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Crane (2006) afirma que a primeira proposta de reforma do vestuário foi o traje apresentado por Amelia

Bloomer, em 1850, nos Estados Unidos, pois subvertia a diferença entre os gêneros.

Laver (2014) explica que o Movimento Bloomer, iniciado pela Amelia Bloomer, foi um fracasso, pois o
tradicionalismo da época considerava uma mulher usar calças um ultraje. Os homens consideravam usar
calças uma atitude de superioridade sobre a mulher. Na época, os jornais exibiam charges afirmando “como
marido, a mulher será; um vestido ele terá de usar se não fizer, rapidamente, a esposa seu Bloomer tirar”.

Sanchez e Schmitt (2016) analisam que no séc. XX houveram grandes mudanças no vestuário. Em 1920, o
estilo ​garçonne​ era mais do que um roupas e cortes curtos, era um estilo de vida. Com uma modelagem mais
ampla e retangular, esse estilo era o preferido das jovens independentes e/ou emancipadas.

Portinari, Coutinho e Oliveira (2018) explicam que Coco Chanel colocava roupas do guarda-roupa masculino
para serem desfiladas pelas curvas de uma mulher, como a calça pantalona e a camiseta bretão, inspiradas
nos uniformes da marinha francesa.

Freitas (2005) afirma que Chanel fez a base para unissexualizacao da moda ao propror cabelos curtos e
camisetas como blusas para mulheres.

Sanchez e Schmitt (2016) explicam que o termo unissex é utilizado para representar produtos de moda
adequáveis tanto para os homens como para as mulheres e que, geralmente, são peças do “universo”
masculino.

Cezar (2016) destaca que a partir de Chanel, observa-se uma transição do guarda-roupa masculino para o
feminino. Porém, o masculino permanece basicamente intacto, com pequenas mudanças no decorrer dos
anos.O autor afirma, também, que essa mudança reflete o momento que as mulheres viviam, pois haviam
conquistado uma nova voz social, como o direito de votar, fumar abertamente, andar sozinhas em locais
públicos e dirigir.

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