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02 - Lei #4.269-2022
02 - Lei #4.269-2022
LEI Nº 4.269/2022
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Esta Lei consolida as Leis de criação de cargos (Quadro Permanente e Anexo I,
atribuições) e o Plano de Carreira dos Servidores Públicos Municipais ocupantes dos cargos de provimento
efetivo da Câmara Municipal de Vereadores de São Gabriel, RS, observando o que estabelece o Regime
Jurídico dos Servidores Públicos do Município de São Gabriel (lei 1.840/1991), e dá outras providências.
I. CARGO: o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor, criado por lei, com
denominação própria, em número definido e com retribuição padronizada, podendo ser de provimento
efetivo ou em comissão;
II. CATEGORIA FUNCIONAL: o agrupamento de cargos da mesma denominação com iguais atribuições,
constituídas de padrões;
III. CARREIRA: o conjunto de cargos de provimento efetivo para os quais os servidores poderão ascender
através das classes, mediante promoção;
IV. CLASSE: a graduação de retribuição pecuniária dentro da categoria funcional, contribuindo a linha de
promoção;
V. PADRÃO: o indicativo do valor do vencimento básico dos cargos e das funções gratificadas.
CAPÍTULO II
DAS CATEGORIAS FUNCIONAIS
Art. 8º Cada nível poderá conter cargos ou empregos de padrões diversos, não podendo,
entretanto, haver padrões idênticos em níveis diferentes.
Art. 9º Fica instituído o Quadro Permanente de provimento efetivo do Poder Legislativo, que é
estruturado com os seguintes cargos:
Parágrafo único. As atribuições dos cargos de provimento efetivo e dos empregos públicos são
parte integrante desta Lei sob a forma de Anexo I, somente podendo ser alteradas por lei.
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Art. 10. O código de identificação estabelecido para as classes de cargos e empregos do Quadro
Permanente tem a seguinte constituição:
PRIMEIRO ELEMENTO: indica o quadro;
SEGUNDO ELEMENTO: indica o nível;
TERCEIRO ELEMENTO: indica o padrão.
CAPÍTULO III
DA CRIAÇÃO E DAS ESPECIFICAÇÕES DOS CARGOS E EMPREGOS
Art. 11. Especificações de categorias funcionais, para efeitos desta Lei, é a diferenciação de cada
uma relativamente às atribuições, responsabilidades e dificuldades de trabalho, bem como às qualificações
exigíveis para o provimento dos cargos ou empregos públicos que a integram.
CAPÍTULO IV
DO RECRUTAMENTO
Art. 13. O recrutamento para os cargos efetivos, far-se-á para a classe inicial de cada categoria,
mediante concurso público, nos termos da legislação pertinente.
Art. 14. O servidor que por força de concurso for promovido em cargo de outra categoria funcional
será enquadrado na classe que possuía anteriormente seu tempo de serviço.
CAPÍTULO V
DO TREINAMENTO
Art. 15. A Administração da Câmara Municipal de Vereadores promoverá treinamento para seus
servidores sempre que se verificar a necessidade de melhor capacitá-los para desempenho de suas funções,
bem como para que seja posta em prática substituição de servidores em caso de emergência ou quaisquer
afastamentos do titular de cada cargo, com vistas a dinamizar a execução das atividades dos diversos setores e
prover substitutos naturais em casos de afastamento dos titulares.
Art. 16. O treinamento será interno quando desenvolvido com os recursos humanos e/ou
materiais da própria Câmara Municipal de Vereadores e, externo quando executado por entidade, órgãos
técnicos ou especializados de outras origens.
CAPÍTULO VI
DO APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL
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Seção I
Art. 18. O custeio se dará através de convênio com instituições que disponibilizem
Cursos de Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado e será integral.
Art. 19. Para ter direito ao benefício o servidor deverá requerê-lo junto ao Poder
Legislativo, indicando o Curso pretendido, o valor a ser custeado, o nome da instituição
educadora, o prazo de duração e os dias e horários que são ministradas as aulas. Sempre que
possível o requerimento será encaminhado com a anexação do folder descrevendo
minuciosamente o curso a ser analisado.
Art. 21. Após a matrícula o servidor deverá comprovar mensalmente sua presença
as aulas bem como após cada avaliação letiva deverá entregar cópia de sua avaliação. Caso o
servidor não tenha presença ou não mantenha média escolar poderá o Poder Legislativo
cancelar o convênio passando os custos a correrem por conta do servidor. Para ter direito ao
benefício o servidor deverá requerê-lo junto ao Poder Legislativo, indicando o Curso pretendido,
o valor a ser custeado, a instituição educadora, o prazo de duração e os dias e horários que são
ministradas as aulas.
Art. 22. Após efetuado o convênio com a instituição educadora, o Poder Legislativo
não poderá rescindir o mesmo no decorrer do curso, salvo o disposto no art. 15.
Art. 24. Em caso de desistência por parte do servidor no decorrer do curso este
reembolsará a quantia paga pelo Poder Legislativo atualizada monetariamente.
Art. 25. Após a conclusão do referido Curso o servidor será obrigado a manter-se vinculado ao
Poder Legislativo por 5 (cinco) anos para que o Órgão receberá a contrapartida laboral resultante do
investimento feito, sendo que a saída antes deste prazo implica em devolução parcial na proporção de 20% do
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investimento total feito por cada ano a menos que o servidor ficar a disposição do referido Órgão.
Seção II
DA PROGRESSÃO POR APERFEIÇOAMENTO
Art. 27. A progressão por aperfeiçoamento funcional dar-se-á através da mudança de sub-padrão,
dentro do padrão do cargo a que pertence o servidor.
§1º Cada padrão será desdobrado em 02 (dois) sub-padrões: 1 e 2.
Art. 28. Para o cálculo do valor dos sub-padrões dos padrões de 01 a 07, proceder-se-á da
seguinte forma:
-Sub-padrão 1 = VB + 5% (cinco por cento) sobre o padrão do cargo ou emprego;
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CAPÍTULO VII
DAS CLASSES
Art. 29. As classes constituem a linha de promoção dos servidores na categoria funcional.
Parágrafo único. As classes são designadas pelas letras A, B, C, D, E, F, G, H, I, J e K, sendo
esta última em final de carreira.
Art. 30. Todo cargo se situa, inicialmente, na classe “A”, e a ela retorna quando vago.
CAPÍTULO VIII
DA PROMOÇÃO
Art. 33. O tempo de exercício na classe imediatamente anterior, para fins de promoção por tempo
de serviço, para a seguinte será de:
I – Três anos para a classe “B”;
II – Três anos para a classe “C”;
III – Três anos para a classe “D”;
IV – Três anos para a classe “E”;
V – Três anos para a classe “F”;
VI – Três anos para a classe “G”;
VII – Três anos para a classe “H”;
VIII – Três anos para a classe “I”;
IX – Três anos para a classe “J”;
X – Três anos para a classe “K”.
Art. 35. Fica prejudicada a promoção por tempo de serviço, acarretando interrupção da contagem
do tempo de exercício para fins de promoção sempre que o servidor:
I – Somar duas penalidades de advertência no triênio, aplicadas após processo legal;
Art. 36. Sempre que ocorrer qualquer das hipóteses do artigo anterior iniciar-se-á nova contagem
para fins de tempo exigido para promoção por tempo de serviço.
Art. 38. A promoção terá vigência a partir do mês seguinte a aquele em que o servidor completar
o tempo de exercício exigido, sendo considerado promovido o servidor que vier a falecer sem que tenha sido
Art. 39. O merecimento para fins de promoção deverá ser avaliado por Comissão designada pelo
Presidente da Câmara Municipal de Vereadores, composta por três membros, sendo um o Diretor Administrativo
como membro nato, um servidor efetivo indicado pelo Presidente da Câmara Municipal de Vereadores e um
representante do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Gabriel, e na falta deste último, deverá
ser substituído por um servidor do quadro efetivo.
§ 1º A avaliação observará os critérios previstos no artigo trinta e quatro desta Lei, devendo a
Comissão quantificá-los de zero a dez cada item e, em separado, lançando as justificativas em relatório final que
entender necessária, com final encaminhamento à autoridade superior.
§ 2º Para efeitos de promoção por merecimento, o servidor que obtiver em qualquer item de
avaliação inferior a sete, somente retornará para nova avaliação depois de decorrido o prazo de três anos.
§ 3º O processo de avaliação ocorrerá por meio de apuração secreta entre os membros da
Comissão.
§ 4º O processo de avaliação será embasado em documentos que comprovem o merecimento ou
não do servidor, cabendo revisão da avaliação através de requerimento fundamentado do servidor, que tiver seu
merecimento negado, o qual deverá ser encaminhado ao Presidente do Poder Legislativo que encaminhará a
Comissão para nova análise.
CAPÍTULO IX
DO REGIME DE TRABALHO
Art. 40. A carga horária normal de trabalho das diversas categorias funcionais são aquelas
previstas no anexo I da presente Lei.
Art. 42. A alteração de regime normal de trabalho será por prazo determinado e, dependerá de
expressa vontade do servidor e de despacho favorável do Presidente da Câmara Municipal de Vereadores em
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ofício fundamentado do titular do setor em que estiver lotado o servidor, no qual fique demonstrada a real
necessidade ou disponibilidade do serviço.
CAPÍTULO X
DAS TABELAS DE PAGAMENTO
Art. 44. Os vencimentos básicos dos cargos do Quadro de Pessoal Efetivo serão obtidos através
da multiplicação dos coeficientes respectivos abaixo, pelo valor atribuído ao Padrão Referencial, fixado nesta Lei:
Art. 45. Os valores decorrentes da multiplicação do Coeficiente pelo valor do Padrão Referencial,
serão arredondados para unidade monetária seguinte.
Art. 46. Os proventos da aposentadoria serão revistos na mesma proporção e na mesma data,
sempre que se modificar a remuneração dos servidores estatutários em atividade, sendo também estendidos aos
inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente, concedidos aos servidores em atividade, inclusive
quando decorrer da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria.
Parágrafo único. Os servidores inativos e pensionistas terão seus proventos e pensões revistos
“ex-ofício”, segundo os mesmos critérios estabelecidos para o enquadramento dos servidores em atividade.
Art. 47. O valor do Padrão Referencial, para fins desta Lei, é fixado em R$2.925,02 (dois mil,
novecentos e vinte e cinco reais e dois centavos), (Resolução nº 5.654, de 26 de janeiro de 2022), o qual deverá
ser corrigido e/ou atualizado conforme legislação de reposição dos vencimentos.
Art. 48. Fica instituída como Data Base para a correção do Padrão Referencial o dia 1º de janeiro
de cada ano, ou a que o Poder Executivo Municipal instituir.
CAPÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 49. As despesas decorrentes desta Lei correrão por conta das dotações de pessoal do
orçamento, ficando a Câmara Municipal de Vereadores autorizada a abrir créditos suplementares necessários.
Art. 50. Entram em extinção dois cargos públicos de Servente, nível simples, que foram criados
pela Lei nº 2.444, de 24 de julho de 2.000.
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Parágrafo único. Os cargos ocupados serão extintos pela vacância, prevista no capítulo II, nos
artigos 35 a 38 da Lei 1.840/1991.
Art. 51. Ficam assegurados aos Servidores Efetivos, inclusive aos ocupantes dos cargos em
extinção, todos os direitos, garantias e vantagens funcionais previstas na legislação pertinente e Lei Nº 1.840/91.
Art. 52. Ficam revogadas as Leis: nº 2.444, de 24 de julho de 2000, nº 2.771, de 29 de março de
2004, nº 3.132, de 17 novembro de 2008, nº 3.091, de 10 de abril de 2008, nº 3.135, de 15 de dezembro de
2008, nº 3.147, de 12 de janeiro de 2009, nº 3.381, de 01 de julho de 2011, nº 3.744, de 30 de março de 2016, nº
4.117, de 29 de julho de 2020, nº 4.192, de 01 de julho de 2021, nº 4.216, de 18 de janeiro de 2022 e
disposições em contrário.
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