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Felicidade

“Você já viveu muito tempo, mas quanto tempo ficou


sozinho consigo?”
“Você se conhece bem?”
“Quais são as coisas que lhe trazem alegrias e tristezas?”
“Você é feliz com o que você é?”

Se você não tem respostas para as perguntas acima, é porque


você não se conhece, então, neste momento, te convido a fazer
um exercício mental.
Escolha um dia que esteja tranqüilo e de preferência
sozinho.
Encontre um local que você se sinta seguro e em paz; sente-
se ou deite-se de uma forma confortável.
Feche os olhos e, por cinco minutos, respire lenta e
profundamente, aos poucos esvazie sua mente, por um momento
esqueça sua família, seus estudos, seu trabalho, seus amigos, e
principalmente seus conceitos e preconceitos sobre a vida, e
comece a se fazer as seguintes perguntas:

“Quem sou eu?”


“Eu sou feliz?”
“O que é felicidade para mim?”
“Se eu morresse agora, eu iria em paz?”
“Se a única certeza da vida é a morte, por que eu gasto tanto
tempo com coisas que me fazem infeliz?”
“Eu encontrei alegria e paz em minha vida?”
“Eu compartilhei essa alegria e essa paz com as outras
pessoas?”
“Se eu soubesse que iria morrer em um ano, o que eu
mudaria em minha vida?”

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“Se eu morresse e Deus permitisse que eu retornasse por um


dia à vida na Terra, com quem eu gostaria de me encontrar e o
que eu falaria com cada uma dessas pessoas?”

Se você tiver dificuldade de lembrar todas as respostas,


comece a anotar. As respostas serão interessantes e
surpreendentes...
O que vocês chamam de vida é uma ilusão e é uma fração de
tempo na vida espiritual.
A maioria das pessoas não dá o mínimo valor ao tempo.
Acham que o tempo é medido em ganho econômico e não em
crescimento espiritual e pessoal.
Muitas vezes, após ter um problema de saúde, quando estão
em um leito de hospital, começam a se questionar:

“Se eu morrer agora, terá valido a pena ter trabalhado tanto


e ter perdido minha vida, minha família e minha saúde?”
“Dediquei anos de minha vida na busca por poder, fama e
glória; agora estou perante a eternidade, e o que vou levar desta
vida?”
“Cultivei o tão sonhado estilo de vida, beleza, status e
riqueza; e agora vou ter que deixar tudo para trás...”

A vida é a busca pelo equilíbrio entre conquistar e ter, fazer


e compartilhar.
A partir do momento em que vocês têm mais do que
precisam para vestir e comer, passam a viver mais preocupados,
Da próxima vez em que você for a um parque ou uma praça,
observem as criançinhas brincando!
De forma alguma é errado possuir bens materiais, o errado é
a finalidade que se dá a eles. A morte é a única certeza na vida e
“caixão não tem gaveta”, use todos os seus bens e recursos para
ser feliz e compartilhar esta alegria com todos a sua volta.

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Para você se conhecer, e conhecer os seus sentimentos e


relação as pessoa de sua convivência, faça um exercício.
Procure um local tranqüilo, um dia em que você estiver
sozinho, sente-se, pegue um papel e comece a escrever uma carta
como se soubesse que iria morrer, e não veria mais as pessoas
com as quais você convive.
Comece com a data, depois como o nome de cada pessoa a
quem você gostaria de dizer alguma.
Não escreva somente amenidades e futilidades, mas seja
sincero, escreva o que você realmente pensa!
Coloque no papel, todas as decepções, tristezas, alegrias,
agradecimentos, ou seja, todas as coisas que você gostaria de ter
falado em vida, com cada uma delas, mas não teve coragem.
Após acabar de escrever, não leia, guarde em um lugar
seguro, para ninguém encontrar, e após um mês, abra e leia.
Você terá varias surpresas. Terá em suas mãos um valioso
guia para ajudar a melhorar o seu relacionamento com as pessoas
que o circundam. Quem sabe um dia chegará a hora de tirar as
palavras do papel, e falar pessoalmente com cada uma delas.
Provavelmente as pessoas com quem você irá conversar não
o entenderão, mas você estará limpando seu coração, ficando em
paz com sua consciência.
As pessoas nascem sem conceitos e preconceitos. Se você
colocar várias criancinhas juntas, elas vão brincar e compartilhar
seus brinquedos e alimentos, convivendo em paz e harmonia.
As criançinhas não discriminam cor, raça, religião ou classe
social; têm o pensamento livre, ainda não foram contaminadas
pela sociedade.
Com o passar do tempo, os pais e a sociedade em que as
crianças são criadas, bombardeiam suas mentes com regras
sociais e frustrações pessoais, contaminando-as com pensamentos
que não foram adquiridos com a vida.
Certa vez Cristo disse:

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“Vinde a mim as criancinhas! Porque todos aqueles que


tiverem a felicidade e a paz das crianças, delas serão o reino dos
Céus.”

As pessoas exteriorizam, através de seus atos, das músicas


que ouvem, nas roupas que vestem, nos locais que freqüentam, da
forma que organizam seus pertences e das pessoas quem
convivem, o seu eu verdadeiro e o seu estado de espírito.
Na fragilidade da velhice é que se sente a colheita da vida,
um retorno de tudo aquilo que foi feito durante a sua existência.
Se você cuidou do seu corpo e de seu espírito, terá saúde
física e mental.
Se você cultivou amizades, terá amigos para compartilhar
suas alegrias e tristezas.
Se você trabalhou muito e deu pouca atenção a sua família,
terá recursos para cuidar de si, mas estará sozinho.
Cada um compreende Deus, a vida e o universo de uma
forma. Tudo depende da sua capacidade de conhecimento e
compreensão.
Exemplo: às vezes, as pessoas se sentem ofendidas e ficam
carregando rancor e mágoa, mas se esquecem de que ninguém
ofende ninguém, as pessoas que se sentem ofendidas.
“Cego” é aquele que vê, mas não enxerga.
Muitas pessoas que se sentem infelizes e colocam a culpa de
seu sofrimento nos locais em que vivem ou nas pessoas com
quem convivem.
Não é o local que faz a pessoa e sim a pessoa que se faz feliz
em qualquer lugar.
Ser feliz não é ter uma vida perfeita; não é trabalhar sem
ficar cansado, ter relacionamentos sem decepções, competir sem
derrotas, ter alegrias assim como tristezas.
Mesmo se você for incompreendido, injustiçado, magoado
ou decepcionado, não perca coragem de tentar ser feliz

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novamente, porque ninguém te faz infeliz sem o seu


consentimento.
Ser feliz não é ter alegria somente nas vitórias, mas saber
acumular sabedoria com as derrotas.
A infelicidade não é uma fatalidade da vida, mas uma
opção!
Você pode mudar a qualquer momento, deixando de ser
“vitima” de seus problemas, para tornar-se comandante da sua
vida.
Ser feliz não é viver em uma “ilha”, mas ter a coragem de
tentar encontrar o amor em todas as coisas que você faz; é viver
todas as emoções que a vida proporciona, nas pequenas coisas do
dia a dia, como beijar os filhos, abraçar os pais, conversar com os
amigos, trabalhar com honestidade, ver a beleza da vida mesmo
em um dia de tempestade.
As “pedras” que você encontra em seu caminho podem se
tornar um “entulho” difícil de remover, ou podem ser usadas para
fazer uma “estrada pavimentada” rumo à felicidade.
Todos os dias agradeça a Deus, pelo milagre da vida, e
lembre-se que o mundo não precisa ser perfeito para você estar
bem.

Esse texto foi retirado do livro Não Estamos Sós – De Caparaó por Everson Pacheco
Informações sobre o livro no site: www.medicoespiritual.com.br

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