou jogar o
seu game online por X horas por dia/semana”. E usar a sua autoridade para controlá-lo. Porque
esse mundo, como tudo que nos traz estímulos de excitação e de prazer, é viciante. E, quanto
mais seu filho mergulhar nele, mais difícil será trazê-lo de volta à vida real.
O uso excessivo e indiscriminado de aparelhos eletrônicos pode trazer grandes riscos à
saúde física, emocional e social das crianças. Estimula a obesidade, a acomodação, o seden-
tarismo e o isolamento social. Por outro lado, as brincadeiras tradicionais, a vida ao ar livre,
o contato físico, favorecem o desenvolvimento psicomotor, a afetividade e a capacidade de
relacionamentos interpessoais.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

A dependência à tecnologia digital causa ansiedade, angústia e frustração, pois lá não há


troca de amor, de carinho, de brincadeiras com os amigos. O seu filho recebe likes, pontos,
vidas, emoticons como respostas às suas ações, e esses rótulos digitais não trazem a energia
contida num ato de amor. Os emoticons e os ícones jamais conseguirão representar a sutileza
das emoções verdadeiras, ao contrário, limitam-nas a um número baixíssimo de opções gráfi-
cas, vulgarizando e esquematizando algo tão rico e complexo: as nossas emoções.

Para manter o seu filho a salvo dessa intoxicação digital, limite os horários de uso do
celular, do computador, do tablet, para uma ou duas horas pela manhã ou a noite. E lembre-
-se de dar sempre o seu exemplo em primeiro lugar. Se você, pai ou mãe dessa criança, vive
mergulhado nesse mundo digital, teclando mensagens sem parar à mesa, de manhã, de noite,
sem dar atenção à sua família, vai ser impossível exigir outra atitude por parte dele.

Por que o seu filho mergulha nesse mundo digital?

Porque não está recebendo respostas da vida real para as suas necessidades de amor. Então
busca uma distração para essa carência e angústia que está sentindo.

E a solução, como sempre, é o AMOR e o LIMITE juntos!

Reserve mais tempo para acompanhar seu filho em alguma atividade em conjunto, crie
momentos em que ele possa parar um pouco, refletir e relaxar em sua companhia. Pratiquem
algum esporte juntos, criem situações em que possam conviver com regularidade, quando
poderão se aproximar um do outro, conhecer-se melhor e trocar ideias e experiências.

Toda criança quer ser amada e saber quais são os seus limites. Quer que a ensinem até
onde pode ir sem se machucar e sem ferir o outro. Quer levar o tombo em casa, perto de quem
pode erguê-la e curar suas feridas, não na frente de desconhecidos, que não se importam
com o seu bem-estar. Quer viver o mundo real – e receber um amor real – não a simulação
artificial do mundo digital. Nós, os pais, devemos encaminhá-la para a vida real que a espera!

Desde a época das Cavernas, nunca trabalhamos e desenvolvemos a Inteligência Emocio-


nal – a capacidade de perceber e lidar com as nossas emoções e com as dos outros. Sempre
tocamos as nossas vidas na base do acerto e do erro, mas os pais que estão lendo este livro,
agora, têm a chance de começar uma mudança, que não é só deles, mas de toda uma geração.
E isso é muito importante: eles estão dando um basta, aqui, em hábitos negativos que estão
ecoando na família há muitas gerações! Vão ensinar coisas diferentes para os seus filhos. Vão
deixar um legado infinitamente melhor para eles e para o Mundo!

Consumismo infantil
O cinema, TV, e a internet enviam diariamente milhões de estímulos, informações, atra-
ções, diversão, manipulando pais e filhos para que se enquadrem na padronização de atitudes
e costumes confortáveis ao status quo.

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Pré-Adolescência e Adolescência (10 a 17 anos)

Essa comunicação de massa é pobre em conteúdo, mas é sedutora, sofisticada e muito


bem concebida em forma. Ela impõe às pessoas modas, hábitos e ideias desenvolvidos por
profissionais especializados, com o propósito de criar, a todo instante, novas necessidades de
consumo, sempre apoiadas por maciças verbas de divulgação – as fontes de renda das empre-
sas de comunicação.
Esse “canto de sereia”, criado pela mídia de massa, nos bombardeia diariamente com estí-
mulos de um mundo ilusório, onde a felicidade é copiar roupas, corte de cabelo e atitudes de
celebridades. Onde a sensação de realização só pode vir com o consumo de um bem material:
o último modelo de tênis, do celular, bolsa ou de carro.
Essa falsa concepção de felicidade, baseada num mundo que só existe através da lente
da mídia, traz resultados extremamente danosos à saúde emocional: ela induz à repetição
permanente do comportamento da maioria e sufoca os talentos individuais, a inovação e a
diversidade.
Com o aumento do poder aquisitivo das famílias, das facilidades de compra e de crédi-
to, cada vez mais transformamos o AMOR numa simples mercadoria. As crianças vão aos
shoppings com os pais, olham as vitrines e querem comprar tudo. Esses pais, que trabalham
demais e não têm tempo para se dedicarem aos filhos, sentem-se culpados. E compram tudo
para eles, na tentativa de suprir a falta de tempo deles com seus filhos.
Ao comprar coisas, a criança recebe no seu cérebro emocional uma descarga de serotonina
e dopamina, os hormônios do prazer e bem-estar. Mas essa sensação só dura alguns momen-
tos. A criança logo se entedia dos objetos comprados e os esquece em algum canto. E passa a
pedir outros presentes, que também logo serão descartados, num ciclo de consumo sem fim.
Antigamente, a garotada possuía um ou dois brinquedos, que fazia durar por vários anos e
ainda repassava aos irmãos menores. Era comum brincarmos com coisas que encontrávamos
à mão: caixas vazias, pedacinhos de barbante, madeira velha, papelão, etc. Construíamos na
areia uma pista de corrida para tampinhas de garrafa, usando papelão para fabricar rampas,
imaginávamos traçados fantásticos com curvas e tudo o mais. Construíamos o nosso próprio
carrinho de rolimã, que pintávamos com a nossa cor predileta e desenhávamos nele a marca
da nossa turma, imitando carros de Fórmula 1. Fazíamos pipas, estudando uma forma de
fazê-las voar mais alto, serem mais ligeiras nas acrobacias aéreas. E cada um desses brin-
quedos tinha um valor especial, pois era único! Havia um vínculo emocional conosco, pois
o havíamos feito. Na nossa mente, estavam associados a momentos de felicidade, diversão e
poder de realização.
Mas e o brinquedo anunciado pela propaganda, cheio de encantos, sons, músicas e cores?
À primeira vista, esse brinquedo pode parecer muito mais bonito e desejável, mas esse
encanto vai embora assim que a criança o possui. Essa criança não tem nenhum vínculo emo-
cional com esse brinquedo, que é apenas um objeto genérico, criado para satisfazer o maior
número possível de consumidores. Ao ganhá-lo, o seu filho será igual a milhares de garotos e

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

garotas que ganharam a mesma coisa dos seus pais. Ao dá-lo, você estará enviando ao cérebro
emocional do seu filho a mensagem de que ele é apenas “mais um”, um anônimo na multidão,
sem nada de especial.

Não compre, por aí, QUEM você é


Pode ser um aparelho eletrônico sofisticado de última geração, ou o último lançamento
de tênis de uma marca conhecida. Pode até ter custado uma fortuna – mas esse objeto, com
certeza, tem pouco ou nenhum valor emocional.
Ao estimularmos o consumismo nos nossos filhos, criamos crianças que se tornarão ado-
lescentes emocionalmente fragilizados, que vivem em estado permanente de frustração por-
que não conseguem comprar mais e mais roupas, sapatos, jogos, aparelhos eletrônicos, livros,
brinquedos, etc. Esses “filhos da mídia” perseguem o falso ideal de felicidade criado pelos
meios de comunicação, uma felicidade passageira, que nunca se mostrará completa ou satis-
fatória, gerando carência e ansiedade.
Por isso, é muito importante que, desde cedo, você dê ao seu filho brinquedos que per-
mitam inventar novas formas, montando-as e juntando as peças em outras combinações. In-
centive-os a criar seus próprios brinquedos com objetos recicláveis como embalagens, jornais
ou garrafas plásticas. Mostre a eles o valor de reaproveitar o que já foi usado com imaginação
e consciência. E, principalmente, mostre a ele que, se não pode comprar algo, não precisa se
desesperar: sempre podemos dar um jeito com a nossa criatividade e vontade de realizar...
essa será uma importante lição para o futuro do seu filho!

Somos Filhos do Criador. Por isso Criamos também!


Eu gosto de pensar que todos nós, seres humanos, somos Filhos de alguém maior, mais
poderoso, infinitamente bondoso e sábio: o Criador, Deus, Universo, ou o nome que acredita.
Portanto, a necessidade de “criar” está presente na nossa essência. Por isso sentimos esse pra-
zer enorme, incomensurável, ao realizar um ato de criação.
Seu filho, ao criar um brinquedo, produzirá uma imensa descarga de hormônios do amor,
da felicidade e do bem-estar, como a ocitosina, a serotonina, ou a dopamina, e essa sensação
será muito mais duradoura e profunda do que ao comprar um brinquedo pronto.
Mas, se ele crescer em meio à sede consumista, passando de um objeto de desejo para
outro, cada vez mais caro, o prazer durará pouco e a angústia e a carência continuarão a
existir eternamente. A sua insatisfação nunca será resolvida. Uma grande carga de hormô-
nios de tristeza, frustração e estresse estará sendo despejada no seu sangue constantemente,
produzindo um desequilíbrio hormonal que influenciará negativamente a sua saúde física e
emocional.

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PRÁTICA PARA OS PAIS – Criando diversões


Ensine ao seu filho a criar brinquedos!
1. Reserve uma tarde no final de semana para criar um brinquedo com o seu filho. O tipo
de brinquedo vai variar com a faixa etária da criança ou adolescente.
2. Junte objetos (que não são brinquedos) que possam ser usados para a confecção do
brinquedo, sempre junto com o seu filho. Dê preferência a objetos já usados, como
vidros, caixas, embalagens de leite, potes, sacos plásticos, palitos de picolé, rolhas, tam-
pas, latas, embalagens de pizza, de sanduíches, etc. Acostume seus filhos a ver possibi-
lidades de criação em coisas inusitadas como um pedaço de plástico, de madeira, etc.
Além de estimular a imaginação, você estará ensinado a eles os benefícios da recicla-
gem e a não desperdiçar material como o papel, vidro, etc.
3. Pense, sempre junto com o seu filho ou filha, o que pode ser feito com o material juntado:
carrinhos com garrafas pet, bonequinhos em forma de animais com potes e latas, máscaras
de palhaço com pedaços de caixas de papelão, um joguinho de dominó com caixas de fós-
foro. Para se inspirar, procure no Google por “brinquedos reciclados”. Aparecerão dezenas
de links com sugestões para criar o seu próprio brinquedo customizado! Mas não se prenda
só nas sugestões apresentadas, inspire-se nelas para criar algo diferente!
• Faça seu filho olhar bem para o formato de cada coisa: garrafas, caixas, potes. E
pergunte: “isso lembra o quê?” Pense junto com ele. Isso parece um avião, um ca-
chorrinho, uma raquete de tênis de mesa?
• Conversem e decidam qual é o brinquedo que pode ser feito.
4. Agora procurem por peças que completarão o seu objeto, para fazer as orelhas do ca-
chorro, a asa do avião, etc.
5. Faça o brinquedo! Use tesoura, prego, cola, o que for necessário. Ensine seu filho a usar
as ferramentas com cuidado.
6. Depois pinte, cole, dê um acabamento legal. Faça o brinquedo de vocês ficar bem bonito!
Logo você vai perceber que o seu filho começará a fazer outros brinquedos por conta
própria. Incentive-o, deixe que chame os amiguinhos para fazerem os brinquedos juntos. Isso
acontece porque a atividade criativa é muito melhor do que brincar com brinquedos prontos,
que dão poucas opções de interação.
Incentive também seus filhos a brincarem com jogos que estimulam a imaginação como
o RPG, onde os próprios jogadores criam as situações de cada aventura, assumindo os pa-
péis dos personagens. Mas lembre-se, deve haver, em tudo, um EQUILÍBRIO. Há sempre
um tempo para a diversão e um tempo para os estudos, para as atividades ao ar livre, e para a
companhia dos pais e amigos. Procure sempre ensinar seus filhos a organizar os horários para
que esse equilíbrio seja mantido pela vida afora!

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Bullying x Praising
A palavra bullying vem do verbo to bully, em inglês, que significa maltratar ou intimidar.
Para mim, BULLYING nada mais é do que FOCAR no NEGATIVO: encontrar algo negativo,
algo diferente dos demais, que provoque dor e sofrimento numa pessoa – para comunicar,
espalhar, exacerbar e dar foco.
O bulidor, ou quem pratica o bullying, só enxerga o fator negativo no outro. Resume a
pessoa a um defeito ou incapacidade: o nariz grande, a baixa estatura, a obesidade, a timidez,
a inabilidade de se relacionar, a gagueira, enfim, prende-se a um problema ou dificuldade do
outro para dar foco e humilhá-lo, agredi-lo e tentar bani-lo do grupo.
Em eras primitivas, nós, os seres humanos, aprendemos a focar no negativo para sobre-
viver. Isso acontece porque todos nós descendemos daqueles indivíduos que foram mais efi-
cazes em descobrir onde existia uma fraqueza ou uma deficiência. Ao detectar onde estava
o problema, podiam resolvê-lo. E como era resolvido? Eliminando-se os indivíduos proble-
máticos. Nunca se cogitava em curar alguém que nascia cego, ou quebrava uma perna ou um
braço. Deixavam-nos para trás, para ser devorado pelas feras. E o grupo sobrevivia.
Porém milhões de anos de evolução se passaram, e aprendemos que a sociedade deve
cuidar dos membros mais frágeis, pois cada indivíduo poderá contribuir para o todo com
talentos diferentes. Beethoven, apesar de sua surdez, compôs peças maravilhosas, que nos
encantam até hoje. Stephen Hawking, um dos maiores físicos do mundo, sofreu de esclerose
lateral amiotrófica, uma doença incurável que leva à perda gradual de movimentos. Hoje, ele
faleceu, mas foi um dos maiores cientistas do mundo, e contribuiu de forma notável para a
cosmologia.
O bullying é uma tentativa primitiva de eliminar a pessoa que possui algum defeito, difi-
culdade ou diferença, que a torna o indivíduo mais vulnerável do grupo. Quem faz bullying,
sente-se profundamente incomodado com a presença dessa pessoa, e quer que ela suma do
seu meio. Agride-a e a afasta, porque ela o faz enxergar coisas que não gosta, que considera
feias, erradas, diferentes no outro, ou especialmente, algo que ela não gosta em si mesma.
Mas por que algumas pessoas fazem bullying e outras, não?
Por que algumas pessoas são vítimas de bullying, e outras, não?
Tanto quem faz, quanto quem sofre bullying, foram, em alguma medida, vítimas de
bullying dentro de sua própria casa. Entenda, bullying, muitas vezes, pode não envolver agres-
sões físicas, mas, sim, agressões psicológicas e emocionais de diversos níveis de gravidade.
A criança que é muito criticada pelos pais em casa, sofre todos os dias com a dor das pala-
vras agressivas, dos sentimentos negativos que os pais nutrem por ela. Frases como “você não
sabe nem isso? Você é um burro!”, “você caiu de novo? Parece um bobo!”, “você não serve pra
nada, mesmo!”, “você só me faz passar vergonha, com essa gagueira!”, “você parece um porco,
gordo desse jeito!”, “seu orelhudo! Você não se enxerga?”, por exemplo, caracterizam o bullying

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dos adultos com a criança. É na casa que as sementes do bullying são plantadas. Ali, a criança
aprende a focar no negativo, a criticar e a agredir.
Depois, quando começa a conviver em grupos e a se desprender um pouco da esfera fa-
miliar, age da mesma forma com quem possui alguma deficiência, pois a visão dessa pessoa o
agride com a percepção de um problema semelhante ao seu. Sente-se mal, com raiva, só de ter
o outro por perto. E aí faz bullying: aponta o defeito do outro, ridiculariza e amplia o problema
e instiga o grupo a eliminá-lo.
A vítima de bullying sofre de maneira semelhante ao do bulidor, na sua casa, é alvo de crí-
ticas, humilhação e descaso. Muitas vezes vemos pais agredindo verbalmente os filhos quando
cometem algum erro, julgando que estão fortalecendo-os para a vida. Ao contrário, estão
enfraquecendo-os. Cada vez que um pai chama o filho de “burro”, por exemplo, está dando
um murro no mesmo lugar, deixando-o mais ferido e mais sensível. Em vez de criar um calo,
está abrindo mais a ferida. Mais tarde, qualquer toque naquele local, mesmo o mais leve, cau-
sa uma dor enorme a esse filho. O bullying já existe, e começou em casa. Quando os colegas
começam a maltratá-lo na escola, é só mais um toque naquela ferida. Mas pode ter certeza de
que a dor mais sofrida é a causada pela palavra e os sentimentos que vêm dos pais.
O bullying só vai em frente quando a vítima chora, sente-se mal, mostra-se ferida, ou tenta
revidar, o que é comum em quem já sofre bullying em casa. Essa criança se enxerga como
alguém ruim, debilitado, negativo, e tem a sua autoestima lá em baixo. Qualquer referência a
um defeito seu doerá muito mais nela, do que em outras crianças. E, aí, essa vítima vai reagir
de três formas: vai chorar, vai agredir ou vai se isolar. Nenhuma dessas reações é positiva. As
três reforçam o bullying, fazendo com que ela continue a ser agredida.

Como prevenir-se contra o bullying? A resposta é o Praising!


Praising vem do verbo to praise, em inglês, que significa louvar ou elogiar. Por isso, fazer
PRAISING é FOCAR nas coisas POSITIVAS, nas qualidades de cada pessoa, o antídoto para
o bullying.
O primeiro passo é ensinar seu filho a fazer praising. E isso deve começar em casa, com
o seu próprio exemplo. Aponte as qualidades do seu filho, enalteça os acertos, fale dos erros
somente para ajudá-lo a superá-los, nunca para ridicularizá-lo. Aponte as qualidades das pes-
soas, o lado bom dos acontecimentos, mostre-se otimista e ensine-o a se colocar no lugar do
outro. Ajude-o a enxergar e propagar a vida pelo lado positivo. E, principalmente, a enxergar
as diferenças sem preconceitos e críticas.
Se o seu filho apontar para alguém e disser: “olha, ele tem uma cabeça enorme!” Diga: “fi-
lho, quem disse que a cabeça dele é grande? Pode ser que a cabeça dele seja normal e as nossas
sejam pequenas, porque ninguém falou de que tamanho as cabeças têm que ser”. E dirija o foco
para coisas positivas: “a cabeça desse menino só é diferente. Ser diferente não significa que é

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

ruim. É só diferente. Muitas vezes, o que é diferente vai ser aquilo que vai nos tornar melhores,
mais bonitos, mais inteligentes, mais queridos”.

Se o seu filho tiver alguma má formação congênita, por exemplo, faça com que enxer-
gue isso de forma positiva. Aquilo que é diferente em nós nos traz uma identidade única,
especial.

Sempre cito como exemplo a mãe do meu primeiro filho, que nasceu sem a orelha esquer-
da, mas nunca se preocupou em esconder o fato, usando o cabelo preso sempre que sentia
vontade. A mãe dela sempre lhe disse, desde pequena: “filha, você é especial porque tem a
orelhinha desse jeito. Você é única, diferente, por isso tenha orgulho de ser como é.” Por isso ela
cresceu sem traumas, sem problemas de autoestima. Mesmo que outras crianças apontassem
para a sua orelha, ela não ligava. Dizia sempre: “eu sou especial”. A postura dos pais dela fez
toda a diferença!

Devemos erguer a bandeira do Praising!


Vemos as pessoas discutindo sobre bullying em todo lugar, falando e escrevendo que deve-
mos acabar com o bullying, temos que eliminá-lo, proibi-lo, etc. Dessa maneira, mais uma vez,
estamos focando no negativo. Quando dizemos “vamos parar de fazer bullying”, estamos jo-
gando a nossa lente de aumento na ação negativa, sem dar uma alternativa melhor e positiva.

O PRAISING nada mais é do que “o que fazer, em vez de praticar bullying”. É uma mudan-
ça de foco, uma alternativa POSITIVA: ELOGIAR e DESTACAR as qualidades das pessoas. E,
ao agir assim, uma mudança notável vai ocorrer.

Se digo para alguém: “puxa, você tem talento para desenhar”, por exemplo, ela tenderá a
responder retribuindo o elogio. Dirá: “obrigado! E você escreve muito bem!” Ou seja, ela enxer-
gará algo positivo em mim também.

PRAISING contagia. BULLYING contamina


Existe uma teoria da comunicação, chamada de Lei de Retribuição Equivalente, que diz
que uma das necessidades mais fortes no comportamento humano é a da retribuição. Ten-
demos a retribuir na mesma moeda tudo o que recebemos. Portanto, se levamos uma tapa,
damos uma tapa. Se nos dão um abraço, retribuímos com um abraço. Se praticamos bullying,
recebemos bullying. Se praticamos praising, recebemos praising.

Ao destacar a qualidade e o talento de alguém acostumado a focar só no negativo, estou


ensinando-o a ver qualidades em mim e nos outros. Estou criando um ponto de contágio,
para espalhar o praising e também para recebê-lo, pois, mesmo que não seja na hora, a atitude
positiva voltará para mim.

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Pré-Adolescência e Adolescência (10 a 17 anos)

Devemos espalhar o praising como uma ferramenta para dar e receber coisas positivas.
Devemos ensinar o praising para os nossos filhos desde pequenos, primeiro com o próprio
exemplo, depois, mostrando que ele pode fazer isso com os amiguinhos, as pessoas que en-
contra, e até mesmo com quem não gosta dele. Pois, assim, essa pessoa poderá enxergar coisas
boas nele e até se tornar sua amiga.

E o praising não faz só isso. Se você treina para enxergar qualidades nos outros, tende a
enxergar coisas positivas em si próprio, até pela influência de outras pessoas, que apontarão o
que gostam em você. Tanto você, quanto elas, ficarão mais receptivas e sensíveis ao seu lado
positivo. Cria-se aí um Círculo Virtuoso, um contagiando o outro de forma positiva.

O que fazer, se seu filho testemunha um caso de bullying?


Diga ao seu filho que não adianta enfrentar o autor do bullying e dizer para ele parar, pois
isso pode causar um efeito contrário. O bulidor pode intensificar o bullying e ainda passar a
agredir também o seu filho.

1. Em primeiro lugar, converse com o seu filho e explique a ele que, tanto o bulidor como
a vítima, geralmente sofre bullying em casa. Por isso só enxerga o lado negativo dos
outros e de si mesmo. Explique a ele o que é praising, e como praticá-lo.

2. Ele pode praticar o praising conversando com o bulidor num momento em que ele não
está em estado agressivo, e chamar sua atenção para uma qualidade dele. Por exemplo,
se o bulidor é bom em algum esporte, pode-se conversar sobre o tema e destacar a
habilidade dele. Assim, estará estimulando o lado bom desse garoto, e estimulando-o
a reconhecer também o lado bom dos outros, inclusive da vítima do bullying.

3. Para ajudar a vítima do bullying, é preciso também contra-atacar com o praising. Não
se deve tocar no assunto do bullying, pois o que se pretende é mudar o foco para o lado
positivo. O importante é conversar com a vítima e mostrar-lhe que ela não é apenas
a pessoa portadora de uma dificuldade ou deficiência (que causou o bullying), mas é
muito mais do que isso: tem outras qualidades e talentos, que podem e devem ser re-
conhecidos. Isto é, deve-se resgatá-la da sintonia no negativo em que está mergulhada
e colocá-la no estado positivo.

O que fazer, se o seu filho está recebendo bullying?


Você deve, antes de tudo, ensiná-lo a parar o bullying desde o início, antes que se fortaleça,
criando um hábito perigoso.

1. Na hora do bullying, seu filho deve colocar um limite verbalmente – em nenhum mo-
mento deve tocar no outro ou permitir que ele o toque. É preciso falar de modo claro

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

e firme, olhando nos olhos do bulidor. Dizer: “não gosto dessa brincadeira. Não vou
mais permitir que você faça isso.” Em seguida, deve se afastar do bulidor.

2. Tenha uma conversa séria com o seu filho, e explique: “olha, filho, provavelmente esse garo-
to tem uma relação muito difícil com os pais em casa. E ele só está fazendo com você o que
fizeram com ele. Imagine se eu, ou sua mãe, fizesse isso com você! Ia doer, não ia? Então, foi
isso que ele recebeu e aprendeu. Tente se colocar no lugar dele e compreendê-lo” . Porque
o perdão só vem por meio da compreensão. Se o seu filho conseguir sentir empatia pelo
bulidor, poderá perdoá-lo e, principalmente, perderá o medo dele, pois o bulidor deixará
de ser o monstro que o persegue, mas alguém infeliz, que precisa de ajuda.

3. O seu filho deve praticar o praising: observar o bulidor, procurando encontrar quali-
dades nele. Muitas vezes, isso é penoso para quem é vítima, mas, se o seu filho sentiu
alguma empatia pelo bulidor durante a conversa anterior que teve com você, conseguirá
mudar o foco do seu olhar para o positivo. O bulidor vive na sombra, vendo apenas o
lado ruim, o negativo. É preciso trazê-lo para a luz. E o seu filho pode fazê-lo, ao falar
com ele num momento em que não se encontra num estado agressivo, e destacar alguma
qualidade dele. Dizer, por exemplo: “cara, parabéns, você deu um passe incrível no jogo,
hoje!” Se houver sinceridade, o bulidor sentirá e ficará tocado, mesmo que não demons-
tre na hora. E a necessidade de retribuição fará com que tente enxergar uma qualidade,
também, no seu filho. Então, é perceber, reconhecer e destacar o lado bom de quem
pratica o bullying, para reverter o processo. E, quem sabe, até fazer um novo amigo.

O que fazer, se o seu filho pratica bullying


1. Em primeiro lugar, olhe para dentro de sua própria casa, para o seu relacionamento
(e de sua esposa ou marido) com o seu filho. Vocês, pais, estão praticando bullying em
algum nível. Repensem como falam com o seu filho. Vejam se vocês não costumam
criticá-lo, diminuindo-o e acusando-o ao menor erro, se não costumam chamá-lo com
apelidos ofensivos, ou o ridicularizam por causa de alguma dificuldade, problema ou
característica física. Conscientizem-se dos erros e parem de errar. Façam o Resgate
Emocional para pedir perdão ao seu filho, dizer-lhe que o amam e que ele pode ser
uma pessoa positiva, que reconhece as qualidades das pessoas, que compreende e pro-
tege quem tem dificuldades e fraquezas.

2. Pratique praising com o seu filho. Observe-o e faça uma lista das qualidades e talentos
que enxerga nele. Incentive-o a usar esses talentos, destacando-os sempre que puder.
E abrace-o, demonstre o seu amor com palavras ou gestos, pois o seu filho se encontra
muito carente.

3. Converse com o seu filho sobre o praising, ensine-o a enxergar o lado positivo das pes-
soas. Diga: “papai e mamãe também estão aprendendo a praticar o praising. Por isso,

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Pré-Adolescência e Adolescência (10 a 17 anos)

queremos ensinar a você também. Faça o mesmo com os seus amigos, colegas, a partir
de hoje!”
Vale ressaltar que, seja seu filho a testemunha, a vítima ou o bulidor, dependendo do nível de
agressões, é aconselhável procurar a direção da escola para saber se está ciente do problema, e se
está fazendo algum esforço para contê-lo. Se não, é preciso exigir que se organize alguma ação
para o problema ser solucionado. O bullying sem controle já causou catástrofes como suicídios,
tiroteios nas dependências da escola e graves problemas emocionais nos envolvidos. Por isso,
não é um problema para ser tratado apenas no âmbito familiar. É um problema social, que pede
a participação ativa da direção da escola, dos professores, dos pais e dos alunos.

12 Ferramentas para Educação Emocional do seu Filho


Muitas vezes, aprendemos coisas importantes sobre algum assunto, mas deixamos para
depois a prática desses ensinamentos. Mas, no caso da Educação Emocional do seu filho, você
não pode perder um minuto sequer, pois há muito que fazer.
Vamos propor a você, agora, uma prática especial: treinar uma ferramenta de Educação
Emocional por mês. Pois, assim, você pode começar a colocar em prática o que aprendeu
neste livro, agora mesmo!
Treinar uma ferramenta por mês não significa que você vai deixar de usá-la depois, ou que
não pode usá-la antes de chegar ao mês reservado a ela. O propósito é FOCAR em uma fer-
ramenta cada mês, mas você pode – e deve – usar qualquer uma delas, sempre que necessitar.
NÃO PERCA MAIS TEMPO. Vamos começar já esse período de aprendizado, para o bem
do seu filho!

Mês 1: Faça o RESGATE EMOCIONAL


Já falamos muitas vezes sobre a carga de emoções negativas que enviamos, sem saber ou
querer, aos nossos filhos, enquanto ainda estão na barriga materna. Por isso, faça o Resgate
Emocional, mesmo que você se sinta a pessoa mais equilibrada do mundo. Todos nós, em al-
gum momento, sentimos angústia, medo, frustração, solidão, raiva, etc., e deixamos sequelas
emocionais no nosso filho.
Não importa se o seu filho (ou filha) é um bebê, um adolescente ou um adulto, ou se ele
está longe ou perto de você: nunca deixe de fazer o Resgate Emocional, porque ele funciona
em qualquer distancia! E, se você souber da existência de problemas específicos com o seu
filho, direcione o texto do Resgate para eles.
Então comece AGORA o primeiro mês de treinamento real: releia o capítulo sobre o Res-
gate Emocional, uma ferramenta maravilhosa para a Reprogramação Emocional do seu filho.
E coloque-a em prática!

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Mês 2: Faça a COMUNICAÇÃO DE AMOR


Em caso de filho (ou filha) pequeno, durante 5 minutos ao dia, os pais devem pegá-lo no
colo, acariciá-lo, abraçá-lo e tocá-lo. Não é para dar algo material, como um doce ou um pre-
sente. É hora de dar apenas AMOR! É um momento para transmitir e comunicar todo o seu
amor ao seu filho, curti-lo e ser curtido por ele. Não é preciso marcar uma hora certa, apenas
se assegure de que haverá esse momento todos os dias.
Em caso de um filho adolescente (ou adulto), é abraçá-lo, beija-lo, aproximar-se para uma
conversa, para contar piadas e rirem juntos, e criar uma convivência, uma cumplicidade e
uma intimidade prazerosa. É o momento de demonstrar e dizer que o AMA de todas as ma-
neiras possíveis.
É simples, mas não é fácil. Se você e a sua esposa (ou marido) não estão habituados a essas
demonstrações de amor, não se preocupem: a maioria dos pais também não está. Pode ser
difícil no início, mas insistam. Pratiquem todos os dias, pois este treinamento é voltado para
quebrar o gelo inicial e estabelecer um hábito saudável. Depois desse mês de treinamento,
mantenham para sempre esse hábito maravilhoso: DAR AMOR ao seu filho TODOS os dias!

Mês 3: Conte a SUA HISTÓRIA


Dona Laice, minha mãe, que vocês já conheceram em várias histórias deste livro, contou-
-me certa vez que, quando chegou em São Paulo em 1971, ela tinha apenas 18 anos. O dia
estava terrivelmente frio e garoava. O chão da casa onde ficou era só cimento gelado. Não
havia um colchão, e minha mãe dormiu apenas com um cobertor, batendo os dentes de frio.
Mesmo assim, ela persistiu, guerreira que é. Hoje, está forte, saudável, faz academia todos os
dias, vive muito bem nesta terra que a acolheu tão mal no início. Quanto a mim, eu me pego
às vezes pensando, quando me deparo com alguma dificuldade: “se a minha mãe superou tudo
aquilo, sou capaz de superar isto aqui, também”. Por causa dela, sei que sou muito mais forte
do que imagino. Sua história pessoal me inspira, me torna mais forte, e ficou gravada no meu
cérebro emocional como um ensinamento inestimável.
Quantos filhos vivem com os pais durante quase toda a sua vida e mal os conhecem? Não sa-
bem como seu pai era quando criança, como foi a juventude de sua mãe, como se conheceram,
como lutaram para conquistar seus objetivos, as perdas ou as dificuldades. Nas nossas histórias
pessoais há ensinamentos poderosos, que devemos compartilhar com os nossos filhos.
Então o treinamento do Mês 3 é este: Todos os dias, sente-se ao lado do seu filho (ou
filha) e conte um fato de sua vida. Estimule a sua esposa (ou marido) a fazer o mesmo!
“Mas o que devo contar?”
Qualquer coisa. Tudo. Momentos de dor, de dificuldade, de felicidade, de surpresa, de des-
cobrimento, de decepção, de vitória, de realização – tudo o que vivemos nos traz um pouco de
sabedoria. Conte fatos de sua infância, de momentos que viveu com seus pais, da juventude,

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da época da escola, de quando tinha a mesma idade que o seu filho. Conte como você brinca-
va na sua infância, como eram os seus amigos, como era a casa onde você vivia.
Compartilhe a sua história de vida com o seu filho – que é, agora, uma parte importan-
tíssima dela!

Mês 4: Ouça a HISTÓRIA DO SEU FILHO


É a sua vez de ouvir. Estimule seu filho a falar. Pergunte como foi o dia dele, o que aconte-
ceu de bom, de importante, de diferente. Mas não aceite um simples “foi legal” como resposta.
Pergunte o que aprendeu na escola. Incentive-o a contar sobre o que fez durante o dia.
Pergunte o que ele mais gosta no pai e na mãe (você irá se surpreender)! Outro bom tópico
de conversa, que vai trabalhar a imaginação de seu filho (ou filha), é: qual sonho ele gostaria
de realizar, hoje? É viajar? É ter uma namorada? É ganhar muito dinheiro? Deixe seu filho
sonhar e divagar à vontade.
Se o seu filho (ou filha) ainda é pequeno, use o Emocionômetro, que já ensinamos você a
fazer. Pergunte como ele está se sentindo, saiba como reage às emoções. Se ele (ou ela) já é um
adolescente, incentive-o a falar sobre os amigos, a escola, as coisas que gosta e que não gosta.
Ao contar a sua história, seu filho estará também aprendendo sobre si mesmo. Quando
verbalizamos as nossas emoções, conseguimos identificá-las melhor e temos uma noção mais
acurada dos fatos. E nessa conversa, você e ele conhecerão um ao outro, criarão uma intimi-
dade muito positiva e inesquecível!

Mês 5: BRINQUE com o seu Filho


É importante que você brinque com o seu filho – só vocês dois. Se tiver mais de um filho,
reserve o mesmo tempo para brincar com cada um, mas faça-o pelo menos uma vez por dia,
separadamente. É o momento de dar atenção exclusiva a ele.
Para filhos menores, reserve uns 10 minutos para brincar, colocando-se na altura deles. Sen-
te-se no chão, role com ele, seja mais um amigo (ou amiga) dele. Num dia, ensine ao seu filho
uma brincadeira do seu tempo de criança; noutro, peça para ele ensiná-lo a brincar com um
jogo ou brinquedo dele. Com filhos maiores, reserve um tempo para fazerem, juntos, algo que
seja do interesse dele: jogar um videogame, assistir um jogo de futebol, preparar um doce, etc.

Mês 6: Ensine seu Filho a AGRADECER


Todos os dias, à noite, os pais devem se reunir com os filhos para agradecer por tudo o que
aconteceu durante o dia. Tudo mesmo, tanto as coisas boas, quanto as ruins. Devemos agrade-
cer também pelos nossos fracassos, dificuldades, derrotas, pois trazem as lições mais valiosas.

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Ajude seu filho a entender o que aprendeu com coisas aparentemente ruins. Pergunte:

“O que você aprendeu com isso?”

“O que você deixou de fazer, que pode fazer na próxima vez?”

“O que você pode fazer de diferente na próxima vez?”

Depois que ele responder a essas perguntas, diga:

“Está vendo? Você está mais preparado, mais consciente e mais forte, agora! O que passou,
passou. Vamos agradecer por essa lição, que vai ser muito importante para o seu futuro!”

Sempre que você chamar seu filho para a reflexão, ele conseguirá identificar de forma mais
clara o que aprendeu, e mudará o foco para o lado positivo.

Reconhecer os ensinamentos vindos de fatos negativos nos ajuda também a suportar as


frustrações. As crianças e adolescentes têm uma dificuldade muito grande para enfrentar a
frustração, e muitos pais não ajudam em nada: ficam também zangados e frustrados, atiçando
ainda mais a revolta do filho.

O momento de agradecer é, fundamentalmente, isso: REFLETIR sobre os acontecimentos


e entender o que APRENDEU com eles. E AGRADECER por isso – por mais um dia de vi-
vência e de crescimento neste mundo!

Mês 7: ensine seu filho a fazer um PROJETO DOS SONHOS


Todo mundo acha que um sonho é algo muito bonito, mas também é distante e difícil de
ser realizado. Não é verdade. Você vai ensinar, agora, ao seu filho, que todos nós podemos
REALIZAR nossos sonhos. É um ensinamento poderoso, que vai fazer toda a diferença na
vida dele!

Seu filho (ou filha) pode sonhar com um objetivo específico, como ter um brinquedo
especial, aprender judô, dançar sapateado, tirar notas altas em matemática, comprar um tênis
novo, enfim, o que quiser, desde que seja condizente com a sua idade. No Projeto dos Sonhos.
você vai ensiná-lo a concretizar esses objetivos, passo a passo.

Seu filho (ou filha) pode também ter sonhos maiores, que exigem uma preparação mais
longa. Ele pode, nesse caso, começar por realizar objetivos menores relacionados a esse so-
nho. Por exemplo, se ele quer se tornar um piloto aviador quando crescer, pode começar
economizando para comprar um simulador de voo para treinar suas habilidades.

Muito importante: SEMPRE SONHAR NO POSITIVO. Ensine seu filho a sempre men-
talizar objetivos positivos. Ao invés de “não quero mais engordar”, “quero emagrecer”. Ou, ao
invés de “não vou mais beber refrigerante”, use, “vou beber bebidas saudáveis”.

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◆ Fazendo o PROJETO DOS SONHOS

1. Seu filho vai DEFINIR o sonho.


Definir nada mais é do que FOCAR. Seu filho deve refletir sobre as várias áreas da vida
dele, e decidir quais são os seus sonhos em cada uma. Depois, vai escolher em qual
desses sonhos vai FOCAR o seu Projeto de Sonho. Veja as áreas:
Física: aprender balé, fazer um curso de natação, emagrecer, etc.
Emocional: aprender a ser mais paciente, mais amoroso, reconhecer minhas emoções etc.
Intelectual: fazer um curso de inglês, de oratória, etc.
Espiritual: praticar a sua espiritualidade, conhecer uma religião, meditar, etc.
Familiar: ficar 2 horas com os meus pais todos os dias, fazer algo bom pelos irmãos, etc.
Profissional: se ele quer ser um astrônomo, pode começar comprando um telescópio;
se quer ser um chef, pode fazer um curso de culinária, etc.
Financeira: conseguir dinheiro para comprar algo, economizar, investir, etc.
Social: ajudar uma instituição de caridade, recolher fundos para um fim social, ajudar
moradores de rua, etc.
2. Seu filho vai ESCREVER o sonho numa folha de papel.
Peça para ele pegar uma folha de papel no tamanho de um poster, mais ou menos, para
fazer o Projeto dos Sonhos. Não use papel preto, use cores vivas e claras.
Ele deve ESCREVER o seu sonho na parte de cima do papel, como se fosse um título,
bem vistoso. O sonho deve ser exposto numa frase bem específica, sempre POSITIVA,
e deve ser formulado como se já tivesse sido REALIZADO. Por exemplo:
“Estou praticando judô duas vezes por semana.”
“Eu tenho uma jaqueta nova.”
“Emagreci 5 quilos.”
3. Seu filho deve estabelecer DATAS para o sonho.
Se for uma atividade constante, como praticar um esporte, seu filho deve estabele-
cer uma data para o INÍCIO. Quanto antes começar, melhor, senão pode perder a
motivação.
Se for um sonho específico, como comprar um brinquedo, deve haver uma data para
COMEÇAR, e outra para ATINGIR o objetivo. Ele deve cumprir esses prazos.
Depois que seu filho estabelecer as datas, deve ESCREVÊ-LAS no Projeto dos
Sonhos.

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4. Seu filho deve visualizar o sonho já REALIZADO.

As teorias de neurociências mais modernas garantem que somos muito mais movidos
por imagens do que por palavras. Muitas vezes temos um sonho na nossa mente, mas
visualizamos o oposto. Por exemplo, queremos emagrecer, mas a nossa mente projeta,
o tempo todo, uma pessoa obesa (que é a imagem que mais rejeitamos). Resultado:
não alcançamos o nosso objetivo. É muito importante que o seu filho tenha fortes
IMAGENS POSITIVAS na mente.

Procure, junto com o seu filho, fotos nas revistas ou na internet, que representem o
sonho dele. Se ele quer emagrecer, vocês devem reunir imagens de pessoas magras,
elegantes, bonitas. Se ele quer um brinquedo, reúnam imagens de crianças brincando
com o brinquedo. Se ele quer um amigo, peguem imagens de grupos de crianças brin-
cando, sorrindo juntas.

RECORTEM as fotos das revistas, ou imprimam as imagens da internet, e COLEM


no Projeto dos Sonhos. Usem o espaço que restou na folha, fazendo uma colagem
bem bonita.

5. Cole o Projeto dos Sonhos em algum local visível.

◆ Realizando o Projeto de Sonho

1. Seu filho deve OLHAR para o Projeto dos Sonhos, TODOS os dias.

Peça para seu filho fechar os olhos e repetir mentalmente o sonho. E, depois, VI-
SUALIZAR a si mesmo REALIZANDO esse sonho, como as fotos que colou no
poster.

A imagem do sonho já realizado motiva o cérebro a produzir as emoções relacionadas


a esse sonho. Todo o corpo, então, fica predisposto a AGIR – e a realizar esse objetivo.

2. Incentive seu filho a AGIR em direção ao sonho.

Estimule-o a dar o primeiro passo, apoie-o: vá com ele para fazer a inscrição na aca-
demia, ajude-o a mudar hábitos do dia a dia, etc. Para realizar um sonho, é só dar o
primeiro passo!

3. Comemorem juntos a realização do sonho!

Celebrem juntos a realização de cada sonho e somente depois partam para o próximo
sonho! Ou os sonhos!

Obs.: guarde o Projeto dos Sonhos, depois que realizá-lo, num local onde poderá juntar
todos os projetos futuros. Um dia, você poderá revê-los. Com certeza ficará muito orgulhoso,
ao constatar as muitas realizações que já terá conquistado!

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◆ Se o seu filho quiser desistir do sonho no meio do caminho, ou mudar para outro
sonho

Ensine ao seu filho que os sonhos são como as frutas: precisam de tempo para amadure-
cer. Se você quiser colhê-las antes da hora, fica sem nada, pois ainda não estão comestíveis.
Precisamos realizar sonho por sonho, com paciência. É como num videogame, em que você
precisa superar cada fase para chegar à vitória final. Se você largar seus sonhos pela metade,
nunca vai ter nada!

Mês 8: Lidando com o DINHEIRO


A primeira coisa que os pais devem ensinar a um filho é:
O mais importante não é QUANTO ele ganha, mas para onde ele DIRECIONA esse
dinheiro.
O dinheiro é pura energia, e a forma como é colocado em circulação vai determinar como
ele retornará para o seu dono. Se for desperdiçado, sem direção, vai sempre desaparecer da
sua mão. Se for usado de forma equilibrada, nunca faltará. Por isso, uma fórmula simples deve
ser seguida: o seu filho deve dividir o dinheiro da mesada em 3 partes iguais, assim que ele
chegar às mãos dele. Veja a direção desse dinheiro:
• Uma parte para o FUTURO (30%). Seu filho deve aprender a investir, por isso, ensi-
ne-o a separar um terço do que ganhar para o futuro. Você pode dar um cofrinho para
ele guardar esse dinheiro, e, mais tarde, quando os valores forem maiores, abrir um
investimento para o futuro dele.
• Uma parte para o LAZER (60%). Seu filho pode usar uma parte do dinheiro para a
própria satisfação: comprar um livro, um brinquedo, um passeio, uma roupa, etc.
• Uma parte para AJUDAR ALGUÉM (10%). É muito importante ensinar seu
filho a pensar também nos outros, e a não se tornar avarento ou egoísta. Uma
parte do dinheiro deve ser doado a pessoas carentes, separado para ajudar al-
guém da família, etc.
Mais tarde, quando crescer e estiver arcando com as próprias despesas, seu filho poderá
fazer uma divisão diferente. Mas, enquanto ele é pequeno, o ideal é dividir o dinheiro nas
porcentagens acima.
Outro ensinamento importante é o valor da paciência.
Seu filho deve estar consciente de que ele pode comprar algo na hora, mas, se es-
perar um pouco mais, poderá comprar algo melhor e mais barato. Ensine-o a ter pa-
ciência, a sempre pensar antes de gastar: “será que eu quero isto, agora, ou quero algo
melhor, amanhã?”

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Mês 9: Ensine seu filho a AJUDAR o próximo


Durante um mês, você e seu filho vai focar em ajudar alguém todos os dias.

Pode ser um pequeno favor, como carregar uma sacola para alguém, explicar a lição para
um amigo, ou até mesmo realizar um ato de caridade, doando uma parte da mesada para
alguém necessitado.

Programe-se para visitar, junto com seu filho, instituições beneficentes pelo menos duas
vezes durante o mês. Leve-o para conhecer como essas entidades trabalham, os diferentes
tipos de assistência que praticam. Mostre a ele a importância do trabalho social.

Por que é tão importante ensinar seu filho a ajudar os outros?

Porque é a forma mais rápida e eficiente de sentir-se de bem com a vida. Quando você
ajuda alguém de forma desinteressada, sente-se feliz, útil e realizado!

Além disso, a capacidade de ajudar o outro significa ter PODER. Geralmente as ideias
associadas ao PODER são negativas: prepotência, arrogância e injustiças. Mas, na realidade,
ter PODER significa também ter um “algo a mais” para doar para quem não tem. Só ajuda
quem tem algum tipo de poder!

Assim, uma criança pode dar uma parte da sua mesada para um morador de rua comprar
pão e leite; uma bailarina pode dançar para alegrar os velhinhos de um asilo; um professor
de informática pode dar aulas para meninos de uma comunidade carente. Todos eles têm um
superpoder, que estão utilizando para contribuir para o próximo e para a sociedade.

E, quando usamos os nossos talentos para ajudar o próximo, tudo flui melhor, as coisas se
encaixam e sentimos uma imensa paz de espírito. Por isso, é muito importante destinar um
pouco do que temos para ajudar o próximo desinteressadamente. É essa lição que você deve
ensinar ao seu filho!

Mês 10: LEIA junto com o seu Filho


Uma coisa que poucos pais fazem, hoje em dia, é LER para os filhos. Estamos falando de
ler com ênfase, com emoção, estimulando a imaginação da criança. A leitura é uma ótima
ferramenta para o desenvolvimento da IMAGINAÇÃO – que é a coisa mais importante que
os pais podem ensinar a uma criança!

A garotada de hoje só tem contato com filmes, games e brinquedos que estimulam a rea-
ção massificada, sem deixar margem para a individualidade. Quando o seu filho pode exerci-
tar a imaginação? Quase nunca! Por isso, é muito importante que os pais habituem os filhos à
leitura, lendo para eles, todos os dias.

Antes de começar a ler, dê o comando para desenvolver a imaginação:

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Pré-Adolescência e Adolescência (10 a 17 anos)

“Filho, papai agora vai ler para você. Enquanto papai estiver lendo, você vai imaginando
tudo o que for escutando. Vai criando na sua cabeça, como se fosse um filminho. Se quiser, feche
os olhos para imaginar melhor!”

Depois, vá perguntando durante a leitura:

“Então lá estava uma princesa. Como você acha que ela é?”

Deixe seu filho criar essa princesa, imaginar sua aparência, as suas roupas. Faça o mesmo
com os cenários. Peça para imaginar o castelo, o bosque, etc.

Faça a leitura junto com a sua esposa (ou marido). Se o seu filho já souber ler, alternem-se
na leitura. O importante é ler em família durante 10 ou 15 minutos, todos os dias!

É pouco tempo? De jeito nenhum. O importante não é a quantidade de tempo que você
passa com os seus filhos. É a QUALIDADE! Então reserve esses 10 minutos para se dedicar à
leitura com eles, deixando de lado o celular, a TV e outras atividades. Mas tem que ser todos
os dias!

Mês 11: Conectar-se com DEUS


Os pais devem ensinar seu filho a conectar-se com Deus.

Conectar-se, aqui, significa permitir a si mesmo um momento de silêncio, de ligação com


uma energia criadora maior, que rege todas as coisas, e tem milhões de nomes – entre elas,
Deus. E todos nós precisamos, de vez em quando, nos conectarmos com essa força, para
agradecer e buscar inspiração, orientação ou direção. É um exercício para nos abrirmos, para
ouvirmos, para recebermos esse toque do divino ou do espiritual.

Você pode chamar essa força divina como quiser, de Deus ou de outro nome designado
pela sua religião. O importante, aqui, é proporcionar ao seu filho esse contato.

Em primeiro lugar, leve o seu filho (ou filha) para um local tranquilo, onde possam ficar
sozinhos por alguns minutos. Peça para ele se sentar, fechar os olhos e deixar que o silêncio
tome conta também dos seus pensamentos. Então, diga para ele imaginar um feixe de luz
conectando-o a Deus.

Seu filho pode, então, agradecer pela vida, por tudo que tem recebido e aprendido até
agora. E pedir luz, compreensão ou inspiração para decidir sobre algum assunto – ou simples-
mente pedir que Deus ilumine a sua vida, como um todo.

Conectar-se com Deus não é nenhum milagre ou uma revelação extraordinária, é apenas
um ato natural entre Criador e criatura. A orientação que você pediu virá depois, durante o
dia, em momentos inesperados. Lampejos de inspiração surgirão, e você enxergará as coisas
com mais clareza, para tomar a decisão acertada.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Deus sempre fala conosco, mas nós não ouvimos. Isso acontece porque nunca paramos
para ouvi-lo. Conectar-se com Deus é isso: parar as atividades do dia a dia durante cinco ou
dez minutos para OUVI-LO. Por isso, devemos fazer silêncio quando nos conectamos com
Deus. Não é preciso rezar, a não ser que você sinta essa necessidade. Precisamos apenas ouvir.

Mês 12: identificando o Propósito de Vida do seu Filho


Para começar, releia o capítulo “Como descobrir os TALENTOS do seu filho”, agora. Lá
falamos sobre a importância dos talentos naturais para a realização pessoal, o cumprimento
do Propósito de Vida – ou a Missão.
Além dos TALENTOS, seu filho também terá algumas DIFICULDADES, ou barreiras,
que impedirão o seu desenvolvimento num ou noutro aspecto. E você pode ajudá-lo a identi-
ficá-las, pois reconhecer as próprias dificuldades é o primeiro passo para superá-las.
Por exemplo, eu sempre fui muito eloquente para falar sobre qualquer coisa. Mas, quando
se tratava de expressar os meus sentimentos, tinha uma dificuldade enorme. Eu simplesmente
não conseguia! Sempre fugia do assunto, dizendo “não dá pra explicar”, e só quando parei de
usar esse clichê como muleta, e admiti a minha dificuldade, consegui enfrentá-la e vencê-la.
E, veja, a minha maior DIFICULDADE passou a ser o meu maior TALENTO: hoje trabalho
com as emoções das pessoas!
Então, como você pode, neste mês, ajudar seu filho a cultivar seus talentos e superar as
dificuldades, encaminhando-o na direção de sua Missão?
Estabeleça neste mês o Dia de Talento e o Dia da Dificuldade, que vão acontecer alterna-
damente. No Dia da Dificuldade, seu filho vai focar em usar um talento para ajudar alguém.
No dia seguinte, que será o Dia da Dificuldade, ele vai focar em enfrentar uma dificuldade
que ele tenha. De manhã, converse com seu filho, ou filha, sobre o assunto do dia: talento ou
dificuldade. Ajude-o a definir qual talento (ou dificuldade) vai focar durante o dia. No dia
seguinte, peça para ele relatar o que fez!
Por exemplo, se a sua filha faz um bolo incrível de chocolate, no Dia do Talento, ela pode
fazer um bolo e distribuir fatias para os funcionários mais humildes da escola, ou dar uma
fatia para um morador de rua, etc. O importante é fazer uma boa ação, utilizando um talento,
até o final do dia.
Se o seu filho tiver dificuldade de admitir os próprios erros, no Dia da Dificuldade, ele
pode se concentrar em corrigir esse aspecto, pensando sempre: “será que estou certo? Onde
estou errando?” E, assim que identificar um erro, ele deve falar sobre isso com alguém, admi-
tindo o erro e, se possível, consertando-o. Ele deve fazer isso pelo menos uma vez nesse dia.
Podem ser pequenos atos, mas, realizados com essa frequência, obterão ótimos resultados
ao final. Estimule seu filho a manter esse hábito saudável, mesmo depois que o mês findar.

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Pré-Adolescência e Adolescência (10 a 17 anos)

Assim, ele estará sempre vivendo um processo de autodescoberta e superação, e no decorrer


dele, irá descobrindo o caminho para a sua Missão!

Agora, o FUTURO!
Agora que chegamos ao final de 12 meses de treinamento na vida real, tenho uma novida-
de para você: estamos apenas começando!
As ferramentas, que você manejou durante os 12 meses, vão se enferrujar, perder o brilho
e eficiência, se não forem sempre utilizadas, como tudo na vida!
E tem mais! Você, como um bom pai, ou uma boa mãe, sabe que podemos mudar de
emprego, que casamentos podem se desfazer, que amigos que imaginávamos para toda a vida
podem se distanciar, mas nunca – sob nenhuma circunstância – deixaremos de ser PAIS.
Então ser pai ou mãe é uma tarefa para a vida toda.
Suas crianças vão virar adultos, tornar-se independentes, mudar-se para longe, ter suas
próprias famílias e filhos, mas continuarão a ser seus filhos. E continuarão a precisar de você,
de sua experiência, de seu colo, de seu AMOR.
Então mantenha esse livro sempre na sua cabeceira e use as suas ferramentas emocionais
todos os dias da sua Vida! E da vida do seu Filho ou Filha! E continue zelando pela saúde
emocional dos seus Filhos – mesmo depois que crescerem!

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Conclusão

A Inteligência Emocional é um ramo da ciência humana fascinante, onde as descobertas


parecem não ter fim. A cada momento surgem mais nuances, mais particularidades, mais
correlações, e fico cada vez mais espantado ao descobrir como a nossa vida, aqui na terra, é
moldada pelo que trazemos dentro de nós, ou seja, pelas nossas Emoções!

E, nesse mundo criado à imagem e semelhança das nossas emoções, os pais surgem como
a peça primordial, a ferramenta inicial mais complexa, completa e controversa, que vem
criando, num processo contínuo e infinito, todas as vidas humanas que já caminharam e
caminharão pelo planeta.

Cada um de nós, pais e mães humanos, estamos executando, no nosso cantinho, a nossa
tarefa de gerar, cuidar e ensinar nossos filhos a crescerem, viverem e gerarem outros filhos e
cidadãos. Cada um de nós é apenas uma gota em meio a um vasto oceano de quase 8 bilhões
de seres humanos cumprindo a mesma tarefa ao redor do mundo. No entanto, cada lição
que ensinamos, cada gesto de amor que fazemos, cada momento que passamos ao lado dos
nossos filhos, está movendo uma parte minúscula de uma roda gigantesca, que conduzirá a
Humanidade para um futuro extraordinário! E o rumo que esta roda tomará depende de nós,
dos nossos filhos, netos e de todas as gerações que nos sucederão.

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Inteligência Emocional para Pais – Eduque seu filho para ser feliz

Pois cada um dos nossos filhos é um ponto de irradiação de emoções poderosas para o
bem ou para o mal, que influenciarão as outras vidas ao redor, e que serão legados aos seus
descendentes. E somos nós, os pais, que transmitimos a maioria dessas emoções – com o
nosso exemplo, os nossos ensinamentos e o nosso amor.
Esta é a nossa responsabilidade: deixar uma herança emocional saudável para as nossas
crianças. Deixar, nelas, a semente de um mundo melhor, onde emoções como o ódio, o ran-
cor e o medo encontrem-se sempre num processo contínuo de evolução para amor, alegria,
perdão e a paz. Onde as individualidades sejam respeitadas e enaltecidas. Onde a capacidade
humana de criar, imaginar e sonhar seja a força motriz de realizações fantásticas, especial-
mente num futuro onde robôs farão todo trabalho mecânico e pesado.
Um mundo onde todas essas realizações e conexões no âmbito da Humanidade, sejam
apenas uma projeção da felicidade individual de cada um dos nossos filhos. De cada um dos
incontáveis seres vivos do nosso planeta.
Eu acredito que podemos criar esse mundo extraordinário. E estou me dedicando todos
os dias, em todos os momentos, a concretizar esse sonho.
E então? Vamos criar esse mundo, juntos?
EU ACREDITO EM VOCÊ E NAS SUAS FUTURAS GERAÇÕES!
GRATIDÃO POR ESTARMOS JUNTOS NESTA JORNADA!
Um forte e carinhoso Abraço... meu e de todas as minhas Gerações que receberão esse
AMOR que hoje eu sei expressar...

Rodrigo Fonseca

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Contatos do autor
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SBie - Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional
Tel. +55 11 2985-5949

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