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José Carlos Barreto de Santana

Reitor

Genival Côrrea de Souza


Vice-Reitor

Rossine Cerqueira Cruz


Pró-Reitor de Administração e Finanças - PROAD

Jasmo Dantas
Gerente Administrativo - GERAD

Diego Emanoel Sousa Gonçalves


Assessoria Técnica de Desenvolvimento Organizacional - ASPLAN

Manuella Florentino Vanderlei Paiva Santos


Subgerente de Patrimônio - SP

Revisão

Equipe da AUDICON
Alessandra Silva Barros Araújo
Carlos Roberto Vilas Boas Suzarte
Edenilta Cerqueira dos Santos

Editora UEFS
Valdomiro Santana

Apoio Técnico
Samara Oliveira Santos Mascarenhas
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 7

2. GESTÃO PATRIMONIAL .................................................................................................... 7

3. RECEBIMENTO E REGISTRO........................................................................................... 8

3.1. RECEBIMENTO POR AQUISIÇÃO ................................................................................ 8

3.2. ENTRADA ........................................................................................................................... 8

3.2.1. Próprio Contabilizado ..................................................................................................... 8

3.2.2. De Terceiros .................................................................................................................... 9

3.2.2.1. Convênio ou Termo de Outorga ................................................................................ 9

3.2.2.2. Adquirido por Particular .............................................................................................. 9

3.2.2.3. Comodato ou Cessão ................................................................................................. 9

3.2.2.4. Doação........................................................................................................................ 10

3.2.2.5. Incorporação .............................................................................................................. 10

3.3. TOMBAMENTO................................................................................................................ 10

3.4. EMPLAQUETAMENTO ................................................................................................... 11

4. MOVIMENTAÇÃO DE BENS PATRIMONIAIS ............................................................... 11

4.1. Interna ............................................................................................................................... 12

4.2. Externa .............................................................................................................................. 12

4.2.1. Manutenção ................................................................................................................... 12

4.2.2. Empréstimo para outros órgãos/instituições ............................................................ 13

5. DEVOLUÇÃO DE BENS .................................................................................................... 13

6. BAIXA OU DESFAZIMENTO DE BENS .......................................................................... 13

7. RESPONSABILIDADE ....................................................................................................... 14

8. INVENTÁRIO ....................................................................................................................... 15

8.1. Inventário Rotativo ........................................................................................................... 15

8.2. Inventário de Encerramento de Exercício .................................................................... 15

10. SANÇÕES.......................................................................................................................... 16

11. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 16

ANEXO I ................................................................................................................................... 18
APRESENTAÇÃO

A Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), a fim de orientar, acompanhar e


fiscalizar a execução das atividades de guarda, controle, distribuição e desfazimento dos materiais
permanentes nas suas diversas unidades e setores, apresenta o presente manual de patrimônio
de bens móveis.
O desenvolvimento deste manual tem por objetivo organizar e regulamentar o controle físico
dos bens móveis da UEFS, além de proporcionar aos gestores e demais usuários do patrimônio
uma compreensão melhor da natureza e da finalidade desta atividade. A função deste manual
é orientar as ações dos servidores da UEFS, responsáveis pela guarda dos bens móveis desta
Instituição, de forma a tornar essa atividade mais dinâmica, efetiva e consoante às políticas de
gestão pública, principalmente no que tange ao controle interno e à fiscalização interna e externa.
Aqui são apresentados os conceitos básicos e a legislação pertinente ao assunto. As
orientações apresentadas dizem respeito a todas as ações referentes à atividade administrativa
denominada controle patrimonial, ou seja, as rotinas de recebimento, registro, tombamento,
transferência, movimentação, baixa e inventário; e detalham os procedimentos que devem ser
adotados em sua execução.
1. INTRODUÇÃO

A importância do controle patrimonial nas instituições está intrinsecamente relacionada à


grande imobilização financeira decorrente da aquisição dos bens que compõem seus ativos.
O Governo do Estado da Bahia adotou políticas mais intensivas e rigorosas de controle,
mediante a publicação do Decreto Estadual nº 6.885/97, o qual instituiu o Sistema de Administração
de Patrimônio (SIAP) para bens móveis permanentes, bem como, pela forte atuação dos órgãos de
controle externo, a exemplo do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA).
O controle patrimonial se dá através da guarda, controle, distribuição e desfazimento dos
bens móveis permanentes, adquiridos com recursos orçamentários e/ou extraorçamentários, que
estão à disposição da UEFS para a realização de suas atividades.
Para a eficácia do controle patrimonial, bem como da qualidade dos serviços prestados
pela Subgerência de Patrimônio, é fundamental a atualização constante dos registros de entrada,
movimentação e saída de bens do acervo patrimonial.

2. GESTÃO PATRIMONIAL

A Gestão Patrimonial compreende as atividades de registro, tombamento, guarda, controle,


movimentação, preservação, baixa, incorporação e inventário de bens móveis, provenientes de
aquisições, doações e incorporações que integram o acervo, assim como, a identificação dos
servidores responsáveis no âmbito das unidades e setores da Instituição.
A Subgerência de Patrimônio, unidade diretamente subordinada à Gerência Administrativa
(GERAD), é responsável por normatizar, planejar e executar as atividades de guarda, controle,
distribuição e desfazimento dos materiais permanentes, bem como acompanhar e fiscalizar a
execução destas atividades nas diversas unidades administrativas que compõem a Universidade.

3. RECEBIMENTO E REGISTRO

3.1. RECEBIMENTO POR AQUISIÇÃO

Ato de receber e conferir os bens adquiridos pela Instituição através de recursos orçamentários
ou extraorçamentários. Se o material permanente possuir características de difícil identificação,
será solicitado ao setor demandante um parecer de conformidade com as especificações para que
possa ser concluído o recebimento.
São considerados documentos hábeis para recebimentos: nota fiscal, nota fiscal de
importação própria e/ou fatura.
Quando o material não corresponder com exatidão ao que foi pedido, ou apresentar faltas
ou defeitos, a Subgerência de Patrimônio providenciará, junto ao fornecedor, a regularização da
entrega para efeito de aceitação.
Conforme determina a Lei 9.433/2005, inc.II, alínea a, mediante termo circunstanciado firmado
pelas partes (fornecedor e UEFS), a Subgerência de Patrimônio tem até 15 (quinze) dias para
verificar e conferir a conformidade e especificações dos materiais da Autorização de Fornecimento
3.2. ENTRADA

Após o ato de recebimento do bem permanente, a 1ª via da Nota Fiscal ou equivalente é


atestada e registrada no Sistema de Administração de Patrimônio do Estado da Bahia (SIAP).
Em seguida, é emitido o Relatório Analítico de Entrada, no qual constam as informações básicas
do bem, como: fornecedor, empenho, número do processo, nota fiscal, requisição de material,
autorização de fornecimento e identificação do processo licitatório. Juntamente a este relatório, é
arquivada a documentação referente à aquisição do bem.
A entrada de bens permanentes no acervo patrimonial da UEFS pode ocorrer de acordo com
as seguintes modalidades.

3.2.1. Próprio Contabilizado

Quando o bem é adquirido com recursos próprios da Instituição, a nota fiscal de aquisição
ou equivalente é emitida em favor da UEFS. Nessa modalidade o valor contábil do bem é
automaticamente adicionado ao montante de entradas/aquisições de material permanente no
acervo patrimonial da UEFS.

3.2.2. De Terceiros

3.2.2.1. Convênio ou Termo de Outorga

Quando o bem é adquirido com recursos de terceiros (ex.: Convênios e Termos de


Outorga), a Nota Fiscal ou equivalente é emitida em favor do outorgante (Agência de Fomento,
Órgão/Empresa Financiadora ou Pesquisador responsável). Nessa modalidade a UEFS não
detém a propriedade do bem, apenas seu controle; ao final da vigência do Convênio ou Termo
de Outorga, o outorgante poderá exercer a opção de doação do bem à UEFS. Assim, o valor
contábil desse bem não será adicionado ao montante de entradas no acervo patrimonial da
Instituição.

3.2.2.2. Adquirido por Particular

Em caso de bens de uso comum adquiridos por servidores da Instituição, o respectivo


lançamento dependerá de análise e aprovação da PROAD. Nessa modalidade a UEFS não
detém a propriedade dos bens, apenas seu controle. Assim, o valor contábil desses bens não
será adicionado ao montante de entradas no acervo patrimonial da instituição.
Nestes casos, seu registro deverá ser feito com base nos dados informados na nota fiscal,
quando houver, ou em documento/declaração que detalhe as circunstâncias de utilização e as
características dos bens em questão.
3.2.2.3. Comodato ou Cessão

O Comodato é o empréstimo de bens realizado entre a UEFS e empresas privadas,


enquanto a Cessão envolve a UEFS e outros órgãos públicos. Ambos são realizados através
de contrato ou convênio que regem a disponibilidade e condições de uso; podendo os bens,
ao término da vigência destes serem devolvidos à empresa ou instituição de origem ou doados
à UEFS.
O bem tombado por Comodato ou Cessão não tem seu valor contábil adicionado ao
montante de entradas no acervo patrimonial da UEFS.

3.2.2.4. Doação

É a transferência da propriedade de bens móveis permanentes para a UEFS, mediante


apresentação de Nota Fiscal e Termo de Doação, emitido pela entidade doadora em que
constem os elementos identificadores, tais como descrição detalhada, valor de aquisição,
data de aquisição ou de sua entrega à UEFS.

3.2.2.5. Incorporação

O tombamento por incorporação é feito a partir de um ofício do dirigente da unidade


determinando a operação (este documento, por convenção, equivale ao documento de origem
do bem). Um tombamento por incorporação ocorre quando não é possível identificar a origem
dos recursos de um bem que se encontre pelo menos a dois exercícios (anos) no acervo da
unidade ou órgão.
Na impossibilidade de apropriação de custo, o tombamento por incorporação deve ser
realizado após avaliação realizada por comissão especial que arbitrará o valor do bem.

3.3. TOMBAMENTO

É a atribuição de um registro numérico (número de tombo) ao bem, através do SIAP, que


ocorre ao final do processo de entrada. O número de tombo permanece inalterado até a baixa do
bem. O tombamento é realizado após a análise da documentação referente à entrada do bem.

3.4. EMPLAQUETAMENTO

Consiste na afixação de plaqueta no bem com número de registro. É padronizada para toda
a Instituição e identificada pelo termo Governo do Estado da Bahia e, mais abaixo, Universidade
Estadual de Feira de Santana (UEFS), seguido pelo número sequencial crescente de oito dígitos,
além de um código de barras.
A plaqueta de patrimônio deve ser afixada em local bem visível e de fácil acesso para uma
leitora de código de barras, salvo em caso de bens relacionados ou controlados por lote.
Nos casos de bens cujas características físicas ou funcionais dificultam ou impossibilitam a
fixação da plaqueta, será mantido o registro no SIAP e as respectivas plaquetas serão mantidas na
Subgerência de Patrimônio, sem a perda da eficácia do controle.
4. MOVIMENTAÇÃO DE BENS PATRIMONIAIS

A movimentação de bens patrimoniais será realizada de acordo as demandas e necessidades


das Unidades Administrativas da Instituição, após autorização da Subgerência de Patrimônio,
sempre em consonância com os princípios da administração pública.
A movimentação de bens patrimoniais será sempre precedida da emissão do Termo de
Transferência, que é o documento emitido através do SIAP para registro das movimentações
patrimoniais. O Termo de Transferência será emitido em duas vias e acompanhará a movimentação/
transferência física do bem, devendo ser devidamente assinado pela Unidade Administrativa de
Origem, Subgerência de Patrimônio e Unidade de Destino.
As movimentações/transferências de bens patrimoniais podem ser classificadas como internas
ou externas, a saber:

4.1. Interna

A Unidade Administrativa detentora da guarda do bem patrimonial solicitará à Subgerência


de Patrimônio a sua efetiva transferência do mesmo para outra unidade, desde que as partes
envolvidas estejam de pleno acordo com a operação.

4.2. Externa

Consiste na saída de um bem de seu local de guarda para outro, quando não há troca
de responsabilidade. A movimentação dos bens patrimoniais pode ocorrer quando houver
necessidade de sua manutenção ou empréstimo para órgãos externos. Em ambos os casos,
deverá ser emitido o Termo de Transferência Temporária pela Subgerência de Patrimônio.

4.2.1. Manutenção

Quando houver necessidade de manutenção de qualquer bem, o setor responsável


por sua guarda solicitará tal serviço à Subgerência de Manutenção Geral ou à Assessoria
Especial de Informática, nos casos de equipamentos de informática. A Subgerência de
Manutenção Geral ou a Assessoria Especial de Informática poderá, a seu critério, sugerir
a retirada do bem para realização do serviço interno ou externo. De posse de parecer
indicativo de necessidade de manutenção externa, o setor responsável pela guarda do
bem deve encaminhá-lo à Subgerência de Patrimônio para essas providências.
A Subgerência de Patrimônio acompanhará o andamento do serviço externo até a
sua conclusão e em seguida devolverá o bem se consertado ao setor responsável.
Se o conserto for considerado inviável, a Subgerência de Patrimônio providenciará
a comunicação ao setor demandante da manutenção, a emissão do termo de baixa e o
envio do bem ao Almoxarifado Central de Bens Inservíveis da SAEB.
4.2.2. Empréstimo para outros órgãos/instituições

Em casos de empréstimos para outros órgãos, o requisitante de empréstimo do


material deverá solicitá-lo a Administração Superior e posteriormente à autorização,
retirar e devolver o bem na sala da Subgerência de Patrimônio ou local designado por
esta e assinar o Termo de Transferência Externa Temporária, devolvendo o(s) bem(ns),
conforme data de devolução provável preestabelecida.

5. DEVOLUÇÃO DE BENS

Quando não há utilização do bem no setor responsável por sua guarda, este deverá solicitar
à Subgerência de Patrimônio o recolhimento para avaliação. Após realização de análise das
condições do bem, caso esteja em bom estado de conservação, ele será devolvido à Subgerência de
Patrimônio e ficará disponível para atender outra demanda. Se for constatado que o bem encontra-
se sem condições de uso, a Subgerência de Patrimônio deverá providenciar sua baixa definitiva do
acervo patrimonial da UEFS.

6. BAIXA OU DESFAZIMENTO DE BENS

Consiste no processo de exclusão de um bem do acervo patrimonial da Instituição, de acordo


com a legislação vigente e expressamente autorizado pela Gerência Administrativa (GERAD).
Será submetido ao procedimento de baixa ou desfazimento todo bem considerado inservível
pela Instituição. A baixa ou desfazimento será solicitada, através do SITIENS, pela unidade
administrativa que detém a sua guarda, à Subgerência de Patrimônio, a qual programará seu
recolhimento.
O processo de baixa ou desfazimento ocorrerá quando o bem for considerado:
-Ocioso: quando, em perfeitas condições de uso, não estiver sendo aproveitado;
-Irrecuperável: quando houver inviabilidade de manutenção, constatada através de laudo ou
parecer técnico da Subgerência de Manutenção Geral ou Assessoria Especial de Informática;
-Antieconômico: quando sua manutenção for onerosa – isto é, quando o valor orçado para
sua recuperação for superior a cinquenta por cento de seu valor de mercado – ou seu rendimento
for precário, em virtude de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo.
-Extravio (desaparecimento, furto, roubo ou desvio fraudulento): quando após conclusão
de sindicância ou processo administrativo for constatado o desaparecimento, furto ou roubo de
determinado bem. Nestes casos o gestor da unidade administrativa responsável pela guarda do
bem deverá registrar boletim de ocorrência junto à autoridade policial competente e posteriormente
formalizar a ocorrência do fato a Subgerência de Patrimônio através do SITIENS (o boletim de
ocorrência deverá seguir anexo à comunicação), que encaminhará o processo à Reitoria para as
providências cabíveis.
-Bem de terceiros: quando for devolvido à sua origem, sem prescindir de processo formal de
desfazimento, essa ocorrência deverá ser documentada através da cópia do Termo de Baixa.
7. RESPONSABILIDADE

As unidades administrativas da UEFS, na figura de seus gestores, são diretamente


responsáveis pela guarda e bom uso dos bens sob sua responsabilidade, cabendo-lhes, informar
possíveis movimentações ou ocorrências (dano, extravio, furto, roubo ou outras) à Subgerência de
Patrimônio.
O servidor desvinculado do cargo, função ou emprego deverá passar a responsabilidade
do material sob sua guarda ao seu sucessor, informando a transferência de responsabilidade à
Subgerência de Patrimônio que providenciará a emissão de um novo Termo de Responsabilidade.
O registro dessa informação é obrigatório. A inobservância desse registro ensejará medidas
administrativas cabíveis.
A responsabilidade pelos bens é atribuída através do Termo de Responsabilidade que é o
documento que registra os bens localizados em determinado setor (Unidade de Localização – UL),
sob a guarda de seu gestor.
Os Termos de Responsabilidade são emitidos pela Subgerência de Patrimônio, através do
SIAP, em duas vias, e assinados pelo responsável pela guarda e conservação do bem. Uma via
será arquivada na Subgerência de Patrimônio e a outra será entregue ao signatário.
Os Termos de Responsabilidade serão emitidos sempre que ocorrer:
- Mudança de responsável pela guarda de bens;
- Para fins de inventários periódicos.

8. INVENTÁRIO

A realização de inventário de bens móveis em uso consiste no arrolamento periódico dos bens
do Estado, exigido por lei e tendo por objetivo seu controle quantitativo e qualitativo, inclusive o
confronto entre as existências físicas e as consignadas, bem como entre os valores avaliados e os
escriturados em suas contabilidades.

8.1. Inventário Rotativo

É realizado pela Subgerência de Patrimônio ou por comissão designada pela


Reitoria, a qualquer tempo, dentro do exercício financeiro, para a conciliação dos saldos
físico e financeiro, registrados no SIAP, com aqueles existentes nos relatórios contábeis.

8.2. Inventário de Encerramento de Exercício

É realizado para apuração dos saldos físico e financeiro dos estoques de bens,
para fins de encerramento de exercício financeiro da unidade gestora.
O inventário de encerramento de exercício será realizado por Comissão de Inventário
constituída por nomeação da Reitoria, que deverá ser publicado no Diário Oficial do
Estado e seguir orientação da portaria anual específica da Secretaria de Administração
Após conclusão dos trabalhos a comissão encaminhará o relatório de inventário
à Reitoria, devidamente assinado, contendo todas as alterações e divergências e
relacionando todos os bens não localizados, inclusive os furtados, a fim de que seja
dado conhecimento e para posteriores providências quanto à emissão dos Termos de
Responsabilidade e apuração dos fatos.

10. SANÇÕES

Após ciência de extravio, furto, roubo, mau uso, dano e outras ocorrências que causem prejuízo
ao patrimônio público, a Subgerência de Patrimônio solicitará à Reitoria a instalação de Comissão
de Sindicância, com o objetivo de apurar as responsabilidades e os fatos ocorridos.
O resultado da sindicância (ou de posterior processo administrativo) será comunicado à
Subgerência de Patrimônio para as devidas providências e regularização cadastral do bem.
Nos casos de extravio ou dano ao bem público, as penas previstas vão de ressarcimento
integral do dano, perda da função pública, entre outras, conforme art. 10, da Lei nº 8.429/92,
transcrito abaixo.
“art. 10 - constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao Erário, qualquer
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º...”

11. REFERÊNCIAS

Manual de Patrimônio, Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2008.

Manual de Procedimentos de Patrimônio, Universidade Federal do Pampa, 2008.

Manual de Administração Patrimonial de Bens Móveis do Ativo Permanente, Instituto Federal de


Educação, Ciência e Tecnologia. 1ª Edição. Manaus, 2012.

Administração de Material e Patrimônio, Manual de Procedimentos, Universidade do Estado da


Bahia, Salvador, 2010.

Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964.

Lei nº 8.429, de 02 de junho de 1992.

Lei Estadual nº 2.322, de 11 de abril de 1966.

Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967

Decreto nº 99.658, de 30 de outubro de 1990

Decreto Estadual nº 6.885, de 14 de outubro de 1997.

Decreto Estadual nº 7.919, de 30 de março de 2001.

Decreto Estadual nº 9.461, de 20 de junho de 2005.

INSTRUÇÃO NORMATIVA STN nº 205 de 11/04/1988. Brasília, Secretaria do Tesouro Nacional,


Instrução Normativa DICOP nº 01, de 08 de janeiro de 2001.

Instrução nº 001, de 03 de fevereiro de 2003 – SAEB.

Instrução nº 019, de 27 de dezembro de 2006 – SAEB.

Instrução nº 020, de 27 de dezembro de 2006 – SAEB.

Instrução nº 014, de 11 de novembro de 2010 – SAEB.


ANEXO I

GLOSSÁRIO DOS TERMOS UTILIZADOS NESTE MANUAL

Conceituação utilizada na Administração Patrimonial do Estado da Bahia, empregada no


âmbito da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
Administração Patrimonial - conjunto de ações que compreende a utilização, controle e
conservação do bem móvel ou imóvel, segundo a destinação natural ou legal, incluindo, ainda, a
aquisição de novo bem e a alienação, quando necessário.
Agente Responsável - toda pessoa física que, no exercício de cargo, função ou emprego
público, utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, valores, materiais, bens móveis
ou imóveis pertencentes ao Estado ou a ele confiado.
Alienação - toda transferência, a qualquer título, de domínio de bens a terceiros, mediante
venda, permuta, doação ou outros meios previstos no direito, subordinada à existência de interesse
público devidamente justificado e precedida de avaliação, obedecidas as exigências legais
pertinentes.
Almoxarifado - local destinado à guarda dos bens patrimoniais de propriedade do Estado,
destinados ao consumo, uso, reaproveitamento ou alienação.
Aquisição - ato ou fato em virtude do qual o Estado, para a realização de seus fins, adquire a
propriedade de um bem, observadas as formas e condições estabelecidas em lei.
Avaliação - operação pela qual se determina o valor de um bem patrimonial para fins de
aquisição, contabilização e alienação, observadas as normas técnicas e legais específicas.
Baixa - lançamento mediante o qual um bem patrimonial é excluído do estoque ou do cadastro
patrimonial e, contabilmente, pode gerar registro de diminuição do saldo de uma conta patrimonial,
em decorrência de consumo, transferência, extravio, destruição, inutilização, obsolescência, desuso
ou alienação.
Bem Patrimonial - bens imóveis ou móveis suscetíveis de avaliação monetária, que
constituem o patrimônio do Estado, tais como: máquinas, motores, aparelhos, equipamentos,
veículos, instrumentos, ferramentas, utensílios, mobiliários, acervos bibliográficos, objetos de arte e
históricos, instrumentos musicais, semoventes e numerário de caráter permanente, que constituem
objeto de controle administrativo, destinados ao uso e funcionamento de órgãos e entidades da
Administração Pública.
Bens de Terceiros - bens que não integram o patrimônio do Estado, mas que em decorrência
de negócio jurídico celebrado com terceiros recebem codificação diferenciada dos bens patrimoniais
do Estado, e sobre os quais não incidem os processamentos financeiros, mas apenas nos controles
físicos.
Bens Desativados - todos aqueles que, obsoletos ou inservíveis para as necessidades da
Administração Pública, estão sujeitos a alienação ou reaproveitamento, devendo ser entregues
à Secretaria da Administração, para as providências cabíveis, quando se tratar de materiais
permanentes.
Bens Móveis - são os que, sem alteração na substância ou na destinação econômica–social,
podem ser transportados de um lugar para outro, por movimento próprio ou força alheia, inclusive
os que constituem acervos de museus, pinacotecas, bibliotecas e assemelhados.
Bens Públicos - são todas as coisas, corpóreas ou incorpóreas, imóveis, móveis e semoventes,
créditos, direitos e ações que compõem o patrimônio do Estado.
Bens Relacionados - bens permanentes que, em razão de sua estrutura física, não podem
ser marcados ou gravados seus respectivos números de tombamento. Exemplos: celular, arma,
máquina fotográfica, extintor de incêndio.
Cadastramento - ação de registro que arrola os bens patrimoniais, especificando suas
características físicas, financeiras e de localização, de modo a permitir a identificação e avaliação
de cada um deles.
Cessão de Uso - outorga do uso de bens públicos estaduais móveis e imóveis, gratuitamente,
ou em condições especiais, à entidade de sua administração indireta ou a outras pessoas
jurídicas integrantes da Administração Pública, para que sejam por elas utilizadas, sempre com
predeterminação de prazo e, quando cabível, atribuição de encargos.
Compra - toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma vez ou parcelamento,
procedida de acordo com a legislação específica em vigor.
Concessão de Uso de Bens Públicos – contrato administrativo que outorga a utilização ou
exploração exclusiva de bem público móvel ou imóvel, em caráter gratuito ou mediante remuneração,
sempre com imposição de encargos, com prazo determinado e precedida de licitação, para
exploração indicada no edital.
Depreciação - perda progressiva de valor econômico ou do preço de um bem patrimonial
em decorrência do seu uso, levando-se em consideração, além de exigências legais, o valor de
aquisição e o tempo de vida útil, em face das condições objetivas de sua utilização.
Doação de Bens Móveis - contrato no qual, por liberalidade, o bem é transferido para outrem,
com ou sem encargos, exclusivamente para fins e uso de interesse social, expressamente justificado
pela autoridade competente, após avaliação prévia e análise de sua oportunidade e conveniência
sócio-econômica. A doação para instituição filantrópica depende do seu reconhecimento como de
utilidade pública pelo Estado.
Incorporação - registro contábil da inclusão ou entrada de um bem patrimonial, em decorrência
de aquisição, nas suas diversas modalidades.
Indenização - ato de entrada de recursos financeiros em decorrência do ressarcimento do
valor do bem patrimonial que sofreu extravio, furto ou sinistro.
Inutilização - destruição, total ou parcial, de um bem patrimonial que ofereça ameaça vital,
risco de prejuízo ecológico ou cuja manutenção seja inconveniente para a Administração Pública
Estadual.
Inventário - arrolamento periódico com a descrição e avaliação dos bens patrimoniais
do Estado, exigido por lei, tendo como objetivo seu controle quantitativo e qualitativo, inclusive
o confronto entre as existências físicas e as consignadas sob a responsabilidade dos órgãos e
entidades da Administração Pública, bem como entre os valores avaliados e os escriturados na
contabilidade.
Material - designação genérica de bens, itens ou conjunto destinado a consumo ou aplicação,
tanto em serviço como em mobiliário, equipamentos e instalações, inclusive aqueles aplicados em
obras públicas entregues à Administração Pública através de convênios com outros organismos.
precário ou com recuperação economicamente inviável, cujo valor orçado para conserto ou
manutenção seja superior a 50% (cinquenta por cento) do seu valor de mercado.
Material Irrecuperável - todo material que não mais puder ser utilizado para o fim a que se
destina, devido à perda de suas características ou em razão da inviabilidade econômica de sua
recuperação.
Material Obsoleto - todo bem em desuso, considerado antiquado ou antieconômico para o
fim a que se destina, podendo ser doado, transferido ou permutado com outro órgão ou entidade
ou recolhido à Secretaria da Administração.
Material Ocioso - todo material que, embora em perfeitas condições de uso, não esteja
sendo aproveitado por ser ultrapassado, podendo ser cedido, transferido ou doado a outro órgão
ou entidade ou recolhido à Secretaria da Administração.
Material Permanente - considera-se material permanente todo item ou conjunto de que
possua, concomitantemente, as seguintes características:
I – em razão de uso, não perde sua identidade física ou autonomia de funcionamento, mesmo quando adicionado
a outro bem móvel;
II – durabilidade prevista superior a dois anos;
III – valor superior ao estabelecido para pagamento de despesas miúdas de qualquer natureza, assim entendidas
aquelas que se situarem dentro do limite de 3% (três por cento) do valor estabelecido para dispensa de licitação
para compra e serviços que não sejam os de engenharia.
- São classificados como material permanente, atendidas as características fixadas no artigo anterior:
I – máquinas, motores, aparelhos, equipamentos e veículos;
II – instrumentos, ferramentas e utensílios que formem um conjunto necessário ao desenvolvimento de
determinado trabalho, atividade ou ofício;
III – instrumentos musicais;
IV – semoventes;
V – jogos ou assemelhados e conjuntos;
VI – mobiliários em geral;
VII – acervo bibliográfico, objetos de arte e históricos, peças para coleções de bibliotecas, discotecas, mapotecas,
filmotecas, museus e assemelhados.*1
§ 1º - Os itens mencionados nos incisos VI e VII são classificados como material permanente, independentemente
do valor mencionado no inciso III do artigo anterior.
§ 2º - Os itens mencionados nos incisos I a V não são classificados como material permanente se o valor de
aquisição for inferior ao mencionado no inciso III do artigo anterior.”

Material Recuperável - todo material passível de ser recuperado por valor orçado equivalente
a, no máximo, 50 % (cinquenta por cento) do seu valor de mercado, podendo ser cedido, doado ou
transferido para outro órgão ou entidade.
Movimentação - mudança decorrente da transferência, alteração, reavaliação ou alienação
de um bem patrimonial.
Movimentação Temporária - mudança temporária da localização do bem decorrente de
conserto, empréstimo ou exposição externa.
Patrimônio Público - conjunto dos bens de toda natureza e espécie que pertencem ao domínio
do Estado, e que se institui para atender a seus próprios objetivos ou para servir à produção de
utilidades indispensáveis às necessidades coletivas.
Permissão de Uso - outorga do uso de bens públicos estaduais, efetuada a título precário
ou clausulada, por ato administrativo, em caráter gratuito ou mediante remuneração, sempre com
imposição de encargos e após chamamento público dos interessados para seleção, dispensada
esta quando o permissionário for entidade filantrópica ou assistencial.
Permuta - acordo em virtude do qual os contratantes trocam entre si bens patrimoniais de sua
propriedade, e que se substituem reciprocamente no patrimônio dos permutantes, permitida nos
casos de interesse social, precedida de dupla avaliação dos bens. A permuta de imóveis depende
de prévia autorização do Legislativo.
Reaproveitamento - ato ou efeito de voltar a utilizar um bem que tenha sido desativado por
outro órgão ou entidade da Administração Pública, passando a integrar o seu patrimônio.
Reavaliação - elaboração de novos cálculos do valor de um bem patrimonial após análise de
suas características, em conseqüência de obra realizada, benfeitorias efetivadas ou pela adoção
de novos critérios técnicos de valoração, para atualização cadastral.
Registro Patrimonial - processo de codificação numérica pelo qual o bem patrimonial é
identificado, tombado e inventariado para o processamento do correspondente lançamento contábil.
Termo de Responsabilidade - documento no qual um bem patrimonial é posto sob a guarda,
conservação e controle do agente responsável, mediante sua assinatura.
Tombamento - arrolamento de todo bem patrimonial com a finalidade de colocá-lo sob a
guarda e proteção dos agentes responsáveis.
Transferência - ato administrativo mediante o qual o bem patrimonial é deslocado de uma
unidade organizacional para outra, no âmbito da administração direta ou indireta, exigindo-se
emissão e assinatura do Termo de Transferência, anotação da mudança de guarda do bem e
atualização do registro cadastral.
Venda - ato pelo qual a Administração Pública transfere, de forma remunerada, a propriedade
de um bem patrimonial a outra pessoa física ou jurídica, obedecendo as formalidades e condições
previstas em lei, tais como autorização competente, avaliação prévia e licitação.

*O controle patrimonial do acervo bibliográfico, peças para coleções de bibliotecas, discotecas,


mapotecas e filmotecas da UEFS, é feito através do Sistema Integrado de Gestão de Centros de
Informação – Pergamum, gerenciado pela Sistema Integrado de Bibliotecas – SISBI.

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