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Departamento de Tecnologia da Arquitetura

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo


Universidade de São Paulo

Esgotamento sanitário

AUT 0192
Infraestrutura urbana e meio ambiente
2015
Atualizado outubro de 2017
Tipos de sistema de esgotamento sanitário

• Unitário – captação e tratamento conjunto de águas


residuárias de esgoto e pluviais.

• Separador absoluto – captação e tratamento separado dos


efluentes de esgoto.
Elementos de um sistema de esgotamento
sanitário
• Coleta – subsistema que recebe contribuições diretas das
instalações prediais.
• Transporte e afastamento – transporta efluentes sem receber
novas contribuições prediais.
• Tratamento – restaura qualidade das águas servidas
(diferentes níveis cfr. condições corpo receptor).
• Disposição final – pós-tratamento / deságüe no corpo
receptor.
Hierarquia dos condutos em uma rede
convencional separadora
• Coletor predial ou ramal predial – reúne esgotos de cada
edificação / ligação.
• Coletor público – recebe conexões de ramais prediais.
• Coletor tronco – recebe conexões de coletores públicos e de
ramais prediais.
• Interceptor – tipo particular de coletor tronco, que intercepta
contribuições da rede coletora aos cursos d’água.
• Emissário – conduto que apenas transporta o esgoto coletado
em uma rede em direção ao tratamento ou à disposição final,
sem receber contribuições adicionais no percurso.
Elementos auxiliares da rede coletora

• Poços de visita – câmaras de inspeção e manutenção da rede


coletora, localizada em entroncamentos mudanças de direção,
declividade ou diâmetro, ou a cada 100 m de rede, nos
sistemas convencionais.

• Estações elevatórias – dispositivos de bombeamento, para


transposição ou para restabelecer condições de escoamento
livre no caso de aprofundamento excessivo da rede
Esquema
típico de rede
coletora de
esgotos
Sistemas de tratamento de esgoto
Processos
simplificados
de
tratamento
de esgotos
Processos
mecanizados
de
tratamento
de esgotos
Lagoas de aeração
Lagoas com aeração mecanizada
Lagoas de estabilização com
lagoas de maturação
Disposição
controlada no
solo

Infiltração
Disposição controlada no solo
Escoamento superficial
Disposição controlada no solo
Terras úmidas construídas
Reator
anaeróbio
Reator UASB
e sistema
fossa-filtro
Lodos ativados
Fluxo intermitente
Lodos ativados
Fluxo intermitente
Reatores aeróbios com biofilme
Filtros percoladores
Reatores aeróbios com biofilme
Biofiltros aerados submersos e biodiscos
Reator UASB + pós-tratamento
Fonte: Von Sperling, 2005.
Seleção de alternativas de tratamento
Classificação – águas doces – segundo o uso
Resolução Conama 357/2005

Classe Usos
Classe especial a) abastecimento para consumo humano, com desinfecção;
b) preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas;
c) preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral.

Classe 1 a) abastecimento para consumo humano, apos tratamento simplificado;


b) proteção das comunidades aquáticas;
c) recreação de contato primário;
d) irrigação de hortaliças que sao consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes
ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de pelicula;
e) proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.

Classe 2 a) abastecimento para consumo humano, apos tratamento convencional;


b) proteção das comunidades aquáticas;
c) recreação de contato primário,
d) irrigação de hortaliças, plantas frutiferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer,
com os quais o publico possa vir a ter contato direto;
e) aquicultura e a atividade de pesca.

Classe 3 a) abastecimento para consumo humano, apos tratamento convencional ou avançado;


b) irrigação de culturas arbóreas, cerealiferas e forrageiras;
c) pesca amadora;
d) recreação de contato secundário;
e) dessedentação de animais.

Classe 4 a) navegação;
b) harmonia paisagistica.
Concentração de poluentes
• DBO = Demanda Bioquímica de Oxigênio.
• Presença de matéria orgânica = Concentração
de DBO.
• Eficiência dos sistemas de tratamento =
Remoção de DBO

Parâmetro de cálculo:
54 g/pessoa.dia
Referências
BRAGA, B. et al. (2005). Introdução à Engenharia Ambiental.
Pearson / Prentice Hall. São Paulo.
KALBERMATTEN, J. M. et Al. (1980) Appropriate technology
for water supply and sanitation: a planner's guide.
Washington, DC, World Bank.
UNICEF, WHO (2006). The Challenge in Disaster Reduction for
the Water and Sanitation Sector: Improving Quality of Life
by Reducing Vulnerabilities.
<http://helid.digicollection.org/pdf/s13487e/s13487e.pdf>
VON SPERLING, M. (2005). Introdução à qualidade das águas e
ao tratamento de esgotos. Departamento de Engenharia
Sanitária e Ambiental – UFMG. Editora FCO. Belo
Horizonte.

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