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Dentários
I
Aulas
Práticas
Professor
Doutor
Mário
Polido
Professora
Doutora
Joana
Vasconcelos
Cruz
Para
fazermos
um
estudo,
primeiramente
é
necessário
fazer
uma
recolha
de
dentes.
Por
norma
são
dentes
humanos,
não
podem
ser
decíduos,
e
é
usual
descrever
o
porquê
de
terem
sido
retirados:
motivos
ortodônticos
ou
periodontais.
Estes
dentes
vão
ser
armazenados
em
água
destilada
e
colocados
no
frigorifico,
passamos
os
dentes
para
uma
solução
de
cloramina
e
armazenamos
durante
8
dias
para
se
realizar
uma
desinfecção.
Depois
de
termos
os
dentes
preparados,
em
função
de
querermos
estudar
uma
adesão
em
esmalte
ou
dentina,
temos
de
preparar
o
dente
de
maneira
diferente.
Se
queremos
testar
a
adesão
em
esmalte
basicamente
o
dente
já
está
preparado
pois
a
parte
de
fora
é
esmalte
portanto
é
só
iniciarmos
a
aplicação
do
sistema
adesivo.
Se
queremos
estudar
a
adesão
na
dentina
a
primeira
coisa
que
devemos
fazer
é
cortar
as
cúspides
do
dente
de
forma
a
expormos
a
dentina
que
está
por
baixo.
Para
isso
usamos
os
suporte
de
resina
com
uma
cera
colante,
uma
cera
que
à
chama
vai
derretendo
e
vai
servir
como
se
fosse
cola.
A
cera
cola
e
assim,
consegue-‐se
colar
o
dente.
Necessitamos
disto
para
usarmos
o
microtomo.
MICROTOMO
–
Utilizado
para
cortar
tecidos
duros.
Serve
para
cortar
dentes,
resinas,
cerâmica,
todos
os
materiais
dentários.
Possui
um
disco
cortante
cuja
lâmina
pode
ser
substituída
e
consegue-‐se
manusear
de
modo
a
ser
mais/menos
potente
de
acordo
com
o
material
que
vamos
cortar.
Conseguimos
programar
o
microtomo
para
o
tipo
de
corte
que
queremos
fazer.
No
caso
do
dente,
é
apenas
um
corte
único.
Com
uma
peça
fixamos
o
dente
e
programamos
o
tipo
de
corte.
Selecionamos
o
sitio
onde
queremos
que
o
corte
comece
e
termine.
Depois
de
expor
a
superfície
da
dentina,
simulamos
o
smear
layer
(camada
de
detritos
que
se
forma
com
a
broca,
quando
estamos
a
instrumentar
um
dente)
através
da
polidora.
POLIDORA
-‐
Aplica-‐se
uns
discos
de
polimento
na
máquina,
aplica-‐se
irrigação
com
água
e
selecionamos
qual
a
rotação
que
o
disco
faça,
mais/menos
rápida.
Tudo
isto
para
se
fazer
um
polimento
da
amostra.
Este
polimento,
vai
criar
ao
mesmo
tempo
uma
camada
de
detritos,
smear
layer.
A
partir
daí
aplica-‐se
o
sistema
adesivo
em
função
da
forma
do
protocolo
que
se
tem
de
aplicar,
e
por
norma
se
se
estudar
a
adesão,
depois
de
se
aplicar
o
sistema
adesivo,
aplica-‐se
um
pouco
de
resina.
Ao
longo
do
tempo,
aplica-‐se
a
resina
(normalmente
para
endurecer
a
resina,
precisamos
de
aplicar
camadas
de
2
em
2mm
pois
a
partir
dos
2mm
a
resina
não
polimeriza).
Por
isso
é
que
quando
se
faz
uma
restauração,
coloca-‐se
um
bocadinho
de
resina,
luz
azul,
novamente
um
pouco
de
resina,
luz
azul
pois
a
resina
só
polimeriza
a
2mm.
LUZ
AZUL
-‐
Polimeriza
o
bloco
de
resina,
até
fazermos
uns
6
mm
de
altura.
Fotopolimerizador.
Acaba-‐se
por
ter
o
dente,
o
interface
adesivo
(o
adesivo
que
está
lá
dentro)
e
um
bloco
de
resina.
Com
este
bloco
consegue-‐se
colocar
novamente
no
suporte
e
cortar
no
microtomo
em
palitos
de
1𝑚𝑚!
de
secção.
Nestes
palitos
consegue-‐se
identificar
o
que
é
dente
e
o
que
é
restauração.
Em
função
daquilo
que
se
quer
testar,
pode
envelhecer-‐se
as
amostras.
Existem
várias
formas
de
envelhecimento:
⇒ Envelhecer
dentro
de
água
Pegamos
nos
palitos,
nos
dentes
já
restaurados,
colocamos
dentro
dos
copos
com
água
e
armazenamos
dentro
de
uma
estufa
a
37ºC
37ºC
para
simularmos
a
temperatura
da
cavidade
oral
ESTUFA
–
Serve
para
armazenamento
das
amostras,
para
provocarmos
um
envelhecimento
térmico.
Porém,
o
tempo
do
armazenamento
corresponde
a
um
tempo
real,
por
exemplo:
se
quisermos
armazenar
durante
6
meses,
são
6
meses
em
tempo
real.
⇒ Envelheciemto
térmico
Para
acelerarmos
o
tempo
de
armazenamento
utilizamos
o
termociclador
que
realiza
o
envelhecimento
através
de
ciclos
de
quente
e
frio,
faz
um
banho
a
5ºC
e
outro
a
55ºC.
Através
deste
choque
térmico
os
ciclos
são
repetidos
milhares
de
vezes
ao
longo
do
dia.
Em
15
dias
consigo,
se
a
máquina
estiver
sempre
de
24
em
24h
a
trabalhar,
consegue-‐se
ter
≈ 60.000
ciclos,
que
equivale
a
um
envelhecimento
de
6
meses.
TERMOCICLADOR
–
Utilizado
para
envelhecimento
das
amostras
pela
temperatura,
através
de
coques
térmicos.
⇒ Envelhecimento
com
líquidos
Utilizado
para
estudar
a
estabilidade
da
cor
de
uma
resina
composta
ao
longo
do
tempo.
Pego
na
resina
composta,
em
vários
disquinhos
cortados
da
mesma
maneira,
no
microtomo,
e
colocamos
dentro
de
uma
chá,
de
café,
de
vinho
tinto
etc
durante
24h
ou
durante
1
mês
e
ir
medindo
ao
longo
desse
tempo
a
cor
com
um
espectrofotómetro.
⇒ Envelhecimento
em
diferentes
pH´s
⇒ Envelhecimento
por
ciclos
mastigatórios
Para
isso
utilizamos
uma
máquina
denominada
chewing
simulator,
que
simula
ciclos
de
mastigação,
os
vários
movimentos
que
nós
fazemos
quando
estamos
a
mastigar.
Com
isso
conseguimos
estimular
os
ciclos
mastigatórios
e
provocamos
um
envelhecimento
mecânico.
Estes
testes
são
feitos
após
a
preparação
da
amostra
e
um
envelhecimento
é
que
podemos
testar
o
que
há
para
testas.
Há
vários
testes
que
se
podem
realizar
de
acordo
com
aquilo
que
nós
queremos
estudar.
Podemos
fazer
microscopia,
se
quisermos
avaliar
ao
microscópio
a
Esta
pirâmide
tem
a
base
quadrangular
e
o
vértice
invertido,
sendo
este
diamantado.
Esta
máquina
vai
fazer
uma
identação
no
material.
Essa
identação
é
como
se
fosse
um
vinco,
uma
impressão.
Se
o
material
é
menos
duro,
há
uma
maior
indentação
e
vice
versa.
O
que
vamos
observar?
Isto
é
um
equipamento
que
conjuga
um
microscópio
normal,
óptico
com
uma
pirâmide
de
vértice
invertido
e
base
quadrangular.
No
fundo,
vamos
definir
a
força
que
queremos
que
a
pirâmide
faça
a
indentação
e
durante
quanto
tempo.
Se
a
pirâmide
vai
fazer
uma
indentação
no
material,
o
que
vamos
observar
ao
microscópio
é
a
base
da
pirâmide
impressa.
Na
prática,
vamos
observar
um
losango.
Seguidamente
temos
de
“dizer
à
máquina”
quais
os
limites
do
losango
através
de
umas
barras
na
vertical
que
se
podem
movimentar.
Marcamos
os
limites
e
a
máquina
vai
calcular
a
área
da
base
da
pirâmide
introduzindo
esta,
numa
fórmula
e
obtendo
o
resultado
da
dureza
(HV)
de
Viekers.
Programa
HV3,
29N,
5s
Check
List:
Exemplo:
Aço:
dureza
=
528HV
Ferro:
dureza
=
63,3
HV
1. Colocar
a
amostra
no
prato
2. Focar
amostra
3. Com
os
macrométricos
colocamos
tudo
para
cima
até
(quase)
tocar
na
pirâmide
e
ir
baixando
até
estar
focado
4. Se
a
amostra
tiver
muito
ruído,
tentar
escolher
uma
zona
mais
limpa,
mais
clara.
Mexer
nos
parafusos
cinzentos
em
cima.
5. Selecionar
o
sitio
da
identação
6. Ter
sempre
o
mesmo
programa,
a
menos
que
o/a
professor/a
peça
para
alterar.
Programa
normal:
HV3,
29N,
5s
7. Next
Step
8. Start
9. Pirâmide
começa
a
rodar
e
realiza
a
identação.
10. Identificar
o
vértice
do
lado
esquerdo
da
indentação
e
coloca-‐se
as
duas
baras
do
lado
esquerdo,
em
cima
do
vértice
esquerdo,
sobrepostas.
11. Clicar
no
zero
set
12. Andar
com
a
barra
do
lado
direito,
colocando-‐a
em
cima
do
vértice
do
lado
direito.
13. Identificar
a
identação
14. Calcular
a
dureza
–
clicar
duas
vezes
no
botão
do
lado
direito.
Automaticamente
a
máquina
revela
a
dureza
do
material
O
que
vai
acontecer
é
que
quando
ele
vai
traccionar
o
material,
quem
define
a
força
que
é
necessária
fazer
para
respeitar
aquela
velocidade
é
o
equipamento.
Assim
vamos
sempre
ver
a
força
a
passar
dos
0,01;
0,03
etc
sempre
muito
próximo
do
zero.
Claro
que
vai
sendo
necessária
mais
força
à
medida
do
tempo
para
traccionar
o
material.
Por
isso
não
vamos
ver
gráficos
muito
a
subir,
mas
sim
muito
perto
do
eixo
dos
x,
pois
estamos
a
realizar
uma
velocidade.
Nos
palitos,
a
velocidade
que
fazemos
é
de
0,5
mm/min
Check
list:
1. Colocar
a
amostra
na
pela
garra
de
baixo
(sugestão
da
professora)
2. Botão
que
diz
MANUAL.
Quando
este
botão
está
ligado
podemos
subir
e
descer
a
garra
conforme
pretendemos.
3. Posto
a
amostra
na
garra
de
baixo,
vamos
descer
a
barra
de
cima,
até
chegar
+/-‐
à
mesma
quantidade
de
material
preso
em
cima
e
em
baixo.
Ao
movimentar
a
garra
de
cima
para
baixo,
não
fazer
movimentos
contínuos.
4. Fechar
a
garra
de
cima.
5. Tirar
do
MANUAL
6. Colocar
a
zeros
o
equipamento.
Clicar
no
zero
de
baixo
e
no
de
cima.
7. No
computador
há
um
ícone
que
diz
NOVO
ENSAIO
8. Próximo
9. Teste
de
metal
10. Próximo
11. Próximo
12. Ensaio
13. Aparece
janela
amarela
14. Parar
e
pensar:
coloquei
a
amostra?
Sim.
Tenho
o
equipamento
a
zeros?
Sim.
Tenho
o
programa
metal?
Sim
15. Iniciar
ensaio.
Se
não
aparece
a
Janela
amarela,
vamos
ao
iniciar,
no
lado
direito,
e
iniciamos
o
teste.
TER
SEMPRE
A
JANELA
AMARELA
PARA
INICIAR.
Exemplo:
Ferro
⇒ Fizemos
um
deslocamento
de
13
mm
pois
é
onde
diz
BREAK
–
ponto
de
rotura.
⇒ O
ponto
BREAK
está
muito
próximo
de
um
ponto
que
diz
MÁXIMO
–
deslocamento
máximo
que
o
equipamento
conseguiu
suportar
antes
de
sofrer
fractura.
⇒ Praticamente
não
há
proporcionalidade
direta,
não
há
deformação
elástica,
o
material
começa
logo
a
deformar.
Aço
⇒ Até
ao
1mm,
houve
um
deslocamento
elástico.
⇒ Depois
começa
a
sofrer
deformação
plástica.
⇒ É
um
material
mais
dúctil
do
que
resiliente.
⇒ É
mais
plástico
do
que
o
ferro
pois
foi
até
aos
21
mm,
e
o
ferro
foi
só
até
aos
13mm
⇒ Deformou
mais,
antes
de
sofrer
rotura.
Possíveis
perguntas:
• Identifique
a
deformação
elástica
e/ou
plástica
• Se
é
mais
dúctil
ou
mais
resiliente
• Este
material
é
mais
elástico
ou
plástico
• Onde
sofreu
a
fractura
• Qual
o
deslocamento
máximo
que
sofreu