Você está na página 1de 2

A emancipação feminina é um movimento em que há uma luta pela igualdade de direitos

entre homens e mulheres e pela libertação dos preconceitos e da opressão ainda existentes na
sociedade. Assim, a emancipação feminina é uma ferramenta de combate à desigualdade de
gênero.

*Direito ao voto, emprego, moda. Estes são conceitos que passaram a fazer parte do dicionário
feminino a partir dos anos 20: uma transformação de mentalidades consequente do final da
Primeira Guerra Mundial. Antes da 1 guerra mundial a mulher era vista como “a fada do lar”
uma vez que estas eram educadas para servirem os seus maridos e para serem as “paredes do
lar” representando o zelo e proteção e o homem a “cabeça do lar” representando a sabedoria
e responsabilidade maior, caso o contrário as mulheres eram encaminhadas para internatos de
freiras caso não pudessem casar, ou em outros casos inférteis. Este pensamento indicava que a
maior parte da sociedade considerava a mulher como um ser incapaz de assumir
responsabilidades e inferior ao sexo masculino em vários aspetos.

*Contudo, após a guerra, várias populações mundiais viram-se dependentes das mulheres uma
vez que a maior parte dos homens tornaram-se incapacitados ou faleceram, fazendo com que
muitas mulheres tornam-se as novas “ cabeças do lar”. Sendo as principais fontes de sustendo
nas famílias as mulheres começaram a ter lugar nos tecidos industriais da Europa. E como
quem tem trabalho merece ter opinião nas políticas que influenciam o mesmo, após a guerra,
algumas mulheres lutaram afincadamente em prol da igualdade de géneros, nomeadamente a
igualdade em termos de direito de voto e de salário. Assim, nos inícios do 20º século, as
sufragistas conquistam o direito de voto em países como a Alemanha, a Inglaterra e os Estados
Unidos. Esta conquista tornou-se um dos principais símbolos do feminismo, termo que passou
a ser conhecido nesta época. *Apesar do sucesso do movimento a população masculina
condenava e idiotizava o mesmo, criando propagandas antifeministas. O facto de as mulheres
ingressarem no mundo do trabalho promoveu a libertação das mesmas em relação aos seus
maridos, porque se tornam monetariamente independentes.

Esta independência monetária e a confiança trazida por uma igualdade quase alcançada foram
o mote para uma revolução na moda, cuja base se caracterizava pela imitação do Homem, o
símbolo da independência social, e pela liberdade de movimentos e pelo conforto e
simplicidade das peças para cada ocasião. *Antes da década de 1920, a moda na Europa
ocidental ainda era um pouco rígida e impraticável. Estilos eram restritivos e muito formais,
havendo pouco espaço para se expressar. *A ascensão de Hollywood na época fez com que
diversas estrelas de cinema se transformassem em ícones fashion, como Mary Pickford, Gloria
Swanson, que serviam como inspiração para muitas mulheres. Estilistas até hoje renomados
também fizeram história e ditaram a moda da década. Coco Chanel popularizou os cortes retos
em blazers e cardigãs femininos, assim como boinas e colares compridos. O figurinista Jacques
Doucet ousou ao criar vestidos curtos o bastante para mostrar a cinta-liga rendada de quem os
vestisse.* As mulheres da década de 1920 deixaram seus espartilhos e passaram a usar cabelos
curtos, pálpebras pintadas de cor escura, lábios vermelhos, vestidos decotados e na altura dos
joelhos, meias da cor da pele. As chamadas “melindrosas” (flippers) iam à praia de maiô
inteiriço, fumavam em público, dirigiam seu próprio carro e falavam sobre sexo, aspetos que
10 anos antes, eram repulsáveis

* O ‘charleston’, dança vibrante com movimentos rápidos de pernas e braços contagiou a


população jovem feminina. Em festas e reuniões da alta sociedade e do meio intelectual,
casais homoafetivos sentiram-se livres para assumirem-se. Foi a época do “can-can” e o
apogeu dos cabarets na Europa. Esta liberdade mencionada a cima permitira com que as
mulheres saíssem sem os seus maridos, irmãos ou pais e pudessem ter uma noite divertida na
maior parte do tempo.

*Mas não esqueçamos da minoria, as mulheres negras. Infelizmente a maior parte das
feministas daquela época eram racistas e não incluíam as mulheres negras, logo estas
alcançaram os seus própios objetivos e quebraram os seus própios limites. Lutando contra o
racismo e o sexismo simultaneamente

*Em 1924 Na convenção anual da League of Women Voters (antiga NAWSA), as mulheres
negras tentam levantar o problema da privação de direitos de voto. As mulheres brancas do
Sul tentam bloquear a discussão e, no final, a Liga recusa-se a tomar medidas. Graças á figuras
como Alice Paul e Carrie cat estas alcançaram o direito de voto em 1926. Esta época de luta
pelos direitos das mulheres negras foi conhecido nos EUA como: Harlem Renaissance, nesta
época as mulheres negras também tiveram uma evolução na moda* e os os principais
causadores foram as celebridades: Josephine Baker e Hazel Scott. Estas quebravam os
estereótipos de mulher negra conhecida como “suja, sem brilho, simples” usando roupas
marcantes e caracterizada por purpurinas e brilhantes e c ores brancas, maquiagens leves, e
lábios cobertos com o famoso gloss, ou batons vermelhos que contractavam com o seu tom de
pele, cabelos na altura da orelha ou rabos-de-cavalo curtos. As senhoras mais velhas
normalmente usavam vestidos mais neutros e chapéus.

*Felizmente nos dias de hoje, as mulheres já possuem mais direitos e liberdades do que
antigamente que abrangem a todas, contudo a luta contra o sexismo continua pois
infelizmente ainda existem pessoas que consideram mulheres seres inferiores, e que acusam
os vários movimentos da luta de mulheres que por aí existem.

Obg pela atenção.

Você também pode gostar