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MENSAGEM PARA UMA MÃE

Se você recebeu esta mensagem,


com certeza é uma pessoa muito especial para mim.

Com certeza, também,


em algum tempo de sua vida, durante meses,
você cuidou de uma nova vida em seu próprio ventre.
Ou mais de uma...

Com certeza você já teve que escolher


entre dormir ou velar o sono de um pequeno ser;
entre tomar um banho ou banhar seu bebê;
entre fazer uma refeição ou alimentar;
entre relaxar ouvindo uma música ou cantar embalando seu filho.

Deve ter vivido momentos de alegria


com os primeiros sorrisos,
primeiros gestos,
primeiras falas,
primeiros passos,
primeiro aniversário,
primeiro Natal,
primeira festa de aniversário,
primeiro dia de escola,
primeira competição do time...

Penso também
que você já passou momentos de apreensão
pela febre que não baixava,
pelo ônibus escolar que não chegava,
pelo telefone que não tocava,
pela porta que não abria,
pela notícia que não chegava...

Você também já deve ter dado muitas risadas,


enquanto corriam num infinito pega-pega.
Deve ter empinado papagaio,
aplaudido palhaços no picadeiro de um circo,
feito tigelas e tigelas de pipoca,
fornadas de pão, bolo de chocolate, torta de maçã, pão de queijo...

Talvez você já tenha sentido a angústia que machuca o peito,


na hora de ajudar a arrumar as malas,
para o final de semana ou as férias longe de você.

É possivel que já tenha chorado muito:


de emoção,
de saudade,
de tristeza;
de alegria...
Ou, quem sabe,
tenha vibrado como adolescente no "trote" do seu (ua) calouro(a).
E depois pagou o maior "mico" na cerimônia de formatura
levantando braços, tocando corneta, chorando...

É possivel que você tenha tentado de tudo,


falar, explicar, assitir a um filme,
contar o que aconteceu com sua amiga,
chorar, (e não foi chantagem emocional...)
para que ele ou ela entendesse que aquela relação não ia dar em boa coisa...

Pode ser também,


que deu tudo certo e, olha só,
você renovou suas forças e começou tudo de novo:
enxoval, consultas médicas, quarto de bebê,
cartões, telefonemas,
idas e vindas à geladeira e ao fogão (não há de ver que a nova gestante
resolveu lembrar de todas aquelas receitas que você fazia quando ela ainda
era pequena!)

Pode ser que tudo isso já aconteceu,


que os filhos dos filhos já cresceram,
que aos domingos invadem sua sala e assaltam sua geladeira.
Pode ser que ainda não tenha passado por tudo isso,
ou tenha outras experiências para contar.

De uma coisa eu tenho certeza:


você é MÃE.
E sabe, como já dizia o poeta,
"a dor e a alegria de ser o que é".

Mas, filhos tem o poder


de transformar tristeza em alegria.
Daí que, entre a "dor e alegria de ser o que é"
fica apenas a alegria.
Por que dor de parto se esquece (já diz o ditado popular)
e dor de mãe não existe:
se acontece, desaparece ao primeiro sorriso do(a) filho(a).
E, se não desaparece,
fica ali, quieta, escondida,
diminuindo aos poucos,
até que um dia, se não acaba,
transforma-se em mais amor.
Amor de mãe.

(Meu agradecimento aos meus filhos, por me oportunizarem o exercício da


maturidade, que significa entre outras coisas, não mais responsabilizar meus
pais pelas coisas que não deram certo comigo.)

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