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Vida Infinita
HORÁCIO FRAZÃO
Vida
Infinita
Aplicações práticas da Teoria Quântica
para uma vida bem-sucedida
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Vida Infinita
SUMÁRIO
1 DE VOLTA AO NOVO
CAPÍTULO 1
ACENDENDO O ESTOPIM DE UMA NOVA VISÃO 9
CAPÍTULO 2
SABEDORIA QUÂNTICA DO ÍNTIMO DA MATÉRIA 18
CAPÍTULO 3
ADOTANDO UMA NOVA PERCEPÇÃO 27
2 COMPORTAMENTOS QUÂNTICOS
CAPÍTULO 4
O EU MAIOR 38
CAPÍTULO 5
OPERANDO A TRANSFORMAÇÃO PELOS COMPORTAMENTOS 58
3 A FÍSICA DO SUCESSO
CAPÍTULO 6
ASSUMINDO O SUCESSO 76
CAPÍTULO 7
ENTENDENDO A IMPORTÂNCIA DAS CARACTERÍSTICAS DO CAMPO 89
CAPÍTULO 8
OS PASSOS PARA A REALIZAÇÃO E A PLENITUDE 96
CAPÍTULO 9
ASSUMINDO O PODER DA CONSCIÊNCIA 116
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Vida Infinita
4 COCRIADOR CONSCIENTE
CAPÍTULO 10
QUEBRANDO CONCEITOS REDUCIONISTAS 126
CAPÍTULO 11
A CRIAÇÃO QUÂNTICA 140
CAPÍTULO 12
SISTEMA QUÂNTICO DE CRIAÇÃO 156
CONCLUSÃO 169
AGRADECIMENTOS 170
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Vida Infinita
SOBRE
ESTE
LIVRO
E
ste livro apresenta uma abordagem que visa ampliar o modelo atual existente sobre a
consciência humana e fornecer as bases para expandir a percepção para além do que é
visível e conceber a possibilidade de mudar a própria realidade, tornando-a melhor.
Ao libertar-se da ideia reducionista de que a consciência é um mero resultado da ativida-
de eletroquímica do cérebro, os limites deixam de existir e tornamo-nos aptos a orquestrar
a estrutura da realidade à nossa volta. A Física da Consciência é a partitura inicial por meio
da qual seremos o maestro da nossa própria vida.
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Vida Infinita
APRESENTAÇÃO
O
homem vive como refém do materialismo há muito tempo. Ao que tudo indica, houve
momentos em que diferentes civilizações em nosso planeta estiveram além do seu pró-
prio tempo, incluindo o nosso atual. Com o passar dos milênios, os feitos de tais civilizações,
quando na falta de evidências e registros históricos sólidos, converteram-se em lembranças,
lendas e folclores, deixando apenas a impressão e a possibilidade de que talvez pudéssemos
também ir além.
Parece cíclico o movimento de ascensão e declínio de civilizações que atingem grande al-
cance tecnológico, larga envergadura de conhecimento e alta expressão de paranormalidade.
Em algum momento, apresentou-se um fator que, a despeito de todo o avanço levaram tais
civilizações a sucumbirem, não sem deixarem sua herança para as civilizações vindouras.
Assim se deram os desfechos de civilizações como Atlântida, Lemúria e tantas outras, cujos
registros desconhecemos.
Qual seria este fator que controla a tecnologia, submete o intelecto e orienta adequada-
mente a paranormalidade, deixando-os aquém? Trata-se da lucidez espiritual.
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Vida Infinita
H
orácio Frazão é ativista quântico, meta-
físico, palestrante e humanista. Possui
formação em Cinesiologia Aplicada, Master
PNL e Hipnose. Pesquisador da consciência
humana e mecânica quântica, conviveu em
tempo integral com monges da Índia, África,
Europa e Filipinas, com os quais estudou e
vivenciou processos e métodos de desenvol-
vimento da consciência e de uma nova per-
cepção por meio de técnicas de meditação e
controle da energia vital.
Vem orientando grupos cada vez maiores
de pessoas a ampliar a percepção e a provo-
car uma mudança radical em seus níveis de
consciência a fim de manifestarem poten-
ciais e transformarem suas realidades.
Participou como palestrante no Simpósio
Internacional sobre a Consciência, quando
apresentou seu próprio modelo com o arti-
go: “A Nova Consciência Emergente”.
Na área do autodesenvolvimento e trans-
formação pessoal, vem compilando traba-
lhos no campo do autoconhecimento, ciên-
cias da mente e espiritualidade.
Autor dos Livros Vida Infinita e O Meta-
-humano e fundador da plataforma Metaflix,
SOBRE O
um acervo digital com cursos, palestras e sé-
ries voltados para o autodesenvolvimento.
Desenvolveu o Sistema da Holografia da
AUTOR
Mente – Um método que visa promover a
reestruturação da consciência e impulsionar
o indivíduo à transformação por meio do ge-
nuíno Salto Quântico.
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Vida Infinita
PARTE
1
DE VOLTA AO
NOVO
“Tudo começa e termina em você.’’
Horácio Frazão
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Vida Infinita
CAPÍTULO 1
ACENDENDO O ESTOPIM
DE UMA NOVA VISÃO
“É ESTUPIDEZ PEDIR AOS DEUSES AQUILO
QUE SE PODE CONSEGUIR SOZINHO.”
EPICURO
A
Física Quântica propõe uma mudança no modelo de realidade. Até então, nos baseamos
no modelo cartesiano, mecanicista, proposto por Isaac Newton, que nos fez enxergar o
mundo de uma maneira muito objetiva, linear e exata. Assim, o mundo seria como um gran-
de relógio, regido por um mecanismo bem determinado. Apesar de já ter expandido pelo pa-
radigma da Física Quântica, ele não foi anulado, pois ainda explica fenômenos que ocorrem
na realidade aparente.
O modelo clássico explica fenômenos que ocorrem nas dimensões médias ou na macro-re-
alidade. Por exemplo, quando empurramos um livro sobre uma mesa, temos que exercer uma
determinada força sobre o mesmo. O livro, em contato com a mesa, resiste ao movimento com
uma força igual e oposta. Aí está a Física Clássica funcionando perfeitamente, explicando a
força de atrito.
Já a Física Quântica penetra no íntimo da matéria e torna tudo absolutamente incerto. Na
visão quântica, o que era determinado passa a não mais ser. A realidade muda completamente.
Apesar disso, a nossa percepção ainda está adaptada e ajustada para o paradigma cartesiano.
O paradigma modificou-se, porém nós ainda não. A percepção humana não está adaptada
ao paradigma quântico. Concebemos um mundo onde as coisas permanecem separadas e a rea-
lidade é estática, sendo isso apenas uma ilusão de ótica persistente. Nossa mente ainda nos diz e
nos convence de que há um mundo lá fora existindo, independentemente da nossa percepção. É
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Vida Infinita
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Vida Infinita
Normalidade e natureza
A primeira possibilidade a que devemos nos abrir é que viver não se resume apenas em
atos que repercutem. Ou seja, viver não é apenas realizar (fazer isso para atingir aquilo). Nós
vivemos em uma sociedade e estamos inseridos em uma cultura que valoriza muito a execu-
ção, sem considerar o movimento que a antecede. É claro que o “fazer” tem o seu momentum.
Porém, antes desse momento de ação, há o ato da criação. Aquele instante em que se manifes-
ta internamente aquilo que se quer criar. Ao que tudo indica esse é o mecanismo natural da
consciência humana: manifestar antes de materializar.
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Vida Infinita
presentes em cada um de nós para impactar o nosso universo pessoal com originalidade,
criação e insights. A centelha divina ou a consciência, tem a visão além do tempo, para ser-
mos criativos e renovarmos o mundo constantemente. No entanto, esta estrutura, a personali-
dade, é composta de parâmetros que inibem, castram e reprimem. A personalidade aprisiona,
machuca e aperta, resultando em um comportamento completamente disfuncional. Feliz-
mente, a personalidade representa um aspecto totalmente móvel, plástico e, portanto, passível
de ser remodelado e atualizado, tornando-se claro que a normalidade neste contexto é um
agente disfuncional que impõe a igualdade como premissa básica de adaptação ao mundo, e
não a diferença. De forma tácita, a personalidade reforça fundamentos baseados em padrões
de igualdade que devem ser seguidos. Por exemplo, o estilo de como se vestir, os cortes de
cabelos da moda, a forma como devemos nos comportar e nos sentir, etc.
Quando desenvolvemos a consciência para observar o mundo sem absorvê-lo, percebe-
mos um grande sistema que visa manter as pessoas bloqueadas mentalmente para serem con-
duzidas, de modo a não serem pólos ativos e, sim, passivos. É por meio da manutenção da
passividade coletiva, que o poder mantém-se centralizado nas mãos de poucos que ainda go-
vernam o planeta, retroalimentando uma psicologia de massa baseada no fomento do medo.
Quando falamos de natureza, estamos falando de tudo aquilo que nos constitui e que não
se aprende, por não se tratar de fenômenos mentais. Não é opção, é uma questão de natureza
que nos constitui e é parte de quem somos. A constituição original do ser é criatividade, paz,
amor, foco, liberdade, abundância e todos outros atributos criativos. Poderíamos também
incluir a autoestima, como um atributo que envolve o reconhecimento de que nosso valor é
infinito perante o universo e não o nosso valor em relação ao outro ou ao mundo. Nesta pers-
pectiva é algo muito maior que envolve o reconhecimento de que somos o universo.
Portanto, a natureza, o caminho de retorno, tem o seu início quando nos permitimos olhar
da forma como o universo nos olha, de maneira perfeita, natural e divina. Como exemplo
podemos citar de forma bem simples as sensações de repulsa e nojo quando olhamos uma
barata. Para a natureza ou sob o “olhar” do universo a barata é apenas uma barata, um ser vivo
dentre infinitos outros, mas sob a ótica da percepção humana adulterada por preconceitos e
condicionamentos, geramos uma reação preconceituosa de nojo e repulsa em relação a bara-
ta. Qual é a sua percepção sobre si mesmo? Será que o seu “olhar” sobre você não está sendo
também preconceituoso? Como se sente? Reflita sobre isso.
Quando iniciamos o processo genuíno de expansão da consciência, num dado momento,
teremos de fazer a escolha de abandonar o caminho da normalidade. O apego à padronização
que a normalidade impõe ainda é muito intenso. Sem nos darmos conta, queremos ser iguais
e viver igual a todo mundo.
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Metassistema
O universo é um metassistema autoconsciente dotado de inteligência atemporal e não lo-
cal. Nós fazemos parte deste grande Sistema. Como partes do sistema, afetamo-nos mutua-
mente. Esta influência mútua poderá ser em prol do Sistema ou inconscientemente contra ele.
Desta dinâmica surgem impulsos e forças quânticas que atuarão para promover ou libertar a
parte quando a mesma se opõe ao Sistema Universal por conta de conceitos, valores e crenças
limitadoras.
Neste processo de interferência construtiva universal, o princípio é de libertação. A inteli-
gência cósmica fará o que for preciso para libertar a parte apegada à estrutura de conceitos e
ideias que a levam a negar-se como diferença e singularidade. Quando negamos algo em nós,
estamos fazendo oposição ao Sistema da Totalidade. Muitas vezes, a ação de libertação da
inteligência do universo corresponde a experiências de alto impacto, como perdas financeiras
ou pessoais, doenças, crises psicológicas, desestruturações internas, dentre outras. Aparen-
temente, tais experiências de impacto podem ser interpretadas como experiências negativas,
mas o motor que as move é um princípio de integração amorosa e inteligente, que está agindo
para libertar-nos do excesso de estruturas que nos deformam para restaurar a ordem deste
grande organismo vivo chamado Universo, do qual fazemos parte.
Obviamente que tais experiências são completamente desnecessárias para aqueles que op-
tam por usar a inteligência e buscam maior integração com as leis e princípios que regem a
dinâmica do universo e da própria consciência.
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Imaginemos um elástico. Quanto mais o esticarmos, maior será a sua força de retorno.
Quanto mais resistirmos ao fluxo da natureza e da vida, maior será a força do universo para
nos libertar.
A proposta de aprofundarmos a visão sobre a física da consciência, isto é, ampliarmos
a compreensão da mecânica quântica por trás da interação entre consciência e matéria, é
de produzirmos um maior fluxo facilitador. Tudo isso dependerá de um conhecimento para
aplicarmos a consciência com mais eficácia. A facilidade é um sinal claro e inequívoco de
que estamos integrados com este grande metassistema interpretado como universo. Desta
integração, o fenômeno da ressonância harmônica acontecerá espontânea e positivamente.
Ao pensarmos e sentirmos dentro desta integração, o universo responderá e a realidade se
modificará adaptando-se à qualidade do pensamento e sentimento. Somos a água que vibra
na taça de cristal numa extremidade da mesa. A outra água que vibra na taça de cristal na
extremidade oposta é o potencial que está entrando em fase conosco. Vale lembrar que apesar
de cada taça de cristal com água estarem distantes no espaço da mesa, a água de ambas as
taças, ainda assim é água, com a mesma estrutura molecular.
Transcendendo o esforço
Na ótica da natureza e da física da consciência, não há o conceito de esforço. O esforço é a
ausência de conexão. Quando se está conectado, há fluxo e facilidade. Na natureza tudo fun-
ciona desta forma. Até mesmo na física envolvida no comportamento da luz, nota-se que a luz
“escolhe” o caminho de mínimo esforço a fim de propagar-se, ou seja, uma linha reta. Todo o
sistema biológico baseia-se numa lei universal: máxima economia de energia.
Se pudéssemos penetrar no mundo quântico, ficaríamos chocados, pois deixaríamos de ver
coisas interagindo entre si e veríamos um grande espaço vazio, onde ocorre uma grande sinfo-
nia entre informação e energia. Se não há coisas, não há esforço, e sim, inteligência organizando
e articulando informação. Ao invés do esforço para atingir resultados, há o ato de percepção
integrada. Dedicar-se não é esforçar-se, é fluxo de consciência focalizado em uma atividade.
Geralmente quando há prazer na realização de uma atividade, naturalmente haverá fluxo de
consciência focalizada.
A possibilidade de viver facilmente é desvelada quando ampliamos a visão da realidade a partir
do paradigma quântico que está completamente embasado na consciência. Estaríamos dispostos a
aceitar que a existência pode ser muito mais fácil, plena e divertida? Como esta pergunta repercute
internamente em você? Fato é que se o tema deste livro o atraiu, significa que há uma inclinação
presente em você para entrar neste modo natural de “funcionar” e operar a realidade.
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Tudo isso não passa de construções humanas que nos levam a perder o contato com os
verdadeiros princípios naturais e universais. Ao olharmos para a natureza veremos que lá os
seres vivos, desde a grama que cresce até um único animal, simplesmente vivem e fluem em
concordância com as leis naturais. Da borboleta às plantas, todos vivem uma vida criativa nos
fundamentos quânticos e espontaneamente atingem seu ápice.
O que esperar de uma sociedade que ainda vê no sofrimento uma forma de se ter valor?
Desta forma cabe aqui um lema libertador: Você é A Causa de Tudo, Mas Não Tem Culpa
de Nada. A culpa é uma construção religiosa. Já a consciência como o agente causal é uma
realidade.
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CAPÍTULO 2
SABEDORIA QUÂNTICA
DO ÍNTIMO DA MATÉRIA
“QUEM ENTRAR EM CONTATO COM A FÍSICA QUÂNTICA SEM SE
ESPANTAR, SEM FICAR PERPLEXO, É PORQUE NÃO ENTENDEU.”
NIELS BOHR
H
á mais de 100 anos nascia uma nova física, a Física Quântica. Tudo começou em 1900
quando Max Planck, físico alemão, propôs que a energia era enviada em pequenos “paco-
tes”, chamados quanta. Até que chegou-se a compreensão do estranho comportamento dual
das partículas.
A dualidade onda-partícula propõe que, os elétrons se comportam ora como onda, ora
como partícula. Evidenciando que no momento em que o elétron está se comportando como
onda, esta onda não é uma forma de radiação mas sim, uma onda de probabilidade. Proba-
bilidade é uma perspectiva favorável de algo ocorrer dentro de uma variação de 0 à 100%.
Possibilidade é o potencial de um dado evento. Os elétrons possuem este comportamento
estranho. Eles aparecem e depois simplesmente desaparecem, voltando a serem possibilida-
des ou potenciais de existência no átomo. Podemos dizer que o elétron existe virtualmente e
probabilisticamente em qualquer ponto do átomo simultaneamente, quando não é observado
ou medido. Em qualquer espaço, o elétron existe como possibilidade de existência.
E o que torna esta onda partícula? O que interrompe o comportamento da onda de possi-
bilidade, para um objeto localizado no espaço e no tempo como um elétron? A resposta é: o
ato da observação. O princípio do observador, de forma resumida e direta nos diz que o ato
de observar colapsa o potencial quântico em particular e interfere diretamente no objeto
observado.
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Se um cientista olhar para um ponto, lá estará o elétron como partícula; se olhar para outro
ponto, lá surgirá o elétron novamente, mas antes mesmo da medição quântica, o elétron está
probabilisticamente existindo como potencial em qualquer ponto.
Tais descobertas da nova física consolidaram a Mecânica Quântica, que explica o funciona-
mento da realidade no universo das subpartículas. Podemos dizer que a Física Quântica propõe
um entendimento no nível microcósmico da matéria. Neste mundo subparticular, determinadas
leis físicas que regem a macro realidade, o mundo clássico de cadeiras, céu e paredes, são facil-
mente revogadas, pois enquanto na realidade macro parece haver um determinismo, no qual
tempo e espaço são constantes imutáveis, conforme o modelo da Física Clássica, no mundo quân-
tico a essência do funcionamento da matéria é a incerteza. A constatação matemática da natureza
incerta do mundo quântico fez Einstein em um momento de contestação proferir a seguinte frase:
“Deus não joga dados”.
Na mecânica quântica, a matéria não existe de forma independente ao observador, como
propunha o princípio da objetividade forte de Aristóteles. Aristóteles defendia a teoria de que
a matéria existe independentemente da mente. Nesta visão, descarta-se a consciência humana
como um fator causal. A ideia de um mundo preexistente a uma mente já foi praticamente
superada, felizmente, com o paradigma quântico que demonstra exatamente o contrário. A
matéria não é algo rígido, fixo e independente de uma mente. A matéria sequer existe enquan-
to matéria, pois ela surge a partir da observação. Alguns físicos corajosamente propõem, in-
clusive, que a definição da matéria depende do fator psicológico ou subjetivo da mente de um
observador. O interior do átomo é constituído de 99,99% de espaços vazios. Se pudéssemos
mergulhar no interior do átomo, à medida que penetrássemos em seu núcleo, depararíamos
com um espaço tão vasto quanto o espaço sideral sobre nossas cabeças.
Sugiro, então, um pequeno exercício de extrapolação: o espaço sideral seria tão ínfimo
quanto o espaço no interior do átomo? Ou o espaço subatômico ou quântico seria tão cósmi-
co e infinito como o macro espaço?
Aqui cabe o Sutra do Coração do Budismo, pois Buda, há aproximadamente 2.500 anos, já
havia expandido sua consciência e acessado o paradigma quântico. No Sutra do Coração ele
diz: “A forma não difere do vazio, nem o vazio da forma. A forma é idêntica ao vazio e o vazio
é idêntico à forma”.
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a consciência como um produto da matéria, do cérebro. Assim, teríamos átomos que formam
moléculas, moléculas que formam células, células que formam tecidos, tecidos que formam
órgãos, órgão (cérebro) que gera a consciência como um estado resultante da atividade neu-
roquímica. O mesmo valeria para a realidade à nossa volta. Neste paradigma, tudo surgiria da
matéria, inclusive a consciência.
Ao considerar o princípio do observador, que propõe que o ato da observação é o fator
que colapsa a possibilidade em um elétron ou evento particular, a consciência resgata sua
supremacia, sendo completamente libertada da matéria. A teoria que sustenta tal relação é a
teoria quântica da causação descendente. Nesta, a causa descende de um princípio primário e
imaterial, significando que a matéria surge de algo que não é matéria. Assim, temos a consci-
ência colapsando a possibilidade em um evento particular, ou seja, subpartículas que formam
átomos, que formam moléculas, células, tecidos, órgãos e o cérebro.
Na teoria da causação descendente a origem de um evento ou objeto material ocorre a
posteriori. A consciência viria a priori. Tudo está sendo orquestrado pela consciência. Sobre
qual consciência se refere? Sobre a consciência que constata a realidade à sua volta. Esta cons-
ciência está se expressando em “um número indefinido de maneiras e percepções”, conforme
mencionado pelo Físico Americano Fred Alan Wolf, em seu livro Espaço, Tempo e Além.
Você, eu e nós somos expressões desta consciência que, como um pano de fundo, permite a
existência material do universo.
Poderíamos também considerar o conceito de Holos que propõe que o “todo é maior que
a soma das partes”. Portanto, haveria uma consciência total e cada um de nós seríamos uma
expressão singular, um fractal experimentando de forma única a existência no continuum do
espaço-tempo.
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veremos uma tira marcada na parede atrás da fenda. Algo perfeitamente esperado. Ao colo-
carmos uma segunda fenda, veremos uma segunda tira duplicada à direita com a marca das
bolinhas que foram atiradas.
No caso de ondas propagando-se sobre uma única fenda, veremos uma faixa mais intensa
e clara na tira correspondente à ela. Ao adicionar a segunda fenda, as ondas produzem um pa-
drão de interferência na tela ao se propagar, isto é, áreas mais claras (interferência construtiva,
dois topos de ondas que se encontram) e áreas mais escuras (interferência destrutiva, topos e
pontos baixos das ondas que se encontram).
O curioso neste experimento é que, ao lançar um feixe de elétrons por uma fenda, há uma
única tira na tela, como os da bola de gude. Ao projetar o mesmo feixe de elétron em duas
fendas, deveríamos ter duas tiras registradas na tela. No entanto, registra-se um padrão de
interferência idêntico ao que as ondas geram ao serem irradiadas. Como partículas produzem
efeitos como os das ondas? O que torna este experimento mais subjetivo é o fator consciên-
cia. Quando os físicos resolveram observar o elétron passando pelas duas fendas (medição),
o elétron voltou a se comportar como partícula e passou apenas por uma fenda e não pelas
duas. Como se o elétron “soubesse” que estava sendo observado e “decidisse” agir de maneira
diferente.
O próprio ato da medição ou observação interferiu diretamente na matéria, constatando-
-se que o elétron se comporta ora como onda e ora como partícula. O observador colapsa a
função de onda em partícula.
E quando os elétrons se comportam como onda, que tipo de onda elas se tornam? A res-
posta é: ondas de probabilidades, potencial.
Elétron e nanoconsciência
O experimento da Fenda Dupla demonstra exatamente a interconexão e o intercâmbio en-
tre observador e elétron. Poderíamos especular e afirmar que o elétron possui uma espécie de
nanoconsciência, que representaria um aspecto da própria consciência do observador, mos-
trando que a separação entre observador e matéria é apenas uma espécie de ilusão de ótica.
Se tudo à nossa volta é constituído de matéria - átomos, elétrons e subpartículas -, e consi-
derando que as subpartículas são dotadas de consciência, pois decidem na presença de um
observador mudar o seu comportamento, pode-se concluir que o que chamamos de matéria
à nossa volta, são fractais da consciência daquele que observa, ou seja, a matéria é também
expressão da consciência.
Se só existe matéria quando há uma mente para observá-la, o observador (você e eu), é o
grande maestro que orquestra a estrutura da realidade. Portanto, nós somos o fundamento
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que está sendo observado, o que aconteceria com a onda no momento em que realizássemos a
medição a poucos momentos da onda provocar o padrão de interferência na tela? Isto foi feito
e o resultado foi ainda mais estranho. No último momento fizeram a medição e o elétron vol-
tou no tempo passado e passou pela fenda registrando um padrão de partícula na tela como
se desde o início ele tivesse se comportado como partícula. Essa é mais uma excentricidade
do mundo quântico.
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campo de realidade e não no seu, pois tais eventos estão relacionados com a qualidade de
percepção de cada um. Se eu realmente estiver convencido de que “a vida é luta” (infelizmente
esta é a visão da grande maioria), a minha realidade estará repleta de eventos que justificarão
esta crença e eu me perceberei lutando boa parte do tempo. Eu criarei a realidade e toda a sua
estrutura responderá.
Seguindo esta linha de raciocínio, podemos transportar o mesmo exemplo para a nossa re-
alidade atual. Será que, por não concebermos novas possibilidades, não conseguimos alterar
nossa realidade? Até que ponto o modelo de interpretação da sua realidade carece de maior
referência para que consiga transformar a sua vida?
O outro ponto de um paradigma diz respeito à essência da informação que o mesmo re-
força. Vamos citar como exemplo o estado mais rico do mundo, a Califórnia, nos Estados
Unidos. Na Califórnia, o Protestantismo predomina. A essência do Protestantismo, de forma
geral, é governada pelo Salmo 23, que diz: “O Senhor é o meu pastor e nada me faltará”.
A informação por trás do Salmo é a crença e a confiança na abundância e fartura. Não é de
se espantar que isso se torne realidade naquele estado.
Já ao explorarmos o Catolicismo que congrega, segundo dados estatísticos, cerca de 1 bi-
lhão de adeptos, e que tem Brasil e México como os principais redutos de convertidos, vere-
mos a expressão do sistema de crença, direcionado à valorização do sofrimento e da pobreza,
como forma de valor e aprovação de Deus. Podemos ver isso em Mateus 5, no Sermão da
Montanha, que começa assim: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino
dos céus”. A despeito da interpretação, deformação ou manipulação de informação, é claro o
reflexo de tais ideias compondo um território de crenças de quase 1 bilhão de pessoas. Basta
observar a realidade de países como México e Brasil, onde a desigualdade e pobreza ainda são
problemas crônicos.
A solução é a ampliação da percepção, a partir da adoção de modelos de rea-
lidade maiores que devolvam o poder da consciência e incentivem uma visão li-
vre de dogmas, falsos valores e pseudoverdades. Um modelo que aceite e admi-
ta que a vida pode ser muito mais plena, feliz, abundante e próspera. O paradigma
quântico é o ponto de partida para chegarmos num modelo maior sobre a realidade.
Evolução do pensamento
Desenvolver um novo modelo de realidade, baseado no paradigma quântico, permite que
o pensamento evolua atualizando a nossa mentalidade. A mentalidade determina todas as
respostas e reações que geramos internamente e também a percepção de mundo. Nesta nova
mentalidade, nossos pensamentos tenderão a ser mais sistêmicos e integrais, tornando a visão
de mundo mais integralizada.
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Vida Infinita
Nesta nova visão, a consciência ou o observador reassume o papel principal como o gran-
de epicentro a partir do qual todo o universo é construído. A visão sistêmica é uma visão
multidimensional que, gradualmente, nos leva a devassar outros níveis e planos de realidade
à medida que áreas mais profundas da consciência são gradativamente despertadas por essa
expansão do conhecimento. Isso também implica que devemos estar a favor do funcionamen-
to da realidade do universo, buscando emular o comportamento quântico das partículas na
nossa experiência, e aplicar toda a sabedoria quântica comunicada pela matemática na práti-
ca. Veremos nos capítulos a seguir como exercitar tal sabedoria.
Há uma relação diretamente proporcional envolvendo percepção e realidade: Quanto
maior for a ampliação da percepção, maior será a realidade vivenciada. A ampliação da
realidade aqui refere-se a maiores possibilidades de experiência. Sendo assim, toda transfor-
mação e o potencial de realização na existência dependerá de uma mudança de percepção, da
aquisição de um modelo mais aprimorado e aperfeiçoado.
Quando nos estabelecemos em um modelo no qual somos priorizados como o agente cau-
sal, e assumimos esta condição, naturalmente modificamos a nossa postura diante da vida,
transcendendo gradualmente posturas e atitudes limitadoras comuns à mentalidade reducio-
nista, que nos impunha um papel secundário na estruturação da realidade. Entende-se por
atitudes limitadoras, o vitimismo, a atitude de emitir juízos de valor, resistência, apego, medo,
dentre outras. Como consequência deste shift interior, desenvolveremos maior inclinação à
harmonia, a um estado interior de maior equilíbrio, pois passamos a reconhecer que o status
interno, a qualidade do pensamento e sentimento, tem um grande impacto na realidade.
A mudança da realidade torna-se realmente possível a partir deste novo status mental.
Nossa vivência passará a ser gradualmente mais fácil, pois o estado quântico (a percepção
quântica) que é o estado natural de todos os seres, produz como consequência natural, uma
vida com maior fluxo.
Os desafios fazem parte da equação existencial, pois é por meio deles que fomentamos a
criatividade. Os desafios não são dificuldades ou problemas, são possibilidades de autossupe-
ração, recriando-se sempre para melhor.
Como atingir este estado quântico para uma vida realmente quântica? O primeiro passo é
reconhecer tudo aquilo que está em nós como aprendizado psicoemocional, que resulta em
inclinações comportamentais reativas e que, por sua vez, faz de nós o principal impedimento
para uma vida plena.
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CAPÍTULO 3
ADOTANDO UMA
NOVA PERCEPÇÃO
“NÃO É O QUE NÃO SABEMOS QUE NOS IMPEDE DE VENCER. O NOSSO
MAIOR OBSTÁCULO É JUSTAMENTE O QUE SABEMOS.”
JOSH BILLINGS
U
ma das crenças mais arraigadas na mente humana é a ideia de um mundo difícil. Acreditar
em dificuldades constantes faz parte da mentalidade coletiva. É uma crença tão forte e domi-
nante que nos leva ao preconceito sobre a facilidade, afastando-nos de tal possibilidade. Quan-
do, por alguma razão, vivenciamos algum fluxo de facilidade em qualquer situação, ficamos
felizes, mas ao mesmo tempo, surge o sabotador em nós que diz: “Tem alguma coisa errada.
Não é possível que tudo esteja indo tão bem assim.” Ou, como diz o ditado popular, “quando
a esmola é muita, o santo desconfia.” Ditados como este apenas denunciam o quanto toda a
sociedade vive o culto à dificuldade e o quanto, sem nos darmos conta, colocamo-nos contra
uma vida com maior fluxo. Considerando que a realidade é governada pela Mecânica Quântica
que apresenta a interconexão entre a consciência e a matéria, e sugere que a atividade interna de
crenças e padrões mentais moldará a realidade material, nada mais previsível que uma socieda-
de ou população inteira governada por crenças limitantes, crie uma vida difícil.
Segundo alguns estudos da Psicologia Cognitiva, 98% dos obstáculos que vemos em nos-
sas vidas são projeções mentais, que significa que criamos limitações conceituais em nossas
mentes. Ainda segundo esses estudos, os 2% restantes seriam os desafios naturais que esti-
mulam a criatividade humana. Eles fazem parte e nos estimulam a despertar novas formas e
maneiras de lidar com a realidade. Já os obstáculos são barreiras construídas a partir de todo
um território de crenças que motivam o bloqueio, a dificuldade e o sofrimento.
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Vivemos dentro de uma grande estrutura de conceitos, normas e parâmetros que nos for-
çam a um enquadramento no qual apenas a dificuldade, o sofrimento e a luta, são permitidos.
Não é permitido mudar, pois a estrutura é contra a mudança, afinal mudança traz evolução
e consciência, aproximando do despertar, o que descentralizaria o poder que impõe o medo
para que os indivíduos sejam constantemente passivos. No entanto, sempre tivemos disponí-
vel o ato de interferir conscientemente em tais estruturas de ideias coaguladas e viciadas que
enraizavam velhos hábitos em nós. Ao colocarmos este mecanismo limitador em perspectiva,
como estamos fazendo agora, estamos dando o passo fundamental para um grande ponto de
mutação.
Convido você agora a saltar comigo para uma nova percepção. Um salto definitivo onde
uniremos um modo criativo de interagir com a vida: a percepção quântica.
Visão quântica
A visão quântica está embasada no comportamento e nas características do universo das
subpartículas. Se observarmos bem, veremos que podemos efetivamente aprender com o que
se observa no universo amplo, presente no íntimo da matéria. Há uma verdadeira sabedoria
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oriunda do espaço infinito no interior da matéria, rico em energia e informação. Nesta visão,
temos:
1. Incerteza: está embutida na matéria um certo grau de incerteza. Incerteza é um termo
que nos remete a algo incrível, ou seja, tudo é possível. Logo, temos um princípio a
favor da mudança, pois nada está determinado;
2. Flexibilidade: o universo deixa de ser determinista e passa a ser probabilístico. Há um
incrível fervilhar de potenciais;
3. Unificador: tudo está interconectado e correlacionado;
4. Responsabilidade: a consciência como CAUSA.
O paradigma quântico propõe uma ampliação da lógica envolvida no entendimento da
realidade do universo e da nossa relação com a matéria. Este paradigma permite conquistar
a percepção que nos habilita, a possibilidade de mudar a realidade, pois os comportamentos
inerentes à matéria como incerteza, flexibilidade, interconectvidade (unificação) e
responsabilidade (causalidade), nos guia para um novo caminho de maturidade existencial e
psicológica.
A adoção gradual desta nova percepção começa com o entendimento de que tudo começa
e termina em nós. Assumir 100% a responsabilidade por tudo que está acontecendo em nosso
universo pessoal é a condição fundamental para acessarmos e usufruirmos do poder quântico.
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ma, se soubermos nos relacionar com “Ele” de maneira transpessoal, o que implica entender
que o senso psicológico do “eu” deve se dissolver temporariamente, poderemos usufruir das
possibilidades e exercer com mais harmonia a função natural da cocriação.
De posse desse novo parâmetro, há apenas dois movimentos cabíveis na existência, os
quais a responsabilidade quântica abrange. São eles: contrariar ou favorecer a dialética uni-
versal. Todo o processo transformacional, portanto, de cura, seja em que nível for: de saúde
física, financeira, relacionamentos, profissional e outros, depende desta dinâmica. Em outras
palavras, para que a vida possa fluir e atinjamos o ápice, realizando-nos plenamente, é neces-
sário que estejamos a favor do sistema universal. Se estivermos em oposição ao funcionamen-
to do universo, criaremos bloqueios, paralisia dos fluxos e ficaremos doentes em alguma área
de nossas vidas.
Viver orientados pela sabedoria do mundo quântico é a saída para criarmos uma vida
pacífica e próspera, pois o funcionamento do universo, apesar de ser aparentemente linear, é
quântico e descontínuo em sua essência.
Quando atingirmos um ritmo de vida que nos harmoniza com o universo, estabelecere-
mos uma espécie de relação dipolo, como um imã, e seremos verdadeiros polos magnéticos
capazes de experimentar a realidade a nossa volta de acordo com nosso foco e escolhas.
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Estes indícios mostram que precisamos praticar um novo estado de consciência para que
a escolha ocorra e para que possamos produzir o salto quântico e recriar nossa realidade para
melhor. Este estado, sediado num nível em nós, permitiria que um aspecto nosso, muito mais
amplo e sem restrições no espaço-tempo, escolhesse por meio de nós a possibilidade na qual
queremos existir. Este aspecto maior, podemos denominar como nível quântico de consci-
ência.
No entanto, para que este aspecto que detém o poder de colapsar possibilidades possa
atuar pelo nosso intermédio, é necessário que alcancemos um estado psicológico diferente
do qual estamos acostumados e diferente daquele estado que tomamos decisões no nosso dia
a dia. Um estado no qual silenciamos a voz do “eu” e aquietamos as nossas mentes em um
ponto de completa ausência de querer e de ansiedade. Nesta condição, poderemos gentilmen-
te focalizar a possibilidade em questão. Veremos mais a frente os detalhes práticos de como
operar neste estado de consciência.
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é uma regra básica e que deve ser incorporada: sempre que não geramos convergência, en-
traremos em repetição e reeditaremos a realidade. Se temos mais daquilo que não desejamos,
o que em nós está influenciando nossas vidas? O que está influenciando são nossos próprios
condicionamentos, crenças e padrões inconscientes.
O exercício do entendimento das posturas quânticas cria estados mais autoconscientes e
inibe gradualmente a ação dos condicionamentos e padrões. O simples fato de estar lendo este
livro já está produzindo uma ampliação da sua consciência. Eis o ponto chave: Escolha. Se
não escolhemos, as crenças inconscientes escolherão ciclicamente por nós.
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PARTE
comportamentos
quânticos
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CAPÍTULO 4
O EU
MAIOR
“TUDO É QUESTÃO DE DESPERTAR SUA ALMA.”
GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ
Os comportamentos quânticos
A
o longo de anos de experiência pessoal, muita observação e auto-observação, comecei a
notar uma série de processos que me motivaram a estruturar métodos facilitadores de
uma vida mais plena e abundante de sentido.
Tenho o costume, em boa parte do tempo, de me observar e observar as pessoas. Por meio
da observação mais criteriosa, sem um molde pronto na mente para julgar, concedo-me o es-
paço interior, para que na minha percepção, as coisas e pessoas possam ser o que elas são. De
modo geral, as pessoas com mais idade, nas minhas observações, não possuem um semblante
que inspiraria plenitude e brilho vital. Por desconhecerem certas informações e leis da vida,
essas pessoas passaram por uma vida carregando condicionamentos e crenças que a fizeram
perder o contato com o caminho que as levaria para a sabedoria e a maturidade espiritual.
Talvez não tenham chegado a viver de verdade ou não despertaram. É possível passar uma
vida inteira sem sequer despertar.
Há uma frase de um personagem no filme O Caminho do Guerreiro Pacífico que contex-
tualiza muito bem esta realidade: “Triste não é a morte, mas o fato da maioria das pessoas não
chegarem a viver de verdade” Ao observar os olhos opacos da maioria das pessoas, percebo
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que, para estas pessoas a vida se resume numa situação e momento em que o único objetivo
é a sobrevivência e correr celeremente atrás das coisas e de um punhado de papel: o dinheiro.
Assumi o compromisso de alguma forma mostrar que podemos escolher por comporta-
mentos mais integrais e conscienciais, a fim de viver com mais sentido, criatividade e provocar
a experiência interior da realização. Já há algum tempo passei por um shift que me fez inverter
a lógica e a hierarquia das minhas prioridades, o que trouxe muito mais contentamento, paz e
sentido. Nesta inversão de ênfase, me libertei da sobrevivência e passei a sintonizar a dimen-
são da vida que estava ofuscada pela minha situação no mundo. Compreendi que mundo e
vida são dimensões distintas. A primeira é transitória, superficial e a segunda eterna, plena e
rica de sentido.
Desta observação, pude notar que há certos comportamentos que nos levam a uma co-
nexão maior com a inteligência da vida, da qual iremos tratar amplamente. Por outro lado,
há também outros comportamentos que produzem exatamente o oposto, ou seja, nos fazem
perder a conexão com a vida, com a inteligência do todo.
Os comportamentos conectores levam-nos a sair do raio de ação do “eu psicológico” mó-
vel, transitório. Este “eu” é um falso senso de identidade que sobrevive a partir de ideias, ex-
pectativas, do tempo e do outro. Numa outra dimensão do nosso ser, temos o que definiremos
como “Eu Informe” muito mais profundo, completo em si mesmo, livre de ideias e atemporal.
Um “Eu Maior”, eterno e acessível. Ele é sua real identidade.
É possível provocar ajustes finos em nosso comportamento por meio da adoção de pos-
turas mentais que provocarão o contato gradual, a conexão com esta inteligência maior, que
chamaremos nesta abordagem de nível quântico de consciência. Este nível representa um
aspecto nosso ampliado. Obviamente, que por meio da conexão com este nível, poderemos
influenciar com mais intensidade a realidade.
Percepção da consciência
Podemos dizer que você que lê este livro está pronto para esta mudança. Caso contrário seu
aspecto amplo, seu “Eu Informe” não faria com que ele chegasse até você. Na verdade, não se
trata do livro em si, mas o acesso ao campo de informações que há nele. O nível quântico da
sua consciência estruturou este cenário para lhe comunicar conteúdos a fim de atualizá-lo e
habilitá-lo a manifestar o nível quântico de consciência disponível em você. De posse de todo
este arcabouço de informações poderá vislumbrar outra possibilidade de desenvolvimento
rumo à realização pessoal.
A consciência está viajando pela evolução, tendo uma experiência psíquica momentânea
chamada tempo. Estamos todos viajando pela evolução. Esta é a jornada da autoconsciência.
No início, esta jornada foi realizada de forma simples, com poucos estímulos, pois o nível de
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Geralmente as pessoas que vivem boa parte do tempo no modo do “piloto automático” ou
inconsciência profunda, são altamente reativas e vivem continuamente cativas dos dramas
mentais, impostos pela própria mente sufocada pela ilusão.
Este é o estado que produz a repetição de comportamentos e situações. Uma espécie de
loop que se mantém num modo perpetum.
O comportamento reativo mantido pelo estado inconsciente, do automatismo mental,
retroalimenta-se a partir de um círculo de ação em que as crenças e ideias coaguladas que
sustentam falsos valores, reforçam-se continuamente fortalecendo modos comportamentais
como: autossabotagem, zona de conforto e procrastinação. A única forma de realmente
transcender tais hábitos automatizados é desligarmos o piloto automático e assumirmos o
“manche da aeronave”, o que implica em despertar do sono da matéria.
Uma vez, um aluno questionou: “Como derroto a au-tossabotagem, como desligo este
mecanismo?” Respondi a ele:
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-“Este mecanismo somente o controla se você estiver ausente. A saída é a sua presença em si”’.
As pessoas professam o desejo pela mudança, mas quando descobrem as atitudes necessárias
para tal, a resposta surge em alto e bom tom: “ah, é muito difícil isso”. O que leva à ponderação
de que talvez o que as pessoas queiram e chamem de mudança, seja afinal, um alívio. Mudança
implica em movimento e comprometimento absoluto com seu desenvolvimento. Alívio é algo
superficial, imediato e fácil de provocar. O primeiro nível, do “piloto automático”, é o mais
comum ainda em nossa espécie. A media dos seres humanos vive governada por este nível.
O primeiro comportamento quântico que devemos adotar é o que nos levará, a priori, a
atenuar o piloto automático. Sair do automatismo implica em resgatar o poder de escolha.
Teremos o arbítrio disponível: “Vou fazer isso”. “Não quero mais aquilo” e assim por diante.
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cerbando uma imagem altamente negativa de si mesmo. Como extensão do primeiro nível,
a reatividade é o motor que mantém a inconsciência ativa. Quanto mais reagimos ao obje-
to, mais inconscientes ficamos em relação ao objeto da nossa reação. Consideremos aqui os
pensamentos também como objetos. As pessoas que tentam viver colocando-se no papel de
vítima, reforçam a falsa impressão de que não têm poder e destituem-se do imenso poder que
há dentro de si. Como vítimas são altamente influenciáveis, pois não percebem que projetam
seu próprio poder em coisas e pessoas externas, que passam, portanto, a ter forte influência
sobre elas.
A transferência do poder pessoal se dá neste nível. Ao recebermos uma crítica, esta poderá
ter ou não, um grande impacto sobre nós. O que determinará o efeito será o quanto damos
força para aquilo. Se não dermos, a crítica não terá nenhum efeito sobre nós.
As vítimas estão por toda parte, pois é um papel bastante confortável. Sem dúvida, é mais fá-
cil responsabilizar o mundo e o outro sobre o que está nos acontecendo. Porém, esta atitude não
irá eximir aquele que sustenta tal papel, das consequências que virão. No final, teremos de lidar
com todas as sensações que estamos produzindo dentro de nós. Apenas nós sentimos as nossas
sensações, portanto, criemos sentimentos maravilhosos. Em outras culturas, o hábito mental
do vitimismo simplesmente não existe, pois não houve a imposição dogmática de crenças que
colocam as pessoas numa posição de passividade e inconsciência. A imposição do pensamento
religioso da imagem de um Deus-pai separado de quem somos, gera em nós a inclinação para
o vitimismo. Se ampliarmos o entendimento de que somos parte de um Todo Indiviso, de uma
inteligência informe, inevitavelmente superaremos este hábito.
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Este é o motivo pelo qual o planeta está com um número cada vez maior de pessoas em
quadros depressivos. Faltam-lhes mais consciência a fim de se libertarem do nível do contro-
le. Segundo dados, o consumo de medicamentos antidepressivos aumentou 74% em 6 anos
no Brasil, sem mencionar os outros países.
Em alguns casos, a intensificação e sustentação do sofrimento pode chegar a um nível tal
que, subitamente, a estrutura egóica se dissolve de uma só vez, levando aquele que sofria a
um inesperado despertar de consciência. Neste caso estão envolvidos situações específicas e
o histórico reencarnatório.
Nos três níveis abordados é evidente o desdobramento da inconsciência em estados emo-
cionais reativos.
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Equilibrar o poder da cocriação com a entrega é o segredo para uma vida plena de felici-
dade, paz e lucidez.
Vamos a mais um exemplo para expor a atividade do ego e da consciência no nível de en-
trega. Imaginemos que Carlos adora sopa. Ele decide ir ao restaurante de costume com sua
namorada, pois quer experimentar a famosa sopa de tomate. Ao chegar ao restaurante, moti-
vado pela experiência, nosso personagem fictício já desenvolveu toda ideologia de como será
a experiência prazerosa de desfrutar daquela sopa e, de certa forma, já também condicionou
seu bem-estar e a qualidade daquela noite à realização de tal ideologia e desejo. Infelizmente
ao chegar ao restaurante e sentar-se a mesa, analisando o menu de sopas do cardápio desco-
bre que naquela noite não há disponível sua sopa de tomate. Todavia há diversas opções de
sopa. Suponhamos que Carlos viva no nível da vítima e oscila também no nível de controle.
Ao constatar em meio ao drama que não há sopa de tomate, seu semblante modifica-se ra-
pidamente de “feliz” para “revoltado”. Carlos vê-se dominado pelo modo de comportamento
reativo e sua mente transforma-se em um turbilhão de pensamentos que justificam o absurdo
de não ter a desejada sopa. Inevitavelmente sua mente começa a trabalhar para encontrar
algo ou alguém para culpar. Seu ser se energiza com a resistência de não aceitar o fato e fica
mal-humorado com sua namorada e com todos à volta. Como o seu bem-estar estava con-
dicionado a tomar a sopa de tomate, sua noite transformou-se de um momento agradável a
uma noite infeliz instantaneamente neste modo reativo, seu sofrimento talvez se prolongue
por alguns minutos ou algumas horas.
Em casos como o do nosso personagem acima, a dor emocional, o sofrimento, passa a ser
a única forma de linguagem. Com isso, tendemos a infligir sofrimento às pessoas que mais
amamos, por serem pessoas mais próximas e mais fáceis de comunicarmos nossa dor e tam-
bém evocá-la no outro.
No mesmo exemplo, se Carlos já estivesse se desenvolvendo rumo ao estado de consciên-
cia da entrega, sua atitude seria proativa e se renderia ao fato àquele momento presente, talvez
dizendo: “Poxa, que pena! Não tem hoje a sopa de tomate, mas tudo bem. Podemos desfrutar
de outra, pois há várias opções”.
Com esta atitude Carlos manteria sua noite agradável e seu estado de espírito saudável e
em harmonia com o único momento que importa: O Agora.
Eis um dos objetivos do conteúdo deste livro: guiá-lo rumo à habilidade de estar no mundo
e na vida, equilibrando estas duas dimensões e fluindo com elas. Aprendendo a arte de cocriar,
gerar intenções, desenvolver sonhos e realizá-los. Ao mesmo tempo, porém, disposto a ren-
der-se e entregar-se ao momento da forma como ele pode ser, e totalmente preparado para
lidar com os reveses.
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Toda a ação voltada para o ego é uma reação. A opção pelo ego resulta sempre em um
comportamento destrutivo.
Com a expansão da consciência, esta ilusão psicológica persistente que é o ego, está fadada
à extinção.
Inconsciência Relativa Versus Inconsciência Absoluta
Os seres humanos, em geral, desenvolvem sua existência a partir de uma “dança” rítmica que
envolve dois estados: a inconsciência relativa e a inconsciência absoluta. A oscilação destes dois
estados básicos de inconsciência abrange os três primeiros níveis já mencionados (piloto automá-
tico, controle e vitimização). Esta oscilação é muito semelhante ao fenômeno natural que ocorre
todas as noites: o sono. Durante o sono, passamos por vários estados cerebrais que são carac-
terizados por ondas. Cada onda possui uma frequência.
Em um determinado momento do sono há uma fase chamada de sono paradoxal, pois
apesar de estarmos dormindo, há uma forte atividade intelectual e um grande volume de in-
formação sendo processado. Esta fase é conhecida como sono paradoxal, também chamada
de fase R.E.M., do inglês: rapid eyes moviments, movimentos oculares rápidos. Nesta fase
vivenciamos o “sono com sonhos”; sonhamos e nos sentimos habitando um mundo repleto
de sensações, imagens, indivíduos que compõe este universo onírico. Em outro momento
do sono que, como em uma dança, se alterna ritmicamente com a outra, está a fase do “sono
sem sonhos”. Durante oito horas de sono noturno, vivenciamos: “sono com sonho”, “sono sem
sonho”, “sono com sonho”, “sono sem sonho”, e assim por diante, totalizando vários ciclos por
noite. Cada fase do sono cumpre um papel. A fase do sono paradoxal é responsável por toda
a renovação do psiquismo e da personalidade. Muitos conteúdos do inconsciente são elabo-
rados para renovar a personalidade como também compensar certos mecanismos a fim de
manter a homeostase psíquica. Já no sono sem sonho é quando ocorrem os processos de de-
sintoxicação celular, reparando os danos causados pelos radicais livres, além de serem aciona-
dos os mecanismos naturais de autocura do sistema fisiológico. Enquanto estamos acordados
vivenciamos algo similar ao que ocorre durante as horas de sono. Oscilamos também em duas
fases ora “inconsciência relativa’’ e ora ‘’inconsciência absoluta’”.
Quando experimentamos a inconsciência relativa, vivenciamos os comportamentos rea-
tivos que nos levam aos níveis mais sutis de sofrimento como: ansiedade, expectativa, resis-
tência, medo e outros. Todos estes comportamentos já são expressões sutis de sofrimento.
Estamos em sofrimento, mas um sofrimento até certo ponto tolerável.
A inconsciência relativa é o estado em que estamos muito mais envolvidos com a nossa
representação mental, com pouca percepção da realidade. Neste estado reativo estamos iden-
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tificados totalmente com os pensamentos e emoções, a ponto deles terem poder de gerar e
controlar nossas reações.
Quando esta identificação mental se energiza experimentamos a inconsciência absoluta.
Energizados, os pensamentos que nos governam colocam-nos no nível do sofrimento profun-
do, onde as estruturas do ego ficam superativas, causando apatia, depressão, angústia. Na po-
laridade do sofrimento profundo, temos de um lado o que envolve estados contraídos como
os citados acima, comportamentos reativos de introjeção negativa como depressão, apatia,
medo paralisante. Já na outra polaridade estão envolvidos estados expansivos negativos, onde
há a exacerbação do sofrimento na forma de agressão verbal ou física. A polaridade expansiva
se expressa a partir de comportamentos violentos e perversos. Em ambos os estados há a re-
vitalização e expansão da estrutura da inconsciência. Em outras palavras, enquanto a incons-
ciência prevalecer, estaremos oscilando do sofrimento tolerável para o sofrimento intolerável.
Como exemplo, a ansiedade do dia a dia já é uma forma de sofrimento tolerável. Existem
momentos nos quais a ansiedade como sofrimento tolerável tornar-se sofrimento intolerável.
Quando isso acontece o quadro da ansiedade evolui para pânico ou síndrome do pânico. No
pânico o sofrimento é intolerável.
Seria possível interromper esta dança que envolve o ritmo entre inconsciência relativa
e inconsciência absoluta em nós? Como sair deste círculo vicioso? Este é o mecanismo que
alimenta a infelicidade e descontentamento perante a vida.
Certo dia, li uma frase que me tocou muito: “O verdadeiro despertar só acontece naqueles
que compreenderam que é possível estar bem sem nenhuma razão aparente”. Ou seja: é possível
estar bem quando dominamos a arte de não sofrer. Para tal, precisamos desenvolver novas
referências de comportamentos que nos integrem à realidade ao invés de nos separarmos dela
por meio da resistência mental. Tais comportamentos são o que chamo de comportamentos
quânticos. Para começarmos a entender o contexto dos comportamentos quânticos e as no-
vas atitudes que está prestes a aprender, vamos ampliar um pouco a perspectiva daquilo que
chamamos de “eu”. Nós estamos aqui-agora, com um nome e toda carga de informação, isto
é, pensamentos estruturados como memória por meio dos quais nos associamos para obter
um senso de identidade. Assim, dizemos: “Eu sou fulano de tal, nascido em tal lugar, que faz
isso, aquilo e tem um status x na sociedade”. Estas são as ideias que temos de nós mesmos: um
grupo de memórias que organizamos e rotulamos como “eu”.
Se fosse possível, por um momento, desligar todo este mecanismo ideológico, incapaci-
tando-nos de acessar as memórias ou pensamentos que nos definem, de que maneira res-
ponderíamos a pergunta “quem é você?”. A resposta mais sincera seria um grande ponto de
interrogação mental. O “eu” como entidade psicológica baseada em um fluxo de ideias que
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Camadas da Realidade
A realidade não é apenas o que estamos
percebendo por meio dos sentidos físicos.
Esta é apenas uma camada dentre muitas
outras. Não sabemos ao certo quantas ca-
madas compõem a realidade. Ao que tudo
indica percebemos a camada mais periférica
e superficial. A esta camada superficial cha-
mamos de realidade física. Para fins didáti-
cos, iremos classificar tais camadas em três
camadas principais. Certamente há subní-
veis ou níveis intermediários entre uma ca-
mada principal e outra.
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este nível e senti-lo. Há momentos sublimes em que reverberamos de forma mais sutil e pacífi-
ca. Nesses momentos a sentimos traduzida em um sentimento de integração. A não localidade
é inteligência pura, a consciência cósmica em que tudo emerge.
O Eu Expandido
No sistema filosófico do Advaita Vedanta, um sistema indiano e não dualista, coloca-se de
forma bastante clara: o observado é o observador. Ambos são uma coisa só. Não existe outra
vontade alheia à nossa vontade
Para ampliar nossas possibilidades enquanto consciências que experimentam este mo-
mento do tempo e do espaço é necessário romper com a representação mental religiosa sobre
Deus. Segundo tal representação Deus seria uma vontade superior alheia à nossa vontade.
Em verdade há apenas uma única vontade que se estende e atua em diversas dimensões si-
multaneamente. Poderíamos dizer que a sua vontade aqui é uma manifestação do aspecto que
está associado em uma linha temporal que poderíamos contextualizar como sendo um fluxo
de eventos que determinam sua realidade neste momento do tempo. O outro nível dessa
vontade está relacionado com um aspecto expandido ou ampliado do seu próprio ser, o seu
Eu Informe ou Eu Maior. Este Eu Maior por não estar limitado no tempo, vivencia a atem-
poralidade criando uma espécie de paradoxo ao tentarmos avaliá-lo em termos materialistas
ou cartesianos. Algo que existe fora do tempo é, necessariamente, onipresente, onipotente e,
logo, onisciente, detendo assim, todo o conhecimento e sabedoria.
Desta forma o nosso aspecto expandido já sabe tudo o que queremos saber, detém todas as
soluções que desejamos encontrar e percebe todas os futuros possíveis e, portanto, sabe qual
o melhor futuro possível podemos viver.
Poderíamos também colocar que esta dimensão maior em nós está continuamente orien-
tando a sua parte no tempo, isto é, nós como eus locais (localizados no espaço-tempo).
Se nos harmonizarmos conosco, acolhendo-nos de forma total, respeitando fielmente
nossas diferenças e desistirmos do esforço inócuo de nos enquadrarmos em algum modelo
imposto pelo sistema, estaremos aperfeiçoando e entrando em fase com este aspecto. Isto
favorece a ação por meio de nós.
Ao entramos neste fluxo e alinhamento, descobriremos o sentido essencial do que precisa-
mos realizar, manifestaremos cada vez mais os atributos e valores intrínsecos e mais profun-
dos do Self, como paz, autoestima, confiança, criatividade, altruísmo, entre outros.
Temos uma manifestação binária não algorítmica. Os computadores digitais operam inter-
namente de forma binária. Os sistemas computacionais desenvolvem-se a partir de dois níveis
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de tensão que são representados por dois números, 0 e 1. Nossa comunicação e manifestação
se dá de forma semelhante, binária pois envolve um “eu” temporal e um “eu’’ informe. No
entanto, esta manifestação é não algorítmica, ou seja, não sequencial. A linearidade e a im-
pressão de sequenciamento de eventos na nossa existência é apenas uma ilusão.
Boa parte do tempo estamos navegando pelo multiverso, atravessando camadas e camadas
de realidades ou universos alternativos. Quando esta comunicação binária, eu local e eu não
local se estabelece de forma harmônica, vivenciamos mudanças e saltos quânticos genuínos.
A harmonização desta comunicação não linear tem como ponto de partida nossa aceitação
deste outro aspecto maior. Reconhecê-lo, mesmo que num primeiro momento seja um mero
reconhecimento intelectual, otimização sobre nós e sobre nossas vidas.
Este aspecto aqui e agora que reconhecemos como sendo “eu” com um nome e uma iden-
tidade montada por memórias é o mesmo “eu” que possui limites, bloqueios, crenças, con-
dicionamentos, toda sorte de limitações autoimpostas, aspectos esses que nos impedem de
estabelecer contato, de modo que essa conexão superior se manifeste com mais força.
As pessoas que vivenciam o Sistema da Holografia da Mente, um método que desenvolvi
para auxiliar na transformação de mentes e vida, acionam o aspecto que viabiliza a transfe-
rência do conhecimento da não localidade para o “eu” aqui neste espaço-tempo. Porque na di-
mensão da não localidade não há limites. Tudo se dá de forma instantânea. Na não localidade,
tudo aquilo que se formula aqui, já é. Qualquer mudança que quisermos manifestar “aqui” já
é disponível e funcional na não localidade. É realmente uma questão de criar condições ideais
e imediatas para que essa parte infinitamente ampla em nós entre em ação para auxiliar na
dimensão do tempo.
É necessário estabelecer alinhamento com a não localidade para que isso de fato funcione.
O processo de alinhamento com o Eu Expandido, é um conjunto de comportamentos (condi-
ções) que precisam ser reconhecidos, exercidos no nosso dia a dia.
Por esta razão, é preciso sair da normalidade e dos comportamentos derivados dela. Curar
a normose, a disfunção cognitiva e comportamental que a normalidade produz. Isto implica
também na arte de acessar o sistema, operá-lo e articulá-lo sem mais se perder nele. Entrar na
Matrix e sair incólume. O sistema não mais nos absorverá como antes.
A adaptação
Vamos enfatizar a referência da não localidade, para trabalharmos adiante com mais foco
neste ponto. Sair dos níveis iniciais para entrar no nível não local, onde se tornar mais fun-
cional dependerá de um fator que Charles Darwin apontou como chave em sua Teoria da
Evolução, que envolve A Origem das Espécies: adaptação.
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Nesta teoria, segundo Darwin, o que sobrevive ao meio não é o mais forte, nem o mais in-
teligente e, sim, aquele que melhor consegue se adaptar às mudanças. Essa definição é perfeita
não apenas para esta teoria, mas também para todo o processo de desenvolvimento humano.
A adaptação implica em dois momentos. É necessário estar muito bem adaptado em você
mesmo, aprender a conviver bem consigo e sentir que está em perfeito alinhamento com a
sua natureza e diferença. Se não estamos bem adaptados ao que podemos ser e confortáveis
com as nossas sensações internas, desenvolveremos o conflito. O conflito sempre é a tentativa
de opor ou rejeitar algo. A questão é que possuímos duas situações psíquicas ocorrendo. De
um lado um eu psicológico basicamente estruturado pela cultura, normas e valores. De outro
lado possuímos basicamente a natureza, nós no estado puro. Nenhuma criança até os 4 anos
é capaz de opor-se a si mesma, mesmo aquelas que estão sob a influência de uma cultura tão
repressora quanto a nossa.
Isto porque o eu psicológico ainda não está bem estruturado deixando com que a natureza
se expresse de forma plena. Somos naturalmente felizes quando a natureza em nós encontra
um espaço aberto para se expressar. Daí surge o prazer de ser
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CAPÍTULO 5
A TRANSFORMAÇÃO
PELOS COMPORTAMENTOS
“EU NÃO SOU O QUE ME ACONTECE;
EU SOU O QUE ESCOLHO ME TORNAR.”
CARL GUSTAV JUNG
A
té este capítulo, refletimos e ampliamos o modelo da realidade. Começamos a apresentar
aspectos da consciência que normalmente não são explorados, como o Eu Informe (o
nível quântico de consciência), que é uma espécie de versão atualizada e aprimorada de nós
mesmos existindo simultaneamente com a nossa versão aqui no espaço-tempo.
O nosso papel e função na evolução é expressar este aspecto aprimorado na realidade deste
mundo material. É um processo no qual vamos nos expandindo e extrapolando. Esta sincro-
nização e este alinhamento acontecem a partir dos graus de mudança de comportamento que
estamos denominando aqui como comportamentos quânticos. Trata-se do exercício gradual
e contínuo para manter-nos em alinhamento com a inteligência da vida.
O Emaranhamento Quântico
Na Física existe um conceito conhecido como emaranhamento quântico. Ele mostra que tudo está
correlacionado. Absolutamente tudo.
O fato de estarmos correlacionados ou interconectados com tudo, não quer dizer que aquilo com o
qual estamos interconectados tenha influência sobre nós ou o vice-versa. Para que esta influência seja
efetiva, precisamos primeiramente tomar consciência daquilo que queremos intensificar e aumentar a
correlação.
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Vida Infinita
Se não tivermos consciência de algo, apesar de estarmos interconectados, aquele algo será
apenas uma possibilidade. Por isso, ao expandir o conhecimento, intensificamos a correlação
com novos potenciais pelas vias do emaranhamento. Por exemplo: nós, aqui e agora, estamos
com o emaranhamento intensificado. Estamos nos afetando mutuamente com muito mais for-
ça porque agora temos a consciência da existência um do outro. Você que está lendo este livro
está acessando o meu campo, ou seja, estamos mais entrelaçados. A influência entre nós torna-
-se mais intensa. Há um contato muito mais íntimo e direto pelo qual acontece um fluxo muito
maior de informação. Noventa por cento deste fluxo de informação está relacionado a uma
comunicação não verbal. A semiótica está acontecendo o tempo todo em diferentes níveis. Há
a manifestação de comunicação também em um nível não linguístico. Por isso, é muito im-
portante aumentar a consciência daquilo que desejamos para aumentar a correlação. Quanto
maior for a correlação, maior será a probabilidade da possibilidade (potencial) se realizar.
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Vida Infinita
Autocorrelação
Vamos agora tratar da correlação envolvendo um outro aspecto essencial para o desenvol-
vimento de uma vida bem-sucedida.
Boa parte do tempo, por conta de uma série de papéis que usamos na interface com o
mundo para desempenhar funções, enfraquecemos a correlação com o nosso centro inter-
no, a base da nossa natureza. Não há nenhum problema em desempenhar papéis, desde que
tenhamos de forma bastante clara a noção de que não os somos. Muitos desenvolvem uma
identificação tão forte que esquecem que, apesar do papel que desempenham, são seres hu-
manos, pessoas com vontades, anseios e desejos.
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Vida Infinita
GAP Interconsciencial
Sempre que nos identificamos com um papel ou com uma expectativa que fizeram a nosso
respeito sobre como deveríamos ser, desenvolvemos uma fissura que aqui iremos chamar de
Gap Interconsciencial. Gap é um termo em inglês que significa brecha ou fenda.
Cerca de aproximadamente 95% das pessoas têm este gap, que consiste numa espécie de
fenda interconsciencial. Ela não permite que nos liguemos com o nosso EU EXPANDIDO.
Aos termos consciência desta realidade, torna-se possível extingui-lo. Somente conseguimos
alterar o que concebemos. Conceber é trazer para o campo da consciência um potencial de
realidade. O gap é formado a partir da pressão conceitual contínua que sofremos do exterior
como: valores culturais, códigos de conduta moral, crenças religiosas deturpadas, etc. A pres-
são exercida por tais parâmetros e valores reducionistas levam-nos indiretamente a abdicar
de nós mesmos.
Quanto mais distantes estivermos de nós, na busca inconsciente de suprir modelos impos-
tos pelo exterior, estaremos ampliando o gap, fazendo escoar nossa força e energia vital por
ele. Sem energia o suficiente, perdemos a aderência no corpo e entramos em inconsciência,
nos resumindo em corpos que transitam no tempo e no espaço, ao sabor dos comandos indi-
retos da estrutura de comunicação repressora. Uma pessoa sem presença, além de se tornar
reativa, é completamente teleguiada por pensamentos e pelos meios de comunicação.
Fechar o gap implica em repolarizar os pensamentos de modo que nos mantemos a favor
do que somos. Quando temos pensamentos que provocam o alinhamento com o Eu Expandi-
do, temos um indicador absoluto de que a conexão está ativa naquele momento. E o indicador
absoluto podemos chamar de sentido quântico, ou seja, uma sensação de bem-estar. Quando
nos sentimos bem, estamos na pura expressão de um momento de alinhamento com o nosso
Eu Maior.
Podemos resumir o universo das emoções em dois campos: as que produzem bem-estar
e as que produzem mal-estar. O mais importante é prolongar as sensações que nos causam
bem-estar. O bem-estar é sempre um indicativo que nosso padrão psicoenergético está ele-
vado e, portanto, estamos em alinhamento. O indicador sempre será de bem-estar e alívio.
Quando nos sentimos assim, estamos no fluxo da inteligência. Da mesma forma, quando
experimentamos mal-estar (ansiedade, medo, angústia) estamos fora do fluxo.
O bem-estar também representa estarmos a favor da nossa natureza. Quando ele aconte-
ce, o gap automaticamente se retrai. Todo mal-estar é mantido por pensamentos negativos
que diminui a correlação com o EU EXPANDIDO naquele momento. Este processo é muito
dinâmico, pois podemos vivenciar a retração e dilatação do gap várias vezes durante o dia
dependendo da forma como nos sentimos.
61
Vida Infinita
É como se estivéssemos diante de um rio, cuja correnteza poderá nos levar naturalmente
a desembocar em um lugar incrível. Mesmo sabendo disso, resolvemos remar contra a cor-
rente. Isso é estar em desalinhamento. Iremos gastar muito mais energia, ficaremos esgotados
apenas para nos manter no mesmo lugar. Este fenômeno de oposição ao fluxo do melhor é
o hábito mental da resistência ou sofrimento. Por um outro lado, quando estamos em ali-
nhamento, estaríamos na condição em que ao adentrar naquele rio, pegaríamos uma canoa,
soltaríamos os remos e deixaríamos que a força da corrente nos levasse para o destino final. A
criança vive assim até que sua mente esteja completamente formada aos quatro anos. A partir
disso, a tendência é que ela receba toda carga de neurotização por parte dos pais já neurotiza-
dos pelo sistema. Então ela aprende a quebrar o seu alinhamento natural e passa a trabalhar
árdua e inconscientemente, como a grande maioria dos adultos, para criar e manter um gap
que sequer deveria existir.
Há algumas pessoas cujo gap já está bem reduzido. Em outras, ele é um verdadeiro abismo.
Ele se abre quando uma pessoa se perdeu e abdicou tanto de si mesma, que entrou em um
modo contínuo de luta contra o momento, controle e sobrevivência. Considerada alguém
muito resistente, que opera em níveis anteriores já explicados. Em outros casos, nota-se que o
gap é quase uma cicatriz, uma impressão. É como pegar um objeto pontiagudo e criar um tra-
ço numa massa: você tem o traço, mas se não o reforçar, a massa volta à propriedade natural.
Se estivermos exercendo comportamentos que nos colocam contra nossa natureza, viveremos
em desalinhamento e nossa vida irá refleti-lo em forma de deficiências múltiplas. Quando o de-
salinhamento se cronifica, ocorrem situações de desequilíbrios em nossas vidas como doenças
físicas, problemas financeiros, afetivos, etc.
A saúde mental e física é a primeira camada a sofrer as repercussões do desalinhamento
crônico. Quando o gap atinge uma grande dilatação, sentimos o prenúncio do desânimo que
irá sedimentar-se em um quadro depressivo.
62
Vida Infinita
que nos tornamos mais livres e independentes, estaremos prontos para estabelecer relações de
interdependência. Esta liberdade de ser é o que aumenta a sensibilidade e cria condições para
legitimamente amar ao próximo. Jesus disse: “Amai ao próximo como a ti mesmo”. Nesta afir-
mação, Jesus revela que para termos a capacidade de amar o outro, primeiro precisamos amar
a nós mesmos. Somos com o próximo aquilo que primeiro somos conosco. O sentimento de
querer bem ao próximo só será possível se quisermos bem à nós mesmos primeiro. Parece
um paradoxo, mas só manifestaremos o verdadeiro Altruísmo se formos altruístas conosco.
Sendo assim, priorizar-nos é essencial.
Em termos quânticos, num universo probabilístico, quando conquistamos ou tornamos
uma possibilidade realizável por nós, tornamo-la realizável por qualquer outro ser humano.
Assim, melhorar-nos, tornarmo-nos mais coerentes e autoconscientes é o melhor serviço que
podemos oferecer à humanidade.
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Vida Infinita
1. Aceitação
A aceitação é o comportamento quântico base. A atitude da aceitação e autoaceitação é
essencialmente inteligente, pois integra-nos à realidade e faz de nós seres reais e coerentes
com a verdade mais profunda em nosso íntimo. Ela nada tem a ver com o conformismo que
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Vida Infinita
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Vida Infinita
lidade, veremos que ele produz a conexão com ela. É por meio desta atitude que entramos em
conexão com a verdadeira realidade das coisas. Uma das maiores deficiências do homem é
estar de fato na realidade. Em outras palavras, aceitar a realidade das coisas e pessoas.
É preciso ter em mente que só criamos as condições de mudar algo que nos incomoda,
quando aquele algo se torna confortável para nós. É pela aceitação, ao invés de combater, negar
e se distanciar da situação incômoda, que estabelecemos contato legítimo, e com boa vontade
criamos as condições internas e externas para podermos ir além dela.
É preciso abandonar os ideais criados a respeito de como pessoas e situações deveriam ser
para ficarmos bem. Ao mantermos nossa ideologia sobre tudo, estamos constantemente frus-
trando-nos com a realidade.
A aceitação, portanto, é o movimento gradual de render-se à realidade. Ao contrário do que
se pensa, ela nada tem a ver com assumir uma postura passiva e, sim, assumir uma postura
ativa e de boa vontade de integrar-se ao Real.
Podemos dar um exemplo bem simples para ilustrar: se alguém furar a fila do banco e não
fizermos nada, isso não significa aceitação e, sim, conformismo. Aceitação é alinhar-se ao fato
e agir de acordo com o que é certo e justo naquele momento. Qual é o fato neste exemplo?
Furaram a fila. Qual a atitude correta neste caso? Chamar o gerente e pedir que o mesmo tome
uma providência. Notemos que a ação foi tomada sem nenhuma reatividade. Não foi preciso
fazer um escândalo, despender energia reagindo a fim de solucionar o caso, pois a ação emer-
giu da aceitação do fato. Entramos assim, em alinhamento com a realidade.
Uma das maiores tragédias e dramas nas relações humanas é tentar forçar o outro a ser o
que não pode ser. Ou ainda colocar-nos à mercê da mudança do outro para ficarmos bem. O
único resultado desta postura será frustração e decepção.
Muitas vezes podemos notar que quando não conseguimos aceitar o que o outro é ou pode
ser, nos eximimos de uma possível decisão porque esperamos que o outro mude para ficarmos
bem, pois condicionamos nosso bem-estar na mudança dele. Este é um dos principais fatores
pelo qual nos mantemos presos em relações afetivas pouco saudáveis.
Há inúmeros casos assim. Pessoas que alimentam pensamentos negativos, pois
se passaram 5, 10, 30, 40 anos e, ainda assim, não conseguiram aceitar a realida-
de do pai, da mãe, do filho ou da filha. Estas pessoas ficam presas no ideal de como to-
dos deveriam ser e dia após dia alimentam um estado de conflito no qual a ideo-
logia sobre “como deveria ser” colide com a realidade “do que dá para ser”.
A mudança somente acontece a partir do instante de sermos capazes de estabelecer uma
relação confortável com aquilo que queremos mudar.
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Vida Infinita
É comum que o choro seja a expressão do quanto elas estejam a favor do ideal (ilusão) e
não do real. É um choro de defesa contra a realidade. Quando forem vencidas pelo cansaço
emocional imposto pelo tempo, serão forçadas a encarar a realidade e dirão: “Foi assim e nada
mudará o como foi. Está tudo bem, sigamos”. Assim, surge a entrega, a rendição que representa
a aceitação absoluta. O alívio oriundo da trégua emocional que resolvemos nos dar. Há um
grande poder espiritual na entrega plena. Render-se em essência não é um estado emocional
de fraqueza e, sim, de força transformacional. Portanto, a aceitação é o primeiro comporta-
mento quântico que devemos praticar. Ela é a porta escancarada pela qual a consciência entra
na realidade definitivamente.
Aceitação é conexão plena. Este ato deve se iniciar com a atitude mais poderosa e determi-
nante para uma vida de sentido e realização: a autoaceitação. Quando formos capazes de nos
aceitarmos irrestritamente, atingiremos as virtudes essenciais como autoconfiança, autoestima
e autoamor. Seremos nossa própria saída e solução.
Quando entramos no campo da autoaceitação nos deparamos com um problema grave que
são os estereótipos e modelos físicos e emocionais forjados e, de uma certa forma, impostos pela
mídia e meios de comunicação. O Sistema veicula padrões que transmitem a seguinte mensagem
subliminar: “Se você não for assim, não poderemos lhe aceitar, pois não será bom o bastante”. Os
comerciais de tv estão repletos deste apelo. As mulheres, em especial, sofrem muito por conta
da imposição de estereótipos de beleza que além de não serem saudáveis, na maioria das vezes
são inatingíveis. A questão é que se não estivermos bem fundamentados em nós mesmos, nos
aceitando da forma como a natureza nos fez, fatalmente nos deixaremos seduzir por padrões e
estereótipos impostos e criaremos uma série de conflitos internos. A força interior gerada pela
autoaceitação permite-nos sobrepujar esta proposta fútil imposta pelo sistema.
2. Gratidão
O poder da gratidão é extraordinário. Agradecer é a permissão antecipada que damos a
uma nova evidência. O que é evidência? É o que reconhecemos como fato e, portanto, reali-
dade.
Quando agradecemos, permitimos que aquilo pelo qual somos gratos torne-se um fato,
além de reforçarmos o melhor em nossas vidas. Este comportamento quântico nos garante
manter o status mental elevado. No nível da não localidade, quando praticamos a gratidão,
já estamos profundamente correlacionados com pensamentos que determinam o melhor em
nossas vidas.
Uma evidência é sempre o reflexo de uma referência que sempre é um pensamento. En-
tão, independentemente da evidência que tenhamos atualmente em nossas vidas, seja boa ou
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Vida Infinita
ruim, ela só é mantida porque estamos mantendo uma referência mental. Se começarmos a
modificar deliberadamente as referências pela prática da gratidão consciente, começaremos
gradualmente a criar uma nova evidência em nossas vidas. Isto é, estaremos criando o molde
psíquico que servirá de fôrma para criarmos uma nova realidade.
É muito importante a prática da gratidão diária. O comportamento grato por tudo aquilo
que já temos, neste momento do tempo, reforça estruturas mentais e neurológicas que irão
gerar comportamentos saudáveis e energéticos.
Somos seres que potencialmente temos tudo, pois quanticamente detemos todas as possi-
bilidades e todas as experiências que queremos viver aqui-agora internamente, como poten-
ciais quânticos. Somos fontes.
Joan Borysenko continua: “Além disso, as pessoas que praticam esta atitude, desenvolvem
mais compaixão, solidariedade, são menos materialistas e muito mais satisfeitas com a vida”.
Somos portadores de um condicionamento neurológico herdado há milhares de anos. Por
mais que tentemos nos manter positivos e motivados em relação ao mundo, nos mantemos
em um estado contínuo de alerta em relação ao negativo e ao que não está funcionando
adequadamente em nossas vidas. Não se trata apenas de uma postura pessimista, mas sim,
de uma predisposição biológica para procurar e localizar o perigo ou o que está errado em
nossas vidas.
Por milhares de anos esta foi a estratégia funcional tomando por base a sobrevivência das
espécies. Qualquer coisa fora do habitual no ambiente, era um forte indicativo de risco de
vida.
O parâmetro para localizarmos o perigo e focar a atenção ao negativo se estruturou por
milhares de anos em uma parte do cérebro, o SAR. A cada momento somos bombardeados
por um volume gigantesco de informações sensoriais. Se absorvêssemos toda essa carga de
informações ficaríamos impressionados. Felizmente, o sistema nervoso filtra boa parte, libe-
rando apenas uma fração dessas informações. É graças ao SAR que compomos a noção da
realidade, que a percebemos de forma filtrada e seletiva.
O Sistema de Ativação Reticular é uma rede de conexões nervosas que ligam o tronco
encefálico e outras partes inferiores do cérebro ao córtex e ao cerebelo. Essa rede de fibras
nervosas controla a transição entre sono e vigília e também atua como filtro para todas as
informações sensoriais que o cérebro capta do mundo exterior.
O SAR é também conhecido como o “Google Cerebral”, um buscador que literalmente
programamos para localizar dados importantes.
Conforme nos habituamos a agradecer, o SAR realiza uma mudança sutil em nossa hie-
rarquia de prioridades. Em vez de localizar o perigo ou o que é negativo, programamos este
buscador neural a fim de localizar o que é certo e harmonioso. Quanto mais praticarmos a
gratidão, mais o SAR começa a disponibilizar ao nosso consciente, todas aquelas coisas do
ambiente que estão em alinhamento ao que consideramos importantes. Em outras palavras,
a prática da gratidão, reestrutura a percepção da realidade em uma nova base muito mais po-
sitiva e harmoniosa. O comportamento de gratidão faz superar o sobrevivente em nós e nos
atualiza como seres aptos a viver com prazer, felicidade e harmonia. Abaixo segue uma prática
de gratidão de acordo com os parâmetros corretos para reciclar e reconfigurar o S.A.R.
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Vida Infinita
Prática da Gratidão
O ideal é que realize esta prática antes de dormir. Reserve um caderno para dedicar-se a
este exercício todos os dias. No primeiro dia, elenque 10 motivos pelos quais sente-se grato.
Comece com os 10 motivos óbvios e maiores da sua vida. Do segundo dia em diante tudo que
precisa ser feito é apenas revisar os 10 motivos e elencar mais um novo motivo, e assim por
diante.
Esta prática deverá ser feita por 1 ano sem falhar nenhum dia. Ao passar 1 ano desta prática
você terá reunido cerca de 375 motivos pelos quais é grato. Você terá literalmente reconfigu-
rado o seu S.A.R com um novo parâmetro e isto transformará a sua percepção e realidade ao
longo da prática. Um detalhe importante é que você poderá também agradecer previamente
pelas coisas que quer manifestar, assumindo como se já as tivesse alcançado.
O comportamento quântico da gratidão é uma atitude que não somente reconfigura o seu
cérebro, mas como também a sua realidade.
3. Observação
O terceiro comportamento quântico é o observador. Observar implica em desidentificar-
-se da mente e criar uma perspectiva maior acerca da realidade. Boa parte do tempo man-
temo-nos envolvidos e absorvidos pelos pensamentos, sensações e situações. Esta absorção
implica também na perda da autoconsciência e leva-nos à inconsciência. Mais uma vez entra-
mos no modo reativo. Se não evocarmos o observador em nós, a consciência que testemunha
os pensamentos e emoções, dificilmente teremos a percepção das múltiplas possibilidades e
alternativas em nosso momento. Observar é aguçar os sentidos para empoderar-se do mo-
mento presente. Ao perceber-nos no modo reativo, dominados por pensamentos e emoções,
devemos restaurar a função do observador. Uma das formas mais eficientes de se fazer isso é
conectarmos com o sentido da audição. Quando paramos para ouvir o som da vida ao redor,
naturalmente nos incorporamos de nós mesmos e reabitamos o corpo. Na prática da audição,
a atividade mental desacelera completamente e temos a oportunidade de voltar para o nosso
lugar na realidade, ou seja, o centro da realidade como observadores.
Como já exposto anteriormente, a função do observador reserva um poder extraordiná-
rio em dois aspectos. O primeiro aspecto é a desidentificação com a mente que nos permite
colocar a percepção em perspectiva para acessarmos o quadro geral. Desta condição percep-
tiva podemos ganhar consciência de vias alternativas da realidade e fazer novas escolhas. O
segundo aspecto é a propriedade do observador em alterar o objeto observado a partir do
70
Vida Infinita
momento que, deliberadamente, resolvemos mudar a representação que temos acerca de algo,
seja nós mesmos, uma situação ou pessoa.
Tornar-nos conscientemente os observadores das nossas vidas faz com que assumamos
o ponto de força como agentes causais e leva-nos a controlar nossos destinos de forma mais
inteligente e proativa.
4. Apreciação
O quarto comportamento quântico é a apreciação. Quantas coisas você apreciou hoje?
Vivemos tão absortos no tempo, numa corrida frenética para alguma coisa que nos impomos
que exteriorizamos o nosso eu e deixamos passar a oportunidade de apreciar a jornada. No
yoga há uma vertente chamada de Karma Yoga. Karma é um termo do sânscrito que significa
Ação. É um ramo do yoga que foca na ação como um fim em si mesmo. Segundo a essência
do yoga, quando tornamos a ação um fim em si mesma, a ação se torna santificada.
Portanto, no comportamento quântico da apreciação, desfrutamos da jornada e não do
fim. Ou seja, focalizamos a atenção no que está acontecendo agora e reconhecemos conscien-
temente tudo aquilo que é uma dádiva natural. Ao beber água, podemos tornar esta ação um
fim em si mesma se prestarmos atenção e apreciar o ato em si. Ao andar pela rua, podemos re-
conhecer a sensação de pisar e o como é agradável sentir o corpo se movimentando. Podemos
observar a natureza ao redor e reconhecer que estamos envolvidos o tempo todo pelo milagre
da criação e da vida.
É necessária a prática para que possamos realizar isso, mas de forma leve e com constância
desenvolveremos uma nova consciência, muito mais sensível e aberta ao fenômeno da vida.
Uma vez um homem na busca de iluminação foi ter com um mestre e disse: “Mestre, estou
aqui pois quero a iluminação espiritual”. O mestre respondeu: “Siga-me”. O mestre aproxi-
mou-se de um poço cheio de água e subitamente mergulhou a cabeça do pretenso discípulo e
o manteve lá até que ele começou a debater-se com falta de ar e no último momento o mestre
o soltou. Esbravejando perguntou: “O que você está fazendo? Eu venho em busca de ilumina-
ção e você quase me afogou”. O mestre retrucou: “Qual foi a única coisa que pensava enquanto
estava com a cabeça debaixo da água? O que era a coisa mais importante para você naquele
momento?” O homem respondeu: “Óbvio que era o ar. Era a única coisa que me importava,
poder respirar”. O mestre concluiu: “Ótimo, retorne aqui apenas quando sua vontade pela
iluminação seja tão essencial e importante quanto era o ar para você enquanto esteve com a
cabeça debaixo d´água”.
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Vida Infinita
Naquele momento o homem realizou e compreendeu que ainda não estava pronto, que sua
vontade por conquistar tal estado não era o suficiente, pois estava apenas seduzido pelo fim e
não pela jornada em si.
Da mesma forma, a prática destes quatro comportamentos quânticos ou essenciais deve
ser leve, descontraída, mas deve conter um ímpeto contínuo e sustentável. Aprender a desfru-
tar do caminho quântico, do aprimoramento pessoal, da sublimação das limitações, envolve
boa vontade e a consciência do valor que tais atitudes e ações trarão para nossa vida prática,
além dos ganhos em consciência, harmonia e desbloqueios.
Estes quatro comportamentos, quando trabalhados em conjunto no seu dia a dia, fecharão
definitivamente o gap. Eles formam a plataforma para mudarmos nossas respostas diante
do mundo e, consequentemente, recriarmos nosso universo pessoal. Uma vez que tenhamos
cauterizado a fenda, daremos um salto significativo em nossas consciências, pois ganharemos
um acesso mais direto com o nosso Eu Informe.
Cada um de nós deverá implementar o desenvolvimento dos comportamentos, de acordo
com o seu próprio momento, mas sempre de uma maneira leve, sem cobranças pessoais, sem
excessos de expectativas. “Toda grande caminhada começa com um simples passo”. (Buda)
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Vida Infinita
e ouvia ao ponto de se tornar o próprio “escutar”. O próprio ouvir de verdade, a escuta lúcida,
é um ato de cura, de si próprio e do outro.
Em muitas sessões com o método que aplico da holografia da mente, pude constatar na
prática que o simples ato de me abrir para ouvir as pessoas de forma realmente pura e des-
pretensiosa foi o suficiente para libertar aquelas pessoas dos dramas psicológicos, padrões e
loop de interpretação de realidade. Naqueles momentos, eu não havia feito, pela perspectiva
comum, nada em especial. Porém, na ótica quântica, havia feito tudo que precisava ser feito
naqueles momentos: a escuta lúcida.
Luz laranja
Ela pode ser de amplo benefício para recompor o ânimo e o estado emocional. Ativa a
disposição psíquica e traz a vitalidade da alma que nos motiva.
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Vida Infinita
Luz rosa
É eficaz para potencializar o campo afetivo e para restaurar o sentimento de ternura es-
sencial nas restaurações e regenerações. Equilibra o poder da vulnerabilidade que favorece
a abertura para a vida. Sua área de ação eficiente é o centro cardíaco, o ponto de contato e
autocontato.
Luz branco-prateada
É indicada para solubilizar a ansiedade, que é o excesso de futuro. A sensibilização com
essa luz psíquica nos ajuda a sincronizar o tempo interno com o agora.
Luz dourada
É a informação que nos sensibiliza com as referências arquetípicas de prosperidade e
abundância. Ela cria o sentimento e o estado de amplidão. Ótima informação para solubilizar
sentimentos de autolimitação e não merecimento.
Luz amarela
É usada para libertar-nos de culpa e vergonha. Esses dois sentimentos fazem com que vi-
bremos em padrões de baixo valor vital implicando em bloqueios. Para ativar o campo, proje-
tamos a luz principalmente no centro do peito e plexo. Ao banharmos essas regiões ativando
o centro afetivo de comunicação e o centro emocional (plexo) criaremos as condições para a
libertação de informações repressoras.
É importante dedicar algum tempo para operar com as luzes psíquicas. Escolha o padrão
que necessita sensibilizar, ative e libere. É importante frisar que o trabalho com as informa-
ções psíquicas deve abranger seu campo como um todo. É necessário sentir imerso no campo
luminoso. Automaticamente sua biologia irá criar a contraparte da informação psíquica em
bioinformação salutar.
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Vida Infinita
PARTE
3
a física do
sucesso
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Vida Infinita
CAPÍTULO 6
ASSUMINDO
O SUCESSO
“ESPÍRITOS GRANDIOSOS SEMPRE ENCONTRARAM
OPOSIÇÃO VIOLENTA DE MENTES MEDÍOCRES.”
ALBERT EINSTEIN
O
sucesso interessa a todos! Ampliaremos a perspectiva sobre este assunto usando a teoria
quântica e a moderna metafísica. Um dos pontos fundamentais é entender que, para se ter
sucesso ou para assumir o sucesso, segundo o que minha experiência e observações compro-
varam, envolve, a princípio, uma atitude específica e fundamental. Esta atitude tão importante
é assumir-nos. Algo muito sutil e ao mesmo tempo profundo acontece a partir do momento
que superamos o medo de ser quem somos. Ao que tudo indica as forças internas que arti-
culam os mecanismos do sucesso pessoal são acionadas quando conquistamos a coragem de
sermos nós mesmos.
Este termo bastante específico, “assumir o sucesso”, é importante porque quando mergu-
lhamos na teoria quântica e na dimensão da energética humana para compreender o processo
de empoderamento pessoal, percebemos algo claro: quando nos assumimos e realmente to-
mamos posse da nossa expressão e individualidade, ocorre uma mudança drástica na carac-
terística do campo energético pessoal. É a partir desta mudança energética que certas funções
interiores ou poderes espirituais são acordados para que o sucesso se manifeste por meio de
nós.
Talvez as pessoas nunca tenham ouvido falar da forma exposta neste livro, em uma análi-
se particular, realizada a partir de observações do processo da expressão individual dos que
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Vida Infinita
atingiram um nível elevado de realização. Este será nosso ponto de partida: se não provo-
carmos uma mudança de característica no comportamento de campo, não seremos capazes
de acionar funções internas que coordenam o fluxo da prosperidade que está intimamente
relacionado com a dinâmica do sucesso.
A trajetória rumo ao sucesso tem seu início a partir dos questionamentos: “Qual é sua
postura diante da vida e da sua existência?”, “O que é você para você?” Paremos por alguns
minutos aqui para uma breve reflexão.
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Vida Infinita
posto que doa. Mas um dia, essa árvore foi uma sementinha de poucos milímetros, com um
potencial extraordinário que encerrava virtualmente uma árvore colossal e exuberante. É di-
fícil imaginarmos ao pegar em uma semente que ali reside virtualmente, uma árvore como
uma Sequoia, por exemplo.
Na natureza, seja uma árvore ou um animal, os seres não têm uma mente tão complexa
como a dos humanos. Esses seres, portanto, estão inconscientemente em unidade com o todo.
Por estarem em unidade, vivem de acordo com as leis universais. Nunca veremos uma árvore
com crise existencial por julgar-se menos do que a árvore ao lado, de outra espécie. Seria en-
graçado testemunhar uma árvore em crise e complexo de inferioridade. A realidade é que a
árvore está lá na mais perfeita serenidade e plenamente alinhada com os mecanismos da vida.
Todos os seres na natureza estão 100% alinhados consigo mesmos e em harmonia com o am-
biente. Aprendamos com o exemplo prático dos seres na natureza a vivermos em equilíbrio.
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A experiência do ratinho
Um grupo de pesquisadores fez um experimento muito interessante. Um ratinho foi posto
em uma mesa. Havia naquela mesa uma fita vermelha bem no meio para delimitar o espaço
da mesa em duas partes. O ratinho foi então colocado em um dos lados da mesa. Toda vez que
o ratinho tentava cruzar a faixa vermelha, ele era conduzido de volta para o seu lado com um
pequeno empurrão em seu corpo. Depois de um tempo realizando o mesmo procedimento,
isto é, obrigando o ratinho a voltar para o seu lado sempre que tentava cruzar a faixa, já havia
sido condicionado um hábito e o ratinho não avançava para além da faixa. Ele ia até um cer-
to ponto e recuava. Daquele ponto em diante o ratinho estava condicionado a viver naquele
pequeno universo, que era a metade daquela mesa, como se para a mente dele não houvesse
nada além daquela faixa. Depois de um tempo os pesquisadores começaram a forçar o rati-
nho a cruzar a faixa para o outro lado. Naquele momento o ratinho quando forçado a cruzar
a fronteira, entrou num nível de estresse muito alto e teve uma espécie de choque nervoso.
Esse experimento serve para entendermos a força de um condicionamento, o quanto uma
crença (hábito) é capaz de limitar, coibir e restringir o acesso a uma nova possibilidade. O
mesmo acontece conosco. Quando temos uma crença e estamos presos a um condiciona-
mento qualquer, mesmo conscientemente almejando experimentar uma nova situação, expe-
rimentaremos um alto índice de estresse que, inevitavelmente, nos impelirá a nos autossabo-
tarmos, pois inconscientemente não estamos abertos para aquela situação.
Isso pode estar acontecendo agora, neste exato momento. As crises internas geralmente pos-
suem esta característica: querer viver algo sem estar com a mentalidade adaptada para aquilo. O
tamanho do nosso universo pessoal obedece ao alcance do que somos capazes de conceber. Po-
demos ser como peixes que acreditam que os limites da sua existência são as paredes do aquário.
É curioso imaginar que talvez estejamos nos impedindo de viver de forma grandiosa.
Como mudar? Apenas querer mudar não é o suficiente. Na visão quântica, querer é ape-
nas um breve passo inicial. Ele pode ser o início da motivação, o momento que se acende o
estopim para iniciarmos a mudança, mas não é o motor propulsor que mantém o processo da
mudança em si.
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referência afere a nós mesmos e canaliza nossa energia em direção a este centro essencial de
poder, provocando um despertar crescente e contínuo. Um centro bem ativo e energizado
garante-nos a força para realizar e criarmos uma vida plena.
Alguns físicos quânticos definem como ser autorreferente quando estamos na posse do
nosso poder e somos capazes da autossustentabilidade consciencial. No conhecimento popu-
lar, uma pessoa assim é reconhecida como aquela que tem muita sorte ou possui uma “estrela”.
É apenas uma forma didática e ilustrativa para retratar aquele que vive na própria força.
Há pessoas que já vêm com essa disposição, nem precisam provocar a reconexão com o
centro. A reconexão com o centro é independente e pode acontecer a um ateu ou a um mon-
ge. Tudo irá depender da atitude e mentalidade assumidas. Não requer seguir uma religião ou
um sistema filosófico, mas ela em si é um exercício que envolve a espiritualidade.
Há na Mecânica Quântica um ponto de intersecção com a espiritualidade. Alguns físicos
não estão prontos para entender o que a Física Quântica pode mostrar porque, em deter-
minado momento, ela exige que desenvolvamos um nível de consciência que permita-nos
reconhecer as conexões entre consciência e os diversos níveis da realidade e matéria. Muitos
xamãs, mesmo não possuindo conhecimento científico sobre Física Quântica, sabem aplicá-la
na prática com eficiência e assim provocar fenômenos de interferência direta da consciência
sobre a matéria, como curas, bilocações, autoteletransporte, alteração climática, provocam
chuvas, entre outros fenômenos.
Ao ler este livro você ruma ao princípio da diferença. Você não será mais um ser comum.
Aprenderá, aqui, a assumir sua diferença, para ser você mesmo. Isso é impactante e perfeita-
mente executável. O ser autorreferente é o próximo degrau da escada evolutiva da consciência.
Por meio das ferramentas passadas aqui, você poderá transformar sua realidade mental
para induzir novos comportamentos em sua realidade material. É desta forma que um ser
autorreferente atua. Tornar-nos nossa própria referência é não sermos mais indivíduos pri-
sioneiros emocionalmente de algo externo. Há muito poder em cada um de nós, disponível
para criarmos o melhor para nossas vidas. Nada é mais poderoso do que uma pessoa autorre-
ferenciada e autoconsciente.
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Vida Infinita
É o caso daquela pessoa que ganha 1 milhão de Reais, mas tem a mentalidade de escassez.
Vive em um contexto no qual formatou sua mentalidade dentro de um paradigma de falta E
pobreza. Logo, seu estado está ajustado para provocar mais escassez. Ainda que tenha recur-
sos disponíveis, irá perder tudo, pois seu postulado interior é a favor da pobreza. Ela pode ter
a ação disponível, mas não tem a atitude e postura interna que as faça potencializar a própria
ação de prosperidade. Por isso, pessoas com tão pouco criam verdadeiros impérios e pessoas
com tantos recursos e oportunidades não conseguem sair do lugar.
Para certas pessoas, parece que as coisas fluem tão facilmente que alguns se perguntam:
“Por que não comigo?”. Todos nós estamos expostos à mesma dinâmica, mas é a forma como
interpretamos a nós mesmos e à realidade que poderá provocar um comportamento da rea-
lidade a favor ou contra nós.
O que fazemos conosco torna-se uma lei profundamente rigorosa, um postulado interior
que ficará em vigor até que tomemos a decisão de mudá-lo caso seja negativo ou incremen-
tá-lo caso seja positivo. Se nos subestimamos, rejeitamos ou nos menosprezamos, por conta
de uma ideia fixa de que fomos rejeitados em algum momento, toda a realidade passará a se
comportar para justificar este parâmetro, esta lei interior que nós mesmos instituímos inter-
namente. Aqui, revisitamos a condição sine qua nom para uma mudança efetiva da realidade:
assumir-nos por inteiro.
O que é o sucesso?
Vamos agora explorar as ferramentas práticas que serão apresentadas. Dentro de uma visão
essencial sucesso é a consequência natural da conexão íntima conosco. Essa é a conexão: o mo-
mento em que nos tornamos seres autorreferenciados, já estamos assumindo nosso sucesso. É
importante frisar que sucesso não é um fenômeno superficial como muitos acreditam. Na visão
comum, sucesso é visto apenas como uma conquista material e poder aquisitivo. Nesta concep-
ção, está também interligado com a nossa autorrealização e expansão da consciência para um
nível em que nos sentimos integrados. O aspecto material é apenas um dos pontos do sucesso,
o financeiro.
Há certas funções interiores que poderíamos aqui chamar de funções anímicas-quânticas,
cujo despertar se dá no momento em que nos estabelecemos em nós mesmos, enraizando-nos
profundamente em nossa natureza. Essas funções quando despertas mobilizam o campo de
realidade pelo nosso intermédio, conectando eventos, situações e pessoas que irão compor o
caminho rumo à nossa realização.
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Vida Infinita
O Vício da Aprovação
Infelizmente há um padrão que tem seu início na infância e que governa ainda a grande
maioria: o vício pela aprovação externa.
Quando éramos crianças, a necessidade de aprovação, uma espécie de vírus psíquico, nos foi
inoculado. A partir daí passamos a buscar a aprovação, o consentimento das pessoas para ser-
mos aceitos e condicionamos parte do nosso bem-estar à aprovação das pessoas. A necessidade
de aprovação é o principal empecilho para saltarmos para a condição de seres autorreferencia-
dos. Na necessidade de aprovação, o outro se torna uma referência mais forte do que nós, o que
acarreta no desequilíbrio das nossas forças interiores.
O que você prefere: estar a favor de alguém ou estar a favor do universo? Será que vale a
pena agir em detrimento da própria integridade - emocional ou comportamental - para ser-
mos algo para o mundo ou para alguém? Será que estamos dispostos a sofrer tais consequên-
cias do ato de nos abdicar de nós mesmos? Quando estamos a nosso favor, estamos a favor do
universo e o universo, sendo um sistema vivo, cooperará com sua parte que se reconhece como
tal. Assumir-nos é reconhecer-nos como parte do universo.
O sucesso começa quando nos assumimos e admitimos que somos a causa das nossas vi-
das.
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Vida Infinita
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Vida Infinita
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CAPÍTULO 7
ENTENDENDO A
IMPORTÂNCIA DAS
CARACTERÍSTICAS
DO CAMPO
“VIVEMOS EM UM UNIVERSO VIBRATÓRIO. O QUE PARECE SER UM
ESPAÇO VAZIO É A SEDE DE UMA ENERGIA ILIMITADA.”
LYNNE MCTAGGART
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Vida Infinita
Quando se trata da dinâmica do campo energético pessoal, o importante é saber que ele
sempre expressa a média do que pensa e sente, o que em outras palavras significa que ele
expressa aquilo que somos sem filtros. Somos o resultado médio do que pensamos e senti-
mos. Um pensamento positivo em um momento não possui poder o bastante para modifi-
car permanentemente a qualidade do seu campo. O pensamento bem focalizado pode, sim,
modificar temporariamente, mas não será capaz de mudar radicalmente aquilo que há anos
nos habituamos a pensar, logo, a sentir. Uma mudança imediata pode acontecer em situa-
ções realmente extraordinárias envolvendo estados alterados de consciência, mas no geral,
nosso “pensene” (pensamentos + sentimentos + energia) determinará o estado mental e
comportamental médio.
Ao adotarmos novas posturas interiores e deliberadamente treinarmos a formação e a con-
solidação de novos pensamentos, vamos alterando de forma bem dinâmica a tríade pensa-
mento + sentimento e energia, criando uma nova mentalidade e uma nova característica de
campo.
Poderíamos dizer que o campo energético individual é uma espécie de campo pessoal de
probabilidades, pois a característica de pensamentos e emoções predominantes, as mais re-
correntes, criarão padrões no campo quântico e estes padrões descreverão novas equações de
probabilidades que determinarão o que será mais provável ou realizável e o que será menos
provável e não realizável. Assim, surge o modelo organizador da realidade material, o rascu-
nho que é desenhado pela média do que pensamos e sentimos.
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Vida Infinita
gético que desgasta e que as impede de realmente provocar uma mudança genuína, um salto
para uma outra qualidade de vida.
De qualquer forma, é parte da dinâmica do universo levar-nos, mais cedo ou mais tarde,
para o ponto de mutação onde teremos que nos render ao princípio inteligente dentro de nós.
Isso é inevitável. Poderemos ir pelo caminho da inteligência, pelo caminho de mínimo esfor-
ço, que é o caminho natural ou poderemos ir pelo caminho mais doloroso, repleto de orgulho
e controle, que só nos leva à resistência. Muitas vezes podemos nos tornar tão resistentes por
estarmos obliterados por nossa arrogância imperativa, que o único caminho de libertação
disponível é o da doença. O estado de doença, geralmente, extingue a resistência interior e
enfraquece o mental rígido por ideias vaidosas e egocêntricas. Aliviados pelo excesso de pres-
são mental, a doença oferta a oportunidade de nos ligarmos ao corpo e escaparmos do loop
dramático de nossas cabeças.
Esta libertação dolorosa, no final tende a gerar o florescimento de uma nova consciência.
Mas ainda, em casos mais extremos, nem a doença é capaz de libertar o indivíduo. Na morte
há a liberação do espírito que resultará na intensificação da dor interna e emocional que, sem
um corpo físico para reduzir a sua intensidade, exprime-se em seu máximo alcance, atordo-
ando o espírito que, sem ter outra alternativa, abre-se para a ajuda e recuperação.
Estamos aqui para trilhar o caminho da autossuperação de forma inteligente e graciosa
para atingirmos o ponto como criadores conscientes e tornar nossa vida uma obra de arte aos
olhos do universo.
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Vida Infinita
exige de tudo e de todos. Está o tempo todo tentando entender porque as pessoas e a vida não
são como ele quer e espera. Vivem reféns das pessoas, pois tendem a depender de tudo aquilo
que elegem como sendo o motivo do seu bem-estar. Sendo assim viverão no medo da perda
e se acomodarão na limitação.
Quando estamos com mais autonomia consciencial, o campo consciencial e energética
entram em fase harmônica com o campo quântico.
Neste estado a realidade passa a conspirar a favor de forma frequente.
Temos casos na História de pessoas que conseguiram sobrepujar situações profundamente
adversas, em contextos que estavam completamente contra elas. Estas personalidades emergi-
ram de um meio adverso com uma força incrível e realizaram-se plenamente. Como foi o caso
de Walt Disney, Charles Chaplin, Nicola Tesla, Albert Einstein, para citar alguns. Todos foram
taxados como excêntricos e esquisitos. Alguns tidos até como loucos, pois o contexto social e o
próprio sistema não admitem uma consciência mais ativa.
Quando começamos a sustentar a característica ativa de consciência, em um primeiro mo-
mento, o mundo e as pessoas nos rejeitarão. Poderemos, inclusive, experimentar a síndrome
do estrangeiro. Mas, gradualmente, o mesmo mundo que rejeitou irá curvar-se diante da
presença magnética daqueles com a consciência mais ativa e com autonomia. Assim foi com
todos os exemplos citados acima. Foram homens de sucesso na acepção mais pura do termo.
Seres realizados que descobriram o sentido em suas vidas e viveram de forma plena suas pro-
postas.
A base da existência
A existência não consiste apenas de atos que repercutem. A existência é o resultado da
atividade da consciência mobilizando energia. A partir deste princípio podemos entender
que antes da atuação direta é preciso manifestar a realidade desejada internamente para então
materializá-la. Não é possível materializar algo se não houver antes a manifestação interna. A
manifestação é a produção mental, a visualização da realidade almejada já conquistada. Ou
seja, a projeção de nós mesmos experimentando, vivendo a situação almejada.
Somos consciências atreladas temporariamente em um corpo. O corpo é energia e infor-
mação. Se enfocamos o corpo pela ótica biofísica, ele revela-se como uma unidade de alta
potência energética, em termos nucleares. Em menos de meio centímetro cúbico de matéria
física, temos potencial de energia nuclear disponível para alimentar um submarino nuclear,
dando voltas ao redor do mundo, durante 40 anos sem parar. Este é o potencial energético
contido apenas em uma fração de matéria do nosso corpo.
Um outro aspecto importante da nossa constituição é o aspecto subjetivo. Sabemos que a
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Vida Infinita
atividade mental e emocional mobiliza toda a unidade biológica. Um pensamento pode desenca-
dear inúmeras reações químicas provocando estados ordenados ou desordenados. Podemos nos
estressar a partir da interpretação mental que fazemos sobre algo ou podemos produzir prazer
também, a partir da qualidade do que pensamos, evidenciando que mobilizamos forças eletrô-
nicas, nucleares e quânticas com os nossos pensamentos.
Portanto, a consciência é uma entidade muito mais poderosa. O corpo, sob a ótica biofísica, é
uma estrutura eletrônica e nuclear de alta potência. A atividade consciencial, a geração de pen-
samentos e sensações leva-nos a mobilizar a estrutura energética. Podemos assim, também con-
siderar que a consciência possui a propriedade de interferir diretamente na estrutura quântica e
energética da realidade material à nossa volta. Os experimentos quânticos revelam claramente
esta ação interferométrica da consciência sobre a matéria.
Diante desta perspectiva, podemos aplicar nosso poder como observadores quânticos, al-
terar o curso dos eventos para criarmos situações melhores. Tudo que precisamos é entender
que nossa atividade interior afeta o contexto exterior.
Qualquer situação insatisfatória, seja no campo financeiro, afetivo, de saúde, pode ser alte-
rada construtivamente por nós, pois a mecânica do universo é estruturada dentro de uma di-
nâmica em que coloca a consciência como o fator que rege a existência das coisas. Ao adquirir
esta consciência, ao ler este livro, naturalmente decodificamos novos potenciais e os mesmos
tendem a realizarem-se. Isso nos dá uma enorme responsabilidade, porque ao ampliar o co-
nhecimento, ampliamos nosso escopo de possibilidades e não há como voltar atrás. Qualquer
tentativa de voltarmos atrás passa a ser autocorrupção.
Por meio do conhecimento aqui proposto, estamos expandindo o alcance consciencial.
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Vida Infinita
citar um exemplo, Jesus, que foi uma personalidade histórica próxima, tinha essa característi-
ca muito forte. Era uma presença marcante e um ser muito inteiro. O que ele pensava e sentia
colapsava instantaneamente. Imaginemos o grau de integração como o dele. Estar disposto a
oferecer a própria vida para não ir contra a sua própria verdade requer um nível extraordiná-
rio de integridade, força consciencial e coesão.
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Vida Infinita
CAPÍTULO 8
OS PASSOS PARA
A REALIZAÇÃO E A
PLENITUDE
“SOMOS AS ÚNICAS CRIATURAS NA FACE DA TERRA CAPAZES DE
MUDAR NOSSA BIOLOGIA PELO QUE PENSAMOS E SENTIMOS.”
DEEPAK CHOPRA
O
primeiro passo é desenvolver maior integração conosco conforme já explicado anterior-
mente. O estado de integração expande naturalmente nosso alcance consciencial.
O segundo passo é entender os três desdobramentos do princípio do observador:
Desdobramento 1: O direcionamento da atenção para um ponto de referência qualquer,
faz com que aquele ponto se modifique em relação ao observador e modifica o observador em
relação àquele ponto.
Considerando este princípio, é essencial estarmos conscientes do foco da nossa atenção.
Para onde sua atenção está indo? Ela está indo para coisas que o eleve? É preciso direcionar e
sustentar sempre o foco da consciência para o melhor.
Desdobramento 2: A forma como você se observa lhe altera, logo lhe transforma. Como
você se vê? Qual é a imagem que você tem de si mesmo? Este é o princípio do observador
aplicado a nós mesmos, tomando-nos como o objeto da nossa própria observação.
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Vida Infinita
Por trás de toda alucinação mental ou representação, há uma estratégia eficiente. Por
exemplo, uma pessoa que não consegue dormir, pois sofre de insônia, alucina e desenvolve
uma estratégia eficiente para não dormir à noite. Há uma sequência de passos que envolve um
conjunto de sistemas representacionais (audição, visualização, cinestesia, diálogo interno) e,
assim por diante. A mesma pessoa poderá, se souber ajustar sua representação mental, usar
da mesma estratégia eficiente para não dormir, para provocar o oposto, ou seja, dormir muito
bem. A questão é que criamos estruturas mentais bem energizadas pela repetição que colo-
cam tais alucinações em um modo automatizado levando-nos a comportamentos e estados
automatizados. Assim ocorre a reatividade psíquica e emocional.
A ampliação do conhecimento associado à técnicas específicas pode auxiliar-nos a in-
terferir conscientemente na mudança das nossas representações mentais ou alucinações. Se
quisermos ser prósperos, teremos que criar uma alucinação que irá resultar em um estado
(pensamentos e sentimentos) a favor da prosperidade. O primeiro passo para mudar nossas
representações mentais é interromper o Loop de pensamentos negativos.
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Vida Infinita
Se não nos determinarmos em assumir o controle da mente, nossa mente tenderá à máxi-
ma entropia e desenvolveremos uma mente desordenada e, portanto, negativa. A interferên-
cia consciente e inteligente de um foco deliberado para organizar conteúdos é essencial para
transformarmos a entropia em seu oposto: a neguentropia que representa o grau de ordem de
um sistema.
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As preocupações, por exemplo, sobre as contas à pagar, o que iremos comer logo mais, a
atenção que teremos que dar ao parceiro(a), tudo isso, se não for bem administrado, podem
produzir lacunas para toda sorte de interferência. Devemos lidar da forma mais harmônica
possível com tais questões práticas sem que nos absorvam por completo, pois assim, o ímpeto
que nos move rumo a expansão da consciência, prevalecerá e manteremos a força para emer-
gir para além das limitações impostas pelo sistema.
O grande desafio é quebrar a influência do mental coletivo. Para tal, o exercício de trans-
formar sua mente é vital.
Para desenvolver uma mente positiva e ter sucesso é preciso aprender a ficar exposto apenas
ao próprio eco que reverbera dentro de nós, desde que, obviamente, seja algo bom. É ficar ex-
posto apenas a esta atividade interior e sair da exposição ao eco do mundo. Isso é um ato inte-
rior. Não é preciso fugir do mundo. Não é preciso refugiar-se em uma caverna para meditar ou
abandonar a adversidade para viver em comunidades alternativas ou holísticas. Nós crescemos
na diversidade, colocando nossa luz sobre ela. Ficar sob o seu próprio eco e não ficar exposto
ao eco do mundo significa apenas permearmos o sistema. A melhor forma de fazer isso é for-
talecer a mente. Este é o segundo passo na física do sucesso.
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ta desligar-se e entrar em sono com essa prática que deve ser gentil, suave e sem esforço. Os
resultados logo se farão presentes.
O exercício é uma sensibilização. É importante que, durante o exercício mentalizemos
também a palavra luz, como um som psíquico num pulsar contínuo e constante.
Tudo que informamos mentalmente, as células reproduzem holograficamente. Se pulsar-
mos luz, é como se cada célula fosse uma telinha de cinema na qual está sendo projetada
aquela informação de luz. É isso que fará com que a mente comece a se abrir. Ela precisa se
abrir porque o negativo fecha a mente e a limita. Por isso, este exercício é usado para abrir
o mental, expandir, purificar e interromper o loop negativo. No momento em que a mente
começar a se abrir, a realidade também se abrirá, porque a forma como nos sentimos altera a
realidade à nossa volta. Uma mente novamente aberta revela o campo das infinitas possibili-
dades em nossas vidas.
Um outro ponto da prática é a necessidade de executá-la na posição deitada pois, assim,
quebra-se a verticalidade do consciente e perdemos o controle, fazendo emergir os níveis
mais poderosos da mente. Isso é importante, pois a prática consiste em informar luz, deixan-
do esta informação atuar de forma espontânea, sem julgamentos ou preconceitos.
Essa prática é muito útil porque o seu mecanismo está baseado num modo de transforma-
ção e libertação mental.
Gradualmente, com a prática, estaremos nos sentindo mais livres e, nesta condição, sere-
mos capazes de libertar as pessoas e o mundo, de nós. Assim, naturalmente seremos capazes
de permear o sistema e atuar nele sem que o mesmo interfira em nós. Estaremos percorrendo
o caminho que nos remete ao verdadeiro amor, pois não poderemos amar aquilo que ainda
emocionalmente dependemos. A liberdade interior é o início da conexão com a paz imortal
em nós.
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Um campo mais ordenado está também mais coerente e benevolente. Isso porque um
campo mais ordenado e ativo porta a característica de coerência, que por sua vez expressa
benevolência e expansão. Ao nos aproximarmos de alguém muito desorganizado em nível
de consciência, logo, de campo, tal pessoa tenderá a repelir-nos inconscientemente, gerando
comportamentos emocionais reativos de defesa ou de ataque. Nestes casos o campo mais si-
lencioso exacerba o ruído de um campo desordenado para a pessoa que o irradia.
Podemos ilustrar isso com o seguinte exemplo: imaginemos o ambiente de uma danceteria
onde há um grande agrupamento de pessoas, expostas a um som ambiente muito alto, con-
duzido pelo Dj da casa. As pessoas embaladas pela música pulam e dançam. Algumas estão
conversando, mas precisam falar muito mais alto do que o normal pelo volume da música.
Rapidamente e sem se darem conta, estarão gritando. Mas se de repente, o som for desligado,
ficarão surpresas ao constatarem que estavam literalmente gritando umas com as outras na
tentativa infrutífera de conversar. É exatamente o que acontece, quando estamos perto de
alguém com o campo muito luminoso e ativamente ordenado. O campo daquela pessoa de-
nuncia para os outros seus próprios ruídos. Afinal, tudo o que a maioria não quer é se ouvir.
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Apreciação Paz
Abertura Alegria
Receptividade
Gratidão
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Mecânica Cósmica
No universo, didaticamente, temos duas forças básicas atuando.
Uma delas é a força de materialização, que iremos denominar de “a força do É”. Tudo o
que existe é. O status “é” torna tudo perceptível e tangível para a consciência. A mesa é uma
mesa, logo ela “é’’ mesa para os nossos sentidos. Um dia a mesa foi apenas uma possibilidade
de existência, uma ideia na mente de alguém.
A outra é a força de desmaterialização, a força de transformação, o impulso para mudança.
Há situações, ou realidades que não queremos mais viver. Tais situações são objetos aparente-
mente sólidos, reais no espaço-tempo, portanto, são sustentados pela força do “é”. Certamente
queremos superar estas situações. Para desmaterializá-las, torná-las novamente potenciais,
devemos operar com a força de desmaterialização.
Seres como Jesus, Babaji e tantos outros que estiveram por aqui em algum momento da
história planetária, dominavam as forças de materialização e desmaterialização pelo poder
quântico de suas consciências, e eram capazes de colapsar instantaneamente a onda quântica
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O Efeito Z
Na Física, descobriu-se que o foco do observador interfere diretamente no sistema atômico.
Se a observação estiver embasada em expectativa por um resultado, ela irá “congelar” o decai-
mento de energia do átomo. Este nome foi dado em homenagem a um filósofo grego, Zenão
de Eleia, que costumava propor paradoxos. Um dos paradoxos propostos por Zenão, foi o da
Flecha de Zenão. Segundo este paradoxo, Zenão dizia que quando lançamos uma flecha no ar,
podemos observá-la a qualquer instante no tempo. Se o tempo é uma sequência dinâmica de
instantes, a cada instante, a flecha está parada. Ou seja, a flecha está em movimento e ao mesmo
tempo parada. Baseado neste paradoxo, surgiu o efeito Zenão Quântico, proposto pelos físicos
George Sudarshan e Baidyanath Misra, da Universidade do Texas. Eles observaram um estado
quântico envolvendo uma molécula, passando por uma transição que normalmente desintegra-
-se em uma quantidade específica de tempo. Um estado quântico que tende a desintegrar-se é
congelado por observações contínuas. Ou seja, a partir do efeito Zenão quântico, a interferência
do observador altera o sistema, de instável para estável.
O poder do observador porta assim duas propriedades, promover instabilidade, ou pro-
mover estabilidade. Logo, usar as forças cósmicas de materialização ou desmaterialização im-
plica em como observamos o que idealizamos ou queremos atingir.
Com estes seis passos, temos o ferramental necessário para iniciarmos os processos efeti-
vos de mudança, pelo uso das faculdades da consciência, em especial o poder do observador.
Ao soltar o impulso que desmaterializa, “a força do É”, é naturalmente convocada.
Jesus, certa vez abordou indiretamente o efeito Z e as implicações de um viver ansioso.
Quando os discípulos foram encontrar Jesus e estavam muito agitados e ansiosos ele disse:
“Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo
que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais
do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem
semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes
vós muito mais valor do que elas?
E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles
crescem; não trabalham nem fiam;” Mateus 6:25-28.
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Ampliando horizontes
Uma nova realidade começa a desenvolver-se internamente quando iniciamos a mudança
de percepção sobre as coisas, o que às vezes, não é muito confortável no início. O mundo está
em um processo de modificação muito acelerado. O volume de informação que temos hoje,
faz-nos ter a impressão de que o tempo está passando mais rápido. Na verdade, o tempo não
está mais rápido, nós é que estamos mais dispersos e distraídos, pelo excesso de informação
à nossa volta.
Nesta parte iremos aprofundar no processo de atuarmos como cocriadores conscien-
tes. Faremos um exercício a fim de desenvolvermos os princípios para criarmos realida-
des conscientemente. Teremos de nos desfazer de crenças limitantes e valores que até en-
tão nos mantiveram presos em uma visão reducionista de que somos apenas um detalhe
em um mundo preexistente. Vamos penetrar em novos modelos de percepção e entender
a psicodinâmica para gerar o ato da cocriação.
É importante frisar que vivemos em um mundo governado por uma física de
possibilidades que nos permite o ato livre da escolha e assim, como agentes coparticipativos
no universo, criarmos deliberadamente a realidade que trará sentido e realização.
Felizmente, a Física Quântica está estabelecendo-se e sendo difundida. Apesar de já
ter pouco mais de 100 anos, sua propagação fora do meio acadêmico e científico ainda é
recente. Mesmo assim, a maioria das pessoas ainda não tem uma noção clara do que ela é
e do que propõe, pois, o entendimento, a princípio, requer uma certa capacidade de abs-
tração. Há um forte componente subjetivo envolvido no cerne da mecânica quântica que
é a consciência. Mesmo havendo a popularização por meio de livros, palestras e cursos
sobre o assunto, continuamos presos ao modo de olhar e pensar daqueles que viviam na
Idade Média.
Termos a percepção, a ideia e o conhecimento mais aprimorado, de como as coisas e a
realidade funcionam, mas na prática do dia a dia, comportam-nos como se fôssemos do
século XVI. Nosso olhar sobre nós mesmos e sobre a vida ainda é medieval e matizado
por uma coagulação de conceitos reducionistas.
Como já abordado anteriormente, o século XVI foi o período em que se instituiu a
Física Clássica Newtoniana, que trouxe à luz um modelo de realidade absolutista e deter-
minístico que passou a orientar a mentalidade daquela época até hoje. Agora o mundo
havia se tornado um grande relógio com engrenagens que funcionavam de forma estável
e determinada.
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Vida Infinita
A forma como estamos pensando e sentindo irá movimentar novamente as equações das
probabilidades, e a média do que pensamos e sentimos irá reforçar uma linha temporal, de-
terminada por novos eventos que poderão ser criativos ou destrutivos, no momento em que
plugarmos a percepção para construir a realidade do mundo.
Baseados na teoria quântica é possível exercer mais domínio na criação da realidade. Faz-se
necessário abandonar aquela forma antiga e analógica de funcionar e admitir a existência de
outra dimensão, a consciência como um princípio que é em si mesma, e que orquestra a sin-
fonia de eventos. Assim devemos deixar o modo de ser tridimensional para sermos mais qua-
dridimensionais. Neste último, a dimensão vertical da consciência é reconhecida e podemos
então, migrar para um novo estado: o metahumano.
Nós estamos em uma fase muito importante onde tudo está conspirando para darmos
este salto e passarmos a atuar como metahumanos. Este é um modo de funcionamento mais
coerente e próximo da natureza humana. Neste novo modo, o indivíduo já se percebe como
o epicentro criador do seu próprio universo.
O metahumano é um estado de ser que tem o conhecimento e os parâmetros para operar
num nível muito mais profundo o nível quântico. Ao acessar este estado, deixamos para trás
aquela forma de atuar baseada apenas em ações diretas, para repercutir na realidade material.
Além disso, há outros movimentos que tornam a vida muito mais fácil, prazerosa, plena
e com muito mais sentido. Sendo assim, por que não tornar melhor, mais leve, menos estres-
sante, mais prazerosa e mais pacífica esta experiência que estamos tendo neste momento do
tempo e do espaço?
A independência da consciência em relação a matéria, após a morte, não é mais uma ques-
tão de crença religiosa, e sim científica. Para que a física da realidade funcione, a consciência
precisa ser, necessariamente, algo que antecede a própria matéria. Se a consciência existe a
priori, ela continuará existindo a posteriori.
Esta noção fundamenta-se no conhecimento da teoria quântica.
“A vida é um eco e se você não está gostando do que está recebendo, observe o que está
emitindo.”
O que estamos recebendo como realidade justificada é apenas um feedback quântico ao
que estamos emitindo. Mudando o que a consciência emite, muda-se o eco.
114
Vida Infinita
Alterando A Realidade
Para chegarmos ao ponto de alterar a realidade, é necessário que transformemos a per-
cepção e revisemos conceitos, valores e o modelo de interpretação que estamos usando para
o processamento da realidade à nossa volta.
Muitas pessoas estão presas na visão de que vida é lutar e que nascemos para sanar o nosso
karma e pagar débitos de experiências pretéritas. Mas na verdade estamos aqui nesta expe-
riência material para descobrir e desenvolver nossos potenciais.
115
Vida Infinita
CAPÍTULO 9
ASSUMINDO
O PODER DA
CONSCIÊNCIA
PRINCÍPIOS PARA EMPODERAMENTO
E
ste é um convite para darmos um salto de consciência e permitir que usemos a capacidade
intrínseca de criar realidades. O ponto inicial é entendermos o conceito envolvido em ati-
tude e ação. Ação é o ato de realizar e atitude é a postura interna que qualifica o ato. Ação
sem atitude tende a ser inócua em termos de provocar mudanças consistentes.Ao determinar
que queremos algo, devemos desenvolver a atitude para aquele algo, criar o estado interior
que represente o foco do objetivo almejado. Como exemplo, podemos explorar o fenômeno
da prosperidade.
A prosperidade baseada no ego é diferente da prosperidade legítima, pois prosperidade é
um fenômeno abrangente que extrapola o aspecto físico, o dinheiro. O dinheiro é importante e
torna a vida mais confortável, mas existe uma noção ainda muito maior sobre ele que é a opor-
tunidade de ampliar o poder de experimentação. Quando criamos o estado, a atitude próspera,
tenderemos a prosperar em criatividade, em paz e em felicidade.
Para adotarmos a atitude do criador deveremos extinguir a mentalidade relacionada à ati-
tude de criatura. Quando mencionamos o status mental de criatura, referimo-nos à atitude na
qual a base fundamental é a dependência emocional a pessoas e coisas, e o vitimismo. Em nos-
sa cultura isso é muito forte. Damos muita importância para tudo, menos para nós mesmos.
116
Vida Infinita
Atribuímos poder para tudo aquilo que é externo a nós, como vírus, remédios, situação eco-
nômica e até a um deus idealizado pela religião, como uma mera ideia coagulada. O conceito
de Deus na versão do Pai Nosso, no Aramaico Arcaico, faz menção a algo que não é homem ou
pessoa e sim, fonte e que esta fonte está em nós. Esta oração na língua original começa assim:
“Ó fonte da Manifestação! Alento da vida! Pai-Mãe do Cosmos! Faze tua luz brilhar dentro de
nós…’’
Há uma forte pressão cultural e histórica que fortalece em nós uma representação daquilo
que pensamos ser, que produz a falsa percepção de que há um criador com uma vontade alheia
à nossa, e de que somos criaturas isoladas.
A evolução é um processo que nos leva a atingir autonomia em todos os sentidos. Esta au-
tonomia confere a nós o estado de liberdade, inclusive para cocriarmos. Se não nos dermos o
direito de nos libertar da ideia, equivocada e religiosa, de que somos filhos de Deus, não nos
daremos o direito de sermos Deus realizando-se no espaço-tempo. Primeiro não há um Deus
pessoa, pai. Há, sim, uma inteligência não local, infinita e atemporal, da qual somos parte.
Como é possível sermos filhos de nós mesmos?
A maturidade espiritual baseia-se na independência, na autossustentabilidade e não na de-
pendência. Façamos a seguinte reflexão: reconheça que tudo aquilo que você depende o limita.
A dependência emocional é completamente desnecessária e é uma forma de aprendizado que
se automatiza gerando em nós, uma espécie de vício emocional.
Percebamos os ganchos emocionais aos quais nos prendemos. Para explicar melhor, imagi-
ne que eu, Horácio, sinto-me mais eu (Horácio) quando estou de terno. Neste caso, meu senso
de identidade será reforçado e a parte de quem julgo ser, depende do terno para sentir-se mais
alguma coisa. Quem tem o quê, neste exemplo? O Horácio tem o terno ou é o terno que o tem?
O quanto somos capazes de desfrutar e usar nossas mentes e emoções sem deixar com que
elas nos usem? A vida é uma jornada de autodescoberta e, evoluir está mais relacionado com
deixar do que com o ter. Pessoas muito ligadas a status, ao desencarnarem vivenciam uma
espécie de depressão post morten, quando se deparam com a realidade de que nunca foram
absolutamente nada e nunca precisaram ser nada. Na realidade sempre foram espíritos ado-
tando identidades transitórias. As pessoas procuram se impor pela posição que ocupam como
encarnadas. No filme “Nosso Lar”, André Luiz com seu apego à identidade como médico,
tenta impor-se e obter privilégios na colônia Nosso Lar, e frustra-se completamente ao ser
tratado da mesma forma pelos seres que lá já estavam não importando se haviam sido mendi-
gos, padeiros, advogados ou juízes. As relações modificam-se conforme saltamos para outros
planos de existência, como é o caso do plano extrafísico ou astral.
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Você é totalmente responsável por tudo o que está acontecendo na sua vida agora.
Felizmente, o universo deixou de ser determinístico e passou a ser probabilístico. Isso per-
mite que concebamos que a realidade não é regida por certezas, mas, por incertezas. Se nada
está determinado, tudo é possível. Assim sendo, o futuro é indeterminado. Se o futuro está
em superposição, isto é, se ele está existindo virtualmente em todos os estados possíveis de
realidade, podemos deliberadamente colapsar a melhor versão possível do futuro. Este é o ato
da criação.
O futuro é plástico e a forma como estamos pensando e sentindo agora irá moldar a reali-
dade futura. Isto está acontecendo o tempo todo, e estamos constantemente atualizando nosso
momento presente, a partir dos futuros possíveis imediatos que estamos colapsando. Até mes-
mo quando buscamos os oráculos e sensitivos para sabermos antecipadamente sobre o que
o futuro nos reserva, o sensitivo sintoniza os campos de probabilidade e decodifica o futuro
mais provável. Ainda assim, é um futuro que não está determinado e poderá ser alterado. Ge-
ralmente quando tomamos ciência de um futuro muito provável, o simples ato de passarmos a
ter ciência o torna menos provável, por conta de todo o movimento de sensações e, principal-
mente, ansiedade que passamos a gerar.
O mais importante é entendermos que temos a liberdade de mudar nossas vidas a qual-
quer instante. Por isso, seres mais sábios, que já conseguem ter esta visão, não conduzem,
não aconselham, mas orientam no sentido de mostrar que existem opções, sem limitar nosso
poder de escolha. O que há de mais importante na existência humana é a liberdade de escolha.
Somos 100% responsáveis por tudo o que está acontecendo em nossas vidas.
Estamos criando e movimentando a realidade continuamente, colapsando potenciais a
partir de nosso estado interno. Na grande maioria das vezes, colapsamos situações indese-
jáveis, pois não temos o hábito de focalizar a mente deliberadamente para o que realmente
queremos. Daí situações caóticas são experimentadas por uma criação ou por omissão.
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Quem escolheria ser assaltado? Quem escolheria a doença? Quem escolheria a miséria?
Quem escolheria a solidão? Conscientemente ninguém. No entanto, quando não focalizamos
nossas mentes de forma positiva, nossos condicionamentos e crenças mentais irão moldar
nossa realidade e, talvez, teremos mais do que não desejamos.
Se fosse possível libertar-nos de todos os elementos que não constituem nossa natureza,
tornando-nos puros de novo, iríamos vivenciar o que Jesus metaforicamente mencionou: “.
Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entra-
rão no Reino dos céus. Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Rei-
no dos céus.” O que Jesus quis dizer é que é preciso libertar-se de todas as crenças e padrões
limitantes para acessar uma nova consciência (reino dos céus) e, assim, viver na plenitude.
Neste contexto, “reino dos céus” é uma metáfora para um estado de consciência expandido.
Há de nos libertarmos de toda crença ou informação reducionistas, advindas da cultura, da
moral social, mais ainda, da moral social cristã que se tornou o cerne da visão de mundo, em
especial, na América do Sul. A imagem de Jesus crucificado representa um gatilho que aciona
culpa, pois a ideia errônea é de que ele morreu por nós, para nossa salvação.
Como nos permitir ter uma vida ampla, se o inconsciente está povoado por ideias coa-
guladas sobre não merecimento, vergonha e culpa? Imaginemos todo um contexto social,
cultural, a realidade de um país e um continente, que valorizam um instrumento de tortura
antigo, como a cruz. Este objeto é colocado em repartições públicas e mulheres utilizam como
pingente ou brinco. Nas casas, exibe-se a cruz com Jesus. Na verdade, esta imagem estampa o
sofrimento e o martírio. É por esta razão que o mundo promove o sofrimento. Há uma grande
promoção social a favor dele. Aprendemos a criar dificuldades para obter promoção social, pois
associamos sofrimento como uma forma de se ter valor e ser apreciados pelos outros. Assim
sendo, uma pessoa que conquista com facilidade e graça uma vida feliz, não pode ser valoriza-
da. Esta é a mentalidade da cultura de países regidos pelo catolicismo cristão e de boa parte do
hemisfério ocidental, em especial, dos países latinos.
É possível ter uma vida mais simples, mais fácil, dentro do fluxo natural, porque a natureza
não se esforça. A luz, por exemplo, ao propagar-se pelo espaço, busca o caminho de mínimo
esforço, isto é, uma linha reta. Ao começarmos a observar a vida sob os parâmetros da nature-
za, descobriremos que o conceito de dificuldade e esforço são criações humanas. Aprendemos
a nos esforçar e a interpretar desafios como dificuldades.
Aquele que não se esforça, mas dedica-se com carinho, está no fluxo natural. O desafio é
romper com o contrato social e permitir que a nossa real natureza flua. Para tanto, o ponto de
partida é conseguir compreender que a nossa interpretação sobre algo, passa a ser mais im-
portante do que aquele algo, pois determinará as nossas reações e consequentemente a forma
como a realidade irá se comportar em relação à nós.
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Energia e matéria
Pessoas como Einstein eram diferentes, estavam em si, focadas naquilo que acreditavam,
expandiram-se e fizeram acontecer. O mundo que as criticava foi o mesmo que as aplaudiu
depois. O que estas pessoas tinham em comum? Na superfície de suas mentes tinham a con-
vicção, o foco, mas no nível mais profundo, mobilizaram energia e informação. Dispararam o
processo de cocriação a partir de suas próprias consciências.
A mecânica da criação consciente de uma nova realidade tem muito mais a ver com nosso
íntimo do que imaginamos. Na verdade, nosso estado psicológico e a qualidade dos pen-
samentos e sentimentos, são determinantes. O que é necessário aprender é como, na vida
prática, é possível mobilizar a realidade para aquilo que se quer viver, para aquilo que se quer
realizar. Não se trata do caminho do esforço como já mencionamos e, sim, um caminho mais
gracioso que envolve clareza, foco e o poder de soltar a própria criação.
É preciso ampliar a visão e conceber que a existência material não é em sua essência uma
estrutura densa, impenetrável e fixada no tempo-espaço. A existência é baseada em energia e
informação. Quando admitimos através de uma nova lógica, a lógica quântica, que a matéria
é um efeito holográfico que ocorre na consciência por meio do processamento de informação,
poderemos assim admitir a natureza plástica da matéria e a influência dos pensamentos na
transformação da realidade.
Natureza Energética
Somos constituídos de energia e matéria. A matéria em um nível é pura manifestação
energética. Por conter 99,9% de espaços vazios, o íntimo da matéria consiste de campos de
energia e informação vibrando. Nossa consciência, que é algo imaterial, está relacionando-se
temporariamente com campos de energia. A realidade à nossa volta também é a expressão de
campos de energia informatizados. Sendo assim, devemos nos enxergar como consciências
atuando em um meio puramente energético, quântico. Se a essência do meio é energia e in-
formação, que responde à nossa atividade consciencial, como é possível nos basear apenas em
atos físicos que repercutem? Precisamos aprender a ativar a informação, a expandir a energia,
a manipular este campo energético que é a realidade, a partir da unidade energética, que é a
consciência integrada à expressão somática, corpo físico. Juntos, consciência + corpo físico,
formam uma unidade informacional eletrônica nuclear de alta potência.
Esta visão é muito importante porque, quando se começa a olhar a realidade desta
forma, mesmo que no início seja preciso lembrar que tudo é informação, concebemos o
poder de articular a informação para mudar a realidade através da consciência.
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Expandindo A Mentalidade
Há muito tempo foi-nos vetado o livre pensamento. De forma indireta, desenvolvemos o
medo de pensar e questionar. O livre pensamento torna-nos livres de toda e qualquer forma
de manipulação. Uma pessoa que pensa com liberdade passa a ter mais força e torna-se um
agente de mudança que compromete toda a macroestrutura do sistema, pois contribuirá para
descentralizar o poder. Para que o sistema possa sustentar-se, há que manter o poder centra-
lizado.
Para centralizar o poder, há a indução de uma hipnose coletiva, que mantém as pessoas
em uma representação mental onde elas não pensam, apenas seguem as diretrizes midiáticas
que orquestram a estrutura que mantém o planeta escravizado. Assim, o coletivo é conduzido
a criar grandes hologramas, cuja a essência é a desigualdade social e a opressão pelo medo.
Este estado hipnótico coletivo vem sendo reforçado há tanto tempo que a grande maioria
das pessoas é capaz de rir do absurdo, pois o poder de questionamento lógico e lúcido vem
sendo corrompido pelas estratégias de controle de massas.
No passado, havia um momento que era cultivado pelos antigos gregos: o momento do
ócio. O ócio, naquela época, era visto como um tempo de relaxamento, reflexão, e que inevi-
tavelmente levavam ao insight. Por meio da livre reflexão, os antigos gregos fundamentaram
a base da ciência e da filosofia.
Aos poucos o ócio tornou-se uma ameaça e passou a ser incentivada a negação do ócio.
Assim, nossa sociedade passou a basear-se em negócio (a negação do ócio). Enquanto de-
dicamos tempo integral ao trabalho, não temos mais tempo para pensar com liberdade. En-
quanto estivermos ocupados em nossas negociações, em nossos trabalhos, não temos tempo
para pensar e refletir. Sabemos que o trabalho é parte das nossas vidas, pois agregamos e con-
tribuímos de alguma forma. Mas a jornada de trabalho deve ser equilibrada com momentos
de ócio. Se não tivermos a liberdade para expandir nossos pensamentos, não expandiremos
nossas vidas. Há que se ter tempo para pensar além. Há uma expressão em Inglês para isso:
thinking outside the box (pensar fora da caixa), uma metáfora para pensar de forma não con-
vencional.
Além disso, incorporamos uma ideia que causa impacto subliminar sobre o conceito de
trabalho. A etimologia da palavra refere-se a castigo. O tripalium do latim era, na verdade,
uma espécie de estaca que, fincada no chão, servia de tronco para o castigo dos escravos da
Idade Média. Tripalium era um antigo instrumento de tortura.
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PARTE
4
cocriador
consciente
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CAPÍTULO 10
QUEBRANDO
CONCEITOS
REDUCIONISTAS
“O UNIVERSO COMEÇA A PARECER-SE MAIS COM
UMA GRANDE IDEIA DO QUE COM UMA GRANDE MÁQUINA.”
DAVID BOHM
Potencial de Cocriação
J
á vimos que, atômica e energeticamente, nosso corpo é uma verdadeira usina nuclear de
alta potência e que a consciência que o anima é ainda mais forte, pois mobiliza toda esta
estrutura. Isso levou-nos à pertinente reflexão de que, uma vez que a consciência consegue
manipular este campo de energia poderosíssimo que é o nosso corpo, necessariamente pode
também influenciar o campo da realidade à sua volta, graças ao simples fato de que focar a ob-
servação em algo o faz entrar em reverberação com aquele foco de observação. Tal efeito não
é percebido de imediato, uma vez que ocorre num nível quântico, num nível de subpartículas.
As flutuações probabilísticas mínimas no nível quântico, pelo poder do observador, podem
acarretar em grandes mudanças na esfera da macro realidade. Tudo o que é preciso é ter um
momento em que aumentamos e potencializamos o foco sobre a possibilidade almejada. Esta
atitude é que nos permite realizar o “impossível”.
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A questão é: até que ponto somos capazes de nos permitir estabelecer contato com a rea-
lidade? Estabelecer este contato significa o início de tudo aquilo que precisa ser curado em
nossas vidas. O contato com a realidade remete-nos ao estado de aliança quântica, que per-
mite-nos transformar absolutamente qualquer coisa. Isto quer dizer que, ao entrarmos efeti-
vamente na realidade, estaremos acessando o estado de realidade essencial para cocriarmos.
O que representa um estado de força muito grande.
É pelo contato com a realidade que surge o poder de escolha e somos capazes de ir além da
realidade que desejamos mudar.
O fundamento da cocriação é regulado pelo princípio do observador, no qual postula-se
que, ao alterar a observação do objeto observado, ele modifica-se em relação a nós e nós
modificamo-nos em relação a ele. Logo, ao modificar a forma como nos percebemos, trans-
formamo-nos diante da vida e a vida transforma-se diante de nós. Este movimento envolve a
habilidade de modificarmos nossas representações mentais sobre quem pensamos ser.
Há os que percebem a vida como luta e, até em situações simples, como a perda de uma
caneta, expressam raiva pelo fato daquela “maldita” (é esta a abordagem dramática que usam)
caneta ter desaparecido e, realmente acham, por um momento, que a caneta agiu delibera-
damente e propositalmente para dificultar suas vidas. Para estas pessoas, a caneta está contra
elas. Tudo isso se resume em uma representação mental sobre si mesmo e sobre a vida, res-
paldada em um molde em que viver é igual a lutar. Para essas pessoas, tudo vira uma batalha
dramática. Desde um evento simples como o do exemplo da caneta citado acima, até eventos
aparentemente mais sérios.
Temos também uma outra classe de pessoas que representam aqueles que se esforçam em
mudar, mas não mudam a percepção e são tomadas pela frustração. Esta frustração, é um
sentimento de injustiça gerado por acreditar que a vida não as favoreceu, pois pensam terem
se esforçado muito sem alcançar os resultados esperados. Quando nos esforçamos muito e
não conseguimos o que queremos, surge o sentimento de revolta, pois acreditamos que há
uma injustiça. Então, inicia-se o processo regressivo e passamos a nos comportar como ver-
dadeiras crianças mimadas em relação a vida. Buscamos assim, vingar-nos da vida, afinal de
contas ela não nos deu o que queríamos. O mais cruel que cometemos contra nós nestes casos,
é retirar a vida de nós mesmos, desligando nossos ânimos. A isto chamamos de depressão. Por
trás de todo estado depressivo há alguém em uma revolta infantil contra a vida. É claro que
este estado está também fundamentado em uma representação mental infantil e ineficiente.
A pergunta que costumo fazer normalmente em consultório para quem esteja acometido
por este sentimento é: “Por que você está desligando sua energia?’’. Esta pergunta que remete
à autorresponsabilidade, encontra no individuo, dificuldade de entendimento e geralmente
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não se sabe o motivo. A questão derradeira e a mais importante no processo, é buscar o acon-
tecimento que, portanto, não tenha sido aceito até aquele momento. Diante desta indagação,
quando a pessoa começa a entrar em contato com aquilo que não aceitou, começa então o
autoenfrentamento, e sob uma nova perspectiva, a da autorresponsabilidade, surge o processo
de aceitação, que culminará à rendição e ao início da cura.
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à realidade, desejam cada vez mais atenção, aceitação e aprovação. Seres que estão na Terra
sustentando níveis de iluminação como o de Jesus estão, alguns deles, nos grandes centros
urbanos, porque é onde mais se precisa de luz e sustentação. Vivem uma vida comum, mas
são verdadeiros gigantes espirituais. Eles não estão aqui para nos “ensinar a pescar” e nem nos
“dar o peixe pronto”. Com suas presenças “criam o lago”.
Há alguns anos, um destes seres foi visto caminhando na Rua Augusta em plena São Paulo.
Em sua simplicidade e discrição estava descendo a rua e enquanto caminhava, seu campo era
tão organizado e potente que inevitavelmente higienizava e varria extrafisicamente toda aque-
la região. Ele não estava focado em fazer a limpeza, mas era inevitável, com a sua presença
passando por ali. Os espíritos obsessores que lá se encontravam, batiam em retirada, tamanha
era a luz e a ordem espiritual que aquele ser emanava. Na ocasião havia um número conside-
rável de orientadores evolutivos, consciências extrafísicas que, atraídas pelo evento, estavam
ali para observar um raro momento como aquele. Era uma oportunidade para tentar entender
como aquele indivíduo conquistara tal grau de liberdade e autonomia.
Um ser como este só pode ser acessado se assim ele consentir. Ele atingiu um estado de se-
renidade absoluta. Estes seres, por conta de sua serenidade inabalável, são também conhecidos
como Serenões.
Um outro caso envolvendo a ação dos Serenões, ocorreu no período da Alemanha pós-
-guerra. Havia um desses seres que estava encarnado como um oligofrênico naquela época. A
oligofrenia é caracterizada por um grau de retardamento mental. Ele vivia basicamente sobre
o estrado de uma cama aos cuidados de sua tia. Sua aparência era bem chocante. No entanto,
era um gigante espiritual disfarçado no corpo de um oligofrênico. Sua proposta era de reur-
banizar extrafisicamente toda a Europa. Assim o fez. Não é de se estranhar que toda a Europa
se reergueu em menos de quarenta anos. Aquele serenão, ao ter terminado o seu trabalho,
simplesmente desativou o seu corpo físico e retornou para o seu plano. Na verdade, ele apenas
precisava de um corpo físico, para poder usar parte desta energia, e transformar a egrégora
extrafísica remanescente do pós-guerra.
Atualmente há um outro ser de mesma envergadura atuando na região de Montauk, no
estado Americano de Nova York. Esses seres são consciências muito avançadas e que estão no
término da etapa evolutiva deste planeta. Geralmente quando reencarnam, mobilizam poten-
ciais para influenciar e mobilizar estruturas numa escala macro-planetária.
Da Manifestação à Materialização
Visando entender como funciona o processo de criação de realidade, podemos dizer que
a manifestação é a geração interna de um ambiente ou a formulação psíquica da possibili-
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dade que se quer realizar. Portanto, não se pode materializar aquilo que não foi manifestado
internamente. Este processo tem a ver com intenção e, mais ainda, com a formação de um
inprinting neuropsíquico. Então, se não houver a formação de uma impressão interna, mani-
festação, não poderá haver a materialização.
A materialização, por sua vez, é tornar a impressão psíquica (representação mental), em
uma representação neural o que resultará em uma realidade tangível e perceptível aos senti-
dos.
Ao vermos uma sala, estamos percebendo de forma tangível aos sentidos uma realidade
que em um momento foi concebida por uma mente.
O ponto essencial para criar-se uma nova realidade é, primeiro, decodificar o potencial ou
possibilidade. A decodificação consiste em conceber o que se quer atingir com clareza e com
especificidade. Em termos quânticos, quando decodificamos ou concebemos um potencial, ele
tende a realizar-se espontaneamente. É comum em escolas de artes marciais tradicionais, a prá-
tica milenar de realizar a sequência de movimentos, em um primeiro momento na mente para
depois executá-las físicamente. Nas escolas de mistérios, a formação de um mago exige a arte
de manifestar o seu intento, ou seja, de gerar ideoplasticamente a situação ou o contexto a ser
influenciado. Portanto, o colapso da função de onda de uma realidade, requer a representação
mental da possibilidade. O evento ou a fórmula deverá estar acontecendo internamente como
se já tivesse atingido.
Há uma proporção quântica envolvendo o colapso quântico da função de onda. Esta pro-
porção em percentual é apenas uma forma didática de entendermos a importância de cada
faculdade no processo criacional.
O pensamento equivale à 20% do processo e consiste na representação mental ou na for-
mulação de uma semântica capaz de gerar o inprinting psíquico. O sentir envolve 35% do pro-
cesso e cria a contraparte neuroquímica do inprinting. O poder de liberar a própria criação ou
o que podemos chamar de disparo interno consiste em 45% do processo quântico criacional.
Primeiro há a representação mental, segundo a emotização e o terceiro e fundamental passo,
o soltar completamente. Estamos vendo que o soltar, a liberação definitiva, passa a ser o ponto
mais importante do processo de criação de realidade.
O sentimento envolve sentir-se no contexto da representação mental ou na estrutura semân-
tica correspondente ao objetivo. Quando sentimos a representação mental, construímos o senso
de espaço e tempo internamente, levando nosso sistema nervoso a conceber uma nova camada
de realidade espaço-temporal. Ao extrapolar a relação de probabilidades acima de 50%, entra-
mos no processo da emotização, e agora a representação mental está atingindo um status de alta
probabilidade de realização, como realidade material.
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Há monges de templos antigos que seguem a tradição da prática de artes marciais, como
Kung Fu, Tai Chi Chuan, que treinam muitas horas por dia, sentados e imóveis, desenvolven-
do sequências inteiras de movimentos.
O que eles estão fazendo? Estão criando o inprinting neuropsíquico, emotizando e formando
memória muscular prévia. Atingem um nível realmente muito alto em suas práticas, e são ca-
pazes depois de realizar feitos incríveis e vistos até então como impossíveis.
Há uma questão muito relativa quanto ao tempo que devemos desenvolver o processo.
Quando se faz o processo de criação de realidade, como iremos ver. O tempo é muito relativo.
A duração com que se faz o processo não é tão importante quanto a intensidade. O que real-
mente fará diferença no sucesso de sua criação é a intensidade e não tempo.
Se avaliarmos, 1 segundo dentro da perspectiva do tempo de Planck, é a menor unidade de
tempo, um tempo quântico. Este tempo seria algo em torno de 0-43, ou seja, zero e quarenta
e três casas decimais depois da vírgula. Um tempo realmente muito pequeno. Nesta escala de
tempo, um segundo seriam horas ou até mesmo um dia inteiro.
O que representa que a criação quântica pode ocorrer a uma velocidade ultrarrápida ou até
mesmo em meio segundo. Poderíamos representar esse tempo na seguinte situação: imagine-
mos uma pessoa sendo vítima de uma bala perdida que vai ao encontro de sua testa e, ainda
assim, num último instante, ser capaz de desviar daquela bala.
O Ato Da Criação
O ato de criação que estamos descrevendo é aplicado para qualquer possibilidade. A pro-
babilidade de manifestarmos uma vaga para o nosso carro na rua, pode ser mais fácil, pelo
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simples fato de que a probabilidade de encontrar uma vaga de carro é alta em uma rua. Então,
podemos colocar que é mais provável colapsar uma vaga de carro do que curar um câncer.
Mas nada impede que provoquemos a cura de um câncer, a partir de um foco afiado e do
disparo criativo.
rada por semântica e por imagem ou pelos dois ao mesmo tempo. Tudo irá depender de qual
sistema representacional cada pessoa opera melhor. Há pessoas que são mais visuais, outras
mais cinestésicas, auditivas e outras usam mais o diálogo interno.
Criar uma representação mental em termos neurológicos, consiste em reorganizar sinais
e ativar setores cerebrais. A ciência já comprovou, ao monitorar o funcionamento do cérebro
por meio de equipamentos modernos como tomografia por emissão de pósitrons que, ao criar
uma imagem interna, por meio da visualização mental, todas as áreas sensoriais do cérebro,
como os setores da visão, interatividade tátil, audição, olfato, são ativados fisicamente, como
se o cérebro estivesse recebendo informações físicas. Isso demonstra que o sistema nervoso
não sabe diferenciar aquilo que é imagem interna e aquilo que é realidade.
O que intriga é o fato de que, ao visualizarmos algo com os olhos fechados, o cérebro
está processando fisicamente informações sensoriais, da mesma forma que responde às ondas
eletromagnéticas da luz, informações táteis, ou informações moleculares, no caso do olfato.
Aquilo que experimentamos em nossas visualizações está “existindo” de alguma forma.
Segundo o físico americano Fred Alan Wolf, “todo pensamento é uma realidade que coexiste.”.
Podemos cogitar que ao criarmos um ambiente internamente, estamos de alguma forma,
experimentando matéria.
Estaríamos alocando nossos pensamentos como realidades em universos alternativos? Se
jogarmos uma moeda para o alto, e desse cara como resultado, a probabilidade de dar coroa
seria cumprida em uma versão da mesma realidade? E ainda, haveria uma outra versão em
que não jogaríamos nenhuma moeda? Seria assim também com os pensamentos? Nesta ótica,
qualquer pensamento é uma realidade potencial que coexiste com esta. Portanto, ao idealizar-
mos algo, estamos criando novos caminhos ou camadas de realidades potenciais.
Na Holografia da Mente, um método metaepistêmico apoiado pela teoria quântica e pro-
posto por mim, podemos orientar a mente para criar novas realidades e provocar saltos quân-
ticos. Ao fazer o processo que denomino de ativação holográfica, acessamos um domínio fora
do espaço-tempo que permite-nos articular o potencial quântico, de forma mais consistente,
para promover mudanças. Isto porque neste domínio, temos mais flexibilidade para gerar
novos imprintings criacionais. Fora do espaço-tempo, todos os potenciais ou possibilidades
estão disponíveis.
Nesta abordagem de criação conscientes de realidades, iremos apresentar como podemos,
a partir da nossa estrutura de consciência e fisiologia, habilitar o acesso às novas realidades.
Criar quanticamente uma nova realidade, envolve convocar a mente e a própria fisiologia
para responder à estímulos internos. Implica em conectar-nos com a realidade potencial e
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estabelecer harmonia de fase com aquele tempo futuro possível. Vale lembrar que, diante de
nós há infinitos futuros possíveis disponíveis, e que nossa atividade no tempo presente está
tornando futuros possíveis mais prováveis e outros menos prováveis, num processo profun-
damente dinâmico e plástico. Todos estados potenciais da nossa realidade estão coexistindo
simultaneamente. Estamos aqui e agora, nesta camada de realidade, e isso quer dizer que
nosso foco de atenção está aqui absorvendo esta realidade. Então, toda nossa estrutura sen-
sorial está processando a informação que faz gerar este ambiente. Como podemos, diante
disso, retirar o foco deste contexto e redirecioná-lo para outro estado possível da realida-
de, de modo que, nossa consciência estabeleça harmonia de fase para produzirmos o salto
quântico? Esta é a essência do salto quântico. Nós somos capazes de saltar quanticamente e
já o fazemos, pois, a estrutura da matéria permite esta descontinuidade. Boa parte do tempo
estamos saltando sem a consciência do processo.
É por isso que criamos realidades e situações que não queremos viver. É possível criar o
que não se quer por não saber lidar com certas leis como, por exemplo, a Lei da Persistência,
que estabelece o seguinte postulado: “a resistência diante da realidade insatisfatória gera a
persistência daquilo que não queremos.”.
Ao começarmos a mobilizar o processo da manifestação, entraremos no processo de co-
criação pela via semântica ou por representação mental. O processo envolve dois momentos:
O primeiro envolve a geração de pré-matéria a partir da consciência, quando produzimos
os 3 passos quânticos da cocriação: sintonizar, acessar e localizar.
O segundo momento é quando geramos uma espécie de âncora com aquela linha temporal
alternativa, ou seja, quando geramos o imprinting criacional em nosso sistema nervoso.
Para a maioria das pessoas, ainda imersa no paradigma cartesiano, pode parecer loucu-
ra colocar os fatos desta forma, mas é quanticamente e espiritualmente possível. Todo este
universo onde estamos vivendo a experiência no espaço-tempo, está constantemente recons-
truindo-se para suprir nossas necessidades de experiência. Estamos coparticipando da cria-
ção do universo, pois nossa consciência é parte da estrutura da realidade universal. Logo, o
universo material existe, pois consciencialmente somos o palco no qual ele acontece.
Podemos sim, assumir esta função de forma mais consciente, e usufruirmos da faculdade
de criar realidades para vivermos com mais harmonia e sentido. Devemos ir além da ideia
equivocada que reduz o potencial humano, colocando-o na periferia da existência, como aque-
le que sofre o efeito e que é a vítima das circunstâncias. Estamos, à medida que processamos
este novo modelo de realidade, assumindo a posição central e acatando ao chamado para as-
sumirmos a responsabilidade sobre tudo que nos acontece. Esta é a postura do criador. Tal
atitude reserva um poder ilimitado.
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Não é possível mudar a realidade apenas porque se quer, é necessário o conhecimento para
podermos provocar a transição, a migração para um novo contexto.
Há que nos libertar dos olhos da cultura que nos vê de forma pequena e limitada. Este é um
olhar que nos obriga a abrir mão de nosso poder, e que nos leva a agarrarmo-nos à uma ideia
vazia de que o poder está acima de nós na forma de um Ser Supremo.
A Prática Criacional
A seguir, iremos sistematizar uma sequência de passos para darmos início ao exercício de
criação de realidade. Vale lembrar que todos nós já fazemos isso, porém, de modo omisso e
sem a devida consciência. O ato criacional é inerente e não é opcional. Somos criadores por
natureza. Portamos a faculdade, como consciências, de governar as probabilidades e o poten-
cial quântico. Que sejamos criadores lúcidos.
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Vida Infinita
Fator Organizador
Quando falamos de um fator organizador para moldar a realidade, estamos na verdade
falando da consciência individual coparticipando como agente causal do universo, pois como
explicado anteriormente, o pensamento é responsável por 20% do colapso, o sentimento por
35% e o “soltar” por 45%. Nesta relação, a liberação absoluta e confiante, representa o fator
de organização juntamente com a manutenção de um estado condizente com a manifestação.
Esses, por sua vez, manterão a manifestação organizada o suficiente para criar uma linha de
tempo alternativa, atraindo sincronicamente eventos que nos levarão à realidade almejada.
Realidades Justificadas
É importante frisar que nossos estados determinam realidades. Há uma outra passagem
muito interessante de Jesus em que diz: “A todo aquele que tem será dado, e terá em abundân-
cia; mas daquele que não tem, até o que tem será tirado.”. Podemos pensar, dentro de um ponto
de vista cartesiano, tratar-se de uma visão injusta, mas, na verdade, há um princípio quântico
oculto: a pessoa muito pobre, que não tenha recursos, consequentemente é uma pessoa que
vive em um estado de pobreza interior, porque ela não concebe além daquilo que foi con-
dicionada. Ela acredita que é seu destino a condição de nascer pobre e por isso irá viver na
pobreza, “pois Deus quis assim”. Já aquele que expande a concepção, que vive apoiado em uma
mentalidade e um estado próspero interiormente, colapsa a realidade a partir desse estado.
Um estado de percepção colige as condições essenciais naturalmente para criar a realidade
compatível.
O que se acredita pobre, não consegue atrair prosperidade, pois não possui o estado. Pode
obtê-lo a qualquer instante e não requer condições externas para isso, apenas disposição. Se
houver a disposição interior inquebrantável, ela se incumbirá de manifestar os caminhos pos-
síveis para que sejam acessadas novas realidades.
Para que possamos realizar qualquer realidade precisamos ter a manifestação primeiro em
nós.
Em termos locais, existe o tempo, mas, em nível não local, tudo existe. Assim, é apenas
uma questão de decodificar o que se deseja, confiar e a realização estará em andamento.
O sentimento de conquista ao manifestar internamente equivale a um ato de permissão.
Esta permissão não depende de pensar, assim como querer e desejar não são permissões. A
permissão é o movimento gracioso, alegre e consciente de abrir-se, de conceber. Quando nos
abrimos, tornamo-nos naturalmente receptivos.
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Vida Infinita
Muitas pessoas coligam o perdão para que haja a permissão. O perdão é uma questão
muito relativa. Só há autoperdão. Numa visão holística e essencial, autoperdão representa o
reconhecimento, a ampliação da consciência de que não há nada a ser perdoado. O verda-
deiro movimento de abrir-nos para estarmos receptivos, envolve colocar-nos numa situação
de benevolência. Nela, experimentamos um momento de cosmocentrismo e abdicamo-nos
temporariamente do ego, saímos do egocentrismo. O estado de benevolência implica em re-
conhecermo-nos como fontes e gerar intenções e sentimentos em prol de todos. Não há mais
o “eu quero isso”, “eu preciso daquilo”, “eu não aguento mais isso”, há sim, doar, compartilhar,
unir e integrar. Somos apenas fontes doadoras. Este estado eleva nosso padrão consciencial,
pois permitimo-nos experimentar o estado amplo de prosperidade, que nos abre para a abun-
dância.
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Vida Infinita
CAPÍTULO 11
A CRIAÇÃO
QUÂNTICA
“A INFORMAÇÃO É A ÚNICA COISA NO UNIVERSO
ERWIN LASZLO
Q
uando estamos presos na parte reptiliana do nosso cérebro, que é a mais primitiva, per-
demos temporariamente a consciência lúcida e o poder de exercer o pensamento livre, a
reflexão, a capacidade de criar relações de causa e efeito e, consequentemente de criarmos
novos futuros.
As propriedades superiores descritas acima são coordenadas pelo cérebro superior ou neo-
córtex, que é a estrutura cerebral mais evoluída e que nos distingue dos animais irracionais.
Como somos dotados de um cérebro superior que implica em dizer que somos capazes de
flexionar o pensamento e gerar autorreflexão e autoconsciência. Graças à evolução possuímos
um sistema nervoso incrivelmente complexo que nos dota da qualidade e da liberdade de
escolha.
A escolha existe para movermos para o novo e avançarmos rumo ao futuro. Qualquer ten-
tativa de permanência no conhecido por muito tempo, inevitavelmente trará conforto.
O conforto é sempre um ensaio para a dor. Quando sentamos em uma poltrona confortável,
deleitamo-nos com a sensação de conforto e maciez. Mas com o passar do tempo, a poltrona
confortável começa a promover em nossos corpos sensações de desconforto. Surge um sinal de
tensão ou mesmo de dor indicando que precisamos mover o corpo e ajeitar a posição. A esta-
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Vida Infinita
bilidade excessiva cria sintomas que prejudicam o contexto maior do nosso corpo. Da mesma
forma, experimentamos um desconforto interior quando estamos muito acomodados. São os
estímulos vitais do Espírito incentivando-nos o movimento e a busca de novas experiências.
Se ainda assim resistirmos, seremos surpreendidos por experiências de alto impacto para
criar instabilidade na percepção. A consciência precisa de contrastes para promover a percep-
ção. O universo é um sistema inteligente e dinâmico e suas partes não podem se cristalizar
na inércia, senão surgirá a dor, não necessariamente como dor física, mas como experiências
de alto impacto, como perdas ou doenças. Portanto, quando aceitarmos e entendermos a
natureza dinâmica do universo, estaremos abertos para mover-nos e não mais sentiremos a
insegurança diante do novo.
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Vida Infinita
142
Vida Infinita
e efeito, e estarmos no domínio do nosso mundo. É nela que se encontra o altar onde pode-
remos deixar nossas intenções, entregando-as para que a inteligência maior, que rege zonas
superiores do cérebro, possa ativá-las e, desta forma, torná-las realidade.
Qualquer ideia ou possibilidade que ainda gere em nós tensão, veta-nos o acesso para o co-
lapso quântico. Na natureza, tudo ocorre pela distensão, nunca pela tensão. É essencial o mo-
vimento de descontração e relaxamento. É como tentar insistentemente lembrar-se de uma
música e não conseguir, e quando não se está mais pensando naquilo, ou seja, quando a mente
então relaxa, a lembrança da música emerge em nossa memória. Todos nós já passamos por
experiências deste tipo, de insistir e não conseguir, e depois ao relaxar aquele algo se realiza.
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Vida Infinita
O Centésimo Macaco
Em duas ilhas de uma região havia a mesma espécie de macacos que aparentemente não
tinham contato. Depois de algumas tentativas, um símio de uma das ilhas, que iremos cha-
mar de ilha A, descobre uma forma inédita de quebrar cocos e aproveitar melhor a sua água.
Assim, por imitação seus companheiros aprendem a técnica e rapidamente ela é difundida
por todos os símios daquela ilha, atingindo noventa e nove macacos. Quando o centésimo
macaco da ilha aprendeu a técnica, os macacos da outra ilha, ilha B, passaram espontanea-
mente a quebrar cocos da mesma forma, sem nunca terem aprendido.
Esta estória retrata o princípio de campo mórfico de ressonância proposto pelo Biólogo
Rupert Sheldrake. Segundo este cientista, o campo mórfico são estruturas que se estendem
não localmente pelo espaço-tempo e podem moldar a forma e o comportamento de todos os
sistemas no mundo material.
Baseando-nos na teoria do campo mórfico podemos admitir que se uma pessoa manifestar
um novo comportamento, toda a humanidade poderá ser afetada pelo novo comportamento.
Desta forma, um único ser humano poderia fazer diferença na humanidade.
Assim sendo, fica muito claro que podemos usar o processo da cocriação para criarmos
realidades muito melhores e também contribuir com o salto planetário por meio da nossa
permissão em dar-nos o melhor.
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Vida Infinita
pre aquilo que poderá ser bom para nós, poderá ser para o outro.
Desta forma, se abrirmos nossas criações e vincularmos a participação de pessoas nela,
seja marido, filho, tio, pai, mãe, quanticamente vincularemos uma atividade mental que po-
derá tornar-se um lastro que limitará a ocorrência. Aquela outra atividade mental, poderá
estar opondo-se contra a nossa criação, pelo simples fato de que o teor da nova realidade que
está sendo projetada, implica em retirar o outro da sua zona de conforto. Devemos ser sempre
o protagonista, o ator central, no cenário das nossas criações e isso basta. Não devemos nos
preocupar com a participação daqueles que estão próximos de nós. A inteligência quântica
cuidará disso, sempre preservando a harmonia com o todo.
É possível conviver e apoiar as pessoas que queremos bem, principalmente os que estão mais
próximos de nós, como familiares e amigos. Mas ainda assim, internamente, é fundamental
preservarmos nossa individualidade como seres únicos.
Normalmente no ambiente de convivência com a família, o padrão de zona de conforto
costuma ser muito intenso, dificultando muitas vezes que emerjamos daquele cenário limita-
dor, para uma nova condição.
Se estivermos num ambiente conhecido, mas com pessoas ainda presas em paradigmas
e crenças retrogradas, devemos respeitá-las sem nenhuma forma de imposição conceitual,
dando espaço para que possam ser o que são. Enquanto isso, devemos concentrar-nos em
nossos projetos, selando-os com o silêncio e respeitando a atividade mental dos que nos cer-
cam, até sermos capazes de provocar a transição, o salto quântico. Devemos colocar-nos em
primeiro plano, pois cada um é e deve considerar-se como sendo a pessoa mais importante
de seu universo.
Permita-se receber primeiro, inspire-se e, assim, tornar-se-á o exemplo. Quando somos
exemplos, tornamo-nos verdadeiros convites. As pessoas ao redor, percebendo nossa expan-
são, vitalidade e o sentimento de realização que emanamos, se sentirão convidadas natural-
mente a tornarem-se o que nos tornamos.
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Vida Infinita
Foco Cocriador
Para chegarmos ao processo do cocriador precisamos ser monofocais. Ainda sustentamos
o processo de bipolaridade do foco da consciência. A ação criacional, exige um foco mono-
polar. O pensamento adequado é que, se almejarmos algo como ter mais dinheiro, que seja
pelo prazer de tê-lo. Esta é uma regra vital. Nossas criações internas devem estar calibradas e
aferidas no prazer, no desfrutar, no merecimento absoluto. O merecimento é um sentimento
incondicional e nos constitui. Merecemos o melhor pelo simples fato de existirmos e sermos
partes do todo.
Embasar nossas criações em princípios prazerosos, permite que ensinemos ao cérebro o
parâmetro de que aquele pensamento é algo bom para nós, tornando-nos capazes de acessar-
mos a alegria natural conforme já foi explicado. A alegria gera parâmetros indicativos de que
merecemos. Ao ganhar um presente, ficamos alegres, pois o presente representa o reconhe-
cimento, da nossa parte e da outra parte, de que merecemos. Portanto, quando conectamos a
nossa criação à um sentimento prazeroso, estamos percebendo-nos como seres merecedores.
A percepção do merecimento suplanta qualquer mecanismo sabotador.
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Zona Interfásica
Toda vez que nos permitimos entrar no processo de manifestação interna, de forma to-
talmente relaxada, geramos um estado de consciência atenta e corpo relaxado. Este binômio
abre camadas da mente que permite-nos acessar o que iremos definir como zona interfásica.
A zona interfásica é uma passagem, uma espécie de janela que permite acessar o Vácuo
Quântico, o plano de energia sem forma. Trata-se de um “ponto cego” na mente. No momento
em que acessamos esta região, sentimos subitamente um desligamento da atividade mental
como se tudo cessasse.
Este acesso ocorre em um nível de frequência cerebral mais baixo, entre Theta e Delta, ou
seja, entre 1 a 7 hertz. Neste padrão de onda os hemisférios cerebrais já estão bem sincroniza-
dos e estamos funcionando como um todo integrado. Qualquer intenção gerada neste estado
gera perfeita ressonância com a realidade alternativa correlacionada com aquela intenção. O
que representa a criação virtual de uma nova linha espaço-temporal.
Em se tratando de níveis mentais, o processo criacional acontece num modo de proces-
samento não linear. Neste, não há medo, sobrevivência, controle, ansiedade, estados estes
típicos da superestimulação do hemisfério esquerdo em detrimento ao nosso aspecto profun-
damente criativo e visionário regido pelo hemisfério direito cerebral. Quando criamos num
modo de processamento não linear, em frequências cerebrais mais baixas, neste estado temos
uma grande facilidade de liberar completamente nossas criações. Este é o estado de abundân-
cia, de ausência de necessidades.
Podemos criar absolutamente tudo dentro de nós neste estado de ausência de limites con-
ceituais e de tempo.
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É neste estado do ingresso ao terceiro portal que então temos a liberdade para promover
o processo criacional. Os detalhes serão mostrados mais a frente em uma estrutura técnica
organizada. É importante frisar que ao concluir o processo, deve-se realizar o caminho de
volta, passando pelos portais até sentir-se sobre o topo da cabeça quando então, expandiremos
a esfera e envolveremos todo o corpo com luz enquanto conectamo-nos novamente com o
corpo.
A prática de entrar em fase quântica por si só traz muitos benefícios. Tais acessos permi-
tem receber atualizações sobre nós mesmos oriundas do nosso aspecto quântico. Além disso,
reciclar e criar novos caminhos internos para novas escolhas.
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Vida Infinita
graciosa.
Este processo inicial está sistematizado didaticamente, para aprendermos a reconhecer
a assinatura do status de consciência que permite-nos sair de fase do sistema exterior para
entrarmos em conexão vertical, isto é, na fase quântica. O estado de consciência quântica
permite operar verticalmente sem a limitação de crenças, pois as crenças só estão presentes
na mente e não na consciência. Sendo assim, quando elevamo-nos para além do nível mental,
experimentamos uma elasticidade maior da consciência sem a compressão de crenças limi-
tadoras.
O exercício a seguir é parte de um método metaepistêmico para desenvolver a capacida-
de de expandir a consciência e provocar o disparo criativo. O processo consiste em 4 passos:
Passo 1 – Decodificar o potencial, a possibilidade. Saber o que quer com clareza e plausibi-
lidade. É preciso que concebamos. Conforme já explicado, conceber algo, por si só, decodifica
o potencial.
Parte 1
A primeira coisa a ser feita é soltar, ficarmos relaxados, descontrairmos o corpo e liberar-
-nos das tensões, liberando toda a energia que está mantendo-nos tensos desnecessariamente.
Iniciaremos pelo rosto, soltando-o completamente. Ao relaxarmos o rosto sentiremos uma
mudança rápida e quase instantânea do nosso estado mental. Ao soltar os músculos da face
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Parte 2
Na contagem regressiva de dez para um, a cada número contado mentalmente, relaxare-
mos. Comece pela cabeça, seguindo para as outras partes do corpo: pescoço, ombros, tronco,
braços, baixo ventre, pernas e pés. Faça em seguida um scanner com a sua consciência, da
cabeça aos pés, para verificar se todo o corpo já está solto. Se houver uma parte ainda tensa,
leve a consciência até aquele ponto e solte-o.
Parte 4
Criação da imagética sensorial ou posicionamento semântico (comandos).
Parte 5
Disparo criacional e liberação – O disparo criacional representa interromper o processo
quando nos aproximarmos do pico máximo da intensidade da criação.
Parte 6
Preservar a Gestação Consciencial pelo silêncio. Após a criação é necessário selar com o
silêncio, para que a sua gestação não sofra influência e interferência de outras mentes.
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CAPÍTULO 12
SISTEMA
QUÂNTICO
DE CRIAÇÃO
“O HOMEM É O PRODUTO DOS SEUS PENSAMENTOS.
O QUE ELE PENSA, ELE SE TORNA.”
GANDHI
U
ma nova realidade começa quando mudamos as nossas representações mentais sobre nós
mesmos ou sobre o mundo à nossa volta.
O processo de criação da consciência vem pela observação e não pela absorção. A mudança
consciente do ponto de vista é essencial se quisermos ter mais domínio sobre a qualidade do
mundo que experimentamos. Outro ponto importante é treinar a habilidade de não absorção.
O ato de observar sem emitir juízos, sem fechar conclusões, auxilia-nos sobremaneira a
usar o princípio do observador em seu amplo alcance, pois a condição para que o princípio do
observador funcione é primeiro ser capaz de colocar a realidade em perspectiva. É necessário
haver um espaço entre o observador e o objeto observado. A observação contínua e ansiosa
cria a fusão do observador no objeto de sua observação, o que impede com que haja o colapso
da função de onda pelo poder do observador.
De alguma forma a observação elege um único estado possível na superposição quântica
universal da realidade. Se “olharmos” o tempo todo, o observador não terá como se afastar
daquilo que está observando. O Físico Grego Menas Kafatos corrobora este fato dizendo: “O
Efeito do Observador só funciona quando ele está fora do sistema que pretende observar.”.
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2- Fase Quântica
Digamos que tenhamos um foco muito claro e queiramos colapsar. Entra-se, então, em
fase quântica, atenuamos temporariamente a identificação com o eu localizado, psicológico e
ativamos o modo eu não local, entramos em fase com a consciência quântica. Esta é a melhor
forma de estar acima das múltiplas interferências internas e externas.
Lembremos que ao elevarmos a consciência para o nível não local, as crenças limitantes não
atuam, pois elas são como aplicativas no sistema mental, firmemente instaladas por sedimen-
tação neural por repetição. Tais aplicativos não afetam a consciência cósmica. Até que sejam
desligados e transformados por completo, podemos criar momentos para operar fora do raio
da sua influência.
Posicionamento Semântico & Invocação da informação visual do já concretizado.
Desenvolvemos uma formula (comando positivo) ou criamos a cena do já concretizado e
vivemos sensorialmente a experiência internamente. Falaremos a frente sobre as estruturas
ideais de comandos quânticos para criarmos um posicionamento semântico adequado. Cabe
aqui abordar um aspecto muito importante sobre o status de existência. Toda imagem ou
memória evocada com sinergismo emocional, isto é, que movimenta as nossas emoções cor-
responde à existência. Portanto, é necessário que o posicionamento semântico ou a imagem
produza sensações e nos motive.
Disparo Criacional
O disparo criacional envolve o momento em que cortamos subitamente o processo pró-
ximo do auge ou pico máximo da intensidade criacional. É fundamental que a criação seja
liberada na curva ascendente próximo do climax. Assim criaremos o imprinting criacional.
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Vida Infinita
Somos únicos
Quando tomarmos consciência do poder do pensamento e da consciência em nós, natu-
ralmente desenvolveremos maior responsabilidade sobre o que pensamos e sentimos e prio-
rizaremos nosso foco. A mudança na escala macro-planetária surgirá disso. É preciso nutrir
a consciência cada vez mais de conhecimento capaz de ampliar as possibilidades de manifes-
tação e realização.
Quando direcionamos nosso foco para um ponto de referência, aquele ponto modifica-se
em relação a nós e nós nos modificamos em relação a ele. Há o aumento de potencial do co-
lapso de onda pelo simples fato de sustentarmos nosso foco em relação à uma possibilidade.
Por exemplo, você está aqui-agora lendo este livro, usando um corpo material, num momento
do tempo, e ocupando algum lugar no espaço físico. Logo, há 100% de probabilidade de es-
tarmos aqui-agora. Se pararmos um pouco e começarmos a pensar em algum outro lugar que
gostaríamos de ir daqui a pouco, estaremos já interferindo nas probabilidades de estarmos
aqui-agora neste lugar que estamos.
Se levantarmos e começarmos a nos preparar para sair, estaremos então aumentando a
probabilidade de existirmos naquele lugar que pensamos. Vejamos que o foco age o tempo
todo, ao ponto de determinar nossas escolhas e motivação. Assim, poderemos reafirmar que
estamos existindo virtualmente em todas as situações ao mesmo tempo, até que direcionemos
nosso foco para uma dada possibilidade, para então eleger qual existência possível se tornará
real.
Há seres avançados, que dominam a transferência de atenção para um ponto no espaço,
e que conseguem sentirem-se totalmente naquele ponto, a um nível tal que realizam o tele-
transporte por meio da consciência. Usam a superposição quântica e materializam-se, saltam
de um ponto para o outro. Da mesma forma podem usar a superposição para materializar
realidades inteiras, por meio do vácuo quântico, de modo instantâneo.
A Focalização harmoniosa permite-nos entrar em contato com a possibilidade.
Isso é o que devemos fazer para criar o que queremos: entrar em harmonia com aquilo que
quer materializar. Se temos vontade de ter dinheiro, devemos aprender a entrar em harmo-
nia com a energia que o papel representa. Se de forma harmoniosa elevarmos a consciência
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Vida Infinita
É importante
realizar o
processo
de criação
apenas
uma vez
para cada
objetivo
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Vida Infinita
e sentirmos o quão maravilhoso é viver em plena prosperidade, e deixarmos com que toda a
nossa unidade mente-corpo participe disso por um momento, e soltarmos completamente, a
prosperidade virá ao nosso encontro inevitavelmente. Isso é tudo que precisa ser feito: entrar-
mos em harmonia com o que queremos.
É necessário harmonizar-se com a possibilidade. O primeiro passo para isso é perceber
que o objeto da nossa manifestação não pode gerar estresse em nós. O estresse cria entropia,
desarmoniza e quebra a unidade interior e com o campo quântico.
É necessário entrar em fase com a energia que queremos provocar a realidade em nossas
vidas, harmonizar-se com ela até que promova em nós um relaxamento. Assim se entra em
fase harmônica. O entrar em fase e em seguida promover o disparo criacional, produz um
estado de relaxamento, uma respiração profunda e agradável, como é o orgasmo.
Enquanto o dinheiro, ou qualquer outra coisa, for uma necessidade emocional urgente
para o nosso bem-estar, não estaremos prontos para manifestar aquilo. O estado de necessi-
dade emocional cria tensão.
Toda necessidade emocional criada por algo material, limita a manifestação daquilo em
nossas vidas.
Precisamos do dinheiro por questões práticas, precisamos das pessoas por questões tam-
bém práticas e de crescimento. Mas não necessitamos do dinheiro ou de pessoas para sentir-
mo-nos melhor. A necessidade é sempre emocional. Aprendemos a criar necessidades emo-
cionais, porém, são apenas crenças que, mais cedo ou mais tarde, cairão por terra quando
despertarmos do sono da matéria.
A necessidade sempre está relacionada a uma demanda emocional. Precisamos, tecnica-
mente, de um eletricista para arrumar a parte elétrica da casa, mas não necessitamos dele. O
precisar não está relacionado ao emocional. Precisamos do datashow para realizarmos uma
palestra, mas não necessitamos deste aparelho para nos sentirmos melhores. Precisamos de
uma roupa bem apresentável para vestir, mas não necessitamos dela para sermos.
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Vida Infinita
morado, equilibrado, é a melhor forma de ajudar as pessoas. Quando nos tornamos exemplos
de um estado de consciência mais lúcido e pacifico, convidamos as pessoas a tornarem-se
também suas melhores versões.
É preciso ser um ponto de paz no mundo, é preciso ser um ponto de vida e de criatividade,
é preciso ser um ponto de luz.
No entanto, introjetamos a obrigação de que precisamos ser heróis, pois acreditamos na
falsa ideia de que, ao carregar o mundo e pessoas nas costas em detrimento do nosso bem-
-estar, seremos então bem aceitos e valorizados. Estamos por meio de um novo paradigma,
abandonando tais ideias retrógradas que apenas criam mais dificuldades em nossas vidas. Os
verdadeiros gigantes espirituais estão no anonimato. Eles não querem ajudar, querem apenas
sustentar o campo que produz e gera mudanças coletivas, e sabem também que cada indiví-
duo possui seu próprio tempo de desabrochar. Ao tornarmo-nos aquilo que gostaríamos de
ver no mundo, estaremos propagando convites silenciosos, e contribuindo para a mudança
de todos.
Liberar é A Chave
O segredo da criação está em saber liberar. Foram abordados os passos fundamentais para
o ato criacional. Vamos agora sedimentar o último ponto do processo criacional que determi-
nará o sucesso das nossas criações. Todas as etapas anteriores explicadas podem ser executa-
das de forma adequada, mas se houver falha na liberação, ela comprometerá todo o processo.
É necessário chegar ao ponto que antecede o pico máximo de exacerbação do processo
sensorial, para então liberar a criação. Comentamos que há duas formas para realizar isso. A
primeira é produzir a cena do já concretizado, do resultado. Nesta não estamos nos vendo lá,
estamos efetivamente lá com o sentimento de realização e alegria, vivendo o que queremos,
estabelecendo uma relação de sinergia emocional com aquele ambiente. É neste momento, de
reverberação desta cena no corpo, o ponto próximo do climax que liberamos.
Esta liberação deve ser feita no momento em que sentirmos a realização plena de estarmos
vivendo aquilo. Neste ponto, o processo deve ser interrompido de súbito. Apenas deve-se
abrir os olhos. Quanto mais repentino e rápido for o corte, mais profunda será a liberação.
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Vida Infinita
1 - Tempo presente.
2 - Criação do sentido do já concretizado.
3 - Positivo.
4 - Específico.
5 - Estabelecer relação de causa e efeito.
Seguindo os cinco passos acima, poderemos formular comandos que criarão o significado
para que espontaneamente sintonizemos o potencial.
Digamos que uma pessoa queira manifestar prosperidade. Primeiro ela precisa especificar
qual o âmbito da prosperidade. Se for financeira, ela então almeja prosperar financeiramente.
Assim estaremos sendo específicos. Com o foco bem específico, criaremos a semântica cria-
cional. Usando este exemplo, poderemos colocar da seguinte forma: “Eu sou próspero finan-
ceiramente porque mereço uma vida maravilhosa.”, ou ainda, “Eu prospero financeiramente
porque mereço o melhor”.
No comando, há o estabelecimento de uma relação de causa e efeito. Por que devemos nos
dar o direito de prosperar? Como você responderia esta pergunta? Porque você é incrível?
Porque você merece o melhor? Assim, ao estabelecer relação de causa e efeito, o comando
estará inteligentemente estruturado.
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Vida Infinita
Quando o criador exacerba o sensorial e o corta no momento do pico, ele retorna com a
experiência, com a assinatura energética da autorrealização. A presença desta assinatura leva-
-nos a um estado de contentamento e satisfação. Na ausência de impulso, de ansiedade, há a
aceleração da convergência daquela realidade que já existe internamente.
É importante explorar questões práticas facilitadoras do processo, fixando os passos
necessários para cadenciar a experiência de cocriador consciente ou o ato criacional na prática:
1-Objetivo
2-Fase Quântica
3-Projeção da Cena ou Posicionamento Semântico
4-Sensibilização – Clímax
5-Liberação
6-Selar com o silêncio
7-Ficar atento às oportunidades
Com o decorrer da experimentação, estaremos cada vez mais aptos a desenvolver este pro-
cesso, até mesmo de forma ativa, sem precisarmos entrar em introspecção. Há alguns pontos
importantes a serem considerados. O primeiro é que o objetivo precisa ser claro, o conteúdo
do processo precisa ser algo plausível, algo que admitamos como possível. Caso não seja pos-
sível e plausível para nós, estaremos nos opondo à manifestação, pois qualquer possibilidade
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Vida Infinita
precisa ser reconhecida internamente como algo viável para cada um de nós.
O segundo ponto é que a criação precisa estar livre e não vinculada a nenhuma condição
para que ocorra. Não envolva pessoas e muito menos afunile as possibilidades. Se desejarmos
uma casa ou um carro, não precisaremos saber de onde virá o recurso ou de que forma isto
acontecerá. A questão central é disparar o processo sentindo-nos vivendo aquele objetivo,
aqui e agora. Ao provocar o disparo criacional, a convergência de situações acontecerá natu-
ralmente e nos levará àquela realidade.
Roteiro de Prática
Pense numa situação que você quer concretizar. Respire algumas vezes profundamente
inspirando o ar pelas narinas e soltando lentamente pela boca. Repita este processo por pelo
menos 3 vezes com os olhos abertos. Na última respiração, feche os olhos soltando lenta-
mente o ar. Deixe com que o relaxamento atinja o corpo da cabeça aos pés.
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Vida Infinita
Faça a contagem regressiva de dez para um, procurando soltar o corpo e a mente. Solte a
cabeça, o rosto, os ombros, braços, pernas e pés.
Relaxe a mente, aquiete-se e quando sentir-se bem tranquilo inicie o processo de ingresso
na fase quântica.
Ao constatar que está bem, elevando em perfeita harmonia de fase quântica, inicie o pro-
cesso de manifestação, de exacerbação máxima, aplique todos os sentidos.
Ao chegar ao clímax do processo, dispare-o, interrompendo-o subitamente.
Assim, ao abrir os olhos, sele com o silêncio e deixe que a gestação consciencial da sua
criação aconteça. Este é o início de uma nova consciência e de uma nova vida.
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Vida Infinita
CONCLUSÃO
A s informações contidas neste livro e ferramentas aqui disponibilizadas tem como in-
tenção fornecer-lhe as bases teóricas e práticas para a transição a um novo estado de
consciência autorreferenciado, harmônico e criativo. Por meio deste novo estado que está
acessando a partir de agora, poderá restaurar e fortalecer a cada dia a conexão com seu as-
pecto expandido, o seu verdadeiro Self, o Eu Quântico Informe.
Tudo em sua vida depende da autoconexão. Estamos, por meio do paradigma quântico,
dando um basta em todas as formas de sofrimento desnecessário e à luta. Há muita vida ao
nosso redor convidando para, de forma alegre e leve, vivê-la. Você merece o melhor por ser
um aspecto único da totalidade.
Quando temos a posse de um estado de consciência quântico, descobrimos que não há
caminho a ser descoberto, pois somos nosso próprio caminho. A separação é uma ilusão
persistente, que ainda assim cederá à intensidade do fogo da consciência.
“Você não é uma gota no oceano. Você é todo o oceano numa gota”. Rumi.
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Vida Infinita
AGRADECIMENTOS:
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Vida Infinita
Frazão, Horácio
Vida Infinita – Aplicações práticas da Teoria Quântica para uma vida bem-sucedida
Horácio Frazão - SP : 2017.
ISBN: 9788594293053
17 – 08328 CDD-539
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