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L C LINGUAGENS

E CÓDIGOS

C H C N
CIÊNCIAS CIÊNCIAS DA
HUMANAS NATUREZA

M T MATEMÁTICA

R.P.A. - UNESP
Revisão Programada Anual
CARO ALUNO

Desde 2010, o Hexag Medicina é referência na preparação pré-vestibular de candidatos à carreira de


Medicina. Você está recebendo o livro Unesp (questões objetivas) – R.P.A. (Revisão Programada Anual). Este ma-
terial tem o objetivo de verificar se você apreendeu os conteúdos estudados, oferecendo uma seleção de questões
ideais para exercitar sua memória.
Aproveite para aprimorar seus conhecimentos.

Bons estudos!

Herlan Fellini
SUMÁRIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
GRAMÁTICA 7
INTERPRETAÇÃO 19
LITERATURA 27
INGLÊS 39
REDAÇÃO 45

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS


HISTÓRIA GERAL 53
HISTÓRIA DO BRASIL 63
FILOSOFIA 77
SOCIOLOGIA 85
GEOGRAFIA 1 93
GEOGRAFIA 2 107

CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS


BIOLOGIA 1 121
BIOLOGIA 2 133
BIOLOGIA 3 143
FÍSICA 1 155
FÍSICA 2 165
FÍSICA 3 174
QUÍMICA 1 187
QUÍMICA 2 195
QUÍMICA 3 203

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS


MATEMÁTICA 1 215
MATEMÁTICA 2 225
MATEMÁTICA 3 233
L C LINGUAGENS, CÓDIGOS
e suas tecnologias
ENTRE LETRAS
UNESP - Interpretação,
Literatura, e Gramática
Interpretação de Texto 48%
Literatura 24%
Gramática 21%
Estilística
Outros 1%

UNESP - Inglês
Text Comprehension 66%
Vocabulary 11%
Verbs 9%
Conjunction 7%
Adjectives and Pronouns 4%
Outros 4%
GRÁMATICA

Prescrição: A prova de Gramática do vestibular da Unesp é bastante ampla, exigindo conhecimentos


de áreas muito variadas da disciplina. O destaque fica por conta dos estudos que promovem trânsitos
entre a sintaxe do período simples e a do período composto, que, nos últimos anos, têm dado origem
a questões de maior nível de complexidade.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Unesp 2018) Leia o soneto “Nasce o Sol, e omissão. Por uma omissão perde-se um avi-
não dura mais que um dia”, do poeta Gregó- so, por um aviso perde-se uma ocasião, por
rio de Matos (1636-1696). uma ocasião perde-se um negócio, por um
negócio perde-se um reino: dai conta a Deus
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
de tantas casas, dai conta a Deus de tantas
Depois da Luz se segue a noite escura,
vidas, dai conta a Deus de tantas fazendas1,
Em tristes sombras morre a formosura,
dai conta a Deus de tantas honras, por uma
Em contínuas tristezas a alegria.
omissão. Oh que arriscada salvação! Oh que
Porém, se acaba o Sol, por que nascia? arriscado ofício é o dos príncipes e o dos
Se é tão formosa a Luz, por que não dura? ministros! Está o príncipe, está o ministro
Como a beleza assim se transfigura? divertido, sem fazer má obra, sem dizer má
Como o gosto da pena assim se fia? palavra, sem ter mau nem bom pensamento:
e talvez naquela mesma hora, por culpa de
Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza, uma omissão, está cometendo maiores da-
Na formosura não se dê constância, nos, maiores estragos, maiores destruições,
E na alegria sinta-se tristeza. que todos os malfeitores do mundo em mui-
Começa o mundo enfim pela ignorância, tos anos. O salteador na charneca com um
E tem qualquer dos bens por natureza tiro mata um homem; o príncipe e o minis-
A firmeza somente na inconstância. tro com uma omissão matam de um golpe
(Poemas escolhidos, 2010.) uma monarquia. A omissão é o pecado que
com mais facilidade se comete e com mais
Em “Nasce o Sol, e não dura mais que um dificuldade se conhece; e o que facilmente
dia,” (1ª estrofe), a conjunção aditiva “e” se comete e dificultosamente se conhece, ra-
assume valor: ramente se emenda. A omissão é um pecado
a) causal. que se faz não fazendo. [...]
b) alternativo. Mas por que se perdem tantos? Os menos
c) conclusivo. maus perdem-se pelo que fazem, que estes
d) adversativo. são os menos maus; os piores perdem-se
e) explicativo. pelo que deixam de fazer, que estes são os
piores: por omissões, por negligências, por
2. (Unesp) Leia o excerto do “Sermão da Pri- descuidos, por desatenções, por divertimen-
meira Dominga do Advento”, de Antônio tos, por vagares, por dilações, por eternida-
Vieira (1608-1697), pregado na Capela Real, des. Eis aqui um pecado de que não fazem
em Lisboa, no ano de 1650. escrúpulo os ministros, e um pecado por que
se perdem muitos. Mas percam-se eles em-
Sabei cristãos, sabei príncipes, sabei minis- bora, já que assim o querem: o mal é que se
tros, que se vos há de pedir estreita conta do perdem a si e perdem a todos; mas de todos
que fizestes; mas muito mais estreita do que hão de dar conta a Deus. Uma das cousas de
deixastes de fazer. Pelo que fizeram, se hão que se devem acusar e fazer grande escrú-
de condenar muitos, pelo que não fizeram, pulo os ministros, é dos pecados do tempo.
todos. [...] Porque fizeram o mês que vem o que se havia
Desçamos a exemplos mais públicos. Por uma de fazer o passado; porque fizeram amanhã
omissão perde-se uma maré, por uma maré o que se havia de fazer hoje; porque fizeram
perde-se uma viagem, por uma viagem per- depois o que se havia de fazer agora; por-
de-se uma armada, por uma armada perde- que fizeram logo o que se havia de fazer já.
-se um Estado: dai conta a Deus de uma Ín- Tão delicadas como isto hão de ser as cons-
dia, dai conta a Deus de um Brasil, por uma ciências dos que governam, em matérias de

7
momentos. O ministro que não faz grande não se entusiasmava com a bola nos pés.
escrúpulo de momentos não anda em bom Atirava-se, não temia a violência e com a sua
estado: a fazenda pode-se restituir; a fama, agilidade espantosa, fugia das entradas, dos
ainda que mal, também se restitui; o tempo pontapés. Quando aquele back1, num jogo de
não tem restituição alguma. subúrbio, atirou-se contra ele, recuou para
(Essencial, 2013. Adaptado.) derrubá-lo, e com tamanha sorte que o bruto
se estendeu no chão, como um fardo. E foi
1
fazenda: conjunto de bens, de haveres. assim crescendo a sua fama. Aos poucos se
Tendo em vista o gênero literário em que se foi adaptando ao novo Joca que se formara
enquadra o texto e os recursos expressivos nos campos do Rio. Dormia no clube,
nele presentes, o verbo que melhor expressa mas a sua vida era cada vez mais agitada.
sua finalidade é: Onde quer que estivesse, era reconhecido e
a) reverenciar. aplaudido. Os garçons não queriam cobrar
b) persuadir. as despesas que ele fazia e até mesmo nos
c) celebrar. ônibus, quando ia descer, o motorista lhe
d) alegrar. dizia sempre:
e) ludibriar. — Joca, você aqui não paga.
Quando entrava no cinema era reconhecido.
3. (Unesp) Leia a fábula “O morcego e as do- Vinham logo meninos para perto dele. Sabia
ninhas”, do escritor grego Esopo (620 a.C.?- que agradava muito. No clube tinha amigos.
564 a.C.?). Havia porém o antigo center-forward2 que
se sentiu roubado com a sua chegada. Não
Um morcego caiu no chão e foi capturado tinha razão. Ele fora chamado. Não se ofe-
por uma doninha1. Como seria morto, rogou recera. E o homem se enfureceu com Joca.
à doninha que poupasse sua vida. Era um jogador de fama, que fora grande
— Não posso soltá-lo – respondeu a doninha nos campos da Europa e por isso pouco liga-
–, pois sou, por natureza, inimiga de todos va aos que não tinham o seu cartaz. A en-
os pássaros. trada de Joca, o sucesso rápido, a maravilha
— Não sou um pássaro – alegou o morcego. de agilidade e de oportunismo, que carac-
— Sou um rato. terizava o jogo do novato, irritava-o até ao
E assim ele conseguiu escapar. Mais tarde, ódio. No dia em que tivera que ceder a po-
ao cair de novo e ser capturado por outra sição, a um menino do Cabo Frio, fora para
doninha, ele suplicou a esta que não o devo- ele como se tivesse perdido as duas pernas.
rasse. Como a doninha lhe disse que odiava Viram-no chorando, e por isso concentrou
todos os ratos, ele afirmou que não era um em Joca toda a sua raiva. No entanto, Joca
rato, mas um morcego. E de novo conseguiu sempre o procurava. Tinha sido a sua admi-
escapar. Foi assim que, por duas vezes, lhe ração, o seu herói.
bastou mudar de nome para ter a vida salva. (Água-Mãe, 1974.)
(Fábulas, 2013.)
1
1
Beque, ou seja, o zagueiro de hoje.
doninha: pequeno mamífero carnívoro, de 2
Centroavante.
corpo longo e esguio e de patas curtas (tam-
bém conhecido como furão). ”Quando entrava no cinema era reconhecido.”
“Como seria morto, rogou à doninha que A língua portuguesa aceita muitas variações
poupasse sua vida.” (1º parágrafo) na ordem dos termos na oração e no período,
desde que não causem a desestruturação sin-
Em relação à oração que a sucede, a oração tática e a perturbação ou quebra do sentido.
destacada tem sentido de:
a) proporção. Assinale a alternativa em que a reordena-
b) comparação. ção dos elementos não altera a estrutura do
c) consequência. período em destaque e mantém o mesmo
d) causa. sentido.
e) finalidade. a) Quando era no reconhecido cinema entrava.
b) Era reconhecido quando entrava no cinema.
4. (Unesp) A questão focaliza uma passagem c) Entrava quando no cinema era reconhecido.
do romance Água-Mãe, de José Lins do Rego d) Quando era reconhecido entrava no cinema.
(1901-1957). e) Entrava reconhecido quando era no cinema.

ÁGUA-MÃE
5. (Unesp) A questão toma por base uma pas-
Jogava com toda a alma, não podia sagem do artigo “Os operários da música li-
compreender como um jogador se encostava, vre”, de Ronaldo Evangelista.

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Desde o final do século 20, toda a engre- interesse (e maximizará a produção), a op-
nagem industrial do mercado musical passa ção normalmente costuma ser pela solução
por intensas transformações, como o surgi- mais simples.
mento e disseminação de novas tecnologias,
O período em destaque apresenta muitos
em grande parte gratuitas, como os arqui-
ecos (coincidências de sons de finais de pa-
vos MP3s, as redes de compartilhamento
lavras). Uma das formas de evitá-los e tor-
destes arquivos, mecanismos torrents, sites
nar a sequência mais fluente seria colocar
de armazenamento de conteúdo, ferramen-
“conduzir”, “tal”, “quantidade produzida”
tas de publicação on-line – tudo à dispo-
em lugar de, respectivamente:
sição de quem quisesse dividir com os ou-
a) direcionar, esse, produção.
tros suas canções e discos favoritos. A era
b) decifrar, esse, solução.
pós-industrial atingiu toda a indústria do
c) direcionar, interesse, produção.
entretenimento, mas o braço da música foi
d) conseguiram, que, opção.
quem mais sofreu, especialmente as gran-
des gravadoras multinacionais, as chama- e) decifrar, interesse, maximizará.
das majors, que sofreram um declínio em
todas as etapas de seu antigo negócio, ao
mesmo tempo em que rapidamente se aper- RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
feiçoavam ferramentas baratas e caseiras
de produção que diminuíam a distância en- 1. A conjunção coordenativa “e”, normalmente
tre amadores e profissionais. aplicada com noção de adição, pode apre-
A era digital é também chamada de pós- sentar-se com sentido adversativo quando
-industrial porque confronta o modelo de exprime oposição ou contraste, podendo ser
produção que dominava até o final do sécu- substituída por “mas“, “porém“, “todavia“,
lo 20. Esse modelo industrial é baseado na “contudo“ e “entretanto“, como acontece no
repetição, em formatar e embalar. Por trás verso do enunciado.
disso, a ideia é obter a máxima produção
2. Trata-se de um texto argumentativo, portan-
– o que, para produtos em geral, funciona
to, pretende convencer o leitor. No caso es-
muito bem. Quando esses parâmetros são
pecífico, tenta persuadir os governantes para
aplicados à arte, a venda do produto (por
que estes abandonem uma postura omissa e
exemplo, o disco) depende do conteúdo (a
partam para a ação.
canção). A canção que vai resultar nessa
“produção máxima” é buscada por meio de 3. A conjunção subordinativa adverbial causal
um equilíbrio entre criatividade e uma fór- “como” determina a noção de causa à oração
mula de sucesso que desperte o interesse do seguinte. Outras conjunções do mesmo tipo
público. Como estudos ainda não consegui- que poderiam ser usadas no lugar de “como”
ram decifrar como direcionar a criatividade sem perda do sentido são: “visto que“, “já
de uma maneira que certamente despertará que“ e “uma vez que“.
esse interesse (e maximizará a produção), a
4. [A] Incorreta. A preposição “em“ + artigo
opção normalmente costuma ser pela solu-
“o“ (no), como também o verbo no final da
ção mais simples.
oração (entrava), deixam-na completamente
“Cada um tem descoberto suas fórmulas e
sem sentido.
possibilidades, pois tudo tende a ser cada
[B] Correta. Verbo “ser“ + particípio + ad-
vez menos homogêneo”, opina o baia-
no Lucas Santtana, que realizou seus dis- vérbio + complementos, mantendo o sentido
cos recentes às próprias custas.“Claro que e a ordem dos fatos.
ainda existe uma distância em relação aos [C] Incorreta. O verbo no início da oração
artistas chamados mainstream”, continua. (entrava) dá a ideia de que o jogador entra-
“Mas você muda o tamanho da escala e já va em algum lugar, quando no cinema era re-
está tudo igual em termos de business. A conhecido por alguém, o que altera o sentido
pergunta é se essa geração faz uma músi- original da oração.
ca para esse grande mercado ou se ela está [D] Incorreta. O adjunto adverbial de tempo
formando um novo público. Outra pergunta “quando“, no início da oração, + verbo de
é se o grande mercado na verdade não passa ligação + verbo no particípio passam a ideia
de uma imposição de uma máfia que dita o de que o jogador entrava no cinema quando
que vai ser popular.” era reconhecido por alguém, alterando, as-
(Galileu, março de 2013. Adaptado.)
sim, o sentido original da oração.
[E] Incorreta. Os dois verbos juntos (“en-
Como estudos ainda não conseguiram deci- trava“ e “reconhecido“), no início da ora-
frar como direcionar a criatividade de uma ção, deixam a oração completamente sem
maneira que certamente despertará esse sentido.

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5. [A] Correta. Substituindo para conferir:
Como estudos ainda não conseguiram deci-
frar como conduzir a criatividade de uma
maneira que certamente despertará tal in-
teresse (e maximizará a quantidade produ-
zida). Com estas substituições, evitam-se os
ecos desnecessários e que contrariam o pa-
drão culto da língua.
[B] Substituindo conforme o pedido: Como
estudos ainda não conseguiram conduzir
como direcionar a criatividade de uma ma-
neira que certamente despertará tal inte-
resse (e maximizará a produção), a opção
normalmente costuma ser pela quantidade
produzida mais simples. Houve indesejável
alteração de sentido, dando a ideia de “sim-
plicidade” inadequada à questão.
[C] Como estudos ainda não conseguiram de-
cifrar como conduzir a criatividade de uma
maneira certamente despertará esse tal (e
maximizará a quantidade produzida), a op-
ção normalmente costuma ser pela solução
mais simples. A oração ficou com o sentido
cortado e incompleto pelo termo tal.
[D] Como estudos ainda não conduzir deci-
frar como direcionar a criatividade de uma
maneira tal certamente despertará esse in-
teresse (e maximizará a produção), a quan-
tidade produzida normalmente costuma ser
pela solução mais simples. Oração ficou com-
pletamente sem sentido com as substitui-
ções indicadas.
[E] Como estudos ainda não conseguiram
como conduzir direcionar a criatividade de
uma maneira que certamente despertará
esse tal (e a quantidade produzida a produ-
ção), a opção normalmente costuma ser pela
solução mais simples. Oração ficou comple-
tamente sem sentido com as substituições
indicadas.

GABARITO
1. D 2. B 3. D 4. B 5. A

10
PRÁTICA DOS CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Unesp) A questão toma por base dois tre- como as coisas funcionam. Assim como des-
chos de um artigo de Alexandre Oliva sobre a montam um brinquedo para ver suas entra-
importância do uso de software na educação. nhas, poderiam querer entender o software
que utilizam na escola. Mas se uma criança
Software Livre, isto é, software que respei-
pedir ao professor, mesmo o de informática,
ta as liberdades dos usuários de executar o
que lhe ensine como funciona um determi-
software para qualquer propósito, de estudar
nado programa privativo, o professor só po-
o código fonte do software e adaptá-lo para
derá confessar que é um segredo guardado
que faça o que o usuário deseje, de fazer e
pelo fornecedor do software, que a escola
distribuir cópias do software, e de melhorá-
aceitou não poder ensinar ao aluno. Limites
-lo e distribuir as melhorias, permite que
artificiais ao que os alunos poderão almejar
pessoas usem computadores sem abrir mão
descobrir ou aprender são a antítese da edu-
de serem livres e independentes, sem acei-
cação, e a escolha de modelos de negócio de
tar condições que os impeçam de obter ou
software baseados numa suposta necessida-
criar conhecimento desejado.
de de privação e controle desse conhecimen-
Software que priva o usuário de qualquer
to não deve ser incentivada por ninguém,
dessas liberdades não é Livre, é privativo, e
muito menos pelo setor educacional.
mantém usuários divididos, dependentes e
(Alexandre Oliva. Software privativo é falta de
impotentes. Não é uma questão técnica, não educação. http://revista.espiritolivre.org)
tem nada a ver com preço nem com a tare-
fa prática desempenhada pelo software. Um [...] cerceia a curiosidade e a criatividade do
mesmo programa de computador pode ser educando.
Livre para alguns usuários e não-Livre para
A forma verbal cerceia, nesta frase do último
outros, e tanto os Livres quanto os privativos
parágrafo, significa:
podem ser grátis ou não. Mas além do conhe-
a) contamina.
cimento que foram projetados para transmi-
b) reforça.
tir, um deles ensinará liberdade, enquanto o
c) restringe.
outro ensinará servidão.
d) cerca.
[...]
e) estimula.
Se o usuário depender de permissão do
desenvolvedor do software para instalá-lo
ou utilizá-lo num computador qualquer, o 2. (Unesp) A questão toma por base um frag-
desenvolvedor que decida negá-la, ou exija mento de “Glória moribunda“, do poeta
contrapartida para permiti-la, efetivamen- romântico brasileiro Álvares de Azevedo
te terá controle sobre o usuário. Pior ain- (1831-1852).
da se o software armazenar informação do É uma visão medonha uma caveira?
usuário de maneira secreta, que somente o Não tremas de pavor, ergue-a do lodo.
fornecedor do software saiba decodificar: Foi a cabeça ardente de um poeta,
ou o usuário paga o resgate imposto pelo Outrora à sombra dos cabelos loiros.
fornecedor, ou perde o próprio conhecimen- Quando o reflexo do viver fogoso
to que confiou ao seu controle. Seja qual for Ali dentro animava o pensamento,
a escolha, restarão menos recursos para uti- Esta fronte era bela. Aqui nas faces
lizar na educação. Formosa palidez cobria o rosto;
Ter acesso negado ao código fonte do progra- Nessas órbitas – ocas, denegridas! –
ma impede o educando de aprender como o Como era puro seu olhar sombrio!
software funciona. Pode parecer pouco, para
Agora tudo é cinza. Resta apenas
alguém já acostumado com essa prática que
A caveira que a alma em si guardava,
pretende também controlar e, por vezes, en-
Como a concha no mar encerra a pérola,
ganar o usuário: de posse do código fonte,
Como a caçoula a mirra incandescente.
qualquer interessado poderia perceber e evi-
tar comportamento indesejável, inadequado Tu outrora talvez desses-lhe um beijo;
ou incorreto do software. Através dessa im- Por que repugnas levantá-la agora?
posição de impotência, o fornecedor cria um Olha-a comigo! Que espaçosa fronte!
monopólio sobre eventuais adaptações ao Quanta vida ali dentro fermentava,
software: só poderão ser desenvolvidas sob Como a seiva nos ramos do arvoredo!
seu controle. Pior ainda: cerceia a curiosi- E a sede em fogo das ideias vivas
dade e a criatividade do educando. Crian- Onde está? onde foi? Essa alma errante
ças têm uma curiosidade natural para saber Que um dia no viver passou cantando,

11
Como canta na treva um vagabundo, Quanto à primeira pergunta, é evidente que
Perdeu-se acaso no sombrio vento, deve ter uma resposta negativa. Nenhum
Como noturna lâmpada apagou-se? poema é necessariamente um bom poema;
E a centelha da vida, o eletrismo nenhum texto é necessariamente um bom
Que as fibras tremulantes agitava poema; logo, nenhuma letra é necessaria-
Morreu para animar futuras vidas? mente um bom poema. Mas talvez o que se
deva perguntar é se uma boa letra é neces-
Sorris? eu sou um louco. As utopias,
sariamente um bom poema. Ora, também a
Os sonhos da ciência nada valem.
essa pergunta a resposta é negativa. Quem
A vida é um escárnio sem sentido,
já não teve a experiência, em relação a uma
Comédia infame que ensanguenta o lodo.
letra de canção, de se emocionar com ela
Há talvez um segredo que ela esconde;
ao escutá-la cantada e depois considerá-la
Mas esse a morte o sabe e o não revela.
insípida, ao lê-la no papel, sem acompa-
Os túmulos são mudos como o vácuo.
nhamento musical? Não é difícil entender
Desde a primeira dor sobre um cadáver,
a razão disso.
Quando a primeira mãe entre soluços
Um poema é um objeto autotélico, isto é, ele
Do filho morto os membros apertava
tem o seu fim em si próprio. Quando o jul-
Ao ofegante seio, o peito humano
gamos bom ou ruim, estamos a considerá-lo
Caiu tremendo interrogando o túmulo...
independentemente do fato de que, além de
E a terra sepulcral não respondia.
ser um poema, ele tenha qualquer utilidade.
(Poesias completas, 1962.)
O poema se realiza quando é lido: e ele pode
Mas esse a morte o sabe e o não revela. ser lido em voz baixa, interna, aural.
Já uma letra de canção é heterotélica, isto
Nas duas orações que constituem este verso, é, ela não tem o seu fim em si própria. Para
os termos em destaque apresentam o mesmo que a julguemos boa, é necessário e suficien-
referente, a saber: te que ela contribua para que a obra lítero-
a) vácuo. -musical de que faz parte seja boa. Em ou-
b) escárnio. tras palavras, se uma letra de canção servir
c) lodo. para fazer uma boa canção, ela é boa, ainda
d) cadáver. que seja ilegível. E a letra pode ser ilegível
e) segredo. porque, para se estruturar, para adquirir de-
terminado colorido, para ter os sons ou as
3. (Unesp) A questão toma por base um frag- palavras certas enfatizadas, ela depende da
mento da crônica ”Letra de canção e poesia”, melodia, da harmonia, do ritmo, do tom da
de Antonio Cicero. música à qual se encontra associada.
Como escrevo poemas e letras de canções, (Folha de S.Paulo, 16.06.2007.)
frequentemente perguntam-me se acho que
Para que a julguemos boa, é necessário e su-
as letras de canções são poemas. A expressão
ficiente que ela contribua para que a obra
“letra de canção” já indica de que modo essa
lítero-musical de que faz parte seja boa.
questão deve ser entendida, pois a palavra
“letra” remete à escrita. O que se quer saber No período em destaque, a oração Para que
é se a letra, separada da canção, constitui a julguemos boa indica, em relação à oração
um poema escrito. principal:
“Letra de canção é poema?” Essa formulação a) comparação.
é inadequada. Desde que as vanguardas mos- b) concessão.
traram que não se pode determinar a prio- c) finalidade.
ri quais são as formas lícitas para a poesia, d) tempo.
qualquer coisa pode ser um poema. Se um e) proporção.
poeta escreve letras soltas na página e diz
que é um poema, quem provará o contrário? 4. (Unesp) A questão toma por base uma pas-
Neste ponto, parece-me inevitável introdu- sagem de um livro de José Ribeiro sobre o
zir um juízo de valor. A verdadeira ques- folclore nacional.
tão parece ser se uma letra de canção é um
CURUPIRA
bom poema. Entretanto, mesmo esta últi-
ma pergunta ainda não é suficientemen- Na teogonia* tupi, o anhangá, gênio andan-
te precisa, pois pode estar a indagar duas te, espírito andejo ou vagabundo, destinava-
coisas distintas: 1) Se uma letra de canção -se a proteger a caça do campo. Era imagi-
é necessariamente um bom poema; e 2) Se nado, segundo a tradição colhida pelo Dr.
uma letra de canção é possivelmente um Couto de Magalhães, sob a figura de um vea-
bom poema. do branco, com olhos de fogo.

12
Todo aquele que perseguisse um animal que Todo aquele que perseguisse um animal que
estivesse amamentando corria o risco de ver estivesse amamentando corria o risco de ver
Anhangá e a visão determinava logo a febre Anhangá [...].
e, às vezes, a loucura. O caapora é o mesmo
Se a frase apresentada for reescrita trocan-
tipo mítico encontrado nas regiões central e
do-se perseguisse, que está no pretérito im-
meridional e aí representado por um homem
perfeito do modo subjuntivo, por perseguir,
enorme coberto de pelos negros por todo o
futuro do mesmo modo, as formas estivesse
rosto e por todo o corpo, ao qual se confiou
e corria assumirão, por correlação de modos
a proteção da caça do mato. Tristonho e taci-
e tempos, as seguintes flexões:
turno, anda sempre montado em um porco de
a) estiver e correu.
grandes dimensões, dando de quando em vez
b) estaria e correria.
um grito para impelir a vara. Quem o encon-
c) estará e corria.
tra adquire logo a certeza de ficar infeliz e de
d) esteja e correra.
ser mal sucedido em tudo que intentar. Dele
e) estiver e correrá.
se originaram as expressões portuguesas cai-
pora e caiporismo, como sinônimo de má sor-
te, infelicidade, desdita nos negócios. Bilac Leia uma reportagem de Antônio Gois, pu-
assim o descreve: “Companheiro do curupira, blicada em 03.02.2012 pelo jornal Folha de
ou sua duplicata, é o Caapora, ora gigante, ora S.Paulo, para responder às questões 5 a 7.
anão, montado num caititu, e cavalgando à Laptop de aluno de
frente de varas de porcos do mato, fumando escola pública tem problemas
cachimbo ou cigarro, pedindo fogo aos viajo-
res; à frente dele voam os vaga-lumes, seus Estudo feito pela UFRJ para o governo fede-
batedores, alumiando o caminho”. ral mostra que o programa UCA (Um Com-
Ambos representam um só mito com diferen- putador por Aluno), implementado em 2010
te configuração e a mesma identidade com o em seis municípios, esbarrou em problemas
curupira e o jurupari, numes que guardam de coordenação, capacitação de professores e
a floresta. Todos convergem mais ou menos adequação de infraestrutura.
para o mesmo fim, sendo que o curupira é O programa piloto do MEC forneceu 150
representado na região setentrional por um mil laptops de baixo custo a professores e
“pequeno tapuio” com os pés voltados para alunos de cerca de 300 escolas públicas. Às
trás e sem os orifícios necessários para as cidades foram prometidas infraestrutura
secreções indispensáveis à vida, pelo que a para acesso à internet e capacitação de ges-
gente do Pará diz que ele é músico. O Curu- tores e professores.
pira ou Currupira, como é chamado no sul, Uma das conclusões do estudo foi que a
aliás erroneamente, figura em uma infinida- infraestrutura de rede foi inadequada. Em
de de lendas tanto no norte como no sul do cinco cidades, os avaliadores identificaram
Brasil. No Pará, quando se viaja pelos rios e se que os sinais de internet eram fracos e ins-
ouve alguma pancada longínqua no meio dos táveis tanto nas escolas quanto nas casas e
bosques, “os romeiros dizem que é o Curupi- locais públicos.
ra que está batendo nas sapupemas, a ver se A pesquisa mostra que os professores se mos-
as árvores estão suficientemente fortes para travam entusiasmados no início, mas, um
sofrerem a ação de alguma tempestade que ano depois, 70% relataram não ter contado
está próxima. A função do Curupira é prote- com apoio para resolver problemas técnicos
ger as florestas. Todo aquele que derriba, ou e 42% disseram usar raramente ou nunca os
por qualquer modo estraga inutilmente as laptops em tarefas pedagógicas.
árvores, é punido por ele com a pena de er- Em algumas cidades, os equipamentos que
rar tempos imensos pelos bosques, sem poder davam defeito ficaram guardados por falta
atinar com o caminho de casa, ou meio algum de técnicos que soubessem consertá-los.
de chegar até os seus”. Como se vê, qualquer Além disso, um quinto dos docentes ainda
desses tipos é a manifestação de um só mito não havia recebido capacitação, e as escolas
em regiões e circunstâncias diferentes. não tinham incorporado o programa em seus
(O Brasil no folclore, 1970.) projetos pedagógicos.
Um dos pontos positivos foi que os alunos
(*) Teogonia, s.f.: 1. Filos. Doutrina místi- passaram a ter mais domínio de informática.
ca relativa ao nascimento dos deuses, e que O programa foi mais eficiente quando as es-
frequentemente se relaciona com a forma- colas que permitiram levar o laptop para casa.
ção do mundo. 2. Conjunto de divindades Foram avaliadas Barra dos Coqueiros (SE),
cujo culto forma o sistema religioso dum Santa Cecília do Pavão (PR), São João da
povo politeísta. Ponta (PA), Terenos (MS) e Tiradentes (MG).
(Dicionário Aurélio Eletrônico – Século XXI) Os autores do estudo não deram entrevista.

13
5. (Unesp) [...] o programa UCA (Um Computa- Assim como numa família de atletas um
dor por Aluno), implementado em 2010 em garoto deve encontrar certa resistência ao
seis municípios, esbarrou em problemas de começar a fumar, fui motivo de piada entre
coordenação, capacitação de professores e alguns parentes – quase todos intelectuais
adequação de infraestrutura. – quando souberam que eu estava correndo.
Observe as seguintes tentativas de substituir “O esporte é bom pra gente”, disse minha
esbarrou em nesta passagem. avó, num almoço de domingo. “Fortalece o
I. foi de encontro a corpo e emburrece a mente.”
II. defrontou-se com Hoje, dez anos depois daquele almoço, tenho
III.resolveu certeza de que ela estava certa. O esporte
IV. eliminou emburrece a mente e o mais emburrecedor
de todos os esportes inventados pelo homem
As substituições que não alteram substancial-
é, sem sombra de dúvida, a corrida – por isso
mente o sentido da frase estão contidas em:
que eu gosto tanto.
a) I e II.
Antes que o primeiro corredor indignado
b) I e III.
atire um tênis em minha direção (número
c) II e III.
42, pisada pronada, por favor), explicome.
d) I, II e IV.
É claro que o esporte é fundamental em
e) II, III e IV.
nossa formação. Não entendo lhufas de
pedagogia ou pediatria, mas imagino que
6. (Unesp) O programa foi mais eficiente quan- jogos e exercícios ajudem a formar a co-
do as escolas que permitiram levar o laptop ordenação motora, a percepção espacial, a
para casa. lógica e os reflexos e ainda tragam mais
Assinale a alternativa que indica a falha de outras tantas benesses ao conjunto psico-
revisão verificada na passagem destacada. -moto-neuro-blá-blá-blá. Quando falo em
a) O jornalista deveria ter usado o termo mais emburrecer, refiro-me ao delicioso mo-
adequado: notebook. mento do exercício, àquela hora em que
b) Seria muito mais claro empregar computador você se esquece da infiltração no teto do
em vez de laptop. banheiro, do enrosco na planilha do Al-
c) A palavra que deveria ter sido eliminada, meidinha, da extração do siso na próxima
porque não tem função na frase. semana, do pé na bunda que levou da Ma-
d) Deveria haver ponto após escolas. rilu, do frio que entra pela fresta da janela
e) Deveria ter sido colocada uma vírgula depois e do aquecimento global que pode acabar
da palavra permitiram. com tudo de uma vez. Você começa a cor-
rer e, naqueles 30, 40, 90 ou 180 minutos,
7. (Unesp) Uma das conclusões do estudo foi todo esse fantástico computador que é o
que a infraestrutura de rede foi inadequada. nosso cérebro, capaz de levar o homem à
Examine as quatro possibilidades de reescre- Lua, compor músicas e dividir um átomo,
ver a frase destacada para evitar a repetição volta-se para uma única e simplíssima fun-
desnecessária da forma verbal ”foi”. ção: perna esquerda, perna direita, perna
I. Uma das conclusões do estudo aponta que esquerda, perna direita, inspira, expira,
a infraestrutura de rede foi inadequada. inspira, expira, um, dois, um, dois.
II. Uma das conclusões do estudo foi a ina- A consciência é, de certa forma, um tormen-
dequação da estrutura de rede. to. Penso, logo existo. Existo, logo me inco-
III.A estrutura de rede foi inadequada, con- modo. A gravidade nos pesa sobre os ombros.
forme uma das conclusões do estudo. Os anos agarram-se à nossa pele. A morte
IV. Uma das conclusões do estudo foi que a nos espreita adiante e quando uma voz femi-
infraestrutura de rede foi considerada nina e desconhecida surge em nosso celular,
inadequada. não costuma ser a última da capa da Playboy,
As frases que evitam a repetição da forma perguntando se temos programa para sába-
verbal foi estão contidas apenas em: do, mas a mocinha do cartão de crédito avi-
a) I e II. sando que a conta do cartão “encontra-se em
b) I e III. aberto há 14 dias” e querendo saber se “há
c) II e III. previsão de pagamento”.
d) I, II e III. Quando estamos correndo, não há previsão
e) II, III e IV. de pagamento. Não há previsão de nada por-
que passado e futuro foram anulados. Somos
uma simples máquina presa ao presente.
8. (Unesp) PENSAR EM NADA
Somos reduzidos à biologia. Uma válvula
A maravilha da corrida: basta colocar um pé bombando no meio do peito, uns músculos
na frente do outro. contraindo-se e expandindo-se nas pernas,

14
um ou outro neurônio atento aos carros, bu- um prato de deliciosas cerejas que haviam
racos e cocôs de cachorro. sido “umedecidas e roladas entre os maxila-
Poder, glória, dinheiro, mulheres, as tragé- res imundos e, talvez, ulcerados de um mas-
dias gregas, tá bom, podem ser coisas boas, cate de Saint Giles”?
mas naquele momento nada disso interessa: O pão era particularmente atingido. Em seu
eis-nos ali, mamíferos adultos, saudáveis, romance de 1771, The expedition of Hum-
movimentando- nos sobre a Terra, e é só. phry Clinker, Smollett definiu o pão de Lon-
(Antonio Prata. Pensar em nada. Runner’s World, dres como um composto tóxico de “giz, 2alu-
n.° 7, São Paulo: Editora Abril, maio/2009.) me e cinzas de ossos, insípido ao paladar e
destrutivo para a constituição”; mas acusa-
O esporte é bom pra gente, fortalece o corpo
ções assim já eram comuns na época. A pri-
e emburrece A MENTE. – Antes que o pri-
meira acusação formal já encontrada sobre a
meiro corredor indignado atire UM TÊNIS em
adulteração generalizada do pão está em um
minha direção (...) – Quando estamos cor-
livro chamado Poison detected: or frightful
rendo, não há PREVISÃO DE PAGAMENTO. truths, escrito anonimamente em 1757, que
Os termos grafados com letras maiúsculas nas revelou segundo “uma autoridade altamen-
passagens acima, extraídas do texto apresen- te confiável” que “sacos de ossos velhos são
tado, identificam-se pelo fato de exercerem usados por alguns padeiros, não infrequen-
a mesma função sintática nas orações de que temente”, e que “os ossuários dos mortos
fazem parte. Indique essa função. são revolvidos para adicionar imundícies ao
a) Sujeito alimento dos vivos”.
b) Predicativo do sujeito (Em casa, 2011. Adaptado.)
c) Predicativo do objeto 1
d) Objeto direto terebintina: resina extraída de uma planta
e) Complemento nominal e usada na fabricação de vernizes, diluição
de tintas etc.
2
alume: designação dos sulfatos duplos de
9. (Unesp 2018) Leia o trecho do livro Em casa,
alumínio e metais alcalinos, com proprie-
de Bill Bryson.
dades adstringentes, usado na fabricação de
Quase nada, no século XVII, escapava à as- corantes, papel, porcelana, na purificação de
túcia dos que adulteravam alimentos. O açú- água, na clarificação de açúcar etc.
car e outros ingredientes caros muitas vezes
Em “Quase nada, no século XVII, escapava à
eram aumentados com gesso, areia e poeira.
astúcia dos que adulteravam alimentos” (1º
A manteiga tinha o volume aumentado com
parágrafo), o termo sublinhado é um verbo:
sebo e banha. Quem tomasse chá, segundo
a) transitivo direto.
autoridades da época, poderia ingerir, sem
b) intransitivo.
querer, uma série de coisas, desde serragem
c) de ligação.
até esterco de carneiro pulverizado. Um
d) transitivo indireto.
carregamento inspecionado, relata Judith
e) transitivo direto e indireto.
Flanders, demonstrou conter apenas a me-
tade de chá; o resto era composto de areia e
sujeira. Acrescentava-se ácido sulfúrico ao Leia o excerto do livro Violência urbana, de
vinagre para dar mais acidez; giz ao leite; Paulo Sérgio Pinheiro e Guilherme Assis de
1
terebintina ao gim. O arsenito de cobre era Almeida, para responder às questões 10 e 11.
usado para tornar os vegetais mais verdes, De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem
ou para fazer a geleia brilhar. O cromato de abertos. Evite falar com estranhos. À noi-
chumbo dava um brilho dourado aos pães e te, não saia para caminhar, principalmente
também à mostarda. O acetato de chumbo se estiver sozinho e seu bairro for deserto.
era adicionado às bebidas como adoçante, Quando estacionar, tranque bem as portas do
e o chumbo avermelhado deixava o queijo carro [...]. De madrugada, não pare em sinal
Gloucester, se não mais seguro para comer, vermelho. Se for assaltado, não reaja – en-
mais belo para olhar. tregue tudo.
Não havia praticamente nenhum gênero que É provável que você já esteja exausto de ler e
não pudesse ser melhorado ou tornado mais ouvir várias dessas recomendações. Faz tem-
econômico para o varejista por meio de um po que a ideia de integrar uma comunidade
pouquinho de manipulação e engodo. Até as e sentir-se confiante e seguro por ser parte
cerejas, como relata Tobias Smollett, ganha- de um coletivo deixou de ser um sentimento
vam novo brilho depois de roladas, delica- comum aos habitantes das grandes cidades
damente, na boca do vendedor antes de se- brasileiras. As noções de segurança e de vida
rem colocadas em exposição. Quantas damas comunitária foram substituídas pelo sen-
inocentes, perguntava ele, tinham saboreado timento de insegurança e pelo isolamento

15
que o medo impõe. O outro deixa de ser vis- sempre muito bem passada, o vinco perfeito.
to como parceiro ou parceira em potencial; Dava gosto ver:
o desconhecido é encarado como ameaça. O passo vagaroso de quem não tem pressa – o
O sentimento de insegurança transforma e mundo podia esperar por ele, o peito magro
desfigura a vida em nossas cidades. De lu- estufado, os gestos lentos, a voz pausada e
gares de encontro, troca, comunidade, par- grave, descia a rua da Igreja cumprimentan-
ticipação coletiva, as moradias e os espaços do cerimoniosamente, nobremente, os que
públicos transformam-se em palco do horror, por ele passavam ou os que chegavam na ja-
do pânico e do medo. nela muitas vezes só para vê-lo passar.
A violência urbana subverte e desvirtua a Desde longe a gente adivinhava ele vindo: alto,
função das cidades, drena recursos públicos magro, descarnado, como uma ave pernalta de
já escassos, ceifa vidas – especialmente as grande porte. Sendo assim tão descomunal,
dos jovens e dos mais pobres –, Dilacera fa- podia ser desajeitado: não era, dava sempre a
mílias, modificando nossas existências dra- impressão de uma grande e ponderada figura.
maticamente para pior. De potenciais cida- Não jogava as pernas para os lados nem as tra-
dãos, passamos a ser consumidores do medo. zia abertas, esticava-as feito medisse os pas-
O que fazer diante desse quadro de inse- sos, quebrando os joelhos em reto.
gurança e pânico, denunciado diariamente Quando montado, indo para a sua Fazenda
pelos jornais e alardeado pela mídia eletrô- da Pedra Menina, no cavalo branco ajaezado
nica? Qual tarefa impõe-se aos cidadãos, na de couro trabalhado e prata, aí então sim era
democracia e no Estado de direito? a grande, imponente figura, que enchia as
(Violência urbana, 2003.) vistas. Parecia um daqueles cavaleiros anti-
gos, fugidos do Amadis de Gaula ou do Pal-
10 (Unesp) As palavras do texto, cujos prefixos meirim, quando iam para a guerra armados
traduzem ideia de negação, são: cavaleiros.
(Ópera dos mortos, 1970.)
a) “desvirtua” e “transforma”.
b) “evite” e “isolamento”.
c) “desfigura” e “ameaça”. 12. (Unesp) Analisando o último período do
d) “desconhecido” e “insegurança”. terceiro parágrafo, verifica-se que a palavra
e) “subverte” e “dilacera”. “feito” é empregada como:
a) advérbio.
b) verbo.
11. (Unesp) O trecho “As noções de segurança e
c) substantivo.
de vida comunitária foram substituídas pelo
d) adjetivo.
sentimento de insegurança e pelo isolamento
e) conjunção.
que o medo impõe.” (2º parágrafo) foi cons-
truído na voz passiva. Ao se adaptar tal tre-
cho para a voz ativa, a locução verbal “foram 13. (Unesp) No início do segundo parágrafo,
substituídas” assume a seguinte forma: por ter na frase a mesma função sintática
a) substitui. que o vocábulo “vagaroso” com relação a
b) substituíram. “passo”, a oração “de quem não tem pres-
c) substituiriam. sa” é considerada:
d) substituiu. a) coordenada sindética.
e) substituem. b) subordinada substantiva.
c) subordinada adjetiva.
d) coordenada assindética.
As questões 12 e 13 tomam por base uma
e) subordinada adverbial.
passagem de um romance de Autran Dourado
(1926- 2012).
14. (Unesp) A questão toma por base uma mo-
A gente Honório Cota dinha de Domingos Caldas Barbosa (1740-
Quando o coronel João Capistrano Honório 1800).
Cota mandou erguer o sobrado, tinha pouco Protestos a Arminda
mais de trinta anos. Mas já era homem sé- 1
rio de velho, reservado, cumpridor. Cuidava Conheço muitas pastoras
Que beleza e graça têm,
muito dos trajes, da sua aparência medida.
Mas é uma só que eu amo
O jaquetão de casimira inglesa, o colete de
Só Arminda e mais ninguém.
linho atravessado pela grossa corrente de
ouro do relógio; a calça é que era como a Revolvam meu coração
2
de todos na cidade – de brim, a não ser em Procurem meu peito bem,
certas ocasiões (batizado, morte, casamento Verão estar dentro dele
– então era parelho mesmo, por igual), mas Só Arminda e mais ninguém.

16
De tantas, quantas belezas Quando entrava no cinema era reconhecido.
Os meus ternos olhos veem, Vinham logo meninos para perto dele. Sabia
Nenhuma outra me agrada que agradava muito. No clube tinha amigos.
Só Arminda e mais ninguém. Havia porém o antigo center-forward2 que se
sentiu roubado com a sua chegada. Não tinha
Estes suspiros que eu solto
3
razão. Ele fora chamado. Não se oferecera. E
Vão buscar meu doce bem,
o homem se enfureceu com Joca. Era um jo-
É causa dos meus suspiros
gador de fama, que fora grande nos campos
Só Arminda e mais ninguém. da Europa e por isso pouco ligava aos que
Os segredos de meu peito não tinham o seu cartaz. A entrada de Joca,
Guardá-los nele convém, o sucesso rápido, a maravilha de agilidade e
4
Guardá-los aonde os veja de oportunismo, que caracterizava o jogo do
Só Arminda e mais ninguém. novato, irritava-o até ao ódio. No dia em que
tivera que ceder a posição, a um menino do
Não cuidem que a mim me importa Cabo Frio, fora para ele como se tivesse per-
5
Parecer às outras bem, dido as duas pernas. Viram-no chorando, e
Basta que de mim se agrade por isso concentrou em Joca toda a sua raiva.
Só Arminda e mais ninguém. No entanto, Joca sempre o procurava. Tinha
Não me alegra, ou me desgosta sido a sua admiração, o seu herói.
Doutra o mimo, ou o desdém, (Água-Mãe, 1974.)
Satisfaz-me e me contenta 1
Beque, ou seja, o zagueiro de hoje.
Só Arminda e mais ninguém. 2
Centroavante.
Cantem os outros pastores
No primeiro parágrafo, predominam verbos
Outras pastoras também,
empregados no:
Que eu canto e cantarei sempre
a) pretérito perfeito do modo indicativo.
Só Arminda e mais ninguém.
b) pretérito imperfeito do modo indicativo.
(Viola de Lereno, 1980.)
c) presente do modo indicativo.
Levando em consideração o contexto da es- d) presente do modo subjuntivo.
trofe, assinale a alternativa em que a forma e) pretérito mais-que-perfeito do modo indi-
verbal surge no modo imperativo. cativo.
a) “Vão buscar meu doce bem,” (ref. 3).
b) “Parecer às outras bem,” (ref. 5).
c) “Conheço muitas pastoras” (ref. 1). GABARITO
d) “Guardá-los aonde os veja” (ref. 4).
e) “Procurem meu peito bem,” (ref. 2). 1. C 2. E 3. C 4. E 5. A

15. (Unesp) A questão focaliza uma passagem 6. C 7. D 8. D 9. D 10. D


do romance Água-Mãe, de José Lins do Rego 11. B 12. E 13. C 14. E 15. B
(1901-1957).
Água-Mãe
Jogava com toda a alma, não podia compre-
ender como um jogador se encostava, não se
entusiasmava com a bola nos pés. Atirava-se,
não temia a violência e com a sua agilidade
espantosa, fugia das entradas, dos pontapés.
Quando aquele back1, num jogo de subúrbio,
atirou-se contra ele, recuou para derrubá-
-lo, e com tamanha sorte que o bruto se es-
tendeu no chão, como um fardo. E foi as-
sim crescendo a sua fama. Aos poucos se foi
adaptando ao novo Joca que se formara nos
campos do Rio. Dormia no clube, mas a sua
vida era cada vez mais agitada. Onde quer
que estivesse, era reconhecido e aplaudido.
Os garçons não queriam cobrar as despesas
que ele fazia e até mesmo nos ônibus, quan-
do ia descer, o motorista lhe dizia sempre:
— Joca, você aqui não paga.

17
18
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

Prescrição: Para resolvermos os exercícios de Interpretação de Textos do vestibular da Unesp, são


necessários conhecimentos aprofundados sobre temas relacionados à estilística, ou seja, figuras de lin-
guagem e estudos de estruturação de poemas (envolvendo contagem de sílabas poéticas e variantes
de rimas). Além disso, nos últimos cinco anos, também tornaram-se frequentes questões sobre História
da Arte e semântica (relações conotativas e denotativas e vocabulário sinonímico).

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Unesp 2019) Entre 11 de fevereiro e 03 de Lá fora chove e a estátua de Floriano fica
junho de 2018, o Museu de Arte Moderna linda.
de Nova Iorque (MoMA) abrigou a primei- Quantas meninas pela vida afora!
ra exposição nos Estados Unidos dedicada à E eu alinhando no papel as fortunas dos ou-
pintora brasileira Tarsila do Amaral. Leia a tros.
apresentação de uma das pinturas expostas. (“Modinha do empregado de banco”)

The painting Sleep (1928) is a dreamlike c) Ele acredita que o chão é duro
representation of tropical landscape, with Que todos os homens estão presos
this major motif of her repetitive figure that Que há limites para a poesia
disappears in the background. Que não há sorrisos nas crianças
This painting is an example of Tarsila’s Nem amor nas mulheres
venture into surrealism. Elements such Que só de pão vive o homem
as repetition, random association, and Que não há um outro mundo.
dreamlike figures are typical of surrealism
(“O utopista”)
that we can see as main elements of
this composition. She was never a truly d) A costureira, moça, alta, bonita,
surrealist painter, but she was totally aware ancas largas,
of surrealism’s legacy. os seios estourando debaixo do vestido,
(www.moma.org. Adaptado.) (os olhos profundos faziam a sombra na
cara),
A apresentação sublinha a influência de
morreu.
uma determinada vanguarda europeia sobre
Desde então o viúvo passa os dias no quarto
a pintura de Tarsila do Amaral. A influência
olhando pro manequim.
dessa vanguarda europeia também se encon-
(“Afinidades”)
tra nos seguintes versos do poeta modernis-
ta Murilo Mendes: e) O cavalo mecânico arrebata o manequim
a) No fim de um ano seu Naum progrediu, pensativo
já sabe que tem Rui Barbosa, Mangue, Lam- que invade a sombra das casas no espaço
pião. elástico.
Joga no bicho todo dia, está ajuntando pro Ao sinal do sonho a vida move direitinho as
carnaval, estátuas
depois do almoço anda às turras com a mu- que retomam seu lugar na série do planeta.
lher. Os homens largam a ação na paisagem ele-
As filhas dele instalaram-se na vida nacio- mentar
nal. e invocam os pesadelos de mármore na beira
Sabem dançar o maxixe do infinito.
conversam com os sargentos em bom brasi- (“O mundo inimigo”)
leiro.
(“Família russa no Brasil”)
2. (Unesp 2019) Leia o trecho do romance São
b) Eu sou triste como um prático de farmácia,
Bernardo, de Graciliano Ramos.
sou quase tão triste como um homem que
usa costeletas. O caboclo mal-encarado que encontrei um
Passo o dia inteiro pensando nuns carinhos dia em casa do Mendonça também se acabou
de mulher em desgraça. Uma limpeza. Essa gente quase
mas só ouço o tectec das máquinas de es- nunca morre direito. Uns são levados pela
crever. cobra, outros pela cachaça, outros matam-se.

19
Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se do Fidélis, paralítico de um braço, e a dos
da pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta. Gama, que pandegavam no Recife, estudan-
Deixou viúva e órfãos miúdos. Sumiram-se: do Direito. Respeitei o engenho do Dr. Maga-
um dos meninos caiu no fogo, as lombrigas lhães, juiz.
comeram o segundo, o último teve angina e Violências miúdas passaram despercebidas.
a mulher enforcou-se. As questões mais sérias foram ganhas no
Para diminuir a mortalidade e aumentar a foro, graças às chicanas de João Nogueira.
produção, proibi a aguardente. Efetuei transações arriscadas, endividei-me,
Concluiu-se a construção da casa nova. importei maquinismos e não prestei atenção
Julgo que não preciso descrevê-la. As par- aos que me censuravam por querer abarcar
tes principais apareceram ou aparecerão; o mundo com as pernas. Iniciei a pomicul-
o resto é dispensável e apenas pode inte- tura e a avicultura. Para levar os meus pro-
ressar aos arquitetos, homens que prova- dutos ao mercado, comecei uma estrada de
velmente não lerão isto. Ficou tudo con- rodagem. Azevedo Gondim compôs sobre ela
fortável e bonito. Naturalmente deixei de dois artigos, chamou-me patriota, citou Ford
dormir em rede. Comprei móveis e diversos e Delmiro Gouveia. Costa Brito também pu-
objetos que entrei a utilizar com receio, blicou uma nota na Gazeta, elogiando-me e
outros que ainda hoje não utilizo, porque elogiando o chefe político local. Em consequ-
não sei para que servem. ência mordeu-me cem mil-réis.
Aqui existe um salto de cinco anos, e em cin- (São Bernardo, 1996.)
co anos o mundo dá um bando de voltas.
Ninguém imaginará que, topando os obstá- “Tenho visto criaturas que trabalham demais
culos mencionados, eu haja procedido in- e não progridem.” (7º parágrafo)
variavelmente com segurança e percorrido, Considerada no atual contexto histórico,
sem me deter, caminhos certos. Não senhor, essa fala do narrador pode ser vista como
não procedi nem percorri. Tive abatimentos, uma crítica à ideia de:
desejo de recuar; contornei dificuldades:
a) trabalho.
muitas curvas. Acham que andei mal? A ver-
b) meritocracia.
dade é que nunca soube quais foram os meus
c) burocracia.
atos bons e quais foram os maus. Fiz coisas
d) preguiça.
boas que me trouxeram prejuízo; fiz coisas
e) pobreza.
ruins que deram lucro. E como sempre tive a
intenção de possuir as terras de S. Bernardo,
considerei legítimas as ações que me leva- Leia o poema de Carlos Drummond de Andra-
ram a obtê-las. de para responder às questões 3 a 5.
Alcancei mais do que esperava, mercê de PAPEL
Deus. Vieram-me as rugas, já se vê, mas o
crédito, que a princípio se esquivava, agar- E tudo que eu pensei
rou-se comigo, as taxas desceram. E os ne- e tudo que eu falei
gócios desdobraram-se automaticamente. e tudo que me contaram
Automaticamente. Difícil? Nada! Se eles en- era papel.
tram nos trilhos, rodam que é uma beleza. Se E tudo que descobri
não entram, cruzem os braços. Mas se virem amei
que estão de sorte, metam o pau: as tolices detestei:
que praticarem viram sabedoria. Tenho visto papel.
criaturas que trabalham demais e não pro- Papel quanto havia em mim
gridem. Conheço indivíduos preguiçosos que e nos outros, papel
têm faro: quando a ocasião chega, desenros- de jornal
cam-se, abrem a boca – e engolem tudo. de parede
Eu não sou preguiçoso. Fui feliz nas primei- de embrulho
ras tentativas e obriguei a fortuna a ser-me papel de papel
favorável nas seguintes. Depois da morte do papelão.
Mendonça, derrubei a cerca, naturalmente, (As impurezas do branco, 2012.)
e levei-a para além do ponto em que estava
no tempo de Salustiano Padilha. Houve re- 3. (Unesp) No poema, a metáfora do papel é:
clamações. a) incoerente e aponta sentimentos inverossí-
— Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o meis do eu lírico.
diabo enquanto viveu. Mas agora é isto. E b) contraditória e sugere a cisão do eu lírico
quem não gostar, paciência, vá à justiça. ante suas experiências.
Como a justiça era cara, não foram à justi- c) ambivalente e indica sentimentos engrande-
ça. E eu, o caminho aplainado, invadi a terra cedores do eu lírico.

20
d) polissêmica e reporta a experiências varia-
das vividas pelo eu lírico. RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
e) redundante e enfatiza a indiferença do eu
lírico em relação às suas experiências. 1. A apresentação da obra de Tarsila do Amaral,
no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque,
4. (Unesp) A figura de linguagem que se verifi- faz referência ao Surrealismo, estética artís-
tica que terá influenciado o quadro “Sono”,
ca na primeira estrofe é:
uma representação onírica da paisagem tro-
a) a anáfora, pois se identifica no início dos três
pical com uma figura repetitiva que desapa-
primeiros versos a repetição de construção.
rece ao fundo. A estrofe em [E] apresenta
b) o hipérbato, pois nos quatro versos ocorre
características dessa mesma estética, atra-
inversão sintática.
vés da reconstrução elaborada de um mundo
c) o anacoluto, pois o verso final não se liga
ilógico, típico de sonho: “O cavalo mecânico
sintaticamente aos precedentes.
arrebata o manequim pensativo”, “a vida
d) a antítese, pois há entre os versos ideias que
move direitinho as estátuas” ou “invocam os
se contrapõem.
pesadelos de mármore na beira do infinito”.
e) a sínquise, pois há inversão de palavras e
dificuldade no entendimento do enunciado. 2. O conceito de que há pessoas que se empe-
nham no trabalho e não obtêm sucesso na
5. (Unesp) Quanto aos aspectos formais, o poe- vida contraria a ideia de meritocracia, siste-
ma caracteriza-se pelo emprego de: ma de promoção em que cada um recebe, de
a) rimas raras. acordo com méritos pessoais, esforço e dedi-
b) métrica irregular. cação ou até inteligência.
c) versos decassílabos. 3. No poema, o papel apresenta significações
d) rimas alternadas. variadas que remetem à experiência do eu
e) linguagem rebuscada. lírico, configurando um papel polissêmico,
ou seja, o termo “papel” é usado em várias
acepções semânticas.
4. Nos primeiros versos, encontramos retoma-
das sequencias da construção “e tudo” (sem-
pre no início de cada verso), o que caracteri-
za a figura de linguagem anáfora.
5. A principal característica do poema “Papel”,
de Carlos Drummond de Andrade, é a fuga
do trabalho com as formas fixas, ou seja,
há uma precedência para o trabalho com a
métrica irregular dos versos (com muitas
variantes de tamanho, inclusive com versos
construído com uma única palavra).

GABARITO
1. E 2. B 3. D 4. A 5. B

21
PRÁTICA DOS CONHECIMENTOS - E.O.
Para responder às questões 1 a 4, leia a crô- redondamente enganada. Nem em programa
nica Seu “Afredo”, de Vinicius de Moraes de calouro!
(1913-1980), publicada, originalmente, em E, a seguir, ponderou:
setembro de 1953. — Agora, piano é diferente. Pianista ela é!
E acrescentou:
Seu Afredo (ele sempre subtraía o “l” do
— Eximinista pianista!
nome, ao se apresentar com uma ligeira cur-
(Para uma menina com uma flor, 2009.)
vatura: “Afredo Paiva, um seu criado...”) tor-
nou-se inesquecível à minha infância por- 1
vernáculo: a língua própria de um país; lín-
que tratava-se muito mais de um linguista gua nacional.
que de um encerador. Como encerador, não 2
ressabiado: desconfiado.
ia muito lá das pernas. Lembro-me que, sem- 3
lide: trabalho penoso, labuta.
pre depois de seu trabalho, minha mãe fica- 4
ramerrão: rotina.
va passeando pela sala com uma flanelinha
debaixo de cada pé, para melhorar o lustro.
1. (Unesp) Um traço característico do gênero
Mas, como linguista, cultor do 1vernáculo e
crônica, visível no texto de Vinicius de Mo-
aplicador de sutilezas gramaticais, seu Afre-
raes, é:
do estava sozinho.
a) o tom coloquial.
Tratava-se de um mulato quarentão, ultrar-
b) a sintaxe rebuscada.
respeitador, mas em quem a preocupação
c) o vocabulário opulento.
linguística perturbava às vezes a colocação
d) a finalidade pedagógica.
pronominal. Um dia, numa fila de ônibus,
e) a crítica política.
minha mãe ficou ligeiramente 2ressabiada
quando seu Afredo, casualmente de passa-
gem, parou junto a ela e perguntou-lhe à 2. (Unesp) Em “Mas, como linguista, cultor do
queima-roupa, na segunda do singular: vernáculo e aplicador de sutilezas gramati-
— Onde vais assim tão elegante? cais, seu Afredo estava sozinho.” (1º pará-
Nós lhe dávamos uma bruta corda. Ele falava grafo), o cronista sugere que seu Afredo:
horas a fio, no ritmo do trabalho, fazendo os a) mostrava-se incomodado por não ter com
mais deliciosos pedantismos que já me foi quem conversar sobre questões gramaticais.
dado ouvir. Uma vez, minha mãe, em meio b) revelava orgulho ao ostentar conhecimentos
à 3lide caseira, queixou-se do fatigante 4ra- linguísticos pouco usuais.
merrão do trabalho doméstico. Seu Afredo c) sentia-se solitário por ser um dos poucos a
virou-se para ela e disse: dispor de sólidos conhecimentos gramaticais.
— Dona Lídia, o que a senhora precisa fazer d) sentia-se amargurado por notar que seus
é ir a um médico e tomar a sua quilometra- conhecimentos linguísticos não eram reco-
gem. Diz que é muito bão. nhecidos.
De outra feita, minha tia Graziela, recém- e) revelava originalidade no modo como em-
-chegada de fora, cantarolava ao piano en- pregava seus conhecimentos linguísticos.
quanto seu Afredo, acocorado perto dela,
esfregava cera no soalho. Seu Afredo nunca 3. (Unesp) Em “Conta ela que seu Afredo, mal
tinha visto minha tia mais gorda. Pois bem: viu minha tia sair, chegou-se a ela com ar
chegou-se a ela e perguntou-lhe: disfarçado e falou [...]” (12º parágrafo), a
— Cantas? conjunção destacada pode ser substituída,
Minha tia, meio surpresa, respondeu com sem prejuízo para o sentido do texto, por:
um riso amarelo: a) assim como.
— É, canto às vezes, de brincadeira... b) logo que.
Mas, um tanto formalizada, foi queixar-se a c) enquanto.
minha mãe, que lhe explicou o temperamen- d) porque.
to do nosso encerador: e) ainda que.
— Não, ele é assim mesmo. Isso não é falta
de respeito, não. É excesso de... gramática. 4. (Unesp) Na crônica, o personagem seu Afre-
Conta ela que seu Afredo, mal viu minha tia do é descrito como uma pessoa:
sair, chegou-se a ela com ar disfarçado e fa- a) pedante e cansativa.
lou: b) intrometida e desconfiada.
— Olhe aqui, dona Lídia, não leve a mal, c) expansiva e divertida.
mas essa menina, sua irmã, se ela pensa d) discreta e preguiçosa.
que pode cantar no rádio com essa voz, ‘tá e) temperamental e bajuladora.

22
5. (Unesp) Leia o trecho extraído do artigo Tamanho esforço intelectual e total entrega
“Cosmologia, 100”, de Antonio Augusto Pas- ao raciocínio cobraram seu pedágio: Einstein
sos Videira e Cássio Leite Vieira. adoeceu, com problemas no fígado, icterícia
e úlcera. Seguiu debilitado até o final daque-
“Vou conduzir o leitor por uma estrada que
la década.
eu mesmo percorri, árdua e sinuosa.” A frase
Se deslocados de sua época, Einstein e sua
– que tem algo da essência do hoje clássico
cosmologia podem ser facilmente vistos
A estrada não percorrida (1916), do poeta
como um ponto fora da reta. Porém, a his-
norte-americano Robert Frost (1874-1963)
toriadora da ciência britânica Patricia Fara
– está em um artigo científico publicado há
lembra que aqueles eram tempos de “cos-
cem anos, cujo teor constitui um marco his-
mologias”, de visões globais sobre temas
tórico da civilização.
científicos. Ela cita, por exemplo, a teoria da
Pela primeira vez, cerca de 50 mil anos de-
deriva dos continentes, do geólogo alemão
pois de o Homo sapiens deixar uma mão com
Alfred Wegener (1880-1930), marcada por
tinta estampada em uma pedra, a humanida-
uma visão cosmológica da Terra.
de era capaz de descrever matematicamente
Fara dá a entender que várias áreas da ci-
a maior estrutura conhecida: o Universo. A
ência, naquele início de século, passaram a
façanha intelectual levava as digitais de Al-
olhar seus objetos de pesquisa por meio de
bert Einstein (1879-1955).
um prisma mais amplo, buscando dados e hi-
Ao terminar aquele artigo de 1917, o físico
póteses em outros campos do conhecimento.
de origem alemã escreveu a um colega di-
(Folha de S.Paulo, 01.01.2017. Adaptado.)
zendo que o que produzira o habilitaria a
ser “internado em um hospício”. Mais tarde, Em “A façanha intelectual levava as digitais
referiu-se ao arcabouço teórico que havia de Albert Einstein (1879-1955).” (2º pará-
construído como um “castelo alto no ar”. grafo), o termo destacado pode ser substitu-
O Universo que saltou dos cálculos de Eins- ído de modo mais adequado, tendo em vista
tein tinha três características básicas: era fi- o contexto, por:
nito, sem fronteiras e estático – o derradeiro a) proeza.
traço alimentaria debates e traria arrependi- b) ousadia.
mento a Einstein nas décadas seguintes. c) concretude.
Em “Considerações Cosmológicas na Teoria d) debilidade.
da Relatividade Geral”, publicado em feve- e) petulância.
reiro de 1917 nos Anais da Academia Real
Prussiana de Ciências, o cientista construiu
Para responder às questões 6 a 9, leia o se-
(de modo muito visual) seu castelo usando
guinte verbete do Dicionário de Comunicação,
as ferramentas que ele havia forjado pouco
de Carlos Alberto Rabaça e Gustavo Barbosa.
antes: a teoria da relatividade geral, finali-
zada em 1915, esquema teórico já classifica- CRÔNICA — Texto jornalístico desenvolvido
do como a maior contribuição intelectual de de forma livre e pessoal, a partir de fatos
uma só pessoa à cultura humana. e acontecimentos da atualidade, com teor
Esse bloco matemático impenetrável (mesmo literário, político, esportivo, artístico, de
para físicos) nada mais é do que uma teoria amenidades etc. Segundo Muniz Sodré e
que explica os fenômenos gravitacionais. Por Maria Helena Ferrari, a crônica é um meio-
exemplo, por que a Terra gira em torno do -termo entre o jornalismo e a literatura: “do
Sol ou por que um buraco negro devora avi- primeiro, aproveita o interesse pela atuali-
damente luz e matéria. dade informativa, da segunda imita o pro-
Com a introdução da relatividade geral, a te- jeto de ultrapassar os simples fatos”. O pon-
oria da gravitação do físico britânico Isaac to comum entre a crônica e a notícia ou a
Newton (1642-1727) passou a ser um caso reportagem é que o cronista, assim como o
específico da primeira, para situações em que repórter, não prescinde do acontecimento.
massas são bem menores do que as das estre- Mas, ao contrário deste, ele “paira” sobre
las e em que a velocidade dos corpos é muito os fatos, “fazendo com que se destaque no
inferior à da luz no vácuo (300 mil km/s). texto o enfoque pessoal (onde entram juízos
Entre essas duas obras de respeito (de 1915 implícitos e explícitos) do autor”. Por outro
e de 1917), impressiona o fato de Einstein lado, o editorial difere da crônica, pelo fato
ter achado tempo para escrever uma peque- de que, nesta, o juízo de valor se confunde
na joia, “Teoria da Relatividade Especial e com os próprios fatos expostos, sem o dog-
Geral”, na qual populariza suas duas teo- matismo do editorial, no qual a opinião do
rias, incluindo a de 1905 (especial), na qual autor (representando a opinião da empresa
mostrara que, em certas condições, o espaço jornalística) constitui o eixo do texto.
pode encurtar, e o tempo, dilatar. (Dicionário de Comunicação, 1978.)

23
6. (Unesp) De acordo com o verbete, o tema de c) inexistência de critérios objetivos que per-
uma crônica se baseia em: mitam diferenciar qualitativamente as obras
a) juízos de valor. literárias.
b) anedotário popular. d) primazia da autonomia estética sobre o ca-
c) fatos pessoais. ráter de mercadoria intrínseco à indústria
d) eventos do cotidiano. cultural.
e) eventos científicos. e) qualidade culturalmente elitista atribuída
aos escritores de livros considerados best-
7. (Unesp) Segundo o verbete, uma caracterís- -sellers.
tica comum à crônica e à reportagem é:
a) a relação direta com o acontecimento. As questões 11 a 13 focalizam uma passagem
b) a interpretação do acontecimento. de um artigo de Cláudia Vassallo.
c) a necessidade de noticiar de acordo com a
ALIADAS OU CONCORRENTES
filosofia do jornal.
d) o desejo de informar realisticamente sobre o Alguns números: nos Estados Unidos, 60%
ocorrido. dos formados em universidades são mulhe-
e) o objetivo de questionar as causas sociais res. Metade das europeias que estão no mer-
dos fatos. cado de trabalho passou por universidades.
No Japão, as mulheres têm níveis semelhan-
8. (Unesp) O termo “dogmatismo”, no contexto tes de educação, mas deixam o mercado as-
do verbete, significa: sim que se casam e têm filhos. A tradição
a) desprezo aos acontecimentos da atualidade. joga contra a economia. O governo credita
b) obediência à constituição e às leis do país. parte da estagnação dos últimos anos à au-
c) ausência de ideologia nas manifestações de sência de participação feminina no merca-
opinião. do de trabalho. As brasileiras avançam mais
d) opiniões assumidas como verdadeiras e imu- rápido na educação. Atualmente, 12% das
táveis. mulheres têm diploma universitário – ante
e) conjunto de verdades religiosas. 10% dos homens. Metade das garotas de 15
entrevistadas numa pesquisa da OCDE1 dis-
se pretender fazer carreira em engenharia e
9. (Unesp) De acordo com o verbete, o editorial
ciências – áreas especialmente promissoras.
representa sempre:
[...]
a) o julgamento dos leitores.
Agora, a condição de minoria vai caindo por
b) a opinião do repórter.
terra e os padrões de comportamento come-
c) a crítica a um fato político.
çam a mudar. Cada vez menos mulheres es-
d) a resposta a outros veículos de comunicação.
tão dispostas a abdicar de sua natureza em
e) o ponto de vista da empresa jornalística.
nome da carreira. Não se trata de mudar a
essência do trabalho e das obrigações que
10. (Unesp) Escrever mal é difícil, declarou um
homens e mulheres têm de encarar. Não se
dos maiores escritores contemporâneos. Du-
trata de trabalhar menos ou ter menos ambi-
rante debate para divulgar seu romance O
ção. É só uma questão de forma. É muito pro-
homem que amava os cachorros, o cubano
vável que legisladores e empresas tenham
Leonardo Padura caçoou de autores de best-
de ser mais flexíveis para abrigar mulheres
-sellers. “Escrever livros como os de Paulo
de talento que não desistiram do papel de
Coelho e Dan Brown não é fácil, não há mui-
mãe. Porque, de fato, essa é a grande e única
tos Dan Browns que possam escrever um ro-
questão de gênero que importa.
mance tão horrível como O código Da Vinci,
Mais fortalecidas e mais preparadas, as mu-
que venda milhões de exemplares. Há que se
lheres terão um lugar ao sol nas empresas
saber fazer má literatura para poder escrever
do jeito que são ou desistirão delas, porque
um livro desses”.
serão capazes de ganhar dinheiro de outra
(VICTOR, Fábio. “Fazer má literatura é difícil, diz escritor
Leonardo Padura”. Folha de S.Paulo, 17.04.2014. Adaptado.)
forma. Há 8,3 milhões de empresas lideradas
por mulheres nos Estados Unidos – é o tipo
O comentário irônico do escritor acerca da de empreendedorismo que mais cresce no
qualidade literária justifica-se pela: país. De acordo com um estudo da EY2, o Bra-
a) condição de autonomia estética atribuída sil tem 10,4 milhões de empreendedoras, o
aos escritores citados na relação com o mer- maior índice entre as 20 maiores economias.
cado literário. Um número crescente delas tem migrado das
b) meticulosidade técnica necessária para es- grandes empresas para o próprio negócio. Os
crever livros prioritariamente condicionados fatos mostram: as empresas em todo o mun-
pelo mercado. do terão, mais cedo ou mais tarde, de decidir

24
se querem ter metade da população como Para responder às questões 14 e 15, leia o
aliada ou como concorrente. fragmento de um texto publicado, em 1867,
(Exame, outubro de 2013.) no semanário Cabrião.
1
OCDE: Organização para a Cooperação e De- São Paulo, 10 de março de 1867.
senvolvimento Econômico. Estamos em plena quaresma.
2
EY: Organização global com o objetivo de au- A população paulista azafama-se a preparar-
xiliar seus clientes a fortalecerem seus ne- -se para a lavagem geral das consciências nas
gócios ao redor do mundo. águas lustrais do confessionário e do jejum.
A cambuquira* e o bacalhau afidalgam-se no
11. (Unesp) Em sua argumentação, a autora reve- mercado.
la que a importância da presença das mulhe- A carne, mísera condenada pelos santos con-
res em atividades empresariais se deve, entre cílios, fica reduzida aos pouquíssimos dentes
outros, a um motivo de ordem estatística: acatólicos da população, e desce quase a zero
a) elas revelam maior sensibilidade e uma in- na pauta dos preços.
tuição aguçada para os negócios. O que não sobe nem desce na escala dos
b) elas representam um contingente considerá- fatos normais é a vilania, a usura, o egoís-
vel de metade da população do mundo. mo, a estatística dos crimes e o montão de
c) elas são capazes, em comparação com os ho- fatos vergonhosos, perversos, ruins e feios
mens, de acumular inúmeras tarefas. que precedem todas as contrições oficiais do
d) elas se formam em média com rendimento confessionário, e que depois delas continu-
maior que os homens nas universidades. am com imperturbável regularidade.
e) elas aumentam significativamente a produ- É o caso de desejar-se mais obras e menos
ção das empresas em que atuam. palavras.
E se não, de que é que serve o jejum, as ma-
12. (Unesp) No último parágrafo, focalizando o cerações, o arrependimento, a contrição e
mercado de trabalho mundial, a autora suge- quejandas religiosidades?
re que as grandes empresas atuais: O que é a religião sem o aperfeiçoamento
a) correm o risco de privilegiar o mercado fe- moral da consciência?
minino, se começarem a ser lideradas por O que vale a perturbação das funções gastro-
mulheres. nômicas do estômago sem consciência livre,
b) não admitem, em todo o mundo, a liderança ilustrada, honesta e virtuosa?
de mulheres. Seja como for, o fato é que a quaresma toma
c) precisam muito da liderança de mulheres, as rédeas do governo social, e tudo entris-
pois estas são atualmente mais capacitadas tece, e tudo esfria com o exercício de seus
que os homens. místicos preceitos de silêncio e meditação.
d) não precisam se preocupar com as mulheres, De que é que vale a meditação por ofício, a
pois o empreendedorismo destas é um fenô- meditação hipócrita e obrigada, que consiste
meno passageiro. unicamente na aparência?
e) poderão ter de enfrentar no futuro a concor- Pois o que é que constitui a virtude? É a for-
rência de empresas lideradas por mulheres. ma ou é o fundo? É a intenção do ato, ou sua
feição ostensiva?
13. (Unesp) Desde o título do artigo, que é reto- Neste sentido, aconselhamos aos bons leito-
mado no último parágrafo, os argumentos da res que comutem sem o menor escrúpulo os
autora são motivados por um fato não referi- jejuns, as confissões e rezas em boas e santas
do de modo ostensivo, ou seja: ações, em esmolas aos pobres.
a) a boa empresária dificilmente conseguirá se (AGOSTINI, Ângelo; CAMPOS, Américo de; REIS, Antônio
tornar uma boa mãe. Manoel dos. Cabrião, 10.03.1867. Adaptado.)
b) as mulheres mostram melhor desempenho
* Iguaria constituída de brotos de abóbora
nas atividades domésticas.
guisados, geralmente servida como acompa-
c) as atividades empresariais ainda são domi-
nhamento de assados.
nadas por homens.
d) as empresas fazem grande esforço pela par-
ticipação de mulheres. 14. (Unesp) Pelo seu tema e desenvolvimento
e) o mercado ainda trata as mulheres mais argumentativo, o texto pode ser classificado
como consumidoras do que empreendedoras. como:
a) crítico.
b) lírico.
c) narrativo.
d) histórico.
e) épico.

25
15. (Unesp) Segundo os autores, os pecados de-
clarados no confessionário:
a) representam uma autorização para voltar a
pecar.
b) não tornam a ser cometidos pelos crentes.
c) deixam de ser pecados nas próximas vezes.
d) não são tão graves que mereçam confissão.
e) voltam a ser cometidos como sempre.

GABARITO
1. A 2. E 3. B 4. C 5. A
6. D 7. A 8. D 9. E 10. B
11. B 12. E 13. C 14. A 15. E

26
LITERATURA

Prescrição: A prova de Literatura do vestibular da Unesp não trabalha com leitura obrigatória de
obras pré-selecionadas. Por esse motivo, é essencial que o aluno mobilize conhecimentos de teoria
literária (escolas literárias) e de interpretação de gêneros textuais.

APLICAÇÃO DOS d) Trabalhas sem alegria para um mundo caduco,


onde as formas e as ações não encerram ne-

CONHECIMENTOS - SALA nhum exemplo.


Praticas laboriosamente os gestos universais,
sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e
1. (Unesp) Leia um trecho do “Manifesto do desejo sexual.
Surrealismo”, publicado por André Breton (Carlos Drummond de Andrade, “Elegia
em 1924. 1938”, em Sentimento do mundo)

Surrealismo: automatismo psíquico por meio e) — Bem me diziam que a terra


do qual alguém se propõe a exprimir o fun- se faz mais branda e macia
cionamento real do pensamento. Ditado do quanto mais do litoral
pensamento, na ausência de controle exerci- a viagem se aproxima.
do pela razão, fora de qualquer preocupação Agora afinal cheguei
estética ou moral. nessa terra que diziam.
O Surrealismo assenta-se na crença da rea- Como ela é uma terra doce
lidade superior de certas formas de associa- para os pés e para a vista.
ção, negligenciadas até aqui, na onipotência (João Cabral de Melo Neto, “O retirante chega à
do sonho, no jogo desinteressado do pensa- Zona da Mata”, em Morte e vida severina)
mento.
Apud Gilberto Mendonça Teles. Vanguarda europeia
e Modernismo brasileiro. 1992 (Adaptado). 2. (Unesp) Duas fortes motivações converte-
ram-se em molas de composição desta obra:
Tendo em vista as considerações de André
I. por um lado, o desejo de contar e cantar
Breton, assinale a alternativa cujos versos
episódios em torno de uma figura lendária
revelam influência do Surrealismo.
que trazia em si os atributos do herói, en-
a) O mar soprava sinos
tendido no senso mais lato possível de um
os sinos secavam as flores
ser entre humano e mítico, que desempe-
as flores eram cabeças de santos.
nha certos papéis, vai em busca de um bem
Minha memória cheia de palavras
essencial, arrosta perigos, sofre mudanças
meus pensamentos procurando fantasmas
extraordinárias, enfim vence ou malogra...;
meus pesadelos atrasados de muitas noites.
II. por outro lado, o desejo não menos impe-
(João Cabral de Melo Neto, “Noturno”, em Pedra do sono)
rioso de pensar o povo brasileiro, nossa
b) Meu pai montava a cavalo, ia para o campo. gente, percorrendo as trilhas cruzadas ou
Minha mãe ficava sentada cosendo. superpostas da sua existência selvagem,
Meu irmão pequeno dormia. colonial e moderna, à procura de uma
Eu sozinho menino entre mangueiras identidade que, de tão plural que é, beira
lia a história de Robinson Crusoé. a surpresa e a indeterminação.
Comprida história que não acaba mais. Alfredo Bosi. Céu, inferno. 2003 (Adaptado).
(Carlos Drummond de Andrade,
“Infância”, em Alguma poesia)
Tal comentário aplica-se à obra:
a) Memórias de um sargento de milícias, de Ma-
c) Quando o enterro passou nuel Antônio de Almeida.
Os homens que se achavam no café b) Vidas secas, de Graciliano Ramos.
Tiraram o chapéu maquinalmente c) Macunaíma, de Mário de Andrade.
Saudavam o morto distraídos d) Os sertões, de Euclides da Cunha.
Estavam todos voltados para a vida e) Memórias póstumas de Brás Cubas, de Ma-
Absortos na vida chado de Assis.
Confiantes na vida.
(Manuel Bandeira, “Momento num
café”, em Estrela da manhã)

27
3. (Unesp) Em 1924, uma caravana formada Sorris? eu sou um louco. As utopias,
por Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Os sonhos da ciência nada valem.
Tarsila do Amaral e o poeta franco-suíço A vida é um escárnio sem sentido,
Blaise Cendrars, entre outros, percorreu as Comédia infame que ensanguenta o lodo.
cidades históricas mineiras e acabou entran- Há talvez um segredo que ela esconde;
do para os anais do Modernismo. Mas esse a morte o sabe e o não revela.
O movimento deflagrado em 1922 estava se Os túmulos são mudos como o vácuo.
reconfigurando. Desde a primeira dor sobre um cadáver,
MARQUES, Ivan. “Trem da modernidade”. Revista de Quando a primeira mãe entre soluços
História da Biblioteca Nacional, fev. 2012. (Adaptado). Do filho morto os membros apertava
Ao ofegante seio, o peito humano
Entre as características da “reconfiguração” Caiu tremendo interrogando o túmulo...
do Modernismo, citada no texto, podemos E a terra sepulcral não respondia.
incluir:
(Poesias completas, 1962)
a) a politização do movimento, o resgate de
princípios estéticos do parnasianismo e o
indigenismo. 4. (Unesp) Do segundo ao último verso da pri-
b) a retomada da tradição simbolista, a defesa meira estrofe do poema, revelam-se caracte-
da internacionalização da arte brasileira e a rísticas marcantes do Romantismo:
valorização das tradições orais. a) conteúdos e desenvolvimentos bucólicos.
c) a incorporação da estética surrealista, o b) subjetivismo e imaginação criadora.
apoio ao movimento tenentista e a defesa c) submissão do discurso poético à musicalida-
do verso livre. de pura.
d) a defesa do socialismo, a crítica ao barroco d) observação e descrição meticulosa da reali-
brasileiro e a revalorização do mundo rural. dade.
e) a maior nacionalização do movimento, o de- e) concepção determinista e mecanicista da
clínio da influência futurista e o aumento da natureza.
preocupação primitivista.

A questão 4 toma por base um fragmento 5. (Unesp) Baseando-se na leitura do texto de


de “Glória moribunda“, do poeta romântico Álvares de Azevedo, assinale a única alterna-
brasileiro Álvares de Azevedo (1831-1852). tiva incorreta.

É uma visão medonha uma caveira? “Junto a meu leito, com as mãos unidas,
Não tremas de pavor, ergue-a do lodo. Olhos fitos no céu, cabelos soltos,
Foi a cabeça ardente de um poeta, Pálida sombra de mulher formosa
Outrora à sombra dos cabelos loiros. Entre nuvens azuis pranteia orando.
Quando o reflexo do viver fogoso É um retrato talvez. Naquele seio
Ali dentro animava o pensamento, Porventura sonhei doiradas noites.
Esta fronte era bela. Aqui nas faces Talvez sonhando desatei sorrindo
Formosa palidez cobria o rosto; Alguma vez nos ombros perfumados
Nessas órbitas – ocas, denegridas! – Esses cabelos negros, e em delíquio
Como era puro seu olhar sombrio! Nos lábios dela suspirei tremendo.
Foi-se minha visão. E resta agora
Agora tudo é cinza. Resta apenas Aquela vaga sombra na parede
A caveira que a alma em si guardava, – Fantasma de carvão e pó cerúleo,
Como a concha no mar encerra a pérola, Tão vaga, tão extinta e fumarenta
Como a caçoula a mirra incandescente. Como de um sonho o recordar incerto.”
Tu outrora talvez desses-lhe um beijo; AZEVEDO, Álvares de. VI parte de “Ideias íntimas”.
Por que repugnas levantá-la agora? In: CÂNDIDO, A.; CASTELLO, J.A. Presença
da literatura brasileira, vol. II, São Paulo:
Olha-a comigo! Que espaçosa fronte! Difusão Europeia do Livro, 1968, p. 26.
Quanta vida ali dentro fermentava,
Como a seiva nos ramos do arvoredo! a) Considerando os aspectos temáticos e for-
E a sede em fogo das ideias vivas mais do poema, pode-se vinculá-lo ao se-
Onde está? Onde foi? Essa alma errante gundo momento do movimento romântico
Que um dia no viver passou cantando, brasileiro, também conhecido como “geração
Como canta na treva um vagabundo, do spleen” ou “mal-do-século”.
Perdeu-se acaso no sombrio vento, b) A presença da mulher amada torna-se o
Como noturna lâmpada apagou-se? ponto central do poema. Isso é claramente
E a centelha da vida, o eletrismo manifestado pelas recordações do eu lírico,
Que as fibras tremulantes agitava marcado por um passado vivido, que sempre
Morreu para animar futuras vidas? volta em imagens e sonhos.

28
c) O texto reflete um articulado jogo entre o entendermos assim a literatura e orientar-
plano do imaginário e o plano real. Um dos mos dessa maneira o seu ensino, que ajuda
elementos, entre outros, que articula essa mais preciosa poderia encontrar o futuro es-
construção é a alternância dos tempos ver- tudante de direito ou de ciências políticas, o
bais presente/passado. futuro assistente social ou psicoterapeuta, o
d) Realidade e fantasia tornam-se a única rea- historiador ou o sociólogo? Ter como profes-
lidade no espaço da poesia lírica romântica, sores Shakespeare e Sófocles, Dostoievski e
gênero privilegiado dentro desse movimento. Proust não é tirar proveito de um ensino ex-
e) Apesar de utilizar decassílabo, esse poema cepcional? E não se vê que mesmo um futuro
possui o andamento próximo ao da prosa. médico, para exercer o seu ofício, teria mais
Esse aspecto formal é importante para in- a aprender com esses mesmos professores do
tensificar certo prosaísmo intimista da poe- que com os manuais preparatórios para con-
sia romântica. curso que hoje determinam o seu destino?
Assim, os estudos literários encontrariam o
Leia o texto a seguir para responder à ques-
seu lugar no coração das humanidades, ao
tão 6.
lado da história dos eventos e das ideias,
A LITERATURA EM PERIGO todas essas disciplinas fazendo progredir o
pensamento e se alimentando tanto de obras
A análise das obras feita na escola não deve-
quanto de doutrinas, tanto de ações políticas
ria mais ter por objetivo ilustrar os conceitos
quanto de mutações sociais, tanto da vida
recém-introduzidos por este ou aquele lin-
guista, este ou aquele teórico da literatura, dos povos quanto da de seus indivíduos.
quando, então, os textos são apresentados Se aceitarmos essa finalidade para o ensino
como uma aplicação da língua e do discur- literário, o qual não serviria mais unicamen-
so; sua tarefa deveria ser a de nos fazer ter te à reprodução dos professores de Letras, po-
acesso ao sentido dessas obras – pois postu- demos facilmente chegar a um acordo sobre
lamos que esse sentido, por sua vez, nos con- o espírito que o deve conduzir: é necessário
duz a um conhecimento do humano, o qual incluir as obras no grande diálogo entre os
importa a todos. Como já o disse, essa ideia homens, iniciado desde a noite dos tempos e
não é estranha a uma boa parte do próprio do qual cada um de nós, por mais ínfimo que
mundo do ensino; mas é necessário passar seja, ainda participa. “É nessa comunicação
das ideias à ação. Num relatório estabeleci- inesgotável, vitoriosa do espaço e do tempo,
do pela Associação dos Professores de Letras, que se afirma o alcance universal da literatu-
podemos ler: “O estudo de Letras implica o ra”, escrevia Paul Bénichou. A nós, adultos,
estudo do homem, sua relação consigo mes- nos cabe transmitir às novas gerações essa
mo e com o mundo, e sua relação com os herança frágil, essas palavras que ajudam a
outros.” Mais exatamente, o estudo da obra viver melhor.
remete a círculos concêntricos cada vez mais TODOROV, Tzvetan. A literatura em perigo. 2 ed. Tradução
amplos: o dos outros escritos do mesmo au- de: Caio Meira. Rio de Janeiro: Difel, 2009, p. 89-94.
tor, o da literatura nacional, o da literatura
mundial; mas seu contexto final, o mais im- 6. (Unesp) Ter como professores Shakespeare
portante de todos, nos é efetivamente dado e Sófocles, Dostoievski e Proust não é tirar
pela própria existência humana. Todas as proveito de um ensino excepcional?
grandes obras, qualquer que seja sua origem, Esta questão levantada por Todorov, no con-
demandam uma reflexão dessa dimensão. texto do terceiro parágrafo, significa:
O que devemos fazer para desdobrar o sen- a) O conhecimento enciclopédico desses auto-
tido de uma obra e revelar o pensamento do res, manifestado em suas obras, equivale a
artista? Todos os “métodos” são bons, desde
um verdadeiro curso universitário.
que continuem a ser meios, em vez de se tor-
b) Por se tratar de autores de nacionalidades
narem fins em si mesmos. (...)
e épocas diferentes, a leitura de suas obras
(...)
traz conhecimentos importantes sobre seus
(...) Sendo o objeto da literatura a própria
condição humana, aquele que a lê e a com- respectivos países.
preende se tornará não um especialista em c) Esses autores escreveram com a intenção
análise literária, mas um conhecedor do ser fundamental de passar ensinamentos para
humano. Que melhor introdução à compre- seus contemporâneos e a posteridade.
ensão das paixões e dos comportamentos d) A leitura das obras desses autores, que fo-
humanos do que uma imersão na obra, dos calizam admiravelmente o homem e o hu-
grandes escritores que se dedicam a essa ta- mano, seria de excepcional utilidade para os
refa há milênios? E, de imediato: que melhor estudantes de relações humanas.
preparação pode haver para todas as pro- e) A leitura desses autores não acrescenta nada
fissões baseadas nas relações humanas? Se de excepcional ao ensino.

29
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA todos os estudantes de relações humanas
(“Assim, os estudos literários encontrariam
1. O poema “Noturno”, de João Cabral de Melo o seu lugar no coração das humanidades, ao
Neto, apresenta desarticulação do real, su- lado da história dos eventos e das ideias,
gestões oníricas com frases ditadas do pen- todas essas disciplinas fazendo progredir o
pensamento...”).
samento, na ausência de controle exercido
pela razão: “O mar soprava sinos/ os sinos
secavam as flores/ as flores eram cabeças
de santos”. A estilística da repetição, da re- GABARITO
dundância, o uso de anadiploses (repetição
da última palavra do verso no início do se- 1. A 2. C 3. E 4. B 5. B
guinte) e de anáforas (repetição da mesma
palavra no princípio de versos consecutivos) 6. D
revelam também a preocupação do poeta na
escolha da palavra exata e concreta, caracte-
rística marcante em toda a sua obra.
2. A referência ao “herói” como um ser entre
humano e mítico, que vai em busca de um
bem essencial e ao seu desejo de represen-
tar a “nossa gente”, permite deduzir que se
trata de Macunaíma, o herói sem caráter,
protagonista da obra homônima de Mário de
Andrade.
3. Em 1924, foi iniciado o movimento Pau-
-Brasil, por Oswald de Andrade; percebe-se,
a partir de então, maior preocupação dos ar-
tistas com o próprio Brasil (e a viagem des-
sa caravana às cidades históricas mineiras é
bastante proveitosa nesse sentido) em sua
versão primitivista: valoriza-se a arte popu-
lar em detrimento à vanguardista.
4. Este poema faz parte dos que foram agrega-
dos à primeira publicação da obra, em 1853.
As características mais marcantes do Ro-
mantismo, presentes nos versos citados, são
o subjetivismo e a imaginação criadora na
descrição feita pelo próprio eu lírico: “cabeça
ardente”, “Esta fronte era bela”, “Aqui nas
faces/ Formosa palidez cobria o rosto de um
poeta”, “Como era puro seu olhar sombrio!”.
5. Embora seja possível notar a presença da
mulher amada em alguns pontos do poema,
ela não é o “ponto central” do poema. Seus
elementos mais marcantes giram em torno
do jogo entre o plano do imaginário e o pla-
no real e a alternância dos tempos verbais.
Além disso, percebe-se que realidade e fan-
tasia tornam-se a única realidade no espa-
ço dessa poesia lírica romântica. É também
um poema que, apesar de trabalhar alguns
elementos formais, como o decassílabo, pos-
sui o andamento próximo ao da prosa, mo-
vimento que intensifica o tom de conversa
intimista da poesia romântica.
6. A pergunta retórica de Todorov é ilustrativa
da tese de que a literatura deve focar a aná-
lise do comportamento do ser humano nas
mais diversas circunstâncias e, assim, tor-
nar-se elemento de suma importância para

30
PRÁTICA DOS O poema, escrito por Gregório de Matos no
século XVII:

CONHECIMENTOS - E.O. a) representa, de maneira satírica, os gover-


nantes e a desonestidade na Bahia colonial.
Leia o texto a seguir para responder à ques- b) critica a colonização portuguesa e defende, de
tão 1. forma nativista, a independência brasileira.
c) tem inspiração neoclássica e denuncia os
ARTE SUPREMA problemas de moradia na capital baiana.
Tal como Pigmalião, a minha ideia d) revela a identidade brasileira, preocupação
Visto na pedra: talho-a, domo-a, bato-a; constante do modernismo literário.
E ante os meus olhos e a vaidade fátua e) valoriza os aspectos formais da construção
poética parnasiana e aproveita para criticar
Surge, formosa e nua, Galateia.
o governo.
Mais um retoque, uns golpes... e remato-a;
Digo-lhe: “Fala!”, ao ver em cada veia 3. (Unesp) Outro traço importante da poesia de
Sangue rubro, que a cora e aformoseia... Álvares de Azevedo é o gosto pelo prosaísmo
E a estatua não falou, porque era estatua. e o humor, que formam a vertente para nós
Bem haja o verso, em cuja enorme escala mais moderna do Romantismo. A sua obra é
Falam todas as vozes do universo, a mais variada e complexa no quadro da nos-
E ao qual também arte nenhuma iguala: sa poesia romântica; mas a imagem tradicio-
Quer mesquinho e sem cor, quer amplo e terso, nal de poeta sofredor e desesperado atrapa-
Em vão não e que eu digo ao verso: “Fala!” lhou a reconhecer a importância de sua veia
E ele fala-me sempre, porque e verso. humorística.
Antonio Candido. “Prefácio”. In: Álvares de
Júlio César da Silva. Arte de amar.
Azevedo. Melhores poemas. 2003 (Adaptado).
São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1961.
A veia humorística ressaltada pelo crítico
1. (Unesp) O soneto “Arte suprema“ apresenta Antonio Candido na poesia de Álvares de
as características comuns da poesia parna- Azevedo está bem exemplificada em:
siana. Assinale a alternativa em que as ca- a) Cavaleiro das armas escuras,
racterísticas descritas se referem ao Parna- Onde vais pelas trevas impuras
sianismo. Com a espada sanguenta na mão?
a) Busca da objetividade, preocupação acentu- Por que brilham teus olhos ardentes
ada com o apuro formal, com a rima, o rit- E gemidos nos lábios frementes
mo, a escolha dos vocábulos, a composição e Vertem fogo do teu coração?
a técnica do poema. b) Ontem tinha chovido... Que desgraça!
b) Tendência para a humanização do sobrena- Eu ia a trote inglês ardendo em chama,
tural, com a oposição entre o homem vol- Mas lá vai senão quando uma carroça
tado para Deus e o homem voltado para a Minhas roupas tafuis encheu de lama...
terra.
c) Pálida, à luz da lâmpada sombria,
c) Poesia caracterizada pelo escapismo, ou
Sobre o leito de flores reclinada,
seja, pela fuga do mundo real para um mun-
Como a lua por noite embalsamada,
do ideal caracterizado pelo sonho, pela soli- Entre as nuvens do amor ela dormia!
dão, pelas emoções pessoais.
d) Predomínio dos sentimentos sobre a razão, d) Se eu morresse amanhã, viria ao menos
gosto pelas ruínas e pela atmosfera de mis- Fechar meus olhos minha triste irmã;
tério. Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
e) Poesia impregnada de religiosidade e que faz
uso recorrente de sinestesias. e) Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
Que o espírito enlaça à dor vivente,
2. (Unesp) A cada canto um grande conselheiro, Não derramem por mim nem uma lágrima
Que nos quer governar cabana, e vinha, Em pálpebra demente.
Não sabem governar sua cozinha, As questões 4 a 7 tomam por base uma pas-
E podem governar o mundo inteiro. sagem da crônica “O pai, hoje e amanhã“, de
(...) Carlos Drummond de Andrade (1902-1987).
Estupendas usuras nos mercados,
Todos, os que não furtam, muito pobres, A civilização industrial, entidade abstrata,
E eis aqui a Cidade da Bahia. nem por isso menos poderosa, encomendou
Gregório de Matos. “Descreve o que era realmente naquelle
à ciência aplicada a execução de um projeto
tempo a cidade da Bahia de mais enredada por menos extremamente concreto: a fabricação do ser
confusa”. In: James Amado (Org.). Obra poética. 1990. humano sem pais.

31
A ciência aplicada faz o possível para aviar a 5. (Unesp) De acordo com a crônica, o autor
encomenda a médio prazo. Já venceu a primei- acredita que a inseminação artificial apre-
ra etapa, com a inseminação artificial, que, de sentará uma consequência no sistema de va-
um lado, acelera a produtividade dos rebanhos lores familiares:
(resultado econômico) e, de outro, anestesia o a) anestesia do sentimento filial.
sentimento filial (resultado moral). b) negação do poder de Deus.
O ser humano concebido por esse processo c) valorização da figura paterna.
tanto pode considerar-se filho de dois pais d) divinização da ciência.
como de nenhum. Em fase mais evoluída, o e) quebra das leis da natureza.
chamado bebê de proveta dispensará a in-
cubação em ventre materno, desenvolven- 6. (Unesp) Pai? Mito do passado.
do-se sob condições artificiais plenamente Esta pergunta e sua resposta, de acordo com
satisfatórias. Nenhum vínculo de memória, o conteúdo da crônica, sintetizam um dos ar-
gratidão, amor, interesse, costume – direi gumentos que, aparentemente, fundamenta-
mesmo: de ressentimento ou ódio – o ligará ra o projeto:
a qualquer pessoa responsável por seu apa- a) a autoridade dos filhos sobre os pais foi a
recimento. O sêmen, anônimo, obtido por base da civilização.
masturbação profissional e recolhido ao ban- b) a figura paterna é necessária à sociedade.
co especializado, por sua vez cederá lugar ao c) a mãe educa melhor o filho para a vida real.
gerador sintético, extraído de recursos da d) a estrutura familiar não foi descrita em mi-
natureza vegetal e mineral. Estará abolida, tos e lendas.
assim, qualquer participação consciente do e) a função do pai é hoje ultrapassada e dis-
homem e da mulher no preparo e formação pensável.
de uma unidade humana. Esta será produzi-
da sob critérios políticos e econômicos tecni- 7. (Unesp) Com ironia e fingida concordância, o
camente estabelecidos, que excluem a inútil cronista afirma que o resultado final do pro-
e mesmo perturbadora intromissão do casal. jeto encomendado à ciência aplicada será:
Pai? Mito do passado. a) a prova de que a ciência é mais poderosa que
Aparentemente, tal projeto parece coinci- qualquer divindade.
dir com a tendência, acentuada nos últimos b) o monopólio genético, com um só país pro-
anos, de se contestar a figura tradicional do duzindo a população.
pai. Eliminando-se a presença incômoda, c) a eliminação das diferenças culturais no pla-
ter-se-ia realizado o ideal de inúmeros jo- neta.
vens que se revoltam contra ela – o pai de d) a exclusão dos pais na geração de bebês.
família e o pai social, o governo, a lei – e e) a criação de androides, que substituirão os
aspiram à vida isenta de compromissos com seres humanos.
valores do passado.
Julgo ilusória esta interpretação. O projeto As questões 8 a 10 tomam por base um frag-
tecnológico de eliminação do pai vai longe mento da crônica “Letra de canção e poesia“,
demais no caminho da quebra de padrões. A de Antonio Cicero.
meu ver, a insubmissão dos filhos aos pais é Como escrevo poemas e letras de canções,
fenômeno que envolve novo conceito de re- frequentemente perguntam-me se acho que
lações, e não ruptura de relações. as letras de canções são poemas. A expressão
(De notícias e não notícias faz-se a crônica, 1975) “letra de canção” já indica de que modo essa
questão deve ser entendida, pois a palavra
4. (Unesp) Com o termo unidade humana, em- “letra” remete à escrita. O que se quer saber
pregado no penúltimo período do terceiro é se a letra, separada da canção, constitui
parágrafo, Drummond sugere que: um poema escrito.
a) cada ser humano será como um produto in- “Letra de canção é poema?” Essa formulação
dustrial qualquer. é inadequada. Desde que as vanguardas mos-
b) cada indivíduo já nascerá como um democra- traram que não se pode determinar a prio-
ta por natureza. ri quais são as formas lícitas para a poesia,
c) não haverá diferença de sexo entre as pessoas. qualquer coisa pode ser um poema. Se um
d) os homens se tornarão solidários e dotados poeta escreve letras soltas na página e diz
de livre arbítrio. que é um poema, quem provará o contrário?
e) a população mundial agirá como se fosse um Neste ponto, parece-me inevitável introdu-
só ser. zir um juízo de valor. A verdadeira questão
parece ser se uma letra de canção é um bom
poema. Entretanto, mesmo esta última per-
gunta ainda não é suficientemente precisa,

32
pois pode estar a indagar duas coisas distin- 10. (Unesp) Com o conceito expresso pelo termo
tas: 1) Se uma letra de canção é necessaria- autotélico, o cronista considera que:
mente um bom poema; e 2) Se uma letra de a) o poema, quando escrito, já tem implícita
canção é possivelmente um bom poema. uma possível canção.
Quanto à primeira pergunta, é evidente que b) uma canção é boa ou má segundo o gosto
deve ter uma resposta negativa. Nenhum poe- predominante na época.
ma é necessariamente um bom poema; nenhum c) um poema é um objeto dotado de sua pró-
texto é necessariamente um bom poema; logo, pria finalidade.
nenhuma letra é necessariamente um bom poe- d) tanto letra quanto música são dotadas de
ma. Mas talvez o que se deva perguntar é se uma sua própria finalidade.
boa letra é necessariamente um bom poema. e) a letra de uma canção pode funcionar sozi-
Ora, também a essa pergunta a resposta é nega- nha ou com a música.
tiva. Quem já não teve a experiência, em relação
a uma letra de canção, de se emocionar com ela Leia o texto a seguir para responder às ques-
ao escutá-la cantada e depois considerá-la insí- tões 11 a 14.
pida, ao lê-la no papel, sem acompanhamento UMA CAMPANHA ALEGRE, IX
musical? Não é difícil entender a razão disso.
Um poema é um objeto autotélico, isto é, ele Há muitos anos que a política em Portugal
tem o seu fim em si próprio. Quando o jul- apresenta este singular estado:
gamos bom ou ruim, estamos a considerá-lo Doze ou quinze homens, sempre os mesmos,
independentemente do fato de que, além de alternadamente possuem o Poder, perdem o
ser um poema, ele tenha qualquer utilidade. Poder, reconquistam o Poder, trocam o Po-
O poema se realiza quando é lido: e ele pode der... O Poder não sai duns certos grupos,
ser lido em voz baixa, interna, aural. como uma pela* que quatro crianças, aos
Já uma letra de canção é heterotélica, isto é, quatro cantos de uma sala, atiram umas às
ela não tem o seu fim em si própria. Para que outras, pelo ar, num rumor de risos.
a julguemos boa, é necessário e suficiente que Quando quatro ou cinco daqueles homens es-
ela contribua para que a obra lítero-musical de tão no Poder, esses homens são, segundo a
que faz parte seja boa. Em outras palavras, se opinião, e os dizeres de todos os outros que
uma letra de canção servir para fazer uma boa lá não estão – os corruptos, os esbanjadores
canção, ela é boa, ainda que seja ilegível. E a le- da Fazenda, a ruína do País!
tra pode ser ilegível porque, para se estruturar, Os outros, os que não estão no Poder, são,
para adquirir determinado colorido, para ter os segundo a sua própria opinião e os seus jor-
sons ou as palavras certas enfatizadas, ela de- nais – os verdadeiros liberais, os salvadores
pende da melodia, da harmonia, do ritmo, do da causa pública, os amigos do povo, e os
tom da música à qual se encontra associada. interesses do País.
(Folha de S.Paulo, 16 jun. 2007) Mas, coisa notável! – os cinco que estão no
Poder fazem tudo o que podem para conti-
8. (Unesp) No primeiro parágrafo de sua crô- nuar a ser os esbanjadores da Fazenda e a
nica, Antonio Cicero apresenta como indaga- ruína do País, durante o maior tempo possí-
ção central: vel! E os que não estão no Poder movem-se,
a) A literatura é superior ou inferior à música? conspiram, cansam-se, para deixar de ser o
b) Primeiro veio a letra e depois a música, ou mais depressa que puderem – os verdadeiros
ao contrário? liberais, e os interesses do País!
c) A letra, divorciada da música, é um poema? Até que enfim caem os cinco do Poder, e
d) Numa canção, o que vale mais: partitura ou os outros, os verdadeiros liberais, entram
execução? triunfantemente na designação herdada de
e) Poema e música são artes distintas ou cons- esbanjadores da Fazenda e ruína do País; em
tituem a mesma arte? tanto que os que caíram do Poder se resig-
nam, cheios de fel e de tédio – a vir a ser os
9. (Unesp) Sobre a qualidade da canção, o cro- verdadeiros liberais e os interesses do País.
nista acredita que: Ora como todos os ministros são tirados deste
a) qualquer poema que se escreva funcionará grupo de doze ou quinze indivíduos, não há
bem com a música. nenhum deles que não tenha sido por seu tur-
b) combinar letra e música é pura questão de no esbanjador da Fazenda e ruína do País...
sorte. Não há nenhum que não tenha sido demi-
c) uma letra em nada contribui para a qualida- tido, ou obrigado a pedir a demissão, pelas
de da canção. acusações mais graves e pelas votações mais
d) uma boa canção é resultado de boa música e hostis...
de boa letra. Não há nenhum que não tenha sido julgado
e) a música sem a letra se torna descolorida e
incapaz de dirigir as coisas públicas – pela
insossa.
33
Imprensa, pela palavra dos oradores, pelas c) a defesa de boas ideias frequentemente leva
incriminações da opinião, pela afirmativa à renúncia.
constitucional do poder moderador... d) os políticos honestos sofrem acusações e
E todavia serão estes doze ou quinze indi- perseguições dos desonestos.
víduos os que continuarão dirigindo o País, e) todos os políticos se equivalem pelos desvios
neste caminho em que ele vai, feliz, abun- da ética.
dante, rico, forte, coroado de rosas, e num
chouto** tão triunfante! Leia o texto a seguir para responder às ques-
Eça de Queirós. Obras. Porto: Lello & Irmão-Editores, s/d.
tões 15 a 18.
(*) Pela: bola ELEGIA NA MORTE DE CLODOALDO PEREI-
(**) Chouto: trote miúdo RA DA SILVA MORAES, POETA E CIDADÃO
A morte chegou pelo interurbano em longas
11. (Unesp) Considere as frases com relação ao
espirais metálicas.
que se afirma na crônica de Eça de Queirós:
Era de madrugada. Ouvi a voz de minha mãe,
I. Os que estão no poder não querem sair e
viúva.
os que não estão querem entrar.
De repente não tinha pai.
II. Quando um partido ético está no poder,
No escuro de minha casa em Los Angeles
tudo fica melhor.
procurei recompor tua lembrança
III.Os governantes são bons e éticos, mas vi-
Depois de tanta ausência. Fragmentos da in-
vem a trocar acusações infundadas.
fância
IV. Os políticos que estão fora do poder jul-
Boiaram do mar de minhas lágrimas. Vi-me
gam-se os melhores eticamente para go-
eu menino
vernar.
Correndo ao teu encontro. Na ilha noturna
As frases que representam a opinião do cro-
Tinham-se apenas acendido os lampiões a
nista estão contidas apenas em:
gás, e a clarineta
a) I e II.
De Augusto geralmente procrastinava a tar-
b) I e III.
de.
c) I e IV.
Era belo esperar-te, cidadão. O bondinho
d) I, II e III.
Rangia nos trilhos a muitas praias de dis-
e) II, III e IV.
tância
12. (Unesp) Considerando que o último parágra- Dizíamos: “Ê-vem meu pai!”. Quando a curva
fo do fragmento representa uma ironia do Se acendia de luzes semoventes*, ah, corrí-
cronista, seu significado contextual é: amos
a) Portugal vai muito bem, apesar de seus maus Corríamos ao teu encontro. A grande coisa
governantes. era chegar antes
b) A alternância dos grupos no poder faz bem Mas ser marraio** em teus braços, sentir por
ao país. último
c) O país experimenta um progresso vertiginoso. Os doces espinhos da tua barba.
d) O país vai mal em todos os sentidos. Trazias de então uma expressão indizível de
e) Portugal não se importa com seus políticos. fidelidade e paciência
Teu rosto tinha os sulcos fundamentais da
13. (Unesp) ...cheios de fel e de tédio... doçura
Nesta passagem do sexto parágrafo, o cro- De quem se deixou ser. Teus ombros possan-
nista se utiliza figuradamente da palavra fel tes
para significar: Se curvavam como ao peso da enorme poesia
a) rancor. Que não realizaste. O barbante cortava teus
b) eloquência. dedos
c) esperança. Pesados de mil embrulhos: carne, pão, uten-
d) medo. sílios
e) saudade. Para o cotidiano (e frequentemente o binó-
culo
14. (Unesp) Não há nenhum que não tenha sido Que vivias comprando e com que te deixavas
demitido, ou obrigado a pedir a demissão, horas inteiras
pelas acusações mais graves e pelas votações Mirando o mar). Dize-me, meu pai
mais hostis... Que viste tantos anos através do teu óculo
Com esta frase, o cronista afirma que: de alcance
a) a atividade política está sempre sujeita a Que nunca revelaste a ninguém?
acusações descabidas. Vencias o percurso entre a amendoeira e a
b) é altamente honroso, em certos casos, demi- casa como o atleta exausto no último lance
tir-se para evitar males ao estado. da maratona.

34
Te grimpávamos. Eras penca de filho. Jamais 15. (Unesp) Compare o conteúdo das frases a
Uma palavra dura, um rosnar paterno. En- seguir com o que o eu poemático afirma no
travas a casa humilde poema.
A um gesto do mar. A noite se fechava I. A notícia da morte do pai chegou por te-
Sobre o grupo familial como uma grande lefone.
porta espessa. II. O falecimento foi informado pela primo-
* gênita.
III.A morte do pai provocou reminiscências
Muitas vezes te vi desejar. Desejavas. Deixa- da infância.
vas-te olhando o mar IV. Apesar de não ter sido um bom pai, o fi-
Com mirada de argonauta. Teus pequenos lho perdoa e sente saudades.
olhos feios
As frases que correspondem ao que é efeti-
Buscavam ilhas, outras ilhas... – as imacula-
vamente expresso no poema estão contidas
das, inacessíveis
apenas em:
Ilhas do Tesouro. Querias. Querias um dia
a) I e II.
aportar
b) I e III.
E trazer – depositar aos pés da amada as
joias fulgurantes c) I e IV.
Do teu amor. Sim, foste descobridor, e entre d) I, II e III.
eles e) II, III e IV.
Dos mais provectos***. Muitas vezes te vi,
comandante 16. (Unesp) Marque a alternativa cujo verso con-
Comandar, batido de ventos, perdido na fos- tém um pleonasmo, ou seja, uma redundân-
forência cia de termos com bom efeito estilístico.
De vastos e noturnos oceanos a) De repente não tinha pai.
Sem jamais. b) Rangia nos trilhos a muitas praias de distân-
cia...
*
c) Se curvavam como ao peso da enorme poe-
Deste-nos pobreza e amor. A mim me deste sia.
A suprema pobreza: o dom da poesia, e a ca- d) Sobre o grupo familial como uma grande
pacidade de amar porta espessa.
Em silêncio. Foste um pobre. Mendigavas e) Deste-nos pobreza e amor. A mim me deste.
nosso amor
Em silêncio. Foste um no lado esquerdo. Mas 17. (Unesp) Partiste um dia/ Para um brasil
Teu amor inventou. Financiaste uma lancha além, garimpeiro sem medo e sem mácula.
Movida a água: foi reta para o fundo. O emprego da palavra brasil com inicial mi-
Partiste um dia núscula, no poema de Vinicius, tem a se-
Para um brasil além, garimpeiro sem medo guinte justificativa:
e sem mácula. a) O eu poemático se serve da inicial minúscula
Doze luas voltaste. Tua primogênita – diz- para menosprezar o país.
-se – b) Empregar um nome próprio com inicial mi-
Não te reconheceu. Trazias grandes barbas e núscula era comum entre os modernistas.
pequenas águas-marinhas. c) O eu poemático emprega “brasil” como me-
(...) táfora de “paraíso”, onde crê estar a alma de
Vinicius de Moraes. Antologia poética. 11 ed. Rio seu pai.
de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 180-181. d) O emprego da inicial maiúscula em nomes de
países é facultativo.
(*) Semovente: “Que ou o que anda ou se
e) Na acepção em que é empregada no texto, a
move por si próprio.”
palavra “brasil” é um substantivo comum.
(**) Marraio: “No gude e noutros jogos, pa-
lavra que dá, a quem primeiro a grita, o di- 18. (Unesp) Quando a curva/ Se acendia de luzes
reito de ser o último a jogar.” semoventes [...]
(***) Provecto: “Que conhece muito um as- Esta imagem significa, nos versos em que
sunto ou uma ciência, experiente, versado, surge:
mestre.” a) o mar ao longe refletia as luzes da cidade.
(Dicionário Eletrônico Houaiss)
b) o bonde se aproximava todo iluminado.
c) a lua despontava no horizonte, trêmula e
brilhante.
d) as luzes dos postes se acendiam, ao anoitecer.
e) a curvatura do céu todo estrelado aparecia à
noite.

35
Leia o poema de Tomás Antônio Gonzaga (1744- 20. (Unesp) A leitura atenta deste poema do li-
1810), para responder às questões 19 e 20. vro Marília de Dirceu revela que o eu lírico:
18 a) sente total desânimo perante a existência e
Não vês aquele velho respeitável, os sentimentos.
que à muleta encostado, b) aceita com resignação a velhice e a morte
apenas mal se move e mal se arrasta? amenizadas pelo amor.
Oh! quanto estrago não lhe fez o tempo, c) está em crise existencial e não acredita na
o tempo arrebatado, durabilidade do amor.
que o mesmo bronze gasta! d) protesta ao Criador pela precariedade da
Enrugaram-se as faces e perderam existência humana.
seus olhos a viveza: e) não aceita de nenhum modo o envelheci-
voltou-se o seu cabelo em branca neve; mento e prefere morrer ainda jovem.
já lhe treme a cabeça, a mão, o queixo,
As questões 21 a 23 tomam por base uma
nem tem uma beleza
das belezas que teve. passagem do romance regionalista Vidas se-
cas, de Graciliano Ramos (1892-1953).
Assim também serei, minha Marília,
daqui a poucos anos, CONTAS
que o ímpio tempo para todos corre. Fabiano recebia na partilha a quarta parte
Os dentes cairão e os meus cabelos. dos bezerros e a terça dos cabritos. Mas como
Ah! sentirei os danos, não tinha roça e apenas se limitava a semear
que evita só quem morre. na vazante uns punhados de feijão e milho,
Mas sempre passarei uma velhice comia da feira, desfazia-se dos animais, não
muito menos penosa. chegava a ferrar um bezerro ou assinar a
Não trarei a muleta carregada, orelha de um cabrito.
descansarei o já vergado corpo Se pudesse economizar durante alguns me-
na tua mão piedosa, ses, levantaria a cabeça. Forjara planos. Toli-
na tua mão nevada. ce, quem é do chão não se trepa. Consumidos
os legumes, roídas as espigas de milho, re-
As frias tardes, em que negra nuvem corria à gaveta do amo, cedia por preço baixo
os chuveiros não lance, o produto das sortes.
irei contigo ao prado florescente: Resmungava, rezingava, numa aflição, ten-
aqui me buscarás um sítio ameno, tando espichar os recursos minguados, en-
onde os membros descanse, gasgava-se, engolia em seco. Transigindo
e ao brando sol me aquente. com outro, não seria roubado tão descarada-
Apenas me sentar, então, movendo mente. Mas receava ser expulso da fazenda.
os olhos por aquela E rendia-se. Aceitava o cobre e ouvia conse-
vistosa parte, que ficar fronteira, lhos. Era bom pensar no futuro, criar juízo.
apontando direi: — Ali falamos, Ficava de boca aberta, vermelho, o pescoço
ali, ó minha bela, inchando. De repente estourava:
te vi a vez primeira. — Conversa. Dinheiro anda num cavalo e
ninguém pode viver sem comer. Quem é do
Verterão os meus olhos duas fontes, chão não se trepa.
nascidas de alegria; Pouco a pouco o ferro do proprietário quei-
farão teus olhos ternos outro tanto; mava os bichos de Fabiano. E quando não
então darei, Marília, frios beijos tinha mais nada para vender, o sertanejo
na mão formosa e pia, endividava-se. Ao chegar a partilha, estava
que me limpar o pranto. encalacrado, e na hora das contas davam-lhe
Assim irá, Marília, docemente uma ninharia.
meu corpo suportando Ora, daquela vez, como das outras, Fabiano
do tempo desumano a dura guerra. ajustou o gado, arrependeu-se, enfim deixou
Contente morrerei, por ser Marília a transação meio apalavrada e foi consultar
a mulher. Sinha Vitória mandou os meni-
quem, sentida, chorando
nos para o barreiro, sentou-se na cozinha,
meus baços olhos cerra.
concentrou-se, distribuiu no chão sementes
Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu e mais poesias.
de várias espécies, realizou somas e dimi-
Lisboa: Livraria Sá da Costa, 1982.
nuições. No dia seguinte Fabiano voltou à
19. (Unesp) No conteúdo da quinta estrofe do cidade, mas ao fechar o negócio notou que
poema encontramos uma das características as operações de Sinha Vitória, como de cos-
mais marcantes do Arcadismo. tume, diferiam das do patrão. Reclamou e
a) Paisagem bucólica obteve a explicação habitual: a diferença era
b) Pessimismo irônico proveniente de juros.
c) Conflito dos elementos naturais Não se conformou: devia haver engano.
d) Filosofia moral Ele era bruto, sim senhor, via-se perfeita-
e) Desencanto com o amor mente que era bruto, mas a mulher tinha

36
miolo. Com certeza havia um erro no papel 23. (Unesp) Identifique, entre os quatro exem-
do branco. Não se descobriu o erro, e Fa- plos extraídos do texto, aqueles que se apre-
biano perdeu os estribos. Passar a vida in- sentam em discurso indireto livre:
teira assim no toco, entregando o que era I. Fabiano recebia na partilha a quarta par-
dele de mão beijada! Estava direito aqui- te dos bezerros e a terça dos cabritos.
lo? Trabalhar como negro e nunca arranjar II. — Conversa. Dinheiro anda num cavalo e
carta de alforria! ninguém pode viver sem comer.
O patrão zangou-se, repeliu a insolência, III.Estava direito aquilo? Trabalhar como ne-
achou bom que, o vaqueiro fosse procurar gro e nunca arranjar carta de alforria!
serviço noutra fazenda. IV. Não era preciso barulho não.
Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. a) I e II.
Bem, bem. b) II e III.
Não era preciso barulho não. Se havia dito c) III e IV.
palavra à toa, pedia desculpa. Era bruto, d) I, II e III.
não fora ensinado. Atrevimento não tinha, e) II, III e IV.
conhecia o seu lugar. Um cabra. Ia lá puxar
questão com gente rica? Bruto, sim senhor,
mas sabia respeitar os homens. Devia ser
ignorância da mulher, provavelmente devia
GABARITO
ser ignorância da mulher. Até estranhara as
contas dela. Enfim, como não sabia ler (um 1. A 2. A 3. B 4. A 5. A
bruto, sim senhor), acreditara na sua velha.
6. E 7. D 8. C 9. D 10. C
Mas pedia desculpa e jurava não cair noutra.
Graciliano Ramos. Vidas secas. São Paulo: 11. C 12. D 13. A 14. E 15. B
Livraria Martins Editora, 1974.
16. E 17. E 18. B 19. A 20. B
21. (Unesp) Quem é do chão não se trepa.
Fabiano emprega duas vezes este provérbio 21. B 22. A 23. C
para retratar com certo determinismo sua
situação, que ele considera impossível de ser
mudada. Há outros que poderiam ser utiliza-
dos para retratar essa atitude de desânimo
ante algo que parece irreversível.
Na relação de provérbios abaixo, aponte aque-
le que não poderia substituir o empregado
por Fabiano, em virtude de não corresponder
àquilo que a personagem queria significar.
a) Quem nasce na lama morre na bicharia.
b) Quem semeia ventos colhe tempestades.
c) Quem nasceu pra tostão não chega a milhão.
d) Quem nasceu pra ser tatu morre cavando.
e) Os paus, uns nasceram para santos, outros
para tamancos.

22. (Unesp) Lendo atentamente o fragmento de


Vidas secas, percebe-se que o foco principal
é o das transações entre Fabiano e o proprie-
tário da fazenda. Aponte a alternativa que
não corresponde ao que é efetivamente ex-
posto pelo texto.
a) O proprietário era, na verdade, um benfeitor
para Fabiano.
b) Fabiano declarava-se “um bruto” ao proprie-
tário.
c) O proprietário levava sempre vantagem na
partilha do gado.
d) Fabiano sabia que era enganado nas contas,
mas não conseguia provar.
e) Fabiano aceitava a situação e se resignava,
por medo de ficar sem trabalho.

37
INGLÊS

Prescrição: Saber manipular, sobretudo, as matrizes de interpretação de diferentes tipos de texto,


além de saber como lidar com exercícios de vocabulário e de termos fundamentais para a construção
das relações de sentido entre os períodos, como verbos e conjunções.

APLICAÇÃO DOS derived from GM microorganisms or GM


animals are likely to be introduced on the
CONHECIMENTOS - SALA market. Most existing genetically modified
crops have been developed to improve yield,
Examine o quadrinho para responder à ques- through the introduction of resistance to
tão 1. plant diseases or of increased tolerance of
herbicides.
In the future, genetic modification could be
aimed at altering the nutrient content of
food, reducing its allergenic potential, or
improving the efficiency of food production
systems. All GM foods should be assessed
before being allowed on the market. FAO/
WHO Codex guidelines exist for risk analysis
of GM food.
(www.who.int)

2. (Unesp) No trecho do segundo parágrafo “All


GM foods should be assessed before being
allowed on the market.”, o termo em desta-
que pode ser corretamente substituído, sem
alteração de sentido, por:
a) could.
b) has to.
c) might.
d) ought to.
e) used to.

1. (Unesp) O trecho “Isn’t genetic engineering Leia o texto a seguir para responder às ques-
amazing?” sugere que a mulher: tões 3 e 4.
a) critica os animais geneticamente modifica- GM wheat no more pest-resistant
dos. than ordinary crops, trial shows
b) prefere produtos tradicionais, mesmo que
sejam geneticamente manipulados. GM wheat designed to repel aphids is no more
c) aprova o produto da engenharia genética. effective at repelling the bugs than standard
d) desconhece qual ave é o Turkipede. varieties a major field trial has revealed.
e) servirá ao marido o seu prato favorito.

Leia o texto a seguir para responder à ques-


tão 2.
GENETICALLY MODIFIED FOODS
Genetically modified (GM) foods are foods
derived from organisms whose genetic
material (DNA) has been modified in a way
that does not occur naturally, e.g. through Ian Sample, June 25, 2015.
the introduction of a gene from a different
organism. Currently available GM foods stem A major field trial of GM wheat that is
mostly from plants, but in the future foods designed to repel aphids (small insects)

39
has found the crop is no better protected Examine o quadrinho para responder à ques-
against the pests than conventional wheat. tão 5.
The results come from two years of trials that
compared aphid attacks on standard wheat
plants with those suffered by a GM version
modified to release a natural aphid repellent.
Scientists created the GM wheat strain in the
hope that it would deter aphids, which devour
the crops and can leave them with infections.
They modified the wheat to produce a natural
pheromone which aphids release when under
attack from predators. The “aphid alarm”
makes the bugs flee to safety. Aphids are not the
only organisms that release the odour though.
More than 400 plants have evolved to secrete
the same substance, called E-betafarnesene,
or EBF, including peppermint. The chemical
doubles up as an attractant for some insects
that kill aphids, such as parasitic wasps.
Prior to the field trial, lab tests at Rothamsted
found that the pheromone worked as a highly-
effective aphid repellent. The work bolstered 5. (Unesp) No contexto do quadrinho, o termo
researchers’ hopes that the trial would “can” indica uma ideia de:
demonstrate the crop’s resilience against a) habilidade.
aphids in the wild. An aphid-resistant wheat b) conhecimento.
crop could have huge benefits for farmers and c) pedido.
the environment because the plants would no d) obrigação.
longer need to be sprayed with insecticides. e) certeza.
“The disappointing thing is that when we
tested it in the field, we didn’t find any
significant reduction in aphid settlement in RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
the test plots,” said Toby Bruce, who worked
on the trial. Details of the trial are published 1. O texto pode ser entendido como “A enge-
in the journal Scientific Reports. nharia genética não é incrível? Dois anos
Adaptado de: <www.theguardian.com>.
atrás quem teria imaginado uma coisa como
o Turkipede (peru com várias patas)?“.
3. (Unesp) O objetivo do experimento com tri- 2. Os modais “should“ e “ought to“ podem ser
go geneticamente modificado foi: considerados como sinônimos nesse caso,
a) reproduzir em laboratório as condições aná- pois transmitem a ideia de sugestão, conse-
logas às encontradas em campo. lho. A frase em destaque pode ser entendida
b) corrigir, em condições naturais, as falhas en- como “todos os alimentos modificados gene-
contradas em testes de laboratório. ticamente deveriam ser analisados antes de
serem permitidos no mercado”.
c) fazer com que o trigo GM evitasse a infesta-
ção por afídeos. 3. O texto coloca: “A major field trial of GM
d) comparar o desempenho de plantações de wheat that is designed to repel aphids (small
trigo GM ao de plantações borrifadas com insects) has found the crop is no better
inseticidas. protected against the pests than conventional
e) criar um repelente de insetos que poderia wheat” (Um grande experimento com trigo
ser usado em outras plantações. geneticamente modificado que é criado
para afastar afídeos – pequenos insetos –
descobriu que o produto não possui maior
4. (Unesp) The field tests with the GM wheat
proteção contra pestes do que o trigo
proved ineffective because:
convencional).
a) the crop was environmentally unsafe.
b) the wheat was infected by EBF. 4. Os experimentos com o trigo geneticamente
c) they did not display the expected outcome. modificado provaram ser ineficientes porque
d) insecticides could be replaced by pheromones. “eles não exibiram o resultado esperado”.
e) the EBF pheromone acted as an actual aphid O texto coloca: “The disappointing thing is
that when we tested it in the field, we didn’t
repellent.
find any significant reduction in aphid
settlement in the test plots” (O aspecto

40
decepcionante é que quando nós o testamos
[o trigo geneticamente modificado], nós não PRÁTICA DOS
achamos nenhuma redução significativa na
disposição dos afídeos nas áreas testadas). CONHECIMENTOS - E.O.
5. O modal verb “can“ está sendo usado com Leia o texto a seguir para responder à ques-
a ideia de pedido. A criança fala para sua tão 1.
mãe: “Ao invés de ler um livro, podemos ler
tweets?”. Pediatric group advises
parents to read to kids
June 26, 2014

GABARITO By Amy Graff


Reading Go Dog Go to your 6 month old
1. C 2. D 3. C 4. C 5. C might seem like wasted time because she’s
more likely to eat the book than help you
turn the pages, but a statement released by
the American Academy of Pediatrics (AAP)
this week says reading in the early years
is essential. Reading out loud gets parents
talking to their babies and the sound of
an adult’s voice stimulates that tiny yet
rapidly growing brain. In the statement, the
academy advises pediatricians to tell parents
to read books to their children from birth.
Reading regularly with young children
stimulates optimal patterns of brain
development and strengthens parent-
child relationships at a critical time in
child development, which, in turn, builds
language, literacy, and social-emotional
skills that last a lifetime. Research shows
that a child’s brain develops faster between
0 and 3 than at any other time in life,
making the early years a critical time for
babies to hear rich oral language. The more
words children hear directed at them by
parents and caregivers, the more they learn.
While many babies are read Goodnight
Moon and The Very Hungry Caterpillar
every night before bed, others never
get a chance to “pat the bunny.” Studies
reveal that children from low-income, less-
educated families have significantly fewer
books than their more affluent peers. By
age 4, children in poverty hear 30 million
fewer words than those in higher-income
households. These dramatic gaps result in
significant learning disadvantages that
persist into adulthood. The AAP hopes the
new guidelines will encourage all parents
to start reading from day one.
Research shows that when pediatricians
talk with parents about reading, moms
and dads are more likely to fill their home
with books and read. Also, to help get more
parents reading, the AAP is partnering with
organizations such as Scholastic and Too
Small to Fail to help get reading materials to
new families who need books the most.
This is the first time the AAP has made a
recommendation on children’s literary

41
education and it seems the timing might The type of inequality that currently
be just right as more and more parents are characterizes the world’s economies is unlike
leaning on screens and electronic gadget anything seen in recent years, the report
to occupy their babies. “The reality of explained. “Between 2002 and 2010 the
today’s world is that we’re competing with total wealth of the poorest half of the world
portable digital media,” Dr. Alanna Levine, in current U.S. dollars had been increasing
a pediatrician in Orangeburg, N.Y., told The more or less at the same rate as that of
New York Times. “So you really want to arm billionaires,” it said. “However since 2010, it
parents with tools and rationale behind has been decreasing over that time.”
it about why it’s important to stick to the Winnie Byanyima, the charity’s executive
basics of things like books.” director, noted in a statement that more
Adaptado de: <http://blog.seattlepi.com>. than a billion people lived on less thana day.
“Do we really want to live in a world where
1. (Unesp) No trecho do segundo parágrafo the 1 percent own more than the rest of us
“which, in turn, builds language”, a expres- combined?” Ms. Byanyima said. “The scale of
são em destaque equivale, em português, a: global inequality is quite simply staggering.”
a) ao retornar. Investors with interests in finance, insurance
b) nas idas e vindas. and health saw the biggest windfalls, Oxfam
c) por sua vez. said. Using data from Forbes magazine’s list
d) ao dar reviravoltas. of billionaires, it said those listed as having
e) ao se desviar. interests in the pharmaceutical and health
care industries saw their net worth jump
Leia o texto a seguir para responder às ques- by 47 percent. The charity credited those
tões 2 a 5. individuals’ rapidly growing fortunes in part
to multimillion-dollar lobbying campaigns to
Oxfam study finds richestis likely to
protect and enhance their interests.
control half of global wealth by 2016
Adaptado de: <www.nytimes.com>.
January 19, 2015
2. (Unesp) No trecho do terceiro parágrafo
“However since 2010, it has been decreasing
over that time.”, o termo “however” pode ser
substituído, sem alteração de sentido, por:
a) meanwhile.
b) like.
c) then.
d) but.
e) so.

3. (Unesp) No trecho do segundo parágrafo


“Last year, it took 85 billionaires to equal
that figure.”, “that figure” refere-se a:
a) 1%.
By Patricia Cohen b) 85.
c) 50%.
The richest 1 percent is likely to control more d) 80.
than half of the globe’s total wealth by next e) 1,9 trilhão.
year, the anti-poverty charity Oxfam reported
in a study released on Monday. The warning 4. (Unesp) De acordo com o terceiro parágrafo
about deepening global inequality comes do texto:
just as the world’s business elite prepare to a) a desigualdade entre ricos e pobres no mun-
meet this week at the annual World Economic do aumentou a partir de 2010.
Forum in Davos, Switzerland. b) a diferença entre a renda dos 50% mais po-
The 80 wealthiest people in the world bres e a dos 50% mais ricos está diminuindo
altogether ownthe report found, nearly the desde 2010.
same amount shared by thepeople who occupy c) desde 2010 a crise mundial vem atingindo
the bottom half of the world’s income scale. tanto os pobres como os ricos.
(Last year, it took 85 billionaires to equal d) o número de bilionários no mundo ficou es-
that figure.) And the richest 1 percent of the tável entre 2002 e 2010.
population controls nearly half of the world’s e) em 2010, a renda dos mais pobres foi igual à
total wealth, a share that is also increasing. do ano de 2002.

42
5. (Unesp) No contexto do último parágrafo, o genuinely dedicated to making a difference
sentido do termo “windfalls” em “Investors and those that are using a green curtain to
with interests in finance, insurance and conceal dark motives.”
health saw the biggest windfalls” equivale, Greenpeace launched its Stop Greenwash
em português, a: campaign in 2009 to call out bad actors
a) avaliações. and help consumers make better choices.
b) turbulências econômicas. The most common greenwashing strategy,
c) flutuações cambiais. the group says, is when a company touts
d) depreciações. an environmental program or product while
e) ganhos rápidos. its core business is inherently polluting or
unsustainable.
6. (Unesp) Examine a tira. Another involves what Greenpeace calls “ad
bluster”: using targeted advertising or public
relations to exaggerate a green achievement
so as to divert attention from actual
environmental problems – or spending more
money bragging about green behavior than on
actual deeds. In some cases, companies may
boast about corporate green commitments
No segundo quadrinho da tira, a expressão while lobbying behind the scenes against
“that sort of thing“ refere-se a: environmental laws.
a) working great. Greenpeace also urges vigilance about green
b) styrofoam cups. claims that brag about something the law
c) paper cups. already requires: “For example, if an industry
d) the sort of company. or company has been forced to change a
e) help the planet. product, clean up its pollution or protect
an endangered species, then uses Public
Leia o texto a seguir para responder às ques- Relations campaigns to make such action
tões 7 e 8. look proactive or voluntary.”
For consumers, the best way to avoid getting
How can consumers find out if “greenwashed” is to be educated about who
a corporation is “greenwashing” is truly green and who is just trying to look
environmentally unsavory practices? that way to make more money. Look beyond
advertising claims, read ingredient lists or
ask employees about the real information on
their company’s environmental commitment.
Also, look for labels that show if a given
offering has been inspected by a reliable
third-party. For example, the U.S. Department
of Agriculture’s Certified Organic label can
only go on products that meet the federal
In essence, greenwashing involves falsely government’s organic standard. Just because
conveying to consumers that a given a label says “made with organic ingredients”
product, service, company or institution or “all-natural” does not mean the product
factors environmental responsibility into qualifies as Certified Organic, so be sure to
its offerings and/or operations. CorpWatch, look beyond the hype.
a non-profit organization dedicated to (www.scientificamerican.com. Adaptado.)
keeping tabs on the social responsibility
(or lack thereof) of U.S.-based companies, 7. (Unesp) Segundo o texto, uma das estra-
characterizes greenwashing as “the tégias usadas pelas empresas para praticar
phenomena of socially and environmentally ”greenwashing” é:
destructive corporations, attempting to a) o uso de atores de televisão e de pessoas
preserve and expand their markets or power famosas para promover seus produtos.
by posing as friends of the environment.” b) a alegação de que seus produtos são saudá-
One of the groups leading the charge against veis e fazem a diferença.
greenwashing is Greenpeace. “Corporations c) a redução das atividades poluidoras com in-
are falling all over themselves,” reports vestimentos em energia de fontes renováveis.
the group, “to demonstrate that they are d) a divulgação de que estão contribuindo para
environmentally conscious. The average o meio ambiente ao apenas cumprir a lei.
citizen is finding it more and more difficult to e) a utilização da cor verde nas embalagens de
tell the difference between those companies seus produtos para simbolizar a natureza.

43
8. (Unesp) O trecho do último parágrafo year by 2025 – an increase of 70 percent.
”Look beyond advertising claims, read Managing waste will also become more
ingredient lists or ask employees about expensive. Expenditures that today total
the real information on their company’s $205 billion will grow to $375 billion. The
environmental commitment. Also, look for cost impacts will be most severe in low
labels that show if a given offering has income countries already struggling to
been inspected by a reliable third-party.” meet basic social and infrastructure needs,
apresenta: particularly for their poorest residents.
a) recomendações para o consumidor não ser Because it is such a major issue, waste
enganado em relação a produtos e empresas management also represents a great
supostamente “verdes”. opportunity for cities. Managed well, solid
b) exigências que devem ser feitas às empresas waste management practices can reduce
pelos consumidores conscientes da necessi- greenhouse gas emission levels in a city,
dade de preservar o ambiente. including short-lived climate pollutants that
c) assuntos que devem ser discutidos tanto por are far more potent than carbon dioxide.
empresas como por consumidores em geral. A city’s ability to keep solid waste out of
d) encaminhamentos a serem feitos ao Depar- drainage ditches can also influence whether
tamento de Agricultura dos Estados Unidos. a neighborhood floods after a heavy storm.
e) comportamentos a serem adotados por uma Adaptado de: <www.worldbank.org>.
pessoa adepta do “greenwashing”.
9. (Unesp) No trecho do último parágrafo
Leia o texto a seguir para responder à ques- ”A city’s ability to keep solid waste out of
tão 9. drainage ditches can also influence whether
Urban Development – So- a neighborhood floods after a heavy storm.”,
lid Waste Management a palavra ”whether” pode ser substituída,
sem alteração de sentido, por:
a) as.
b) either.
c) if.
d) like.
e) so that.

GABARITO
1. C 2. D 3. E 4. A 5. E
6. E 7. D 8. A 9. C
Ask a mayor of a developing country city
about his or her most pressing problems,
and solid waste management generally
will be high on the list. For many cities,
solid waste management is their single
largest budget item and largest employer.
It is also a critical matter of public health,
environmental quality, quality of life, and
economic development. A city that cannot
effectively manage its waste is rarely able
to manage more complex services such as
health, education or transportation. And no
one wants to live in a city surrounded by
garbage.
As the world urbanizes, the situation is
becoming more acute. More people mean
more garbage, especially in fastgrowing
cities where the bulk of waste is generated.
We estimate that cities currently generate
roughly 1.3 billion tonnes of solid waste per
year; with current urbanization trends, this
figure will grow to 2.2 billion tonnes per

44
REDAÇÃO

Unesp
Na prova de redação, espera-se que o candidato produza uma dissertação em prosa na norma-padrão da língua
portuguesa, a partir da leitura de textos auxiliares, que servem como um referencial para ampliar os argumentos
produzidos pelo próprio candidato. Ele deverá demonstrar domínio dos mecanismos de coesão e coerência textual,
considerando a importância de apresentar um texto bem articulado.
A prova de redação será avaliada conforme os critérios a seguir:
A. Tema: considera-se se o texto do candidato atende ao tema proposto. A fuga completa ao tema proposto é
motivo suficiente para que a redação não seja corrigida em qualquer outro de seus aspectos, recebendo nota
0 (zero) total.
B. Estrutura (gênero/tipo de texto e coerência): consideram-se aqui, conjuntamente, os aspectos referentes ao
gênero/tipo de texto proposto e à coerência das ideias. A fuga completa ao gênero/ tipo de texto é motivo
suficiente para que a redação não seja corrigida em qualquer outro de seus aspectos, recebendo nota 0 (zero)
total. Avalia-se aqui como o candidato sustenta sua tese em termos argumentativos e como essa argumen-
tação está organizada, considerando-se a macroestrutura do texto dissertativo (introdução, desenvolvimento
e conclusão). No gênero/tipo de texto, avalia-se também o tipo de interlocução construída: por se tratar de
uma dissertação, deve-se prezar pela objetividade, sendo assim, o uso de primeira pessoa do singular e de se-
gunda pessoa (singular e plural) poderá ser penalizado. Será considerada aspecto negativo a referência direta
à situação imediata de produção textual (ex.: como afirma o autor do primeiro texto/ da coletânea/do texto
I; como solicitado nesta prova/ proposta de redação). Na coerência, será observada, além da pertinência dos
argumentos mobilizados para a defesa do ponto de vista, a capacidade do candidato de encadear as ideias de
forma lógica e coerente (progressão textual). Serão consideradas aspectos negativos a presença de contradi-
ções entre as ideias, a falta de partes da macroestrutura dissertativa, a falta de desenvolvimento das ideias, a
falta de autonomia do texto, ou a presença de conclusões não decorrentes do que foi previamente exposto.
C. Expressão (coesão e modalidade): consideram-se nesse item os aspectos referentes à coesão textual e ao
domínio da norma-padrão da língua portuguesa. Na coesão, avalia-se a utilização dos recursos coesivos da
língua (anáforas, catáforas, substituições, conjunções etc.) de modo a tornar a relação entre frases e períodos
e entre os parágrafos do texto mais clara e precisa. Serão considerados aspectos negativos as quebras entre
frases ou parágrafos e o emprego inadequado de recursos coesivos. Na modalidade, serão examinados os
aspectos gramaticais como ortografia, morfologia, sintaxe e pontuação, bem como a escolha lexical (precisão
vocabular) e o grau de formalidade/informalidade expressa em palavras e expressões.

Será atribuída nota zero à redação que:


a) fugir ao tema e/ou gênero propostos;
b) apresentar nome, rubrica, assinatura, sinal, iniciais ou marcas que permitam a identificação do candidato;
c) estiver em branco;
d) apresentar textos sob forma não articulada verbalmente (apenas com desenhos, números e/ou palavras soltas);
e) for escrita em outra língua que não a portuguesa;
f) apresentar letra ilegível e/ou incompreensível;
g) apresentar o texto definitivo fora do espaço reservado para tal;
h) apresentar 7 (sete) linhas ou menos (sem contar o título);
i) for composta integralmente por cópia de trechos da coletânea ou de quaisquer outras partes da prova.
j) apresentar formas propositais de anulação, como impropérios, trechos jocosos ou a recusa explícita em cumprir o
tema proposto.

45
Observações importantes
ƒ Cada redação é avaliada por dois examinadores independentes e, quando há discrepância na atribuição das
notas, o texto é reavaliado por um terceiro examinador independente. Quando a discrepância permanece, a
prova é avaliada pelos coordenadores da banca.
ƒ O espaço para rascunho no caderno de questões é de preenchimento facultativo. Em hipótese alguma, o ras-
cunho elaborado pelo candidato será considerado na correção da prova de redação pela Banca Examinadora.
ƒ Em hipótese alguma o título da redação será considerado na avaliação do texto. Ainda que o título contenha
elementos relacionados à abordagem temática, a nota do critério que avalia o tema só será atribuída a partir
do que estiver escrito no corpo do texto.
ƒ Textos curtos, com apenas 15 (quinze) linhas ou menos, serão penalizados no critério que avalia a expressão.
ƒ As propostas de redação da Fundação Vunesp apresentam uma coletânea de textos motivadores que servem
como ponto de partida para a reflexão sobre o tema que deverá ser abordado. Textos compostos apenas por
cópias desses textos motivadores receberão zero total e textos em que seja identificada a predominância de
trechos de cópia em relação a trechos autorais terão a nota final diminuída drasticamente.

Fique de olho
Atenção aos últimos temas cobrados na prova de redação da UNESP:
ƒ 2019 – Compro, logo existo?
ƒ 2018 – O voto deveria ser facultativo no Brasil?
ƒ 2017 – A riqueza de poucos beneficia a sociedade inteira?
ƒ 2016 – Publicação de imagens trágicas: banalização do sofrimento ou forma de sensibilização?
ƒ 2015 – O legado da escravidão e o preconceito contra negros no Brasil.
ƒ 2014 – Corrupção no Congresso Nacional: reflexo da sociedade brasileira?
ƒ 2013 – Escrever: o trabalho e a inspiração.
ƒ 2012 – Bajulação: virtude ou defeito?
ƒ 2011 – Grafites: entre o vandalismo e a arte.

PROPOSTA 1
Texto 1

O projeto de Major Olimpio (PL 3.176/2019) coloca a doação de órgãos e tecidos como sendo de consentimento
presumido. Ou seja, caso a pessoa maior de 16 anos não se manifeste contrária à doação, ela é considerada doa-
dora até que se prove o contrário. A retirada do material em menores de 16 e pessoas com deficiência mental sem
discernimento depende de autorização do parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral,
até o quarto grau, inclusive. Até agora, essa autorização para retirada em judicialmente incapazes deveria vir
expressamente do pai e da mãe ou dos representantes legais.O projeto de Major Olimpio prevê que o Sistema Na-
cional de Transplante (SNT) seja informado sobre a vontade das pessoas que deixam a opção expressamente regis-
trada no documento de identidade (RG). Além disso, o SNT deve ser consultado sobre uma possível manifestação
contrária da pessoa pela doação antes da retirada do órgão.Essa manifestação da não-vontade, ou seja, contrária
à doação, pode ser feita a qualquer momento e em qualquer documento oficial de identificação, com a previsão de
comunicação imediata do órgão responsável para o Sistema Nacional de Transplantes.
“Projeto torna doação de órgãos e tecidos ato de consentimento presumido”
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2019/07/29/projeto-torna-doacao-de-
-orgaos-e-tecidos-ato-de-consentimento-presumido (29.07.2019)

46
Texto 2

O presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, Paulo Pêgo Fernandes, acredita que este projeto
de lei foi criado com uma boa intenção, mas que, antes de tudo, é preciso que os brasileiros se conscientizem da
importância de ser doador. “Essa lei, bem esclarecida, é uma lei bem intencionada, eu acredito. Mas é uma lei que
precisa ter um esclarecimento populacional muito forte. Ela não pode vir simplesmente de cima para baixo, porque
se não, às vezes, ela tem o efeito reverso do que a gente gostaria, como foi no passado. Essa lei existe em vários
países e em alguns lugares funciona muito bem. Na Espanha, por exemplo, funciona muito bem”, afirma.A propos-
ta prevê que o Sistema Nacional de Transplante (SNT) seja informado sobre a vontade das pessoas que deixam a
opção expressamente registrada no documento de identidade (RG). Além disso, o SNT deve ser consultado sobre
uma possível manifestação contrária da pessoa pela doação antes da retirada do órgão. Para o cirurgião Charles
Simão Filho, especialista em transplantes cardíacos, antes de tudo, é preciso que toda a família saiba sobre a sua
intenção de doar órgãos. Para isso, nada melhor que conversar sobre o assunto.“Eu acredito que a manifestação
documental, do desejo de ser doador, ela pode funcionar em algum grau. Mas o que vai funcionar mesmo é o in-
centivo às pessoas conversarem com a sua família. Discutirem, nas conversas, nas refeições familiares, sobre trans-
plantes. Manifestar para os seus familiares que você será um doador. Porque se isso não ocorrer, nenhum serviço
de transplante do Brasil vai fazer uma retirada de órgãos se for contra a vontade daqueles familiares próximos, que
estão ali, naquele momento, um momento muito difícil, um momento de dor”, conta.
“Projeto de Lei quer facilitar transplantes de tecidos e órgãos humanos no país”
https://amazonasnoticias.com.br/projeto-de-lei-quer-facilitar-transplantes-de-tecidos-e-orgaos-humanos-no-pais/ 03.09.2019

Texto 3

Nas redes sociais, como Facebook e Twitter, por exemplo, o projeto de lei PL 3.176/2019, que coloca a doação de
órgãos e tecidos como sendo de consentimento presumido, causou incômodo entre muitos usuários. Nesta quinta-
-feira (1), o nome do major Olimpio chegou a ficar entre os assuntos mais comentados nas duas redes. O motivo
da rejeição do projeto é que, na prática, o Estado passaria a ser tutor de órgãos – visto que assegura a necessidade
de apresentar uma documentação contrária para que a doação de órgãos não ocorra.“Agora o Estado também é
dono do seu corpo. Todos somos doadores de órgãos”, escreveu o internauta Eduardo Rodrigues. Para Guilherme,
usuário do Twitter que usou a plataforma para comentar o caso, há uma ‘manobra’ diante desse novo projeto de
lei.“Não há nada de errado em doar órgãos. Tem em achar que o Estado pode alegar propriedade sobre o corpo
de desavisados. Essa lei é claramente uma manobra para se apossar dos órgãos dos outros. Como você não vê
problema nisso? Eu posso alegar ser dono do seu corpo quando morrer?”, indagou.
“Projeto de Lei torna toda pessoa doadora de órgãos, salvo manifestação contrária”
https://conexaopolitica.com.br/ultimas/31940/ (01.08.2019). Adaptado.

Texto 4

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a
norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

A DOAÇÃO DE TECIDOS OU ÓRGÃOS COMO ATO DE CONHE-


CIMENTO PRESUMIDO DEVE SER APROVADA?

47
PROPOSTA 2
Texto 1

O presidente Jair Bolsonaro assinou na quarta-feira (9) um decreto que cria o Cadastro Base do Cidadão para cen-
tralizar os dados pessoais de todos os brasileiros. As informações poderão ser compartilhadas entre diversas esferas
do governo, de acordo com critérios definidos por um comitê de governança formado apenas por representantes
do governo. As razões para a centralização Segundo o decreto, publicado no Diário Oficial na quinta-feira (10),
data a partir da qual já entra em vigor, a iniciativa visa aprimorar a gestão de políticas públicas, facilitar o compar-
tilhamento de dados cadastrais de cidadãos entre os órgãos da administração pública e realizar o cruzamento de
informações a partir do número de inscrição do CPF (Cadastro de Pessoas Físicas). A base terá inicialmente dados
biográficos ligados ao CPF, como nome civil ou social, data de nascimento, filiação, naturalidade, nacionalidade,
sexo, estado civil, grupo familiar, endereço e vínculos empregatícios. Numa segunda etapa, ainda sem prazo para
acontecer, serão acrescidas outras bases temáticas, como dados biométricos, que incluem a palma da mão, as digi-
tais dos dedos, a retina ou a íris dos olhos, o formato da face, a voz e o modo de andar. O decreto diz que a medida
irá simplificar a oferta de serviços públicos, orientar e otimizar políticas públicas, possibilitar a análise das condições
de acesso e a manutenção de benefícios sociais e fiscais e aumentar a qualidade e a eficiência das operações da
administração pública federal.Para alguns pesquisadores, o decreto vai contra a Lei Geral de Proteção de Dados.
“Cria-se decreto de compartilhamento de dados, mas para quê? Não está claro que é para melhorar serviço públi-
co. O cidadão não tem decisão nenhuma, ele perde a agência e o controle sobre todos os seus dados, que passam
a ser do Estado”, afirmou o professor da Universidade de Columbia Ronaldo Lemos ao jornal Folha de S.Paulo. Em
entrevista à Agência Brasil, o pesquisador da Lavits (Rede Latino-Americana de Estudos sobre Vigilância, Tecnologia
e Sociedade) Rafael Zanatta disse que, em alguns pontos, o decreto não se adequa às diretrizes da lei sancionada
por Temer em relação à garantia dos direitos dos titulares de dados. “A norma não prevê casos em que se pode ter
finalidade distinta de uso de um dado entre diferentes órgãos, o que deveria ensejar medidas de controle preven-
tivas em relação ao uso dessas informações”, afirmou.
“O que é o Cadastro Base do Cidadão. E quais os seus riscos”
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/10/12/O-que-%C3%A9-o-Cadastro-
-Base-do-Cidad%C3%A3o.-E-quais-os-seus-riscos (12.10.2019)

Texto 2

O presidente Jair Bolsonaro criou, por meio de decreto, o Cadastro Base Cidadão, que reunirá informações pesso-
ais dos cidadãos brasileiros. A intenção é unificar 1 meio de identificação do cidadão para prestação de serviços
públicos e facilitar o compartilhamento dos dados entre os órgãos públicos. O objetivo da plataforma será o de
evitar o deslocamento dos cidadãos de órgão em órgão público para juntar documentos e certidões para realizarem
o serviço que desejam.Também o de “aprimorar a gestão de políticas públicas”; “aumentar a confiabilidade dos
cadastros de cidadãos existentes na administração pública“; e “facilitar o compartilhamento de dados cadastrais
do cidadão entre os órgãos da administração pública”. “O objetivo é que o Cadastro Base do Cidadão se conso-
lide como a única referência de informações dos cidadãos para o governo. Será composto pelos dados do CPF e
também pela integração de dados específicos de outras bases dos órgãos públicos”, disse o secretário de Governo
Digital do Ministério da Economia, Luis Felipe Monteiro.
Com a nova base de dados, o cidadão que precisava reunir documentos de diversos órgãos – como certidões, com-
provantes de situação fiscal e outros registros– para cumprir uma obrigação ou acessar 1 benefício, agora poderá
receber em 1 só, de forma simplificada.
“Bolsonaro cria cadastro para reunir informações sobre cidadãos”
https://www.poder360.com.br/governo/bolsonaro-cria-cadastro-para-reunir-informacoes-sobre-cidadaos/ (10.10.2019)

48
Texto 3

Especialistas temem que o decreto que cria o Cadastro Base do Cidadão interfira na privacidade dos cidadãos. Falta
de clareza nas regras e no uso de nomenclaturas que não aparecem em outras leis de proteção de dados são as
principais críticas.Embora reconheça a importância de desburocratizar, a advogada especializada em Direito Digital
e da Família Fernanda Las Casas teme que a privacidade seja violada. “As regras (do decreto) são insuficientes para
garantir a segurança dos dados, pois se dispensa a autorização do titular para o compartilhamento das informa-
ções”, diz ela, que é professora da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes).
O também advogado especializado em Direito Digital Fábio Solito afirma que a estratégia pode tirar o poder do
cidadão sobre suas informações guardadas pelo governo, o que vai na contramão do LGPD.
“A criação da base de cadastro é importante para o desenho de políticas públicas. Afinal, as informações auxiliam
no diagnóstico para a possível resolução de problemas”, reconhece.
“Norma põe em xeque privacidade do cidadão“
https://www.atribuna.com.br/noticias/atualidades/norma-p%C3%B5e-em-xeque-
-privacidade-do-cidad%C3%A3o-1.71056 (12.10.2019

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a
norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

CADASTRO BASE DO CIDADÃO: ENTRE A IMPORTÂNCIA DA DESBU-


ROCRATIZAÇÃO E O RISCO DE CONTROLE DE DADOS

49
C H CIÊNCIAS HUMANAS
e suas tecnologias
HISTÓRIA
UNESP – História do Brasil
Sistema Colonial 25%
Segundo Reinado 15%
República Oligárquica 13%
República Militar (64-85), 12%
República Liberal (46-64), 10%
Período Pré-Colonial 6%
Período Regencial 6%
Era Vargas 4%
Crise do Sistema Colonial 4%
República da Espada 4%
Outros 2%

UNESP – História Geral


Mundo Contemporâneo 30%
Mundo Moderno 27%
Alta Idade Média 16%
Antiguidade Clássica 13%
Baixa Idade Média 7%
Antiguidade Oriental 4%
Outros 1%
HISTÓRIA GERAL

Prescrição: São necessários conhecimentos sobre as antiguidades egípcia e clássica (Grécia e Império
Romano), a Idade Média (Igreja católica e estratos sociais no feudalismo), a Era Moderna (renasci-
mento cultural, grandes navegações e reforma protestante) e a Era Contemporânea (ideologias liberais
e socialistas dos séculos XVIII e XIX, práticas neocoloniais dos europeus na África e na Ásia, revolução
soviética de 1917 e as duas Grandes Guerras Mundiais).

APLICAÇÃO DOS 2. (Unesp) Sobre o recolhimento de impostos


e os gastos públicos no Império Romano, é

CONHECIMENTOS - SALA correto afirmar que:


a) os patrícios e os proprietários de terras não
pagavam tributos, uma vez que estes eram
1. (Unesp) A maior parte das regiões vizinhas de responsabilidade exclusiva de arrendatá-
[da antiga Mesopotâmia] caracteriza-se rios e escravos.
pela aridez e pela falta de água, o que de- b) o desenvolvimento da engenharia civil foi
sestimulou o povoamento e fez com que essencial para integrar o Império e facilitar
fosse ocupada por populações organizadas o deslocamento dos exércitos.
em pequenos grupos que circulavam pelo c) as obras financiadas com recursos públicos
deserto. Já a Mesopotâmia apresenta uma foram apenas as de função religiosa, como
grande diferença: embora marcada pela pai- altares ou templos.
sagem desértica, possui uma planície corta- d) a desvalorização da moeda foi uma das for-
da por dois grandes rios e diversos afluen- mas utilizadas pelos governantes para ali-
tes e córregos. viar o peso dos impostos sobre a população
(Marcelo Rede. A Mesopotâmia, 2002.) despossuída.
e) os tributos eram cobrados por coletores en-
A partir do texto, é correto afirmar que:
viados diretamente de Roma, não havendo
a) os povos mesopotâmicos dependiam apenas
qualquer intermediação ou intervenção de
da caça e do extrativismo vegetal para a ob-
autoridades locais.
tenção de alimentos.
b) a ocupação da planície mesopotâmica e das
áreas vizinhas a ela, durante a Antiguidade, 3. (Unesp) Mais ou menos a partir do século
teve caráter sedentário e ininterrupto. XI, os cristãos organizaram expedições em
c) a ocupação das áreas vizinhas da Mesopotâ- comum contra os muçulmanos, na Palestina,
mia tinha características nômades e os po- para reconquistar os “lugares santos” onde
vos mesopotâmicos praticavam a agricultura Cristo tinha morrido e ressuscitado. São as
irrigada. cruzadas [...]. Os homens e as mulheres da
d) a ocupação sedentária das regiões desérticas Idade Média tiveram então o sentimento de
representava uma ameaça militar aos habi- pertencer a um mesmo grupo de institui-
tantes da Mesopotâmia. ções, de crenças e de hábitos: a cristandade.
e) os povos mesopotâmicos jamais puderam se (Jacques Le Goff. A Idade Média explicada
aos meus filhos. 2007.)
sedentarizar, devido às dificuldades de ob-
tenção de alimentos na região. Segundo o texto, as cruzadas:
a) contribuíram para a construção da unidade
Leia o texto a seguir para responder à ques- interna do cristianismo, o que reforçou o po-
tão 2. der da Igreja católica romana e do papa.
b) resultaram na conquista definitiva da Pales-
Apesar de não ter sido tão complexo quanto
tina pelos cristãos e na decorrente derrota e
os governos modernos, o Império [Romano]
submissão dos muçulmanos.
também precisava pagar custos muito altos.
c) determinaram o aumento do poder dos reis e
Além de seus funcionários, da manutenção
dos imperadores, uma vez que a derrota dos
das estradas e da realização de obras, preci-
cristãos debilitou o poder político do papa.
sava manter um grande exército distribuído
d) estabeleceram o caráter monoteísta do cris-
por toda a sua extensão. A cobrança de im-
tianismo medieval, o que ajudou a reduzir a
postos é que permitia ao governo continuar
influência judaica e muçulmana na Palestina.
funcionando e pagando seus gastos.
e) definiram a separação oficial entre Igreja e
(Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império. 2004.)
Estado, estipulando funções e papéis dife-
rentes para os líderes políticos e religiosos.

53
4. (Unesp) Eis dois homens à frente: um, que desembocaram na retomada do poder pelos ca-
quer servir; o outro, que aceita, ou deseja, tólicos e em perseguições contra protestantes.
ser chefe. O primeiro une as mãos e, assim d) geraram um Estado monárquico em que o po-
juntas, coloca-as nas mãos do segundo: cla- der real devia se submeter aos limites estabe-
ro símbolo de submissão, cujo sentido, por lecidos pela legislação e respeitar as decisões
vezes, era ainda acentuado pela genuflexão. tomadas pelo Parlamento.
Ao mesmo tempo, a personagem que oferece e) precederam as revoluções sociais que, nos dois
as mãos pronuncia algumas palavras, muito séculos seguintes, abalaram França, Portugal e
breves, pelas quais se reconhece “o homem” as colônias na América, provocando a ascensão
de quem está na sua frente. Depois, chefe política do proletariado industrial.
e subordinado beijam-se na boca: símbolo
de acordo e de amizade. Eram estes – muito 6. (Unesp) A divisão capitalista do trabalho –
simples e, por isso mesmo, eminentemente caracterizada pelo célebre exemplo da ma-
adequados para impressionar espíritos tão nufatura de alfinetes, analisada por Adam
sensíveis às coisas – os gestos que serviam Smith – foi adotada não pela sua superio-
para estabelecer um dos vínculos mais fortes ridade tecnológica, mas porque garantia ao
que a época feudal conheceu. empresário um papel essencial no processo
(Marc Bloch. A sociedade feudal. 1987.)
de produção: o de coordenador que, combi-
nando os esforços separados dos seus operá-
rios, obtém um produto mercante.
(Stephen Marglin. In: André Gorz (Org.).
Crítica da divisão do trabalho. 1980.)

Ao analisar o surgimento do sistema de fá-


brica, o texto destaca:
a) o maior equilíbrio social provocado pelas
melhorias nos salários e nas condições de
trabalho.
b) o melhor aproveitamento do tempo de traba-
lho e a autogestão da empresa pelos traba-
lhadores.
c) o desenvolvimento tecnológico como fator
determinante para o aumento da capacidade
produtiva.
d) a ampliação da capacidade produtiva como
justificativa para a supressão de cargos dire-
tivos na organização do trabalho.
e) a importância do parcelamento de tarefas e
o estabelecimento de uma hierarquia no pro-
O texto e a imagem referem-se à cerimônia cesso produtivo.
que:
a) consagra bispos e cardeais.
b) estabelece as relações de vassalagem.
c) estabelece as relações de servidão.
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
d) consagra o poder municipal. 1. A existência dos rios Tigre e Eufrates na re-
e) estabelece as relações de realeza. gião da Mesopotâmia proporcionou a seden-
tarização da populações no local para a prá-
5. (Unesp) A Revolução Puritana (1640) e a tica da agricultura. Já nas regiões vizinhas,
Revolução Gloriosa (1688) transformaram a desérticas, o nomadismo prevalecia.
Inglaterra do século XVII. Sobre o conjunto 2. Ao longo da república romana (509-27 a.C.) e
de suas realizações, pode-se dizer que: início do império, ocorreu o processo de ex-
a) determinaram o declínio da hegemonia inglesa pansão romana constituindo um grande im-
no comércio marítimo, pois os conflitos inter- pério (o mare nostrum romano). Foi necessá-
nos provocaram forte redução da produção e ria uma rede de estradas, pontes e aquedutos
exportação de manufaturados. para interligar as províncias com a capital
b) resultaram na vitória política dos projetos po- Roma, facilitando a comunicação e a adminis-
pulares e radicais dos cavadores e dos nivela- tração. Neste sentido, o Estado romano neces-
dores, que defendiam o fim da monarquia e sitou de muitos recursos para investir nesta
dos privilégios dos nobres. infraestrutura do império e, assim, muitos
c) envolveram conflitos religiosos que, junta- impostos foram criados para aumentar a re-
mente com as disputas políticas e sociais, ceita. Para atender a esta demanda social de

54
comunicação, a engenharia civil ganhou des-
taque e projeção no fim da república e no Im- PRÁTICA DOS
pério Romano. Assim, somente a proposição
[B] está correta, pois as demais alternativas CONHECIMENTOS - E.O.
cometem equívocos considerando que não Leia o texto a seguir para responder às ques-
foram apenas obras de cunho religioso que tões 1 e 2.
foram financiadas com recursos públicos. Ha-
via uma rede de comunicação para facilitar a A partir do século VII a.C., muitas comuni-
cobrança de impostos. dades nas ilhas, na Grécia continental, nas
costas da Turquia e na Itália construíram
3. O texto de Jacques Le Goff afirma que as cru-
grandes templos destinados a deuses espe-
zadas contribuíram para reforçar a unidade
cíficos: os deuses de cada cidade.
cristã ocidental bem como a autoridade do
As construções de templos foram verdadei-
papa. Tal ideia se confirma através da famosa
ramente monumentais. [...] Tornaram-se as
“Querela das Investiduras”, que colocou em
novas moradias dos deuses. Não eram mais
conflito Henrique IV, imperador do Sacro Im-
deuses de uma família aristocrática ou de
pério Romano-Germânico, e o papa Gregório
uma etnia, mas de uma pólis. Eram os deu-
VII. O conflito se deu por conta da nomeação
ses da comunidade como um todo. A religião
de bispos que era realizada dentro do Sacro
surgiu, assim, como um fator aglutinador
Império Romano-Germânico. Na Concordata
das forças cooperativas da pólis. [...]
de Worms, em 1122, prevaleceu o poder pa-
A construção monumental foi influenciada
pal sobre o poder temporal do imperador.
por modelos egípcios e orientais. Sem as pro-
4. O texto e a imagem descrevem a cerimônia ezas de cálculo matemático, desenvolvidas
que acontecia para que fosse estabelecido o na Mesopotâmia e no Egito, os grandes mo-
laço da nobreza mais importante do feuda- numentos gregos teriam sido impossíveis.
lismo: o laço de suserania e vassalagem. GUARINELLO, Norberto Luiz. História antiga. 2013.
5. As “revoluções inglesas” do século XVII fo-
ram as primeiras revoluções burguesas de 1. (Unesp) A relação estabelecida no texto en-
caráter antiabsolutista na Europa. A Revo- tre a arquitetura grega e a arquitetura egíp-
lução Puritana derrubou a dinastia Stuart cia e oriental pode ser justificada pela:
e implantou uma república parlamentar, a) circulação e comunicação entre povos da
depois ditatorial, sob o comando de Oliver região mediterrânica e do Oriente Próximo,
Cromwell, que reprimiu os movimentos po- que facilitaram a expansão das construções
pulares e impulsionou o comércio inglês, a em pedra.
partir do Ato de Navegação (1651). b) dominação política e militar que as cidades-
Com a Revolução Gloriosa, a burguesia inglesa -Estado gregas, lideradas por Esparta, impu-
se libertou do Estado absolutista definitiva- seram ao Oriente Próximo.
mente, que com seu permanente intervencio- c) presença hegemônica de povos de origem
nismo era uma barreira para um mais amplo árabe na região mediterrânica, que contri-
acúmulo de capital. O novo rei, Guilherme de buiu para a expansão do islamismo.
Orange, se subordinou ao Bill of Rights. Des- d) difusão do helenismo na região mediterrâni-
sa forma, a burguesia, aliada à aristocracia ca, que assegurou a incorporação de elemen-
rural, passou a exercer diretamente o poder tos culturais dos povos dominados.
político através do Parlamento. e) força unificadora do cristianismo, que asse-
6. O texto deixa claro duas coisas que a revolu- gurou a integração e as recíprocas influên-
ção industrial produziu: a divisão do traba- cias culturais entre a Europa e o norte da
lho; e a criação do cargo de coordenador ou África.
gerente, gerando uma hierarquia dentro das
fábricas. 2. (Unesp) Segundo o texto, um papel funda-
mental da religião, na Grécia antiga, foi o de:
a) eliminar as diferenças étnicas e sociais e
GABARITO permitir a igualdade social.
b) estabelecer identidade e vínculos comunitá-
rios e unificar as crenças.
1. C 2. B 3. A 4. B 5. D
c) impedir a persistência do paganismo e afir-
6. E mar os valores cristãos.
d) eliminar a integração política, militar e cul-
tural entre as cidades-Estado.
e) valorizar as crenças aristocráticas e eliminar
as formas de culto populares.

55
Leia o texto a seguir para responder à questão 3.
Roma provou ser capaz de ampliar o seu próprio sistema político para incluir as cidades italianas
durante sua expansão peninsular. Desde o começo, ela havia – diferentemente de Atenas – exi-
gido de seus aliados tropas para seus exércitos, e não dinheiro para seu tesouro; desta maneira,
diminuindo a carga de sua dominação na paz e unindo-os solidamente em tempo de guerra. Neste
ponto, seguia o exemplo de Esparta, embora seu controle militar central das tropas aliadas fosse
sempre muito maior.
Perry Anderson. Passagens da antiguidade ao feudalismo. 1987 (Adaptado).

3. (Unesp) O texto caracteriza uma das principais estratégias romanas de domínio sobre outros povos
e outras cidades:
a) o estabelecimento de protetorados e de aquartelamentos militares.
b) a escravização e a exploração dos recursos naturais.
c) a libertação de todos os escravos e a democratização política.
d) o recrutamento e a composição de alianças bélicas.
e) a tributação abusiva e o confisco de propriedades rurais.

4. (Unesp) Os homens da Idade Média estavam persuadidos de que a terra era o centro do Universo
e que Deus tinha criado apenas um homem e uma mulher, Adão e Eva, e seus descendentes. Não
imaginavam que existissem outros espaços habitados. O que viam no céu, o movimento regular da
maioria dos astros, era a imagem do que havia de mais próximo no plano divino de organização.
Georges Duby. Ano 1000, ano 2000: na pista de nossos medos. 1998 (Adaptado).

O texto revela, em relação à Idade Média ocidental:


a) o prevalecimento de uma mentalidade fortemente religiosa, indicativa da força e da influência do
cristianismo.
b) a consciência da própria gênese e origem, resultante das pesquisas históricas e científicas realizadas
na Grécia antiga.
c) o esforço de compreensão racionalista dos fenômenos naturais, base do pensamento humanista.
d) a construção de um pensamento mítico, provavelmente originário dos contatos com povos nativos da
Ásia e do norte da África.
e) a presença de esforços constantes de predição do futuro, provavelmente oriundos das crenças dos
primeiros habitantes do continente.

5. (Unesp)

A imagem reproduz um auto de fé. Essas cerimônias:


a) ocorreram em todos os países da Europa e nas regiões colonizadas por portugueses e espanhóis.
b) permitiram a difusão do catolicismo e tiveram papel determinante na erradicação do protestantismo
na Europa central.
c) eram conduzidas por autoridades leigas, pois a Igreja católica não tinha vínculo com a perseguição e
a punição dos hereges.
d) tinham caráter exemplar, expondo publicamente os réus forçados a pedir perdão, antes de serem en-
caminhados para a execução.
e) visavam a executar os judeus e islâmicos, não atingindo protestantes nem católicos romanos ou orto-
doxos.

56
6. (Unesp) O cavaleiro é um dos principais per- A caracterização do mosteiro medieval como
sonagens nas narrativas difundidas durante uma “casa”, um “posto avançado do pro-
a Idade Média. Esse cavaleiro é principal- gresso cultural” e um “projeto de perfeição”
mente um: pode ser explicada pela disposição monásti-
a) camponês, que usa sua montaria no trabalho ca de:
cotidiano e participa de combates e guerras. a) valorizar a vida privada, participar ativa-
b) nobre, que conta com equipamentos adequa- mente da vida política e combater o mal.
dos à montaria e participa de treinamentos b) recuperar a experiência histórica e pessoal
militares, torneios e jogos. do Salvador durante sua estada no mundo
c) camponês, que consegue obter ascensão so- dos vivos.
cial por meio da demonstração de coragem e c) recolher-se a uma comunidade fechada para
valentia nas guerras. orar, estudar e combater a desordem do
d) nobre, que ocupa todo seu tempo com a pre- mundo.
paração militar para as cruzadas contra os d) identificar-se com as condições de privação
mouros. por que passavam as famílias pobres, cele-
e) nobre, que conquista novas terras por meio brar a tradição escolástica e agir de forma
de sua ação em torneios e jogos contra ou- ética.
tros nobres. e) reconhecer a humanidade como solidária e
unida num esforço de salvação da alma dos
7. (Unesp) “Servir” ou, como também se dizia, fiéis e dos infiéis.
“auxiliar”, – “proteger”: era nestes termos
tão simples que os textos mais antigos resu- 9. (Unesp) As feiras foram muito difundidas
miam as obrigações recíprocas do fiel arma- pela Europa a partir do século XI. Entre os
do e do seu chefe. motivos que provocaram tal fenômeno, po-
Marc Bloch. A sociedade feudal. 1987. demos citar:
a) a unificação da moeda europeia, que facili-
O mais importante dos deveres que, na so-
tou a atividade dos banqueiros e a aquisição
ciedade feudal, o vassalo tinha em relação
de mercadorias.
ao seu senhor era:
b) o aumento da produção agrícola, provoca-
a) o respeito à hierarquia e à unicidade de ho-
do pelos desmatamentos, que ampliavam a
menagens, que determinava que cada vassa-
quantidade de terras cultiváveis.
lo só podia ter um senhor.
c) a eliminação das práticas feudais, que pren-
b) o auxílio na guerra, participando pessoal-
diam os camponeses à terra e reduziam a
mente, montado e armado, nas ações milita-
monetarização da economia.
res desenvolvidas pelo senhor.
d) o crescimento urbano, provocado pelas do-
c) a proteção policial das aldeias e cidades
enças e epidemias que grassavam nas áreas
existentes nos arredores do castelo de seu
rurais e provocavam êxodo em direção às ci-
senhor.
dades.
d) a participação nos torneios e festejos locais,
e) a regionalização das economias, que limitou
sem que o vassalo jamais levantasse suas ar-
significativamente a obtenção de mercado-
mas contra seu senhor.
rias provenientes de terras distantes.
e) a servidão, trabalhando no cultivo das terras
do senhor e pagando os tributos e encargos
que lhe eram devidos. 10. (Unesp) Os centros artísticos, na verdade,
poderiam ser definidos como lugares carac-
8. (Unesp) Os mosteiros eram em primeiro lu- terizados pela presença de um número ra-
gar casas, cada uma abrigando sua “famí- zoável de artistas e de grupos significativos
lia”, e as mais perfeitas, com efeito, as mais de consumidores, que por motivações varia-
bem ordenadas: de um lado, desde o século das – glorificação familiar ou individual,
IX, os mais abundantes recursos convergiam desejo de hegemonia ou ânsia de salvação
para a instituição monástica, levando-a aos eterna – estão dispostos a investir em obras
postos avançados do progresso cultural; do de arte uma parte das suas riquezas. Este
outro, tudo ali se encontrava organizado em último ponto implica, evidentemente, que
função de um projeto de perfeição, nítido, o centro seja um lugar ao qual afluem quan-
bem estabelecido, rigorosamente medido. tidades consideráveis de recursos eventu-
Georges Duby. “A vida privada nas casas almente destinados à produção artística.
aristocráticas da França feudal”. In: História da Além disso, poderá ser dotado de institui-
vida privada. vol. 2, 1992 (Adaptado). ções de tutela, formação e promoção de ar-
tistas, bem como de distribuição das obras.
Por fim, terá um público muito mais vasto

57
que o dos consumidores propriamente di- Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
tos: um público não homogêneo, certamen- Mas nele é que espelhou o céu.
te (...). Fernando Pessoa. Mar Português.
Carlo Ginzburg. A micro-história e outros ensaios. 1991. In: Obra poética. 1960 (Adaptado).

Os “centros artísticos” descritos no texto po- Entre outros aspectos da expansão marítima
dem ser identificados: portuguesa a partir do século XV, o poema
a) nos mosteiros medievais, onde se valorizava menciona:
especialmente a arte sacra. a) o sucesso da empreitada, que transformou
b) nas cidades modernas, onde floresceu o re- Portugal na principal potência europeia por
nascimento cultural. quatro séculos.
c) nos centros urbanos romanos, onde predo- b) o reconhecimento do papel determinante da
minava a escultura gótica. coroa no estímulo às navegações e no apoio
d) nas cidades-Estado gregas, onde o estilo dó- financeiro aos familiares dos navegadores.
rico era hegemônico. c) a crença religiosa como principal motor das
e) nos castelos senhoriais, onde prevalecia a navegações, o que justifica o reconhecimen-
arquitetura românica. to da grandeza da alma dos portugueses.
d) a percepção das perdas e dos ganhos indivi-
11. (Unesp) Inserido em um empreendimen- duais e coletivos provocados pelas navega-
to mercantil, financiado com o objetivo de ções e pelos riscos que elas comportavam.
exploração econômica para o fortalecimen- e) a dificuldade dos navegadores de reconhecer
to do absolutismo espanhol, o navegan- as diferenças entre os oceanos, que os levou
te genovês [Cristóvão Colombo] encontra a confundir a América com as Índias.
uma realidade na América que não permi-
te a identificação das imaginadas riquezas 13. (Unesp) As reformas protestantes do princí-
orientais, dando origem a uma dupla narra- pio do século XVI, entre outros fatores, rea-
tiva: a do esperado e a do experimentado, giam contra:
em que o discurso é pressionado pela neces- a) a venda de indulgências e a autoridade do
sidade de obter informações e um projeto papa, líder supremo da Igreja católica.
colonizador. b) a valorização, pela Igreja católica, das ativi-
Wilton Carlos Lima da Silva. As terras dades mercantis, do lucro e da ascensão da
inventadas. 2003 (Adaptado).
burguesia.
Segundo o texto, o relato de Colombo: c) o pensamento humanista e permitiram uma
a) revela a convicção do navegador de que as ampla revisão administrativa e doutrinária
novas terras oferecem riquezas imediatas e da Igreja católica.
poder planetário aos reis da Espanha. d) as missões evangelizadoras, desenvolvidas
b) expõe o esforço do navegador de conciliar o pela Igreja católica na América e na Ásia.
reconhecimento da especificidade americana e) o princípio do livre-arbítrio, defendido
com as expectativas europeias ante a via- pelo Santo Ofício, órgão diretor da Igreja
gem. católica.
c) confirma o caráter casual da descoberta da
América e o desconsolo do navegador diante 14. (Unesp) Entre os eventos políticos e cultu-
das pressões comerciais da metrópole. rais que marcaram a década de 1960, po-
d) demonstra a superioridade religiosa e tecno- dem-se citar:
lógica dos navegadores europeus em relação a) a criação da Organização das Nações Unidas,
aos nativos americanos. a Revolução Húngara e o surgimento do rock.
e) mostra a decepção do navegador com o que b) a Primavera de Praga, as independências de
encontrou na América, pois não havia rique- Angola e de Moçambique e o aparecimento
zas que justificassem a longa viagem. da arte concreta.
c) o processo de implantação do socialismo
12. (Unesp) Ó mar salgado, quanto do teu sal em Cuba, a guerra do Vietnã e o movimento
São lágrimas de Portugal! hippie.
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, d) o julgamento de Nuremberg, a guerra da Co-
Quantos filhos em vão rezaram! reia e os surgimentos do jazz e do blues.
Quantas noivas ficaram por casar e) as independências da Índia e do Paquistão, o
Para que fosses nosso, ó mar! surgimento do peronismo e a pop art.
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.

58
Leia o texto a seguir para responder à ques- Entre as críticas ao antigo regime, mencio-
tão 15. nadas no texto, podemos citar a rejeição ilu-
minista do:
Os africanos não escravizavam africanos,
a) princípio da igualdade jurídica.
nem se reconheciam então como africanos. b) livre comércio.
Eles se viam como membros de uma aldeia, c) liberalismo econômico.
de um conjunto de aldeias, de um reino e de d) republicanismo.
um grupo que falava a mesma língua, tinha e) absolutismo monárquico.
os mesmos costumes e adorava os mesmos
deuses. (...) Quando um chefe (...) entrega- 17. (Unesp) O Congresso de Viena, entre 1814 e
va a um navio europeu um grupo de cativos, 1815, reuniu representantes de diversos Es-
não estava vendendo africanos nem negros, tados europeus e resultou:
mas (...) uma gente que, por ser considerada a) na afirmação do caráter laico dos regimes
por ele inimiga e bárbara, podia ser escra- políticos e da importância da separação en-
vizada. (...) O comércio transatlântico (...) tre Estado e Igreja.
fazia parte de um processo de integração b) na criação da Santa Aliança e no esforço de
econômica do Atlântico, que envolvia a pro- reafirmar valores do antigo regime.
dução e a comercialização, em grande esca- c) na validação da nova divisão política da Euro-
la, de açúcar, algodão, tabaco, café e outros pa, definida pelas conquistas napoleônicas.
d) na derrubada dos regimes republicanos e na
bens tropicais, um processo no qual a Euro-
restauração monárquica na França e na In-
pa entrava com o capital, as Américas com a glaterra.
terra e a África com o trabalho, isto é, com a e) na defesa dos princípios do livre comércio e
mão de obra cativa. da emancipação das colônias na América.
Alberto da Costa e Silva. A África explicada
aos meus filhos. 2008 (Adaptado). Leia o texto a seguir para responder à ques-
tão 18.

15. (Unesp) Ao caracterizar a “integração eco- A África só começou a ser ocupada pelas
nômica do Atlântico”, o texto: potências europeias exatamente quando a
a) destaca os diferentes papéis representados América se tornou independente, quando o
por africanos, europeus e americanos na antigo sistema colonial ruiu, dando lugar a
constituição de um novo espaço de produção outras formas de enriquecimento e desen-
e circulação de mercadorias. volvimento das economias mais dinâmicas,
b) reconhece que europeus, africanos e ame- que se industrializavam e ampliavam seus
ricanos se beneficiaram igualmente das re- mercados consumidores. Nesse momento foi
lações comerciais estabelecidas através do criado um novo tipo de colonialismo, im-
oceano Atlântico. plantado na África a partir do final do século
c) afirma que a globalização econômica se ini- XIX [...].
Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano. 2007.
ciou com a colonização da América e não
contou, na sua origem, com o predomínio
claro de qualquer das partes envolvidas. 18. (Unesp) O “novo tipo de colonialismo”,
d) sustenta que a escravidão africana nas colô- mencionado no texto, tem, entre suas carac-
nias europeias da América não exerceu papel terísticas:
fundamental na integração do continente a) a busca de fontes de energia e de matérias-
americano com a economia que se desenvol- -primas pelas potências europeias, associada
à realização de expedições científicas de ex-
veu no oceano Atlântico.
ploração do continente africano.
e) ressalta o fato de a América ter se tornado b) a tentativa das potências europeias de redu-
a principal fornecedora de matérias-primas zir a hegemonia norte-americana no comércio
para a Europa e de que alguns desses produ- internacional e retomar posição de liderança
tos eram usados na troca por escravos afri- na economia mundial.
canos. c) o esforço de criação de um mercado consumi-
dor global, sem hierarquia política ou preva-
16. (Unesp) O pensamento iluminista, baseado lecimento comercial de um país ou continen-
te sobre os demais.
no racionalismo, individualismo e liberda-
d) a aquisição de escravos pelos mercadores afri-
de absoluta do homem, ao criticar todos os canos, para ampliar a mão de obra disponível
fundamentos em que se assentava o antigo nas colônias remanescentes na América e em
regime, revelava as suas contradições e as ilhas do oceano Pacífico.
tornava transparentes aos olhos de um nú- e) o estabelecimento de alianças políticas entre
mero cada vez maior de pessoas. líderes europeus e africanos, que favoreces-
Modesto Florenzano. As revoluções sem o avanço militar dos países do Ocidente
burguesas. 1982 (Adaptado). europeu na Primeira Guerra Mundial.

59
19. (Unesp) Não há livro didático, prova de ves- momento atual, são os comitês do partido e
tibular ou resposta correta do Enem que não não os sovietes que governam a Rússia. E sua
atribua a miséria e os conflitos internos da organização padece de todos os defeitos da
África a um fator principal: a partilha do organização burocrática.
continente africano pelos europeus. Essas KROPOTKIN, Piotr. “Carta a Lênin (04.03.1920)”.
fronteiras teriam acotovelado no mesmo In: Textos escolhidos. 1987.
território diversas nações e grupos étnicos,
fazendo o caos imperar na África. Porém, As críticas do anarquista Kropotkin a Lênin,
guerras entre nações rivais e disputas pela presentes nessa carta de 1920, indicam a
sucessão de tronos existiam muito antes de sua:
os europeus atingirem o interior da África. a) crença de que o partido bolchevique consi-
Graves conflitos étnicos aconteceram tam- ga reconhecer o poder supremo dos sovietes
bém em países que tiveram suas fronteiras e extinguir a injustiça social, a hegemonia
mantidas pelos governos europeus. É incrí- burguesa e o autoritarismo.
vel que uma teoria tão frágil e generalista b) insatisfação em relação à diminuição da in-
tenha durado tanto – provavelmente isso fluência das associações de soldados e traba-
acontece porque ela serve para alimentar a lhadores e ao aumento da influência política
condescendência de quem toma os africanos das lideranças bolcheviques.
como “bons selvagens” e tenta isentá-los da c) disposição de anular a influência dos so-
responsabilidade por seus problemas. vietes, para que o Estado russo seja eli-
NARLOCH, Leandro. Guia politicamente incorreto minado e se instale uma nova organização
da história do mundo. 2013 (Adaptado). política, baseada na supressão de toda for-
ma de poder.
A partir da leitura do texto, é correto afir- d) avaliação de que o partido social-democrata
mar que: se tornou, após a Revolução de Outubro de
a) as desigualdades sociais e econômicas no 1917, o único grupo político capaz de con-
mundo atual originam-se exclusivamente ter as manifestações sociais e reestruturar o
das contradições materiais do capitalismo. Estado russo.
b) o conhecimento histórico que privilegia a e) discordância diante do esforço organizativo
“óptica dos vencidos” apresenta um grau do país, empreendido pelos bolcheviques, e
superior de objetividade científica. sua aposta no retorno da monarquia parla-
c) na relação entre diferentes etnias, o etno- mentar derrubada pela Revolução de Outu-
centrismo é um fenômeno antropológico ex- bro de 1917.
clusivo dos países ocidentais modernos.
d) para explicar a existência dos atuais confli-
22. (Unesp) Leia.
tos étnicos na África, é necessário resgatar
os pressupostos da ideologia colonialista. A Itália deseja a paz, mas não teme a guerra.
e) a tese filosófica sobre um “estado de nature- A justiça sem a força é uma palavra sem sen-
za” livre e pacífico é insuficiente para expli- tido.
car os conflitos étnicos atuais na África. Nós sonhamos com a Itália romana.

20. (Unesp) Entre os fatores que contribuíram Os três lemas acima foram amplamente
para o início da Primeira Guerra Mundial divulgados durante o governo de Benito
(1914-1918), podemos citar: Mussolini (1922-1943) e revelam caracterís-
a) a corrida espacial entre Estados Unidos e ticas centrais do fascismo italiano:
União Soviética. a) a perseguição aos judeus, a liberdade de ex-
b) o conflito étnico entre sérvios e croatas na pressão e a valorização do direito romano.
região da antiga Iugoslávia. b) o culto ao corpo, o pacificismo e a ânsia de
c) o confronto entre Áustria e Hungria pelo voltar ao passado.
controle dos Bálcãs. c) o nacionalismo, a valorização do espírito
d) a disputa comercial e industrial entre Ingla- clássico e o materialismo.
terra e Alemanha. d) a beligerância, o culto à ação e o esforço ex-
e) a invasão da Polônia pelas tropas da Alema- pansionista.
nha. e) o revanchismo, a socialização da economia
industrial e a perseguição aos estrangeiros.
21. (Unesp) A influência e o domínio do povo
Leia o texto a seguir para responder à ques-
pelo “partido”, isto é, por alguns recém-
tão 22.
-chegados (os ideólogos comunistas pro-
cedem dos centros urbanos), já destruiu a Enquanto os franceses e os britânicos tinham
influência e a energia construtiva desta pro- emergido da Primeira Guerra Mundial com
missora instituição que eram os sovietes. No um profundo trauma dos horrores da guerra e

60
a convicção de que um novo conflito deveria, 25. (Unesp 2018) Na colônia, a justiça era exer-
se possível, ser evitado, na Alemanha só ocor- cida por toda uma gama de funcionários a
reria algo parecido depois da Segunda Guerra serviço do rei. A violência, a coerção e a arbi-
Mundial. Os acontecimentos de 1945 levaram trariedade foram suas principais caracterís-
a uma profunda mudança na cultura popular ticas. [...] Nas regiões em que a presença da
e política da parte ocidental da Alemanha. Coroa era mais distante, os grandes proprie-
Aos olhos desses alemães, a extrema violên- tários de terras exerciam considerável auto-
cia de 1945 fez da Segunda Guerra Mundial ridade administrativa e judicial. No sertão,
“a guerra para acabar com todas as guerras”. os potentados impunham seus interesses à
Richard Bessel. Alemanha, 1945. 2010 (Adaptado). população livre.
(Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil:
uma interpretação, 2008.)
23. (Unesp) Entre os fatos que poderiam confir-
mar a interpretação, oferecida pelo texto, so- Ao analisar o aparato judiciário no Brasil Co-
bre a atitude de franceses e britânicos depois lonial, o texto
da Primeira Guerra Mundial, pode-se incluir: a) identifica a isonomia e a impessoalidade na
a) a participação em um organismo internacio- administração da justiça e seu embasamento
nal para a mediação de conflitos e o paci- no direito romano.
fismo que marcou a reação da França e da b) explicita a burocratização do sistema jurí-
Grã-Bretanha à ascensão do nazismo. dico nacional e reconhece sua eficácia no
b) o fim da corrida armamentista entre as po- controle interno.
tências do Ocidente e do leste europeu e a c) indica o descompasso entre as determina-
eliminação dos arsenais alojados na Europa, ções da Coroa portuguesa e os interesses
na Ásia e no norte da África. pessoais dos governadores-gerais.
c) a repressão imediata e violenta, por França e d) distingue o sistema oficial da dinâmica local
Grã-Bretanha, a todos os projetos belicosos e e atesta o prevalecimento de ações autoritá-
rias em ambas.
autoritários que surgiram na Europa ao lon-
e) diferencia as funções do Poder Judiciário e
go dos anos 1920 e 1930.
do Poder Executivo e caracteriza a ação au-
d) o acordo para a constituição de uma polícia
tônoma e independente de ambos.
internacional, que vigiasse as movimenta-
ções militares das grandes potências e fosse 26. (Unesp 2018) A primeira Constituição bra-
coordenada por um país não europeu, os Es- sileira, de 1824, foi
tados Unidos. a) aprovada pela Câmara dos Deputados e esta-
e) a liberação, pela França e pela Grã-Bretanha, beleceu o voto censitário.
no decorrer das décadas de 1920 e 1930, de b) imposta por Portugal e determinou o mono-
todas as suas colônias, para evitar o surgi- pólio português do comércio colonial.
mento de guerras de emancipação nacional. c) outorgada pelo imperador e definiu a exis-
tência de quatro poderes.
24. (Unesp) O colapso e o fim da União Soviéti- d) promulgada por uma Assembleia Constituin-
ca, no princípio da década de 1990, deriva- te e concentrou a autoridade no Poder Exe-
ram, entre outros fatores: cutivo.
a) da ascensão comercial e militar da China e e) determinada pela Inglaterra e estabeleceu o
da Coreia do Sul, o que provocou acelerada fim do tráfico de escravos.
redução nas exportações soviéticas de arma-
mentos para os países do leste europeu. 27. (Unesp 2018)
b) da implantação do socialismo nos países do
leste europeu e da perda de influência po-
lítica e comercial sobre a África, o Oriente
Médio e o sul asiático.
c) dos altos gastos militares e das disputas in-
ternas do partido hegemônico, e facilitaram
a eclosão de movimentos separatistas nas
repúblicas controladas pela Rússia.
d) da derrubada do Muro de Berlim, que repre-
sentava a principal proteção, por terra, do
mundo socialista, o que facilitou o avanço
das tropas ocidentais.
e) da ascensão política dos partidos de extrema
direita na Rússia e do surgimento de um sindi-
calismo independente nas repúblicas da Ásia.

61
É correto interpretar a charge, que representa a melhor demonstração dessa afirmação.
D. Pedro II e foi publicada em 1887, como uma (José Murilo de Carvalho. Os bestializados, 1987.)
a) demonstração da exaustão provocada pela
diversidade de atividades exercidas pelo im- 29. (Unesp 2018) O texto afirma que a conso-
perador. lidação do Rio de Janeiro como “o centro da
b) valorização do esforço do imperador em vida política nacional” ocorreu com
manter-se atualizado em relação ao que a) a reunião dos órgãos administrativos na ca-
acontecia no país. pital e o fechamento das assembleias provin-
c) crítica à passividade e à inoperância do im- ciais.
perador em meio a um período de dificulda- b) a proclamação da independência política e a
des no país. implantação do regime republicano no país.
d) denúncia da baixa qualidade da imprensa c) a concentração do poder nas mãos do impera-
monárquica e de suas insistentes críticas ao dor e a ascensão econômica de São Paulo.
imperador. d) o declínio da economia açucareira nordestina
e) celebração da serenidade e harmonia das re- e o início da exploração do ouro nas Minas
lações sociais no país durante o Império. Gerais.
e) o crescimento populacional da capital e a de-
28. (Unesp 2018) Entre as manifestações místi- mocratização política no Segundo Reinado.
cas presentes no Nordeste brasileiro no final
do Império e nas primeiras décadas da Repú- 30. (Unesp 2018) A Proclamação da República,
blica, identificam-se em 1889,
a) as pregações do Padre Ibiapina, relacionadas a) expressou a interferência norte-americana e
à defesa do protestantismo calvinista, e a reduziu a influência britânica nos assuntos
literatura de cordel, que cantava os mitos e internos do país.
as lendas da região. b) teve forte participação dos sindicatos operá-
b) o cangaço, que realizava saques a armazéns rios da capital e ampliou os direitos de cida-
para roubar alimentos e distribuí-los aos fa- dania no Brasil.
mintos, e o coronelismo, com suas práticas c) representou o fim da hegemonia das elites
assistencialistas. cafeeiras e açucareiras na condução da polí-
c) a liderança do Padre Cícero, vinculada à di- tica brasileira.
nâmica política tradicional da região, e o d) foi rejeitada e combatida militarmente pelos
movimento de Canudos, com características principais clérigos católicos no Brasil e no
de contestação social. exterior.
d) a peregrinação de multidões a Juazeiro do e) resultou da ação de um setor das forças ar-
Norte, para pedir graças aos padres milagrei- madas e contou com o apoio de grupos polí-
ros, e a liderança messiânica do fazendeiro ticos da capital.
pernambucano Delmiro Gouveia.
e) a ação catequizadora de padres e bispos li-
gados à Igreja católica e a atuação do líder
José Maria, que comandou a resistência na
GABARITO
região do Contestado.
1. A 2. B 3. D 4. A 5. D
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 6. B 7. B 8. C 9. B 10. B

Leia o texto para responder à(s) questão(ões) 11. B 12. D 13. A 14. C 15. A
a seguir.
16. E 17. B 18. A 19. E 20. D
O Rio de Janeiro dos primeiros anos da Re- 21. B 22. D 23. A 24. C 25. D
pública era a maior cidade do país, com mais
de 500 mil habitantes. Capital política e 26. C 27. C 28. C 29. C 30. E
administrativa, estava em condições de ser
também, pelo menos em tese, o melhor ter-
reno para o desenvolvimento da cidadania.
Desde a independência e, particularmente,
desde o início do Segundo Reinado, quando
se deu a consolidação do governo central e
da economia cafeeira na província adjacen-
te, a cidade passou a ser o centro da vida po-
lítica nacional. O comportamento político de
sua população tinha reflexos imediatos no
resto do país. A Proclamação da República é

62
HISTÓRIA DO BRASIL

Prescrição: São necessários conhecimentos sobre o período pré-colonial e o tratamento dado à popu-
lação indígena durante a colonização, além dos principais tópicos da economia colonial. Compreensão
dos principais eventos que contribuíram para a independência do Brasil e entendimento dos motivos do
golpe da maioridade de D. Pedro II. Conhecimentos sobre os movimentos e leis abolicionistas e sobre a
posterior crise econômica e política dos primeiros anos da república. No século XX, conhecimentos sobre
a Semana de Arte Moderna de 1922, o tenentismo da década de 1920, os principais presidentes da fase
populista (1946-1964) e os principais tópicos da ditadura militar (1964-1985) e da redemocratização.

APLICAÇÃO DOS As diferenças entre os republicanos de São


Paulo e do Rio de Janeiro, nas décadas de
CONHECIMENTOS - SALA 1870 e 1880, podem ser explicadas, entre
outros fatores:
a) pelo interesse dos paulistas em reduzir a
1. (Unesp) O fato de ser a única monarquia na interferência do governo central nos seus
América levou os governantes do Império assuntos econômicos e em concentrar, na
a apontarem o Brasil como um solitário no própria província, a maior parte dos recursos
continente, cercado de potenciais inimigos. obtidos com exportação.
Temia-se o surgimento de uma grande repú- b) pela disposição dos intelectuais da capital
blica liderada por Buenos Aires, que poderia de assumir o controle pleno da administra-
vir a ser um centro de atração sobre o pro- ção política nacional e de eliminar a hege-
blemático Rio Grande do Sul e o isolado Mato monia econômica dos cafeicultores e comer-
Grosso. Para o Império, a melhor garantia de ciantes de São Paulo.
que a Argentina não se tornaria uma ameaça c) pela ausência de projetos políticos nacionais
concreta estava no fato de Paraguai e Uru- comuns aos representantes de São Paulo e
guai serem países independentes, com go- do Rio de Janeiro e pela defesa pragmática
vernos livres da influência argentina.
dos interesses econômicos das respectivas
Francisco Doratioto. A Guerra do Paraguai. 1991.
províncias.
Segundo o texto, uma das preocupações da d) pelo esforço dos paulistas em eliminar as
política externa brasileira para a região do disparidades regionais e em aprofundar a
rio da Prata, durante o Segundo Reinado, era: unidade do país em torno de um projeto de
a) estimular a participação militar da Argenti- desenvolvimento econômico nacional.
na na Tríplice Aliança. e) pela presença dos principais teóricos ingle-
b) limitar a influência argentina e preservar a ses e franceses do liberalismo no Rio de Ja-
divisão política na área. neiro e por sua influência junto à intelectu-
c) facilitar a penetração e a influência política alidade local e ao governo monárquico.
britânicas na área.
d) impedir a autonomia política e o desenvolvi- 3. (Unesp) A proclamação da República não é
mento econômico do Paraguai. um ato fortuito, nem obra do acaso, como
e) integrar a economia brasileira às economias chegaram a insinuar os monarquistas; não
paraguaia e uruguaia. é tampouco o fruto inesperado de uma pa-
rada militar. Os militares não foram meros
2. (Unesp) Não há dúvida de que os republi- instrumentos dos civis, nem foi um ato de
canos de São Paulo e do Rio de Janeiro re- indisciplina que os levou a liderar o movi-
presentavam preocupações totalmente dis- mento da manhã de 15 de novembro, como
tintas. Enquanto os republicanos da capital, tem sido dito às vezes. Alguns deles tinham
ou melhor, os que assinaram o Manifesto de sólidas convicções republicanas e já vinham
1870, refletiam as preocupações de inte- conspirando há algum tempo [...]. Imbuídos
lectuais e profissionais liberais urbanos, os de ideias republicanas, estavam convencidos
paulistas refletiam preocupações de setores de que resolveriam os problemas brasileiros
cafeicultores de sua província. [...] A prin- liquidando a Monarquia e instalando a Repú-
cipal preocupação dos paulistas não era o blica.
governo representativo ou os direitos indivi- Emília Viotti da Costa. Da monarquia à república. 1987.
duais, mas simplesmente a federação, isto é,
a autonomia estadual.
José Murilo de Carvalho. A construção da ordem. 1980.

63
O texto identifica a proclamação da república 5. (Unesp) Brasília simbolizou na ideologia
como resultado: nacional-desenvolvimentista o “futuro do
a) da unidade dos militares, que agiram de for- Brasil”, o arremate e a obra monumental
ma coerente e constante na luta contra o da nação a ser construída pela industriali-
poder civil que prevalecia durante o império. zação coordenada pelo Estado planificador,
pela ação das “forças do progresso” (aquelas
b) da fragilidade do comando exercido pelo im-
voltadas para o desenvolvimento do “capita-
perador frente às rebeliões republicanas que lismo nacional”), que paulatinamente iriam
agitaram o país nas últimas décadas do im- derrotar as “forças do atraso” (o imperialis-
pério. mo, o latifúndio e a política tradicional, de-
c) de um projeto militar de assumir o comando magógica e “populista”).
do Estado brasileiro e implantar uma ditadura José William Vesentini. A capital da geopolítica. 1986.
armada, afastando os civis da vida política.
Segundo o texto, a construção de Brasília
d) da disseminação de ideais republicanos e
deve ser entendida:
salvacionistas nos meios militares, que arti-
a) como uma tentativa de limitar a migração
cularam a ação de derrubada da monarquia. para o centro do país e de reforçar o contin-
e) de uma conspiração de civis, que recorreram gente de mão de obra rural.
aos militares para derrubar a monarquia e b) dentro de um conjunto de iniciativas de ca-
assumir o controle do Estado brasileiro. ráter liberal, que buscava eliminar a inter-
ferência do Estado nos assuntos econômico-
-financeiros.
4. (Unesp) Examine a charge do cartunista c) dentro do rearranjo político do pós-Segunda
Théo, publicada na revista Careta, em 27 de Guerra Mundial, que se caracterizava pelo
dezembro de 1952. clima de paz nas relações internacionais.
d) dentro de um amplo projeto de redimensio-
namento da economia e da política brasilei-
ras, que pretendia modernizar o país.
e) como um esforço de internacionalização da
economia brasileira, que provocaria aumen-
to significativo da exportação agrícola.

6. (Unesp) Eu acho que a anistia foi a solução,


mas ela não foi completa. Quer dizer, não
podiam ser anistiados aqueles que mataram
torturando, porque esse é um crime inafian-
çável. Quem mata calmamente, friamente,
tem de sofrer um processo e tem de sofrer
também as consequências do seu ato. Isso
nunca foi executado no Brasil como foi exe-
cutado na Argentina com todos os generais.
O Brasil fez uma anistia pela metade, mas
nós ficamos contentes porque não houve
derramamento de sangue.
D. Paulo Evaristo Arns. Cult, março de 2004.

Segundo a declaração de D. Paulo Evaristo


O apelido de “pai dos pobres”, dado a Getú-
Arns, arcebispo de São Paulo entre 1970 e
lio Vargas, pode ser associado:
1998, a Lei da Anistia no Brasil, de 1979:
a) ao autoritarismo do presidente diante dos a) perdoou opositores e defensores do regime
movimentos sociais, manifesto na repressão militar e, a despeito de suas imperfeições,
às associações de operários e camponeses. impediu confrontos e mortes entre setores
b) aos esforços de negociação com a oposição, políticos rivais.
com a decorrente distribuição de cargos ad- b) inspirou-se na lei de anistia argentina, que
ministrativos e funções políticas. julgou e condenou militares que mataram e
torturaram durante o regime militar.
c) ao caráter popular do regime, originário de
c) foi inútil, uma vez que não puniu aqueles que
uma revolução social e empenhado no com- atuaram, durante o regime militar, nos órgãos
bate à burguesia industrial brasileira. de repressão política e policial.
d) à política de concessões desenvolvida junto d) foi equivocada, pois determinou o posterior
a sindicatos, como contrapartida do apoio levantamento, análise e julgamento dos cri-
político dos trabalhadores. mes cometidos durante o período do regime
e) à supressão de legislação trabalhista no país, militar.
e) beneficiou os opositores do regime militar
que obrigava o governo a agir de forma as-
e condenou aqueles que os reprimiram por
sistencialista.
meio da violência e da tortura.

64
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA 6. O arcebispo de São Paulo faz críticas ao pro-
cesso de anistia, considerando-o imperfeito,
1. A preocupação de D. Pedro II com relação ao pois tratou torturadores e torturados da mes-
rio da Prata era a possibilidade de a Argen- ma maneira, fazendo ainda uma comparação
com situação semelhante na Argentina, mas
tina invadir e dominar o Rio Grande do Sul e
que teve desfecho diferente, uma vez que,
o Mato Grosso.
no país vizinho, os responsáveis pela tortura
2. São Paulo era o principal centro econômi- em nome do Estado foram punidos. No en-
co brasileiro na época do segundo reinado. tanto, o religioso vê um elemento positivo
Nesse Estado, o movimento republicano nesse desfecho, que foi o de evitar novos
priorizou a discussão acerca da adoção do conflitos.
federalismo, que conferiria autonomia para
gerenciar seus assuntos políticos e econô-
micos, utilizando, assim, sua economia em
benefício próprio.
GABARITO
3. A Guerra do Paraguai (1865-1870) foi um
1. B 2. A 3. D 4. D 5. D
divisor de águas na história do Exército bra-
sileiro. A partir deste conflito, a corporação 6. A
ganhou consciência de sua importância para
a nação e assumiu o ideal de “salvador da
pátria”. Os políticos denominados “casacas”
criticaram esta nova postura do Exército, que
eram os “fardados”. Assim, os jovens oficiais
apoiados em um ideário positivista criticou
a monarquia e se aproximaram de ideias re-
publicanas. A politização de parte do Exérci-
to foi fundamental para derrubar a monar-
quia e implantar a república. Vale afirmar
que os dois primeiros presidentes do Brasil
republicano foram militares.
4. A charge de 1952 remete ao segundo gover-
no Vargas (1950-1954) no contexto da re-
pública liberal populista. O cartunista Théo
elaborou um diálogo entre Vargas (pai dos
pobres) com o bom velhinho Papai Noel. “Ser
pai dos pobres dá mais trabalho do que ser
Papai Noel: a mim eles chateiam o ano intei-
ro”. Desde 1930, Vargas adotou uma política
populista, nacionalista e intervencionista.
Criou a CLT, a consolidação das leis traba-
lhistas para os trabalhadores urbanos e tu-
telou os sindicatos. Foi desenvolvido através
do Departamento de Imprensa e Propaganda
(DIP), a ideia de “pai dos pobres”. O governo
Vargas buscava o apoio do povo para realizar
seu projeto político.
5. A construção de Brasília enquadra-se na
política de Estado promovida pelo governo
de JK com o chamado Plano de Metas, que
pretendia modernizar o país a partir de
uma economia desenvolvimentista e aliada
ao capital estrangeiro. Brasília foi criada
como nova capital, com o objetivo de esti-
mular o desenvolvimento econômico regio-
nal do Centro-Oeste, favorecer o povoamento
da região, estimular a atividade industrial
(construção civil e equipamentos) e afastar
a capital do litoral, que seria mais vulnerável
do ponto de vista militar e às pressões popu-
lares.

65
PRÁTICA DOS b) uma estratégia de valorização, na colonização
da América e na África, das atividades agrí-

CONHECIMENTOS - E.O. colas baseadas em mão de obra escrava, com


a consequente eliminação de toda forma de
artesanato e de comércio local.
Leia o texto a seguir para responder à ques- c) um modelo de organização da produção agrí-
tão 1. cola caracterizado pelo predomínio de gran-
des propriedades monocultoras, que utiliza-
Nas primeiras três décadas que se segui- vam trabalho escravo e destinavam a maior
ram à passagem da armada de Cabral, além parte de sua produção ao mercado externo.
das precárias guarnições das feitorias [...], d) uma forma de organização da produção agrí-
apenas alguns náufragos [...] e “lançados” cola, implantada nas colônias africanas a par-
atestavam a soberania do rei de Portugal no tir do sucesso da experiência de povoamento
litoral americano do Atlântico sul. das colônias inglesas na América do Norte.
Adriana Lopez; Carlos Guilherme Mota.
História do Brasil: uma interpretação. 2008.
e) uma política de utilização sistemática de mão
de obra de origem africana na pecuária, subs-
1. (Unesp) Os lançados citados no texto eram: tituindo o trabalho dos indígenas, que não se
a) funcionários que recebiam, da coroa, a atri- adaptavam ao sedentarismo e à escravidão.
buição oficial de gerenciar a exploração co-
mercial do pau-brasil e das especiarias en- Leia o texto a seguir para responder à ques-
contradas na colônia portuguesa. tão 3.
b) militares portugueses encarregados da prote-
ção armada do litoral brasileiro, para impedir Prova da barbárie e, para alguns, da nature-
o atracamento de navios de outros países, in- za não humana do ameríndio, a antropofagia
teressados nas riquezas naturais da colônia. condenava as tribos que a praticavam a sofrer
c) comerciantes portugueses encarregados do pelas armas portuguesas a “guerra justa”.
tráfico de escravos, que atuavam no litoral Nesse contexto, um dos autores renascentis-
atlântico da África e do Brasil e asseguravam tas que escreveram sobre o Brasil, o calvi-
o suprimento de mão de obra para as colô-
nista francês Jean de Léry, morador do atual
nias portuguesas.
d) donatários das primeiras capitanias heredi- Rio de Janeiro na segunda metade da década
tárias, que assumiram formalmente a posse de 1550 e quase vítima dos massacres do Dia
das novas terras coloniais na América e im- de São Bartolomeu (24/08/1572), ponto alto
plantaram as primeiras lavouras para o cul- das guerras de religião na França, compara a
tivo da cana-de-açúcar. violência dos tupinambás com a dos católi-
e) súditos portugueses enviados para o litoral cos franceses que naquele dia fatídico tru-
do Brasil ou para a costa da África, geral- cidaram e, em alguns casos, devoraram seus
mente como degredados, que acabaram por
compatriotas protestantes:
se tornar precursores da colonização.
“E o que vimos na França (durante o São
Leia o texto a seguir para responder à ques- Bartolomeu)? Sou francês e pesa-me dizê-lo.
tão 2. O fígado e o coração e outras partes do corpo
Os diários, as memórias e as crônicas de via- de alguns indivíduos não foram comidos por
gens escritas por marinheiros, comerciantes, furiosos assassinos de que se horrorizam os
militares, missionários e exploradores, ao infernos? Não é preciso ir à América, nem
lado das cartas náuticas, seriam as princi- mesmo sair de nosso país, para ver coisas tão
pais fontes de conhecimento e representa- monstruosas”.
ção da África dos séculos XV ao XVIII. Luís Felipe Alencastro. “Canibalismo deu pretexto para
A barbárie dos costumes, o paganismo e a escravizar”. Folha de S.Paulo, 12 out. 1991 (Adaptado).
violência cotidiana foram atribuídos aos
africanos ao mesmo tempo em que se jus- 3. (Unesp) O conceito de “guerra justa” foi em-
tificava a sua escravização no Novo Mundo. pregado, durante a colonização portuguesa
A desumanização de suas práticas serviria do Brasil, para:
como justificativa compensatória para a coi-
a) justificar a captura, o aprisionamento e a es-
sificação dos negros e para o uso de sua força
cravização de indígenas.
de trabalho nas plantations da América.
b) justificar a instalação de missões jesuíticas
Regina Claro. Olhar a África. 2012. (Adaptado).
em áreas de colonização francesa.
2. (Unesp) As “plantations da América”, cita- c) impedir a prisão e o exílio de lideranças e
das no texto, correspondem a: comunidades nativas hostis à colonização.
a) um esforço de coordenação da colonização ao d) impedir o acesso de protestantes e judeus às
redor do Atlântico, com a aplicação de mode- áreas de produção de açúcar.
los econômicos idênticos nas colônias ibéri- e) impedir que os nativos fossem utilizados
cas da América e da costa africana. como mão de obra na lavoura.

66
4. (Unesp) A escravatura, que realmente tan- 5. (Unesp) O texto destaca três elementos que
tos males acarreta para a civilização e para a o autor considera inexistentes entre os tu-
moral, criou no espírito dos brasileiros este pinambás, no final do século XVI. Esses três
caráter de independência e soberania, que elementos podem ser associados, respectiva-
o observador descobre no homem livre, seja mente:
qual for o seu estado, profissão ou fortuna. a) à diversidade religiosa, ao poder judiciário e
Quando ele percebe desprezo, ou ultraje da às relações familiares.
parte de um rico ou poderoso, desenvolve-se b) à fé religiosa, à ordenação jurídica e à hie-
rarquia política.
imediatamente o sentimento de igualdade;
c) ao catolicismo, ao sistema de governo e ao
e se ele não profere, concebe ao menos, no respeito pelos diferentes.
momento, este grande argumento: não sou d) à estrutura política, à anarquia social e ao
escravo. Eis aqui no nosso modo de pensar, a desrespeito familiar.
primeira causa da tranquilidade de que goza e) ao respeito por Deus, à obediência aos pais e
o Brasil: o sentimento de igualdade profun- à aceitação dos estrangeiros.
damente arraigado no coração dos brasileiros.
Padre Diogo Antônio Feijó apud 6. (Unesp) Os comentários de Gabriel Soares de
Miriam Dolhnikoff. O pacto imperial. 2005. Souza expõem:
a) a dificuldade dos colonizadores de reconhe-
O texto, publicado em 1834 pelo padre Diogo cer as peculiaridades das sociedades nativas.
Antônio Feijó: b) o desejo que os nativos sentiam de receber
a) parece rejeitar a escravidão, mas identifica orientações políticas e religiosas dos coloni-
efeitos positivos que ela teria provocado en- zadores.
tre os brasileiros. c) a inferioridade da cultura e dos valores dos
b) caracteriza a escravidão como uma vergonha portugueses em relação aos dos tupinambás.
para todos os brasileiros e defende a comple- d) a ausência de grupos sedentários nas Améri-
cas e a missão civilizadora dos portugueses.
ta igualdade entre brancos e negros.
e) o interesse e a disposição dos europeus de
c) defende a escravidão, pois a considera es- aceitar as características culturais dos tupi-
sencial para a manutenção da estrutura fun- nambás.
diária.
d) revela as ambiguidades do pensamento con- 7. (Unesp) O comércio foi de fato o nervo da co-
servador brasileiro, pois critica a escravidão, lonização do antigo regime, isto é, para incre-
mas enfatiza a importância comercial do trá- mentar as atividades mercantis processava-se
fico escravagista. a ocupação, povoamento e valorização das
e) repudia a escravidão e argumenta que sua novas áreas. E aqui ressalta de novo o sen-
manutenção demonstra o desrespeito brasi- tido da colonização da época moderna; indo
leiro aos princípios da igualdade e da frater- em curso na Europa a expansão da economia
nidade. de mercado, com a mercantilização crescente
dos vários setores produtivos antes à margem
Leia o texto a seguir para responder às ques- da circulação de mercadorias – a produção co-
tões 5 e 6. lonial era uma produção mercantil, ligada às
grandes linhas do tráfico internacional.
[Os tupinambás] têm muita graça quando
Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo
falam [...]; mas faltam-lhe três letras das do Sistema Colonial (1777-1808). 1981 (Adaptado).
ABC, que são F, L, R grande ou dobrado, coisa
muito para se notar; porque, se não têm F, é O mecanismo principal da colonização foi o
porque não têm fé em nenhuma coisa que comércio entre colônia e metrópole, fato que
adoram; nem os nascidos entre os cristãos se manifesta:
e doutrinados pelos padres da Companhia a) na ampliação do movimento de integração
têm fé em Deus Nosso Senhor, nem têm ver- econômica europeia por meio do amplo acesso
de outras potências aos mercados coloniais.
dade, nem lealdade a nenhuma pessoa que
b) na ausência de preocupações capitalistas por
lhes faça bem. E se não têm L na sua pro- parte dos colonos, que preferiam manter o
nunciação, é porque não têm lei alguma que modelo feudal e a hegemonia dos senhores de
guardar, nem preceitos para se governarem; terras.
e cada um faz lei a seu modo, e ao som da c) nas críticas das autoridades metropolitanas à
sua vontade; sem haver entre eles leis com persistência do escravismo, que impedia a am-
que se governem, nem têm leis uns com os pliação do mercado consumidor na colônia.
outros. E se não têm esta letra R na sua pro- d) no desinteresse metropolitano de ocupar as
nunciação, é porque não têm rei que os reja, novas terras conquistadas, limitando-se à ex-
e a quem obedeçam, nem obedecem a nin- ploração imediatista das riquezas encontradas.
guém, nem ao pai o filho, nem o filho ao pai, e) no condicionamento político, demográfico
e econômico dos espaços coloniais, que
e cada um vive ao som da sua vontade [...].
deveriam gerar lucros para as economias
Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo
metropolitanas.
do Brasil em 1587. 1987.

67
8. (Unesp) A Revolta dos Malês, ocorrida em Leia o texto a seguir para responder à ques-
1835 na Bahia, contou com ampla partici- tão 10.
pação popular e defendeu, entre outras pro-
Com a vinda da corte, pela primeira vez, des-
postas:
a) a rejeição ao catolicismo e a construção de de o início da colonização, configuravam-se
uma ordem islâmica. nos trópicos portugueses preocupações pró-
b) a manutenção da escravidão de africanos e a prias de uma colônia de povoamento e não
ampliação da escravização de indígenas. apenas de exploração ou feitoria comercial,
c) o retorno de D. Pedro I e o restabelecimento pois que no Rio teriam que viver e, para
da monarquia absolutista. sobreviver, explorar “os enormes recursos
d) a ampliação das relações diplomáticas e co- naturais” e as potencialidades do império
merciais com os países africanos. nascente, tendo em vista o fomento do bem-
e) o reconhecimento dos direitos e deveres de -estar da própria população local.
todo cidadão brasileiro.
Maria Odila Leite da Silva Dias. A interiorização
da metrópole e outros estudos. 2005.
Leia o texto a seguir para responder à ques-
tão 9. 10. (Unesp) A vinda da corte portuguesa para o
Os africanos não escravizavam africanos, Brasil, ocorrida em 1808 e citada no texto,
nem se reconheciam então como africanos. foi provocada, sobretudo:
Eles se viam como membros de uma aldeia, a) pelo fim da ocupação francesa em Portugal e
de um conjunto de aldeias, de um reino e de pelo projeto, defendido pelos liberais portu-
um grupo que falava a mesma língua, tinha gueses, de iniciar a gradual descolonização
os mesmos costumes e adorava os mesmos do Brasil.
deuses. (...) Quando um chefe (...) entrega- b) pela pressão comercial espanhola e pela dis-
va a um navio europeu um grupo de cativos, posição, do príncipe regente, de impedir a
não estava vendendo africanos nem negros, expansão e o sucesso dos movimentos eman-
mas (...) uma gente que, por ser considerada cipacionistas na colônia.
por ele inimiga e bárbara, podia ser escra- c) pelo interesse de expandir as fronteiras da
vizada. (...) O comércio transatlântico (...) colônia, avançando sobre terras da América
fazia parte de um processo de integração espanhola, para assegurar o pleno domínio
econômica do Atlântico, que envolvia a pro- continental do Brasil.
dução e a comercialização, em grande esca- d) pela invasão francesa em Portugal e pela
la, de açúcar, algodão, tabaco, café e outros proximidade e aliança do governo português
bens tropicais, um processo no qual a Euro- com a política da Inglaterra.
pa entrava com o capital, as Américas com a
e) pela intenção de expandir, para a América,
terra e a África com o trabalho, isto é, com a
o projeto de união ibérica, reunindo, sob a
mão de obra cativa.
Alberto da Costa e Silva. A África explicada mesma administração colonial, as colônias
aos meus filhos. 2008 (Adaptado). espanholas e o Brasil.
9. (Unesp) Ao caracterizar a escravidão na 11. (Unesp) A maioridade do príncipe D. Pedro
África e a venda de escravos por africanos foi antecipada, em 1840, para que ele pu-
para europeus nos séculos XVI a XIX, o texto: desse assumir o trono brasileiro. Entre os
a) reconhece que a escravidão era uma insti- objetivos do chamado Golpe da Maioridade,
tuição presente em todo o planeta e que a podemos citar o esforço de:
diferenciação entre homens livres e homens a) obter o apoio das oligarquias regionais, in-
escravos era definida pelas características
satisfeitas com a centralização política ocor-
raciais dos indivíduos.
b) critica a interferência europeia nas disputas rida durante o período regencial.
internas do continente africano e demonstra a b) ampliar a autonomia das províncias e redu-
rejeição do comércio escravagista pelos líderes zir a interferência do poder central nas uni-
dos reinos e aldeias então existentes na África. dades administrativas.
c) diferencia a escravidão que havia na Áfri- c) abolir o Ato Adicional de 1834 e aumentar
ca da que existia na Europa ou nas colônias os efeitos federalistas da Lei Interpretativa
americanas, a partir da constatação da he- do Ato, editada seis anos depois.
terogeneidade do continente africano e dos d) promover ampla reforma constitucional de
povos que lá viviam. caráter liberal e democrático no país, reagin-
d) afirma que a presença europeia na África e do ao centralismo da Constituição de 1824.
na América provocou profundas mudanças
e) restabelecer a estabilidade política, compro-
nas relações entre os povos nativos desses
continentes e permitiu maior integração e metida durante o período regencial, e conter
colaboração interna. revoltas de caráter regionalista.
e) considera que os únicos responsáveis pela
escravização de africanos foram os próprios
africanos, que aproveitaram as disputas tri-
bais para obter ganhos financeiros.
68
12. (Unesp) Ao lado do latifúndio, a presença c) pelo fim da política de proteção à produção
da escravidão freou a constituição de uma e exportação de café, que enfrentava forte
sociedade de classes, não tanto porque o es- concorrência colombiana.
cravo esteja fora das relações de mercado, d) pela emissão descontrolada de papel-moeda,
mas principalmente porque excluiu delas os que provocou especulação financeira e alta
homens livres e pobres e deixou incompleto inflacionária.
o processo de sua expropriação. e) pelo encarecimento dos bens de primeira
Maria Sylvia de Carvalho Franco. Homens
necessidade, que eram majoritariamente im-
livres na ordem escravocrata. 1983. portados dos Estados Unidos.
Segundo o texto, que analisa a sociedade ca- 15. (Unesp) Nunca se viu uma campanha como
feeira no Vale do Paraíba no século XIX: esta, em que ambas as partes sustentaram
a) a substituição do trabalho escravo pelo tra- ferozmente as suas aspirações opostas. Ven-
balho livre assalariado freou a constituição cidos os inimigos, vós lhes ordenáveis que
de uma sociedade de classes durante o perí- levantassem um viva à república e eles o
odo cafeeiro. levantavam à monarquia e, ato contínuo,
b) o imigrante e as classes médias mantiveram- atiravam-se às fogueiras que incendiavam a
-se fora das relações de mercado existentes cidade, convencidos de que tinham cumprido
na sociedade cafeeira. o seu dever de fiéis defensores da monarquia.
c) o caráter escravista impediu a participação
Gazeta de Notícias, 28 out. 1897 apud Maria de Lourdes
direta dos homens livres e pobres na econo- Monaco Janotti. Sociedade e política na Primeira República.
mia de exportação da sociedade cafeeira.
d) a inexistência de homens livres e pobres na O texto é parte da ordem do dia, 06/10/1897,
sociedade cafeeira determinou a predomi- do general Artur Oscar e trata dos momentos
nância do trabalho escravo nos latifúndios. finais de Canudos. Para o militar, o principal
e) a ausência de classes na sociedade cafeeira
motivo da luta dos canudenses era a:
deveu-se prioritariamente ao fato de que o
a) restauração monárquica, embora hoje saiba-
escravo estava fora das relações de mercado. mos que a rejeição à república era apenas
13. (Unesp) [...] até a década de 1870, apesar uma das razões da rebeldia.
das pressões, os escravos continuavam a ser b) valorização dos senhores rurais, ligados ao
a mão de obra fundamental para a lavoura monarca, cujo poder era ameaçado pelo cres-
cimento e enriquecimento das cidades.
brasileira, sendo que nessa época todos os
c) restauração monárquica, que, hoje sabemos,
643 municípios do Império [...] ainda conti-
era de fato a única razão da longa resistên-
nham escravos. cia dos sertanejos.
Lilia Moritz Schwarcz. Retrato em branco e negro. 1987. d) valorização do meio rural, embora hoje sai-
bamos que Antônio Conselheiro não apoiava
A redução da importância do trabalho escra- os incêndios provocados por monarquistas
vo, ocorrida após 1870, deveu-se, entre ou- nas cidades republicanas.
tros fatores: e) restauração monárquica, o que fez com que
a) ao aumento das fugas e rebeliões escravas e a luta de Antônio Conselheiro recebesse am-
ao crescimento das correntes migratórias em plo apoio dos monarquistas do sul do Brasil.
direção ao Brasil.
b) ao desinteresse dos cafeicultores do Vale do
16. (Unesp) Tarsila do Amaral é uma das artis-
Paraíba em manter escravos e à intensa pro-
tas que melhor traduziu o “espírito de bra-
paganda abolicionista direcionada aos pró-
silidade”, como se pode observar no quadro
prios escravos.
c) à firme oposição da Igreja católica ao escra- ”Abaporu”.
vismo e ao temor de que se repetisse, no
Brasil, uma revolução escrava como a que
ocorrera em Cuba.
d) à pressão inglesa e francesa pelo fim do trá-
fico e à dificuldade de adaptação do escravo
ao trabalho na lavoura do café.
e) à diminuição do preço do escravo no mer-
cado interno e à atuação abolicionista da
Guarda Nacional.

14. (Unesp) A chamada crise do encilhamento,


no final do século XIX, foi provocada: Partindo de seus conhecimentos sobre a dé-
a) pela moratória brasileira da dívida contraída cada de 1920, analise as afirmações.
junto a casas bancárias alemãs e italianas. I. O quadro ”Abaporu”, de 1928, inspirou o
b) pela crise da bolsa de valores, que não re- Manifesto Antropofágico, e os quadros de
sistiu ao surto especulativo do pós-Primeira Tarsila serviram para divulgar o Moder-
Guerra Mundial. nismo brasileiro.

69
II. As formas ousadas e cores de tons fortes d) explicita a preocupação dos setores políticos
e vibrantes usadas nos quadros de Tarsila e sociais dominantes frente à crise econômi-
traduziram o espírito de brasilidade. ca provocada pela alta do preço do café e sua
III.Em 1929, a cafeicultura no Brasil, sobre- tentativa de regulamentar o setor.
tudo a paulista, sofreu um forte abalo e) demonstra a defesa, pelo autor, da politiza-
com a quebra da bolsa de Nova Iorque. ção da produção literária e o abandono de
IV. A cultura cafeeira paulista, buscando as parte dos princípios estéticos que guiaram
manchas de terras roxas, possibilitou a sua obra na década anterior.
conservação do solo e a preservação das flo- Analise o cartaz da campanha presidencial
restas, minimizando as ações antrópicas. do marechal Henrique Teixeira Lott para res-
Estão corretas as afirmações: ponder à questão 19.
a) II e III, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

17. (Unesp) A Coluna Prestes, que percorreu


cerca de 25 mil quilômetros no interior do
Brasil entre 1924 e 1927, associa-se:
a) ao florianismo, do qual se originou, e ao re-
púdio às fraudes eleitorais da primeira repú-
blica. 19. (Unesp) O cartaz, que foi empregado na
b) à tentativa de implantação de um poder po- campanha para a Presidência da República
pular, expressa na defesa de pressupostos em 1960:
marxistas. a) confirma a presença de Vargas como prin-
c) ao movimento tenentista, do qual foi oriun- cipal articulador da candidatura de Lott e
da, e à tentativa de derrubar o presidente relembra as dificuldades na construção da
Artur Bernardes. nova capital.
d) à crítica ao caráter oligárquico da primeira b) demonstra a aliança do conjunto das classes
república e ao apoio à candidatura presiden- sociais brasileiras com Lott e defende a ne-
cial de Getúlio Vargas. cessidade de unidade política na busca pelo
e) ao esforço de implantação de um regime progresso do país.
militar e à primeira mobilização política de c) celebra o desenvolvimentismo dos governos
massas na história brasileira. anteriores e alerta para o risco iminente de
golpe militar.
18. (Unesp) Com pouco dinheiro, mas fora do d) ressalta a aliança partidária construída em
eixo revolucionário do mundo, ignorando torno do nome de Lott e destaca a continui-
o Manifesto Comunista e não querendo ser dade política que sua candidatura representa.
burguês, passei naturalmente a ser boêmio. e) apresenta a candidatura de Lott à presidência
(...) Continuei na burguesia, de que mais como expressão do populismo e do esforço de
que aliado, fui índice cretino, sentimental incorporar os setores trabalhadores à política.
e poético. (...) A valorização do café foi uma
operação imperialista. A poesia Pau-brasil 20. (Unesp) Bossa nova é ser presidente
também. Isso tinha que ruir com as cornetas desta terra descoberta por Cabral.
da crise. Como ruiu quase toda a literatura Para tanto basta ser tão simplesmente:
brasileira “de vanguarda”, provinciana e simpático, risonho, original.
suspeita, quando não extremamente esgota- Depois desfrutar da maravilha
da e reacionária. de ser o presidente do Brasil,
Oswald de Andrade. Prefácio a Serafim Ponte Grande. 1933. voar da Velhacap pra Brasília,
ver Alvorada e voar de volta ao Rio.
O texto de Oswald de Andrade:
Voar, voar, voar.
a) expõe o anseio do autor de que a literatura Juca Chaves apud Isabel Lustosa.
e as demais formas artísticas fossem contro- Histórias de presidentes. 2008.
ladas pelo Estado e escapassem, assim, da
tutela da classe social hegemônica. A canção ”Presidente bossa-nova”, escrita
b) revela algumas das principais características no final dos anos 1950, brinca com a figu-
do movimento modernista de 1922, como a ra do presidente Juscelino Kubitschek. Ela
busca da identidade nacional e a adesão a pode ser interpretada como a:
projetos político-partidários de direita. a) representação de um Brasil moderno, mani-
c) indica o afastamento gradual dos participan- festado na construção da nova capital e na
tes da Semana de Arte Moderna em relação busca de novos valores e formas de expres-
aos componentes ideológicos de esquerda são cultural.
que caracterizaram o movimento.

70
b) celebração dos novos meios de transporte, 23. (Unesp) A situação de harmonia no Congres-
pois Kubitschek foi o primeiro presidente do so entraria em crise nas eleições de 1974,
Brasil a utilizar aviões nos seus deslocamen- marco importante do avanço pela retomada
tos internos. do Estado de Direito.
c) rejeição à transferência da capital para o Edgard Leite Ferreira Neto. Os partidos
Planalto Central, pois o Rio de Janeiro con- políticos no Brasil. 1988.
tinuava a ser o centro financeiro do país.
d) crítica violenta ao populismo que caracteri- O texto menciona as eleições parlamentares
zou a política brasileira durante todo o perí- de 1974, ocorridas durante o regime militar.
odo republicano. Pode-se dizer que essas eleições:
e) recusa da atuação política de Kubitschek, a) representaram uma vitória significativa do
que permitia participação popular direta nas partido da situação e eliminaram os esforços
principais decisões governamentais. reformistas de deputados e senadores.
b) revelaram a ampla hegemonia de que o gover-
21. (Unesp) Durante o regime militar brasileiro no desfrutava nos Estados economicamente
(1964-1985), ocorreram: mais fortes do Sudeste e sua fragilidade no
a) fim do intervencionismo estatal na econo- Centro-Norte do país.
mia, ampliação da autonomia dos Estados e
c) reforçaram a convicção de que o bipartidaris-
controle militar do sistema de informações.
mo era o modelo político-partidário adequado
b) ampliação dos programas sociais voltados à
saúde e à educação, crescimento industrial e para a consolidação da república brasileira.
saneamento completo das contas públicas. d) demonstraram insatisfação de parte expressi-
c) limitação dos investimentos estrangeiros no va da sociedade brasileira e provocaram forte
país, erradicação da inflação e pagamento da reação do governo, que alterou as leis eleito-
dívida externa brasileira. rais para assegurar a manutenção do controle
d) fortalecimento do poder executivo, relativo sobre o Congresso Nacional.
esvaziamento do legislativo e do judiciário e e) expressaram a popularidade dos candidatos
aumento da participação estatal na econo- do partido de oposição e o desejo dos oposi-
mia. cionistas de manterem a ordem política então
e) modernização tecnológica nas comunica- predominante.
ções, incremento dos transportes aéreo e
ferroviário e maior equilíbrio na distribuição 24. (Unesp) Em março de 1988, o modelo sindical
de renda. levado por Lindolfo Collor para o Ministério
do Trabalho completou 57 anos de idade. Em
22. (Unesp) todos estes anos foi olhado com suspeita pe-
los empresários e com bastante desconfiança
pelos grupos socialistas, comunistas e pela
esquerda em geral. Atribuía-se sua criação,
na década de 30, à influência das doutrinas
autoritárias e fascistas então na moda.
Letícia Bicalho Canêdo.
A classe operária vai ao sindicato. 1988.

Entre as características do modelo citado no


texto, sobressaíam:
a) o direito de greve e a valorização da luta de
classes.
b) a unicidade sindical por categoria e o corpo-
rativismo.
Esses cartazes, divulgados durante o regime c) a liberdade de organização sindical e a cons-
militar brasileiro, buscavam: cientização política dos trabalhadores.
a) estimular o nacionalismo e o ufanismo, para d) o predomínio de lideranças de esquerda e a
ampliar o apoio político ao governo. autonomia de atuação dos sindicatos.
b) repudiar o passado nacional de subdesenvol- e) o controle governamental e a sindicalização
vimento e incentivar o empreendedorismo obrigatória dos trabalhadores.
dos jovens empresários.
c) contestar a oposição que, através da impren- 25. (Unesp 2018) O aparecimento da filosofia
sa, afirmava que o país enfrentava uma crise na Grécia não foi um fato isolado. Estava li-
financeira. gado ao nascimento da pólis.
d) valorizar as conquistas obtidas no setor es- Marcelo Rede. A Grécia Antiga, 2012.
portivo, apesar de o país atravessar período
de alta inflacionária. A relação entre os surgimentos da filosofia e
e) mostrar à população que o país se tornara a da pólis na Grécia Antiga é explicada, entre
principal potência militar do planeta. outros fatores,

71
a) pelo interesse dos mercadores em estruturar Segundo o texto, a valorização da ação mi-
o mercado financeiro das grandes cidades. litar
b) pelo esforço dos legisladores em justificar e a) representa a continuidade da estrutura so-
legitimar o poder divino dos reis. cial originária da Idade Média.
c) pela rejeição da população urbana à persis- b) ultrapassa as barreiras de classe social, igua-
tência do pensamento mítico de origem ru- lando os homens medievais.
ral. c) deriva da associação, surgida na Idade Mé-
d) pela preocupação dos pensadores em refletir dia, entre nobres e cavaleiros.
sobre a organização da vida na cidade. d) surgiu na Idade Média e é desconhecida nas
e) pela resistência dos grupos nacionalistas às sociedades modernas.
invasões e ao expansionismo estrangeiro. e) revela a identificação medieval de quem tra-
balhava com quem lutava.
26. (Unesp 2018)
28. (Unesp 2018) A migração de Maomé e seus
seguidores, em 622, de Meca para Medina
permitiu a consolidação da religião muçul-
mana que incluía, entre outros princípios,
a) a recomendação de que os muçulmanos não
escravizassem ou atacassem outros muçulma-
nos, pois eles pertencem à mesma irmandade
de fé.
b) a proibição de que os muçulmanos exercessem
atividades comerciais, pois o manejo cotidia-
no de riquezas era considerado impuro.
c) a proibição de que os muçulmanos visitassem
Meca, pois o solo puro e sagrado dessa cidade
deveria permanecer intocado.
d) a recomendação de que os muçulmanos não li-
O mapa do Império Romano na época de Au- mitassem seu culto a um só Deus, pois o cria-
gusto (27 a.C. – 14 d.C.) demonstra dor multiplica-se em diversas formas e faces.
a) a dificuldade das tropas romanas de avançar e) a proibição de que os muçulmanos saíssem da
sobre territórios da África e a concentração Península Arábica, pois eles sofriam persegui-
dos domínios imperiais no continente euro- ções em outros territórios.
peu.
b) a resistência do Egito e de Cartago, que con- 29. (Unesp 2018) Ainda hoje a palavra Renas-
seguiram impedir o avanço romano sobre cimento evoca a ideia de uma época dourada
seus territórios. e de homens libertos dos constrangimentos
c) a conformação do maior império da Antigui- sociais, religiosos e políticos do período pre-
dade e a imposição do poder romano sobre cedente. Nessa “época dourada”, o indivi-
os chineses e indianos. dualismo, o paganismo e os valores da An-
d) a iminência de conflitos religiosos, resultan- tiguidade Clássica seriam cultuados, dando
tes da tensão provocada pela conquista de margem ao florescimento das artes e à ins-
Jerusalém pelos cristãos. talação do homem como centro do universo.
Tereza Aline Pereira de Queiroz.
e) a importância do Mar Mediterrâneo para a
O Renascimento, 1995. Adaptado.
expansão imperial e para a circulação entre
as áreas de hegemonia romana. O texto refere-se a uma concepção acerca do
Renascimento cultural dos séculos XV e XVI
27. (Unesp 2018) A era feudal tinha legado às que
sociedades que a seguiram a cavalaria, cris- a) projeta uma visão negativa da Idade Média e
talizada em nobreza. [...] Até nas nossas identifica o Renascimento como a origem de
sociedades, em que morrer pela sua terra valores ainda hoje presentes.
b) estabelece a emergência do teocentrismo e
deixou de ser monopólio de uma classe ou
reafirma o poder tutelar da Igreja Católica Ro-
profissão, o sentimento persistente de uma mana.
espécie de supremacia moral ligada à função c) caracteriza a história da arte e do pensamento
do guerreiro profissional — atitude tão es- como desprovida de rupturas e marcada pela
tranha a outras civilizações, tal como a chi- continuidade nas propostas estéticas.
nesa — permanece uma lembrança da divi- d) valoriza a produção artística anterior a esse
são operada, no começo dos tempos feudais, período e identifica o Renascimento como um
entre o camponês e o cavaleiro. momento de declínio da criatividade humana.
(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987. Adaptado.)
e) afirma o vínculo direto das invenções e ino-
vações tecnológicas do período com o pensa-
mento mítico da Antiguidade.

72
30. (Unesp 2018)
GABARITO
1. E 2. C 3. A 4. A 5. B
6. A 7. E 8. A 9. C 10. D
11. E 12. C 13. A 14. D 15. A
16. B 17. C 18. E 19. D 20. A
21. D 22. A 23. D 24. B 25. D
A gravura representa a marcha de mulheres
revolucionárias até o palácio real de Versa- 26. E 27. C 28. A 29. A 30. C
lhes em 5 de outubro de 1789. 31. D
A participação das mulheres na Revolução
Francesa
a) levou à conquista do direito de voto, porém
não do direito de exercer cargos executivos
no novo governo francês.
b) teve ressonância parcial nas decisões políti-
cas, pois apenas as mulheres da alta burgue-
sia envolveram-se nos protestos políticos e
civis.
c) foi notável nas manifestações e clubes polí-
ticos, porém seus direitos políticos e sociais
não foram ampliados significativamente.
d) originou a igualdade de direitos civis em rela-
ção aos homens após a proclamação da Decla-
ração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
e) diminuiu bastante após os conflitos e a vio-
lência generalizada que marcaram a tomada
da Bastilha.

31. (Unesp 2018) A corporação tem como ob-


jetivo aumentar sempre o poder global da
Nação em vista de sua extensão no mundo. É
justo afirmar o valor internacional da nossa
organização, pois é no campo internacional
somente que serão avaliadas as raças e as na-
ções, quando a Europa, daqui a alguns tem-
pos, apesar do nosso firme e sincero desejo
de colaboração e de paz, tiver novamente
chegado a outra encruzilhada dos destinos.
(Apud Katia M. de Queirós Mattoso. Textos e documentos
para o estudo da história contemporânea: 1789-1963, 1977.)

O texto apresenta características do movi-


mento
a) modernista.
b) socialista.
c) positivista.
d) fascista.
e) liberal.

73
C H CIÊNCIAS HUMANAS
e suas tecnologias
FILOSOFIA
UNESP - Filosofia
Temática, 73%
Filosofia contemporânea,12%
Filosofia Moderna 15%
FILOSOFIA

Prescrição: Para resolver as questões, torna-se indispensável a leitura do conteúdo apresentado


no material. Além disso, as questões possuem um caráter bastante interdisciplinar, relacionadas aos
principais eventos históricos e culturais dos últimos anos.

APLICAÇÃO DOS 2. (Unesp) Numa decisão para lá de polêmica, o


juiz federal Eugênio Rosa de Araújo, da 17ª

CONHECIMENTOS - SALA Vara Federal do Rio, indeferiu pedido do Mi-


nistério Público para que fossem retirados da
rede vídeos tidos como ofensivos à umbanda
1. (Unesp) A fonte do conceito de autonomia e ao candomblé. No despacho, o magistrado
da arte é o pensamento estético de Kant. afirmou que esses sistemas de crenças “não
Praticamente tudo o que fazemos na vida é contêm os traços necessários de uma religião”
o oposto da apreciação estética, pois pratica- por não terem um texto-base, uma estrutura
mente tudo o que fazemos serve para alguma hierárquica nem “um Deus a ser venerado”.
coisa, ainda que apenas para satisfazer um Para mim, esse é um belo caso de conclusão
desejo. Enquanto objeto de apreciação es- certa pelas razões erradas. Creio que o juiz
tética, uma coisa não obedece a essa razão agiu bem ao não censurar os filmes, mas me-
instrumental: enquanto tal, ela não serve teu os pés pelas mãos ao justificar a decisão.
para nada, ela vale por si. As hierarquias que Ao contrário do Ministério Público, não penso
entram em jogo nas coisas que obedecem à que religiões devam ser imunes à crítica. Se
razão instrumental, isto é, nas coisas de que algum evangélico julga que o candomblé está
nos servimos, não entram em jogo nas obras associado ao diabo, deve ter a liberdade de
de arte tomadas enquanto tais. Sendo assim, dizê-lo. Como não podemos nem sequer esta-
a luta contra a autonomia da arte tem por belecer se Deus e o demônio existem, o mais
fim submeter também a arte à razão instru- lógico é que prevaleça a liberdade de dizer
mental, isto é, tem por fim recusar também qualquer coisa.
à arte a dimensão em virtude da qual, sem SCHWARTSMAN, Hélio. “O candomblé e o tinhoso”.
Folha de S. Paulo, 20 maio 2014 (Adaptado).
servir para nada, ela vale por si. Trata-se,
em suma, da luta pelo empobrecimento do O núcleo filosófico da argumentação do autor
mundo. do texto é de natureza:
Antônio Cícero. “A autonomia da arte”. a) liberal.
Folha de São Paulo, 13 dez. 2008 (Adaptado).
b) marxista.
De acordo com a análise do autor: c) totalitária.
a) a racionalidade instrumental, sob o ponto de d) teológica.
vista da filosofia de Kant, fornece os funda- e) anarquista.
mentos para a apreciação estética.
b) um mundo empobrecido seria aquele em que 3. (Unesp) A China é a segunda maior econo-
ocorre o esvaziamento do campo estético de mia do mundo. Quer garantir a hegemonia
suas qualidades intrínsecas. no seu quintal, como fizeram os Estados
c) a transformação da arte em espetáculo da Unidos no Caribe depois da guerra civil. As
indústria cultural é um critério adequado Filipinas temem por um atol de rochas desa-
para a avaliação de sua condição autônoma. bitado que disputam com a China. O Japão
d) o critério mais adequado para a apreciação está de plantão por umas ilhotas de pedra e
vento, que a China diz que lhe pertencem.
estética consiste em sua validação pelo gos-
Mesmo o Vietnã desconfia mais da China do
to médio do público consumidor.
que dos Estados Unidos. As autoridades de
e) a autonomia dos diversos tipos de obra de
Hanói gostam de lembrar que o gigante ame-
arte está prioritariamente subordinada à sua
ricano invadiu o México uma vez. O gigante
valorização como produto no mercado.
chinês invadiu o Vietnã dezessete.
André Petry. O século do Pacífico. Veja,
24 abr. 2013 (Adaptado).

77
A persistência histórica dos conflitos geopo- Quem era alvo dos bullies? Os diferentes. As
líticos descritos na reportagem pode ser filo- crianças parecem repetir a história da huma-
soficamente compreendida pela teoria: nidade: nascem trogloditas, violentas, cruéis
a) iluminista, que preconiza a possibilidade de com quem não é da tribo, e vão se civili-
um estado de emancipação racional da hu- zando aos poucos. Alguns, nem tanto. Serão
manidade. os que vão conservar esses rótulos pétreos,
b) maquiavélica, que postula o encontro da vir- imutáveis, muitas vezes carregados de ódio
tude com a fortuna como princípios básicos contra os “diferentes”, e difíceis (se não im-
da geopolítica. possíveis) de mudar.
c) política de Rousseau, para quem a submissão Francisco Daudt. Folha de S.Paulo, 07 fev. 2012. (Adaptado).
à vontade geral é condição para experiências
de liberdade. O artigo citado aborda a relação entre as
d) teológica de santo Agostinho, que considera tendências culturais politicamente corretas
que o processo de iluminação divina afasta e os preconceitos. Com base no texto, pode-
os homens do pecado. -se afirmar que a superação dos preconcei-
e) política de Hobbes, que conceitua a compe- tos que induzem comportamentos agressivos
tição e a desconfiança como condições bási- depende:
cas da natureza humana. a) da capacidade racional de discriminar entre
pré-julgamentos socialmente úteis e precon-
ceitos disseminadores de hostilidade.
4. (Unesp) Aedo e adivinho têm em comum um
b) de uma assimilação integral dos critérios
mesmo dom de “vidência”, privilégio que ti-
“politicamente corretos” para representar e
veram de pagar pelo preço dos seus olhos.
julgar objetivamente a realidade.
Cegos para a luz, eles veem o invisível.
c) da construção de valores coletivos que per-
O deus que os inspira mostra-lhes, em uma
mitam que cada pessoa diferencie os amigos
espécie de revelação, as realidades que esca-
e os inimigos de sua comunidade.
pam ao olhar humano. Sua visão particular
d) de medidas de natureza jurídica que crimi-
age sobre as partes do tempo inacessíveis às
nalizem a expressão oral de juízos precon-
criaturas mortais: o que aconteceu outrora, o
ceituosos contra integrantes de minorias.
que ainda não é.
e) do fortalecimento de valores de natureza re-
Jean-Pierre Vernant. Mito e pensamento
entre os gregos. 1990 (Adaptado). ligiosa e espiritual, garantidores do amor ao
próximo e da convivência pacífica.
O texto refere-se à cultura grega antiga e
menciona, entre outros aspectos:
a) o papel exercido pelos poetas, responsáveis
pela transmissão oral das tradições, dos mi-
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
tos e da memória.
b) a prática da feitiçaria, estimulada especial- 1. Não pode ser submetida aos mesmos crité-
mente nos períodos de seca ou de infertili- rios que regem a razão, diferentemente da
dade da terra. autonomia libertária na qual o uso da razão
c) o caráter monoteísta da sociedade, que im- conduz o indivíduo para um fim. Este fim
pedia a difusão dos cultos aos deuses da tra- é intencional e serve para tornar o homem
dição clássica. mais consciente de si e promover sua inde-
d) a forma como a história era escrita e lida pendência racional, criando, assim, condi-
entre os povos da península balcânica. ções para agir de forma direcionada e inten-
e) o esforço de diferenciar as cidades-estados e cional. Já autonomia estética não possui um
reforçar o isolamento e a autonomia em que fim em si, ela serve como forma de fruição,
viviam. ou seja, sua apreciação não direciona a uma
elevação, a uma intenção para algo. Desta
forma, quando tornamos a arte racional,
5. (Unesp) O clima do “politicamente correto”
desprovêmo-la de suas qualidades intrínse-
em que nos mergulharam impede o raciocí-
cas e a tornamos um instrumento que não
nio. Este novo senso comum diz que todos os
promove uma autonomia por si. Quando se
preconceitos são errados. Ao que um amigo
direciona a arte por meio da razão instru-
observou: “Então vocês têm preconceito con-
mental, descaracteriza-se sua fruição. Em
tra os preconceitos”. Ele demonstrava que é
outras palavras, para que a arte seja preser-
impossível não ter preconceitos, que vive-
vada, não submeter a arte ao mercado (razão
mos com eles, e que grande quantidade de-
instrumental), pois se tem aí o empobreci-
les nos é útil. Mas, afinal, quais preconceitos
mento de sua capacidade representativa e
são pré-julgamentos danosos? São aqueles
expressiva.
que carregam um juízo de valor depreciativo
e hostil. Lembre-se do seu tempo de colégio.

78
2. O conceito de liberdade possui como prin-
cípio o ato de se expressar sem nenhuma PRÁTICA DOS
espécie de constrangimento, determinação
ou direcionamento da ação. Neste sentido, CONHECIMENTOS - E.O.
a liberdade de dizer o que se deseja, direito 1. (Unesp) Para o teórico Boaventura de Sousa
garantido pela constituição, está presente Santos, o direito se submeteu à racionalida-
na linha argumentativa utilizada pelo autor. de cognitivo-instrumental da ciência moder-
Caracterizando assim uma argumentação na e tornou-se ele próprio científico. Existe
liberal. A resposta “teológica” pode levar a necessidade de repensarmos os direitos
a uma confusão, pois o pano de fundo do humanos. Boaventura nos instiga a pensar
debate é a questão religiosa, porém, não se que eles possuem um caráter racional e re-
está discutindo este tema na argumentação,
gulador da vida humana. Esses direitos não
mas sim sua natureza.
colaboram para eliminar as assimetrias po-
3. Obviamente, é muito difícil compreender a líticas, culturais, sociais e econômicas exis-
persistência histórica dos conflitos geopolí- tentes, especialmente nos países periféricos.
ticos através dessa teoria política hobbesia- Os direitos humanos, num plano universalis-
na, pois a grande obra do filósofo britânico ta e aberto a todos, não modificam as estru-
não se resume à definição do estado de na- turas desiguais, mas ratificam a ordenação
tureza do homem, no qual todos estão em normativa para comandar uma sociedade.
guerra contra todos. Além disso, não faz Adriano São João e João Henrique da Silva.
qualquer sentido confundir tal estado de “A historicidade dos direitos humanos”.
natureza com a nossa realidade, que ao se Filosofia, ciência e vida. dez. 2014 (Adaptado).
chamar geopolítica já impede uma relação
De acordo com o texto, os direitos humanos
direta com a suposta condição primária da
são passíveis de crítica, porque:
civilização. Nem nós, nem a Inglaterra de
a) desempenham um papel meramente formal
Hobbes representamos o estado de natureza,
de proteção da vida.
pois tal premissa é um postulado da especu-
b) inexistem padrões universalistas aplicáveis à
lação filosófica do autor, e não um fato cons-
totalidade da humanidade.
tatado. Ora, nós vivemos em uma sociedade
global, e não estamos vivendo no caos abso- c) são incompatíveis com os valores culturais
luto de um confronto geral de vida ou morte. de nações não ocidentais.
Se fôssemos compreender a persistência his- d) sua estrutura normativa carece de racionali-
tória dos conflitos geopolíticos através da te- dade e de cientificidade.
oria política hobbesiana, então deveríamos e) são destituídos de uma visão religiosa e es-
tomar tais constantes disputas como resul- piritualista de mundo.
tado da incapacidade dos homens de insti-
tuírem um governo global forte o suficiente 2. (Unesp) IHU On-line: A medicalização de
que obrigasse os cidadãos a honrarem o pac- condutas classificadas como “anormais” se
to social. estendeu a praticamente todos os domínios
4. A questão diz respeito ao papel dos poetas de nossa existência. A quem interessa a me-
na cultura grega clássica. Sendo eles inspi- dicalização da vida?
rados pelos deuses, são responsáveis pela Sandra Caponi: A muitas pessoas. Em pri-
transmissão dos mitos e da memória aos ho- meiro lugar ao saber médico, aos psiquia-
mens. Todas as alternativas, com exceção da tras, mas também aos médicos gerais e es-
[A], fazem referência a características que pecialistas. Interessa muito especialmente
não são próprias da atividade dos poetas aos laboratórios farmacêuticos que. Desse
gregos. modo, podem vender seus medicamentos
5. De acordo com o texto, somente a alternati- e ampliar o mercado de consumidores de
va [A] pode ser considerada correta. Os pre- psicofármacos de modo quase indefinido.
conceitos podem ser tanto socialmente úteis Porém, esse interesse seria irrelevante se
quanto danosos. É pela razão e pela “educa- não existisse uma demanda social que acei-
ção civilizadora” que as crianças aprendem a ta e até solicita que uma ampla variedade
conviver com o diferente. de comportamentos cotidianos ingresse no
domínio do patológico. Um exemplo bastan-
te óbvio é a escola. Crianças com problemas
GABARITO de comportamento mais ou menos sérios
hoje recebem rapidamente um diagnóstico
psiquiátrico. São medicadas, respondem à
1. B 2. A 3. E 4. A 5. A medicação e atingem o objetivo social pro-
curado. Essas crianças que tomam ritalina
ou antipsicóticos ficam mais calmas, mais

79
sossegadas, concentradas e, ao mesmo tem- 4. (Unesp) A condenação à violência pode ser
po, mais tristes e isoladas. estendida à ação dos militantes em prol
Adaptado de: <www.ihuonline.unisinos.br>. dos direitos animais que depredaram os
laboratórios do Instituto Royal, em São
Podemos considerar como uma importante Roque. A nota emocional é difícil de con-
implicação filosófica da medicalização da tornar: 178 cães da raça beagle, usados em
vida: testes de medicamentos, foram retirados
a) a incorporação do conhecimento científi- do local. De um lado, por mais que seja
co como meio de valorização da autonomia minimizado e controlado, há o sofrimento
emocional e intelectual. dos bichos. Do outro lado, está nosso bem
b) a institucionalização de procedimentos de maior: nas atuais condições, não há como
análise e de cura psiquiátrica absolutamente dispensar testes com animais para o de-
objetivos e eficientes. senvolvimento de drogas e medicamentos
c) a proliferação social de conhecimentos e que salvarão vidas humanas.
procedimentos médicos que pressupõem a Direitos animais. Veja, 25 out. 2013.
patologização da vida cotidiana.
d) a contribuição eticamente positiva da psi- Sob o ponto de vista filosófico, os valores
quiatrização do comportamento infantil e éticos envolvidos no fato relatado envolvem
juvenil na esfera pedagógica. problemas essencialmente relacionados:
e) o caráter neutro do progresso científico em a) à legitimidade do domínio da natureza pelo
relação a condicionamentos materiais e a homem.
b) a diferentes concepções de natureza religiosa.
demandas sociais.
c) a disputas políticas de natureza partidária.
d) à instituição liberal da propriedade privada.
3. (Unesp) Governos que se metem na vida dos e) aos interesses econômicos da indústria far-
outros são governos autoritários. Na história macêutica.
temos dois grandes exemplos: o fascismo e o
comunismo. Em nossa época existe uma ou-
5. (Unesp) “Religião sempre foi um negócio
tra tentação totalitária, aparentemente mais
lucrativo.” Assim começa uma reportagem
invisível e, por isso mesmo, talvez, mais pe-
da revista americana Forbes sobre os milio-
rigosa: o “totalitarismo do bem”. A saúde
nários bispos fundadores das maiores igre-
sempre foi um dos substantivos preferidos jas evangélicas do Brasil. A revista fez um
das almas e dos governos autoritários. Quem ranking com os líderes mais ricos. No topo
estudar os governos autoritários verá que a da lista, está o bispo Edir Macedo, que tem
“vida cientificamente saudável” sempre foi uma fortuna estimada em R$ 2 bilhões, se-
uma das suas maiores paixões. E, aqui, o ad- gundo a revista. Em seguida, vem Valdemiro
vérbio “cientificamente é quase vago porque Santiago, com R$ 400 milhões; Silas Mala-
o que vem primeiro é mesmo o desejo de hi- faia, com R$ 300 milhões; R.R. Soares, com
gienização de toda forma de vício, sujeira, R$ 250 milhões, e Estevan Hernandes Filho
enfim, de humanidade não correta. Nosso e a bispa Sônia, com R$ 120 milhões jun-
maior pecado contemporâneo é não reconhe- tos. A Forbes também destaca o crescimento
cer que a humanidade do humano está além dos evangélicos no Brasil – de 15,4% para
do modo “correto” de viver. E vamos pagar 22,2% da população na última década –, em
caro por isso porque um mundo só de gente detrimento dos católicos. Hoje, os católicos
“saudável” é um mundo sem Eros. romanos somam 64,6% da população, ou 123
Luiz Felipe Pondé. “Gosto que cada um sente milhões de brasileiros. Os evangélicos, por
na boca não é da conta do governo”. Folha sua vez, já somam 42 milhões, em uma po-
de S.Paulo, 14 mar. 2012 (Adaptado).
pulação total de 191 milhões de pessoas.
Na concepção do autor, o totalitarismo: Forbes lista os seis líderes milionários evangélicos
no Brasil.uol.com.br, 19 jan. 2013 (Adaptado).
a) é um sistema político exclusivamente rela-
cionado com o fascismo e o comunismo. Os fatos descritos na reportagem são compa-
b) inexiste sob a égide de regimes políticos ins- tíveis filosoficamente com uma concepção:
titucionalmente democráticos e liberais. a) teológico-protestante, baseada na valoriza-
c) depende necessariamente de controles de ção do sacrifício pessoal e da prosperidade
natureza policial e repressiva dos comporta- material.
mentos. b) kantiana, que preconiza a possibilidade de
d) mobiliza a ciência para estabelecer critérios se atingir a maioridade intelectual.
de natureza biopolítica sobre a vida. c) cartesiana, que pressupõe a existência de
e) estabelece regras de comportamento subor- Deus como condição essencial para o conhe-
dinadas à autonomia dos indivíduos. cimento racional.

80
d) dialético-materialista, baseada na necessi- 8. (Unesp) Em um documento rubricado pela
dade de superação do trabalho alienado. Rede Global de Academias de Ciência (IAP),
e) teológico-católica, defensora da caridade e um grupo de pensadores da comunidade
idealizadora de virtudes associadas à pobreza. científica com sede em Trieste (Itália) que
engloba 105 academias de todo o mundo
6. (Unesp) O hormônio testosterona está ligado alerta pela primeira vez sobre os riscos do
ao egoísmo, segundo uma pesquisa inglesa. consumo nos países do Primeiro Mundo e
Em testes feitos por cientistas da University a falta de controle demográfico, principal-
College London, na Grã-Bretanha, mulheres mente nas nações em desenvolvimento. Na
que tomaram doses do hormônio masculi- declaração da comunidade científica se indi-
no mostraram comportamento egocêntrico ca que as pautas de consumo exacerbado do
quando tinham de lidar com problemas em Primeiro Mundo estão se deslocando perigo-
pares. Quando os pesquisadores ministraram samente para os países em desenvolvimento:
placebo às voluntárias antes dos testes, elas os milhões de telefones celulares e tonela-
cooperaram entre si. O estudo ajuda a expli- das de junk food que invadem os lares pobres
car como os hormônios moldam o comporta- são claros indicadores dessa problemática. A
mento humano. ausência nos países pobres de políticas de
Testosterona pode induzir comportamento planejamento familiar ou de prevenção de
egoísta. Veja, 01 fev. 2012. gravidezes precoces acaba de configurar um
O pressuposto fundamental assumido pela sombrio cenário de superpopulação. “Trata-
pesquisa citada para explicar o comporta- -se de dois problemas convergentes que pela
mento humano pode ser identificado com: primeira vez analisamos de forma conjun-
a) as diferenças sociais de gênero. ta”, afirma García Novo.
b) o determinismo biológico. Francho Barón. El País, 16 jun. 2012. (Adaptado).
c) os fatores de natureza histórica.
Um dos problemas relatados no texto está
d) os determinismos materiais da sociedade.
relacionado com:
e) a autonomia ética do indivíduo.
a) a supremacia de tendências estatais de con-
trole sobre a economia liberal.
7. (Unesp) A produção de mercadorias e o con- b) o aumento do nível de pobreza nos países
sumismo alteram as percepções não apenas subdesenvolvidos.
do eu como do mundo exterior ao eu; criam c) a hegemonia do planejamento familiar nos
um mundo de espelhos, de imagens insubs- países do Terceiro Mundo.
tanciais, de ilusões cada vez mais indistin- d) o declínio dos valores morais e religiosos na
guíveis da realidade. O efeito refletido faz do era contemporânea.
sujeito um objeto; ao mesmo tempo, trans- e) o irracionalismo das relações de consumo no
forma o mundo dos objetos numa extensão mundo atual.
ou projeção do eu. É enganoso caracterizar a
cultura do consumo como uma cultura domi-
9. (Unesp) Por que as pessoas fazem o bem?
nada por coisas. O consumidor vive rodeado
A bondade está programada no nosso cére-
não apenas por coisas como por fantasias.
bro ou se desenvolve com a experiência? O
Vive num mundo que não dispõe de existên-
psicólogo Dacher Keltner, diretor do Labora-
cia objetiva ou independente e que parece
tório de Interações Sociais da Universidade
existir somente para gratificar ou contrariar
da Califórnia, em Berkeley, investiga essas
seus desejos.
questões por vários ângulos e apresenta re-
Christopher Lasch. O mínimo eu. 1987. (Adaptado).
sultados surpreendentes.
Sob o ponto de vista ético e filosófico, na so- Keltner: O nervo vago é um feixe neural que
ciedade de consumo, o indivíduo: se origina no topo da espinha dorsal. Quan-
a) estabelece com os produtos ligações que são do ativo, produz uma sensação de expansão
definidas pela separação entre razão e emoção. confortável no tórax, como quando estamos
b) representa a realidade mediante processos emocionados com a bondade de alguém ou
mentais essencialmente objetivos e cons- ouvimos uma bela música. Pessoas com alta
cientes. ativação dessa região cerebral são mais pro-
c) relaciona-se com as mercadorias considerando pensas a desenvolver compaixão, gratidão,
prioritariamente os seus aspectos utilitários. amor e felicidade.
d) relaciona-se com objetos que refletem iluso- Mente & Cérebro: O que esse tipo de ciência
riamente seus processos emocionais incons- o faz pensar?
cientes. Keltner: Ela me traz esperanças para o futu-
e) comporta-se de maneira autônoma frente ro. Que nossa cultura se torne menos mate-
aos mecanismos publicitários de persuasão. rialista e privilegie satisfações sociais como

81
diversão, toque, felicidade que, do ponto de
vista evolucionário, são as fontes mais an- GABARITO
tigas de prazer. Vejo essa nova ciência em
quase todas as áreas da vida. Ensina-se me- 1. A 2. C 3. D 4. A 5. A
ditação em prisões e em centros de detenção
6. B 7. D 8. E 9. D 10. A
de menores. Executivos aprendem que inte-
ligência emocional e bom relacionamento
podem fazer uma empresa prosperar mais
do que se ela for focada apenas em lucros.
Adaptado de: <www.mentecerebro.com.br>.

De acordo com a abordagem do cientista en-


trevistado, as virtudes morais e sentimentos
agradáveis:
a) dependem de uma integração holística com
o universo.
b) dependem de processos emocionais incons-
cientes.
c) são adquiridos por meio de uma educação
religiosa.
d) são qualidades inatas passíveis de estímulo
social.
e) estão associados a uma educação filosófica
racionalista.

10. (Unesp) O marketing religioso objetiva


identificar as necessidades de espírito e de
conhecimento dos adeptos de uma deter-
minada religião, oferecendo uma linha de
produtos e serviços específicos para deter-
minado segmento religioso e linguagem ine-
rente ao tipo de pregação veiculada. A pessoa
que se sente vazia num mundo capitalista e
individualista busca refúgio através de uma
religião. Identificar o público que mais fre-
quenta o templo e o bairro onde o mesmo
está situado, o nível de escolaridade, renda,
hábitos, demais dados dos perfis demográ-
ficos e psicográficos são considerados num
planejamento de marketing de uma linha de
produtos religiosos.
Fernando Rebouças. Marketing religioso.
Adaptado de: <www.infoescola.com>. 04 jan. 2010.

O fenômeno descrito pode ser explicado por


tendências de:
a) instrumentalização e mercantilização da fé
religiosa.
b) crítica religiosa à massificação de produtos
de consumo.
c) recuperação das práticas religiosas tradicio-
nais.
d) indiferença das igrejas e religiões frente às
demandas de mercado.
e) rejeição de ferramentas administrativas no
âmbito religioso.

82
C H CIÊNCIAS HUMANAS
e suas tecnologias
SOCIOLOGIA
UNESP - Sociologia
Diversidade cultural e Estratificação social, 25%
Teoria sociológica, 11%
Poder, estado e política, 6%
Trabalho e produção, 6%
Socialização e instituições sociais, 3%
Movimentos sociais, 3%
Temática, 47%
SOCIOLOGIA

Prescrição: Para resolver as questões, releia os tópicos de Sociologia selecionados pelo material.
Atente-se às conexões entre o pensamento dos autores e seus contextos históricos. Também é
imprescindível estar atento às principais discussões culturais e políticas dos últimos anos.

APLICAÇÃO DOS pais a que seus filhos recebam a educação


moral que esteja de acordo com suas pró-

CONHECIMENTOS - SALA prias convicções.


Adaptado de: <www.programaescolasempartido.org>.

1. (Unesp) Sob o ponto de vista individual, a TEXTO 2


corrupção pode ser vista como uma escolha Ciências sempre incluem controvérsias, mes-
racional, baseada em uma ponderação dos mo física e química. Se não ensinamos isso
custos e dos benefícios dos comportamentos também, ensinamos errado. E o mesmo vale
honesto e corrupto. No tocante às empresas, para história e sociologia – o professor pre-
punir apenas as pessoas, ignorando as enti- cisa ensinar Karl Marx, mas também Adam
dades, implica adotar, nesse âmbito, a teoria Smith e Émile Durkheim. Mas o conhecimen-
da maçã podre, como se a corrupção fosse to que precisa ser passado é essencialmente
um vício dos indivíduos que as praticaram científico – o que não inclui o criacionismo,
no seio empresarial. O que constatamos é que é uma teoria religiosa. Com todo res-
bem diferente disso. A corrupção era, para peito, mas família é família, e sociedade é
as empresas envolvidas na operação Lava sociedade: a família pode ter crenças de pre-
Jato, um modelo de negócio que majorava o conceito homofóbico ou contra a mulher, por
lucro em benefício de todos. exemplo, e não se pode deixar que um jo-
Entrevista com Deltan Martinazzo Dallagnol [procurador vem nunca seja exposto a um ponto de vista
público]. O Estado de S.Paulo, 18 mar. 2015 (Adaptado). diferente desses. Ele tem que ser exposto a
outros valores.
A corrupção é abordada no texto como um Renato Janine Ribeiro. Adaptado de: <https://
problema que pode ser explicado sob um educacao.uol.com.br>. 21. jul. 2016.
ponto de vista:
a) ético, devido ao comportamento irraciona- O confronto entre os dois textos permite
lista que é assumido pelos indivíduos. concluir corretamente que:
b) moral, pois o fenômeno é abordado como re- a) ambos atribuem a mesma importância à fé
religiosa e à ciência como fundamentos edu-
sultado de comportamentos desregrados.
cativos.
c) pragmático, pois é considerada, sobretudo, a b) ambos defendem o relativismo no campo dos
avaliação dos efeitos práticos das ações. valores morais, valorizando a aceitação das
d) jurídico, pois é necessária uma legislação diferenças.
mais rigorosa para coibir o fenômeno. c) as duas abordagens valorizam a doutrinação
e) materialista, pois suas causas relacionam-se ideológica do professor sobre o aluno no
com a estrutura do sistema capitalista. campo educativo.
d) o texto 1 assume uma posição moralmente
2. (Unesp 2017) conservadora, enquanto o texto 2 defende
uma educação pluralista.
TEXTO 1 e) o texto 1 é contrário a preconceitos morais,
enquanto o texto 2 denuncia o cientificismo
O professor não se aproveitará da audiên- na educação.
cia cativa dos estudantes para promover os
seus próprios interesses, opiniões ou prefe- 3. (Unesp) Projeto no Iraque reduz a idade
rências ideológicas, religiosas, morais, po- mínima de casamento para xiitas mulheres
líticas e partidárias. Ao tratar de questões para 9 anos. Xiitas iraquianas, caso o texto
políticas, socioculturais e econômicas, o seja aprovado, só poderão sair de casa com
professor apresentará aos alunos, de forma autorização do marido e deverão estar sem-
justa – isto é, com a mesma profundidade e pre disponíveis para relações sexuais. Esse
seriedade –, as principais versões, teorias, tipo de notícia coloca em xeque os ungidos
opiniões e perspectivas concorrentes a res- multiculturalistas ocidentais. Como, segun-
peito. O professor respeitará o direito dos do estes, não há culturas atrasadas mas

85
apenas “diferentes”, e porque a democracia, c) a “cultura do estupro” é um conceito cientí-
entendida apenas como escolha da maioria, fico, relacionado com desvios comportamen-
é um valor absoluto, por que condenar quan- tais de natureza psiquiátrica.
do a maioria de um povo escolhe por voto d) os episódios de barbárie social são provoca-
a sharia*? Chegamos ao impasse dos multi- dos exclusivamente pelas desigualdades ma-
culturalistas: aceitam que cada cultura seja teriais geradas pelo capitalismo.
“apenas diferente” e que, portanto, não há e) a abordagem opõe um enfoque antropoló-
bárbaros, ou constatam o óbvio, ou seja, que gico, baseado em questões de gênero, a ar-
certas sociedades ainda vivem presas a valo- gumentos de natureza moral, psicológica e
res abjetos, que ignoram completamente as social.
liberdades básicas dos indivíduos. Qual vai
ser a opção? 5. (Unesp) A escola que se autointitula a pri-
CONSTANTINO, Rodrigo. “Pedofilia? No Iraque meira colocada no Exame Nacional do Ensi-
islâmico é permitido por lei!”. Adaptado de: no Médio (Enem) ocupa, ao mesmo tempo,
<www.veja.com.br>. 02. maio 2014. a 1ª e a 569ª posição no ranking que a im-
prensa faz com os resultados do Enem. A es-
*sharia: lei islâmica cola separou numa sala diferente os alunos
Para o autor, o conflito suscitado opõe essen- que acertavam mais questões em suas pro-
cialmente: vas internas. Trouxe, inclusive, alguns alu-
a) iluminismo e racionalismo. nos de suas franquias pela Grande São Pau-
b) democracia e estados de exceção. lo. E “criou” uma outra escola (abriu outro
c) cristianismo e islamismo. CNPJ), mesmo estando no mesmo espaço
d) relativismo e universalidade. físico. E de lá pra cá esta ‘outra escola’ todo
ano é a primeira colocada no Enem. A 569ª
e) multiculturalismo e antropologia.
posição é a que melhor reflete as condições
da escola. O 1º lugar é uma farsa. A primei-
4. (Unesp 2017) Em maio deste ano, a divul-
ra colocada no Enem NÃO é uma escola, é
gação do vídeo de uma moça desacordada,
vítima de um estupro coletivo, provocou uma artimanha jurídica que faz com que os
grande indignação na população. Num pri- alunos tenham suas notas computadas em
meiro momento, prevaleceu a revolta diante duas listas diferentes. Todos estudam no
da barbárie e a percepção de que o machis- mesmo prédio, com os mesmos professores,
mo, base da chamada “cultura do estupro”, com o mesmo material, no mesmo horário,
persiste na sociedade. Passado o primeiro convivendo no mesmo pátio e no mesmo
momento, as opiniões divergentes começa- horário de intervalo.
ram a surgir. Entre os que não veem o ma- No Brasil todo temos centenas de escolas que
chismo como propulsor de crimes desse tipo trabalham com a regra na mão para tentar
estão aqueles (e aquelas!) que consideraram parecer que são a melhor e depois divulgar,
os autores do ato uns “monstros”, o que faz em suas propagandas, que são a melhor es-
do episódio um caso isolado, perpetrado por cola do país, do estado, da região, da cidade
pessoas más. Houve quem analisasse o fato e, em cidades grandes, como várias capitais,
do ponto de vista da psicologia, sugerindo até mesmo que é a melhor escola de um de-
que, num estupro coletivo, o que importa é o terminado bairro.
grupo, não a mulher (como ocorre nos trotes Mateus Prado. “Escola campeã do Enem ocupa, ao mesmo
contra calouros e na agressão entre torcidas tempo, o 1º e o 569º lugar do ranking”.
O Estado de S.Paulo, 26 dez. 2014 (Adaptado)
de futebol). Mais uma vez, temos uma refle-
xão que se propõe explicar os fatos à luz do
O fato relatado pode ser explicado em função
indivíduo e seu psiquismo. Outros deslocam
da:
o problema para as classes sociais menos fa-
a) hegemonia dos critérios instrumentais da
vorecidas. São os que costumam ficar horro-
empresa capitalista em alguns setores da
rizados com a existência de favelas, ambien-
educação.
tes onde meninas dançam com pouca roupa
b) falência da meritocracia como critério de
ao som das letras machistas do funk.
acesso ao ensino superior na sociedade atual.
Thaís Nicoleti. “Discursos em torno da ‘cultura do estupro’”.
c) priorização de aspectos humanísticos, em
Adaptado de: <www.uol.com.br>. 09 jun. 2016.
detrimento da preparação para o mercado de
Considerando o conjunto dos argumentos trabalho.
mobilizados no texto para explicar a violên- d) resistência dos educadores à transformação
cia contra a mulher na sociedade atual, é da escola em instrumento de reprodução
correto afirmar que: ideológica.
a) a “cultura do estupro” é um conceito edu- e) separação rigorosa entre os âmbitos da edu-
cacional relacionado sobretudo com o baixo cação e da publicidade na sociedade capita-
nível de escolarização da população. lista.
b) as origens e responsabilidades por tais acon-
tecimentos devem ser atribuídas tanto aos
agentes quanto às vítimas da agressão.

86
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA PRÁTICA DOS
1. A corrupção não é somente um “desvio mo-
ral”, mas também um cálculo racional de
CONHECIMENTOS - E.O.
custo-benefício. Esse aspecto instrumental
1. (Unesp) Defendo a liberdade de expressão ir-
e pragmático é que está sendo sublinhado
restrita, mesmo depois desse trágico evento
no texto. Como o objetivo era o lucro, a cor-
em que os cartunistas do jornal satírico Char-
rupção se tornou um instrumento prático de
lie Hebdo foram mortos, além de outras pes-
aumentá-lo, desconsiderando, assim, fatores
soas em um mercado kosher, em Paris. [...]
éticos externos à lógica capitalista.
Sou intransigente no que diz respeito à liber-
2. Vivemos em um momento de forte polari- dade de expressão de cada um: e sou ainda
zação política e, nesse contexto, existe um mais intransigente quando matam em nome
intenso debate acerca do significado da edu- de Alá, de Maomé, de Cristo, de comunismo,
cação. O texto 1 é exemplo de uma visão da de nazismo, de fascismo etc. Caricaturar nun-
escola como reprodutora de valores familia- ca é crime. Caneta e lápis não matam. Exage-
res, enquanto que o texto 2 apresenta uma ram, humilham, fazem rir, mas não matam.
visão da escola como local de encontro com Gerald Thomas. “Quem ri por último ri
visões de mundo diferentes. melhor”. Folha de S.Paulo, 17 jan. 2015.
3. O autor do texto opõe o multiculturalismo
(visão relativista) à sua própria visão (uni- O argumento defendido no texto está base-
versalista), criticando a visão relativista do ado na:
mundo. a) valorização do caráter absoluto de todo tipo
4. A única alternativa que está de acordo com de simbologia teológica e religiosa.
a crítica do texto é a [E]. Muitas vezes não b) primazia de princípios originalmente bur-
percebemos as desigualdades de gênero por gueses e liberais no campo da cultura.
nosso olhar estar mais sensíveis a outros as- c) utopia comunista da igualdade econômica e
pectos do problema, como fatores psicológi- da liberdade de expressão.
cos, morais e sociais. O problema disso é que d) depreciação do livre-arbítrio, em favor de
a desigualdade de gênero tende a persistir uma concepção totalitária de mundo.
se não lutarmos contra ela. e) defesa intransigente de restrições para o
5. A alternativa [A] é a única plausível. O texto exercício da autonomia de pensamento.
serve como um bom exemplo da apropriação
capitalista dos mais diversos setores da vida 2. (Unesp)
social, entre eles a educação. Por terem in- TEXTO 1
teresse no lucro, muitas instituições educa- O livro Cultura do narcisismo, escrito por
cionais instrumentalizam o ensino, ou seja, Christopher Lasch em 1979, é um clássico. O
tornam a educação uma mercadoria, como texto de Lasch mostra como o que era diag-
qualquer outra. nosticado como patologia narcísica ou limí-
trofe nos anos 50 torna-se uma espécie de
“normalidade compulsória” depois de duas
GABARITO décadas. Para que alguém seja considerado
“bem-sucedido”, é trivialmente esperado
que manipule sua própria imagem como se
1. C 2. D 3. D 4. E 5. A
fosse um personagem, com a consequente
perda do sentimento de autenticidade.
DUNKER, Christian. “A cultura da indiferença”.
Adaptado de: <www.mentecerebro.com.br>.

TEXTO 2
Zigmunt Bauman: Afastar-se da percepção
de mundo consumista e do tipo de atitude
individualista contra o mundo e as pesso-
as não é uma questão a ponderar, mas uma
obrigação determinada pelos limites de
sustentabilidade desse modelo da vida que
pressupõe a infinidade de crescimento eco-
nômico. Segundo esse modelo, a felicidade
está obrigatoriamente vinculada ao acesso a
lojas e ao consumo exacerbado.
“Lojas são alívio a curto prazo, diz o sociólogo Zigmunt
Bauman”. Adaptado de: <www.mentecerebro.com.br>.

87
Considerando os textos, é correto afirmar que: As charges permitem que se faça uma abor-
a) para Bauman, as diretrizes liberais de cres- dagem ao mesmo tempo crítica e irônica dos
cimento econômico ilimitado prescindem de meios de comunicação de massa e da vida nas
reflexão ética. cidades no período atual. Dentre os assuntos
b) ambos tratam do irracionalismo subjacente que podem ser diretamente associados aos
aos critérios de normalidade e de felicidade.
problemas abordados pelas charges estão:
c) a “cultura do narcisismo” apresenta um estilo
a) o cumprimento pelos meios de comunicação
de vida incompatível com a mentalidade con-
de seu papel de noticiar o real cotidiano das
sumista.
cidades e o fortalecimento da segurança pú-
d) a patologia narcísica analisada por Lasch é
blica em detrimento da privada.
um fenômeno restrito ao domínio psiquiátri-
b) o papel da mídia na propagação da sensação
co.
de insegurança junto à população e o sur-
e) ambos abordam problemas historicamente
gimento de atividades, produtos e serviços
superados pelas sociedades ocidentais moder-
vinculados à segurança privada.
nas. c) a influência restrita dos meios de comuni-
cação sobre o cotidiano das cidades e a pro-
3. (Unesp) A decisão de uma prefeitura nos ar- dução de um novo urbanismo expresso na
redores de Paris de distribuir mochilas esco- valorização dos espaços públicos.
lares azuis para os meninos e rosa para meni- d) a influência passiva da mídia sobre o com-
nas provocou polêmica na França. Nas bolsas portamento e a vida das pessoas nas cidades
distribuídas pela prefeitura de Puteaux, há e a regressão de produtos, serviços e ativida-
também um kit para construir robôs, para os des ligadas à segurança privada.
meninos, e miçangas para fazer bijuterias, e) a difusão de informações sensacionalistas
para as meninas. A distinção causou polêmica pela mídia e a intensificação da convivência
no momento em que o governo implementa entre pessoas na cidade.
na rede educacional um programa para pro-
mover a igualdade entre homens e mulheres 5. (Unesp) “A revista Vogue trouxe um ensaio
e lutar contra os estereótipos. na sua edição kids com meninas extrema-
“Distribuição de mochilas escolares azuis e rosas causa mente jovens em poses sensuais. Eu digo que,
polêmica na França”. Adaptado de: <www.bbc.co.uk>. enquanto a gente continuar a tratar nossas
crianças dessa maneira, pedofilia não será um
A polêmica citada pela reportagem envolve problema individual de um ‘tarado’ hipotético,
pressupostos sobre a sexualidade que podem e sim um problema coletivo, de uma sociedade
ser definidos pela oposição entre fatores: que comercializa sem pudor o corpo de nossas
a) comunitários e individuais.
meninas e meninos”, afirmou a roteirista Re-
b) metafísicos e empiristas.
c) teológicos e materiais. nata Corrêa. Para a jornalista Vivi Whiteman, a
d) antropocêntricos e teocêntricos. moda não é exatamente o mais ético dos mun-
e) biológicos e sociais. dos e não tem pudores com nenhum tipo de
sensualidade. “A questão é que, num ensaio de
4. (Unesp) Analise as charges. moda feito para vender produtos e comporta-
mento, não há espaço para teoria, nem para
discussão, nem para aprofundar nada. Não é
questão de demonizar a revista, mas de fato é
o caso de ampliar o debate sobre essa questão”.
Maíra Kubík Mano. “Vogue Kids faz ensaio com
crianças em poses sensuais e pode ser acionada pelo
MP”. Carta Capital, 11 set. 2014 (Adaptado).

No texto, a pedofilia é abordada:


a) segundo critérios relativistas questionado-
res da validade de normas absolutas no cam-
po da sexualidade.
b) de acordo com parâmetros jurídicos que
atestam a criminalização desse tipo de com-
portamento.
c) a partir dos imperativos de mercantilização
do corpo e da cultura, em detrimento de as-
pectos éticos e morais.
d) de acordo com critérios patológicos, que tra-
tam esse fenômeno como distúrbio de com-
portamento.
e) sob um ponto de vista teológico, fundamen-
tado na condenação cristã à sexualidade
como forma de prazer.

88
6. (Unesp) — Qual o pecado mais evidente dos c) deriva sua autoridade e legitimidade cientí-
médicos atualmente? fica de critérios empíricos e universais.
— Os médicos estão muito arrogantes, im- d) busca valorizar a necessidade de autonomia
pondo seu ponto de vista a todo custo. Parte individual no que se refere à saúde mental.
da culpa é das subespecializações médicas, e) estabelece normas essenciais para o progres-
um fenômeno recente na medicina. Os mé- so e aperfeiçoamento da espécie humana.
dicos atualmente só sabem falar de questões
8. (Unesp) Nos cartazes pendurados na casa ha-
referentes às suas subespecialidades. Não do
bitável, só havia espaço para teses anarquis-
paciente. Quando o paciente procura ajuda
tas e ambientalistas. Anticapitalistas, os Black
médica, ele é um indivíduo, não uma média
Blocs defendem uma genérica “solidariedade
– é único. Parece chavão, mas pensar assim humana”. Ninguém é considerado traidor se
faz uma diferença brutal. não entrar no quebra-quebra, mas o vanda-
Marco Bobbio. “Entrevista”. Veja, 03 dez. 2014. (Adaptado). lismo é visto como ato de coragem. Equipa-
mentos como orelhões são quebrados, segun-
Na entrevista, a medicina atual é criticada
do eles, porque a telefonia é dominada por
em virtude de priorizar aspectos:
estrangeiros. Também merecem condenação
a) técnicos e estatísticos.
b) sociais e econômicos. empreiteiras e multinacionais. Revoltados com
c) políticos e econômicos. a privatização do campo de Libra, incluíram a
d) mecanicistas e jurídicos. Petrobras no rol de suas potenciais vítimas.
e) holísticos e alternativos. Dizem que queimam as lixeiras públicas nos
protestos porque consideram corruptas as con-
7. (Unesp) A poderosa American Psychiatric As- cessionárias do serviço. Alguns rejeitam pro-
sociation (Associação Americana de Psiquiatria gramas sociais, como Bolsa Família, Mais Mé-
dicos e ProUni, pois, segundo eles, mascaram
– APA) lançou neste final de semana a nova edi-
as péssimas condições de vida da população e
ção do que é conhecido como a “Bíblia da Psi-
amortecem a revolta.
quiatria”: o DSM-5. E, de imediato, virei doente
Por dentro da máscara dos Black Blocs. Época, 01 nov. 2013.
mental. Não estou sozinha. Está cada vez mais
difícil não se encaixar em uma ou várias do- Sob o ponto de vista ideológico, a filiação
enças do manual. Se uma pesquisa já mostrou declaradamente anarquista dos Black Blocs
que quase metade dos adultos americanos teve justifica-se pela:
pelo menos um transtorno psiquiátrico durante a) adesão teórica e prática a doutrinas de natu-
a vida, alguns críticos renomados desta quin- reza nazifascista.
ta edição do manual têm afirmado que agora b) defesa de ideais socialistas favoráveis ao po-
o número de pessoas com doenças mentais vai der do Estado.
se multiplicar. E assim poderemos chegar a um c) utilização do diálogo como principal instru-
impasse muito, mas muito fascinante, mas tam- mento político.
bém muito perigoso: a psiquiatria conseguiria d) defesa dos ideais de liberdade e cidadania da
a façanha de transformar a “normalidade” em sociedade burguesa.
“anormalidade”. O “normal” seria ser “anor- e) confrontação dirigida a autoridades e insti-
tuições privadas e estatais.
mal”. Dá-se assim a um grupo de psiquiatras o
poder – incomensurável – de definir o que é ser
“normal”. E assim interferir direta e indireta- 9. (Unesp 2017)
mente na vida de todos, assim como nas políti- TEXTO 1
cas governamentais de saúde pública, com con- Nunca houve no mundo tanta gente viven-
sequências e implicações que ainda precisam do com suas necessidades básicas atendidas,
ser muito melhor analisadas e compreendidas. nunca uma porcentagem tão alta da popu-
Sem esquecer, em nenhum momento sequer, lação mundial viveu fora da miséria – uma
que a definição das doenças mentais está in- vitória espetacular, num planeta com 7 bi-
trinsecamente ligada a uma das indústrias mais lhões de habitantes. Nunca houve menos
lucrativas do mundo atual. fome. Nunca tantos tiveram tanta educação
Eliane Brum. “Acordei doente mental”. nem tanto acesso à saúde.
Época, 20 maio 2013 (Adaptado).
José Roberto Guzzo. “Um mundo de
No entender da autora do artigo, no âmbi- angústias”. Veja, 25 jan. 2017.
to psiquiátrico, a distinção entre comporta-
TEXTO 2
mentos normais e anormais:
a) apresenta independência frente a condicio- Mais sóbrio – e talvez mais pessimista – é
namentos de natureza material, histórica ou olhar para quanto cada grupo se apropriou do
social. crescimento total: os 10% mais ricos da popu-
b) pressupõe o poder absoluto da ciência, em lação global se apropriaram de 60% de todo
detrimento da relativização dos critérios de o crescimento do mundo entre 1988 e 2008.
normalidade. Uma grande massa de população melhorou de

89
vida, é verdade, mas o que esse dado demons- prática social, possa ficar submetido a outras
tra é que poderia ter melhorado muito mais se formas de hierarquização social.
o resultado do crescimento não terminasse tão Roberto da Matta. Carnavais, malandros
concentrado nas mãos dos ricos. O que está em e heróis. 1983 (Adaptado).
jogo é mais do que dinheiro. Em um mundo
globalizado, os estados nacionais perdem for- Considerando a análise do antropólogo Ro-
ça. Um grupo pequeno de pessoas com muita berto da Matta, o fato descrito no texto 1
riqueza tem grande poder de colocar as cartas pode ser corretamente interpretado como
a seu favor. Em casos extremos, a desigualdade resultante:
a) da contradição entre igualitarismo liberal e
é uma ameaça à democracia.
autoritarismo cultural.
Marcelo Medeiros. “O mundo é o lugar mais
b) da plena assimilação cultural dos ideais ilu-
desigual do mundo”. Adaptado de: <http://
piaui.folha.uol.com.br>. junho de 2016.
ministas de cidadania.
c) das tendências estatais de controle totalitá-
O confronto entre os dois textos permite rio da existência cotidiana.
concluir corretamente que: d) da superação das hierarquias sociais pela
a) ambos manifestam um ponto de vista liberal universalização ética.
em termos ideológicos, pois repercutem as e) da hegemonia ideológica da classe operária
vantagens da valorização do livre mercado e sobre a classe burguesa.
da meritocracia.

GABARITO
b) o texto 1 pressupõe concordância com o li-
beralismo econômico, enquanto o texto 2
integra problemas econômicos com tendên-
cias de retrocesso político. 1. B 2. B 3. E 4. B 5. C
c) o texto 1 critica o progresso entendido como
aperfeiçoamento contínuo da humanidade, 6. A 7. B 8. E 9. B 10. A
enquanto o texto 2 valoriza a globalização
econômica.
d) ambos apresentam um enfoque crítico e
negativo sobre os efeitos do neoliberalismo
econômico e suas fortes tendências de dimi-
nuição dos gastos públicos.
e) ambos manifestam um ponto de vista socia-
lista em termos ideológicos, pois enfatizam
a necessidade de diminuição da concentra-
ção de renda mundial.

10. (Unesp 2017)


TEXTO 1
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supre-
mo Tribunal Federal (STF), negou pedido de
juiz do Rio de Janeiro que reivindica que a
Justiça obrigue os funcionários do prédio
onde esse juiz mora a chamá-lo de “senhor”
ou de “doutor”, sob pena de multa diária. Na
ação judicial, o juiz argumenta que foi cha-
mado pelo porteiro do condomínio de “você”
e de “cara” e que ouviu a expressão “fala
sério!” após ter feito uma reclamação.
Mariana Oliveira. “Ministro do STF nega pedido de
juiz que quer ser chamado de ‘doutor’”. Adaptado
de: <http://g1.globo.com>. 22 abr. 2014.

TEXTO 2
O “Você sabe com quem está falando?” não
parece ser uma expressão nova, mas velha,
tradicional, entre nós. Na medida em que as
marcas de posição e hierarquização tradicio-
nal, como a bengala, as roupas de linho bran-
co, o anel de grau e a caneta-tinteiro no bolso
de fora do paletó se dissolvem, incrementa-
-se imediatamente o uso da expressão sepa-
radora de posições sociais para que o iguali-
tarismo formal e legal, mas cambaleante na

90
C H CIÊNCIAS HUMANAS
e suas tecnologias
GEOGRAFIA
Física, 30%
Econômica 26%
Humana 20%
Questões Ambientais 11%
Regional 8%
Geopolítica 5%

Geopolítica 29%
Econômica 27%
Física 21%
Questões Ambientais 11%
Humana 10%
Outros 2%
GEOGRAFIA 1

Prescrição: É necessária a compreensão de conceitos básicos sobre cartografia do território


brasileiro, além de conhecimentos sobre fatores climáticos e geomorfológicos do Brasil. É também de
fundamental importância interpretar modelos esquemáticos e gráficos para a compreensão de fatores
socioeconômicos na produção do espaço geográfico nas diferentes regiões do Brasil.

APLICAÇÃO DOS 2. (Unesp) Recentemente, os debates sobre a


reforma do Código Florestal Brasileiro ga-
CONHECIMENTOS - SALA nharam destaque junto aos meios de co-
municação, ao explicitarem importantes
1. (Unesp) Esse é um recorte de parte da planta divergências políticas entre organizações e
da cidade de São Paulo, onde foi traçado um grupos sociais do país. Em síntese, o Código
—— Florestal corresponde ao conjunto de regras
segmento de reta AB, com 0,11 m. A distân-
cia real entre esses dois pontos é de 1760 m. que determinam:
a) extensão máxima das Áreas de Preservação
Ambiental e Reservas Extrativistas que de-
vem ser mantidas em cada região brasileira.
b) as áreas mínimas de cobertura natural que
devem ser preservadas nas encostas e nas
margens de rios em cada bioma brasileiro.
c) o volume de matéria-prima, madeira, miné-
rios, água, que cada ramo da indústria bra-
sileira pode utilizar para a produção de bens
manufaturados.
d) a área mínima de cobertura vegetal, incluin-
do-se praças públicas e fragmentos de flores-
ta urbana, que deve ser preservada nas áreas
urbanas.
e) as medidas que devem ser adotadas em situ-
ações de desastres ambientais resultantes da
perfuração de jazidas de petróleo em terra e
no mar.

Analise a imagem de satélite meteorológico


e os mapas de precipitação, pressão atmos-
férica e umidade relativa do ar no território
brasileiro, captados às 12 horas do dia 27 de
outubro de 2010, para responder à questão 3.
Regina Vasconcellos; Ailton P. Alves Filho.
Atlas geográfico ilustrado e comentado. 1999 (Adaptado). Imagem de Mapa de
satélite precipitação(mm)
Partindo dessas informações, calcule a escala
da planta utilizando a fórmula __e = __
u onde:
E U
e
__ escala ou razão escolhida, sendo e = 1;
E
ƒ U = unidades medidas no terreno;
ƒ u = unidades que devem ser colocadas no
papel para representar U.
A escala da planta é:
a) 1 : 16000.
b) 1 : 10500.
c) 1 : 15000.
d) 1 : 25000.
e) 1 : 5000.

93
Mapa de pressão atmosférica (mb) Leia o texto a seguir para responder à ques-
tão 5.
Surgimos da confluência, do entrechoque e
do caldeamento do invasor português com
índios silvícolas e campineiros e com negros
africanos, uns e outros aliciados como escra-
vos. Nessa confluência, que se dá sob a regên-
cia dos portugueses, matrizes raciais díspa-
res, tradições culturais distintas, formações
sociais defasadas se enfrentam e se fundem
para dar lugar a um povo novo. Novo porque
Mapa de umidade relativa do ar (%) surge como uma etnia nacional, que se vê
a si mesma e é vista como uma gente nova,
diferenciada culturalmente de suas matrizes
formadoras. Velho, porém, porque se viabili-
za como um proletariado externo, como um
implante ultramarino da expansão europeia
que não existe para si mesmo, mas para gerar
lucros exportáveis pelo exercício da função
de provedor colonial de bens para o mercado
mundial, através do desgaste da população.
Sua unidade étnica básica não significa, po-
rém, nenhuma uniformidade, mesmo porque
atuaram sobre ela forças diversificadoras: a
ecológica, a econômica e a migração. Por es-
3. (Unesp) Considerando conhecimentos sobre sas vias se plasmaram historicamente diver-
a dinâmica atmosférica, é correto afirmar sos modos rústicos de ser dos brasileiros: os
que os números 1, 2 e 3 na imagem de saté- sertanejos, os caboclos, os crioulos, os caipiras
lite correspondem, respectivamente, a: e os gaúchos. Todos eles muito mais marcados
a) massa de ar frio, zona de convergência do pelo que têm de comum como brasileiros, do
Atlântico sul e massa de ar quente. que pelas diferenças devidas a adaptações re-
gionais ou funcionais, ou de miscigenação e
b) massa de ar quente, frente fria e massa de ar
aculturação que emprestam fisionomia pró-
quente.
pria a uma ou outra parcela da população.
c) massa de ar frio, frente fria e massa de ar
Darcy Ribeiro. O povo brasileiro. 1995 (Adaptado).
quente.
d) massa de ar quente, zona de convergência 5. (Unesp) De acordo com o excerto, a gênese
do Atlântico sul e massa de ar frio. do povo brasileiro está associada:
e) massa de ar quente, frente fria e massa de ar a) ao propósito de ocupação de novos territó-
frio. rios pelos portugueses e à implantação de
um empreendimento de povoamento, vol-
4. (Unesp) Entre o final da década de 1960 e o tado à construção de um mercado interno
início da década de 1970, a economia brasi- amplo e diversificado.
leira obteve altos índices de crescimento. O b) à conquista de novos territórios pelos povos
africanos, ameríndios e europeus e à implan-
fenômeno se tornou conhecido como mila- tação de um modelo de desenvolvimento
gre econômico e derivou da aplicação de uma econômico autônomo, voltado a atender às
política que provocou, entre outros efeitos: demandas do mercado externo.
a) êxodo rural e incremento no setor ferroviá- c) ao ímpeto pela descoberta de novos terri-
rio. tórios pelos povos ameríndios e africanos e
b) crescimento imediato dos níveis salariais e à implantação de um modelo de desenvol-
das taxas de inflação. vimento social e econômico de inspiração
c) aumento do endividamento externo e da europeia, dirigido ao progresso técnico e
concentração de renda. econômico nacional.
d) estatização do aparato industrial e do setor d) ao projeto de colonização de novos terri-
tórios e de seus respectivos povos pelos
energético.
portugueses e à implantação de um empre-
e) crise energética e novos investimentos em endimento mercantil, voltado a atender às
pesquisas tecnológicas demandas do mercado externo.
e) ao propósito de conquista de novos territó-
rios pelos europeus e à implantação de um
modelo de desenvolvimento econômico au-
tônomo, voltado a atender às demandas do
mercado local.
94
6. (Unesp) O Brasil tem a metade de seus muni- alta declividade em terrenos públicos ou
cípios com esgotamento sanitário (52,2%). propriedades particulares. Também defi-
Dos 14,5 milhões m3 coletados diariamente, ne as Reservas Legais em cada bioma; por
são tratados 5,1 milhões m3. exemplo, para que uma propriedade seja pú-
blica ou privada na Amazônia, deve conser-
Proporção de municípios, var 80% de floresta.
por condição de esgotamento
GRANDES sanitário (%) – 2000
3. Conforme a imagem de satélite, 1 (massa
REGIÕES de ar quente, possivelmente a MEA – mas-
Sem Coleta sa equatorial atlântica), 2 (frente fria) e 3
Só coleta
coleta e trata
(massa de ar frio, a MPA – massa polar atlân-
Norte 92,9 3,5 3,6 tica com alta pressão atmosférica). A frente
Nordeste 57,1 29,6 13,3 fria forma-se quando a massa de ar frio des-
Sudeste 7,1 59,8 33,1 loca a massa de ar quente.
Sul 61,1 17,2 21,7 4. Entre o final da década de 1960 e 1973, o
Centro- Brasil teve um alto crescimento de seu PIB
82,1 5,6 12,3 (Produto Interno Bruto) em decorrência da
-Oeste
acentuada industrialização (empresas de ca-
Brasil 47,8 32,0 20,2
pital nacional, estatais e transnacionais) e
Adaptado de: IBGE. investimentos em infraestrutura (rodovias,
telecomunicações e energia). Porém, houve
A partir da análise da tabela e de seus co- um elevado endividamento externo e con-
nhecimentos, pode-se afirmar que: centração da renda, visto que os trabalhado-
a) a região com menor porcentagem de municí- res eram impedidos de fazer greve durante a
pios que só coletam esgoto é a Norte e a com ditadura militar.
maior é a Sudeste.
5. A gênese do povo brasileiro está intima-
b) as regiões com maior e menor porcentagens
mente vinculada à colonização de explora-
de municípios que só coletam esgoto são,
ção empreendida por Portugal. A chegada
respectivamente, a Sul e a Centro-Oeste.
de portugueses em melhor posição social, a
c) a pior porcentagem de municípios sem co-
exploração dos povos indígenas e a entrada
leta de esgoto é a da região Sudeste, que
de escravos negros. Estas três matrizes ét-
supera os dados da região Centro-Oeste.
nicas, sua miscigenação e desigualdades são
d) a tabela expressa porcentagens de esgota-
fundamentais para compreender a sociedade
mento sanitário excelentes, que se refletem
brasileira.
na boa qualidade de nossas águas.
e) as regiões Norte e Centro-Oeste, juntas, to- 6. [B] está errada, porque a maior coleta não
talizam valores maiores nas porcentagens de ocorre na região Sul e Centro-Oeste, respecti-
municípios que só coletam esgoto, quando vamente, mas sim na Sudeste e na Nordeste.
comparadas à região Sudeste. A tabela exibe dados de melhor situação de
saneamento básico para a região Sudeste, di-
ferente do que afirma a alternativa [C].
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA A alternativa [D] associa qualidade da água
aos dados da tabela, o que não é possível
se afirmar com as informações disponíveis.
1. Escalas são relações de proporção e, no caso
Acrescente-se ainda que a situação de sane-
dos mapas, elas são elaboradas em escala de
amento básico brasileira está longe do ideal.
redução.
Norte e Centro-Oeste juntos estão muito lon-
Dados: 0,11 m no mapa correspondem a
ge de alcançar a região Sudeste, tornando a
1760 m no terreno:
alternativa [E] incorreta.
1 ------- x (escala)
0,11 ------ 1760
1.7601
x = _______
GABARITO
0,11
x = 16000 1. A 2. B 3. E 4. C 5. D
2. O Código Florestal brasileiro é uma das prin- 6. A
cipais legislações ambientais do país e ob-
jetiva à conservação da biodiversidade, dos
recursos hídricos e do solo. O código define
como APP (Áreas de Proteção Permanente)
áreas como as matas ciliares ao longo dos
rios, os topos dos morros e as encostas com

95
PRÁTICA DOS CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Unesp) O fenômeno dos “rios voadores”
“Rios voadores” são cursos de água atmosféricos, invisíveis, que passam por cima de nossas cabe-
ças transportando umidade e vapor de água da bacia Amazônica para outras regiões do Brasil. A
floresta Amazônica funciona como uma bomba d’água. Ela “puxa” para dentro do continente umi-
dade evaporada do oceano Atlântico que, ao seguir terra adentro, cai como chuva sobre a floresta.
Pela ação da evapotranspiração da floresta, as árvores e o solo devolvem a água da chuva para a
atmosfera na forma de vapor de água, que volta a cair novamente como chuva mais adiante. O
Projeto Rios Voadores busca entender mais sobre a evapotranspiração da floresta Amazônica e a
importante contribuição da umidade gerada por ela no regime de chuvas do Brasil.

A partir da leitura do texto e da observação do mapa, é correto afirmar que, no Brasil:


a) cada vez mais, a floresta é substituída por agricultura ou pastagem, procedimento que promove o
desenvolvimento econômico, sem influenciar, significativamente, o clima na América do Sul.
b) os recursos hídricos são abundantes e os regimes fluviais não serão alterados, apesar das mudanças
climáticas que ameaçam modificar o regime de chuvas na América do Sul.
c) o atual desenvolvimento da Amazônia não afeta o sistema hidrológico, devido à aplicação de medidas
rigorosas contra o desmatamento e danos à biodiversidade da floresta.
d) os mecanismos climatológicos devem ser considerados na avaliação dos riscos decorrentes de ações
como o desmatamento, as queimadas, a abertura de novas fronteiras agrícolas e a liberação dos gases
do efeito estufa.
e) a circulação atmosférica é dominada por massas de ar carregadas de umidade que, encontrando a bar-
reira natural formada pelos Andes, precipitam-se na encosta leste, alimentando as bacias hidrográficas
do país.

96
2. (Unesp) Considere o mapa das bacias hidrográficas brasileiras e analise o gráfico das condições
hídricas de uma dessas bacias.

Considerando conhecimentos sobre a situação atual de uso, ocupação demográfica, disponibili-


dade hídrica e degradação das bacias hidrográficas brasileiras, é correto afirmar que a bacia X
se refere à:
a) bacia do Paraguai.
b) bacia Amazônica.
c) bacia Tocantins-Araguaia.
d) bacia Atlântico Nordeste Oriental.
e) bacia do Uruguai.

3. (Unesp) Observe os perfis longitudinais de importantes rios de algumas das bacias hidrográficas
brasileiras.

97
As bacias hidrográficas identificadas nos perfis são, respectivamente:
a) Amazônica, Tocantins-Araguaia, Uruguai e Atlântico Nordeste Oriental.
b) Tocantins-Araguaia, Paraguai, Parnaíba e Atlântico Leste.
c) Atlântico Sudeste, Uruguai, Paraguai e Amazônica.
d) Amazônica, Tocantins-Araguaia, São Francisco e Paraná.
e) Atlântico Nordeste Oriental, Parnaíba, São Francisco e Paraná.

4. (Unesp) Analise as diferentes projeções cartográficas.

Considerando conhecimentos geográficos sobre projeções cartográficas, é correto afirmar que elas:
a) respeitam os mesmos graus de proporcionalidade, conformidade, equidistância e orientação, regras e
convenções que garantem rigor na representação do planeta.
b) podem ser admitidas como representações fiéis da realidade, pois expressam de forma precisa e rigo-
rosa o planeta como ele é.
c) trazem consigo diferentes formas de representação do planeta, buscando difundir ideologias e deter-
minadas visões de mundo.
d) se caracterizam pela objetividade e neutralidade, sem que fatores de ordem política, técnica ou cultu-
ral tenham influência sobre as formas de representação do planeta.
e) são relações métricas entre a superfície do planeta e as áreas representadas no mapa, não apresentan-
do distorções e deformações em relação à realidade.

5. (Unesp)

A imagem ilustra o trajeto mais comum dos pilotos de asa-delta entre o Vale do Paranã e a Es-
planada dos Ministérios em Brasília, distantes cerca de 90 quilômetros. Constituem fatores que
permitem a longa duração deste voo:

98
a) o ângulo de incidência do sol (a intensidade e) o aumento proporcional da população adulta
de energia solar que atinge a Terra) e a fren- no país está associado ao aumento da taxa
te oclusa (a ação do movimento da corrente de natalidade e um dos seus efeitos deverá
de ar frio levantando o ar quente até que ele ser a constituição de uma situação de pleno
perca seu contato com a superfície). emprego junto à população adulta do país.
b) a gravidade (a força de atração entre dois
corpos) e a expansão adiabática (a expan- 7. (Unesp) Para o geógrafo Aziz Nacib Ab’Sáber,
são de grandes bolhas de ar até encontrarem o domínio morfoclimático e fitogeográfico
menores valores de pressão atmosférica). pode ser entendido como um conjunto espa-
c) a brisa terrestre (a formação de um campo de cial extenso, com coerente grupo de feições
alta pressão junto à superfície) e os ventos do relevo, tipos de solo, formas de vegetação
divergentes em altitude (a conformação de e condições climático-hidrológicas.
uma área receptora de ventos ascendentes).
d) o atrito (a força gerada no sentido contrá-
rio ao deslocamento do vento) e o efeito de
Coriolis (a rotação das massas de ar no sen-
tido horizontal em função do movimento da
própria Terra).
e) o processo de condução (a transferência de
calor da superfície para a camada mais pró-
xima da atmosfera) e o processo de convec-
ção (a dinâmica cíclica entre o ar quente que
sobe e o ar frio que desce).

6. (Unesp) Analise a figura.

Sobre as causas e os possíveis efeitos da pre-


visão de mudança da estrutura etária brasi- São características do domínio morfoclimáti-
leira entre 2000 e 2035, pode-se afirmar que: co dos mares de morros:
a) a expansão do topo da pirâmide está asso- a) relevo com morros residuais; solos litólicos;
ciada à tendência de crescimento da expec- vegetação formada por cactáceas, bromeliá-
tativa de vida no Brasil e um de seus efeitos ceas e árvores; clima semiárido.
deverá ser a diminuição de demanda por ser- b) relevo com topografia mamelonar; solos la-
viços de saúde dirigidos à população idosa tossólicos; floresta latifoliada tropical; cli-
do país. mas tropical e subtropical úmido.
b) a redução do topo da pirâmide etária está c) relevo de chapadas e extensos chapadões;
associada à tendência de crescimento da solos latossólicos; vegetação com arbustos de
expectativa de vida no Brasil e um de seus troncos e galhos retorcidos; clima tropical.
efeitos deverá ser o aumento dos serviços d) relevo de planaltos ondulados; manchas de
turísticos destinados especialmente à popu- terra roxa; vegetação de pinhais altos, es-
lação idosa do país. guios e imponentes; clima temperado úmido
c) a redução da base da pirâmide está associada de altitude.
à queda da taxa de natalidade e um dos seus e) relevo baixo com suaves ondulações; terre-
efeitos deverá ser a diminuição do número nos basálticos; vegetação herbácea; clima
de jovens em idade escolar no país. subtropical.
d) a redução da base da pirâmide está associada
ao aumento da taxa de fecundidade e um dos
seus efeitos deverá ser o aumento total do
número de jovens em idade escolar no país.

99
8. (Unesp) A incorporação de grande parcela A prática econômica que fundamentou as
da população ao sistema bancário, a difusão medidas do governo brasileiro apresentadas
generalizada das operações de crédito indi- no excerto denomina-se doutrina:
vidual, a dispersão de agências bancárias e a) neoliberal.
pontos de autoatendimento em escala na- b) keynesiana.
cional e a difusão de formas de compra por c) neocolonial.
meio de cartão de crédito são expressões de d) liberal.
um fenômeno que pode ser denominado de e) mercantilista.
“financeirização da sociedade e do território
brasileiro”. A forma como este processo ocor- 10. (Unesp) Os setogramas mostram a produção
reu no Brasil esteve associada: energética mundial em dois momentos dis-
a) à integração do território nacional atra- tintos: 1973 e 2005.
vés dos sistemas técnicos de comunicação
e informação; à centralização de capitais e
articulação dos agentes do sistema finan-
ceiro; à difusão de um modelo de consumo
de massa; e à flexibilização do acesso ao
crédito pessoal.
b) à desarticulação das regiões brasileiras em
termos de sistemas de transportes e comu-
nicação; à centralização de capitais pelos
agentes do sistema financeiro; à difusão
de diferentes modelos de produção e con-
sumo; e à flexibilização do acesso ao cré-
dito pessoal.
c) à integração do território nacional através
dos sistemas técnicos de comunicação e in-
formação; à multiplicidade e desarticulação
dos agentes do sistema financeiro; à difusão
de diferentes modelos de consumo; e à res- A partir da observação dos gráficos e dos
trição do acesso ao crédito pessoal. seus conhecimentos, pode-se afirmar que:
d) à integração interna das regiões brasileiras a) no contexto da produção energética mun-
e sua desarticulação em escala nacional; à dial, entre os dois momentos analisados,
centralização de capitais pelos agentes do a energia nuclear teve uma diminuição em
sistema financeiro; à difusão de um modelo seus índices porque sua construção e ope-
de consumo de massa; e à flexibilização do ração apresentam altos custos, com elevada
acesso ao crédito pessoal. emissão de gases de efeito estufa.
e) à fragmentação do território nacional em b) atualmente, a fonte de energia renovável
que mais aumenta a produção é a eólica,
termos de sistemas de transporte e comuni-
devido ao funcionamento mais limpo e
cação; à multiplicidade e desarticulação dos
mais confiável, apesar da média emissão
agentes dos sistemas financeiros regionais;
de gases.
à difusão de um modelo de consumo de mas-
c) a grande queda na produção de energia a
sa; e à restrição do acesso ao crédito pessoal.
partir do petróleo ocorreu nesse período
devido à redução das reservas petrolíferas
9. (Unesp) Em 1995, emendas constitucionais mundiais e o crescente desenvolvimento
de ordem econômica puseram fim nos mono- de novas tecnologias de energias não re-
pólios de empresas estatais e abriram vários nováveis como a geotérmica e o biocom-
setores da infraestrutura ao capital privado bustível.
sob o regime de concessão. A aprovação das d) o rápido aumento da produção de energia de
emendas expressava o fato de que se havia fontes nãorenováveis, como a solar, hidráu-
formado um relativo consenso de opinião pú- lica, marés, correntes marítimas e biomassa
blica sobre a necessidade de atualizar o Esta- deve-se ao fato de não gerarem poluição e
do e a economia do país à luz do que vinha risco de grandes acidentes.
acontecendo no mundo desenvolvido. Apro- e) a redução de energia produzida pelo carvão
vadas as emendas constitucionais, tiveram mineral deve-se, entre vários fatores, ao fato
início as privatizações de empresas estatais e de provocar elevada emissão de gases de
concessões de serviços ao setor privado. efeito estufa e contribuir para a ocorrência
Boris Fausto. História do Brasil. 2015 (Adaptado). de chuva ácida.

100
11. (Unesp)

Considerando os cenários encontrados nos gráficos e os conhecimentos sobre o consumo mundial


de energia primária, é correto afirmar que:
a) os países membros da OCDE diminuíram sua participação percentual no consumo mundial de energia
primária em resposta ao aumento em seu padrão de consumo.
b) o consumo mundial de energia primária entre os países desenvolvidos aumentou em razão da crise
econômica no período.
c) a China aumentou sua participação percentual no consumo mundial de energia primária devido ao seu
desligamento do bloco dos Tigres Asiáticos.
d) os países subdesenvolvidos aumentaram sua participação percentual no consumo mundial de energia
primária em função do aumento em seu dinamismo econômico.
e) o Oriente Médio registrou o maior aumento percentual no consumo mundial de energia primária devi-
do ao crescimento de sua produção industrial.

12. (Unesp) Juntos, tais vetores levaram a linha de fronteira do Tratado de Tordesilhas a deslocar-se
para além dos limites formais, empurrando-os crescentemente para os confins da hinterlândia,
obrigando a se estabelecer um novo acerto de fronteira com o Tratado de Madri, que em 1750 con-
sagrou como marco de domínio das colônias de Portugal e da Espanha o traçado de fronteira que
praticamente risca como definitivo o desenho do território brasileiro de hoje.
Ruy Moreira. A formação espacial brasileira. 2014 (Adaptado).

Considerando o processo de ocupação do espaço brasileiro, os vetores que propiciaram uma nova
fronteira e o estabelecimento de pequenos aglomerados no interior do território foram:
a) a borracha e as rotas de procura por matéria-prima.
b) a plantation e a construção de entrepostos para o transporte.
c) a mineração e o comércio informal de ouro.
d) as expedições bandeirantes e as trilhas do gado.
e) as missões jesuíticas e a instalação de núcleos comerciais.

101
13. (Unesp) Analise o mapa dos fusos horários.

Você embarcou em Brasília no dia 18, às 22h00 local. A rota a ser seguida passa sobre o continente
africano, o que estabelece 23 horas de viagem.
Que dia e horário você chegará em Melbourne, na Austrália?
a) Dia 20, às 18h00
b) Dia 20, às 10h00
c) Dia 18, às 11h00
d) Dia 19, às 21h00
e) Dia 19, às 11h00

14. (Unesp) Florestas tropicais recobrindo níveis de morros costeiros, escarpas terminais tipo “serra
do Mar” e setores serranos mamelonizados dos planaltos compartimentados e acidentados do Bra-
sil de Sudeste. Florestas biodiversas, dotadas de diferentes biotas primariamente recobrindo mais
de 85% do espaço total. O domínio tem mostrado ser o meio físico, ecológico e paisagístico mais
complexo e difícil do país em relação às ações antrópicas.
Aziz Nacib Ab’Sáber. Os domínios de natureza no Brasil. 2003 (Adaptado).

O domínio paisagístico brasileiro descrito no texto é o de:


a) planaltos de Araucárias.
b) depressões interplanálticas semiáridas do Nordeste.
c) chapadões recobertos por cerrados.
d) terras baixas florestadas da Amazônia.
e) mares de morros florestados.

15. (Unesp) Analise o trecho da canção “Tempo rei”, de Gilberto Gil.


Não me iludo
Tudo permanecerá do jeito que tem sido
Transcorrendo
Transformando
Tempo e espaço navegando todos os sentidos
Pães de Açúcar
Corcovados
Fustigados pela chuva e pelo eterno vento
Água mole
Pedra dura
Tanto bate que não restará nem pensamento
Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
(www.gilbertogil.com.br)

102
O trecho faz alusão direta a dois processos 17. (Unesp) Apesar de ser estratégica para a in-
geomorfológicos: tegração sul-americana, a faixa de fronteira
a) meteorização e subsidência. configura-se como uma região pouco desen-
b) assoreamento e fraturamento. volvida economicamente, historicamente
c) erosão e esculpimento. abandonada pelo Estado, marcada pela difi-
d) lixiviação e escarpamento. culdade de acesso a bens e serviços públicos,
e) abrasão e soerguimento. pela falta de coesão social, pela inobservân-
cia de cidadania e por problemas peculiares
16. (Unesp) Euclides da Cunha, em Os sertões, às regiões fronteiriças.
Ministério da Integração Nacional.
descreve a campanha de Canudos. No esbo-
Faixa de fronteira. 2009 (Adaptado).
ço geológico do sertão de Canudos, feito por
ele, é possível distinguir a região. Sob o ponto de vista do território brasileiro,
configuram exemplos de problemas peculia-
res às regiões fronteiriças:
a) a captação de recursos por instituições finan-
ceiras internacionais e a evasão de divisas.
b) a ausência de tributação legal e a desarticu-
lação político-institucional dos municípios.
c) a formação de economias de subsistência e a
organização de movimentos separatistas.
d) a entrada de produtos ilícitos e a saída de
recursos naturais explorados ilegalmente.
e) a livre atividade de grileiros e a comerciali-
zação de títulos de propriedade para terras
devolutas.

18. (Unesp) A Terra comporta-se como um imen-


so ímã, ou seja, tem magnetismo próprio.
Observe as figuras, que são representações
do campo magnético da Terra.

Em seu livro, abordava e enfatizava os ele-


mentos geográficos que dificultavam as rotas
dos que se dirigiam para Canudos. A descri-
ção refere-se:
a) à depressão sertaneja e sanfranciscana na
região nordestina, no Estado da Bahia, da
caatinga da bacia hidrográfica do rio São
Francisco, de clima nordestino – semiárido.
b) ao planalto arenítico-basáltico na região
Sul, no Estado de Santa Catarina, da vege-
tação de campos, da bacia hidrográfica do
rio Paraná, de clima de altitude – tropical de
altitude.
c) ao planalto das Guianas na região Nordes-
te, da caatinga, da bacia hidrográfica do rio
São Francisco e bacias secundárias, de clima
equatorial.
d) ao planalto Atlântico na região Sudeste, da
mata Atlântica, da bacia hidrográfica do rio
Paraná e bacias secundárias, de clima árido.
e) ao planalto central brasileiro na região Nor-
te, da bacia hidrográfica do rio Tocantins, da
vegetação de campos, de clima de altitude
– tropical de altitude.

103
A partir da observação das figuras e de seus aquecimento global expõe áreas antes cober-
conhecimentos, pode-se afirmar que: tas por gelo, pois a extensão do gelo marí-
a) se buscamos as coordenadas geográficas do timo no Ártico diminuiu por volta de 14%
polo norte magnético para atingir o polo desde os anos 1970. A mídia destacou que
norte geográfico, o provável é que não che- os russos instalaram sua bandeira em turfa
guemos lá, porque a localização dos polos submarina e que a guarda costeira america-
magnéticos da Terra não coincide com a dos na mapeou o mar de Bering.
polos geográficos. Jessa Gamble. Scientific American Brasil. n. 4,
b) o polo norte magnético encontra-se na costa 2009. Kirstin Dow; Thomas E. Downing. O atlas
da mudança climática, 2007 (Adaptado).
norte do Alasca e o polo sul magnético na
costa oeste da Antártida. Sobre o assunto tratado no texto, pode-se
c) se buscarmos as coordenadas geográficas afirmar que:
do polo sul magnético para atingir o polo a) os direitos aos recursos localizados no assoa-
sul geográfico, o provável é que alcancemos lho submarino são definidos com a colocação
nosso intento, porque a localização dos po- de bandeiras, como no período de colonização
los magnéticos da Terra coincide com a dos das fronteiras.
polos geográficos. b) as regras que possibilitam reivindicar os re-
d) o polo norte magnético encontra-se na Gro- cursos dos leitos submarinos vêm da Conven-
enlândia, na América do Norte, e o polo sul ção da ONU sobre o Direito do Mar.
geográfico na costa norte da Antártida. c) há um acordo entre os países que circulam o
e) o polo norte magnético encontra-se na cos- Ártico – Rússia, Canadá, Estados Unidos, Chi-
ta norte do Canadá, no oceano Atlântico, na e Inglaterra – para explorar os recursos
portanto, junto à localização do polo norte marinhos.
geográfico. d) com o degelo do Ártico, a navegação e a ex-
ploração de minérios não serão beneficiadas e
19. (Unesp) Durante os meses de julho e agosto, o meio ambiente não sofrerá impacto.
período em que as temperaturas se elevam e) a Convenção da ONU sobre o Direito do Mar
significativamente, amanhece mais cedo e o possibilita a todas as nações costeiras terem
Sol se põe apenas por volta das 22 horas. As- direitos econômicos iguais sobre o Ártico.
sim, das 24 horas do dia, o local permanece
iluminado por pelo menos 18 horas, e a noi- 21. (Unesp) Analise a tabela.
te torna-se apenas um fenômeno passageiro.
Variação do percentual de posições de aten-
dimento das empresas de teleatendimen-
to, por região brasileira (2000-2011)
Percentual de posições
Região de atendimento
2000 2011
Sudeste 71% 78%
Nordeste 5,3% 16%
Sul 16,4% 3,4%
Centro-Oeste 4,6% 2%
Norte 2,7% 0,5%
Considerando conhecimentos geográficos so-
Brasil 100% 100%
bre a incidência dos raios solares no planeta
ao longo das diferentes épocas do ano, é cor- Marina Castro de Almeida. “Em outros pontos da
reto afirmar que o local abordado no texto rede”. Estudos Geográficos, janeiro/julho de 2014.
está representado no mapa pelo número:
a) 5. A partir dos dados apresentados na tabela e
b) 2. considerando as especificidades dos serviços
c) 1. de teleatendimento, é correto afirmar que,
d) 4. no período analisado, houve:
e) 3. a) redução na representatividade da região Su-
deste, explicada pela baixa dinâmica econô-
mica e pela parca disponibilidade de mão de
20. (Unesp) O Ártico está na mídia
obra qualificada.
Notícias da região do Ártico levantam dados b) redução na representatividade da região Sul,
sobre a corrida ao petróleo em suas águas. entendida pelo colapso de suas redes infor-
Nações reclamam parte das riquezas sob o macionais e pelos altos impostos cobrados
fundo do oceano Glacial Ártico, enquanto o pela administração pública.

104
c) aumento na representatividade da região Nordeste, associado à disponibilidade de redes técnico-
-informacionais e aos menores custos de operação.
d) aumento na representatividade da região Centro-Oeste, devido ao incremento do agronegócio e à am-
pliação dos serviços terceirizados.
e) redução na representatividade da região Norte, explicada pela raridade de centros urbanos e pelo in-
teresse privado em oferecer serviços ligados ao campo.

22. (Unesp) Analise o mapa.

A partir das informações do mapa, pode-se afirmar que a expansão geoeconômica do território
brasileiro, no período assinalado, anos 1890, mostrou que nesse século:
a) havia uma importante corrente migratória para o norte, o que impulsionou o seu desenvolvimento. Os
vários focos econômicos, embora distantes entre si, tinham o centro de maior influência no Estado de
Mato Grosso.
b) havia vários focos econômicos distantes entre si, mas que o centro de maior influência econômica
estava centrado na atual região Norte.
c) havia vários focos econômicos interligados por malhas viárias, o que facilitava o desenvolvimento do
país.
d) o foco econômico de maior importância era localizado na região Nordeste.
e) havia vários focos econômicos distantes entre si, mas o maior centro estava localizado na atual região
Sudeste.

105
23. (Unesp)

A síntese dos dados apresentados pelo gráfico permite afirmar que:


a) o índice de esgoto a céu aberto na região Sudeste, em contraste com os resultados superiores ade aten-
dimento em identificação do logradouro, iluminação, pavimentação, arborização, bueiros e depósitos
de lixo, indica grandes disparidades socioeconômicas entre seus habitantes.
b) os menores índices nacionais em calçada e rampas na região Sul, contrastantes com os maiores parâ-
metros em iluminação, pavimentação, arborização e esgoto a céu aberto, expressam as piores condi-
ções de vida para pedestres e deficientes físicos.
c) mesmo apresentando os menores índices nacionais para a identificação do logradouro, iluminação,
pavimentação, arborização, bueiros e depósitos de lixo, a região Norte não enfrenta deficiências em
saneamento básico e na circulação de pedestres.
d) ainda que tenha apresentado os maiores índices nacionais em identificação do logradouro, iluminação,
pavimentação, arborização, bueiros e depósitos de lixo, a região Nordeste enfrenta problemas com
infraestruturas básicas em tratamento de esgoto e vias adaptadas a deficientes físicos.
e) os resultados encontrados na região Centro-Oeste para os índices de esgoto a céu aberto, meio-fio, cal-
çada e rampas são acompanhados pelos menores percentuais nacionais na identificação do logradouro,
iluminação e pavimentação, fundamentais para garantir melhores condições de vida.

24. (Unesp)

É correto afirmar que a charge denuncia:


a) a retração das cidades pelo avanço desregulado
das habitações em áreas periféricas.
GABARITO
b) a reabilitação da periferia com o abrigo da po-
pulação em novas áreas construídas. 1. D 2. D 3. D 4. C 5. E
c) a desapropriação de áreas periféricas como es-
tratégia para aquecer o mercado imobiliário. 6. C 7. B 8. A 9. A 10. E
d) a função das operações urbanas de degradar 11. D 12. D 13. B 14. E 15. C
as áreas periféricas indesejadas ao crescimento
das cidades. 16. A 17. D 18. A 19. E 20. E
e) a expulsão da população periférica no pro- 21. C 22. E 23. A 24. E
cesso de expansão das grandes cidades.

106
GEOGRAFIA 2

Prescrição: São necessários conhecimentos sobre fatores históricos e geográficos que transforma-
ram o espaço mundial. Também serão abordados temas tais como fluxos migratórios, questões ambi-
entais, conceitos de população e urbanização, comércio internacional e fontes de energia. É de vital
importância a interpretação de textos, mapas, tabelas e gráficos, que facilitarão a compreensão das
questões. Além disso, deve-se entender as transformações tecnológicas e seus impactos nos processos
de produção do espaço geográfico.

APLICAÇÃO DOS Leia o texto a seguir para responder à ques-


tão 3.

CONHECIMENTOS - SALA Presenciamos um imperativo das exporta-


ções, presente no discurso e nas políticas
do Estado e na lógica das empresas, que tem
1. (Unesp) Pertinente às ações de controle dos
promovido uma verdadeira “commoditiza-
impactos da atividade humana e à preserva-
ção“ da economia e do território. A lógica
ção do meio ambiente, a compensação am-
das commodities não se caracteriza apenas
biental caracteriza-se como:
por uma invenção econômico-financeira, en-
a) um fundo privado utilizado para suprir as
tendida como um produto primário ou se-
obrigações financeiras legais, respondendo mielaborado, padronizado mundialmente,
aos registros, cadastros, serviços, infrações cujo preço é cotado nos mercados interna-
e multas em órgãos ambientais. cionais, em bolsas de mercadorias. Trata-se
b) um inventário que antecede a realização das também de uma expressão política e geográ-
construções, focado em identificar, quantifi- fica, que resulta na exacerbação de especia-
car e minimizar as consequências negativas lizações regionais produtivas.
ao meio ambiente. Samuel Frederico. Revista Geografia, 2012 (Adaptado).
c) uma metodologia para identificar, averiguar
e avaliar problemas ambientais, produzindo
documentos sobre a operação e a manuten- 3. (Unesp) Entre as implicações políticas e eco-
ção de um agente poluidor. nômicas do processo de “commoditização”
d) um instrumento financeiro associado ao do território, é correto indicar:
processo de licenciamento ambiental de a) a menor autonomia dos produtores locais e
construções, empregado para amenizar os a maior vulnerabilidade das regiões em re-
impactos irreversíveis sofridos pelo meio lação às demandas e às regulações impostas
ambiente. pelo mercado externo.
e) uma garantia econômica perante a ocorrên- b) o fortalecimento dos produtores locais e a
cia de imprevistos, utilizada para custear o menor vulnerabilidade das regiões em rela-
reparo de danos materiais, pessoais ou am- ção às crises e às oscilações do mercado ex-
bientais ocorridos em um empreendimento. terno.
c) a maior autonomia dos produtores locais e
o fortalecimento das regiões em função do
2. (Unesp) Ao longo dos seus mais de vinte atendimento prioritário das demandas do
anos de existência, o Mercosul sofreu trans- mercado interno.
formações institucionais e alterações no con- d) a menor autonomia dos produtores locais
junto de países que compõem o bloco. Além e a instabilidade das regiões em função do
dos países que fundaram o bloco em 1991 atendimento prioritário das demandas do
(países signatários do Tratado de Assunção), mercado interno.
foram posteriormente incorporados ao bloco e) o maior controle pelos produtores locais e
outros países, qualificados como associados. a maior autonomia das regiões em relação
Podem ser mencionados como exemplos de à definição dos preços internacionais das
país fundador e de país associado, respecti- commodities.
vamente:
a) Argentina e Paraguai. 4. (Unesp) Após os atentados de 11 de setem-
b) Bolívia e Brasil. bro de 2001, o governo dos Estados Unidos da
c) Paraguai e Chile. América aprovou uma série de medidas com
d) Venezuela e Uruguai. o objetivo de proteger os cidadãos america-
e) Chile e Bolívia. nos da ameaça representada pelo terrorismo

107
internacional. Entre as medidas adotadas ( ) A característica marcante da estrutura
pelo governo norte-americano estão: dos sistemas de cidades que varia de acor-
a) a realização de acordos de cooperação mili- do com seu tamanho, com a extensão de
tar e tecnológica com países aliados no com- sua área de influência espacial e com a sua
bate ao terrorismo internacional; e a prisão qualidade funcional no que se refere aos
imediata de árabes e muçulmanos que resi- fluxos de bens, de pessoas, de capital e de
dissem nos Estados Unidos. serviços. No esquema atual das relações
b) a realização de ataques preventivos a países entre as cidades, uma vila pode se rela-
suspeitos de sediarem grupos terroristas; e a cionar diretamente com a metrópole na-
restrição da liberdade e dos direitos civis de cional, ao contrário do esquema clássico,
suspeitos de associação com o terrorismo. onde a vila se relaciona, primeiramente,
c) a concessão de apoio logístico e financeiro a com a cidade local, depois com o centro
países que, autonomamente, pudessem com-
regional, e em sequência, com a metrópole
bater grupos terroristas em seus territórios;
regional e nacional.
e a preservação dos direitos civis de suspei-
( ) O processo vinculado às transformações
tos de associação com o terrorismo, que re-
sidissem dentro ou fora dos Estados Unidos. sociais que provocam a mobilização de
d) a realização de ataques preventivos a países pessoas, geralmente, de espaços rurais
suspeitos de sediarem grupos terroristas; e para centros urbanos. Essa mobilização de
a flexibilização do ingresso nos Estados Uni- pessoas é motivada pela busca por estraté-
dos de pessoas oriundas de qualquer região gias de sobrevivência, visando à inserção
do mundo. no mercado de trabalho bem como na vida
e) a realização de acordos de cooperação mi- social e cultural do centro urbano.
litar e tecnológica com países suspeitos de ( ) O conjunto articulado ou integrado de
sediarem grupos terroristas; e a preservação áreas urbanas que cobrem um determina-
dos princípios de liberdade individual e au- do espaço geográfico e que se relacionam
tonomia dos povos. continuamente.
( ) O termo empregado para cidade central de
5. (Unesp) Entre outros desdobramentos pro- uma determinada região geográfica, den-
vocados pela chamada Primavera Árabe, ini- samente urbanizada, que assume posição
ciada no final de 2010, podemos citar: de destaque na economia, na política, na
a) a deposição de governantes na Líbia e no vida cultural etc. A mancha urbana é for-
Egito e o início de violenta guerra civil na mada, geralmente, por cidades com ten-
Síria. dência ao fenômeno de conurbação. Vários
b) a democratização política na Argélia e a ins- municípios formam uma grande comuni-
talação de regimes militares no Barein e na dade, interdependente entre si e com a
Jordânia. preocupação de resolver os problemas de
c) o surgimento de regimes islâmicos no Irã e interesse comum.
na Tunísia e a queda do governo pró-Estados
Unidos no Líbano. A sequência correta obtida a partir da cor-
d) o controle do governo da Arábia Saudita por relação entre os conceitos e as definições é:
grupos islâmicos fundamentalistas e o fim a) I, II, IV, V, III.
do apoio russo ao Iraque. b) II, V, I, III, IV.
e) o fim dos conflitos religiosos no Iêmen e no c) IV, III, I, II, V.
Marrocos e o aumento do preço do petróleo d) III, IV, I, II, V.
no mercado mundial. e) IV, I, V, II, III.

6. (Unesp) Correlacione os conceitos a seguir:


I. urbanização RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
II. rede urbana
1. A compensação financeira é importante no
III.hierarquia urbana
licenciamento ambiental para compensar
IV. polarização
os impactos ambientais de um determinado
V. metrópole empreendimento. Porém, os recursos devem
( ) As aglomerações urbanas mantêm e re- ser utilizados em atividades mitigadoras dos
forçam laços interdependentes entre si e impactos ou para conservação ambiental em
com outras áreas que elas atraem. Estas outros locais.
áreas que sofrem atração podem, às vezes, 2. O Mercosul foi fundado pelo Tratado de
pertencer a regiões homogêneas diversas. Assunção (1991) por Brasil, Argentina,
Estas áreas criam um sistema urbano re- Paraguai e Uruguai. Os membros plenos
gional mais bem definido. Portanto, as re- apresentam uma integração comercial
giões, de forma geral, nada mais são que mais acentuada por adotarem a união
recortes territoriais destas áreas. aduaneira (tarifa externa comum com

108
comércio com nações que estão do bloco).
Os membros plenos são: Brasil, Argenti- GABARITO
na, Uruguai e Venezuela (admitida em
2012). O Paraguai sofreu uma suspensão 1. D 2. C 3. A 4. B 5. A
temporária em 2012 devido a um golpe de
Estado parlamentar, uma vez que o Mer- 6. C
cosul apresenta uma cláusula democrática
(Protocolo de Ushuaia). Os membros as-
sociados que apresentam menor grau de
integração comercial são Chile, Bolívia,
Peru, Equador e Colômbia.
3. A alta especialização em um único tipo de
produto para exportação pode levar a crises
econômicas e sociais para algumas regiões. A
queda dos preços no mercado internacional,
conflitos comerciais ou conflitos geopolíti-
cos e militares podem diminuir as exporta-
ções e os ganhos financeiros, trazendo con-
sequências graves, como declínio econômico
e desemprego. Um dos exemplos foi a crise
recente provocada pela queda nas exporta-
ções de suco de laranja concentrado em mu-
nicípios do interior de São Paulo.
4. Após os atentados de 11 de setembro, foi
adotada a Doutrina Bush, em cujos princípios
incluíam-se os ataques preventivos, a suspen-
são da Lei Ford, o monitoramento e suspen-
são de direitos de suspeitos de terrorismo.
5. A partir de 2010, a Primavera Árabe foi um
movimento por democracia contra ditaduras
que levou à queda dos ditadores da Tunísia,
Egito, Líbia e Iêmen. Na Síria, eclodiu uma
guerra civil entre o governo de Bashar al-
-Assad e grupos sunitas, entre os quais o
Exército de Libertação da Síria (ELS) e o ex-
tremista Estado Islâmico.
6. A sequência correta dos conceitos é:
IV. Polarização: a afirmativa descreve o pro-
cesso de influência das cidades redefi-
nindo unidades territoriais.
III.Hierarquia urbana: a afirmativa descreve
o processo de subordinação das cidades,
mencionando o esquema clássico em que
o processo era construído a partir das
metrópoles nacionais até as vilas, e o es-
quema atual, cuja estrutura alterada pelo
meio técnico-científico-informacional,
permite a relação direta entre as menores
e a maiores cidades.
I. Urbanização: a afirmativa descreve o pro-
cesso de urbanização em que ocorre o
crescimento da população das cidades em
ritmo superior à do campo.
II. Rede urbana: a afirmativa descreve a
rede de cidades que mantém relação de
interdependência.
V. Metrópole: a afirmativa descreve as ci-
dades cujo setor terciário cria níveis de
influencia regional, nacional ou mundial,
passando a polarizar as áreas adjacentes,
onde geralmente, por meio da conurba-
ção, define áreas metropolitanas.

109
PRÁTICA DOS CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Unesp)

Considerando a questão agrária no Brasil, é correto afirmar que a lacuna presente na legenda cor-
responde a áreas de:
a) resgate e valorização de antigas práticas de cultivo.
b) concentração da violência contra trabalhadores rurais e camponeses.
c) cultivo experimental orgânico e sustentável.
d) reflorestamento e recuperação da biodiversidade.
e) implantação de núcleos urbanos planejados.

110
2. (Unesp) Os espaços à margem da economia mundial são igualmente pouco integrados regional-
mente, e a desintegração nacional limita a integração. O comércio intrarregional africano se situa
em torno de 10% do que é movimentado e é polarizado em alguns países. Fora a África do Sul,
cinco países representam três quartos das exportações intra-africanas.
Philippe Hugon. Geopolítica da África. 2009.

A inexpressividade do comércio intrarregional africano deve-se, em parte:


a) ao acesso exclusivo a matérias-primas importadas e ao baixo mercado consumidor.
b) à pouca diversificação das estruturas produtivas e às divergências socioculturais.
c) à manutenção das colônias europeias e à obrigatoriedade da exportação.
d) às fronteiras flexíveis e à generalização de economias não monetarizadas.
e) aos altos custos no transporte de mercadorias e à ausência de centros urbanos.

3. (Unesp) No estudo do crescimento demográfico mundial, a teoria que considera a sociedade de


consumo e os impactos do consumismo denomina-se:
a) teoria antinatalista, ponderando o aumento populacional atrelado à lentidão na recomposição do meio
ambiente.
b) teoria neomalthusiana, relacionando o crescimento populacional às políticas de recuperação do meio
ambiente.
c) teoria ecomalthusiana, avaliando a pressão do crescimento populacional sobre os recursos naturais.
d) teoria malthusiana, associando o número de pessoas no planeta ao custo do passivo ambiental
esperado.
e) teoria reformista, analisando as populações dos países a partir da gestão de seus recursos naturais.

4. (Unesp) Observe a tabela e compare a evolução das exportações brasileiras para blocos econômi-
cos, em valores totais (US$), e quantidade em toneladas (ton), nos períodos de 12 meses, jun/mai
2000/01 e 2010/11.

2000/01 2010/11

Descrição do bloco *
US$ * US$
mil ton $/ton % mil ton $/ton
milhões % milhões

Países em desenvolvimento 22.129 38 89.870 246 128.268 57 313.520 409


Países desenvolvidos 34.491 60 163.090 211 92.022 41 207.440 444
Ásia (excluído Oriente Médio) 6.479 11 78.357 83 63.267 28 279.666 226
América latina e Caribe 14.591 25 24.015 608 52.146 23 42.248 1.234
União Europeia 15.494 27 96.837 160 48.281 22 105.404 458
China, Hong Kong e Macau 1.976 3 24.623 80 37.625 17 190.663 197
Estados Unidos 14.218 25 24.041 591 21.404 10 23.174 924

*Percentual sobre o total da exportação brasileira para os blocos indicados


Carta Capital. Exportações brasileiras para os principais blocos econômicos, ano XVI, n. 651, junho de 2011 (Adaptado).

A respeito da evolução das exportações brasileiras, pode-se afirmar que:


a) a China, Hong Kong e Macau, em porcentagem sobre o valor total das exportações, passaram de 3%
(2000/01) para 17% (2010/11), trazendo os maiores ganhos comerciais nos períodos.
b) a participação em valor dos países desenvolvidos vem diminuindo, passando de 60% no primeiro perí-
odo para 41% no segundo, sendo acompanhada pela queda do valor da tonelada exportada.
c) a maioria das exportações brasileiras atuais destina-se aos países em desenvolvimento, que lideram
tanto em valor do total exportado quanto em quantidade exportada.
d) o mais importante parceiro comercial na balança das exportações brasileiras são os Estados Unidos,
apresentando um desempenho crescente em valor do total exportado e em toneladas.
e) os blocos analisados mantiveram o mesmo ritmo de participação nas exportações brasileiras durante a
década analisada.

111
5. (Unesp) O BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – vem negociando cuidadosamente o
estabelecimento de mecanismos independentes de financiamento e estabilização, como o Arranjo
Contingente de Reservas (Contingent Reserve Arrangement – CRA) e o Novo Banco de Desenvolvi-
mento (New Development Bank – NDB). O primeiro será um fundo de estabilização entre os cinco
países; o segundo, um banco para financiamento de projetos de investimento no BRICS e outros
países em desenvolvimento.
Adaptado de: <www.cartamaior.com.br>.

O Arranjo Contingente de Reservas e o Novo Banco de Desenvolvimento procuram suprir a escassez


de recursos nas economias emergentes. Tais iniciativas constituem uma alternativa:
a) às instituições de crédito privadas, encerrando a sujeição econômica dos países emergentes e evitando
a assinatura de termos regulatórios coercitivos sobre as práticas de produção.
b) aos bancos centrais dos países do BRICS, reduzindo os problemas econômicos de curto prazo e maxi-
mizando o poder de negociação do grupo.
c) às instituições criadas na Conferência de Bretton Woods, definindo novos mecanismos de autodefesa
e estimulando o crescimento econômico.
d) ao norte-americano Plano Marshall, elegendo com autonomia o destino da ajuda econômica e os in-
vestimentos públicos em áreas estratégicas.
e) à hegemonia do Banco Mundial, deslocando o centro do sistema capitalista e os fluxos de informação
para os países em desenvolvimento.

6. (Unesp) Leia o texto e analise os mapas.

As terras-raras formam um grupo de 17 elementos químicos, com propriedades muito semelhantes


entre si, em termos de maleabilidade e resistência, que permitem aplicações diversas. Indispensá-
veis à indústria de alta tecnologia, elas estão no centro de uma disputa global. As maiores reservas
em potencial estão situadas no Brasil. A extração e principalmente o refino das terras-raras são,
porém, altamente poluentes; por esta razão, cientistas estudam novos meios de exploração e novas
aplicações que poluam menos.

De acordo com a leitura do texto e a observação dos mapas, é correto afirmar que as duas maiores
concentrações de reservas de terras-raras estão localizadas nas regiões de integração e desenvol-
vimento do:
a) Oeste e Araguaia-Tocantins.
b) Sudoeste e Sul.
c) Arco Norte e Madeira-Amazonas.
d) São Francisco e Transnordestino.
e) Sudeste e Transnordestino.

112
7. (Unesp) As quatro afirmações que se seguem
serão correlacionadas aos seguintes termos:
(1) vulcanismo; (2) terremoto; (3) epicen-
tro; (4) hipocentro.

a. Os movimentos das placas tectônicas


geram vibrações, que podem ocorrer no
contato entre duas placas (caso mais fre-
quente) ou no interior de uma delas. O
ponto onde se inicia a ruptura e a libe-
ração das tensões acumuladas é chamado
de foco do tremor.
b. Com o lento movimento das placas litos-
féricas, da ordem de alguns centímetros
por ano, tensões vão se acumulando em
8. (Unesp) A partir do exame da figura, é cor-
vários pontos, principalmente perto de
reto afirmar que as letras X, Y e Z correspon-
suas bordas. As tensões, que se acumulam dem, respectivamente, a:
lentamente, deformam as rochas; quando a) metamórficas, sedimentares e ígneas.
o limite de resistência das rochas é atin- b) metamórficas, ígneas e sedimentares.
gido, ocorre uma ruptura, com um deslo- c) sedimentares, metamórficas e ígneas.
camento abrupto, gerando vibrações que d) sedimentares, ígneas e metamórficas.
se propagam em todas as direções. e) ígneas, sedimentares e metamórficas.
c. A partir do ponto onde se inicia a rup-
9. (Unesp) A desaceleração econômica causada
tura, há a liberação das tensões acumu-
pela crise global, desde o fim do ano de 2008,
ladas, que se projetam na superfície das na maioria dos países provocou desemprego
placas tectônicas. e muitos projetos de desenvolvimento foram
d. É a liberação espetacular do calor interno adiados. Esse fato influenciou diretamente
terrestre, acumulado através dos tempos, na emissão de gases poluentes na atmosfera.
sendo considerado fonte de observação Em consequência desse fato, é possível afirmar:
científica das entranhas da Terra, uma I. A queda na produção industrial provocou
aumento da emissão de dióxido de carbo-
vez que as lavas, os gases e as cinzas for-
no (CO2) na atmosfera.
necem novos conhecimentos de como os II. Em muitos países, os investimentos para
minerais são formados. Esse fluxo de ca- o desenvolvimento de energias renová-
lor, por sua vez, é o componente essencial veis aumentaram, na tentativa de dimi-
na dinâmica de criação e destruição da nuir a dependência excessiva de combus-
crosta, tendo papel essencial, desde os tíveis fósseis.
primórdios da evolução geológica. III.Com a diminuição da produção industrial
Wilson Teixeira et al. Decifrando a Terra. 2003 (Adaptado). em várias partes do mundo, o tráfego de
caminhões caiu, amenizando as emissões
Os termos e as afirmações estão corretamen- de gases que causam as mudanças climá-
te associados em: ticas e a poluição local em grandes cen-
a) 1d, 2b, 3a, 4c. tros urbanos.
b) 1b, 2a, 3c, 4d. IV. Com a redução da demanda de aço no
mundo, dezenas de pequenas siderúrgi-
c) 1c, 2d, 3b, 4a.
cas em alguns países em desenvolvimen-
d) 1a, 2c, 3d, 4b. to tiveram de parar as suas atividades e,
e) 1d, 2b, 3c, 4a. em consequência, a concentração de dió-
xido de enxofre (SO2), substância respon-
Leia o texto a seguir para responder à ques- sável pela chuva ácida, aumentou expres-
tão 8. sivamente nesses lugares.
As rochas, que podem ser divididas em três V. Com o preço da soja e da carne em queda
grandes grupos, estão em constante trans- no Brasil, houve menos incentivos para
derrubar a floresta e substituí-la por pas-
formação, passando de um tipo a outro, em
tos ou lavouras, tendo, como consequên-
virtude das dinâmicas interna e externa da cia, a redução, na Amazônia, do desma-
Terra. O chamado “ciclo das rochas” ilustra tamento no período de agosto de 2008 a
as diversas possibilidades de transformação janeiro de 2009, quando comparado ao
de um tipo de rocha em outro. mesmo período do ano anterior.
Wilson Teixeira et al. (Orgs.). Adaptado de: <www.planetasustentavel.
Decifrando a Terra. 2009 (Adaptado). abril.com.br/notícia/ambiente>.

113
Estão corretas apenas as afirmações: IV. A resposta do governo Bush, aos atenta-
a) I, II e III. dos de 11 de setembro de 2001, veio rá-
b) III, IV e V. pida, com um ataque militar fulminante
c) II, IV e V. ao Afeganistão. Aproveitando-se da soli-
d) I, II e IV. dariedade internacional aos EUA após os
e) II, III e V. atentados, declara “Guerra ao Terror” e
10. (Unesp) Analise a charge e o texto a seguir. ao “Eixo do Mal”, constituído por Iraque,
Coreia do Norte e Irã.
É correto apenas o que se afirma em:
a) I e IV.
b) II e III.
c) II, III e IV.
d) I, III e IV.
e) I, II e III.

11. (Unesp) Farc desejam sucesso e glória para


seleção colombiana
As Farc enviaram nesta quarta-feira
[11/06/2014] uma mensagem ao técnico
da seleção de futebol da Colômbia, José
Pekerman, e aos jogadores para desejar
“sucesso e glória” na Copa do Mundo, que
começa amanhã. As Farc, que realizam
diálogos de paz com o governo colombiano
para tentar acabar com o conflito armado
de mais de meio século, mostraram a
admiração pela seleção e disseram que
estarão com ela “nas horas boas e nas
ruins” até o final. Os dirigentes que
assinaram a carta admitiram que as Farc
As teses dos neoconservadores voltaram a têm o sonho de o futebol poder brindá-los
aparecer em plena luz do dia com o regres- nesta época com um momento de alegria
so dos republicanos à Casa Branca, em 2000, e de entretenimento “que modere as
depois de uma controvertida vitória eleitoral consciências e ajude a encontrar a melhor
de George W. Bush (o filho). Sob a influência maneira do caminho da reconciliação”.
de neoconservadores como o vice-presidente Adaptado de: <http://exame.abril.com.br>.
Dick Cheney, o novo presidente se recusou
a assinar o Protocolo de Kyoto de defesa do Dentre os aspectos que caracterizam o con-
meio ambiente e rompeu vários tratados in- flito civil na Colômbia, é correto mencionar:
ternacionais. a) as divergências políticas e ideológicas entre
Igor Fuser. Geopolítica: o mundo em Estado, forças guerrilheiras e grupos parami-
conflito. 2006 (Adaptado).
litares e a divisão do território colombiano
Sobre o período que se segue aos aconteci- em zonas de domínio militar dos agentes
mentos da charge e do texto, faz-se as se- envolvidos no conflito.
guintes afirmações. b) a união política e ideológica entre Estado,
I. Ao contrário dos defensores da redução forças guerrilheiras e grupos paramilitares e
dos gastos militares após o fim da Guerra a divisão do território colombiano em zonas
Fria, a linha-dura americana propunha a de domínio militar dos agentes envolvidos
ampliação do aparato militar e do recurso no conflito.
à guerra como principais instrumentos c) as divergências políticas e ideológicas entre
de política externa do governo Bush. Estado, forças guerrilheiras e grupos parami-
II. O inimigo imediato já estava escolhido: litares e a unificação do território colombia-
a Arábia Saudita, um país riquíssimo em no sob o domínio militar dos grupos parami-
petróleo. Os EUA acreditavam ter ainda litares.
contas a ajustar com o ditador Saddam d) a união política e ideológica entre Estado,
Hussein, cujo regime havia sobrevivido à forças guerrilheiras e grupos paramilitares e
derrota na Guerra do Golfo de 1991. a unificação do território colombiano sob o
III.A decisão de invadir a Turquia foi toma- pleno domínio militar do Estado.
da quando ocorreram os atentados de 11 e) as divergências políticas e ideológicas entre
de setembro de 2001. Os cidadãos norte- Estado, forças guerrilheiras e grupos parami-
-americanos nunca tinham testemunha- litares e a unificação do território colombia-
do um ataque tão devastador em seu pró- no sob o domínio militar das forças guerri-
prio território. lheiras.

114
12. (Unesp) Analise a tabela e o mapa. b) em seu alto curso, predominam os proces-
sos de deposição e de sedimentação de ma-
Ranking dos maiores PIB do mundo (2010) teriais; em seu baixo curso, predominam os
posição país PIB (em bilhões) processos de erosão do relevo e de remoção
1º Estados Unidos 14.624,2 de materiais.
2º China 5.745,1 c) em seu alto curso, predominam os processos
de erosão do relevo e de remoção de mate-
3º Japão 5.390,9
riais; em seu baixo curso, predominam os
4º Alemanha 3.305,9 processos de deposição e de sedimentação.
5º França 2.555,4 d) ao longo de todos os seus cursos, os pro-
6º Reino Unido 2.258,6 cessos de deposição e de sedimentação de
7º Brasil 2.088,9 materiais predominam sobre os processos de
erosão do relevo e de remoção de materiais.
8º Itália 2.036,7
e) ao longo de todos os seus cursos, predomina
9º Canadá 1.563,7
o transporte de materiais, sem que os pro-
10º Rússia 1.476,9 cessos de erosão e de sedimentação tenham
Fonte: <http://colunistas.ig.com.br>. relevância sobre o esculpimento do relevo.

14. (Unesp) A escassez de recursos hídricos pode


ser vista como resultado de um conjunto de
fatores naturais e humanos que variam em
cada região. No caso da região Sudeste, em
especial da região metropolitana de São Pau-
lo, entre os fatores humanos que contribuem
diretamente para a restrição da disponibili-
dade de água estão:
a) a transposição de bacias hidrográficas e o
grande consumo agrícola de recursos hídricos.
b) a intensa poluição de rios e lençóis freáticos
e o grande consumo urbano e industrial de
recursos hídricos.
c) o grande consumo urbano e agrícola de recur-
sos hídricos e a inexistência de infraestrutu-
A partir da análise da tabela e do mapa, é ras de captação, tratamento e distribuição de
correto afirmar que: água.
a) China e Brasil são os países que apresentam d) a preservação de vastas extensões de floresta
os maiores índices de concentração de ren- nativa e a transposição de bacias hidrográfi-
da entre os dez países com maiores PIB do cas.
mundo. e) a inexistência de infraestruturas de captação,
b) a concentração de renda é um problema que tratamento e distribuição de água e a intensa
atinge, na mesma proporção, os dez países poluição de rios e lençóis freáticos.
com maiores PIB do mundo.
c) a Rússia, apesar de possuir o menor PIB en- 15. (Unesp) Imagens de satélite comprovam au-
tre os dez países, é o que apresenta o menor mento da cobertura florestal no Paraná
índice de concentração de renda. O constante monitoramento nas áreas em
d) os dez países com os maiores PIB do mundo recuperação do Programa Mata Ciliar, com
são, também, aqueles que possuem os me- o apoio de imagens de satélite, tem de-
nores índices de concentração de renda no monstrado um aumento significativo da
mundo. cobertura florestal das áreas de preserva-
e) os EUA possuem o maior PIB e o menor índi- ção permanente, reserva legal e Unidades
ce de concentração de renda do mundo. de Conservação, integrantes do Corredor de
Biodiversidade.
13. (Unesp) Considerando os rios como agentes Fonte: <www.mataciliar.pr.gov.br>.
modeladores do relevo terrestre, é correto
As matas ciliares são:
afirmar que:
a) florestas tropicais em margens de rios, cujo
a) em seus alto e baixo cursos, predominam papel é regular fluxos de água, sedimentos
tanto os processos de erosão do relevo como e nutrientes entre os terrenos mais altos da
de remoção de materiais; em seu médio cur- bacia hidrográfica e o ecossistema aquático.
so, predominam os processos de deposição e O mau uso dessas áreas provoca erosão das
de sedimentação. encostas e assoreamento do leito fluvial.

115
b) florestas temperadas, cujo papel é de filtro Com base nas informações fornecidas e em
entre o solo e o ar, possibilitando a prática conhecimentos sobre a dinâmica do lixo só-
da agricultura sem prejudicar o ecossistema lido no Brasil, é correto afirmar que a coleta
atmosférico. O mau uso dessas áreas provoca seletiva:
erosão do solo e contaminação do ar. a) mais do que dobrou de 2006 a 2008, devido ao
c) florestas subtropicais, cuja função é pre- surgimento de usinas de compostagem, sendo
servar a superfície do solo, proporcionando as regiões Sul e Norte as mais atendidas em
a diminuição da filtragem e o aumento do 2010.
escoamento superficial. O mau uso dessas b) dobrou de 2004 a 2006, devido ao crescimento
áreas provoca aumento da radiação solar e de cooperativas de catadores de lixo, sendo as
estabilidade térmica do solo. regiões Sudeste e Centro-Oeste as mais atendi-
d) coberturas vegetais que ficam às margens das em 2010.
dos lagos e nascentes, atuam como regu- c) mais do que quintuplicou de 1994 a 2010, de-
ladoras do fluxo de efluentes e contribuem vido à possibilidade de reciclagem de vários
para o aumento dos nutrientes e sedimentos materiais, sendo as regiões Sul e Sudeste as
que percolam o solo. O mau uso dessas áreas mais atendidas em 2010.
provoca evaporação e rebaixamento do nível d) triplicou de 1994 a 1999, devido à rígida Polí-
do lençol freático. tica Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sen-
e) formações florestais que desempenham fun- do as regiões Sul e Sudeste as mais atendidas
ções hidrológicas de estabilização de áreas em 2010.
críticas em topos de morros, cumprindo uma e) dobrou de 1994 a 2004, devido à instalação de
importante função de corredores para a fau- cooperativas de reciclagem, sendo as regiões
na. O mau uso dessas áreas provoca desma- Sul e Nordeste as mais atendidas em 2010.
tamento e deslizamento das encostas.
18. (Unesp) Há grande diversidade entre aque-
16. (Unesp) Assinale a alternativa que indica les que procuram inspiração em sua fé no
corretamente o fator considerado determi- Islã. A monarquia vaabita da Arábia Saudita
e os líderes religiosos xiitas do Irã têm pro-
nante para a localização das indústrias du-
fundas discordâncias políticas e divergem
rante a Primeira Revolução Industrial (final
igualmente em questões socioeconômicas.
do século XVIII a meados do século XIX). Em termos mais amplos, ocorre nos movi-
a) Reservas de petróleo mentos islamitas um debate sobre se a meta
b) Incentivos fiscais correta é mesmo chegar ao poder estatal, as-
c) Mão de obra especializada sim como sobre a democracia, a diversidade
d) Jazidas de carvão mineral social, o papel das mulheres e da educação
e) Disponibilidade de água e sobre a maneira de interpretar o Corão.
E, embora a maioria dos islamitas aceite a
17. (Unesp) Analise os gráficos. realidade da existência dos atuais Estados
e suas fronteiras, uma minoria mais radical
procura destruir todo o sistema e estabelecer
um califado que abarque a região inteira [do
Oriente Médio].
Dan Smith. O atlas do Oriente Médio. 2008.

O argumento principal do texto pode ser


ilustrado por meio da comparação entre:
a) o respeito a todas as orientações sexuais nos
países que vivem sob regime islâmico e a
perseguição a homossexuais no Paquistão e
na Índia.
b) o apoio unânime dos grupos islâmicos ao
atentado ao World Trade Center, em Nova
Iorque, e a invasão militar norte-americana
no Iraque.
c) a situação e os direitos das mulheres nos pa-
íses do Ocidente e nas áreas em que prevale-
cem regimes políticos islâmicos.
d) a invasão norte-americana no Afeganistão
e o apoio soviético ao regime liderado pelo
Talibã naquele país.
e) os islâmicos que protestaram contra o aten-
tado à redação do jornal Charlie Hebdo, em
Paris, e a ação militar do Estado Islâmico.
116
19. (Unesp) Cândido Portinari conseguiu retra- d) o Sudeste conservou o menor índice devido
tar em suas obras o dia a dia do brasileiro à ampliação dos serviços de saúde pública e
comum, procurando denunciar os problemas à melhora nos níveis de renda da população.
sociais do nosso país. No quadro “Os retiran- e) o Sul apresentou piora em seu índice devido
tes“, produzido em 1944, Portinari expõe o à ausência de serviços de saúde pública e de
sofrimento dos migrantes, representados por infraestruturas de saneamento básico satis-
pessoas magérrimas e com expressões que fatórios.
transmitem sentimentos de fome e miséria.
21. (Unesp) O Sistema Nacional de Unidades de
Conservação estimulou a criação de áreas de
proteção ambiental integral com o controle
unilateral do Estado sobre o seu território e
os seus recursos. A implantação do referido
sistema foi criticada:
a) pelas populações urbanas, por interromper
o crescimento natural da mancha urbana em
regiões periféricas.
b) pelos governos locais, por minar a autono-
Sobre o tema desta obra, afirma-se: mia municipal no parcelamento do solo para
I. Essa migração foi provocada pelo baixo a utilização em políticas de habitação.
índice de mortalidade infantil do Nordes- c) pelas populações tradicionais, que defen-
te, associado à boa distribuição de renda diam uma maior participação no processo de
na região. demarcação das unidades de conservação.
II. Contribuíram para essa migração os pro- d) por organizações ambientalistas internacio-
blemas de cunho social da região Sul, com nais, que se opunham às grandes dimensões
altas taxas de mortalidade infantil. das áreas adotadas pelo Estado.
III.Os retirantes fugiram dos problemas pro- e) pelo capital especulativo, por desvalorizar
vocados pela seca, pela desnutrição e pe- as áreas do entorno que seriam vendidas no
los altos índices de mortalidade infantil mercado imobiliário.
no Nordeste.
IV. Contribuíram para essa migração a desi- 22. (Unesp) As margens continentais são uma
das diversas macroformas do relevo subma-
gualdade social, no Nordeste.
rino. Elas margeiam os continentes apre-
É correto apenas o que se afirma em:
sentando, conforme o continente, caracte-
a) I.
b) I e II. rísticas físicas diferentes, como extensão e
c) II, III e IV. profundidade. Analise as figuras, que cor-
d) III e IV. respondem aos diferentes tipos de margem
e) IV. continental presentes no planeta.

20. (Unesp) Examine o gráfico.

Sobre a evolução da mortalidade infantil no


Brasil e suas possíveis causas, é correto afir-
mar que, no período analisado:
a) o Nordeste apresentou a maior redução no
período, devido à melhoria no acesso da po-
pulação aos serviços de saúde pública e de
saneamento básico.
b) o Centro-Oeste conservou seus índices du-
rante o período, devido à estagnação na
oferta de serviços de saúde pública e à ma-
nutenção da renda da população.
c) o Norte, contrariando a tendência do gráfi-
co, encerrou 2008 com o pior índice de todo
o período, devido à precariedade de serviços
de saúde pública e de saneamento básico.
117
É possível afirmar que as figuras 1, 2 e 3 correspondem, respectivamente, às margens continentais
do tipo:
a) Atlântico, pacífico cordilheriano e pacífico insular.
b) Atlântico, pacífico insular e pacífico cordilheriano.
c) Pacífico insular, atlântico e pacífico cordilheriano.
d) Pacífico insular, pacífico cordilheriano e atlântico.
e) Pacífico cordilheriano, atlântico e pacífico insular.

23. (Unesp) Coreia do Norte anuncia “estado de guerra” com a Coreia do Sul
A Coreia do Norte anunciou nesta sexta-feira [29/03/2013] o “estado de guerra” com a Coreia do Sul
e que negociará qualquer questão entre os dois países sob esta base. “A partir de agora, as relações
intercoreanas estão em estado de guerra e todas as questões entre as duas Coreias serão tratadas
sob o protocolo de guerra”, declara um comunicado atribuído a todos os órgãos do governo norte-
-coreano.
Adaptado de: <http://noticias.uol.com.br>.

A tensão observada entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul está associada a:


a) divergências políticas e comerciais, sendo que sua origem se deu após a emergência Nova Ordem Mundial.
b) divergências comerciais e econômicas, sendo que sua origem remete ao período da Guerra Fria.
c) divergências políticas e ideológicas, sendo que sua origem se deu após a emergência da Nova Ordem Mun-
dial.
d) divergências políticas e ideológicas, sendo que sua origem remete ao período da Guerra Fria.
e) um incidente diplomático ocasional, que não corresponde à grande tradição pacifista existente entre as
Coreias.

24. (Unesp) A cada sopro de modernização das forças produtivas agrícolas e agroindustriais, as cida-
des das áreas adjacentes se tornam responsáveis pelas demandas crescentes de uma série de novos
produtos e serviços, dos híbridos à mão de obra especializada, o que faz crescer a urbanização, o
tamanho e o número das cidades. As casas de comércio de implementos agrícolas, sementes, grãos,
fertilizantes; os escritórios de marketing, de consultoria contábil; [...] as empresas de assistência
técnica, de transportes; os serviços do especialista em engenharia genética, veterinária, administra-
ção [...] se difundiram por todas as partes do Brasil agrícola moderno.
Maria Adélia de Souza (Org.). Território Brasileiro: usos e abusos. 2003.

O texto faz referência a:


a) cidades globais.
b) metrópoles nacionais.
c) cidades do agronegócio.
d) cidades planejadas.
e) metrópoles conurbadas.

GABARITO
1. B 2. B 3. C 4. C 5. C
6. E 7. E 8. C 9. E 10. A
11. A 12. A 13. C 14. B 15. A
16. D 17. C 18. E 19. D 20. A
21. C 22. A 23. D 24. C

118
C N CIÊNCIAS DA NATUREZA
e suas tecnologias
BIOLOGIA
UNESP – Biologia
Fisiologia Animal e Humana 19%
Reino Vegetal/Fungos/Proto ..., 17%
Ecologia 15%
Genética 14%
Reino Animal/Protoctistas 12%
Citologia 7%
Evolução Biológica 6%
Parasitologia 5%
Programa de Saúde 3%
Outros 2%
BIOLOGIA 1

Prescrição: São necessários conhecimentos sobre teorias evolutivas, definição de espécies e grupos
mais abrangentes dentro de ecologia e suas respectivas interações. Em adicional, a compreensão da
relação evolutiva e características anatômicas e fisiológicas dos vegetais.

APLICAÇÃO DOS b) proliferação de bactérias que apresentam em


seu hialoplasma o pigmento vermelho ficoe-

CONHECIMENTOS - SALA ritrina. As toxinas produzidas por essas bac-


térias afetam a fauna circunvizinha.
c) crescimento de fungos sobre material orgâ-
1. (Unesp) A cidade de São Paulo, atravessada nico em suspensão, material este provenien-
por dois grandes rios, Tietê e Pinheiros, e te de esgotos lançados ao mar nas regiões
seus inúmeros afluentes, é frequentemente das grandes cidades litorâneas.
assolada por grandes enchentes nos perío- d) proliferação de liquens, que são associações
dos chuvosos. Após as enchentes, seguem-se entre algas unicelulares componentes do fi-
casos de leptospirose. toplâncton e fungos. O termo maré vermelha
Um político, em sua campanha, propõe aca- decorre da produção de pigmentos pelas al-
bar com a doença, adotando as cinco medi- gas marinhas associadas ao fungo.
das seguintes. e) explosão populacional de algas unicelulares
I. Exterminar o maior número possível de do grupo das pirrófitas, componentes do fi-
ratos. toplâncton. A liberação de toxinas afeta a
II. Aplicar semanalmente inseticidas nas fauna circunvizinha.
margens dos rios.
3. (Unesp) Um grupo de estudantes montou o
III.Multar as famílias que acumulam água
seguinte experimento: quatro tubos de en-
nos fundos dos quintais.
saio foram etiquetados, cada um com um
IV. Evitar o acúmulo de lixo próximo a resi-
número, 1, 2, 3 e 4. Uma planta de egéria
dências e margens dos rios.
(planta aquática) foi colocada nos tubos 1
V. Desenvolver campanha para estimular o e 2. Os tubos 1 e 3 foram cobertos com pa-
uso de calçados, principalmente em dias pel alumínio, de modo a criar um ambiente
de chuva. escuro, e os outros dois foram deixados des-
As medidas que, de fato, podem contribuir cobertos. Dentro de cada tubo foi colocada
para acabar com a leptospirose são: uma substância indicadora da presença de
a) I e II. gás carbônico, que não altera o metabolis-
b) II e III. mo da planta. Todos os tubos foram fecha-
c) I e IV. dos com rolha mantidos por 24 horas em
d) III e V. ambiente iluminado e com temperatura
e) IV e V. constante. A figura representa a montagem
do experimento.
2. (Unesp) Maré vermelha deixa litoral em
alerta.
Uma mancha escura formada por um fenô-
meno conhecido como “maré vermelha” co-
briu ontem uma parte do canal de São Sebas-
tião (...) e pode provocar a morte em massa
de peixes. A Secretaria de Meio Ambiente de
São Sebastião entrou em estado de alerta. O
Sabendo-se que a solução indicadora tem
risco para o homem está no consumo de os-
originalmente cor vermelho-clara, a qual
tras e moluscos contaminados.
muda para amarela quando aumenta a con-
Jornal Vale Paraibano, 01 fev. 2003.
centração de gás carbônico dissolvido, e para
A maré vermelha é causada por: vermelho-escura quando a concentração des-
a) proliferação de algas macroscópicas do gru- se gás diminui, pode-se afirmar que as cores
po das rodófitas, tóxicas para consumo pelo esperadas ao final do experimento para as
soluções dos tubos 1, 2, 3, e 4 são, respec-
homem ou pela fauna marinha.
tivamente:
121
a) marela, vermelho-clara, vermelho-clara e 6. (Unesp) A parte comestível do cogumelo
vermelho-escura. (champignon) corresponde ao:
b) amarela, vermelho-escura, vermelho-clara e a) micélio monocariótico do Ascomiceto.
vermelho-clara. b) corpo de frutificação do Ascomiceto.
c) vermelho-escura, vermelho-escura, amarela c) micélio monocariótico do Basidiomiceto.
e amarela. d) corpo de frutificação do Basidiomiceto.
d) amarela, amarela, amarela e amarela. e) sorédio do fungo.
e) vermelho-escura, vermelho-clara, vermelho-

RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA


-escura e amarela.

4. (Unesp) Observe a tabela.


1. Leptospirose é uma doença bacteriana cau-
Espécies em interação Tipo de Interação sada pelo Leptospiraque e que afeta seres
1. cupins × protozoários I. Predatismo humanos e animais; pode ser transmitida
por água ou alimentos infectados pela urina
2. boi × ovelha II. Mutualismo
de animais, como roedores (ratos).
3. sapo × mosca III. Comensalismo
2. Maré vermelha é um fenômeno caracterizado
4. rêmora × tubarão IV. Competição pelo excesso da presença de algas, parte do
fitoplâncton, base da cadeia alimentar aquá-
Indique a alternativa que associa os tipos de
tica. Essas as algas microscópicas aumentam
interação com as interações descritas.
em grandes proporções, fazendo com que o
a) 1-I, 2-II, 3-IV e 4-III.
fenômeno aconteça.
b) 1-I, 2-III, 3-IV e 4-II.
c) 1-II, 2-IV, 3-III e 4-I. 3. No tubo 1 ocorre a inibição da fotossíntese
d) 1-II, 2-IV, 3-I e 4-III. devido ao papel alumínio. Dessa forma ocor-
re somente o processo respiratório e aumen-
e) 1-III, 2-II, 3-I e 4-IV.
ta a concentração de CO2, tornando a solução
amarela. No tubo 2 a fotossíntese ocorre li-
5. (Unesp) Os algarismos romanos, de I a V, re- vremente. Esse processo consome CO2, dei-
presentam grupos de organismos fotossinteti- xando a solução vermelho-escura. Nos tubos
zantes, e os algarismos arábicos, de 1 a 5, in- 3 e 4 não há plantas, assim não há acontece
dicam algumas características desses grupos. nem fotossintéticas e nem respiratórias. As
ORGANISMOS soluções são mantidas na cor original, que é
I. Angiospermas vermelho-clara.
II. Gimnospermas 4. Mutualismo: ambas as espécies se beneficiam
III.Algas da relação de dependência mútua. Exemplo:
IV. Pteridófitas cupim se alimenta de madeira, porém não
V. Briófitas tem a enzima necessária para a digestão da
CARACTERÍSTICAS celulose. No entanto, os protozoários que vi-
1. As sementes são produzidas em cones ou vem em seu interior são capazes de degradar
estróbilos. a celulose e obter a energia necessária ao
2. Leguminosas e gramíneas constituem duas seu metabolismo.
famílias deste grupo, com grande impor- Competição ocorre quando duas ou mais es-
pécies precisam de um mesmo recurso am-
tância ecológica, alimentar e econômica.
biental limitado. Ex.: boi e a ovelha, ambos
3. O caule costuma ser subterrâneo e as fo-
se alimentam de grama.
lhas formadas por folíolos.
Predação: é uma relação onde os predadores
4. O transporte de água e de materiais é fei-
capturam presas para sua alimentação. Ex.: o
to por difusão, célula a célula, e de forma
sapo que captura a mosca, que serve de ali-
lenta. mento para esse indivíduo.
5. Muitas espécies deste grupo são compo- Comensalismo: apenas uma das espécie se
nentes do fitoplâncton, apresentando di- beneficia da relação, porém a outra espécies
ferentes formas, tamanhos e cores. não é prejudicada. Ex.: a rêmora que fica
Assinale a alternativa que associa, correta- próxima ao tubarão para se alimentar dos
mente, esses grupos de organismos com suas restos d comida que esse indivíduo captura.
respectivas características. 5. Leguminosas e gramíneas pertencem a famí-
a) I-2, II-1, III-3, IV-4 e V-5. lias de angiospermas.
b) I-1, II-3, III-2, IV-5 e V-4. As gimnospermas são plantas produtoras de
c) I-2, II-1, III-5, IV-3 e V-4. sementes e de cones.
d) I-5, II-4, III-1, IV-3 e V-2. Os componentes do fitoplâncton são as algas
e) I-4, II-3, III-5, IV-2 e V-1. microscopias.

122
Os rizomas (caules subterrâneos) são co-
muns entre as pteridófitas.
Plantas avasculares pertencem às briófitas.
6. O champignon é uma espécie de fungo per-
tencente ao filo Basidiomycota. A parte co-
mestível corresponde ao corpo de frutifica-
ção, um aglomerado de hifas com função de
reprodução.

GABARITO
1. C 2. E 3. B 4. D 5. C
6. D

123
PRÁTICA DOS Sobre essas assertivas, é correto dizer que:
a) ambas estão corretas, e a segunda asserti-
CONHECIMENTOS - E.O. va não é consequência da primeira, uma vez
que a fotossíntese não é condição para a sín-
tese de proteínas.
1. (Unesp) Água doce: o ouro do século XXI
b) ambas estão erradas, pois os fungos são or-
O consumo mundial de água subiu cerca de
ganismos autótrofos que sintetizam seu pró-
seis vezes nas últimas cinco décadas. O Dia
prio alimento, são ricos em carboidratos e
Mundial da Água, em 22 de março, encon-
proteínas e têm grande valor nutricional.
tra o líquido sinônimo de vida numa en-
c) a primeira está errada e a segunda está cor-
cruzilhada: a exploração excessiva reduz os
reta, pois, embora sejam fungos e não reali-
estoques disponíveis a olhos vistos, mas o
zem fotossíntese, os cogumelos são autótro-
homem ainda reluta em adotar medidas que
fos e sintetizam seu próprio alimento.
garantam sua preservação.
d) ambas estão corretas, e a segunda delas é
Fonte: <http://revistaplaneta.terra.com.br>.
consequência da primeira, uma vez que or-
Além da redução do consumo, uma medida ganismos que não fazem fotossíntese não
que, a médio e a longo prazo, contribuirá sintetizam proteínas e carboidratos.
para a preservação dos estoques e a conser- e) a primeira está correta e a segunda está er-
vação da qualidade da água para consumo rada, uma vez que, embora não realizem fo-
humano é: tossíntese, os fungos sintetizam proteínas e
a) a construção de barragens ao longo de rios carboidratos.
poluídos, impedindo que as águas contami-
nadas alcancem os reservatórios naturais.
b) o incentivo à perfuração de poços artesianos 3. (Unesp) O fluxo de seiva bruta nas plantas
nas residências urbanas, diminuindo o im- está diretamente associado à abertura e ao
pacto sobre os estoques de água nos reser- fechamento dos estômatos. O aumento do
vatórios. fluxo de seiva bruta ao longo do caule é fa-
c) a recomposição da mata nas margens dos vorecido por:
rios e nas áreas de nascente, garantindo o a) estômatos abertos e baixa intensidade lumi-
aporte de água para as represas. nosa.
d) o incentivo à construção de fossas sépticas
b) estômatos abertos e baixa quantidade de
nos domicílios urbanos, diminuindo a quan-
tidade de esgotos coletados que precisam ser água no solo.
tratados. c) estômatos fechados e alta concentração de
e) a canalização das águas das nascentes e seu glicose na folha.
redirecionamento para represas, impedindo d) estômatos abertos e baixa concentração de
que sejam poluídas em decorrência da ativi- CO2 na folha.
dade humana no entorno. e) estômatos fechados e alta concentração de
CO2 na folha.
2. (Unesp) O cogumelo shimeji (Pleurotus
ostreatus) aos poucos vai se incorporando 4. (Unesp) As figuras apresentam a vegetação
à culinária das grandes cidades brasileiras. de cinco biomas brasileiros.
Encontrado facilmente em supermercados, é
usado como principal ingrediente de molhos,
refogados, risotos e outros pratos.

Sobre o cogumelo shimeji, foram feitas as as-


sertivas:
I. Trata-se de um fungo, um organismo he-
terótrofo que não faz fotossíntese e não
produz seu próprio alimento.
II. Por ser um fungo, não sintetiza proteínas
e carboidratos, tendo baixo valor nutri-
cional.

124
Já os gráficos representam alterações que
ocorrem nessa área durante o processo de
recuperação.

Durante o processo de sucessão secundária


da área, em direção ao estabelecimento de
uma comunidade clímax florestal, os gráfi-
cos que representam o número de espécies
de gramíneas, a biomassa, o número de es-
pécies de arbustos e a diversidade de espé-
cies são, respectivamente:
a) II, III, III e II.
b) III, I, III e II.
c) II, I, III e II.
d) I, III, II e I.
e) I, III, I e III.
Plantas xeromórficas e com folhas modifi-
cadas que diminuem a evapotranspiração; 6. (Unesp) A forma comum, e talvez a mais an-
plantas com rizóforos e pneumatóforos (efi- tiga, de poluir as águas é pelo lançamento
cientes na sustentação da planta e na cap- de dejetos humanos e de animais domésti-
tação do oxigênio); e plantas epífitas (que cos em rios, lagos e mares. Por serem cons-
vivem sobre outras plantas, aumentando a tituídos de matéria orgânica, esses dejetos
eficiência na captação de luz) são típicas dos aumentam a quantidade de nutrientes dis-
biomas identificados, respectivamente, pe- poníveis no ambiente aquático, fenômeno
denominado eutrofização (do grego eu, bem,
los números:
bom, e trofos, nutrição).
a) 1, 2 e 4.
José Mariano Amabis; Gilberto Rodrigues Martho.
b) 4, 5 e 2.
Biologia das populações. vol. 3, 2004 (Adaptado).
c) 3, 1 e 5.
d) 2, 5 e 3. Nos gráficos, o eixo Y corresponde a um den-
e) 4, 1 e 3. tre vários fatores que se alteram durante o
processo de eutrofização, e o eixo X o tempo
5. (Unesp) A figura mostra uma antiga área de decorrido no processo.
cultivo em processo de recuperação ambiental.

125
A partir das informações fornecidas, considere um lago que esteja em processo de eutrofização. O
teor de oxigênio na água, a concentração de micro-organismos aeróbicos, a mortandade dos peixes
e a concentração de micro-organismos anaeróbicos podem ser representados, respectivamente,
pelos gráficos:
a) I, III, III e II.
b) III, III, II e I.
c) I, II, III e II.
d) III, I, II e II.
e) II, I, I e III.

7. (Unesp) Um vaso com uma planta de folhas verdes foi colocado sobre uma mesa, no centro de um quar-
to totalmente vedado, de modo a impedir a entrada da luz externa, e ali permaneceu por 24 horas.
Durante as 12 primeiras horas (período I), a planta foi iluminada com luz verde, de comprimento
de onda na faixa de 500 a 550 nm. Nas 12 horas seguintes (período II), a planta foi iluminada com
luz laranja-avermelhada, de comprimento de onda na faixa de 650 a 700 nm.
Considerando a incidência da luz sobre a planta e a taxa fotossintética, é correto afirmar que, aos
olhos de um observador não daltônico que estivesse no quarto, as folhas da planta se apresenta-
riam:
a) de cor verde no período I e enegrecidas no período II, e a taxa de fotossíntese seria maior no período
II e reduzida ou nula no período I.
b) enegrecidas no período I e de cor vermelha no período II, e a taxa de fotossíntese seria maior no pe-
ríodo I e reduzida ou nula no período II.
c) enegrecidas no período I e enegrecidas no período II, e em ambos os períodos a planta não realizaria
fotossíntese, mas apenas respiração.
d) de cor verde no período I e de cor vermelha no período II, e a taxa de fotossíntese seria maior no
período I do que no período II.
e) de cor verde no período I e de cor verde no período II, e a taxa de fotossíntese seria a mesma em ambos
os períodos.

8. (Unesp) As figuras apresentam diferentes mecanismos que um agricultor pode empregar para
promover a propagação vegetativa de algumas espécies vegetais.

Sobre esses quatro métodos de propagação vegetativa, pode-se afirmar corretamente que:
a) apenas um deles permite que uma mesma planta produza frutos de duas espécies diferentes.
b) na estaquia, a gema apical da estaca deve ser mantida, sem o que não haverá o desenvolvimento das
gemas laterais.
c) na mergulhia, a nova planta produzirá apenas a parte vegetativa, e não desenvolverá frutos ou semen-
tes.
d) na alporquia, a nova planta será um clone da planta que lhe deu origem, exceto pelo fato de não poder
desenvolver a reprodução sexuada.
e) na enxertia, é importante que o tecido meristemático do enxerto não entre em contato com o tecido
meristemático do porta-enxerto, sob o risco de não se desenvolver.

126
9. (Unesp) Gustavo foi contratado para traba- Sobre essa estrofe do hino, os alunos fizeram
lhar como jardineiro em uma residência na as seguintes afirmações:
cidade de São Paulo. Os proprietários do imó- I. O primeiro verso é uma menção à fun-
vel exigiram que Gustavo mantivesse a grama ção fotossintética das florestas, estabele-
sempre irrigada e aparada a uma altura es- cendo uma analogia entre essa função e
pecífica, o que, dependendo da época do ano, a exercida pelo pulmão dos vertebrados,
exigiu podas mais ou menos frequentes. pois cada uma dessas funções retira da
Considerando que o balanço entre taxa de fo- atmosfera e nela libera os mesmos gases.
tossíntese e taxa de respiração varia ao lon- II. O segundo verso é uma referência à at-
go do ano em razão das diferenças de tempe- mosfera primitiva da Terra, a qual per-
ratura, intensidade luminosa e períodos de mitiu o aparecimento das primeiras mo-
claro e escuro ao longo das 24 horas do dia, léculas orgânicas e, posteriormente, dos
pode-se afirmar corretamente que as podas primeiros organismos vivos.
foram: III.O terceiro verso faz referência à poluição
a) mais frequentes entre outubro e dezembro, atmosférica. Gases tóxicos são liberados
período no qual a luminosidade intensa de- pela atividade humana, comprometendo
a saúde das populações e dos demais or-
terminou o aumento da taxa de fotossíntese,
ganismos.
mantendo o gramado no seu ponto de com-
IV. O quarto verso é referência direta às quei-
pensação fótica.
madas, que têm por objetivo a formação
b) mais frequentes entre dezembro e fevereiro,
de pastos em detrimento da conservação
período no qual o aumento da intensidade lu-
da mata nativa.
minosa determinou um aumento na taxa de
É correto o que se afirma em:
respiração.
a) III, apenas.
c) menos frequentes entre abril e junho, pe-
ríodo no qual as baixas temperaturas deter- b) IV, apenas.
minaram o aumento da taxa de respiração e c) I e II, apenas.
colocaram o gramado acima de seu ponto de d) III e IV, apenas.
compensação fótica. e) I, II, III e IV.
d) menos frequentes entre junho e agosto, pe-
ríodo no qual a diferença entre a taxa de fo- 11. (Unesp) Suponha a seguinte situação hipo-
tossíntese e a taxa de respiração tornou-se tética:
menor. Em pleno mês de dezembro, um botânico
e) menos frequentes entre agosto e outubro, pe- está em um barco no oceano Atlântico, exa-
ríodo no qual os dias mais curtos em relação tamente no ponto que corresponde à inter-
às noites levaram a uma taxa de fotossíntese secção de duas linhas imaginárias: a linha
abaixo da taxa de respiração. do equador e o meridiano de Greenwich. Na
figura, a seta indica esse ponto.
10. (Unesp) Para discutir ecologia, a professora No barco, há dois vasos contendo duas
citou uma das estrofes do Hino da Campanha plantas da mesma espécie, que foram cul-
da Fraternidade 2011, promovida pela Igreja tivadas em condições idênticas. Uma delas
Católica, cujo lema é Fraternidade e a Vida foi cultivada no litoral do Pará e, a outra,
no Planeta: no litoral do Gabão, ambos os locais corta-
dos pela linha do equador. Suponha que as
(...)
duas plantas apresentam a mesma eficiência
Olha as florestas: pulmão verde e forte!
fotossintética e que, partindo do ponto de
Sente esse ar que te entreguei tão puro...
intersecção das linhas, o botânico possa se
Agora, gases disseminam a morte;
deslocar ao longo da linha do equador ou do
O aquecimento queima o teu futuro.
meridiano de Greenwich.
(...)

127
Com relação à eficiência fotossintética das plantas após o deslocamento em relação àquela do ponto
de origem, e considerando apenas a variação da incidência dos raios solares, é correto afirmar que:
a) a eficiência fotossintética de ambas as plantas não irá se alterar se o botânico navegar para maiores
latitudes, em qualquer sentido.
b) a planta do Pará apresentará maior eficiência fotossintética se o botânico navegar para maiores longi-
tudes, em sentido leste, mas a planta do Gabão apresentará eficiência fotossintética diminuída.
c) a planta do Pará apresentará maior eficiência fotossintética se o botânico navegar para maiores longi-
tudes, em sentido oeste, mas a planta do Gabão apresentará eficiência fotossintética diminuída.
d) ambas as plantas manterão, aproximadamente, a mesma eficiência fotossintética se o botânico nave-
gar para maiores longitudes, tanto em sentido leste quanto para oeste.
e) ambas as plantas terão a eficiência fotossintética aumentada se o botânico navegar para maiores lati-
tudes ao norte, mas terão a eficiência fotossintética diminuída se navegar para o sul.

12. (Unesp) Cogumelos iluminam a floresta, é o título da reportagem de capa da Revista Pesquisa
Fapesp de fevereiro de 2010. Na reportagem, os pesquisadores descrevem algumas espécies de
fungos bioluminescentes encontrados no Brasil.
Antes de entregar a revista para que os alunos lessem a reportagem, a professora de biologia pe-
diu-lhes que apresentassem hipóteses sobre o desenvolvimento da bioluminescência na evolução
desses fungos.
Foram apresentadas três hipóteses:
I. A bioluminescência, resultante de reações de oxirredução que consomem oxigênio, poderia de-
sempenhar um papel antioxidante que protegeria os fungos bioluminescentes de radicais livres
produzidos por seu metabolismo.
II. A bioluminescência poderia servir como um sinalizador de perigo, similar ao existente em
algumas espécies de insetos, o qual alertaria os eventuais predadores tratar-se de um fungo
venenoso.
III.A bioluminescência teria se desenvolvido para promover a iluminação da floresta, favorecendo
inúmeras espécies de hábitos noturnos, como algumas aves e mamíferos, que dependem da luz
para suas atividades.
Pode-se afirmar que, do ponto de vista evolutivo, são plausíveis as hipóteses:
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, apenas.
e) III, apenas.

13. (Unesp) Um estudante de biologia anotou em uma tabela algumas características de quatro espé-
cies vegetais:
Espécie
Característica
1 2 3 4
Possui vasos condutores de seiva? sim não sim sim
Embrião fica retido no gametângio? sim sim sim sim
Forma flores e frutos? não não sim não
Forma sementes? sim não sim não

A partir desses dados, pode-se dizer que na árvore filogenética que reconstitui a história evolutiva
dessas espécies:
a) as espécies 1 e 2 compartilham entre si um maior número de ancestrais comuns que aqueles compar-
tilhados pelas espécies 1 e 3.
b) a espécie 4 tem uma origem evolutiva mais recente que a espécie 3.
c) a espécie 1 é mais aparentada à espécie 2 que à espécie 3.
d) as espécies 1, 2 e 3 formam um grupo natural, ou monofilético.
e) as espécies 2, 3 e 4 formam um grupo artificial, ou parafilético.

128
14. (Unesp) A figura apresenta uma proposta de relações evolutivas entre diferentes grupos de orga-
nismos.

Pode-se dizer que a presença de núcleo delimitado por membrana e a formação de tecidos verda-
deiros apareceram, respectivamente, em:
a) 1 e 2.
b) 1 e 3.
c) 2 e 4.
d) 3 e 4.
e) 4 e 5.

15. (Unesp) No sistema de classificação de Lineu, os fungos eram considerados vegetais inferiores e
compunham o mesmo grupo do qual faziam parte os musgos e as samambaias. Contudo, sistemas
de classificação modernos colocam os fungos em um reino à parte, reino Fungi, que difere dos
vegetais não apenas por não realizarem fotossíntese, mas também porque os fungos:
a) são procariontes, uni ou pluricelulares, enquanto os vegetais são eucariontes pluricelulares.
b) são exclusivamente heterótrofos, enquanto os vegetais são autótrofos ou heterótrofos.
c) não apresentam parede celular, enquanto todos os vegetais apresentam parede celular formada por
celulose.
d) têm o glicogênio como substância de reserva energética, enquanto nos vegetais a reserva energética é
o amido.
e) reproduzem-se apenas assexuadamente, enquanto nos vegetais ocorre reprodução sexuada ou asse-
xuada.

16. (Unesp) Paulo considerou incoerente afirmar que as plantas promovem o sequestro de carbono
pois, quando respiram, as plantas liberam CO2 para a atmosfera. Consultando seu professor, Paulo
foi informado de que a afirmação é:
a) correta. O tempo durante o qual as plantas respiram é menor que aquele durante o qual realizam a
fotossíntese, o que garante que consumam mais CO2 atmosférico que aquele liberado.
b) correta. O tempo durante o qual as plantas respiram é o mesmo que aquele durante o qual realizam
a fotossíntese, contudo, a taxa fotossintética é maior que a taxa de respiração, o que garante que
consumam mais CO2 atmosférico que aquele liberado.
c) correta. Embora as plantas respirem por mais tempo que aquele empregado na fotossíntese, esta per-
mite que as plantas retenham o carbono que é utilizado na constituição de seus tecidos.
d) incorreta. As plantas acumulam carbono apenas durante seu crescimento. Em sua fase adulta, o tempo
durante o qual respiram é maior que aquele durante o qual realizam fotossíntese, o que provoca a
reintrodução na atmosfera de todo CO2 que havia sido incorporado.
e) incorreta. Além de a respiração e a fotossíntese ocorrerem em momentos diferentes e não coincidentes,
o volume de CO2 liberado pela respiração é o mesmo que o volume de CO2 atmosférico consumido pela
fotossíntese.

17. (Unesp) A sequência indica os crescentes níveis de organização biológica:

célula o I oII oIII opopulação oIV oV obiosfera

Os níveis I, III e IV correspondem, respectivamente, a:


a) órgão, organismo e comunidade.
b) tecido, organismo e comunidade.
c) órgão, tecido e ecossistema.
d) tecido, órgão e bioma.
e) tecido, comunidade e ecossistema.

129
18. (Unesp) A figura apresenta a variação na produção de sementes pela população de uma espécie de
árvore, observada pelo período de 20 anos. As setas representam o período em que foi aplicado na
área um produto químico utilizado para o controle de pragas.

Analisando o comportamento da curva, pode-se afirmar que o produto químico utilizado provavel-
mente elimina:
a) outras espécies de plantas que competem por nutrientes com a planta observada.
b) os insetos que se alimentam das sementes dessa planta.
c) os pássaros que se alimentam dos frutos dessa planta e que promovem a dispersão das sementes.
d) os polinizadores dessa planta.
e) os micro-organismos patogênicos que infectam essa planta.

19. (Unesp) Uma determinada espécie de camarão foi introduzida em um lago. A figura 1 representa a
variação nos tamanhos populacionais do camarão, de uma espécie de peixe e de uma espécie de ave
que vivem no lago, observada nos anos seguintes, como consequência da introdução do camarão.
O esquema que melhor representa a inclusão da espécie de camarão na estrutura trófica desse lago é:

a) d)

b) e)

c)

130
20. (Unesp) “Nasceu no meu jardim um pé de mato que dá flor amarela.

Toda manhã vou lá pra escutar a zoeira


da insetaria na festa.
Tem zoado de todo jeito:
tem do grosso, do fino, de aprendiz e de mestre.
É pata, é asa, é boca, é bico,
É grão de poeira e pólen na fogueira do sol.
Parece que a arvorinha conversa”.
(“Anímico”. Adélia Prado.)

O poema faz referência a alguns elementos e fenômenos biológicos. Sobre eles, um estudante
afirmou:
I. O grão de pólen se constitui em uma das bases da interação entre o “pé de mato que dá flor
amarela” e a “insetaria” que visita essa flor pela manhã.
II. A interação descrita envolve benefício mútuo, uma vez que o transporte de pólen promovido
pelos insetos contribui para aumento da variabilidade genética da planta, ao mesmo tempo em
que parte do pólen pode ser utilizada como alimento pelos insetos.
III.Trata-se de uma relação de comensalismo porque, embora a planta se beneficie da dispersão do
pólen, este não pode ser utilizado pelos insetos, uma vez que contém gametas masculinos de
origem vegetal.
São corretas as afirmações:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I e III, apenas.

21. (Unesp) O quadro apresenta, na linha principal, diferentes ecossistemas e, nas linhas numeradas
de 1 a 5, estruturas adaptativas presentes em diferentes espécies vegetais.

Ecossistema Manguezais Lagos Cerrado Caatinga


Raízes Espinhos;
1 profundas; Pneumatóforos Caules Pneumatóforos
espinhos tortuosos
Raízes-escora;
Raízes-escora; Pneuma-
2 Aerênquima Glândulas
Glândulas de sal tóforos
de sal
Pneumatóforos; Raízes-escora; Glândulas
3 Raízes-escora
Aerêquima Aerênquima de sal
Espinhos;
Espinhos; Glândulas
4 Raízes Aerênquima
Pneumatóforos de sal
profundas
Raízes-escora; Caules
5 Aerênquima Espinhos
Pneumatóforos tortuosos

A linha que relaciona corretamente as estruturas adaptativas ao ecossistema onde as mesmas são
mais frequentemente encontradas nas plantas é:
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.

131
22. (Unesp) Uma vez que não temos evidência
por observação direta de eventos relacio- GABARITO
nados à origem da vida, o estudo científico
desses fenômenos difere do estudo de mui- 1. C 2. E 3. D 4. E 5. E
tos outros eventos biológicos. Em relação a
6. D 7. A 8. A 9. D 10. A
estudos sobre a origem da vida, apresentam-
-se as afirmações seguintes. 11. D 12. B 13. E 14. D 15. D
I. Uma vez que esses processos ocorreram
há bilhões de anos, não há possibilidade 16. C 17. B 18. D 19. D 20. D
de realização de experimentos, mesmo 21. E 22. D 23. D
em situações simuladas, que possam con-
tribuir para o entendimento desses pro-
cessos.
II. Os trabalhos desenvolvidos por Oparin
e Stanley Miller ofereceram pistas para
os cientistas na construção de hipóteses
plausíveis quanto à origem da vida.
III.As observações de Oparin sobre coacerva-
dos ofereceram indícios sobre um proces-
so que constituiu-se, provavelmente, em
um dos primeiros passos para a origem
da vida, qual seja, o isolamento de ma-
cromoléculas do meio circundante.
Em relação a estas afirmações, podemos in-
dicar como corretas:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

23. (Unesp) Segundo a teoria de Oparin, a vida


na Terra poderia ter sido originada a partir
de substâncias orgânicas formadas pela com-
binação de moléculas, como metano, amônia,
hidrogênio e vapor d’água, que compunham
a atmosfera primitiva da Terra. A esse pro-
cesso seguiram-se a síntese proteica nos ma-
res primitivos, a formação dos coacervados e
o surgimento das primeiras células. Conside-
rando os processos de formação e as formas
de utilização dos gases oxigênio e dióxido
de carbono, a sequência mais provável dos
primeiros seres vivos na Terra foi:
a) autotróficos, heterotróficos anaeróbicos e
heterotróficos aeróbicos.
b) heterotróficos anaeróbicos, heterotróficos
aeróbicos e autotróficos.
c) autotróficos, heterotróficos aeróbicos e he-
terotróficos anaeróbicos.
d) heterotróficos anaeróbicos, autotróficos e
heterotróficos aeróbicos.
e) heterotróficos aeróbicos, autotróficos e he-
terotróficos anaeróbicos.

132
BIOLOGIA 2

Prescrição: São necessários conhecimentos sobre os diferentes tipos de célula e os organismos que
elas compõem. Em adicional, compreender as relações de parentesco evolutivo entre os seres vivos e
suas características anatômicas, fisiológicas e estruturais.

APLICAÇÃO DOS Assinale a alternativa que inclui a doença


cujo combate está representado na figura,

CONHECIMENTOS - SALA bem como outras doenças também transmi-


tidas por mosquitos vetores.
a) Febre amarela, doença de Chagas, úlcera de
1. (Unesp) O esquema representa um ovo de ave Bauru e cólera.
em pleno desenvolvimento embriológico. b) Malária, doença de Chagas, dengue hemorrá-
gica e úlcera de Bauru.
c) Dengue, elefantíase, malária e febre amarela.
d) Elefantíase, cólera, esquistossomose e den-
gue hemorrágica.
e) Dengue, amebíase, amarelão e cólera.

3. (Unesp) O texto refere-se a exemplos de de-


terminados animais, identificados por alga-
rismos de I a V, e a algumas de suas princi-
pais características.
A estrutura indicada pelo algarismo I repre-
senta: Características
a) o alantoide, que armazena as substâncias Deuterostomado, com endoesqueleto cal-
Animal I
nutritivas para o embrião. cáreo e simetria radial
b) o âmnio, que acumula o líquido amniótico, Acelomado, com sistema digestivo incom-
Animal II
no qual fica mergulhado o embrião. pleto e simetria bilateral
c) o saco vitelínico, que é uma estrutura que Notocorda que persiste desde a fase em-
Animal III
impede a desidratação do embrião. brionária até a fase adulta
d) o âmnio, que é responsável pela nutrição Massa visceral protegida pelo manto e pre-
Animal IV
das células embrionárias. sença de tentáculos
e) o alantoide, onde são armazenados os pro- Presença de quelíceras e respiração filotra-
Animal V
dutos da excreção nitrogenada. queal
Pelas características apresentadas nos alga-
2. (Unesp) A figura ilustra algumas medidas pre- rismos de I a V, concluímos que estes ani-
ventivas de combate a um mosquito causador mais podem ser, respectivamente:
de doença que já atacou, desde o início deste a) ouriço-do-mar, planária, gato, caracol e
ano, mais de 90 mil brasileiros, e que tem pre- mosca.
ocupado as autoridades sanitárias do país. b) estrela-do-mar, planária, anfioxo, polvo e
aranha.
c) água-viva, tênia, ascídia, lesma e camarão.
d) lírio-do-mar, tênia, anfioxo, lula e escor-
pião.
e) pepino-do-mar, planária, tunicados, ostra e
escorpião.

4. (Unesp) A figura refere-se a um esquema


simplificado do sistema circulatório de um
mamífero.

(Farmais, ano 1, n. 12, p. 24.)

133
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
1. Alantoide é uma membrana embrionária,
originada a partir do intestino posterior,
que tem como função realizar respiração e
armazenar excretas nos embriões de rép-
De acordo com o esquema, é correto afirmar teis e aves; nos mamíferos compõem parte
que: do cordão umbilical e unindo-se com o cório
a) a estrutura I representa a artéria aorta, que para formar a placenta.
conduz sangue arterial a partir do ventrículo
2. A imagem trata-se da prevenção contra den-
direito do coração.
gue, a qual é transmitida pelas espécies de
b) a estrutura II representa as veias cavas, que
mosquito Aedes aegypti e Aedes albopictus.
transportam sangue venoso ao átrio direito.
A elefantíase assim como a dengue também
c) a estrutura III indica as veias pulmonares,
é transmitida por um inseto, que pode ser
que conduzem sangue venoso a partir do
do gênero Culex, Anopheles, Mansonia ou
ventrículo direito.
Aedes. A malária é transmitida pela picada
d) a estrutura IV refere-se à artéria pulmonar,
da fêmea do mosquito Anopheles. A febre
que leva sangue arterial ao átrio esquerdo.
amarela, nas cidades, é transmitida princi-
e) nas estruturas I e II as taxas de O2 e CO2 so- palmente por mosquitos da espécie Aedes
frem profundas alterações quando o sangue aegypti.
passa pelo coração, e este fenômeno deno-
mina-se hematose. 3. Estrela do marsão equinodermos, portanto
deuterostomado, com endoesqueleto calcá-
reo e simetria radial.
5. (Unesp) Considere os seguintes métodos
Planária são platelmintos, assim com siste-
preventivos e de tratamento de doenças pa-
ma digestivo incompleto e simetria bilateral.
rasitárias. Anfioxo é cefalocordado, com notocorda que
I. Abstenção de contato com água possivel- persiste desde a fase embrionária até a fase
mente contaminada. adulta.
II. Uso de medicamentos que combatem o Polvo são moluscos cefalópodes, portanto
parasito no homem. tem massa visceral protegida pelo manto e
III.Aplicação de inseticidas nas casas. presença de tentáculos.
IV. Uso de sanitários e higiene das mãos. Aranhas são artrópodes aracnídeos, que pos-
No caso da malária, os métodos de prevenção suem quelíceras e respiração filotraqueal.
e tratamento válidos são apenas: 4. A estrutura I representa a artéria aorta, que
a) II e III. transportam sangue arterial aos tecidos.
b) I e III. A estrutura II representa as veias cavas, que
c) I e II. transportam sangue venoso ao átrio direito.
d) I e IV. A estrutura III representa a artéria pulmonar,
e) III e IV. que transportam sangue venoso aos pulmões.
A estrutura IV representa a veia pulmonar,
6. (Unesp) Considere o seguinte esquema do que transportam sangue arterial ao coração.
sistema digestivo humano. 5. A maioria das parasitoses pode ser impedi-
das por medidas simples de higiene e lim-
peza. Outras necessitam de cuidados especí-
ficos. Evitar contato com água contaminada
e uso de medicamentos para eliminação do
parasita são algumas formas de prevenção.
6. A absorção de nutrientes ocorre, principal-
mente, ao nível do jejunoíleo. A cavidade
entérica recebe o suco intestinal, o suco pan-
creático e a bile.

Os órgãos que produzem enzimas digestivas


que digerem proteínas são: GABARITO
a) 1, 4 e 5.
b) 1, 4 e 6. 1. E 2. C 3. B 4. B 5. A
c) 4, 5 e 6.
d) 1, 3 e 7. 6. C
e) 2, 3 e 8.

134
PRÁTICA DOS
CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Unesp) Na figura, uma demonstração feita
com garrafa PET, tubos e balões de borracha
simula o funcionamento do sistema respira-
tório humano.

É correto afirmar que o hormônio injetado


na circulação sanguínea dessa pessoa foi:
a) o glucagon.
b) a tiroxina.
c) o paratormônio.
d) a calcitonina.
e) a aldosterona.

3. (Unesp) No gráfico, as curvas 1, 2 e 3 repre-


Sobre o sistema respiratório humano e as
sentam a digestão do alimento ao longo do
estruturas que o representam na demonstra-
aparelho digestório.
ção, é correto afirmar que:
a) o movimento da mão esticando a borracha
corresponde ao relaxamento do diafragma,
em resposta a estímulos de quimiorrecep-
tores localizados no bulbo, que detectam a
baixa concentração de CO2 no sangue e pro-
movem a inspiração.
b) o movimento da mão esticando a borracha
corresponde à contração do diafragma, por
ação do bulbo quando o pH do sangue circu-
lante diminui em razão da formação de ácido
carbônico no plasma.
c) a garrafa PET corresponde à pleura, mem-
brana dupla que envolve os pulmões e que É correto afirmar que as digestões de prote-
apresenta quimiorreceptores sensíveis à va- ínas, de lipídios e de carboidratos estão re-
presentadas, respectivamente, pelas curvas:
riação de O2 e CO2 nos capilares alveolares,
a) 1, 2 e 3.
desencadeando os movimentos de inspiração
b) 2, 1 e 3.
e expiração.
c) 2, 3 e 1.
d) a garrafa PET corresponde à parede da caixa
d) 3, 2 e 1.
torácica que, ao manter o volume torácico
e) 1, 3 e 2.
constante, permite que os pulmões, repre-
sentados pelos balões, se inflem na inspira-
4. (Unesp) Márcia, Juliana e Ana Cristina são
ção e se esvaziem na expiração, expulsando
três amigas. Uma delas está amamentando,
o ar rico em CO2.
outra está entrando em seu período fértil e a
e) os tubos que penetram na garrafa correspon- terceira está no final de seu ciclo menstrual.
dem à traqueia e aos brônquios que, embora Os gráficos 1 e 2 apresentam os níveis dos
não apresentem movimentos de contração e hormônios luteinizante (LH) e ocitocina no
relaxamento, favorecendo a movimentação sangue dessas mulheres.
do ar nas vias respiratórias, possuem válvu-
las que impedem a mistura do ar rico em O2
com o ar rico em CO2.

2. (Unesp) Um hormônio foi injetado na circu-


lação sanguínea de uma pessoa. O gráfico
mostra como a concentração de cálcio no
sangue variou ao longo do tempo após a
injeção.

135
Se o gráfico 1 referir-se aos níveis de: 6. (Unesp) Três consumidores, A, B e C, com-
a) e o gráfico 2 aos níveis de ocitocina, Ana praram, cada um deles, uma bebida em em-
Cristina está entrando em período fértil, balagem longa vida, adequada às suas res-
Márcia está no final de seu ciclo menstrual e pectivas dietas. As tabelas abaixo trazem
Juliana está amamentando.
informações nutricionais sobre cada uma
b) e o gráfico 2 aos níveis de ocitocina, Juliana
dessas três bebidas.
está entrando em período fértil, Ana Cris-
tina está no final de seu ciclo menstrual e TABELA 1
Márcia está amamentando.
c) ocitocina e o gráfico 2 aos níveis de LH, Ana Porção: 100 mL % VD
Cristina está entrando em período fértil, Valor energético 86,3 kcal 4%
Márcia está no final de seu ciclo menstrual e Carboidratos 21,3 g 7%
Juliana está amamentando. Proteínas 0,0 g 0%
d) ocitocina e o gráfico 2 aos níveis de LH, Már-
cia está entrando em período fértil, Juliana Gorduras totais 0,0 g 0%
está no final de seu ciclo menstrual e Ana Gorduras saturadas 0,0 g 0%
Cristina está amamentando. Gorduras trans 0,0 g –
e) e o gráfico 2 aos níveis de ocitocina, Márcia Fibra alimentar 0,0 g 0%
está entrando em período fértil, Juliana está
Sódio 12,1 mg 1%
no final de seu ciclo menstrual e Ana Cristi-
na está amamentando. TABELA 2
Porção: 100 mL % VD
5. (Unesp) Alguns chefs de cozinha sugerem
Valor energético 51,5 kcal 3%
que o peru não deve ser preparado inteiro,
pois a carne do peito e a da coxa têm caracte- Carboidratos 1,9 g 1%
rísticas diferentes, que exigem preparos di- Proteínas 4,1 g 5%
ferentes. A carne do peito é branca e macia, Gorduras saturadas 1,8 g 8%
e pode ressecar dependendo do modo como Gorduras monoinsaturadas 0,9 g –
é preparada. A carne da coxa, mais escura, é
Gorduras poli-insaturadas 0,1 g –
mais densa e suculenta e deve ser preparada
separadamente. Cálcio 143,1 mg 14%
Embora os perus comercializados em su- Vitamina A 22,5 Pg 4%
permercados venham de criações em confi- Vitamina C 0,9 mg 2%
namento, o que pode alterar o desenvolvi- Magnésio 11,3 mg 4%
mento da musculatura, eles ainda mantêm Colesterol 13,8 mg –
as características das populações selvagens,
Lipídeos 3,0 mg –
nas quais a textura e a coloração da carne do
peito e da coxa decorrem da composição de Sódio 51,6 mg 2%
suas fibras musculares e da adequação des-
TABELA 2
sas musculaturas às funções que exercem.
Considerando as funções desses músculos Porção: 100 mL % VD
nessas aves, é correto afirmar que a carne: Valor energético 27,0 kcal 1%
a) do peito é formada por fibras musculares de Carboidratos 1,5 g 1%
contração lenta, pobres em mitocôndrias e Açúcares 1,5 g –
em mioglobina, e eficientes na realização de
Proteínas 2,6 g 3%
esforço moderado e prolongado.
b) do peito é rica em fibras musculares de con- Gorduras totais 1,2 g 2%
tração rápida, ricas em mitocôndrias e em Gorduras saturadas 0,2 g 1%
mioglobina, e eficientes na realização de es- Gorduras trans 0,0 g –
forço intenso de curta duração.
Gorduras monoinsaturadas 0,3 g –
c) da coxa é formada por fibras musculares de
contração lenta, ricas em mitocôndrias e em Gorduras poli-insaturadas 0,7 g –
mioglobina, e eficientes na realização de es- Fibra alimentar 0,4 g 2%
forço moderado e prolongado. Lactose 0,0 g –
d) da coxa é formada por fibras musculares de
Colesterol 0,0 mg –
contração rápida, pobres em mitocôndrias e
em mioglobina, e eficientes na realização de Sódio 49,5 mg 2%
esforço intenso de curta duração. Fonte: <www.tabelanutricional.com.br>.
e) do peito é rica em fibras musculares de con-
tração lenta, ricas em mitocôndrias e em Sabendo-se que o consumidor A tinha into-
mioglobina, e eficientes na realização de es- lerância à lactose, o consumidor B era dia-
forço moderado e prolongado. bético e o consumidor C tinha altos níveis

136
de colesterol, e que as bebidas compradas c) 1, 2 e 3, e a variação observada nas concen-
foram suco néctar de pêssego, bebida pura trações é devida à osmose.
de soja e iogurte integral natural, assinale d) 3, 1 e 2, e a variação observada nas concen-
a alternativa que associa corretamente a be- trações é devida à difusão.
bida comprada com a respectiva tabela e o e) 1, 3 e 2, e a variação observada nas concen-
consumidor que a adquiriu. trações é devida à difusão.
a) Suco néctar de pêssego; tabela 1; consumi-
Leia os versos da música “Águas de março”,
dor A.
de Tom Jobim, para responder à questão 8.
b) Iogurte integral natural; tabela 2; consumi-
dor C. É pau, é pedra, é o fim do caminho
c) Iogurte integral natural; tabela 1; consumi- É um resto de toco, é um pouco sozinho
dor B. É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
d) Bebida pura de soja; tabela 2; consumidor A. É um belo horizonte, é uma febre terçã
e) Suco néctar de pêssego; tabela 3; consumi- São as águas de março fechando o verão
dor B. É a promessa de vida no teu coração
Fonte: <www.radio.uol.com.br>.

7. (Unesp) Os gráficos representam a concen- O sapo, a rã e a febre terçã não fazem par-
tração de três gases no sangue assim que te dos versos apenas por uma necessidade
passam pelos alvéolos pulmonares. de rima, também têm relação com as chuvas
que caem em regiões de clima tropical.

8. (Unesp) A febre terçã, a qual um dos versos


se refere, é um sintoma característico da:
a) malária, adquirida pela picada de mosquitos
que ocorrem em regiões quentes e úmidas.
b) febre tifoide, adquirida por ingestão de água
de poços e açudes que receberam águas tra-
zidas pelas enxurradas e contaminadas por
fezes de pessoas infectadas.
c) dengue, adquirida pela picada de mosquitos
que são mais numerosos na época das chuvas.
d) esquistossomose, adquirida através do con-
tato com água de lagoas que se formam com
as chuvas, nas quais podem ocorrer caramu-
jos vetores da doença.
e) leptospirose, causada por vírus presente na
urina dos ratos, que se mistura com as águas
de enchentes provocadas pelas chuvas.

9. (Unesp) Em determinada região do nosso


país, o sistema de saúde verificou um cres-
cente número de mortes por problemas car-
díacos, sobretudo em pessoas na faixa etária
de 40 a 50 anos. Tais mortes não estavam
relacionadas a históricos de sobrepeso ou
hipertensão. Investigado o problema, ve-
rificou-se que há décadas a população não
contava com condições adequadas de mora-
dia. Muitas das casas eram de pau a pique e
estavam infestadas de insetos. Segundo os
sanitaristas, as mortes deviam-se a uma pa-
rasitose endêmica na região.
Pode-se afirmar que, mais provavelmente, a
É correto afirmar que os gráficos que repre- parasitose em questão é causada por orga-
sentam as concentrações dos gases O2, CO2 e nismos da espécie:
N2 são, respectivamente: a) Plasmodium vivax.
a) 2, 1 e 3, e a variação observada nas concen- b) Trypanosoma cruzi.
trações é devida à difusão. c) Triatoma infestans.
b) 3, 2 e 1, e a variação observada nas concen- d) Taenia solium.
trações é devida à osmose. e) Schistosoma mansoni.

137
10. (Unesp) Três pacientes recorreram a um laboratório de análises clínicas para fazer um hemogra-
ma, exame que registra informações sobre os componentes celulares do sangue. O paciente 1, bas-
tante pálido, apresentava cansaço constante; o paciente 2 era portador do vírus HIV e apresentava
baixa imunidade; o paciente 3 trazia relatos de sangramentos por causa ainda a ser investigada.
As fichas de registro, A, B e C, apresentam alguns resultados dos exames desses três pacientes.

Ficha A Ficha B Ficha C


Hemograma
Valores obtidos Valores obtidos Valores obtidos
Eritograma
5,7 4,95 2,5
Valores de referência 4,5 a 6,0 milhões de hemácias/mm3
Leucograma
2.300 7.100 6.300
Valores de referência 4.300 a 10.000 leucócitos/mm3
Contagem de plaquetas
160.000 12.000 270.000
Valores de referência 150.000 a 450.000/mm3

É correto afirmar que as fichas A, B e C correspondem, respectivamente, aos pacientes:


a) 3, 1 e 2.
b) 1, 3 e 2.
c) 2, 3 e 1.
d) 1, 2 e 3.
e) 2, 1 e 3.

11. (Unesp) Na Copa Libertadores da América de 2012, o time do Santos perdeu de 2 a 1 para o Bolí-
var, da Bolívia, em La Paz. O fraco desempenho físico do time santista em campo foi atribuído à
elevada altitude da cidade, onde os jogadores desembarcaram às vésperas do jogo. Duas semanas
depois, jogando em Santos, SP, o time santista ganhou do Bolívar por 8 a 0.
Considerando a pressão atmosférica, a mecânica e a fisiologia da respiração e, ainda, o desempe-
nho físico dos jogadores do Santos nesses dois jogos, é correto afirmar que em Santos a pressão
atmosférica é:
a) menor que em La Paz, o que implica menor esforço dos músculos intercostais e do diafragma para
fazer chegar aos pulmões a quantidade necessária de O2. Disso resulta saldo energético positivo, o que
melhora o desempenho físico dos jogadores quando o jogo acontece em cidades de baixa altitude.
b) maior que em La Paz, o que implica maior esforço dos músculos intercostais e do diafragma para
fazer chegar aos pulmões a quantidade necessária de O2. Em Santos, portanto, o maior esforço
físico dos músculos envolvidos com a respiração resulta na melhora do desempenho físico dos
atletas no jogo.
c) menor que em La Paz, o que implica maior esforço dos músculos intercostais e do diafragma para fazer
chegar aos pulmões a quantidade necessária de O2. Tanto em Santos quanto em La Paz, a quantidade
de O2 por volume de ar inspirado é a mesma, e a diferença no desempenho físico dos jogadores deve-se
apenas ao esforço empregado na respiração.
d) maior que em La Paz, porém, é menor a concentração de O2 por volume de ar atmosférico inspirado.
Em La Paz, portanto, o organismo do atleta reage diminuindo a produção de hemácias, pois é maior a
quantidade de O2 disponível nos alvéolos. A menor quantidade de hemácias resulta no baixo desempe-
nho físico dos jogadores.
e) maior que em La Paz, assim como é maior a concentração de O2 por volume de ar atmosférico ins-
pirado. Em Santos, portanto, com maior disponibilidade de oxigênio, a concentração de hemácias
do sangue é suficiente para levar para os tecidos musculares o O2 necessário para a atividade física
empregada no jogo.

12. (Unesp) O volume total de ar que cabe no sistema respiratório de um homem adulto, ao nível do
mar, é cerca de 6 litros. Nessas condições, os pulmões de um indivíduo em repouso, a cada movi-
mento respiratório, trocam com o meio exterior, em média, apenas 0,5 litro de ar. Essa quantidade de
ar inspirado mistura-se ao ar retido nas vias aéreas e apenas parte dessa mistura chega aos alvéolos.
Desse modo, considerando a fisiologia e a anatomia do aparelho respiratório humano, é correto
afirmar que, durante a inspiração, o ar que chega aos alvéolos possui:
a) maior concentração de CO2 que aquela do sangue venoso.
b) menor concentração de CO2 que o ar atmosférico.
c) maior concentração de O2 que aquela do sangue arterial.
d) maior concentração de CO2 que aquele que havia sido expirado.
e) menor concentração de O2 que aquele que havia sido expirado.

138
13. (Unesp) Quando abrirem meu coração quase um mês, e depois recebeu alta. Pode-se
Vão achar sinalização afirmar corretamente que esse caso:
De mão e contramão. a) contradiz a hipótese de que a criança em
Millôr Fernandes. Veja, 04 abr. 2012. gestação receba, por meio da barreira pla-
centária, anticorpos produzidos pelo orga-
No contexto da biologia, os versos de Millôr
nismo materno.
Fernandes, falecido em 2012, podem ser
b) contradiz a hipótese de que a dengue é uma
usados para ilustrar, de maneira poética, as
doença viral, uma vez que pode ser transmi-
características de um sistema circulatório
tida entre gerações sem que haja a partici-
em que os sangues arterial e venoso seguem
pação do Aedes aegypti.
fluxos distintos, sem se misturarem.
c) confirma que a dengue é uma doença infec-
Nessas condições, o protagonista desses ver-
tocontagiosa, que só pode ser transmitida de
sos poderia ser:
pessoa para pessoa através de um vetor.
a) uma ave ou um peixe.
d) demonstra a possibilidade da transmissão
b) um réptil ou um mamífero.
vertical, de pessoa para pessoa, através do
c) um mamífero ou uma ave.
contato da pessoa sadia com secreções da
d) um peixe ou um réptil.
pessoa doente.
e) um réptil ou uma ave.
e) demonstra a possibilidade de o vírus da den-
gue atravessar a barreira placentária, sem
14. (Unesp) Método de contracepção definitiva
que seja necessária a presença de um vetor
começa a se popularizar no país
para sua transmissão.
Consagrado nos Estados Unidos há quase
uma década, o Essure é um procedimento
16. (Unesp) No desenho de longa metragem
feito em ambulatório, que dispensa cortes. “Rio“, dirigido pelo brasileiro Carlos Salda-
O Essure consiste de dois dispositivos metá- nha, em uma das cenas, Blu, um macho de
licos com 4 centímetros, instalados no início ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), fala para
das tubas uterinas por meio de um equipa- a fêmea que está tentando conquistar:
mento bem fino, que é introduzido no canal
vaginal. Em algumas semanas, as paredes — Está com calor? Acho que estou suando!
das tubas recobrem os microimplantes, obs- Nem sabia que era biologicamente possível.
truindo as tubas e fazendo do Essure um mé- Olha!
todo contraceptivo permanente. E mostra para a companheira sua axila suada.
Diogo Sponchiato. Revista Saúde, maio de 2012 (Adaptado).

Considerando o modo pelo qual o dispositivo


mencionado no texto leva à contracepção, é
correto afirmar que ele impede:
a) a locomoção do espermatozoide da vagina
para o útero, e deste para as tubas uterinas,
com resultado análogo ao provocado pelos
cremes espermicidas.
b) que o embrião seja conduzido da tuba uterina
até o útero, com resultado análogo ao provo-
cado pela camisinha feminina, o Femidom.
c) a implantação do embrião no endométrio,
caso o óvulo tenha sido fecundado, com re-
sultado análogo ao provocado pelo dispositi-
vo intrauterino, o DIU.
d) que ocorra a ovulação, com resultado análo-
Considerando a fisiologia das aves, pode-se
go ao provocado pela pílula anticoncepcio-
afirmar corretamente que:
nal hormonal.
a) as aves suam. As aves, assim como os demais
e) que o espermatozoide chegue ao ovócito,
vertebrados, são endotérmicos e mantêm a
com resultado análogo ao provocado pela la-
temperatura corporal a partir do calor gera-
queadura.
do pelo próprio metabolismo, o que implica
necessitarem de glândulas sudoríparas para
15. (Unesp) Em 2008, a Secretaria Estadual de
dissipar o calor do corpo.
Saúde e pesquisadores da Fundação Oswaldo
b) as aves suam. Dentre os vertebrados, apenas
Cruz, ambas do Rio de Janeiro, confirmaram
as aves e os mamíferos são endotérmicos e
um caso de dengue adquirida durante a gesta-
utilizam o calor externo para manter alto o
ção. A mãe, que havia adquirido dengue três
metabolismo, o que implica necessitarem de
dias antes do parto, deu à luz uma garotinha
glândulas sudoríparas para dissipar o calor
com a mesma doença. O bebê ficou internado
do corpo.
139
c) as aves não suam. Embora sejam endotérmi- virais e, consequentemente, desenvolver a
cas e mantenham a temperatura corporal a dengue, que, se não tratada, pode evoluir
partir do calor gerado pelo metabolismo, as para a forma hemorrágica da doença.
aves não apresentam glândulas sudoríparas, d) uma pessoa que tenha adquirido dengue po-
mas apresentam outros mecanismos fisioló- deria vir a desenvolver a forma hemorrágica
gicos de controle da temperatura corporal. da doença se entrasse em contato com mais
d) as aves não suam. As aves constituem-se no um dentre os dois outros tipos virais. Com
grupo mais aparentado aos répteis e, como o reaparecimento de um quarto tipo viral,
eles, são ectotérmicas e utilizam o calor ex- aumenta a possibilidade de que esta pessoa
terno para manter alto o metabolismo, razão entre em contato com um tipo diferente e
pela qual não têm glândulas sudoríparas, desenvolva a forma hemorrágica da doença.
mas apresentam outros mecanismos fisioló- e) uma pessoa que tenha adquirido dengue po-
gicos de controle da temperatura corporal. deria vir a desenvolver a forma hemorrágica
e) as aves não suam. Dentre os vertebrados, da doença se entrasse novamente em conta-
apenas os mamíferos são ectotérmicos e to com o tipo a partir da qual desenvolveu a
utilizam o calor externo para manter alto o doença. Com o reaparecimento de um quarto
metabolismo, o que implica que apenas eles tipo viral, aumenta a possibilidade de que
apresentam glândulas sudoríparas e meca- esta pessoa entre em contato com uma va-
nismos fisiológicos de controle de tempera- riante de mesmo tipo e desenvolva a forma
tura corporal. hemorrágica da doença.

17. (Unesp) Dengue tipo 4 reaparece após 25 18. (Unesp) Paula não toma qualquer contracep-
anos tivo e tem um ciclo menstrual regular de 28
A dengue é causada por quatro tipos de ví- dias exatos. Sua última menstruação foi no
rus: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. O dia 23 de junho. No dia 06 de julho, Paula
tipo DENV-4 não era encontrado no país des- manteve uma relação sexual sem o uso de
de 1982, mas exames de sangue feitos em preservativos. No dia 24 de julho, Paula re-
Manaus mostram que a dengue tipo 4 está alizou um exame de urina para verificar se
de volta ao país. Embora a infecção causada havia engravidado.
pelo DENV-4 não seja, por si só, muito agres- Em função do ocorrido, pode-se dizer que,
siva, o retorno dela é, ainda assim, uma má no dia 6 de julho, Paula:
notícia para a saúde pública brasileira. Isso a) talvez ainda não tivesse ovulado, mas o faria
porque aumenta a possibilidade de que as um ou dois dias depois. Considerando que o
pessoas desenvolvam a forma hemorrágica espermatozoide pode permanecer viável no
da doença, muito mais letal. organismo feminino por cerca de dois dias,
Notícia veiculada por diferentes agências, março de 2009.
há a possibilidade de Paula ter engravidado.
O exame de urina poderia confirmar essa hi-
Em razão do contido na notícia, pode-se afir- pótese, indicando altos níveis de gonadotro-
mar que, antes do reaparecimento do vírus fina coriônica.
DENV-4: b) já teria ovulado, o que teria ocorrido cerca
a) eram menores as possibilidades de as pes- de dois dias antes. Contudo, considerando
soas desenvolverem a forma hemorrágica da que depois da ovulação o óvulo permanece
doença, pois os tipos virais, embora mais viável no organismo feminino por cerca de
agressivos que o vírus DENV-4, raramente uma semana, há a possibilidade de Paula ter
levavam ao quadro hemorrágico. Com o re- engravidado. O exame de urina poderia con-
aparecimento de uma quarta variante viral, firmar essa hipótese, indicando redução no
menos agressiva, porém letal, a questão da nível de estrógenos.
dengue no Brasil agravou-se. c) já teria ovulado, o que teria ocorrido há
b) havia no Brasil apenas três tipos virais e, cerca de uma semana. Portanto não estaria
portanto, eram três as diferentes possibili- grávida, o que poderia ser confirmado pelo
dades de uma pessoa adquirir dengue. Com exame de urina, que indicaria altos níveis de
o reaparecimento de um quarto tipo, a pos- estrógenos e LH.
sibilidade de se adquirir dengue passou a ser d) estaria ovulando e, portanto, é quase certo
25% maior. A dengue adquirida a partir de que estaria grávida. Com a implantação do
qualquer um desses quatro tipos de vírus, se embrião no endométrio, ocorre um aumento
não tratada pode evoluir para a forma he- na secreção de LH e diminuição nos níveis
morrágica da doença. de gonadotrofina coriônica, o que poderia
c) havia no Brasil apenas três tipos virais e, ser detectado pelo exame de urina já na se-
portanto, a possibilidade de as pessoas vi- mana seguinte à nidação.
rem a adquirir a dengue era menor. O reapa- e) ainda não teria ovulado, o que só iria ocorrer
recimento do vírus DENV-4 aumentou a pos- dias depois. Portanto, não estaria grávida, o
sibilidade de as pessoas terem um primeiro que poderia ser confirmado pelo exame de
contato com qualquer uma das variantes urina, que indicaria altos níveis de gonado-
trofina coriônica.
140
19. (Unesp) Considere os dois textos seguintes. 21. (Unesp)
Confirmadas mais mortes por febre maculo-
sa no Estado de São Paulo. O Ibama autorizou TEXTO 1
pesquisadores a capturar e abater capivaras. Cientistas americanos observaram, em um
Esses animais serão utilizados em estudos estudo recente, o motivo que pode tornar
sobre a febre maculosa. A capivara é um dos adolescentes impulsivos e infratores. Exa-
principais hospedeiros do carrapato-estrela, mes de neuroimagem em jovens mostraram
transmissor da doença. Os pesquisadores que o córtex pré-frontal, região do cérebro
querem descobrir por que as capivaras não ligada à tomada de decisão, ou seja, que nos
morrem ao serem picadas pelo inseto. faz pensar antes de agir, ainda está em for-
Na região nordeste dos Estados Unidos, o mação nos adolescentes. Essa área do cére-
carrapato dos cervos transmite a doença de bro tende a ficar “madura” somente aos 20
Lyme ao homem. Depois que o minúsculo anos. Por outro lado, a região cerebral asso-
carrapato Ixodes suga o sangue de um ani- ciada às emoções e à impulsividade, conhe-
mal infectado, a bactéria se aloja permanen- cida como sistema límbico, tem um pico de
temente no corpo do inseto. Quando o car- desenvolvimento durante essa fase da vida,
rapato mais tarde pica outro animal ou uma o que aumenta a propensão dos jovens a agi-
pessoa, ele pode transmitir a bactéria para rem mais com a emoção do que com a razão.
a corrente sanguínea da vítima. O principal O aumento da emotividade e da impulsivi-
reservatório local da bactéria causadora des- dade seriam gatilhos naturais para atitudes
sa doença é um rato silvestre (Peromyscus extremadas, inclusive para cometer crimes.
leucopus). O roedor também é hospedeiro de Camila Neumam. “Estudo explica por que adolescentes
carrapatos. são impulsivos e podem cometer crimes”. Disponível em:
Sobre essas doenças e quanto às informações <www.uol.com.br>. Acesso em: 26 maio 2015 (Adaptado).
apresentadas nos textos, pode-se afirmar que:
a) o agente causador de ambas as doenças é TEXTO 2
uma bactéria que pode se alojar em roedores A situação de vulnerabilidade aliada às tur-
silvestres, no caso brasileiro, a capivara. bulentas condições socioeconômicas de mui-
b) os agentes causadores de ambas as doenças tos países latino-americanos ocasiona uma
são os carrapatos, corretamente classificados grande tensão entre os jovens, o que agrava
nos textos como insetos. diretamente os processos de integração so-
c) os agentes causadores de ambas as doenças cial e, em algumas situações, fomenta o au-
são os carrapatos, erroneamente classifica- mento da violência e da criminalidade.
dos nos textos como insetos. Miriam Abramovay. Juventude, violência e vulnerabilidade
d) o agente causador da febre maculosa é um social na América latina, 2002 (Adaptado).
vírus e o da doença de Lyme, uma bactéria,
ambos transmitidos ao homem por carrapatos. Os textos expõem abordagens sobre o com-
e) os agentes causadores de ambas as doenças portamento agressivo na adolescência refe-
são vírus, o que indica uma informação in- ridos, respectivamente, a:
correta apresentada no segundo texto. a) psicanálise e psicologia comportamental.
b) aspectos religiosos e aspectos materiais.
c) fatores emocionais e fatores morais.
20. (Unesp) O sanduíche que João comeu foi
d) ciência política e sociologia.
feito com duas fatias de pão, bife, alface,
e) condicionamento biológico e condiciona-
tomate e bacon. Sobre a digestão desse san-
mento social.
duíche, pode-se afirmar que:
a) os carboidratos do pão começam a ser digeridos 22. (Unesp) Esqueci a pílula! E agora?
na boca e sua digestão continua no intestino.
b) as proteínas do bife são totalmente digeri- Tomo pílula há mais de um ano e nunca tive
das pela ação do suco gástrico no estômago. horário certo. Em geral, tomo antes de dor-
mir, mas, quando esqueço, tomo de manhã
c) a alface é rica em fibras, mas não tem qual-
ou, na noite seguinte, uso duas de uma só
quer valor nutricional, uma vez que o orga-
vez. Neste mês, isso aconteceu três vezes. Es-
nismo humano não digere a celulose.
tou protegida?
d) as vitaminas do tomate, por serem hidrosso-
Carta de uma leitora para a coluna Sexo & Saúde,
lúveis, têm sua digestão iniciada na boca e de Jairo Bouer, Folha de S.Paulo, Folhateen, 29 jun. 2009.
são totalmente absorvidas ao longo do intes-
tino delgado. Considerando que a pílula à qual a leitora se
e) a maior parte da gordura do bacon é emul- refere é composta por pequenas quantidades
sificada pelo suco pancreático, facilitando a dos hormônios estrógeno e progesterona,
ação das lípases. pode-se dizer à leitora que:

141
a) sim, está protegida de uma gravidez. Esses c) a transmissão via oral traz uma forma mais
hormônios, ainda que em baixa dosagem, in- agressiva da doença, pois o sistema digestó-
duzem a produção de FSH e LH e estes, por rio humano não tem defesas imunológicas
sua vez, levam à maturação dos folículos e à contra o barbeiro.
ovulação. Uma vez que já tenha ocorrido a
d) na transmissão via oral, o organismo huma-
ovulação, não corre mais o risco de engravidar.
b) sim, está protegida de uma gravidez. Esses no recebe uma carga de parasitas maior que
hormônios, ainda que em baixa dosagem, in- aquela que receberia pelos modos conven-
duzem a produção de FSH e LH e estes, por cionais de transmissão da doença.
sua vez, inibem a maturação dos folículos, o e) se nada for feito em termos de saúde públi-
que impede a ovulação. Uma vez que não ovu- ca, em cinco anos o número de casos regis-
le, não corre o risco de engravidar. trados terá quase que dobrado.
c) não, não está protegida de uma gravidez. Es-
ses hormônios, em baixa dosagem e a interva-
los não regulares, mimetizam a função do FSH 24. (Unesp) Ao fazer uma limpeza no armário
e LH, que deixam de ser produzidos. Desse do banheiro, Manuela encontrou três poma-
modo, induzem a maturação dos folículos e a das, I, II e III, que, por indicação médica,
ovulação. Uma vez ovulando, corre o risco de havia usado em diferentes situações:
engravidar. a. para controlar o herpes labial;
d) não, não está protegida de uma gravidez. Es-
b. para tratar de uma dermatite de contato;
ses hormônios, em baixa dosagem e a interva-
los não regulares, inibem a produção de FSH e c. para debelar uma micose nos pés.
LH os quais, se fossem produzidos, inibiriam a Manuela não se lembrava qual pomada foi
maturação dos folículos. Na ausência de FSH e usada para qual situação, mas ao consultar
LH ocorre a maturação dos folículos e a ovu- as bulas verificou que o princípio ativo da
lação. Uma vez ovulando, corre o risco de en- pomada I liga-se a um componente da mem-
gravidar. brana celular do micro-organismo, alterando
e) não, não está protegida de uma gravidez. Es-
a permeabilidade da membrana; o compo-
ses hormônios, em baixa dosagem e a interva-
los não regulares, não inibem a produção de nente ativo da pomada II estimula a síntese
FSH e LH os quais, sendo produzidos, induzem de enzimas que inibem a migração de leucó-
a maturação dos folículos e a ovulação. Uma citos para a área afetada; o princípio ativo
vez ovulando, corre o risco de engravidar. da pomada III inibe a replicação do DNA do
micro-organismo no local onde a pomada foi
23. (Unesp) As outras chagas de Chagas aplicada.
Em abril será lançada a primeira cartilha Pode-se dizer que para as situações “a“, “b“
médica sobre a infecção causada pelo bar- e “c“ Manuela usou, respectivamente, as po-
beiro. A doença sempre esteve associada à madas:
zona rural... E graças a um intenso programa a) I, II e III.
de erradicação do barbeiro na zona rural, em
b) I, III e II.
2006 a Organização Pan-americana da Saúde
c) II, I e III.
havia decretado o fim no país da infecção
pelo contato direto com o inseto. Porém, nos d) III, I e II.
últimos anos as contaminações ressurgiram. e) III, II e I.
Agora elas ocorrem por via oral e estão disse-
minadas também nas zonas urbanas. Os ca-
sos mais recentes aconteceram pelo consumo GABARITO
de restos do barbeiro misturados a alimentos
como açaí e caldo de cana. Os novos doentes
1. B 2. C 3. C 4. E 5. C
já somam 600.
O número de casos registrados cresce, em 6. A 7. D 8. A 9. B 10. C
média, 20% ao ano.
Veja, 24 abr. 2010 (Adaptado). 11. E 12. C 13. C 14. E 15. E

Sobre a notícia, pode-se afirmar corretamente: 16. C 17. D 18. A 19. A 20. A
a) a substituição de alimentos manufaturados,
21. E 22. E 23. D 24. E
como o açaí e o caldo de cana, por alimentos
industrializados, poria fim à doença de Cha-
gas no Brasil.
b) a transmissão via oral só acontece quando,
junto com os alimentos, também forem inge-
ridos insetos ainda vivos.

142
BIOLOGIA 3

Prescrição: São necessários conhecimentos de bioquímica básica, citologia e genética, o que en-
globa a compreensão sobre os componentes químicos celulares, organelas citoplasmáticas e a relação
de hereditariedade entre os seres vivos.

APLICAÇÃO DOS Tomando-se como referência a definição ge-


nética de clone e considerando as situações

CONHECIMENTOS - SALA descritas, podemos dizer que são processos


de clonagem:
a) I, apenas.
1. (Unesp) Considere o diagrama, que resume b) I e II, apenas.
as principais etapas da síntese proteica que c) I, IV e V, apenas.
ocorre numa célula eucarionte. d) I, II, III e IV, apenas.
e) I, II, III, IV e V.

3. (Unesp) Sobre o processo de fotossíntese, é


correto afirmar que:
a) o CO2 é fonte de carbono para a síntese de ma-
téria orgânica e fonte de O2 para a atmosfera.
b) a água é fonte de H+ para a síntese de
NADPH2 e de O2 para a atmosfera.
c) o NADPH2 é fonte de energia para a conver-
são do CO2 em matéria orgânica.
d) o ATP é doador de energia para a quebra da
Os processos assinalados como 1 e 2 e a orga- molécula de água, que por sua vez fornece
nela representados no diagrama referem-se, O2 para a atmosfera.
respectivamente, a: e) a conversão do CO2 em matéria orgânica pro-
a) transcrição, tradução e ribossomo. duz energia que é acumulada pelo ATP.
b) tradução, transcrição e lisossomo.
c) duplicação, transcrição e ribossomo. 4. (Unesp) Os quadrados a seguir representam,
d) transcrição, duplicação e lisossomo. em esquema, células de seis indivíduos, nu-
e) tradução, duplicação e retículo endoplas- merados de 1 a 6, com a indicação do núme-
mático. ro de cromossomos autossômicos (A) e dos
tipos de cromossomos sexuais (X e Y), pre-
2. (Unesp) Considere as cinco situações se- sentes em cada uma delas.
guintes.
I. Formação de vários embriões a partir de
um único zigoto.
II. O gameta feminino (óvulo) de certos
animais se desenvolve formando um Em relação a estes indivíduos, e às células
novo indivíduo, sem que tenha sido fe- representadas, foram feitas as afirmações
cundado. seguintes.
III.Óvulos distintos são fecundados por es- I. Os indivíduos 3, 5 e 6 são normais e per-
permatozoides também distintos, origi- tencem à espécie humana.
nando zigotos igualmente distintos. II. A célula do indivíduo 2 pode ser igual a
IV. Concepção de um organismo a partir da de um gameta do indivíduo 1.
fusão de um óvulo não fecundado, do III.O indivíduo 4 pode ser do sexo masculino
qual se retirou o núcleo celular, com o ou do sexo feminino.
núcleo de uma célula somática retirada Estão corretas as afirmações:
de um animal que se deseja copiar. a) I, apenas.
V. Uma muda de violeta formada a partir b) II, apenas.
de uma única folha que tenha sido des- c) I e II, apenas.
tacada de outra planta e plantada em solo d) I e III, apenas.
úmido e bem adubado. e) II e III, apenas.

143
5. (Unesp) Considere um grupo de pessoas com da transferência nuclear de um célula somá-
características homogêneas no que se refere tica para um óvulo. O item III evidencia a
à cor de pele. Assinale a alternativa, dentre propagação vegetativa, na qual retira-se um
as apresentadas, que corresponde às pessoas pedaço da planta e replanta essa parte, o que
desse grupo que têm maior chance de apre- gerará uma planta geneticamente idêntica.
sentar deficiência de vitamina D e que estão 3. A quebra da molécula de água através da
mais sujeitas a fraturas ósseas. luz gera elétrons (que estabilizam a cloro-
a) Indivíduos que ingerem alimentos ricos em fila instável), hidrogênio (capturado pelo
cálcio, como ovos e derivados do leite, e que NADP+) e gás oxigênio (liberado para a at-
frequentemente tomam sol. mosfera).
b) Indivíduos que ingerem alimentos pobres 4.
em cálcio, como ovos e derivados do leite, e I. Indivíduo 3 normal. Indivíduo 5 tem tris-
que frequentemente tomam sol. somia de um cromossomo autossômico
c) Indivíduos que ingerem alimentos pobres (2n + 1). Indivíduo 5 tem trissomia de
em cálcio, como ovos e derivados do leite, e um cromossomo sexual (2n + 1).
que raramente tomam sol. II. A célula mostrada em 2 é um gameta,
d) Indivíduos que ingerem alimentos ricos em sendo assim a célula somática desse indi-
cálcio, como frutas cítricas e arroz, e que víduo tem 40 cromossomos autossômicos
raramente tomam sol. e mais 2 sexuais. A célula mostrada em
e) Indivíduos que ingerem alimentos pobres 1 tem 40 cromossomos autossômicos e 2
em cálcio, como frutas cítricas e arroz, e que sexuais, sendo assim o gameta teria 20
raramente tomam sol. autossômicos e 1 sexual. Portanto a soma
dos gametas de 1 é igual a célula somáti-
6. (Unesp) As lâminas I, II e III representam o co de 2.
aspecto de três tipos de tecido muscular de III.A célula mostrada em 4 é um gameta com
cães, quando analisados sob microscópio. 22 cromossomo autossômico e 1 sexual
(X), portanto a célula somática desse in-
divíduo tem 44 autossômicos e 2 sexuais,
podendo ser XX ou XY.
5. Frutas cítricas contêm cálcio e vitamina D;
arroz também contém vitamina D. Dos ali-
mentos obtemos a pró-vitamina D, e a luz do
Sol transforma em vitamina D ativa. A vita-
mina D ativa os osteoblastos da matriz óssea
e auxilia no desenvolvimento do osso.
6. Fibras de contrações rápidas e involuntárias
são do coração; fibras de contrações rápidas
e voluntárias são provenientes das patas
As fibras observadas nas lâminas I, II e III (musculatura esquelética); fibras de contra-
foram retiradas, respectivamente, dos mús- ções lentas e involuntárias têm origem do
culos: estômago (musculatura lisa).
a) do estômago, do coração e da pata.
b) do coração, da pata e do estômago.
c) da pata, do estômago e do coração.
d) do coração, do estômago e da pata.
GABARITO
e) do estômago, da pata e do coração.
1. A 2. C 3. B 4. E 5. E

RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA


6. B

1. O processo 1 corresponde à transcrição, à


produção de RNA a partir do DNA. O proces-
so 2 corresponde à tradução, produção de
uma proteína através da leitura do RNAm.
A organela que realiza a síntese proteica é
o ribossomo.
2. O item I descreve o processo de formação
de gêmeos monozigóticos, geneticamente
idênticos. O item II demonstrada propria-
mente dito o processo de clonagem, através

144
PRÁTICA DOS No formigueiro, uma única fêmea, a rainha,
que é diploide, põe ovos que, quando fertili-
CONHECIMENTOS - E.O. zados, se desenvolvem em operárias também
diploides. Os ovos não fertilizados dão origem
aos machos da colônia. Esses machos, chama-
1. (Unesp) A figura mostra o encontro de duas dos de bitus, irão fertilizar novas rainhas para
células, um espermatozoide e um ovócito hu- a formação de novos formigueiros. Como esses
mano, momentos antes da fecundação. machos são haploides, transmitem integral-
mente para suas filhas seu material genético.
As rainhas transmitem para suas filhas e filhos
apenas metade de seu material genético.
Suponha um formigueiro onde todos os in-
divíduos são filhos de uma mesma rainha
e de um mesmo bitu. Sobre as relações de
parentesco genético entre os indivíduos da
colônia, é correto afirmar que:
Considerando as divisões celulares que de- a) as operárias compartilham com os seus irmãos,
ram origem a essas células, é correto afirmar os bitus, em média, 50% de alelos em comum,
que o sexo da criança que será gerada foi de- o mesmo que compartilhariam com seus filhos
finido na: machos ou fêmeas, caso tivessem filhos.
a) metáfase I da gametogênese feminina. b) as operárias são geneticamente idênticas en-
b) diacinese da gametogênese masculina. tre si, mas não seriam geneticamente idênti-
c) anáfase II da gametogênese feminina. cas aos filhos e filhas que poderiam ter.
d) anáfase I da gametogênese masculina. c) as operárias compartilham entre si, em mé-
e) telófase II da gametogênese masculina.
dia, 75% de alelos em comum; caso tivessem
filhos, transmitiriam a eles apenas 50% de
2. (Unesp) Dois casais, Rocha e Silva, têm, cada seus alelos.
um deles, quatro filhos. Quando considera- d) os bitus são geneticamente idênticos entre
mos os tipos sanguíneos do sistema ABO, os si, mas não são geneticamente idênticos aos
filhos do casal Rocha possuem tipos diferen- seus filhos e filhas.
tes entre si, assim como os filhos do casal Sil- e) a rainha tem maior parentesco genético com
va. Em um dos casais, marido e mulher têm as operárias que com os seus filhos bitus.
tipos sanguíneos diferentes, enquanto que
no outro casal marido e mulher têm o mesmo
4. (Unesp) Leia a placa informativa presente
tipo sanguíneo. Um dos casais tem um filho
em uma churrascaria.
adotivo, enquanto que no outro casal os qua-
tro filhos são legítimos. Um dos casais teve
um par de gêmeos, enquanto que no outro
casal os quatro filhos têm idades diferentes.
Considerando-se os tipos sanguíneos do sis-
tema ABO, é correto afirmar que:
a) se o casal Silva tem o mesmo tipo sanguí-
neo, foram eles que adotaram um dos filhos. Porcos e javalis são subespécies de uma mes-
b) se o casal Rocha tem tipos sanguíneos di- ma espécie, Sus scrofa. A referência ao nú-
ferentes, foram eles que adotaram um dos mero de cromossomos justifica-se pelo fato
filhos. de que são considerados javalis puros apenas
c) se o casal Silva tem tipos sanguíneos diferen- os indivíduos com 36 cromossomos. Os por-
tes, eles não são os pais do par de gêmeos. cos domésticos possuem 38 cromossomos e
d) se o casal Rocha tem o mesmo tipo sanguí- podem cruzar com javalis.
neo, eles não são os pais do par de gêmeos. Desse modo, é correto afirmar que:
e) se o casal que adotou um dos filhos é o mes- a) os animais com 37 cromossomos serão filhos
mo que teve um par de gêmeos, necessaria- de um leitão ou de uma leitoa, mas não de
mente marido e mulher têm diferentes tipos um casal de javalis.
sanguíneos. b) um híbrido de porco e javali, conhecido
como javaporco, terá 74 cromossomos, ten-
3. (Unesp) A complexa organização social das do herdado o material genético de ambas as
formigas pode ser explicada pelas relações subespécies.
de parentesco genético entre os indivíduos c) do cruzamento de uma leitoa com um javali
da colônia. É geneticamente mais vantajoso devem resultar híbridos fêmeas com 38 cro-
para as operárias cuidarem das suas irmãs mossomos e híbridos machos com 36 cro-
que terem seus próprios filhos e filhas. mossomos.

145
d) os animais não puros terão o mesmo núme- b) organismos geneticamente modificados, nos
ro de cromossomos do porco doméstico, mas quais técnicas de engenharia genética per-
não o número cromossômico do javali. mitem que se manipulem genes da própria
e) os animais puros, aos quais o restaurante espécie, fazendo-os expressar características
se refere, são filhos de casais em que pelo desejáveis.
menos um dos animais paternos tem 36 cro- c) animais híbridos, obtidos a partir do cru-
mossomos. zamento entre indivíduos de espécies dife-
rentes, o que permite que características de
5. (Unesp) “Homen de gelo” era intolerante à uma espécie sejam expressas por espécies
lactose e pouco saudável não aparentadas.
Ötzi, o “homem de gelo” que viveu na Idade d) animais obtidos por seleção artificial, a par-
do Bronze e cujo corpo foi encontrado nos tir da variabilidade obtida por acasalamen-
Alpes italianos em 1991, tinha olhos e ca- tos direcionados, processo que permite ao
belos castanhos e era intolerante à lactose homem desenvolver em espécies domésticas
[...]. Essas características surgiram da análi- características de interesse comercial.
se do DNA da múmia [...]. Mutações do gene e) animais resultantes de mutação gênica, me-
MCM6 indicam que ele não conseguia digerir canismo a partir do qual os indivíduos da
a proteína da lactose encontrada no leite. espécie produzem novas características, em
Disponível em: <www.folha.uol.com.br>. resposta às necessidades impostas pelo am-
Acesso em: 28 fev. 2012. biente.

Considere as afirmações: 7. (Unesp) Três amostras de hemácias, A, B e


I. O texto apresenta uma incorreção bioló- C, foram isoladas do sangue de uma mesma
gica, pois a lactose não é uma proteína. pessoa e colocadas em soluções com diferen-
II. A mutação a qual o texto se refere deve tes concentrações de sal. A figura apresenta
impedir que o indivíduo intolerante à lac- as hemácias vistas ao microscópio quando co-
tose produza uma enzima funcional que a locadas nas diferentes soluções. Na linha in-
quebre em unidades menores, passíveis de ferior, representação esquemática das células
serem absorvidas pelo intestino. da linha superior. As setas indicam a movi-
III. A mutação que torna o indivíduo intole- mentação de água através da membrana.
rante à lactose é provocada pela presença
de leite na dieta, o que indica que Ötzi era
membro de uma tribo que tinha por hábi-
to o consumo de leite na idade adulta.
Assinale a alternativa correta.
a) As três afirmações estão erradas.
b) As três afirmações estão corretas.
c) Apenas a afirmação I está errada.
d) Apenas a afirmação II está errada.
e) Apenas a afirmação III está errada.

6. (Unesp) Considere o cartum. Pode-se afirmar que, depois de realizado o


experimento:
a) a concentração osmótica no interior da célu-
la A é maior que a concentração osmótica no
interior da célula B.
b) a concentração osmótica no interior da célu-
la C é maior que a concentração osmótica no
interior da célula B.
c) a concentração osmótica no interior das três
células é a mesma, assim como também o
era antes de terem sido colocadas nas res-
pectivas soluções.
d) a concentração osmótica no interior das três
células não é a mesma, assim como também
De maneira bem humorada e com certo exa- não o era antes de terem sido colocadas nas
gero, a figura faz referência aos: respectivas soluções.
a) organismos transgênicos, nos quais genes e) se as células A e B forem colocadas na solu-
de uma espécie são transferidos para outra ção na qual foi colocada a célula C, as três
espécie de modo que esta última expresse células apresentarão a mesma concentração
características da primeira. osmótica.

146
8. (Unesp) Em geral, os cromossomos sexuais nos mamíferos são iguais nas fêmeas e diferentes nos
machos. Nestes, o cromossomo do tipo Y possui genes, tamanho e morfologia diferentes daqueles
do cromossomo do tipo X. Nas aves, ocorre o contrário. A fêmea apresenta cromossomos sexuais
diferentes; nesse caso, chamados de tipo Z, o maior, e de tipo W, o menor.
As figuras A e B representam, respectivamente, os cromossomos de um homem e de um macho de
arara-azul. Em A são representados, no destaque, os cromossomos sexuais de uma mulher (XX) e,
em B, no destaque, os cromossomos sexuais de uma arara-azul fêmea (ZW).

Considerando tais informações, é correto afirmar que:


a) tanto em aves quanto em mamíferos, o conjunto de espermatozoides carregará sempre um cromosso-
mo sexual de um mesmo tipo.
b) tanto em aves quanto em mamíferos, o conjunto de óvulos carregará sempre um cromossomo sexual
de um mesmo tipo.
c) na gametogênese de fêmeas de aves, após a metáfase I, as duas células resultantes da divisão anterior
apresentarão cromossomos sexuais de mesmo tipo.
d) na gametogênese de machos de mamíferos, após a metáfase II, as duas células resultantes da divisão
anterior apresentarão cromossomos sexuais de mesmo tipo.
e) tanto na prole de aves quanto na de mamíferos, o zigoto que herdar o menor cromossomo sexual será
do sexo masculino.

9. (Unesp) No filme “Eu sou a lenda“, um vírus criado pelo homem espalhou-se por toda a população
de Nova Iorque. As vítimas do vírus, verdadeiros zumbis, vagam à noite pela cidade, à procura de
novas vítimas. No filme, Robert Neville (Will Smith) é um cientista que, sem saber como, tornou-se
imune ao vírus.
A obsessão de Neville é encontrar outros que, como ele, não estão infectados, e possibilitar um
mecanismo para a cura. A cura vem através do sangue: amostras de sangue de pessoas doentes
que melhoraram depois de infectadas pelo vírus, quando administradas a outros doentes, podem
promover a melhora.

147
Considerando-se o contido na sinopse do fil- 11. (Unesp) Devido à sua composição quími-
me, pode-se inferir que, mais provavelmen- ca – a membrana é formada por lipídios e
te, o princípio biológico utilizado por Neville proteínas –, ela é permeável a muitas subs-
para debelar a doença é a administração de: tâncias de natureza semelhante. Alguns íons
a) soro, composto de anticorpos presentes no também entram e saem da membrana com
sangue de pacientes contaminados. facilidade, devido ao seu tamanho. (...) No
b) soro, composto de antígenos presentes no entanto, certas moléculas grandes precisam
sangue de pacientes contaminados. de uma ajudinha extra para entrar na célula.
c) vacina, composta de anticorpos presentes Essa ajudinha envolve uma espécie de por-
no sangue de pacientes contaminados. teiro, que examina o que está fora e o ajuda
d) vacina, composta de antígenos presentes no a entrar.
sangue de pacientes contaminados. Solange Soares de Camargo. In: Biologia, Ensino
e) vírus atenuados, presentes no sangue de Médio. 2ª série, volume 1, SEE/SP, 2009.
pacientes que melhoraram ou no sangue de
No texto, e na ordem em que aparecem, a
pessoas imunes.
autora se refere:
a) ao modelo mosaico-fluído da membrana
10. (Unesp) Eu e meus dois papais
plasmática, à difusão e ao transporte ativo.
No futuro, quando alguém fizer aquele velho b) ao modelo mosaico-fluído da membrana plas-
comentário sobre crianças fofinhas: “Nossa, mática, à osmose e ao transporte passivo.
é a cara do pai!”, será preciso perguntar: “Do c) à permeabilidade seletiva da membrana
pai número um ou do número dois?”. A ideia plasmática, ao transporte ativo e ao trans-
parece absurda, mas, em princípio, não tem porte passivo.
nada de impossível. d) aos poros da membrana plasmática, à osmo-
A descoberta de que qualquer célula do nos- se e à difusão facilitada.
so corpo tem potencial para retornar a um e) aos poros da membrana plasmática, à difusão
estado primitivo e versátil pode significar e à permeabilidade seletiva da membrana.
que homens são capazes de produzir óvulos,
e mulheres têm chance de gerar espermato- 12. (Unesp) Um pesquisador analisou células
zoides. em divisão das gônadas e do trato digestório
Tudo graças às células-troco pluripotentes de um macho de uma nova espécie de mosca.
induzidas (IPS, do inglês induced pluripotent A partir de suas observações, fez as seguin-
stem-cells), cujas capacidades “miraculosas” tes anotações:
estão começando a ser estudadas. Elas são
funcionalmente idênticas às células-tronco Nas células do tecido I, em uma das fases
embrionárias, que conseguem dar origem a da divisão celular, veem-se 8 cromossomos,
todos os tecidos do corpo. Em laboratório, as cada um deles com uma única cromátide, 4
células IPS são revertidas ao estado embrio- deles migrando para um dos polos da célula
nário por meio de manipulação genética. e os outros 4 migrando para o polo oposto.
Revista Galileu, maio 2009.
Nas células do tecido II, em uma das fases
da divisão celular, veem-se 4 cromossomos,
Na reportagem, cientistas acenaram com a cada um deles com duas cromátides, 2 deles
possibilidade de uma criança ser gerada com migrando para um dos polos da célula e os
o material genético de dois pais, necessitan- outros 2 migrando para o polo oposto.
do de uma mulher apenas para a “barriga de Pode-se afirmar que as células do tecido I e
aluguel”. as células do tecido II são, respectivamente:
Um dos pais doaria o espermatozoide e o ou- a) da gônada e do trato digestório. Essa nova
tro uma amostra de células da pele que, re- espécie de mosca tem 2n = 2.
vertidas ao estado IPS, dariam origem à um b) da gônada e do trato digestório. Essa nova
ovócito pronto para ser fecundado in vitro. espécie de mosca tem 2n = 4.
Isto ocorrendo, a criança: c) do trato digestório e da gônada. Essa nova
a) necessariamente seria do sexo masculino. espécie de mosca tem 2n = 8.
b) necessariamente seria do sexo feminino. d) do trato digestório e da gônada. Essa nova
c) poderia ser um menino ou uma menina. espécie de mosca tem 2n = 2.
d) seria clone genético do homem que forneceu e) do trato digestório e da gônada. Essa nova
o espermatozoide. espécie de mosca tem 2n = 4.
e) seria clone genético do homem que forneceu
a célula da pele.

148
13. (Unesp) Empresa coreana apresenta cães 15. (Unesp) O diagrama representa o padrão de
feitos em clonagem comercial herança de uma doença genética que afeta
Cientistas sul-coreanos apresentaram cinco uma determinada espécie de animal silves-
clones de um cachorro e afirmam que a clo- tre, observado a partir de cruzamentos con-
nagem é a primeira realizada com sucesso trolados realizados em cativeiro.
para fins comerciais. A clonagem foi feita
pela companhia de biotecnologia a pedido
de uma cliente norte-americana, que pagou
por cinco cópias idênticas de seu falecido cão
pit bull chamado Booger. Para fazer o clone,
os cientistas utilizaram núcleos de células
retiradas da orelha do pit bull original, os
quais foram inseridos em óvulos anucleados
de uma fêmea da mesma raça, e posterior-
mente implantados em barrigas de aluguel
de outras cadelas.
Correio do Brasil, 05 ago. 2008 (Adaptado). A partir da análise da ocorrência da doença
entre os indivíduos nascidos dos diferentes
Pode-se afirmar que cada um desses clones cruzamentos, foram feitas as afirmações se-
apresenta: guintes.
a) 100% dos genes nucleares de Booger, 100% I. Trata-se de uma doença autossômica re-
dos genes mitocondriais da fêmea pit bull e cessiva.
nenhum material genético da fêmea na qual II. Os indivíduos I-1 e I-3 são obrigatoria-
ocorreu a gestação. mente homozigotos dominantes.
b) 100% dos genes nucleares de Booger, 50% do III. Não há nenhuma possibilidade de que
genes mitocondriais da fêmea pit bull e 50% um filhote nascido do cruzamento en-
dos genes mitocondriais da fêmea na qual tre os indivíduos II-5 e II-6 apresente
ocorreu a gestação. a doença.
c) 100% dos genes nucleares de Booger, 50% IV. O indivíduo III-1 só deve ser cruzado
dos genes mitocondriais de Booger, 50% do com o indivíduo II-5, uma vez que são
genes mitocondriais da fêmea pit bull e ne- nulas as possibilidades de que desse cru-
nhum material genético da fêmea na qual zamento resulte um filhote que apresen-
ocorreu a gestação. te a doença.
d) 50% dos genes nucleares de Booger, 50% dos É verdadeiro o que se afirma em:
genes nucleares da fêmea pit bull e 100% a) I, apenas.
dos genes mitocondriais da fêmea na qual b) II e III, apenas.
ocorreu a gestação. c) I, II e III, apenas.
e) 50% dos genes nucleares de Booger, 50% d) I e IV, apenas.
dos genes nucleares e 50% dos genes mito- e) III e IV, apenas.
condriais da fêmea pit bull e 50% dos genes
mitocondriais da fêmea na qual ocorreu a 16. (Unesp) Algumas células de cultura de teci-
gestação. do foram deixadas em um meio contendo um
precursor radioativo de RNA. Posteriormen-
14. (Unesp) As proteínas são moléculas com- te, essas células foram transferidas para um
plexas formadas por unidades denominadas meio sem essa substância. Após 3 minutos,
__________, que se unem umas às outras algumas células foram fixadas e radioauto-
por meio de __________. Cada unidade é grafadas. Esse procedimento se repetiu após
formada por um átomo de carbono, ao qual 15 e após 90 minutos. Os esquemas repre-
se ligam um grupo __________, um grupo sentam as células radioautografadas nos três
__________, que apresenta um átomo de ni- momentos, revelando a distribuição do pre-
trogênio, e um radical de estrutura variável. cursor radioativo nas mesmas.
Os termos que completam corretamente os
espaços em branco são, pela ordem:
a) monopeptídeos – ligação glicosídica – carbo-
xila – amina
b) monopeptídeos – ligação peptídica – amina
– carboxila
c) aminoácidos – ligação peptídica – carboxila
– amina
d) aminoácidos – ligação glicosídica – amina –
carboxila
e) nucleotídeos – reação de desidratação – car-
boxila – amina
149
Esses resultados ocorrem porque: As etapas que correspondem a 1, 2 e 3, res-
a) o RNA transportador leva o isótopo até o nu- pectivamente, e algumas organelas repre-
cléolo e posteriormente ao núcleo e citoplas- sentadas no esquema, estão corretamente
ma celular. listadas em:
b) a substância, ao ser deixada em situação de a) absorção de aminoácidos, síntese proteica e
desequilíbrio osmótico em relação à cultura
exportação de proteínas; retículo endoplas-
sem isótopo, dirige-se gradativamente para
o citoplasma celular, buscando a situação de mático, lisossomo e mitocôndria.
equilíbrio. b) fagocitose de macromoléculas, digestão ce-
c) a síntese de RNA, que se intensifica aos 90 lular e ingestão de resíduos; retículo endo-
minutos, esgota toda a substância presente plasmático, complexo de Golgi e lisossomo.
no núcleo, restando apenas no citoplasma. c) fagocitose de sais minerais, fotossíntese e
d) a produção de RNA, que ocorre inicialmente exportação de compostos orgânicos; cloro-
no núcleo celular, prossegue posteriormente plastos e vacúolos.
no citoplasma da célula. d) absorção de oxigênio, respiração celular e
e) a síntese de RNA ocorre no núcleo, sendo
eliminação de dióxido de carbono; mitocôn-
que posteriormente o RNA aí produzido mi-
drias e vacúolos.
gra para o citoplasma celular.
e) fagocitose de macromoléculas, digestão ce-
lular e exportação de proteínas; mitocôn-
17. (Unesp) Políticas de inclusão que conside- drias e lisossomos.
ram cotas para negros ou afrodescendentes
nas universidades públicas foram colocadas
19. (Unesp) Considere as seguintes formas de
em prática pela primeira vez na Universi-
dade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), em herança:
2001. Propostas como essas geram polêmicas I. Na planta boca-de-leão, há indivíduos
e dividem opiniões. Há vários argumentos homozigotos, cujo genótipo (CxCx) de-
contra e a favor. Os biólogos têm participado fine cor vermelha nas flores. Indivíduos
desse debate, contribuindo com os conheci- homozigotos com genótipos (CBCB) apre-
mentos biológicos referentes à raça e à he- sentam flores brancas. Os heterozigotos
rança da cor da pele humana, entre outros. resultantes do cruzamento entre essas
Assinale a afirmação considerada correta do duas linhagens (CxCB) apresentam flores
ponto de vista da biologia. de cor rosa.
a) Os critérios para se definirem duas popula- II. Em humanos, indivíduos com genótipos
ções como raças diferentes são científica e IAIA ou IAi apresentam tipo sanguíneo
consensualmente determinados. A e os com genótipos IBIB ou IBi apre-
b) Não encontramos, na história da biologia, sentam tipo sanguíneo B. Os alelos IA e
dúvidas sobre a existência de raças na espé- IB são, portanto, dominantes com relação
cie humana. ao alelo i. Por outro lado, o genótipo IAIB
c) A cor da pele humana é um exemplo de he- determina tipo sanguíneo AB.
rança quantitativa ou poligênica, o que signi- III.A calvície é determinada por um alelo
fica que vários genes atuam na sua definição. autossômico. Homens com genótipo C1C1
d) O fato de a cor da pele não ser influenciada (homozigotos) ou C1C2 (heterozigotos)
por fatores ambientais reforça a hipótese da são calvos, enquanto mulheres C1C1 são
existência de raças na espécie humana. calvas e C1C2 são normais. Tanto homens
e) A determinação da cor da pele humana se- quanto mulheres C2C2 são normais.
gue os padrões do tipo de herança qualitati- I, II e III são, respectivamente, exemplos de:
va e é um exemplo de codominância. a) dominância incompleta, codominância e ex-
pressão gênica influenciada pelo sexo.
18. (Unesp) No esquema estão representadas b) dominância incompleta, pleiotropia e pene-
etapas, numeradas de 1 a 3, de um impor- trância incompleta.
tante processo que ocorre no interior das cé- c) codominância, epistasia e pleiotropia.
lulas, e algumas organelas envolvidas direta d) epistasia, codominância e dominância in-
ou indiretamente com esse processo. completa.
e) herança poligênica, dominância incompleta
e expressão gênica influenciada pelo sexo.

Leia o texto a seguir para responder à ques-


tão 20.
Jamie Whitaker mal nasceu e já se tornou
celebridade. Jamie é o que já está sendo cha-
mado de “irmão salvador” pelos tabloides
(jornais populares) do Reino Unido, uma

150
criança gerada para fornecer tecidos vivos 22. (Unesp) No estudo da genética de popula-
para tentar salvar a vida de outro filho de ções, utiliza-se a fórmula p2 + 2pq + q2 = 1,
seus pais. O irmão de Jamie se chama Charlie na qual p indica a frequência do alelo do-
e sofre de uma forma rara de anemia causada minante e q indica a frequência do alelo re-
por anomalia genética... Como foi concebido cessivo. Em uma população em equilíbrio de
por técnicas de fertilização in vitro... Jamie Hardy-Weinberg, espera-se que:
pôde ter suas células testadas no útero, uma a) o genótipo homozigoto dominante tenha
forma de confirmar sua compatibilidade com frequência p2 = 0,25, o genótipo heterozi-
as de Charlie. goto tenha frequência 2pq = 0,5 e o genó-
LEITE, M. Ciência em dia. tipo homozigoto recessivo tenha frequência
Folha de S.Paulo, MAIS! 29 jun. 2003.
q2 = 0,25.
b) haja manutenção do tamanho da população
20. (Unesp) Em relação ao texto, podemos afir-
ao longo das gerações.
mar que:
c) os alelos que expressam fenótipos mais
a) ao fazer referência à técnica de fertilização in
adaptativos sejam favorecidos por seleção
vitro e de escolha de genótipos de seres hu-
natural.
manos, o texto nos coloca diante de situações
d) a somatória da frequência dos diferentes
concretas de biotecnologia e de bioética.
alelos, ou dos diferentes genótipos, seja
b) o fato relatado, embora envolva questões de
igual a 1.
biotecnologia, nada tem a ver com aspectos
e) ocorra manutenção das mesmas frequências
de bioética, pois não envolve escolha de ge-
genotípicas ao longo das gerações.
nótipo de seres humanos.
c) não se trata de uma questão que envolva
biotecnologia e bioética, pois as técnicas de 23. (Unesp) A partir dos anos 1900, uma série
fertilização in vitro já são de total domínio de observações e experimentos indicaram
e amplamente utilizadas pelos especialistas uma correlação entre o comportamento dos
na área de reprodução humana. cromossomos na célula em divisão e as leis
d) o caso relatado não envolve problemas de mendelianas.
bioética, uma vez que na concepção de Analise cada uma das afirmações seguintes.
Jamie foram empregadas técnicas de fertili- I. Na meiose I, a segregação dos homólogos
zação in vitro. de um par cromossômico corresponde, em
e) não se pode associar a fertilização in vitro efeito, à primeira lei de Mendel.
com biotecnologia ou com bioética, uma vez II. Na meiose I, a segregação dos homólogos
que o embrião, depois de selecionado, é im- dos diferentes pares cromossômicos cor-
plantado no útero materno, onde, de fato, se respondem, em efeito, à segunda lei de
dá o desenvolvimento do feto. Mendel.
III. Na meiose I, a segregação de cromos-
21. (Unesp) Considerando-se que a cor da pela- somos homólogos que apresentam os
gem de cobaias é determinada por um par de mesmos alelos resulta nas proporções
alelos, que pode apresentar dominância ou da geração F2 dos experimentos de
recessividade, foram realizados cruzamentos Mendel.
entre esses animais, conforme a tabela. IV. Na meiose II, a segregação das cromáti-
des dos diferentes pares cromossômicos
corresponde, em efeito, à segunda lei de
Mendel.
V. Genes localizados em regiões próximas de
um mesmo cromossomo implicam em dis-
torções das proporções mendelianas.
São afirmações corretas:
a) I, II, III, IV e V.
b) I, II, III e V, apenas.
c) I, II, IV e V, apenas.
A análise da tabela permite concluir que: d) I, II e IV, apenas.
a) no cruzamento I, os pais são heterozigotos. e) II e V, apenas.
b) no cruzamento II, são observados dois fenóti-
pos e três genótipos entre os descendentes.
c) no cruzamento III, os genótipos dos pais po-
dem ser diferentes.
d) no cruzamento IV, os pais são heterozigotos.
e) no cruzamento V, podem ocorrer três genóti-
pos diferentes entre os descendentes.

151
24. (Unesp) A respeito das mutações gênicas,
foram apresentadas as cinco afirmações se-
guintes.
I. As mutações podem ocorrer tanto em
células somáticas como em células
germinativas.
II. Somente as mutações ocorridas em células
somáticas poderão produzir alterações
transmitidas à sua descendência,
independentemente do seu sistema
reprodutivo.
III.Apenas as mutações que atingem as
células germinativas da espécie humana
podem ser transmitidas aos descendentes.
IV. As mutações não podem ser espontâneas,
mas apenas causadas por fatores
mutagênicos, tais como agentes químicos e
físicos.
V. As mutações são fatores importantes na
promoção da variabilidade genética e
para a evolução das espécies.
Assinale a alternativa que contém todas as
afirmações corretas.
a) I, II e III.
b) I, III e V.
c) I, IV e V.
d) II, III e IV.
e) II, III e V.

GABARITO
1. D 2. A 3. C 4. A 5. E
6. A 7. E 8. D 9. A 10. C
11. A 12. E 13. A 14. C 15. A
16. E 17. C 18. B 19. A 20. A
21. D 22. E 23. C 24. B

152
C N CIÊNCIAS DA NATUREZA
e suas tecnologias
FÍSICA
UNESP - Física
Mecânica 46%
Eletricidade 14%
Termologia 12%
Óptica 11%
Megnetismo 8%
Ondulatória 8%
Outros 1%
FÍSICA 1

Prescrição: Em mecânica, identificar diferentes formas e linguagens para representar movimentos; rela-
cionar e calcular grandezas que caracterizam movimentos; reconhecer causas da variação de movimentos
associadas a forças e ao tempo de duração das interações; prever e avaliar situações cotidianas que
envolvam movimentos, utilizando as leis de Newton; identificar fontes e transformações de energia em
movimentos; identificar e reconhecer os diferentes elementos que compõem o Sistema Solar e o Univer-
so; e comparar características e dimensões espaciais de corpos celestes (tamanhos e distâncias).

APLICAÇÃO DOS 3. (Unesp) Dois blocos idênticos, A e B, se des-


locam sobre uma mesa plana sob ação de
CONHECIMENTOS - SALA uma força de 10 N, aplicada em A, conforme
ilustrado na figura.

1. (Unesp) Um veículo A, locomovendo-se com


velocidade constante, ultrapassa um veículo
B, no instante t = 0, quando B está começan-
do a se movimentar.
Se o movimento é uniformemente acelerado,
e considerando que o coeficiente de atrito
cinético entre os blocos e a mesa é μ = 0,5, a
força que A exerce sobre B é:
a) 20 N.
b) 15 N.
c) 10 N.
d) 5 N.
e) 2,5 N.

4. (Unesp) Uma pedra é lançada por um garoto


Analisando os gráficos, pode-se afirmar que: segundo uma direção que forma ângulo de
a) B ultrapassou A no instante t = 8 s, depois 60° com a horizontal e com energia ciné-
de percorrer 160 m. tica inicial E. Sabendo que cos60° = 1/2 e
b) B ultrapassou A no instante t = 4 s, depois supondo que a pedra esteja sujeita exclu-
de percorrer 160 m. sivamente à ação da gravidade, o valor de
c) B ultrapassou A no instante t = 4 s, depois sua energia cinética no ponto mais alto da
de percorrer 80 m. trajetória vale:
d) B ultrapassou A no instante t = 8 s, depois a) zero.
de percorrer 320 m. b) E/4.
e) B ultrapassou A no instante t = 4 s, depois c) E/2.
de percorrer 180 m. d) 3E/4.
e) E.
2. (Unesp) Dois atletas estão correndo numa pista
de atletismo com velocidades constantes, mas 5. (Unesp) Em um teste de colisão, um auto-
diferentes. O primeiro atleta locomove-se com móvel de 1500 kg colide frontalmente com
velocidade v e percorre a faixa mais interna da uma parede de tijolos. A velocidade do au-
pista, que na parte circular tem raio R. O segun- tomóvel anterior ao impacto era de 15 m/s.
do atleta percorre a faixa mais externa, que tem Imediatamente após o impacto, o veículo
raio 3R/2. Num mesmo instante, os dois atletas é jogado no sentido contrário ao do movi-
entram no trecho circular da pista, completan- mento inicial com velocidade de 3 m/s. Se a
do-o depois de algum tempo. Se ambos deixam colisão teve duração de 0,15 s, a força mé-
este trecho simultaneamente, podemos afirmar dia exercida sobre o automóvel durante a
que a velocidade do segundo atleta é: colisão foi de:
a) 3v. a) 0,5 × 104 N.
b) 3v/2. b) 1 × 104 N.
c) v. c) 3 × 104 N.
d) 2v/3. d) 15 × 104 N.
e) v/3. e) 18 × 104 N.

155
6. (Unesp) Na figura, o bloco A, de volume V, 3. Considerando as forças que atuam em A:
encontra-se totalmente imerso num líquido F – fatA – FAB = mA · a
de massa específica d, e o bloco B, de volu- 10 – μ · m · g – FAB = m · a
me (3/2)V, totalmente imerso num líquido Considerando as forças que atuam em B:
de massa específica (2/3)d. Esses blocos es-
FAB – fatB = mB · a
tão em repouso, sem tocar o fundo do reci-
FAB – μ · m · g = m · a
piente, presos por um fio de massa despre-
zível, que passa por polias que podem girar Subtraindo uma equação da outra, temos:
sem atrito. 10 – FAB – FAB = 0 o 2FAB = 10 N
FAB = 5 N

4. Para um lançamento oblíquo, no ponto mais


alto, a velocidade corresponde à componente
x da velocidade inicial; logo:
vx = v ∙ cos60° o vx = 0,5 v
Calculando as energias cinéticas no momen-
to do lançamento (EcinA) e no ponto mais alto
(EcinB):
m(0,5v)2)
mv2 ; E = _________
EcinA = ____
2 cinB 2
Se mA e mB forem, respectivamente, as mas- Calculando a razão entre as energias, temos:
sas de A e B, ter-se-á: mv2
____
E
____ 2 EcinA
a) (mB/mA) = 2/3.
cinA
= _________ E = ____
EcinB m(0,5v)2 cinB 4
b) (mB/mA) = 1. _________
c) (mB/mA) = 6/5. 2
5.
d) (mB/mA) = 3/2.
e) (mB/mA) = 2.

RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA


|V0| = 15 m/s e |Vf| = 3 m/s
1. A partir do gráfico, é possível escrever as
Orientando-se positivamente para a esquer-
funções horárias das posições de A e B.
da, temos:
Para A:
V0 = –15 m/s; Vf = 3 m/s; 'V = Vf – V0 = 18 m/s
S = S0 + vt o SA = S0 + 20t
Aplicando-se o teorema do impulso:
Para B: oo
Icarro = 'Qcarro
Δv o a = ___
a = ___ 50 o a = 5 m/s2
Δt 10 Fm 't = m'V
5t2
at2 o S = S + 0t + ___ Fm · 0,15 = 1500 · 18
S = S0 + v0t + ___
2 B 0 2 Fm = 18 · 104 N
Calculando a posição de encontro para os ve-
ículos, considerando que ambos partem de 6. Considerando as forças que atuam em A:
um mesmo ponto inicial: T + E A – PA = 0
5t2
SA = SB o S0 + 20t = S0 + 0t + ___ T + d · g · V – mA · g = 0
2 Considerando as forças que atuam no corpo B:
5t2 = 40t o t = 8 s T + EB – PB = 0
Calculando a distância percorrida: 2d · g · ___
3V – m · g = 0 o
T + ___
SA = S0 + 20 · 8 3 2 B
oT + d · g · V – mB · g = 0
ΔS = 160 m
Subtraindo uma equação da outra, temos:
2. Os atletas fazem o trecho circular ao mesmo
tempo; logo, possuem a mesma velocidade mB · g – mA · g = 0
angular, sendo assim: mB
___
mA = 1
vB
___
v v v = ____
3Ro V = ___
ZA = ZB o ___A = ___B o __
GABARITO
3v
RA RB R 2 B
2

1. A 2. B 3. D 4. B 5. E
6. B
156
PRÁTICA DOS
CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Unesp) Em uma viagem de carro com sua
família, um garoto colocou em prática o que
havia aprendido nas aulas de física. Quan-
do seu pai ultrapassou um caminhão em um
trecho reto da estrada, ele calculou a velo-
cidade do caminhão ultrapassado utilizando
Nessas condições, quando o motor girar com
um cronômetro.
frequência fM as duas rodas do carrinho gi-
rarão com frequência fR. Sabendo que as
engrenagens A e C possuem 8 dentes, que
as engrenagens B e D possuem 24 dentes,
que não há escorregamento entre elas e que
fM = 13,5 Hz é correto afirmar que fR, em Hz,
é igual a:
a) 1,5.
b) 3,0.
c) 2,0.
d) 1,0.
e) 2,5.

3. (Unesp) Uma garota de 50 kg está brincando


em um balanço constituído de um assento
e de uma corda ideal que tem uma de suas
extremidades presa nesse assento e a outra,
O garoto acionou o cronômetro quando seu em um saco de areia de 66 kg que está apoia-
pai alinhou a frente do carro com a trasei- do, em repouso, sobre o piso horizontal. A
ra do caminhão e o desligou no instante em corda passa por duas roldanas ideais fixas
que a ultrapassagem terminou, com a trasei- no teto e, enquanto oscila, a garota percorre
ra do carro alinhada com a frente do cami- uma trajetória circular contida em um plano
nhão, obtendo 8,5 s para o tempo de ultra- vertical de modo que, ao passar pelo ponto
passagem. A, a corda fica instantaneamente vertical.
Em seguida, considerando a informação con-
tida na figura e sabendo que o comprimento
do carro era 4 m e que a velocidade do carro
permaneceu constante e igual a 30 m/s ele
calculou a velocidade média do caminhão,
durante a ultrapassagem, obtendo correta-
mente o valor:
a) 24 m/s.
b) 21 m/s.
c) 22 m/s.
d) 26 m/s.
e) 28 m/s.

2. (Unesp) Um pequeno motor a pilha é utili- Desprezando a resistência do ar e a massa


zado para movimentar um carrinho de brin- do assento, considerando g = 10 m/s2 e as
quedo. Um sistema de engrenagens transfor- informações contidas na figura, a maior ve-
ma a velocidade de rotação desse motor na locidade, em m/s, com a qual a garota pode
velocidade de rotação adequada às rodas do passar pelo ponto A sem que o saco de areia
carrinho. Esse sistema é formado por quatro perca contato com o solo é igual a:
engrenagens, A, B, C e D sendo que A está a) 2.
presa ao eixo do motor, B e C estão presas a b) 5.
um segundo eixo e D a um terceiro eixo, no c) 3.
qual também estão presas duas das quatro d) 4.
rodas do carrinho. e) 1.

157
4. (Unesp) Ótimos nadadores, os golfinhos con- Para chegar ao local do compromisso no novo
seguem saltar até 5 m acima do nível da água horário, desprezando-se o tempo parado
do mar. Considere que um golfinho de 100 para atender a ligação, João deverá desen-
kg inicialmente em repouso no ponto A si- volver, no restante do percurso, uma veloci-
tuado 3 m abaixo da linha da água do mar, dade média, em km/h no mínimo, igual a:
acione suas nadadeiras e atinja, no ponto B a) 120.
determinada velocidade, quando inicia o seu b) 60.
movimento ascendente e seu centro de massa c) 108.
descreve a trajetória indicada na figura pela d) 72.
linha tracejada. Ao sair da água, seu centro de e) 90.
massa alcança o ponto C a uma altura de 5 m
acima da linha da___
água, com módulo da velo- 6. (Unesp) A fotografia mostra um avião bom-
cidade igual a 4√ 10 m/s conforme a figura. bardeiro norte-americano B-52 despejando
bombas sobre determinada cidade no Vietnã
do Norte, em dezembro de 1972.

Considere que, no trajeto de B para C o gol-


finho perdeu 20% da energia cinética que
tinha ao chegar ao ponto B devido à resis-
tência imposta pela água ao seu movimento.
Desprezando a resistência do ar sobre o gol- Durante essa operação, o avião bombardeiro
finho fora da água, a velocidade da água do sobrevoou, horizontalmente e com velocida-
mar e adotando g = 10 m/s2 é correto afirmar de vetorial constante, a região atacada, en-
que o módulo da quantidade de movimen- quanto abandonava as bombas que, na foto-
to adquirida pelo golfinho no ponto B em grafia tirada de outro avião em repouso em
kg · m/s é igual a: relação ao bombardeiro, aparecem alinhadas
a) 1800. verticalmente sob ele, durante a queda. Des-
b) 2000. prezando a resistência do ar e a atuação de
c) 1600. forças horizontais sobre as bombas, é correto
d) 1000. afirmar que:
e) 800. a) no referencial em repouso sobre a superfície
da Terra, cada bomba percorreu uma trajetó-
5. (Unesp) João mora em São Paulo e tem um ria parabólica diferente.
compromisso às 16 h em São José dos Campos, b) no referencial em repouso sobre a superfície
distante 90 km de São Paulo. Pretendendo da Terra, as bombas estavam em movimento
fazer uma viagem tranquila, saiu, no dia do retilíneo acelerado.
compromisso, de São Paulo às 14 h planejan- c) no referencial do avião bombardeiro, a traje-
do chegar ao local pontualmente no horário tória de cada bomba é representada por um
marcado. Durante o trajeto, depois de ter per- arco de parábola.
corrido um terço do percurso com velocidade d) enquanto caíam, as bombas estavam todas
média de 45 km/h, João recebeu uma ligação em repouso, uma em relação às outras.
em seu celular pedindo que ele chegasse meia e) as bombas atingiram um mesmo ponto sobre
hora antes do horário combinado. a superfície da Terra, uma vez que caíram
verticalmente.

158
7. (Unesp) A figura representa uma cisterna com 9. (Unesp) Ao tentar arrastar um móvel de 120
a forma de um cilindro circular reto de 4 m kg sobre uma superfície plana e horizontal,
de altura instalada sob uma laje de concreto. dona Elvira percebeu que, mesmo exercendo
sua máxima força sobre ele, não consegui-
ria movê-lo, devido à força de atrito entre
o móvel e a superfície do solo. Chamou, en-
tão, dona Dolores, para ajudá-la. Empurran-
do juntas, elas conseguiram arrastar o móvel
em linha reta, com aceleração escalar cons-
tante de módulo 0,2 m/s2.
Sabendo que as forças aplicadas pelas duas
senhoras tinham a mesma direção e o mes-
mo sentido do movimento do móvel, que
Considere que apenas 20% do volume des- dona Elvira aplicou uma força de módulo
sa cisterna esteja ocupado por água. Sa- igual ao dobro da aplicada por dona Dolo-
bendo que a densidade da água é igual a res e que durante o movimento atuou sobre
1000 kg/m3 adotando g = 10 m/s2 e supon- o móvel uma força de atrito de intensidade
constante e igual a 240 N, é correto afirmar
do o sistema em equilíbrio, é correto afirmar
que o módulo da força aplicada por dona El-
que, nessa situação, a pressão exercida ape-
vira, em newtons, foi igual a:
nas pela água no fundo horizontal da cister-
a) 340.
na, em Pa, é igual a: b) 60.
a) 2000. c) 256.
b) 16000. d) 176.
c) 1000.
e) 120.
d) 4000.
e) 8000.
10. (Unesp) O bungee jump é um esporte radical
8. (Unesp) Enquanto movia-se por uma trajetó- no qual uma pessoa salta no ar amarrada pelos
ria parabólica depois de ter sido lançada obli- tornozelos ou pela cintura a uma corda elástica.
quamente e livre de resistência do ar, uma
bomba de 400 g explodiu em três partes, A e
B e C, de massas mA = 200 g e mB = mC = 100 g.
A figura representa as três partes da bomba
e suas respectivas velocidades em relação ao
solo, imediatamente depois da explosão.

Considere que a corda elástica tenha com-


primento natural (não deformada) de 10 m.
Depois de saltar, no instante em que a pessoa
passa pela posição A, a corda está totalmente
na vertical e com seu comprimento natural.
A partir daí, a corda é alongada, isto é, tem
seu comprimento crescente até que a pessoa
atinja a posição B, onde para instantanea-
mente, com a corda deformada ao máximo.

Analisando a figura, é correto afirmar que


a bomba, imediatamente antes de explodir,
tinha velocidade de módulo igual a:
a) 100 m/s e explodiu antes de atingir a altura
máxima de sua trajetória.
b) 100 m/s e explodiu exatamente na altura
máxima de sua trajetória.
c) 200 m/s e explodiu depois de atingir a altu-
ra máxima de sua trajetória.
d) 400 m/s e explodiu exatamente na altura
máxima de sua trajetória.
e) 400 m/s e explodiu depois de atingir a altu-
ra máxima de sua trajetória.
159
Desprezando a resistência do ar, é correto
afirmar que, enquanto a pessoa está descen-
do pela primeira vez depois de saltar, ela:
a) atinge sua máxima velocidade escalar quan-
do passa pela posição A.
b) desenvolve um movimento retardado desde
a posição A até a posição B.
c) movimenta-se entre A e B com aceleração,
em módulo, igual à da gravidade local.
d) tem aceleração nula na posição B.
e) atinge sua máxima velocidade escalar numa
posição entre A e B.

11. (Unesp) Um reservatório tem a forma de um As tabelas 1 e 2 indicam, respectivamente


paralelepípedo reto-retângulo com dimen- e de forma comparativa, as massas de cada
sões 2 m, 3 m e 4 m. A figura 1 o representa veículo e os raios de curvatura das curvas re-
apoiado sobre uma superfície plana horizon- presentadas na figura, nas posições onde se
tal, com determinado volume de água dentro encontram os veículos.
dele, até a altura de 2 m. Nessa situação, a TABELA 1 TABELA 2
pressão hidrostática exercida pela água no
Veículo Massa Curva Raio
fundo do reservatório é P1.
kart M Tala larga 2R
fórmula 1 3M do laço R
stock-car 6M Um 3R
Sendo FK, FF e FS os módulos das forças re-
sultantes centrípetas que atuam em cada um
dos veículos nas posições em que eles se en-
contram na figura, é correto afirmar que:
a) FS < FK < FF.
b) FK < FS < FF.
c) FK < FF < FS.
d) FF < FS < FK.
A figura 2 representa o mesmo reservató- e) FS < FF < FK.
rio apoiado de um modo diferente sobre a
mesma superfície horizontal e com a mesma
13. (Unesp) O sifão é um dispositivo que permite
quantidade de água dentro dele.
transferir um líquido de um recipiente mais
alto para outro mais baixo, por meio, por
exemplo, de uma mangueira cheia do mesmo
líquido. Na figura, que representa, esquema-
ticamente, um sifão utilizado para transferir
água de um recipiente sobre uma mesa para
outro no piso, R é um registro que, quan-
do fechado, impede o movimento da água.
Considerando o sistema em equilíbrio nas Quando o registro é aberto, a diferença de
duas situações e sendo P2 a pressão hidrostáti- pressão entre os pontos A e B provoca o esco-
ca exercida pela água no fundo do reservatório amento da água para o recipiente de baixo.
na segunda situação, é correto afirmar que:
a) P2 = P1.
b) P2 = 4P1.
c) P2 = P1/2.
d) P2 = 2P1.
e) P2 = P1/4.

12. (Unesp) A figura representa, de forma sim-


plificada, o autódromo de Tarumã, localizado
na cidade de Viamão, na Grande Porto Ale-
gre. Em um evento comemorativo, três veí-
culos de diferentes categorias do automobi-
lismo, um kart (K), um fórmula 1 (F) e um
stock car (S), passam por diferentes curvas
do circuito, com velocidades escalares iguais
e constantes.
160
Considere que os dois recipientes este- 16. (Unesp) O motorista de um veículo A é obri-
jam abertos para a atmosfera, que a densi- gado a frear bruscamente quando avista um
dade da água seja igual a 103 kg/m3 e que veículo B à sua frente, locomovendo-se no
g = 10 m/s2. De acordo com as medidas indi- mesmo sentido, com uma velocidade cons-
cadas na figura, com o registro R fechado, a tante menor que a do veículo A. Ao final da
diferença de pressão PA – PB, entre os pontos desaceleração, o veículo A atinge a mesma
A e B, em pascal, é igual a: velocidade que B, e passa também a se lo-
a) 4000. comover com velocidade constante. O mo-
b) 10000. vimento, a partir do início da frenagem, é
c) 2000. descrito pelo gráfico da figura.
d) 8000.
e) 12000.

14. (Unesp) Duas esferas, A e B, maciças e de


mesmo volume, são totalmente imersas
num líquido e mantidas em repouso pelos
fios mostrados na figura. Quando os fios são
cortados, a esfera A desce até o fundo do
recipiente e a esfera B sobe até a superfície,
onde passa a flutuar, parcialmente imersa
no líquido.
Considerando que a distância que separava
ambos os veículos no início da frenagem era
de 32 m, ao final dela a distância entre am-
bos é de:
a) 1,0 m.
b) 2,0 m.
c) 3,0 m.
d) 4,0 m.
e) 5,0 m.
Sendo PA e PB os módulos das forças peso de
A e B, e EA e EB os módulos das forças empuxo
que o líquido exerce sobre as esferas quan- 17. (Unesp) Dois líquidos não miscíveis, A e B,
do elas estão totalmente imersas, é correto com massas específicas μA e μB, respectiva-
afirmar que: mente, são colocados em um recipiente junto
a) PA < PB e EA = EB. com uma esfera cuja massa específica é μ. Se
b) PA < PB e EA < EB. μA < μ < μB, indique qual das figuras apre-
c) PA > PB e EA > EB. senta a disposição correta dos líquidos e da
d) PA > PB e EA < EB. esfera no recipiente.
e) PA > PB e EA = EB. a)

15. (Unesp) O teste Margaria de corrida em es-


cada é um meio rápido de medida de potên-
cia anaeróbica de uma pessoa. Consiste em
fazê-la subir uma escada de dois em dois
degraus, cada um com 18 cm de altura, par-
tindo com velocidade máxima e constante de
uma distância de alguns metros da escada. b)
Quando pisa no 8° degrau, a pessoa aciona
um cronômetro, que se desliga quando pisa
no 12° degrau. Se o intervalo de tempo regis-
trado para uma pessoa de 70 kg foi de 2,8 s
e considerando a aceleração da gravidade
igual a 10 m/s2, a potência média avaliada
por este método foi de: c)
a) 180 W.
b) 220 W.
c) 432 W.
d) 500 W.
e) 644 W.

161
d) região costeira, com 10 m de profundidade,
sua amplitude será:
a) 14 m.
b) 12 m.
c) 10 m.
d) 8 m.
e) 6 m.
e)
20. (Unesp) Depois de anos de interrupção,
ocorreu neste ano (2005) a retomada de lan-
çamentos do ônibus espacial pela Nasa, des-
ta vez com sucesso. Nas imagens divulgadas
do dia no ônibus espacial girando ao redor
da Terra, pudemos ver os astronautas rea-
lizando suas atividades, tanto fora da nave
18. (Unesp) Um bloco de massa mA desliza no
como no seu interior. Considerando que as
solo horizontal, sem atrito, sob ação de uma
força constante, quando um bloco de massa órbitas da nave e dos astronautas sejam cir-
mB é depositado sobre ele. Após a união, a culares, analise as afirmações seguintes.
força aplicada continua sendo a mesma, po- I. Não há trabalho realizado pela força gra-
rém a aceleração dos dois blocos fica reduzi- vitacional para manter um astronauta em
da à quarta parte da aceleração que o bloco órbita ao redor da Terra.
A possuía. Pode-se afirmar que a razão entre II. A aceleração de um astronauta girando ao
as massas, mA/mB, é: redor da Terra deve-se exclusivamente à
a) 1/3. ação da força gravitacional.
b) 4/3. III.A velocidade vetorial do astronauta ao re-
c) 3/2. dor da Terra é constante.
d) 1. Estão corretas as afirmações:
e) 2. a) II, somente.
b) III, somente.
19. (Unesp) No final de dezembro de 2004, um c) I e II, somente.
tsunami no oceano Índico chamou a atenção d) II e III, somente.
pelo seu poder de destruição. Um tsunami e) I, II e III.
é uma onda que se forma no oceano, geral-
mente criada por abalos sísmicos, atividades 21. (Unesp) Um corpo A de massa m, movendo-
vulcânicas ou pela queda de meteoritos. Este -se com velocidade constante, colide fron-
foi criado por uma falha geológica reta, mui- talmente com um corpo B, de massa M,
to comprida, e gerou ondas planas que, em inicialmente em repouso. Após a colisão,
alto mar, propagaram-se com comprimentos unidimensional e inelástica, o corpo A per-
de onda muito longos, amplitudes peque- manece em repouso e B adquire uma velo-
nas se comparadas com os comprimentos de cidade desconhecida. Pode-se afirmar que a
onda, mas com altíssimas velocidades. Uma razão entre a energia cinética final de B e a
onda deste tipo transporta grande quan- inicial de A é:
tidade de energia, que se distribui em um a) M2/m2.
longo comprimento de onda e, por isso, não b) 2m/M.
representa perigo em alto mar. No entanto, c) m/2M.
ao chegar à costa, onde a profundidade do d) M/m.
oceano é pequena, a velocidade da onda di- e) m/M.
minui. Como a energia transportada é pra-
ticamente conservada, a amplitude da onda 22. (Unesp) Dois blocos, A e B, de massas m e
aumenta, mostrando assim o seu poder de- 2m, respectivamente, ligados por um fio
vastador. Considere que a velocidade da onda
____ inextensível e de massa desprezível, estão
possa ser obtida pela relação v = √h∙g , onde inicialmente em repouso sobre um plano
g = 10 m/s2 e h são, respectivamente, a acele- horizontal sem atrito. Quando o conjunto é
ração da gravidade e a profundidade no local puxado para a direita pela força horizontal
de propagação. A energia da onda pode ser ____›
F aplicada em B, como mostra a figura, o fio
estimada através da relação E = kvA2, onde k
é uma constante de proporcionalidade e A é fica sujeito à tração T1. Quando puxado para
a amplitude da onda. Se o tsunami for gera- a esquerda por uma força de mesma intensi-
do em um local com 6250 m de profundidade dade que a anterior, mas agindo em sentido
e com amplitude de 2 m, quando chegar à contrário, o fio fica sujeito à tração T2.

162
Nessas condições, pode-se afirmar que o mó-
dulo de T2 é igual a:
a) 2T1.
__
b) √2 T1.
c) T1.
T1
d) ___
__ .
√2
e) T1/2.

23. (Unesp) Uma bola de futebol de massa m,


em repouso na marca do pênalti, é atingida
pela chuteira de um jogador e deixa a marca
com velocidade v. A chuteira permanece em
contato com a bola por um pequeno interva-
lo de tempo Δt. Nessas condições, a intensi-
dade da força média exercida pela chuteira
sobre a bola é igual a:
a) 1/2 mv2Δt.
b) mv2/2Δt.
c) m(Δt)2/2v.
d) mvΔt.
e) mv/Δt.

24. (Unesp) Um elétron entra em um tubo de


raios catódicos de um aparelho de TV com
velocidade inicial de 5 × 105 m/s. Acelerado
uniformemente, ele chega a atingir uma ve-
locidade de 5 × 106 m/s depois de percorrer
uma distância de 2,2 cm. O tempo gasto para
percorrer essa distância é de:
a) 8 × 10–9 s.
b) 11 × 10–9 s.
c) 22 × 10–9 s.
d) 55 × 10–9 s.
e) 8 × 10–8 s.

GABARITO
1. D 2. A 3. D 4. B 5. D
6. A 7. E 8. B 9. D 10. E
11. C 12. B 13. D 14. E 15. A
16. B 17. E 18. A 19. C 20. C
21. E 22. A 23. E 24. A

163
FÍSICA 2
Prescrição: Identificar fenômenos, fontes e sistemas que envolvam trocas de calor; identificar proprie-
dades térmicas dos materiais ou processos de trocas de calor; estimar trocas de calor envolvidas em
fenômenos térmicos; reconhecer representações adequadas dos ciclos de funcionamento de diferentes
máquinas térmicas; identificar e discriminar características físicas de ondas sonoras; analisar fenômenos
e equipamentos que envolvam a propagação da luz e formação de imagens; comparar diferentes instru-
mentos e sistemas utilizados para melhorar ou ampliar a visão; associar a cor de um objeto a formas de
interação da luz com a matéria; e identificar os principais meios de produção, propagação e detecção de
ondas eletromagnéticas no cotidiano.

APLICAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS - SALA
1. (Unesp) Um bloco de certa liga metálica, de
massa 250 g, é transferido de uma vasilha,
que contém água fervendo em condições Os ângulos de incidência e de refração me-
normais de pressão, para um calorímetro dem, respectivamente:
contendo 400 g de água à temperatura de a) 62° e 38°.
10 °C. Após certo tempo, a temperatura no b) 58° e 32°.
calorímetro se estabiliza em 20 °C. Supondo c) 90° e 38°.
que toda a quantidade de calor cedida pela d) 32° e 90°.
liga tenha sido absorvida pela água do calo- e) 58° e 45°.
rímetro, pode-se dizer que a razão entre o
calor específico da água e o calor específico 4. (Unesp) Um objeto de 2 cm de altura é co-
da liga metálica é igual a: locado a certa distância de uma lente con-
a) 1. vergente. Sabendo-se que a distância focal
b) 2. da lente é 20 cm e que a imagem se forma a
c) 3. 50 cm da lente, do mesmo lado que o objeto,
d) 4. pode-se afirmar que o tamanho da imagem é:
e) 5. a) 0,07 cm.
b) 0,6 cm.
2. (Unesp) A energia interna U de uma certa c) 7,0 cm.
quantidade de gás, que se comporta como gás d) 33,3 cm.
ideal, contida em um recipiente, é propor- e) 60,0 cm.
cional à temperatura T, e seu valor pode ser
calculado utilizando a expressão U = 12,5 T. A 5. (Unesp) Três feixes paralelos de luz, de co-
temperatura deve ser expressa em kelvins e a res vermelha, amarela e azul, incidem sobre
energia, em joules. Se inicialmente o gás está uma lente convergente de vidro crown, com
à temperatura T = 300 K e, em uma transfor- direções paralelas ao eixo da lente. Sabe-se
mação a volume constante, recebe 1250 J de que o índice de refração n desse vidro de-
uma fonte de calor, sua temperatura final será: pende do comprimento de onda da luz, como
a) 200 K. mostrado no gráfico da figura.
b) 300 K.
c) 400 K.
d) 600 K.
e) 800 K.

3. (Unesp) Um raio de luz monocromática inci-


de sobre a superfície plana de um bloco de
vidro de tal modo que o raio refletido R for-
ma um ângulo de 90° com o raio refratado r.
O ângulo entre o raio incidente I e a super-
fície de separação dos dois meios mede 32° Após atravessar a lente, cada feixe irá
como mostra a figura. convergir para um ponto do eixo, a uma

165
distância f do centro da lente. Sabendo que 4. Primeiro, devemos calcular a posição do ob-
os comprimentos de onda da luz azul, amare- jeto, considerando que a imagem é virtual,
la e vermelha são 450 nm, 575 nm e 700 nm de acordo com o enunciado.
respectivamente, pode-se afirmar que: __ 1 + __
1 = __ 1 o ___
1 = __ 1
1 + _____
a) f(azul) = f(amarelo) = f(vermelho). f p p’ 20 p (- 50)
b) f(azul) = f(amarelo) < f(vermelho). 1 ___1 ___
1 100
__ ____
c) f(azul) > f(amarelo) > f(vermelho). p = 20 + 50 o p = 7 cm
d) f(azul) < f(amarelo) < f(vermelho). Agora, podemos calcular o tamanho da ima-
e) f(azul) = f(amarelo) > f(vermelho). gem:
-p’ _i
___ - 50 = __i o i = 7 cm
____
6. (Unesp) Em um exame de audiometria, uma p = s o ____
100 2
pessoa foi capaz de ouvir frequências entre 7
50 Hz e 3 kHz. Sabendo-se que a velocidade
do som no ar é 340 m/s, o comprimento de 5. De acordo com o gráfico, a convergência da
onda correspondente ao som de maior frequ- lente aumenta quando o comprimento de
ência (mais agudo) que a pessoa ouviu foi: onda, sendo assim a distância f para os com-
a) 3 × 10–2 cm. primentos de onda serão maiores para com-
b) 0,5 cm. primentos de onda maiores, logo:
c) 1,0 cm. f(azul) < f(amarelo) < f(vermelho)
d) 11,3 cm. 6. A maior frequência corresponde a 3 kHz
e) 113,0 cm. (3000 Hz).
De acordo com a equação fundamental:
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA v = l · f o 340 = l · 3000
l = 0,113 m o l = 11,3 cm
1. Considere que há trocas de calor apenas en-
tre a água e o bloco de metal.
Antes de ser transferido ao calorímetro, o
bloco se encontrava em equilíbrio térmico
GABARITO
com água fervendo; logo, sua temperatura
inicial é 100 °C. 1. E 2. C 3. B 4. C 5. D
QA + QM = 0 o 6. D
omA · cA · (20 – 10) + mM · cM · (20 – 100) = 0
400 · cA · 10 + 250 · cM · (–80) = 0 o

cM
o4000 · cA = 20000 · cM o __
c =5 A

2. De acordo com a primeira lei da termodinâ-


mica, temos:

Q = ΔU + W; onde ΔU = 12,5(T – T0)


A transformação ocorre com volume cons-
tante; logo, o trabalho é nulo. Sendo assim:
Q = 12,5 (T – T0) o 1250 = 12,5 (T – 300)
oT = 400 K
3. Primeiramente, devemos calcular o ângulo
de incidência:
i = 90° – 32° o i = 58°
De acordo com a lei de reflexão, o ângulo de
incidência é igual ao ângulo de reflexão; logo:
R = i o R = 58°
Para calcular o ângulo de refração, devemos
considerar a figura:
r + a = 90° e a + 32 = 90°
Subtraindo as equações, temos:
r – 32° = 0; r = 32°

166
PRÁTICA DOS 2. (Unesp) A energia contida nos alimentos
Para determinar o valor energético de um
CONHECIMENTOS - E.O. alimento, podemos queimar certa quanti-
dade desse produto e, com o calor liberado,
aquecer determinada massa de água. Em se-
1. (Unesp) guida, mede-se a variação de temperatura
sofrida pela água depois que todo o produto
foi queimado, e determina-se a quantidade
de energia liberada na queima do alimento.
Essa é a energia que tal alimento nos fornece
se for ingerido.
No rótulo de um pacote de castanha de caju,
está impressa a tabela a seguir, com infor-
mações nutricionais sobre o produto.

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL
Porção 15 g
O topo da montanha é gelado porque o ar
quente da base da montanha, regiões baixas, Quantidade por porção
vai esfriando à medida que sobe. Ao subir,
o ar quente fica sujeito a pressões menores, Valor energético 90 kcal
o que o leva a se expandir rapidamente e, Carboidratos 4,2 g
em seguida, a se resfriar, tornando a atmos-
fera no topo da montanha mais fria que a Proteínas 3g
base. Além disso, o principal aquecedor da Gorduras totais 7,3 g
atmosfera é a própria superfície da Terra.
Ao absorver energia radiante emitida pelo Gorduras saturadas 1,5 g
Sol, ela esquenta e emite ondas eletromag-
Gordura trans 0g
néticas aquecendo o ar ao seu redor. E os
raios solares que atingem as regiões altas Fibra alimentar 1g
das montanhas incidem em superfícies que
absorvem quantidades menores de radiação, Sódio 45 g
por serem inclinadas em comparação com as Fonte: <www.brcaju.com.br>.
superfícies horizontais das regiões baixas.
Em grandes altitudes, a quantidade de ener- Considere que 150 g de castanha tenham
gia absorvida não é suficiente para aquecer sido queimados e que determinada massa de
o ar ao seu redor. água, submetida à chama dessa combustão,
Adaptado de: <http://super.abril.com.br>. tenha sido aquecida de 15 °C para 87 °C.
Sabendo que o calor específico da água líqui-
Segundo o texto e conhecimentos de Física, da é igual a 1 cal/g °C e que apenas 60% da
o topo da montanha é mais frio que a base energia liberada na combustão tenha efeti-
devido:
vamente sido utilizada para aquecer a água,
a) à expansão adiabática sofrida pelo ar quan-
é correto afirmar que a massa m, em gramas,
do sobe e ao fato de o ar ser um bom condu-
de água aquecida era igual a:
tor de calor, não retendo energia térmica e
a) 10000.
esfriando.
b) 5000.
b) à expansão adiabática sofrida pelo ar quan-
c) 12500.
do sobe e à pouca irradiação recebida da su-
perfície montanhosa próxima a ele. d) 7500.
c) à redução da pressão atmosférica com a al- e) 2500.
titude e ao fato de as superfícies inclinadas
das montanhas impedirem a circulação do ar 3. (Unesp) Um frasco para medicamento com
ao seu redor, esfriando-o. capacidade de 50 mL, contém 35 mL de re-
d) à transformação isocórica pela qual passa o médio, sendo o volume restante ocupado por
ar que sobe e à pouca irradiação recebida da ar. Uma enfermeira encaixa uma seringa
superfície montanhosa próxima a ele. nesse frasco e retira 10 mL do medicamen-
e) à expansão isotérmica sofrida pelo ar quan- to, sem que tenha entrado ou saído ar do
do sobe e à ausência do fenômeno da con- frasco. Considere que durante o processo a
vecção que aqueceria o ar. temperatura do sistema tenha permanecido
constante e que o ar dentro do frasco possa
ser considerado um gás ideal.

167
De acordo com a física térmica, o único pro-
cedimento capaz de separá-los é:
a) mergulhar o copo B em água em equilíbrio
térmico com cubos de gelo e encher o copo
A com água à temperatura ambiente.
b) colocar água quente (superior à temperatura
ambiente) no copo A.
c) mergulhar o copo B em água gelada (inferior
à temperatura ambiente) e deixar o copo A
sem líquido.
d) encher o copo A com água quente (supe-
rior à temperatura ambiente) e mergulhar o
copo B em água gelada (inferior à tempera-
tura ambiente).
Na situação final em que a seringa com o me-
e) encher o copo A com água gelada (inferior à
dicamento ainda estava encaixada no frasco,
temperatura ambiente) e mergulhar o copo
a retirada dessa dose fez com que a pressão B em água quente (superior à temperatura
do ar dentro do frasco passasse a ser, em re- ambiente).
lação à pressão inicial:
a) 60% maior. 6. (Unesp) Um recipiente contendo um certo gás
b) 40% maior. tem seu volume aumentado graças ao trabalho
c) 60% menor. de 1664 J realizado pelo gás. Neste processo,
d) 40% menor. não houve troca de calor entre o gás, as pare-
e) 25% menor. des e o meio exterior. Considerando que o gás
seja ideal, a energia de 1 mol desse gás e a sua
4. (Unesp) A dilatação térmica dos sólidos é um temperatura obedecem à relação U = 20,8 T,
onde a temperatura T é medida em kelvin e a
fenômeno importante em diversas aplicações
energia U em joule. Pode-se afirmar que nessa
de engenharia, como construções de pontes,
transformação a variação de temperatura de
prédios e estradas de ferro. Considere o caso
um mol desse gás, em kelvin, foi de:
dos trilhos de trem serem de aço, cujo coefi- a) 50.
ciente de dilatação é 𝛂 = 11 × 10–6 °C–1. Se a b) –60.
10 °C o comprimento de um trilho é de 30 m, c) –80.
de quanto aumentaria o seu comprimento se d) 100.
a temperatura aumentasse para 40 °C? e) 90.
a) 11 × 10–4 m.
b) 33 × 10–4 m. 7. (Unesp) Em um dia ensolarado, a potência
c) 99 × 10–4 m. média de um coletor solar para aquecimento
d) 132 × 10–4 m. de água é de 3 kW. Considerando a taxa de
e) 165 × 10–4 m. aquecimento constante e o calor específico
da água igual a 4200 J/(kg °C), o tempo gas-
to para aquecer 30 kg de água de 25 °C para
5. (Unesp) Dois copos de vidro iguais, em equi-
60 °C será, em minutos, de:
líbrio térmico com a temperatura ambiente,
a) 12,5.
foram guardados, um dentro do outro, con-
b) 15.
forme mostra a figura. Uma pessoa, ao ten- c) 18.
tar desencaixá-los, não obteve sucesso. Para d) 24,5.
separá-los, resolveu colocar em prática seus e) 26.
conhecimentos da física térmica.
8. (Unesp) Uma garrafa de cerveja e uma lata
de cerveja permanecem durante vários dias
numa geladeira. Quando se pegam com as
mãos desprotegidas a garrafa e a lata para
retirá-las da geladeira, tem-se a impressão
de que a lata está mais fria do que a garrafa.
Este fato é explicado pelas diferenças entre:
a) as temperaturas da cerveja na lata e da cer-
veja na garrafa.
b) as capacidades térmicas da cerveja na lata e
da cerveja na garrafa.
c) os calores específicos dos dois recipientes.

168
d) os coeficientes de dilatação térmica dos dois De acordo com o texto, a miopia causada por
recipientes. essa doença deve-se ao fato de, ao tornar-se
e) as condutividades térmicas dos dois reci- mais intumescido, o cristalino ter sua dis-
pientes. tância focal:
a) aumentada e tornar-se mais divergente.
9. (Unesp) Quando entrou em uma óptica para b) reduzida e tornar-se mais divergente.
comprar novos óculos, um rapaz deparou-se c) aumentada e tornar-se mais convergente.
com três espelhos sobre o balcão: um plano, d) aumentada e tornar-se mais refringente.
um esférico côncavo e um esférico convexo, e) reduzida e tornar-se mais convergente.
todos capazes de formar imagens nítidas de
objetos reais colocados à sua frente. Notou 11. (Unesp) Dois raios luminosos monocromáti-
ainda que, ao se posicionar sempre a mesma cos, um azul e um vermelho, propagam-se no
distância desses espelhos, via três diferen- ar, paralelos entre si, e incidem sobre uma
tes imagens de seu rosto, representadas na esfera maciça de vidro transparente
__ de cen-
figura a seguir. tro C e de índice de refração √ 3 nos pontos
A e V. Após atravessarem a esfera, os raios
emergem pelo ponto P de modo que o ângulo
entre eles é igual a 60°.

Em seguida, associou cada imagem vista


por ele a um tipo de espelho e classificou-as
quanto às suas naturezas.
Uma associação correta feita pelo rapaz está
indicada na alternativa: Considerando que o índice de refração abso-__
a) o espelho é o côncavo e a imagem conjugada √
luto do ar seja igual a 1 que sen(60°) = ___3
por ele é real. 2
que sen(30°) = __1 o ângulo a indicado na fi-
b) o espelho é o plano e a imagem conjugada 2
por ele é real. gura é igual a:
c) o espelho é o côncavo e a imagem conjugada a) 90°.
por ele é virtual. b) 165°.
d) o espelho é o plano e a imagem conjugada c) 120°.
por ele é virtual. d) 135°.
e) o espelho é o convexo e a imagem conjugada e) 150°.
por ele é virtual.
12. (Unesp) Nas câmeras fotográficas digitais, os
10. (Unesp) Dentre as complicações que um por-
filmes são substituídos por sensores digitais,
tador de diabetes não controlado pode apre-
como um CCD (sigla em inglês para disposi-
sentar está a catarata, ou seja, a perda da
tivo de carga acoplada). Uma lente esférica
transparência do cristalino, a lente do olho.
Em situações de hiperglicemia, o cristalino convergente denominada objetiva, projeta
absorve água, fica intumescido e tem seu uma imagem nítida, real e invertida do obje-
raio de curvatura diminuído (figura 1), o to que se quer fotografar sobre o CCD, que lê
que provoca miopia no paciente. À medida e armazena eletronicamente essa imagem.
que a taxa de açúcar no sangue retorna aos A figura representa esquematicamente uma
níveis normais, o cristalino perde parte do câmera fotográfica digital. A lente objetiva
excesso de água e volta ao tamanho original tem distância focal constante e foi montada
(figura 2). A repetição dessa situação altera dentro de um suporte S indicado na figura,
as fibras da estrutura do cristalino, provo- que pode mover-se para a esquerda, afastan-
cando sua opacificação. do a objetiva do CCD ou para a direita, apro-
Adaptado de: <www.revistavigor.com.br>. ximando-a dele. Na situação representada, a
objetiva focaliza com nitidez a imagem do
objeto O sobre a superfície do CCD.

169
Considere a equação dos pontos conjugados 15. (Unesp) Nas fotos da prova de nado sincro-
para lentes esféricas, em que F é a distância nizado, tiradas com câmaras submersas na
focal da lente, p a coordenada do objeto e piscina, quase sempre aparece apenas a parte
p’ a coordenada da imagem. Se o objeto se do corpo das nadadoras que está sob a água,
aproximar da câmera sobre o eixo óptico da a parte superior dificilmente se vê. Se essas
lente e a câmera for mantida em repouso em fotos são tiradas exclusivamente com ilumi-
relação ao solo, supondo que a imagem per- nação natural, isso acontece porque a luz que:
maneça real, ela tende a mover-se para a: a) vem da parte submersa do corpo das nada-
a) esquerda e não será possível mantê-la sobre doras atinge a câmara, mas a luz que vem de
o CCD. fora da água não atravessa a água, devido à
b) esquerda e será possível mantê-la sobre o reflexão total.
b) vem da parte submersa do corpo das nada-
CCD movendo-se a objetiva para a esquerda.
doras atinge a câmara, mas a luz que vem de
c) esquerda e será possível mantê-la sobre o fora da água é absorvida pela água.
CCD movendo-se a objetiva para a direita. c) vem da parte do corpo das nadadoras que
d) direita e será possível mantê-la sobre o CCD está fora da água é desviada ao atravessar a
movendo-se a objetiva para a esquerda. água e não converge para a câmara, ao con-
e) direita e será possível mantê-la sobre o CCD trário da luz que vem da parte submersa.
movendo-se a objetiva para a direita. d) emerge da câmara ilumina a parte submersa
do corpo das nadadoras, mas a parte de fora
13. (Unesp) Para observar uma pequena folha da água não, devido ao desvio sofrido pela
em detalhes, um estudante utiliza uma len- luz na travessia da superfície.
te esférica convergente funcionando como e) emerge da câmara ilumina a parte submersa
do corpo das nadadoras, mas aparte de fora
lupa. Mantendo a lente na posição vertical e
da água não é iluminada devido à reflexão
parada a 3 cm da folha, ele vê uma imagem total ocorrida na superfície.
virtual ampliada 2,5 vezes.
16. (Unesp) O objeto ABC encontra-se em frente
de um pequeno espelho plano E, como mos-
tra a figura adiante.
A figura que melhor representa o espelho E,
o objeto ABC e sua imagem I é:

Considerando válidas as condições de niti-


dez de Gauss, a distância focal, em cm, da
lente utilizada pelo estudante é igual a:
a) 5.
b) 2.
c) 6.
d) 4.
e) 3. 17. (Unesp) Uma corda elástica está inicialmen-
te esticada e em repouso, com uma de suas
extremidades fixa em uma parede e a outra
14. (Unesp) Considere as cinco posições de uma
presa a um oscilador capaz de gerar ondas
lente convergente, apresentadas na figura. transversais nessa corda. A figura representa
o perfil de um trecho da corda em determi-
nado instante posterior ao acionamento do
oscilador e um ponto P que descreve um mo-
vimento harmônico vertical, indo desde um
ponto mais baixo (vale da onda) até um mais
alto (crista da onda).

A única posição em que essa lente, se tiver


a distância focal adequada, poderia formar
a imagem real I do objeto O, indicados na
figura, é a identificada pelo número:
a) 1. b) 2. c) 3. d) 4. e) 5.

170
Sabendo que as ondas se propagam nessa corda com velocidade constante de 10 m/s e que a frequência
do oscilador também é constante, a velocidade escalar média do ponto P, em m/s, quando ele vai
de um vale até uma crista da onda no menor intervalo de tempo possível, é igual a:
a) 4.
b) 8.
c) 6.
d) 10.
e) 12.

18. (Unesp) Um experimento foi feito com a finalidade de determinar a frequência de vibração de um
diapasão. Um tubo cilíndrico aberto em suas duas extremidades foi parcialmente imerso em um
recipiente com água e o diapasão vibrando foi colocado próximo ao topo desse tubo, conforme a
figura 1. O comprimento L da coluna de ar dentro do tubo foi ajustado movendo-o verticalmente.
Verificou-se que o menor valor de L, para o qual as ondas sonoras geradas pelo diapasão são refor-
çadas por ressonância dentro do tubo, foi de 10 cm conforme a figura 2.

Considerando a velocidade de propagação do som no ar igual a 340 m/s é correto afirmar que a
frequência de vibração do diapasão, em Hz é igual a:
a) 425.
b) 850.
c) 1360.
d) 3400.
e) 1700.

19. (Unesp) Observe o espectro de radiação eletromagnética com a porção visível pelo ser humano em
destaque. A cor da luz visível ao ser humano é determinada pela frequência f, em Hertz (Hz). No
espectro, a unidade de comprimento de onda l é o metro (m) e, no destaque, é o nanômetro (nm).

Sabendo que a frequência f é inversamente proporcional ao comprimento de onda Osendo a cons-


tante de proporcionalidade igual à velocidade da luz no vácuo de, aproximadamente, 3 · 108 m/s e
que 1 nanômetro equivale a 1 · 10–9 m, pode-se deduzir que a frequência da cor, no ponto do destaque
indicado pela flecha, em Hz, vale aproximadamente:
a) 6,6 · 1014.
b) 2,6 · 1014.
c) 4,5 · 1014.
d) 1,5 · 1014.
e) 0,6 · 1014.

171
20. (Unesp) Considere um lago onde a veloci- 22. (Unesp) A frequência de uma corda vibrante
dade de propagação das ondas na superfície fixa nas extremidades
__ é dada pela expressão
não dependa do comprimento de onda, mas n T
apenas da profundidade.
___ Essa relação pode
___
2ℓ √__
f = ( )· μ , onde n é um número inteiro,
ser dada por v = √ gd , onde g é a aceleração ℓ é o comprimento da corda, T é tensão à
da gravidade e d é a profundidade. Duas re- qual a corda está submetida e μ é a sua den-
giões desse lago têm diferentes profundida- sidade linear.
des, como ilustrado na figura.
Uma violinista afina seu instrumento no
interior de um camarim moderadamente
iluminado e o leva ao palco, iluminado por
potentes holofotes. Lá, ela percebe que o
seu violino precisa ser afinado novamente, o
que costuma acontecer habitualmente. Uma
justificativa correta para esse fato é que as
cordas se dilatam devido ao calor recebido
O fundo do lago e formado por extensas pla- diretamente dos holofotes por:
taformas planas em dois níveis; um degrau a) irradiação, o que reduz a tensão a que elas
separa uma região com 2,5 m de profundi- estão submetidas, tornando os sons mais
dade de outra com 10 m de profundidade. graves.
Uma onda plana, com comprimento de onda b) condução, o que reduz a tensão a que elas
l, forma-se na superfície da região rasa do estão submetidas, tornando os sons mais
agudos.
lago e propaga-se para a direita, passando
c) irradiação, o que aumenta a tensão a que
pelo desnível. Considerando que a onda em
elas estão submetidas, tornando os sons
ambas as regiões possui mesma frequência, mais agudos.
pode-se dizer que o comprimento de onda na d) irradiação, o que reduz a tensão a que elas
região mais profunda e: estão submetidas, tornando os sons mais
a) l/2. agudos.
b) 2l. e) convecção, o que aumenta a tensão a que
c) l. elas estão submetidas, tornando os sons
d) 3 l/2. mais graves.
e) 2l/3.

21. (Unesp) Cada figura seguinte representa, 23. (Unesp) Os gráficos I e II, desenhados numa
num dado instante, o valor (em escala arbi- mesma escala, representam a posição x em
trária) do campo elétrico. E associado a uma função do tempo t de dois objetos descreven-
onda eletromagnética que se propaga no vá- do movimentos oscilatórios periódicos.
cuo ao longo do eixo x, correspondente a uma
determinada cor. As cores representadas são
violeta, verde e laranja, não necessariamente
nesta ordem. Sabe-se que a frequência da luz
violeta é a mais alta dentre as três cores, en-
quanto a da luz laranja é a mais baixa.

Denominando A1 e A2 e f1 e f2, respectiva-


mente, as amplitudes e as frequências de
oscilação associadas a esses movimentos,
pode-se afirmar que:
a) A1 = A2 e f1 = f2.
b) A1 = 2A2 e f1 = 2f2.
c) A1 = 0,5A2 e f1 = 0,5f2.
Identifique a alternativa que associa correta- d) A1 = 0,5A2 e f1 = 2f2.
mente, na ordem de cima para baixo, cada cor e) A1 = 2 A2 e f1 = 0,5f2.
com sua respectiva representação gráfica.
a) laranja, violeta, verde.
b) violeta, verde, laranja.
c) laranja, verde, violeta.
d) violeta, laranja, verde.
e) verde, laranja, violeta.
172
24. (Unesp) Isaac Newton demonstrou, mesmo
sem considerar o modelo ondulatório, que a
luz do Sol, que vemos branca, é o resultado
da composição adequada das diferentes co-
res. Considerando hoje o caráter ondulatório
da luz, podemos assegurar que ondas de luz
correspondentes às diferentes cores terão
sempre, no vácuo:
a) o mesmo comprimento de onda.
b) a mesma frequência.
c) o mesmo período.
d) a mesma amplitude.
e) a mesma velocidade.

GABARITO
1. B 2. D 3. D 4. C 5. E
6. C 7. D 8. E 9. C 10. E
11. C 12. D 13. A 14. C 15. C
16. E 17. B 18. B 19. A 20. B
21. A 22. A 23. C 24. E

173
FÍSICA 3

Prescrição: Identificar interações elétricas; analisar situações de equilíbrio eletrostático; identificar a


função de geradores, resistores e capacitores em circuitos elétricos; aplicar as leis de Kirchhoff e de Ohm
na análise de circuitos elétricos; compreender o funcionamento de motores e geradores elétricos; analisar
o movimento de cargas em campos eletromagnéticos; compreender fenômenos associados à alteração
no fluxo magnético; e aplicar as leis de Faraday e de Lenz.

APLICAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS - SALA
1. (Unesp) Um dispositivo para medir a carga
elétrica de uma gota de óleo é constituído de
um capacitor polarizado no interior de um
recipiente convenientemente vedado, como
ilustrado na figura.
Considerando todos os fios utilizados na
ligação como ideais e que as lâmpadas es-
tejam acesas e brilhando com as potências
desejadas, é correto afirmar que os valores
das resistências de R1 e R2, em ohms, são,
respectivamente, iguais a:
a) 200 e 100.
b) 200 e 150.
c) 100 e 150.
d) 100 e 300.
e) 100 e 200.

3. (Unesp) Meu chuveiro, instalado em 220 V e


A gota de óleo, com massa m, é abandonada dissipando 2,2 kW, teve sua resistência quei-
a partir do repouso no interior do capacitor, mada. Encontrando apenas outra resistência
onde existe um campo elétrico uniforme E. de mesma potência nominal, mas para 110 V,
Sob ação da gravidade e do campo elétrico, resolvi instalá-la (mesmo correndo outros
a gota inicia um movimento de queda com riscos). Para isso devo verificar se o fusível
aceleração 0,2 g, onde g é a aceleração da suporta no mínimo:
gravidade. O valor absoluto (módulo) da car- a) 10 A.
ga pode ser calculado através da expressão: b) 40 A.
a) Q = 0,8 mg/E. c) 25 A.
b) Q = 1,2 E/mg. d) 2,0 A.
c) Q = 1,2 m/gE. e) 400 A.
d) Q = 1,2 mg/E.
e) Q = 0,8 E/mg. 4. (Unesp) Determinada massa de água deve
ser aquecida com o calor dissipado por uma
2. (Unesp) Para compor a decoração de um am- associação de resistores ligada nos pontos A
biente, duas lâmpadas idênticas, L1 e L2, com e B do esquema mostrado na figura.
valores nominais (100 V – 100 W), devem ser
ligadas em paralelo a uma fonte de tensão
constante de 200 V. Deseja-se que L1 brilhe
com uma potência de 100 W e que L2 brilhe
com uma potência de 64 W. Para que as lâm-
padas não queimem, dois resistores ôhmicos,
R1 e R2, com valores convenientes, são ligados
em série com as respectivas lâmpadas, con-
forme o esquema representado na figura.

174
Para isso, dois resistores ôhmicos de mesma à ação da força peso. Na figura 2, o mesmo
resistência R podem ser associados e ligados ímã desce em movimento uniforme por den-
aos pontos A e B. Uma ddp constante U, cria- tro de um tubo cilíndrico, vertical, de cobre,
da por um gerador ideal entre os pontos A e sujeito à ação da força peso e da força mag-
B, é a mesma para ambas as associações dos nética, vertical e para cima, que surge devi-
resistores, em série ou em paralelo. do à corrente elétrica induzida que circula
pelo tubo de cobre, causada pelo movimento
do ímã por dentro dele. Nas duas situações,
podem ser desconsiderados o atrito entre o
ímã e os tubos, e a resistência do ar:

Considere que todo calor dissipado pelos re-


sistores seja absorvido pela água e que, se
os resistores forem associados em série, o
aquecimento pretendido será conseguido em
1 minuto. Dessa forma, se for utilizada a as-
sociação em paralelo, o mesmo aquecimento
será conseguido num intervalo de tempo, em
segundos, igual a:
a) 30.
b) 20.
c) 10.
Considerando a polaridade do ímã, as li-
d) 45.
nhas de indução magnética criadas por ele
e) 15.
e o sentido da corrente elétrica induzida no
tubo condutor de cobre abaixo do ímã, quan-
5. (Unesp) Uma tecnologia capaz de fornecer do este desce por dentro do tubo, a alterna-
altas energias para partículas elementa- tiva que mostra uma situação coerente com o
res pode ser encontrada nos acelerado- aparecimento de uma força magnética verti-
res de partículas, como nos cíclotrons. O cal para cima no ímã é a indicada pela letra:
princípio básico dessa tecnologia consiste
a) b)
no movimento de partículas eletricamen-
te carregadas submetidas a um campo
magnético perpendicular à sua trajetória.
Um cíclotron foi construído de maneira a
utilizar um campo magnético uniforme,
B de módulo constante igual a 1,6 T, capaz
de gerar uma força magnética, F, sempre
perpendicular à velocidade da partícula.
Considere que esse campo magnético, ao
atuar sobre uma partícula positiva de mas-
sa igual a 1,7 · 10–27 kg e carga igual a
1,6 · 10–19 C, faça com que a partícula se c) d)
movimente em uma trajetória que, a cada
volta, pode ser considerada circular e uni-
forme, com velocidade igual a 3,0 · 104 m/s.
Nessas condições, o raio dessa trajetória
circular seria aproximadamente:
a) 1 · 10–4 m.
b) 2 · 10–4 m.
c) 3 · 10–4 m.
d) 4 · 10–4 m.
e) 5 · 10–4 m.
e)
6. (Unesp) O freio eletromagnético é um dis-
positivo no qual interações eletromagnéticas
provocam uma redução de velocidade num
corpo em movimento, sem a necessidade da
atuação de forças de atrito. A experiência
descrita a seguir ilustra o funcionamento de
um freio eletromagnético.
Na figura 1, um ímã cilíndrico desce em mo-
vimento acelerado por dentro de um tubo ci-
líndrico de acrílico, vertical, sujeito apenas

175
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA 5. Como o movimento é circular uniforme, a
força magnética age como resultante centrí-
peta:
1. A aceleração da gota é menor do que a ace- mv2 Ÿr = ____
Fmag = RC Ÿ |q| vB = ____ mv Ÿ
leração da gravidade, logo a força elétrica e r |q|B
a força peso que atuam na gota têm sentidos (1,7 × 10-27)×(3 × 104)
r = _____________________ = 1,875 · 10-4 Ÿ
opostos. 1,6 × 10-19 × (1,6)
FR = P – FE o m · a = m · g – Q . E Ÿr #2 x 10–4 m
m · 0,2g = m · g – Q · E
Q = 0,8 mg/E 6. Primeiramente, temos que analisar o senti-
do das linhas de indução magnética. Fora do
2. Na lâmpada 1: ímã, elas são direcionadas do Norte para o
P1 = U1 i1 Ÿ 100 = 100 i1 Ÿ i1 = 1 A Sul. Isso nos deixa apenas com as alternati-
U = U1 + R1 i1 Ÿ 200 = 100 + R1(1) Ÿ vas [A] e [E].
Conforme afirma o enunciado, a força mag-
Ÿ R1 = 100 Ω
nética deve frear o ímã. Então, ela deve ter
Na lâmpada 2, supondo que a resistência sentido oposto ao do peso, isto é, vertical e
mantenha-se constante: para cima. Assim, a corrente induzida deve
­ U22 ter sentido tal que exerça sobre o ímã uma
°P2 força de repulsão, criando, então, um polo
° R P2 U22 R
® 2 y Ÿ u 2 Ÿ sul na sua face superior. Pela regra da mão
° U'2 P'2 R U'2
P'
°̄ 2
direita n° 1 (ou regra do saca-rolha), o sen-
R tido dessa corrente é no sentido horário,
2 como indicado na figura da opção [A].
100 § 100 · 10 100
Ÿ ¨ ¸ Ÿ Ÿ U'2 80 V. Podemos também fazer a análise do fluxo
64 © U'2 ¹ 8 U'2 magnético. À medida que o ímã desce, o polo
sul aproxima-se das espiras que estão abaixo
P’2 = U’2 i2 Ÿ 64 = 80 i2 Ÿ i2 = 0,8 A dele. Então, está aumentando o fluxo mag-
U = U’2 + R2 i2 Ÿ 200 = 80 + R2(0,8) Ÿ nético saindo dessas espiras. Ora, pela lei
R2 = 120/0,8 Ÿ de Lenz, a tendência da corrente induzida é
R2 = 150 Ω. criar um fluxo induzido no sentido de anu-
lar essa variação, ou seja, criar um fluxo en-
3. Primeiro, devemos calcular a nova resistên- trando. Novamente, pela regra do saca-rolha,
cia de acordo com os dados nominais: essa corrente deve ter sentido horário.
U2 o 2200 = _____
Pot = ___ 1102
R R
R= 11
___ Ω
GABARITO
2
A partir da primeira lei de Ohm, podemos 1. A 2. C 3. B 4. E 5. B
calcular a corrente para 220 V:
6. A
U = R · i o 220 = 11/2 · i
i = 40 A
4. Dados: 'TS = 1 min = 60 s
As resistências equivalentes das associações
série (RS) e paralelo (RP) são, respectiva-
mente:
R
RS = 2R e RP = __
2
Para o mesmo aquecimento, é necessária a
mesma quantidade de calor nas associações
paralelo e série (QP = QS). Aplicando a ex-
pressão da potência elétrica para uma asso-
ciação de resistores:
__2 ∙ ' =
Qp = Qs ŸPp ∙ 'tp = Ps ∙ 'ts Ÿ U
R/2 tp

U2/2R ∙ 'ts Ÿ 'tp = 'ts/4 Ÿ 'tp = 60/4 Ÿ


Ÿ 'ts = 15s

176
PRÁTICA DOS
CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Unesp) As companhias de energia elétrica nos
cobram pela energia que consumimos. Essa ener-
gia é dada pela expressão E = V · i · 't, em que
V é a tensão que alimenta nossa residência,
i é a intensidade de corrente que circula por
Dessa forma, considerando desprezíveis as
determinado aparelho, 't é o tempo em que
resistências dos fios de ligação entre eles,
ele fica ligado e a expressão V · i é a potência
a máxima diferença de potencial, em volts,
P necessária para dado aparelho funcionar.
que pode ser estabelecida entre os pontos A e
Assim, em um aparelho que suporta o dobro
B do circuito, sem que haja riscos, é igual a:
da tensão e consome a mesma potência P, a
a) 30.
corrente necessária para seu funcionamento
b) 50.
será a metade. Mas as perdas de energia que
c) 20.
ocorrem por efeito Joule (aquecimento em
d) 40.
virtude da resistência R) são medidas por
e) 60.
'E = R · i2 · 't.
Então, para um mesmo valor de R e 't, quan-
do i diminui, essa perda também será redu- 3. (Unesp) Um ímã em forma de barra, com
zida. seus polos Norte e Sul, é colocado sob uma
Além disso, sendo menor a corrente, pode- superfície coberta com partículas de limalha
mos utilizar condutores de menor área de de ferro, fazendo com que elas se alinhem
segundo seu campo magnético. Se quatro pe-
secção transversal, o que implicará, ainda,
quenas bússolas, 1, 2, 3 e 4, forem colocadas
economia de material usado na confecção
em repouso nas posições indicadas na figura,
dos condutores.
no mesmo plano que contém a limalha, suas
Regina Pinto de Carvalho.
Física do dia a dia. 2003 (Adaptado). agulhas magnéticas orientam-se segundo as
linhas do campo magnético criado pelo ímã.
Baseando-se nas informações contidas no
texto, é correto afirmar que:
a) se a resistência elétrica de um condutor é
constante, em um mesmo intervalo de tem-
po, as perdas por efeito Joule em um condu-
tor são inversamente proporcionais à corren-
te que o atravessa.
b) é mais econômico usarmos em nossas re-
sidências correntes elétricas sob tensão de
110 V do que de 220 V.
c) em um mesmo intervalo de tempo, a energia
elétrica consumida por um aparelho elétri- Desconsiderando o campo magnético terres-
co varia inversamente com a potência desse tre e considerando que a agulha magnética de
aparelho. cada bússola seja representada por uma seta
d) uma possível unidade de medida de energia que se orienta na mesma direção e no mesmo
elétrica é o k.V.A (quilovolt ampere), que sentido do vetor campo magnético associado
pode, portanto, ser convertida para a uni- ao ponto em que ela foi colocada, assinale a
dade correspondente do Sistema Internacio- alternativa que indica, correta e respectiva-
nal, o Joule. mente, as configurações das agulhas das bús-
e) para um valor constante de tensão elétrica, solas 1, 2, 3 e 4 na situação descrita.
a intensidade de corrente que atravessa um a)
condutor será tanto maior quanto maior for
a área de sua secção transversal.
b)
2. (Unesp) Em um trecho de uma instalação elé-
trica, três resistores ôhmicos idênticos e de
resistência 80 Ω cada um são ligados como c)
representado na figura. Por uma questão de
segurança, a maior potência que cada um de-
les pode dissipar, separadamente, é de 20 W.

177
d) 5. (Unesp) Modelos elétricos são frequentemen-
te utilizados para explicar a transmissão de
informações em diversos sistemas do corpo
humano. O sistema nervoso, por exemplo, é
e)
composto por neurônios (figura 1), células de-
limitadas por uma fina membrana lipoproteica
que separa o meio intracelular do meio extra
celular. A parte interna da membrana é nega-
4. (Unesp) Em um experimento de eletrostáti- tivamente carregada e a parte externa possui
ca, um estudante dispunha de três esferas carga positiva (figura 2), de maneira análoga
metálicas idênticas, A, B e C eletrizadas, no ao que ocorre nas placas de um capacitor.
ar, com cargas elétricas 5Q, 3Q e –2Q respec-
tivamente.

Utilizando luvas de borracha, o estudante


coloca as três esferas simultaneamente em
contato e, depois de separá-las, suspende A
e C por fios de seda, mantendo-as próximas.
Verifica, então, que elas interagem eletrica-
mente, permanecendo em equilíbrio estáti-
co a uma distância uma da outra. Sendo k
a constante eletrostática do ar, assinale a
alternativa que contém a correta representa-
ção da configuração de equilíbrio envolven-
do as esferas A e C e a intensidade da força
de interação elétrica entre elas.
a)
A figura 3 representa um fragmento amplia-
do dessa membrana, de espessura que está
sob ação de um campo elétrico uniforme, re-
presentado na figura por suas linhas de for-
ça paralelas entre si e orientadas para cima.
b) A diferença de potencial entre o meio intra-
celular e o extra celular é V. Considerando a
carga elétrica elementar como e, o íon de po-
tássio K+ indicado na figura 3, sob ação desse
campo elétrico, ficaria sujeito a uma força
elétrica cujo módulo pode ser escrito por:
c) a) e·V·d.
e·d .
b) ____
V
V·d
____
c) e .
e .
d) _____
(V·d)
d) e·V.
e) ____
d

6. (Unesp) O poraquê é um peixe elétrico que


vive nas águas amazônicas. Ele é capaz de
produzir descargas elétricas elevadas pela
ação de células musculares chamadas eletró-
e) citos. Cada eletrócito pode gerar uma dife-
rença de potencial de cerca de 0,14 V. Um
poraquê adulto possui milhares dessas célu-
las dispostas em série que podem, por exem-
plo, ativar-se quando o peixe se encontra em
perigo ou deseja atacar uma presa.

178
A corrente elétrica que atravessa o corpo de um ser humano pode causar diferentes danos bioló-
gicos, dependendo de sua intensidade e da região que ela atinge. A tabela indica alguns desses
danos em função da intensidade da corrente elétrica.

Intensidade de corrente elétrica Dano biológico


Até 10 mA Apenas formigamento
De 10 mA até 20 mA Contrações musculares
De 20 mA até 100 mA Convulsões e parada respiratória
De 100 mA até 3A Fibrilação ventricular
Acima de 3 A Parada cardíaca e queimaduras graves
José Enrique R. Duran. Biofísica: fundamentos e aplicações. 2003 (Adaptado).

Considere um poraquê que, com cerca de 8000 eletrócitos, produza uma descarga elétrica sobre o
corpo de uma pessoa. Sabendo que a resistência elétrica da região atingida pela descarga é de 6000
Ω de acordo com a tabela, após o choque essa pessoa sofreria:
a) parada respiratória.
b) apenas formigamento.
c) contrações musculares.
d) fibrilação ventricular.
e) parada cardíaca.

7. (Unesp) A figura é o esquema simplificado de um disjuntor termomagnético utilizado para a pro-


teção de instalações elétricas residenciais. O circuito é formado por um resistor de baixa resistên-
cia R; uma lâmina bimetálica L, composta pelos metais X e Y; um eletroímã E; e um par de contatos
C. Esse par de contatos tende a abrir pela ação da mola M2, mas o braço atuador A impede, com
ajuda da mola M1. O eletroímã E é dimensionado para atrair a extremidade do atuador A somente
em caso de corrente muito alta (curto circuito) e, nessa situação, A gira no sentido indicado, libe-
rando a abertura do par de contatos C pela ação de M2.

De forma similar, R e L são dimensionados para que esta última não toque a extremidade de A
quando o circuito é percorrido por uma corrente até o valor nominal do disjuntor. Acima desta, o
aquecimento leva o bimetal a tocar o atuador A, interrompendo o circuito de forma idêntica à do
eletroímã.
Adaptado de: <www.mspc.eng.br>.

Na condição de uma corrente elevada percorrer o disjuntor no sentido indicado na figura, sendo aX
e aY os coeficientes de dilatação linear dos metais X e Y, para que o contato C seja desfeito, deve
valer a relação __________ e, nesse caso, o vetor que representa o campo magnético criado ao longo
do eixo do eletroímã apontará para a __________.

179
Os termos que preenchem as lacunas estão 9. (Unesp) Uma carga elétrica q > 0 de massa m
indicados correta e respectivamente na al- penetra em uma região entre duas grandes
ternativa: placas planas, paralelas e horizontais, ele-
a) DX > DY – esquerda trizadas com cargas de sinais opostos. Nessa
b) DX < DY – esquerda região, a carga percorre a trajetória repre-
c) DX > DY – direita sentada na figura, sujeita apenas ao campo
d) DX = DY – direita elétrico uniforme E, representado por suas
e) DX < DY – direita linhas de campo, e ao campo gravitacional
terrestre g.
8. (Unesp) Espectrometria de massas é uma
técnica instrumental que envolve o estudo,
na fase gasosa, de moléculas ionizadas, com
diversos objetivos, dentre os quais a deter-
minação da massa dessas moléculas. O es-
pectrômetro de massas é o instrumento uti-
lizado na aplicação dessa técnica.
Adaptado de: <www.em.iqm.unicamp.br>.

A figura representa a trajetória semicircular


de uma molécula de massa m ionizada com
carga +q e velocidade escalar V, quando pe-
netra numa região R de um espectrômetro É correto afirmar que, enquanto se move na
de massa. região indicada entre as placas, a carga fica
Nessa região atua um campo magnético uni- sujeita a uma força resultante de módulo:
forme perpendicular ao plano da figura, com a) q · E + m · g.
sentido para fora dela, representado pelo b) q · (E – g).
símbolo. A molécula atinge uma placa fo- c) q · E – m · g.
tográfica, onde deixa uma marca situada a d) q · E · (m – g).
uma distância x do ponto de entrada. e) m · (E – g).

10. (Unesp) A bússola interior


A comunidade científica, hoje, admite que
certos animais detectam e respondem a
campos magnéticos. No caso das trutas arco-
-íris, por exemplo, as células sensoriais que
cobrem a abertura nasal desses peixes apre-
sentam feixes de magnetita que, por sua vez,
respondem a mudanças na direção do campo
magnético da Terra em relação à cabeça do
peixe, abrindo canais nas membranas celula-
res e permitindo, assim, a passagem de íons;
esses íons, a seu turno, induzem os neurô-
nios a enviarem mensagens ao cérebro para
Considerando as informações do enunciado qual lado o peixe deve nadar. As figuras de-
e da figura, é correto afirmar que a massa da monstram esse processo nas trutas arco-íris:
molécula é igual a:
(q·V·B·x)
a) __________.
2
(2·q·B)
b) _______.
(V·x)
(q·B·)
c) _______.
(2·V·x)
(q·x)
d) ________.
(2·B·V)
(q·B·x)
e) _______.
(2·V)

180
Na situação da figura 2, para que os feixes de campo magnético uniforme B com velo-
de magnetita voltem a se orientar como re- cidades perpendiculares às linhas de campo
presentado na figura 1, seria necessário sub- magnético e descrevem trajetórias conforme
meter as trutas arco-íris a um outro campo ilustradas na figura.
magnético, simultâneo ao da Terra, melhor
representado pelo vetor:
a)

b)

Considerando a ação de forças magnéticas


c)
sobre cargas elétricas em movimento uni-
forme, e as trajetórias de cada partícula
ilustradas na figura, pode-se concluir com
certeza que:
a) as partículas 1 e 2, independentemente de
suas massas e velocidades, possuem necessa-
d) riamente cargas com sinais contrários e a par-
tícula 3 é eletricamente neutra (carga zero).
e) b) as partículas 1 e 2, independentemente de
suas massas e velocidades, possuem neces-
sariamente cargas com sinais contrários e a
partícula 3 tem massa zero.
c) as partículas 1 e 2, independentemente de
suas massas e velocidades, possuem necessa-
riamente cargas de mesmo sinal e a partícula
11. (Unesp) A figura é a intersecção de um pla- 3 tem carga e massa zero.
d) as partículas 1 e 2 saíram do recipiente com a
no com o centro C de um condutor esférico e
mesma velocidade.
com três superfícies equipotenciais ao redor e) as partículas 1 e 2 possuem massas iguais, e
desse condutor. a partícula 3 não possui massa.

13. (Unesp) Um indivíduo deseja fazer com que


o aquecedor elétrico central de sua residên-
cia aqueça a água do reservatório no menor
tempo possível. O aquecedor possui um re-
sistor com resistência R. Contudo, ele pos-
sui mais dois resistores exatamente iguais
ao instalado no aquecedor e que podem ser
utilizados para esse fim. Para que consiga
seu objetivo, tomando todas as precauções
para evitar acidentes, e considerando que as
resistências não variem com a temperatura,
Uma carga de 1,6 × 10–19 C é levada do ponto ele deve utilizar o circuito:
M ao ponto N. O trabalho realizado para des-
locar essa carga foi de:
a) 3,2 × 10–20 J.
b) 16,0 × 10–19 J.
c) 8,0 × 10–19 J.
d) 4,0 × 10–19 J.
e) 3,2 × 10–18 J.

12. (Unesp) Uma mistura de substâncias radia-


tivas encontra-se confinada em um recipien-
te de chumbo, com uma pequena abertura
por onde pode sair um feixe paralelo de
partículas emitidas. Ao saírem, três tipos
de partícula, 1, 2 e 3, adentram uma região

181
14. (Unesp) Uma gotícula de óleo com massa m Sabendo que a partícula está afastada 3 cm
e carga elétrica q atravessa, sem sofrer qual- da vertical, podemos dizer que a razão q/m
quer deflexão, toda a região entre as placas é igual a:
5 g/E.
paralelas e horizontais de um capacitor po-
larizado, como mostra a figura.
(
a) __
6 )
4 g/E.
(
b) __
3 )
5 g/E.
(
c) __
4 )
3
d) (__
4 )
g/E.
3 g/E.
Se a distância entre as placas é L, a diferença
(
e) __
5 )
de potencial entre as placas é V e a acelera- 17. (Unesp) Um fio metálico AB, suspenso por
ção da gravidade é g, é necessário que q/m dois fios verticais, condutores e flexíveis, é
seja dada por: colocado próximo e paralelamente a um fio
a) (gV)/L. longo pelo qual passa a corrente elétrica i,
b) (VL)/g. no sentido indicado na figura. O fio longo e
c) (gL)/V.
o fio AB estão no mesmo plano horizontal.
d) V/(gL).
e) L/(gV).

15. (Unesp) Um dos lados de uma espira retan-


gular rígida com massa m = 8,0 g, na qual
circula uma corrente I, é atado ao teto por
dois fios não condutores de comprimentos
iguais. Sobre esse lado da espira, medindo
20,0 cm, atua um campo magnético uniforme Utilizando essa montagem, um professor
de 0,05 T, perpendicular ao plano da espira. pretende realizar duas experiências, I e II.
O sentido do campo magnético é representa- Na experiência I, fará passar uma corrente
do por uma seta vista por trás, penetrando o pelo fio AB, no sentido de A para B. Na expe-
papel, conforme é ilustrado na figura. riência II, fará passar a corrente no sentido
contrário. Nessas condições, espera-se que a
distância entre o fio longo e o fio AB:
a) permaneça inalterada, tanto na experiência
I como na experiência II.
b) aumente na experiência I e diminua na ex-
periência II.
c) aumente, tanto na experiência I como na ex-
periência II.
d) diminua, tanto na experiência I como na ex-
periência II.
Considerando g = 10,0 m/s2, o menor valor e) diminua na experiência I e aumente na ex-
da corrente que anula as trações nos fios é: periência II.
a) 8,0 A.
b) 7,0 A. 18. (Unesp) As companhias de eletricidade ge-
c) 6,0 A. ralmente usam medidores calibrados em
d) 5,0 A. quilowatt-hora (kWh). Um kWh representa
e) 4,0 A. o trabalho realizado por uma máquina de-
senvolvendo potência igual a 1 kW durante
16. (Unesp) Uma partícula de massa m, carrega- 1 hora. Numa conta mensal de energia elé-
da com carga elétrica q e presa a um fio leve trica de uma residência com 4 moradores,
e isolante de 5 cm de comprimento, encon- leem-se, entre outros, os seguintes valores:
tra-se em equilíbrio, como mostra a figura,
Consumo (kWh) – 300
numa região onde existe um campo elétrico
Total a pagar (R$) – 75,00
uniforme de intensidade E, cuja direção, no
Cada um dos 4 moradores toma um banho
plano da figura, é perpendicular à do campo
diário, um de cada vez, num chuveiro elétrico
gravitacional de intensidade g.
de 3 kW. Se cada banho tem duração de 5 mi-
nutos, o custo ao final de um mês (30 dias)
da energia consumida pelo chuveiro é de:
a) R$ 4,50.
b) R$ 7,50.
c) R$ 15,00.
d) R$ 22,50.
e) R$ 45,00.
182
19. (Unesp) Um jovem casal instalou em sua casa 21. (Unesp) A figura mostra um ímã em repou-
uma ducha elétrica moderna de 7700 watts/ so, suspenso por um fio de massa desprezí-
220 volts. No entanto, os jovens verifica- vel e não magnetizável.
ram, desiludidos, que toda vez que ligavam Em seguida, um campo magnético uniforme
a ducha na potência máxima, desarmava- é aplicado paralelamente ao solo, envolven-
-se o disjuntor (o que equivale a queimar do todo o ímã, no sentido da esquerda para
o fusível de antigamente) e a fantásti- a direita da figura (polo norte do campo à
ca ducha deixava de aquecer. Pretendiam esquerda, e sul à direita). Analisando as
até recolocar no lugar o velho chuveiro de forças magnéticas nos polos do ímã, a força
3300 watts/220 volts, que nunca falhou. do fio sobre o ímã e o peso do ímã, identifi-
Felizmente, um amigo – físico, naturalmen- que a alternativa que melhor representa as
te – os socorreu. Substituiu velho disjuntor orientações assumidas pelo fio e pelo ímã
por outro, de maneira que a ducha funcio- no equilíbrio.
nasse normalmente.
A partir desses dados, assinale a única alter-
nativa que descreve corretamente a possível
troca efetuada pelo amigo.
a) Substituiu o velho disjuntor de 20 amperes
por um novo, de 30 amperes.
b) Substituiu o velho disjuntor de 20 amperes
por um novo, de 40 amperes.
c) Substituiu o velho disjuntor de 10 amperes
por um novo, de 40 amperes.
d) Substituiu o velho disjuntor de 30 amperes
por um novo, de 20 amperes.
e) Substituiu o velho disjuntor de 40 amperes a) 1.
por um novo, de 20 amperes. b) 2.
c) 3.
20. (Unesp) Uma partícula eletricamente neu- d) 4.
tra está em repouso no ponto P de uma re- e) 5.
gião com campo magnético uniforme. Ela se
desintegra em duas outras partículas com 22. (Unesp) Um estudante adquiriu um apare-
massas iguais, porém com cargas de sinais lho cuja especificação para o potencial de
opostos. Logo após a desintegração, elas funcionamento é pouco usual. Assim, para
são impulsionadas para lados opostos, com ligar o aparelho, ele foi obrigado a construir
velocidades constantes perpendiculares ao e utilizar o circuito constituído de dois resis-
campo magnético. Desprezando a força de tores, com resistências X e R, como apresen-
atração entre as cargas e considerando o tado na figura.
sentido do campo magnético entrando per-
pendicularmente a esta página, da frente
para o verso, podemos concluir que a figura
que melhor representa as trajetórias dessas
partículas é:
p

Considere que a corrente que passa pelo apa-


relho seja muito pequena e possa ser des-
cartada na solução do problema. Se a tensão
especificada no aparelho é a décima parte da
tensão da rede, então a resistência X deve ser:
a) 6 R.
b) 8 R.
c) 9 R.
d) 11 R.
e) 12 R.

183
23. (Unesp) A figura representa esquematicamen-
te o circuito interno de um chuveiro elétrico
cujos valores nominais são: 220 V; 4400 W/
6050 W. Os terminais A e C são ligados à ten-
são da rede e a chave K, quando ligada, colo-
ca o trecho AB em curto.

Pode-se afirmar que as resistências elétricas


dos trechos AC e BC desse fio são, em ohms,
respectivamente de:
a) 19 e 15.
b) 13 e 11.
c) 11 e 8,0.
d) 8,0 e 5,0.
e) 3,0 e 2,0.

24. (Unesp) A força elétrica entre duas peque-


nas partículas carregadas foi medida, em
função da distância d entre elas, em dois
meios diferentes, no vácuo e no interior de
um líquido isolante. Assinale a alternativa
que melhor representa o módulo da for-
ça medida no vácuo (F0), comparada com o
módulo da força medida no líquido (F1), em
função da distância d.

GABARITO
1. E 2. E 3. C 4. B 5. E
6. D 7. C 8. E 9. C 10. B
11. C 12. A 13. C 14. C 15. A
16. D 17. E 18. B 19. B 20. E
21. E 22. C 23. C 24. D

184
C N CIÊNCIAS DA NATUREZA
e suas tecnologias
QUÍMICA
UNESP – Química
Físico - Química 34%
Geral 32%
Atomística 16%
Orgânica 14%
Outros 3%
QUÍMICA 1

Prescrição: Para a resolução dos exercícios, são necessários conhecimentos relacionados à atomís-
tica, estrutura molecular, química inorgânica, propriedades coligativas e eletroquímica.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Unesp) Analise o gráfico que mostra a variação da eletronegatividade em função do número atômico.

John B. Russell. Química geral. 1981 (Adaptado).

Devem unir-se entre si por ligação iônica os elementos de números atômicos:


a) 17 e 35.
b) 69 e 70.
c) 17 e 57.
d) 15 e 16.
e) 12 e 20.

2. (Unesp) Os protetores solares são formulações que contêm dois componentes básicos: os ingre-
dientes ativos (filtros solares) e os veículos. Dentre os veículos, os cremes e as loções emulsionadas
são os mais utilizados, por associarem alta proteção à facilidade de espalhamento sobre a pele.
Uma emulsão pode ser obtida a partir da mistura entre óleo e água, por meio da ação de um agente
emulsionante. O laurato de sacarose (6-O-laurato de sacarose), por exemplo, é um agente emulsio-
nante utilizado no preparo de emulsões.
O

O CH3

HO O
OH
HO
O
OH HO
O OH
OH
laurato de sacarose

Maurício Boscolo. Sucroquímica.


Química Nova, 2003 (Adaptado).

187
A ação emulsionante do laurato de sacarose 5. (Unesp) A pilha esquematizada, de resis-
deve-se à presença de: tência desprezível, foi construída usando-
a) grupos hidroxila que fazem ligações de hi- -se, como eletrodos, uma lâmina de cobre
drogênio com as moléculas de água. mergulhada em solução aquosa, contendo
b) uma longa cadeia carbônica que o torna so- íons Cu+2 (1 mol · L–1) e uma lâmina de zin-
lúvel em óleo. co mergulhada em solução aquosa contendo
c) uma longa cadeia carbônica que o torna so- íons Zn+2 (1 mol · L–1). Além da pilha, cuja
lúvel em água. diferença de potencial é igual a 1,1 volts, o
d) grupos hidrofílicos e lipofílicos que o tor- circuito é constituído por uma lâmpada pe-
nam solúvel nas fases aquosa e oleosa. quena e uma chave interruptora Ch. Com a
e) grupos hidrofóbicos e lipofóbicos que o tor- chave fechada, o eletrodo de cobre teve um
nam solúvel nas fases aquosa e oleosa. incremento de massa de 63,5 g após 193 s.
Dados: P = U · i
3. (Unesp) O magma que sai dos vulcões duran- Carga de um mol de elétrons = 96500 C
te as erupções é constituído por rochas fun- Massas molares (g · mol–1): Zn = 65,4;
didas e vários tipos de gases e vapores, tais Cu = 63,5
como CO, CO2, SO2, SO3, HCℓ e H2O. A respeito Cu+2 + 2e– o Cu
dessas substâncias, são feitas as seguintes Zn+2 + 2e– o Zn
afirmações:
I. Quando dissolvidos em água, os gases
CO2, SO2, SO3 e HCℓ geram soluções eletro-
líticas, cujo pH é menor que 7.
II. As moléculas de CO2, SO2 e H2O apresen-
tam geometria linear.
III.No estado sólido, as moléculas de CO2 en-
contram-se atraídas entre si por ligações
de hidrogênio muito intensas.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas. Considerando que a corrente elétrica se
b) II, apenas. manteve constante nesse intervalo de tem-
c) I e II, apenas. po, a potência dissipada pela lâmpada nesse
d) II e III, apenas. período foi de:
e) I, II e III. a) 1,1 mW.
b) 1,1 W.
4. (Unesp 2017) Alguns tipos de dessalinizado- c) 0,55 mW.
res usam o processo de osmose reversa para d) 96.500 W.
obtenção de água potável a partir da água sal- e) 0,22 mW.
gada. Nesse método, utiliza-se um recipiente
contendo dois compartimentos separados por 6. A queima dos combustíveis fósseis (carvão e
uma membrana semipermeável: em um deles petróleo), assim como dos combustíveis re-
coloca-se água salgada e no outro recolhe-se nováveis (etanol, por exemplo), produz CO2
a água potável. A aplicação de pressão mecâ- que é lançado na atmosfera, contribuindo
nica no sistema faz a água fluir de um com- para o efeito estufa e possível aquecimento
partimento para o outro. O movimento das global. Por qual motivo o uso do etanol é pre-
moléculas de água através da membrana é ferível ao da gasolina?
controlado pela pressão osmótica e pela pres- a) O etanol é solúvel em água.
são mecânica aplicada. Para que ocorra esse b) O CO2 produzido na queima dos combustíveis
processo, é necessário que as resultantes das fósseis é mais tóxico do que aquele produzi-
pressões osmótica e mecânica apresentem: do pela queima do etanol.
a) mesmo sentido e mesma intensidade. c) O CO2 produzido na queima da gasolina con-
b) sentidos opostos e mesma intensidade. tém mais isótopos de carbono-14 do que
c) sentidos opostos e maior intensidade da aquele produzido pela queima do etanol.
pressão osmótica. d) O CO2 produzido na queima do etanol foi ab-
d) mesmo sentido e maior intensidade da pres- sorvido recentemente da atmosfera.
são osmótica.
e) O carbono do etanol é proveniente das águas
e) sentidos opostos e maior intensidade da
subterrâneas.
pressão mecânica.

188
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA 5. De acordo com o enunciado:
U = 1,1 V (diferença de potencial)
m = 63,5 · 10–6 g (63,5 Pg)
1. A ligação iônica ocorre entre elementos com t = 193 s
elevadas diferenças na eletronegatividade. Q (1 mol de e–) = 96500
Utilizando-se da tabela periódica, percebe- Cu = 63,5
-se que a alternativa [C] traz os elementos
Então, teremos:
de número atômico 17, cloro (17Cℓ), um ame-
Cu2+ + 2e– o Cu
tal, e lantânio (57La), um metal de transição
2 mol e–  1 mol
interna. Com o auxílio do gráfico fornecido,
2 · 96500 C  63,5 g
percebe-se a tal elevada discrepância de ele-
Q’  63,5 · 10–6 g
tronegatividade entre ambos.
Q’ = 2 · 96500 · 10–6 C
2. O agente emulsificante apresenta grupos Como Q = i · t, vem:
hidrofílicos e lipofílicos. Os grupos hidroxi- 2 · 96500 · 10–6 = i ∙ 193
las fazem ligação de hidrogênio com as i = 10–3 A
moléculas de água, o que torna solúvel em Sabendo que P = U · i, teremos:
água o agente emulsificante. Os grupos li- P = 1,1 · 10–3 W = 1,1 mW
pofílicos são constituídos por uma longa ca- 6. O petróleo e o carvão são combustíveis fós-
deia carbônica que torna o agente emulsifi- seis não renováveis. O etanol pode ser obtido
cante solúvel no óleo. pela fermentação do açúcar proveniente da
grupos lipofílicos cana-de-açúcar, que absorve o CO2 atmosféri-
O
co no processo de fotossíntese.
O CH3

HO O
OH
GABARITO
HO grupos hidrofílicos
O
OH HO 1. C 2. D 3. A 4. E 5. A
O OH
6. D
OH

laurato de sacarose

3. Quando dissolvidos em água, os gases CO2,


SO2, SO3 e HCℓ geram soluções eletrolíticas,
cujo pH é menor que 7, pois CO2, SO2, SO3 são
óxidos ácidos (reagem com água formando
ácidos) e HCℓ, que é um ácido forte.
4. Para que ocorra esse processo, é necessário
que as resultantes das pressões osmótica
e mecânica apresentem sentidos opostos e
maior intensidade da pressão mecânica. As-
sim, o solvente migrará do meio mais con-
centrado para o meio menos concentrado,
num processo não espontâneo.

Pressão
mecânica

Água potável Água salgada

189
PRÁTICA DOS se dá por meio de um processo chamado de-
gradação aeróbica. As equações representam

CONHECIMENTOS - E.O. reações genéricas envolvidas na degradação


aeróbica, em que “MO” = matéria orgânica
contendo nitrogênio e enxofre.
1. (Unesp) Em 2013, comemora-se o cente-
(CH2O)n + nO2 o nCO2 + nH2O
nário do modelo atômico proposto pelo fí-
sico dinamarquês Niels Bohr para o átomo MO(C,H,N,S) + nO2 oCO2 + H2O + NO3- + SO2-4

de hidrogênio, o qual incorporou o conceito Analisando as equações apresentadas, é cor-


de quantização da energia, possibilitando a reto afirmar que no processo de degradação
explicação de algumas propriedades obser- aeróbica ocorrem reações de:
vadas experimentalmente. Embora o modelo a) decomposição, em que o oxigênio não sofre
atômico atual seja diferente, em muitos as- alteração em seu número de oxidação.
pectos, daquele proposto por Bohr, a incor- b) oxirredução, em que o oxigênio atua como
poração do conceito de quantização foi fun- agente redutor.
damental para o seu desenvolvimento. Com c) decomposição, em que o oxigênio perde elé-
respeito ao modelo atômico para o átomo de trons.
hidrogênio proposto por Bohr em 1913, é d) oxirredução, em que o oxigênio sofre oxida-
correto afirmar que: ção.
a) o espectro de emissão do átomo de H é ex- e) oxirredução, em que o oxigênio atua como
plicado por meio da emissão de energia pelo agente oxidante.
elétron em seu movimento dentro de cada
órbita estável ao redor do núcleo do átomo. Leia o texto a seguir para responder à ques-
b) o movimento do elétron ao redor do núcleo tão 3.
do átomo é descrito por meio de níveis e No ano de 2014, o Estado de São Paulo viveu
subníveis eletrônicos. uma das maiores crises hídricas de sua his-
c) o elétron se move com velocidade constante tória. A fim de elevar o nível de água de seus
em cada uma das órbitas circulares permiti- reservatórios, a Companhia de Saneamento
das ao redor do núcleo do átomo. Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) con-
d) a regra do octeto é um dos conceitos fun- tratou a empresa ModClima para promover
damentais para ocupação, pelo elétron, das a indução de chuvas artificiais. A técnica de
órbitas ao redor do núcleo do átomo. indução adotada, chamada de bombardea-
e) a velocidade do elétron é variável em seu mento de nuvens ou semeadura ou, ainda,
movimento em uma órbita elíptica ao redor nucleação artificial, consiste no lançamento
do núcleo do átomo. em nuvens de substâncias aglutinadoras que
ajudam a formar gotas de água.
Leia o texto a seguir para responder à ques- Adaptado de: <http://exame.abril.com.br>.
tão 2.
Uma medida adotada pelo governo do Esta- 3. (Unesp) Uma das substâncias aglutinadoras
do para amenizar a crise hídrica que afeta a que pode ser utilizada para a nucleação ar-
cidade de São Paulo envolve a utilização do tificial de nuvens é o sal iodeto de prata, de
chamado “volume morto” dos reservatórios fórmula AgI. Utilizando os dados fornecidos
do Sistema Cantareira. Em artigo publicado na classificação periódica dos elementos, é
pelo jornal O Estado de S.Paulo, três espe- correto afirmar que o cátion e o ânion do
cialistas alertam sobre os riscos trazidos por iodeto de prata possuem, respectivamente:
esse procedimento que pode trazer à tona a) 46 elétrons e 54 elétrons.
poluentes depositados no fundo das repre- b) 48 elétrons e 53 prótons.
sas, onde se concentram contaminantes que c) 46 prótons e 54 elétrons.
não são tratados por sistemas convencionais. d) 47 elétrons e 53 elétrons.
Entre os poluentes citados que contaminam e) 47 prótons e 52 elétrons.
os mananciais há compostos inorgânicos, or-
gânicos altamente reativos com os sistemas
4. (Unesp) A queima de combustíveis fósseis é
biológicos, microbiológicos e vírus. Segundo
uma fonte de dióxido de enxofre atmosféri-
as pesquisadoras, “quanto mais baixo o nível
co, assim como as erupções vulcânicas, como
dos reservatórios, maior é a concentração de
a que ocorreu recentemente na Islândia.
poluentes, recomendando maiores cuidados”.
Considere ainda o equilíbrio químico, repre-
Adaptado de: <http://sao-paulo.estadao.com.br>. sentado pela equação, que ocorre na água de
uma piscina, na qual se utiliza hipoclorito
2. (Unesp) De modo geral, em sistemas aquáti-
em seu tratamento:
cos a decomposição de matéria orgânica de
origem biológica, na presença de oxigênio, Cℓ2(g) + 2OH–(aq) U CℓO–(aq) + Cℓ(aq)

+ H2O(ℓ)

190
Analise as seguintes afirmações: água coletadas na central em julho de 2013
I. A queima dos combustíveis carvão mine- continham um nível recorde de radioativi-
ral, petróleo e álcool de cana-de-açúcar é dade, cinco vezes maior que o detectado ori-
responsável pela maioria das emissões de ginalmente. A Tepco explicou que uma nova
SO2 no planeta. medição revelou que o líquido, coletado de
II. Acredita-se que a presença na estratos- um poço de observação entre os reatores 1 e
fera de partículas muito finas formadas 2 da fábrica, continha nível recorde do isó-
a partir do SO2 contribua para o resfria- topo radioativo estrôncio-90.
mento da Terra, por bloquear parte da ra- Adaptado de: <www.folha.uol.com.br>.
diação solar.
III.A alteração do pH da chuva pode resultar 6. (Unesp) O estrôncio-90, 90 38Sr é o principal
na formação de um gás sufocante em pis- isótopo desse elemento químico encontrado
cinas localizadas em regiões altamente nos reatores nucleares. Sobre esse isótopo,
poluídas pelas emissões de SO2. é correto afirmar que seu cátion bivalente
São corretas as afirmações: possui:
a) I e II, apenas. a) 38 prótons, 50 nêutrons e 36 elétrons.
b) I e III, apenas. b) 36 prótons, 52 nêutrons e 38 elétrons.
c) I, II e III. c) 38 prótons, 50 nêutrons e 38 elétrons.
d) II e III, apenas.
d) 38 prótons, 52 nêutrons e 36 elétrons.
e) III, apenas.
e) 36 prótons, 52 nêutrons e 36 elétrons.

5. (Unesp) O petróleo é um dos principais


7. (Unesp) O estrôncio, por apresentar com-
constituintes da matriz energética de todos
portamento químico semelhante ao do cál-
os países do mundo. A gasolina é a denomi-
cio, pode substituir este nos dentes e nos
nação de uma fração extraída do petróleo,
ossos dos seres humanos. No caso do isótopo
constituída principalmente por hidrocarbo-
Sr-90, radioativo, essa substituição pode ser
netos cujas moléculas apresentam 8 átomos
prejudicial à saúde. Considere os números
de carbono e que podem conter, entre ou-
atômicos do Sr = 38 e do Ca = 20. É correto
tros, os seguintes hidrocarbonetos:
afirmar que a semelhança de comportamen-
(I) n-octano – CH3(CH2)6CH3, teb(I); to químico entre o cálcio e o estrôncio ocorre
(II) 2,2,4-trimetilpentano – porque:
CH3C(CH3)2CH2CH(CH3)CH3, teb(II); a) apresentam aproximadamente o mesmo raio
(III) 2-metileptano – atômico e, por isso, podem ser facilmente
intercambiáveis na formação de compostos.
CH3CH(CH3)(CH2)4CH3, teb(III); b) apresentam o mesmo número de elétrons e,
onde, teb(I), teb(II) e teb(III) são, respectivamente, por isso, podem ser facilmente intercambiá-
as temperaturas de ebulição dos hidrocarbo- veis na formação de compostos.
netos (I), (II) e (III). c) ocupam o mesmo grupo da classificação pe-
Em relação aos hidrocarbonetos citados, é riódica, logo, têm o mesmo número de elé-
correto afirmar que: trons na camada de valência e formam cá-
a) podem ser formadas ligações de hidrogênio tions com a mesma carga.
entre suas moléculas. d) estão localizados no mesmo período da clas-
b) todos são formados por moléculas polares. sificação periódica.
c) todos apresentam o mesmo ponto de ebuli- e) são dois metais representativos e, por isso,
ção. apresentam as mesmas propriedades químicas.
d) seus pontos de ebulição obedecem à relação
teb(II) < teb(III) < teb(I). 8. (Unesp) Sobre os compostos HCℓ, H2SO4,
e) seus pontos de ebulição obedecem à relação H3BO3 e H2CO3 são feitas as afirmações:
teb(I) < teb(II) = teb(III). I. Todos sofrem ionização quando em meio
aquoso, originando íons livres.
Leia o texto a seguir para responder às ques- II. Segundo Arrhenius, todos são ácidos por-
tões 6 e 7. que, quando em meio aquoso, originam
como cátions íons H+.
Água coletada em Fukushima em III.Todos são compostos moleculares.
2013 revela radioatividade recorde IV. De acordo com o grau de ionização, HCℓ e
H2SO4 são ácidos fortes.
A empresa responsável pela operação da V. Os compostos H3BO3 e H2CO3 formam so-
usina nuclear de Fukushima, Tokyo Electric luções aquosas com alta condutividade
Power (Tepco), informou que as amostras de elétrica.

191
Estão corretas as afirmativas: 11. (Unesp) O gráfico a seguir foi construído
a) I, II, III, IV e V. com dados dos hidretos dos elementos do
b) I, apenas. grupo 16. Com base neste gráfico, são feitas
c) I e II, apenas. as afirmações seguintes.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II, III e IV, apenas.

9. (Unesp) Considere as seguintes afirmações a


respeitos dos óxidos:
I. Óxidos de metais alcalinos são tipica-
mente iônicos.
II. Óxidos de ametais são tipicamente cova-
lentes.
III.Óxidos básicos são capazes de neutralizar I. Os pontos P, Q, R e S no gráfico correspon-
um ácido formando sal mais água. dem aos compostos H2Te, H2S, H2Se e H2O,
IV. Óxidos anfóteros não reagem com ácidos respectivamente.
ou com base. II. Todos estes hidretos são gases a temperatu-
Estão corretas as afirmativas: ra ambiente, exceto a água, que é líquida.
a) I, II e III, apenas. III. Quando a água ferve, as ligações covalen-
b) II e III, apenas. tes se rompem antes das intermoleculares.
c) I, II e IV, apenas. Das três afirmações apresentadas:
d) II, III e IV, apenas. a) apenas I é verdadeira.
e) I e III, apenas. b) apenas I e II são verdadeiras.
c) apenas II é verdadeira.
10. (Unesp) Os elementos químicos O, S, Se e Te, d) apenas I e III são verdadeiras.
todos do grupo 16 da tabela periódica, for- e) apenas III é verdadeira.
mam compostos com o hidrogênio, do grupo Leia o texto a seguir para responder à ques-
1 da tabela periódica, com fórmulas quími- tão 12.
cas H2O, H2S, H2Se e H2Te, respectivamente.
Insumo essencial na indústria de tintas, o di-
As temperaturas de ebulição dos compostos
óxido de titânio sólido puro (TiO2) pode ser
H2S, H2Se e H2Te variam na ordem mostrada
obtido a partir de minérios com teor aproxi-
na tabela.
mado de 70% em TiO2 que, após moagem, é
A água apresenta temperatura de ebulição
submetido à seguinte sequência de etapas:
muito mais alta que os demais.
I. aquecimento com carvão sólido
Composto Tebulição (°C) Massa molar TiO2(s) + C(s) o Ti(s) + CO2(g)
H2 O 100 18,0
 'Hreação = +550 kJ · mol–1
H2S –50 34,0
H2Se –35 81,0
II. reação do titânio metálico com cloro mo-
lecular gasoso
H2Te –20 129,6
Ti(s) + 2Cℓ2(s) oTiCℓ4(ℓ)
Essas observações podem ser explicadas, res-
pectivamente:  'Hreação = –804 kJ · mol–1
a) pela diminuição das massas molares e au- III.reação do cloreto de titânio líquido com
mento nas forças das interações intramole- oxigênio molecular gasoso
culares. TiCℓ4(ℓ) + O2(g) oTiO2(s) + 2Cℓ2(g)
b) pela diminuição das massas molares e dimi-
nuição nas forças das interações intermole-  'Hreação = –140 kJ · mol–1
culares.
c) pela diminuição das massas molares e pela 12. (Unesp) No processo global de purificação de
formação de ligações de hidrogênio. TiO2, com relação aos compostos de titânio
d) pelo aumento das massas molares e aumento envolvidos no processo, é correto afirmar
nas forças das interações intramoleculares. que ocorre:
e) pelo aumento das massas molares e pela for- a) oxidação do titânio apenas nas etapas I e II.
mação de pontes de hidrogênio. b) redução do titânio apenas na etapa I.
c) redução do titânio apenas nas etapas II e III.
d) redução do titânio em todas as etapas.
e) oxidação do titânio em todas as etapas.

192
13. (Unesp) Considerando-se 100 mL de cada 17. (Unesp) Têm-se três soluções aquosas dis-
solução e dissociação completa das substân- tintas, respectivamente de NaCℓ, NaCN e
cias iônicas, apresenta maior pressão osmó- sacarose (C12H22O11), todas de concentração
tica a solução aquosa de concentração: 0,1 mol/L. Elas poderiam ser distinguidas
a) 0,010 mol/L de uma proteína não dissociada. pelo sabor, o que não deve ser feito, porque
b) 0,500 mol/L de frutose. NaCN é um veneno violento. Estas soluções
c) 0,050 mol/L de cloreto de potássio. podem ser identificadas por:
d) 0,025 mol/L de nitrato férrico. a) medidas de pressão osmótica e ponto de ebulição.
e) 0,100 mol/L de cloreto de cálcio. b) cor e medidas de ponto de congelamento.
c) medidas de condutividade elétrica e de pH.
14. (Unesp) Nesta tabela periódica, os algaris- d) precipitação com bases diluídas.
mos romanos substituem os símbolos dos e) precipitação com sulfato de potássio.
elementos.
18. (Unesp) Considerando-se as propriedades
dos elementos químicos e a tabela periódica,
é incorreta a afirmação:
a) Um metal é uma substância que conduz a
corrente elétrica, é dúctil e maleável.
b) Um não metal é uma substância que não
conduz a corrente elétrica, não é dúctil e
nem maleável.
Sobre tais elementos, é correto afirmar que: c) Um metaloide (ou semimetal) tem aparência
a) I e II são líquidos à temperatura ambiente. física de um metal, mas tem comportamento
b) III é um gás nobre. químico semelhante ao de um não metal.
c) VII é um halogênio. d) A maioria dos elementos químicos é consti-
d) o raio atômico de IV é maior que o de V e tuída de não metais.
menor que o de IX. e) Os gases nobres são monoatômicos.
e) VI e X apresentam o mesmo número de ca-
madas eletrônicas. 19. (Unesp) As substâncias X, Y e Z, sólidas a tem-
peratura ambiente, apresentam as proprieda-
15. (Unesp) A solução aquosa que apresenta me- des físicas resumidas na tabela adiante.
nor ponto de congelação é a de:
a) CaBr2 de concentração 0,10 mol/L. Substância X Y Z
b) KBr de concentração 0,20 mol/L. Solubilidade
Solúvel Insolúvel Insolúvel
c) Na2SO4 de concentração 0,10 mol/L. em água
d) glicose (C6H12O6) de concentração Condutivida-
Não Não
0,50 mol/L. de elétrica Conduz
conduz conduz
e) HNO3 de concentração 0,30 mol/L. do solo
Condutividade
Não
16. (Unesp) O ciclo do nitrogênio na natureza elétrica no es- Conduz Conduz
conduz
pode ser representado pelo esquema: tado fundido
Condutividade
N2(g) + O2(g) (NO)x em solução Conduz _ _
aquosa

Com base nestes dados, conclui-se que:


a) X é uma substância iônica; Y e Z são subs-
NH3(g) -
NO3(aq) tâncias covalentes.
b) X é uma substância iônica; Y é um metal e Z
é uma substância covalente.
c) X é uma substância covalente; Y e Z são
substâncias iônicas.
d) X e Y são substâncias covalentes e Z é uma
Neste ciclo, o nitrogênio sofre um processo de: substância iônica.
a) oxidação na etapa (V). e) X, Y e Z são substâncias iônicas.
b) oxidação em todas as etapas.
c) redução na etapa (I). 20. (Unesp) Num armário de drogas estão três
d) redução na etapa (VI). frascos plásticos iguais contendo solu-
e) redução em todas as etapas. ções diluídas de água oxigenada, amoníaco
(hidróxido de amônio) e ácido sulfúrico.
Como os frascos perderam os rótulos, para

193
a identificação numerou-se ao acaso as so-
luções I, II, III e com os devidos cuidados GABARITO
fez-se as seguintes experiências:
1ª) misturou-se I com II e observou-se libe- 1. C 2. E 3. A 4. D 5. D
ração de calor; 6. D 7. C 8. E 9. A 10. E
2ª) aqueceu-se II e III separadamente e ob-
servou-se desprendimento de gás. 11. C 12. B 13. B 14. D 15. E
As soluções numeradas I, II e III são, respec- 16. A 17. C 18. D 19. B 20. D
tivamente:
a) amoníaco, ácido sulfúrico e água oxigenada. 21. B 22. E 23. E 24. A
b) amoníaco, água oxigenada e ácido sulfúrico.
c) água oxigenada, amoníaco e ácido sulfúrico.
d) ácido sulfúrico, amoníaco e água oxigenada.
e) ácido sulfúrico, água oxigenada e amoníaco.

21. (Unesp) A energia liberada quando um elé-


tron é adicionado a um átomo neutro gasoso
é chamada de:
a) entalpia de formação.
b) afinidade eletrônica.
c) eletronegatividade.
d) energia de ionização.
e) energia de ligação.

22. (Unesp) Qual das substâncias a seguir não


conduz corrente elétrica em solução aquosa?
a) Brometo de hidrogênio
b) Ácido fórmico
c) Cloreto de potássio
d) Bicarbonato de sódio
e) Propanona

23. (Unesp) Os elementos I, II e III têm as se-


guintes configurações eletrônicas em suas
camadas de valência:
I. 3s2 3p3
II. 4s2 4p5
III.3s2
Com base nestas informações, assinale a al-
ternativa “errada”.
a) O elemento I é um não metal.
b) O elemento II é um halogênio.
c) O elemento III é um metal alcalino terroso.
d) Os elementos I e III pertencem ao terceiro
período da tabela periódica.
e) Os três elementos pertencem ao mesmo gru-
po da tabela periódica.

24. (Unesp) Quando se reagem 1 mol de hidróxi-


do de potássio com 1 mol de ácido fosfórico
e 1 mol da mesma base com 1 mol de ácido
sulfúrico, obtém-se, respectivamente:
a) KH2PO4 e KHSO4.
b) K2HPO4 e KHSO3.
c) K3HPO4 e K2SO3.
d) KH2PO3 e K2SO4.
e) K2HPO3 e K2SO4.

194
QUÍMICA 2

Prescrição: Para a resolução dos exercícios, são necessários conhecimentos em química orgânica.

APLICAÇÃO DOS 2. (Unesp) Durante sua visita ao Brasil em


1928, Marie Curie analisou e constatou o va-

CONHECIMENTOS - SALA lor terapêutico das águas radioativas da ci-


dade de Águas de Lindoia, SP. Uma amostra
de água de uma das fontes apresentou con-
Leia o texto a seguir para responder à ques- centração de urânio igual a 0,16 μg/L. Su-
tão 1. pondo que o urânio dissolvido nessas águas
seja encontrado na forma de seu isótopo
Água coletada em Fukushima em mais abundante, 238U, cuja meia-vida é apro-
2013 revela radioatividade recorde ximadamente 5 · 109 anos, o tempo necessá-
rio para que a concentração desse isótopo na
A empresa responsável pela operação da amostra seja reduzida para 0,02 μg/L, será de:
usina nuclear de Fukushima, Tokyo Electric a) 5 · 109 anos.
Power (Tepco) informou que as amostras de b) 10 ·109 anos.
água coletadas na central em julho de 2013 c) 15 · 109 anos.
continham um nível recorde de radioativi- d) 20 · 109 anos.
dade, cinco vezes maior que o detectado ori- e) 25 · 109 anos.
ginalmente. A Tepco explicou que uma nova
medição revelou que o líquido, coletado de 3. (Unesp) A sibutramina, cuja estrutura está
um poço de observação entre os reatores 1 e representada, é um fármaco indicado para o
2 da fábrica, continha nível recorde do isó- tratamento da obesidade e seu uso deve estar
topo radioativo estrôncio-90. associado a uma dieta e exercícios físicos.
Adaptado de: <www.folha.uol.com.br>.

1. (Unesp) O isótopo radioativo Sr-90 não exis-


te na natureza, sua formação ocorre princi-
palmente em virtude da desintegração do
Br-90 resultante do processo de fissão do
urânio e do plutônio em reatores nucleares
ou em explosões de bombas atômicas. Obser-
ve a série radioativa, a partir do Br-90, até a Com base nessa estrutura, pode-se afirmar
formação do Sr-90: que a sibutramina:
a) é uma base de Lewis, porque possui um áto-
90
35Br o 90
36Kr o 37Rb o 38Sr
90 90
mo de nitrogênio que pode doar um par de
elétrons para ácidos.
A análise dos dados exibidos nessa série per- b) é um ácido de Brönsted-Lowry, porque pos-
mite concluir que, nesse processo de desin- sui um átomo de nitrogênio terciário.
tegração, são emitidas: c) é um ácido de Lewis, porque possui um áto-
a) partículas alfa. mo de nitrogênio capaz de receber um par
b) partículas alfa e partículas beta. de elétrons de um ácido.
c) apenas radiações gama. d) é um ácido de Arrhenius, porque possui um
d) partículas alfa e nêutrons. átomo de nitrogênio capaz de doar próton.
e) partículas beta. e) é uma base de Lewis, porque possui um áto-
mo de nitrogênio que pode receber um par
de elétrons de um ácido.

195
Leia o texto a seguir para responder à ques-
tão 4.

Alguns cheiros nos provocam fascínio e atra-


ção. Outros trazem recordações agradáveis,
até mesmo de momentos da infância. Aro-
mas podem causar sensação de bem-estar
ou dar a impressão de que alguém está mais
atraente. Os perfumes têm sua composição
aromática distribuída em um modelo conhe-
cido como pirâmide olfativa, dividida hori-
zontalmente em três partes e caracterizada
pelo termo nota. As notas de saída, constitu-
ídas por substâncias bem voláteis, dão a pri-
meira impressão do perfume. As de coração
demoram um pouco mais para serem senti-
das. São as notas de fundo que permanecem
mais tempo na pele.
5. (Unesp) As duas reações indicadas no método
Cláudia M. Rezende. Ciência Hoje, julho de 2011 (Adaptado).
1 e a reação indicada no método 2 são classifi-
cadas, respectivamente, como reações de:
a) substituição, substituição e oxidação.
b) redução, redução e oxidação.
c) adição, adição e eliminação.
d) adição, adição e redução.
e) substituição, substituição e substituição.

6. (Unesp) Observe a estrutura do corticoide


betametasona.

4. (Unesp) A b-ionona é uma substância quí-


mica de vasta aplicação na perfumaria, em
produtos cuja fórmula requer aroma floral.

Com relação à estrutura representada, pode-


-se afirmar que:
a) o composto apresenta seis carbonos assimé-
tricos.
A substância química b-ionona: b) o composto apresenta três grupos funcionais
a) apresenta, em soluções aquosas, atividade de cetona.
óptica. c) o composto apresenta dois grupos funcio-
b) reage com água, formando dióis vicinais. nais de álcool.
c) contém três grupos metila, ligados a átomos d) o composto apresenta seis átomos de carbo-
de carbono idênticos. no com hibridização do tipo sp2.
d) contém duplas ligações conjugadas. e) o composto sofre reação de eliminação, pois
e) possui grupos funcionais com propriedades apresenta duplas ligações.
oxidantes.

Leia o texto a seguir para responder à ques-


tão 5.
Um estudante precisa de uma pequena quan-
tidade de vanilina e decidiu pesquisar méto-
dos sintéticos de produção da substância em
laboratório, e obteve informações sobre dois
métodos:

196
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA 6. O composto apresenta seis átomos de carbo-
no com hibridização do tipo sp2:
1. Ao emitir uma partícula beta, o número atô-
mico (número de prótons) aumenta uma
unidade e o número de massa permanece
inalterado.
partículas beta (-10b)
35Br o 36Kr + -1b
90 90 0

36Kr o 37Rb + -1b


90 90 0

37Rb o 38Sr + -1b


90 90 0

2. Teremos:

GABARITO
1. E 2. C 3. A 4. D 5. A
3. A sibutramina é uma base de Lewis, pois 6. D
possui um átomo de nitrogênio que pode
compartilhar um par de elétrons para ácidos.
4. [A] é incorreta. A substância b-ionona não pos-
sui carbono assimétrico (quiral); consequente-
mente, não apresenta atividade óptica.
[B] é incorreta. Não reage com água, for-
mando dióis vicinais.
[C] é incorreta. Contém quatro grupos meti-
la, ligados a átomos de carbono idênticos.
[D] é correta. Percebe-se a presença de liga-
ções químicas conjugadas, ou seja, alterna-
das por uma ligação simples:

[E] é incorreta. Possui grupo carbonila em


carbono secundário (função cetona), que
pode sofrer redução.
5. Teremos:

197
PRÁTICA DOS É correto o que Marina afirma em:
a) I, apenas.
CONHECIMENTOS - E.O. b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
1. (Unesp) Recentemente, pesquisadores cria- e) I, II e III.
ram um algodão que é capaz de capturar
elevadas quantidades de água do ar. Eles 3. (Unesp) Em época de aumento de incidência
revestiram fibras naturais de algodão com o de dengue, é comum o uso de extratos vege-
polímero I, que tem a propriedade de sofrer tais para repelir o mosquito responsável pela
transições rápidas e reversíveis em resposta propagação da doença. Um dos extratos mais
a mudanças de temperatura. Assim, as fibras usados é o óleo de citronela. A substância
revestidas funcionam como uma “esponja de responsável pela ação repelente do óleo de
algodão”. Abaixo dos 34 °C as fibras do algo- citronela é conhecida como citronelal, cuja
dão revestido se abrem, coletando a umidade fórmula estrutural é fornecida a seguir.
do ar. Quando a temperatura sobe, os poros
do tecido se fecham, liberando toda a água
retida em seu interior – uma água totalmen-
te pura, sem traços do material sintético.
Adaptado de: <www.inovacaotecnologica.com.br>.

Com relação ao citronelal, é correto afirmar


que:
a) apresenta isomeria óptica.
b) tem fórmula molecular C10H20O.
c) apresenta duplas ligações conjugadas.
Na representação do polímero I, observa-se a d) não sofre reação de hidrogenação.
unidade da cadeia polimérica que se repete e) apresenta a função cetona.
n vezes para a formação da macromolécula.
Essa unidade polimérica apresenta um gru- Leia o texto a seguir para responder à ques-
po funcional classificado como: tão 4.
a) amina. Pela primeira vez, drogas contra intoxicação
b) amida. radioativa alcançam bons resultados
c) aldeído.
Remédios para tratar intoxicação por radia-
d) hidrocarboneto.
ção devem ser aprovados nos próximos anos.
e) éster.
Hoje não existe nenhuma terapia para o tra-
tamento e a prevenção dos danos fisiológicos
2. (Unesp) Marina e Miriam, duas jovens estu- da radiação, cujo principal efeito é a produ-
dantes, adquiriram um cosmético para cabe- ção de radicais livres. A radiação atinge as
los cuja composição, apresentada na embala- moléculas de água e oxigênio abundantes no
gem, está descrita a seguir: organismo e produz os radicais livres, que ao
Ingredientes: água, aminoácidos (arginina, reagir alteram diversas estruturas celulares.
ácido aspártico, ácido glutâmico, prolina, A maioria das novas drogas tem a finalidade
triptofano, cisteína, glicina, leucina, serina, de diminuir os estragos produzidos pelos ra-
butilenoglicol), álcool cetílico, álcool estearí- dicais livres.
lico, parafina líquida, óleo mineral, miristato Adaptado de: O Estado de S.Paulo, 13 fev. 2012.
de isopropila, silicone, queratina hidrolisada,
fragrância, tensoativo e conservantes.
Lendo a descrição dos ingredientes, Marina 4. (Unesp) Em química, uma substância que
fez as seguintes afirmações: tem a propriedade de diminuir os estragos
I. O butilenoglicol deve ser retirado do con- produzidos por radicais livres é classificada
junto que compreende os aminoácidos. como um:
II. O álcool estearílico é estruturalmente re- a) antiácido.
lacionado ao ácido esteárico. b) hidratante.
III.Parafina líquida e miristato de isopropila c) cicatrizante.
são substâncias poli-hidroxiladas de alta d) esterilizante.
polaridade. e) antioxidante.

198
5. (Unesp) Descarga de hormônios Sobre a DHT, cuja fórmula está representada,
Algumas substâncias químicas são capazes é correto afirmar que:
de interagir com os receptores de estróge- a) é um hidrocarboneto aromático de fórmula
molecular C19H30O2.
no (Figura I) e comprometer o sucesso re-
b) é insolúvel em água e tem fórmula molecular
produtivo de várias espécies animais. “Dis- C17H26O2.
farçadas” de hormônio, elas produzem uma c) apresenta as funções fenol e cetona e fór-
mensagem enganosa que pode fazer a célula mula molecular C19H30O2.
se multiplicar, morrer ou até produzir certas d) é apolar e apresenta fórmula molecular
proteínas na hora errada. Uma das substân- C17H29O2.
cias apontadas pelos cientistas como capaz e) apresenta as funções álcool e cetona e fór-
de mimetizar os efeitos dos hormônios é o mula molecular C19H30O2.
bisfenol A (Figura II), usado em produtos
de plástico policarbonato, tais como embala- 7. (Unesp) Em 2011, comemoramos o Ano In-
gens reutilizáveis de bebidas, mamadeiras, ternacional da Química (AIQ). Com o tema
utensílios e muitos outros produtos de uso “Química: nossa vida, nosso futuro”, o AIQ-
diário. Com o tempo, ele se desprende dos 2011 tem como objetivos aumentar o conhe-
materiais e contamina o ambiente domésti- cimento do público sobre a química, desper-
co, atingindo o esgoto e os cursos d’água. tar o interesse entre os jovens e realçar as
contribuições das mulheres para a ciência.
Daí a justa homenagem à cientista polonesa
Marie Curie (1867-1934), que há 100 anos
conquistava o Prêmio Nobel da Química com
a descoberta dos elementos polônio e rádio.
O polônio resulta do decaimento radiativo do
bismuto, quando este núcleo emite uma par-
tícula 𝛃; em seguida, o polônio emite uma
partícula 𝛂, resultando em um núcleo de
Buscando diferenças e semelhanças entre as
chumbo, como mostra a reação.
estruturas estrógeno e bisfenol A, é correto
afirmar que ambos: 𝛂
𝛃
a) são policíclicos, mas apenas o bisfenol A 210
83 Bi o xPo o 82MPb
y
possui anel aromático.
b) são dioxigenados, mas apenas o estrógeno O número atômico X, o número de massa Y e
possui a função álcool. o número de massa M, respectivamente, são:
c) têm carbonos assimétricos, mas apenas o es- a) 82, 207, 210.
trógeno é opticamente ativo. b) 83, 206, 206.
d) reagem com sódio metálico, mas apenas o c) 83, 210, 210.
d) 84, 210, 206.
bisfenol A reage com NaOH(aq).
e) 84, 207, 208.
e) possuem cadeias laterais, mas apenas o es-
trógeno tem carbono pentavalente. Leia o texto a seguir para responder às ques-
tões 8 e 9.
6. (Unesp) Homens que começam a perder ca- Em todos os jogos olímpicos há sempre uma
belo na faixa dos 20 anos podem ter maior grande preocupação do Comitê Olímpico em
risco de câncer de próstata no futuro. relação ao doping. Entre as classes de subs-
A finasterida – medicamento usado no tra- tâncias dopantes, os betabloqueadores atu-
tamento da calvície – bloqueia a conversão am no organismo como diminuidores dos ba-
da testosterona em um androgênio chamado timentos cardíacos e como antiansiolíticos.
di-hidrotestosterona (DHT), que se estima O propranolol foi um dos primeiros betablo-
estar envolvido na queda de cabelos. O medi- queadores de sucesso desenvolvidos e é uma
camento também é usado para tratar câncer substância proibida em jogos olímpicos.
de próstata.
Adaptado de: <www.agencia.fapesp.br>.

199
8. (Unesp) A partir da análise da fórmula es- Com base na fórmula estrutural da sibutra-
trutural do propranolol, assinale a alternati- mina, é correto afirmar que apresenta:
va que apresenta corretamente sua fórmula a) a função amina primária.
molecular e as funções orgânicas presentes. b) apenas anéis alifáticos.
a) C16H21NO2, amina, álcool e éter. c) apenas anéis aromáticos.
b) C16H8NO2, amida, fenol e éter. d) isomeria geométrica.
c) C16H21NO2, amida, álcool e éter. e) um átomo de carbono quiral.
d) C16H8NO2, amina, álcool e éster.
e) C16H8NO2, amina, álcool e éter. Leia o texto a seguir para responder às ques-
tões 12 e 13.
9. (Unesp) Com base nas informações contidas Considere a equação química a seguir, que
no texto e na fórmula estrutural apresen- apresenta a reação entre dois aminoácidos
tada, é correto afirmar que o propranolol produzindo um dipeptídio.
apresenta:
a) isomeria óptica devido à presença de carbo-
no quiral e é proibido porque pode tornar os
atletas mais sonolentos.
b) isomeria geométrica por possuir carbonos in-
saturados e é proibido porque pode aumentar
a potência e a velocidade dos atletas.
c) isomeria geométrica por possuir carbonos
insaturados e é proibido porque pode dimi-
nuir os batimentos cardíacos e aumentar a
precisão dos atletas.
d) isomeria óptica devido à presença de carbo-
nos insaturados e é proibido porque pode au-
mentar a potência e a velocidade dos atletas.
e) isomeria óptica devido à presença de carbo-
no quiral e é proibido porque pode diminuir
os batimentos cardíacos e aumentar a preci-
são dos atletas.

10. (Unesp) Considere os compostos I, II, III e IV. 12. (Unesp) Excluindo as funções amina e ácido
carboxílico, comuns a todos os aminoácidos,
ácido as demais funções presentes na molécula do
2-bromo- 2-bromo-
2-hidroxi- etanal
propano pentano dipeptídio são:
propanoico
a) álcool, éster e amida.
I II III IV b) éter e amida.
Pode-se afirmar que, dentre esses compos- c) éter e éster.
tos, apresentam isômeros ópticos: d) amida e éster.
a) I, apenas. e) álcool e amida.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas. 13. (Unesp) As reações direta e inversa na equa-
d) I e IV, apenas.
ção química apresentada são classificadas,
e) II e IV, apenas.
respectivamente, como de:
11. (Unesp) A maior disponibilidade dos ali- a) condensação e hidrólise.
mentos, em especial os industrializados, re- b) adição e hidrólise.
sultou no aumento da incidência da obesida- c) hidrólise e adição.
de, tanto em crianças como em adultos. Em d) eliminação e condensação.
função disso, tem-se tornado comum a pro-
e) substituição e eliminação.
cura pelas denominadas dietas milagrosas
que, em geral, oferecem grande risco à saú-
de. Também têm sido desenvolvidos diversos 14. (Unesp) No organismo humano, devido à na-
medicamentos para o emagrecimento com tureza das membranas celulares, os medica-
menores tempo e esforços. Uma das subs- mentos são absorvidos em sua forma neutra.
tâncias desenvolvidas com essa finalidade é Considere os medicamentos aspirina e anfe-
a sibutramina, comercializada com diversas tamina, cujas fórmulas estruturais são:
denominações e cuja fórmula estrutural é
apresentada a seguir:

200
Considere as seguintes afirmações: Com base neste critério, dentre os polímeros
I. Ambos os medicamentos apresentam a de fórmulas gerais:
função amina.
II. Só a anfetamina apresenta átomo de car-
bono quiral.
III.Só a molécula de anfetamina apresenta
átomos com pares eletrônicos isolados.
São verdadeiras as afirmações:
a) I e II, apenas.
b) I, II e III.
c) I, apenas.
d) II, apenas.
e) III, apenas.
podem ser empregados na confecção desses
utensílios hospitalares:
15. (Unesp) Em agosto de 2005, foi noticiada a
a) o polietileno, apenas.
apreensão de lotes de lidocaína que teriam
b) o polipropileno, apenas.
causado a morte de diversas pessoas no Bra- c) o PVC, apenas.
sil, devido a problemas de fabricação. Este d) o polietileno e o polipropileno, apenas.
fármaco é um anestésico local muito utiliza- e) o polipropileno e o PVC, apenas.
do em exames endoscópicos, diminuindo o
desconforto do paciente. Sua estrutura mo- 18. (Unesp) A reação de condensação de uma
lecular está representada a seguir: amina com um ácido carboxílico produz uma
amida e água. A condensação da metilamina
com ácido propanoico produz:

a)

b)

e apresenta as funções:
a) amina secundária e amina terciária. c)
b) amida e amina terciária.
c) amida e éster.
d) éster e amina terciária. d)
e) éster e amina secundária.

16. (Unesp) Se uma garrafa contendo vinho per- e)


manecer aberta, exposta ao ar, por alguns
dias, o álcool etílico presente será oxidado,
transformando o vinho em vinagre – uma 19. (Unesp) Sobre o aromatizante de fórmula
solução de ácido etanoico (também denomi- estrutural, a seguir (fig. 1), são feitas as se-
nado ácido acético). A equação química que guintes afirmações:
representa esta reação é: I. a substância tem o grupo funcional éter;
a) CH3CH2OH + O2 o CH3COOH + H2O II. a substância é um éster do ácido etanoico;
III.a substância pode ser obtida pela reação
b) CH3CH2OH + __1O o CH CHO + H O
2 2 3 2 entre o ácido etanoico e o álcool de fór-
c) CH3OH + O2 o HCOOH + H2O mula estrutural (fig. 2).

d) CH3CH2OH[O2] CH3 – O – CH3


1 O o CH OH – CH OH
e) CH3CH2OH + __
2 2 2 2

17. (Unesp) Certos utensílios de uso hospitalar,


feitos com polímeros sintéticos, devem ser
destruídos por incineração em temperaturas
elevadas. É essencial que o polímero, esco-
lhido para a confecção desses utensílios,
produza a menor poluição possível quando
os utensílios são incinerados.

201
Estão corretas as afirmações:
a) I, apenas. GABARITO
b) II, apenas.
c) I e III, apenas. 1. B 2. B 3. A 4. E 5. B
d) II e III, apenas. 6. E 7. D 8. A 9. E 10. C
e) I, II e III.
11. E 12. E 13. A 14. D 15. B
20. (Unesp) Reações de desidratação de álcoois, 16. A 17. D 18. C 19. D 20. A
oxidação de aldeídos e polimerização de clo-
reto de vinila dão origem, respectivamente, a: 21. A 22. A
a) alcenos, ácidos carboxílicos e PVC.
b) alcanos, fenóis e poliamidas.
c) alcinos, aminas e dióis.
d) éteres, cetonas e baquelite.
e) ácidos carboxílicos, álcoois e proteínas.

21. (Unesp) Apresenta isomeria geométrica:


a) 2-penteno.
b) 1,2-butadieno.
c) propeno.
d) tetrabromoetileno.
e) 1,2-dimetilbenzeno.

22. (Unesp) Considere a seguinte sequência de


reações:

Com respeito a estas reações, são feitas as


afirmações:
I. X é CaC2.
II. Y é H2C = CH2.
III.O produto final é o polímero polivinilace-
tileno.
São corretas as afirmações:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

202
QUÍMICA 3

Prescrição: Para a resolução dos exercícios, é imprescindível o conhecimento básico de estequiome-


tria, soluções, termoquímica, entre outros assuntos abordados em Química 3.

APLICAÇÃO DOS a)
b)
55.
55.
CONHECIMENTOS - SALA c)
d)
77.
33.
e) 88.
1. (Unesp) Diariamente, podemos observar que
reações químicas e fenômenos físicos impli- Leia o texto a seguir para responder à ques-
cam em variações de energia. Analise cada tão 3.
um dos seguintes processos, sob pressão at- A luz branca é composta por ondas eletro-
mosférica. magnéticas de todas as frequências do es-
I. A combustão completa do metano CH4 pectro visível. O espectro de radiação emi-
produzindo CO2 e H2O. tido por um elemento, quando submetido a
II. O derretimento de um iceberg.
um arco elétrico ou a altas temperaturas, é
III.O impacto de um tijolo no solo ao cair de
descontínuo e apresenta uma de suas linhas
uma altura h.
com maior intensidade, o que fornece “uma
Em relação aos processos analisados, pode-se
impressão digital” desse elemento. Quando
afirmar que:
essas linhas estão situadas na região da ra-
a) I é exotérmico, II e III são endotérmicos.
diação visível, é possível identificar diferen-
b) I e III são exotérmicos e II é endotérmico.
c) I e II são exotérmicos e III é endotérmico. tes elementos químicos por meio dos chama-
d) I, II e III são exotérmicos. dos testes de chama.
e) I, II e III são endotérmicos. A tabela apresenta as cores características
emitidas por alguns elementos no teste de
chama:
2. (Unesp) A imagem mostra o primeiro avião
do mundo movido a etanol (C2H5OH), o avião Elemento Cor
agrícola Ipanema, de fabricação brasileira.
sódio laranja
potássio violeta
cálcio vermelho-tijolo
cobre azul-esverdeado

3. (Unesp) Uma estudante preparou 10,0 mL


de uma solução 1,00 mol · L–1 de cloreto de
um dos metais apresentados na tabela do
texto a fim de realizar um teste de chama em
laboratório. No teste de chama houve libe-
ração de luz vermelha intensa. A partir das
informações contidas no texto e utilizando a
Considere que a velocidade de cruzeiro dessa classificação periódica dos elementos, assi-
aeronave seja 220 km/h e que o consumo de nale a alternativa que apresenta a massa do
combustível nessa velocidade seja 100 L/h sal utilizado pela estudante, em gramas, e a
em que cada litro de combustível contenha sua fórmula.
0,08 kg de C2H5OH e que a combustão seja Dados: Ca = 40,1; Cℓ = 35,5.
completa. a) 1,11 e CaCℓ2.
Em um percurso de 110 km à velocidade de b) 7,56 e CaCℓ.
cruzeiro constante, a massa de dióxido de c) 11,1 e CaCℓ2.
carbono lançada ao ar devido à combustão, d) 0,756 e CaCℓ.
em kg, é próxima de: e) 0,111 e CaCℓ2.

203
Leia o texto a seguir para responder à ques- mol ·L–1 de H+ em uma solução deste ácido de
tão 4. concentração 2,0 ·10–2 mol ·L–1.
A bioluminescência é o fenômeno de emis- a) 0,00060 mol · L–1
são de luz visível por certos organismos vivos, b) 0,000018 mol · L–1
resultante de uma reação química entre uma c) 1,8 mol · L–1
substância sintetizada pelo próprio organismo d) 3,6 mol · L–1
(luciferina) e oxigênio molecular, na presença e) 0,000060 mol · L–1
de uma enzima (luciferase). Como resultado
dessa reação bioquímica é gerado um produ- 6. (Unesp) O soro fisiológico é uma das so-
to em um estado eletronicamente excitado luções mais utilizadas na área de saú-
(oxiluciferina*). Este produto, por sua vez, de. Consiste em uma solução aquo-
desativa-se por meio da emissão de luz visí- sa de cloreto de sódio NaCℓ 0,9% em
vel, formando o produto no estado normal ou massa por volume, que equivale à concentração
fundamental (oxiluciferina). Ao final, a con- 0,15 mol ·L–1. Dispondo de uma solução es-
centração de luciferase permanece constante. toque de NaCℓ 0,50 mol ·L–1, o volume ne-
cessário dessa solução, em mL, para preparar
250 mL de soro fisiológico será igual a:
a) 15.
b) 100.
O esquema ilustra o mecanismo geral da re- c) 25.
ação de bioluminescência de vagalumes, no d) 75.
qual são formados dois produtos diferentes e) 50.
em estados eletronicamente excitados, res-

RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA


ponsáveis pela emissão de luz na cor verde
ou na cor vermelha.

1.
I. Combustão completa do metano:
CH4 + 202 o2H2O + CO2 + calor, processo
exotérmico
II. O derretimento de um iceberg:
H2O(s) + calor o H2O(ℓ), processo endotér-
mico
III.Parte da energia cinética é transformada
em calor, portanto, processo exotérmico.
2.
Velocidade de cruzeiro = 220 km/h
  Ÿ (dividindo por dois) Ÿ 110 km/0,5 h
Consumo de combustível = 100 L/h
  Ÿ (dividindo por dois) Ÿ 50 L/0,5 h
1 L de combustível — 0,8 kg de C2H5OH
4. (Unesp) A partir das informações contidas 50 L de combustível — 50 · 0,8 kg de
no texto, é correto afirmar que a enzima lu- C2H5OH
ciferase:
C2H5OH + 3O2 o 2CO2 + 3H2O
a) aumenta a energia de ativação da reação
global de formação da oxiluciferina. 46 g ––––––– 2 · 44 g
b) é um dos produtos da reação. 40 kg ––––––– mCO
2
c) é responsável pela emissão de luz. mCO = 76,52 kg ≈ 77 kg
2
d) é o intermediário da reação, a partir do qual
se originam os produtos. 3. A partir da tabela fornecida no enunciado:
e) atua como catalisador, pois interfere na rea-
ção sem ser consumida no processo. elemento cor
sódio laranja
5. (Unesp) O ácido etanoico, popularmente cha- potássio violeta
mado de ácido acético, é um ácido fraco e um cálcio vermelho-tijolo
dos componentes do vinagre, sendo o respon-
cobre azul-esverdeado
sável por seu sabor azedo. Dada a constante
de ionização, Ka igual a 1,8 ·10–5 assinale a Conclui-se que o elemento químico presente
alternativa que apresenta a concentração em na solução é o cálcio (luz vermelha).

204
Ca2+ Cℓ– Cℓ– ŸCaCℓ2
CaCℓ2 = 40,1 + 2 × 35,5 = 111,1
MCaCℓ2 = 111,1 g/moℓ
[CaCℓ2] = 1,00 moℓ/L
V = 10,0 mL = 10 · 10–3L
m
[CaCℓ2]= _____
M·V
m
1,00 = _______________
111,1 · 10 · 10-3
m = 1,111 g

4. Verifica-se que ao final da reação bioquímica


descrita no texto a concentração de luciferase
permanece constante, ou seja, atua como ca-
talisador, pois diminui a energia de ativação
da reação sem ser consumida no processo.
5. A partir da análise do equilíbrio, vem:
Ka 1,8 u 105 ; [CH3 COOH] 2,0 u 102 moA ˜ L1

CH3 COOH R H  CH3 COO
2
2,0 u 10 0 0 início (moA ˜ L1)
gasta forma forma
y y y durante (moA ˜ L1)
2
( 2,0 u 10  y) y y equilíbrio (moA ˜ L1)


2
| 2,0u10

[H ][CH3 COO ]


Ka
[CH3 COOH]

yuy
1,8 u 105
2,0 u 102
y2 1,8 u 105 u 2,0 u 102 36 u 108

y [H ] 36 u 108 6,0 u 104


[H ] 6,0 u 104 0,00060 moA ˜ L1

6. Teremos:

GABARITO
1. B 2. C 3. A 4. E 5. A
6. D

205
PRÁTICA DOS 3. (Unesp) Em um laboratório de química, dois
estudantes realizam um experimento com o

CONHECIMENTOS - E.O. objetivo de determinar a velocidade da rea-


ção apresentada a seguir.

1. (Unesp) Para a produção de energia, os ma-


míferos oxidam compostos de carbono nos Sabendo que a reação ocorre em um sistema
tecidos, produzindo dióxido de carbono ga- aberto, o parâmetro do meio reacional que
soso, CO2(g) como principal subproduto. O deverá ser considerado para a determinação
principal meio de remoção do CO2(g) gerado da velocidade dessa reação é:
nos tecidos envolve sua dissolução em água, a) a diminuição da concentração de íons Mg2+.
seguida da reação do gás dissolvido com a b) o teor de umidade no interior do sistema.
água, sob a ação de um catalisador biológico, c) a diminuição da massa total do sistema.
a enzima anidrase carbônica, como repre- d) a variação da concentração de íons Mg2+.
sentado a seguir. e) a elevação da pressão do sistema.

4. (Unesp) A areia comum tem como consti-


tuinte principal o mineral quartzo (SiO2), a
partir do qual pode ser obtido o silício, que é
utilizado na fabricação de microchips.
A respeito desse processo, é correto afirmar A obtenção do silício para uso na fabricação
que: de processadores envolve uma série de eta-
a) a reação de formação de HCO3-(aq) na etapa 2 pas. Na primeira, obtém-se o silício metalúr-
só ocorre na presença do catalisador biológico. gico, por reação do óxido com coque, em for-
b) a concentração de CO2(aq) não influi na acidez no de arco elétrico, à temperatura superior a
do meio. 1900 °C. Uma das equações que descreve o
processo de obtenção do silício é apresentada
c) a concentração de H+(aq) aumenta com a ele-
a seguir:
vação da temperatura.
d) a concentração de H+(aq) não varia com a ele-
vação da temperatura. Dados:
e) o aumento da concentração de CO2(aq) au-
menta a acidez do meio.

Leia o texto a seguir para responder à ques- De acordo com as informações do texto, é
tão 2. correto afirmar que o processo descrito para
Insumo essencial na indústria de tintas, o a obtenção do silício metalúrgico correspon-
dióxido de titânio sólido puro (TiO2) pode de a uma reação:
ser obtido a partir de minérios com teor a) endotérmica e de oxirredução, na qual o Si4+
aproximado de 70% em TiO2 que, após mo- é reduzido a Si.
agem, é submetido à seguinte sequência de b) espontânea, na qual ocorre a combustão do
etapas: carbono.
c) exotérmica, na qual ocorre a substituição do
I. aquecimento com carvão sólido Si por C.
d) exotérmica, na qual ocorre a redução do óxi-
II. reação do titânio metálico com cloro mo- do de silício.
lecular gasoso e) endotérmica e de dupla troca.

III.reação do cloreto de titânio líquido com 5. (Unesp) Em um estudo sobre extração de


oxigênio molecular gasoso enzimas vegetais para uma indústria de ali-
mentos, o professor solicitou que um estu-
dante escolhesse, entre cinco soluções sali-
nas disponíveis no laboratório, aquela que
2. (Unesp) Considerando as etapas I e II do
apresentasse o mais baixo valor de pH.
processo, é correto afirmar que a reação para Sabendo que todas as soluções disponíveis
produção de 1 mol de TiCℓ4(ℓ) a partir de no laboratório são aquosas e equimolares, o
TiO2(s) é: estudante deve escolher a solução de:
a) exotérmica, ocorrendo liberação de 1354 kJ. a) (NH4)2C2O4.
b) exotérmica, ocorrendo liberação de 254 kJ. b) K3PO4.
c) endotérmica, ocorrendo absorção de 254 kJ. c) Na2CO3.
d) endotérmica, ocorrendo absorção de 1354 kJ. d) KNO3.
e) exotérmica, ocorrendo liberação de 804 kJ. e) (NH4)2SO4.

206
Leia o texto a seguir para responder à ques-
tão 6.
Um estudante precisa de uma pequena quan-
tidade de vanilina e decidiu pesquisar méto-
dos sintéticos de produção da substância em
laboratório, e obteve informações sobre dois
métodos:
Uma lata desse tipo de desodorante foi lan-
çada em um incinerador a 25 °C e 1 atm.
Quando a temperatura do sistema atingiu
621 °C, a lata explodiu. Considere que não
houve deformação durante o aquecimento.
No momento da explosão a pressão no inte-
rior da lata era:
a) 1,0 atm.
b) 2,5 atm.
c) 3,0 atm.
d) 24,8 atm.
e) 30,0 atm.

9. (Unesp) Incêndio é uma ocorrência de fogo


6. (Unesp) Considere que, para obter vanilina não controlado, potencialmente perigosa
no laboratório, o estudante optou pela apli- para os seres vivos. Para cada classe de fogo
cação do método 1, e usando 15 g do reagen- existe pelo menos um tipo de extintor. Quan-
do o fogo é gerado por líquidos inflamáveis
te 1, obteve 10 g de vanilina.
como álcool, querosene, combustíveis e óle-
Sabendo que a massa molar da vanilina é
os, os extintores mais indicados são aqueles
de 158 g, o rendimento da síntese realizada
com carga de pó químico ou gás carbônico.
pelo estudante foi de, aproximadamente:
Considerando-se a massa molar do
a) 80%.
carbono = 12 g · mol–1 , a massa molar do oxigê-
b) 25%.
nio = 16 g · mol–1 e R = 0,082 atm · L · mol–1 · K–1,
c) 50%.
o volume máximo, em litros, de gás libera-
d) 12%.
do a 27 °C e 1 atm, por um extintor de gás
e) 65%.
carbônico de 8,8 kg de capacidade, é igual a:
7. (Unesp) Enquanto estudava a natureza e as a) 442,8.
propriedades dos gases, um estudante anotou b) 2.460,0.
em seu caderno as seguintes observações so- c) 4.477,2.
bre o comportamento de 1 litro de hidrogênio d) 4.920,0.
e 1 litro de argônio, armazenados na forma e) 5.400,0.
gasosa à mesma temperatura e pressão:
I. Têm a mesma massa. 10. (Unesp) No corpo humano, 70% do trans-
II. Comportam-se como gases ideais. porte de CO2 para os pulmões, por meio das
III.Têm o mesmo número de átomos. hemácias e do plasma, ocorre sob a forma de
IV. Têm o mesmo número de mol. íons bicarbonato. Estes são produzidos pela
É correto o que o estudante anotou em: reação do dióxido de carbono com água, re-
a) I, II, III e IV. presentada pela seguinte reação química:
b) I e II, apenas. CO2(aq) + H2O(ℓ) R H+(aq) + HCO-3(aq)
c) II e III, apenas.
d) II e IV, apenas. A diminuição do pH do sangue constitui a
e) III e IV, apenas. acidose, que provoca náusea, vômito e cansa-
ço. O aumento do pH do sangue corresponde
8. (Unesp) Os desodorantes do tipo aeros- à alcalose, que provoca distúrbios respirató-
sol contêm em sua formulação solventes e rios, cãibras e convulsões. Considere as se-
propelentes inflamáveis. Por essa razão, as guintes afirmações:
embalagens utilizadas para a comercializa- I. Pessoas com deficiência respiratória não exa-
ção do produto fornecem no rótulo algumas lam CO2 suficientemente, com o que a reação
instruções, tais como: deste com H2O se desloca para a esquerda.
ƒ Não expor a embalagem ao sol. II. Pessoas ansiosas respiram rapidamente,
ƒ Não usar próximo a chamas. eliminando muito CO2 com o que a reação
ƒ Não descartar em incinerador. deste com H2O se desloca para a esquerda.

207
III. Pessoas com diarreia sofrem grande perda Leia o texto a seguir para responder à ques-
de íons bicarbonato, com o que a reação do tão 12.
CO2 com H2O se desloca para a direita. Alquimia subterrânea transforma mina
É correto o que se afirma em: de carvão em mina de hidrogênio
a) I, apenas.
Em uma área de mineração de carvão loca-
b) III, apenas.
lizada no sul da Polônia, um grupo de cien-
c) I e III, apenas.
tistas está usando uma mina de carvão para
d) II e III, apenas.
avaliar experimentalmente um método al-
e) I, II e III.
ternativo para a produção de energia limpa
Leia o texto a seguir para responder à ques- e, assim, oferecer uma utilização para pe-
tão 11. quenos depósitos de carvão ou minas exau-
ridas, que são tradicionalmente deixados de
Não basta matar a sede. Tem de ter grife lado, representando passivos ambientais.
Existem cerca de 3 mil marcas de água no Na teoria e no laboratório, a injeção de oxi-
mundo, mas só um punhado delas faz parte gênio e de vapor no carvão resulta na pro-
do clube das águas de grife, cujo status equi- dução de hidrogênio. No processo, oxigênio
vale ao de vinhos renomados. Para ser uma líquido é colocado em um reservatório espe-
água de grife, além do marketing, pesam fa- cial, localizado nas galerias da mina de car-
tores como tradição e qualidade. E qualida- vão, onde se transforma em oxigênio gasoso,
de, nesse caso, está ligada à composição. O começando o processo denominado de gasei-
nível de CO2 determina o quanto a água é ficação de carvão.
gaseificada. O pH também conta: as alcali- Adaptado de: <www.inovacaotecnologica.com.br>.
nas são adocicadas, as ácidas puxam para o
amargo. Outro fator é o índice de minerais: 12. (Unesp) A passagem do oxigênio líquido
águas com baixo índice de minerais são mais para oxigênio gasoso é uma transformação
neutras e leves. Águas mais encorpadas têm física:
índice de minerais mais altos. a) exotérmica, classificada como fusão.
Adaptado de: O Estado de S.Paulo, 22 mar. 2010. b) exotérmica, classificada como ebulição.
c) endotérmica, classificada como liquefação.
d) endotérmica, classificada como evaporação.
11. (Unesp) Uma água mineral gasosa, de gran- e) espontânea, classificada como sublimação.
de aceitação em todo o mundo, é coletada na
fonte e passa por um processo no qual água 13. (Unesp) A tabela apresenta informações so-
e gás são separados e recombinados – o gás bre as composições químicas e as entalpias
é reinjetado no líquido – na hora do engar- de combustão para três diferentes combustí-
rafamento. Esse tratamento permite ajustar veis que podem ser utilizados em motores de
a concentração de CO2, numa amostra dessa combustão interna, como o dos automóveis.
água, em 7g/L.
Com base nessas informações, é correto afir- 'H combustão Massas molares
Combustível
mar que: Kcal moℓ–1 g moℓ–1
a) a condutividade elétrica dessa água é nula, Gasolina (C8H18) –1222,5 114,0
devido ao caráter apolar do dióxido de car- Etanol (C2H5OH) –326,7 46,6
bono que ela contém.
Hidrogênio (H2) –68,3 2,0
b) uma garrafa de 750 mL dessa água, posta
à venda na prateleira de um supermercado, Com base nas informações apresentadas e
contém 3 L de CO2. comparando esses três combustíveis, é cor-
c) essa água tem pH na faixa ácida, devido ao reto afirmar que:
aumento da concentração de íons [H3O]+ for- a) a gasolina é o que apresenta menores impac-
mados na dissolução do CO2. to ambiental e vantagem energética.
d) o grau de pureza do CO2 contido nessa água b) o álcool é o que apresenta maiores impacto
é baixo, pois o gás contém resíduos do solo ambiental e vantagem energética.
que a água percorre antes de ser coletada. c) o hidrogênio é o que apresenta menor im-
e) devido ao tratamento aplicado no engarrafa- pacto ambiental e maior vantagem energéti-
mento dessa água, seu ponto de ebulição é o ca.
mesmo em qualquer local que seja colocada d) a gasolina é o que apresenta menor impacto
a ferver. ambiental e maior vantagem energética.
e) o álcool é o que apresenta menor impacto
ambiental e maior vantagem energética.

208
Leia o texto a seguir para responder à questão 14.

O carbonato de cálcio pode ser encontrado na natureza na forma de rocha sedimentar (calcário)
ou como rocha metamórfica (mármore). Ambos encontram importantes aplicações industriais e
comerciais. Por exemplo, o mármore é bastante utilizado na construção civil tanto para fins estru-
turais como ornamentais.
Já o calcário é usado como matéria-prima em diversos processos químicos, dentre eles, a produção
da cal.

14. (Unesp) Considerando o papel do mármore na construção civil, é de suma importância conhecer a
resistência desse material frente a desgastes provenientes de ataques de ácidos de uso doméstico.
Em estudos de reatividade química foram realizados testes sobre a dissolução do mármore (car-
bonato de cálcio) utilizando ácidos acético e clorídrico. As concentrações e os volumes utilizados
dos ácidos em todos os experimentos foram iguais a 6 M e 15 mL, respectivamente, assim como
a massa de mármore foi sempre igual a 1 g, variando-se a temperatura de reação e o estado de
agregação do mármore, conforme a tabela a seguir:

Experimento N° ácido Ka Estado de agregação do mármore temperatura


1 clorídrico 1,0 · 107 pó 60 ºC
2 clorídrico 1,0 · 10 7
pó 10 ºC
3 clorídrico 1,0 · 10 7
pedaço maciço 10 ºC
4 acético 1,8 · 10–5 pó 60 ºC
5 acético 1,8 · 10–5 pó 10 ºC
6 acético 1,8 · 10 –5
pedaço maciço 10 ºC

Com relação aos experimentos, pode-se afirmar que:


a) os experimentos 5 e 6 apresentam a mesma velocidade de dissolução do mármore porque a superfície
de contato de um sólido não afeta a velocidade de uma reação química.
b) o experimento 1 ocorre mais lentamente que o 2, porque quanto maior for a temperatura, menor será
a velocidade de uma reação química.
c) o experimento 1 ocorre mais rapidamente que o 4, porque a concentração de íons H+ em 1 é maior que
no experimento 4.
d) o experimento 4 ocorre mais lentamente que o 5, porque quanto maior for a temperatura, menor será
a probabilidade de ocorrer colisões efetivas entre os íons dos reagentes.
e) o experimento 3 ocorre mais lentamente que o 6, porque quanto maior for a concentração dos reagen-
tes, maior será a velocidade de uma reação química.

15. (Unesp) Há várias décadas, o ferro apresenta grande demanda em função de sua utilização nas
indústrias como, por exemplo, na automobilística. Uma das principais matérias-primas utiliza-
das para a sua obtenção é um minério cujo teor em Fe2O3 (hematita) é de cerca de 80%. O ferro
metálico é obtido pela redução do Fe2O3 em alto-forno. Dadas as massas molares para o oxigênio
(16 g/mol), o ferro (56 g/mol) e a hematita (160 g/mol), e considerando-se que a reação de re-
dução apresente um rendimento de 100%, a quantidade, em toneladas, de ferro metálico que será
obtida a partir de 5 toneladas desse minério é igual a:
a) 2,8.
b) 3,5.
c) 4,0.
d) 5,6.
e) 8,0.

16. (Unesp) O óxido de cálcio, conhecido comercialmente como cal virgem, é um dos materiais de
construção utilizado há mais tempo. Para sua obtenção, a rocha calcária é moída e aquecida a
uma temperatura de cerca de 900 °C em diversos tipos de fornos, onde ocorre sua decomposição
térmica. O principal constituinte do calcário é o carbonato de cálcio, e a reação de decomposição é
representada pela equação:
CaCO3(s) U CaO(s) + CO2(g)
Considerando-se que uma amostra de calcário foi decomposta a 900 °C, em um recipiente fechado
dotado de um êmbolo que permite ajustar o volume e a pressão do seu interior, e que o sistema
está em equilíbrio, um procedimento adequado para aumentar a produção de óxido de cálcio seria:

209
a) aumentar a pressão do sistema. 19. (Unesp) Em um laboratório, 3 frascos conten-
b) diminuir a pressão do sistema. do diferentes sais tiveram seus rótulos dani-
c) acrescentar CO2 ao sistema, mantendo o vo- ficados. Sabe-se que cada frasco contém um
lume constante. único sal e que soluções aquosas produzidas
d) acrescentar CaCO3 ao sistema, mantendo a com os sais I, II e III apresentaram, respec-
pressão e o volume constantes. tivamente, pH ácido, pH básico e pH neutro.
e) retirar parte do CaCO3 do sistema, mantendo Estes sais podem ser, respectivamente:
a pressão e o volume constantes. a) acetato de sódio, acetato de potássio e clo-
reto de potássio.
17. (Unesp) A indústria de fertilizantes quími- b) cloreto de amônio, acetato de sódio e cloreto
cos, para a obtenção dos compostos nitroge- de potássio.
nados, utiliza o gás amônia (NH3) que pode c) cloreto de potássio, cloreto de amônio e ace-
ser sintetizado pela hidrogenação do nitro- tato de sódio.
gênio, segundo a equação química: d) cloreto de potássio, cloreto de sódio e clore-
to de amônio.
N2(g) + 3 H2(g) U 2 NH3(g) e) cloreto de amônio, cloreto de potássio e ace-
k = 1,67 ∙ 10-3 mol-2 ∙ L2 tato de sódio.

Num procedimento de síntese, no sistema, 20. (Unesp) Em um litro de água foram adi-
em equilíbrio, as concentrações de N2(g) cionados 0,005 mol de CaCℓ2 e 0,02 mol de
e de H2(g) são, respectivamente, iguais a Na2CO3. Sabendo-se que o produto de
2,0 mol ˜ L–1 e 3,0 mol ˜ L–1 Nessas condi- solubilidade(KPS) do carbonato de cálcio
ções, a concentração de NH3(g), em mol ˜L–1 (CaCO3) é igual a 5 × 10–9 (mol/L)2 e que
será igual a: KPS = [Ca2+].[CO32–], pode-se afirmar que:
a) 0,30.
a) ocorre a precipitação de CaCO3.
b) 0,50.
b) não ocorre a precipitação de CaCO3 porque o
c) 0,80.
pH é básico.
d) 1,00.
c) o produto das concentrações dos íons Ca2+ e
e) 1,30.
CO32– é menor que o valor do KPS.
d) não precipita CaCO3 porque a concentração
18. (Unesp) No gráfico, encontra-se represen- de íons Ca2+ é menor que a concentração de
tada a curva de solubilidade do nitrato de íons CO32–.
potássio (em gramas de soluto por 1000 g de e) nessas condições, o pH da água é ácido.
água).
21. (Unesp) O hipoclorito CℓO– pode ser prepa-
rado pela reação representada pela seguinte
equação:
Cℓ2(aq) + 2OH–(aq) U CℓO–(aq) + Cℓ(aq) + H2O(ℓ)

Composto Solubilidade a 18 °C (mol/L)


HCℓ 9,4
AgNO3 8,3
AgCℓ 10–5
KNO3 2,6
Para a obtenção de solução saturada conten- KCℓ 3,9
do 200 g de nitrato de potássio em 500 g de Considerando, ainda, as informações cons-
água, a solução deve estar a uma temperatu- tantes na tabela, qual substância, ao ser adi-
ra, aproximadamente, igual a: cionada ao sistema, aumentará o rendimen-
a) 12 °C. to da reação?
b) 17 °C. a) HCℓ
c) 22 °C. b) AgNO3
d) 27 °C. c) AgCℓ
e) 32 °C. d) KNO3
e) KCℓ

210
22. (Unesp) Misturam-se 100 mL de uma so-
lução aquosa de NaOH, de concentração
0,100 mol/L, com 400 mL de solução aquo-
sa de HCℓ, de concentração 0,050 mol/L.
Adiciona-se água até completar o volume a
1000 mL e homogeneiza-se a solução resul-
tante. Supondo dissociação total, o pH da so-
lução resultante é:
a) 8.
b) 2.
c) 1.
d) –1.
e) zero.

23. (Unesp) A cal, muito utilizada na construção


civil, é obtida na indústria a partir da reação
de decomposição do calcário, representada
pela equação:

A fonte de calor para essa decomposição


pode ser o gás natural, cuja reação de com-
bustão é representada por:
CH4(g) + 2O2(g)o 2H2O(ℓ) + CO2(g)
Considerando as massas molares:
H = 1,0 g ∙mol–1, C = 12,0 g ˜ mol–1
O = 16,0 g ∙mol–1, Ca = 40,0 g ˜ mol–1
a massa de gás carbônico lançada na atmosfera
quando são produzidos 560 kg de cal, a partir
da decomposição térmica do calcário, utilizan-
do o gás natural como fonte de energia, é:
a) menor do que 220 kg.
b) entre 220 e 330 kg.
c) entre 330 e 440 kg.
d) igual a 440 kg.
e) maior do que 440 kg.

GABARITO
1. E 2. B 3. C 4. A 5. E
6. C 7. D 8. C 9. D 10. D
11. C 12. D 13. C 14. C 15. A
16. B 17. A 18. D 19. B 20. A
21. B 22. B 23. E

211
212
M T MATEMÁTICA
e suas tecnologias
MATEMÁTICA
UNESP – Matemática
Grandezas Proporcionais 14%
Geometria Plana 11%
Funções 10%
Geometria Espacial 10%
Trigonometria 9%
Probabilidades 6%
Logarítmos 5%
Estatística 4%
Matrizes 4%
Equações Polinomiais 4%
Outros 24%
MATEMÁTICA 1

Prescrição: Serão desenvolvidas as habilidades em questões de conjuntos numéricos, equações,


inequações e funções do 1° e 2° graus, funções modular, inversa e composta, trigonometria, núme-
ros complexos, polinômios, potenciação e radiciação, equações, inequações e funções exponenciais
e logarítmicas, sobre propriedades de logaritmos, sequências, dentre elas progressões aritméticas e
geométricas.

APLICAÇÃO DOS 4. (Unesp) Em situação normal, observa-se que


os sucessivos períodos de aspiração e expi-
CONHECIMENTOS - SALA ração de ar dos pulmões em um indivíduo
são iguais em tempo, bem como na quanti-
dade de ar inalada e expelida. A velocidade
1. (Unesp) Carlos trabalha como disc-jóquei de aspiração e expiração de ar dos pulmões
(dj) e cobra uma taxa fixa de R$ 100,00, de um indivíduo está representada pela
mais R$ 20,00 por hora, para animar uma curva do gráfico, considerando apenas um
festa. Daniel, na mesma função, cobra uma ciclo do processo.
taxa fixa de R$ 55,00, mais R$ 35,00 por
hora. O tempo máximo de duração de uma Y ƐV
festa, para que a contratação de Daniel não
fique mais cara que a de Carlos, é:
a) 6 horas.
b) 5 horas.
c) 4 horas.
d) 3 horas.
e) 2 horas.

2. (Unesp) A expressão que define a função


quadrática f(x), cujo gráfico está esboçado, é: Sabendo-se que, em uma pessoa em estado
de repouso, um ciclo de aspiração e expira-
ção completo ocorre a cada 5 segundos e que
a taxa máxima de inalação e exalação, em
módulo, é 0,6 ℓ/s, a expressão da função,
cujo gráfico mais se aproxima da curva re-
presentada na figura, é:
2S §3 ·
a) 9 W VHQ ¨ W ¸ 
5 ©5 ¹
3 § 5 ·
b) 9 W VHQ ¨ W ¸
5 © 2S ¹
§ 2S ·
c) 9 W  FRV ¨ W ¸
© 5 ¹
a) f(x) = –2x2 – 2x + 4. § 2S ·
b) f(x) = x2 + 2x – 4. d) 9 W VHQ ¨ W ¸
© 5 ¹
c) f(x) = x2 + x – 2.
d) f(x) = 2x2 + 2x – 4. 5
e) 9 W FRV W 
e) f(x) = 2x2 + 2x – 2. 2S

3. (Unesp) No conjunto R dos números reais, 5. (Unesp) Considere o número complexo


S + i sen __
z = cos __ S. O valor de z3 + z6 + z12 é:
o conjunto solução S da inequação modular 6 6
|x| ∙ |x – 5| ≥6 é: a) – i. __
a) S = {x Ñ R | – 1 ≤ x ≤ 6}. √3
1 + ___
b) __ i.
b) S = {x Ñ R | x d – 1 ou 2 d x ≤ 3}. 2 2
c) S = {x Ñ R |x d – 1 ou 2 ≤ x ≤ 3 ou x t 6}. c) i – 2.
d) S = {x Ñ R | x ≤ 2 ou x t 3}. d) i.
e) S = R. e) 2i.

215
6. (Unesp) Sabe-se que, na equação x3 + 4x2 +
x – 6 = 0, uma das raízes é igual à soma das
outras duas. O conjunto solução (S) desta
equação é:
a) S = {–3, –2, –1}.
b) S = {–3, –2, +1}.
c) S = {+1, +2, +3}.
d) S = {–1, +2, +3}.
e) S = {–2, +1, +3}. A trajetória resultante do movimento da
partícula será obtida repetindo-se esse com-
7. (Unesp) A figura descreve o gráfico de uma portamento indefinidamente, sendo o cen-
função exponencial do tipo y = ax, de R em R. tro e o raio da n-ésima semicircunferência
R , respectivamente, até
dados por On e Rn = __
2n
o ponto Pn também em r. Nessas condições, o
comprimento da trajetória descrita pela par-
tícula, em função do raio R, quando n tender
ao infinito, será igual a:
a) 22πR.
b) 23πR.
c) 2nπR.
7 πR.
d) __
4
Nessa função, o valor de y para x = –0,5 é
e) 2πR.
igual a:
a) log 5.
b) log
__ 5 2.
c) √ 5 . RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
d) log2 5.
e) 2,5. 1. Podemos criar uma função c(t) que retorna o
valor cobrado por Carlos, em função do tem-
8. (Unesp) A figura indica o padrão de uma po:
sequência de grades, feitas com vigas idên-
ticas, que estão dispostas em posição ho- c(t) = 100 + 20t
rizontal e vertical. Cada viga tem 0,5 m de Fazendo o mesmo para Daniel:
comprimento. O padrão da sequência se
mantém até a última grade, que é feita com d(t) = 55 + 35t
o total de 136,5 metros lineares de vigas. O tempo máximo de duração de uma festa
ocorre quando c(t) = d(t):
100 + 20t = 55 + 35t
45 = 15t
t=3h
O comprimento do total de vigas necessárias
para fazer a sequência completa de grades, 2. Pelo gráfico, é possível ver que –2 e 1 são
em metros, foi de: raízes da função f(x) e quando a abcissa x
a) 4877. tiver valor igual a 0, a ordenada y terá valor
b) 4640. –4; assim, podemos escrever f(x) na forma
c) 4726. fatorada:
d) 5195. f(x) = a(x – 1)(x + 2)
e) 5162.
Para o ponto (0, –4):
9. (Unesp) Uma partícula em movimento f(0) = a(0 – 1)(0 + 2) = –4
descreve sua trajetória sobre semicircun- a(–1)(2) = –4
ferências traçadas a partir de um ponto P0 a=2
localizado em uma reta horizontal r, com Logo:
deslocamento sempre no sentido horário. A f(x) = 2(x – 1)(x + 2)
figura mostra a trajetória da partícula, até f(x) = 2(x2 + 2x – x – 2)
o ponto P3, em r. Na figura, O, O1 e O2 são f(x) = 2x2 + 2x – 4
os centros das três primeiras semicircunfe-
R, __
rências traçadas e R, __ R seus respectivos
2 4
raios.
216
3. Resolvendo a inequação, temos:

S = {x 7R | x ≤ –1 ou 2 ≤ x ≤ 3 ou x ≥ 6}

4. O período da função é |2π|/5 = 2π/5.


Como as taxas de inalação e exalação são 0,6 ℓ/s, temos a função:
2S· x)
y = 0,6 ∙ sen (___
5
A função não poderia ser
2S· x),
y = 0,6 ∙ cos (___
5
pois, se x for zero, o y deveria ser 0,6.
π + i sen __
5. Seja z = cos __ π , então z3 será:
6 6
π
z = cos(3 ∙ ) + i sen(3 ∙ __
3 __ π)
6 6
3 π
__
z = cos( ) + i sen( )π
__
2 2
z3 = 0 + 1 · i
z3 = i
Logo:
z3 = i
z6 = (z3)2 = i2 = –1
z12 = (z6)2 = (–1)2 = 1
Portanto:
z3 + z6 + z12 = i – 1 + 1 = i
6. Sejam r, s e t as raízes da equação
x3 + 4x2 + x – 6 = 0
e considere que r = s + t.
Utilizando a relação de soma de Girard, temos:
r + s + t = –4/1
r + r = –4
r = –2
Concluímos, então, que 2 é uma de suas raízes.
Dividindo, agora, x3 + 4x2 + x – 6 por (x + 2):

x3 + 4x2 + x – 6 = (x + 2) ∙ (x2 + 2x – 3) = 0
x + 2 = 0 Æ x = –2
x2 + 2x – 3 Æx = –3 ou x = 1
Logo, S = {–3, –2, +1}.

217
7. Com os valores do gráfico e do enunciado,
pode-se escrever:
y = ax
0,2 = a1 Æ a = 0,2 Æ y = 0,2x
10 0,5 = (5)0,5 = √__
2 -0,5 = ___
( )
y = 0,2–0,5 = ___
10 ( )
2
5

8. O número de vigas em cada grade cresce se-


gundo a progressão aritmética (5, 9, 13,...,
4n + 1), com n sendo um natural não nulo.
Logo, se cada viga mede 0,5 m e a última
grade foi feita com 136,5 metros lineares de
vigas, então (4n + 1) ∙ 0,5 = 136,5 à n = 68.
Portanto, o comprimento total de vi-
gas necessárias para fazer a sequência
completa de grades, em metros, foi de
5 + 273) ∙ 68 = 4726.
0,5 ∙ (_______
2
9. Seja Cn o comprimento da trajetória.
Temos:
R + π· __
Cn = π · R + π·__ R + ... + π·__
R + ...
2 4 2n
que corresponde à soma dos termos de uma
progressão geométrica infinita.
Portanto,
πR = 2 · π · R
lim Cn = _____
1
1 – __
nof
2

GABARITO
1. D 2. D 3. C 4. D 5. D
6. B 7. C 8. C 9. E

218
PRÁTICA DOS 3. (Unesp) A tabela indica o gasto de água, em
m3 por minuto, de uma torneira (aberta),

CONHECIMENTOS - E.O. em função do quanto seu registro está aber-


to, em voltas, para duas posições do registro.

1. (Unesp) Em um experimento com sete pa- Abertura da Gasto de água


litos de fósforo idênticos, seis foram acesos torneira por minuto
(volta) (m3)
nas mesmas condições e ao mesmo tempo.
A chama de cada palito foi apagada depois 1
__ 0,02
2
de t segundos e, em seguida, anotou-se o
1 0,03
comprimento x em centímetros, de madeira
Adaptado de: <www.sabesp.com.br>.
não chamuscada em cada palito. A figura a
seguir indica os resultados do experimento. Sabe-se que o gráfico do gasto em função da
abertura é uma reta, e que o gasto de água,
por minuto, quando a torneira está total-
mente aberta, é de 0,034 m3. Portanto, é
correto afirmar que essa torneira estará to-
talmente aberta quando houver um giro no
seu registro de abertura de 1 volta completa
e mais:

a) 1__ de volta.
2
b) 1__ de volta.
5
c) 2__ de volta.
5
d) 3__ de volta.
4
e) 1__ de volta.
4
Um modelo matemático consistente com to-
dos os dados obtidos no experimento per- 4. (Unesp) Em um programa de plateia da TV
mite prever que o tempo, necessário e sufi- brasileira, cinco participantes foram escolhi-
ciente, para chamuscar totalmente um palito dos pelo apresentador para tentarem acertar
de fósforo idêntico aos que foram usados no o número de bolas de gude contidas em uma
experimento é de: urna de vidro transparente. Aquele que acer-
a) 1 minuto e 2 segundos. tasse ou mais se aproximasse do número real
b) 1 minuto. de bolas de gude contidas na urna ganharia
c) 1 minuto e 3 segundos. um prêmio.
d) 1 minuto e 1 segundo. Os participantes A, B, D, C e E disseram ha-
e) 1 minuto e 4 segundos. ver, respectivamente, 1195, 1184, 1177,
1250 e 1232 bolas na urna.
2. (Unesp) Uma imobiliária exige dos novos lo- Sabe-se que nenhum dos participantes acer-
catários de imóveis o pagamento, ao final do tou o número real de bolas, mas que um
primeiro mês no imóvel, de uma taxa, jun- deles se enganou em 30 bolas, outro em 25
to com a primeira mensalidade de aluguel. outro em 7, outro em 48 e, finalmente, outro
Rafael alugou um imóvel nessa imobiliá- em 18 bolas. Podemos concluir que quem ga-
ria e pagou R$ 900,00 ao final do primei- nhou o prêmio foi o participante:
ro mês. No período de um ano de ocupação a) A.
do imóvel, ele contabilizou gastos totais de b) B.
R$ 6.950,00 com a locação do imóvel. c) C.
Na situação descrita, a taxa paga foi de: d) D.
a) R$ 450,00. e) E.
b) R$ 250,00.
c) R$ 300,00. 5. (Unesp) Um grupo de x estudantes se jun-
d) R$ 350,00. tou para comprar um computador portátil
e) R$ 550,00. (notebook) que custa R$ 3.250,00. Alguns
dias depois, mais três pessoas se juntaram
ao grupo, formando um novo grupo com x
+ 3 pessoas. Ao fazer a divisão do valor do

219
computador pelo número de pessoas que 8. (Unesp) O consumo médio de oxigê-
estão compondo o novo grupo, verificou-se nio em mL/min por quilograma de massa
que cada pessoa pagaria R$ 75,00 a menos (mL/min ∙ kg) de um atleta na prática de
do que o inicialmente programado para algumas modalidades de esporte é dado na
cada um no primeiro grupo. tabela seguinte.
O número x de pessoas que formavam o pri-
meiro grupo é: Consumo médio de
Esporte
a) 9. O2 em mL/min ∙ kg
b) 10. Natação 75
c) 11. Tênis 65
d) 12.
Marcha atlética 80
e) 13.
Dois atletas, Paulo e João, de mesma massa,
6. (Unesp) O gráfico, publicado na Folha de
praticam todos os dias exatamente duas mo-
S.Paulo de 16/08/2001, mostra os gastos
dalidades de esporte cada um. Paulo pratica
(em bilhões de reais) do governo federal
diariamente 35 minutos de natação e depois
com os juros da dívida pública.
t minutos de tênis. João pratica 30 minu-
tos de tênis e depois t minutos de marcha
atlética. O valor máximo de t para que João
não consuma, em mL/kg mais oxigênio que
Paulo, ao final da prática diária desses es-
portes, é:
a) 45.
b) 35.
c) 30.
d) 25.
e) 20.
Obs.: 2001, estimativa até dezembro.
9. (Unesp) A soma de quatro números é 100.
Pela análise do gráfico, pode-se afirmar que:
Três deles são primos e um dos quatro é a
a) em 1998, o gasto foi de R$ 102,2 bilhões.
soma dos outros três. O número de soluções
b) o menor gasto foi em 1996.
existentes para este problema é:
c) em 1997, houve redução de 20% nos gastos,
a) 3.
em relação a 1996.
b) 4.
d) a média dos gastos nos anos de 1999 e 2000
c) 2.
foi de R$ 79,8 bilhões.
d) 5.
e) os gastos decresceram de 1997 a 1999.
e) 6.
7. (Unesp) A unidade usual de medida para a
10. (Unesp) Em um jogo eletrônico, o “mons-
energia contida nos alimentos é kcal (qui-
tro” tem a forma de um setor circular de
localoria). Uma fórmula aproximada para o
raio 1 cm, como mostra a figura.
consumo diário de energia (em kcal) para
meninos entre 15 e 18 anos é dada pela fun-
ção f(h) = 17 ∙ h, onde h indica a altura em
cm e, para meninas nessa mesma faixa de
idade, pela função g(h) = (15,3) ∙ h. Pau-
lo, usando a fórmula para meninos, calcu-
lou seu consumo diário de energia e obteve
2975 kcal. Sabendo-se que Paulo é 5 cm mais
alto que sua namorada Carla (e que ambos A parte que falta no círculo é a boca do “mons-
têm idade entre 15 e 18 anos), o consumo tro”, e o ângulo de abertura mede 1 radiano.
diário de energia para Carla, de acordo com O perímetro do “monstro”, em cm, é:
a fórmula, em kcal, é: a) π – 1.
a) 2501. b) π + 1.
b) 2601. c) 2π – 1.
c) 2770. d) 2π.
d) 2875. e) 2π + 1.
e) 2970.

220
11. (Unesp) A figura mostra um relógio de pare- 14. (Unesp) Uma máquina produz diariamente
de, com 40 cm de diâmetro externo, marcan- x dezenas de certo tipo de peças. Sabe-se
do 1 hora e 54 minutos. que o custo de produção C(x) e o valor de
venda V(x) são dados, aproximadamente,
em milhares de reais, respectivamente, pe-
las funções:
xπ e V(x) = 3√__
C(x) = 2 – cos ___ xπ ;
2 sen ___
6( ) ( )
12
0 ≤ x ≤ 6.
O lucro, em reais, obtido na produção de 3
Usando a aproximação π = 3, a medida, em dezenas de peças é:
cm, do arco externo do relógio determina- a) 500.
b) 750.
do pelo ângulo central agudo formado pelos
c) 1000.
ponteiros das horas e dos minutos, no horá-
d) 2000.
rio mostrado, vale, aproximadamente:
e) 3000.
a) 22.
b) 31. —
c) 34. 15. (Unesp) Se z = (2 + i)(1 + i)i, então Z, o
conjugado de z, será dado por:
d) 29.
a) –3 – i.
e) 20.
b) 1 – 3i.
12. (Unesp) O conjunto solução (S) para a ine- c) 3 – i.
d) –3 + i.
quação 2cos2x + cos(2x) > 2, em que 0 < x < π,
e) 3 + i.
é dado por:
5π < x < π}.
π ou ___
a) {S = x Ñ (0, π) | 0 < x < __
6 6 16. (Unesp) Observe o gráfico.
π
__
b) {S = x Ñ (0, π) | < x < }.2π
___
3 3
π 2π < x < π}.
c) {S = x Ñ (0, π) | 0 < x < ou ___
__
3 3
π
__
d) {S = x Ñ (0, π) | < x < }.5π
___
6 6
e) S = {x Ñ(0, π)}.

13. (Unesp) A figura representa parte dos


gráficos das funções f(x) = 1 + sen(2x) e Sabendo-se que ele representa uma função
g(x) = 1 + cos(x). trigonométrica, a função y(x) é:
a) –2cos(3x).
b) –2sen(3x).
c) 2cos(3x).
d) 3sen(2x).
e) 3cos(2x).

17. (Unesp) Se cos(x) = a, para x Ñ (0, π/2)


e assumindo que a ≠ 0 e a ≠ 1, o valor de
tg(2x) é:
2
2a_____
–1 .
a) ________
Se x1, x2 e x3 são, respectivamente, as abs- √
2a 1 – a2
cissas dos pontos P, Q e R de intersecção dos 1 – a2 .
b) _____
a
gráficos das funções f(x) e g(x) no intervalo
_____
[0, π], a soma x1 + x2 + x3 é: c) 2a√1 – a2 .
2π .
a) ___ _____
3 2a√1 – a2 .
d) ________

___ 2a2 – 1
b) .
3
e) 2a2 – 1.
3π .
c) ___
2
d) 5π
___ .
6
7π .
e) ___
12

221
18. (Unesp) A figura representa, no plano com- 21. (Unesp) Considere o polinômio p(x) = x3 +
plexo, um semicírculo de centro na origem e bx2 + cx + d, onde b, c e d são constantes
raio 1. reais. A derivada de p(x) é, por definição, o
polinômio p’(x) = 3x2 + 2bx + c. Se p’(1) = 0,
p’(–1) = 4 e o resto da divisão de p(x) por
x – 1 é 2, então o polinômio p(x) é:
a) x3 – x2 + x + 1.
b) x3 – x2 – x + 3.
c) x3 – x2 – x – 3.
d) x3 – x2 – 2x + 4.
e) x3 – x2 – x + 2.

22. (Unesp) O polinômio P(x) = ax³ + 2x + b é


divisível por x – 2 e, quando divisível por
x + 3, deixa resto –45. Nessas condições, os
valores de a e b, respectivamente, são:
Indique por Re(z), Im(z) e |z| a parte real, a a) 1 e 4.
parte imaginária e o módulo de um número b) 1 e 12.
complexo z = x + yi, respectivamente, onde i c) –1 e 12.
indica a unidade imaginária. A única alter- d) 2 e 16.
nativa que contém as condições que descre- e) 1 e –12.
vem totalmente o subconjunto do plano que
representa a região sombreada, incluindo 23. (Unesp) Sabe-se que 1 é uma raiz de multi-
sua fronteira, é: plicidade 3 da equação
a) Re(z) ≥ 0, Im(z) ≥ 0 e |z| ≤ 1. x5 – 3x4 + 4 x3 – 4x2 + 3x – 1 = 0
b) Re(z) ≥ 0, Im(z) ≤ 0 e |z| ≤ 1 As outras raízes dessa equação, no conjunto
c) Re(z) ≥ 0 e |z| ≥ 1. numérico dos complexos, são:
d) Im(z) ≥ 0 e |z| ≥ 1. a) (–1 – i) e (1 + i).
e) Re(z) ≥ 0 e |z| ≤ 1. b) (1 – i)2.
c) (–i) e (+i).
19. (Unesp) As soluções da equação z3 = i, onde d) (–1) e (+1).
z é um número complexo e i2 = –1 são: e) (1 – i) e (1 + i).

2 1 24. (Unesp) Dado que as raízes da equação


a) z = r  i ou z = –i.
2 2 x³ – 3x² – x + k = 0 , onde k é uma constante
real, formam uma progressão aritmética, o
3 1
b) z = r  i ou z = –i. valor de k é:
2 2 a) –5.
3 1 b) –3.
c) z = r  i ou z = –i. c) 0.
2 2
d) 3.
2 1 e) 5.
d) z = r  i ou z = –i.
2 2
25. (Unesp) Um torneio de futebol será disputa-
1 3
e) z = r  i ou z = –i. do por 16 equipes que, ao final, serão clas-
2 2 sificadas do 1° ao 16° lugar. Para efeitos da
classificação final, as regras do torneio im-
20. (Unesp) A equação polinomial x3 – 3x2 + 4x
pedem qualquer tipo de empate.
– 2 = 0 admite 1 como raiz. Suas duas outras
Considerando para os cálculos log 15! = 12
raízes são:
__ __ e log 2 = 0,3, a ordem de grandeza do total
a) (1 + √3 · i) e (1 – √3 · i).
de classificações possíveis das equipes nesse
b) (1 + i) e (1 – i).
torneio é de:
c) (2 + i) e (2 – 1).
a) bilhões.
d) (–1 + i) __e (–1 – i). __ b) quatrilhões.
e) (– 1 + √ 3 · i) e (–1 – √ 3 ·i).
c) quintilhões.
d) milhões.
e) trilhões.

222
26. (Unesp) Em uma floricultura, os preços dos
buquês de flores se diferenciam pelo tipo
e pela quantidade de flores usadas em sua
montagem. Quatro desses buquês estão re-
presentados na figura a seguir, sendo que
três deles estão com os respectivos preços.

De acordo com a representação, nessa flori-


cultura, o buquê 4, sem preço indicado, custa:
a) R$ 15,30.
b) R$ 16,20.
c) R$ 14,80.
d) R$ 17,00.
e) R$ 15,50.

27. (Unesp) No artigo “Desmatamento na


Amazônia brasileira: com que intensidade
vem ocorrendo?”, o pesquisador Philip M.
Fearnside, do Inpa, sugere como modelo
matemático para o cálculo da área de
desmatamento a função D(t) = D(0) · ek · t em
que D(t) representa a área de desmatamento
no instante t, sendo t medido em anos
desde o instante inicial, D(0), a área de
desmatamento no instante inicial t = 0, e k a
taxa média anual de desmatamento da região.
Admitindo que tal modelo seja representativo
da realidade, que a taxa média anual de
desmatamento (k) da Amazônia seja 0,6% e
usando a aproximação ln 2 j 0,69, o número
de anos necessários para que a área de
desmatamento da Amazônia dobre seu valor,
a partir de um instante inicial prefixado, é
aproximadamente:
a) 51.
b) 115.
c) 15.
d) 151.
e) 11.

GABARITO
1. C 2. D 3. B 4. A 5. B
6. D 7. B 8. A 9. D 10. E
11. B 12. A 13. C 14. C 15. A
16. B 17. D 18. E 19. C 20. B
21. B 22. E 23. C 24. D 25. E
26. A 27. B

223
MATEMÁTICA 2

Prescrição: Serão abordados assuntos sobre matrizes, determinantes e sistemas lineares, produtos
notáveis e fatoração, sobre razões e proporções, porcentagens, juros e descontos, MMC, MDC, proble-
mas clássicos de vestibular, fatorial, permutação, arranjo e combinação, números binomiais, binômio
de Newton, probabilidade, tópicos de estatística, matrizes, determinantes e sistemas lineares.

APLICAÇÃO DOS Virada pra cima Virada pra baixo


Total de
lançamentos
CONHECIMENTOS - SALA 652 326 978

Usando as informações da tabela, é correto


concluir que a probabilidade de a colher cair
ª 2 3 º sobre o chão virada para cima é a mesma
1. (Unesp) Dada a matriz A = « » e defi-
¬ 1 2¼ probabilidade de se obter, no lançamento de
nindo-se A0 = I, A1 = A e AK = A · A · A … · A, um dado convencional honesto de seis faces,
com k fatores, onde I é uma matriz identi- um número:
dade de ordem 2, k Ñ Z e k ≥ 2, a matriz A15 a) maior que 4.
será dada por: b) primo.
a) I. c) menor que 6.
b) A. d) múltiplo de 5.
c) A2. e) maior que 2.
d) A3.
e) A4. 4. (Unesp) Um professor, ao elaborar uma pro-
va composta de 10 questões de múltipla es-
2. (Unesp) Em um terreno retangular ABCD colha, com 5 alternativas cada e apenas uma
de 20 m2, serão construídos um deque e um
correta, deseja que haja um equilíbrio no
lago, ambos de superfícies retangulares de
mesma largura, com as medidas indicadas na número de alternativas corretas, a serem as-
figura. O projeto de construção ainda prevê o sinaladas com X na folha de respostas. Isto
plantio de grama na área restante, que cor- é, ele deseja que duas questões sejam assi-
responde a 48% do terreno. naladas com a alternativa A, duas com a B, e
assim por diante, como mostra o modelo.

Modelo de folha de resposta (gabarito)


A B C D E
01 X
02 X
lago
03 X
04 X
05 X
06 X
07 X
No projeto descrito, a área da superfície do 08 X
lago, em m2, será igual a: 09 X
a) 4,1. 10 X
b) 4,2.
c) 3,9. Nessas condições, a quantidade de folha de
d) 4,0. respostas diferentes, com a letra X disposta
e) 3,8. nas alternativas corretas, será:
a) 302400.
3. (Unesp) Uma colher foi solta 978 vezes ao b) 113400.
acaso em direção ao chão. O registro da posi- c) 226800.
ção em que ela caiu sobre o chão está indica- d) 181440.
do na tabela. e) 604800.

225
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA PRÁTICA DOS
1. Sabendo que o terreno é retangular e que
sua área é de 20 m2, pode-se deduzir suas
CONHECIMENTOS - E.O.
medidas, sendo h o comprimento do terreno:
1. (Unesp) Considere a equação matricial
5 ∙ h = 20 é 4 metros A + BX = X + 2C, cuja incógnita é a matriz X
Se o terreno tem ao todo 4 metros de com- e todas as matrizes são quadradas de ordem
primento, então o lago terá comprimento n. A condição necessária e suficiente para
que esta equação tenha solução única é que:
igual a:
a) B – I ≠ O, onde I é a matriz identidade de
4 – 1 – 0,5 = 2,5 metros ordem n e O é a matriz nula de ordem n.
Sabendo a área total do terreno e conside- b) B seja invertível.
rando como x a largura do deque e do lago, c) B ≠ O, onde O é a matriz nula de ordem n.
pode-se escrever: d) B – I seja invertível, onde I é a matriz iden-
tidade de ordem n.
grama + lago + deque = 20 m2 e) A e C sejam invertíveis.
0,48 ∙ 20 + 2,5 ∙ x + 4 ∙ x = 20 é
é 6,5x = 10,4 o x = 1,6 metros
2. (Unesp) O que era impressão virou estatís-
Logo, a área do lago será igual a: tica: a cidade de São Paulo está cada dia
2,5 ∙ 1,6 = 4 m2 mais lenta. Quem mostra é a própria CET
(Companhia de Engenharia de Tráfego),
2. Calculando a probabilidade de a colher cair
que concluiu um estudo anual sobre o
sobre o chão virada para cima, pode-se es-
trânsito paulistano.
crever:
Os dados de 2012 apontam que a veloci-
652 = __
P(x) = _____ 2 = 0,66666... dade média nos principais corredores viá-
978 3
Esta probabilidade é a mesma que se obtém, rios da cidade foi de 22,1 km/h no pico da
no lançamento de um dado convencional ho- manhã e de 18,5 km/h no pico da tarde.
nesto de seis faces, um número maior que 2. Uma piora de 5% e 10% em relação a 2008,
respectivamente.
3. C10,2∙ C8,2∙ C6,2∙ C4,2∙ C2,2 =
= 45 ∙ 28 ∙ 15 ∙ 6 ∙ 1 = 113400
4.
ª 2 3 º ª 2 3 º ª1 0º
A2 « »˜« » « »
¬ 1 2¼ ¬ 1 2 ¼ ¬ 0 1¼

ª 1 0 º ª 2 3 º ª 2 3 º
A3 A2 ˜ A « »˜« » « » A
¬0 1¼ ¬ 1 2 ¼ ¬ 1 2 ¼
ª 2 3 º ª 2 3 º ª1 0º
$4 $3 ˜ $ « »« » « »
¬ 1 2¼ ¬ 1 2¼ ¬ 0 1¼
Observa-se que quando o expoente for par, o
resultado é a matriz identidade, e quando o Caso a velocidade média do trânsito nos
expoente for ímpar, o resultado é a própria principais corredores viários paulistanos
matriz, portanto A15 = A. continue decaindo nos mesmos percen-
Observação: a alternativa [D] também pode- tuais pelos próximos anos e sabendo que
ria ser considerada como correta, já que seu ln 2 ≈ 0,69, ln 3 ≈ 1,10, ln 5 ≈ 1,61 e
expoente é ímpar e A3 = A. ln 19 ≈ 2,94, os anos aproximados em que as
velocidades médias nos picos da manhã e da

GABARITO tarde chegarão à metade daquelas observa-


das em 2012 serão, respectivamente:
a) 2028 e 2019.
1. D 2. E 3. B 4. B ou D b) 2068 e 2040.
c) 2022 e 2017.
d) 2025 e 2018.
e) 2057 e 2029.

226
3. (Unesp) A soma dos n primeiros termos de O engenheiro agrônomo Maycon de Olivei-
uma progressão aritmética é dada por 3n2 – ra mostra uma das árvores, um fumo-bravo,
2n, onde n é um número natural. Para essa que ele e sua equipe plantaram em novembro
progressão, o primeiro termo e a razão são, de 2009. Nesse tempo, a árvore cresceu – está
respectivamente: com quase 2,5 metros –, floresceu, frutificou e
a) 7 e 1. lançou sementes que germinaram e formaram
descendentes [...] perto da árvore principal. O
b) 1 e 6.
fumo-bravo [...] é uma espécie de árvore pio-
c) 6 e 1.
neira, que cresce rapidamente, fazendo som-
d) 1 e 7. bra para as espécies de árvores de crescimento
e) 6 e 7. mais lento, mas de vida mais longa.
Pesquisa Fapesp, janeiro de 2012 (Adaptado).
4. (Unesp) A revista Pesquisa Fapesp, na edição
de novembro de 2012, publicou o artigo in-
titulado “Conhecimento livre“, que trata dos
repositórios de artigos científicos disponibi-
lizados gratuitamente aos interessados, por
meio eletrônico. Nesse artigo, há um gráfico
que mostra o crescimento do número dos re-
positórios institucionais no mundo, entre os
anos de 1991 e 2011.

Considerando que a referida árvore foi plan-


tada em 1° de novembro de 2009 com uma al-
tura de 1 dm e que em 31 de outubro de 2011
sua altura era de 2,5 m e admitindo ainda que
suas alturas, ao final de cada ano de plantio,
nesta fase de crescimento, formem uma pro-
gressão geométrica, a razão deste crescimen-
to, no período de dois anos, foi de:
a) 0,5.
Observando o gráfico, pode-se afirmar que, b) 5 · 10–1/2.
no período analisado, o crescimento do nú- c) 5.
d) 5 · 101/2.
mero de repositórios institucionais no mun-
e) 50.
do foi, aproximadamente:
a) exponencial. 7. (Unesp) Em 2010, o Instituto Brasileiro de
b) linear. Geografia e Estatística (IBGE) realizou o últi-
c) logarítmico. mo censo populacional brasileiro, que mostrou
d) senoidal. que o país possuía cerca de 190 milhões de ha-
e) nulo. bitantes. Supondo que a taxa de crescimento
populacional do nosso país não se altere para
5. (Unesp) Todo número inteiro positivo n o próximo século, e que a população se estabi-
pode ser escrito em sua notação científica lizará em torno de 280 milhões de habitantes,
como sendo n = k ∙ 10x, em que k Ñ R*, um modelo matemático capaz de aproximar o
1 ≤ k < 10 e x Z. Além disso, o número de número de habitantes (P), em milhões, a cada
algarismos de n é dado por (x + 1). ano (t), a partir de 1970, é dado por:
Sabendo que log 2 j 0,30, o número de alga- P(t) = [280 – 190 · e–0,019·(t – 1970)]
rismos de 257 é:
a) 16. Baseado nesse modelo, e tomando a
b) 19. aproximação para o logaritmo natural
c) 18.
14 j –1,9 a população brasileira será
d) 15. ( )
ln ___
25
e) 17. 90% da suposta população de estabilização
aproximadamente no ano de:
6. (Unesp) O artigo “Uma estrada, muitas flo- a) 2065.
restas“ relata parte do trabalho de reflores- b) 2070.
tamento necessário após a construção do tre- c) 2075.
cho sul do Rodoanel da cidade de São Paulo. d) 2080.
e) 2085.
227
8. (Unesp) Após o nascimento do filho, o pai Nesta situação final, o nível da água, em dm,
comprometeu-se a depositar mensalmente, será igual a:
em uma caderneta de poupança, os valores a) 6,0 nos reservatórios de A a E e 3,0 no reser-
de R$ 1,00, R$ 2,00, R$ 4,00 e assim sucessi- vatório F.
vamente, até o mês em que o valor do depó- b) 5,5 nos reservatórios de A a E e 3,0 no reser-
sito atingisse R$ 2.048,00. No mês seguin- vatório F.
te, o pai recomeçaria os depósitos como de c) 6,0 em todos os reservatórios.
início e assim o faria até o 21° aniversário d) 5,5 em todos os reservatórios.
do filho. Não tendo ocorrido falha de depó- e) 5,0 nos reservatórios de A a E e 3,0 no reser-
sito ao longo do período, e sabendo-se que vatório F.
210 = 1024, o montante total dos depósitos,
em reais, feitos em caderneta de poupança 11. (Unesp) Um dado convencional e uma moeda,
foi de: ambos não viciados, serão lançados simulta-
a) 42.947,50. neamente. Uma das faces da moeda está mar-
b) 49.142,00. cada com o número 3, e a outra com o número
c) 57.330,00. 6. A probabilidade de que a média aritmética
d) 85.995,00. entre o número obtido da face do dado e o da
e) 114.660,00. face da moeda esteja entre 2 e 4 é igual a:
1.
a) __
9. (Unesp) Uma família fez uma pesquisa de 3
mercado, nas lojas de eletrodomésticos, à b) .2
__
procura de três produtos que desejava adqui- 3
1
__
c) .
rir: uma TV, um freezer e uma churrasqueira. 2
Em três das lojas pesquisadas, os preços de 3
__
d) .
cada um dos produtos eram coincidentes en- 4
tre si, mas nenhuma das lojas tinha os três e) .1
__
produtos simultaneamente para a venda. A 4
loja A vendia a churrasqueira e o freezer por 12. (Unesp) A taxa de analfabetismo representa
R$ 1.288,00. A loja B vendia a TV e o freezer a porcentagem da população com idade de
por R$ 3.698,00 e a loja C vendia a churras- 15 anos ou mais que é considerada analfabe-
queira e a TV por R$ 2.588,00. ta. A tabela indica alguns dados estatísticos
A família acabou comprando a TV, o freezer e referentes a um município.
a churrasqueira nestas três lojas. O valor to-
tal pago, em reais, pelos três produtos foi de: Taxa de anal- População com População com
a) 3.767,00. fabetismo menos de 15 anos 15 anos ou mais
b) 3.777,00. 8% 2.000 8.000
c) 3.787,00.
d) 3.797,00. Do total de pessoas desse município com
e) 3.807,00. menos de 15 anos de idade, 250 podem ser
consideradas alfabetizadas.
10. (Unesp) Seis reservatórios cilíndricos, supe- Com base nas informações apresentadas, é
riormente abertos e idênticos (A, B, C, D, E correto afirmar que, da população total desse
e F) estão apoiados sobre uma superfície ho- município, são alfabetizados:
rizontal plana e ligados por válvulas (V) nas a) 76,1%.
posições indicadas na figura. b) 66,5%.
c) 94,5%.
d) 89,0%.
e) 71,1%.

13. (Unesp) O Ministério da Saúde e os Estados


brasileiros investigaram 3670 casos suspei-
tos de microcefalia em todo o país. O bole-
tim de 2 de fevereiro aponta que, desse to-
tal, 404 tiveram confirmação de microcefalia
Com as válvulas (V) fechadas, cada reserva- ou de outras alterações do sistema central,
tório contém água até o nível (h) indicado e outros 709 casos foram descartados. An-
na figura. Todas as válvulas são, então, aber- teriormente, no boletim de 23 de janeiro,
tas, o que permite a passagem livre da água havia 732 casos investigados e classificados
entre os reservatórios, até que se estabeleça como confirmados ou como descartados.
o equilíbrio hidrostático. Adaptado de: <https://agencia.fiocruz.br>.

228
De acordo com os dados do texto, do boletim 15. (Unesp) Uma loja de departamentos fez uma
de 23 de janeiro para o de 2 de fevereiro, o pesquisa de opinião com 1000 consumido-
aumento no número de casos classificados, res, para monitorar a qualidade de atendi-
como confirmados ou como descartados, foi mento de seus serviços. Um dos consumido-
de, aproximadamente: res que opinaram foi sorteado para receber
a) 52%. um prêmio pela participação na pesquisa.
b) 30%. A tabela mostra os resultados percentuais
c) 66%. registrados na pesquisa, de acordo com as
d) 48%.
diferentes categorias tabuladas.
e) 28%.
Categorias Percentuais
14. (Unesp) As urnas 1, 2 e 3 contêm, respecti-
Ótimo 25
vamente, apenas as letras das palavras OURO,
PRATA e BRONZE. Uma a uma, são retiradas le- Regular 43
tras dessas urnas, ordenadamente e de forma Péssimo 17
cíclica, ou seja, a primeira letra retirada é da Não opinaram 15
urna 1, a segunda é da urna 2, a terceira é
da urna 3, a quarta volta a ser da urna 1, a Se cada consumidor votou uma única vez, a
quinta volta a ser da urna 2, e assim sucessi- probabilidade de o consumidor sorteado es-
vamente. O número mínimo de letras retiradas tar entre os que opinaram e ter votado na
das urnas dessa maneira até que seja possível categoria péssimo é, aproximadamente:
formar, com elas, a palavra PRAZER é igual a: a) 20%.
a) 8. b) 30%.
b) 6. c) 26%.
c) 10. d) 29%.
d) 9. e) 23%.
e) 7.

16. (Unesp) Em 9 de agosto de 1945, uma bomba atômica foi detonada sobre a cidade japonesa de Naga-
saki. A bomba explodiu a 500 m de altura acima do ponto que ficaria conhecido como “marco zero”.

No filme “Wolverine imortal“, há uma sequência de imagens na qual o herói, acompanhado do


militar japonês Yashida, se encontrava a 1 km do marco zero e a 50 m de um poço. No momento
da explosão, os dois correm e se refugiam no poço, chegando nesse local no momento exato em
que uma nuvem de poeira e material radioativo, provocada pela explosão, passa por eles.
A figura a seguir mostra as posições do “marco zero”, da explosão da bomba, do poço e dos perso-
nagens do filme no momento da explosão da bomba.

Se os ventos provocados pela explosão fo-


ram
__ de 800 km/h e adotando a aproximação
√ 5 j 2,24, os personagens correram até o
poço, em linha reta, com uma velocidade
média, em km/h, de aproximadamente:
a) 28.
b) 24.
c) 40.
d) 36.
e) 32.

229
17. (Unesp) A figura indica um mecanismo com 19. (Unesp) Em uma dissertação de mestrado,
quatro engrenagens (A, B, C e D), sendo que a autora investigou a possível influência do
o eixo da engrenagem D é diretamente res- descarte de óleo de cozinha na água. Dia-
ponsável por girar o ponteiro dos minutos riamente, o nível de oxigênio dissolvido na
do mostrador de um relógio convencional de água de 4 aquários, que continham plantas
dois ponteiros (horas e minutos). Isso quer aquáticas submersas, foi monitorado.
dizer que um giro completo do eixo da engre-
nagem D implica um giro completo do pon-
teiro dos minutos no mostrador do relógio.

Cada aquário continha diferentes compo-


sições do volume ocupado pela água e pelo
óleo de cozinha, conforme consta na tabela.

Percentual do
I II III IV
volume
Óleo 0 10 20 30
Água 100 90 80 70

Como resultado da pesquisa, foi obtido o


gráfico, que registra o nível de concentração
de oxigênio dissolvido na água (C), em par-
tes por milhão (ppm), ao longo dos oito dias
de experimento (T).

Quando os ponteiros do relógio marcaram


08h40min, foram dados 5 giros completos
no eixo da engrenagem A, no sentido indica-
do na figura, o que modificou o horário indi-
cado no mostrador do relógio para:
a) 03h52min.
b) 08h44min.
c) 12h48min.
d) 12h40min. Tomando por base os dados e resultados
e) 04h40min. apresentados, é correto afirmar que, no perí-
odo e nas condições do experimento:
18. (Unesp) Para divulgar a venda de um galpão a) não há dados suficientes para se estabelecer
retangular de 5000 m2, uma imobiliária ela- o nível de influência da quantidade de óleo
borou um anúncio em que constava a planta na água sobre o nível de concentração de
simplificada do galpão, em escala, conforme oxigênio nela dissolvido.
mostra a figura. b) quanto maior a quantidade de óleo na água,
maior a sua influência sobre o nível de con-
centração de oxigênio nela dissolvido.
c) quanto menor a quantidade de óleo na água,
maior a sua influência sobre o nível de con-
centração de oxigênio nela dissolvido.
d) quanto maior a quantidade de óleo na água,
menor a sua influência sobre o nível de con-
centração de oxigênio nela dissolvido.
e) não houve influência da quantidade de óleo
O maior lado do galpão mede, em metros: na água sobre o nível de concentração de
a) 200. oxigênio nela dissolvido.
b) 25.
c) 50.
d) 80.
e) 100.
230
20. (Unesp) Em um condomínio residencial, há
120 casas e 230 terrenos sem edificações.
Em um determinado mês, entre as casas,
20% dos proprietários associados a cada casa
estão com as taxas de condomínio atrasadas,
enquanto que, entre os proprietários asso-
ciados a cada terreno, esse percentual é de
10%. De posse de todos os boletos individu-
ais de cobrança das taxas em atraso do mês,
o administrador do empreendimento escolhe
um boleto ao acaso. A probabilidade de que o
boleto escolhido seja de um proprietário de
terreno sem edificação é de:
a) 24/350.
b) 24/47
c) 47/350.
d) 23/350.
e) 23/47.

21. (Unesp) Semanalmente, o apresentador de


um programa televisivo reparte uma mes-
ma quantia em dinheiro igualmente entre
os vencedores de um concurso. Na semana
passada, cada um dos 15 vencedores recebeu
R$ 720,00. Nesta semana, houve 24 vence-
dores; portanto, a quantia recebida por cada
um deles, em reais, foi de:
a) 675,00.
b) 600,00.
c) 450,00.
d) 540,00.
e) 400,00.

GABARITO
1. D 2. B 3. B 4. A 5. C
6. C 7. B 8. D 9. C 10. A
11. A 12. A 13. A 14. A 15. A
16. D 17. D 18. E 19. B 20. E
21. C

231
MATEMÁTICA 3

Prescrição: Serão abordados assuntos de geometrias plana, espacial e analítica, analisando seme-
lhanças, razões de medidas lineares, quadráticas e cúbicas, estudo de áreas de triângulo, círculo,
setores e segmentos de círculo, volume de prismas, pirâmides, cilindros e cones e respectivos troncos
e volume de esferas.

APLICAÇÃO DOS 2. (Unesp) Uma pessoa se encontra no ponto


A de uma planície, às margens de um rio e

CONHECIMENTOS - SALA vê, do outro lado do rio, o topo do mastro de


uma bandeira, ponto B. Com o objetivo de
determinar a altura h do mastro, ela anda,
1. (Unesp) No dia 11 de março de 2011, o Japão em linha reta, 50 m para a direita do pon-
foi sacudido por terremoto com intensidade to em que se encontrava e marca o ponto C.
de 8,9 na escala Richter, com o epicentro no Sendo D o pé do mastro, avalia que os ângu-
^ ^
oceano Pacífico, a 360 km de Tóquio, seguido los BÂC e B C D valem 30°, e o A C D vale 105°,
de tsunami. A cidade de Sendai, a 320 km a como mostra a figura:
nordeste de Tóquio, foi atingida pela primei- B
ra onda do tsunami após 13 minutos.
O Estado de S.Paulo, 13 mar. 2011 (Adaptado). h

D
30º
N A 30º
105º
50 m
C

a) 12,5. __
b) 12,5√ 2 .
c) 25,0. __
Mar do Jap ão
d) 25,0√ 2 .
Epicentro e) 35,0.
Sendai

3. (Unesp) No vazamento de petróleo da em-


presa americana Chevron no dia 7 de no-
vembro de 2016, na bacia de Campos/RJ, a
320 km mancha de óleo na superfície do mar assu-
360 km
miu grandes dimensões e teve seu pico de
área entre os dias 12 e 14 daquele mês. O
JAP ÃO vazamento levou dias para ser contido, pois
Oceano
Pac ífico o petróleo continuava a escapar por fissuras,
T óquio como mostrado na foto.

Baseando-se nos dados fornecidos e sabendo


que cos™ j 0,934, onde ™ é o ângulo Epicen-
tro-Tóquio-Sendai, e que 28∙32∙93,4 j 215100,
a velocidade média, em km/h, com que a pri-
meira onda do tsunami atingiu até a cidade
de Sendai foi de:
a) 10.
b) 50.
c) 100. A figura mostra, de forma hipotética e apro-
d) 250. ximada, em tom escuro, as áreas da mancha
e) 600. de óleo na superfície do mar.

233
A distância, em centímetros, do vértice A à
diagonal
__
BH vale:
√5
___
a) a.
6__
√6
b) ___ a.
6__
√5
c) ___ a.
5__
√6
d) ___ a.
5___
√ 30
e) ____ a.
6

6. (Unesp) Um cubo com aresta de medida


Dados 1 dm3 = 1 L e π ≈ 3 e sabendo que
a altura média da lâmina de óleo sobre as igual a x centímetros foi seccionado, dando
águas era de 0,003 mm e que 1 barril de pe- origem ao prisma indicado na figura 1. A fi-
tróleo cru contém 160 litros de óleo, o nú- gura 2 indica a vista superior desse prisma,
mero aproximado de barris que vazaram no sendo que AEB é um triângulo equilátero.
incidente foi:
a) 2 360.
b) 2 860.
c) 2 960.
d) 3 320.
e) 5 250.

4. (Unesp) Prato da culinária japonesa, o


temaki é um tipo de sushi na forma de
cone, enrolado externamente com nori,
uma espécie de folha feita a partir de algas Sabendo-se que o volume
__ do prisma da figu-
marinhas, e recheado com arroz, peixe cru, ra 1 é igual a 2(4 – √ 3 ) cm3, x é igual a:
ovas de peixe, vegetais e uma pasta de a) 2
maionese e cebolinha. 7
b) __
2
c) 3
5
d) __
2
3
e) __
Um temaki típico pode ser representado ma- 2
tematicamente por um cone circular reto em
que o diâmetro da base mede 8 cm e a altura
10 cm. Sabendo-se que, em um temaki típi-
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
co de salmão, o peixe corresponde a 90% da 1. Considere a figura.
massa do seu recheio, que a densidade do
salmão é de 0,35 g/cm3, e tomando π = 3, a
quantidade aproximada de salmão, em gra-
mas, nesse temaki, é de:
a) 46.
b) 58.
c) 54.
d) 50.
e) 62.

5. (Unesp) A figura mostra um paralelepípedo —— ——


Sabendo que ET = 360 km, ST = 350 km,
reto-retângulo ABCDEFGH, com base qua- cos™ j 0,934 e que 28 ∙ 32 ∙ 93,4 j 215100,
drada ABCD de aresta a e altura 2a, em cen-
pela lei dos cossenos, vem:
tímetros. ——2 ——2 — —— ——
ES = ET + ST2 – 2 ∙ ET ∙ ST . cos™ Æ
H G ——2
ES = 3602 + 3202 - 2 ∙ 360 ∙ 320 ∙ 0,934 Æ
E —2
F 2a ES = 129600 + 102400 – 2 ∙ 22 ∙ 32 ∙ 25 ∙ 93,4 Æ
——2
ES = 232000 – 28 ∙ 32 ∙ 93,4 Æ
D C ——2
a ES = 232000 – 215100 Æ
—— ______ ——
A a B ES = √ 16900 ≤ES = 130 km

234
13 h, temos que a
Portanto, como 13 min = ___ 5. Considere a figura.
60
velocidade média pedida é dada por:
130 = 600 km/h.
____
13
___
60
2. No triângulo ABC = 45°, aplicando o teorema
dos senos, temos:
BC ≤ BC√__
50 = _______
_______
__
2 = 50 ≤BC = 25√ 2
sen45º sen30º
No triângulo BDC, temos:
h __ ≤ __
sen30° = _____ h __ ≤ h = 12,5 √__
1 = _____ 2
25√ 2 2 25√ 2
3. Calculando a área da superfície tomada pelo
óleo, temos:

Seja P o pé da perpendicular baixada do vér-


tice A sobre BH.
Queremos calcular AP.
Aplicando o teorema de Pitágoras no triân-
gulo retângulo HDA obtemos:
——2 —— —— ——
AH = DH2 + AD2 ≤ AH2 = (2a)2
__ + a
2
——
Æ AH = a √5 cm
Como a base do paralelepípedo é__um quadra-
do de lado a, segue que BD = a√ 2 cm.
A medida da diagonal BH é dada por:
_________ ___________ __
BH = √DH2 + BD2 = √(2a)2 + 2a2 = a√ 6 cm
Portanto, do triângulo retângulo ABH obtemos:
__ __
BH ∙ AP = AB ∙ AH ≤ a√ 6 ∙ AP __ = a __∙ a√ 5
a √__5 ___
____ √__
6
Æ AP = ∙
A = 108 + 27 + 11,25 + 3,375 = 149,625 km2 √6 √6
___
= 149,625 ∙ 106 m2 a√ 30 cm
Altura da mancha de óleo, em metros, 0,003 ≤ AP = _____
6
mm = 3 ∙ 10–6 m. 6. Com os dados do enunciado, pode-se calcular:
__
Portanto, o volume de óleo será dado por: __
x2 ∙ √ 3 )
V = 148,625 ∙ 106 ∙ 3 ∙ 10–6 = Vprisma = 2(4 – √3 ) = x ∙ (x2 – _______
4
= 448,875 m3 = 448 875 L __ 3 __
x
__
Vprisma = 2 ∙ (4 – 3 ) = ∙ (4 – 3 ) Æ
√ √
Número de barris: 448875 : 160 = 2806. 4
3
x
__
Æ = 2 o x = 8 o x = 2
3
4. O volume do cone (recheio) será dado por: 4

GABARITO
1. E 2. B 3. B 4. D 5. E
6. A

Tomando π = 3, o volume do cone será dado por:


v = 1/3 ∙ π ∙ 42 ∙ 10 = 160 cm3
Considerando que o peixe representa 90% do
volume do recheio, temos:
0,9 ∙ 160 = 144 cm3 (volume do salmão)
Portanto, a massa do salmão será dada por
0,35 ∙ 144 = 50,4 g.

235
PRÁTICA DOS 3. (Unesp) Uma mesa de passar roupa possui
—— ——
pernas articuladas AB e CD, conforme indica

CONHECIMENTOS - E.O. a figura. Sabe-se que AB = CD = 1 m e que M


——
é ponto médio dos segmentos coplanares AB
——
e CD. Quando a mesa está armada, o tampo
1. (Unesp) Um paralelepípedo reto-retângulo fica paralelo ao plano do chão e a medida do
^
foi dividido em dois prismas por um plano ângulo AMC é 60°.
que contém as diagonais de duas faces opos-
tas, como indica a figura.

Considerando-se desprezíveis as medidas


Comparando-se o total de tinta necessária dos
__ pés e da espessura do tampo e adotando
para pintar as faces externas do paralelepí- √ 3 = 1,7, a altura do tampo dessa mesa ar-
pedo antes da divisão com o total necessário mada em relação ao plano do chão, em centí-
para pintar as faces externas dos dois pris- metros, está entre:
mas obtidos após a divisão, houve um au- a) 96 e 99.
mento aproximado de: b) 84 e 87.
c) 80 e 83.
a) 42%.
d) 92 e 95.
b) 36%. e) 88 e 91.
c) 32%.
d) 26%. 4. (Unesp) Uma chapa retangular de alumínio,
e) 28%. de espessura desprezível, possui 12 metros
de largura e comprimento desconhecido (fi-
2. (Unesp) Renata pretende decorar parte de gura 1). Para a fabricação de uma canaleta
uma parede quadrada ABCD com dois tipos vazada de altura x metros são feitas duas
dobras, ao longo do comprimento da chapa
de papel de parede, um com linhas diagonais
(figura 2).
e outro com riscos horizontais. O projeto
prevê que a parede seja dividida em um qua-
drado central, de lado x, e quatro retângulos
laterais, conforme mostra a figura.
A B

2m

2m

2m

2m

D C

Se o total da área decorada com cada um dos


Se a área da secção transversal (retângulo
dois tipos de papel é a mesma, então x, em
ABCD) da canaleta fabricada é igual a 18 m2
metros, é__igual a:
então, a altura dessa canaleta, em metros, é
a) 1 + 2√__3. igual a:
b) 2 + 2√__3 . a) 3,25.
c) 2 + √__
3. b) 2,75.

d) 1 + __3. c) 3,50.
e) 4 + √3 . d) 2,50.
e) 3,00.
236
5. (Unesp) Quando os meteorologistas dizem que a precipitação da chuva foi de 1 mm, significa que
houve uma precipitação suficiente para que a coluna de água contida em um recipiente que não se
afunila como, por exemplo, um paralelepípedo reto-retângulo, subisse 1 mm. Essa precipitação, se
ocorrida sobre uma área de 1 m2 corresponde a 1 litro de água.
O esquema representa o sistema de captação de água da chuva que cai perpendicularmente à su-
perfície retangular plana e horizontal da laje de uma casa, com medidas 8 m por 10 m. Nesse sis-
tema, o tanque usado para armazenar apenas a água captada da laje tem a forma de paralelepípedo
reto-retângulo, com medidas internas indicadas na figura.

Estando o tanque de armazenamento inicialmente vazio, uma precipitação de 10 m no local onde


se encontra a laje da casa preencherá:
a) 40% da capacidade total do tanque.
b) 60% da capacidade total do tanque.
c) 20% da capacidade total do tanque.
d) 10% da capacidade total do tanque.
e) 80% da capacidade total do tanque.

6. (Unesp) Em 2014, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) implantou duas faixas para pe-
destres na diagonal de um cruzamento de ruas perpendiculares do centro de São Paulo. Juntas,
as faixas formam um x como indicado na imagem. Segundo a CET, o objetivo das faixas foi o de
encurtar o tempo e a distância da travessia.

Antes da implantação das novas faixas, o tempo necessário para o pedestre ir do ponto A até o
ponto C era de 90 segundos e distribuía-se do seguinte modo: 40 segundos para atravessar AB com
velocidade média v; 20 segundos esperando o sinal verde de pedestres para iniciar a travessia BC e
——
30 segundos para atravessar BC, também com velocidade média v. Na nova configuração das faixas,
com a mesma velocidade média v, a economia de tempo para ir de A até C por meio da faixa AC,
em segundos, será igual a:
a) 20.
b) 30.
c) 50.
d) 10.
e) 40.

237
7. (Unesp) Os polígonos ABC e DEFG estão desenhados em uma malha formada por quadrados. Suas
S
áreas são iguais a __1 respectivamente, conforme indica a figura.
S2

Sabendo que os vértices dos dois polígonos estão exatamente sobre pontos de cruzamento das
linhas da malha, é correto afirmar que S2/S1 é igual a:
a) 5,25.
b) 4,75.
c) 5,00.
d) 5,50.
e) 5,75.

8. (Unesp) A figura representa a vista superior do tampo plano e horizontal de uma mesa de bilhar
retangular ABCD, com caçapas em A, B, C e D. O ponto P, localizado em AB, representa a posição
—— ——
de uma bola de bilhar, sendo PB = 1,5 m e PA = 1,2 m. Após uma tacada na bola, ela se desloca
—— ^
em linha reta colidindo com BC no ponto T, sendo a medida do ângulo PT B igual 60°. Após essa
colisão, a bola segue, em trajetória reta, diretamente até a caçapa D.

__
Nas condições descritas e adotando √3 j 1,73, a largura do tampo da mesa, em metros, é
próxima de:
a) 2,42.
b) 2,08.
c) 2,28.
d) 2,00.
e) 2,56.

238
9. (Unesp) Para confeccionar um porta-joias a 11. (Unesp) A caçamba de um caminhão bascu-
partir de um cubo maciço e homogêneo de lante tem 3 m de comprimento das direções
madeira com 10 cm de aresta, um marcenei- de seu ponto mais frontal P até a de seu eixo
ro dividiu o cubo ao meio, paralelamente às de rotação e 1 m de altura entre os pontos
duas faces horizontais. De cada paralelepí- P e Q. Quando na posição horizontal isto é,
pedo resultante extraiu uma semiesfera de quando os segmentos de retas r e S se coin-
4 cm de raio, de modo que seus centros fi- cidirem, a base do fundo da caçamba distará
1,2 m do solo. Ela pode girar, no máximo ™,
cassem localizados no cruzamento das dia-
graus em torno de seu eixo de rotação, loca-
gonais da face de corte, conforme mostra a
lizado em sua parte traseira inferior, confor-
sequência de figuras.
me indicado na figura.
P
10 cm
1m
10 cm

s
3m
Q

10 cm

5 cm
α
e r eixo de
5 cm

r
rotação
1,2 m

Dado cos™ = 0,8, a altura, em metros, atingi-


da pelo ponto P, em relação ao solo, quando
o ângulo de giro ™ for máximo, é:
a) 4,8.
b) 5,0.
c) 3,8.
Sabendo que a densidade da madeira utilizada
d) 4,4.
na confecção do porta-joias era de 0,85 g/cm3
e) 4,0.
e admitindo π j 3, a massa aproximada do
porta-joias, em gramas, é:
12. (Unesp) Um professor de geografia forne-
a) 636.
ceu a seus alunos um mapa do Estado de São
b) 634. Paulo, que informava que as distâncias apro-
c) 630. ximadas em linha reta entre os pontos que
d) 632. representam as cidades de São Paulo e Cam-
e) 638. pinas e entre os pontos que representam as
cidades de São Paulo e Guaratinguetá eram,
10. (Unesp) Um aluno precisa localizar o centro respectivamente, 80 km e 160 km. Um dos
de uma moeda circular e, para tanto, dispõe alunos observou, então, que as distâncias em
apenas de um lápis, de uma folha de papel, linha reta entre os pontos que representam
de uma régua não graduada, de um compas- as cidades de São Paulo, Campinas e Soro-
so e da moeda. caba formavam um triângulo equilátero. Já
um outro aluno notou que as distâncias em
linha reta entre os pontos que representam
as cidades de São Paulo, Guaratinguetá e
Campinas formavam um triângulo retângu-
lo, conforme mostra o mapa.

Nessas condições, o número mínimo de pon- SP Campinas


Guaratinguetá
tos distintos necessários de serem marcados
na circunferência descrita pela moeda para
80 km 160 km
localizar seu centro é:
a) 3. Sorocaba São Paulo
b) 2.
c) 4.
d) 1.
e) 5.

239
Com essas informações, os alunos determi- 15. (Unesp) Para que alguém, com o olho nor-
naram que a distância em linha reta entre os mal, possa distinguir um ponto separado de
pontos que representam as cidades de Gua- outro, é necessário que as imagens desses
ratinguetá e Sorocaba, em km, é próxima de: pontos, que são projetadas em sua retina,
_________ __ estejam separadas uma da outra a uma dis-
a) 80 ∙ √_________
2 + 5 ∙ √__
3.
tância de 0,005 mm.
b) 80 ∙ √__
5 + 2 ∙ √3 .
c) 80 ∙ √_________
6. __
d) 80 ∙ √______
5 + 3__∙ √2 .
e) 80 ∙ √7 ∙ √ 3 .

13. (Unesp) Diferentes tipos de nanomateriais


são descobertos a cada dia, viabilizando pro-
dutos mais eficientes, leves, adequados e,
principalmente, de baixo custo.
São considerados nanomateriais aqueles Adotando-se um modelo muito simplificado
cujas dimensões variam entre 1 e 100 na- do olho humano no qual ele possa ser con-
nômetros (nm), sendo que 1 nm equivale a siderado uma esfera cujo diâmetro médio é
10–9 m, ou seja, um bilionésimo de metro. igual a 15 mm, a maior distância X, em me-
Uma das características dos nanomateriais tros, que dois pontos luminosos, distantes
refere-se à relação entre seu volume e sua 1 mm um do outro, podem estar do observa-
área superficial total. dor, para que este os perceba separados, é:
a) 1.
Por exemplo, em uma esfera maciça de 1 cm b) 2.
de raio, a área superficial e o volume valem c) 3.
4 ∙ πcm2 e (4/3) ∙ πcm3 respectivamente. d) 4.
O conjunto de nanoesferas de 1 nm de raio, e) 5.
que possui o mesmo volume da esfera dada,
tem a soma de suas áreas superficiais:
16. (Unesp) Observe o gráfico da função f(x) e
a) 10 vezes maior que a da esfera.
analise as afirmações a seu respeito.
b) 103 vezes maior que a da esfera.
c) 105 vezes maior que a da esfera.
d) 107 vezes maior que a da esfera.
e) 109 vezes maior que a da esfera.

14. (Unesp) Há 4500 anos, o imperador Quéops


do Egito mandou construir uma pirâmide re-
gular que seria usada como seu túmulo.
As características e dimensões aproximadas
dessa pirâmide hoje, são:
1ª) Sua base é um quadrado com 220 metros I. Se x1, x2 Ñ Dom(f) e x2 > x1, então
de lado; f(x2) > f(x1).
2ª) Sua altura é de 140 metros. II. Se x > 1, então f(x) < 0.
Suponha que, para construir parte da pirâ- III. O ponto (2, –2) pertence ao gráfico de f(x).
mide equivalente a 1,88 × 104 m3, o número IV. A lei de formação de f(x) representada
médio de operários utilizados como mão de –1 (x – 1).
no gráfico é dada por f(x) = ___
obra gastava em média 60 dias. Dados que 2
2,22 × 1,4 j 6,78 e 2,26 ÷ 1,88 j 1,2 e man- A alternativa que corresponde a todas as
tidas estas médias, o tempo necessário para afirmações verdadeiras é:
a construção de toda pirâmide, medido em a) I e III.
anos de 360 dias, foi de, aproximadamente: b) I, II e III.
a) 20. c) I e IV.
b) 30. d) II, III e IV.
c) 40. e) II e IV.
d) 50.
e) 60. 17. (Unesp) A figura mostra a representação de
algumas das ruas de nossas cidades. Essas
ruas possuem calçadas de 1,5 m de largura,
separadas por uma pista de 7 m de largura.
Vamos admitir que:

240
I. os postes de iluminação projetam sobre a O fabricante desse papelão compra o papel
rua uma área iluminada na forma de uma em bobinas, de comprimento variável. Su-
elipse de excentricidade 0,943; pondo que a folha “sanfonada” descreva
II. o centro dessa elipse encontra-se vertical- uma curva composta por uma sequência de
mente abaixo da lâmpada, no meio da rua; semicircunferências, com concavidades al-
III.o eixo menor da elipse, perpendicular à ternadas e de raio externo (RExt) de 1,5 mm,
calçada, tem exatamente a largura da rua determine qual deve ser a quantidade de pa-
(calçadas e pista). pel da bobina que gerará a folha “sanfona-
Se desejarmos que as elipses de luz se tan- da”, com precisão de centímetros, para que,
genciem nas extremidades dos eixos maiores, no processo de fabricação do papelão, esta
a distância, em metros, entre dois postes con- se esgote no mesmo instante das outras duas
secutivos deverá ser de aproximadamente:
_____ bobinas de 102 m de comprimento de papel,
Dado: 0,9432 ≈ 0,889 e √0111 ≈ 0,333 que produzirão as faces “lisas”.
Dado: π ≈ 3,14.
a) 160 m e 07 cm.
b) 160 m e 14 cm.
c) 160 m e 21 cm.
d) 160 m e 28 cm.
e) 160 m e 35 cm.

a) 35. 20. (Unesp) Em um experimento sobre orienta-


b) 30. ção e navegação de pombos, considerou-se
c) 25. o pombal como a origem O de um sistema
d) 20.
de coordenadas cartesianas e os eixos orien-
e) 15.
tados Sul-Norte (SN) e Oeste-Leste (WL).
Algumas aves foram liberadas num ponto P
18. (Unesp) A figura representa uma chapa de que fica 52 km ao leste do eixo SN e a 30 km
alumínio de formato triangular de massa ao sul do eixo WL.
1250 gramas. Deseja-se cortá-la por uma O ângulo azimutal de P é o ângulo, em graus,
——
reta r paralela ao lado BC e, que intercepta o medido no sentido horário a partir da se-
—— ——
lado AB em D e o lado AC em E, de modo que
mirreta ON até a semirreta OP. No experi-
o trapézio BCED tenha 700 gramas de mas-
mento descrito, a distância do pombal até
sa. A espessura e a densidade do material
o ponto de liberação das aves, em km, e o
da chapa são uniformes. Determine o valor
—— —— ângulo azimutal, em graus, desse ponto são,
___ da razão de AD por AB.
percentual
respectivamente:
_____
Dado: √ 11 ≈ 3,32.
Dado: √3604 ≈ 60.

a) 88,6.
b) 81,2.
c) 74,8.
d) 66,4.
e) 44,0.
a) 42,5 e 30.
19. (Unesp) O papelão utilizado na fabricação de b) 42,5 e 120.
caixas reforçadas é composto de três folhas c) 60 e 30.
de papel, coladas uma nas outras, sendo que d) 60 e 120.
as duas folhas das faces são “lisas” e a folha e) 60 e 150.
que se intercala entre elas é “sanfonada”,
conforme mostrado na figura.

241
Leia o texto a seguir para responder às questões 21 e 22.
Uma fábrica utiliza dois tipos de processos, P1 e P2 para produzir dois tipos de chocolates, C1 e C2.
Para produzir 1000 unidades de C1 são exigidas 3 horas de trabalho no processo P1 e 3 horas em P2.
Para produzir 1000 unidades de C2 são necessárias 1 hora de trabalho no processo P1 e 6 horas em
P2. Representando por x a quantidade diária de lotes de 1000 unidades de chocolates produzidas
pelo processo P1 e por y a quantidade diária de lotes de 1000 unidades de chocolates produzidas
pelo processo P2 sabe-se que o número de horas trabalhadas em um dia no processo P1 é 3x + y, e
que o número de horas trabalhadas em um dia no processo P2 é 3x + 6y.

21. (Unesp) Dado que o lucro na venda de uma unidade do chocolate produzido pelo processo P1 é de
R$ 0,50, enquanto que o lucro na venda de uma unidade do chocolate produzido pelo processo P2
é de R$ 0,80, e se forem vendidas todas as unidades produzidas em um dia nos dois processos, no
número máximo possíveis de horas, o lucro obtido, em reais, será:
a) 3.400,00.
b) 3.900,00.
c) 4.700,00.
d) 6.400,00.
e) 11.200,00.

22. (Unesp) Dado que no processo P1 pode-se trabalhar no máximo 9 horas por dia e no processo P2
pode-se trabalhar no máximo 24 horas por dia, a representação no plano cartesiano do conjunto
dos pontos (x, y) que satisfazem, simultaneamente, às duas restrições de número de horas possíveis
de serem trabalhadas nos processos P1 e P2 em um dia, é:
a) d)

b) e)

c)

GABARITO
1. D 2. B 3. B 4. E 5. C
6. E 7. A 8. A 9. D 10. A
11. C 12. B 13. D 14. A 15. C
16. E 17. B 18. D 19. B 20. D
21. A 22. E

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