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CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2021/2023

SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS DE PINHEIROS-ES, CNPJ


Nº.27.262.476/0001-57, neste ato representado por seu Presidente, Srº.GILDETE ROCHA
DIAS E SINDICATO RURAL DE PINHEIROS-ES, CNPJ Nº.27.115.583/0001-57 , neste ato
representado por seu presidente .ERICO PATRICIO ORLETTI.

CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE

As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 1º de


março de 2021 a 28 de fevereiro de 2023 e a data-base da categoria em 1º de março.

CLÁUSULA SEGUNDA – ABRANGÊNCIA

A presente Convenção Coletiva de Trabalho abrangerá a(s) categoria(s) dos trabalhadores


rurais assalariados do município de Pinheiros, permanentes e temporários, que prestam
serviços em propriedade rural ou prédio rústico, a empregador rural, ou que exerçam
atividades na agroindústria no tocante ao setor primário, extrativismo vegetal e extração
florestal, inclusive os empregados e empregadas de escritórios de fazendas, com abrangência
territorial em Pinheiros-ES.

SALÁRIOS, REAJUSTES E PAGAMENTO


PISO SALARIAL

CLÁUSULA TERCEIRA - DOS SALÁRIOS

Dos Salários: ficam estabelecidos que os pisos das categorias de trabalhadores rurais
assalariados do Município de Pinheiros-ES, será de:

§ 1º - Para os trabalhadores rurais, vigia e auxiliar de escritório o piso da categoria será de


R$ 1.140,00 (um mil, cento e quarenta reais), mensais;

§ 2º - Para os que trabalham na função de Controlador de Pragas/Mosaqueiro, o piso


salarial - R$ 1.235,00 (um mil, duzentos e trinta e cinco) mensais.

§ 3º - Para os que trabalham na função de Tratorista Agrícola, o piso salarial - R$ 1.185,00


(um mil, cento e oitenta e cinco) mensais;

§ 4º - Para os que trabalham na função de Vaqueiro/Campeiro, o piso salarial R$ 1.270,00 (um


mil, duzentos e setenta reais) mensais;

§ 5º - Para os que trabalham na função de Ajudante de Vaqueiro/Campeiro, o piso salarial R$


1.135,00 (um mil, cento e trinta e cinco reais) mensais;

§ 6° - Para os que trabalham na função de Motorista, o piso salarial mensal - R$ 1.340,00 (um
mil, trezentos e quarenta reais) mensais;

§ 7º - Para os que trabalham na função de Gerente, o piso salarial - R$ 1.550,00 (um mil,
quinhentos e cinquenta reais) mensais;
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§ 8º - Para os que trabalham na função de Encarregado de Turma, o piso salarial - R$


1.210,00 (um mil, duzentos e dez reais) mensais;

§ 9º - Para os que trabalham no secador e despolpador, o piso salarial - R$ 1.250,00 (um


mil, duzentos e cinquenta reais) mensais;

§ 10° - Os demais trabalhadores terão reajuste de 4,0% (quatro por cento).

§ 11° - Os pagamentos serão efetuados aos trabalhadores até o (5º) quinto dia útil do mês
subsequente ao vencido, com o fornecimento no mesmo ato, de comprovante do pagamento
contendo identificação do empregador; nome do trabalhador; salário; mês de competência;
horas trabalhadas; FGTS devido; e discriminação de todas as parcelas pagas e os descontos
efetuados.

PAGAMENTO DE SALÁRIO – FORMAS E PRAZOS

CLÁUSULA QUARTA - NORMAS SALARIAIS

Todo trabalhador rural assalariado que trabalhar em regime de tarefa ou produção terá
garantido o piso salarial da categoria, na proporção dos dias efetivamente trabalhados, se
não conseguir valor superior naquela modalidade;

§ 1º - O pagamento do trabalhador contratado para receber por produção será feito


individualmente, não sendo aceito o pagamento somente a um dos membros da família.

§ 2º - O pagamento do salário dos empregados contratatos por safra será efetuado ao final da
jornada diária, semanal/quinzenal/mensal, conforme já praticado ou costume da região, sendo
que os empregados contratados por curta duração receberão o pagamento
dia/semanalmente/quinzenalmente. Em qualquer hipótese o pagamento deverá ser efetuado
em dias e horários que observem as disposições legais;

GRATIFICAÇÕES, ADICIONAIS, AUXÍLIOS E OUTROS


ADICIONAIS DE HORAS EXTRAS

CLÁUSULA QUINTA - HORAS EXTRAS

Fica assegurado ao trabalhador o pagamento de hora extra no percentual de 50% (cinquenta


por cento) sob a hora normal, para as horas excedentes laboradas de segunda a sábado, e
ultrapassada da 2ª (segunda) hora, o percentual será de 100% (cem por cento), assim como
nos domingos e feriados, desde que não compensadas pelo banco de horas, inclusive sendo
negociado diretamente com o trabalhador nos moldes da LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE
2017.

§ 1º - Fica permitida a compensação de horas extras, com folga ou redução na jornada de


trabalho, em outros dias da semana; exceto as laboradas em domingos e feriados e que não
se aplique ao paragrafo 3º deste artigo

§ 2º - As ausências dos empregados, não justificadas legalmente, poderão ser


compensadas com os créditos de horas do empregado levado ao Banco de Horas;
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§ 3º - Os empregadores que têm como ramo de atividade a produção e manuseio de produtos


perecíveis, e havendo necessidade de trabalho aos domingos e feriados, para evitar-se
prejuízo manifesto, fica desde já autorizado o trabalho nos referidos dias, limitada à adesão
espontânea do trabalhador, com realização no máximo de 10 (dez) horas por dia.

§ 4º - Na hipótese de Rescisão de Contrato de Trabalho, haverá quitação dos créditos


existentes no Banco de Horas, com o acréscimo de 50% (cinquenta por cento) do valor da
hora normal.

ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO

CLÁUSULA SEXTA – ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO

Todo trabalhador que prestar serviços ininterruptos ao mesmo empregador, fica garantido um
acréscimo de 1% (um por cento) por ano trabalhado, até o máximo de 05 (cinco) anos,
calculado sobre o salário mínimo vigente, como Adicional de Tempo de Serviço.

ADICIONAL NOTURNO

CLÁUSULA SÉTIMA – ADICIONAL NOTURNO

Fica estipulado o pagamento do adicional noturno previsto na legislação em vigor, com valor
de 25% (vinte e cinco por cento) da hora normal, na forma prevista no art. 73, da CLT e na
Súmula 60, do TST.

CONTRATO DE TRABALHO ADMISSÃO, DEMISSÃO, MODALIDADES


NORMAS PARA ADMISSÃO/CONTRATAÇÃO

CLÁUSULA OITAVA - RELAÇOES ENTRE TRABALHADOR E EMPREGADOR

Fica convencionado que no prazo de lei, todos os empregadores farão assinatura nas CTPS
dos empregados diretos e recolherão todos os direitos a que fizer juz.

§ 1º - Os empregadores comprometem-se a manter as CTPS’s de seus empregados sempre


atualizadas, devendo fazer as anotações de férias, aumento de salário, função e demais
anotações devidas de acordo com a legislação vigente.

§ 2º - A jornada semanal de trabalho para os (as) trabalhadores (as) será determinada em lei,
com intervalo mínimo de meia hora e no máximo de 02 (duas) horas para descanso e
refeições, permitida, a compensação das 4 (quatro) horas dos sábados durante a semana.
§ 3º- Considera-se tempo de serviço efetivo o período em que o empregado estiver à
disposição do empregador no local de trabalho, aguardando ou executando ordens,
inclusive nas hipóteses de impossibilidade de trabalho em decorrência de chuvas, ou
demais condições climáticas e de quebra do veículo fornecido pelo empregador, desde
que ele permaneça a disposição do empregador para trabalhar no campo, quando houver
possibilidade, ou em outra atividade, sendo compatível com seu contrato de trabalho,
na forma do art 4º § 2º da Consolidação das Leis do Trabalho alterado pela LEI Nº
13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017.
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MÃO – DE – OBRA TEMPORÁRIA/TERCEIRIZAÇÃO

CLÁUSULA NONA - CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA

Os empregadores somente utilizarão empreiteiros ou intermediários na contratação de mão-


de-obra, inclusive empreiteiros em atividade fim, se estes tiverem estrutura jurídica e
econômica comprovada. Caso não a tenham, a contratação deverá ser efetuada pelo próprio
empregador, sob pena de os tomadores de serviço ficarem com todas as responsabilidades
trabalhistas e previdenciárias perante os empregados das empresas contratadas (Enunciado
331 do TST).

CONTRATO A TEMPO PARCIAL

CLÁUSULA DÉCIMA – DO CONTRATO DE TRABALHO EM REGIME PARCIAL

Conforme preceitua o art. 58-A, com a redação dada pela Lei nº 13.467/2017, fica instituído
por esta convenção, autorizado a contratação de trabalhador rural por contrato de trabalho
em regime parcial no município de abrangência deste Convenção, nos termos e condições
estabelecidos na legislação vigente.

OUTROS GRUPOS ESPECÍFICOS

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - DO CONTROLE DE JORNADA DE TRABALHO

As empresas poderão adotar sistemas alternativos de controle da jornada de trabalho,


assegurada preferência ao sistema atualmente implantado, devendo ser disponibilizada ao
trabalhador, até o momento do pagamento da remuneração referente ao período em que
está sendo aferida a frequência, a informação sobre qualquer ocorrência que ocasione
alteração de sua remuneração em virtude da adoção de sistema alternativo.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - CONTRATO DE PEQUENO PRAZO

De acordo com o art. 1º da Lei 11.718/2008, fica estabelecida por esta convenção,
autorizada a contratação de trabalhador Rural por pequeno prazo no município da
Convenção, respeitando, o prazo máximo de 60 dias, dentro do período de 01 (um) ano, sob
pena de o contrato tornar-se por prazo indeterminado.

§ 1º - A homologação da rescisão dessa modalidade de contrato de trabalho deverá ser


realizada nos moldes da LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017

§ 2º - Fica garantido ao trabalhador contratado nesta modalidade o descanso semanal


remunerado;

§ 3º- Os empregadores arcarão com as despesas do exame médico admissional, que terá
validade de 90 (noventa) dias;

§ 4º - Os empregados contratados por prazo determinado com contrato de duração superior a


15 (quinze) dias, receberão os valores referentes a Férias, acrescidas de 1/3 (um terço), e de
13° (décimo terceiro) salário, nos termos da legislação em vigor.
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CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA – DO CONTRATO DE TRABALHO INTERMITENTE

De acordo com o art. 452-A, da Lei 13.467/2017, fica estabelecida por esta convenção,
autorizada a contratação de trabalhador Rural por contrato de trabalho intermitente nos
municípios de abrangência deste Convenção, nos termos e condições estabelecidos na
legislação vigente.

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA – DO TRABALHO POR PRODUÇÃO

O valor do trabalho por produção (metro, saco, kg, caixa, arroba, ou outra medida de
aferimento da quantidade trabalhada) será previamente combinado entre as partes e, em se
tratando de atividade específica de curta duração, constará do respectivo contrato escrito,
devendo os empregadores fornecer comprovante de produção semanal, no qual conste a
perfeita identificação das partes, a data, a quantidade produzida, o valor unitário, incluindo
eventuais acréscimos, ficando garantido ao empregado, como valor mínimo o estabelecido
nesta Cláusula.

§ 1º - Todos os empregados que trabalharem na atividade rural em regime de produção terão


garantido o piso salarial da categoria, mesmo que sua produção não atinja tal importância,
considerando-se os dias efetivamente trabalhados;

§ 2º - O pagamento do empregado contratado para receber por produção será feito


individualmente, não sendo aceito o pagamento somente a um dos membros da família;

§ 3º- O valor do repouso semanal remunerado, no caso do empregado laborar por produção,
corresponderá a 1/6 (um sexto) da média da remuneração diária do empregado multiplicada
pelo numero de dias trabalhados na semana, desde que o empregado não tenha faltado
injustificadamente na semana a que se refere.

RELAÇÕES DE TRABALHO, CONDIÇÕES DE TRABALHO, NORMAS DE PESSOAL E


ESTABILIDADES

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - ESTABILIDADE DA GESTANTE

É assegurada à empregada gestante a estabilidade provisória na forma prevista na


Constituição Federal.

OUTRAS NORMAS REFERENTES A CONDIÇÕES PARA O EXERCÍCIO DO TRABALHO

CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA - CONDIÇÕES DE TRABALHO

Os empregadores fornecerão água potável no local de trabalho que deverá ser armazenada
em recipiente que garanta a sua qualidade.

§ 1º - Os empregadores disponibilizarão sanitários fixos ou móveis nos locais de trabalho, ou


nas proximidades.
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§ 2º - Os empregadores fornecerão, gratuitamente, alojamento e abrigo para os trabalhadores


rurais, quando for o caso, sendo que estes deverão estar de acordo com as Normas
Regulamentadoras Rurais de Saúde e Segurança no Trabalho, bem como respeitando os
acordos e convenções firmadas nos municípios de abrangência desta convenção.

OUTRAS NORMAS DE PESSOAL

CLÁUSULA DÉCIMA SETIMA - TRANSPORTE DE EMPREGADOS

Os empregadores que fornecem transporte a seus empregados o farão gratuitamente.

§ 1º - O transporte de empregados será realizado em veículos de propriedade do


empregador ou terceirizado, obedecidas às normas contidas na NR-31.

§ 2º – Tais veículos servirão de proteção contra as intempéries próximas ao local de trabalho,


quando o empregador não adotar outro meio de proteção;

OUTRAS ESTABILIDADES

CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA - ACIDENTE DE TRABALHO

O empregado em gozo de benefício por acidente de trabalho junto à Previdência Social, não
poderá ser dispensado até 12 (doze) meses após o término do benefício.

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR


EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

CLÁUSULA DÉCIMA NONA - EPI

O empregador é obrigado a fornecer, gratuitamente, aos trabalhadores as ferramentas


necessárias à execução das tarefas a eles atribuídas, inclusive os equipamentos de proteção
individual de trabalho adequados às tarefas a serem executadas e ao clima da Região,
observadas as determinações da NR31 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no
Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura, aprovada
pela Portaria nº 86, de 03.03.2005 (DOU de 04.03.2005) do Ministério do Trabalho e Emprego.

§ 1º – O desgaste natural das ferramentas pelo esgotamento do seu tempo útil ou a quebra de
instrumentos frágeis pelo seu uso normal, não acarretará descontos nos salários dos
trabalhadores (as);

§ 2º - Os empregadores se obrigam a trocar os Equipamentos de Proteção Individual de


acordo com a durabilidade indicada pelo fabricante do equipamento;

§ 3º - Os empregadores disponibilizarão capas de chuvas de forma gratuita aos seus


trabalhadores (as), quando for necessário e possível o desempenho de suas funções;
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§ 4º - Em caso de desligamento do empregado, os EPI’s fornecidos deverão ser devolvidos em


perfeitas condições de uso, resguardado o desgaste natural de uso;

§ 5º - Os danos dolosos causados aos EPI’s pelos empregados, serão destes descontados.

CLÁUSULA VIGÉSIMA – ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Fica assegurado aos trabalhadores que operem na aplicação de defensivos agrícolas e desde
que os efeitos insalubres não sejam eliminados, pela utilização de EPIs, o pagamento do
adicional de insalubridade nos percentuais legais previstos no art. 192/CLT, bem como o
anexo 14 da NR 15 do MTE, sendo grau mínimo 10% (dez por cento), grau médio 20% (vinte
por cento) ou grau máximo 40% (quarenta por cento), sobre o salario mínimo, obedecido o
percentual que for determinado em Laudo Técnico Pericial.

§ 1º - Caso seja constatado, em Laudo Pericial, insalubridade em grau máximo, fica garantido
o pagamento das respectivas diferenças;

§ 2º – Fica proibido trabalhador menor de 18 (dezoito) anos e maior de 60 (sessenta) anos


exercer atividade com defensivos agrícolas;

§ 3º – Os empregados que trabalham na aplicação de defensivos agrícolas de forma


permanente deverão se submeter a exames médicos a cada 6 (seis) meses;

§ 4º – A mulher grávida ou em período de amamentação não poderá exercer atividades com


defensivos agrícolas;

§ 5º – O empregador não poderá exigir que o trabalhador realize jornada extraordinária quando
o obreiro estiver exercendo a aplicação de defensivos agrícolas/ Agrotóxico;

§ 6º – O empregado que apresentar atestado médico vedando a exposição direta ao defensivo


agrícola será assegurado à prestação de outros serviços, sem prejuízo do salário.

§ 7º - Os empregadores somente utilizarão produtos agrotóxicos mediante receituário


agronômico fornecido por profissional habilitado. Devendo ser mantida a guarda destes
receituários para as comprovações que se fizerem necessárias;

§ 8º - Fica assegurado para esses trabalhadores o fornecimento de Equipamento de Proteção


Individual – EPI específico para essa função, ficando obrigatório o seu uso correto e com zelo
pelos empregados, sob pena de incorrerem em ato faltoso;

§ 9º - Os empregadores providenciarão, junto ao seu Sindicato e ao SENAR, cursos de


orientação sobre os riscos e o impacto sobre a saúde e meio ambiente provocados pelo uso
de agrotóxicos para esses trabalhadores, abonando as faltas dos mesmos durante os dias que
estiverem participando dos referidos cursos, mediante comprovação posterior, ficando
obrigatória participação do empregado nos citados cursos;

§ 10º - É devido aos trabalhadores rurais que exerçam atividade diária em estábulos, granjas
em geral, cavalariças e piscicultura ou em contato com resíduos deteriorados de animais, o
pagamento de adicional de insalubridade, desde que seja comprovada a insalubridade, nos
percentuais legais previstos no art. 192/CLT, bem como o anexo 14 da NR 15 do MTE, sendo
grau mínimo 10% (dez por cento), grau médio 20% (vinte por cento) ou grau máximo 40%
(quarenta por cento), sobre o salario mínimo desde que comprovada a insalubridade em
Laudo Técnico Pericial. Sendo vedada tal atividade a mulheres grávidas;
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§ 11º - Em caso de acidente ou doença do trabalho oriundo das atividades previstas nesta
cláusula, o empregado poderá solicitar a realização de outro tipo de serviço ou rescindir o
contrato de trabalho nos termos do Art. 483 da CLT.

PRIMEIROS SOCORROS

CLÁUSULA VIGÉSIMA PRIMEIRA - PRIMEIROS SOCORROS

Os empregadores, no caso de acidente de trabalho, deverá providenciar o transporte do


acidentado, que será de forma gratuita, com acompanhamento até o primeiro atendimento, no
caso em que, este transporte não oferecer risco à saúde do funcionário, caso em que deverá
solicitar transporte por meio dos órgãos públicos competentes, quer seja Corpo de Bombeiros
e/ou ambulâncias.

RELAÇÕES SINDICAIS

DIREITO PERMISSÃO DE DESCONTO DE CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEGUNDA - CONTRIBUIÇÃO NEGOCIAL

Os empregadores se comprometem a descontar, dos seus empregados, a título de Taxa


Negocial o valor equivalente a R$ 75,00 (setenta e cinco reais), DESDE QUE AUTORIZADO
EXPRESSAMENTE PELO TRABALHADOR, ATRAVÉS DE TERMO DE AUTORIZAÇÃO
FORNECIDO E PREPARADO PELO SINDICATO DOS TRABALHADORES, E
DEVIDAMENETE ASSINADO PELO FUNCIONÁRIO.

§ 1º O referido valor do caput deste artigo será dividido em 03 (três) parcelas iguais de R$
25,00 ( vinte e cinco reais), a ser realizado nos meses de Maio, Agosto e Novembro.

§ 2º - No que se refere a esta cláusula 22ª, poderá a qualquer tempo, o empregado,


desautorizar o referido desconto anteriormente autorizado, desde que o faça expressamente
e diretamente no Sindicato da categoria profissional, no período da vigência da Convenção
Coletiva de Trabalho.

OUTRAS DISPOSIÇÕES SOBRE RELAÇÃO ENTRE SINDICATO E EMPRESA

CLÁUSULA VIGÉSIMA TERCEIRA - RELAÇOES SINDICAIS

Os empregadores que possuírem mais de 10 (dez) empregados concederão espaço em lugar


visível e de livre acesso aos funcionários para colocação de um mural a fim de afixar editais e
informações dos Sindicatos e ou Federação convenentes.
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DISPOSIÇÕES GERAIS
DESCUMPRIMENTO DO INSTRUMENTO COLETIVO

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUARTA - DESCUMPRIMENTO DA CONVENÇÃO COLETIVA


DE TRABALHO

Pelo não cumprimento das cláusulas contidas nesta Convenção, caberá uma multa no valor de
10% (Dez por cento) do salário mínimo Brasileiro vigente, por clausula, revertida em favor do
prejudicado.

RENOVAÇÃO/RESCISÃO DO INSTRUMENTO COLETIVO

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUINTA - PROPOSTA PARA NEGOCIAÇÃO DA CONVENÇÃO


COLETIVA

Os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais apresentará proposta de revisão da presente


Convenção Coletiva de Trabalho com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias da
expiração da sua vigência, sendo a contraproposta apresentada no prazo de 30 (dias)
contados do recebimento da proposta.

Parágrafo Único - O Sindicato dos Trabalhadores Rurais apresentará proposta com


antecedência mínima de 60 (sessenta) dias da expiração da vigência do salário atual
constante da cláusula terceira e trigésima, sendo a contraproposta apresentada no prazo de
30 (trinta) dias contados do recebimento da proposta.

OUTRAS DISPOSIÇÕES

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEXTA - ATESTADOS MEDICOS

Quando a soma das apresentações de atestado médico, mesmo que de forma alternada, seja
igual há quinze dias, o empregador será responsável pelo pagamento salarial deste período.
Ocorrendo o afastamento por período superior a quinze dias, ainda que alternados, dentro de
um prazo de 60 dias, o empregado será encaminhado ao INSS. (Art. 75, §5º, Decreto
3048/99);

RELAÇOES ENTRE SINDICATO E EMPRESA

CLÁUSULA VIGESIMA SETIMA - ACESSO DOS DIRIGENTES SINDICAIS PARA


DESEMPENHO DE SUAS FUNÇÕES

Fica assegurado o acesso dos dirigentes sindicais às propriedades rurais, em dias e horários
previamente acordados com o proprietário, desde que não atrapalhe o desempenho de suas
funções, vedada a divulgação de matéria político – partidária ou ofensiva a quem quer que
seja.
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REPRESENTAÇÃO SINDICAL

CLÁUSULA VIGESIMA OITAVA - CIPEIROS, DELEGADOS E REPRESENTANTES


SINDICAIS

Os empregadores assegurarão frequência livre de um dia a cada dois meses aos cipeiros,
delegados e representantes sindicais para atividades específicas da representação, fora da
empresa, sem prejuízo do cargo e salário, mediante comprovação do trabalhador.

CLÁUSULA VIGESIMA NONA - DISPENSA PARA PARTICIPAÇÃO DE CURSOS

É assegurada a liberação dos empregados para participarem de eventos, tais como:


assembleias, reuniões, cursos, seminários, congressos, debates, dentre outras atividades
sindicais, SEM prejuízo de sua remuneração, limitando a 3 (três) participações por ano, com
duração máxima de 3 (três) dias, mediante comprovante de participação na atividade,
obedecendo a comunicação da ausência ao prazo de 5 (cinco) dias úteis de antecedência, não
podendo estas faltas serem descontadas nas férias.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA - HOMOLOGAÇÃO

A rescisão de contrato de trabalho por prazo indeterminado, seguirá a regra geral da LEI Nº
13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017, onde as dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou
coletivas equiparam-se para todos os fins, não havendo necessidade de autorização prévia de
entidade sindical.

§ 1º - Aos trabalhadores dispensados ou em curso do aviso prévio, no mês anterior a data


base, fará jus ao recebimento dos valores devidos pelo reajustamento coletivo, nos termos do
artigo 487, parágrafo 6º, da CLT.

§ 2º - O pagamento da rescisão de contrato de trabalho será ser feito através de dinheiro,


cheque administrativo, de ordem de pagamento ou depósito em conta bancária do empregado,
com autenticação Bancária, exceto, comprovação de deposito em caixa eletrônico. Ressalva-
se que em caso de pagamento em Cheque Administrativo, este deverá ocorrer ao menos uma
hora antes do encerramento do expediente bancário.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA PRIMEIRA - SEGURO DE VIDA

Fica instituído em favor de todos os trabalhadores rurais assalariados abrangidos por esta
convenção coletiva de trabalho, o Seguro de Vida em grupo no valor de R$ 8,00 (oito reais)
por cada trabalhador, por mês.

§ 1º - As Empresas deverão contratar apólice de Seguro de Vida em grupo para os seus


empregados, compreendendo as coberturas e capitais segurados abaixo descritos.

§ 2º - Todas as rescisões de contrato, que vencerem fora dos dias úteis, serão pagas no
primeiro dia útil subsequente ao vencido.

§ 3° - Todos empregadores farão as rescisões em 04 (quatro) vias.

§ 4º - No ato da admissão, não será exigido do trabalhador assalariado carta de


apresentação.
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CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEGUNDA - SEGURO DE VIDA

Fica instituído em favor de todos os trabalhadores rurais assalariados abrangidos por esta
convenção coletiva de trabalho, o Seguro de Vida em grupo no valor de R$ 8,00 (oito reais)
por cada trabalhador, por mês.

§ 1º - As Empresas deverão contratar apólice de Seguro de Vida em grupo para os seus


empregados, compreendendo as coberturas e capitais segurados abaixo descritos.

▲ GARANTIAS E CAPITAIS SEGURADOS


LIMITE MÁXIMO DE
GARANTIAS
INDENIZAÇÃO
Morte R$ 8.000,00
Invalidez Permanente Total ou Parcial por Acidente (IPA) R$ 8.000,00
Invalidez Funcional Permanente Total por Doença (IFPD)
Pagamento Antecipado em caso de Invalidez Funcional Permanente Total em
R$ 8.000,00
decorrência de Doença.
Esta indenização caracteriza a antecipação de 100% da cobertura de Morte.
Morte – Cesta Básica – Auxílio Alimentação
Quantidade e Valor: 02 cestas básicas no valor de R$ 200,00 cada uma. R$ 400,00
Forma de Pagamento: De uma única vez, em forma de indenização.
Auxílio Medicamentos - Decorrente de Acid. Ocorrido em horário de trabalho
(AM) R$ 150,00
Forma de Pagamento: Reembolso até o limite do capital segurado.
Morte - Inclusão Automática de Cônjuge R$ 1.600,00
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Morte - Inclusão Automática de Filhos


Garante ao Segurado Titular o pagamento de uma indenização, de
acordo com o valor do capital segurado contratado para esta
garantia, em caso de falecimento de algum dos seus filhos
dependentes, quando este ocorrer dentro do período de cobertura, R$ 1.600,00
exceto se decorrente dos riscos excluídos constantes nas
Condições Gerais que regem este seguro.
Forma de Pagamento: O pagamento será feito através de
Indenização para óbitos de maiores de 14 anos e para os filhos
menores de 14 anos será devido o pagamento em forma de
reembolso das despesas com funeral conforme Condições Gerais do
contrato de Seguro.
Diárias de Internação Hospitalar - UTI (DIH – UTI)
Decorrente de acidente pessoal coberto.
Limite de Diárias: 03 diárias no valor de R$ 500,00 cada uma.
Franquia: 01 dia. R$ 1.500,00
Forma de Pagamento: De uma única vez, em forma de indenização.
Diárias de Incapacidade Temporária – Cesta Básica –
Afastamento por Acidente (DIT – Cesta)
Limite de Diárias: 02 cestas no valor de R$ 200,00 cada uma.
Franquia: 15 dias.
Forma de Pagamento: A partir do 16º dia de afastamento e R$ 400,00
devidos quando se completar 30 dias a partir desta data, em forma
de indenização, pago diretamente ao Segurado Principal.
Cesta Natalidade Básica– Ocorrendo o nascimento de filho(s) do(a)
funcionário(a) o(a) mesmo(a) receberá DUAS CESTAS-
NATALIDADE, caracterizadas como um KIT MÃE e um KIT BEBÊ, SIM
com conteúdos específicos para atender as primeiras necessidades
básicas da beneficiária e seu bebê, desde que o comunicado seja
formalizado pela mesma até 90 (noventa) dias após o parto.
Morte – Assistência Funeral Segurado Titular, Cônjuge e Filhos
dependentes do Imposto de Renda.
Forma de Pagamento: O beneficiário do Segurado Titular, Cônjuge e
Filhos dependentes do Imposto de Renda, poderão optar pela
utilização da prestação de serviços de assistência funeral em caso de
falecimento do Segurado Titular e/ou Dependente, ou, pelo R$ 4.000,00
pagamento da Indenização em forma de reembolso prestado pela
Seguradora, limitado ao valor máximo de indenização correspondente
a R$ 4.000,00 (quatro mil reais).
Prestação de Serviços: A Assistência será prestada por empresa de
Serviços credenciada pela Seguradora, exclusivamente contratada
para prestar o atendimento conforme Condições Gerais da Apólice
deste Seguro. Plano Familiar – Padrão STANDARD.

A cobertura de Morte e Indenização Especial por Acidente acumula-se.

§ 2º - Para contratação da Seguradora, a empresa poderá optar pela indicação dos sindicatos
Patronal e Profissional, ou qualquer outra que atenda os requisitos desta Convensão Coletiva..

§ 3º - O empregado será responsável pelo pagamento de 50% (cinquenta por cento) do


valor do prêmio que é R$ 8,00 (oito reais), ou seja, R$ 4,0 (quatro reais).
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§ 4º- As empresas manterão aos empregados em gozo de auxilio doença ou acidentário, no


seguro de vida, limitado ao período de vigência desta norma coletiva.

§ 5º- As empresas providenciarão cópia da apólice e entregarão aos empregados, desde


que solicitados pelo mesmo, por escrito.

§ 6º- Toda e qualquer contratação de seguro novo ou renovação de apólice vigente, a partir
de 01/04/2021, deverá se adequar às novas coberturas e capitais informados. As apólices
vigentes terão até o mês de Abril de 2021 para se adequarem a nova modalidade de seguro
de vida para os empregados.

§ 7º- Ficam as Empresas, isentas de responsabilidade se não contratarem seguro de vida em


função do limite de idade (se houver), impostas pelas seguradoras.

§ 8º - As empresas que tenham até 04 (quatro) empregados, deverão pagar, anual em duas
parcelas, o Seguro de Vida previsto no caput desta cláusula.

§ 9º - O benefício concedido nesta cláusula não abrange os trabalhadores em contrato de


safra, contratados sob o regime da Lei 11.718/2008, o contrato de trabalho intermitente e o
contrato por regime parcial.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA TERCEIRA - BENEFICIOS CONCEDIDOS

A cessão gratuita pelo EMPREGADOR, de moradia, alimentação, vestuário, luz, água, leite,
lenha e outras vantagens, assim como, bens destinados à produção para sua subsistência e
de sua família, ou qualquer outro benefício concedido, não integram o salário do
EMPREGADO, independente de contrato escrito e notificação ao Sindicato, nos termos do §
5º do art. 9º, da Lei nº 5.889, de 08/06/73.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUARTA - PRAZO PARA PERMANECER NA MORADIA EM CASO


DE RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

Fica assegurado aos empregados um prazo de até 30 (trinta) dias após a cessação do
contrato de trabalho, para que o imóvel que reside seja desocupado, exceto nos casos em que
a rescisão se der por justa causa, que a desocupação deverá ser imediata.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUINTA - DOS ACORDOS COLETIVOS

Os empregadores poderão celebrar acordo coletivo com os Sindicatos do seu respectivo


Município, respeitando as cláusulas desta Convenção Coletiva. No caso de conflito, aplica-se a
Lei Vigente.
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CLÁUSULA TRIGÊSIMA SEXTA - TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO

Fica eleito o TRT da 17ª Região, para dirimir quaisquer assuntos e/ou cláusulas do pacto ora
firmado.

Pinheiros/ES, 01 de Março de 2021

GILDETE ROCHA DIAS


Presidente
SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS DE PINHEIROS/ES

ERICO PATRICIO ORLETTI

Presidente

SINDICATO RURAL DE PINHEIROS/ES

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