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Publicado por:
RICARDO LUZ RODRIGUES
Resumo
Atualmente, a Gestão de Estoques tem ganhado cada vez mais espaço dentro das
empresas, devido às necessidades que as mesmas possuem, de forma a reduzir os custos
e aumentando a satisfação dos clientes. Com base nesse contexto, este estudo teve como
finalidade aplicar o método ABC no estoque de uma empresa que revende carros usados
em Itaperuna-RJ, com o intuito de identificar os tipos de veículos que merecem maior
atenção, bem como demonstrar uma média de permanência destes veículos em estoque.
A metodologia se resumiu em coletar os dados do sistema de gestão da empresa, filtrar
os dados, agrupar os modelos dos veículos em tipos e realizar os cálculos para
elaboração da Curva ABC e dos índices de permanência dos veículos em estoque. Após
a aplicação do estudo e análise dos resultados, foi obtido em suma que o tipo "Hatch
compacto" compõe cerca de 40% sobre o faturamento total da empresa, com uma média
de permanência de aproximadamente um mês para cada automóvel. Os resultados foram
apresentados à empresa, onde os gestores afirmaram que o estudo foi de suma
importância na contribuição com as decisões gerenciais e operacionais, fornecendo
informações essenciais e afirmando que a empresa deve focar ainda mais no mercado de
carros populares.
Abstract
Currently, Inventory Management has gained more and more space within companies,
due to the needs they have, in order to reduce costs and increase customer satisfaction.
Based on this context, the purpose of this study was to apply the ABC method to the
inventory of a company that resells used cars in Itaperuna-RJ, in order to identify the
types of vehicles that deserve greater attention, as well as to demonstrate an average
permanence of these vehicles in stock. The methodology was summarized in collecting
data from the company's management system, filtering the data, grouping vehicle
models into types and performing the calculations for the elaboration of the ABC curve
and the indices of permanence of the vehicles in stock. After applying the study and
analysis of the results, it was obtained in sum that the type "Compact Hatch" composes
about 40% on the total turnover of the company, with an average stay of approximately
one month for each car. The results were presented to the company, where managers
said that the study was of paramount importance in contributing to managerial and
operational decisions, providing essential information and stating that the company
should focus even more on the popular car market.
Introdução
Neste capítulo será apresentada uma contextualização do tema em questão,
identificando sua importância e relevância, a situação problema, os objetivos da
pesquisa e a delimitação do estudo.
CONTEXTUALIZAÇÃO
Atualmente, a Gestão de Estoques tem ganhado cada vez mais espaço dentro das
empresas, devido às necessidades que as mesmas possuem para gerenciar seus estoques
eficientemente, de forma a reduzir os custos alinhando sempre com a satisfação dos
clientes, sendo um diferencial competitivo diante do cenário globalizado e concorrido.
Ademais, a Gestão de Estoques promove o ganho na eficiência através da redução de
falhas e custos, utilizando o planejamento e controle do fluxo empresarial, visando
também encontrar melhorias na disponibilidade de produtos, impactando diretamente na
rentabilidade das empresas (Carlos dos Santos et al., 2014).
A partir disso, o método de análise ABC tem sido amplamente utilizado a partir da
segunda metade do século XX em outras áreas, como na industrial e comercial. A
análise ABC é comumente utilizada na determinação do meio mais econômico para
controle de estoques, pois é possível através dela reconhecer que nem todos os itens
estocados merecem a mesma atenção por parte da gestão ou que precisam estar com a
mesma disponibilidade em estoque para satisfazer os clientes. Além disso, a análise
ABC conclui a separação dos itens do estoque em três grupos de acordo com a demanda
anual - se tratando de produtos acabados. Esse valor é determinado através da
multiplicação do preço ou custo unitário de cada item pelo seu respectivo consumo ou
demanda anual (Pereira, 1999).
Para Ballou (2006), o mais importante é que o tratamento para com os produtos precisa
ser diferenciado. A relação 80-20, com base nas vendas, determina quais itens irão
receber os vários tipos de tratamento logístico.
SITUAÇÃO PROBLEMA
Para Pereira (1999), o método de análise ABC é uma ferramenta gerencial, permitindo
identificar quais itens precisam de atenção e tratamento adequados de acordo com sua
importância relativa.
Diante disso, faz-se necessário o estudo da gestão de estoque, através do método ABC,
em uma empresa de revenda de carros usados em Itaperuna-RJ, para que a mesma
possua informações necessárias à disponibilidade de automóveis, ou seja, a fim de
identificar quais modelos a empresa deve focar em investir e disponibilizar mais aos
seus clientes.
OBJETIVOS DA PESQUISA
Objetiva-se com este estudo, através do método ABC, identificar os tipos de automóveis
que possuem a classificação "A" de acordo com o método ABC, com base no preço de
venda, para que a empresa possa identificar quais tipos de automóveis ela deve dar uma
atenção especial. Também para que a empresa se concentre em atender atender um
nicho específico clientes no mercado local.
REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo serão abordados alguns conceitos sobre estoques, bem como a
necessidade de mantê-los, o controle e gestão de estoques e uma abordagem sobre o
mercado automotivo.
ESTOQUES
Chiavenato (2005) diz que Estoque é composto por materiais, sejam eles acabados, semi
acabados ou em processamento que a empresa pode usar ou não, dependendo da
necessidade que possa surgir no futuro.
Carlos dos Santos et al (2014) citam diversos benefícios dos estoques às empresas,
sendo:
Huber (2017)
Pozo (2002) argumenta que, para ele, os três custos mais importantes na formação dos
estoques são:
O autor ainda diz que custo de pedido (CP) é o capital necessário para se pôr um pedido
de compra, sendo calculado de acordo com o custo anual de pedidos, com a seguinte
fórmula:
Com isso, o custo total se compõe pela soma destes dois custos supracitados, de acordo
com este mesmo autor.
Azevedo e Souza (2017) afirmam que grande parte das empresas objetivam atender seus
clientes no momento certo e com a quantidade certa e que para obter uma vantagem
competitiva conservadora é necessário que haja velocidade e prontidão na entrega de
produtos. Nesse contexto, existem vantagens que os estoques geram, como:
Melhorar o serviço ao cliente: dar apoio à área de marketing, que objetiva criar
demanda, necessitando de produtos disponíveis para concluir as vendas;
Economia de escala: os custos são menores quando a produção de produtos é
realizada em escala;
Proteção de alterações de preço devido á alta inflação: Quanto maior é o
volume de compras, menos impacto sofre o aumento de preços pelos
fornecedores;
Proteção contra incertezas na demanda e tempo na entrega: Problema
advindo de sistemas logísticos quando a previsão de demanda quanto o tempo de
ressuprimento não são calculados, sendo necessário o uso dos estoques de
segurança para suprir as necessidades dos clientes;
Proteção contra contingências: Assegurar a empresa contra incêndios, greves,
inundações, instabilidade política e outros fatores externos que podem ser uma
“dor de cabeça” para a empresa. A manutenção correta dos estoques podem
diminuir estes riscos.
Azevedo e Souza (2017) argumentam que o ideal seria a inexistência de estoques, onde
o cliente pudesse ser atendido no momento em que precisasse. Porém os autores
afirmam, assim como Viana (2002), que os principais motivos para manter estoque
permanente para o atendimento imediato ao consumo interno e às vendas da empresa
são:
De forma similar, Ballou (2004) argumenta que não é preciso manter estoques caso a
demanda seja previsível, ou seja, se a previsão da demanda for precisamente calculada,
é mais fácil e simples para controlar os estoques. Em contrapartida, como é
praticamente impossível prever exatamente a demanda, as empresas mantém estoques
para mitigar os efeitos causados pelas variações da oferta e procura do mercado.
Viana (2002) aponta outras razões para a existência de estoques. Para o autor, um dos
fatores é a impossibilidade de possuir os materiais disponíveis no momento em que há
demanda. Outro fator é a redução das variações dos custos unitários, bem como a
diminuição da frequência de contatos com o mercado externo, que pode ser muita das
vezes prejudicial à atuação formal do comprador e a segurança contra os riscos ou
indisponibilidades provenientes da produção do mercado fornecedor.
Corrêa, Gianesi e Caon (1997) citam alguns fatores para a existência e manutenção de
estoques:
O fato de não ser possível ou não ser viável a correta correlação entre a demanda
e a oferta;
As oscilações nas previsões de demanda ou de abastecimento;
A ocupação dos meios de distribuição.
Castro (2005) referencia alguns dos principais modelos matemáticos que foram
desenvolvidos para a gestão de estoques, sendo eles:
Lote Econômico: foi desenvolvido por Harris em 1913, tendo como lógica de
que a quantidade ótima a ser produzida é a que possui, ao mesmo tempo, o
menor custo de pedido e de estocagem;
Modelos de Scheduling: pode ser considerado uma programação, envolvendo o
uso limitado de recursos em um certo período de tempo a fim de atender os
pedidos dos clientes ou repor estoques;
Formação dinâmica de lotes: se originou a partir do Lote Econômico, com
características semelhantes, excluindo o fato de que a demanda não precisa ser
constante;
Modelos probabilísticos: estes são mais sofisticados e complexos, levando em
conta certos defeitos dos modelos supracitados. Os mais usuais são: Modelo do
jornaleiro, Modelo de revisão periódica de estoque, Modelo de reposição
contínua de estoque e Modelo de estoque base.
Gonçalves (2010) diz que, para manter o controle sobre os estoques é importante
conhecer o nível dos mesmos e então poder identificar o momento que for preciso repor
a quantidade de materiais antes de atingir o nível de estoque, garantindo que não falte
produto. O autor ainda aponta que é preciso atender a demanda, de forma a suprir suas
necessidades e aconselha a possibilidade da existência de um estoque “extra”, para lidar
com imprevistos a fim de conseguir atender a demanda, evitando a insatisfação da
mesma e a perda de vendas. Porém, é importante tomar cuidado com o excesso, já que
aumentaria os custos de estoques. Arnold (2008) diz que o estoque de segurança deverá
ser utilizado para imprevistos no comportamento da demanda ou no tempo de
ressuprimento, ou seja, para suprir uma necessidade futura que possa ocorrer.
Oliveira e Silva (2013) afirmam que o controle de estoques é focado no setor financeiro
da empresa devido ao fato da manutenção dos estoques possui um valor elevado e a
correta gestão desses estoques devem possibilitar que o capital investido seja
minimizado, pois é impossível uma empresa trabalhar sem estoque. De acordo com isto,
para obter um bom controle de estoques, primeiro é necessário que haja o planejamento
de estoque, pois os níveis de estoques são relacionados com a rapidez da demanda. Se a
procura pelo produto for maior que o tempo necessário para suprir o estoque, ocorrerá
uma ruptura ou esvaziamento do estoque, acarretando em prejuízos em praticamente
todos os setores da empresa. Por isso é necessário também tomar providências para
evitar esta interrupção no reabastecimento do estoque.
Oliveira e Silva (2013) argumentam que uma má gestão ocasionaria em uma série de
prejuízos á empresa, como um aumento no cancelamento de pedidos, perda de produção
devido á falta de materiais, pouco espaço para armazenamento, estoques maiores
quando a produção é constante, entre outros. Por isso o correta gestão planejamento no
controle de estoque torna-se essencial e vital, pois ela age como uma proteção contra o
aumento dos preços, incertezas da demanda e no tempo de ressuprimento do estoque.
Os autores citam as principais funções da gestão de estoques, sendo elas:
mercado automotivo
O mercado automotivo na América do Sul, em 2011, cresceu 10,7% em relação a 2010
no qual o Brasil e a Argentina representam quase 80% do total de veículos vendidos
(Semple, 2012). O gráfico 1 ilustra a evolução das vendas de automóveis de 2006 à
2011.
Semple (2012)
apud Carcon Automotive (2012)
Rios (2014) argumenta que os consumidores voltaram seus olhares para os carros novos
devido à redução do IPI e à facilidade de crédito nos últimos anos. Com isso, as vendas
sobre os automóveis seminovos caíram significativamente porém os sinais de aumento
começaram a surgir, de maneira que os estoques de carros novos aumentaram e os
consumidores voltavam a desejar os carros usados. A figura 2 ilustra os dados sobre as
vendas de automóveis usados e seminovos no período de 2011 à 2013. A autora ainda
afirma que foi obtido uma alta de 9,4% no primeiro trimestre de 2014 em relação ao
mesmo período no ano de 2013, segundo os dados da Fenauto (Federação Nacional das
Associações dos Revendedores de Veículos Automotores). As vendas se totalizaram em
3,03 milhões de veículos, compostas de motos, automóveis, caminhões e ônibus. Ao
mesmo momento em que as vendas de veículos novos caíram 2,1% para 812,8 mil.
Além disso, a autora aponta que o preço é o principal motivo para que os consumidores
prefiram o veículo usado.
Vendas de automóveis seminovos e usados de 2011 a 2013 em nível nacional
Devido ao aumento dos preços dos carros zero quilômetro, o desejo na compra do carro
usado ficou mais atraente para o consumidor. O resultado disso é a queda de 25,4% no
primeiro semestre do ano de 2016 para os veículos zero quilômetro, ao mesmo tempo
que as vendas de carros usados cresceu 23,6% no mesmo período, de acordo com os
dados da Fenauto. As vendas totais de veículos usados no primeiro semestre de 2015 foi
de 1,83 milhões, enquanto no primeiro semestre de 2016 foram vendidos 2,26 milhões
de veículos usados. Em contrapartida, foram vendidos 951,2 mil veículos novos (ou
zero quilômetro) no mesmo período. Em média, foram vendidos quatro veículos usados
para cada veículo novo. Somente no mês de Junho de 2016 a demanda subiu em 1,4%
com 413.971 unidades vendidas. O automóvel mais vendido no primeiro semestre de
2016 é o Volkswagen Gol, seguido pelo Fiat Uno e pelo Fiat Palio, conforme mostra o
quadro 2 (iG São Paulo, 2016).
Fenabrave (2017)
METODOLOGIA
Este capítulo abordará o tipo da pesquisa, bem como sua abordagem, o método de
pesquisa utilizado, a utilização do método ABC para gestão de estoques, amostra e
coleta de dados e o projeto da pesquisa.
Classificação da pesquisa
Com relação aos métodos de pesquisa, existem vários, como o método Survey,
Pesquisa-Ação, Modelagem, Simulação e Estudo de Caso, por exemplo. O método
utilizado neste trabalho foi o Estudo de Caso que, para Yin (2015), é uma investigação
de um fenômeno contemporâneo em um contexto real, de modo empírico, realizada de
uma forma mais aprofundada.
O método ABC
De acordo com Pinto (2002), a análise ABC (ou Curva ABC) é uma classificação de
materiais, realizada a partir de cálculos estatísticos e no princípio de Pareto, que leva em
conta a importância dos produtos estocados, com base no valor e nas quantidades
vendidas.
A Curva ABC é uma ferramenta de auxílio ao gestor, pois permite a identificação dos
produtos que necessitam de uma atenção maior e priorização, ou seja, através deste
método pode-se classificar os itens de acordo com sua importância relativa (DIAS,
1993).
A Curva ABC, de acordo com Moreira (2008), é dividida em três classes, sendo:
Mitiuye et al. (2008) diz que a classificação dos itens pode ser representada por meio de
um gráfico traçado nos eixos cartesianos, sendo indicados o percentual do faturamento
acumulado e o percentual de itens de acordo com cada classe, sendo demonstrado no
gráfico 3.
Gráfico da Curva ABC
“[...] por primeiro, deve-se realizar a elaboração da tabela mestra, em segundo, construir
o gráfico e, por terceiro e último passo, fazer a interpretação do gráfico, com
identificação plena de percentuais e quantidades de itens envolvidos em cada classe,
bem como de sua respectiva faixa de valores.”
Dias (2011) comenta que a análise ABC pode resultar em diferentes comportamentos,
podendo ter no gráfico a forma reta, onde todos os produtos possuem o mesmo valor e
com isso a mesma participação no valor total, possuindo nenhuma concentração. Caso
os valores mais altos são resultantes de poucos itens, existe uma concentração forte,
conforme ilustra o gráfico 4.
Diferentes concentrações na Curva ABC
Ad
aptado de Dias (2011)
Projeto da pesquisa
Com o intuito de atingir o objetivo geral e os objetivos específicos, o primeiro passo foi
coletar os dados do software de gestão que a Empresa utiliza, utilizando os registros de
vendas totais em um período de 6 meses. Os dados brutos foram obtidos no formato de
planilha do Excel, contendo as seguintes informações: marca, modelo, ano, placa, tipo
(se é próprio ou consignado), data de entrada, data de saída e valor vendido. Logo após
foi realizada uma filtragem dos dados, onde foram eliminados os veículos consignados,
bem como os que não possuíam data de entrada, data de saída e valor vendido.
Depois do agrupamento, foi realizado todos os cálculos de acordo com o método ABC,
onde foram realizados no software Excel 2016. Primeiramente foi calculado o valor
total de vendas para cada tipo, bem como a quantidade vendida. Depois foi calculado o
valor médio de cada unidade para cada tipo de carro, de acordo com a quantidade
vendida e o valor total de vendas. Na sequência, foi calculado o valor acumulado e a
porcentagem acumulada das vendas para cada tipo de automóvel, onde foi obtido a
classificação ABC para cada um destes tipos.
Logo após foi calculada a média do tempo de permanência em estoque (em dias) para
cada tipo de automóvel, sendo obtida de acordo com as datas de entrada e saída, tempo
de permanência total de cada tipo de automóvel e quantidade vendida de cada tipo no
período analisado. O último passo foi apresentar os resultados aos gestores da Empresa,
sendo obtido um feedback sobre a relevância do estudo realizado. O fluxograma 1
ilustra os passos que foram descritos.
Fluxograma da metodologia
O autor (2017)
ESTUDO DE CASO
Este capítulo abordará a descrição do objeto de estudo, os resultados obtidos e uma
discussão dos mesmos.
A "Empresa", que não quis ser identificada no presente trabalho, autorizou a coleta de
dados para execução deste estudo, sendo de interesse para a mesma obter um maior
conhecimento acerca do seu estoque.
resultados e discussão
O primeiro passo foi sintetizar os dados, agrupando os modelos dos veículos de acordo
com seu tipo e eliminando veículos que possuíam dados incompletos necessários para a
realização deste estudo.
Depois disso foi realizado todos os cálculos necessários para a elaboração da tabela
mestra do método ABC, conforme demonstra a tabela 1. Primeiramente foi inserida a
quantidade total vendida para cada tipo de automóvel, bem como o valor total e o valor
médio de cada veículo. Logo após foi calculado o valor acumulado e o percentual
acumulado, sendo o referencial na identificação das classes ABC.
O autor (2017)
Como se pode visualizar, os tipos de veículos que merecem destaque e maior atenção
são os tipos de automóveis da categoria "A", sendo: "Hatch compacto", "Picape" e
"Sedã compacto". Estes veículos representam o maior percentual sobre o faturamento da
empresa, com um foco ainda maior para o tipo "Hatch compacto", com um total de 54
vendas, representando cerca de 40% sobre o faturamento da empresa no período
analisado.
Posteriormente foi elaborado o gráfico da curva ABC, com base na tabela mestra,
conforme ilustra o gráfico 5.
Curva ABC dos tipos de automóveis sobre o percentual acumulado
O autor (2017)
Com os resultados obtidos dos cálculos da curva ABC, o próximo passo foi calcular a
média da permanência (em dias) para cada automóvel de acordo com o seu tipo, ou seja,
quantos dias cada automóvel de cada tipo ficou estocado, conforme demonstra a tabela
2.
Para melhor visualização, foi construído um gráfico com os resultados finais da tabela
2. O gráfico 6 mostra que os tipos de automóveis da classe "A" (Hatch compacto",
"Picape" e "Sedã compacto") obtiveram uma média de aproximadamente um mês em
estoque, enquanto os tipos de automóveis da classe "C", com exceção do tipo "Sedã
grande", apresentaram uma média de permanência elevada em estoque, sendo 80 dias
para o tipo "Hatch médio" e 50 dias para o tipo "Perua".
Permanência dos tipos de automóveis em estoque
O autor (2017)
Por fim, foi realizada uma reunião com os gestores da empresa, onde estes resultados
foram apresentados, a fim de obter um feedback sobre a relevância deste estudo à
empresa.
CONCLUSÃO
A principal finalidade deste trabalho foi oferecer à "Empresa" informações necessárias
sobre seu estoque para auxiliar nas decisões gerenciais e operacionais, com base na
aplicação do método ABC e no cálculo das médias de permanência em estoque para
cada tipo de automóvel.
Dentre vários métodos conhecidos para gestão de estoque, o método ABC foi
considerado o mais adequado para a execução deste estudo, pois havia um interesse em
identificar quais tipos de automóveis a empresa necessita dar uma atenção especial, bem
como demonstrar os índices de carros que ficam mais dias em estoque.
A análise permitiu concluir que a empresa precisa focar em carros populares, sendo
demonstrado pelos carros do tipo "Hacth compacto", que resultaram em
aproximadamente 40% sobre o faturamento da empresa, com uma média de
aproximadamente um mês em estoque, para cada automóvel. O método também
forneceu que os tipos de automóveis da classificação "C" são os que permanecem mais
tempo em estoque, exceto o tipo "Sedã grande".
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APLICAÇÃO DA CURVA ABC COMO AUXÍLIO NA GESTÃO DO ESTOQUE EM
UMA REVENDA DE VEÍCULOS USADOS | Mettzer