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Rio de Janeiro
2016
FICHA CATALOGRÁFICA
A849g
Associação Brasileira de Normas Técnicas
Guia de implementação: Segurança de artigos para festas [recurso eletrônico] /
Associação Brasileira de Normas Técnicas, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas. – Rio de Janeiro: ABNT; Sebrae, 2016.
42 p.: il.color.
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT
Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia – UAIT Diretoria Técnica – ABNT/DT
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Empresas
SEBRAE ABNT
PREÂMBULO ........................................................................................................................................01
INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................02
Parte 1 - PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS ...................................03
Parte 2 - ASPECTOS DE SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS .....................................04
Parte 3 - TERMOS E DEFINIÇÕES...................................................................................................09
Parte 4 - ROTEIRO DE IMPLEMENTAÇÃO ...................................................................................12
Parte 5 - ETAPAS DO ROTEIRO DE IMPLEMENTAÇÃO ...........................................................13
1. AVALIAÇÃO ................................................................................................................... 13
2. PLANEJAMENTO ......................................................................................................... 17
3. REALIZAÇÃO................................................................................................................. 19
4. VERIFICAÇÃO ............................................................................................................... 20
5. AÇÃO ............................................................................................................................... 22
Parte 6 - ANEXOS ...............................................................................................................................23
Anexo A - Relação de requisitos, métodos de ensaios e critérios de aceitação ...23
Anexo B - Advertências de segurança nas embalagens ................................... 25
Anexo C - Planos de gestão da segurança de artigos para festas ................. 28
Anexo D - Plano de amostragem .............................................................................. 31
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................40
PREÂMBULO
Boa leitura!
INTRODUÇÃO
GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS
Promover uma cultura externa de segurança dos artigos para festas fora da
organização
É recomendado que o fabricante promova uma cultura de segurança dos artigos para
festas em toda a cadeia de fornecimento. Tal promoção pode incluir o estabelecimento
de disposições contratuais ou incentivos, promoção de boas práticas em toda a indústria,
formação de parcerias com organizações do setor e outras, compartilhamento de infor-
mações e disponibilização para os consumidores das informações que eles precisam para
montar, usar, manter e descartar um artigo para festas com segurança.
Melhoria contínua
Convém que uma abordagem estruturada para a melhoria contínua, que define obje-
tivos para a melhoria dos artigos para festas e seus processos, por meio da análise dos
dados, seja aplicada na segurança do projeto do produto, da produção e do mercado.
É recomendado que atividades de melhoria contínua e seus resultados sejam documentados
e revistos regularmente pela gestão do fabricante, para que os objetivos da melhoria
contínua sejam atendidos.
GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO | SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS | PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS 3
GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS
1. Segurança no projeto
Recomenda-se que a segurança seja uma preocupação prioritária em todos os estágios
da cadeia de suprimentos, principalmente no início do processo, onde as especificações
dos artigos para festas referentes ao projeto do produto são desenvolvidas. A ausência de
considerações referentes à segurança no estágio de projeto pode levar a diversas falhas,
resultando em:
– danos aos consumidores;
– recall de produtos e respectivos custos associados;
– custos de readequação do projeto e de readequação das ferramentas;
– litígios de responsabilidade do produto e custos associados;
– problemas de aplicação e cumprimento com autoridades governamentais.
É de responsabilidade do fabricante de artigos para festas assegurar a segurança no
projeto do produto, reconhecendo que defeitos de design são altamente evitáveis.
4 GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO | SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS | ASPECTOS DE SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS
SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO
2 Segurança na produção
É recomendado que o fabricante de artigos para festas siga as boas práticas de fabricação
da indútria durante a produção dos seus produtos. Estas práticas proporcionam medidas
contínuas de segurança e qualidade, e podem revelar problemas devido à inconsistência
e flutuações ao longo do processo de produção e antes do embarque do produto. Desta
forma, as boas práticas são a maneira mais imediata e consistente de garantir que os
produtos atendam aos requisitos de projeto.
GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO | SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS | ASPECTOS DE SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS 5
GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS
2.1.1.2 Ferramental
Dependendo do artigo para festas em produção, o fabricante precisará garantir a dispo-
nibilidade de ferramentas necessárias para produção, incluindo configuração física dentro
da fábrica, maquinários especializados, equipamentos especializados, moldes, fabricantes
e habilidades específicas à equipe. É recomendado que a equipe defina e monitore
aspectos essenciais que podem afetar a segurança dos artigos para festas produzidos,
como, por exemplo, tolerâncias críticas, desgaste das ferramentas e ações do operador.
2.1.2.1 Treinamentos
É recomendado que a fábrica de artigos para festas garanta que seus funcionários sejam
treinados nos processos, controles e medidas existentes para assegurar que os artigos
para festas estão sendo fabricados de maneira consistente.
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SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO
2.2.2 Produção
Recomenda-se que as instalações de produção produzam artigos para festas finais que
sejam consistentes com as perspectivas de segurança e qualidade ao longo da execução
de um ou múltiplos ciclos de produção.
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GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS
2.3 Pós-produção
É recomendado que a fábrica considere a logística de entrega dos artigos para festas
à cadeia de fornecimento. Este processo, se não conduzido de maneira apropriada,
pode resultar em danos ou na introdução de perigos durante o embarque, embalagens,
empacotamento, transporte e armazenamento. Convém que os seguintes aspectos sejam
considerados:
– caixas de papelão e embalagens prontas para embarque;
– revisão dos requisitos logísticos da cadeia de fornecimento, incluindo segurança
e integridade do produto;
– desenvolvimento do plano de logística.
Recomenda-se que a cadeia de fornecimento possua um entendimento compartilhado
dos planos de logística, a fim de transferir o artigo para festas ao consumidor sem estar
danificado. Com este entendimento, convém que a cadeia de suprimentos monitore
a transferência, de modo a garantir que quaisquer alterações do plano não introduzam
novos problemas ou riscos de segurança no artigo para festas.
8 GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO | SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS | ASPECTOS DE SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS
SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO
São considerados artigos para festas os produtos que se apresentarem com motivos
coloridos ou infantis, descritos a seguir.
– enfeites de bolo não comestíveis;
– babados para bolo;
– bandejas de papelão ou plástico;
– forminhas para doces, de papel ou de plástico;
– fundos ou forros para forminhas de doces;
– cup cake wrap;
– papel para embrulhar balas;
– guardanapos;
– velas de aniversario;
– talheres de plástico;
– canudos de plástico.
– pratos de plástico ou papelão;
– potes e copos de plástico ou somente de papelão;
– língua de sogra;
– chapeuzinhos de aniversário descartáveis;
– máscaras descartáveis de papelão;
– colares e pulseiras luminosos ou de papelão;
– colares e pulseiras descartáveis (somente de papel ou de papelão);
– pulseira-mola;
– gravatas descartáveis;
– enfeites de mesa que são dispostos sobre a mesa de bolo e mesas dos convidados
(por exemplo, peças em isopor ou outro material, com figuras de personagens
infantis);
– toalhas de mesa descartáveis;
– convites com motivos infantis;
NOTA Convites com motivos infantis são aqueles fabricados com desenhos de times de futebol,
personagens infantis ou qualquer alusão a algum tema relacionado à criança.
– copos plásticos descartáveis termoformados, coloridos por jateamento de tinta;
– copos plásticos descartáveis termoformados, com motivos infantis;
– copos descartáveis de papel ou papelão, coloridos ou com motivos infantis.
ATENÇÃO
Não são considerados artigos para festas
– artigos para uso em festas de época (por exemplo, carnaval, festa junina, páscoa
etc.);
– árvores de natal artificiais;
– balões de látex (bexigas) e balões metalizados de plástico;
– brinquedos e minibrinquedos;
– enfeites artesanais;
– enfeites natalinos (por exemplo, bolas de natal, pisca-pisca etc.);
– equipamentos de instalação permanente, de uso coletivo em parques infantis ou
de aventuras (playground);
– equipamentos que requerem uso de energia elétrica para sua utilização (por
exemplo, fliperamas, videogames etc.);
– fantasias;
– fogos de artifício;
NOTA velas tipo vulcão e/ou estrela são consideradas fogos de artifício.
– infláveis de grande porte, para atividades em grupo ou individuais;
– máscaras de carnaval (por exemplo, pierrô, colombina, “máscaras de Veneza” etc.);
– materiais e enfeites usados exclusivamente ao ar livre;
– produtos alimentícios;
– spray aerossol;
– copos descartáveis abrangidos pela certificação Inmetro de copos plásticos
descartáveis.
uso normal
uso do artigo para festas de acordo com a destinação do produto, ou de
acordo com suas instruções de uso.
risco
qualquer característica do artigo para festas que possa causar impactos na
integridade física do usuário durante o uso normal ou em consequência de
abuso razoavelmente previsível.
E
avaliar a conformidade dos artigos para festas produzidos de acordo com os
requisitos e ensaios previstos na ABNT NBR 13883;
P
planejar as mudanças a serem realizadas no projeto do produto e/ou na
produção para os ajustes de atendimento aos requisitos da ABNT NBR 13883;
D
realizar e monitorar as mudanças planejadas;
C
realizar novas inspeções e ensaios no produto para avaliar o cumprimento da
ABNT NBR 13883;
A
realizar novas ações de adequação, caso sejam identificadas novas
necessidades de ajustes à ABNT NBR 13883.
Inventário e Classificação
Em um primeiro momento, é fundamental que o fabricante faça um inventário de todos
os artigos para festas produzidos.
Nesta fase, é recomendado inspecionar se os produtos produzidos estão enquadrados
nos produtos listados no item IV deste Guia, ou seja, se realmente são considerados
artigos para festas, de acordo com a ABNT NBR 13883.
• velas de aniversario
• talheres de plástico
• canudos de plástico
MEMORIAL DESCRITIVO
DESCRIÇÃO DO
USO/FINALIDADE
MÉTODO DE (de acordo com a
NOME DO ARTIGO MATÉRIAS-PRIMAS
FABRICAÇÃO classificação da
Tabela anterior)
[1, 2, 3, 4]
Ensaios
Agora que os artigos para festas estão inventariados e classificados de acordo com o seu
uso e funcionalidade, é o momento de definir quais ensaios serão necessários para cada
artigo para festas produzido.
Lembramos que, para um efetivo diagnóstico de conformidade, é necessário que todos
os artigos para festas fabricados sejam testados de acordo com todos os ensaios previstos
e cabíveis para o tipo de produto, de acordo com a ABNT NBR 13883.
Os ensaios da Norma são divididos em dois grupos:
• ensaios toxicológicos;
• ensaios físicos e mecânicos.
Os ensaios toxicológicos são realizados nos artigos para festas destinados a entrar em
contato direto com alimentos e/ou com a boca, e têm por objetivo:
• determinar a existência de pentaclorofenol ou seus sais em artigos para
festas de madeira ou com componentes de madeira;
• verificar se a migração total de certos elementos químicos de artigos
para festas elaborados ou revestidos com resinas, polímeros, celulósicos,
madeira e respectivos aditivos está dentro do limite permitido pela Norma;
• verificar se a migração de certos elementos químicos em películas de
pintura, esmaltes, vernizes, tinta de impressão, polímeros e películas similares
presentes nos artigos para festas está dentro do limite permitido pela Norma;
• verificar se a migração de certos elementos químicos em outros materiais
poliméricos e similares presentes nos artigos para festas está dentro do
limite permitido pela Norma;
LABORATÓRIO DE ENSAIOS
A credibilidade e a confiança dos resultados dos ensaios de diagnóstico da conformidade
nos artigos para festas são fundamentais para a etapa de Evaluation (E).
Neste sentido, a escolha de um laboratório independente e com competência reconhe-
cida, ou seja, um laboratório acreditado, para a realização dos ensaios previstos na
ABNT NBR 13883, é um fator crítico de sucesso para a eficiência da referida etapa (E).
De acordo com a definição da ABNT NBR ISO/IEC 17000, Avaliação da conformidade –
Vocabulário e princípios gerais, a acreditação é a atestação realizada por terceira parte
relativa a um organismo de avaliação da conformidade, exprimindo demonstração formal
de sua competência para realizar tarefas específicas de avaliação da conformidade.
Em outras palavras, é o reconhecimento por parte de um organismo de acreditação de
que o laboratório de ensaio é independente e competente para realizar os testes previstos
na ABNT NBR 13883.
No Brasil, o organismo de acreditação reconhecido pelo governo brasileiro é o
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). O Inmetro utiliza
as melhores práticas internacionais para a acreditação de laboratórios de ensaio.
A ABNT NBR ISO/IEC 17025, Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio
e calibração – é a principal referência para o processo de acreditação.
Para identificar os laboratórios que possuem acreditação do Inmetro para os ensaios
contidos na ABNT NBR 13883, é necessário realizar uma pesquisa no site do Instituto:
AMOSTRAGEM
A ABNT NBR 13883 não apresenta o critério de amostragem, e de aceitação e rejeição
relacionados, para a realização dos ensaios previstos nos artigos para festas.
Face a isto, o Anexo D deste Guia apresenta orientações para os procedimentos de
amostragem.
É importante que sejam estabelecidas datas para o cumprimento das atividades e que se
tenha um responsável por checar se as ações corretivas estão sendo implementadas de
acordo com o estabelecido, para incentivar e comunicar o andamento dos resultados aos
envolvidos e coordenar alterações, quando necessário para o cumprimento das metas.
Veja um exemplo. O quadro representa uma forma, entre diversas outras, para registrar
e gerenciar um plano de ação corretiva, através da definição de atividades junto aos
responsáveis.
4. VERIFICAÇÃO
O histórico da qualidade é a compilação dos registros de inspeção, do controle de quali-
dade e/ou de confiabilidade, de uma unidade de artigo para festas, ou de um grupo de
unidades, de modo a poder avaliá-los em uma base sequencial de tempo.
Por sua vez, os estudos da capabilidade de processo e da variabilidade de projeto podem
ser feitos para que se tenha uma base real para a efetivação de mudanças necessárias
que atendam aos requisitos de qualidade ou de segurança exigida.
As deficiências da unidade de artigo para festas ou do projeto de sistemas podem ser
submetidas à apreciação das atividades de desenvolvimento do produto ou de sistemas,
para as possíveis ações corretivas.
Quando o histórico da qualidade é muito bom (os artigos para festas são consistente-
mente conformes em todas as características), será necessária uma menor quantidade de
inspeção e os custos de inspeção serão reduzidos para o fabricante.
Desta forma, é recomendado que os fabricantes de artigos para festas verifiquem a
conformidade em relação aos requisitos da ABNT NBR 13883 de maneira contínua.
A análise contínua auxilia na redução das potenciais não conformidades dos artigos
para festas fabricados por variações introduzidas durante múltiplos ciclos de produção,
múltiplas linhas de produção e múltiplas fábricas.
É conveniente que os fabricantes analisem os artigos para festas depois da sua introdução
no mercado, pelos seguintes meios:
– obtenção de artigos para festas do mercado: a coleta de amostras por análises
contínuas o mais próximo possível, ou diretamente, de fontes onde o consumidor
iria adquirir o produto auxilia na identificação e redução de quaisquer riscos à
conformidade que poderiam ter sido introduzidos ao longo da cadeia de forneci-
mento, durante o transporte, armazenamento e manuseio;
– verificação de conformidade de amostras com as especificações: como parte da
auditoria de documentação, conformidade aos requisitos pode ser verificada pela
análise de amostras dos artigos para festas em relação às especificações estabele-
cidas na ABNT NBR 13883;
– condução de pesquisas de satisfação dos consumidores;
– análise de dados de consumidores de diversas fontes, incluindo devolução de
produtos, websites, call centers, pesquisa em loja e mídias sociais;
– estabelecimento de uma sistemática de retroalimentação ao longo da cadeia
de fornecimento, de modo que os dados relevantes para a conformidade de
produto sejam captados durante a linha de produção e as auditorias de controle
de qualidade;
– condução de verificações na fábrica a uma frequência determinada pelo histórico
de conformidade da fábrica.
Dentro deste processo de acompanhamento contínuo da conformidade dos artigos para
festas, os registros de inspeção têm um papel importante.
Os registros de inspeção consistem em dados registrados relativos a resultados de inspeção
com a adequada informação identificadora, como, por exemplo, a característica ou classe
de características inspecionadas.
5. AÇÃO
É recomendado que o fabricante de artigos para festas garanta que a melhoria contínua
da segurança do(s) seu(s) produto(s) de consumo torne-se parte da cultura organizacional.
Estas atividades podem variar de pequenas a grandes melhorias na fábrica e/ou na sua
cadeia de fornecimento.
Tomar decisões fundamentadas na avaliação das informações coletadas e a incorporação
das lições aprendidas são fundamentais para a melhoria eficaz e eficiente.
O fabricante deve definir os objetivos para a melhoria de seus produtos e processos, com
base nesta análise.
Em particular, a melhoria contínua deve ser aplicada à segurança no projeto dos artigos
para festas, na produção e no mercado, por exemplo:
– as atividades de melhoria na produção podem incluir a obtenção de feedback dos
funcionários ou testes de produção em andamento;
– as atividades de melhoria no mercado podem incluir, mas não se limitam a, receber
comentários ou reclamações dos fornecedores ou consumidores e reunir um
pequeno grupo para propor alterações no projeto de produto ou na produção,
ou outras ações corretivas.
Convém que todas as atividades de melhoria contínua e seus resultados sejam documen-
tados e revisados regularmente pela gestão, para assegurar que a melhoria contínua está
ocorrendo e que as mudanças não irão inadvertidamente causar um outro problema de
segurança.
É recomendado que a organização siga uma abordagem estruturada para a melhoria
contínua, conforme descrito no plano de gestão de segurança dos artigos para festas. Um
exemplo das etapas principais desta abordagem inclui o seguinte:
a. identificação de problemas e tomada de decisão;
b. desenvolvimento de um plano de ação;
c. alterações no produto ou processos;
d. monitoramento das melhorias por todos os membros da cadeia de fornecimento.
Parte 6 - ANEXOS
MÉTODO DE CRITÉRIO DE
REQUISITO ENSAIO ACEITAÇÃO
Subseção da Subseção da Subseção da
ABNT NBR Descrição ABNT NBR ABNT NBR
13883 13883 13883
Nível de pressão sonora dos artigos para
4.2.3 5.3.1 4.2.3
festas que emitem som
4.2.4 Dimensão das cordas 5.3.2 4.2.4
4.2.5 Dimensão dos elásticos 5.3.3 4.2.5
Exposição de bordas cortantes não
4.2.6.1 5.3.4 4.2.6.1
funcionais
Presença de arestas e bordas cortantes
4.2.7 / 4.2.11.2 5.3.5 4.2.7
nas superfícies acessíveis
Exposição de pontas agudas não
4.2.8 / 4.2.11.2 5.3.5.1 4.2.8
funcionais
Presença de lascas nas superfícies e
4.2.9 5.3.6 e 5.3.7 4.2.9
cantos acessíveis de madeira
4.2.12 Exposição de partes pequenas 5.3.8 4.2.12
Exposição de partes pequenas em artigos
4.2.13 5.3.8 / 5.3.9 4.2.13
para festas acionados pela boca
4.2.18 Inflamabilidade de materiais têxteis 5.3.10 4.2.18
4.2.19 Inflamabilidade de velas faiscantes 5.3.11 4.1
Áreas de ventilação dos artigos para festas
4.2.11.1 4.2.11.1 4.2.11.1
que cobrem o rosto
Presença de bordas cortantes e pontas 5.3.12 / 5.3.4 /
4.2.14 4.2.14
agudas devido à queda 5.3.5
Presença de bordas cortantes e pontas 5.3.13 / 5.3.4 /
4.2.15 4.2.15
agudas devido à torção 5.3.5
Presença de bordas cortantes e pontas 5.3.14 / 5.3.4 /
4.2.16 4.2.16
agudas devido à tração 5.3.5
Presença de bordas cortantes e pontas 5.3.17 / 5.3.4 /
4.2.17 4.2.17
agudas devido à compressão 5.3.5
De acordo com algumas características de uso dos artigos para festas e/ou os resultados
obtidos nos ensaios físicos e mecânicos, são necessárias advertências de segurança nas
embalagens dos artigos para festas.
Os critérios e formatos das advertências de segurança estão estabelecidos no Anexo B
deste Guia.
e. a faixa etária imprópria para cada artigo deve ser expressa em anos, por
exemplo, 0-3, 0-4.
b. Objetivo:
1. Responsabilidades da organização:
i. estrutura de segurança de produtos na organização (políticas;
responsabilidade final; governança);
ii. conformidade a normas e requisitos regulatórios;
iii. documentação.
2. Responsabilidades do fornecedor:
i. avaliação do nível de risco do produto/gestão de riscos e plano de
mitigação de riscos;
ii. conformidade a normas e requisitos regulatórios;
iii. projeto e análise de riscos.
c. Avaliação de fornecedores;
d. Auditoria na fábrica;
e. Inspeção de produtos:
1. durante o processo;
2. antes da expedição;
3. relatórios de inspeção.
f. Avaliação de produtos;
i. Formulários:
1. formulário de requisição de serviços;
2. cartas aos vendedores ou fornecedores.
C.2.3 Designar e dar poderes ao administrador de segurança para ser responsável por:
a. planejamento estratégico da segurança e qualidade dos processos;
b. resolução tática de problemas existentes;
c. alocação apropriada de recursos técnicos, financeiros e humanos.
b. PRODUÇÃO
1. Instituir uma política da qualidade internamente e através da cadeia de
suprimentos;
2. Desenvolver um processo proativo de garantia da qualidade:
i. todos os processos-chave e procedimentos são documentados;
ii. indicadores são definidos para monitorar os seguintes processos:
– gerenciamento de aquisições, incluindo rastreabilidade;
– amostragem;
– medições;
– análises (análise estatística/controle de processos);
– relatórios.
iii. procedimentos de correção são implementados no caso de processos
encontrados fora da faixa de tolerância aceitável;
3. Implementar o sistema de garantia da qualidade através do ciclo de
desenvolvimento do produto, isto é, da matéria-prima ao produto acabado
final, montagem e embalagem.
c. MERCADO
1. Estabelecer um sistema de acompanhamento pós-mercado;
2. Identificar indicadores-chave de segurança;
3. Inverter o fluxo das análises para a detecção antecipada de problemas
emergentes;
4. Análise de riscos por tomadas de decisão informadas (por exemplo, retirada
de produto do mercado/recall).
1. DEFINIÇÕES
1.1. Unidade de artigo para festas
Elemento de referência na inspeção - o elemento inspecionado no sentido de
ser classificado como defeituoso ou não.
Exemplo: a unidade pode ser um artigo simples, um par, uma dúzia ou qualquer
quantidade preestabelecida. Pode ser uma medida em termos de comprimento,
área, volume, massa etc. Pode ser um material bruto ou em processo de produto,
um componente de um produto final, o próprio produto final ou, ainda, material
em estoque.
1.5. Defeito
Defeito da unidade de artigo para festas; falta de conformidade com qualquer
dos requisitos especificados.
1.7. Verificação
Processo de medir, ensaiar ou examinar a unidade de artigo para festas, no sentido
de verificar se as suas características estão de acordo com as especificações
técnicas e contratuais. A inspeção visa precipuamente:
a. separar as unidades de artigo para festas aceitáveis das não aceitáveis;
b. avaliar o grau de conformidade ou não conformidade com os requisitos
estabelecidos;
c. fazer chegar o mais breve possível aos responsáveis os relatórios apontando
as deficiências observadas;
d. garantir que os requisitos desejados de qualidade foram atendidos.
Os critérios de inspeção usados na determinação de atendimento dos requisitos
de segurança estão descritos na ABNT NBR 13883.
1.11.Lote de inspeção
Lote a ser amostrado para inspeção de conformidade (ou não conformidade)
com as exigências de aceitação especificadas.
1.12.Amostra
Uma ou mais unidades de artigos para festa retiradas do lote de inspeção, com
o objetivo de fornecer informações, mediante inspeção, sobre a conformidade
deste lote com as exigências especificadas.
1.13.Planos de amostragem
Planos segundo os quais uma ou mais amostras são retiradas do lote de inspeção,
com o propósito de decidir pela sua aceitação ou rejeição.
2. CONCEITOS
2.1 Formação de lotes para inspeção
Consiste no procedimento de agrupar as unidades de produto em lotes, sublotes
ou qualquer outra forma de divisão, previamente determinada, desde que fique
perfeitamente identificável. Cada lote deve, na medida do possível, consistir
em produtos homogêneos. Entre as vantagens de agrupar o produto em lotes
definidos para efeito de inspeção por amostragem, incluem-se:
a. facilitar a manutenção do histórico da qualidade do lote;
b. possibilitar estabelecer um sistema, após o lote ter entrado nas vias de
fornecimento, para controle do estado de utilização das unidades de produto,
tanto em estoque como em uso.
b. Lotes pequenos
A formação de lotes muito grandes pode ser indesejável, desde que
possa criar problemas de custo de armazenamento e perturbar o fluxo
do produto ao consumidor, com base em entregas regulares prefixadas,
nos casos de haver rejeição.
Em lotes grandes, as dificuldades de acesso a todas as unidades do lote
podem dificultar a obtenção da amostra aleatória. Em certas condições,
este problema pode ser minimizado, subdividindo o lote em sublotes
para a inspeção por amostragem.
Por exemplo, se o lote representar uma semana de cinco dias de produção,
cada sublote poderá ser constituído da quantidade produzida em um dia
e ser amostrado aplicando um plano simples individualmente, ou fazendo
uma única amostragem, com base no lote global, tomando, proporcio-
nalmente, 1/5 da amostra para cada sublote. Os critérios de aceitação/
rejeição serão aplicados, então, tomando-se como base os resultados de
inspeção acumulados durante a semana.
3. PROCEDIMENTO DE AMOSTRAGEM
Tendo como base as definições e conceitos apresentados, a lista a seguir ilustra uma
sequência típica de operações, quando se usam os procedimentos de amostragem e as
tabelas de inspeção por atributos (Tabelas 1 e 2) estabelecidas neste Anexo.
1. Determinar o tamanho do lote.
2. Escolher o nível de inspeção. É aconselhável usar nível II, inicialmente.
3. Determinar o código literal do tamanho da amostra. É encontrado na Tabela 1
deste Anexo e baseado no tamanho do lote e no nível de inspeção.
4. Escolher o plano de amostragem. Geralmente, usa-se o plano de amostragem
simples.
5. Estabelecer a severidade da inspeção. Inicialmente, utiliza-se inspeção em
regime normal.
2a8 A A A A A A B
9 a 15 A A A A A B C
16 a 25 A A B B B C D
26 a 50 A B B C C D E
51 a 90 B B C C C E F
91 a 150 B B C D D F G
151 a 280 B C D E E G H
281 a 500 B C D E F H J
501 a 1200 C C E F G J K
1201 a 3200 C D E G H K L
3201 a 10000 C D F G J L M
10001 a 35000 C D F H K M N
35001 a 150000 D E G J L N P
150001 a 500000 D E G J M P Q
Acima de 500001 D E H K N Q R
NQA
0,010 0,015 0,025 0,040 0,065 0,10 0,15 0,25 0,40 0,65 1,0 1,5 2,5 4,0 6,5 10 15 25 40 65 100 150 250 400 650 1000
amostra
amostras
Código de
Tamanho da
Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re
A 2 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22 30 31
B 3 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22 30 31 44 45
C 5 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22 30 31 44 45
D 8 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22 30 31 44 45
E 13 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22 30 31 44 45
F 20 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22
G 32 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22
H 50 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22
J 80 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22
L 200 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22
M 315 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22
N 500 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22
P 800 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22
Q 1250 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22
R 2000 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22
- Usar o primeiro plano abaixo da seta. Se a nova amostragem requerida for igual ou maior do que o número de peças constituintes do lote, inspecionar 100%.
Ac - Número de peças defeituosas (ou falhas) que ainda permite aceitar o lote.
Re - Número de peças defeituosas (ou falhas) que implica a rejeição do lote.
SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO
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GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS
REFERÊNCIAS
GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS
ABNT NBR 13883:2015, Segurança de artigos para festas – Requisitos e métodos de ensaio.
ABNT NBR ISO 10377:2014, Segurança de produto de consumo – Diretrizes para fornecedores.
ABNT NBR ISO 10393:2014, Recall de produto de consumo – Diretrizes para fornecedores.
ABNT NBR 5425:1989, Guia para inspeção por amostragem no controle e certificação de
qualidade.
ABNT NBR 5427:1989, Guia para utilização da ABNT NBR 5426 - Planos de amostragem e
procedimentos na inspeção por atributos.