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C051 — Nascente Souto Chão 1, C055 — Nascente Souto C060 – Furo Bombeiros 1
Chão 2 e C056 — Nascente Souto Chão 3
n.º 335/97, de 16 de maio, relativa ao transporte de resíduos cializada em análises e na remoção de materiais contendo
dentro do território nacional, e a Portaria n.º 417/2008, amianto, tendo sido integrados os respetivos contributos.
de 11 de junho, que estabelece os modelos de Guias de Assim:
Acompanhamento de RCD. Nos termos do n.º 2 do artigo 14.º do Decreto-Lei
Através da presente portaria, pretende-se clarificar os n.º 46/2008, de 12 de março, manda o Governo, pelos
aspetos inerentes à inventariação dos materiais contendo Ministros do Ambiente, Ordenamento do Território e Ener-
amianto e à sua caracterização, na fase de projeto, bem gia, da Saúde, e da Solidariedade, Emprego e Segurança
como ao acondicionamento, transporte, armazenamento e Social, o seguinte:
eliminação dos resíduos de construção e demolição com
amianto que sejam gerados. Artigo 1.º
Tendo em conta os objetivos nacionais em matéria de Objeto
desempenho ambiental, elevados por via dos compromis-
1 — A presente portaria estabelece as normas para a
sos internacionais e comunitários assumidos pelo Estado
correta remoção dos materiais contendo amianto e para
Português, são previstas medidas de prevenção dos efeitos
o acondicionamento, transporte e gestão dos respetivos
negativos para o ambiente e de minimização de perigos
para a saúde humana, resultantes da deposição não con- resíduos de construção e demolição gerados, tendo em
trolada em aterro de resíduos de construção e demolição vista a proteção do ambiente e da saúde humana.
contendo amianto. Com efeito, é proibida a deposição de 2 — As normas estabelecidas pela presente portaria não
resíduos de construção e demolição contendo amianto em prejudicam o disposto no Decreto-Lei n.º 46/2008, de 12 de
aterros para resíduos inertes, sendo a sua deposição em março, que regulamenta a gestão de resíduos de construção
aterros de resíduos não perigosos restrita e condicionada e demolição (RCD), no Decreto-Lei n.º 266/2007, de 24 de
ao cumprimento de um conjunto de requisitos, conforme julho, relativo à proteção sanitária dos trabalhadores contra
previsto no Decreto-Lei n.º 183/2009, de 10 de agosto. os riscos de exposição ao amianto, bem como na demais
São igualmente indicadas as normas a respeitar em maté- legislação aplicável ao transporte de resíduos.
ria de armazenamento temporário de resíduos de constru-
ção e demolição contendo amianto, sujeito a licenciamento Artigo 2.º
nos termos do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, Âmbito
alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17
de junho, bem como à sua deposição em aterro, que deve 1 — O presente regime é aplicável às seguintes ati-
seguir os requisitos definidos no Decreto-Lei n.º 183/2009, vidades que envolvam manuseamento de materiais con-
de 10 de agosto. tendo amianto (MCA) e a gestão dos respetivos resíduos
Através da presente portaria pretende-se, ainda, velar de construção e demolição contendo amianto (RCDA),
pelo cumprimento das normas relativas à transferência de no âmbito das quais se possa verificar exposição a esses
resíduos contendo amianto previstas no Regulamento (CE) materiais ou resíduos:
n.º 1013/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, de a) No contexto das seguintes operações abrangidas pelo
14 junho, designadamente o disposto no artigo 36.º que Decreto-Lei n.º 46/2008, de 12 de março:
proíbe a sua exportação para países não abrangidos pela
Decisão do Conselho da Organização para a Cooperação i) Demolição de construções em que exista amianto ou
e Desenvolvimento Económico C(2001) 107/Final relativa materiais que contenham amianto;
à revisão da Decisão C(1992) 39/Final sobre o controlo ii) Derrocada de edificações em que exista amianto ou
dos movimentos transfronteiriços de resíduos destinados materiais que contenham amianto;
a operações de valorização. iii) Remoção do amianto ou de materiais que contenham
Nesta conformidade, considera-se essencial assegurar amianto de instalações, de estruturas e de edifícios;
a rastreabilidade dos resíduos de construção e demolição
contendo amianto logo desde a sua produção, passando b) No transporte, tratamento e eliminação de RCDA;
pela triagem na origem, posterior recolha e transporte, bem c) Na deposição de resíduos em aterros autorizados
como o seu armazenamento e tratamento, em condições para RCDA.
que assegurem a salvaguarda e proteção do ambiente e da
saúde humana, prevendo-se medidas preventivas especi- 2 — A presente portaria articula-se com o regime geral da
ficamente para cada uma das operações de gestão destes gestão de resíduos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 178/2006,
resíduos. de 5 de setembro, devendo as autoridades competentes para
Tais medidas preventivas e demais normas técnicas o licenciamento de operações de gestão de resíduos ter em
estabelecidas devem ser tidas em conta pelas autoridades conta as normas técnicas estabelecidas.
competentes no âmbito do processo de licenciamento de
operações de gestão de resíduos. Artigo 3.º
Observa-se, por fim, que, sob a coordenação da Agência Gestão de RCDA
Portuguesa do Ambiente I. P., colaboraram na elaboração
da presente portaria a Autoridade para as Condições de 1 — O produtor ou o detentor de resíduos, nos termos
Trabalho, a Direção-Geral da Saúde, a Direção Regio- do RGGR, e o operador de gestão de resíduos, incluindo o
nal de Educação de Lisboa e Vale do Tejo, o Instituto da transportador, são corresponsáveis pela gestão dos RCDA,
Mobilidade e dos Transportes Terrestres, e a Associação na medida da respetiva intervenção e nos termos da legis-
de Empresas de Construção de Obras Públicas e Serviços. lação aplicável.
Foram consultadas as entidades licenciadoras, operadores 2 — Nas obras particulares isentas de licenciamento e
de gestão de resíduos licenciados, a Quercus, o Instituto não sujeitas a comunicação prévia, nos termos do Regime
Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e uma empresa espe- Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE), a responsa-
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bilidade pela gestão dos RCDA, cabe à entidade responsá- d) Produtos e materiais de enchimento e revestimento
vel pela gestão de resíduos urbanos mediante o pagamento aplicados;
da correspondente taxa prevista no regulamento municipal e) Portas corta-fogo;
específico que seja aplicável. f) Portas de courettes;
3 — É proibida a reutilização de MCA, a reciclagem g) Paredes divisórias pré-fabricadas;
ou outras formas de valorização dos RCDA, sem prejuízo h) Tijolos refratários;
da eventual adaptação ao progresso científico e técnico, i) Caldeiras (revestimento e apoios);
e desde que salvaguardados os efeitos adversos sobre o j) Telhas;
ambiente e a saúde humana. k) Impermeabilização de coberturas e caleiras.
4 — Os RCDA devem ser encaminhados para efeitos de
eliminação, através da deposição em aterro ou de outros 7 — No prazo de três anos após a entrada em vigor
processos ou métodos que se mostrem adequados, desde da presente portaria, as análises laboratoriais previstas
que não sejam potenciais causadores de prejuízos para a no número 2 devem ser realizadas obrigatoriamente por
saúde humana ou para o ambiente. empresas ou laboratórios acreditados para o efeito.
iii) Dotar a zona de armazenagem de RCDA de pavi- vigilância sobre a referida zona para prevenir a ocorrência
mento impermeabilizado com sistema de contenção; de eventual dispersão acidental de fibras para o ar ambiente;
iv) Instalar, na proximidade da zona de armazenagem, g) Assegurar a informação, e formação, do pessoal
dispersores de água, para o caso de se verificar a necessi- envolvido nas operações de manuseamento dos RCDA;
dade de humidificação da mesma; h) Proibir operações no aterro ou nas células que pos-
v) Manter as áreas e materiais, incluindo os EPI, nas sam dar origem à libertação de fibras de amianto, como
melhores condições de limpeza e manutenção; a perfuração;
i) Manter atualizados e disponíveis, os registos de inspe-
i) Implementar as medidas de higiene, nomeadamente ção de receção dos RCDA, e a demais informação decor-
disponibilizar instalações sanitárias adaptadas, dotadas rente da aplicação dos critérios de admissão em aterro;
de duche; j) Assegurar as seguintes medidas de prevenção:
j) Disponibilizar informação sobre as condições de acei-
i) Após o encerramento do aterro ou da célula, manter
tação de RCDA na instalação;
a correspondente peça desenhada com a localização dos
k) Não permitir operações de tratamento de RCDA.
RCDA, que explicite as coordenadas geográficas e a alti-
metria desses resíduos;
2 — O Responsável pelo aterro, no qual serão deposi- ii) Manter um registo da profundidade da área e do
tados RCDA com vista à sua eliminação, deve dar cum- volume dos RCDA depositados;
primento aos seguintes requisitos e medidas de prevenção iii) Adotar, complementarmente, as medidas para limitar
da dispersão de fibras de amianto e de proteção da saúde as possíveis utilizações do terreno após encerramento do
dos trabalhadores: aterro, e evitar o contato humano com os RCDA.
a) Notificar a ACT, conforme previsto no artigo 9.º,
indicando, entre outros, a periodicidade da realização das 3 — O armazenamento temporário de RCDA em eco-
operações de confinamento dos RCDA em aterro, a respe- centros obedece aos seguintes princípios:
tiva duração, número de operadores envolvido, o tipo e a
a) Os RCDA produzidos em obras particulares isentas de
quantidade de RCDA previsto para confinamento;
licenciamento e não sujeitas a comunicação prévia podem
b) Assegurar o cumprimento dos procedimentos insti-
ser encaminhados por pessoas individuais ou coletivas para
tuídos pelo regime jurídico da deposição de resíduos em
ecocentros autorizados;
aterro, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 183/2009, de 10 de
b) As pessoas coletivas têm de obter autorização prévia
agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 84/2011 de 20 de
para envio dos RCDA para o ecocentro, junto do operador
junho, designadamente os critérios de admissão em aterro
responsável pela gestão do mesmo;
de resíduos não perigosos, estabelecidos no ponto 2.5. da
c) Para efeitos da autorização referida na alínea ante-
parte B do Anexo IV do referido Decreto-Lei, em parti-
rior, a pessoa coletiva deverá fazer prova de que a obra
cular, na admissão no aterro:
particular se localiza em concelho da área de jurisdição
i) Aceitar apenas os RCDA que se encontrem devida- do ecocentro e que se trata de uma obra isenta de licencia-
mente acondicionados em embalagens fechadas e apropria- mento e não sujeita a comunicação prévia;
das, rotuladas com a menção «contém amianto», conforme d) Previamente ao encaminhamento dos RCDA para
estabelecido no artigo 6.º; o ecocentro, as pessoas coletivas ou individuais devem
ii) Requerer a apresentação de documento contendo assegurar o seu correto acondicionamento e identificação,
informação sobre a fonte e origem do RCDA, o códi- nos termos do artigo 6.º;
go LER, a composição do RCDA, isenta de outras subs- e) O responsável do ecocentro, deve assegurar o controlo
tâncias perigosas para além do amianto (não friável), de receção dos RCDA de modo a salvaguardar o seu correto
os eventuais tratamentos a que o resíduo foi sujeito, as encaminhamento, e a aplicação de medidas de prevenção
eventuais precauções a tomar na deposição do resíduo, e segurança, designadamente:
cuja elaboração cabe ao produtor dos RCDA, que os deve
i) Assegurar a inspeção na receção da integridade das
facultar ao transportador;
embalagens e respetiva identificação/rotulagem, de acordo
iii) Requerer a declaração de compromisso por parte
com o disposto no artigo 6.º;
do produtor, sobre a estabilidade dos RCDA, e do seu
ii) Assegurar o manuseamento e a remoção cuidadosa
comportamento lixiviante, que deve ser idêntico ao dos
dos RCDA, e suas embalagens, para caixas reservadas
resíduos não perigosos;
especificamente para esses resíduos;
iii) Manter os registos relativos ao controlo de receção
c) Assegurar a disponibilização dos meios auxiliares dos RCDA, e do seu posterior encaminhamento;
para as operações de descarga dos RCDA, nomeadamente iv) Monitorizar a concentração das fibras em suspen-
sistemas de elevação adaptados, de forma a prevenir a são no ar, na área destinada à segregação dos RCDA,
queda e fragmentação dos RCDA; para verificar se o valor limite de exposição definido no
d) Manter disponíveis, e nas melhores condições de artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 266/2007, de 24 de julho,
limpeza e manutenção, os EPI a disponibilizar aos ope- não é ultrapassado;
radores; v) Assegurar a informação e formação do pessoal envol-
e) Em caso de suspeita de contaminação, quer por inspe- vido nas operações de manuseamento dos RCDA;
ção visual das condições de acondicionamento do RCDA,
quer por conhecimento da origem dos RCDA, requerer ao
f) O responsável do ecocentro deve assegurar quanto
produtor/detentor dos resíduos, os relatórios de caracteri-
às infraestruturas de armazenagem:
zação dos RCDA, para a respetiva admissão no aterro;
f) Manter a zona de deposição de RCDA sinalizada e coberta i) A sinalização da zona de armazenagem dos RCDA e
por material adequado, como inertes, devendo efetuar-se uma o seu acesso controlado;
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ii) A disponibilidade de meios auxiliares de manusea- d) Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I. P.;
mento dos RCDA, nomeadamente carrinhos de mão ou e) Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente
motorizados, contentores munidos de rodas, e sistemas e do Ordenamento do Território;
de elevação adaptados, prevenindo a sua queda e frag- f) Associação Nacional dos Municípios Portugueses.
mentação.
Artigo 11.º 2 — A CTA pode solicitar o apoio de peritos de reco-
nhecido mérito, incluindo representantes de organizações
Segurança, acidentes e emergências
não-governamentais a pronunciar-se sobre questões de
1 — Os procedimentos de remoção, transporte e deposi- carácter técnico que lhe sejam submetidas.
ção de RCDA devem salvaguardar a segurança e proteção 3 — Compete à CTA:
da saúde dos trabalhadores e de terceiros. a) Aprovar o seu regulamento interno;
2 — Em caso de acidente durante as fases de remoção, b) Acompanhar e avaliar o resultado da aplicação da
transporte e deposição dos RCDA, é necessário proceder presente Portaria;
ao confinamento da zona afetada. c) Estudar e propor medidas de articulação entre as
3 — Caso não seja possível o confinamento deve-se entidades competentes, bem como medidas no domínio
proceder ao tratamento dos RCDA, de forma a minimizar
da informação e da formação;
a libertação de fibras de amianto para o ar, nomeadamente
d) Pronunciar-se sobre matérias que lhe sejam subme-
através da humidificação ou utilização de substância pas-
tidas para apreciação;
tosas aglutinantes.
e) Promover ações de divulgação e sensibilização no
4 — Em caso de acidente, são aplicáveis as medidas de
prevenção e controlo previstas no Anexo à presente Por- setor;
taria, da qual faz parte integrante, sem prejuízo da demais f) Propor ou aceitar a proposta de elaboração de guias
legislação aplicável. técnicos por qualquer uma das entidades da CTA no âmbito
das suas competências e áreas específicas de interven-
Artigo 12.º ção, nomeadamente em matéria de acondicionamento,
Sensibilização e informação transporte, armazenamento, valorização ou eliminação de
RCDA, segurança, saúde e riscos dos trabalhadores e ter-
1 — A APA, I. P., a ACT e a Direção Geral de Saúde ceiros, os quais devem ser posteriormente divulgados nos
(DGS) devem divulgar nos respetivos portais: portais das respetivas entidades que integram a CTA.
a) Informação relativa aos riscos para a saúde causados
pelo amianto, no âmbito da produção dos RCDA, aos 4 — A CTA funciona junto da Agência Portuguesa do
materiais potencialmente presentes no âmbito das obras, Ambiente, I. P. que presta o apoio logístico e administrativo
e melhores práticas a adotar; ao desenvolvimento da sua atividade.
b) Informação sobre a aplicação da presente Portaria. 5 — Os membros da CTA não usufruem de qualquer
remuneração nem complemento remuneratório pelo exer-
2 — Os órgãos das Autarquias Locais devem igualmente cício dessa atividade, sendo eventuais ajudas de custo e
contribuir para a divulgação dos riscos referidos no número despesas com deslocações suportadas pelas respetivas
anterior, especialmente nos casos de obras isentas de licen- instituições de origem.
ciamento e não sujeitas a comunicação prévia. 6 — Até 31 de março de cada ano, após o primeiro ano
3 — As entidades previstas nos números anteriores em funções, a CTA apresenta aos membros do Governo res-
devem promover, na medida das suas possibilidades, a ponsáveis pelas áreas do ambiente, do trabalho e da saúde,
realização de campanhas de informação e sensibilização um relatório anual sobre a atividade desenvolvida.
que previnam os riscos causados pelo amianto
Artigo 15.º
Artigo 13.º Entrada em vigor
Articulação entre as entidades competentes A presente portaria entra em vigor no dia seguinte à
Os procedimentos e a forma de articulação entre as enti- data da sua publicação.
dades intervenientes no que se refere à gestão, tratamento Em 7 de fevereiro de 2014.
e disponibilização de informação decorrente da aplicação
da presente Portaria, possibilitando o rastreio dos RCDA O Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território
desde a sua produção até ao destino final, são definidos e Energia, Jorge Manuel Lopes Moreira da Silva. — O
por despacho dos membros do Governo responsáveis pelas Ministro da Saúde, Paulo José de Ribeiro Moita de
áreas do ambiente, da saúde e do trabalho. Macedo. — O Ministro da Solidariedade, Emprego e Segu-
rança Social, Luís Pedro Russo da Mota Soares.
Artigo 14.º
ANEXO
Comissão Técnica
1 — Para efeitos de acompanhamento da aplicação da Medidas de prevenção e controlo em caso de acidente,
presente Portaria, é criada a Comissão Técnica Amianto incidente e emergência com exposição
ao amianto, a que se refere o n.º 4 do artigo 11.º
(CTA), composta por representantes das seguintes entidades:
1 — Medidas gerais:
a) Agência Portuguesa do Ambiente, I. P., que pre-
side; a) No local da obra e nas instalações dos OGR, onde
b) Autoridade para as Condições do Trabalho; se procede ao manuseamento de RCDA, deve existir em
c) Direção-Geral de Saúde; local bem visível, uma lista com os principais números
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a contactar em caso de emergência nomeadamente, os pelo menos 10 a 15 minutos, prestando atenção especial
números do serviço de urgência, do médico do trabalho e a dobras da pele, axilas orelhas, unhas e pés;
do empregador; vi) Descontaminação de feridas abertas em primeiro
b) Em caso de acidente, incidente ou situação de emer- lugar evitando a contaminação da pele não exposta.
gência relacionadas com a libertação de amianto no local
de trabalho, o responsável pela atividade deve assegurar: b) Exposição ocular:
i) A adoção de medidas imediatas para controlar os i) Remoção do indivíduo afetado da área de exposi-
efeitos do evento, restabelecer a normalidade e informar ção;
terceiros que possam ter sido afetados; ii) Remoção de lentes de contacto se necessário e irriga-
ii) A adoção de medidas adequadas para impedir a dis- ção imediata do olho afetado com soro fisiológico/solução
persão das partículas/poeiras e evitar o contacto;
salina a 0,9% durante pelo menos 10 a 15 minutos;
iii) A contenção do material friável/áreas expostas para
evitar a formação de nuvem de poeira; iii) Indivíduos com lesão da córnea ou sintomas que
iv) O acesso à área afetada seja apenas permitido aos persistam deverão ser encaminhados para avaliação oftal-
responsáveis pela execução das reparações e outros traba- mológica urgente.
lhos necessários, usando os EPI necessários;
v) Informação e alerta dos serviços de emergência para c) Inalação:
a presença de amianto no local da obra ou instalação, para i) Remoção do indivíduo afetado da área de exposi-
poderem tomar as devidas precauções; ção;
ii) O tratamento será de acordo com a sintomatologia
c) Em caso de acidente, o responsável pelos trabalhos apresentada. A inalação por exposição aguda pode provocar
de remoção deve confirmar a ocorrência das seguintes irritação das vias respiratórias.
situações:
i) Rotura de fatos/proteções dos trabalhadores; d) Ingestão:
ii) Inalação de materiais contendo amianto;
iii) Existência de feridas abertas em contacto com mate- i) Não se prevê que seja exigido tratamento específico
riais contendo amianto. após ingestão aguda.