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GUIA PARA

DESENVOLVER
A CAPACIDADE

Autoreflexiva

Psicóloga
CRP 07/25029
Oi, esse material foi desenvolvido com muito carinho e cuidado
para que você possa ter uma maior consciência das partes que
lhe compõe nesse momento de sua vida.

COMO USAR:
Escolha um cantinho na sua casa ou um lugar ao ar livre que
lhe traga paz para ir respondendo e refletindo;
Certifique-se de que não vai haver distrações e interrupções;
Coloque um fone com uma música calma de sua preferência;
Prepare um chá, suco ou água para acompanhar esse
momento;
Se conecte com a parte gentil que há dentro de você
(mesmo que ela seja pequena e esteja bem escondida);
Faça bom proveito!!

O Convite (Oriah Mountain)

Não me importa saber como você ganha a vida.


Quero saber o que mais deseja e se ousa sonhar em satisfazer seus anseios
do seu coração.
Não me interessa saber sua idade.
Quero saber se você correria o risco de parecer tolo por amor, pelo seu
sonho, pela aventura de estar vivo.
Não me interessa saber que planetas estão em quadratura com sua lua.
O que eu quero saber é se você já foi até o fundo de sua própria tristeza, se
as traições da vida o enriqueceram ou se você se retraiu e se fechou, com
medo de mais dor.
Quero saber se você consegue conviver com a dor, a minha ou a sua, sem
tentar escondê-la, disfarçá-la ou remediá-la.
Quero saber se você é capaz de conviver com a alegria, a minha ou a sua, de
dançar com total abandono e deixar o êxtase penetrar até a ponta dos seus
dedos, sem nos advertir que sejamos cuidadosos, que sejamos realistas, que
nos lembremos das limitações da condição humana.
Não me interessa se a história que você me conta é verdadeira.
Quero saber se é capaz de desapontar o outro para se manter fiel a si
mesmo.
Se é capaz de suportar uma acusação de traição e não trair sua própria alma,
ou ser infiel e, mesmo assim, ser digno de confiança.
Quero saber se você é capaz de enxergar a beleza no dia a dia, ainda que ela
não seja bonita, e fazer dela a fonte da sua vida.
Quero saber se você consegue viver com o fracasso, o seu e o meu, e ainda
assim pôr-se de pé na beira do lago e gritar para o reflexo prateado da lua
cheia: "Sim!"
Não me interessa saber onde você mora ou quanto dinheiro tem.
Quero saber se, após uma noite de tristeza e desespero, exausto e ferido até
os ossos, é capaz de fazer o que precisa ser feito para alimentar seus filhos.
Não me interessa quem você conhece ou como chegou até aqui.
Quero saber se vai permanecer no centro do fogo comigo sem recuar.
Não me interessa onde, o que ou com quem estudou.
Quero saber o que o sustenta, no seu íntimo, quando tudo mais desmorona.
Quero saber se é capaz de ficar só consigo mesmo e se nos momentos vazios
realmente gosta da sua companhia.
Comece pelo básico

1. Respiração
A maioria das pessoas nem se lembra que respira. Em um processo
de olhar para dentro de si não podemos esquecer das coisas
básicas que nos mantém vivos. Respirar é uma delas, assim como
tomar água, e se alimentar.
Comece então a observar a sua respiração. Perceba como o ar
entra e sai. Perceba o que você sente quando ele passa por suas
narinas. Perceba (sem tentar alterar nada) se ele entra e sai rápido
ou se isso está ocorrendo devagar.

2. Sentidos
Depois de dar atenção à respiração comece a focar nos seus
sentidos para se conectar ainda mais com o teu momento presente
e se dar conta do seu mundo exterior.
Observe cinco coisas que seus olhos estão vendo nesse momento;
sinta o cheiro que compõe o ambiente onde você está; toque em
algo que está perto de você; tome um gole da bebida que você
preparou para acompanhar esse momento e perceba a sensação
do líquido descendo por sua garganta; escute todos os sons do
ambiente que você está.
Volte lá atrÁs

3. o eu do passado
Vamos percorrer um percurso desde lá atrás. Olhe para as
perguntas com carinho. Tente não fazer julgamentos sobre quem
você foi e é. Seja gentil com você ao refletir sobre os
questionamentos abaixo.

1.1 Como eu me via quando criança? Quais eram meus sonhos? Eu


tinha brilho no olhar?

1.2 Que coisas as pessoas ao meu redor diziam sobre mim? Qual
sentimento isso que elas diziam causava em mim? Eu acreditei
nisso?

1.3 Quais pessoas eu admirava? O que fazia com que eu admirasse


elas?

1.4 Pegue uma folha A4 e rabisque, com as cores que preferir, o


que está sentindo ao refletir sobre essas perguntas.
o eu ATUAL

4. o eu ATUAL
Agora se conecte com quem está aí nesse momento. Vá para a
frente de um espelho (se tiver algum por perto) ou observe suas
mãos. Tente não fazer juízos de valor. Só observe como cada uma
das partes que te compõe merecem cuidado e atenção. Lembre de
todas as coisas que essas partes passaram junto contigo. Lembre-
se de respirar. Olhe para as perguntas com carinho. Seja gentil com
você ao refletir sobre os questionamentos abaixo.

1.1 O que me compõe nesse momento? Escreva uma lista de pelo


menos oito qualidades e oito defeitos seus.

1.2 Que coisas as pessoas ao meu redor dizem sobre mim hoje?
Compare com como você se vê.

1.3 Quais pessoas eu tenho como referência de vida?

1.4 O que me faz sentir viva? Quando foi a última vez que me senti
vivendo?

1.5 De quais coisas você não abre mão? Pode ser valores, coisas
materiais, pessoas...
o eu ATUAL

1.5 De quais coisas você não abre mão? Pode ser valores, coisas
materiais, pessoas...

1.6 O que me compõe nesse momento? Escreva uma lista de pelo


menos oito qualidades e oito defeitos seus.

5. A carta
Reserve um maior tempo para realizar essa atividade. De
preferência, faça ela em um dia diferente do que você responder as
outras perguntas.
Escreva uma carta para a pessoa que você quer se tornar. Diga a ela
como você se vê hoje e o que você deseja que ela alcance. Escreva
quais sentimentos você quer que permeiem a vida dela e tudo que
você acredita que ela mereçe.
Obrigada por usar esse material!
Continue buscando o seu
aprimoramento.
Acredite, você está fazendo o
melhor que pode por si.

O uso desse material deve ser feito de maneira


responsável e não se constitui como serviço
psicológico.

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