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IMOBILIÁRIA
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
Impresso por:
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos
com princípios éticos e profissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade,
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos
em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil:
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba,
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades
de todos. Para continuar relevante, a instituição
de educação precisa ter pelo menos três virtudes:
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é
promover a educação de qualidade nas diferentes
áreas do conhecimento, formando profissionais
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está
iniciando um processo de transformação, pois quando
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou
profissional, nos transformamos e, consequentemente,
Pró-Reitor de
Ensino de EAD
transformamos também a sociedade na qual estamos
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com
os desafios que surgem no mundo contemporâneo.
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo
Diretoria de Graduação
e Pós-graduação este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita.
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns
e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis-
cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe
de professores e tutores que se encontra disponível para
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
AUTORA
AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA
SEJA BEM-VINDO(A)!
Prezado(a) aluno(a), o assunto AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA é a base de todo o trabalho a ser
desenvolvido pelo gestor de imóveis. Todas as Operações Imobiliárias se desenvolvem
a partir de uma avaliação:
• COMPRA
• VENDA
• LOCAÇÃO
• ADMINISTRAÇÃO
• LOTEAMENTOS
• INCORPORAÇÕES
• ASSESSORIA
• CONSULTORIA
• PARECER TÉCNICO DE AVALIAÇÃO MERCADOLÓGICA
O gestor de imóveis, profissional que está no dia a dia conversando com as pessoas,
atendendo os clientes e realizando negócios é quem pode servir de termômetro para o
mercado. É ele quem poderá ditar o valor comercial do imóvel.
Desde o início das atividades dos corretores,
além de atribuir o valor comercial aos imóveis
de forma verbal, eles realizavam a “AVALIAÇÃO”.
Tratava-se de um documento de uma única lau-
da, que trazia no corpo um texto que iniciava
com a descrição do imóvel, um valor médio por
metro quadrado que ele encontrava com base
em algumas amostras, que era multiplicado
pela área total do imóvel avaliando, e o resul-
tado era o valor procurado. A “AVALIAÇÃO” era
então datada e assinada pelo corretor. O docu-
mento era similar ao abaixo:
APRESENTAÇÃO
AVALIAÇÃO DE IMÓVEL
Imóvel constituido pelo Lote de Terra nº 49 (quarenta e nove), situado na GLEBA RIO
PARDINHO nesta cidade de Maringá-Paraná com área de 5.625,00 m2, devidamente
matriculado sob nº 7.380 no REGISTRO DE IMÓVEIS - 2º Oficio de Maringá-Paraná.
JOSÉ DA SILVA
CREVICIF - 123456
Esse documento era utilizado para vários fins: ações judiciais de cobrança, renova-
tória de aluguel, revisional de aluguel, separação judicial, divórcio, inventário etc.,
empréstimos bancários, dação em pagamento, hipoteca, penhora, fins contábeis,
enfim, para uma série de funções.
APRESENTAÇÃO
UNIDADE I
AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
15 Introdução
38 Considerações Finais
UNIDADE II
PREÇO E VALOR
45 Introdução
71 Considerações Finais
UNIDADE III
77 Introdução
78 Finalidades da Avaliação
UNIDADE IV
LEGISLAÇÃO
139 Introdução
UNIDADE V
191 Introdução
241 CONCLUSÃO
243 REFERÊNCIAS
Professora Esp. Claudete Cristina Iwata
I
UNIDADE
AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender o conceito de AVALIAÇÃO.
■■ Saber quem pode avaliar um imóvel: CREA X CRECI.
■■ Tomar conhecimento das competências atribuídas aos Engenheiros,
Arquitetos e Agrônomos e aos Corretores de Imóveis.
■■ Conhecer o IBAPE – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de
Engenharia.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ O que significa AVALIAÇÃO
■■ Afinal, quem pode avaliar um imóvel, CREA ou CRECI?
■■ Os engenheiros e corretores sempre divergiram sobre a competência
das avaliações, porém, cada qual tem o seu papel bem definido
■■ O IBAPE tem papel muito importante na Engenharia de Avaliações,
e mesmo não sendo de nossa competência, vale a pena termos
conhecimento de suas atribuições
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INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), esta unidade tem por objetivo a sua compreensão sobre esse
assunto tão importante para o desempenho de nossa profissão: a AVALIAÇÃO!
É da avaliação que começam todas as nossas atividades. Um cliente quer alugar
um imóvel e pergunta para você por quanto ele pode alugar. Para determinar
esse valor, você precisará fazer uma AVALIAÇÃO. Querendo um imóvel para
renda, ele solicitará de você uma consultoria imobiliária e para atender bem seu
cliente, você terá que AVALIAR o imóvel para ver se a rentabilidade resultará em
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução
16 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O QUE SIGNIFICA AVALIAÇÃO?
Fonte: <http://www.comoavaliarimoveis.com.br/conceito-de-avalia-
cao/>.
Para Sérgio Antonio Abunahman (2006, p.10), “Avaliação é, pois, uma aferi-
ção de um ou mais fatores econômicos especificamente definidos em relação a
propriedades descritas com data determinada, tendo como suporte a análise de
dados relevantes”.
Para nós, gestores, significa a base de todo nosso trabalho e a questão que
justifica nossa preocupação, cuidado, cautela e necessidade de capacitação é a
especificidade de cada trabalho.
Sérgio Antonio Abunahman (2006, p.10) continua:
Uma considerável parcela de bens públicos, particulares e empresariais
do mundo consiste em bens imóveis. A própria amplitude deste recur-
so primordial em nossa sociedade cria uma necessidade de informes
avaliatórios como suporte e consistência para decisões relativas ao uso
e disposição desses bens. É na avaliação desses direitos que reside a arte
de resolver um problema característico, encontrando e reunindo fatos,
analisando-os de modo a formar conclusões aplicáveis a cada caso.
Uma avaliação é o processo e resultado de uma tentativa de responder a
uma ou mais perguntas específicas sobre os valores definidos das partes
AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
17
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
MÉTODO COMPARATIVO DE DADOS
DE MERCADO. Quando o Gestor ini-
cia a execução de seu Parecer Técnico de
Valor Mercadológico, o primeiro passo
será vistoria criteriosa do imóvel avaliando com a análise do contexto que cerca
o imóvel, o segundo passo será coleta de amostras. Se o método escolhido for o
comparativo, ele começará a coletar dados assemelhados ao imóvel avaliando, se
possível, de negociações recém realizadas, pois ela refletirá exatamente o valor
que tornou a relação COMPRA e VENDA equilibrada.
Leia atentamente o texto a seguir:
AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
19
Nos últimos dias surgiram notícias veiculadas em alguns órgãos de imprensa procuran-
do reacender uma antiga polêmica, relativa à atribuição exclusiva aos engenheiros e
arquitetos da realização de avaliações imobiliárias. Em especial, discute-se a extensão
dessa atribuição aos corretores de imóveis.
No intuito de informar à sociedade, gostaríamos de trazer alguns esclarecimentos úteis,
encerrando esta polêmica, uma vez ser inquestionável que a realização de laudos de
avaliação é atribuição exclusiva dos profissionais registrados nos Creas, dentro das di-
versas modalidades, cabendo aos corretores de imóveis “opinar em transações imobi-
liárias”.
Natureza técnica
As avaliações imobiliárias são trabalhos eminentemente técnicos, pertencentes a uma
ciência denominada Engenharia de Avaliações, cujo acervo técnico foi obtido através de
centenas de trabalhos, livros e outros materiais reunidos em dezenas de encontros pro-
movidos por 26 entidades profissionais existentes em nosso país. O assunto relativo a
avaliações imobiliárias encontra-se hoje normatizado pela Associação Brasileira de Nor-
mas Técnicas (ABNT), em trabalho coordenado por uma Diretoria Técnica de Engenharia
de Avaliações e Perícias abrigada no Comitê Brasileiro de Construção Civil da entidade.
De acordo com a normatização, só pode ser executado por aqueles que possuem forma-
ção acadêmica de um curso de Engenharia ou Arquitetura.
Natureza jurídico-legal
A lei que regula o exercício das profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro agrô-
nomo – Lei nº 5.194 de 24 de dezembro de 1966, determina que são atividades e atri-
buições desses profissionais, dentre outras, “avaliações, vistorias, perícias, pareceres”.
Da mesma forma a Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973, do Conselho Federal de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia, que discrimina as atividades das diferentes mo-
dalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia, especifica as seguintes
atividades: “Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico”.
Já o Código de Processo Civil em seu Artigo 145, modificado pela Lei nº 7.270, de 10 de
dezembro de 1984, estabelece que “os peritos serão escolhidos entre profissionais de ní-
vel universitário, devidamente inscritos no órgão de classe competente”… Mais adiante,
o mesmo texto legal, em seu Artigo 420, discrimina: “a prova pericial consiste em exame,
vistoria ou avaliação”.
A Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, que dispõe sobre as sociedades por ações
diz, por sua vez, que “… a avaliação dos bens será feita por três (3) peritos ou por em-
presa especializada…” e que “… os peritos ou a empresa avaliadora deverão apresentar
laudo fundamentado…”. Assim também, o Decreto-lei nº 2.300, de 21 de dezembro de
1986, que dispõe sobre licitação e contratos da Administração Federal, considera servi-
ços técnicos profissionais especializados, entre outros: “pareceres, perícia e avaliações
em geral.”
Seguindo essa mesma linha, a Resolução nº 345 do Confea, de 27 de julho de 1990,
que dispõe quanto ao exercício por profissionais de nível superior das atividades de
Engenharia de Avaliações e Perícias de Engenharia, e tem força de lei (Artigo 27, Letra
” f “, da Lei Federal 5.194), estabelece todo o procedimento legal que rege a atividade,
atribuindo textualmente aos profissionais registrados nos Crea’s: “… vistorias, perícias,
avaliações e arbitramentos relativos a bens móveis e imóveis…”. Mais ainda, determina
claramente o caso de nulidade quando este procedimento não for seguido: “serão nulas
de pleno direito as perícias e avaliações e demais procedimentos indicados no Artigo 2º
quando efetivados por pessoas físicas ou jurídicas não registradas nos Crea’s”.
Mais recentemente, a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que criou o Código de
Defesa do Consumidor, prevê como prática abusiva “colocar, no mercado de consumo,
qualquer produto ou serviço de desacordo com as normas expedidas pelos órgãos com-
petentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas…”. Em consonância com este dispositivo legal, basta verificar todas as normas
brasileiras relativas à avaliação, onde consta que “… a determinação desse valor é da
responsabilidade e da competência exclusiva dos profissionais legalmente habilitados
pelos Crea…”
Interpretação legal
A jurisprudência em nossos tribunais é farta em decisões relativas ao assunto. A maio-
ria esmagadora das decisões coincide no que se refere à exclusividade da atribuição a
engenheiros e arquitetos procederem perícias. “A nomeação de perito para avaliação
de imóvel deve recair na pessoa de um engenheiro…” (Conselho de Justiça Federal).
“São nulas as perícias e arbitramentos em ações renovatórias e revisionais… realizadas
por técnico em contabilidade… os conhecimentos técnico-científicos que esse trabalho
exige, …, fazem-no privativo do engenheiro ou arquiteto.” (Tribunal de Alçada do Rio de
Janeiro). “Laudo pericial – Exame feito por Corretor de Imóveis – Inabilitação legal – Nu-
lidade. … Não poderia ser nomeado um corretor de imóveis, cuja atuação profissional
se restringe, como estabelecido no Art. 7º da Lei nº 4.116/62, a de mediador na venda,
compra, permuta, ou locação de imóveis. A perícia só poderia ser realizada, como deverá
sê-la, por engenheiro civil ou arquiteto, a teor do disposto na Lei nº 53194/66” (Tribunal
de Justiça de Minas Gerais).
Em “O Direito de Construir”, de autoria do saudoso jurista Hely Lopes Meirelles, encon-
tramos uma citação lapidar sobre o assunto: “A avaliação de imóveis vem se especiali-
zando dia a dia, com a elaboração de normas técnicas e de fórmulas matemáticas para a
quantificação de seus valores, o que a tona privativa de engenheiros, arquitetos e agrô-
nomos, detentores do privilégio profissional de todas as perícias prediais…”.
29
cidade do interior terá o mesmo valor que essa mesma casa localizada em um
bairro nobre de Brasília?
É claro que estamos maximizando a situação para facilitar a compreensão,
mas como gestores de imóveis, sabemos que os valores dos imóveis variam de
um bairro para outro, mesmo que a qualidade das construções seja semelhante.
OS ENGENHEIROS E CORRETORES SEMPRE DIVERGIRAM SOBRE
A COMPETÊNCIA DAS AVALIAÇÕES, PORÉM CADA QUAL TEM O SEU
PAPEL BEM DEFINIDO.
O CESUMAR, nossa Comunidade do Conhecimento, nos auxiliará a dife-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
renciar melhor as duas profissões:
ENGENHARIA CIVIL
MATRIZ CURRICULAR DE ENG. CIVIL – MATUTINO
DISCIPLINAS
1º ANO
CIÊNCIAS DO AMBIENTE
FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA I
FÍSICA I
CÁLCULO INTEGRAL E DIFERENCIAL I
ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA
METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA
DESENHO TÉCNICO
QUÍMICA APLICADA
2º ANO
PROGRAMAÇÃO PARA ENGENHARIA
CÁLCULO INTEGRAL E DIFERENCIAL II
FÍSICA II
RESISTÊNCIA DE MATERIAIS I
PROJETO ARQUITETÔNICO
MATERIAIS DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
GEOLOGIA
PROJETO INTEGRADOR I
AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
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3º ANO
PROJETO INTEGRADOR II
MECÂNICA DOS SOLOS
TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO
ESTRUTURAS DE CONCRETO I
RESISTÊNCIA DE MATERIAIS II
GEOTECNOLOGIAS
ESTATÍSTICA
4º ANO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: <http://www.unicesumar.edu.br/graduacao/engenharia-civil.php>
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
rias, administradoras de imóveis, condomínios, escritórios de corretagem e de
advocacia, além de incorporadoras. A formação neste curso também qualifica
o profissional para analisar as condições mercadológicas do setor, identificar
oportunidades comerciais para o crescimento regional e desenvolver ativida-
des de planejamento, operação e controle da comercialização de bens imóveis.
MATRIZ CURRICULAR
1º MÓDULO
ESTATÍSTICA E PESQUISA IMOBILIÁRIA
O PAPEL LEGAL DO GESTOR IMOBILIÁRIO
2º MÓDULO
PLANEJAMENTO URBANO E MEIO AMBIENTE
INCORPORAÇÕES IMOBILIÁRIAS E LOTEAMENTOS
3º MÓDULO
SISTEMA REGISTRAL E NOTARIAL
OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS
4º MÓDULO
CONCEITOS DA ADMINISTRAÇÃO E ÉTICA EMPRESARIAL
ECONOMIA E SOCIEDADE
5º MÓDULO
MATEMÁTICA FINANCEIRA E PLANO DE NEGÓCIOS
SISTEMA DE INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS
AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
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6º MÓDULO
DIREITO E LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL E NEGOCIAÇÃO
7º MÓDULO
SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL
ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS E RELACIONAMENTOS
8º MÓDULO
AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Perde muito o profissional que não respeita o trabalho do outro e ainda não per-
cebeu que é preciso trabalhar em conjunto, entretanto, caro(a) aluno(a), uma
parcela da culpa pela falta de determinação das competências é do próprio corre-
tor que não se faz respeitar, teimando em trabalhar com base em conhecimentos
empíricos, ignorando a necessidade de qualificação e o reconhecimento da evo-
lução de nossa profissão.
O IBAPE TEM PAPEL MUITO IMPORTANTE NA ENGENHARIA DE
AVALIAÇÕES E, MESMO NÃO SENDO DE NOSSA COMPETÊNCIA, VALE
A PENA TERMOS CONHECIMENTO DE SUAS ATRIBUIÇÕES.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Assista ao quadro: Quanto vale o seu imóvel - Exibido pela TV Diário em
01 de novembro de 2010, o programa “Painel Imobiliário” tem como
proposta auxiliar os telespectadores tirando dúvidas e dando dicas so-
bre o mercado imobiliário.
Fonte: <http://youtu.be/jBTmwYsw9Xg>.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
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Considerações Finais
1. Para muitos corretores, avaliar é simplesmente dizer um valor qualquer sem base
técnica nenhuma. Agora você sabe que não é assim que se faz. Procure conversar
com as pessoas e pesquise sobre as consequências de um trabalho elaborado
sem aplicação de técnicas, responsabilidade e normas.
2. Procure pesquisar um laudo feito por um engenheiro e constate a diferença dos
trabalhos e a necessidade dos dados fornecidos pelo gestor imobiliário.
3. Em quais situações você entendeu que há a necessidade do trabalho em conjun-
to do engenheiro e do gestor? Exemplifique.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Assista ao vídeo “Avaliação de Imóveis e Perícias”, você terá uma boa noção sobre a
importância da fundamentação do trabalho de avaliação.
Fonte: <http://youtu.be/HW_iWZNjbs0>.
Material Complementar
Professora Esp. Claudete Cristina Iwata
II
UNIDADE
PREÇO E VALOR
Objetivos de Aprendizagem
■■ Saber o entendimento do COFECI sobre AVALIAÇÃO.
■■ Analisar algumas jurisprudências aplicáveis aos casos de AVALIAÇÃO.
■■ Compreender o conceito de VALOR.
■■ Entender o que significa PREÇO DE MERCADO e diferenciá-lo de
VALOR.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Qual posicionamento tem nosso Conselho Federal sobre essa
polêmica? Estamos protegidos?
■■ Existem muitas jurisprudências sobre esse assunto. Analisaremos
algumas
■■ Vamos aprender o significado de VALOR de um imóvel
■■ PREÇO de mercado é diferente de VALOR
45
INTRODUÇÃO
Por muito tempo a profissão de corretor de imóveis foi tida como uma profissão
sem prestígio, sem ordem e sem representatividade, isso porque a legalização se
deu há aproximadamente 50 anos (tempo relativamente curto se considerarmos
que todos necessitam de um imóvel para habitar, desenvolver sua atividade pro-
fissional ou mesmo investir, e o Brasil foi descoberto em 1500) e também porque
as exigências para exercer a profissão eram mínimas.
Atualmente, nossa profissão é considerada como a profissão do momento,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução
46 UNIDADE II
Qual posicionamento tem nosso conselho federal sobre essa polêmica? Estamos
protegidos?
Todas as profissões têm seus representantes que lutam por seus interesses.
Nós já vimos que o CREA se posiciona muito bem em relação à avaliação, defen-
dendo os engenheiros. E como ficamos NÓS? Quem irá nos defender?
O COFECI nos defende! Aproveito a oportunidade para conclamar todos
os colegas para se inteirarem mais sobre o funcionamento do COFECI e dos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CRECIs. Pagamos as anuidades, estamos sujeitos à fiscalização, participamos
das eleições, mas não sabemos o que e como as coisas acontecem. É hora de nos
preocuparmos mais com os nossos interesses.
PREÇO E VALOR
47
O COFECI tem trabalhado para que nossa atuação em avaliação de imóveis seja
reconhecida e com êxito, como pôde comprovar o texto anterior. Nossa represen-
tatividade junto aos governos é atuante e eficaz. Cada vez mais temos corretores
e gestores imobiliários comprometidos com nossa causa.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Estamos sob a égide do COFECI, ou seja, temos a legislação específica que nos
ampara legalmente e legitima nosso PARECER TÉCNICO, temos o julgado
acima, porém, nós somos nossos principais tutores. A nós cabe a consciência
de um trabalho executado com domínio dos conhecimentos técnicos de acordo
com os preceitos legais.
Cabe a cada um dos gestores imobiliários formados pelo CESUMAR propa-
gar essa ideia e levar os nossos colegas à qualificação e capacitação. Muito embora
a legislação seja de 2007, a maior parte dos corretores, por não conhecerem o
COFECI e as normas que determinam nosso procedimento profissional, continua
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
JURISPRUDÊNCIA
PODER JUDICIÁRIO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
2. TJDF - Apelação Cível: APL 496578720108070001 DF
0049657-87.2010.807.0001
PREÇO E VALOR
55
ACÓRDÃO
Acordam os Senhores Desembargadores da 1ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do
Distrito Federal e dos Territórios, FLAVIO ROSTIROLA - Relator, LEILA ARLANCH - Reviso-
ra, LECIR MANOEL DA LUZ - Vogal, sob a Presidência do Senhor Desembargador LECIR
MANOEL DA LUZ, em proferir a seguinte decisão: CONHECER E DAR PARCIAL PROVI-
MENTO, UNÂNIME, de acordo com a ata do julgamento e notas taquigráficas.
Brasília (DF), 29 de março de 2012
1
Costa Machado, in Código de Processo Civil Interpretado e Anotado, 2ª edição, 2008, Ed. Manole, fls.1207.
Por outro vértice, não vejo como se determinar a nulidade do feito, por suposta violação
aos artigos 1.114 e posteriores do Código civil, sobretudo porque a própria Autora car-
reou aos autos a avaliação relativa aos imóveis, o que fora corroborado pela outra parte.
Logo, ante a disponibilidade do direito, não vejo como reconhecer a irregularidade da
tramitação da lide, com base nesse argumento.
De fato, o período decorrido na instrução da lide e a especificidade do mercado imobi-
liário desta Capital, comumente divulgado na mídia2, ocasionaram a alteração do valor
dos imóveis avaliados em abril de 2010. Dessa forma, sob pena de eventual enriqueci-
mento ilícito de uma das partes, entendo justo e razoável determinar uma nova avalia-
ção dos imóveis.
Registro, por oportuno, que essa avaliação deverá ser procedida quando da liquidação
do julgado, sendo que o valor já depositado nos autos deverá ser complementado, na
hipótese de se verificar a desvalorização dos bens.
Com essas considerações, DOU PARCIAL PROVIMENTO ao apelo da Autora, para
determinar que se proceda à nova avaliação dos imóveis, o que deverá ser realizado
quando da liquidação do julgado, nos termos da presente decisão. No mais, mantenho
intacta a r. sentença.
É o meu voto.
DECISÃO
2
CONHECER E DAR PARCIAL PROVIMENTO, UNÂNIME. Fonte:<http://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/21477374/apelacao-ci-vel-apl-
496578720108070001-df-0049657-8720108070001-tjdf>. Acesso em: 23 ago. 2012. (Grifo nosso).
59
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento nº 0024003-
39.2011.8.26.0000, da Comarca de Paraibuna, em que é agravante PETRÓLEO BRASILEI-
RO S/A - PETROBRÁS sendo agravados ADALTO CARNEIRO PINTO e HEMILDES GUIMA-
RÃES PINTO.
ACORDAM, em 2ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, pro-
ferir a seguinte decisão: “negaram provimento ao recurso, v.u.”, de conformidade com o
voto do Relator, que integra este acórdão.
O julgamento teve a participação dos Exmo. Desembargadores LINEU PEINADO (Presi-
dente) e JOSÉ LUIZ GERMANO.
São Paulo, 30 de agosto de 2011.
desempenhar a função que lhe fora confiada, nos termos do artigo 145 do CPC. Invoca
a aplicação dos seguintes diplomas legais: Decreto-lei nº 2.300/86; Resoluções CONFEA
nº 218/73 e 345/86;
Lei nº 5.194/66 (artigos 7º, alínea “c”, e 13); Lei nº 4.116/62 (artigo 7º); Lei 6.530/78; e Lei
nº 8.078/90 (artigos 66 e 75).
Tempestivo e instruído com as peças obrigatórias, o recurso foi recebido parcialmente
também no seu efeito suspensivo, para sustar o arbitramento dos honorários periciais
(fls. 401), não tendo sido apresentada a contraminuta (fls. 408).
E o relatório.
A perícia realizada cumpriu sua finalidade, ainda que tenha sido elaborada por
profissional de nível superior com habilitação diversa daquela pretendida pelo
recorrente.
Recurso especial não conhecido. Decisão unânime. (REsp 177.047/RS, Rel. Ministro
FRANCIULLI DJ 13/08/2001, p. 88)
Não houve demonstração de que o trabalho do Perito trouxe prejuízo para as partes.
Ainda, de acordo com o fundamentado à fls. 401, os trabalhos de avaliação já se realiza-
ram, sendo possível aos Assistente Técnicos, Engenheiros de formação, ofertarem seus
pareceres apresentando suas eventuais divergências.
Por último, na ausência de profissionais qualificados, o § 3º do artigo 145 do CPC possi-
bilita a livre escolha do Juiz para indicação do Perito, explicitando que não há impedi-
mento absoluto e independente da demonstração de prejuízo.
Não havendo comprovação da lesividade na manutenção do ilustre Perito, permanece
em sua atribuição, podendo levantar integralmente os honorários referentes ao traba-
lho prestado.
2. Ante o exposto, nego provimento ao recurso.
Relator: HENRIQUE NELSON CALANDRA
Fonte: <http://www.jusbrasil.com.br/filedown/dev5/files/JUS2/TJSP/IT/AI_240033920118260000_SP
_1315159056285.pdf>. (Grifo nosso).
63
É o relatório do necessário.
2. Conheço do recurso na medida em que presentes os requisitos de admissibilidade. No
mérito não procede.
Cuida-se de ação de execução por título extrajudicial na qual os executados impugna-
ram o valor de avaliação do bem imóvel penhorado, por considerarem que o valor deste
é de R$ 75.000,00, e não o valor obtido no laudo pericial como sendo de R$ 62.599,15.
O laudo pericial (fls. 108/221) havia concluído pelo valor de avaliação do imóvel em R$
56.908,32, sem a vistoria interior deste. Assim, o MM juiz a quo determinou a comple-
mentação do laudo com a realização de vistoria no seu interior. Sobreveio, manifestação
do perito com a avaliação em R$ 60.878,46 (fl. 164). Por fim, conclui o expert que o valor
do imóvel deveria ser estimado em R$ 62.599,15 (fl. 170).
O imóvel consiste num apartamento localizado no Io andar ou pavimento, situado na
Rua Barra do Tibagi, n° 671, Subdistrito de Barra - Funda, com 73 m2. O laudo pericial
usou o método comparativo direto e o valor unitário, trazendo os valores do metro
quadrado na região. Na segunda avaliação, relatou que sua fachada voltada para
os fundos, e dotado de um dormitório, sala com terraço, cozinha, área de serviço,
banheiro e área total de 73,392 m2. Na última avaliação do imóvel, o expert, em
vistoria interna no imóvel, constatou ser de padrão simples, ressaltando que dada
a localização e condição física do apartamento no próprio condomínio edilício
para a sua avaliação.
Assim, diante dos esclarecimentos prestados pelo perito, e sua idoneidade para
elaboração de laudo de avaliação, não há que se falar em novo laudo pericial, está
suficientemente esclarecido, vez que, o elaborado está condizente com a realidade
do mercado imobiliário diante das condições em que se encontra o imóvel.
Ademais, o ordenamento jurídico, por considerar de baixa complexidade a ava-
liação de imóvel permite até mesmo sua realização por oficial de justiça, dispen-
sando a perícia (CPC, 652, §1°). Assim, quando feita por profissional habilitado e
profissional no assunto, esta avaliação supera até mesmo as expectativas legais,
de forma que para refutá-la, não deve ocorrer somente por meras alegações ou
pelo preço atribuído pelos próprios executados.
3. Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo, revogando o efeito suspensivo ora
concedido.
É o meu voto.
Fonte: <http://www.jusbrasil.com.br/filedown/dev1/files/JUS2/TJSP/IT/_4705328520108260000_
SP_1296783568048.pdf>. (Grifo nosso).
67
É muito importante que tenhamos uma definição bem clara de valor, pois na
avaliação de um imóvel, é um item a ser observado, mas que deve ser analisado
com cautela no momento de representar esse “valor” em forma de dinheiro.
Assim deve ser feita nossa análise, com base na antiga e sempre eficaz LEI DA
OFERTA e da PROCURA.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Seguem alguns exemplos
um pouco exagerados para faci-
litar a sua compreensão. Observe
os imóveis abaixo e reflita: os
imóveis são especiais, foram fei-
tos com técnicas diferentes que
com certeza geraram um custo
maior na construção por serem
diferentes, porém, o universo de
candidatos a compradores dimi-
nui consideravelmente, primeiro
em razão da atipicidade, e segundo pelo “valor” pretendido pelo proprietário.
Quantas vezes vamos avaliar um imóvel na com-
panhia do proprietário e ele quer agregar valores
ao imóvel que são consideráveis para ele, mas que
não têm representatividade no mercado? Como
explicar para ele essa questão do valor?
São questões difíceis de responder, pois
corremos o risco de sermos mal interpretados e
acabar perdendo o cliente, por outro lado, caso
formos coniventes e angariarmos o imóvel, tere-
mos muita dificuldade em vendê-lo.
Fonte: <http://www.decoracaomobiliario.com>
PREÇO E VALOR
69
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
escada ser de mármore nobre,
os espelhos de cristal ou piso
de madeira de lei, você explicará a ele que o valor de troca vai depender da utili-
dade e importância que essas características terão para o comprador.
O “valor de troca” de um bem, que depende da utilidade desse bem para a coletivi-
dade, pode ser inteiramente diferente do “valor de uso” desse bem, para um determinado
indivíduo ou grupo de indivíduos. O “valor de troca” de um bem pode ser definido
como sendo a quantidade de outros bens pela qual ele pode ser trocado.[...]
Dessa forma, o “valor de troca” de um bem, passou a ser a quantidade
de dinheiro pela qual ele pode ser trocado, passando a chamar-se “va-
lor de mercado” (MOREIRA, 2009, p. 17).
A NBR 14653 define VALOR DE MERCADO como sendo a “quantia mais pro-
vável pela qual se negociaria, voluntariamente e conscientemente um bem,
numa data de referência, dentro das condições de mercado vigente”.
Vocês devem estar percebendo que AVALIAR é muito mais do que sabiam ou
faziam. Por requerer muita técnica, é compreensível o movimento do CREA em
não querer que os corretores também fizessem avaliação, afinal não têm preparo,
PREÇO E VALOR
71
qualificação, tampouco capacitação técnica para tanto. Por essas e outras é que
devemos levar nosso mister com muita seriedade e comprometimento.
Longe de nós a pretensão de trabalharmos como engenheiros, mas as nor-
mas estabelecidas pelo IBAPE são de grande importância e merecem nosso
conhecimento e estudo.
Para o IBAPE, preço é,
a quantidade de dinheiro pela qual se efetua uma transação ou transfe-
rência de domínio de um bem ou de um direito, sujeita à maior ou me-
nor habilidade de negociação de uma parte sobre a outra, assim como
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
72 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Casa Container - Danilo Corbas [ Jornal da Band ]
O vídeo é bem interessante porque traz uma novidade: a casa container.
Fonte: <http://youtu.be/ZjUK3cvJPCU>.
Veja também a casa feita de garrafas: Minha garrafa, minha casa!
Fonte: <http://youtu.be/EPON8H8I6to>.
PREÇO E VALOR
73
1. Faça uma pesquisa sobre valor e preço e fique preparado para atender bem seu
cliente.
2. Liste os imóveis que você angariou para venda e reavalie se o preço está condi-
zente com o mercado ou se o valor está excessivo.
3. Como atender bem seu cliente que tem um imóvel ao qual imprime valor acima
do mercado imobiliário?
MATERIAL COMPLEMENTAR
FINALIDADES DA
III
UNIDADE
AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Elencar quais são as finalidades da AVALIAÇÃO.
■■ Refletir sobre a conduta ética na realização dos trabalhos.
■■ Conhecer os princípios da avaliação.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ FINALIDADES DA AVALIAÇÃO
■■ ÉTICA na execução de um PTAM
■■ PRINCÍPIOS DA AVALIAÇÃO PELO IBAPE
77
INTRODUÇÃO
avaliação e explica que é para uma revisional de aluguel, portanto, seu advogado
solicita essa e mais duas avaliações. Descomprometido e desavisado, Marcos diz
a José que ele pode fazer uma e pedir a dois colegas que façam as outras. José
pergunta sobre o preço e Marcos diz que cobrará R$ 500,00 cada uma. Surpreso
com o valor solicitado, José diz que acha muito caro e que vai procurar outra
empresa. Temendo perder a oportunidade, Marcos diz que se justificará com
os colegas e conseguirá que os três documentos fiquem prontos por R$ 300,00
cada um, com o que José imediatamente concorda. Marcos fala com dois cole-
gas que, sem ter conhecimento de como fazer, ficam preocupados e recusam a
tarefa. Marcos, porém, os tranquiliza e diz que fará a dele e que os outros preci-
sarão apenas copiar trocando os dados da empresa e modificando um pouco o
valor: exemplo, se a avaliação de Marcos sair por R$ 700,00 o valor da locação,
os outros avaliarão um por R$ 690,00 e o outro por R$ 710,00.
Querido(a) aluno(a), se você já atua como corretor, com certeza já viu esse
“filme” e se ainda não é corretor, não se assuste, pois esse “filme” infelizmente
ainda acontece em muitas empresas.
Vou arriscar a dizer que nem sempre trata-se de má fé, mas, na maioria
das vezes, isso ocorre por ignorância, falta de conhecimento, qualificação e
capacitação.
A lei existe para todos e ela não é facultativa, é obrigatória, por isso vamos
conhecê-la e aprender a fazer o que é correto!
Introdução
78 UNIDADE III
FINALIDADES DA AVALIAÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
um bom negócio, são locatários preocu-
pados com o aumento do valor do aluguel,
são colegas que querem um parecer para
reforçar a avaliação que fizeram, enfim, são
situações do quotidiano que não necessitam
mais do que a experiência e a boa vontade
do profissional, que após alguns rápidos cál-
culos, determina o valor do imóvel.
Vale lembrar que nos casos acima nós
recorremos a colegas nos quais confiamos
e sentimos ser qualificados, por isso nossa
credibilidade determina nossa sobrevivência no mercado.
Por outro lado, existem situações em que há a necessidade de que essa ava-
liação seja feita por escrito, nesse caso é que surge o PTAM - Parecer Técnico de
Avaliação Mercadológica.
Essa é uma das operações imobiliárias mais importantes. A seguir algumas
dessas situações:
No dia a dia:
- Identificação do valor locativo.
- Identificação do valor de venda.
- Identificação de valores de indenização.
- Determinar o valor para permuta.
- Análise para investimento.
- Determinação da renda que um imóvel pode proporcionar.
Nas ações judiciais:
- Inventários.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
- Partinhas.
- Separações.
- Divórcios.
- Desapropriações.
- Servidões.
- Arbitramento de aluguel.
- Renovatória de aluguel.
- Revisional de aluguel.
- Despejos.
- Falências.
- Concordatas.
- Indenizatórias.
- Penhoras.
- Leilões.
Outros casos:
- Reavaliação de ativos imobilizados.
- Avaliações patrimoniais.
- Avaliações para fusões, cisões e incorporações.
- Avaliações para seguros.
- Composição do capital da empresa.
- Garantia bancária.
- Planta genérica do município com fins de IPTU e ITBI, etc.
Finalidades da Avaliação
80 UNIDADE III
Um bom exemplo é um imóvel comercial que pertence à família e vai ser alugado
para um dos filhos. Como o valor do aluguel é alto e os demais filhos podem se
sentir prejudicados, solicita-se o PTAM.
Normalmente em caso de separação de sociedade empresarial ou separação
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de casal, é preciso que se faça o PTAM quando um dos sócios ou um dos côn-
juges permanece no imóvel e paga ao outro a metade que lhe cabe do aluguel.
Os dois casos acima são aplicáveis também no caso de venda: venda de um bem
da família para um dos herdeiros e separação de sociedade ou de casal, quando
uma das partes vai comprar da outra a metade que lhe cabe.
Nós já tivemos os dois casos na nossa empresa. Em uma das oportunida-
des, o cliente solicitou apenas o nosso PTAM, em outra, solicitou o PTAM de
três empresas.
Em casos de loteamentos e incorporações, também é importante a avaliação
por escrito para a determinação correta da venda ou da permuta se for o caso.
Exemplo: uma empresa incorporadora avalia o imóvel onde vai ocorrer a
incorporação e, com base no
valor, propõe a permuta de
imóveis futuros. Troca-se a
casa antiga por dois aparta-
mentos a serem construídos.
Da mesma forma, troca-se
uma grande área por alguns
lotes já com a infraestrutura.
Finalidades da Avaliação
82 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
DETERMINAÇÃO DA RENDA QUE UM IMÓVEL PODE PROPORCIONAR
Na avaliação de imóveis, vários são os métodos que podem ser utilizados para se deter-
minar o valor de um imóvel. O método a ser utilizado, é escolhido conforme o objetivo
da avaliação. Dos métodos existentes, o mais utilizado é o método comparativo dos da-
dos de mercado pelo qual o valor do imóvel é obtido comparando-se suas característi-
cas com outros imóveis que vêm sendo negociados no mercado. Apesar de ser preciso
e confiável ao determinar o valor de mercado de um imóvel, quando há elementos su-
ficientes na amostra, esse método não é capaz de determinar se o investimento neste
imóvel é ou não um investimento rentável. Para se fazer uma avaliação econômico-fi-
nanceira de um imóvel, deve-se optar por outros métodos, como o método da renda e
o método involutivo.
Os métodos da renda e involutivo avaliam um imóvel conforme a receita que este é ca-
paz de gerar. O método da renda é muito utilizado para se determinar o valor do imóvel
a partir do aluguel que este gera, aplicando-se uma determinada taxa mínima de atrati-
vidade a um determinado número de períodos de capitalização. Já o método involutivo
exige estudos mais elaborados, pois para a determinação do valor do imóvel deve-se
considerar a receita que este pode gerar quando for eficientemente aproveitado, po-
dendo ser até mesmo transformado com o objetivo de se tornar mais rentável.
Este trabalho tem como objetivo analisar qual a região mais atrativa para se investir
em imóveis para aluguel utilizando o método da renda. Para tanto, são mostrados dois
exemplos, utilizando dados das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. São calculados os
valores presentes dos imóveis e estes são comparados aos valores reais de venda das di-
versas regiões escolhidas. Dessa forma, pode-se avaliar quais regiões são mais atrativas
para o investimento.
O método da renda
Segundo a NBR 5676/89 – Norma Brasileira de Avaliação de Imóveis Urbanos da ABNT,
o método da renda é aquele que apropria o valor do imóvel e de suas partes constitu-
tivas, com base na capitalização presente da sua renda líquida, seja ela real ou prevista.
Para a sua utilização, precisam ser determinados o período de capitalização e a taxa
de desconto a ser utilizada. Para diversos autores, este método é fundamentado no
princípio de que o valor de uma determinada propriedade é uma função de sua ca-
pacidade de gerar renda, o que geralmente é o aluguel. A propriedade constitui o
denominado “capital imóvel”, que deve ser rentabilizado a uma taxa de atrativida-
de variável em função da localização, do tipo de imóvel e da conjuntura econômica
do momento da avaliação. Logo, os dados de mercado necessários para a utilização
deste método são os aluguéis esperados, a taxa de desconto e o número de períodos
do investimento. Pela NBR 5676/89, a taxa de desconto a ser utilizada deve ser expres-
samente justificada, mas na grande maioria das avaliações ela vem sendo determinada
pela comparação direta com as taxas aplicadas a imóveis similares.
Segundo MENDONÇA et al.(1998), devido à sua flexibilidade que permite a grande
generalização do seu uso, nos casos de perícias judiciais, este método tem sido reco-
mendado pela própria jurisprudência dos tribunais do poder judiciário, que consa-
gra como justa a taxa de atratividade de 12% ao ano para imóveis comerciais. Porém,
os trabalhos que vêm sendo realizados comprovam que existe uma incerteza quanto
à taxa de atratividade pré-definida que indique com segurança a renda mensal espe-
rada para um determinado imóvel, em virtude da constante instabilidade econômi-
ca do país. Não há, no Brasil, taxas de atratividade fixadas para imóveis residenciais,
mas observa-se que, quanto maior e mais luxuoso é o imóvel residencial, menor é a
taxa interna de retorno.
Pelo CAPM – Capital Asset Princing Model, investidores só assumem posições em um in-
vestimento com risco se seu retorno esperado for suficientemente elevado para com-
pensar este risco (ROSS et al., 1995). No Brasil, um investimento livre de risco tomado
como parâmetro é a caderneta de poupança cuja taxa de atratividade é dada por Taxa
Referencial (ou TR) + 0,5%, sendo que a parcela Taxa Referencial pretende corrigir o ca-
pital investido com relação à inflação e, portanto, 0,5% é a taxa de juros real do investi-
mento. No Brasil, qualquer investimento cuja taxa de juros real, ou seja, a taxa de atrati-
vidade descontada a inflação, seja inferior a 0,5% é um investimento inviável.
Qualquer investimento cuja taxa de juros real seja igual a 0,5% mas apresente algum
risco também é inviável. Nestes dois casos é mais interessante investir na caderneta de
poupança.
Portanto, para se determinar corretamente a taxa mínima de atratividade viável dos
investimentos em imóveis, deve-se em primeiro lugar determinar qual o risco do in-
vestimento. O risco de um investimento qualquer é formado por duas parcelas: o risco
sistemático e o risco não sistemático. O risco sistemático é aquele que afeta um grande
número de ativos, em maior ou menor grau (ROSS, et al., 1995). Como os riscos sistemá-
ticos atingem o mercado como um todo, também são chamados de risco de mercado.
Por exemplo, a possibilidade de que o preço dos imóveis aumente ou diminuam devido
a um plano econômico do governo é um risco sistemático. Já o risco não sistemático,
também conhecido como risco diversificável, é aquele que afeta um único ativo ou um
grupo pequeno de ativos (ROSS, et al., 1995). Por exemplo, o risco de que seja construída
uma via expressa em frente a um imóvel e este se desvalorize é um risco do tipo diversi-
ficável. Os riscos diversificáveis de um investimento podem ser eliminados ao se formar
uma carteira de ativos, pois em uma carteira de ativos bem elaborada pode-se dizer que,
de uma maneira geral, a desvalorização de um ativo é compensada pela valorização de
outro. Já o risco sistemático ou de mercado não pode ser eliminado.
85
Atualmente, no Brasil, a taxa mínima de atratividade que vem sendo utilizada pelo
mercado de imóveis varia entre 0,7% e 0,8% ao mês. Esse valor já leva em consi-
deração o risco sistemático envolvido no investimento e não inclui a parcela da
inflação. Como já foi dito, a NBR 5676/89 determina que nas avaliações de imóveis pelo
método da renda o período de capitalização e a taxa de desconto a ser utilizada devem
ser expressamente justificadas. Apesar disso, o intervalo entre 0,7% e 0,8% vem sendo
largamente utilizado como taxa mínima de atratividade nas avaliações de imóveis pelo
método da renda sem que os cálculos que a justifiquem sejam demonstrados. A de-
monstração dos cálculos que levam à essa taxa mínima de atratividade será objeto de
um trabalho futuro.
INVENTÁRIOS E PARTINHAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
VOTO
Volta-se este agravo de instrumento contra a decisão (fls. 17 a 18) que rejeitou a impug-
nação à avaliação dos bens arrolados no inventário de M. P. R., sob o argumento de que
faltara prova contundente capaz de vulnerar a presunção relativa de acerto da mencio-
nada avaliação.
A agravante J. M. R., menor de idade ora representada por sua genitora D. H. R., alega
que tal avaliação, realizada pelo oficial de justiça que lavrou o respectivo laudo (fl. 226),
subestimou os valores referentes à residência e ao caminhão que compõem a herança
de seu falecido pai, sendo, portanto, necessário que se proceda a uma nova avaliação,
desta vez, no entanto, a ser realizada por perito judicial.
A propósito, encontra-se o parecer emitido pelo Procurador de Justiça Paulo Roberto
de Carvalho Roberge (fls. 287 a 289), o qual, por ir ao encontro do entendimento deste
Juízo, passa-se adiante a expor parte de seu teor:
“Na situação enfrentada, o objetivo da avaliação dos bens é apurar o valor do acervo
para que, assim, se alcance uma partilha equilibrada e justa. Por conseguinte, se faz
indispensável que tal procedimento seja realizado de forma criteriosa, estabelecendo
o valor real dos bens em questão, formando a base para que seja bem estipulado o
quinhão de cada herdeiro, evitando-se o enriquecimento sem causa por qualquer das
partes, ou o prejuízo de outra.
Ainda que se possa afirmar que o laudo de avaliação elaborado por oficial de justiça
goza de presunção realitiva de veracidade, não se pode ignorar a dúvida aventada pela
parte, principalmente, quando a avaliação questionada requer conhecimentos especia-
lizados.
Nessa toada colaciona-se o seguinte julgado:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PEDIDO DE NOVA AVALIA-
ÇÃO DE BEM IMÓVEL. POSSIBILIDADE.
89
A avaliação determinada pelo juízo de origem foi realizada por Oficial de Justiça, o que
não se mostra adequado à espécie. Incidência do disposto no artigo 145 do CPC (Quan-
do a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido
por perito, segundo o disposto no art. 421.). Irresignação do agravante que vem escuda-
da em avaliações efetuadas por corretores e peritos avaliadores de imóveis. PEDIDO DE
NOVA AVALIAÇÃO APÓS A IMPUGNAÇÃO. POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PRECLUSÃO.
(AI n. 70033367061, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Paulo Antônio Kretzmann, Julga-
do em 28/01/2010).
Ademais o deslinde da avaliação envolve interesse de herdeiro menor, cuja proteção
integral é apregoada constitucionalmente.
Ante o exposto entende esta Procuradoria de Justiça que deva ser dado provimento ao
recurso.”
Por oportuno, transcreve-se também o seguinte comentário de Nelson Nery Júnior so-
bre o inciso V do art. 143 do Código de Processo Civil:
“[A avaliação realizada por oficial de justiça] não supre a necessária avaliação do bem
por profissional competente da área de conhecimento da coisa ou do objeto da avalia-
ção. A parte não está obrigada a aceitar o valor apontado pelo oficial de justiça se esta
tarefa exigir maiores conhecimentos técnicos do avaliador” (Código de Processo Civil
Comentado. 10ª ed. São Paulo: RT, 2008).
Ante o exposto, voto no sentido de dar provimento ao recurso para determinar a nome-
ação de perito judicial a fim de que este proceda à avaliação dos bens móveis e imóveis
arrolados no inventário de M. P. da R.
DECISÃO
Nos termos do voto do relator, decide a Câmara, por votação unânime, conhecer do
recurso e dar-lhe provimento.
Participaram do julgamento, realizado no dia 31 de maio de 2011, as Exmas. Sras. De-
sembargadora Denise Volpato e Desembargadora Janice Goulart Garcia Ubialli.
Florianópolis, 6 de junho de 2011.
Des. CARLOS PRUDÊNCIO
Presidente e Relator
Fonte: <http://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/20067124/agravo-de-instrumento-ai-
-274400-sc-2010027440-0-tjsc>. Acesso em: 24 ago. 2012. (Grifos nossos).
90 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
SEPARAÇÕES E DIVÓRCIOS
Muitas vezes o casal já com a relação desgastada, e talvez por isso tenham deci-
dido pela separação, não conseguem entrar em acordo quanto ao valor dos bens
e, em consequência, quanto à venda. Uma das opções para casos como esses é
a venda judicial.
EMENTA
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. DIVÓRCIO DIRETO. PARTILHA DE BENS. CON-
TROVÉRSIA SOBRE A REPARTIÇÃO E SOBRE O VALOR DO PATRIMÔNIO. OSCILAÇÃO DO
MERCADO IMOBILIÁRIO. NECESSIDADE DE PERÍCIA AVALIATÓRIA. PRINCÍPIO DA EQUI-
DADE E DA IGUALDADE NA DIVISÃO PATRIMONIAL. DIRETRIZ A SER OBSERVADA SEM-
PRE QUE POSSÍVEL. RECURSO
DESPROVIDO.
1. Não incide a Súmula 07 do STJ quando os fatos delineados pelas instâncias ordi-
nárias se revelarem incontroversos, de modo a permitir, na via especial, uma nova
valoração jurídica, com a correta aplicação do Direito ao caso concreto.
2. Se a matéria objeto de insurgência no recurso especial foi devidamente preques-
tionada, ainda que implicitamente, não há falar em aplicação das Súmulas 282 do
STF e 211 do STJ.
3. A divergência jurisprudencial resta caracterizada se observadas as formalidades
previstas nos arts. 541, parágrafo único, do CPC e 255, §§ 1º e 2º, do RISTJ, conjuga-
das com o devido cotejo analítico entre os acórdãos confrontados, a evidenciar a
similitude fática entre eles.
4. Este Tribunal Superior já proclamou que nos casos de partilha de bens decorrentes
de divórcio ou separação judicial em que não há consenso dos cônjuges sobre a
repartição do patrimônio, mormente se ainda não avaliados os bens, deve-se seguir
a norma do art. 1.121, §
1º, do CPC, observando sempre que possível a regra da igualdade na divisão (art.
1.775 do CC/1916 e art. 2.017 do CC/2002).
5. Passado longo período desde a aquisição dos imóveis pelo casal, sendo contro-
vertidos os valores atribuídos aos mesmos, considerando, ademais, a oscilação do
mercado imobiliário, para se chegar a uma divisão mais igualitária na partilha, faz-se
necessária, mesmo por prudência, a realização de avaliação de tais bens, por perito
idôneo.
6. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Terceira Turma do
Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental,
nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a) Relator(a). Os Srs. Ministros Nancy Andrighi,
Massami Uyeda (Presidente), Sidnei Beneti e Paulo de Tarso Sanseverino votaram com o
Sr. Ministro Relator.
Brasília (DF), 07 de abril de 2011(Data do Julgamento)
O EXMO. SR. MINISTRO VASCO DELLA GIUSTINA
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RS) (Relator): Trata-se de agravo regimental
interposto por J N S, contra a r. decisão de fls. 687/690, que deu provimento ao recurso
especial para restabelecer a decisão de primeiro grau.
A agravante, nas razões recursais, sustenta, em síntese, que o recurso especial não pre-
encheu os requisitos de admissibilidade, uma vez que o dissídio jurisprudencial não
restou comprovado, os dispositivos tidos como violados não foram pré-questionados
explicitamente, bem como é vedado o reexame de fatos e provas na via especial. Preten-
de, assim, a aplicação das Súmulas 07 do STJ e 282 do STF.
Alega, também, que a perícia de avaliação dos imóveis para se realizar a partilha de
bens é desnecessária, sendo essa providência protelatória, a par de causar distorções na
divisão patrimonial (fls. 723/750).
É o relatório.
-questionada, ainda que implicitamente, não sendo hipótese de incidência das Súmulas
282 do STF e 211 do STJ.
Ademais, no tocante à alínea “c” do permissivo constitucional, o dissídio pretoriano res-
tou devidamente caracterizado na forma exigida pelos arts. 541, parágrafo único, do
CPC e 255, §§ 1º e 2º, do RISTJ, tendo sido feito o cotejo analítico entre os acórdãos con-
frontados, evidenciando a similitude fática entre eles.
No mais, como consignado na decisão hostilizada, este Tribunal Superior já proclamou
que nos casos de partilha de bens decorrentes de divórcio ou separação judicial em que
não há consenso dos cônjuges sobre a repartição do patrimônio, mormente se ainda
não avaliados os bens, deve-se seguir a norma do art. 1.121, § 1º, do CPC, observando
sempre que possível a regra da igualdade na divisão (art. 1.775 do CC/1916 e art. 2.017
do CC/2002) (cf. REsp 46.626/PI, Rel. Min. RUY ROSADO DE AGUIAR, DJ 26.09.94).
Outrossim, consoante precedente, “verificada severa desproporcionalidade da partilha,
a sua anulação pode ser decretada sempre que, pela dimensão do prejuízo causado a
um dos consortes, verifique-se a ofensa à sua dignidade. O critério de considerar violado
o princípio da dignidade da pessoa humana apenas nas hipóteses em que a partilha
conduzir um dos cônjuges a situação de miserabilidade não pode ser tomado de forma
absoluta. Há situações em que, mesmo destinando-se a um dos consortes patrimônio
suficiente para a sua sobrevivência, a intensidade do prejuízo por ele sofrido, somado a
indicações de que houve dolo por parte do outro cônjuge, possibilitam a anulação do
ato” (REsp 1.200.708/DF, Rel. Min. NANCY ANDRIGHI, DJe 17.11.2010).
Destarte, como no caso dos autos passou-se longo período desde a aquisição dos imó-
veis pelo casal, sendo controvertidos os valores atribuídos aos mesmos, considerando,
ademais, a oscilação do mercado imobiliário, para se chegar a uma divisão mais iguali-
tária na partilha, faz-se necessária, mesmo por prudência, a realização de avaliação
de tais bens, por perito idôneo. Sob esse prisma, os seguintes julgados deste Soda-
lício: Inventário. Partilha. Nova avaliação. Precedentes da Corte.
1. Decorrido longo período da avaliação, presente uma realidade econômica cor-
rosiva da moeda, e considerando a igualdade na partilha, prevista no art. 1.775 do
Código Civil, não agride a nenhum dispositivo de lei federal o comando judicial para
que nova avaliação seja feita.
2. Recurso especial não conhecido. (REsp 34.880/PR, Rel. Min. CARLOS ALBERTO ME-
NEZES DIREITO, DJ 29.10.2001) PROCESSUAL CIVIL - OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA
IGUALDADE DA PARTILHA - INEXISTÊNCIA DE PRECLUSÃO.
I - Decisão que, na observância do princípio de igualdade da partilha, determina
nova avaliação não ofende a preclusão da decisão anterior, porque não há uma “res
in judicio decucta”: há apenas uma atualização do valor dos bens a fim de preservar
o equilíbrio no valor dos quinhões.
II - Recurso não conhecido. (REsp 35.182/SP, Rel. Min. WALDEMAR ZVEITER, DJ
23.10.1995) Assim, resta afastada qualquer pretensão de alteração do julgado, tendo
em vista
a jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça, que, ao consolidar o seu entendi-
mento, opõe-se frontalmente às alegações da agravante.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto. EM MESA JULGADO: 07/04/2011 SEGREDO DE JUSTIÇA
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do
voto do(a) Sr(a). Ministro(a) Relator(a). Os Srs. Ministros Nancy Andrighi, Massami Uye-
da (Presidente), Sidnei Beneti e Paulo de Tarso Sanseverino votaram com o Sr. Ministro
Relator.
Fonte: <http://www.jusbrasil.com.br/filedown/dev5/files/JUS2/STJ/IT/AGRG-RESP_1171641_
SP_1304054617880.pdf>. (Grifos nossos).
95
DESAPROPRIAÇÕES
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviola-
bilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à proprie-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Como você pôde perceber, todo brasileiro tem o seu direito à propriedade garan-
tido e assegurado, porém ele deverá atender a sua função social e para isso, caso
seja do interesse público por NECESSIDADE, UTILILIDADE PÚBLICA ou
INTERESSE SOCIAL, o bem PODERÁ ser desapropriado mediante justa e pré-
via indenização em dinheiro.
A determinação dessa “JUSTA INDENIZAÇÃO” conta com o auxílio de um
gestor idôneo, por tratar-se da questão da propriedade do expropriando que pas-
sará a ser do poder público.
Observe as duas jurisprudências abaixo:
Finalidades da Avaliação
DESAPROPRIAÇÃO EM UM IMÓVEL NA CIDADE DE TOLEDO – PARANÁ.
AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 932.807-4, DA COMARCA DE TOLEDO – 2ª VARA CÍ-
VEL
AGRAVANTE: MUNICÍPIO DE TOLEDO
AGRAVADO: SADIA S/A.
RELATOR: DES. ABRAHAM LINCOLN CALIXTO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DESAPRORIAÇÃO POR UTILIDADE PÚBLICA.
PEDIDO DE IMISSÃO PROVISÓRIA NA POSSE DO IMÓVEL. NECESSIDADE DE REALI-
ZAÇÃO DE AVALIAÇÃO JUDICIAL PREVIAMENTE À IMISSÃO
DE POSSE. DIREITO À JUSTA E PRÉVIA INDENIZAÇÃO. EXEGESE DO ARTIGO 5º., IN-
CISO XXIV DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ORIENTAÇÃO
VIGENTE NESTA CORTE, QUANTO À IMPRESCINDIBILIDADE DA PRÁTICA DE TAL
ATO.
SÚMULA N.º 28 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ.
RECURSO MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE, A QUE SE NEGA SEGUIMENTO, NOS
TERMOS DO ARTIGO 557, CAPUT DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
VISTOS ETC;
1. Trata-se de recurso de agravo de instrumento interposto pelo MUNICÍPIO DE TOLEDO
contra decisão interlocutória (fls. 47/49-TJ), que nos autos de Ação de Desapropriação
ajuizada em face da SADIA S/A., indeferiu a imissão provisória na posse do imóvel obje-
to de desapropriação, condicionando a sua concessão à realização de avaliação judicial
prévia e ao complemento do valor.
2. Através de suas razões recursais, o agravante pretende a reforma da decisum, ale-
gando que a imissão provisória na posse do bem é plenamente possível, e ocorrendo
o depósito do valor, nos termos do artigo 15 do Decreto-lei n.º 3.365/41, o juiz poderá
emitir na posse o expropriante.
Assevera que o valor ofertado pelo imóvel foi arbitrado levando-se em conta o valor
venal do último exercício e valores comerciais praticados em área semelhantes de modo
a compor uma indenização prévia mais condizente com a realidade.
Afirma que o valor arbitrado pelo Laudo da Comissão de Avaliação é superior ao que en-
tende como cabível a doutrina e a jurisprudência pátrias. Outrossim, sustenta que não
pode esperar a realização de uma perícia e demais trâmites para poder iniciar as obras
necessárias para a construção do Centro Municipal de Educação Infantil – CMEI.
Por fim, postula a concessão de antecipação de tutela recursal para conceder liminarmen-
te a imissão provisória na posse do imóvel, e no mérito o provimento do presente recurso.
97
É o relatório.
DECIDO:
1. A redação dada ao artigo 557, caput do Código de Processo Civil autoriza o julgamen-
to de recursos pelo Relator, dispensando a manifestação do Órgão Colegiado, quando
manifestamente inadmissíveis, improcedentes, prejudicados ou em confronto com Sú-
mula ou com jurisprudência dominante do próprio Tribunal ou Tribunais Superiores.
No caso em apreço, tenho que tal situação se evidencia, tendo em vista que o recurso
de agravo de instrumento é manifestamente improcedente, eis que em confronto com
jurisprudência dominante deste Tribunal de Justiça.
Senão vejamos.
2. A controvérsia recursal cinge-se em verificar a necessidade ou não de proceder-se à
prévia avaliação judicial do imóvel para fins de imissão provisória de sua posse.
É cediço que o artigo 5º., inciso XXIV da Constituição Federal estabelece que o proce-
dimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse
social, deve se dar mediante justa e prévia indenização. Por sua vez, o artigo 15 do De-
creto-lei n.º 3.365/471 admite, nos casos de urgência, a imissão provisória na posse do
imóvel, desde que haja o depósito da quantia relativa à indenização devida.
Nesse passo, este egrégio Tribunal de Justiça, através da edição da Súmula n.º 28, con-
solidou entendimento de que “(...) nas desapropriações por utilidade pública, não
obstante o contido no artigo 15, §1º, do Decreto-Lei nº 3.365/41, exige-se a avaliação
judicial prévia ao deferimento na imissão provisória da posse do imóvel.”
Com efeito, em atendimento a referida orientação, tem- se que a avaliação judicial pro-
visória irá apontar o montante indenizatório que mais se aproxima do valor de mercado,
pois o valor depositado foi apurado unilateralmente (fls. 35/36), com base em avaliação
sugerida pela Comissão de Avaliação, motivo pelo qual dificulta, assim, a aferição sobre
a razoabilidade do valor apurado para fins de depósito prévio.
A propósito, o Superior Tribunal de Justiça já decidiu sobre a necessidade de se deposi-
tar o valor apurado judicialmente do imóvel a ser expropriado, como pressuposto para
viabilizar a imissão provisória na posse, valendo citar:
“[...] O Superior Tribunal de Justiça firmou o entendimento de que a imissão pro-
visória em imóvel expropriando somente é possível mediante prévio depósito do
valor apurado em avaliação judicial provisória, não havendo de ser substituída
por mera avaliação efetuada por entidade particular. Ausência de violação do art.
15 do Decreto-Lei n. 3.365/41.
2. Recurso especial conhecido e não-provido.
(REsp 181.407/SP, 2ª. Turma, Relator Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, DJ 25/04/05)
Em casos análogos esta egrégia Corte de Justiça assim também á decidiu, valendo citar
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. DESAPROPRIAÇÃO. IMISSÃO PROVISÓRIA NA POSSE.
DIVERGÊNCIA ENTRE O VALOR OFERTADO E AS AVALIAÇÕES APRESENTADAS PELO
ARTICULAR ATINGIDO PELA EXPROPRIAÇÃO. NECESSIDADE DE PRÉVIA AVALIAÇÃO
JUDICIAL DO IMÓVEL.
SÚMULA Nº 28 DESTE TJPR. APLICABILIDADE AO CASO DOS AUTOS. DECISÃO AGRA-
VADA REFORMADA. REVOGAÇÃO DA MISSÃO NA POSSE, DETERMINANDO-SE A AVA-
LIAÇÃO JUDICIAL PROVISÓRIA DO BEM. RECURSO PROVIDO. “Nas desapropriações
por utilidade pública, não obstante o contido o artigo 15, § 1º, do Decreto- Lei nº
3.365/41, exige-se a valiação judicial prévia ao deferimento na imissão provisória da
posse do imóvel.” (SÚMULA 28 - TJPR).”
(Agravo de Instrumento n.º 829.248-8, 5ª. Câmara Cível, elator Juiz Substituto ROGÉRIO
RIBAS, DJ 01/02/12)
“AGRAVO DE INSTRUMENTO - DESAPROPRIAÇÃO – IMISSÃO ROVISÓRIA NA POSSE
- NECESSIDADE DE AVALIAÇÃO JUDICIAL. RECURSO CONHECIDO E NEGADO PROVI-
MENTO. 1.
A avaliação prévia se faz inafastável, nos termos da Súmula 28, e 01/04/2011, deste
e. Tribunal de Justiça, nos casos que ersem acerca de desapropriação, para a imissão
provisória na posse.”
(Agravo de Instrumento n.º 729.514-5, 4ª. Câmara Cível,
Relator Juíza Substituta ASTRID MARANHÃO DE CARVALHO RUTHES, DJ 26/08/11)
“DECISÃO MONOCRÁTICA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DESAPROPRIAÇÃO. IMISSÃO
PROVISÓRIA NA POSSE. LEGAÇÃO DE ILEGALIDADE DA DECISÃO QUE DETERMINOU
DEPÓSITO PRÉVIO. INOCORRÊNCIA. AVALIAÇÃO UNILATERAL. IMPOSSIBILIDADE.
PRÉVIA E JUSTA INDENIZAÇÃO. GARANTIA CONSTITUCIONAL. VALOR DO DEPÓSITO
DEVE SER ENCONTRADO PELO AVALIADOR OU MERITO JUDICIAL. ORIENTAÇÃO DA
SÚMULA N° 28 DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA. AGRAVO CONHECIDO E DESPROVIDO. Este Tribunal e o Supe-
rior Tribunal de Justiça fixaram entendimento no sentido que é necessária avaliação
revia judicial para deferimento de imissão de posse em desapropriação, em respeito
ao Princípio Constitucional da Justa Indenização. Assim sendo, o valor a ser deposi-
tado deve der encontrado por perito judicial, não sendo suficiente a avaliação prévia
e unilateral realizada pelo ente público, motivo pelo qual a decisão recorrida não se
ressente de ilegalidade.”
(Agravo de Instrumento n.º 796.481-0, 5ª. Câmara Cível, Relator Desembargador LUIZ
MATEUS DE LIMA, DJ 28/09/11)
99
Destarte, mostra-se correta a decisão proferida pelo nobre Magistrado singular, ao con-
dicionar a imissão de posse à prévia avaliação judicial da área, de modo a respeitar os
princípios constitucionais da indenização justa.
3. Forte em tais argumentos, nego seguimento ao recurso de apelação cível, o que
faço com esteio nos poderes atribuídos ao Relator pelo artigo 557, caput do Código de
Processo Civil, eis que manifestamente improcedente e em contrariedade a jurisprudên-
cia dominante deste egrégio Tribunal de Justiça.
4. Autorizo o Chefe da Divisão Cível a subscrever os expedientes necessários.
5. Publique-se. Intimem-se. Curitiba, 05 de julho de 2012.
DES. ABRAHAM LINCOLN CALIXTO
RELATOR
Fonte:<http://www.jusbrasil.com.br/filedown/dev7/files/JUS2/TJPR/IT/AI_9328074_
PR_1342026883037.pdf>. (Grifos nossos).
DESAPROPRIAÇÃO EM UM IMÓVEL NA CIDADE DE CURITIBA – PARANÁ.
AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO N.º 923694-8/01, DA 8ª VARA DA
FAZENDA PÚBLICA DE CURITIBA
AGRAVANTE : MUNICÍPIO DE CURITIBA
AGRAVADOS : OSIRIS ALVIM DE OLIVEIRA e OUTROS
RELATOR : DES. LEONEL CUNHA
EMENTA 1) DIREITO ADMINISTRATIVO. DESAPROPRIAÇAO. IMISSAO PROVISÓRIA NA
POSSE. NECESSIDADE DE AVALIAÇAO JUDICIAL PRÉVIA. SÚMULA Nº 28 DESTE TRIBU-
NAL. a) A Súmula nº 28 deste Tribunal preceitua que: “Nas desapropriações por utilida-
de pública, não obstante o contido no artigo 15, 1º, do Decreto-Lei nº 3.365/41, exige-se
a avaliação judicial prévia ao deferimento na imissão provisória da posse do imóvel”. b)
No caso, o valor depositado foi apurado unilateralmente, não podendo ser levado em
consideração para a imissão provisória na posse do imóvel, devendo ser depositado o
valor apurado pelo avaliador judicial, a fim de que seja observado o princípio constitu-
cional da prévia e justa indenização. 2) AGRAVO INTERNO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
Vistos, RELATÓRIO
1) O MUNICÍPIO DE CURITIBA propôs Ação de Desapropriação em face de OSIRIS ALVIM
DE OLIVEIRA, EUNICE ALVIM DE OLIVEIRA REINHARDT, casada com CLÁUDIO TABORDA
REINHARDT, EUZILDA DE OLIVEIRA BEATRIZ, casada com MÁRIO BEATRIZ e HELENA ZU-
OSKY DE OLIVEIRA, alegando que: a) pelo Decreto Municipal nº 1.957, de 08 de dezem-
bro de 2011, publicado em 22 de dezembro de 2011, foi declarada de utilidade pública,
para fins de desapropriação, área de propriedade de RODOLPHO ALVIM DE OLIVEI-
RA; b) nos autos de arrolamento dos bens deixados por RODOLPHO ALVIM DE OLIVEIRA,
o bem foi partilhado em favor de OSIRIS ALVIM DE OLIVEIRA, EUNICE ALVIM DE OLIVEIRA
REINHARDT e EUZILDA DE OLIVEIRA BEATRIZ; c) o espólio foi extinto com a sentença
homologatória da partilha, possuindo os herdeiros, portanto, legitimidade para figurar
no polo passivo da presente demanda; d) a desapropriação se destina à realização das
obras do entorno do Estádio Joaquim Américo, visando a Copa do Mundo de Futebol
de 2014; e) a área foi avaliada em R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais), pela
Comissão de Avaliação de Imóveis, vinculada à Secretaria Municipal de Administração;
f ) os Expropriados não concordaram com esta avaliação; g) em razão da relevância da
obra pública que motivou a desapropriação, tem urgência na imissão na posse do terre-
no, vez que tais obras fazem parte do PAC da Copa do Mundo e não podem ter seu início
postergado. Requereu, liminarmente e após determinado o depósito do valor indicado
(R$ 650.000,00), a imissão provisória na posse do imóvel expropriando.
2) A decisão de fls. 173/174 deferiu a imissão provisória do MUNICÍPIO DE CURITIBA na
posse da área, mediante o depósito do valor apresentado em laudo de avaliação (R$
650.000,00), sob o fundamento de que esta quantia é “suficiente para, até o julgamento
final deste feito, viabilizar uma moradia apropriada para a parte requerida” (fl. 173).
101
3) Contra essa decisão OSIRIS ALVIM DE OLIVEIRA, EUZILDA DE OLIVEIRA BEATRIZ e MÁ-
RIO BEATRIZ agravaram de instrumento (fls. 02/12), aduzindo que: a) a jurisprudência
tem reiteradamente se posicionado no sentido de que o deferimento da imissão provi-
sória na posse, em processos nos quais a desapropriação é feita por utilidade pública,
está condicionada à realização de avaliação judicial prévia e ao depósito em juízo do
montante apurado, sendo esse, igualmente, o entendimento pacificado no âmbito do
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (Súmula 28); b) em imóvel vizinho, objeto do
mesmo Decreto Expropriatório, o Juízo da 7ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba de-
terminou a avaliação judicial prévia antes de analisar o pedido de imissão provisória na
posse; c) em laudo elaborado por Engenheiro Civil, constatou-se que o valor do bem
expropriando é de R$ 1.158.048,54 (um milhão, cento e cinquenta e oito mil, quarenta e
oito reais e cinquenta e quatro centavos); d) em razão da comprovada divergência nos
valores e a existência de prova unilateral, realizada sem a observância da ampla defesa
e do contraditório, torna-se necessária, no caso, a avaliação judicial prévia; e) o perigo
na demora decorre do fato de “estarem na iminência de serem privados de imóvel que
lhes pertence e que serve de moradia a segunda e ao terceiro Recorrentes, com base
em avaliação unilateral elaborada pelo próprio expropriante, o qual, como se sabe, tem
interesse em pagar valor abaixo do praticado pelo mercado” (fl. 09), bem como em razão
de já ter sido expedido o mandado de imissão provisória na posse; f ) têm direito à justa
e prévia indenização em dinheiro, para que possam adquirir um imóvel semelhante ao
expropriado. Requerem a concessão de efeito suspensivo ao recurso e, ao final, o seu
provimento, a fim de que seja reformada a decisão agravada, determinando-se a realiza-
ção de avaliação judicial prévia e o depósito do montante apurado para fins de imissão
provisória do Agravado na posse do imóvel expropriado.
4) Em decisão de fls. 235/241, dei provimento ao recurso, com base no ar-
tigo 557, 1º-A, do Código de Processo Civil, a fim de determinar a realiza-
ção de avaliação judicial prévia e o depósito do montante apurado para imi-
tir provisoriamente a municipalidade na posse do imóvel expropriando.
5) Contra esta decisão, o MUNICÍPIO DE CURITIBA interpôs Agravo Interno (fls. 248/255),
sustentando que: a) a Súmula nº 28 do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná afronta a
orientação do Supremo Tribunal Federal, que reconhece a constitucionalidade do artigo
15, 1º, do Decreto-lei nº 3.365/41 (Súmula 652); b) a jurisprudência recente do Superior
Tribunal de Justiça é no sentido de que a imissão na posse em ação de desapropriação
pode ser concedida independentemente de avaliação judicial prévia; c) a decisão recor-
rida merece revista, vez que assentada em premissa equivocada; d) o artigo 557, 1º-A, do
Código de Processo Civil admite o provimento monocrático do recurso pelo Relator se
a decisão recorrida estiver em confronto com súmula ou jurisprudência dominante do
Supremo Tribunal Federal ou Tribunal Superior, o que não é o caso dos autos. Requer a
reforma da decisão que deu provimento liminar ao Agravo de Instrumento, em juízo de
retratação, a fim de que o recurso tramite até seu final julgamento, ou, alternativamente,
o seu provimento pela Câmara.
É o relatório.
FUNDAMENTAÇAO
Por ocasião do decisum agravado, conclui por dar provimento ao Agravo de Instru-
mento interposto pelos Agravados, a fim de determinar a realização de avaliação
judicial prévia e o depósito do montante apurado para imitir provisoriamente a mu-
nicipalidade na posse do imóvel expropriando, sob os seguintes fundamentos:
“Nos termos do artigo 5º, inciso XXIV, da Constituição Federal, na desapropriação, a in-
denização deve ser justa e prévia, sendo que nos casos de urgência, será admitida a
imissão provisória na posse do ente expropriante, desde que haja o depósito em juízo,
em favor do proprietário, da importância relativa à indenização devida.
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, a imissão provisória na posse”(...) é a transfe-
rência da posse do bem objeto da expropriação para o expropriante, já no início da lide,
obrigatoriamente concedida pelo juiz, se o Poder Público declarar urgência e depositar
em juízo, em favor do proprietário, importância fixada segundo critério previsto em lei”(-
Curso de Direito Administrativo, 21ª edição, p. 837).
O artigo 15 do Decreto-Lei nº 3365/41, por sua vez, dispõe que”Se o expropriante alegar
urgência e depositar quantia arbitrada de conformidade com o art. 685 do Código de
Processo Civil, o juiz mandará imiti-lo provisoriamente na posse dos bens”.
A fixação desse valor deve ser arbitrada de acordo com o artigo 685, do Código de
Processo Civil, que prevê a necessidade de avaliação judicial do bem expropriado.
Nesse sentido foi editada a Súmula nº 28 deste Tribunal, dispondo que”Nas desapro-
priações por utilidade pública, não obstante o contido no artigo 15, 1º, do Decreto-Lei
nº 3.365/41, exige-se a avaliação judicial prévia ao deferimento na imissão provisória da
posse do imóvel”.
No caso, o valor depositado foi apurado unilateralmente, não podendo ser levado em
consideração, devendo ser depositado o valor apurado pelo avaliador judicial, a fim de
que seja observado o princípio constitucional da prévia e justa indenização.
O Superior Tribunal de Justiça já decidiu acerca da necessidade de se depositar o valor
apurado judicialmente do imóvel a ser expropriado, como pressuposto para viabilizar a
imissão provisória na posse, senão vejamos:”1. O Superior Tribunal de Justiça firmou o
entendimento de que a imissão provisória em imóvel expropriando somente é possível
mediante prévio depósito do valor apurado em avaliação judicial provisória, não ha-
vendo de ser substituída por mera avaliação efetuada por entidade particular. Ausência
de violação do art. 15 do Decreto-Lei n. 3.365/41”(REsp 181407/SP, SEGUNDA TURMA,
Rel. Ministro JOAO OTÁVIO DE NORONHA, julgado em 15/02/2005, DJ 25/04/2005, p.
256) Do mesmo modo entende esta Corte:”A realização de prévia avaliação judicial visa
fornecer ao juízo maiores informações sobre o real valor do bem e, assim, assegurar que
o valor ofertado a título de depósito prévio, seja o valor da “justa indenização”, a ser apu-
rada efetivamente durante o regular trâmite processual (contraditório), dando cumpri-
103
Fonte: <http://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/21882795/agravo-interno-agt-
-923694801-pr-923694-8-01-acordao-tjpr>. Acesso em: 24 ago. 2012. (Grifos nossos).
105
SERVIDÕES
Servidões são situações em que o poder público impõe restrições de uso do imó-
vel por parte do proprietário, de forma que ele não perde a propriedade, mas
não pode mais utilizar-se dela como antes. Para isso, recebe uma indenização.
Finalidades da Avaliação
DOUTRINA
Por: Antonia Lima
Servidão Administrativa
Encontra-se entre as diversas formas de intervenção do estado na propriedade priva-
da. Dentro das duas vertentes existentes dessa intervenção a servidão administrativa se
encontra na intervenção restritiva; aquela em que o Estado impõe restrições e condicio-
namentos ao usa da propriedade, sem, no entanto, retirá-la de seu dono. Este instituto,
um direito real público, autoriza o Poder Público a usar propriedade imóvel para permitir
a execução de obras e serviços de interesse coletivo. Destaca-se seu caráter de direito
real público exatamente porque é instituído para atender fatores de interesse público, e
dessa maneira se diferencia da servidão de direito privado.
Os elementos da servidão são os seguintes:
a) a servidão é imposta sobre um prédio em favor de outro, pertencente a diverso
dono
b) o dono do prédio sujeito à servidão (prédio serviente) se obriga a tolerar seu uso,
para certo fim, pelo dono do prédio favorecido (prédio dominante).
Os elementos apresentados a cima são verdadeiros tanto para a servidão administrativa
quanto para a servidão privada. A diferença entre os dois institutos está no seu fim (o
primeiro atende ao interesse público e o segundo ao interesse privado) e na sua sujei-
ção legislativa (o primeiro sofre o influxo de regras do direito público e o segundo está
sujeito às regras do direito privado).
Exemplos de servidão administrativa: instalação de redes elétricas e a implantação
de gasodutos e oleodutos em áreas privadas para a execução de serviços públicos, co-
locação em prédios privados de placas com nome de ruas e avenidas e a colocação de
ganchos para sustentar fios da rede elétrica. Vale ressaltar que os dois últimos exemplos
só são considerados servidão administrativa em sentido amplo já que a origem do ins-
tituto envolve o uso do solo.
Fundamento: Supremacia do interesse público sobre o interesse privado X função so-
cial da propriedade. Neste caso o sacrifício da propriedade cede lugar ao interesse pú-
blico que inspira a atuação interventiva do Estado.
Legislação: art. 40 do decreto-lei n. 3.365/41 (considera-se antigo e anacrônico mas é o
fundamento legal genérico do instituto)
Objeto da servidão: propriedade imóvel (normalmente privado, mas em situações es-
peciais pode incidir sobre bem público)
Princípio de hierarquia federativa: um município não pode instituir servidão sobre
imóveis estaduais ou federais, nem pode o estado fazê-lo em relação aos bens da União.
A recíproca NÃO é verdadeira; União pode instituir a servidão administrativa em relação
107
a bens estaduais e municipais e o estado em relação aos bens municipais. (em casos de
servidão administrativa ser instituída em relação a bens públicos deve haver autorização
legislativa – art. 2º, parágrafo 2º do supracitado decreto-lei).
Formas de Instituição:
a) acordo entre proprietário e o Poder Público – celebração de acordo formal por
escritura pública
b) sentença judicial – quando não há acordo entre as partes o Poder Público promo-
ve ação contra o proprietário demonstrando ao juiz a existência do critério específico
Extinção: A servidão administrativa é, em princípio, PERMANENTE. Existe, porém, a pos-
sibilidade de fatos supervenientes acarretarem na extinção da servidão.
1) O desaparecimento do bem gravado.
2) A incorporação do bem gravado ao patrimônio da pessoa em favor da qual foi
instituída.
3) A cessão do interesse público que havia inspirado a servidão administrativa.
Indenização: Este instituto encerra apenas o uso da propriedade alheia para possibilitar
a execução de serviços públicos. Não enseja a perda da propriedade, portanto, a indeni-
zação só será devida se a servidão provocar prejuízo ao proprietário. Cabe ao proprietário
provar o prejuízo causado. Vale ressaltar que o valor da indenização não será nunca cor-
respondente ao valor do imóvel já que a intervenção do Estado não acarretou a perda da
propriedade.
Bibliografia: FILHO, José dos Santos Carvalho, Manual de Direito Administrativo
REVISIONAL DE ALUGUEL
Art. 19. Não havendo acordo, o locador ou locatário, após três anos de vi-
gência do contrato ou do acordo anteriormente realizado, poderão pedir
revisão judicial do aluguel, a fim de ajustá-lo ao preço de mercado.
Fonte: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8245.htm>. Acesso em:
24 ago. 2012.
Observe a jurisprudência:
Finalidades da Avaliação
TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo
Registro: 2012.0000194430
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento nº 0065880-
22.2012.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é agravante INSALATA COMERCIO
DE ALIMENTOS E BEBIDAS LTDA sendo agravado ELISABETH
SEGATTO.
ACORDAM, em 33ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, pro-
ferir a seguinte decisão:
“Deram provimento parcial ao recurso, nos termos que constarão do acórdão. V. U.”, de
conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a
participação dos Exmo.
Desembargadores CARLOS NUNES (Presidente), MARIO A. SILVEIRA E SÁ MOREIRA DE
OLIVEIRA. São Paulo, 7 de maio de 2012.
CARLOS NUNES RELATOR
33ª CÂMARA
AGRAVO DE INSTRUMENTO N°: 0065880-22.2012.8.26.0000
AGRAVANTE: INSALATA COMÉRCIO DE ALIMENTOS E BEBIDAS LTDA.
AGRAVADA: ELISABETH SEGATTO
ORIGEM: 38ª VARA CÍVEL CENTRAL COMARCA DA CAPITAL
VOTO Nº: 13.269
LOCAÇÃO DE IMÓVEIS Ação revisional de aluguel Agravo de instrumento tirado con-
tra a decisão de Primeiro Grau que deixou de apreciar o pedido de revisão do valor do
aluguel provisório inicialmente fixado Decisão que está a merecer reparo, vez que as
avaliações trazidas aos autos pelos litigantes trazem valores consideravelmente dís-
pares, demonstrando que o caso dos autos exige dilação probatória, com realização
de prova pericial, para apuração do correto valor do locativo Possibilidade de fixação
de valor provisório que represente um meio termo entre as pretensões expostas por
cada parte Recurso parcialmente provido, para estabelecer aluguel provisório em
R$12.000,00.
Vistos.
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por INSALATA COMÉRCIO DE ALIMEN-
TOS E BEBIDAS LTDA., junto aos autos da ação revisional de aluguel que lhe move ELI-
113
LEILÕES
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
será levado a leilão e o valor da arremata-
ção pagará a dívida. Se sobrar, o saldo se
reverte a favor do devedor. Muitas vezes
a pessoa não possui outro imóvel e caso
a avaliação tenha sido feita erroneamente,
pode causar prejuízos irreversíveis.
A jurisprudência a seguir trata de preço vil, assunto abordado acima, em
que o imóvel vai a leilão com preço fora do mercado. No caso em pauta, o valor
da avaliação foi mantido.
GARANTIA BANCÁRIA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
DECISÃO MONOCRÁTICA
Vistos.
AFONSO VENDRUSCULO E ESPOLIO DE ZENEZIO VENDRUSCULO interpuseram agravo
de instrumento contra decisão interlocutória que, nos autos da ação de execução mo-
vida por BANCO DO BRASIL S/A, homologou a avaliação pericial dos bens levados à pe-
nhora.
Trata-se de execução com penhora de bens imóveis (fl. 84). Os agravantes impugnam os
valores, requerendo nova avaliação, sob genéricas alegações.
O julgador proferiu decisão desacolhendo a impugnação nos termos de fl. 167 do re-
curso essa decisão, recorrem os agravantes, postulando nova avaliação, repisando as
razões iniciais.
Nada há a modificar na decisão agravada.
As alegações genéricas da parte não são suficientes para o deferimento de nova avalia-
ção. Apenas quando configurada uma das hipóteses do artigo 683 do Código de Proces-
so Civil é que será repetida a avaliação.
A alegação de que o laudo do perito judicial não corresponde ao real valor dos móveis
não é, em regra, suficiente para o deferimento de nova avaliação.
Não há nos autos demonstração inequívoca quanto à fundada dúvida sobre o valor atri-
buído aos bens pelo Perito do Juízo.
Assim como a impugnação não atacou precisamente o laudo do Sr. Perito o recurso tam-
bém restringiu-se a direcionar a pretensão com base em alegações genéricas.
Nesse sentido, colaciono precedentes desta Corte:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. DESPESAS DE CONDOMÍNIO. NOVA AVALIAÇÃO.
EXCESSO DE EXECUÇÃO. 1. Não havendo qualquer evidência de fundada dúvida sobre o
valor do bem, inviável proceder à nova avaliação do bem penhorado (art. 683, III, c/c art.
668, parágrafo único, V, do CPC). Documentos novos, não analisados pelo juízo a quo,
não podem ser objeto de exame no presente agravo sob pena de supressão de um grau
de jurisdição. 2. Apesar de o valor do bem ser superior ao do débito não ocorre exces-
so de execução se o executado não oferece outros bens capazes de assegurar o integral
e rápido adimplemento do débito e, dessa forma, garantir de modo eficaz a execução.
NEGARAM PROVIMENTO. UNÂNIME. (Agravo de Instrumento Nº 70038097309, Décima
Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Cláudio Augusto Rosa Lopes Nu-
nes, Julgado em 14/10/2010)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AVALIAÇÃO DE
BENS. ATUALIZAÇÃO DA DÍVIDA EM EXECUÇÃO. Sendo recente o trabalho do avaliador,
não é necessária nova avaliação dos bens constritos na execução se não sobrevieram
aos autos fundadas razões que indicassem o descompasso entre o valor que se lhes foi
atribuído e a realidade. A simples discrepância entre o valor apontado pelo avaliador
judicial e o particular não autoriza a renovação do ato. Por outro lado, é recomendável a
correção do valor atribuído ao bem avaliado; no entanto deve haver prova de que houve
tal valorização, ainda mais em se tratando de máquinas usadas. Agravo de instrumento
desprovido. (Agravo de Instrumento Nº 70037157641, Décima Segunda Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Umberto Guaspari Sudbrack, Julgado em 26/08/2010)
Assim, não tendo os agravantes demonstrado a concretização daquelas hipóteses le-
gais, não deve ser repetida a avaliação, sob pena de se dilatar o trâmite processual que
tem por objetivo principal a satisfação do crédito.
Diante dessas razões, com fundamento no artigo 557, caput, do Código de Processo Ci-
vil, por manifesta improcedência, nego seguimento de plano ao presente agravo de ins-
trumento. Oficiar. Intimar. Demais diligências. Porto Alegre, 07 de março de 2012. Des.
Rubem Duarte, Relator.
Fonte: <http://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/21392635/agravo-de-instrumento-ai-
-70047406780-rs-tjrs/inteiro-teor>. Acesso em: 24 ago. 2012.
125
Fonte: <http://www.mercattoltda.com.br/img/pdf_NormadeavaliacaoIBAPENacionalProcedi-
mentosGerais.pdf>. Acesso em: 24 ago. 2012.
129
COMENTÁRIOS:
Quanto ao sigilo:
O sigilo é muito importante, qualquer informação obtida através de um PTAM
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Outro caso corriqueiro é a contratação da avaliação por parte do cliente que ape-
nas quer que se documente o valor por ele pretendido, ou seja:
José procura Marcos e diz o seguinte: “Preciso de uma avaliação por escrito
do meu imóvel, mas como estou usando o documento em uma ação, sei que o
imóvel vale mais, mas no documento diga que ele vale menos, eu pago para você!”.
Cuidado: Você pode ser responsabilizado por isso:
Os princípios elencados pelo IBAPE são de muita valia, pois, ao tê-los como
base, poderão alicerçar a composição final do preço. Princípios são normas de
conduta que nos guiam para determinado objetivo.
FAIXA DE
OFERTA
P2
FAIXA DE
P2 PROCURA
QUANTIDADE
Ética Profissional
O vídeo é agradável de assistir e nos fará refletir sobre regras de conduta.
Fonte: <http://youtu.be/uOX80Dd0mZ4>.
Veja também o vídeo específico sobre nossa profissão: Thaís Machado - Re-
portagem sobre corretagem de imóveis
Fonte: <http://youtu.be/QR5HvRzu8jc>.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Assista ao vídeo: Conheça como funcionam os leilões judiciais
O vídeo esclarece como funcionam os leilões judiciais.
Fonte: <http://youtu.be/Z9yNnpVnr2Q>.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
IV
UNIDADE
LEGISLAÇÃO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Tomar conhecimento das legislações aplicáveis.
■■ Propagar a importância da aplicação da tabela de honorários.
■■ Compreender as atividades básicas em uma avaliação.
■■ Aprender os métodos de avaliação.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Legislação e Normas Técnicas
■■ Tabela de Honorários
■■ Atividades básicas em um PTAM
■■ MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
139
INTRODUÇÃO
Esta unidade merece total atenção e dedicação nos estudos. Até agora, fala-
mos sobre a disputa para determinar a legitimidade do autor de uma avaliação,
acompanhamos todo o desenvolvimento da legislação específica do COFECI e
constatamos que temos respaldo legal para o desempenho de nosso parecer téc-
nico. Agora é o momento de você concentrar sua energia e compreender como
é fácil e necessária a aplicação das técnicas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Você concorda com o quadro acima quando afirma que avaliar, além de uma
ciência, é uma arte? É claro que sim, afinal nossa própria profissão é a arte de
aproximar as partes e corrigir as diferenças entre seus interesses para a realização
de um negócio satisfatório aos dois, e porque não dizer, aos três, incluindo você!
O momento de aperfeiçoar seus conhecimentos e entrar no mundo das ava-
liações pela porta correta é agora. Não desista e leve seus estudos com muita
seriedade.
Introdução
140 UNIDADE IV
Um dos pontos que irá favorecer muito a ascensão da nossa profissão e o respeito
da sociedade é a seriedade com que conduzimos nosso trabalho.
A falta de conhecimento, de comprometimento e de interesse de muitos cole-
gas em ler, estudar e buscar qualificação são barreiras a serem transpostas com
urgência. Nosso mercado está em um momento excelente e, se crescer da forma
correta, irá consolidar nosso espaço no mercado.
A seguir estudaremos a base de todo nosso PTAM. A Legislação e as Normas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Técnicas não são facultativas, ou seja, o profissional não tem a opção de obede-
cer ou não, ele é OBRIGADO a cumprir rigorosamente com o que está prescrito,
portanto, se emprenhe na leitura e estude.
a) CÓDIGO DE ÉTICA: a primeira norma a ser seguida é o Código de Ética.
Alguns artigos já citamos em textos anteriores, mas é muito importante que
você conheça o teor do documento. A íntegra do Código de Ética segue abaixo:
LEGISLAÇÃO
141
CÓDIGO DE ÉTICA
Resolução - Cofeci Nº 326/92 (Publicada em 08/07/92, DOU no 129 - Fls: 8821 - Se-
ção I)
Art. 1º - Este Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual deve
se conduzir o Corretor de Imóveis, quando no exercício profissional.
Art. 2°- Os deveres do Corretor de Imóveis compreendem, além da defesa do interesse
que lhe é confiado, o zelo do prestígio de sua classe e o aperfeiçoamento da técnica das
transações imobiliárias.
Art. 3° - Cumpre ao Corretor de Imóveis, em relação ao exercício da profissão, à classe e
aos colegas:
I - considerar a profissão como alto título de honra e não praticar nem permitir a
prática de atos que comprometam a sua dignidade;
II - prestigiar as entidades de classe, contribuindo sempre que solicitado, para o su-
cesso de suas iniciativas em proveito da profissão, dos profissionais e da coletividade;
III - manter constante contato com o Conselho Regional respectivo, procurando apri-
morar o trabalho desse órgão;
IV - zelar pela existência, fins e prestígio dos Conselhos Federal e Regionais, aceitan-
do mandatos e encargos que lhes forem confiados e cooperar com os que forem
investidos em tais mandatos e encargos;
V - observar os postulados impostos por este Código, exercendo seu mister com
dignidade;
VI - exercer a profissão com zelo, discrição, lealdade e probidade, observando as
prescrições legais e regulamentares;
VII - defender os direitos e prerrogativas profissionais e a reputação da classe;
VIII - zelar pela própria reputação mesmo fora do exercício profissional;
IX - auxiliar a fiscalização do exercício profissional, cuidando do cumprimento deste
Código, comunicando, com discrição e fundamentadamente, aos órgãos competen-
tes, as infrações de que tiver ciência;
X - não se referir desairosamente sobre seus colegas;
XI - relacionar-se com os colegas, dentro dos princípios de consideração, respeito e
solidariedade, em consonância com os preceitos de harmonia da classe;
XII - colocar-se a par da legislação vigente e procurar difundi-la a fim de que seja
prestigiado e definido o legítimo exercício da profissão.
Art. 4º - Cumpre ao Corretor de Imóveis, em relação aos clientes:
I - inteirar-se de todas as circunstâncias do negócio, antes de oferecê-lo;
II - apresentar, ao oferecer um negócio, dados rigorosamente certos, nunca omitindo
detalhes que o depreciem, informando o cliente dos riscos e demais circunstâncias
que possam comprometer o negócio;
III - recusar a transação que saiba ilegal, injusta ou imoral;
IV - comunicar, imediatamente, ao cliente o recebimento de valores ou documentos
a ele destinados;
V - prestar ao cliente, quando este as solicite ou logo que concluído o negócio, con-
tas pormenorizadas;
VI - zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica do negócio, reservan-
do ao cliente a decisão do que lhe interessar pessoalmente;
VII - restituir ao cliente os papéis de que não mais necessite;
VIII - dar recibo das quantias que o cliente lhe pague ou entregue a qualquer título;
IX - contratar, por escrito e previamente, a prestação dos serviços profissionais;
X - receber, somente de uma única parte, comissões ou compensações pelo mesmo
serviço prestado, salvo se, para proceder de modo diverso, tiver havido consenti-
mento de todos os interessados, ou for praxe usual na jurisdição.
Art. 5° - O Corretor de Imóveis responde civil e penalmente por atos profissionais
danosos ao cliente, a que tenha dado causa por imperícia, imprudência, negligência
ou infrações éticas.
Art. 6º - É vedado ao Corretor de Imóveis:
I - aceitar tarefas para as quais não esteja preparado ou que não se ajustem às
disposições vigentes, ou ainda, que possam prestar-se a fraude;
II - manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos em lei e
em Resoluções;
III - promover a intermediação com cobrança de “over-price”;
IV - locupletar-se, por qualquer forma, a custa do cliente;
V - receber comissões em desacordo com a Tabela aprovada ou vantagens que não
correspondam a serviços efetiva e licitamente prestados;
VI - angariar, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo
moral ou material, ou desprestígio para outro profissional ou para a classe;
VII - desviar, por qualquer modo, cliente de outro Corretor de Imóveis;
VIII - deixar de atender às notificações para esclarecimento à fiscalização ou intima-
ções para instrução de processos;
IX - acumpliciar-se, por qualquer forma, com os que exercem ilegalmente atividades
de transações imobiliárias;
143
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PTAM aplicando as normas.
V. observar os postulados impostos por
este Código, exercendo seu mister com
dignidade;
Muitos corretores desconhecem que existe
um código de ética, outros sabem que existe,
mas não conhecem seu teor.
Você sabia que quando recebemos nossa cre-
dencial do CRECI, junto recebemos nossa
carteira profissional e, no interior dela, vem
transcrito todo o Código de Ética? Fonte: <institutojusdja.wordpress.com>
LEGISLAÇÃO
145
b) LEGISLAÇÃO COFECI:
LEI Nº 6.530/1978
Art. 1º - O exercício da profissão de Corretor de Imóveis, no Território Nacio-
nal, é regido pelo disposto na presente Lei.
Art. 2º - O exercício da profissão de Corretor de Imóveis será permitido ao
possuidor de título de Técnico em Transações Imobiliárias.
Art. 3º - Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na com-
pra, venda, permuta e locação de imóveis, podendo, ainda, opinar quanto à
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
comercialização imobiliária.
Parágrafo Único - As atribuições constantes deste artigo poderão ser exerci-
das, também, por Pessoa Jurídica inscrita nos termos desta Lei.
.......................................................................................................................
Fonte: <http://www.crecidf.gov.br/uploads/1907201202446880609215.pdf>. Acesso em: 24
ago. 2012. (Grifo nosso).
LEGISLAÇÃO
147
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
LEGISLAÇÃO
149
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
LEGISLAÇÃO
155
NORMA BRASILEIRA
ABNT NBR 14653-2 : 2011
Avaliação de bens Parte 2: Imóveis urbanos
Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização.
As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros
(ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de
Estudo Especiais (ABNT/CEET), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas
por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumi-
dores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
A ABNT NBR 14653-2 : 2011 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/
CB–02), pela Comissão de Estudo de Avaliação na Construção Civil (CE–02:134.02). O
Projeto circulou em Consulta Pública conforme Edital nº 06 de 30.06.2003, com o nú-
mero Projeto 02:134.02-001-2. Esta Norma, sob o título geral “Avaliação de bens”, tem a
previsão de conter as seguintes partes:
Parte 1 – Procedimentos gerais
Parte 2 – Imóveis urbanos
Parte 3 – Imóveis rurais
Parte 4 – Empreendimentos
Esta parte da ABNT NBR 14653 visa detalhar os procedimentos gerais da norma de ava-
liação de bens – ABNT NBR 14653-1:2001 – no que diz respeito à avaliação de imóveis
urbanos, inclusive glebas urbanizáveis, unidades padronizadas e servidões urbanas.
Esta parte da ABNT NBR 14653 contém os anexos A e B, de caráter normativo, e o anexo
C, de caráter informativo.
0 Introdução
Esta parte da ABNT NBR 14653 visa complementar os conceitos, métodos e procedimen-
tos gerais para os serviços técnicos de avaliação de imóveis urbanos.
1 Objetivo
Esta parte da ABNT NBR 14653 fixa as diretrizes para avaliação de imóveis urbanos,
quanto a:
a) classificação da sua natureza;
b) instituição de terminologia, definições, símbolos e abreviaturas;
c) descrição das atividades básicas;
d) definição da metodologia básica;
e) especificação das avaliações;
f ) requisitos básicos de laudos e pareceres técnicos de avaliação.
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto,
constituem prescrições para esta parte da ABNT NBR 14653. As edições indicadas esta-
vam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveni-
ência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir.
A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
Resolução do CONMETRO nº 12, de 12.10.1988 – Quadro Geral de Unidades de Medida
Leis Federais nºs 6766/79 e 9785/99, que dispõem sobre o parcelamento do solo urbano
Decreto-Lei nº 9760/46, que dispõe sobre os terrenos de marinha e acrescidos de mari-
nha
ABNT NBR 12721:1999 – Avaliação de custos unitários e preparo de orçamento de cons-
trução para incorporação de edifícios em condomínio – Procedimento
ABNT NBR 14653-1:2001 – Avaliação de bens – Parte 1: Procedimentos gerais
ABNT NBR 14653-4:2002 – Avaliação de bens – Parte 4: Empreendimentos
3 Definições
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 14653, aplicam-se as definições da ABNT NBR
14653-1 e as seguintes:
157
3.66 variáveis quantitativas: Variáveis que podem ser medidas ou contadas (por
exemplo: área privativa, número de quartos, número de vagas de garagem).
3.67 variável dependente: Variável que se pretende explicar pelas variáveis indepen-
dentes.
3.68 variável dicotômica: Variável que assume apenas dois valores.
3.69 variável proxy: Variável utilizada para substituir outra de difícil mensuração e que
se presume guardar com ela relação de pertinência.
3.70 vício: Anomalia que afeta o desempenho de produtos ou serviços, ou os torna
inadequados aos fins a que se destinam, causando transtornos ou prejuízos materiais
ao consumidor.
3.71 vício construtivo: Vício que decorre de falha de projeto, de material aplicado na
construção ou de execução.
3.72 vício de utilização: Vício que decorre de utilização inadequada ou falha na manu-
tenção.
3.73 vocação do imóvel: Uso economicamente mais adequado de determinado imóvel
em função das características próprias e do entorno, respeitadas as limitações legais.
4 Símbolos e abreviaturas
As notações adotadas pelo engenheiro de avaliações devem ser devidamente explici-
tadas no laudo ou parecer técnico, indicando-se também suas respectivas unidades de
medida, de acordo com a Resolução do
CONMETRO nº 12, de 12.10.1988.
5 Classificação dos imóveis urbanos
5.1 Quanto ao uso:
a) residencial;
b) comercial;
c) industrial;
d) institucional;
e) misto.
5.2 Quanto ao tipo do imóvel, entre outros:
a) terreno (lote ou gleba);
b) apartamento;
c) casa;
d) escritório (sala ou andar corrido);
e) loja;
f ) galpão;
g) vaga de garagem;
h) misto;
i) hotéis e motéis;
j) hospitais;
k) escolas;
l) cinemas e teatros;
m) clubes recreativos;
n) prédios industriais.
5.3 Quanto ao agrupamento dos imóveis:
a) loteamento;
b) condomínio de casas;
c) prédio de apartamentos;
d) conjunto habitacional (casas, prédios ou mistos);
e) conjunto de salas comerciais;
f ) prédio comercial;
g) conjunto de prédios comerciais;
h) conjunto de unidades comerciais;
i) complexo industrial.
6 Procedimentos de excelência
Consultar a seção 6 da ABNT NBR 14653-1:2001.
7 Atividades básicas
É recomendável que o engenheiro de avaliações ao ser contratado ou designado para
fazer uma avaliação esclareça aspectos essenciais para definir o método avaliatório e
eventuais níveis de fundamentação e precisão que se pretende atingir, entre outros:
• finalidade: locação, aquisição, doação, alienação, dação em pagamento, permu-
ta, garantia, fins contábeis, seguro, arrematação, adjudicação e outros;
163
Observe que copiamos apenas uma parte da norma que trata de avaliação de
imóvel urbano. O trabalho feito por um engenheiro é muito mais técnico e cri-
terioso, não podendo absolutamente ser realizado por um profissional que tenha
formação exclusiva de gestão imobiliária ou técnico em transações imobiliárias.
O profissional para realizar um laudo obedecendo as normas acima deve
estar preparado, qualificado e acima de tudo CREDENCIADO!
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
TABELA DE HONORÁRIOS
Os honorários mais que devidos serão merecidos àqueles profissionais que, cons-
cientes de sua responsabilidade, executarem os PTAMs com seriedade e dentro
das normas.
Ao concluir um PTAM, você se sentirá orgulhoso de ter feito um trabalho
tão sério, e como é imprescindível a aplicação das normas e técnicas, por essa
razão os honorários devem ser justos.
Temos uma tabela para os CRECIs de cada região, conforme nossa legisla-
ção, cada Conselho Regional deverá homologar as tabelas elaboradas e aprovadas
pelos respectivos Sindicatos:
Decreto nº 81.871/78
Art. 16 - Compete ao Conselho Regional:
...................................................................................................................................................
.
VIII - homologar, obedecidas às peculiaridades locais, tabelas de preços de ser-
viços de corretagem para uso dos inscritos, elaboradas e aprovadas pelos Sin-
dicatos respectivos;
Fonte: <http://portal.cofeci.gov.br/arquivos/legislacao/decreto81871_78.pdf>. Acesso em: 24
ago. 2012.
Tabela de Honorários
Honorários - Sindimóveis
Sindicato dos Corretores de Imóveis do Paraná
1. VENDA DE IMÓVEIS
1.1 - Municípios Urbanos e Rurais: sobre o valor total da venda: 6% (seis por cento).
1.2 - Nos imóveis financiados o percentual acima incidirá sobre a soma do valor da
cessão de direitos mais o saldo devedor apurado junto ao agente financeiro.
2. LOTEAMENTOS
2.1 – IMPLANTAÇÃO
2.1.1 - Organização, aprovação, plano de vendas sobre o valor original do lote: 8%
(oito por cento).
2.2 – VENDAS
2.2.1 – Loteamento Urbano: 6% (seis por cento).
2.2.2 – Loteamento Rural: 6% (seis por cento).
2.2.3 – Loteamento no Litoral: 6% (seis por cento).
2.3 – ADMINISTRAÇÃO
2.3.1 – Loteamento Urbano, Rural e Litoral: 10% (dez por cento).
3. PERMUTA
Nas permutas os honorários serão pagos sobre todas as propriedades negociadas,
pelos respectivos proprietários, de acordo com os itens 1.1 e 1.2 desta Tabela, inci-
dindo os percentuais acima sobre os valores de cada propriedade.
3.1 – Nos casos de permuta em que houver torna, em espécie e/ou bens móveis apli-
ca-se o previsto no ítem 1.1 desta tabela.
4. COMPRA
Incumbência expressa para compra de imóvel, com honorários pagos pelo solicitan-
te de acordo com os itens 1.1 e 1.2 desta Tabela.
5. LOCAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS
5.1 - Taxa de Intermediação: valor mínimo equivalente a um mês de aluguel, paga
pelo locador.
5.2 - Taxa de Renovação de Contrato: valor equivalente a 10% (dez por cento) do
aluguel renovado, pago pelo locador.
5.2.1 - A Taxa de Renovação somente será cobrada se a renovação for por escrito e
será devida pelo proprietário/locador.
177
Valores diferentes dos acima previstos poderão ser obtidos mediante aplicação de sim-
ples regra de três.
IMPORTANTE
I - Constituem, entre outras, infrações graves ao código de ética instituído pela Resolu-
ção-COFECI nº 326/1992:
a. a cobrança de honorários inferiores a esta Tabela;
b. a cobrança de qualquer valor ou percentual além do convencionado na autori-
zação ou no contrato de prestação de serviços.
c. a cobrança de sobrepreço (overprice).
II - Esta Tabela substitui e revoga todas as anteriores e deve ser colocada em local visível
ao público.
III - A presente Tabela de Honorários foi homologada em Reunião Plenária do CRECI – PR.
Em 27/11/2008.
Fonte: <http://www.crecipr.gov.br/creci/index.php?option=com_content&view=article&i-
d=371:honorarios-sindimoveis&catid=38:honorarios&Itemid=34>. Acesso em: 24 ago. 2012.
180 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
requerente para qualificação pessoal e dados do imóvel. Atenção, nem sempre o
requerente é o proprietário do imóvel. Nada impede que o locatário, por exem-
plo, peça a avaliação do valor locativo para uma revisional de aluguel. Ele será o
requerente, mas a propriedade pertence ao locador. Você irá solicitar os docu-
mentos pessoais do solicitante para a qualificação e precisará também da certidão
da matrícula do imóvel, carnê de IPTU, mapa de localização, enfim, quanto
mais documentos de identificação tiver, mais preciso ficará o trabalho. Na falta
da documentação básica, você deverá analisar sobre a possibilidade ou não de
executar o trabalho sem comprometer a lisura profissional. Caso faltem apenas
alguns documentos, você apontará o fato acrescentando um item no corpo do
parecer que expressa as ressalvas ou limitações.
c) VISITA AO IMÓVEL: essa visita deverá ser complementada com uma
VISTORIA pormenorizada do imóvel avaliando, ou seja, deverá ser feito um
inventário descritivo com a anotação da localização precisa, das características
físicas, topografia, estado de conservação, padrão construtivo e registro fotográ-
fico farto e completo, incluindo a fachada.
Conforme ensina o Professor Rosalmir Moreira (2009, p.23):
Antes do estudo e análise dos métodos de avaliação, é válido lembrar
os fatores que interferem, direta ou indiretamente, na determinação do
valor de bens imobiliários. São eles:
LEGISLAÇÃO
181
de valorização do imóvel.
e) COLETA DE DADOS: os dados são fundamentais para um PTAM. Como
neste momento você ainda não sabe qual método irá utilizar, recomenda-se que
colete dados de imóveis tanto para locação quanto para venda. Quanto mais dados
melhor, porém seja criterioso, nem todos os dados poderão ser aproveitados.
f) PLANEJAMENTO DO TRABALHO: cabe ao gestor estabelecer um crono-
grama de atividades para que todo trabalho seja cumprido num tempo razoável,
porém com a apresentação de todos os itens necessários. Providencie também
um “CHECK LIST”.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
LEGISLAÇÃO
183
METODOLOGIAS USUAIS
As avaliações de qualquer tipo, que se elaboram para estimar o valor de mercado ou
um valor definido que não é de mercado, requerem que o Avaliador analise um ou mais
enfoques de avaliação. O termo enfoque de avaliação em geral se refere aos métodos
analíticos geralmente aceitos e de uso comum. Em distintos Países estes enfoques são
conhecidos como métodos de avaliação. No Brasil consolidou-se o termo metodologia,
que será consignado nesta Norma.
As metodologias avaliatórias são aplicáveis a quase todas as naturezas de bens, incluí-
dos bens imóveis, móveis e direitos. Não existe hierarquia entre as metodologias, pois
sua escolha depende da finalidade da avaliação, da natureza do bem avaliando, e da
disponibilidade, qualidade e quantidade de informações colhidas no mercado. A me-
todologia adotada na avaliação, bem como sua finalidade, devem estar destacadas no
relatório, junto ao valor avaliado.
Para definir a matriz de decisão da seleção da metodologia, podem ser empregadas as
seguintes diretrizes:
a. a natureza do bem avaliando induz os enfoques e metodologia aplicáveis, que
são diferentes para avaliação de um imóvel ou de uma máquina, ou de um direi-
to agregado a um bem;
b. a finalidade da avaliação também induz os enfoques e metodologia aplicáveis,
que são diferentes para a apuração do valor de mercado, dos valores em risco,
dos valores patrimoniais, dos valores econômicos, etc.
.......................................................................................................................................................
c. as condições que o mercado oferece, para a data de referência da avaliação, com
diferentes quantidades de imóveis recentemente ofertados ou transacionados,
são relevantes na escolha das metodologias e ou ferramentas de trabalho a se-
rem empregadas.
Segundo as Normas Internacionais, as avaliações podem ser realizadas por métodos al-
ternativos. A experiência e capacitação do avaliador, as normas locais e os dados de mer-
cado disponíveis se juntam para determinar o método ou métodos aplicáveis. A existên-
cia de diferentes métodos oferece ao avaliador uma série de procedimentos analíticos
que ao final devem ser conciliados para obter um estimador final do valor, sempre em
função da finalidade da avaliação.
Quanto às metodologias avaliatórias destacam-se:
Método comparativo direto de dados de mercado
Identifica o valor do bem por meio do tratamento dos atributos que influência influen-
ciam a tendência de formação do valor de mercado, naquele local e data de referência,
através dos elementos comparáveis, que são admitidos como representantes da referida
tendência. Quaisquer evidências de infração desta exigência devem ser obrigatoriamen-
te investigadas, para esclarecer se o elemento em questão é um “outlier” ou indica uma
nova tendência, não detectada pelos demais. Este método é o elegível na identificação
do valor de mercado de terrenos, casas padronizadas, lojas, apartamentos, escritórios,
terras nuas, em propriedades rurais, máquinas, veículos, entre outros bens, sempre que
houver dados semelhantes ao avaliando.
Deve-se observar que no texto acima que existe uma perfeita sintonia entre a finalidade
da avaliação e a natureza do bem avaliando.
Método involutivo
Trata-se de um método eletivo na inexistência de elementos comparáveis, para a iden-
tificação do valor de mercado. Baseia-se em um modelo de estudo de viabilidade téc-
nico-econômica, com a simulação de um empreendimento que analisa as vocações e
condições do mercado no qual o bem avaliando está inserido.
É utilizado na apuração do valor de glebas, através de um critério indireto de valora-
ção que reflete de forma mais objetiva a viabilidade de incorporação de uma gleba ou
terreno de grandes dimensões, para transformá-los em outro empreendimento, e que
pode suportar o valor de mercado. Na aplicação deste método é importante verificar a
possibilidade da absorção, pelo mercado, da totalidade dos imóveis resultantes, dentro
do prazo pré-estimado no estudo.
Método evolutivo
Trata-se de método para identificar o valor do bem pelo somatório dos valores de seus
componentes, quando a finalidade é a apurar o valor patrimonial. Caso a finalidade seja
a identificação do valor de mercado, deve ser considerado o fator de comercialização,
que preferencialmente deve ser pesquisado diretamente no mercado, para a data de
referência da avaliação. É um método indicado para apuração do valor de mercado de
imóveis: onde se leva em conta o valor isolado do terreno; imóveis não comparáveis
diretamente; ou pequeno números de elementos comparáveis, tais como residências de
alto padrão, galpões, entre outros.
Método da capitalização da renda
Identifica o valor do bem, com base na capitalização presente da sua renda líquida pre-
vista, considerando-se cenários viáveis,indicado para apuração de valores econômicos
de empreendimentos, apuração da valores intangíveis (marcas, direitos entre outros).
Na avaliação de empreendimentos de base imobiliária, tais como shopping-centers, ho-
téis, pode ser indicado como um bom aferidor de valor de mercado.
Métodos para identificar o custo de um bem
Utilizado para a apuração do valor das benfeitorias no método evolutivo, ou quando a
finalidade da avaliação for à identificação do custo.
185
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A disciplina de AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS está diretamente ligada às discipli-
nas: O PAPEL LEGAL DO GESTOR IMOBILIÁRIOS e OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS.
Na primeira, temos a exata noção do que o gestor deve ou não fazer, ou
seja, seu limiar de conduta, e em OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS, traz a avaliação
do imóvel como primeiro passo para o desenvolvimento de todas as outras
operações.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Temos o código de ética a guiar nossos passos e nossa consciência como tes-
temunha. Conquiste sua credibilidade e recuse trabalhos que o(a) obriguem a
praticar algum ilícito ou aquele que você não se julga apto(a) a realizar.
Vamos estudar mais sobre os princípios para que eles possam nos auxiliar
na composição final dos valores obtidos em um PTAM. Toda ciência conta com
princípios e eles, aliados à legislação e normas, tornarão nosso trabalho muito
mais preciso.
Na próxima unidade, iniciaremos nosso trabalho propriamente dito, para
tanto, devemos ter nosso cronograma de atividades em mãos e compreender cor-
retamente todas as atividades básicas em uma avaliação, para que nossa visita ao
imóvel seja proveitosa e feita de forma a não requisitar visitas posteriores para
a complementação dos trabalhos.
LEGISLAÇÃO
187
Assista ao quadro: Avaliação de Imóveis e Perícias, esse vídeo fala sobre planejamento
e grau de precisão de uma avaliação.
Fonte: <http://youtube.com/HW_iWZNjbs0>.
Professora Esp. Claudete Cristina Iwata
V
EXECUÇÃO DE UM PTAM
UNIDADE
– PARECER TÉCNICO DE
AVALIAÇÃO MERCADOLÓGICA
Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender de que forma se dá a pesquisa e a coleta de dados.
■■ Conhecer o que é a homogeneização dos dados.
■■ Estudar um a um os fatores de homogeneização.
■■ Aprender a realizar o cálculo até o resultado final.
■■ Visualizar um parecer pronto para ser apresentado.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Pesquisa e coleta de dados
■■ Homogeneização da pesquisa
■■ Fatores de homogeneização com cálculo
■■ Formação do valor
■■ Apresentação do Ptam – parecer técnico de avaliação mercadológica
191
INTRODUÇÃO
Estamos quase concluindo nossos estudos. Agora mais do que nunca preste muita
atenção e prepare-se para compreender de que forma se dá a pesquisa e a coleta
de dados. Esse passo é muito importante para a realização do nosso trabalho.
A pesquisa deve ser feita com muita observação e descarte de amostras que
não auxiliarão na formação do valor. Caso as amostras não sejam suficientes, a
melhor solução é utilizar outro método.
Vamos também conhecer o que é a homogeneização dos dados, afinal os
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
imóveis são diferentes e, quando formos fazer a comparação, eles deverão ser o
mais homogêneos possível.
Ao estudar um a um os fatores de homogeneização, nosso PTAM terá muito
mais consistência e teremos mais segurança. O último passo técnico será apren-
der a realizar o cálculo até o resultado final, depois disso é só apresentar o PTAM
com segurança e a certeza de um bom trabalho.
Introdução
192 UNIDADE V
a. QUANTITATIVO: quanto
mais amostras forem cole-
tadas, tanto mais fácil será
a execução do trabalho e
a fidelidade do resultado,
porém, devem ter caracte-
rísticas comparáveis com as
do bem avaliando.
b. QUALITATIVO: no que se
refere à qualidade dos dados,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
quanto mais semelhantes às
do bem avaliando, melhor. Fonte: <olx.com.br>
Fonte: <http://liberdadexpressaoecomunicacao.wordpress.com/>
HOMOGENEIZAÇÃO DA PESQUISA
Depois que você coletar todas as amostras, você perceberá que os imóveis são
diferentes do imóvel avaliando. Um tem área construída maior, terreno menor,
testada maior, profundidade menor, padrão construtivo mais baixo, tempo de
construção, enfim, diferenças. Como “comparar” imóveis tão diferentes? Para
aproximar ao máximo essas diferenças, utilizamos a homogeneização, são fatores
e cálculos que nos auxiliarão a minimizar essas diferenças, para que homogenei-
zados, os imóveis possam ser comparados e o valor do metro quadrado calculado.
Vamos observar o exemplo:
Homogeneização da Pesquisa
194 UNIDADE V
IMÓVEL AVALIANDO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: <http://www.i9artigos.com.br/>
AMOSTRA 01
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: <olx.com.br>
Homogeneização da Pesquisa
196 UNIDADE V
AMOSTRA 02
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: <imoveis.sempreantenados.com>
AMOSTRA 03
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: <projetosdecasasgratis.com.br>
Homogeneização da Pesquisa
198 UNIDADE V
Simulamos três amostras para você compreender melhor. Note que a área do
terreno e a área construída são diferentes, assim como atestada, profundidade,
topografia, tempo de construção, padrão construtivo e estado de conservação.
O que se busca ao executar um PTAM é obter o valor que mais se aproxima ao
justo valor de mercado, por essa razão deve-se homogeneizar a pesquisa.
Ao aplicar os fatores de homogeneização, estaremos corrigindo essas
diferenças.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FATORES DE HOMOGENEIZAÇÃO COM CÁLCULOS
É preciso que fique bem claro que o título do nosso trabalho é PARECER
TÉCNICO DE AVALIAÇÃO MERCADOLÓGICA, esse é o documento que a
lei permite que emitamos para que seja reconhecido. Você percebeu que temos
por base as normas emitidas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas
Técnicas e as normas do IBAPE – Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de
Engenharia e, é claro, as específicas do COFECI.
Não somos engenheiros e a pretensão de trabalhar como tal sem a habilita-
ção é no mínimo passível de um processo por exercício ilegal da profissão. Essa,
caro(a) aluno(a), é a restrição mais do que justa que os Engenheiros, Arquitetos
e Agrônomos fazem em relação ao corretor que deseja assinar um laudo como
se um engenheiro avaliador fosse, porém, não podemos nos basear em “achis-
mos”. Na certeza da seriedade da engenharia da avaliação, aplicamos fatores
de forma mais simples, porém passíveis de serem aceitas por serem tão lógicas
quanto técnicas.
Em respeito ao trabalho da engenharia da avaliação, estudaremos a apli-
cação dos fatores contando com referências do nosso mercado e do IBAPE. As
referências do IBAPE destacarei em negrito.
Significa que nem sempre o valor obtido na amostra pode ser aplicado imediatamente,
visto que o valor das amostras que estão para serem comercializadas podem sofrer
alterações em função da negociação a ser realizada, ou seja, o poder de pedir des-
conto do comprador e o poder de resistência e interesse de venda do vendedor. Em
tese, o valor do desconto gira em torno de 10%, porém outro detalhe merece nossa
consideração. O imóvel ofertado pelo proprietário (o que tem sido mais raro atual-
mente pelo bom trabalho do gestor) e o imóvel ofertado por imobiliárias, gestores
ou corretores. Neste último caso, será agregado 6% (seis por cento) a título de comis-
são de venda. Neste caso, o bom senso do profissional deve agir com parcimônia.
Homogeneização da Pesquisa
200 UNIDADE V
Vamos observar nosso exemplo, lembrando que todos são ofertados por
imobiliárias.
AMOSTRA 1
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PROFUNDIDADE: 31,00 m
ÁREA CONSTRUÍDA: 190,00 m2
TOPOGRAFIA: IRREGULAR
TEMPO DE CONSTRUÇÃO: 15 ANOS
PADRÃO CONSTRUTIVO: MÉDIO
ENTRE REGULAR E REPAROS
ESTADO DE CONSERVAÇÃO:
SIMPLES
VALOR: R$ 350.000,00
IMOBILIÁRIA NOVO LAR: (11) 8542-2541
INFORMANTE: SR. CARLOS ROSA
DATA DA COLETA: 12/05/2012
RESSALVAS: NENHUMA
AMOSTRA 2
AMOSTRA 3
Homogeneização da Pesquisa
202 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
VALORES HOMOGENEIZADOS:
AMOSTRA 1 R$ 315.000,00
AMOSTRA 2 R$ 162.000,00
AMOSTRA 3 R$ 360.000,00
IMÓVEL C
IMÓVEL A
IMÓVEL D
20 m IMÓVEL B 25 m
300,00 m2 18 m
15 m 450,00 m2 504,00 m2
150,00 m2
15 metros 30 metros 6 metros 28 metros
Homogeneização da Pesquisa
204
Tabela 1: Grupos I e II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Homogeneização da Pesquisa
Fonte: <http://www.ibape-sp.org.br/arquivos/norma-de-avaliacoes-de-imoveis-urbanos.pdf>. Acesso em: 24 ago. 2012.
205
206 UNIDADE V
Para a execução do PTAM, não estamos aptos a utilizar esses cálculos, a menos
que sejamos detentores de habilitação junto ao CREA. Não sendo esse o nosso
caso, temos outra alternativa, a utilização de tabela recomendada pelo Professor
Rosalmir Moreira.
Vale lembrar que devemos sempre obter junto à prefeitura local a testada de
referência do imóvel avaliando, que para o caso que simulamos será de 12 metros.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
da metros metros metros metros metros
refe-
rência
Des VaL Des Val Des Val Des Val Des Val
efetiva
5,00 0,840 0,800 0,760 0,750 0,700
6,00 0,880 0,840 0,800 0,780 0,740
7,50 0,930 0,890 0,840 0,830 0,780
8,00 0,945 0,900 0,860 0,840 0,800
9,00 0,974 0,930 0,880 0,870 0,820
10,00 0,960 0,900 0,890 0,840
11,00 1,024 0,980 0,930 0,910 0,860
12,00 1,046 0,950 0,930 0,880
13,00 1,067 1,020 0,970 0,950 0,900
14,00 1,106 1,039 0,980 0,970 0,910
15,00 1,124 1,057 0,980 0,930
16,00 1,141 1,074 1,016 0,950
17,00 1,174 1,090 1,031 1,015 0,960
18,00 1,189 1,106 1,046 1,029 0,970
19,00 1,189 1,121 1,060 1,044 0,990
20,00 1,189 1,136 1,074 1,057
21,00 1,189 1,163 1,087 1,070 1,012
AMOSTRA 1
Homogeneização da Pesquisa
208 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Cálculo: R$ 315.000,00 x 1,057 = R$ 332.955,00
O valor do imóvel aumentou, porque a testada maior valoriza o imóvel.
AMOSTRA 2
AMOSTRA 3
PROFUNDIDADE 30,00 m
ÁREA CONSTRUÍDA: 210,00 m2
TOPOGRAFIA REGULAR
TEMPO DE CONSTRUÇÃO 10 ANOS
PADRÃO CONSTRUTIVO MÉDIO
ESTADO DE CONSERVAÇÃO REGULAR
R$ 400.000,00 que foi homogeneiza-
VALOR
do para R$ 360.000,00
IMOBILIÁRIA NOVO LAR (11) 8542-1299
INFORMANTE SRA. RITA SOUZA
DATA DA COLETA 12/05/2012
RESSALVAS: NENHUMA
VALORES HOMOGENEIZADOS:
AMOSTRA 1 R$ 332.955,00
AMOSTRA 2 R$ 136.080,00
AMOSTRA 3 R$ 374.040,00
Homogeneização da Pesquisa
210 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
primeiro terço teria um valor e os 2/3 restantes outro proporcional-
mente menor. Vários estudiosos elaboraram suas fórmulas, tais como:
HOFMANN, JARRET e HARPER. Uma das mais utilizadas é a do pro-
fessor HARPER.
AMOSTRA 1
Homogeneização da Pesquisa
212 UNIDADE V
AMOSTRA 2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ÁREA DO TERRENO: 150,00 m2
TESTADA 6,00 m
PROFUNDIDADE 25,00 m
ÁREA CONSTRUÍDA: 120,00 m2
TOPOGRAFIA REGULAR
TEMPO DE CONSTRUÇÃO 3 ANOS
PADRÃO CONSTRUTIVO MÉDIO
ESTADO DE CONSERVAÇÃO NOVO
R$ 180.000,00 que foi homogeneizado
VALOR
para R$ 136.080,00
IMOBILIÁRIA ESTRELA (11) 8542-0245
INFORMANTE SR. MARCOS SILVA
DATA DA COLETA 13/05/2012
RESSALVAS: NENHUMA
Da mesma forma que o cálculo acima: vamos multiplicar o valor do imóvel pelo
fator de multiplicação de um imóvel com profundidade de 25 metros, que é 1,00.
O fator é 1 porque nessa situação o valor do imóvel não sofre alteração de valor.
Cálculo: R$ 136.080,00 x 1,00 = R$ 136.080,00
AMOSTRA 3
VALORES HOMOGENEIZADOS:
AMOSTRA 1 R$ 332.955,00
AMOSTRA 2 R$ 136.080,00
AMOSTRA 3 R$ 374.040,00
Homogeneização da Pesquisa
214 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: <http://infiniteluxury.com.br/>
agregadores de valor.
Em se tratando de um imóvel residencial, também há uma valorização,
embora um pouco menor do que o imóvel comercial. Porém, cabe ao gestor a sen-
sibilidade, o domínio, conhecimento e bom
senso de analisar caso a caso. Eventualmente
esse fator pode não agregar muito valor ao
imóvel pelo fato já mencionado anterior-
mente. Se a área do imóvel não for muito
grande, o fator aproveitamento construtivo
irá diminuir em razão do recuo em relação
à rua exigido normalmente pelas prefeituras
e o proprietário terá limitação no projeto.
Neste caso, podemos também fazer
uso de uma tabela sugerida pelo Professor
Fonte: <http://pisoparedeteto.blogspot.com.br/>
Rosalmir Moreira (2009, p.39):
Uma primeira prática para chegar ao valor de um lote de esquina é a
seguinte: primeiramente é calculado o valor do terreno como se fosse
de meio de quadra (para isso, é utilizado o valor do metro quadrado da
rua mais valorizada, entre suas duas frentes) e, após, o valor é ajustado
conforme os índices indicados na tabela a seguir:
3 – Comerciais 20 a 25 %
4 – Comerciais centrais 25 a 30 %
Em nosso exemplo, não temos amostras de esquina, logo, não utilizaremos esse
fator.
FATOR TOPOGRAFIA: conforme o Professor Rosalmir Moreira (2009,
p.38):
Esse fator é utilizado para corrigir o valor de um terreno que apresente
uma situação irregular quanto à sua topografia, se comparado a um
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Homogeneização da Pesquisa
216 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: <http://cidade-tecnologica.blogspot.com.br>
No nosso exemplo não teremos que aplicar esse fator, porque todas as amostras
apresentam formato regular.
FATOR LOCALIZAÇÃO: o método mais utilizado para a elaboração de
um PTAM é o COMPARATIVO de dados de mercado. Sabemos que o fator
Fonte: <http://olx.com.br/>
Fonte: <http://sc.quebarato.com.br/>
Homogeneização da Pesquisa
218 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Observe esse mapa, assim é mais fácil você compreender a necessidade de apli-
cação desse fator:
Fonte: <http://maps.google.com.br/>
Nossas amostras serão base para a aplicação do método comparativo, por essa
razão, encontram-se nas proximidades do lote avaliando sem necessidade de
correções.
FATOR ESTADO DE CONSERVAÇÃO: esse será o último fator que con-
sideraremos para análise do nosso exemplo. Existem outros fatores aplicáveis
porém ao aplicarmos, estaremos correndo o risco de agir com imprudência e
imperícia, pois são atribuições exclusivas de engenheiros e arquitetos.
Devemos considerar a conservação do imóvel com os olhos de um gestor
imobiliário. Para tanto, podemos utilizar a Tabela de Ross-Heidecke utilizada tam-
bém pela engenharia de avaliação e facilmente compreensível e aplicável por nós.
Vamos aplicar a tabela em nossas amostras:
Cotejando com seu estado de conservação, eleito pelo Avaliador, no alto da tabela (Có-
digos: A, B, C, D, E, F, G e H), identifica-se o percentual de depreciação a ser adotado.
OBS. No exemplo acima o percentual encontrado* deve ser arredondado para 42%
(Vide Tabela)
Prof. Marcos Mascarenhas
Fonte: <http://ogestorimobiliario.blogspot.com.br/2011/11/aprenda-utilizar-tabela-ross-heide-
cke.html>. Acesso em: 24 ago. 2012.
224 UNIDADE V
AMOSTRA 1
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
TEMPO DE CONSTRUÇÃO 15 ANOS
PADRÃO CONSTRUTIVO MÉDIO
ESTADO DE CONSERVAÇÃO ENTRE REGULAR E REPAROS SIMPLES
R$ 350.000,00 valor homogeneizado para
VALOR
R$ 332.955,00
IMOBILIÁRIA NOVO LAR (11) 8542-2541
INFORMANTE SR. CARLOS ROSA
DATA DA COLETA 12/05/2012
RESSALVAS: NENHUMA
AMOSTRA 2
Homogeneização da Pesquisa
226 UNIDADE V
AMOSTRA 3
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PADRÃO CONSTRUTIVO MÉDIO
ESTADO DE CONSERVAÇÃO REGULAR
R$ 400.000,00 valor homogeneizado para
VALOR
R$ 374.040,00
IMOBILIÁRIA NOVO LAR (11) 8542-1299
INFORMANTE SRA. RITA SOUZA
DATA DA COLETA 12/05/2012
RESSALVAS: NENHUMA
VALORES HOMOGENEIZADOS:
AMOSTRA 1 R$ 265.032,00
AMOSTRA 2 R$ 133.249,54
AMOSTRA 3 R$ 335.513,88
FORMAÇÃO DO VALOR
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
VALORES HOMOGENEIZADOS:
ÁREA DO
VALOR TOTAL VALOR M2
TERRENO
Homogeneização da Pesquisa
228 UNIDADE V
IMÓVEL AVALIANDO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: <http://www.i9artigos.com.br/>
k. DATA DA VISTORIA.
l. AO PARECER TÉCNICO DE AVALIAÇÃO MERCADOLÓGICA,
RECOMENDA-SE ESTAREM ANEXADOS: MAPA DE LOCALIZAÇÃO;
CERTIDÃO ATUALIZADA DA MATRÍCULA NO CARTÓRIO DO
REGISTRO DE IMÓVEIS; RELATÓRIO FOTOGRÁFICO.
MODELO:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1) IDENTIFICAÇÃO DO SOLICITANTE: Francisco Lima, brasileiro, solteiro,
empresário, portador do RG. nº 3.333.333-3 e do CPF nº 111.222.333-44,
residente e domiciliado à Av. Brasil, 123, nesta cidade.
2) OBJETIVO DO PARECER TÉCNICO: Determinação do valor venal do
imóvel.
3) IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO IMÓVEL: Imóvel cons-
tituído pela data de terras 01 da quadra 02 com área do terreno de 560,00
m2, tendo 290,00 m2 de área construída, com as divisas e confrontações
especificadas na matrícula sob nº 999 no 9º Registro de Imóveis, Localizado
à Av. São Paulo, 456 nesta cidade.
4) DESCRIÇÃO: Imóvel assobradado, com sala de estar, jantar, cozinha, escri-
tório com banheiro, lavabo, cozinha, despensa, área de serviço e estendal
no térreo e 4 suítes na parte superior e hall íntimo.
5) CONTEXTUALIZAÇÃO DO IMÓVEL NA VIZINHANÇA E
INFRAESTRUTURA DISPONÍVEL: Imóvel bem localizado, próximo a
restaurantes, escolas, comércio variado, supermercado 24 horas e posto
de combustível.
6) APROVEITAMENTO ECONÔMICO DO IMÓVEL: O imóvel apresenta
aproveitamento econômico satisfatório.
7) INDICAÇÃO DA METODOLOGIA UTILIZADA: Para a realização
do presente trabalho, foi utilizado o método comparativo de dados de
mercado.
8) VALOR RESULTANTE E SUA DATA DE REFERÊNCIA.
IMÓVEL AVALIANDO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: <http://www.i9artigos.com.br/>
AMOSTRA 01
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: <olx.com.br>
AMOSTRA 02
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: <imoveis.sempreantenados.com>
AMOSTRA 03
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: <http://projetosdecasasgratis.com.br/>
9) FORMAÇÃO DO VALOR:
VALORES HOMOGENEIZADOS:
ÁREA DO
VALOR TOTAL VALOR M2
TERRENO
Soma dos
R$ 2.257,13
valores
Média dos
R$ 752,37
valores
RESSALVAS
Trata-se de imóvel novo, bem conservado e de muita procura no mercado imobi-
liário. Em razão da oferta deste tipo de imóvel ser pequena, é preciso considerar
o valor encontrado e reavaliá-lo, razão pela qual declaro para o imóvel o valor de:
R$ 450.000,00 (quatrocentos e cinquenta mil reais)
10) IDENTIFICAÇÃO e BREVE CURRÍCULO
IMOBILIÁRIA BEM MORAR, pessoa jurídica de direito privado, devi-
damente inscrita no CNPJ sob nº 7.777.888.999/0001-22, com sede à
Rua Casa Branca, 55 nesta cidade.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A ideia que você tinha ao iniciar nossos estudos e a que tem agora mu-
dou, não é mesmo? A isso se dá o nome de evolução. Assista ao slide show:
<http://youtu.be/9LrIvVm1FMw>.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o término desta unidade, você pôde perceber que nós e nossos colegas
temos muito a aprender. Nossa missão não se acaba com esta disciplina, pelo
contrário, ela será a porta de entrada para o infinito universo da qualificação.
É muito gratificante executar um trabalho e assinar com segurança e orgulho
um trabalho bem realizado. Constatamos que, embora tenham muitos cursos à
disposição, os corretores não se atentaram para o fato de que todo o nosso tra-
balho gira em torno de uma fiel avaliação dos imóveis, e que a avaliação deve
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Considerações Finais
1. Pesquise na internet modelos de PTAM, veja os pontos positivos e negativos para
preparar bem o seu trabalho.
2. Tome um imóvel que você angariou, aplique as técnicas que você aprendeu e
veja se o valor está compatível ao de mercado.
3. Aprenda a utilizar as ferramentas disponíveis no seu computador para que o de-
senvolvimento de seu PTAM seja mais rápido e com qualidade.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Fonte:<http://www.editoraatlas.com.br/Atlas/webapp/detalhes_produto.aspx?prd_des_
ean13=9788522450787>. Acesso em: 24 ago. 2012.
Material Complementar
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CONCLUSÃO