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GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO

SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS

ABNT NBR 13883


GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO
SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS

Rio de Janeiro
2016
FICHA CATALOGRÁFICA

Documento elaborado no âmbito do Contrato ABNT/Sebrae destinado aos Pequenos Negócios

Catalogação na Publicação (CIP)

A849g
Associação Brasileira de Normas Técnicas
Guia de implementação: Segurança de artigos para festas [recurso eletrônico] /
Associação Brasileira de Normas Técnicas, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas. – Rio de Janeiro: ABNT; Sebrae, 2016.
42 p.: il.color.

Modo de acesso: http://portalmpe.abnt.org.br/.


ISBN 978-85-07-06656-9.

1. Artigo para festa. 2. Normalização. 3. Comércio. I. Título. II. Serviço


Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
CDU: 006.3/.8:688.7

Conteudista técnico: Guilherme Witte

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT
Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia – UAIT Diretoria Técnica – ABNT/DT
SGAS Quadra 605, Conjunto A – CEP 70200-645 – Brasília-DF Avenida Treze de Maio, 13 – 27º andar – Rio de Janeiro-RJ.
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www.sebrae.com.br www.abnt.org.br
Copyright© 2016. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Copyright© 2016. Associação Brasileira de Normas Técnicas
Empresas

SEBRAE ABNT

Robson Braga de Andrade Pedro Buzatto Costa


Presidente do Conselho Deliberativo Presidente do Conselho Deliberativo

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Diretor-Presidente Vice-Presidente do Conselho Deliberativo

Heloísa Regina Guimarães de Menezes Ricardo Rodrigues Fragoso


Diretora Técnica Diretor Geral

Vinícius Nobre Lages Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone


Diretor de Administração e Finanças Diretor Técni co

Célio Cabral de Sousa Júnior Carlos Santos Amorim Junior


Gerente da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia Diretor de Relações Externas

Marcus Vinícius Lopes Bezerra Odilão Baptista Teixeira


Gerente-adjunto da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia Diretor Adjunto de Negócios

Hulda Oliveira Giesbrecht Antonio Carlos Barros de Oliveira


Analista da Unidade de Acesso à Inovação, Tecnologia e Diretor Adjunto de Certificação
Sustentabilidade
Janaína da Silva Mendonça
Gerente de Editoração e Acervo

Marcia Cristina de Oliveira


Gerente de Planejamento e Projetos

Anderson Correia Soares


Analista Técnico da Gerência de Editoração e Acervo
SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO

GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO SUMÁRIO


SUMÁRIO

PREÂMBULO ........................................................................................................................................01
INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................02
Parte 1 - PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS ...................................03
Parte 2 - ASPECTOS DE SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS .....................................04
Parte 3 - TERMOS E DEFINIÇÕES...................................................................................................09
Parte 4 - ROTEIRO DE IMPLEMENTAÇÃO ...................................................................................12
Parte 5 - ETAPAS DO ROTEIRO DE IMPLEMENTAÇÃO ...........................................................13
1. AVALIAÇÃO ................................................................................................................... 13
2. PLANEJAMENTO ......................................................................................................... 17
3. REALIZAÇÃO................................................................................................................. 19
4. VERIFICAÇÃO ............................................................................................................... 20
5. AÇÃO ............................................................................................................................... 22
Parte 6 - ANEXOS ...............................................................................................................................23
Anexo A - Relação de requisitos, métodos de ensaios e critérios de aceitação ...23
Anexo B - Advertências de segurança nas embalagens ................................... 25
Anexo C - Planos de gestão da segurança de artigos para festas ................. 28
Anexo D - Plano de amostragem .............................................................................. 31
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................40

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GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO SUMÁRIO

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SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO

PREÂMBULO

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Normas técnicas e pequenos negócios desempenham papéis vitais na economia nacional.
Representando 99% dos negócios no País, os pequenos negócios respondem por 27% do
PIB, 40% da massa salarial e 70% das novas vagas de empregos geradas.
As normas técnicas e a normalização, por sua vez, são peças-chave para o desenvol-
vimento tecnológico, manutenção e acesso a mercados consumidores nacionais e
internacionais.
Neste contexto, duas organizações nacionais têm papel crucial no desenvolvimento de
uma conexão estruturante e duradoura entre normas técnicas e pequenos negócios,
a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Serviço Brasileiro de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
A ABNT é o organismo nacional de normalização, responsável pela gestão da produção
das normas técnicas brasileiras e pela participação nacional nos organismos internacionais
de normalização, destacadamente a International Organization for Standardization (ISO) e
a International Electrotechnical Commission (IEC).
O Sebrae tem como missão ampliar a competitividade e promover o desenvolvimento
sustentável dos pequenos negócios, bem como estimular o empreendedorismo.
Ao longo dos últimos oito anos, uma parceria entre a ABNT e o Sebrae vem sendo
implementada, com o objetivo de incrementar o envolvimento dos pequenos negócios
com as normas técnicas, contemplando medidas de estímulo ao acesso e à aplicação das
normas nessas empresas, e com o processo de normalização, por meio da participação no
desenvolvimento de normas nacionais e internacionais que atendam às suas necessidades.
Esta publicação, o Guia de Implementação da ABNT NBR 13883, Segurança de artigos
para festas – é um dos produtos elaborados no âmbito desta parceria.

Boa leitura!

GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO | SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS | PREÂMBULO 1


GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS

INTRODUÇÃO
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O custo de lesões e mortes relacionadas ao uso de produtos em geral, no mundo, excede


US$ 1 trilhão por ano, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE).
Mais do que nunca, a segurança dos produtos está na vanguarda das preocupações da
sociedade em geral. Como podemos ter a segurança de que, principalmente, nossas
crianças até 14 anos somente utilizarão produtos que não sejam uma ameaça à sua segu-
rança? Como podemos saber que a vela faiscante mais legal não vai propagar o fogo? Ou
que aquela máscara de super-herói não possui bordas cortantes?
Neste contexto, os fabricantes têm por obrigação avaliar e gerenciar a segurança dos
produtos de consumo que produzem, desde o projeto do produto, passando pela entrada
de matérias-primas, pela produção, pela distribuição, pela disponibilização no comércio
até o uso do produto para o usuário final e seu descarte.
As normas técnicas, por sua vez, têm papel fundamental, oferecendo soluções técnicas
para proteger os consumidores de riscos inaceitáveis relacionados à segurança do produto
e para orientar os fabricantes na produção de produtos seguros, desde o seu projeto até
a sua comercialização, passando pelas etapas de produção e distribuição.
O objetivo deste Guia é orientar os fabricantes de artigos para festas no processo de
adequação dos seus produtos ao conteúdo da ABNT NBR 13883, Segurança de artigos
para festas – Requisitos e métodos de ensaios.

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SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO

Parte 1 - PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS

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A adesão aos princípios básicos relacionados com a segurança de artigos para festas,
descritos a seguir, ajuda os fabricantes a desenvolver e manter um compromisso com
a segurança de seus produtos. Isso inclui, destacadamente, um compromisso com a
implementação imediata de ações corretivas, quando não conformidades são identificadas
como resultado de um projeto do produto incorreto, deficiências no processo de produção
e problemas durante a distribuição ou armazenamento.

Promoção de uma cultura interna de segurança dos artigos para festas


É recomendado que a segurança dos artigos para festas seja uma consideração importante
na estrutura de governança do fabricante. Isso pode ser feito através da criação de um
plano de gestão da segurança do produto, que é implementado e aprovado pela direção
e/ou alta administração.
Convém que o fabricante entenda e respeite as leis, regulamentos e normas relativos aos
produtos de consumo produzidos. Convém que as responsabilidades pelo cumprimento
destes documentos normativos sejam claramente estabelecidas e expressas, e que os
recursos adequados sejam disponibilizados para desenvolver, manter, monitorar e melhorar
continuamente o programa de conformidade de segurança dos artigos para festas.

Promover uma cultura externa de segurança dos artigos para festas fora da
organização
É recomendado que o fabricante promova uma cultura de segurança dos artigos para
festas em toda a cadeia de fornecimento. Tal promoção pode incluir o estabelecimento
de disposições contratuais ou incentivos, promoção de boas práticas em toda a indústria,
formação de parcerias com organizações do setor e outras, compartilhamento de infor-
mações e disponibilização para os consumidores das informações que eles precisam para
montar, usar, manter e descartar um artigo para festas com segurança.

Comprometimento para fornecer artigos para festas seguros


A segurança de artigos para festas é melhor abordada na fase de projeto do produto,
com o objetivo de reduzir o risco de acidentes. Isso ajuda a evitar a necessidade de gastos
de recursos para financiar os custos do recall de produtos perigosos e seus potenciais
redesenho e reequipação ferramental.
O fabricante é responsável pela atribuição de responsabilidades para a implementação
dos requisitos estabelecidos na ABNT NBR 13883, incluindo o fornecimento de recursos
adequados para treinamento, gerenciamento de registros e rastreabilidade do produto.

Melhoria contínua
Convém que uma abordagem estruturada para a melhoria contínua, que define obje-
tivos para a melhoria dos artigos para festas e seus processos, por meio da análise dos
dados, seja aplicada na segurança do projeto do produto, da produção e do mercado.
É recomendado que atividades de melhoria contínua e seus resultados sejam documentados
e revistos regularmente pela gestão do fabricante, para que os objetivos da melhoria
contínua sejam atendidos.

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Parte 2 - ASPECTOS DE SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS


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1. Segurança no projeto
Recomenda-se que a segurança seja uma preocupação prioritária em todos os estágios
da cadeia de suprimentos, principalmente no início do processo, onde as especificações
dos artigos para festas referentes ao projeto do produto são desenvolvidas. A ausência de
considerações referentes à segurança no estágio de projeto pode levar a diversas falhas,
resultando em:
– danos aos consumidores;
– recall de produtos e respectivos custos associados;
– custos de readequação do projeto e de readequação das ferramentas;
– litígios de responsabilidade do produto e custos associados;
– problemas de aplicação e cumprimento com autoridades governamentais.
É de responsabilidade do fabricante de artigos para festas assegurar a segurança no
projeto do produto, reconhecendo que defeitos de design são altamente evitáveis.

1.1 Especificações de projeto


1.1.1 A especificação de projeto é um elemento crítico para garantir a segurança dos
artigos para festas. Esta especificação abrange, mas não está limitada aos seguintes
componentes:
– desenhos, imagens e fotografias;
– descrição do produto;
– lista de materiais;
– lista dos componentes e partes;
– aquisição e seleção de matérias-primas;
– nome do modelo, número e informações adicionais de rastreabilidade;
– aspectos, funções ou características do produto;
– instruções de uso e advertências.
1.1.2 É recomendado que o ciclo de vida completo dos artigos para festas seja
considerado no desenvolvimento das especificações do projeto, levando-se em conta os
seguintes aspectos:
– expectativa de vida do produto;
– fatores ambientais, como condições climáticas (por exemplo, temperatura,
umidade, luminosidade, pressão atmosférica);
– embalagem;
– transporte e estocagem;
– montagem e potenciais falhas de montagem;
– requisitos de instalação, serviços, manutenção e reparos;
– disposição pós-uso;
– falhas de final de vida de maneira segura.
1.1.3 Convém que as considerações relacionadas à segurança que contribuem para
as especificações de projeto sejam incluídas, considerando, mas não se limitando aos
seguintes componentes:

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– descrição do produto;
– uso intencional;
– uso razoavelmente previsível e uso indevido;
– ambientes adjacentes à localização onde o produto será utilizado (por exemplo,
residência/escritório, ambiente interno/ambiente externo, fixo/móvel);
– conformidade aos requisitos mandatórios de segurança e padrões industriais;
– análises de exposição;
– identificação de perigos e caracterização;
– análise de riscos;
– redução de riscos;
– riscos de comunicação.
1.1.4 Com o propósito de se tomar uma decisão precisa e assertiva, é recomendado que
o fabricante se encarregue da inteligência de mercado, juntando e analisando informações
para identificar os mercados a serem atingidos, os potenciais usuários e as fontes e os
fornecedores de matérias-primas, componentes e partes.

2 Segurança na produção
É recomendado que o fabricante de artigos para festas siga as boas práticas de fabricação
da indútria durante a produção dos seus produtos. Estas práticas proporcionam medidas
contínuas de segurança e qualidade, e podem revelar problemas devido à inconsistência
e flutuações ao longo do processo de produção e antes do embarque do produto. Desta
forma, as boas práticas são a maneira mais imediata e consistente de garantir que os
produtos atendam aos requisitos de projeto.

2.1 Planejamento de produção


O planejamento antes do início da produção pode reduzir o potencial de introdução de
defeitos de produto durante a produção. É recomendado que a unidade industrial planeje
a sua produção antes do início da fabricação, por meio da:
– confirmação da versão final do projeto a ser usado na produção real;
– revisão de quaisquer protótipos construídos anteriormente à produção;
– realização de um teste pré-produção.
Recomenda-se que estes passos sejam realizados independentemente do fato de o
artigo para festas estar sendo produzido pela primeira vez ou de o projeto do produto
ter sido alterado. Estes passos podem auxiliar na confirmação de que o produto pode ser
consistentemente fabricado em conformidade com as especificações, sem a introdução
de defeitos e sob a taxa de produção requerida.

2.1.1 Preparação para produção


Convém que a unidade de produção detenha as especificações dos produtos de
consumo, incluindo o projeto final, critérios de desempenho, especificações e necessidades
de materiais para produção, matérias-primas, componentes, subpartes (se houver), lista
de materiais (se houver), requisitos de montagem, ensaios finais, embalagem e rotulagem.

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2.1.1.1 Aquisição de materiais


A disponibilidade de matérias-primas aprovadas, componentes e subconjuntos é crítica.
É recomendado que os fabricantes de artigos para festas validem que os itens provi-
denciados pela sua cadeia de suprimentos atendem às especificações de produto.
Adicionalmente, antes do início da produção, recomenda-se que o fabricante avalie quais
matérias-primas, componentes e subconjuntos atendem às especificações de projeto,
que não estejam no final de sua vida útil nem constituam substituições não aprovadas.

2.1.1.2 Ferramental
Dependendo do artigo para festas em produção, o fabricante precisará garantir a dispo-
nibilidade de ferramentas necessárias para produção, incluindo configuração física dentro
da fábrica, maquinários especializados, equipamentos especializados, moldes, fabricantes
e habilidades específicas à equipe. É recomendado que a equipe defina e monitore
aspectos essenciais que podem afetar a segurança dos artigos para festas produzidos,
como, por exemplo, tolerâncias críticas, desgaste das ferramentas e ações do operador.

2.1.2 Processos, controles e medidas


É recomendado que a fábrica estabeleça processos, controles e medidas consistentes
durante a produção, para garantir a produção com segurança dos artigos para festas.
É importante que estes processos, controles e medidas sejam registrados e que estes
documentos demonstrem que a fábrica atende aos requisitos de segurança acordados.
Recomenda-se que a fábrica garanta que os funcionários estejam cientes dos processos,
controles e medidas. Convém que os instrumentos de medição e equipamentos sejam
calibrados.

2.1.2.1 Treinamentos
É recomendado que a fábrica de artigos para festas garanta que seus funcionários sejam
treinados nos processos, controles e medidas existentes para assegurar que os artigos
para festas estão sendo fabricados de maneira consistente.

2.1.2.2 Execução de pré-produção


A fábrica pode desejar realizar um teste pré-produção para avaliar a sua habilidade de
fabricação do produto final. O teste de pré-produção pode auxiliar na confirmação da
segurança do projeto, na montagem final e na garantia de que o artigo para festas possa
ser fabricado sob a taxa de produção requerida sem a introdução de defeitos. Modificações
no projeto final podem ser necessárias antes da completa produção se iniciar.

2.1.2.3 Verificação dos artigos para festas


É recomendado que as unidades produzidas ao longo dos testes de pré-produção sejam
analisadas, visando à verificação da conformidade com as especificações e ausência de
defeitos. Se possível, recomenda-se que o artigo para festas seja comparado a qualquer
protótipo previamente produzido e, então, ensaiado em um ambiente que reproduza
o uso eventual do produto por consumidores. Se desvios forem notados no produto,
convém que os diversos elementos citados acima sejam revisados, a fim de determinar se
são necessárias alterações antes do início do ciclo de produção.

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2.2 Execução do ciclo de produção
Com a finalidade de evitar a introdução de defeitos na produção, é recomendado que a
fabricação de artigos para festas controle todas as etapas da produção real do produto,
incluindo as matérias-primas, componentes, subconjuntos, peças de reposição, acessórios,
embalagens, advertências, instruções e manuais.
Recomenda-se que quaisquer alterações que impactem no projeto do produto,
matéria-prima, processo de fabricação e fornecimento sejam consideradas e aprovadas
antes de sua implementação. O gerenciamento de mudanças é importante para garantir
a segurança dos artigos para festas.

2.2.1 Matérias-primas, componentes e subconjuntos


É recomendado que todos os lotes de matérias-primas, componentes e subconjuntos sob
recebimento pela fábrica sejam validados para cumprir com as especificações de projeto
e garantir que a qualidade seja atendida ou exceda a qualidade obtida na execução da
pré-produção.
Recomenda-se que matérias-primas, componentes e subconjuntos aprovados pela fábrica
sejam introduzidos no inventário desta, gerenciados e rastreados, visando identificar
sua origem, batelada, lote e data. É recomendado que matérias-primas, componentes e
subconjuntos que não atendam às especificações sejam segregados para garantir que
não sejam misturados a materiais aprovados.

2.2.2 Produção
Recomenda-se que as instalações de produção produzam artigos para festas finais que
sejam consistentes com as perspectivas de segurança e qualidade ao longo da execução
de um ou múltiplos ciclos de produção.

2.2.2.1 Monitoramento da qualidade na produção


O monitoramento da qualidade da produção assegura que a segurança foi integrada ao
produto final, com base no projeto, materiais e planejamento da produção. O monito-
ramento da produção pode ser incluído como parte da responsabilidade da equipe da
unidade de produção, porém recomenda-se que este processo e respectiva execução
sejam de responsabilidade da equipe de qualidade destinada ao chão de fábrica.
Convém que a equipe de monitoramento da produção estabeleça o nível de amostragem
para cada produção planejada, assim como documente o respectivo monitoramento.
Recomenda-se que a equipe de monitoramento possua capacidade de parar a produção,
caso problemas sejam identificados.
O monitoramento da produção inclui inspeções e testes de produtos, e convém que
também inclua amostragem, manuais e embalagem.

2.2.2.2 Testes de produto final


Ensaios nos artigos para festas (ou lotes) são parte integral da garantia de segurança
destes artigos. Isto inclui o ensaio completo do produto final e a validação de seu manual,
rotulagem e embalagem, de acordo com as especificações do produto.

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2.3 Pós-produção
É recomendado que a fábrica considere a logística de entrega dos artigos para festas
à cadeia de fornecimento. Este processo, se não conduzido de maneira apropriada,
pode resultar em danos ou na introdução de perigos durante o embarque, embalagens,
empacotamento, transporte e armazenamento. Convém que os seguintes aspectos sejam
considerados:
– caixas de papelão e embalagens prontas para embarque;
– revisão dos requisitos logísticos da cadeia de fornecimento, incluindo segurança
e integridade do produto;
– desenvolvimento do plano de logística.
Recomenda-se que a cadeia de fornecimento possua um entendimento compartilhado
dos planos de logística, a fim de transferir o artigo para festas ao consumidor sem estar
danificado. Com este entendimento, convém que a cadeia de suprimentos monitore
a transferência, de modo a garantir que quaisquer alterações do plano não introduzam
novos problemas ou riscos de segurança no artigo para festas.

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Parte 3 - TERMOS E DEFINIÇÕES

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Para uma melhor aplicabilidade do Guia, alguns termos e definições presentes na
ABNT NBR 13883 são destacados a seguir.

artigo para festas


qualquer objeto projetado e fabricado para ser usado em decoração, ou
como utensílio, ou recipiente para fins alimentícios, em festas nas quais
participem crianças menores de 14 anos.

São considerados artigos para festas os produtos que se apresentarem com motivos
coloridos ou infantis, descritos a seguir.
– enfeites de bolo não comestíveis;
– babados para bolo;
– bandejas de papelão ou plástico;
– forminhas para doces, de papel ou de plástico;
– fundos ou forros para forminhas de doces;
– cup cake wrap;
– papel para embrulhar balas;
– guardanapos;
– velas de aniversario;
– talheres de plástico;
– canudos de plástico.
– pratos de plástico ou papelão;
– potes e copos de plástico ou somente de papelão;
– língua de sogra;
– chapeuzinhos de aniversário descartáveis;
– máscaras descartáveis de papelão;
– colares e pulseiras luminosos ou de papelão;
– colares e pulseiras descartáveis (somente de papel ou de papelão);
– pulseira-mola;
– gravatas descartáveis;
– enfeites de mesa que são dispostos sobre a mesa de bolo e mesas dos convidados
(por exemplo, peças em isopor ou outro material, com figuras de personagens
infantis);
– toalhas de mesa descartáveis;
– convites com motivos infantis;
NOTA Convites com motivos infantis são aqueles fabricados com desenhos de times de futebol,
personagens infantis ou qualquer alusão a algum tema relacionado à criança.
– copos plásticos descartáveis termoformados, coloridos por jateamento de tinta;
– copos plásticos descartáveis termoformados, com motivos infantis;
– copos descartáveis de papel ou papelão, coloridos ou com motivos infantis.

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ATENÇÃO
Não são considerados artigos para festas
– artigos para uso em festas de época (por exemplo, carnaval, festa junina, páscoa
etc.);
– árvores de natal artificiais;
– balões de látex (bexigas) e balões metalizados de plástico;
– brinquedos e minibrinquedos;
– enfeites artesanais;
– enfeites natalinos (por exemplo, bolas de natal, pisca-pisca etc.);
– equipamentos de instalação permanente, de uso coletivo em parques infantis ou
de aventuras (playground);
– equipamentos que requerem uso de energia elétrica para sua utilização (por
exemplo, fliperamas, videogames etc.);
– fantasias;
– fogos de artifício;
NOTA velas tipo vulcão e/ou estrela são consideradas fogos de artifício.
– infláveis de grande porte, para atividades em grupo ou individuais;
– máscaras de carnaval (por exemplo, pierrô, colombina, “máscaras de Veneza” etc.);
– materiais e enfeites usados exclusivamente ao ar livre;
– produtos alimentícios;
– spray aerossol;
– copos descartáveis abrangidos pela certificação Inmetro de copos plásticos
descartáveis.

Outros termos e definições:

artigo de mesa e de chão


artigo para festas destinado a ser usado sobre uma mesa ou sobre o chão.

artigo de mão para festa


artigo para festas para ser seguro com as mãos e especialmente projetado
para emitir som.

artigo elétrico ou eletrônico


artigo para festas projetado para funcionar alimentado por uma bateria ou
pilha, usando ou não um transformador.

uso normal
uso do artigo para festas de acordo com a destinação do produto, ou de
acordo com suas instruções de uso.

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SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO

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abuso razoavelmente previsível
uso ao qual uma criança pode submeter um artigo para festas, excedendo o
uso normal e dando a ele um uso ao qual o produto não se destina.

risco
qualquer característica do artigo para festas que possa causar impactos na
integridade física do usuário durante o uso normal ou em consequência de
abuso razoavelmente previsível.

GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO | SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS | TERMOS E DEFINIÇÕES 11


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Parte 4 - ROTEIRO DE IMPLEMENTAÇÃO


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O Guia apresenta como proposta de roteiro de implementação a adaptação do modelo


de qualidade de quatro etapas, comumente conhecido como o ciclo PDCA – Planejar
(Plan) – Fazer (Do) – Checar (Check) – Agir (Act), com a inclusão de uma etapa inicial,
denominada Avaliar (Evaluation – E).
Desta forma, temos um roteiro para a implementação da ABNT NBR 13883, denominado
EPDCA, onde:

E
avaliar a conformidade dos artigos para festas produzidos de acordo com os
requisitos e ensaios previstos na ABNT NBR 13883;

P
planejar as mudanças a serem realizadas no projeto do produto e/ou na
produção para os ajustes de atendimento aos requisitos da ABNT NBR 13883;

D
realizar e monitorar as mudanças planejadas;

C
realizar novas inspeções e ensaios no produto para avaliar o cumprimento da
ABNT NBR 13883;

A
realizar novas ações de adequação, caso sejam identificadas novas
necessidades de ajustes à ABNT NBR 13883.

As etapas apresentadas no roteiro de implementação proposto foram organizadas em


função da experiência em implementação de normas para produtos, com abordagens
semelhantes em diversos tipos de empresas ao longo dos últimos anos, incluindo
pequenos negócios.
Sempre que possível, o roteiro apresentado irá expor exemplos de “como fazer”, com o
objetivo de melhorar sua interpretação e visualização prática.
É recomendado que a implementação do roteiro seja realizada com as orientações
propostas, mas com as adaptações necessárias ao contexto de cada empresa, de forma a
garantir a contínua manutenção do atendimento aos requisitos da ABNT NBR 13883.
Vale ressaltar que este roteiro de implementação não substitui, em momento algum,
a ABNT NBR 13883.

12 GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO | SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS | ROTEIRO DE IMPLEMENTAÇÃO


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Parte 5 - ETAPAS DO ROTEIRO DE IMPLEMENTAÇÃO

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1. AVALIAÇÃO
A ABNT NBR 13883 envolve um conjunto de requisitos de segurança e métodos de
ensaio correlacionados para os artigos para festas. Imagina-se, portanto, que o fabricante
de artigos para festas já atenda, pelo menos parcialmente, aos requisitos de segurança
estabelecidos na Norma.
Desta forma, a etapa de avaliação consiste na realização de um diagnóstico de confor-
midade dos artigos para festas produzidos pelo fabricante, de acordo com os requisitos
estabelecidos na ABNT NBR 13883. Este diagnóstico de conformidade dos artigos para
festas é obtido pela realização dos ensaios definidos na Norma.

Inventário e Classificação
Em um primeiro momento, é fundamental que o fabricante faça um inventário de todos
os artigos para festas produzidos.
Nesta fase, é recomendado inspecionar se os produtos produzidos estão enquadrados
nos produtos listados no item IV deste Guia, ou seja, se realmente são considerados
artigos para festas, de acordo com a ABNT NBR 13883.

ARTIGOS PARA FESTAS


Características de uso e/ou finalidade
(2) Artigos
(1) Artigos
descartáveis (3) Acessórios que (4) Artigos para
descartáveis que
destinados a entram em contato decoração e
entram em contato
acondicionar o com a pele ou saliva convites
com o alimento
alimento
• enfeites de bolo não • pratos de plástico ou • língua de sogra • enfeites de mesa que
comestíveis papelão são dispostos sobre
• chapeuzinhos a mesa de bolo e
• babados para bolo • potes de plástico ou de aniversário mesas dos convidados
de papelão descartáveis (por exemplo, peças
• bandejas de papelão em isopor ou outro
ou plástico • copos plásticos • máscaras material, com figuras
descartáveis descartáveis de personagens
• forminhas para termoformados, de papelão infantis)
doces, de papel ou coloridos por
de plástico jateamento de tinta • colares e pulseiras • toalhas de mesa
luminosos ou de descartáveis
• fundos ou forros • copos plásticos papelão
para forminhas de descartáveis • convites
doces termoformados, • colares e pulseiras
com motivos infantis descartáveis
• cup cake wrap (somente de papel
• copos descartáveis ou de papelão)
• papel para de papel ou papelão,
embrulhar balas coloridos ou com • pulseira-mola
motivos infantis
• guardanapos • gravatas descartáveis

• velas de aniversario

• talheres de plástico

• canudos de plástico

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Para a realização do inventário, é conveniente utilizar um memorial descritivo para


classificar os artigos para festas de acordo com as suas características de uso ou finalidade.
Esta classificação tem como objetivo facilitar a definição de quais ensaios serão necessários
para o diagnóstico de conformidade por tipo de produto.
Também é conveniente que o memorial descritivo contenha a descrição das características
construtivas dos artigos para festas, suas especificações e informações complementares,
com o objetivo de explicar, de forma sucinta, o projeto do artigo para festas fabricado,
explicitando as informações mais importantes, em especial as informações relativas aos
detalhes construtivos e funcionais do produto.

MEMORIAL DESCRITIVO
DESCRIÇÃO DO
USO/FINALIDADE
MÉTODO DE (de acordo com a
NOME DO ARTIGO MATÉRIAS-PRIMAS
FABRICAÇÃO classificação da
Tabela anterior)
[1, 2, 3, 4]

Ensaios
Agora que os artigos para festas estão inventariados e classificados de acordo com o seu
uso e funcionalidade, é o momento de definir quais ensaios serão necessários para cada
artigo para festas produzido.
Lembramos que, para um efetivo diagnóstico de conformidade, é necessário que todos
os artigos para festas fabricados sejam testados de acordo com todos os ensaios previstos
e cabíveis para o tipo de produto, de acordo com a ABNT NBR 13883.
Os ensaios da Norma são divididos em dois grupos:
• ensaios toxicológicos;
• ensaios físicos e mecânicos.
Os ensaios toxicológicos são realizados nos artigos para festas destinados a entrar em
contato direto com alimentos e/ou com a boca, e têm por objetivo:
• determinar a existência de pentaclorofenol ou seus sais em artigos para
festas de madeira ou com componentes de madeira;
• verificar se a migração total de certos elementos químicos de artigos
para festas elaborados ou revestidos com resinas, polímeros, celulósicos,
madeira e respectivos aditivos está dentro do limite permitido pela Norma;
• verificar se a migração de certos elementos químicos em películas de
pintura, esmaltes, vernizes, tinta de impressão, polímeros e películas similares
presentes nos artigos para festas está dentro do limite permitido pela Norma;
• verificar se a migração de certos elementos químicos em outros materiais
poliméricos e similares presentes nos artigos para festas está dentro do
limite permitido pela Norma;

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• verificar se a migração de certos elementos químicos em têxteis naturais ou
sintéticos presentes nos artigos para festas está dentro do limite permitido
pela Norma;
• verificar se a migração de certos elementos químicos em papel, papelão,
seus compostos e laminados presentes nos artigos para festas está dentro
do limite permitido pela Norma;
• verificar se a migração de corantes em artigos para festas contendo
poliméricos está dentro do limite permitido pela Norma;
• verificar se a migração de corantes em artigos para festas contendo
celulósicos está dentro do limite permitido pela Norma;
• verificar se a concentração de ftalatos em artigos para festas contendo
plastificantes está dentro do limite permitido pela Norma.
Por sua vez, os ensaios físicos e mecânicos têm por objetivo verificar nos artigos para festa:
• se o nível de pressão sonora dos artigos para festas que emitem som está
dentro dos limites toleráveis;
• se a dimensão das cordas e elásticos presentes nos artigos para festas está
dentro dos limites toleráveis;
• a exposição de bordas cortantes não funcionais;
• a presença de arestas e bordas cortantes nas superfícies acessíveis dos
artigos para festas;
• a exposição de pontas agudas não funcionais;
• a presença de lascas nas superfícies e cantos acessíveis de madeira dos
artigos para festas;
• a exposição de partes pequenas;
• a exposição de partes pequenas em artigos para festas acionados pela
boca;
• se a inflamabilidade de materiais têxteis presentes nos artigos para festas
está dentro dos limites aceitáveis pela Norma,
• se a inflamabilidade de velas faiscantes está dentro dos limites aceitáveis
pela Norma;
• se os artigos para festas que cobrem o rosto têm as áreas de ventilação de
acordo com o requerido pela Norma.
Todos os tipos de artigos para festas cobertos por esta Norma devem ser submetidos aos
ensaios simulando seu uso normal e abuso razoavelmente previsível.
Particularmente em relação aos ensaios físicos e mecânicos, a danificação mecânica,
devido à queda, torção, tração e compressão, simula a exposição de um artigo para festa
ao abuso razoavelmente previsível.

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LABORATÓRIO DE ENSAIOS
A credibilidade e a confiança dos resultados dos ensaios de diagnóstico da conformidade
nos artigos para festas são fundamentais para a etapa de Evaluation (E).
Neste sentido, a escolha de um laboratório independente e com competência reconhe-
cida, ou seja, um laboratório acreditado, para a realização dos ensaios previstos na
ABNT NBR 13883, é um fator crítico de sucesso para a eficiência da referida etapa (E).
De acordo com a definição da ABNT NBR ISO/IEC 17000, Avaliação da conformidade –
Vocabulário e princípios gerais, a acreditação é a atestação realizada por terceira parte
relativa a um organismo de avaliação da conformidade, exprimindo demonstração formal
de sua competência para realizar tarefas específicas de avaliação da conformidade.
Em outras palavras, é o reconhecimento por parte de um organismo de acreditação de
que o laboratório de ensaio é independente e competente para realizar os testes previstos
na ABNT NBR 13883.
No Brasil, o organismo de acreditação reconhecido pelo governo brasileiro é o
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). O Inmetro utiliza
as melhores práticas internacionais para a acreditação de laboratórios de ensaio.
A ABNT NBR ISO/IEC 17025, Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio
e calibração – é a principal referência para o processo de acreditação.
Para identificar os laboratórios que possuem acreditação do Inmetro para os ensaios
contidos na ABNT NBR 13883, é necessário realizar uma pesquisa no site do Instituto:

AMOSTRAGEM
A ABNT NBR 13883 não apresenta o critério de amostragem, e de aceitação e rejeição
relacionados, para a realização dos ensaios previstos nos artigos para festas.
Face a isto, o Anexo D deste Guia apresenta orientações para os procedimentos de
amostragem.

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Parte 5 - ETAPAS DO ROTEIRO DE IMPLEMENTAÇÃO

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2. PLANEJAMENTO
Com o resultado do diagnóstico de conformidade realizado na etapa AVALIAÇÃO, o fabri-
cante de artigos para festas deve planejar as ações corretivas necessárias para corrigir as
não conformidades detectadas em relação ao atendimento aos requisitos de segurança
estabelecidos na ABNT NBR 13883.
Estas ações corretivas devem estar contidas em um plano de ação corretiva que define as
atividades, recursos e responsáveis necessários para a correção das não conformidades
detectadas.
Porém, antes da elaboração do plano de ação corretiva, é fundamental identificar as
causas-raízes das não conformidades.
Geralmente, as causas-raízes das não conformidades estão ligadas aos seguintes pontos:
– matérias-primas;
– projeto do produto;
– processo e controle de produção;
– processo de embalagem;
– processo de armazenamento do fabricante;
– processo de expedição;
– processo de armazenamento do ponto de venda.
O plano de ação corretiva deve ser constantemente analisado, com a finalidade de atualizar
as tarefas e atividades de acordo com situações específicas do fabricante de artigos para
festas, visando controle, melhoria e correções. A análise poderá ser feita periodicamente,
de acordo com as necessidades e capacidades de cada fabricante.
O plano de ação corretiva é o detalhamento das ações necessárias para o alcance e
manutenção da conformidade dos artigos para festas e deve apresentar as atividades
necessárias para manter/atender a cada um dos requisitos da ABNT NBR 13883, crono-
gramas, recursos disponíveis e responsabilidades de acordo com a capacidade de cada
colaborador para o cumprimento das atividades.
É recomendado que o planejamento seja feito de forma a ser facilmente compreendido, e
é importante que seja dinâmico e revisado regularmente. Estas revisões podem ser feitas
por reuniões periódicas de análise crítica com os colaboradores envolvidos nas atividades
em questão.
A seguir, estão algumas perguntas que servem de auxílio na elaboração do planejamento.
• Quais tarefas devem ser executadas?
• Quais são os recursos necessários? Quanto custa para realizar cada ação?
• Quem é o responsável (coordenador e supervisor) pelo cumprimento das
ações?
• Quem são os colaboradores envolvidos?
• Quais são as responsabilidades dos envolvidos?
• Quem vai checar se as ações corretivas estão sendo executadas?
• Como estas ações corretivas são realizadas?

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É importante que sejam estabelecidas datas para o cumprimento das atividades e que se
tenha um responsável por checar se as ações corretivas estão sendo implementadas de
acordo com o estabelecido, para incentivar e comunicar o andamento dos resultados aos
envolvidos e coordenar alterações, quando necessário para o cumprimento das metas.
Veja um exemplo. O quadro representa uma forma, entre diversas outras, para registrar
e gerenciar um plano de ação corretiva, através da definição de atividades junto aos
responsáveis.

PLANO DE AÇÃO CORRETIVA


Atualizado em data/mês/ano
DATA
DATA DATA
ATIVIDADES OBJETIVOS RESPONSÁVEIS ENVOLVIDOS
INICIAL FINAL
AJUSTADA

Além da elaboração do plano de ação corretiva, é conveniente que o fabricante de


artigos para festas estabeleça, dentro da sua estrutura organizacional, um plano de
gestão da segurança de artigos para festas para a manutenção da conformidade dos
artigos para festas fabricados com os requisitos estabelecidos na ABNT NBR 13883.
O Anexo C apresenta duas abordagens para e elaboração e implementação de um plano
de gestão da segurança de artigos para festas.

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Parte 5 - ETAPAS DO ROTEIRO DE IMPLEMENTAÇÃO

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3. REALIZAÇÃO
É importante que o responsável por cada atividade verifique periodicamente como anda
o cumprimento do plano de ação, para que este se mantenha atualizado e garanta que as
atividades vêm sendo executadas e cumpridas.
É interessante que o fabricante de artigos para festas identifique, através do diagnóstico,
a possibilidade de realização de atividades que sejam mais práticas e rápidas, de forma a
atender aos requisitos da ABNT NBR 13883. Isto proporciona o alcance de resultados no
início da implementação das ações previstas.
Caso o plano de ação não esteja sendo seguido como o esperado, verifique o que está
ocorrendo, corrija e refaça o plano.
É importante salientar que, para alcançar objetivos e metas estabelecidos no plano de
ação, alguns princípios básicos devem ser considerados:
1. possuir recursos financeiros, físicos (por exemplo, equipamentos de esterilização)
e de mão de obra adequada, de acordo com as atividades propostas, para que
as ações tenham continuidade e não corram riscos durante a execução;
2. definir previamente, de forma clara e direta, as autoridades e responsabilidades
referentes às atividades relacionadas no plano de ação;
3. incluir um programa de competência, conscientização e treinamento no plano
de ação, para que a qualificação dos colaboradores seja apropriada para o
cumprimento das atividades definidas;
4. fazer registro e controle de documentos de todas as atividades relacionadas ao
plano de ação;
5. garantir a execução de um controle operacional eficaz para as atividades previstas
no plano de ação;
6. elaborar e manter atualizada e acessível uma planilha com a descrição das
atividades propostas no plano de ação corretiva.

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Parte 5 - ETAPAS DO ROTEIRO DE IMPLEMENTAÇÃO


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4. VERIFICAÇÃO
O histórico da qualidade é a compilação dos registros de inspeção, do controle de quali-
dade e/ou de confiabilidade, de uma unidade de artigo para festas, ou de um grupo de
unidades, de modo a poder avaliá-los em uma base sequencial de tempo.
Por sua vez, os estudos da capabilidade de processo e da variabilidade de projeto podem
ser feitos para que se tenha uma base real para a efetivação de mudanças necessárias
que atendam aos requisitos de qualidade ou de segurança exigida.
As deficiências da unidade de artigo para festas ou do projeto de sistemas podem ser
submetidas à apreciação das atividades de desenvolvimento do produto ou de sistemas,
para as possíveis ações corretivas.
Quando o histórico da qualidade é muito bom (os artigos para festas são consistente-
mente conformes em todas as características), será necessária uma menor quantidade de
inspeção e os custos de inspeção serão reduzidos para o fabricante.
Desta forma, é recomendado que os fabricantes de artigos para festas verifiquem a
conformidade em relação aos requisitos da ABNT NBR 13883 de maneira contínua.
A análise contínua auxilia na redução das potenciais não conformidades dos artigos
para festas fabricados por variações introduzidas durante múltiplos ciclos de produção,
múltiplas linhas de produção e múltiplas fábricas.
É conveniente que os fabricantes analisem os artigos para festas depois da sua introdução
no mercado, pelos seguintes meios:
– obtenção de artigos para festas do mercado: a coleta de amostras por análises
contínuas o mais próximo possível, ou diretamente, de fontes onde o consumidor
iria adquirir o produto auxilia na identificação e redução de quaisquer riscos à
conformidade que poderiam ter sido introduzidos ao longo da cadeia de forneci-
mento, durante o transporte, armazenamento e manuseio;
– verificação de conformidade de amostras com as especificações: como parte da
auditoria de documentação, conformidade aos requisitos pode ser verificada pela
análise de amostras dos artigos para festas em relação às especificações estabele-
cidas na ABNT NBR 13883;
– condução de pesquisas de satisfação dos consumidores;
– análise de dados de consumidores de diversas fontes, incluindo devolução de
produtos, websites, call centers, pesquisa em loja e mídias sociais;
– estabelecimento de uma sistemática de retroalimentação ao longo da cadeia
de fornecimento, de modo que os dados relevantes para a conformidade de
produto sejam captados durante a linha de produção e as auditorias de controle
de qualidade;
– condução de verificações na fábrica a uma frequência determinada pelo histórico
de conformidade da fábrica.
Dentro deste processo de acompanhamento contínuo da conformidade dos artigos para
festas, os registros de inspeção têm um papel importante.
Os registros de inspeção consistem em dados registrados relativos a resultados de inspeção
com a adequada informação identificadora, como, por exemplo, a característica ou classe
de características inspecionadas.

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O registro de dados de inspeção por amostragem permite a manutenção e a continuidade
do histórico da qualidade. Pela análise destes dados podem ser detectadas tendências
adversas da qualidade, possibilitando a tomada de medidas corretivas.
Um melhor controle sobre a qualidade pode ser feito quando os fatos são conhecidos e
registrados. Para a elaboração de um histórico da qualidade, é necessário coletar e manter
dados relativos aos resultados de inspeção. Estes dados permitem que se avalie a capabi-
lidade do processo.
É essencial, portanto, que sejam mantidos registros adequados relativos aos resultados de
todos os tipos de inspeção executados, recomendando-se o uso de formulários-padrão.
Os registros devem fornecer identificação completa do produto ou operação inspecionados
e, quando for o caso, informações como:
a. instruções ou disposições de projeto;
b. tipo de amostragem usada;
c. tamanho do lote;
d. tamanho da amostra;
e. níveis da qualidade; e
f. resultados completos de inspeção, inclusive as decisões sobre aceitação ou
rejeição.
Tais registros de inspeção serão úteis, ainda, a numerosos outros propósitos, como, por
exemplo:
a. determinar a severidade de inspeção necessária para avaliações posteriores;
b. indicar a competência e a integridade da qualidade do fabricante;
c. apoiar a investigação de reclamações de produtos declarados defeituosos.
Em resumo, a informação retroativa pode servir de base para a tomada de decisões
relativas a correções, no produto ou no processo, para enquadrá-los dentro dos requisitos
descritos na ABNT NBR 13883, por meio de alerta dado à gestão do fabricante, assim que
ocorre qualquer desempenho não satisfatório.

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Parte 5 - ETAPAS DO ROTEIRO DE IMPLEMENTAÇÃO


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5. AÇÃO
É recomendado que o fabricante de artigos para festas garanta que a melhoria contínua
da segurança do(s) seu(s) produto(s) de consumo torne-se parte da cultura organizacional.
Estas atividades podem variar de pequenas a grandes melhorias na fábrica e/ou na sua
cadeia de fornecimento.
Tomar decisões fundamentadas na avaliação das informações coletadas e a incorporação
das lições aprendidas são fundamentais para a melhoria eficaz e eficiente.
O fabricante deve definir os objetivos para a melhoria de seus produtos e processos, com
base nesta análise.
Em particular, a melhoria contínua deve ser aplicada à segurança no projeto dos artigos
para festas, na produção e no mercado, por exemplo:
– as atividades de melhoria na produção podem incluir a obtenção de feedback dos
funcionários ou testes de produção em andamento;
– as atividades de melhoria no mercado podem incluir, mas não se limitam a, receber
comentários ou reclamações dos fornecedores ou consumidores e reunir um
pequeno grupo para propor alterações no projeto de produto ou na produção,
ou outras ações corretivas.
Convém que todas as atividades de melhoria contínua e seus resultados sejam documen-
tados e revisados regularmente pela gestão, para assegurar que a melhoria contínua está
ocorrendo e que as mudanças não irão inadvertidamente causar um outro problema de
segurança.
É recomendado que a organização siga uma abordagem estruturada para a melhoria
contínua, conforme descrito no plano de gestão de segurança dos artigos para festas. Um
exemplo das etapas principais desta abordagem inclui o seguinte:
a. identificação de problemas e tomada de decisão;
b. desenvolvimento de um plano de ação;
c. alterações no produto ou processos;
d. monitoramento das melhorias por todos os membros da cadeia de fornecimento.

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Parte 6 - ANEXOS

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Anexo A - Relação de requisitos, métodos de ensaios e critérios de aceitação

A.1 Requisitos toxicológicos


MÉTODO DE CRITÉRIO DE
REQUISITO ENSAIO ACEITAÇÃO
Subseção da Subseção da Subseção da
ABNT NBR Descrição ABNT NBR ABNT NBR
13883 13883 13883
Existência de pentaclorofenol ou seus sais
4.1.1 em artigos para festas de madeira ou com 5.2.6 4.1.1
componentes de madeira
Migração total de artigos para festas
elaborados ou revestidos com resinas,
4.1.2 5.2.7 4.1.2
polímeros, celulósicos, madeira e
respectivos aditivos
Migração de certos elementos químicos
em películas de pintura, esmaltes,
4.1.3.2 5.2.1 Anexo B
vernizes, tinta de impressão, polímeros e
películas similares
Migração de certos elementos químicos
4.1.3.3 em outros materiais poliméricos e 5.2.2 Anexo B
similares
Migração de certos elementos químicos
4.1.3.4 em papel, papelão, seus compostos e 5.2.5 Anexo B
laminados
Migração de certos elementos químicos
4.1.3.5 5.2.4 Anexo B
em têxteis naturais ou sintéticos
Migração de certos elementos em
4.1.3.6 5.2.3 Anexo B
materiais vítreos, cerâmicos ou metálicos
Migração de corantes em artigos para
5.2.7.3 5.2.7.3.1 5.2.7.3.1
festas contendo poliméricos
Migração de corantes em artigos para
5.2.7.3 5.2.7.3.2 5.2.7.3.2
festas contendo celulósicos
Concentração de ftalatos em artigos para Ver ABNT NBR Ver ABNT NBR
4.1.3.8
festas contendo plastificantes 16040 16040

GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO | SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS | ANEXOS 23


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A.2 Requisitos físicos e mecânicos

MÉTODO DE CRITÉRIO DE
REQUISITO ENSAIO ACEITAÇÃO
Subseção da Subseção da Subseção da
ABNT NBR Descrição ABNT NBR ABNT NBR
13883 13883 13883
Nível de pressão sonora dos artigos para
4.2.3 5.3.1 4.2.3
festas que emitem som
4.2.4 Dimensão das cordas 5.3.2 4.2.4
4.2.5 Dimensão dos elásticos 5.3.3 4.2.5
Exposição de bordas cortantes não
4.2.6.1 5.3.4 4.2.6.1
funcionais
Presença de arestas e bordas cortantes
4.2.7 / 4.2.11.2 5.3.5 4.2.7
nas superfícies acessíveis
Exposição de pontas agudas não
4.2.8 / 4.2.11.2 5.3.5.1 4.2.8
funcionais
Presença de lascas nas superfícies e
4.2.9 5.3.6 e 5.3.7 4.2.9
cantos acessíveis de madeira
4.2.12 Exposição de partes pequenas 5.3.8 4.2.12
Exposição de partes pequenas em artigos
4.2.13 5.3.8 / 5.3.9 4.2.13
para festas acionados pela boca
4.2.18 Inflamabilidade de materiais têxteis 5.3.10 4.2.18
4.2.19 Inflamabilidade de velas faiscantes 5.3.11 4.1
Áreas de ventilação dos artigos para festas
4.2.11.1 4.2.11.1 4.2.11.1
que cobrem o rosto
Presença de bordas cortantes e pontas 5.3.12 / 5.3.4 /
4.2.14 4.2.14
agudas devido à queda 5.3.5
Presença de bordas cortantes e pontas 5.3.13 / 5.3.4 /
4.2.15 4.2.15
agudas devido à torção 5.3.5
Presença de bordas cortantes e pontas 5.3.14 / 5.3.4 /
4.2.16 4.2.16
agudas devido à tração 5.3.5
Presença de bordas cortantes e pontas 5.3.17 / 5.3.4 /
4.2.17 4.2.17
agudas devido à compressão 5.3.5

De acordo com algumas características de uso dos artigos para festas e/ou os resultados
obtidos nos ensaios físicos e mecânicos, são necessárias advertências de segurança nas
embalagens dos artigos para festas.
Os critérios e formatos das advertências de segurança estão estabelecidos no Anexo B
deste Guia.

24 GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO | SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS | ANEXOS


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Anexo B - Advertências de segurança nas embalagens
Informações na embalagem são parte integral da segurança de artigos para festas.
É sempre recomendado que os fabricantes de artigos para festas alertem os consumidores
sobre os riscos residuais à segurança do usuário que os produtos podem conter.
As advertências de segurança são breves mensagens sobre a existência, natureza, forma
ou severidade de um perigo do artigo para festas que pode afetar a saúde ou a segurança
dos usuários de forma adversa.
Adicionalmente, o ambiente e a localização onde o artigo para festa é utilizado podem
causar um perigo imprevisto. É recomendado que o conteúdo da advertência descreva o
perigo do artigo para festa, o dano causado pelo perigo e as consequências se os danos
não forem evitados. Convém que cada perigo do artigo para festa seja apresentado em
diferentes advertências de segurança.
Advertências de segurança efetivas atraem atenção por meio da utilização de palavras
de sinalização, símbolos de alerta de segurança e fontes, tipos de letra e cores que sejam
adequadas ao perigo do produto. Recomenda-se que as advertências de segurança sejam
localizadas nos produtos, em rótulos que sejam duráveis.
De acordo com a ABNT NBR 13883, as advertências de segurança podem conter frases de
advertência e/ou símbolo da faixa etária de recomendação de uso do artigo para festas.
Os detalhes do símbolo de faixa etária devem obedecer às instruções a seguir:
a. o círculo e o traço devem ser pretos ou vermelhos;
b. o fundo deve ser claro, com contraste com o círculo e o traço;
c. a indicação da faixa etária imprópria e o contorno do rosto devem ser pretos;
d. os símbolos devem ter diâmetro de no mínimo 10 mm e as proporções devem
ser de acordo com a figura a seguir – espaço reservado para indicação de faixa
etária imprópria;

e. a faixa etária imprópria para cada artigo deve ser expressa em anos, por
exemplo, 0-3, 0-4.

GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO | SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS | ANEXOS 25


GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS

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A seguir, são apresentadas as advertências de segurança estabelecidas na ABNT NBR 13883.

B.1 Artigos para festas que emitem som


Os artigos para festas que emitem som, com o nível de pico de pressão sonora maior que
110 dB(C) e menor que 125 dB(C), devem conter, em sua embalagem, a seguinte frase de
advertência:
“ATENÇÃO! NÃO USE PERTO DO OUVIDO! O MAU USO PODE PREJUDICAR A AUDIÇÃO”.

B.2 Artigos para festas que contêm cordas


Os artigos para festas que contêm cordas com comprimento superior a 220 mm devem
conter, em sua embalagem, o símbolo de advertência e a seguinte frase de advertência:

“ATENÇÃO! NÃO RECOMENDÁVEL PARA CRIANÇAS MENORES DE 3 ANOS, POR CONTER


CORDÃO LONGO, QUE PODE PROVOCAR ESTRANGULAMENTO”.

B.3 Artigos para festas que contêm elásticos


Os artigos para festas que contêm um pedaço não fixado e acessível de material elástico,
que estiue mais do que 220 mm, devem conter em sua embalagem o símbolo de adver-
tência e a seguinte frase de advertência:

“ATENÇÃO! NÃO RECOMENDÁVEL PARA CRIANÇAS MENORES DE 3 ANOS, POR CONTER


ELÁSTICO, QUE PODE PROVOCAR ESTRANGULAMENTO”.

26 GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO | SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS | ANEXOS


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B.4 Artigos para festas que contêm bordas cortantes funcionais
Os artigos para festas que
• incluem bordas cortantes funcionais devido ao seu uso previsível (por
exemplo, facas de plástico), ou
• incluem bordas cortantes geradas por abuso razoavelmente previsível, e
• não incluem quaisquer bordas cortantes não funcionais
devem conter na sua a embalagem a seguinte frase de advertência:
“ATENÇÃO! ESTE ARTIGO CONTÉM BORDAS CORTANTES. UTILIZAR SOB SUPERVISÃO
DE UM ADULTO”.

B.5 Artigos para festas que contêm pontas agudas funcionais


Os artigos para festas que
• contêm pontas agudas funcionais devido ao seu uso previsível (por
exemplo, espetos de madeira, velas faiscantes), ou
• incluem pontas agudas geradas por abuso razoavelmente previsível, e
• não incluem quaisquer pontas agudas não funcionais
devem conter na sua a embalagem a seguinte frase de advertência:
“ATENÇÃO! ESTE ARTIGO CONTÉM PONTAS AGUDAS. UTILIZAR SOB SUPERVISÃO DE
UM ADULTO”.

B.6 Artigos para festas que contêm partes pequenas


Os artigos para festas que contêm partes pequenas, que podem ser destacadas ou
geradas durante o uso previsível ou abuso razoavelmente previsível, devem conter, em
sua embalagem, o símbolo de advertência e a seguinte frase de advertência:

“ATENÇÃO! ESTE ARTIGO PARA FESTAS, QUANDO USADO POR MENORES DE 3


ANOS, DEVE SEMPRE TER SUPERVISÃO DE UM ADULTO, POR CONTER PARTES
PEQUENAS QUE PODEM SER ENGOLIDAS.”

GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO | SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS | ANEXOS 27


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Anexo C - Planos de gestão da segurança de artigos para festas


O Anexo C fornece exemplos de duas formas que podem ser usadas para desenvolver um
plano de gestão de segurança de artigos para festas.
O item C.1 descreve uma forma semelhante à gestão da qualidade através do desenvol-
vimento de um plano de gestão da segurança de artigos para festas, com base em um
manual de garantia da qualidade.
O item C.2 descreve uma lista de inspeção que pode ser usada para ajudar um fabricante
de artigos para festas no desenvolvimento deste tipo de plano.

C.1 Plano de gestão da segurança de artigos para festas com base em um


manual de garantia da qualidade
Nesta abordagem, o manual de garantia da qualidade pode conter os seguintes elementos
principais de um plano de segurança de artigos para festas:
a. Introdução;

b. Objetivo:
1. Responsabilidades da organização:
i. estrutura de segurança de produtos na organização (políticas;
responsabilidade final; governança);
ii. conformidade a normas e requisitos regulatórios;
iii. documentação.
2. Responsabilidades do fornecedor:
i. avaliação do nível de risco do produto/gestão de riscos e plano de
mitigação de riscos;
ii. conformidade a normas e requisitos regulatórios;
iii. projeto e análise de riscos.

c. Avaliação de fornecedores;

d. Auditoria na fábrica;

e. Inspeção de produtos:
1. durante o processo;
2. antes da expedição;
3. relatórios de inspeção.

f. Avaliação de produtos;

g. Submissão de amostras à aprovação:


1. registros de ensaios;
2. relatórios de ensaios;
3. descarte de amostras/devolução;
4. impressão de notificações.

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h. Monitoramento e melhoria contínua:
1. acompanhamento no mercado;
2. gerenciamento de recalls.

i. Formulários:
1. formulário de requisição de serviços;
2. cartas aos vendedores ou fornecedores.

C.2 Lista de inspeção para o desenvolvimento de um plano de gestão de


segurança de artigos para festas

C.2.1 Gestão do compromisso com a segurança dos artigos para festas:


a. declaração da missão;
b. cultura corporativa.

C.2.2 Desenvolver uma política de segurança proporcional de produtos, com a tolerância


ao risco da empresa:
a. melhoria contínua dos processos e sistema.

C.2.3 Designar e dar poderes ao administrador de segurança para ser responsável por:
a. planejamento estratégico da segurança e qualidade dos processos;
b. resolução tática de problemas existentes;
c. alocação apropriada de recursos técnicos, financeiros e humanos.

C.2.4 Implementar e documentar a segurança de processos:


a. PROJETO
1. Análise de riscos:
i. garantir a conformidade com as leis, regulamentos e normas;
ii. identificar características dos artigos para festas, aspectos e funções que
podem impactar nos riscos ou exposição oferecidos;
iii. conduzir análise de dados de incidentes e análises de recall para
identificação de riscos;
iv. predizer usos razoavelmente previsíveis dos artigos para festas;
v. aplicar análises de fatores humanos para resumir os tipos de riscos e
severidade.
2. Gerenciamento de riscos:
i. comparar o nível de risco com a tolerância ao risco da organização;
ii. tratamento de riscos (se necessário).
3. Comunicação do risco para riscos residuais para partes interessadas e
consumidores.

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b. PRODUÇÃO
1. Instituir uma política da qualidade internamente e através da cadeia de
suprimentos;
2. Desenvolver um processo proativo de garantia da qualidade:
i. todos os processos-chave e procedimentos são documentados;
ii. indicadores são definidos para monitorar os seguintes processos:
– gerenciamento de aquisições, incluindo rastreabilidade;
– amostragem;
– medições;
– análises (análise estatística/controle de processos);
– relatórios.
iii. procedimentos de correção são implementados no caso de processos
encontrados fora da faixa de tolerância aceitável;
3. Implementar o sistema de garantia da qualidade através do ciclo de
desenvolvimento do produto, isto é, da matéria-prima ao produto acabado
final, montagem e embalagem.

c. MERCADO
1. Estabelecer um sistema de acompanhamento pós-mercado;
2. Identificar indicadores-chave de segurança;
3. Inverter o fluxo das análises para a detecção antecipada de problemas
emergentes;
4. Análise de riscos por tomadas de decisão informadas (por exemplo, retirada
de produto do mercado/recall).

C.2.5 Desenvolver um sistema de comunicação/manual de segurança:


a. Manual de segurança que reflita:
1. declarações de gerenciamento, considerando a segurança dos artigos para
festas;
2. políticas da organização e suporte destas políticas pela gestão;
3. padrões de operação de processos;
4. responsabilidades do pessoal envolvido;
5. procedimentos detalhando a execução dos processos na organização e
através de sua cadeia de suprimentos;
6. mecanismos para intervir se forem detectados desvios nos procedimentos;
7. infraestrutura de tecnologia de informação que sirva como base de dados
da documentação (incluindo manual de segurança e relatórios).

b. Comunicação com partes interessadas e consumidores.

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Anexo D - Plano de amostragem
Este Anexo aborda critérios e exemplos para a elaboração de um plano de amostragem
adequado para a implementação da Norma de artigos para festas.
Em primeiro lugar, algumas definições e conceitos são apresentados.

1. DEFINIÇÕES
1.1. Unidade de artigo para festas
Elemento de referência na inspeção - o elemento inspecionado no sentido de
ser classificado como defeituoso ou não.
Exemplo: a unidade pode ser um artigo simples, um par, uma dúzia ou qualquer
quantidade preestabelecida. Pode ser uma medida em termos de comprimento,
área, volume, massa etc. Pode ser um material bruto ou em processo de produto,
um componente de um produto final, o próprio produto final ou, ainda, material
em estoque.

1.2. Características de segurança


Propriedades de uma unidade de artigo para festas, as quais podem ser avaliadas
em função dos requisitos determinados de segurança em um desenho,
especificação, modelo ou outro padrão conveniente.

1.3. Não conformidade


Não atendimento a requisitos especificados para qualquer característica de
segurança estabelecida. A não conformidade do artigo para festas com as
características de segurança requeridas pode ser expressa em termos de
“porcentagem defeituosa” (PD).

1.4. Porcentagem defeituosa


É dada pela seguinte expressão:
Porcentagem defeituosa = 100 x número de unidades defeituosas / número de
unidades inspecionadas
Esta expressão de não conformidade possibilita uma rápida decisão quanto à
aprovação (ou rejeição) de uma unidade de artigo para festas, considerando
que basta a constatação de um único (e qualquer) defeito para encerrar o
exame da unidade. Em vista disso, portanto, são requeridas instruções bem
definidas quanto à quantidade inspecionada, número de unidades defeituosas
e gravidade das falhas.

1.5. Defeito
Defeito da unidade de artigo para festas; falta de conformidade com qualquer
dos requisitos especificados.

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1.6. Defeito crítico


Defeito que pode produzir condições perigosas ou inseguras para quem usa
ou mantém a unidade de artigo para festas, ou defeito que pode impedir o
funcionamento ou o desempenho de uma função importante de uma unidade
de artigo para festas mais complexa.

1.7. Verificação
Processo de medir, ensaiar ou examinar a unidade de artigo para festas, no sentido
de verificar se as suas características estão de acordo com as especificações
técnicas e contratuais. A inspeção visa precipuamente:
a. separar as unidades de artigo para festas aceitáveis das não aceitáveis;
b. avaliar o grau de conformidade ou não conformidade com os requisitos
estabelecidos;
c. fazer chegar o mais breve possível aos responsáveis os relatórios apontando
as deficiências observadas;
d. garantir que os requisitos desejados de qualidade foram atendidos.
Os critérios de inspeção usados na determinação de atendimento dos requisitos
de segurança estão descritos na ABNT NBR 13883.

1.8. Verificação por amostragem


Tipo de inspeção na qual uma amostra constituída por uma ou mais unidades
de artigos para festas é escolhida aleatoriamente na saída do processo de
produção e examinada para uma ou mais características de qualidade. A inspeção
por amostragem é o mais rápido e econômico meio para determinar a
conformidade ou não conformidade dos artigos para festas com os requisitos
de segurança especificados.
A inspeção por amostragem tem a vantagem da flexibilidade, no que concerne
ao total a ser inspecionado, ficando apenas na dependência da segurança do
produto. O total de inspeção pode ser reduzido para um artigo para festas de
alta qualidade ou aumentado quando a qualidade do artigo para festas estiver
se deteriorando.

1.9. Verificação por atributos


Atributo é uma característica ou propriedade da unidade de artigo para festas,
a qual é apreciada em termos de “ocorre” ou “não ocorre” um determinado
requisito de segurança especificado.
A inspeção por atributo consiste na inspeção, para cada unidade de artigo
para festas do lote ou amostra, da presença ou ausência de uma determinada
característica qualitativa e contagem do número de unidades inspecionadas
que possuem (ou não) a referida característica. Os resultados da inspeção por
atributos são dados, portanto, em termos de: “passa não passa”; “defeituosa ou
não defeituosa”; “dentro ou fora de tolerância”; “correta ou incorreta”; “completa
ou incompleta” etc.

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1.10.Lote
Quantidade definida de unidades de produto em produção ou produzidas sob
condições uniformes.

1.11.Lote de inspeção
Lote a ser amostrado para inspeção de conformidade (ou não conformidade)
com as exigências de aceitação especificadas.

1.12.Amostra
Uma ou mais unidades de artigos para festa retiradas do lote de inspeção, com
o objetivo de fornecer informações, mediante inspeção, sobre a conformidade
deste lote com as exigências especificadas.

1.13.Planos de amostragem
Planos segundo os quais uma ou mais amostras são retiradas do lote de inspeção,
com o propósito de decidir pela sua aceitação ou rejeição.

1.14.Nível de qualidade aceitável (NQA)


Máxima porcentagem defeituosa que, para fins de inspeção por amostragem,
pode ser considerada satisfatória como média de um processo.

2. CONCEITOS
2.1 Formação de lotes para inspeção
Consiste no procedimento de agrupar as unidades de produto em lotes, sublotes
ou qualquer outra forma de divisão, previamente determinada, desde que fique
perfeitamente identificável. Cada lote deve, na medida do possível, consistir
em produtos homogêneos. Entre as vantagens de agrupar o produto em lotes
definidos para efeito de inspeção por amostragem, incluem-se:
a. facilitar a manutenção do histórico da qualidade do lote;
b. possibilitar estabelecer um sistema, após o lote ter entrado nas vias de
fornecimento, para controle do estado de utilização das unidades de produto,
tanto em estoque como em uso.

2.2. Tamanhos de lote


O lote de inspeção é uma coleção de unidades de produtos, da qual a amostra é
retirada e inspecionada para determinar se há conformidade com os critérios de
aceitação, podendo diferir de uma coleção designada como um lote ou partida
para outros propósitos, como produção, embarque, compra etc. O tamanho do
lote ou partida é um dos fatores determinantes do tamanho da amostra para
fins de inspeção.
a. Lotes grandes
Em geral, a relação entre o tamanho da amostra e o tamanho do lote
diminui à medida que o tamanho do lote aumenta. Assim, a formação de
lotes de tamanhos maiores tende a reduzir os custos de inspeção. Lotes
pequenos podem ser combinados, quando as condições de homogenei-
dade são satisfeitas, para formar um lote maior chamado “um grande lote”,
sendo este inspecionado por amostragem como se fosse um lote único.

GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO | SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS | ANEXOS 33


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b. Lotes pequenos
A formação de lotes muito grandes pode ser indesejável, desde que
possa criar problemas de custo de armazenamento e perturbar o fluxo
do produto ao consumidor, com base em entregas regulares prefixadas,
nos casos de haver rejeição.
Em lotes grandes, as dificuldades de acesso a todas as unidades do lote
podem dificultar a obtenção da amostra aleatória. Em certas condições,
este problema pode ser minimizado, subdividindo o lote em sublotes
para a inspeção por amostragem.
Por exemplo, se o lote representar uma semana de cinco dias de produção,
cada sublote poderá ser constituído da quantidade produzida em um dia
e ser amostrado aplicando um plano simples individualmente, ou fazendo
uma única amostragem, com base no lote global, tomando, proporcio-
nalmente, 1/5 da amostra para cada sublote. Os critérios de aceitação/
rejeição serão aplicados, então, tomando-se como base os resultados de
inspeção acumulados durante a semana.

2.3. Identificação de lotes


A identificação adequada e o registro de resultados de inspeção de cada lote
são essenciais. Com a identificação dos lotes e respectivas amostras, serão evita-
das as misturas de produtos rejeitados com outros produtos não inspecionados,
ou com produtos aprovados aguardando embarque. A maneira mais simples de
manter a identidade do lote é por separação física.
Tal procedimento facilita o destino zdo produto inspecionado, quer a decisão
seja a de aceitar ou de rejeitar o lote. Em caso de aceitação, os lotes separados
são mais facilmente marcados para embarque; se houver rejeição, os lotes sepa-
rados podem ser identificados de forma visível e reapresentados à inspeção, se
for o caso.

2.4. Tipos de planos de amostragem por lotes


Plano de amostragem por lote é a fixação do(s) tamanho(s) de amostra a
ser(em) usado(s) e os critérios de aceitação e rejeição associados. O número de
aceitação é o máximo número de defeitos ou unidades defeituosas na amostra
que permitirá a aceitação do lote ou partida em inspeção. O número de rejeição
é o mínimo número de defeitos ou unidades defeituosas na amostra que causará
rejeição do lote representado pela amostra. Os planos de inspeção por amos-
tragem de lotes podem ser agrupados em quatro tipos básicos: simples, duplo,
múltiplo e sequencial.
A utilização de qualquer um destes planos de amostragem usualmente requer
o agrupamento da produção em lotes ou partidas, os quais serão aceitos ou
rejeitados, dependendo dos resultados da inspeção por amostragem. Deve ser
entendido que os termos “aceito e rejeitado” indicam uma decisão estatística
fixada nas bases do plano de amostragem e dos critérios utilizados.

34 GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO | SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS | ANEXOS


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Esta decisão, por si só, não dita ou garante a aceitação ou rejeição final, se outras
considerações, como cláusulas contratuais, administrativas ou técnicas, esti-
verem envolvidas. O propósito primário da inspeção por amostragem é obter
informações no sentido de buscar uma decisão estatística sobre o julgamento
dos lotes ou partidas (aceitos, se atenderem a um ou mais requisitos de qualidade
especificados, ou rejeitados, se não atenderem).
A escolha de um plano particular de amostragem depende de uma série de
fatores. Geralmente, esta escolha envolve considerações como:
a. propriedades do plano de amostragem;
b. facilidade da parte administrativa do plano;
c. proteção oferecida;
d. total da amostra requerida;
e. custo de inspeção.
Em aditamento a estas necessidades, para consideração adequada destes fatores,
é preciso reconhecer que o plano adotado para um tipo de produto pode
não ser o melhor para outro tipo. Isto é particularmente verdadeiro quando a
submissão do produto à inspeção depende do layout de uma operação de
produção e/ou dos métodos de produção.
Além disso, o histórico de qualidade do fabricante, fonte ou processo define
uma regra importante na escolha do plano de amostragem apropriado. Quando
o histórico denota um produto de alta qualidade, o plano de amostragem
escolhido deverá, com um mínimo de inspeção, conduzir a uma decisão sobre
a conformidade do produto com as especificações de qualidade requeridas; e,
pelo contrário, para fabricantes, fontes ou processos com históricos de relativa
baixa qualidade, um total muito grande de inspeção poderá ser completamente
justificado.

2.5. Planos de amostragem simples


São aqueles nos quais os resultados de uma amostra simples (única) de um lote
de inspeção já são conclusivos na determinação de sua aceitabilidade. O número
de unidades de artigos para festas inspecionados deve ser igual ao tamanho da
amostra indicado no plano, sendo normalmente designado pela letra “n”. Se o
número de defeitos encontrados na amostra for igual ou menor que o número
de aceitação “Ac”, o lote ou partida pode ser considerado aprovado; e se o
número de defeitos for igual ou maior que o número de rejeição “Re”, será consi-
derado rejeitado (para exemplo, ver ABNT NBR 5426:1985, Anexo B).

2.6 Seleção do nível de qualidade


A seleção de um valor de nível de qualidade (NQA) resulta da consideração de
inúmeros fatores, entre os quais destacam-se: requisitos de projeto, proteção
de qualidade necessária, custo do produto, custo de inspeção, capabilidade do
processo, tipos de defeitos, dados disponíveis sobre a qualidade do produto etc.

GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO | SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS | ANEXOS 35


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A correta ponderação destes fatores determinará o valor do nível de qualidade


a ser especificado. A escolha de níveis de qualidade muito rigorosos pode resultar
em elevação exagerada do custo de inspeção e do produto. Por outro lado, a
escolha de níveis de qualidade muito liberais poderá resultar no fornecimento
de artigos para festas potencialmente inseguros.

2.7. Verificação normal


É utilizada quando não há evidência de que a qualidade do produto considerado
é melhor ou pior do que o nível de qualidade especificado. A inspeção normal é
usualmente colocada em prática no início da inspeção e é continuada enquanto
perdurar a evidência de que a qualidade do produto está de acordo com as
exigências especificadas.

2.8 Verificação severa


A inspeção severa é instituída de acordo com normas específicas, quando se
torna evidente que a qualidade do produto está se deteriorando.
A inspeção severa no plano de inspeção de amostras usa o mesmo nível de
qualidade que a inspeção normal, mas requer maior severidade no critério da
aceitação. Isto é usualmente conseguido determinando-se um número de acei-
tação menor para a amostra. No caso de evidente melhoria na qualidade do
produto, é permitido voltar à inspeção normal, de acordo com procedimentos
estabelecidos em normas específicas.

2.9. Retirada de amostras


É básico para a inspeção por amostragem a certeza de que a amostra selecionada
de uma certa quantidade de unidades (lote) representa a sua qualidade; por
esta razão, o procedimento usado para selecionar unidades de
um lote deve ser tal que assegure uma amostragem não tendenciosa. O processo
de seleção de amostras que atende a estas exigências chama-se amostragem
aleatória.

3. PROCEDIMENTO DE AMOSTRAGEM
Tendo como base as definições e conceitos apresentados, a lista a seguir ilustra uma
sequência típica de operações, quando se usam os procedimentos de amostragem e as
tabelas de inspeção por atributos (Tabelas 1 e 2) estabelecidas neste Anexo.
1. Determinar o tamanho do lote.
2. Escolher o nível de inspeção. É aconselhável usar nível II, inicialmente.
3. Determinar o código literal do tamanho da amostra. É encontrado na Tabela 1
deste Anexo e baseado no tamanho do lote e no nível de inspeção.
4. Escolher o plano de amostragem. Geralmente, usa-se o plano de amostragem
simples.
5. Estabelecer a severidade da inspeção. Inicialmente, utiliza-se inspeção em
regime normal.

36 GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO | SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS | ANEXOS


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6. Determinar o tamanho da amostra e o número de aceitação. Estes valores estão
baseados nos requisitos para inspeção simples e regime normal encontrados
na Tabela 2 deste Anexo, tendo como referências o valor do NQA especificado
e o código literal do tamanho da amostra. Inicialmente, usa-se um NQA de 0,10,
considerando que estamos avaliando requisitos de segurança.
7. Retirada da amostra. A amostra é retirada do lote, ao acaso, na quantidade de
unidades de artigos para festas, conforme determinado na Tabela 2 deste Anexo.
8. Verificação da amostra. O número de defeituosos (ou “defeitos por cem uni-
dades”) é contado e comparado com o(s) número(s) de aceitação, adotando o
critério próprio para cada tipo de plano de amostragem (ver Tabela 2 deste Anexo).
A seguir, é descrito um exemplo prático de uso do procedimento de amostragem.

O objetivo é avaliar a segurança de uma grande quantidade de artigo para festas A;


com o nível de inspeção II, amostragem simples, um valor de Nível de Qualidade Aceitável
(NQA) de 2,5%, bem como os procedimentos de inspeção normal. Considerou-se
adequado um tamanho de lote de 1500 unidades de artigo para festas A, levando-se
em conta a taxa de produção e as características do produto.
O plano de amostragem e os procedimentos são determinados como a seguir:
a. encontra-se o código literal do tamanho da amostra, K, na Tabela 1 deste Anexo,
baseado em um tamanho de lote de 1500 e no nível geral de inspeção II;

b. na Tabela 2 do Anexo correspondente ao código literal K e NQA de 2,5%


(0,025), encontram-se o tamanho de amostra de 125 peças e um número de
aceitação (Ac) de 7;

c. do lote de 1500 unidades retira-se ao acaso uma amostra de 125 unidades.


Em cada unidade na amostra, inspecionam-se todas as características da
qualidade especificadas, para se determinar se a unidade é defeituosa ou não;

d. o lote inteiro de 1500 unidades será aceito se forem encontradas sete ou


menos unidades defeituosas na amostra. Se oito ou mais unidades defeituosas
forem encontradas na amostra, o lote deve ser rejeitado.

GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO | SEGURANÇA DE ARTIGOS PARA FESTAS | ANEXOS 37


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Tabela 1 - Codificação de amostragem

Níveis especiais de inspeção Níveis gerais de inspeção


Tamanho do
lote
S1 S2 S3 S4 I II III

2a8 A A A A A A B

9 a 15 A A A A A B C

16 a 25 A A B B B C D

26 a 50 A B B C C D E

51 a 90 B B C C C E F

91 a 150 B B C D D F G

151 a 280 B C D E E G H

281 a 500 B C D E F H J

501 a 1200 C C E F G J K

1201 a 3200 C D E G H K L

3201 a 10000 C D F G J L M

10001 a 35000 C D F H K M N

35001 a 150000 D E G J L N P

150001 a 500000 D E G J M P Q

Acima de 500001 D E H K N Q R

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Tabela 2 - Plano de amostragem simples - Normal

NQA

0,010 0,015 0,025 0,040 0,065 0,10 0,15 0,25 0,40 0,65 1,0 1,5 2,5 4,0 6,5 10 15 25 40 65 100 150 250 400 650 1000

amostra

amostras
Código de
Tamanho da
Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re Ac Re

A 2 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22 30 31

B 3 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22 30 31 44 45

C 5 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22 30 31 44 45

D 8 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22 30 31 44 45

E 13 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22 30 31 44 45

F 20 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22

G 32 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22

H 50 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22

J 80 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22

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K 125 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22

L 200 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22

M 315 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22

N 500 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22

P 800 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22

Q 1250 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22

R 2000 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 10 11 14 15 21 22

- Usar o primeiro plano abaixo da seta. Se a nova amostragem requerida for igual ou maior do que o número de peças constituintes do lote, inspecionar 100%.

- Usar o primeiro plano acima da seta.

Ac - Número de peças defeituosas (ou falhas) que ainda permite aceitar o lote.
Re - Número de peças defeituosas (ou falhas) que implica a rejeição do lote.
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REFERÊNCIAS
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ABNT NBR 13883:2015, Segurança de artigos para festas – Requisitos e métodos de ensaio.

ABNT NBR ISO 10377:2014, Segurança de produto de consumo – Diretrizes para fornecedores.

ABNT NBR ISO 10393:2014, Recall de produto de consumo – Diretrizes para fornecedores.

ABNT NBR 5425:1989, Guia para inspeção por amostragem no controle e certificação de
qualidade.

ABNT NBR 5426:1989, Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos.

ABNT NBR 5427:1989, Guia para utilização da ABNT NBR 5426 - Planos de amostragem e
procedimentos na inspeção por atributos.

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