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Exercício para resgate da força da vida

Se seu aniversário não costuma ser uma data que te traz alegria, é importante que você reflita sobre
essas possibilidades:
*Contexto da mãe durante sua gravidez
*O parto - sentimentos, dificuldades durante o parto
*A celebração de sua vida, de seu nascimento, de seus aniversários na infância
*Seus sentimentos em relação à mãe - abandono, rejeição, deixado de lado,...)

Agora, mesmo sem ter certeza das origens desse sentimento de tristeza diante do seu aniversário,
faça o seguinte exercício:

Sente-se, num lugar calmo, sozinho/a, em silêncio ou com uma música suave, alinhe a coluna e
relaxe as tensões, respirando profundamente. Faça 10 respirações profundas - puxe o ar pelo nariz e
solte pela boca.
Cria uma imagem mental de você criança - olhe-se, contemple os momentos de alegria, de
brincadeira, de “artes”, olhe sua família, sua casa, observe seu rosto, expressões, olhe-se nos olhos.
O que você vê nesses olhos infantis? O que você vê nesses olhos diante das alegrias e
brincadeiras? Permita-se sentir.

Agora, olhe também para alguns sentimentos que essa criança teve em datas importantes - Natal,
Páscoa, Dia da Criança, Aniversário - quais sentimentos essa criança experimentou nesses
momentos e como ela se via diante da existência ou não de festividade.
Como eram seus aniversários normalmente? Na sua família, como era celebrado o nascimento e a
vida de cada pessoa?
O que essa criança esperava? Quais eram as expectativas?
Sinta os sentimentos dessa criança. Então, imagine-se ao lado dela, como se você adulto/a pudesse
estar ao lado de si mesma quando criança. Pegue a mão da sua criança, olhe-a nos olhos e diga:
“Sim, tudo isso é parte da sua história. Não é perfeita, mas é a sua história. Eu digo sim para você,
eu digo sim para a sua vida. Eu cuido de você agora, porque eu sou capaz. Eu acolho você, eu amo
você, eu te ofereço o melhor de mim para sempre.”
Abrace a sua criança e diga com amor:
“Sou feliz porque você nasceu!” - “A sua vida vale muito a pena e é o seu maior presente, eu honro o
que você viveu para se tornar quem sou hoje, obrigada por ter sido forte!”

Sinta a força do abraço, a proteção, o amor - se permita sentir, chore - deixe a dor esvaziar, deixe a
dor sair - sinta o alívio de estar livre para viver o seu presente, para estar no presente.

E firme um compromisso consigo mesmo/a, aceitando o foi, aceitando seu passado e sua história,
ciente que você tem a família certa para você, ciente de que seus pais lhe deram tudo o que eram e
o que tinham e nada pode ser acrescentado.
Tudo que aconteceu já não rege a sua vida, já não rege o seu destino e você, a partir de hoje, pode
decidir como vai celebrar a vida.
Faça novamente algumas respirações profundas, puxando o ar pelo nariz e soltando bruscamente
pela boca, e, quando se sentir pronto/a, abra seus olhos.

Repita o exercício até conseguir sentir um alívio real, até sentir que a dor esvaziou, que já não te
atinge mais, que perdeu a força, perdeu o sentido e que agora você assume o seu destino e a
celebração da sua vida.

Bom trabalho! Abraços!


Rubia Tessaro - Psicoterapeuta!

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