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AVALIAÇÃO

DA
IMPLANTAÇÃO

REFORMA
UNIVERSITÁRIA
UNIVERSIDADES FEDERAIS
Patrocínio:
Ministério da Educação e Cultura
Departamento de Assuntos Universitários

Planejamento e Execução
Universidade Federal da Bahia
Centro de Estudos Interdisciplinares
Para o Setor Público-ISP

Salvador — 1975
VOLUME 2

3 — FUNÇÕES

3.1 — ENSINO 422

3.1.1 — Ensino de Graduação 422


3.1.2 — Ensino de Pós-Graduação 485
3 . 1 . 3 — Outros Ensinos 482

3.2 — PESQUISA 494

3.2.1 — Dimensão das Atividades da Pesquisa 494

3.2.2 — Execução da Pesquisa e sua Integra-


ção com o Ensino 498
3 . 2 . 3 — Ausência de Duplicação de Meios . . 507
3.2.4 — Conclusão 508
3.3 — EXTENSÃO 511

3.3.1 — A Organização das Atividades de Ex-


tensão 511
3.3.2 — Atividades de Extensão 517
3.3.3 — Conclusões 520
4 — O ESTUDANTE E A REFORMA

4.1 — INTRODUÇÃO 524


4.2 — REPRESENTAÇÃO ESTUDANTIL 525
4.3 — MONITORIA 527
4.4 _ ASSISTÊNCIA AO ESTUDANTE 528
4.5 — ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA
REFORMA UNIVERSITÁRIA NA PERSPEC-
TIVA ESTUDANTIL 532

5 — DIFICULDADES E FACILIDADES NA IMPLANTAÇÃO


DA REFORMA

5.1 — DIFICULDADES E FACILIDADES EM "ES-


TRUTURA E ORGANIZAÇÃO" 537

5 . 1 . 1 — Estrutura e Organização Académica 537


5.1.2 — Estrutura e Organização Adminis-
trativa 539
5.1.3 — Estrutura e Organização Departa-
mental 541
5.2 — DIFICULDADES E FACILIDADES EM "RE-
CURSOS" 543
5 . 2 . 1 — Recursos Financeiros 543
5 . 2 . 2 — Recursos Humanos 543
5.2.3 — Recursos Físicos 545

5.3 — DIFICULDADES E FACILIDADES EM "EN


546
SINO"

5.4 — DIFICULDADES E FACILIDADES EM "PÓS-


GRADUAÇÃO", "PESQUISA" E "EXTENSÃO" 547

5.5 — ELEMENTOS PROPRIAMENTE PROCES-


SUAIS 548
5.6 — CONCLUSÃO 550

6 — CONCLUSÕES

6.1 — UNIVERSALIDADE DE CAMPO 555

6.2 — ENSINO DE MASSA E ALTA CULTURA 557

6.3 — ADEQUAÇÃO DA UNIVERSIDADE'


AO MEIO 562
6.4 — SISTEMA BÁSICO E SISTEMA PROFIS-
SIONAL 564

6.5 — DEPARTAMENTALIZAÇÃO E INTERESCO-


LARIDADE 570

6.6 — COORDENAÇÃO ACADÉMICA E FLEXIBI-


LIDADE CURRICULAR 578

6.7 — COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA 581

ANEXO I —ESTRUTURA BÁSICA DAS UNIVERSIDA-


DES FEDERAIS 587

ANEXO II —AMOSTRA DOS ÓRGÃOS DE UNIVERSO


VARIÁVEL 728

ANEXO III —INSTRUMENTOS DE COLETA 874


3 — FUNÇÕES
3.1 — ENSINO
3 .,1.1 — ENSINO DE GRADUAÇÃO

A ação transformadora do ensino superior se inicia com o


Decreto-lei 53, de novembro de 1966, seguido do Decreto-Lei 252,
de fevereiro de 1967, identificando-se este período como o das
transformações estruturais de instituições universitárias, segundo
afirma Newton Sucupira. Volta-se o Governo Federal para a fixa-
ção de normas de organização do ensino superior brasileiro, dis-
pondo objetivamente sobre as questões de ensino, e impondo, de
modo geral, nos dois decretos-lei citados, soluções estruturais, de
competência do órgão da estrutura de cada instituição.
Assim, a referência aos estudos básicos e formação profissio-
nal se configura na implantação de dois sistemas de unidades de
ensino: o sistema básico comum e o sistema profissional (artigos
2.a e 3.° do Decreto-lei 53 de novembro/1966 e artigo 4.° do De-
creto-lei 252 de fevereiro de 1967).
Por certo, surgem nítidos três princípios fundamentais à ní-
vel de organização de ensino (Decreto lei 252):
1) A cooordenação didática de cada curso — como responsa-
bilidade de órgão colegiado (art. 8.°);
2) A administração dos cursos — como encargo de unidades
ou órgãos setoriais (art. 8o., § 1.);
3) A supervisão do ensino e da pesquisa — como responsa-
bilidade de órgãos centrais situados na administração
superior das Universidades, com atribuições deliberati-
vas (art. 7.°).
Quanto à atribuição de diplomação dos seus graduados, é ela
conferida legalmente à Universidade que é responsável pela sua
expedição.
Na Lei 5.540 de novembro/1968, definiram-se as diferentes
modalidades de cursos a serem ministrados pelos estabelecimentos
de ensino superior, quais sejam:
a) de graduação
b) de pós-graduação
c) de especialização e aperfeiçoamento
d) de extensão,
e) e outros.
Torna-se clara aí, a perspectiva do legislador, no que concer-
ne ao papel dinâmico da Universidade, à sua adequação ao meio
onde está inserida e à sua função de instituição criadora de cultu-
ra, quando se lhe faculta a criação de cursos, mesmo não re-
gulados em lei, desde que venham a atender à "sua programação
específica e fazer, face à peculiaridade do mercado de trabalho
regional" (art. 18 — Lei 5.540, de novembro/1968). É, também,
dentro desta concepção, que se flexibiliza o (número e a duração
dos cursos oferecidos (artigo 23) e, fugindo-se à rigidez, inova-
se, ao possibilitar a formação intermediária de grau superior,
através da organização de cursos de curta duração. Esta disposi-
ção, posteriormente, veio a transformar-se em projeto específico
no Plano Setorial de Educação do Ministério de Educação e Cul-
tura 1972/1974, para efeito de sua real implementação.
O Decreto-lei 464, de fevereiro de 1969 determina a unifica-
ção dos concursos vestibulares em âmbito regional por ação do
MEC, mediante convénios, já definidos como estavam tais con-
cursos pela Lei 5.540/68, como unificados e idênticos a nível de
cada Instituição.
Numa retrospectiva genérica são essas, as proposições do
período legislativo da Reforma Universitária considerando neste
trabalho, no que se refere aos aspectos de Ensino.
3.1.1.1 — MODALIDADE E SITUAÇÃO DOS CURSOS

Foram identificados 696 /cursos de graduação, em funcio-


namento nas Universidades Federais brasileiras, segundo decla-
rações' dessas mesmas instituições. Deste total, 44 são cursos de
curta-duxação, modalidade introduzida no ensino superior bra-
sileiro com o advento da Reforma Universitária.
Os cursos de graduação de duração plena perfazem um total
de 652. Após superficial padronização, que visou a eliminar as
discrepâncias de maior vulto, foram tais cursos agrupados por
áreas de conhecimento conforme especificação a seguir:
Ciências Exatas e Tecnologia
Matemática Astronomia
Física Oceonologia
Química Geologia
Química Industrial Engenharia Civil
Engenharia de Minas Engenharia Eletrotécnica
Engenharia Mecânica Engenharia Cartográfica
Engenharia Elétrica Engenharia Industrial
Engenharia Química Arquitetura e/ou Urbanismo
Engenharia Metalúrgica Ciências
Engenharia de Telecomunicações Geografia
Engenharia Eletromecânlca Metereologia
Engenharia Eletrônica Processamento de Dados
Engenharia Naval Estatística
Engenharia de Materials Mecânica
423
Ciências Biológicas e Profissões da Saúde
Medicina Farmácia
Enfermagem Educação Física
Odontologia Nutrição
Ciências Biológicas Reabilitação
Farmácia Bioquímica
Ciências Agrárias
Medicina Veterinária
Engenharia Agronómica
Engenharia de Pesca
Engenharia Florestal
Letras
Letras

Tradutor e Intérprete
Ciências Humanas
Filosofia
Direito
Ciências Sociais Educação Doméstica
Estudos Sociais Relações Públicas
Economia Pedagogia
Administração História
Administração de Empresas Serviço Social
Administração Pública Educação Moral e Cívica
Ciências Contábeis Biblioteconomia
Ciências Atuariais Comunicação
Ciências Estatísticas e ,Jornalismo
Atuariais Assessor Secretário Executivo
Psicologia Museologia
Educação Ciências da Religião ou Teologia
Educação Familiar

Artes
Desenho
Desenho Industrial
Desenho Plástico Comunicação Visual
Música Dança
Artes Plásticas Arte Dramática
Instrumento Canto
Zooteecnia Composição e Regência
Cenografia

424
A nomenclatura dos cursos nas diferentes Universidades varia
significativamente, cabendo já aí um esforço de sistematização.
poderiam as instituições, nesse sentido, rever as denominações
dos seus cursos de acordo com o padrão recentemente divulgado
pelo CFE, adotando-se o sistema de títulos genéricos e diversas ha-
bilitações.
Os cursos em funcionamento assim se distribuem na oferta
pelos grupos de Universidades:

QUADRO 3.1
UNIVERSIDADES FEDERAIS
NÚMERO DE CURSOS OFERECIDOS EM 1973
POR GRUPOS DE UNIVERSIDADES E DURAÇÃO

Ciências E- Ciências Bi-


xatas • Tec- ológicas e Ciências Ciências
Universidades nologia Profissões Agrárias Humanes Letras Artes Total
da Saúde

Plena Curta Plena Curta Plena Curta Plane Curta Plena Curta Plena Curta Plana Curta

Grupo Especial 12 1 5 1 - 1 1 1 2 - 3 - 3 4 2
1° Grupo 14 1 7 - - - 1 7 2 3 - - - 41 3
2 ° Grupo 13 2 8 15 - 11 1 - - 4 - 51 3
3 ° Grupo 28 2 22 - - 50 1 6 1 4 - 110 4
4°Grupo 67 8 34 1 1 3 - 7 2 5 8 2 6 - 200 16
5 ° Grupo 60 5 28 3 6 - 54 4 6 - 17 4 171 16
6 ° Grupo 18 7 - - 1 1 - 1 - 8 - 4 5 -

TOTAL 212 19 111 4 35 - 226 14 26 3 42 4 652 44

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

As dimensões da oferta de cursos de graduação confirmam ser


esta a função que envolve a parcela maior dos esforços das Univer-
sidades brasileiras, seja pela necessidade real de formação de pro-
fissionais para o mercado de trabalho, seja pelas raízes históricas
da tradição dessas instituições.
Por outro lado, um exame da estrutura dessa meáma oferta
revela o maior ou menor grau de universalidade de atuação (em
termos da oferta de habilitações profissionais) de cada uma dessas
instituições universitárias (vide os Quadros 3.10 e 3.11 anexos).

42E
Assim, pode-se afirmar que o Grupo Especial e o 4.° e 5.° Gru-
pos vêm tendo atuação mais diversificada na oferta de graduados,
se bem que no 5.° haja certa acentuação para a área das
Ciências Exatas e Tecnologia e das Ciências Humanas e no 4o.
Grupo para a das Ciências Humanas. O Grupo Especial quase se
equilibra entre a acentuação para as Ciências Exatas e Tecnolo-
gia e as Ciências Humanas.
O 1o. Grupo se concentra entre as oCiências Humanas e Ciên-
cias Exatas e Tecnologia, enquanto o 2 . Grupo, das antigas Uni-
versidades especializadas, demonstra uma acentuada tendência l
diversificação, se considera suas características anteriores à im-
plantação da Reforma Universitária.
O 3o. Grupo é o de maior concentração numa mesma área,
pois num total de 114 (cento e quatorze) cursos cerca de 50% são
da área das Ciências Humanas. No 6o. Grupo (UFRJ) predomi-
nam as Ciências Exatas e Tecnologia.
Encontra-se na área das Ciências Humanas, o maior número
de cursos declarados, seguido das Ciências Exatas e Tecnologia
(respectivamente 240 e 231).
As Ciências x\grárias se evidenciam por constituir a área de
menor atuação das Universidades Federais. Somente 15 destas,
oferecem cursos nesta área (são 35 cursos, o que representa ape-
nas cerca de 5% do total. (Vide o Quadro 3.6).
Foram instalados, ainda no século passado, 15 (quinze) dos
cursos de graduação, de duração plena, hoje existentes, e 140
(cento e quarenta), entre 1967 e 1973, perfazendo estes últimos
cerca de 22% do Cotai. (Vide Quadro 3.2).

QUADRO 3.2
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CURSOS POR PERÍODO DE INSTALAÇÃO

N° de Cursos
Períodos Absolutos

Antes de 1900 15 2,3


1901 - 1949 129 19,7
1 9 5 0 - 1966 229 35,1
1 9 6 7 - 1973 140 21,5
S/Informação 139 21,4

TOTAL 652 100,0

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio


MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

426
Para período tão largo, e a despeito da maior incidência de
criação de grande número-de instituições federais de ensino su-
perior encontrar-se no período 1950—1966, pode-se concluir pela
fertilidade do período de implantação da Reforma. Este fato é
um indicador de que a dinâmica proposta pela legislação vem
sendo implantada, mesmo na modalidade de curso de oferta mais
tradicional — a graduação plena. É de lamentar-se, contudo, a
impossibilidade de análise do conteúdo dessa oferta em expansão,
no que concerne à adequação da Universidade ao meio e até mes-
mo à utilização racional e plena dos recursos, diante de um dado
grau de diversificação dos cursos instalados.

Não se obtiveram informações de ano de instalação para to-


dos os cursos das seguintes Universidades: UFSCAR, UFPEL,
UFJF, UNB, UFF e UFRJ; e para 3 e 2 cursos respectivamente,
da UFPR e UFRS.

Os cursos de curta duração constituem-se na grande inova-


ção da Reforma Universitária, no que concerne à oferta de cur-
sos de graduação. Em verdade, este vem sendo um instrumento,
ao mesmo tempo de correção e de dinamismo das decisões sobre
o ensino. E por revestir-se de conotações tão novas, talvez não
tenha sido devidamente utilizado, pois somente 16 Universidades
implantaram cursos nessa modalidade (Quadros 3.8, 3.9 e 3.10).

Como se pode observar em grande parte, somente a sua pri-


meira dimensão vem sendo mais acentuadamente posta em prá-
tica. Assim é que, 39% dos cursos de curta duração atuais, são
antigos cursos de duração plena redimensionados.

QUADRO 3.3
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CURSO DE CURTA DURAÇÃO P/PERÍODO DE INSTALAÇÃO

NÚMERO DE CURSOS
PERÍODOS ABSOLUTO %
Até 1966 17 39
1967 - 1973 18 41
Sem Informação 9 20

TOTAL 44 100

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP. 1973.

Os cursos para os quais não se obteve o período de instala-


ção foram 2 (dois) da UFSCAR e 7 (sete) da UNB.
As Universidades que mantêm cursos de curta duração são
as que se vêem no Quadro 3.4.

427
QUADRO 3.4
UNIVERSIDADES FEDERAIS
QUANTIDADE DE CURSOS DE CURTA DURAÇÃO - 1973

NP DE TOTAL
GRUPO UNIVERSIDADES CURSOS POR GRUPO

Grupo Especial FUBER 2 2


1° Grupo UFPI 3 3
2° Grupo UFOP 1
UFSCAR 2 3
3° Grupo FUAM 3
UFAL 1 4
4° Grupo UFPA 2
UFPB 1
UNB 7
UFGO 2
UFSM 2
UFPR 2 16
5° Grupo UFPE 6
UFBA 7
UFMG 2
UFRS 1 16
6° Grupo —
- —
TOTAL 16 44 44

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

Em situação similar aos cursos de graduação de duração ple-


na, a maioria dos de curta duração está nas áreas de Ciências
Exatas e Tecnologia e de Ciências Humanas, respectivamente,
com 19 e 14 cursos, o que representa 75% do total. A distribuição
por área poderá ser observada no Quadro 3.5.

QUADRO 3.5
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CURSOS DE CURTA DURAÇÃO POR ÁREAS DE CONHECIMENTO
1973

NP DE CURSOS
ÁREAS ABSOLUTO

Ciências Exatas e Tecnologia 19 43


Ciências Biológicas e Profis-
sões da Saúde 4 9
Ciências Agrárias
Ciências Humanas 14 32
Letras 7
Artes 3
9
TOTAL 44 100

Fonte: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio


MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

428
São os seguintes os cursos dessa modalidade, Área de Ciências
Exatas e Tecnologia:
Licenciatura em Ciências 7
Computação 3
Fisica 1
Química 2
Matemática 3
Geografia 1
Engenharia Mineral 1
Químico Analista Industrial 1
Área de Ciências Biológicas e Profissões da Saúde
Farmácia 1
Enfermagem 1
Educação Física 1
Fonoaudiologia 1

Área de Ciências Humanas


Estudos Sociais 3
Pedagogia 6
Administração 1
Biblioteconomia 1
Secretariado 2
Técnico em Desenvolvimento 1
Área de Letras
Letras 3
Área de Artes
Instrumento 1
Canto 1
Música 1
Direção Teatral 1
Os cursos de graduação em fase de planejamento, relacio-
nados pelas Universidades são os que seguem:
FUAM

Licenciatura em Ciências Biológicas


Licenciatura em História
Licenciatura em Geografia
Medicina Veterinária
Engenharia Electrotécnica
Ciências Sociais (Licenciatura)
Psicologia

429
UFPA Química Industrial
Nutrição Enfermagem
Psicologia Geologia
Comunicação
FUMA
UFGO
Ciências Contábeis
Medicina Tropical
UFRN
Arquitetura
Engenharia Química UFRRJ
Estatística
Educação Física Tecnologia de Alimentos
Enfermagem Fitotecnia
Zootecnia
UFPB Química Orgânica
Física
UFPE UFPR
Química
Zootecnia
UFSE Enfermagem
Psicologia
Engenharia Civil Engenharia Agrícola
Educação Física
Jornalismo
UFSC
UFES Física
Enfermagem Ciências Biológicas
Biblioteconomia Biblioteconomia e Documentação
Comunicação (Jornalismo)

UFJF UFRS
Psicologia Eletrônica e Telecomunicações
Engenharia Siderúrgica Química (ênfase em Tecnologia)
Enfermagem Tradutor e Intérprete
Serviço Social

FUBER UFPEL
Química Engenharia Florestal
UNB Estatística
Nutrição
Estudos Sócias
Estatística Química
Processamento de Dados Letras

430
QUADRO 3.7
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CURSOS DE DURAÇÃO PLENA POR PERÍODO DE INSTALAÇÃO
Q U A D R O 3.8
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CURSOS DE C U R T A D U R A Ç Ã O POR PERÍODO DE I N S T A L A Ç Ã O

Grupos de 1930 1961 1967 1969 1971


Universidades a a a a a Sem Infor-
1949 1966 1968 1970 1973 mação
GRUPO ESPECIAL
FURG
FUBER
1° GRUPO
UFPI
UFSE
UFMT
2° GRUPO
UFRPE
UFRRJ
UFOP
UFV
UFSCar
UFPel
3 ° GRUPO
FUAM
FUMA
UFRN
UFJF
UFAL
UFES
4 ° GRUPO
UFPA
UFCE
UFPB
UNB
UFGO
UFSC
UFSM
UFPR
5° GRUPO
UFPE
UFBA
UFF
UFMG
UFRS
6° GRUPO
UFRJ
1 ____ 2______9______5 2 2 14 9 14
FONTE: Informações Gerais e Estatísticas - Convénio M E C / D A U - U F B A / I S P , 1973.

Q U A D R O 3.9
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CURSOS DE C U R T A D U R A Ç Ã O POR Á R E A S DE C O N H E C I M E N T O
Grupos de Ciências Ciências Bio-
Universidades Exatas e lógicas e Ciências Ciências Letras Artes Total
Tecnolo- Profissões Agrárias Humanas
gia da Saúde
GRUPO ESPECIAL
FURG
FUBER
I ° GRUPO
UFP1
UFSE
UFMT
2° GRUPO
UFRPE
UFRRJ
UFOP
UFV
UFSCAR
UFPEL
3° GRUPO
FUAM
FUMA
UFRI;
UFJF
UFAL
UFES
4° GRUPO
UFPA
UFCE
UFPB
UNB
UFGO
UFSC
UFSM
UFPR
5° GRUPO
UFPE
UFBA
UFF
UFMG
UFRS
6 ° GRUPO
UFRJ
TOTAL 19 4 14 3 __á 44
FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio M E C / D A U - U F B A / I S P , 1973.
QUADRO 3.10
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CURSOS DE CURTA DURAÇÃO POR ÁREAS E UNIVERSIDADES
QUADRO 3.11
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CURSO DE DU RAÇÃO PLENA POR ÁREAS
CURSO DE DURAÇÃO PLENA POR ÁREAS
QUADRO 3.12
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CURSOS DE CURTA DURAÇÃO POR ÁREAS E GRUPOS DE UNIVERSIDADES

URSO POR ÁREAS DE CONHECIMENTO GRUPO 1° 2° 3° 4° 6P TOTAL



ESPECIAL GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO
GRUPO
Ciencias Exatas e Tecnológicas
Licenciatura em ciência
Engenharia Mineral
Processamento de Dados
Física
Química
Matemática
Geografia
Químico Analista Industrial
Ciencias Biológicas e Profissões da Saúde
Farmácia
Fonoaudiologia
Educação Física
Enfermagem
Cicencias Humanas
Estudos Sociais
Pedagogia
Técnico em Desenvolvimento
Administração
Biblioteconomia
Secretariado
Letras
Artes
Instrumento
Canto
Música
Direção Teatral

TOTAL
Fonte: Informações Gerais e Estatísticas - Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.
Q U A D R O 3.13
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CURSOS DE D U R A Ç Á O P L E N A POR Á R E A S E GRUPOS DE U N I V E R S I D A D E S
Á R E A DE C I Ê N C I A S E X A T A S E T E C N O L O G I A

CURSOS GRUPO
1° 2° 3°



ESPECIAL GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO

(«temática 2 3 5 8 4 1
MM 3 4 7 5 1
Química 2 3 4 7 5 1
química Industrial 1 1 1 1
engenharia Civil 2 1 5 8 5 1
engenharia Mecânica 2 1 7 5 1
engenharia Química 2 1 3 5 1
engenharia Eletrica 1 3 7 5 1
engenharia Metalúrgica 3 1
engenharia de Telecomunicação 1
engenharia Electrónica 1
engenharia Electromecânica 1
engenharia Eletrotécnica 1
Engenharia Naval 1

1
Engenhariade Materiais
Engenharia de Minas 1 3
EngenhariaCartográfica 1
tecnico em Nível Superior de Mecânica 1
Arquitetura 1 4 4 1
astronomia 1 1
processamento de Dado» 1
meteorologia 1
geografia 1 3 5 8 5 1
tecnologia 1
neta 1
artística 2 1
Engenharia Geológica 1
Biologia 1 4 4 1
artística a Atuária 1
EngenhariaIndustrial 1

T A L DE CURSOS 12 14 13 28 67 60 18

F N T E : Informações Gerais e Estatísticas - Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.


QUADRO 3.14
U N I V E R S I D A D E S FEDERAIS
CURSOS DE D U R A Ç Ã O PLENA POR ÁREAS E GRUPOS DE UNIVERSIDADES - 1973
ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E PROFISSIÕES DA SAÚDE

GRUPO 1° 6P
2° 3°
GRUPO 4° 5°
cursos ESPECIAL GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO<
) TOTAL
Medicina 2 2 1 6 8 5 1 35
Odontologia 1 2 1 6 7 5 1 25
Enfermagem 1 1 2 4 1 9
Ciências Biológicas 1 2 4 3 6 4 1 21
Farmácia Bioquímica 1 4 2 7
Farmácia 4 6 2 1 13
Nutrição 3 1 4
Reabilitação 1 1
Educação Física 1 1 2 1 2 1 9
T O T A L DE CURSOS 5 7 8 22 34 28 7 9
FONTE: Informações Gerais e Estatísticas - Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP - 1973.

QUADRO 3.15
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CURSOS DE DURAÇÃO PLENA POR AREAS E GRUPOS DE UNIVERSIDADES - 1973
ÁREA DE CIÊNCIAS AGRARIAS.

CURSOS UNIVERSIDADES GRUPO ESPECIAL 1° GRUPO 2° GRUPO 3° GRUPO 4° GRUPO 5° GRUPO 6 ° GRUPO TOTAL DOS CURSOS
Medicina Veterinária 3 3
I I I I I I
I I I I I I

Engenharia Agronómica 4 e
Engenharia de Pesca 1 1
ciência Agrárias 2
Zootecnia 3 1
Engenharia FLORESTAL 2 2

TOTAL DE CURSOS 1
- 15
- 13 6
- 35
FONTE: Informacoes Gerais e Estatística - Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

QUADRO 3.16
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CURSOS DE DURAÇÃO PLENA POR ÁREAS E GRUPOS DE UNIVERSIDADES - 1973
ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS

CURSOS GRUPO 59 69
1° 2° 3° 4°
ESPECIAL GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO TOTAL

Direito 2 3 1 6 7 5 1 26
Pedagogia 2 2 2 6 8 4 1 25
Economia 2 2 1 6 7 5 1 24
Administração de Empresas 2 1 1 — — 3 — 7
Estudos Sociais 1 — — 1 — — — 2
História 1 2 — 5 8 4 1 21
Ciências Contábeis 1 2 1 5 6 4 1 20
Filosofia — 2 — 3 5 4 1 15
Administração — 1 — 4 6 4 1 16
Serviço Social — 2 — $ I i 14
Educação Moral e Cívica — — 1 — — — — 1
Economia Doméstica — — 3 — 1 — — 4
Educação Familiar _ — 1 — — — — 1
Biblioteconomia — — — 2 5 4 — 11
Comunicação — — — 2 1 3 1 7
Assessor Secretário Executivo — — — 1 — _ — 1
Ciência da Religião e Teologia — _ _ 1 1 _ _ 2
Ciências Sociais — _ _ 2 7 S 1 15
Jornalismo _ _ _ 1 4 1 _ 6
Psicologia — _ _ — 2 5 1 8
Museologia — _ _ _ _ 1 - 1-
TOTAL DE CURSOS 11 17 11 50 72 54 11 226

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.


QUADRO 3.17

UNIVERSIDADES FEDERAIS
CURSOS DE DURAÇÃO PLENA POR AREAS E GRUPOS DE UNIVERSIDADES - 1973
ÁREA DE LETRAS

GRUPO 1° 2° 3° 4° 5° 6P
ESPECIAL GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO TOTAL
CURSOS
Letras 2 3 - 6 8 5 1 25
1 1
tradutor e Interpreta 2 3 6 8 6 1 26
TOTAL DE CURSOS -

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas - Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP - 1973

QUADRO 3.18

UNIVERSIDADES FEDERAIS
CURSOS DE DURAÇÃO PLENA POR AREAS E GRUPOS DE UNIVERSIDADES - 1973
ÁREA DE ARTES

GRUPO
1° 3° 4°

CURSOS ESPECIAL GRUPO 2°
GRUPO GRUPO GRUPO 5°
GRUPO GRUPO TOTAL

Música 1 _ _ _ 2 3 1 7
Artes Plásticas 1 — — 1 1 3 1 7
Licenciatura em Desenho Plástico — — 1 — • 1 — — 2
Licenciatura em Música — — 1 — — — _ 1
Desenho — — — 2 1 — _ 3
Desenho Industrial — — — 1 _ 1 1 3
Artes Visuais — — — _ 1 _ _ 1
Comunicação Visual — — — — _ 2 _ 2
Desenho Plástico _ _ — _ — 3 1 4
Dança — — — _ — 1 1
Composição e Regência _ _ — _ _ 2 1 3
Arte Dramática _ _ _ 1 1
Canto _ _ 1 1 2
Instrumento _ _ _ 1 1
Cenografia _ _ _ _ — 1 1
Canto e Instrumento 1 _ 1 _ _ 2
Pintura. Escultura e Gravura _ 1 _ _ _ _ 1
TOTAL DE CURSOS 3 1 3 4 6 17 8 42

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas - Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP - 197a


3.1.1.2 — CONCURSO VESTIBULAR

A Lei 5.540, de 28 de novembro de 1968, no seu Artigo 17°,


determina que o ingresso nos cursos superiores de graduação se
fará para os alunos que tenham concluído o ciclo colegial ou
equivalente e tenha sido classificado em concurso vestibular.
Em primeiro plano pode ser evidenciada a ideia de ingresso
por classificação, sendo que o aproveitamento do estudante se
efetiva até o limite de vagas fixadas pelos estabelecimentos de
ensino superior.
Segundo o Artigo 21.° da mesma lei, o concurso vestibular
abrangerá os conhecimentos comuns às diversas formas de edu-
cação de 2.° grau, sem ultrapassar este nível de complexidade,
a fim de avaliar a formação recebida pelo candidato para estu
dos superiores.
Ainda o parágrafo único do Artigo 21.° estabelece que: "den-,
tro do prazo de 3 anos a contar da vigência desta lei, o concurso
vestibular será idêntico em seu conteúdo para todos os cursos ou
áreas do conhecimento afins e unificado em sua execução na
mesma Universidade, ou federação de escolas ou no mesmo esta-
belecimento isolado de organização pluricurricular de acordo
com os estatutos e regimentos". Com isto, a legislação assegura
o princípio da não duplicação de meios, visando a uma melhor
racionalização dos recursos materiais e humanos existentes, ao
desaparecimento da seletividade subjetiva e a unidade de crité-
rios, princípios, métodos e técnicas na seleção.
Na mesma perspectiva de unificação, o Artigo 4° do Decre'
to-lei 464, de 11 de fevereiro de 1969 determina que o Ministério
de Educação atuará junto as instituições de ensino superior, vi-
sando à realização, mediante convénio, de concursos vestibulares
unificados de âmbito regional.
Segundo se pôde constatar pelos levantamentos empreendi-
dos, o sistema de seleção para ingresso, em verdade, sofreu
transformações indiscutíveis em todas as Universidades Federais
brasileiras. Nenhuma, entre as estudadas, realiza mais o antigo
vestibular por curso. O sistema de vestibular unificado e classi-
ficatório é hoje uma realidade.
O vestibular regionalizado, contudo, é realizado apenas em
9 Universidades Federais — UFPB, TFPE, UFRPE, UFRJ, UFRRJ
UFF, UFSCAR, UFPEL e FURO constituindo-se cerca do 26%
universo.
Os testes ou provas objetivas constituem-se no instrumento
de seleção usado pela totalidade dessas instituições, tendo ocor-
rido em 1973 a sua implantação nas 3 últimas que não haviam
ainda adotado o sistema: UFOP, UFMT e FURO.
446
Apenas em 4 Universidades, entretanto, realiza-se mais de
um vestibular por ano: FUMA, UFCE, UNB e UFMT. Nas de-
mais realiza-se somente um concurso anualmente.
O parcelamento do ingresso dos candidatos aprovados verifi-
ca-se em 13 Universidades entre as 27 que realizam um único
vestibular. Na maioria, a ordenação de ingresso é determinada
pela classificação no vestibular e objetiva, segundo os respon-
dentes, uma melhor utilização do espaço físico disponível. Fo-
ge à regra a UFF, na qual a escolha do período de ingresso é
decisão do candidato.

O sistema de parcelamento de ingresso, embora viável para


ocupação de recursos disponíveis, poderá conduzir à organização
de seriados semestrais, negando, assim, o princípio da flexibili-
dade escolar, determinação básica da Reforma Universitária. O
critério de parcelamento, segundo a classificação, por sua vez,
conduz à seletividade na composição de turmas, uma das razões
da transformação do sistema de ingresso à Universidade.

O Quadro 3.19 indica quais as Universidades que estão


adotando esse sistema e quais as que realizam 2 vestibulares por
ano.
QUADRO 3.19
U N I V E R S I D A D E S FEDERAIS

Ingresso Ingresso
GRUPOS DE UNIVERSIDADES Único Parcelado

GRUPO ESPECIAL
FURG X
FUBER X x(1)

1° GRUPO
UFPI X
UFSE X
UFMT X
2° GRUPO
UFRPE X
UFRRJ X
UFOP X
UFV X
UFSCAR X
UFPEL X
3° GRUPO
FUAM X
PUMA X
UFRN X
UFJF X
UFAL X
UFES X
4° GRUPO
UFPA X
UFCE X
UFPB X
UNB X
UFGO X
UFSC X
UFSM X
UFPR X
5 ° GRUPO
UFPE X
UFBA X
UFF X
UFMG X
UFRS X
6 ° GRUPO
UFRJ X
TOTAL 15 13 4

( 1 ) O ingresso parceladona FUBER se dá exclusivamente para os cursos de Medicina e Engenharia.


FONTE: Pesquisa direta, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.
Como se vê, o parcelamento do ingresso' está ocorrendo em
Universidades mais novas e de menores matrículas, como sejam
a FUBER, a UFPI e a UFSE, mas se evidencia principalmente
e em larga escala nas Universidades maiores, sobretudo naquelas
mais antigas e de grandes matrículas que são as dos Grupos 5.°
e 6.° (UFRJ, UFMG, UFRS, UFF e UFPE) à exceção única da
UFBA.
A exigência de escores mínimos para o vestibular só Foi de-
clarada em 3 Universidades: UFAL, UFV e UFSM.
A orientação ou infORMAÇÃO profissional ao candidato vem
sendo objeto de atenção de algumas Universidades. Assim, veja-
mos por grupos de Universidades:

QUADRO 3.20
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EXISTÊNCIA DE INFORMAÇÃO OU ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AOS CANDIDATOS

NÃO OFERECE
GRUPO DE UNIVERSIDADES OFERECE INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO NAO RESPONDEU TOTAL
grupo Espacial _ 2 _ 2
1° Grupo 2 1 — 3
2° Grupo 1 2 3 6
3° Grupo 2 4 — 6
4° Grupo 4 4 — 8
5° Grupo 3 1 1 5
6P Grupo 1 — — 1

TOTAL 13 14 4 31

FONTE: Pesquisa direta, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973

A orientação para escolha do curso pelo candidato vem se


constituindo em um entre os possíveis instrumentos para reorien-
tação da acentuada escolha pelas carreiras tradicionais e de status
socialmente estabelecido. Entretanto, ainda são poucas as Uni-
versidades que têm evidenciado esta preocupação. A efetivação
desta orientação correlaciona-se com a variação da oferta de cur-
sos pelas Universidades que entre as Universidades de 5." e 6.°
Grupos, só se exclue a UFMG e a UFF, sendo que esta não res-
pondeu às questões.
A fixação de vagas de ingresso em 17 Universidades está de-
finida em normas disciplinares; nas demais, a fixação se dá na
maneira indicada no Quadro 3.21.

448
QUADRO 3.21
UNIVERSIDADES FEDERAIS
RESPONSÁVEIS PELAS VAGAS DE INGRESSO SEGUNDO
RESPOSTA AO QUESTIONÁRIO ADMINISTRAÇÃO ACADÉMICA

UNIVERSIDADES QUANTIDADE
Normas permanentes pre-existentes F U A M . UFPA, UFCE, UFRN, UFPB, UFPE, UFRPE, UFES. UFMG.
UFV, UFOP, FUBER, UFGO, UFMT, UFSCAR. UFRS, UFSM 1.7
Resoluções dos Conselhos de En-
U F A L , UFSE. UFBA, U F F , UFPR, UFSC, FURG 7
sino Conselhos Uni-
UFJF 1
versitários .
resoluções do Reitor UFPEL 1
Outros FUMA, UFPI, UNB, UFRS, UFRRJ 5

TOTAL 31

Fonte :Pesquisa direta. Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

De acordo com as respostas dos Reitores das Universidades,


para 7 (sete) destas não há perspectivas de expansão das vagas
oferecidas até aqui. As razões declaradas são: escassez de espa-
ço físico e de outros recursos. Para o mesmo número de Univer-
sidades (7) não há respostas ou não há planos, e para a UFMG
há um plano de vagas a depender de recursos para sua execução.
Quatro declaram que a expansão de vagas se dará pela cria-
ção de novos cursos: UFAL, UFJF, UFMT e UFSC, sendo que a
UFAL prevê também um crescimento progressivo.
Quanto às áreas prioritárias definidas para expansão de va-
gas, as Universidades assim responderam: a área Tecnológica é.
prioritária em 11 Universidades, Saúde em 9, Educação em 7,
Humanística em 3, Agrária em 5. Em 14 Universidades não fo-
ram declaradas como definidas áreas prioritárias de expansão.
Os reflexos quantitativos da transformação do sistema de in-
gresso às Universidades poderá ser evidenciado no Quadro 3.22,
ressaltando-se que não apresentaram as informações solicitadas a
UFJF, UFSCAR, UFPEL, UFRJ e UFF.

Q U A D R O 3.22
U N I V E R S I D A D E S FEDERAIS
N Ú M E R O DE V A G A S , INSCRITOS E CLASSIFICADOS EM
CONCURSOS V E S T I B U L A R E S (EM NÚMEROS ÍNDICES) - 1966/1973

GRUPOS DE VAGAS INSCRITOS CLASSIFICADOS


UNIVERSIDADES 1966 1970 1973 1966 1970 1973 1966 1970 1973

Grupo Especial 100 422 800 100 445 708 100 402 716
1° Grupo 100 250 402 100 415 894 100 312 482
2° Grupo 100 148 205 100 189 207 100 176 252
3° Grupo 100 151 229 100 183 367 100 230 372
4 ° Grupo 100 159 207 100 216 259 100 184 213
5° Grupo 100 157 176 100 218 306 100 203 253
6P Grupo

TOTAL 100 164 214 100 219 305 100 203 263

449
Admite-se que, ademais do fator demanda social, a unificação
da seleção de ingresso e a transferência do centro de decisão quan-
to ao número de vagas (passando de resoluções a nível de unida-
des-de ensino para os órgãos centrais de cúpula das Universida-
des) conduziram à busca de uma maior e melhor utilização dos
recursos académicos disponíveis nessas instituições, tornando
possível o índice de crescimento apresentado no período. Esse
índice che'ga a mais de 100%, entre o 1.° e o 4.° Grupo, atingindo
a 300% no primeiro. Os resultados obtidos para o grupo cons-
tituído da FUBER e FURG (Grupo Especial) não foram conside-
rados nessa generalização, em virtude de a FUBER só apresentar
informações a partir de 1970, o que distorce os índices, elevando-
os em demasia.
O 5.° Grupo, das Universidades antigas maiores, também
apresenta apreciável índice de 76% de crescimento de vagas, real-
mente significativo para esse tipo de Universidade. Não se con-
tou com a informação para o 6.° Grupo — UFRJ.
O crescimento das inscrições é outro aspecto essencial a ser
considerado: no 1.° Grupo o índice alcança 894 (UFPI, UFSE e
UFMT) e no 5.° grupo (das grandes Universidades) chega a 306.
A menor procura proporcional em relação a 1966 ocorre no 2.°
Grupo (antigas Universidades especializadas), ainda que tenham
estas Universidades duplicado o número de inscritos no período
(índice 207).
A relação entre a oferta de vagas e o número de classificados
constitui-se também em evidência de transformações. É bas-
tante significativo o crescimento de 67% em 1966 para 83 % nos
últimos anos, da taxa de preenchimento ou aproveitamento das
vagas ofertadas, evidenciando, mais urna vez, o esforço pelo pleno
uso dos recursos que a Reforma Universitária desencadeou.
Vide, a esse respeito, o Quadro 3.23.

QUADRO 3.23
UNIVERSIDADES FEDERAIS
PREENCHIMENTO DE VAGAS OFERECIDAS NO VESTIBULAR
1966 - 1973
(Em Percentuais)

GRUPOS DE UNIVERSIDADES 1966 1970 1973

Grupo Especial 83 79 74
1.° Grupo 46 58 56
2° Grupo 68 81 84
39 Grupo 61 93 99
4° Grupo 77 89 79
5° Grupo 60 78 87
6P Grupo -
TOTAL 67 83 83

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.


OBS.: Não se obteve informações da UFJF, UFSCAR, U F F , UFRS e UFRJ.

450
3.1.3 PRIMEIRO CICLO DE ESTUDOS

O primeiro ciclo geral de estudos foi definido no Decreto-lei


464, de fevereiro de 1969, no seu artigo 5.°, constituindo-se como
suas funções: recuperação de insuficiências evidenciadas no con-
curso vestibular, orientação na escolha da carreira e realização
de estudos básicos para ciclos ulteriores. Segundo a disposição
legal este ciclo precederia os estudos tipicamente profissionais e
seria instalado nas Universidades que mantivessem diversas mo-
dalidades de habilitações.

No Decreto-lei 252, de fevereiro de 1967, já se evidenciava a


ldéia de um ciclo precedente à opção profissional, admitindo-se aí
que a coordenação didática e administrativa para este ciclo se
constituísse em decisão das Universidades, na hipótese de sua exis-
tência, embora seja clara a determinação a nível de estruturação
das Universidades, quanto à manutenção de dois sistemas pre-
cisamente definidos: Sistema Básico Comum e Sistema Profissio-
nal (Art. l.° do Decreto-lei 53 de novembro de 1966).

Dentre os três objetivos próprios para este ciclo de estudos,


um deles perdeu já o seu significado, desde que esta disposição
baseava-se na ideia de ingresso de estudantes na Universidade
sem vinculação prévia a nenhum curso, através opção ampla,
quando muito por áreas de conhecimentos, dentro das diversas
modalidades oferecidas pelas instituições de ensino superior.

Em verdade, inúmeros fatores de ordem prática e circunstan-


cial impuseram àquelas Universidades que experimentaram a
opção por áreas, a revisão de prática pedagogicamente tão sadia
e desejável, conduzindo assim à volta à pré-opção por curso.

Entretanto, as demais funções do primeiro ciclo constituem-


se em realidades concretas. Permanecem evidenciadas as insufi-
ciências de formação de alunos que ingressam na Universidade
e cada vez mais se demonstra a interseção das diversas áreas nos
conhecimentos básicos requeridos para as várias modalidades pro-
fissionais que oferecem as instituições. Mais evidente, ainda, é a
identificação da necessidade de formação básica para carreiras de
uma mesma área, muito embora guardados os níveis de aprofun-
damento necessários a cada formação específica.

A situação do primeiro ciclo geral dos estudos, no que se


refere à denominação adotada por cada Universidade, reflete um
pouco da diversidade de entendimento, ou pelo menos de ênfase
que se observa no particular: vinte Universidades implantaram
o Primeiro Ciclo de estudos, enquanto 9 (nove) adotaram o que
denominam de Ciclo Básico; na UFOP ainda não há definição
para o problema, enquanto a questão não foi respondida na
UFRRJ.

451
A persistência desta diversidade de nomeação contraria uma
das resoluções do Encontro de Reitores realizado no Rio de Ja-
neiro de 1969, pela qual decidiu-se adotar a denominação padro-
nizada de "primeiro ciclo" para esta parte inicial dos estudos su-
periores, a fim de evitar ambiguidades com relação às chamadas
"matérias básicas" dos cursos profissionais. Esta decisão está em
consonância com o texto do Decreto-lei 464/69, que disciplina
o assunto.
Contudo, para maior fidelidade às respostas dos entrevista-
dos, continuamos usando a denominação "ciclo básico" para aque-
les que a adotam.
Em nenhuma Universidade encontra-se um primeiro ciclo ou
um ciclo básico, conforme as denominações, comum a todos os
cursos oferecidos: contudo a UFRS aproximou-se mais deste tipo
de organização previsto na lei como uma alternativa possível,
adotando o sistema comum, porém com uma disciplina diversifi-
cadora por área. A maioria, ou seja, 22 (vinte e duas) Universi-
dades, tem-no organizado por área.
Entretanto, considera-se merecedora de menção a existência,
erm 4 Universidades, de "ciclo básico" organizado por cursos
(UFPEL, UFSM, UFF e UFRJ) . Entre os grupos de Universida-
des, o segundo (das antigas especializadas) apresenta maior di-
versificação na orientação adotada, como pode ser observado no
Quadro 3.24.

QUADRO 3.24
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ORGANIZAÇÃO DO PRIMEIRO CICLO DE ESTUDOS

DENOMINAÇÃO
E GRUPO 1° 29 39 49 59 69 TOTAL
ORGANIZAÇÃO ESPECIAL GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO
I --

4 20
I —

1° Ciclo 3
Por Áreas 2 3 17
Comum e por Áreas 1 - 1
I

1
I

Por grupo de curso em área 1


Por áreas e cursos 1
I
I

Ciclo Básico 3 3 9
Por áreas 2 2 5
Por curso 1 1 4
Náo há definição 1 1
Nao há resposta 1 1

TOTAL 2 3 6 6 8 5 1 31

FONTE: Pesquise direta. Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

O período de implantação variou de 1962 (UNB) para 1973


(FURG); excetuados, entretanto, esses 2 casos extremos por suas
óbvias peculiaridades e singularidades, ficam os anos de 1970 e
1972 como demarcadores do período de implantação do primeiro
ciclo no país. Vide o Quadro 3.25.

452
QUADRO 3.25
U N I V E R S I D A D E S FEDERAIS
A N O DE I M P L A N T A Ç Ã O DO PRIMEIRO CICLO

GRUPOS DE U N I V E R S I D A D E S 1962 1970 1971 1972 1973 TOTAL

Grupo Especial — — 1 — . 1 2
1° Grupo — _ 1 2 — 3
2° Grupo _ _ 3 — — 3
3° Grupo _ 2 — 4 — 6
4° Grupo 1 3 1 2 — 7
5° Grupo - 1 2 1 - 4
Não consideradas — — — — — 6

TOTAL 1 6 8 8 1 31

FONTE: Pesquisa direta. Convénio MEC/DAUUFBA/ISP, 1973.


NOTA: Não foram consideradas as Universidades com "ciclo básico" por curso (4), nem
a UFOP (sem definição) e a UFRJ (sem resposta), daí o total, na horizontal.
não corresponder a 3 1 .

De modo geral declararam as Universidades que os objetivos


deste ciclo de ensino são os estabelecidos pela legislação em vi-
gor, distinguindo-se a UFRS por ainda declarar, entre seus obje-
tivos, a. escolha da carreira pelo aluno.
A duração em semestres varia entre 1 (um) para a UFRS e
um máximo de cinco para a UFPE. A maior incidência contudo
está em 8 Universidades, nas quais a duração deste período está
entre 2 a 4 semestres (FUAM, UFRN, UFJF, FUBER, UFMT.
UFRJ, UFSM e FURG). De modo geral não há subciclos. A
UFPE, entretanto, informou a existência de mais de um primei-
ro ciclo na sua área tecnológica e a UFPB, que respondendo
"sim" à questão sobre a existência de sub-ciclos, denomina-os de
curso de verão. Na UNB existem 4 sub-períodos, que poderiam,
segundo declaração da Universidade, ser considerados sub-ciclos.
A coordenação do primeiro ciclo é da responsabilidade de se-
tores os mais diversos nas Universidades Federais, segundo pode
ser visto no Quadro 3.26.
QUADRO 3.26
UNIVERSIDADES FEDERAIS
COORDENAÇÃO DO PRIMEIRO CICLO - RESPONSÁVEIS
RESPONSÁVEIS UNIVERSIDADES QUANTIDADE

órgão Central UFPI, U F R N , UFPE, U F M T , UFRS 5


Coordenação especifica do 1°
ciclo ou de áreas deste F U A M , U F A L , UFBA. U F M G , UFSC, UFPR 6
Unidades de Ensino F U M A , UFPB 2
Colegiados ou coordenadores
de cursos FUBER, U N B , U F F , UFPEL, FURG 5
Conselhos Departamentais UFCE 1
Departamentos UFRPE 1
Coordenação interdepartamen-
tais UFSM 1
Conselho de Coordenação UFRJ 1
Sem resposta ou prejudicada UFPA, UFSE, UFES, U F V , UFOP, UFJF, U F R R J , U F G O , UFSCAR 9

TOTAL 31

FONTE: Pesquisa direta. Convénio MEC/DAUUFBA/ISP, 1973.

453
Quanto à possibilidade de re-opção, há resposta negativa para
9 Universidades, enquanto 3 (três) tiveram sua resposta preju-
dicada. Para as demais (19) é possível a re-opção, sendo que 6
declarantes especificam que a permissão é restrita para cursos de
uma mesma área, e 11 não qualificam a afirmação. Ressalta-se
a UFOP, onde se declara ser a permissão somente nas áreas "onde
há primeiro ciclo", e a UFV, "nas ciências básicas".
Consultadas sobre a ocorrência de problemas na implantação
do primeiro ciclo, para 14 Universidades tal se verificou; para 12
não houve e 5 não responderam à questão. As espécies de pro-
blemas evidenciados foram: excedentes internos (UFPA, UFBA e
UFSC), congestionamento nos cursos de maior procura (FUMA,
UFPB, UFPE, UFJF), alto índice de repetência (UFMG), ausên-
cia de disciplinas humanísticas para as áreas de tecnologia e
saúde (FUBER), "standardização" do ensino (UFRS), fixação de
currículo (UFCE), prazo exagerado (UFRPE), não especificados
(UFMT e UFPR).
A aprovação em todas as disciplinas do primeiro ciclo é pré-
requisito para matrícula em qualquer disciplina profissional em
8 (oito) Universidades; em 19 (dezenove) outras, no entanto, não
o é. Não se obteve resposta de 3 (três) instituições e 1 (uma)
existe em que a exigência "depende do curso". Eis a informa-
ção em sua totalidade:
Q U A D R O 3.27
U N I V E R S I D A D E S FEDERAIS
EXIGÊNCIA DE A P R O V A Ç Ã O EM T O D A S AS DISCIPLINAS DO 1° CICLO
COMO P R É R E O U I S I T O P A R A M A T R I C U L A EM QUALQUER DISCIPLINA PROFISSIONAL

GRUPOS DE NÃO DEPENDE N Ã O RESPONDEU


UNIVERSIDADES DO CURSO

Grupo Especial
1° Grupo
FUBER
UFPI
FURG
UFSE, U F M T
_ _ 2
3
2.° Grupo UFRPE UFV, UFSCAR, UFPEL — _
U F R R J , UFOP 6
3° Grupo UFRN F U A M , F U M A , U F A L . UFES, UFJF — 6
AP Grupo UFPB, UNB, UFPR UFPA, UFCE, U F G O , UFSC, —
UFSM — 8
5° Grupo UFBA UFPE, U F M G , UFRS —
UFF S
6° Grupo UFRJ — 1

TOTAL 8 19 1 3 31

F O N T E : Pesquisa direla, Convénio M E C / D A U - U F B A / I S P , 1973.

Neste aspecto, dois conceitos e disposições explicitas da Le-


gislação da Reforma Universitária poderão ser confrontados para
efeito de análise mais aprofundada: a ideia do primeiro ciclo e a
da flexibilidade curricular, mecanismo através o qual é possível
ao estudante a organização de sua vida escolar para o cumpri-
mente de seu currículo, de acordo com suas condições. A estra-
tificação do ensino, em ciclos fechados, poderia, assim, evidenciar
indícios do sistema seriado, a qual radicalmente se opôs a Le-
Jislação Reformadora. Vale ressaltar que a ideia de flexibilidade
curricular não implica na negação dos sistemas de pré e co-re-
quesitos, fundamentais para a sua própria implementação.

Em 19 (dezenove) Universidades não se evidenciam problemas


na articulação entre o primeiro ciclo ou "ciclo básico" e o ciclo

454
profissional para 4 (quatro) não se obteve resposta. Para as 8 (oi-
to) que responderam afirmativamente a questão, a maior inci-
dência na identificação destes problemas ocorreu para "a não
aceitação do primeiro ciclo por parte de alguns professores"
(UFRN, UFPE e UFSM), "problemas curriculares e metodológi-
cos" (UFPI, NFRN, UFPE, UFMG), "problemas de administração
académica" (FUMA e UFMG), "aferição de resultados" (UFMG)
e "alguns estão concluindo sem terem cursado o ciclo básico"
(UFPEL). Entre estas, estranhamente se encontra a UFOP, que
anteriormente declarou não haver definição quanto ao Primeiro
Ciclo.

Feita a indagação aos responsáveis pela administração aca-


démica, sobre a existência de órgãos com atribuições de articula-
ção entre os ciclos de ensino, obtiveram as seguintes respostas:
QUADRO 3.28
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EXISTÊNCIA DE ÓRGÃOS COM ATRIBUIÇÕES
DE ARTICULAÇÃO ENTRE OS CICLOS DE ESTUDOS

GRUPO 19 49 59 69
ESPECIAL GRUPO 2°
GRUPO 3°
RESPOSTAS GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO TOTAL

SIM 1 1 1 1 6 2 1 13
Comissões Especiais de Matricula 1 1
Conselho Central de Coordenação
— — — — 1
— —
Coordenação de 1 ° C i c l o
— —1
— — 1
— — 1

Coordenação de Graduação
— — — 1
— — 2

Colegiado ou Coordenação de curso


-1 - —
1

1 2

2
—1
1
8
NÃO 1

2 3 5 2 3
Sem resposta/Prejudicada
— 16
— — 2 - - - - 2

TOTAL 2 3 6 6 8 5 1 31

FONTE: Pesquisa direta, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP. 1973.

Em cerca de 50% das Universidades não há órgão ou setor


diretamente responsável pela articulação entre o primeiro ciclo
(ou ciclo básico para algumas) e o ciclo profissional. Contudo,
entre as 13 (treze), nas quais esta atribuição está definida, ca-
be a mesma, na maioria dos casos (8), aos colegiados ou coordena-
dores de curso; nas demais, esta atividade é de competência de
Comissões especiais de matrícula (UFPA), Conselho Central de
Coordenação (UFCE), Coordenação do lo. Ciclo (UFPB e UFMT)
e Coordenação de Graduação (UFPR).
3.1.14 MATRICULA

A matrícula nos cursos de graduação das Universidades Fe-


derais brasileiras tem-se elevado gradativamente, ocorrendo um
índice de crescimento, entre 1966 e 1973, da ordem de 168%.
Embora não se tenham obtido informações para a UFSCAR e
UFPEL (2o. Grupo), UFJF (3o. Grupo), UNB e UFGO (4o.
Grupo) e UFF (5o. Grupo), acredita-se que os índices gerais de
crescimento apresentados no Quadro 3.29 permaneçam válidos.

455
QUADRO 3.29
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CRESCIMENTO DA M A T R Í C U L A
1966/1973
(Em números índices)

GRUPOS DE U N I V E R S I D A D E S 1966 1970 1973

Grupo Especial 100 595 1.069


1° Grupo 100 220 318
2° Grupo 100 197 341
3° Grupo 100 247 346
4° Grupo 100 177 279
5° Grupo 100 164 211
6P Grupo 100<1> 114 192

T O T A L (exclusive o 6P Grupo) 100 114 268

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP. 1973. (1)


Ano base considerado para a UFRJ ( 6 ° Grupo) = 1968.

(1) Ano base considerado para a UPRJ(6° Grupo) — 1968.

Nas Universidades do Grupo Especial (FURG e FUBER), o


altíssimo índice de crescimento de matrículas deveu-se a que so-
mente a partir de 1970 comparecem os números da matrícula da
FUBER.
Nos demais grupos os índices são bem mais normais e parecem
inicialmente crescer à medida em que crescem em tamanho as Uni-
versidades, para, em seguida (após o 3o. Grupo), passarem a cair.
Assim, no lo. Grupo esta relação em percentuais é da ordem de
218%, no 3o. Grupo 246% e no 6o. Grupo é de apenas 92%. De
qualquer forma, verifica-se que no período considerado as Univer-
sidades Federais no mínimo duplicaram as suas matrículas.
Por áreas de conhecimento e por Universidades, este fenómeno
poderá ser observado nos quadros seguintes. Há que ser consi-
derada aí a elevação da oferta de cursos, fator que supõe-se
tenha concorrido subremaneira para o crescimento da matrícula.
Por exemplo, na área das Ciências Exatas e Tecnologia sabe-se que,
à exceção das Universidades já citadas de 111 (cento e onze)
cursos existente em 1966, passamos a 231 em 1973, indicando
portanto a instalação ou federalização de 121 novos cursos no pe-
ríodo. Na área das Ciências Biológicas eram 68 cursos em 1966
para 115 em 1973, e nas Ciências Humanas passou-se de 129 para
240, no mesmo período.

456
QUADRO 3.30

UNIVERSIDADES FEDERAIS
M A T R Í C U L A T O T A L NOS CURSOS DE G R A D U A Ç Ã O
1966/1973

(Em números índices)

GRUPOS DE
UNIVERSIDADES 1966 1968 1970 1972 1973

GRUPO ESPECIAL
FURG 100 146 200 267 325
FUBER - — 100 155 188
1°GRUPO
UFPI 100 100 150 310 403
UFSE 100 140 256 410 500
UFMT 100 101 249 427
2° GRUPO
UFRPE 100 71 336 873 1.122
UFRRJ 100 137 182 246 272
UFOP 100 130 315 346 415
UFV 100 140 143 200 224
3° GRUPO
FUAM 100 211 344 388 400
FUMA — — 100 158 148
UFRN 100 146 214 283 345
UFAL 100 124 155 198 236
UFES 100 127 166 199 220
4°,GRUPO
UFPA 100 134 219 296 415
UFCE 100 136 161 194 226
UFPB 100 153 218 262 308
UFSC 100 137 181 241 348
UFSM 100 112 148 181 189
UFPR 100 132 177 230 279
5° GRUPO
UFPE 100 138 187 204 243
,FBA 100 132 185 234 235
UFMG 100 124 162 183 200
UFRS 100 112 132 162 183
6° GRUPO
UFRJ 100(1) 114 164 192

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973. (1)


Dado de 1969.
OBS.: O não aparecimento das Universidades UFSCAR e UFPEL do 2° Grupo; UFJF do
3° Grupo; UNB e UFGO do 4° Grupo; UFF do 5° Grupo, deve-se ao fato de não
terem fornecido as informações solicitadas.
QUADRO 3.31 QUADRO 3.32
UNIVERSIDADES FEDERAIS UNIVERSIDADES FEDERAIS
MATRICULA NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO MATRICULAS NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO
ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA - 1966/73 AR EA CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E PROFISSÕES DA SAÚDE - 1966/73
(Em números Indicas) (Em números índices)

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas. Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP. 1973. 11) 1969.


OBS.: O não aparecimento das Universidades: UFSCAR e UFPEL do 2° Grupo; UFJF FONTE: Informações Gerais e Estatísticas. Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.
do 3° Grupo; UFGO e UFSC do 4° Grupo; UFF do 5° Grupo, deve-se ao fato de OBS.: O nàb aparecimento das Universidades: UFSCARe UFPEL do 2° Grupo; UFJF do
não terem fornecido as informações solicitadas, enquanto qua a UFRPE, do 2° 3° Grupo; UNB e UFGO do 4° Grupo; UFF do SP Grupo, deve-se ao fato da não
Grupo, não possui curso na área de Ciências Exatas e Tecnologia. terem fornecido as informações solicitadas.
QUADRO 3.33
UNIVERSIDADES FEDERAIS
MATRÍCULAS NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO
ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS - 1966/73
(Em números índices)

GRUPOS DE
UNIVERSIDADES 1966 1968 1970 1972 1973

GRUPO ESPECIAL
FURG 100 111 136 160 220
FUBER • • • 100 125 145
1° GRUPO
UFPI 100 116 93 158 215
UFSE 100 123 226 359 420
UFMT 100 106 256 398
?P GRUPO
UFRPE 100 283
UFRRJ 100 114 595 1.325 1.895
UFV 100 162 166 224 269
3° GRUPO
FUAM 100 164 228 244 251
FUMA ... 100 167 142
UFRN 100 142 185 328 292
UFAL 100 128 152 208 240
UFES 100 111 131 147 154
4° GRUPO
UFPA "" 100 129 223 317 682
UFCE 100 138 167 198 246
UFPB 100 136 191 206 275
UFSC 100 134 159 189 257
UFSM 100 339 441 1.322 1.578
UFPR 100 100 144 181 193
5° GRUPO
UFPE 100 152 235 205 307
UFBA 100 140 214 256 258
UFMG 100 126 146 163 176
UFRS 100 106 127 192 211
6P GRUPO
UFRJ 100 106 112 113

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.


OBS.: O não aparecimento das Universidades: UFSCAR e UFPEL do 2° Grupo; UFJF do
3° Grupo; UNB e UFGO do 4° Grupo; UFF do 5° Grupo, deve-se ao fato de não
terem fornecido as informações solicitadas, enquanto que a UFOP, do 2° Grupo,
não possui curso na área de Ciências Humanas.
QUADRO 3.34
UNIVERSIDADES FEDERAIS
MATRÍCULAS EM CURSOS DE GRADUAÇÃO
ÁREA DE CIÊNCIAS AGRARIAS - 1966/73
(Em números índices)

GRUPOS DE
UNIVERSIDADES 1966 1968 1970 1972 1973

GRUPO ESPECIAL
FURG • • • 100 194
2°GRUPO
UFRPE 100 71 336 813 977
UFRRJ 100 93 143 178 186
UFV 100 136 139 178 190
4° GRUPO
UFCE 100 118 124 150 189
UFPB 100 123 163 145
UFSM 100 129 149 234 273
UFPR 100 144 172 184 182
5° GRUPO
UFBA 100 119 138 140 156
UFMG 100 128 274 267 346
UFRS 100 105 102 119 131

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.


OBS.: O não aparecimento das Universidades: UFPELdo 2° Grupoe UFF do 5° Grupo,
deve-se ao fato de não terem fornecido as informações solicitadas, enquanto que
as restantes não possuem cursos na área de Ciências Agrárias.
Q U A D R O 3.3S
UNIVERSIDADES FEDERAIS
MATRÍCULAS NOS CURSOS DE G R A D U A Ç Ã O
ÁREA DE LETRAS - 1966/73
(Em números índices)
GRUPOS DE *'
UNIVERSIDADES 1966 1968 1970 1972 1973

GRUPO ESPECIAL
FURG 100 220 257 296 300
FUBER 100 123 129
1°GRUPO
UFPI 100 148 409 674 1.109
UFSE 100 44 100 89 136
UFMT 100 84 182 245
3 ° GRUPO
FUAM 100 259 503 652 552
FUMA 100 51 67
UFRN 100 193 99 115 245
UFAL 100 117 174 194 336
UFES 100 127 175 156 224
4° GRUPO
UFCE 100 1.012 1.088 1.479 1.126
UFPB 100 222 210 140 219
UFSC 100 165 143 162 345
UFSM 100 222 324 425 469
UFPR 100 148 184 282 297
5 ° GRUPO
UFPE 100 78 208 166 313
UFBA 100 91 164 250 263
UFMG 100 155 263 307 357
UFRS 100 99 115 127 118
6P GRUPO
UFRJ 100 145 202 211
FONTE: Informações G e r a i s e Estatísticas, Convénio
MEC/DAU-LPBA/ISP, 1973.
OBS.: O não aparecimento das Universidades: UFJF do 3° Grupo;
UFPA, UNB e UFGO do 4° Grupo; UFF do 5° Grupo, deve-se
ao fato de não terem fornecido as informações solicitadas,
enquanto que as restantes não possuem cursos na Área de Letras.
QUADR03.36
UNIVERSIDADES FEDERAIS
M A T R Í C U L A EM CURSOS DE G R A D U A Ç Ã O
ÃREA DE ARTES - 1966/73
(Em números Índices)

GRUPOS DE
UNIVERSIDADES 1966 1968 1970 1972 1973

GRUPO ESPECIAL
FUBER 100 140 162
3°GRUPO
FUMA 100 111
UFES 100 208 317 340 368
4 ° GRUPO
UFSM 100 144 209 343 424
5° GRUPO
UFPE 100 113 119 290 187
UFBA 100 153 223 259 289
UFMG 100 136 134 149 166
UFRS 100 177 258 279 412
6P GRUPO
UFRJ 100 105 145 155

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio


MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.
OBS.: O não aparecimento das demais Universidades
pesquisadas deve-se ao fato das mesmas não possuirem
cursos na área de Artes.
3.1.1.5FUNCIONAMENTO DE CURSOS

A aprovação dos currículos dos cursos está normatizada in-


namente em 17 Universidades. De modo geral estas normas
estão definidas em Estatutos e Regimentos Gerais (8) ou em Re-
----ções dos Conselhos de Ensino e Pesquisa (8), e na UFPB
pelos Conselhos Departamentais. A dosagem de disciplinas de for-
mação basica e profissional, contudo, só está regulamentada em
10 Universidades.
Os estágios obrigatórios previstos nos currículos estão norma-
tizados a nível central em 14 Universidades. As demais, assim se
encontram quanto a regulamentação e controle dos estágios:

1) Com as Unidades — 5
FUAM, UFPE, UFBA, UFV e UFRJ.
2) Com os Coordenadores de Cursos — 3
UFRN, UFSE e UFMG.
3) Com os Departamentos — 4
UFBA, UFGO, UFMT e UFSCAR
4) Com os Centros — 1
UFPA.

5) Com as Coordenações de Estágio — 3


UFRPE, UFE e UFSC.
6) É iniciativa do aluno — 1
UFRRJ.
7) Normas em aprovação — 1
FUMA.

Seguem-se os números de respostas positivas, quanto à exis-


tência de normas para outros aspectos curriculares:

QUADRO 3.37
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EXISTÊNCIA DE NORMAS ACADÉMICAS
1973

N° de Universidades
Tipos de Normas com respostas positivas

Critérios para revisão de currículos 12


Critérios para aprovação de currículos 17
Critérios para integralização de currículos 15
Fixação de carga horária/disciplina 10
Criação de novos cursos 13

FONTE: Pesquisa direta - Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

481
Quadro 3.38.

Universidades Federais
Planejamento do ensino pelo Departamento — 1973

...
Prazos do Plano de Ensino
NP de Universidades
Semestral 9
Anual 4
Sem Prazo determinado 5

TOTAL 18

F O N T E : Pesquisa Direta - Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP

Quanto à avaliação do rendimento escolar, 8 (oito; Universi-


dades mantêm um órgão central para esta finalidade, com as se-
guintes denominações: Divisão de Avaliação e Métodos (UFCE),
Divisão de Ensino (UFPB), Divisão de Avaliação (UFBA), Comis-
são Permanente de Avaliação do Ensino (UNB), Divisão de Produ-
tividade (UFMT), Divisão de Organização Didática (FURG), As-
sessoria de Planejamento (UFPEL); em 2 (duas) existe o órgão
específico, porém não se obteve sua denominação. Em 3 outras
Universidades, são órgãos setoriais os encarregados desta ativida-
de.

Para aqueles que não mantêm órgãos específicos, a avalia-


ção do rendimento da aprendizagem é de responsabilidade de: Se-
cretaria Geral de Cursos (1), Departamentos (7), Professores (8),
Unidades de Apoio Didático (1). Não se obteve resposta de 2 Uni-
versidades .

A deficiência de rendimento escolar tem sido evidenciada em


15 Universidades, na área tecnológica, e em 4 na área biomédica,
sendo estas as áreas onde mais se acentua este problema. Por /
outro lado, dentre as 15 Universidades que declararam terem desen-
volvido estudos sobre as deficiências do rendimento escolar, somen-
te 3 consubstanciaram estes estudos em documentos.

O ensino a ser ministrado é planejado pelo departamento em


apenas 18 Universidades, sendo o período deste planejamento o que
se vê no quadro 3.38.

492
A evasão de alunos, pelo menos à primeira vista, não parece
onstituir-se em problema grave nas Universidades Federais bra-
sileiras.

A maioria delas declarou que a evasão "tem incidência redu-


zida" (13) ou simplesmente "não se evidencia o problema" (15);
"não foi possível ainda o estudo da questão" para 2 (FUMA e
UFBA) e "tem alta incidência" apenas na UFOIV.Em verdade, a
não evidenciação ou inexistência de estudos sobre o'problema nao
elimina a possibilidade de sua existência.

A função de orientação ao aluno durante todo o ano letivo


desenvolve-se em 8 Universidades; em 19 somente é dada a orien-
tação no ato da matrícula, e em 5 (UFPE, UFOP, FUBER, UFSCAR
e UFPEL) não há nenhuma orientação, segundo declaração dos
responsáveis pela Administração Académica dessas instituições.

O tempo de dedicação semanal às tarefas de orientação, para


aquelas onde isto ocorre, é variável, em duas Universidades; de-
pende do tempo disponível (uma), não é regulamentado (duas);
é o período normal de trabalho (uma) e 30 e 10 horas semanais
na UNB e FURG, respectivamente, órgão especializado de orien-
tação ao aluno existe em 7 Universidades, sendo que em duas este
órgão está definido no Estatuto (UFV e FURG), em 2 no Regi-
mento Geral (UFPE e UFRS), na UFBA no Regimento da Reito-
ria, na UFGO por Resolução e na UFMT por Portaria.

O relacionamento entre avaliação e controle do rendimento,


orientação do ensino, composição e cumprimento dos currículos e
planejamento do ensino, é medida de avaliação da qualidade do
ensino, assim como da implantação de instrumentos para o cum-
primento efetivo do conteúdo de Legislação de Reforma Univer-
sitária .

Em cumprimento à legislação, 18 (dezoito) das Universidades


instalaram órgãos colegiados para coordenação didática de seus
cursos; em 5 (cinco) outras, estes colegiados estão parcialmente
implantados (FUAM, UFPE, UFAL, UFES e UFRJ) e ainda não
existem em 8 (oito). Por grupos de Universidades estes órgãos as-
sim se encontram:

463
Q U A D R O 3.39
U N I V E R S I D A D E S FEDERAIS
E X I S T Ê N C I A DE COLEGIADOS DE CURSOS

GRUPO 1° 2? 39 4? 5? 6°
ESPECIAL GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO TOTAL
SITUAÇÃO
4 2 6 3 18
Implantação em todos os curso 2 1
3 1 1
Parcialmente implantados
Ainda não implantados 2 2 1 2 1
i
31
6 6 8 5 1
TOTAL 2 3

F O N T E : Pesquisa Direta - Convénio M E C / O A U - U F B A / I S P - 1973.

Quando da não existência dos órgãos colegiados propostos,


para todos os cursos, esta atividade de coordenação vem sendo
realizada, em maior frequência, ainda pelos antigos órgãos res-
ponsáveis por este mister, ou sejam, as Unidades (provavelmente
por seus diretores), Conselhos Departamentais e Congregações de
Unidades. Algumas Universidades (quatro) têm designadas pes-
soas como coordenadores dos cursos em funcionamento, e em San-
ta Catarina, segundo o responsável pela administração académi-
ca, é esta uma atribuição de uma Comissão de Ensino e Pesquisa.
Nesta última, seu estatuto prevê esta atribuição a um integrador
de curso. O Quadro 3.40 retrata o que se disse:
QUADRO 3.40
UNIVERSIDADES FEDERAIS
OUTROS ÓRGÃOS COM A T R I B U I Ç Ã O DE
COORDENAÇÃO D I D Ã T I C A DOS CURSOS
1973

ÓRGÃOS UNIVERSIDADES NP

Conselho Departamental F U A M , FUMA, UFPI, UFPB


UFOPeUFRJ
Congregação e Conselho
Departamental UFSE 1
Unidades UFRRJ 1
Coordenador de Curso UFPE, U F A L , U F E S e UFF 4
Comissão de Ensino e
Pesquisa UFSC 1

TOTAL 13

FONTE: Pesquisa Direta - Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP - 1973.

Vale ressaltar que a maioria das Universidades (vinte e qua-


tro) estabeleceu normas para a instituição dos colegiados de cur-
sos, embora destas, poucas as puseram em prática. Entretanto, 4
(quatro) estão por disciplinar esta questão, fator decisivo na
transformação da Universidade. Estas foram a UFAL, UFOP,
UFRRJ e UFSC; não se obteve resposta de três Universidades
(FUMA, UFSE e UFPEL).
Em 23 (vinte e três) Universidades onde os colegiados de
curso estão em funcionamento, parcial ou totalmente, a repre-
sentação dos seus integrantes sofre variação. A representação
departamental unitária ocorre em 6, a representação departa-
mental proporcional ao número de créditos para integralizaçao

464
do curso em 2, e a representação majoritária do departamento
que abrange o campo de conhecimento respectivo, em 3; as de-
mais não responderam à questão.
Nas Universidades onde atuam os colegiados de cursos, a su-
pervisão e controle de suas atividades é realizada por diferentes
órgãos da Administração Central, como pode ser visto no Qua-
dro 3.41.
QUADRO 3.41
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ÓRGÃOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS
COLEGIADOS DE CURSOS - 1973

ÓRGÃOS UNIVERSIDADES

Comissão de Implantação da Reforma


Universitária 2
Conselho de Ensino e Pesquisa 7
Coordenação de Controle Académico 2
Assessoria de Ensino 1
Conselho de Curadores 1
Pró-Reitoria ou Sub-Reitoria de
Ensino e Pesquisa 3
Conselho ou Direção Setorial 2
Não responderam 5
TOTAL 23

FONTE: Pesquisa Direta - C o n v é n i o MEC/DAU-UFBA/ISP-1973.

Conclui-se que a coordenação didática dos cursos nos ter-


mos pretendidos pela Legislação Reformadora, embora experi-
mentada em mais de 50% das Universidades Federais, ainda está
a depender de definições, seja quanto à composição dos órgãos,
ou à sua localização na estrutura, ou até mesmo quanto a suas
competências. Mais ainda, está ela a depender da imposição de
sua instalação, onde sequer foram implantados.
A supervisão e controle destes órgãos, por consequência, se
dispersa em variados níveis de Conselhos setoriais, Assessorias,
Conselho de Ensino e Pesquisa e até mesmo Conselho de Cura-
dores.
Se o problema persiste em Universidades nas quais se intro-
duziram colegiados, que dizer daquelas onde ainda sobrevivem
Congregações e Conselhos Departamentais com as suas antigas
funções, a despeito e à revelia total da Legislação, da Reforma?
3. 1.2 — ENSINO DE POS-GRADUAÇAO

Apesar de algumas experiências em nível de pós-graduação


já existentes no início da década de 1960, e ainda após a criação
da Universidade de Brasília, com sua ênfase na pós-graduação
como mecanismo de capacitação e renovação docente e de estí-
mulo à Pesquisa, até o fim de 1965 inexistia qualquer definição
substantiva sobre o assunto na legislação brasileira.

465
O Artigo 69.° da Lei de Diretrizes e Bases, em que são enu-
merados os tipos de cursos a cargo das universidades, refere-se
aos cursos de pós-graduação em termos puramente categóricos
como aqueles "abertos à matrícula de candidatos que hajam con-
cluído o curso de graduação e obtido o respectivo diploma", en-
quanto o Estatuto do Magistério Superior, dentro do espírito do
modelo de docência superior contido na estrutura da Universi-
dade de Brasília, vincularia de modo explícito a pós-graduação
ao magistério, atribuindo ao Conselho Federal de Educação a
tarefa de conceituar tais cursos e fixar suas "respectivas carac-
terísticas".
3.1.2.1 — CONCETTOAÇAO E POLITICA NACIONAL DE
PÔS-ORADUAÇAO

Em 1965, diante da expansão de iniciativas de um modo ou


de outro relacionados com o desenvolvimento de um nível pós-
graduado de ensino, o Ministério da Educação procurou definir
a matéria através de minucioso parecer do Prof. Newton Sucu-
pira, aprovado em dezembro do mesmo ano pelo Conselho Fe-
deral de Educação (Parecer 977/65).
Embora ainda não inteiramente assimilado na prática da
vida universitária e nem mesmo talvez dos programas de pós-
graduação que rapidamente se vêm implantando no país, o Pa-
recer 977/65 constitui uma definição explícita do Governo Fe-
deral frente a um dos componentes críticos do movimento de
Reforma Universitária, até então vacilante entre modelos mais
ou menos permissivos de estruturação da pós-graduação. Como
se sabe, coexistiam então o modelo elitista e liberal europeu, cor-
porificado nos doutorados da USP, com até as formas mais es-
truturadas de cursos do género dos mestrados profissionais ame-
ricanos, representados pelos programas de Viçosa e, posterior-
mente, da COPPE/UFRJ.
O Parecer 977/65 estabelece, de acordo com os termos do Ar-
tigo 69 supracitado, da Lei de Diretrizes e Bases, a pós-gradua-
ção como matéria de cursos regulares, de doutorado e mestrado.
distintos dos cursos de especialização, aperfeiçoamento e exten-
são, ao tempo em que firma o princípio de controle sobre tais
cursos, da parte do Conselho Federal de Educação, por meio de
sistema de acreditation do tipo vigente nos Estados Unidos. Em
ambos os casos, a intenção explícita no Parecer é a de proteger
a atividade emergente no sistema federal de ensino superior, e
por difundir-se de um modo geral no país, dos riscos da hete-
rogeneidade e da baixa qualidade. Assim o Parecer aduz à refe-
rência especial da Lei a cursos de pós-graduação, em separado da
referência a cursos de especialização, aperfeiçoamento e extensão,
a exigência de matrícula quanto aos primeiros e a restrição a
candidatos possuidores de diplomas de nível superior, condição
não exigida para os demais tipos de cursos, para concluir que a
pós-graduação sensu stricto é "o sistema de cursos regulares que

466
se superpõem à graduação, visando desenvolver... os estudos
tos nos cursos de graduação e conduzindo à obtenção de 6grau
académico".
Por outro, reconhecendo que "o Estatuto (do Magistério Su-
perior) não confere privilégio a esses cursos para o exercício do
magistério", dispensando-os de submeterem-se a regulamentação,
o Parecer adverte, em favor do estabelecimento de alguma forma
de controle sobre sua criação e funcionamento: "a ser criada in-
discriminadamente, a pós-graduação, na maioria dos casos, se li-
mitará a repetir a graduação, já de si precária, com o abastarda-
mento inevitável dos graus de Mestre e Doutor".
^ Assumindo a tarefa de "caracterizar estes cursos em seus
aspectos fundamentais, evitando-se estabelecer padrões rígidos
que viessem a prejudicar a flexibilidade essencial a toda pós-
graduação", o Parecer estabelece os seguintes princípios:

a) escalonamento de pós-graduação em dois níveis, o de


mestrado e o de doutorado;
b) autonomia relativa entre mestrado e doutorado, não
sendo, obrigatoriamente, o primeiro, requisito para ins-
crição no segundo, e podendo-se criar cursos de doutora-
do sem que a mesma instituição mantenha mestrado na
mesma área;
c) distinção entre graus académicos ou de pesquisa e graus
profissionais, discriminados, em cada caso, de acordo
com os respectivos campos;
d) estratificação do programa de estudo em uma primeira
fase de frequência a aulas e seminários, e uma segunda
de pesquisa e preparação da dissertação ou tese:
e) estruturação curricular bipartite, compreendendo maté-
rias da área de concentração e matérias complementares
escolhidas de área afim ou "domínio conexo";
f) flexibilidade na composição dos programas individuais
de estudo;
g) fixação de duração mínima, em vez de duração unifor-
me, de modo a garantir mais flexibilidade na organiza-
ção de programas individuais de estudo;
h) fixação de carga máxima de trabalhos escolares, não su-
perior a 360 e 450 para o mestrado e doutorado, de modo
a conceder ao aluno certa margem de tempo para seus
estudos e trabalhos de pesquisa individuais;
i) regime de estudo com grande ênfase na participação
ativa do aluno; daí a sugestão de realização da pós-gra-
duação em tempo integral, pelo menos quando em sua
duração mínima;
j) rigorosa seleção intelectual dos candidatos;
k) coordenação central da pós-graduação académica ou de
pesquisa;
1) exigência de credenciamento do curso, para que os di-
plomas possam produzir efeitos legais.

467
Em substância, o Parecer confirma a concepção, em desen-
volvimento no início da década de 60, da pós-graduação como me-
canismo de formação de professores para atender à expansão
quantitativa e garantir a elevação dos níveis de qualidade do en-
sino superior, de estímulo ao desenvolvimento da pesquisa cien-
tífica, por meio da preparação de pesquisadores e de treinamento
de pessoal para as tarefas do desenvolvimento nacional, assina-
lando sua função precípua e permanente de "oferecer, dentro da
universidade, o ambiente e os recursos adequados para que se
realize a livre investigação científica e onde possa afirmar-se a
gratuidade criadora das mais altas formas de cultura univer-
sitária".
No intuito, entretanto, de precisar o teor pedagógico dessa
atividade, o Parecer lhe atribui o caráter de "regime especial
de cursos" ou "ciclo de cursos regulares... sistematicamente or-
ganizados. ..", cuja legitimidade virá a ser condicionada à satis-
fação de critérios centralmente estabelecidos e verificados pelo
Ministério da Educação e Cultura.
Em seu caráter de atividade permanente e regulamentada
de ensino, que a legislação subsequente vem progressivamente
fixando e que a prática imposta pelas exigências da legislação
referente ao magistério superior em grande medida a concebe,
é que a pós-graduação constitui um componente do conjunto de
medidas adotadas a partir de 1966, de reestruturação das Uni-
versidades federais brasileiras.

O Relatório do Grupo de Trabalho da Reforma Universitária


(GTRU), instituído pelo Decreto Lei 62.937 de 2 de julho de
1968, retoma a linha de interpretação da pós-graduação segundo
o citado parecer 977/65, incorporando-a de modo definitivo às
providências de reestruturação das Universidades federais, ence-
tadas a partir de 1966.
Com efeito, afirma o Relatório, praticamente com as mesmas
palavras do Parecer, que:
"na Universidade moderna a pós-graduação constitui, por
assim dizer, a cúpula de estudos, o nível de cursos em que se desen-
volve a pesquisa cientifica, se formam os quadros do magistério
superior e se afirma a gratuidade criadora das mais altas formas
de cultura universitária. A implantação sistemática dos estudos
pós-graduados é condição básica para transformar a Universi-
dade brasileira em centro criador de ciências, de cultura e de no-
vas técnicas".
"No que concerne à Universidade brasileira, os cursos de
pós-graduação, em funcionamento regular, quase não existem.
O resultado é que, em muitos setores das ciências e das técnicas,
o treinamento de nosso cientista e especialistas há de ser feito
em Universidades estrangeiras. Além disso, uma das grandes fa-
lhas de nosso sistema universitário está praticamente na falta
de mecanismos que assegurem a formação de quadros docentes.

468
Desta forma o sistema fica impossibilitado de se reproduzir sem
rebaixamento dos níveis de qualidade. Daí a urgência de se pro-
mover a implantação sistemática dos cursos pós-graduados a fim
de que possamos formar nossos próprios cientistas, professores,
bem como tecnólogos de alto padrão..."
De modo inequívoco o Relatório do GTRU assegura que, sen-
do a pós-graduação "o lugar, por excelência, onde se formam os
professores qualificados do ensino superior, sem ela não podere-
mos melhorar nossos cursos de graduação", indicando a necessi-
dade de providências específicas a respeito, por parte do Governo
Federal.
Com efeito, menos de dois meses depois, em 1.° de outubro
de 1968, era assinado o decreto que instituiria os Centros Regio-
nais de Pós-Graduação, cujo primeiro dos objetivos explicitados
seria o de "formar professorado competente para atender à ex-
pansão do ensino superior, assegurando, ao mesmo tempo, a ele-
vação dos atuais níveis de qualidade" (Dec. n.° 64.343/68).
Por sua vez, a primeira lei sobre o ensino superior promul-
gada após o trabalho do GTRU, a Lei 5.539 de 27 de novembro
seguinte, modificando a Lei 4.881-a/65 (Estatuto do Magistério
Superior), viria a estabelecer o prazo máximo de quatro anos,
para que viesse o auxiliar de ensino a obter "certificado de apro-
vação em curso de pós-graduação, sem o que seu contrato não
poderá ser mais renovado".
Segue-se a Lei 5.540 de 8 de novembro, fixando as "normas
de organização e funcionamento do ensino superior", e que es-
tabelece que "a formação e o aperfeiçoamento do pessoal docen-
te de ensino superior obedecerá a uma política nacional e re-
gional . . . "
Promulgada em meio a outros diplomas normativos que fa-
zem explícita referência à pós-graduação como condição para a
docência universitária, a Lei 5.540 e outras disposições contem-
porâneas e subsequentes, tendem a sugerir uma forte associação
entre pós-graduação e docência. Assim, pelos anos subsequen-
tes, a pós-graduação sensu stricto tendeu a assumir o caráter de
único meio reconhecido de qualificação formal de pessoal para o
ensino superior Os inconvenientes dessa exclusiva associação,
por sua vez, passaram a ser apontados com crescente insistência,
culminando na comunicação apresentada pelo Prof. Roberto F.
Santos, Presidente do Conselho Federal de Educação, ao VI Semi-
nário de Assuntos Universitários, em maio de 1973 — "A forma-
ção de professores para o ensino superior".
Entretanto, a vinculação exclusiva ou preferencial da do-
cência à obtenção de grau de pós-graduação e, mais ainda, em
curso regularmente credenciado, assumiu sua forma mais explí-
cita no Decreto Lei 465/69, que estabelece normas complementa-
res à Lei 5.539/68 sobre o Magistério Superior.

489
Possivelmente responsável pela implantação de grande parte
dos cursos de pós-graduação, a exigência de graus de pós-gradua-
ção para o exercício da docência em nível superior acompanhou-
se, à medida em que se fazia expressa na legislação, da exigência
de que tais graus fossem obtidos em cursos regulares ministrados
em instituições expressamente credenciadas para tal fim pelo Mi-
nistério da Educação e Cultura.

Na verdade, desde 1968, o artigo 24 da Lei 5.540 estabelecia


que "o Conselho Federal de Educação conceituará os cursos de
pós-graduação e baixará normas gerais para sua organização,
dependendo sua validade, no território nacional, de os estudos
neles realizados terem os cursos respectivos, credenciados por aque-
le órgão".

O Conselho evidentemente poderia dispensar-se então de con-


ceituar tais cursos já minuciosamente definidos quatro anos an-
tes, no Parecer 977/65, porém faltava-lhe estabelecer as normas de
seu credenciamento. E assim, na mesma data da assinatura do
Decreto Lei 465/69 extensamente citado acima, aprovava o pro-
jeto de normas apresentado, em Parecer 77/69, pelo mesmo autor
do Parecer 977/65, Prof. Newton Sucupira.

As normas de credenciamento não só especificam requisitos


para tal fim, como completam o próprio entendimento da pós-
graduação. Como requisitos, o Parecer 77/69 relaciona exigências
relativas à demonstração de viabilidade dos cursos em termos da
.disponibilidade de pessoal docente qualificado, de recursos fi-
nanceiros, de instalações, equipamentos, laboratórios e bibliote-
cas e de regime didático conforme concebido no Parecer 677/65.
Além disso, o Parecer admite a possibilidade, em caráter ex-
cepcional, de instituições científicas e culturais ministrarem tais
cursos, não restringindo portanto a pós-graduação ao âmbito das
instituições de ensino e muito menos das Universidades. Nisto
confirma-se a grande importância atribuída à associação entre
pesquisa e ensino pós-graduaçao reiterada adiante na exigência
de que para o doutorado "a instituição se encontre em condições
de desenvolver programas de pesquisa avançada com participação
de professores do curso". Por outro lado, exige-se que pelo menos
parte do corpo docente, 40% no caso de cursos na área básica, e
20% nas áreas técnicas-profissionais, esteja em regime de tempo
integral.
A questão do credenciamento não esgota contudo os proble-
mas que cercavam então, para a administração federal, o desen-
volvimento da pós-graduação no país.
O Parecer 977/65 reconhece a restrita experiência brasileira
nesse nível de ensino, e o Grupo de Trabalho da Reforma Univer-
sitária assinala o problema em termos de um dilema entre a ne-
cessidade de implantar o sistema e a precariedade de condições
favoráveis a tal fim.
470
"Inicialmente, afirma o Relatório do GTRU, defrontamos
a opinião segundo a qual não poderemos pensar em desen-
volver a pós-graduação se ainda não conseguimos elevar o ní-
vel de eficiência de nossos cursos de graduação. Faltar-nos-ia
a infraestrutura necessária à implantação dos cursos pós-gra-
duados. Este argumento nos conduz a verdadeiro círculo vi-
cioso. Se a pós-graduação é o lugar, por excelência, onde se
formam os professores qualificados do ensino superior, sem ela
não poderemos melhorar nossos cursos de graduação. Ou então
teríamos que recorrer indefinidamente à formação pós-graduada
no estrangeiro, com risco de perdermos nossos melhores cientistas
como ocorre atualmente. Temos, portanto, de romper o circulo
vicioso. Nas condições atuais, não podemos esperar que as Uni-
versidades, por sua própria iniciativa, resolvam o problema a cur-
to prazo.
. . . Daí a necessidade de se promover uma política nacional
de pós-graduação que coordene esforços e mobilize recursos ma-
teriais e humanos". '
Define-se portanto o GTRU em favor de uma ação que se
propõe instaurativa, na expressão do Prof. Newton Sucupira, de
um dos componentes críticos da Reforma Universitária: Reconhe-
cendo que "existem no Brasil, espalhados por várias Universida-
des pesquisadores capacitados, trabalhando isoladamente, e, mui-
tas vezes, sem meios adequados ( . . . ) e que "toda a questão é con-
centrar recursos em determinadas áreas, o Relatório aponta a so-
lução que viria a assumir considerável proeminência nos anos
imediatos ao trabalho do Grupo, entre as preocupações dos legis-
ladores da Reforma Universitária: a criação de Centros Regionais
de Pós-Graduação (SRP—G).
A ideia da criação de CsRsP—G conduziu a um esforço rela-
tivamente grande de definição normativa, tendo sido objeto do
Decreto 63.343/68, que dispõe sobre sua instituição, do Decreto
64.085/69, de instituição de uma Comissão Executiva do Pro-
grama de Implantação dos mesmos, e do Decreto 67.350/70, dis-
pondo sobre a implantação em si.
Como no caso das Normas de Credenciamento as justificati-
vas em favor da criação dos Centros Regionais, a enumeração de
seus objetivos e outras disposições contidas nos decretos citados,
contribuem para explicitar o conceito de pós-graduação que se
firmava então, entre as autoridades federais.
Assim o Decreto 63.343 recorre, entre outros, a três argu-
mentos em favor de tal criação:
" . . . a importância fundamental da pós-graduação para a
pesquisa científica e a formação de professores do ensino supe-
rior e de tecnólogos de alto padrão";
"a necessidade de se oferecerem adequadas condições aos ci-
entistas brasileiros e de se estimular o retorno dos que se encon-
tram no estrangeiro";
"a existência de cursos de pós-graduação é matéria de inte-

471
resse nacional, tendo em vista a expansão e o aprimoramento do
ensino superior e a necessidade de desenvolvimento da pesquisa
científica e tecnológica..."
Além de relacionar, como objetivos dos CsRsP—G, a forma-
ção de pessoal para o ensino superior, a preparação de pesquisa-
dores e de técnicos e a criação de condições favoráveis ao traba-
lho científico, de modo a estimular a fixação dos cientistas no
país, o Decreto 63.343 determina no Parágrafo 2.° do Artigo 3.°
que, "na instituição dos Centros, serão escolhidos prioritariamente
setores vinculados à expansão do ensino superior e ao desenvol-
vimento nacional em seus diferentes aspectos".
3.1.2.2 — ENSINO DE PÔS-GRADUAÇAO NO BRASIL

É na perspectiva da "doutrina" que se expressa nas disposi-


ções normativas relativas à pós-graduação, que se terá que ava-
liar o grau de implantação da Reforma Universitária a esse nível.
O caráter em grande parte instaurador da reforma no to-
cante à pós-graduação, não pode desconhecer nem a existência
de experiências anteriores à legislação da reforma e até mesmo à
década de 60, nem a significação do movimento de reforma uni-
versitária, iniciado na década anterior. Contudo, dado o reduzido
número de programas existentes até o meado dos anos 60, é pos-
sível dispensar-se, numa análise menos minuciosa, a consideração
pela pós-graduação antes da Lei 5.540/68.
Em 1971, último ano para o qual se dispõe de dados agrega-
dos para todo o país, a situação da pós-graduação no Brasil apre-
senta três características significativas: a sua reduzida partici-
pação no conjunto das atividades de ensino superior, representa-
das pela matrícula geral e pelas conclusões da graduação; a sig-
nificativa participação do Governo Federal nesse nível de ensino,
quando excetuado o Estado de São Paulo; e a alta concentração
dos cursos, matrículas e docentes na Região Sudeste, bem como
a sua ausência total na Região Norte (Vide Quadro 3.42).
A participação do Governo Federal no ensino em nível de
pós-graduação é surpreendentemente significativa em todos os Es-
tados (a exceção de São Paulo — 2,8% do total), não apenas com
relação ao volume de matrícula em cursos de doutorado e mes-
trado como, também, em referência ao corpo docente.
Para compreender-se entretanto o significado da pós-gradua-
ção no sistema federal de ensino superior, foi utilizado um índice
levantado a partir do número de cursos de mestrado e doutorado
existentes, em função do volume de cursos de graduação em 1973
(Vide Quadro 3.43).
A observação mais significativa a ser feita aqui, é a de que
acumulando-se com as diferenças regionais ressaltam as diferen-
ças entre grupos de Universidades, segundo a categorização ado-
tada neste trabalho, com vantagens inequívocas para as antigas

472
QUADRO 3.42
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ENSINO DE PÓS G R A D U A Ç Ã O POR ESTADOS E REGIÕES 119741
Universidades especializadas (2.° Grupo) e para as grandes Uni-
versidades antigas (Grupos 5.° e 6.°). Note-se que não há pós-
graduações nos Grupos 1.° e 3.°. E no Grupo 4.° a relação entre
cursos de pós-graduação e de graduação distancia-se relevante-
mente das demais (Vide Quadro 3.43).
Superpondo-se a distinção por grupos com a localização por
regiões, as diferenças acima referidas tornam-se ainda mais sig-
nificativas. Assim não só as Universidades dos Grupos 2.° e 6.°
(UFV, UFF e UFRJ) — as melhores situadas quanto à signifi-
cação interna da pós-graduação — estão na Região Sudeste, bem
como no Grupo 5.° têm melhor situação outras Universidades da
Região — i.e. UFMG e UFRS.
Pelo Quadro 3.43 veriflca-se a relação existente entre a ofer-
ta das duas modalidades de curso: graduação e pós-graduação.
Ressalta-se a grande discrepância entre os resultados obtidos, va-
riando a proporção desde 30 cursos de graduação por 1 de pós-
graduação na UFPA, a uma relação inversa e igual a 0,8 para
a UFRJ. Nota-se que as Universidades mais antigas revelam os
mais baixos coeficientes.
QUADRO 3.43
UNIVERSIDADES FEDERAIS
G R A U DE SIGNIFICAÇÃO DE PÔS-GRADUAÇÃO POR UNIVERSIDADES E POR GRUPOS
DE UNIVERSIDADES
1973

INDICADORES CURSOS DE PÔS-GRADUAÇÃO CURSOS DE G R A D U A Ç Ã O


UNIVERSIDADES A B B/A

UFPA t 30 30.0
UFCE 5 26 5,2
UFPB 3 24 8.0
UFPE 19 40 2.1
UFRPE 2 8 4.0
UFBA 10 44 4.4
UFMG 25 34 1.4
UFV 7 8 1.1
UNB 7 32 4.6
UFGO 1 22 22.0
UFRJ 55 45 0,8
UFRRJ 3 13 4.3
UFF 15 28 1.9
UFPR 6 32 5.3
UFSC 6 20 3.3
UFRS 25 41 1.6
UFSM 4 30 7,5

SUB - TOTAL 194 477 2,5

GRUPO ESPECIAL _ 36
1°GRUPO — 44 —
29 GRUPO 12 52 4,3
3° GRUPO — 114 —
4°GRUPO 33 216 6,6
5? GRUPO 94 187 2,0
6P GRUPO 55 45 0.8

TOTAL 194 694 3,6

FONTE: Informações Gerais Estatísticas


CONVÉNIO MEC/DAU - UFBA/ISP - 1973.
474

_
3.1 2-3 — A PÔS-GRADUAÇAO NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS

Restrita a bem poucas Universidades até o fim da última dé-


cada, a pós-graduação constitui, para o sistema federal de en-
sino superior, uma atividade ainda ambiguamente percebida e
possivelmente procurada e implementada mais por força de exi-
gências normativas superiores do que por efeito de um amadu-
recimento do próprio ensino universitário.
Independentemente das razões que possam explicar a situa-
ção, é necessário reconhecer que um dos sintomas da posição
ainda marginal da pós-graduação no sistema é a própria ausên-
cia de informação, datando de pouco tempo as primeiras tenta-
tivas satisfatórias de registro, a nível nacional, das atividades em
desenvolvimento nesse grau de ensino.
No conjunto dos instrumentos usados no presente projeto,
as informações diretas sobre a pós-graduação derivam basica-
mente de duas fontes: da administração central das Universida-
des, ao relacionarem os cursos que mantêm, em formulário pre-
enchido diretamente, e da resposta de uma amostra de 17 coor-
denadores de colegiados de cursos desse nível.
O primeiro tipo de informação, confrontado com dados de
outras fontes, em particular de catálogos, permitiu listar 194
cursos em funcionamento de pós-graduação, contados como um
os casos de cursos de mestrado e doutorado mantidos por uma
mesma instituição. Esse total e as parcelas por Universidades
são, apesar de tudo, ainda algo duvidoso. As declarações pres-
tadas registram em vários casos, alguns possivelmente não cor-
rigidos devido à absoluta ausência de informação secundária, cur-
sos em planejamento junto a cursos em execução, bem como
cursos de aperfeiçoamento e especialização junto a mestrados e
doutorados.

Devido à ausência de informações sobre vários casos e à in-


consistência entre os dados retirados de diferentes listas, foi im-
possível levar em conta dados sobre a população discente.
Utilizando os depoimentos e alguns documentos fornecidos
pelos chefes dos 17 colegiados de curso entrevistados, tentou-se
caracterizar a pós-graduação do ponto de vista de sua organi-
zação acadêmico-administrativa.

Uma consideração "ainda que sumária da questão chama a


atenção para os seguintes pontos:

Os programas estudados têm caráter pluridimensional e até


mesmo pluri-escolar, e tendem geralmente a dar lugar à repre-
sentação, nos seus órgãos colegiados, por disciplina ou por de-
QUADRO 3.44
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CURSOS E PRIORIDADES DE EXPANSÃO DA PÓS GRADUAÇÃO NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS (19731
partamento, de modo que se poderia concluir, para os casos rela-
cionados, que é relativamente alta a significação do vínculo com
um ou vários departamentos.

Na maioria dos casos, seja por meio da designação dos mem-


bros dos colegiados, seja do coordenador, a coordenação direta
dos programas submete-se a um regime de confiança, i. e., vin-
cula-se diretamente a autoridades superiores — (reitor, diretor
de unidade ou conselho superior).
Por outro lado, estão sob a responsabilidade da coor-
denação imediata (unipessoal ou em colegiado) praticamente
todas as funções de administração académica, inclusive algumas,
como a aprovação de programas e outras características das dis-
ciplinas ministradas, que, nos termos da reforma deveriam caber
aos departamentos. Em vários casos os colegiados também ab-
sorvem funções da administração central, tais como o registro
escolar, o processamento de matrícula e a fixação de número de
vagas.
Não só a partir dos dados contidos nas tabelas menciona-
das, mas de outras informações registradas em questionários res-
pondidos por autoridades centrais, depreende-se um grau inci-
piente de formalização do sistema de administração de pós-gra-
duação. Assim, o registro escolar geralmente não está centrali-
zado, enquanto há poucas definições precisas sobre a carga má-
xima ou mínima de créditos passíveis de serem completados por
período escolar, ou sobre o valor/hora dos créditos práticos e de
estágio. Na maioria dos casos, são informais as reuniões do co-
legiado ou do coordenador e Corpo Docente, e em muitos casos
a pós-graduação não dispõe de norma específica. Novamente aí
se revela o caráter embrionário de uma função que apenas começa
a adquirir organicidade.
É notória também a ausência de representantes estudantis
nos colegiados, ao tempo em que, em contraste com a gradua-
ção, alguns deles dão assento a representantes de órgãos finan-
ciadores.

Há que se considerar o número de colegiados entrevistados,


exclusivamente os das UFCE, UFBA, UFMG, UNB, UFRJ e UFSC,
o que não autoriza a generalização das afirmações anteriores.
Contudo, certos aspectos salientados indicam pelo menos duas
características dominantes nos cursos de pós-graduação: um certo
grau de flexibilidade ou ambiguidade nas soluções de problemas
de administração académica, e uma forte tendência a adminis-
trações de caráter autoritário, de responsabilidade ou de predo-
minância unipessoal. É fora de dúvida que tais características
decorrem em grande parte do estágio incipiente do processo de
implantação desses cursos, cujo caráter inovador requer a ado-
ção de uma atitude experimentalista.
477
Ê possível também que a desobediência das coordenações de
pós-graduação ao modelo geral dos colegiados de curso denun-
ciem, de um lado, deficiências do modelo em si, que se mostra-
ria inviável em situações mais criadoras que a coordenação em
nível de graduação, e, de outro, as peculiaridades da pós-gradua-
ção, cujo desenvolvimento neste momento, no país, há de refle-
tir significados e funções que a diferenciam de modo crítico da
graduação.

Os quadros què se seguem revelam alguns dados quantita-


tivos de real significação a respeito da situação da pós-gradua-
ção nas Universidades Federais.
Dos 194 cursos existentes, 67% são de áreas de Ciências Bio-
lógicas e Profissões de Saúde e das Ciências Exatas e Tecnolo-
gia. Nas Ciências Agrárias são oferecidos 21 cursos, localizan-
do-se 30% destes na UFV (ver Quadro 3.45). Para aqueles cur-
sos sobre os quais se obtiveram informações sobre o ano de ins-
talação, predomina o período 1966 a 1973. Somente 44 dos 194
cursos existentes estão credenciados pelo CFE, i. e., 23% des-
tes.
Consultadas as Universidades sobre a perspectiva de expan-
são da pós-graduação, a julgar pelas que ofereceram resposta,
permanece a predominância da área das Ciências Exatas e Tec-
nologia, Ciências Biológicas e Profissões de Saúde, Educação, Ci-
ências Humanas e, por último, as Ciências Agrárias.

478
QUADRO 3.46
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CURSOS DE MESTRADO E DOUTORADO EM FUNCIONAMENTO
1973
Q U A D R O 3.46
U N I V E R S I D A D E S FEDERAIS
CURSOS DE M E S T R A D O - 1973

UNIVERSIDADES CIÊNCIAS E X A T A S E TECNOLOGIA CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CIÊNCIAS A G R A R I A S CIÊNCIAS H U M A N A S LETRAS


E PROFISSOES TOTAL
DASAÚDE

UFRPE BOTÂNICA CIÊNCIAS A G R Í C O L A S 3


UFV FITOTECNIA
ZOOTECNIA
ECONOMIA RURAL
MICROBIOLOGIA A G R Í C O L A
FISIOLOGIA V E G E T A L
EXTENSÃO RURAL
E N G E N H A R I A AGRÍCOLA
UFPA GEOFÍSICA 1
UFCE MATEMÁTICA BIOQUÍMICA FITOTECNIA ECONOMIA s
ECONOMIA RURAL
um E N G E N H A R I A CIVIL
E N G E N H A R I A DE SISTEMA
ENGENHARIA ELETRONICA
UNB FÍSICA BIOLOGIA CELULAR
MATEMÁTICA ECONOMIA
QUÍMICA ANTROPOLOGIA
MATEMÁTICA
UFSC E N G E N H A R I A MECÂNICA
E N G E N H A R I A ELETRICA
ENGENHARIA INDUSTRIAL
FÍSICO-QUÍMICA
UFSM 4

UFPR GEODESIA BIOQUÍMICA


GENETICA H U M A N A
B I O D I N Â M I C A E PRODUTO DOSOLO
E N G E N H A R I A FLORESTRAL
EDUCAÇÃO
HISTÓRIA •
ENTOMOLOGIA
ECONOMIA LETRAS
FÍSICA BOTÂNICA SOCIOLOGIA
FÍSICO QUÍMICA BIOQUÍMICA HISTORIA
QUÍMICA ORGÂNICA OFTALMOLOGIA DIREITO
DOENÇAS INFECCIOSAS
GEOLOGIA S E D I M E N T A R E TROPICAIS
CIRURGIA
PEDIATRIA
A N A T O M I A PATOLÓGICA
N U T R I Ç Ã O EM SAÚDE

UFSA QUÍMICA BIOLOGIA E FISIOLO ECONOMIA 10


GEOFÍSICA GIO VEGETAL EDUCAÇÃO
MEDICINA INTERNA CIÊNCIAS H U M A N A S
MATEMÁTICA A N A T O M I A PATOLÓGICA
HUMANA
UFF GEOQUÍMICA CIRURGIA GASTROENTE FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO HISTORIA LETRAS 15
E N G E N H A R I A OPERACIONAL ROLOGIA ANIMAL E INSEMINAÇÃO ANI EDUCAÇÃO
ENGENHARIA CIVIL PNEUMOLOGIA MAL
FIBICA CIRURGIA TORAX1CA
MATEMÁTICA ANATOMIA PATOLÓGICA
D E R M A T O L O G I A E SIFI
LOGRAFIA
CIRURGIA BUCOMAXI
LO FACIAL
UFMG FÍSICA
MATEMÁTICA
BIOQUÍMICA
FISIOLOGIA
M E D I C I N A VETE R1NARIA
ZOOTECNIA
CIÊNCIAS POLITICAS
ADMINISTRAÇÃO
LETRAS 24
QUÍMICA MICROBIOLOGIA DIREITO
ENGENHARIA ELETRICAA MORFOLOGIA EDUCAÇÃO
ENGENHARIA SANITÁRIA PARASITOLOGIA ECONOMIA REGIONAL
ENGENHARIA TÉRMICA CIRURGIA
CIÊNCIAS TÉCNICAS NUCLEARES G I N E C O L O G I A E OBSTE
TRICIA
MEDICINA TROPICAL
PATOLOGIA
UFRS CIÊNCIA OA COMPUTAÇÀO
ENGENHARIA CIVIL
BIOQUÍMICA
BOTÂNICA
FITOTECNIA ADMINISTRAÇÃO
ECONOMIA
LETRAS 26
GEOCIÊNCIAS ANALISE SINT CONT PEDOLOGIA EDUCAÇÃO
HIDROLOGIA APLICADA MÉDICA SOCIOLOGIA E CIÊNCIAS POLITICAS
METALURGIA GASTRO ENTEROLOGIA E C O N O M I A RURAL
FÍSICA NEUROLOGIA SOCIOLOGIA RURAL
PNEUMONIA
O D O N T O L O G I A SOCIAL
P A R A S I T O L O G I A E DO
ENÇAS PARASITARIAS
FISIOLOGIA ANIMAL
UFRJ MATEMÁTICA GENÉTICA FILOSOFIA LÍNGUA E LITERATURA 56
FÍSICA CARDIOLOGIA HISTÓRIA FRANCESA
Q U Í M I C A INORGÂNICA ANGlOLO G IA COMUNICAÇÃO LÍNGUA E LITERATURA
Q U Í M I C A ORGÂNICA C I R U R G I A GERAL ANTROPOLOGIA SOCIAL PORTUGUESA
FÍSICO Q U Í M I C A DERMATOLOGIA LÍNGUA LATINA
BIOQUÍMICA DOENÇAS INFECCIOSAS LÍNGUA E LITERATURA
GEOGRAFIA E PARASITARIAS INGLESA
GEOLOGIA ENDOCRINOLOGIA L I T E R A T U R A BRASILElR
ENGENHARIA QUÍMICA GASTRO ENTEROLOGIA TEORIA L I T E R Á R I A
E N G E N H A R I A MECÂNICA ORTOPEDIA E T R A U M A LINGUISTICA
ENGENHARIA METALÚRGICA TOLOGIA FILOLOGIA
E N G E N H A R I A ELETRICA REUMATOLOGIA POÉTICA
ENGENHARIA CIVIL PEDIATRIA
E N G E N H A R I A DA PRODUÇÃO PSIQUIATRIA
ENGENHARIA NAVAL PNEUMOLOGIA E T I S I O
E N G E N H A R I A NUCLEAR LOGIA
E N G E N H A R I A BIOMÉDICA FARMACÊUTICA
E N G E N H A R I A DE SISTEMAS E BIOFÍSICA E FISIOLO
COMPUTAÇÃO
ECOLOGIA MICROBIOLOGIA
QUÍMICA DOS PRODUTOS NA. CLINICA OBSTÉTRICA
NUTROLOGIA
RADIOLOGIA
ENFERMAGEM
ZOOLOGIA
BOTÂNICA
UFARJ Q U Í M I C A ORGÂNICA PARASITOLOGIA A N I M A L 3
CIÊNCIA DO SOLO
TOTAL
• 31 13 193
FONTE Informação Gerais e E s t a t i s t i c a UFBAJISP. 1973
QUADRO 3.47
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CURSO DE DOUTORADO - 1973
3.1.3 — OUTROS ENSINOS

Admitindo-se a amplitude desta denominação decidiu-se tra-


tar dois aspectos considerados de importância na atuação das (ins-
tituições de ensino, um deles, claramente definido na legislação
da Reforma Universitária, a atividade curricular obrigatória deo
educação física, e o outro a manutenção, nestas, de ensino de I
e 2o graus. Estes últimos a merecer especial atenção, se mantida a
oferta nesta modalidade, tendo em vista a reforma por que passa
o sistema educacional brasileiro nestes níveis.
3.1.3.1 — EDUCAÇÃO FÍSICA

Em relação a Educação Física e Desportos, poder-se-á afir-


mar que o que vem ocorrendo nos últimos anos evidencia, mais
do que uma Reforma Universitária, uma transformação radical
de princípios da educação brasileira.
Em face da legislação, observar-se-á, fundamentalmente: se
foram criados cursos formadores de professores e técnicos em Edu-
cação Física e Desportos; se foram construídos e instalados locais
para a prática dessas atividades, ou ainda, se estão em fase de
implantação ou programação; se todas as Universidades assegu-
ram de modo geral a atividade físico-desportiva para todos os alu-
nos matriculados nos seus diversos cursos; se os órgãos que aten-
dem a essas atividades funcionam de modo a alcançar a "não-du-
plicação de meios para fins idênticos", e se as atividades de ensi-
no, pesquisa e extensão se integram.
Adotou-se, então, um modelo de análise que inclui a Legisla-
ção Reformadora com o objetivo de demonstrar a situação exis-
tente, tentando evidenciar a adequação do modelo real às diretri-
zes estabelecidas por lei.
Não se trata, portanto, de uma verificação comparativa entre
o "antes" e o "depois" da Reforma, nem de uma análise do con-
teúdo da reforma e os seus resultados, mas de demonstrar, o que
é fundamental, a aplicação dos dispositivos consignados na Le-
gislação da Reforma.
É, em verdade, uma avaliação demonstrativa com objetivos,
dentre outros, de detectar óbices que estejam impedindo o prosse-
guimento da própria Reforma. Por exemplo, quando se estudam
os itens referentes aos cursos e atividades curriculares obrigató-
rias, de importância fundamental na Reforma, verifica-se que o
escasso número de professores e técnicos em Educação Física po-
derá constituir-se em dificuldades para a inclusão da atividade
curricular obrigatória nas Universidades.
O exame das diversas informações fornecidas pelas Universi-
dades, através de Estatutos, Regimentos, Resoluções, Atas, Catá-
logos, Informações Gerais e dos questionários aplicados na pes-

482
quisa direta MEC/DAU-UFBA/ISP, foi realizado em confronto
com os dispositivos legais relativos à Educação Física e Des-
rtos.
Desses dispositivos de lei destacaram-se aspectos: organiza-
o, ensino, e atividade curricular obrigatória.
Quanto à organização prevê a legislação (Artigo 6.°, do De-
creto n° 252/67), que além das unidades que a compõem, destina-
das ao ensino e à pesquisa, a Universidade poderá ter órgão su-
plementar de natureza recreativa. Este órgão, quando eminente-
mente esportivo, será orientado pela unidade de ensino da Educa-
ção Física, quando existente (Artigo 16°, decreto 69.450/71).
Em relação ao ensino, o Decreto-lei n.° 53, de 18 de novembro
de 1966 (Artigo 3°, Parágrafo Único), determina que entre os
cursos a serem ministrados incluir-se-áo obrigatoriamente os de
formação de professores para o ensino do segundo grau e de espe-
cialistas de Educação. Enquanto isso, dispositivos legais fixam que
a formação de professores de Educação Física será feita em curso
de graduação que conferirá o título de licenciado em Educação
Física e Técnico de Desportos.
O espaço físico destinado às instalações de esportes varia de
Universidade para Universidade, em razão, talvez, da disponibili-
dade de área para construção do "campus".
De apenas seis Universidades foi possível obter-se informa-
ções quanto às áreas construídas para esportes. Sua inclusão se
justifica para evidenciar-se a disparidade destas em relação à
área total construída em cada uma estas instituições. (Vide
Quadro 3.48.)

QUADRO 3.48
UNIVERSIDADES FEDERAIS
Á R E A DESTINADA A ESPORTES E PERCENTUAL
DE ÁREA T O T A L CONSTRUÍDA

Á R E A CONSTRUÍDA % DA ÁREA
UNIVERSIDADES PARA ESPORTES TOTAL CONSTRUÍDA

UFSE 632 m 2 3.4%


UFSCar 1.376 m 2 15,5%
UFES 16.876 m 2 24,0%
UFCE 46.100 m 2 27,7%
UFSM 4.143 m 2 3,1%
UFMG 12.780 m 2 5.0%

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio


MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

483
No referente as atividades curriculares, o Decreto-lei n. 705,
de 25 de abril de 1969, Artigo 1.°, modificou o Artigo 22, da Lei
n. 4.024, de 20 de dezembro de 1961, considerando "obrigatória
a prática da educação física em todos os níveis e ramos de esco-
larização, com predominância ^esportiva no ensino superior".
Estas determinações são regulamentadas pelo Decreto n.
69.450, de 1.° de novembro de 1971, que define as atividades físi-
co-desportivas na Universidade do seguinte modo:
Art. 13 — A prática da educação física no ensino superior
será realizada por meio de clubes universitários, criados segundo
modalidades desportivas ou atividades físicas afins, na conformi-
dade das instalações disponíveis, os quais se filiarão à Associação
Atlética da respectiva instituição.
Supõe-se que a prática obrigatória da educação física nas
Universidades possa guardar alguma correlação com a existência
de cursos de graduação em Educação Física nestas Universidades.
Neste sentido é que identificavam-se cursos de Educação Fí
sica nas seguintes Universidades: FUBER, UFPEL, FUAM, UFES,
UFSM, UFPE, UFMG, UFRS e UFRJ. Em algumas Universida-
des encontram-se novos cursos em fase de instalação.
QUADRO 3.49
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS
CURSOS EXISTENTES CONFORME H A B I L I T A Ç Õ E S
OFERECIDAS E A SEREM INSTALADOS
LICENCIATURA
GRUPOS DE LONGA CURTA TÉCNICA A SER
UNIVERSIDADES DURAÇÃO DURAÇÃO DESPORTIVA INSTALADO

GRUPO ESPECIAL
FUBER X
2° GRUPO
UFPel X
3° GRUPO
FUAM X
UFJF X
UFAL X
UFES X X
4° GRUPO
UNB X
UFGO X
UFSM X
5° GRUPO
UFPE X
UFMG X X
UFRS X X
6° GRUPO
UFRJ X X

TOTAL 8 1 4 4

FONTE: Informações e Estatísticas - Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP,e outras


informações, 1973.
484
Apenas no 1o. Grupo não existe Universidade com curso de
Educação Fisica.
O período de instalação desses cursos ocorreu ccmo indicado
no Quadro 3.50, discriminadas as habilitações oferecidas.
QUADRO 3.50
UNIVERSIDADES FEDERAIS
H A B I L I T A Ç Ã O DE EDUCAÇÃO FÍSICA
SEGUNDO PERÍODO DE INSTALAÇÃO

Período Licenciatura Técnica Desportiva

1931-1939 UFES-UFRJ
1941 - 1954 UFRS UFES
1969-1973 FUAM-UFMG - FUBER-
UFPE-UFSM
Sem infor-
mação UFPel UFRS-UFMG-UFRJ

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio


MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

A UFES iniciou o curso, com a habilitação em licenciatura


em 1931, introduzindo no entanto, em 1954, o Curso de Técnica
Desportiva. A Escola de Educação Física da Universidade Federal
de Minas Gerais já funcionava desde 1953, como Escola Estadual,
posteriormente incorporada à UFMG.
Estão em fase de implantação cursos de Educação Física nas
UFGO, UFAL, UFJF e UNB.
O Curso de Medicina Desportiva é ministrado apenas nas
Universidades do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Rio Grande do Sul
(UFRS), constituindo-se porém em habilitação, na área médica.
Na tentativa de indicação da abrangência dos cursos exis-
tentes, relacionaram-se as disciplinas oferecidas nos departamen-
tos de Educação Física e Desportos, constatando-se um total de
trinta e três disciplinas profissionalizantes, distribuídas por Uni-
versidades, no Quadro 3.51.

Observa-se que é a UFRJ, entre as demais, a que possibilita


maior especialização nas formações oferecidas, demonstrado pela
quantidade e especificação das disciplinas listadas no quadro an-
terior.
Além dessas, foram identificadas também, 15 outras discipli-
nas, que embora "básicas" para a formação em Educação Física
e Desportos, estranhamente são oferecidas por estes departa-
mentos.

485
Q U A D R O 3.51
UNIVERSIDADES FEDERAIS
D I S C I P L I N A S P R O F I S S I O N A L I Z A N T E S O F E R E C I D A S NOS
D E P A R T A M E N T O S D E E D U C A Ç Ã O FÍSICA E X I S T E N T E S

DISCIPLINAS FUAM UFMG FUBER UNB UFRJ UFRS UFSM TOTAL

Recreação X X X X X X 6
Rítmica X X X X X X 6
Ginástica Olímpica X X 2
Ginástica X X X X X X X 7
Atletismo X X X X X X X 7
Natação X X X X X X X 7
Voleibol X X X X X X 6
Basquetebol X X X . X X X 6
Handbol X X X X X 5
Esgrima X X X X 4
Futebol X X • X X X 5
Boxe X X 2
Tenis X X 2
Remo X 1
Treinamento Desportivo X X X 3
Ginastica Desportiva X 1
Natação Sincronizada X 1
História da Educação Física e
Organização X X X 3
Capoeira X 1
Esportes X 1
Arbitragem X 1
Carate X 1
Futebol da Salão X X 2
Judo X X X X X 5
Pesos e Haltares X 1
Saltos Ornamentais X 1
Educação Física A e B X 1
Esportes Complementares X 1
Prática Esportiva X 1
Polo Aquático X X 2
História da Educação Física a
Desportos X 1
Ioga X 1
Ginástica a Reabilitação X 1

TOTAL 10 16 8 14 23 15 9 95

F O N T E S : I n f o r m a r e i Gerais e Estatísticas, Convénio M E C / D A U - U F B A / I S P , 1973.

Observa-se que 4 e U F R J . entre as demais, a que possibilita maior especialização nas


formações oferecidas, demonstrada pela quantidade e especificação das disciplinas
listadas no quadro anterior.

QUADRO 3.52
UNIVERSIDADES FEDERAIS
OUTRAS DISCIPLINAS OFERECIDAS PELOS DEPARTAMENTOS
DE EDUCAÇÃO FÍSICA

DISCIPLINAS UFMG FUBER UND UFSM

Socorros Urgentes X
Higiene X X X
Biologia X
Anatomia X
Cinesiologia X X X
Biometria X X X
Fisiologia X
Fisioterapia X X X
Prática de Ensino X X
Fisiologia do Exercício X
Musculação X
Psicologia da Educação X
Didática X
Estudo de Problemas Brasileiros X
Estrutura e Funcionamento do E nsino X

TOTAL 5 12 6 1

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio


MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.
Somente três Universidades parecem revelar preocupação
quanto à educação física e desportos, em caráter mais científico
vez que vêm realizando atividades de pesquisa neste campo: a
FUAM enceta uma pesquisa relativa a Ginástica Feminina Mo-
derna, Calistenia e Didática; a UFRS, através do PALEC, Labo-
ratório de Pesquisa do Esforço, vinculado ao Departamento de
Desportos, realiza pesquisas sobre "Dobra cutânea dos Jogadores
profissionais de Futebol de Porto Alegre"; enquanto na UFSM
estas são: "Aplicação do Decreto 69.450/71 na UFSM", "Mercado
de Trabalho do Professor de Educação Física da Região dea Ensi-
no", "Cinética do Judo" e "Interesse dos Adolescentes de 3 . e 4ª.
séries das Escolas Estaduais de Santa Maria".
Por sua vez, a UFES informa a existência de um projeto de
pesquisa, em fase de elaboração, que se destina a medir a aptidão
física dos alunos do Centro pelos métodos de P. O. Astrand e
Cooper.
A prática obrigatória da educação física na Universidade
Brasileira se constitui num fato realmente novo, e os resultados
demonstrados evidenciam a implantação desta em dezoito Uni-
versidades, número de certo modo significativo, como se pode ver
no Quadro 3.53. QUADRO3.53
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EDUCAÇÃO FISICA E DESPORTOS
A T I V I D A D E S CURRICULARES (PRATICA OBRIGATÓRIA)

GRUPOS DE IMPLANTADA EM FASE DE


UNIVERSIDADES 1970 1972 1973 NÀO INFORMOU TOTAL IMPLANTAÇÃO NAO INFORMOU

GRUPO ESPECIAL
FURG X
FUBER X 1
1° GRUPO
UFPI X 1
UFSE X 1
UFMT X 1
2° GRUPO
UFRPE X 1
UFRRJ X 1
UFOr X 1
UFV X
UFSCar X
UFPel X
3° GRUPO
FUAM X 1
FUMA X
UFRN X
UFJF X 1
UFAL X
UFES X 1
4° GRUPO
UFPA X 1
UFCE X
UFPB
UNB X 1
X
'
UFGO X
UFSC X 1
UFSM X 1
UFPR X 1
5° GRUPO
UFPE X
UFBA X
UFF X
UFMG X 1
UFRS X 1
6P GRUPO
UFRJ X 1
TOTAL 2 4 1 11 18 4 9

FONTE: Pesquisa Direta - Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP - 1973.

487
Exclusivamente da UFES se obteve o número de alunos que
estão frequentando as atividades obrigatórias de educação física
e desportos. São 783 participantes do sexo feminino e 481 do sexo
masculino, num total de 1.264 universitários no ano de 1973, equi-
valendo a 29% dos estudantes matriculados na Universidade.
Também quanto ao modo de realização da atividade curricu-
lar obrigatória, apenas as UFSM e UFES obedeceram ao que de-
termina o Artigo 13 do Decreto n. 69.450/71, que prevê aulas
através de clubes cr.ados e dirigidos pelos próprios alunos, sob a
orientação dos professores.
A UFES já possui clubes de Atletismo, Ginástica Moderna, Gi-
nástica, Voleibol, Handbol, Basquetebol, Ginástica Olímpica, Na-
tação e Judo. Enquanto que a UFSM criou os clubes de Ginástica
Moderna, Esgrima, Natação, Judo e Esportes Terrestres.
A atividade curricular obrigatória foi incluída nas Universi-
dades a partir de 1970 com a UFES e a UFSE; 1972 na UFPI,
UFRPE', UFOP e UFPR, sendo que na UNB passou a ser ministrada
em 1973.
As UFMT, UFRRJ, FUAM, UFJF, UFPA, UFSC, UFSM, UFMG,
UFRS e UFRJ não apresentaram o ano em que introduziram esta
atividade. Acham-se em fase de implantação a FURG, FUMA,
UFAL e UFPB.

Antes da Reforma, de um modo geral, as Universidades não


passavam de conglomerados de Faculdades autónomas, desprovi-
das de áreas próprias para a prática de esportes. Esta situação,
atualmente, vem se modifcando em razão da construção dos
"campi universitários", onde estão sendo localizadas instalações
desportivas, na maioria das Universidades.
Quando consultadas sobre o local onde se realizam as ativida-
des de Educação Física e Desportos do seu alunado, as Universida-
des responderam conforme se poderá observar no Quadro 3.54.
Em 22 destas, tais atividades se efetivam em locais das pró-
prias Universidades, noutras 6, em instalações da comunidade.

Considerando as atividades em Educação Física que vêm


sendo desenvolvidas nas Universidades, assim se conclui:
1) Universidades atuando através cursos, atividade curri-
cular obrigatória, pesquisas e extensão:
UFES, UFRS e UFSM
2) Universidades que mantêm cursos e atividade curicular
obrigatória:

488
QUADRO 3.54
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS
LOCAL PARA REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES
1973

GRUPOS DE PRÓPRIO DA INSTALAÇÕES DA NÃO INFORMOU EM CONSTRUÇÃO


UNIVERSIDADES UNIVERSIDADE COMUNIDADE

GRUPO ESPECIAL
FURG X
FUBER . X
1.0 GRUPO
ÚFPI X
UFSE X X
UFMT X
2° GRUPO
UFRPE X
UFRRJ X
UFOP X
UFV
UFSCAR .
X
UFPel X
3° GRUPO
FUAM X
FUMA X
UFRN X X
UFJF X X
UFAL x X
UFES X
4° GRUPO
UFPA X X
UFCE X X
UFPB X X
UNB X
UFGO X
UFSC X
UFSM X
UFPR X X
5° GRUPO
UFPE X
UFBA X X
UFF X
UFMG X
UFRS X
6P GRUPO
UFRJ X

TOTAL 22 6 3 9

FONTE: Pesquisa Direta - Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

FUBER, FUAM, UFMG e UFRJ


3) Universidades que apenas mantêm cursos de licenciatu-
ra em Educação Física:
UFPEL e UFPE
4) Universidades em fase de implantação de cursos de licen-
ciatura

UFJF, UFAL, UFGO e UNB


5) Universidades que mantêm atividade curricular obri-
gatória:
UFPI, UFRPE, UFPA, UFSE, UFRRJ, UFSC, UFJF,
UFMT, UFOP, UFPR e UNB
6) Universidades em fase de implantação de atividade curri-
cular obrigatória:

489
FURG, FUMA, UFAL, UFPB
7) Universidades que mantêm apenas atividades extra-
curriculares:
UFV, UFRN, UFCE, UFBA, UFSCAR, UFF.
Podemos admitir, em conclusão, que os princípios de educa-
ção integral até então não considerados na educação de nível su-
perior no país, tornam-se realidade. De certo modo, isso revela que
até à' Reforma existia uma equívoca distorção preconceituosa,
quanto a educação física e desportos, principalmente nas Univer-
sidades estruturadas com o objetivo de oferecer uma formação
"intelectualizante".
Observa-se a tendência de crescimento da instalação de cur-
sos de Educação Física nas Universidades, orientação indispensá-
vel para real cumprimento da atividade curricular obrigatória em
todos os cursos. Em razão da criação destes cursos haverá, conse-
quentemente, um aumento de professores e técnicos, concorrendo
assim para uma melhor qualidade do pessoal e das atividades.
Desta forma, desejável seria que órgãos destinados a progra-
mar, coordenar e executar as atividades gerais de educação física
e desportos cedessem lugar a departamentos de ensino, para fins
de prática obrigatória, os quais absorveriam perfeitamente a tra-
dicional atividade extra-curricular. A nível central desenvolver-
se-iam funções de assessoria, coordenação e supervisão, conso-
nantes com a Legislação da Reforma, prática até então pouco de-
senvolvida .

3.1.3.2 _ ENSINO DE PRIMEIRO E SEGUNDO GRAUS

A atuação no ensino de primeiro e segundo graus foi iden-


tificada em 19 entre as 31 Universidades estudadas, sendo vários os
tipos de estabelecimentos encontrados nesse nível de ensino: Co-
légios de Aplicação, Colégios Universitários, Colégios Técnicos
(nas modalidades1 comercial e agrícola), e ainda cursos de primei-
ro e segundo graus sem esclarecimento quanto à existência ou
não de um estabelecimento exclusivamente por eles responsável.

Segundo o grupamento adotado para as Universidades, pode-


se observar que, nos Grupos Especial, 1.° e 2.°, identificou-se uni
estabelecimento na UFSE e UFV, um Colégio Agrícola na UFRPE
e cursos de primeiro e segundo graus na FURG, FUBER e UFPEL.

Nos Grupos 3.°, 4.a e 5.°, é apreciável o número de Universida-


des que mantêm mais de um tipo de estabelecimento de ensino de
primeiro e segundo graus, como a UFRN, a UFSC, a UFF, a UFRS;
as demais mantêm um só tipo de estabelecimento.

490
Consideram os entrevistados responsáveis pela Administração
Académica dessas Universidades existirem algumas vantagens na
manutenção desse tipo de ensino; é o caso, por exemplo, dos Co-
légios de Aplicação, que se constituem em campo de estágio para
os licenciados das Faculdades de Educação e campo de experi-
mentação para estas Faculdades. Quanto aos colégios técnicos
em alguns casos, são vistos como úteis para suprir o mercado de
trabalho com mão-de-obra qualificada para a região. Apenas duas
Universidades evidenciaram desvantagens na manutenção de es-
colas de Primeiro e Segundo graus: a UFRPE, que diz constituir-se
em ónus indevido para a Universidade, e a UFJF que mantém o
Colégio de Aplicação e declara haver ausência de integração com
o ensino fundamental, levando a crer que o ensino ainda é minis-
trado nos moldes anteriores à lei da reforma do ensino de primei-
ro e segundo graus.
Convém salientar que os "colégios universitários" são presen-
tes apenas nas UFV e UFF, sendo que nesta última o colégio en-
contra-se em transformação, a fim de se ajustar aos princípios da
Lei 5692/72.
O Quadro 3.55 mostra os tipos de estabelecimentos e cursos
de primeiro e .segundo graus vinculados às Universidades Fe-
derais.

QUADRO 3.5S
UNIVERSIDADES FEDERAIS
TIPOS DE ESTABELECIMENTO DE ENSINO DE PRIMEIRO E SEGUNDO GRAUS
VINCULADOS AS UNIVERSIDADES FEDERAIS

GRUPOS DE COLÉGIO COLÉGIO COLÉGIO ESCOLA ESCOLA CURSOS


UNIVERSIDADES DE APLI- UNIVERSI- TÉCNICA DO DOMÉS- DE 1° E TOTAL
CAÇÃO TÁRIO AGRÍCOLA COMÉRCIO TICA 2° GRAUS
GRUPO ESPECIAL
FURG x
FUBER x
1° GRUPO
UFSE X
Z° GRUPO
UFRPE X
UFV X
UFPEL x
3°GRUP0
UFRN X X 2
UFJF X
4° GRUPO
UFPA X
UFPB X
UFGO X
UFSC X x
UFSM x
5° GRUPO
UFPE X
UFBA X
UFF X X
UFMG X
UFRS X X
6P GRUPO
UFRJ X

TOTAL 8 2 5 1 1 6 23

FONTE: Pesquisa direta. Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP. 1973.

491
A oferta de cursos nos estabelecimentos de ensino de primeiro
e segundo graus será aqui especificada apenas para os cursos pro-
fissionalizantes, caso os de segundo grau, além da "iniciação para
o trabalho" no primeiro grau.
Vale salientar entretanto que embora as Universidades declarem
manter cursos profissionalizantes, na forma da lei, acredita-se que
em muitos casos se trate dos mesmos cursos profissionais tradi-
cionais, que apenas adotaram nova nomenclatura.
Assim é que, usando a nomenclatura anterior à Reforma,
verificou-se que entre os cursos "técnicos" predomina o tipo agrí-
cola para formação de técnico de nível médio, nas seguintes Univer-
sidades:

UFRPE — (Técnico agrícola e iniciação agrícola no 1o grau)


U F V — (Técnico agro-pecuário)
UFPEL — (Técnicos de alimentos, pecuária e agricultura)
UFRN, UFPB
UFSC, UFSM,
UFMG — (Técnico agrícola).
Com relação ao curse técnico industrial a UFSM possui um,
a UFMG mantém os de Técnico de Eletrômca e Instrumentação
e Técnico em Química; e a FURG, Técnico em Refrigeração e Ele-
trônica.
Somente a UFRS ministra o ensino voltado para o setor de
serviços, formando Técnicos em Administração, Contabilidade e
Secretariado, e o tipo industrial de Técnico em Hidráulica.
Cursos de Auxiliar de Enfermagem aparecem na FUBER, na
UFRN, na UFPE e na UFBA.
Além dos cursos mencionados, as Universidades oferecem cur-
sos a nível de primeiro e segundo graus na área das Artes, nas
modalidades de Música, Canto, Instrumento e Teatro como é o
caso das UFBA, UFMG e UFRS, e Economia Doméstica na UFF,
UFPEL e UFRN.
A matrícula nesses estabelecimentos e cursos, no período de
1966 a 1973, nas Universidades que forneceram esta informação
é, de modo geral, crescente, à exceção da UFRPE, UFMG e UFRS.
Esta matricula é apresentada no Quadro 3.56.

Assim, pode-se observar:


a) que nos estabelecimentos anexos às Universidades do
Grupo Especial, a matrícula da FURG cresceu em
32% entre 1966 e 1970, sofrendo redução para 1972 e
tornando-se constante entre 1972 e 1973. Na FUBER
a informação é fornecida, somente, para o ano de 1973,
levando-se a crer que os cursos de primeiro e segundo
graus tenham sido criados em tal ano.

492
b) No 1.° Grupo, a UFSE apresenta uma queda entre
1970 e 1972, que interrompe o crescimento persis-
tente observado até então. Em 1973 volta a verificar-
se ligeiro aumento.
c) No 2.° Grupo, a UFRPE entre 1970 e 1972 apresen-
ta um decréscimo de matrícula, mantendo-se a redu-
ção para 1973. A "Universidade informa que os alunos
foram transferidos para um outro estabelecimento por
desapropriação da área construída. Neste grupo a
UFPEL não forneceu a matrícula.
d) Várias Universidades do 3.ª e 4.° Grupos não apresen-
tam informações, ou o fazem em forma aparente-
mente incompleta, o que dificulta a análise; são elas:
UFJF, UFPB, UFGO e UFSC. Contudo, entre as que
forneceram os dados, o crescimento no período conside-
rado .é uma realidade, ainda que as UFRN e UFSM
indiquem algum decréscimo a partir de 1972. Os índi-
ces do 4.° Grupo, porém, são os maiores dentre as que
informaram, destacando-se a UFPA com 279 e UFSM
com 281.
e) No 5.° Grupo, as matrículas apresentam certa oscila-
ção, com tendência também à redução nos últimos
anos (UFMG e UFRS) . A UFBA foi a única com ma-
trícula significativamente crescente no último perío-
do, apesar da declaração do responsável pela Adminis-
tração Académica, de que o Colégio de Aplicação en-
contra-se em extinção. Seriam, nesse caso, os cursos
especiais de Artes os responsáveis pelo incremento.

f) Na UFRJ a matrícula é fornecida somente para o ano


de 1973 (538 alunos), impossibilitando qualquer apre-
ciação de tendência.
As informações analisadas não permitem um aprofundamen-
to maior no sentido de caracterizar-se uma tendência quanto à
maior ou menor participação das Universidades no ensino de pri-
meiro e segundo graus, especialmente após o advento da Reforma
desse ensino.
Entretanto, poder-se-á concluir por uma tendência nas 11
(onze) Universidades que informaram: há redução de matrículas
entre 1972/1973 na UFV, na UFRN e UFSM; em todo o período
reduziram decididamente a matrícula a UFMG (em 16%), a
UFRS (em 19%) e a UFRPE (em 67%); encontra-se estabilizada
a;jmatrícula na FURG a partir de 1972.
Destacam-se como índices de grande crescimento entre 1966/
1973, os da UFPA (279), da UFSM (281) e da UFBA (253), evi-
denciando provavelmente uma decisão de fortalecer esta atuação,
com a ressalva da UFBA, pela circunstância já comentada.

493
QUADRO 3.56
M A T R I C U L A DOS ESTABELECIMENTOS E CURSOS DE ENSINO DE PRIMEIRO E
SEGUNDO GRAUS VINCULADOS AS UNIVERSIDADES FEDERAIS
1966 - 1973
GRUPOS DE ÍNDICE DE
UNIVERSIDADES 1966 1968 1970 1972 1973 CRESCIMENTO
1966 - 1973

GRUPO ESPECIAL
FURG 151 178 293 200 200 132
FUBER 27 —
1° GRUPO
UFSE 166 ,271 285 228 245 148
2° GRUPO
UFRPE 245 279 352 115 80 33
UFV 163 212 227 292 250 153
UFPEL •• >•• _
3° GRUPO
UFRN 1.360 1.689 1.541 1.591 1.545 114
UFJF —
4 ° GRUPO
OPPA 700 962 1.318 1.696 1.954 279
UFPB • • .
_
UFGO • • • 253 _
UFSC _
UFSM 292 318 530 870 820 281
5° GRUPO
UFPE _
UFBA 647 824 772 954 1.639 253
UFF 136 294 207 157 207 152
UFMG 1.454 1.535 1.614 1.189 1.193 82
UFRS 1.109 1.208 897 81
6P GRUPO
UFRJ 538 —
TOTAL 5.314 6.562 8.248 8.500 9.848 170

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio MEC/DAU-ISP, 1973.

3.2 — PESQUISA

A pesquisa foi reconhecida de maneira explícita, pela Legis-


lação da Reforma, como uma função permanente da Universida-
de. Com este significado, a estrutura do setor e o seu desenvol-
vimento estão comprometidos com os seus dois princípios básicos:
integração da pesquisa com o ensino e não-duplicação de meios
para fins idênticos ou equivalentes.
Uma avaliação da Reforma importa então, necessariamente,
em também indagar até que ponto a sua implantação ajustou a
função Pesquisa a esses dois princípios. Ou ainda, em outras pa-
lavras, se a situação atual da pesquisa responde aos objetivos per-
seguidos pela Reforma.
8.2.1 — DIMENSÃO DAS ATIVIDADES DE PESQUISA

Independentemente de qualquer determinação legislativa ou


governamental, a natureza do trabalho universitário implica em
uma dedicação permanente à pesquisa, ainda que sob diferentes
formas, e variadas intensidade e extensão.

494
A Universidade brasileira, portanto, por definição, sempre fez
pesquisa. Claro que, refletindo a idade das suas instituições aca-
démicas e a estrutura sócio-econômica do País, a pesquisa uni-
versitária esteve condicionada a mecanismos de coerção irresistí-
veis; iniciativa e promoção individuais, prioridade da motivação
humanística, carência de recursos financeiros. Raríssimos núcleos
conseguiram romper o domínio desses condicionantes.
Ora, a Reforma Universitária, não somente pretendeu desar-
ticular esses mecanismos de coerção como também converter a
pesquisa em atividade principal, paralela ao ensino. Desde o De-
creto-Lei n°. 53/66, estes propósitos de reformulações e de valori-
zação da função de pesquisa acham-se bem* claros.
A questão é saber se estes propósitos foram equacionados e
implementados ou permaneceram apenas declarados.
A promoção da pesquisa ao "status" de atividade principal,
equiparada ao ensino, por certo não foi efetivada. Ela continua
sendo uma atividade secundária e suplementar. É muito signifi-
cativo que, entre as 31 Universidades pesquisadas, apenas 4 (UNB,
UFPE, UFRPE e UFF) afirmam possuírem um "programa geral
de pesquisas".

Inúmeros fatores contribuem certamente para essa situação,


sendo lícito admitir-se, entretanto, que a maior, mais dramática
e mais direta solicitação do Corpo Docente para as atividades de
Ensino, no processo de crescimento da matrícula na Universidade
brasileira, esteja, em última análise, na raiz da questão.
Por sua vez, em termos quantitativos, os recursos humanos
que por ocasião do levantamento, estavam mobilizados direta-
mente para "atividades de pesquisa", eram poucos. Dos 14.830
professores que compunham os quadros de 21 Universidades bra-
sileiras que forneceram informações sobre pessoal docente, so-
mente 2.312 estavam "realizando pesquisas", em 1973. Vale dizer,
16% do pessoal docente.
Também os recursos financeiros disponíveis são bastante inex-
pressivos. No Plano Geral de Ação 1973-75 da Universidade Fe-
deral de Pernambuco, por exemplo, os recursos financeiros aloca-
dos para o programa de pesquisas correspondem a 8% progra-
mação global. Afora o financiamento dos poucos órgãos dedicados
fundamentamente à pesquisa, em algumas Universidades, as des-
pesas neste setor se resumem em geral à exclusiva complementa-
ção de salários. Ainda assim, em 41% dos casos, a Universidade
não compromete os seus próprios recursos.
A dificuldade de obtenção de dados históricos não permite
avaliar se a Reforma aumentou ou diminuiu a atividade de pes-
quisa. Parece entretanto que na maioria das Universidades bra-
sileiras a implantação do regime especial de trabalho docente es-
timulou a pesquisa.

495
QUADRO 3.57
UNIVERSIDADES FEDERAIS
F I N A N C I A M E N T O DO REGIME ESPECIAL E PESQUISA

NÚMERO DE
FONTE DOS RECURSOS UNIVERSIDADES

COMCRETIDE 9
COMCRETIDE e Universidades 7
COMCRETI DE, Convénios e outras fontes 3
COMCRETIDE, Universidade, Convénios e outras fontes 10
Sem Informação 2

TOTAL 31

FONTE: Pesquisa direta, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

QUADRO 3.58
UNIVERSIDADES FEDERAIS
GRAU DE IMPACTO DOS REGIMES ESPECIAIS SOBRE A PESQUISA

NUMERO DE UNIVERSIDADES
GRAU DE IMPACTO Absoluto %
Nenhum 2 6,5
Muito pouco 2 6,5
Pouco 1 3,2
Algum 13 42,0
Muito 5 16,1
Sem dados comparativos 3 9,6
Não responderam 5 16,1
TOTAL 31 100 %

FONTE: Pesquisa direta, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

Entre as 31 Universidades inquiridas, apenas 22 forneceram


relações com a indicação do número de pesquisas em andamento
e seus respectivos responsáveis (à exceção de uma destas — UNB),
ver Quadros 3.69 e 3.70. Cabe aqui observar que qualquer ten-
tativa de mensuração de atividades de pesquisa está fortemente
limitada pela fraqueza da "unidade de medida", no caso "a pes-
quisa " ou seja "o projeto de pesquisa", raramente uniforme, cons-
tante, comparável ou padronizável. O número global de pesqui-
sas alcança 2.430 e seus respectivos responsáveis são 2.312, o que
evidencia que alguns docentes se ocupam de mais de uma pes-
quisa (ou mais de um "projeto").
O número médio de pesquisas por Universidade atinge as-
sim a 111, no ano de 1973. De fato, porém, 7 das 22 Universidades
(32%) utrapassam o número médio (111) e realizam 79% (1.926)
do número global de pesquisas (2.430). Além disso, utilizando-se
o grupamento das Universidades, pode-se ainda observar que es-
tas 7 integram o 4o. e 5.o Grupos, com exceção apenas da Univer-
sidade Federal de Viçosa ("antiga especializada").

498
Q U A D R O 3.59
U N I V E R S I D A D E S FEDERAIS
PESQUISA E G R U P A M E N T O DAS U N I V E R S I D A D E S

ÚMERO DE PESQUISAS
GRUPO DE U N I V E R S I D A D E S 1O0 e Proporção
0a20 21a 100 mais do Grupo

Grupo Especial ( F U R G , FUBER) 2 _ 2/2


1° Grupo (UFPI, UFSE. U F M T ) 2 1 _ 3/3
2° Grupo (UFRPE, U F R R J . U F V ) 1 1 1 3/6
3° Grupo ( F U A M , FUMA, U F R N , U F A L , UFES) 4 1 — 5/6
4° Grupo (UFPA, UFCE, UNB, UFSC, UFSM) — 3 2 5/8
5° Grupo (UFMG, UFRS, U F F , UFBA) - — 4 4/5
6P Grupo (x) — 0/1
" "
(x) A Universidade não i n f o r m o u .

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio M E C / D A U - U F B A / I S P , 1973.

Uma tendência crescente se evidencia, na medida em que pas-


samos dos grupos que congregam Universidades pequenas para
aquelas de maior porte.
É possível também vislumbrar-se a configuração de dois fe-
nómenos da mais alta importância:
Io) A preocupação na busca de uma sistemática para a pes-
quisa. Se os planos gerais são muito poucos e incomple-
tos, começam a existir algumas normas orientando e/ou
regulamentando a atividade de pesquisa em quase todas
as Universidades. A ação das COPERTIDES e a vincu-
lação imperativa do regime de dedicação exclusiva à ati-
vidade de pesquisa, podem sedimentar esta preocupação
embrionária. Dos 2.312 pesquisadores de 21 Universida-
des (haja visto que a UNB não informou os docentes
envolvidos), 1.840 foram beneficiados com o regime da
dedicação exclusiva.
2o) A consciência da necessidade de estruturar uma coorde-
nação central da pesquisa. Segundo as informações de
31 Universidades, em 65% (20) delas já existe um órgão
central em funcionamento.
É possível que, em algumas destas Universidades trate-se ex-
clusivamente de órgãos colegiados, com "atribuições deliberativas",
em conformidade ao disposto no parágrafo único do Artigo 2o.
do Decreto-Lei n. 53/66, depois repetido no Artigo 13.o da Lei n.
5.540/68. Outras Universidades no entanto já estruturaram or-
ganismos executivos, do tipo "Pró-Reitorias" ou "Coordenações
Centrais" de Pesquisa; estas poderão estimular, promover o finan-
ciamento, supervisionar, avaliar e de fato coordenar a atividade de
pesquisa, dentro da Universidade, assessorando simultaneamente
a tomada de decisões por parte dos órgãos deliberativos.

497
Estes dois fenómenos são recentes na Universidades brasilei-
ra. Eles talvez anunciem o advento de uma nova dimensão para
a atividade universitária de pesquisa.
3.2.2 — EXECUÇÃO DA PESQUISA E SUA INTRODUÇÃO COM O ENSINO

A Reforma determinou a integração de ensino e pesquisa. Res-


ta indagar em que etapas do processamento da pesquisa se teria
implementado essa integração e sob que formas.
Parece conveniente distinguir 4 (quatro) etapas nesse pro-
cessamento: iniciativa, seleção, acompanhamento, controle e ava-
liação.
A iniciativa individual da pesquisa é inerente à tarefa uni-
versitária. A inquietação intelectual e as sugestões do meio são
seus promotores naturais. Até a Reforma de 1966 nenhum meca-
nismo universitário permanente buscou provocar e orientar estes
fluxos geradores.
Em 1973, entre 31 Universidades consultadas 20 possuíam
um órgão coordenador de pesquisas. Mas somente 4 dispunham de
um Programa Geral de Pesquisa, elaborado em cada caso por ór-
gãos diferentes.
QUADRO 3.60
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EXISTÊNCIA DE PROGRAMA GERAL DE PESQUISA E ÓRGÃO
RESPONSÁVEL POR SUA ELABORAÇÃO

PRÔREITORIA DE PRÔREITORIA COMISSÃO DE


PESQUISA E PÔS DE PESQUISA E PÔS- CÂMARA DE . COMPEG SEM
SIGLAS GRADUAÇÃO PLANEJAMENTO GRADUAÇÃO PESQUISA REITOR NAO RESPOSTA

FUAM X
UFPA X
FUMA X
UFPI X
UFCE X
UFRN X
UFPB X
UFPE x X
UFRPE X
UFAL X
UFSE X
UFBA X
UFES X
UFMG X
UFJF X
UFV X
UFOP X
FUBER X
UNB X
UFGO X
UFMT X
UFRJ X
UFRRJ X
UFF X
UFSCAR X
UFPR X
UFSC X
UFRS X
UFSM X
FURG X
UFPEL X

TOTAL 1 1 1 1 1 26 1

FONTE: Pesquisa direta, Convénio MEC/OAU-UFBA/ISP, 1973.

498
Nos casos da UFPE, UFRPE e UFF os programas são pluria-
nuais, enquanto na UNB prevalecem os programas anuais.

O Parágrafo lo. do Artgo 2o. do Decreto-Lei n. 252—67 e o


parágrafo único do artigo 5o. da Lei 5.539—68, declaram que
"compete ao Departamento elaborar os seus planos de trabalho,
atribuindo encargos de ensino e pesquisa aos professores e pesqui-
sadores, segundo as especializações".
Era 67% das Universidades os Departamentos elaboram estes
•planos de trabalho" e na Universidade Federal Rural de Pernam-
buco existe uma Comissão de Pesquisa em cada Departamento
QUADRO 3.61
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTOS E ELABORAÇÃO DE PLANOS DE
TRABALHO REFERENTES A PESQUISAS

NUMERO DE
PLANOS DE T R A B A L H O UNIVERSIDADES

Sim 21
Não 8
Sem Informação 2
TOTAL 31

FONTE: Pesquisa direta. Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

Mas estes "planos" em geral se limitam a relacionar distri-


buições de carga-horária entre os docentes e a justificar as even-
tuais atribuições de regimes especiais de trabalho.

De modo que tanto a nível de Departamento como a nível de


Órgãos Superiores, a iniciativa da pesquisa é apenas objeto de re-
gistro. A fonte de iniciativa, sob esse ângulo, continua apenas no
plano individual. No particular, apenas as COPERTIDES exercem
um estímulo parcial e indireto.
Sob um outro ponto de vista, cumpre considerar a tendência à
dependência de fontes externas de iniciativa, isto é: os organismos
públicos e privados que financiam pesquisas através de convénios
com as Universidades. Algumas vezes são órgãos públicos fede-
rais como o CNPQ, EMBRATEL ou PETROBRAS: outras vezes
são instituições estrangeiras e internacionais que acorrem à soli-
citação de um pesquisador universitário ou propõem pesquisas
em setores específicos. Na primeira hipótese, ainda que o pedido
formalmente tramite pelos setores competentes, a iniciativa in-
terna, na Universidade, é também individual; nos demais casos,
a iniciativa tem origens fora da Universidade. Se por um lado se
verifica aí um caso típico de "abertura" da instituição universitária
aos reais reclamos ,e necessidades da "comunidade" (em suaS
variadas dimensões), por outro é inegável que essa quase elimina-
ção da Universidade do processo de ddcisão quanto a "o que e

490
quando pesquisar" pode conduzir a situações absolutamente inde-
fensáveis.
Em resumo, excetuados os incentivos das COPERTIDES, to-
da a iniciativa da pesquisa é individual e/ou externa à Univer-
sidade. Sendo assim, parece que a integração com o ensino,
nesta etapa de processamento da pesquisa, resultará apenas do
eventual interesse do docente-pesquisador ou da agência finan-
ciador? dos projetos.
A seleção das pesquisas está sem dúvida condicionada pela
natureza das fontes de iniciativa.
Nota-se, entretanto, que muitas Universidades têm procurado
interferir direta ou indiretamente no processo de seleção, princi-
palmente através de 3 tipos de normas: (i) estabelecendo áreas
prioritárias para a expansão quantitativa do Corpo Docente: (ii)
pretendendo definir uma utilização equilibrada do professor em
atividades de ensino de pesquisa e de extensão; (iii) regulamen-
tando a concessão de regimes especiais de trabalho com seus pró-
prios recursos.
QUADRO 3.62
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EXISTÊNCIA DE NORMAS

EXISTÊNCIA DE NORMAS GRUPOS DE UNIVERSIDADES TOTAL


UNIVER-
ESPECIAL 1? 3° 4° SIDADES

Que estabelecem áreas prioritárias pare expansão do corpo


docente
Sim 1 2 5 3 3 14
Não

1 1 1 2 1
— 6
Sem Informação —
1 2 3 3 1

1 11
Que definam a utilização equilibrada do professor

Sim 1 1 2 4 3 2 13
Neo t 1 2 4 1 — 9
Sem Informação —
2 3 1 2

1
Que regulamentam a concessão de regimes especiais com re-
— — 9

cursos próprios
Sim
Não — —
2 1 — 51
2 —
5
1
1 —
1
2
17
Sem Informação 2 4 3 3 12
- - -
FONTE: Pesquisa direta. Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

A comparação entre as áreas consideradas prioritárias para


a expansão quantitativa dos docentes e o número de pesquisas
em andamento nestas mesmas áreas, pode de certo modo revelar
o grau de confiabilidade das normas emitidas.
Entre 31 Universidades, as respostas sobre as áreas prioritá-
rias podem ser assim resumidas:
1 — Tecnologia, Saúde e Educação 7 Universidades
2 — Outros conjuntos de áreas 8 Universidades
Tecnologia e Educação 1
1
Tecnologia 2
Tecnologia, Saúde e Humanística
500
Saúde e Educação 1
Saúde 1
Tecnologia e Humanística 1
Tecnologia e Saúde 1
3 Inexistência e de definição 8 Universidades
4 Sem informações 8 Universidades
Entre as 7 Universidades que se enquadram no 1.° conjunto
de áreas prioritárias, observa-se a seguinte incidênca do número
de pesquisas nessas mesmas áreas, em confronto com as demais:
QUADRO 3.63
U N I V E R S I D A D E S FEDERAIS
ÁREAS P R I O R I T Á R I A S E PESQUISA

NÚMERO TOTAL
UNIVERSIDADES TECNOLOGIA SAÚDE EDUCAÇÃO SUB-TOTAL OUTRAS ÁREAS DE PESQUISAS

FUAM 0 1 0 1 2 3
FUMA 0 2 1 3 4 7
UFPE X X X X X X
UFMG 20 10 1 31 327 358
UNB 1 15 4 20 68 88
UFGO X X X X X X
FURG 1 0 0 1 8 9
x — Sem informações.

FONTE: Pesquisa direta e Informações Gerais e Estatísticas, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

Na verdade, a leitura do Quadro 3.63 não parece identificar


a existência de um processo seletivo orientado. Em nenhuma das
7 Universidades existe uma compatibilidade ou harmonia entre o
número global de pesquisas e as suas áreas prioritárias de expansão
do Corpo Docente.

Por outro lado no Quadro 3.69, a distribuição das pesquisas


em andamento por áreas do conhecimento e por Grupos de Uni-
versidades, ressalta 4 características uniformizantes:
(i) sem que se contasse com informações da UFRJ, analisou-
se a distribuição das pesquisas, segundo os departamentos de ori-
gem (básicos ou profissionais), concluindo-se pela existência de
uma participação efetiva das áreas de conhecimento básico, flo-
rescidas a partir da implantação da Reforma Universitária. As-
sim, nota-se uma situação de equilíbrio entre as duas áreas nos
Grupos Especial, 2o. e 3o.; prevalecendo ás áreas profissionais
nos Grupos 4o. e lo. Neste último, apesar do total de pesquisas
profissionais ser maior note-se que, das 3 Universidades nele con-
tidas, duas são de dominância das pesquisas básicas. No 5o. Gru-
po a situação também se mostra claramente favorável às áreas
de conhecimento básico;
(ii) excetuado o 4°. Grupo de Universidades, em todos os demais
Grupos o número maior de pesquisas nas áreas de conhecimentos
fundamentais se encontra em Biologia. Além disso, em 1 Univer-
sidade (UFPA) predominam as pesquisas em Geociências e em
5 outras as pesquisas em Matemática, Física e Química. Entre es-
tas úitimas, 3 pertencem ao 4o. Grupo (UFCE, UNB, UFSC) e 2
outras ao lo. e 3o Grupos com números inexpressivos (UFMT
e UFAL);
(iii) nas áreas de conhecimentos profissionais prevalecem:
501
Grupo Especial — Tecnologia
lo. Grupo — Saúde
2o. Grupo — Ciências Agrárias
3o. Grupo — Saúde
4o. Grupo — Ciências Agrárias
5o. Grupo — Ciências Agrárias

Excluindo o pequeno número de pesquisas (8) nas Universi


dades que participam do Grupo Espeeial, as preferências dos ou-
tros Grupos de Universidades se bipartem entre Saúde e Ciências
Agrárias;
(iiii) ainda nas áreas de conhecimentos profissionais, em to-
daá as Universidades do 2o. Grupo obviamente predominam as
pesquisas em Ciências Agrárias.

Afora estas, constata-se uma espécie de divisão geográfica das


pesquisas.
De Brasília em direção ao Norte do País, com exceção apenas
da UFC (95 Ciênc;as Agrárias e 26 Saúde), todas as Universidades
acusam um número superior de pesquisas nas áreas de Saúde e de
Ciências Sociais Aplicadas. Estas últimas correspondendo apenas
a 2 Universidades (FUMA e UFSE), com um número global de 5
pesquisas nesta área.

Ao contrário, de Minas Gerais e Espírito Santo em direção ao


Sul do País, as preferências das Universidades recaem sobre as
áreas da Tecnologia (4) e das Ciências Agrárias. Em 3 Universi-
dades predominam as Ciências Agrárias: UFMG, UFRS e UFSM.
Padece portanto existir uma regionalização territorial das pes-
quisas universitárias nas áreas de conhecimentos profissionais.
Esta regionalização provavelmente responde à intensidade e na-
tureza dos "inputs" sócío-econômioos que distinguem espacial-
mente o País.
Além disso, é provável que cada Universidade desenvolva es-
pecializações nas áreas de conhecimento mais solicitadas pela sua
zona de influências. Alguns exemplos, escolhidos aleatoriamente,
demonstram esta incidência:

Pará
— Micoses profundas na Amazónia
— Rezadores, Pajés, Puçangas
Ceará
— Flora do Ceará
— Estudo de biologia da pesca de lagostas no Ceará
Brasília
— O setor terciário como absorvedor de mão-de obra
— Eplepisa em Sobradinho
Minas Gerais

502
— Poluição do Ar Características do Aero dispersoldes em
Belo Horizonte
— Tipologias sócio-econômicas dos municípios mineiros e Es-
tudos de Renda Familiar
R. Q. do Sul
— Preço médio pago ao produtor pelo quilo vivo de suínos
1948/1971
— Comportamento agrário da área metropolitana de Porto
Alegre.
Em resumo, o maior volume de pesquisas em andamento pa-
rece não se ajustar às áreas consideradas prioritárias para a expan-
são do Corpo Docente. Por sua vez, em quase todas as Universi-
dades, o número de pesquisas na área de conheciments básicos
se concentra preponderantemente em Biologia, enquanto nas áreas
(profissionais em maior número elas obedecem a uma bipartição
espacial, claramente visualizada.
Sendo assim, e na ausência de uma política nacional para as
pesquisas universitárias, estas características ou tendências ins-
piram apenas duas hipóteses de explicação: ou as Universidades
não comandam a seleção das pesquisas e ela se processa absolu-
tamente condicionada aos "inputs" regionais que, por sua vez têm
por canal, ou filtro, a iniciativa do pesquisador ou das agências
financiadoras; ou as Universidades, no comando da seleção das
pesquisas, não iniciaram ainda a integração com o ensino, o que
importaria em ajustar o crescimento harmónico das duas ativida-
des.
Certo, a orientação ministerial é no sentido de reconhecer
prioridade às áreas de Saúde, Tecnologia e Educação. No entanto,
as pesquisas nestas áreas representam, como vemos no Quadro
3.64. apenas 38% do total de pesquisas em andamento nas áreas
profissionais.
QUADRO 3.64
U N I V E R S I D A D E S FEDERAIS
PESQUISAS EM S A Ú D E , TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO

NÚMERO DE % SOBRE PESQUISAS EM


ÁREA PESQUISAS ÁREAS PROFISSIONAIS

Saúde 331 25,3


Tecnologia 181 13,8
Educação 45 3,4

TOTAL 557 42,6

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas Convénio


MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

Mas o Quadro 3.69 revela que somente em 12 Universidades as


pesquisas em Saúde e Tecnologia se encontram entre as 3 áreas
profissionais quantitativamente mais desenvolvidas. Na área de
Educação, em apenas 11 das 30 Universidades.

503
Também é certo que em todas as Universidades há sempre
um órgão que formalmente seleciona as pesquisas para justificar,
por exemplo, a concessão de regimes especiais de trabalho. Po-
rém é pouco provável que este órgão conduza as suas decisões
tendo em vista o processo de integração com o ensino.

No que tange ao acompanhamento das pesquisas este é, em


geral, realizado pelo órgão coordenador de pesquisas, existente
em 20 Universidades. Algumas vezes porém ele é feito por outros
órgãos, cuja identificação foi impossível.
QUADRO a.65
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ACOMPANHAMENTO DAS PESQUISAS PELA COORDENAÇÃO CENTRAL

SIGLAS SIM NÃO NÃO SE APLICA SEM RESPOSTAS

FUAM X
UFPA X
FUMA X
UFPI X
UFCE X
UFRN X
UFPB X
UFPE X
UFRPE X
UFAL X

UFSE X

UFBA X
UFES X
UFMG X
UFJF X
UFV X
UFOP X
FUBER X
UNB X
UFGO X
UFMT X
UFRJ X
UFRRJ X

UFF X
UFSCAR X
UFPR X
UFSC X
UFRS X
UFSM X
FURG X
UFPEL X

TOTAL 16 3 6 6

FONTE: Pesquisa direta, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

Doze Universidades afirmam que este acompanhamento se tem


operado, efetivamente. Não se dispõe, entretanto, de dados que
permitam captar o papel deste acompanhamento no processo de
integração de ensino e. pesquisa.
Os planos de trabalhos dos Departamentos, que desenvolvem
pesquisas, são submetidos também a controle e avaliação por dife-
rentes órgãos.

504
Q U A D R O 3.66
UNIVERSIDADES FEDERAIS
Ó R G Ã O S R E S P O N S Á V E I S P E L O C O N T R O L E E A V A L I A Ç Ã O DOS P L A N O S
D E T R A B A L H O DOS D E P A R T A M E N T O S

SIGLAS CONSELHO DEPARTAMENTO UNIDADE C O N S E L H O DE COORDENAÇÃO SUB R E I T O R I A


DEPAR (INCLUSIVE DE ENSINO E DO ENSINO PREJU
TAMENTAL CHEFEI ENSINO PESQUISA CURSO (SEÇÃO TÉCNI- DICADA
CA DE E N S I N O I

FUAM X
UFPA X
FUMA X
UFPI X
UFCE X
UFRN X
UFPB x
UFPE X
IIFRPE X
UFAL X
UFSE X
UFBA X
UFES X
UFMG X
UFJF X
UFV X
UFOP X
FUBER X
UNB X
UFGO X
UFMT X
UFRJ X
UFRRJ X
UFF X
UFSCAR X
UFPR X
UFSC X
UFRS X
UFSM X
FURG X
UFPEL x
TOTAL 04 08 03 02 01 06 07

F O N T E : Pesquisa direta, Convénio M E C / D A U - U F B A / I S P , 1973.

Não existem informações disponíveis que descrevam ou sugi-


ram o grau de compatibilização entre o trabalho dos órgãos de
coordenação central e dos departamentos. Na etapa de acompa-
nhamento das pesquisas é difícil responder até que ponto o contro-
le e avaliação têm levado em conta o objetivo da integração do
ensino e pesquisa.
A integração das atividades de ensino e pesquisa nas unidades
está prevista nos Incisos I, II e III do Artigo 2o. do Decreto-Lei
53/66:
"I — Cada unidade Universitária — Faculdade, Escola ou
Instituto — será definida como órgão simultaneamente de en-
sino e pesquisa no seu campo de estudos.
II — O ensino e pesquisa básicos serão concentrados em unida-
des que formarão um sistema comum para toda a Universi-
dade.
III — O ensino de formação profissional e a pesquisa aplica-
da serão feitos em unidades próprias, sendo uma para cada
área ou conjunto de áreas profissionais afins dentre as que
se incluam no plano da Universidade".
Assim como no Artigo 11.° da Lei 5.540, que estipula a "uni-
dade de funções de ensino e pesquisa, vedada a duplicação de meios
para fins idênticos ou eqmvalentes".
O exercício integrado das funções de ensino e pesquisa tem
como condição preliminar a articulação destas atividades no pla-
no estrutural pela transformação, tanto das Unidades exclusiva-
mente voltadas para o ensino, quanto das unicamente atuantes na
pesquisa, em Unidades que integram ambam as atividades, tal
como prevê a Legislação Reformadora.
Ass;m, os antigos "Institutos de Pesquisa" deveriam trans-
formar-se em Unidades de Ensino e Pesquisa. Obtivemos que, das
seis Universidades que declararam possuí-los (UFCE, UFPE, UFSC,
UFRS UFSM e FURG), apenas três teriam operado essa trans-
formação (UFCE, UFPE e UFRS).
Já a transformação das Unidades de Ensino em Unidades de
Ensino e Pesquisa apenas pode ser mensurada a partir da inte-
gração destas atividades no âmbito departamental.
O Parágrafo 2o. do Artigo 2o. do Decreto-Lei 252/67 preceitua:
"O Departamento compreenderá disciplinas afins e congre-
gará professores e pesquisadores para objetivos comuns de
ensino e pesquisa, ficando revogadas as disposições contrá-
rias contidas no parágrafo único do artigo 3Ô. e no "caput"
do artigo 22 e seu § 1. da Lei 4.881—A, de 6 de dezembro de
1965."
Os planos de trabalho dos Departamentos não refletem entre-
tanto estes "objetivos comuns". Enquanto as atividades de ensino
são programadas semestralmente, as atividades de pesquisa obe-
decem na maioria das vezes às programações anuais (imposição das
COPERTIDES ) e plurianuais.
Em algumas aliás, as atividades de pesquisa são mínimas. O
Quadro 3.67 salienta que 45% das Universidades inquiridas, acu-
saram menos de 25 pesquisas em andamento durante o ano de
1973.
QUADRO 3.67
UNIVERSIDADES FEDERAIS
PESQUISAS EM ANDAMENTO

UNIVERSIDADES COM
MENOS DE S PESQUISAS MENOS DE 10 PESQUISAS MENOS DE 25 PESQUISAS
UNIVERSIDADES NÚMERO % SOBRE NÚMERO NÚMERO % NÚMERO X
BRUTO DAS UNIVERSIDA- BRUTO ACUMULADO BRUTO ACUMULADO
DES INQUIRIDAS

Número 2 10 5 26 9 46
Siglas FUAMeUFMT FUAM, UFMT. FUMA, FUBER FUAM. UFMT, FUMA, FUBER
eFURG FURG, UFRN, UFAL, UFSE.
UFRPE

FONTE: Inform açoes Gerais e Estatísticas, Convénio M EC/DAU-UFBA/ISP. 1973.

506
Por outro lado, os docentes que estão também absorvidos em
atividades de pesquisa representam um número bastante peque-
no com relação ao total de docentes: 16% em 21 Universidades
(vide Quadro 3.70). Ainda mais, as respostas de 232 departa-
mentos de 31 Universidades informam que apenas em 84 deles o
pessoal docente participa da execução de pesquisas.
As quatro variáveis já citadas parecem demonstrar que não
existe ainda uma integração do ensino e pesquisa nas atividades
universitárias. A importância qualitativa destas não guarda nen-
huma equivalência. Além disso, a distribuição dos efetivos docen-
tes, nas diferentes áreas de conhecimentos, ressalta descompas-
sos gritantes com a repartição das linhas de pesquisas em anda-
mento .
QUADRO 3.68
UNIVERSIDADES FEDERAIS
PESQUISAS, CURSOS DE PÔS-GRADUAÇAO E DOCENTES
POR ÁREA DE CONHECIMENTO (1)
(EM PERCENTUAIS)

ÁREAS DE CONHECIMENTO PESQUISAS CURSO DE DOCENTES


PÔS-GRADUAÇÂO

Ciências Exatas a Tecnologia 24,7 29,1 26,6


Ciências Biológicas e Profissões da Saúde 36,2 29,1 34.2
Ciências Agrárias 27,5 18,2 52
Ciências Humanas 8,5 20,0 27,9
Letras 2,2 3.6 3.2(2)
Artes 0,9 0,0 2.9

TOTAL 100,0 100,0 100,0

(1) S6 foram levadas em consideração as Universidades que enviaram informações sobre


pesquisas em andamento; portanto, foram excluídas dos cálculos: UFPB; UFPE,
UFPO, UFGO, UFPR, UFSCAR, UFRJ, UFJF e UFPEL, embora os outros dados
estejam disponíveis.
(2) Quando Letras e Artes constituem departamento único, computou-se na área de
Letras. „
FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio MEC/DAU - UFBA/ISP, 1973.

Os maiores descompassos ocorrem, sugestivamente, nas áreas


de Ciências Agrarias e Ciências Humanas.
3.2.3 — AUSÊNCIA DE DUPLICAÇÃO DE MEIOS

Diz o Artigo lo. do Decreto-Lei n. 53, de 18 de novembro de


1966:
"As Universidades Federais organizar-se-ão com estrutura e
métodos de funcionamento que preservem a unidade de suas fun-

de ensino e pesquisa e asseguram a plena utilização dos seus re-


cursos matéria1 s e humanos, vedada a duplicação de meios para
fins idênticos ou equivalentes". Assim também estatui o Artigo
11o. da Lei 5.540 "unidade de funções de ensino e pesquisa, ve-
dada a duplicação de meios para fins idênticos ou equivalentes".
Nestes dispositivos se esteia o chamado princípio da não-duplicação
dos meios.

507
Na atividade de pesquisa, à aplicação deste princípio não pode
ser restritivamente uniforme.
Mas disto não se infere uma utilização necessariamente comu-
nitária de todos os meios de pesquisa.
Dentro do espírito da Reforma, parece que a "não-duplicação
de meios" no setor de pesquisas significa apenas a concentração de
alguns serviços (administração, bibliotecas e laboratórios), "para
fins idênticos ou equivalentes". Seria absurdo, por exemplo, co-
gitar-se de impedir a duplicidade de pesquisas sobre um mesmo
assunto ou dentro da mesma área. Disto não cogita a Reforma.
Ora, com estes limites, a não-duplicação de meios resulta como
uma consequência da correta implantação da Reforma nos planos
estrutural e funcional.

3.2.4 — CONCLUSÃO

O conjunto de dados e informações disponíveis parece sugerir


as seguintes conclusões:
a) a atividade de pesquisa continua secundária e suplemen-
tar no contexto universitário;
b) o estímulo à pesquisa, depois da Reforma, aparece como
o resultado da implantação de mecanismos especiais que
financiam os regimes especiais de trabalho dos docentes;
c) as Universidades, via de regra, não possuem um Progra-
ma Geral de Pesquisas; daí porque suas Coordenações
Centrais operam ainda em moldes excessivamente empí-
ricos;
d) no processamento de pesquisas, o comando é individual
e/ou estranho à Universidade. Sob a coerção de "inputs"
sócio-econômicos, configura-se uma sorte de sistemática
espontânea, a nível nacional. Mas não existe compati-
bilidade entre a iniciativa e seleção das pesquisas, de um
lado, e a definição de expansão prioritária, de outro;
e) no controle e avaliação das pesquisas interferem vários
órgãos paralelos e às vezes superpostos;
f) a incidência dos itens "c" e "d" determina um processo
não dirigido de desenvolvimento da função pesquisa, ten-
do-se assim, como das muitas consequências, a dificul-
dade de implementação de integração entre o ensino e a
pesquisa.

508
Q U A D R O 3.69
U N I V E R S I D A D E S FEDERAIS
PESQUISAS EM ANDAMENTOS SEGUNDO ÁREAS DE CONHECIMENTO DOS DEPARTAMENTOS ENVOLVIDOS
QUADRO 3.70
UNIVERSIDADES FEDERAIS
RESPONSÁVEIS PELAS PESQUISAS EM ANDAMENTO SEGUNDO CATEGORIA FUNCIONAL E REGIME DE TRABALHO

FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

OBS: O não aparecimento das Universidades: UFOP, UFSCAR e UFPEL do 29 Grupo; UFJF do 3° Grupo; UFPB, UNB, UFGO e UFPR do 4°
Grupo;
UFPE do 5.° Grupo; UFRJ do 6° Grupo deve-se ao fatode não terem fornecido as informações solicitadas.
3.3 — EXTENSAO

O Decreto Lei 252/67, no seu Artigo 10°., diz que:


"A Universidade em sua missão educativa deverá estender à
comunidade sob a forma de cursos e serviços as atividades de en-
sino e pesquisa que lhes são inerentes.
Parágrafo único: Os cursos e serviços de extensão universi-
tária podem ter coordenação própria e devem ser desenvolvidos
mediante a plena utilização dos recursos materiais e humanos da
Universidade, na forma de que dispõe o Art. 1o. do Decreto Lei n°.
53 de 15 de novembro de 1966".
De acordo com estes dispositivos, as Universidades, ao se re-
estruturarem, procuraram normatizar a atividade de extensão no
que concerne à organização de cursos e serviços, à existência de
coordenação própria e à responsabilidade pela elaboração dos pla
nos e programas.
A Lei 5.540 de novembro de 1968, no seu Artigo 20°., ratifica
as disposições contidas no Decreto-Lei 252/67, e no Artigo 40°.,
alínea a, consigna a participação do Corpo Discente nos programas
de melhoria das condições de vida da comunidade e no processo
de desenvolvimento, através das atividades de extensão.
Neste relatório procura-se analisar de que forma as Universi-
dades vêm desenvolvendo a extensão no que se refere à organiza-
ção dos serviços, aos recursos utilizados e às atividades desen-
volvidas.
3.3.1 — A ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE EXTENSÃO

A Legislação da Reforma Universitária não emprestou maior


ênfase à organização das atividades de extensão. Os cursos e ser-
viços de extensão não se acham obrigatoriamente vinculados por
lei, especificamente, a nenhum dos órgãos que compõem a estru-
tura universitária. O Decreto-Lei 252/67 (Artigo 10°., Parágrafo
único), faculta às Universidades a criação de uma coordenação
própria às atividades de extensão. Daí que em algumas delas a
extensão aparece como iniciativa isolada de departamentos ou
da Reitoria, deixando de haver muitas vezes uma integração fun-
cional .
A análise dos documentos legais evidenciou que a coordena-
ção da extensão, no plano da Administração Superior, é efetuada
por órgãos das mais diversas naturezas, tais como: Câmaras,
Coordenações, Sub-Reitorias ou Pró-Reitorias, Comissões, Depar-
tamentos e até mesmo Divisões. A situação de cada Universidade
no que tange a esta questão pode ser precisamente visualizada nos
organogramas das Reitorias, disponíveis no item 2 deste Relatório.
No levantamento em campo um razoável número de Univer-
sidades (20) indicou a existência de órgãos de coordenação de
extensão. Como pode ser visto no Quadro 3.71, apenas 4 (quatro)
instituições declararam não possuir este tipo de coordenação
(FUBER, FUAM, UFF e UFRJ).

511
QUADRO 171
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EXISTÊNCIA DE ÔRGAOS DE COORDENAÇÃO DE EXTENSÃO SEGUNDO GRUPOS DE UNIVERSIDADES

EXISTÊNCIA DE ÓRGÃOS DE COOP DENAÇÃO DE EXTENSÃO TOTAL DE UNI-

GRUPOS DE UNIVERSIDADES VERSIDADES QUE

SIM NÃO SEM INFORMAÇÃO COMPÕEM 0 GRUPO

GRUPO ESPECIAL 1 1 — 2
1° GRUPO 1 2 3
2° GRUPO 3 3 6
3° GRUPO 4 1 1 6
49 GRUPO 1 8
5° GRUPO 4 1
69 GRUPO 1
— 5
— 1

TOTAL 20 4 7 31

FONTE: Pesquisa Direta, Convénio MEC/DAU - UFBA/ISP, 1973.

A existência de programas de extensão (Quadro 3.72) foi re-


gistrada em 9 Universidades, a saber: a UFV (2.° Grupo); a
UFRN (3o. Grupo); UFPA, UNB, UFSC (4o. Grupo); e em todas
as do 5o. Grupo, à exceção da UFRS.
O Quadro 3.72 apresenta os órgãos responsáveis pela fixa-
ção dos programas gerais de extensão supracitados.

QUADRO 3.72
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EXISTÊNCIA E PROGRAMA GERAL DE EXTENSÃO SEGUNDO OS GRUPOS DE UNIVERSIDADES

ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA FIXAÇÃO DO PROGRAMA


PRO-REITO-
UNIVERSIDADES NÃO TEM CAMARÁ DE CONSELHO RIA DE ASSUN- SEM INFOR-
SEGUNDO OS GRUPOS PROGRAMA EXTENSÃO DE EXTENSÃO TOS COMUNITAR. OUTROS MAÇÃO

GRUPO ESPECIAL 2
1° GRUPO 1 2
2° GRUPO 3 1 2
3° GRUPO 4 1 1
4° GRUPO 4 1 - 1 1 1
5° GRUPO 1 1 2 1
6° GRUPO 1
TOTAL 15 I 2 4 1 7
FONTE: Pesquisa Direta, Convénio MEC/DAUUFBA/ISP, 1973.

A elaboração dos planos e programas se verifica pela compati-


bilização das sugestões enviadas pelos departamentos, unidades e
Centros.
Indagou,-se aos responsáveis pela Administração Académica
nas diversas Universidades se os departamentos elaboram planos
de extensão, assim como sobre sua periodicidade, obtendo-se as se-
guintes respostas:
512
QUADRO 3.73
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EXISTÊNCIA E PERIODICIDADE DE PLANOS DEPARTAMENTAIS DE EXTENSÃO

NÃO RES-
GRUPOS DE UNIVERSIDADES SEMANAL ANUAL OUTROS SEM PRAZO NÃO PONDEU PREJUDICADA

GRUPO ESPECIAL
FURG X

FUBER X
1° GRUPO
UFPI X

UFSE X
UFMT X

2° GRUPO
UFRPE X

UFRRJ X

UFOP X

UFV X
UFSCAR X
UFPEL X
3° GRUPO
FUAM X
FUMA X

UFRN X

UFJF X
UFAL X
UFES X
4° GRUPO
UFPA X
UFCE X

UFPB X *
UNB X
UFGO x
UFSC X
UFSM X

UFPR X
SP GRUPO
UFPE X
UFBA X
UFF X
UFMG X
UFRS X
6P GRUPO
UFRJ X

TOTAL 2 6 3 4 13 1 2

FONTE: PESQUISA DIRETA, CONVÉNIO MEC/DAU-UFBA/ISP. 1973.

Nota-se que os planos departamentais são mais frequentes


(15) que os planos centralizados (9) para a atividade de extensão.
A análise da periodicidade revela que o funcionamento da ativida-
de de extensão, dificilmente tem como unidade de programação o
semestre, pois apenas em duas Universidades (UFPA, UFPR) tal
se verifica.
Para o exercício das atividades de extensão, apenas em 8 Uni-
versidades são mobilizados departamentos de todas as áreas; con-
centram-se estes, nas Universidades do 4o. e 5o. Grupos e na
UFRRJ (2o. Grupo). Nas demais, as atividades de extensão fi-
cam a cargo dos departamentos de uma ou mais áreas.
Do universo amostrado de departamentos, declararam par-
ticipar nos programas centrais de extensão 38% do total. Veri-
ficamos que nas Universidades de tamanho médio e de criação
relativamente recente, esta participação atinge uma taxa de 51%.
Os departamentos que mais atuam são os das áreas de Educa-
ção, Ciências Agrárias e Saúde. A participação dos departamentos
da área de Geociências é muito baixa.

513
QUADRO 374
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTOS MOBILIZADOS PARA O EXERCÍCIO DAS ATIVIDADES
DE EXTENSÃO SEGUNDO GRUPOS DE UNIVERSIDADES

ALGUMAS DAS ÁREAS

CIÊNCIAS
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS SEM INFOR-
GRUPOS DE TODAS EXATAS E E PROFIS- CIÊNCIAS CIÊNCIAS LETRAS CIRCUNS- MAÇÃO/PRE-
UNIVERSIDADES AS ÁREAS TECNOLOGIA SÕES SAÚDE A G R A R I A S HUMANAS TANCIAL JUDICADA

GRUPO ESPECIAL 1 1 1
1° GRUPO 3
2° GRUPO I 1 1 1 2 3
3° GRUPO 3 3 4 1 1 1
4° GRUPO 3 1 1 1 2 2
5° GRUPO 4 1 1
6P GRUPO 1

TOTAL 8 6 7 1 7 1 5 10

FONTE: PESQUISA DIRETA. CONVÉNIO MEC/DAU-UFBA/ISP. 1973.

QUADRO 3.75
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EXISTÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO DEPARTAMENTAL NOS
PROGRAMAS DE EXTENSÃO DA UNIVERSIDADE POR ÁREAS DE CONHECIMENTO
(EM PERCENTUAIS)

ÁREAS DE CONHECIMENTO SEM INFORMAÇÃO SIM NAO PREJUDICADA/ TOTAIS


SEM INFORMAÇÃO

CIÊNCIAS MATEMÁTICAS
FÍSICAS E QUÍMICAS 7 29 57 7 100
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 0 32 63 5 100
GEOCIÊNCIAS 12 12 76 0 100
CIÊNCIAS HUMANAS E
FILOSOFIA 14 29 57 0 100
LETRAS 7 43 50 0 100
ARTES 11 33 56 0 100
SAÚDE 3 51 44 2 100
TECNOLOGIA 0 35 55 10 100
EDUCAÇÃO 0 71 29 0 100
CIÊNCIAS SOCIAIS
APLICADAS 6 26 62 6 100
CIÊNCIAS AGRARIAS 0 63 37 0 100

TOTAIS 5 39 53 3 100

FONTE: PESQUISA DIRETA, CONVÉNIO MEC/DAU - UFBA/ISP, 1973.

A análise da participação departamental no programa central


de extensão pode também ser feita segundo os diversos grupos de
Universidades. Verificamos então que a existência da participação
é majoritária apenas entre os departamentos do 4o. Grupo (51%),
sendo mais ploblemática no Grupo Especial e 6o. Grupo, nos quais
84 e 73% dos departamentos respectivos, não participam da pro-
gramação central das atividades de extensão.
A forma de participação dos departamentos que se revelou
mais usual é a de encaminhar docentes e/ou discentes para ati-
vidades de extensão centralmente programadas: 16% dos depar-
tamentos pesquisados a efetuam. Esse tipo de participação atin-
ge maiores taxas nos departamentos do lo. Grupo a participação
no órgão central tem um maior peso relativo nas Universidades do
4o. Grupo. O Quadro 3.77 apresenta, em detalhes, estas infor-
mações .

514
QUADRO 3.76
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EXISTÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO DEPARTAMENTAL NOS PROGRAMAS
DE EXTENSÃO DA UNIVERSIDADE POR GRUPOS DE UNIVERSIDADES
(EM PERCENTUAIS)

GRUPOS DE UNIVERSIDADES SEM I N F O R M A Ç Ã O SIM NAO PREJUDICADA TOTAIS


NÃO SE APLICA

GRUPO ESPECIAL 8 8 84 0 100


1° GRUPO 7 36 57 0 100
2° GRUPO 19 34 47 0 100
19 GRUPO 0 36 62 2 100
4° GRUPO 0 51 43 6 100
5° GRUPO 6 40 46 8 100
6P GRUPO 0 27 73 0 100

TOTAIS 38 53 100

FONTE: PESQUISA DIRETA, CONVÉNIO MEC/DAU - UFBA/ISP, 1973.

QUADRO 3.77
UNIVERSIDADES FEDERAIS
FORMA DE PARTICIPAÇÃO DEPARTAMENTAL NO PROGRAMA CENTRAL DE EXTENSÃO
IEM PERCENTUAIS)!

ENCAMINHA DO-
CENTES E/OU SUGERE E-
DISCENTES PA- LEMENTOS PARTICI- 0 DEPARTAMEN-
RA ATIVIDA- DE CONTEÚ- PA NO 0R- OUTRAS TO NAO PARTICI-
SEM IN- DES CENTRAL- DO PARA 0 GÂO CEN- FORMAS DE PA DO PROGRA-
GRUPAMENTO DE FORMAÇÃO/ MENTE PROGRA- PROGRAMA TRAL DE PARTICI- MA DA UNIVERSI-
UNIVERSIDADES PREJUDIC. MADAS GERAL EXTENSÃO PAÇÃO DADE TOTAIS

GRUPO ESPECIAL 8 0 0 0 8 84 100


1° GRUPO 7 7 0 7 22 57 100
2° GRUPO 21 16 0 0 16 47 100
3° GRUPO 9 17 0 0 11 62 100
4° GRUPO 16 16 0 11 14 43 100
5° GRUPO 22 25 2 2 2 46 100
6° GRUPO 7 7 0 0 13 73 100

TOTAIS 15 16 1 4 11 53 100

FONTE: PESQUISA DIRETA, CONVÉNIO MEC/DAU-UFBA/ISP. 1973.

O Quadro 3.78 a seguir apresenta as várias formas de parti-


cipação, segundo as áreas de conhecimento dos departamentos. A
forma de maior relevo, que como já se disse, é o "encaminhamento
de docentes e/ou discentes para as atividades centralmente pro-
gramadas", tem importância relativa maior nas áreas de Artes.
Saúde, Tecnologia e Educação. Observa-se que, para o conjunto
das áreas básicas este tipo de participação é relativamente menos
importante que para as áreas de conhecimento aplicado.

515
QUADRO3.78
UNIVERSIDADES FEDERAIS
FORMA DE PARTICIPAÇÃO DEPARTAMENTAL NAS ATIVIDADES DE EXTENSÃO
|EM PERCENTUAIS)

ENCAMINHA D O
CENTESE/OU SUGERE ELE-
DISCENTES PA- MENTOS DE 0 DEPARTAMEM-
SEM IN- RA AS ATIVIDA- CONTEÚDO PA- PARTICIPA TO NÃO PAR-
FORMAÇÃO/ DES CENTRAL- RA 0 PRO- NO ÓRGÃO TICIPA NO
Á R E A S DE PREJUDI- MENTE PROGRA- GRAMA GE- C E N T R A L DE PROGRAMA DAS
CONHECIMENTO CADA MADAS RAL EXTENSÃO OUTROS UNIVERSIDADES
TOTAIS

CIÊNCIAS MATE-
MÁTICAS, FÍSI-
CAS E QUIMICAS 25 7 0 4 7 57
CIÊNCIAS BIOLO 100
GICAS 16 5 0 5 11 63 100
GEOCIÊNCIAS 13 0 0 0 12 75 100
CIÊNCIAS HUMA-
NASE FILOSO-
FIA 19 5 0 5 14 57 100
LETRAS 22 14 0 0 14 50 100
ARTES 22 22 0 0 0 56 100
SAÚDE 12 26 3 5 10 44 100
TECNOLOGIA 10 21 0 0 7 62 100
EDUCAÇÃO 0 36 0 14 21 29 100
CIÊNCIAS SOCI-
AIS APLICADAS 14 12 0 6 6 62 100
CIÊNCIAS AGRA-
RIAS 0 13 0 0 50 37 100

TOTAIS 15 16 1 4 11 53 100
FONTE P e s q u i s a , Convenço MEC OAU UFBA/ISP 1973

O planejamento das atividades de extensão mostrou-se tam-


bém problemático no âmbito das tradicionais Unidades de Ensino.
Verificou-se que 45% delas não incluem esta atividade nos seus
planos. O Quadro 3.79 reflete a problemática da programa-
ção da extensão no âmbito das Unidades amostradas.
Q U A D R O 3.79
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EXISTÊNCIA E P E R I O D I C I D A D E DOS PLANOS DE E X T E N S Ã O DAS U N I D A D E S DE ENSINO
(EM P E R C E N T U A I S )

GRUPOS DE U- P E R I O D I C I D A D E DO P L A N O INEXISTE I N E X I S T E A- SEM IN- TOTAL


N I V E R S I DADES P L A N O DE T I V I D A D E D E FORMAÇÃO
SEMESTRAL ANUAL OUTROS EXTENSÃO EXTENSÃO

GRUPO ESPECIAL
- 50 17 33
_ _ 100
1° GRUPO
2 ° GRUPO
25
17

17

9
50
40
25
13

4
100,
100
3° GRUPO 13 9
— 56 22
— 100
4° GRUPO
5° GRUPO
20
30
10
8
40
6
30
42

8

6
100
100
6P GRUPO
TOTAL
14
20
14
13

8
72
45
_
11

3
100
100

FONTE: PESQUISA D I R E T A , C O N V É N I O M E C / D A U - U F B A / I S P , 1973.

Nota-se que a ausência de planejamento caracteriza funda-


mentalmente as atividades de extensão desenvolvidas pelas Uni-
dades de Ensino da UFRS (72%). Por outro lado depreende-se
também que é nos Grupos 1o. e 3 o . que a espécie desta função se
revela mais problemática, haja visto que, por um lado, 25 e 22%
das suas Unidades respectivamente não realiza a atividade, en-
quanto 50 e 56% delas não planeja aquilo que executa neste setor.
Observa-se que enquanto as atividades de pesquisa e extensão
não são programadas, de modo dominante, segundo os semestres
letivos, tal não ocorre com a atividade de ensino. Segundo os di-
retores de Unidades, 65% delas planejam o ensino semestralmen-

516
te, enquanto que 18% fazem-no para a atividade de pesquisa. Es-
tes percentuais dão uma medida da desintegração existente entre
as funções de ensino, pesquisa e extensão.
O exercício da atividade de extensão também tem lugar no
nível dos Centros (sejam eles coordenadores de departamentos,
sejam coordenadores de Unidades). Dentre esses apenas 14% não
atua em extensão, sob qualquer forma que seja, conforme podemos
ver no Quadro 3.80. A atuação mais relevante, no âmbito do
exercício propriamente dito da atividade, é a de ministrar cursos
e/ou seminários à comunidade; a prestação de serviços à mesma
também se mostrou uma importante atividade. Os Grupos 4 o . e 6o.
revelaram-se os mais profícuos em termos das atividades de exten-
são desenvolvidas. A administração desta função é, no entanto,
uma atividade de menor importância para os Centros do Grupo
4°., ainda que envolva cerca de 50% dos Centros da UFRJ. Os
Giupos Especial e 3.° são aqueles em que o exercício da extensão
atinge mais baixos percentuais.

QUADRO 3 . 8 0
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ATIVIDADE DE EXTENSÀO DESENVOLVIDAS PELOS CENTROS
(EMPERCENTUAISI

MINISTRAR EX1"ENSAO

CAMPUS A V A N . SERVIÇOS A CURSOS E/OU ADMINISTRAR NAO EXERCE SEM IN-


GRUPOS DE UNIVERSIDADES ÇADOECRUTAC COMUNIDADE SEMINÁRIOS EXTENSÃO OUTRAS EXTENSÃO PREJUDICADA FORMAÇÃO TOTAL

CURSO ESPECIAL 20 20 20 40 100


1° GRUPO
2° GRUPO NENHUMA UNIVERSIDADE DESTE GRUPO POSSUI CENTROS
3° GRUPO 7 20 20 7 39 7 100
4°GRUPO 3 14 29 11 7 25 11 100
5° GRUPO 100 100
6°GRUPO 17 33 50 100

3 12 19 17 0 14 12 17 100
TOTAL
FONTE PESQUISA DIRETA. CONVÉNIO MEC/DAU UFBA/ISP. 1973

1.3.2 — ATIVIDADES DE EXTENSÃO

A identificação das atividades de extensão desenvolvidas pe-


las Universidades Federais brasileiras baseou-se principalmente
no material informativo coletado no âmbito departamental. In-
quiridos sobre as atividades empreendidas nesta área, os chefes
de departamentos ofereceram variadas respostas que foram clas-
sificadas segundo a tipologia seguinte: cursos e/ou seminários;
prestação de serviços à comunidade e programas de ação comu-
nitária .
O Quadro 3.81 mostra as informações coletadas neste âm-
bito segundo as áreas de conhecimento dos departamentos amos-
trados.

517
QUADRO 3.S1
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ATIV1DADESDE EXTENSÃO DESENVOLVIDAS PELOS DEPARTAMENTOS SEGUNDO ÁREAS DE CONHECIMENTO
(EM PERCENTUAIS)

0 DEPARTAMEN-
PRESTAÇÃO DE PROGRAMAS TO NÃO MANTÉM
CURSOS E/OU SERVIÇOS A DE AÇÃO ATIVIDADES
ÁREAS DE CONHECIMENTO NAO INFORMOU SEMINÁRIOS COMUNIDADE | COMUNITÁRIA PESQUISA OUTROS PREJUDICADA DE EXTENSÃO

CIÊNCIAS MATEMÁTICAS.
FÍSICAS E QUIMICAS 7 29 0 0 0 4 4 56 100
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 5 16 15 0 0 16 16 32 100
GEOCIÊNCIAS 0 12 0 0 0 D 0 88 100
CIÊNCIAS HUMANAS £
FILOSOFIA 0 29 5 0 5 5 0 66 100
LETRAS 0 57 7 0 0 0 7 29 100
ARTES 0 33 11 0 11 11 23 100
SAÚDE 0 20 13 8 0 5 8 46 100
TECNOLOGIA 0 24 6 0 0 14 0 65 100
EDUCAÇÃO 0 36 0 14 0 7 7 36 100
CIÊNCIAS SOCIAIS
APLICADAS 3 20 g 0 0 9 9 50 100
CIÊNCIAS AGRARIAS 0 0 24 13 0 38 0 25 100
TOTAIS
.-' 2b 8 3 0 9 6 47 100

FONTE PESQUISA DIRETA. CONVÉNIO MÉC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

O elemento de destaque imediato é dado pela alta per-


centagem de departamentos que não realizam atividades de exten-
são (47% do total pesquisado). Esta atividade é fundamen-
talmente característica dos departamentos de Artes (onde
78% mantém extensão), Ciências Agrárias (75%), Letras (71%),
Ciências Biológicas (68%) e Educação (64%). N o t a m o s ,
nesta enumeração, que, à exceção das áreas das Ciências Agrá-
rias e Educação, iodas as demais onde a extensão é uma função
claramente presente incluem-se entre os conhecimentos ditos bá-
sicos. Vale ressaltar que os departamentos de Geociências são
aqueles que atuam proporcionalmente menos em extensão (12%).

A atividade dominante nesta área parece ser a promoção de


cursos e/ou seminários; esta envolve 25 % dos departamentos pes-
quisados .

Os mais atuantes neste sentido são os de Letras (57%), Edu-


cação (36%) e Artes (33%).

Já a prestação de serviços à comunidade (atendimentos t»


consultas, consultorias, assistência jurídica e social, e t c ) , é mais
incidente nos departamentos de Ciências Agrárias (24%), Saúde
(13%) e Ciências Biológicas (15%). Ainda que a Assistência Ju-
rídica e Social envolva 9% dos departamentos da área de Ciên-
cias Sociais Aplicadas, esta atua em extensão sobretudo pela rea-
lização de cursos e seminários, conforme declaração. Note-se que
estranhamente 5% dos departamentos da área de Ciências Huma-
nas arrolam a pesquisa (sic) como uma atividade de extensão).
Este parece ser .um caso de interseção entre as duas atividades
quando, por exemplo, pode-se empreender pesquisas como forma
de dar suporte a posteriores ou concomitantes programas de ação
comunitária ou assessoramento e consultoria.

O Quadro 3.82 apresenta estas mesmas atividades segundo os


grupos de Universidades.

518
QUADRO 3.82
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ATIVIDADES DE EXT ENSÀO DESÉNVOLV DAS PELOS DEPARTAMENTOS SEGU SIDO GRUPO DE UNIVE tSIDADES
(EMPERCENTUA1SI

ODEPARTAMl N
PRESTAÇÃO DE PROGRAMAS TO NÂO MANTÉM
CURSOS E/OU SERVIÇOS A DE AÇAO ATIVIDADES
UNIVERSIDADES NÀO INFORMOU SEMINÁRIOS COMUNIDADE COMUNITÁRIA PESQUISA OUTROS PREJUDICADA DE EXTENSÃO 1 TOTAIS

GRUPO ESPECIAL 0 23 8 0 0 0 0 69 100


14 36 14 0 0 7 0 29 100
1°GRUPO 0 19 15 6 0 13 0 47 100
0 15 11 4 0 2 0 68 100
2° GRUPO 2 27 4 3 0 19 B 37 100
2 31 6 2 2 6 15 36 100
0 33 0 0 0 7 7 53 100
3GRUPO
4° GRUPO 2 25 6 3 0 9 6 47 100

TE PESQUISA DIRE TA. Convénio MECÍDAU UFBA/ISP. 1973.


5°GRUPO
6 GRUPO

Nota-se que os Grupos Especial, 2o. e 6o. são os que menos


exercem atividades de extensão, sendo minoritários os seus de-
partamentos atuantes.

A realização de cursos e/ou seminários é a atividade de exten-


são dominante em todos os sete grupos, ainda que no 1.°, 2.° e 3.°
a prestação de serviços à comunidade também se mostre uma ati-
vidade de relevo.

Na categoria "Programas de Ação Comunitária incluem-se


as atividades das Universidades em "campi" avançados, Projeto
Rondon e Centros Rurais Universitários de Ação Comunitária
(CRUTACS).
Estes útimos são tipicamente uma forma de ação das Univer-
sidades sobre sua própria área de influência. Esta atuação é ca-
racterística das Universidades nordestinjas, sendo inclusive ori*
ginária do projeto que se iniciou em 1965 na UFRN. Segundo as
informações que se conseguiu obter, mantêm Programas CRUTAC
as seguintes Universidades: UFRN (desde 1965), FUMA (1970),
UFPE (1970), UFCE (1971), UFSE e UFAL (1972). A FUAM já
está autorizada a por em funcionamento o seu Projeto CRUTAC.

Diversamente destes Projetos, os "campi" avançados carac-


ter zam-se por constituírem uma forma de atuação das Universi-
dades fora da sua área de influência. Distinguem-se do Projeto
Rondon pelo caráter de vinculação permanente às áreas a ela des-
tinadas, contrariamente à transitoriedade e variedade típicas da
atuação do RONDON.

O Quadro 3.83 permite visualizar a distribuição, por


Grupos de Universidades, das 12 instituições que mantêm "cam-
pi" avançados.
A Universidade pioneira neste tipo de atuação foi a UFJF.

519
Q U A D R O 3.83
UNIVERSIDADES FEDERAIS
E X I S T Ê N C I A DE " C A M P U S " A V A N Ç A D O POR A N O DE I N S T A L A Ç Ã O
E GRUPOS DE U N I V E R S I D A D E S

EXIST. DE CAMPUS A V A N Ç A D O

GRUPOS DE ANO DE INSTALAÇÃO N A O POS-


UNIVERSIDADES t S U I CAM SEM IN-
N A O DECLA PUS A V A N FORMAÇÃO
69 j 70 71 72 73 ROU 0 ANO TOTAL ÇADO

GRUPO ESPECIAL 1 1 1
1° GRUPO 3
2° GRUPO 2 2 4
3° GRUPO 1 2 4
4° GRUPO 1 1 2 4 3 1
SP GRUPO 1 1 1 3 2
6P GRUPO 1

TOTAL I 1 2 2 4 2 12 18 1

F O N T E : PESQUISA D I R E T A . C O N V É N I O M E C D A U - U F B A / I S P , 1973.

Outra linha de atuação, em termos de extensão, até aqui não


referida, é a que se denomina como difusão cultural.
Consta a mesma, em sua essência, de atividades como: concer-
tos, espetáculos teatrais, exposições, filmes, conferências, congres-
sos, concursos, etc. Tem caráter recreativo e cultural sendo reali-
zada seja através de órgãos Suplementares seja através de Setores
da Administração Superior das Universidades. Incluem-se neste
item, entre outros, os programas de radiodifusão, as jornadas
culturais, o Festival de Inverno de Ouro Preto (da UFMO) e o
Festival Nordestino de Curta Metragem (da UFBA).
No campo da radiodifusão destaca-se o projeto Saci realiza-
do por convénio a UFRN, o Governo do Estado do Rio Grande do
Norte e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais; visa o lança-
mento de um satélite nacional para emissão de programas edu-
cativo-culturais, tendo sido escolhido como área-teste o Estado do
Rio Grande do Norte.
Nota-se que esta se constitui numa atividade que ocupa boa
parte das Universidades Federais, sendo talvez a forma de atua-
ção mais tradicional no campo da extensão.
3.3.3 _ CONCLUSOES
A atividade de extensão constitui-se na forma preponderante
de atuação da Universidade sobre o meio, seja ele em sua área de
influência ou não; esta atuação permite levar-lhe ao exercício das
atividades de ensino e pesquisa que tipificam a instituição univer-
sitária .
Não dispomos de dados que nos permitam concluir se, no exer-
cício desta atividade, as Universidades aliam a possibilidade de
utilizar a extensão como mecanismo para captação de recursos
financeiros. Isto parece viável, ao menos como forma de tornar
auto-sustentável o exercício desta mesma função.

520
DO ponto de vista d*, execução desta atividade note-se que
a ausência de programação global domina na realidade pesquisa-
da, chegando mesmo a verificar-se que 4 (quatro) Universidades
(entre as 24 que informaram) não possuem sequer uma Coorde-
nação Central para esta atividade.
Considerando-se apenas aquelas que formulam uma progra-
mação centralizada, nota-se ainda que a participação departa-
mental nestes programas é bastante problemática. Por um lado
verifica-se a precária articulação entre o exercício desta ativida-
de sob comando da Administração Central e sob a chancela dos
departamentos. Estes desenvolvem programas que, na maioria das
vezes, não se conectam com aqueles que têm lugar no âmbito da
administração central.

Verifica-se, inclusive, que mesmo a participação dos departa-


mentos nos programas centrais tem lugar em condições que não
são as ideais, qual seja, o simples encaminhamento de docentes
e/ou discentes para o exercício destas atividades.

Esta desintegração transfere-se ainda do plano estrutural para


o próprio plano funcional no qual o cumprimento da extensão, na
maioria das vezes, pouco tem a ver com o exercício das funções de
ensino e pesquisa em sua forma usual.

Quiçá uma grande parte das dificuldades que enfrenta a


"Extensão" para se afirmar e integrar completamente no seio das
atividades universitárias, decorra do fato de não ser esta propria-
mente uma terceira "Função" da Universidade, que participe da
mesma natureza e do mesmo nível conceituai do ensino e da
pesquisa. Seria ela talvez, antes, uma das formas de exercício das
funções puras (ensino e pesquisa).

O próprio desequilíbrio e ênfase que se verifica na legislação


seria já um reflexo disso. E as dificuldades até hoje presentes no
ambiente universitário brasileiro sempre que se tenta definir-lhe
o conceito, nada mais seriam que um reflexo desse mesmo fato.

Não obstante tudo isso, justifica-se o esforço em prol do des-


taque da Extensão como uma terceira grande função. Talvez
que essa caracterização somente venha a perder o sentido quando
a Universidade brasileira estiver, já como regra, norma, hábito
e rotina, efetivamente "extendida" ao seu meio ambiente, com ele
transacionando em total intimidade.

521
1 — O ESTUDANTE E A REFORMA
mobilizar a participação do aluno em todos os momentos da vida
da Universidade. Instituída legalmente, deveria constar em to-
dos os órgãos colegiados e comissões constituídas.
Teria o estudante oportunidade de contribuir para a melho-
ria do sistema educacional, a partir de uma reflexão crítica se-
guida de sugestões, inclusive nos planos decisórios da Univer-
sidade .
Para a coleta de dados, programou-se entrevistar 62 estudan-
tes, que exercem cargos representativos nos Conselhos Superiores
das 31 Universidades Federais do Brasil, sendo 2 entrevistados
em cada instituição. Na realidade porém, apenas foram ouvidos
35 estudantes, sendo que em 7 dessas instituições de educação su-
perior apenas 1 representante foi inquirido; em 14 outras, 2 fo-
ram questionados, como previsto, e nas 11 restantes, nenhum es-
tudante se pronunciou.
QUADRO 4.1
UNIVERSIDADES FEDERAIS
REPRESENTANTES ESTUDANTIS JUNTO AOS
CONSELHOS SUPERIORES ENTREVISTADOS

NÚMERO DE TOTAL DE
REPRESENTAN- UNIVERSIDADES UNIVERSI-
TES OUVIDOS DADES

Um FUAM, FUMA, UFPE, U F A L , UFGO, UFSM,


UFPEL 7
Dois UFPA. UFCE, UFRN. UFPB. UFBA, UFMG,
UFJF, UFV, FUBER, UFF, UFPR, FURG.
UFSE, UFRS. 14
Não há re-
presentação
nos Conse-
lhos Supe- UFPI, UFRPE, UFES, UFOP, UNB, UFRJ,
riores UFRRJ, UFSCAR, UFSC. 9
Os Conselhos
não estão
implantados UFMT 1

TOTAL 31

FONTE: Pesquisa direta, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP. 1973.

As outras fontes utilizadas foram informações fornecidas pe-


los Reitores e por membros dos Conselhos de Ensino e Pesquisa
das 31 Universidades.
As entrevistas realizadas com os Reitores revelaram que em
apenas 4 Universidades não existe nenhuma representação estu-
dantil, junto aos órgãos colegiados e comissões instituídas, como
preceitua a legislação: Universidade Federal do Piauí, Universi-
dade Federal Rural de Pernambuco, Universidade Federal do Rio
de Janeiro e Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Nas demais Universidades onde não foram entrevistados re-
presentantes estudantis nos Conselhos Superiores, isto deveu-se
ao fato de que essa representação não existe naqueles órgãos, po-
dendo ocorrer em órgãos colegiados em outros níveis. E final-
mente, na UFMT, ao fato de que os Conselhos não estão em fun-
cionamento .

526
Com vistas a uma comparação entre a realidade e as propo-
sições, encontra-se dentre as Universidades que têm representa-
ção do aluno no seu Conselho de Ensino e Pesquisa, 7 que a ini-
ciaram em 1969, 7 em 1970; 3 adotaram a representação estu-
dantil em 1971 e 3 em 1973. Existe 1 Universidade que não se
pronunciou em relação ao período de adoção desta representa-
ção: a UFSM.
Nos Conselhos de Ensino e Pesquisa do Rio Grande do Norte,
Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Goiás e Santa Maria, exis-
tem entre 1 a 2 representantes do alunado. Encontra-se na Uni-
versidade Federal do Amazonas, bem como do Maranhão, Sergipe,
Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e a Universidade do
Rio Grande, de 5% a 14% de seus componentes, representantes
estudantis. As 6 Universidades que apresentam de 15% a 20%
dos membros dos seus Conselhos de Ensino e Pesquisa, na con-
dição de alunos, identificam-se como UFPA, UFJF, UFV, FUBER,
UFF e UFCE, esta última exatamente observando o teto legal
de 1/5.
Para 11 dos alunos entrevistados, (31,4%), todos represen-
tantes do Corpo Discente nos Colegiados Superiores das Univer-
sidades, a representação estudantil, nos termos em que se tem
feito efetiva, é considerada um dos "aspectos negativos" da Re-
forma, em contraposição a 8 opiniões que a consideraram um
"aspecto positivo".
4.3 — MONITORIA
A legislação é clara, quando institui a monitoria, consideran-
do-a de valor especial para o processo de transformação das Uni-
versidades brasileiras, levando-se em conta suas duas funções
principais: -
a) recrutamento de docentes
b) elo entre docentes e discentes
As duas funções se encontrariam em termos de uma mesma
meta: a maior participação no ensino e na pesquisa por parte do
aluno dentro da Universidade.
Consultados os departamentos amostrados, a existência de
monitores por Grupos de Universidades assim se evidencia:
Q U A D R O 4.2
U N I V E R S I D A D E S FEDERAIS
EXISTÊNCIA DE MONITORES NOS DEPARTAMENTOS
POR GRUPOS DE UNIVERSIDADES
(Em percentuais)

Não
Sabe Sim Não TOTAL

Grupo Especial 0 31 69 100


1° Grupo 0 57 43 100
2° Grupo 0 63 37 100
3° Grupo 0 55 45 100
4 ° Grupo 1 67 32 100
5° Grupo 2 69 29 100
6P Grupo 0 67 33 100
TOTAL 1 62 37 100
FONTE: Pesquisa dire ta, Convên o M E C / D A U - UFBA/ISP, 1973.
527
Observa-se que a progressiva utilização de monitores guarda
correlação com o tamanho e idade das Universidades, ressalvan-
do-se aquelas que integram o 3o. Grupo.
No conjunto das Universidades, os departamentos que não
mantêm monitores (37%) declaram como razões: não atendimen-
to superior às solicitações já feitas; ausência de recursos, necessi-
dade não ocorrida, ausência de interesse pelos estudantes, entre
outras.
Vale ressaltar aqui que, a despeito de uma já considerável uti-
lização de monitores em mais de 50% dos departamentos pesqui-
sados e de que estes declaram, em maioria absoluta, que a ativida-
de predominante destes monitores é o "auxílio ao professor", é
fácil perceber que as dimensões em que se logrou até aqui implan-
tar os Programas de Monitorias, muito longe estão de atingir,
por completo, o seu objetivo mais ambicioso: servir de elo entre
docentes e discentes. Assim é que, entre os considerados "aspectos
negativos" da Reforma, os estudantes entrevistados ainda decla-
ram (como em todos os tempos têm declarado), a falta de inte-
gração professor-aluno.

4.4 — ASSISTÊNCIA AO ESTUDANTE


O Decreto-Lei de n.° 252—67 prevê, no seu Artigo 6.°, que
se criem órgãos suplementares, inclusive de assistência ao es-
tudante. A função desses órgãos abrange todo tipo de "assis-
tência", seja de ordem social, seja de ordem financeira. A assis-
tência social se apresenta como assistência médico-odontológica,
ou apenas médica, como acesso aos restaurantes universitários, às
residências universitárias, para alunos de ambos os sexos.
Ao se analisarem as informações provenientes das entrevistas,
encontram-se dentre as 31 Universidades estudadas, 2 que não dis-
põem de assistência ao estudante. Dentre as 29 que mantêm este
tipo de órgão, 15 os criaram com a reestruturação, 6 já os man-
tinham e mantiveram inalterados, enquanto que 7 outras modi-
ficaram os seus órgãos assistenciais tendo em vista as proposições
da Reforma. Da UFSCAR não se obtiveram maiores informações.
As duas Universidades onde não há órgãos de assistência ao
alunado são: Fundação Universidade Federal de Ouro Preto e
Fundação Universidade de Uberlândia. Mas aí, existem Fundações
que cuidam de alguns aspectos da questão.
As novas Universidades, criadas com a Reforma Universitá-
ria (UFPI, UFSE e UFMT), trouxeram a assistência estudantil
como um de seus elementos componentes. Além destes, criaram-
se órgãos de assistência no período da Reforma nas seguintes Uni-
versidades: FUAM, UFPA e FUMA no Norte, UFRN, UFRPE e
UFAL no Nordeste, UFES e UFRRJ no Leste e UFSC, UFRS, UFSM
e FURG no Sul.

528
Duas grandes Universidades mantiveram inalterado seu se-
tor de assistência estudantil (a UFMG e a UNB). Como também
três outras de menor porte (UFJF, UFV e UFPEL). Mas a maioria
das Universidades' onde já existiam órgãos de assistên-
cia, introduziu-lhe modificações para adequá-los à Reforma Uni-
versitária. Encontram-se neste caso algumas das maiores do
País e mais antigas, como a UFRS, a UFPR, a UFF, a UFBA e a
UFPE. Reformularam também sua assistência ao aluno, a UFSC
e a UFPB.
As informações referentes aos tipos de ajuda em vigor nas
Universidades permitem classificá-los em 2 tipos: assistência so-
cial (incluindo habitação e alimentação) e ajuda financeira (in-
cluindo a remuneração por serviços prestados, como é o caso da
monitoria e da bolsa do trabalho, que visam retirar o aspecto es-
tritamente paternalista que imperava tradicionalmente).

Quanto à ajuda financeira, excetuando-se o Grupo Especial


(composto de' 2 Universidades, das quais uma só oferece bolsas
de estudos e a outra, a FUBER, não mantém Assistência ao Estu-
dante), pôde-se ver, no Quadro 4.3, as modalidades desta assis-
tência. Observa-se que não se incluiu neste quadro a Monitoria
como forma de ajuda, devido à especificidade dos seus objetivos,
o que, aliás, foi razão suficiente para lhe assegurar um tratamento
próprio, em tópico à parte.
QUADRO 4.3
UNIVERSIDADES FEDERAIS
MODALIDADES DE AJUDA FINANCEIRA AO ESTUDANTE

GRUPOS DE BOLSA DE BOLSA DE ESTAGIO EMPRÉSTIMO OUTRAS


UNIVERSIDADES MANUTENÇÃO TRABALHO REMUNERADO
(MEC)

1° GRUPO
UFPl X
UFSE X X
UFMT X X

2° GRUPO
UFRPE X X X
UFRRJ X X
UFV . x
UFPEL X
3° GRUPO
FUAM X X
FUMA X X X
UFRN X X
UFJF X X
UFAL X X X
UFES X X
4° GRUPO
UFCE X X X
UFPB X
UNB X X X
UFGO
UFSC X
X
X "
UFSM X X X
UFPR X X
5° GRUPO
UFPE X X X X
UFBA X X X X
UFF X
UFMG X X X X X
UFRS X X X
6° GRUPO
UFRJ X

TOTAL 11 21 15 4 10

FONTE: Pesquisa direta. Convénio MEC/DAU - UF8A/ISP, 1973

529
A modalidade Bolsa-Trabalho (MEC) é a de maior frequência
(em 21 Universidades é encontrada), seguida do estágio remune-
rado e da bolsa-manutenção. O empréstimo é a de menor incidên-
cia, ocorrendo, apenas, em 4 dessas instituições. Em "outras mo-
dalidades" que não as especificadas, são declaradas isenções de
taxas, bolsas de alimentação, bolsa-trabalho (ou similar) da pró-
pria Universidade em convénio com empresas particulares ou ou-
tras organizações. A própria Monitoria, já analisada, é declarada
por algumas Universidades como forma de assistência, embora nes-
te estudo não se adote este entendimento.

Considerando-se essas declarações, e a partir da menor inci-


dência dos empréstimos (alguns, inclusive, em fase de extinção)
e mesmo das bolsas de manutenção, pode-se perceber que as Uni-
versidades estão tendendo a desvincular-se do tradicional assisten-
cialismo, para orientar-se para uma ajuda mais eficaz, quando,
em contra-partida, se exige dos assistidos alguma atividade. Vide
a frequência da bolsa-trabalho e do estágio remunerado. Além
disso, se vem sendo observada a integração destas atividades com
as de formação do aluno, a "ajuda" poderá sobremaneira favore-
cer a própria produtividade do ensino ou do aprendizado, nessas
instituições.

Embora deva ser considerada apenas uma amostra (pois não


foi possível a utilização das declarações de algumas Universidades
por ausência ou por discrepância nos dados fornecidos), vale a pe-
na ver-se o percentual de atendimento às solicitações de ajuda fi-
nanceira dos estudantes.
Maior capacidade de atendimento, se evidencia nas Univer-
sidades do 1.°, 5.° e 6.° Grupos, em torno de 70%, não se aten-
dendo a 50% das solicitações no 3.°, 2.° e Grupo Especial. Vaie
salientar que se desconhecem as razões do não atendimento.

QUADRO 4.4
UNIVERSIDADES FEDERAIS
NÚMERO DE SOLICITANTES DE AJUDA FINANCEIRA E ATENDIMENTO ÁS SOLICITAÇÕES
1° SEMESTRE DE 1973

GRUPOS DE NÚMERO DE SOLICITANTES ATENDIMENTOS RELAÇÃO .


UNIVERSIDADES UNIVERSIDADES (Al (B) B/A
INCLUÍDAS

Grupo Especial 1 360 170 47.22


1? Grupo 3 825 585 70,91
2° Grupo 3 , 1.688 768 45.49
3° Grupo 2 1.S2S 625 40.87
4° Grupo 4 3.327 1.888 56,74
5° Grupo 3 8729 6.180 70,79
6P Grupo 1 824 634 76,94

TOTAL 17 17.282 10.850 62,78

FONTE: Pesquisa direta. Convénio MEC/DAU - UFBA/ISP, 1973.

530
A participação de representantes estudantis no processo de
seleção para ajuda financeira assim ocorre:

Q U A D R O 4.5
U N I V E R S I D A D E S FEDERAIS

PARTICIPAÇÃO DOS REPRESENTANTES E S T U D A N T I S NA SELEÇÃO PARA A J U D A F I N A N C E I R A

GRUPOS DE SIM NÃO NÃO D E C L A R A D O /


UNIVERSIDADES NÃO SE A P L I C A

Grupo Especial 1 1
1° Grupo 1 2
2° Grupo 1 3 2
3° Grupo 1 4 1
4° Grupo 4 3 1
5° Grupo 5
6PGrupo 1

TOTAL 8 18 5

% 26 58 16

FONTE: Pesquisa direta, Convénio M E C / D A U - UFBA/ISP, 1973.

Somente em 8 Universidades, isto é, 26% do total, esta par-


ticipação se verifica; em 58% tal não ocorre em 5 instituições
(16% do total) não há informação ou não se aplica, por não exis-
tir esta modalidade de assistência.
Segundo as declarações dos encarregados de Assistência ao
Estudante, obteve-se que 22 mantêm restaurantes e 19 mantêm
residências universitárias

Tomou-se conhecimento, também, de que exclusivamente em


8 Universidades não é possível a obtenção de mais um tipo de au-
xílio. Vide Quadro 4.6.

QUADRO 4.6
UNIVERSIDADES FEDERAIS
POSSIBILIDADES DE CONCESSÃO DE MAIS DE UM TIPO DE BENEFICIO AO MESMO ESTUDANTE

AJUDA FINAN-
AJUDA FINAN- AJUDA FI- CEIRA + RE- RESIDÊNCIA
GRUPO DE CEIRA + NANCEIRA + SIDÊNCIA • + NÃO SE NÃO
UNIVERSIDADES RESIDÊNCIA RESTAURANTE RESTAURANTE RESTAURANTE APLICA DECLARADA TOTAL

Grupo Especial 2 2
I I l 1 1 I I

1° Grupo 2 1 3
I 2 1 I I I

2° Grupo 2 1 2 1 6
3° Grupo 2 3 6
4° Grupo 4 1 1 6
5° Grupo 3 5
6° Grupo 1 1
TOTAL 2 3 12 2 10 2 31

FONTE: Pesquisa direta. Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973,

531
4.5 — ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA REFORMA
UNIVERSITÁRIA NA PERSPECTIVA ESTUDANTIL
Considerou-se como válida a opinião dos representantes es-
tudantis sobre a implantação da Reforma segundo a sua pers-
pectiva.
Nesta expectativa é que se solicitaram aos representantes
estudantis, nos Conselhos Superiores das Universidades estuda-
das, declarações quanto aos aspectos positivos e negativos da Re-
forma segundo sua visão. A maior incidência dentre os "posi-
tivos" foi para a "Flexibilidade Curricular" (23%), seguida da
"Melhoria de Ensino" e "participação do Corpo Discente", com
11%, e do "Sistema de Créditos", com 10%.
Em contrapartida, com relação aos aspectos negativos os
maiores índices recaíram sobre o "Sistema de Créditos" (15%),
(o que se supõe, em correlação com os aspectos positivos, se re-
fira à sua implantação ainda não satisfatória), e "Participação
do Corpo Discente" (10%), a "Falta de Infra-Estrutura" e a "Fle-
xibilidade Curricular", cada um com 9% de respostas negativas
quanto a sua eficiência. Diante desta constatação, pode-se obser-
var que a despeito da consideração como aspectos positivos, sente
o estudante os percalços de uma implantação ainda não sedi-
mentada, principalmente no que se refere ao Sistema de Cré-
ditos e à Flexibilidade Curricular, instrumentos básicos da nova
estrutura académica que se impôs com a Reforma.
QUADRO 4.7
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA REFORMA UNIVERSITÁRIA CONSIDERADOS PELOS REPRESENTANTES
ESTUDANTIS SEGUNDO GRUPOS DE UNIVERSIDADES

GRUPOS DE UNIVERSIDADES
GRUPO 1° 2» 3* 5°
ESPECIAL GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO
4° GRUPO TOTAL %
Aspectos Positivos 11 4 7 13 22 14 71 100
% 15 6 10 18 31 20 100
Flexibilidade Curricular 1 1 1 4 6 3 16 23
Sistema de Créditos 1 2 1 2 1 7 10
Integração Professor/Aluno 2 1 1 4 6
Melhoria do Ensino 3 1 3 1 8 11
Administração 1 2 2 5 7
Departamentalização > 1 2 3
Participação do Corpo Discente 1 1 1 2 2 8 11
. Vestibular Classificatório — 1 1 2 3
Outros 1 4 3 7 2 17 23
Não Declarou — 1 1 2 3
Aspectos Negativos 11 18 100
% 10 3 13 17 46 108
l-alta de Infra-Estrutura 2 3 12 16 42 17 100
Decorrências do Cicio Básico — 1 4 3 10 9
Orientação (problemas) 1 2 1 3 1 7 6
Perda da Qualidade do Ensino — 2 2 1 6 6
Sistema de Créditos (avaliação) — 1 3 1 5 5
Flexibilidade Curricular (vagas, semestralização, 2 2 8 2 16 15
carga-horária etc.) 1 2
Participação do corpo discente (problemas) — 2 2 4 1 16 9
Vestibular (opções, único) — 1 6 4 11 10
Deslocamento Interno — 1 2 1 4 4
Massificação do Ensino — 1 1 2 3
Problemas Relativos a Assistência ao Estudante 1 1 1 2 4 4
Outros 4 1 2 2
Não Existe Aspectos Negativos 1 1 4 11 3 24 21
Não Declarou 1 1 3 3
1 1 1 1 4 4

FONTE: Pesquisa direta, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

OBS.: Na UFRJ não houve entrevistas, pois não há representação estudantil nos Conselhos Superiores.

5X2
Ainda como aspectos positivos são declarados: a administra-
ção, a integração professor/aluno, a departamentalização, o ves-
tibular classificatório entre outros.
Não declaram quaisquer aspectos positivos somente 2 estu-
dantes, entre os trinta e cinco entrevistados.
No que concerne aos aspectos negativos, ademais dos já ci-
tados evidenciam-se decorrências do ciclo básico, orientação,
perda de qualidade do ensino, vestibular (opção e único) e mas-
sificação do ensino, entre outros.
Quantitativamente, está no 4.° grupo, e nos aspectos nega-
tivos, a maior frequência de respostas.
Consultados quanto aos problemas da vida Académica, os
representantes estudantis declaram a "Reprovação", o "Tranca-
mento de Matrícula", a "Evasão" e a "Transferência", como os
problemas que mais os afligem por ordem de importância.
Segundo a opinião destes, o que mais se manifesta é a "Re-
provação" (para 36% dos entrevistados), o "Trancamento" (para
22%), a "Transferência" (para 16%) e a "Evasão" (para 9%).
Vide Quadro 4.8.
QUADRO 4.8
UNIVERSIDADES FEDERAIS
INCIDÊNCIA DE FENÓMENOS PROBLEMÁTICOS NASCIDA ACADÉMICA. DO PONTO DE VISTA DOS ALUNOS

GRUPO DE TRANSFE NÃO HA NÃO N Ú M E R O DE


UNIVERSIDADES TRANCAMENTO REPROVAÇÃO EVASÃO RÊNCIA PROBLEMAS DECLARARAM RESPOSTAS

Grupo Especial 1 1 1 1 1 1 6
1° Grupo 2 2
2° Grupo —
3 —
2 —
1 —
1
— —
— 7
3° Grupo 2 4 .1 2 1 1 11
4° Grupo
SP Grupo
4
2
6
7

2
2
3
2

1
14
15
6 ° Grupo —
TOTAL —
12 —
20 —
5 —
9 —
6 —
3 55—
FONTE: Pesquisa direta. Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

Entre os motivos declarados para que os índices de reprova-


ção se constituam em grave problema, foram indicados, entre
outros:
a) horário incompatível com o trabalho do discente
b) ausência de orientação
c) deficiências do ensino médio
d) despreparo docente
e) excesso de alunos nas turmas
f) determinadas disciplinas

Em se tratando de "Trancamento da Matrícula", segundo


pronunciamento dos representantes discentes, as causas recaem
sobre:
a) a função do ciclo básico, "uma vez que o aluno é forçado
a aceitar uma situação que não é escolhida por ele";

533
b) o não cumprimento das expectativas do educando em
relação à matéria em que se matriculou;
c) a inadaptação da carga horária às conveniências parti-
culares;
d) o descontentamento com o curso que se está a realizar;
e) a oferta de disciplinas em horários incompatíveis entre
as mesmas;
f) o baixo rendimento escolar;
g) o excesso de matrículas nas disciplinas;
h) as falhas no sistema de avaliação.
Em relação à problemática da "Transferência", foram apon-
tadas pelas informações coletadas, falhas pertinentes a:
a) falta de padronização curricular entre as Universidades;
b) imposição do curso que o aluno não deseja fazer;
c) impedimento de transferência interna para outro curso
ou área;
d) aplicação de conhecimentos por parte do professor,
inacessíveis à formação anterior dos alunos.
No que se refere à "Evasão", as informações também eviden-
ciaram descontentamento com relação aos padrões adotados, quais
sejam:

a) mudança de horário de curso que impossibilita o aluno


de trabalhar;
b) número elevado de alunos nos cursos;
c) incapacidade dos alunos para aquisição dos novos conhe-
cimentos;
d) falta de inclinação para o curso que está a realizar, em
decorrência do processo seletivo utilizado para ingresso
na Universidade.
Ao se fazer uma apreciação sobre as informações em questão,
é fácil constatar a coerência em função dos problemas que influem
negativamente na vida económica. Confrontando-se estes dados
com o quadro dos aspectos negativos da Reforma, encontra-se
uma razoável dose de consistência nas reflexões do Corpo Discen-
te, quanto àquilo que não o está satisfazendo na implantação da
Reforma.
Observa-se que aspectos como o Jubilamento, que se caracte-
riza de suma importância no Sistema Universitário, ainda não
atingiu a comunidade estudantil como o fizeram as outras variá-
veis.
A flexibilidade curricular não se tornou realidade para cerca
de 50% dos entrevistados, indicando estes como causas de sua
534
não concretização: deficiências no planejamento de vagas por
disciplinas, deficiências do ensino e sobrecarga de disciplinas no
currículo pleno. Entre os Grupos de Universidades, é o 5o Grupo
aquele em que se concentra o maior número de declarações da
não-flexibilidade curricular.
Um outro aspecto que merece destaque especial é o "Ciclo
Básico", instituído nos cursos de graduação com a "tríplice fun-
ção" de:

a) recuperar as falhas evidenciadas pelo vestibular no per-


fil de cultura dos novos alunos;
b) orientar para escolha da carreira e
c) proporcionar estudos básicos para os ciclos ulteriores.
O ciclo básico parece não ter conseguido atender às
suas finalidades e, ao contrário, é apontado como base de todo
o desajuste do estudante que ingressa na Universidade, como de-
monstram muitas das declarações anteriormente mencionadas.
A ausência de orientação ao aluno é aí, também, declarada co-
mo causa de certos problemas da vida académica. E apesar de sua
existência ocorrer em 13 Universidades, segundo os entrevistados,
somente no período de matrícula, seus beneficiários respondem
que em 10 destas não há benefícios efetivos para o aluno.
Quanto ao atendimento do sistema de biblioteca, para 40%
dos entrevistados é este insuficiente, regular para 267c, bom para
23% e ótimo para 11%.
Entre as razões declaradas para a deficiência se encontram:
escassez ´de livros, desatualização de obras, espaço físico insufi-
ciente, horários de funcionamento reduzido, falta de recursos para
aquisição e despreparo dos encarregados, entre outros.
Finalmente, pode-se concluir que a filosofia inspiradora da
Reforma Universitária parece ainda não se haver logrado transmi-
tir ao estudante, que reclama a falta de informações quanto ao
conteúdo e propósito daquilo que foi adotado, segundo se alega,
para beneficiar a sua aprendizagem. Aí também interfere um ou-
tro fator negativo apresentado pelos alunos, que é o "desconheci-
mento da Reforma Universitária por parte dos próprios profes-
sores" .

Evidenciar as dificuldades na implantação da Reforma, é o


segundo dos três objetivos do Convénio. Isso se faz, indiretamen-
te, por contínuas sondagens em todo o universo sob análise: não
se escolhem tempo e lugar dos obstáculos. Diretamente, porém,
recorreu-se a instrumento de captação que é uma questão aberta
alcançando 12 dos 16 questionários individualizados por unidade
de informação:

535
"Como o entrevistado visualiza, a partir de sua vivência nesta
Universidade, o processo de implantação da legislação da Refor-
ma? (Esclarecer os elementos que facilitam e dificultam esta im-:
plantação, sua receptividade na comunidade universitária, etc.)' .
O que se segue, pois, é a análise do explicitado como dificul-
dades e facilidades para a implantação (metodologicamente alc-
-adas conforme o esquema teórico de desenvolvimento do Projeto
que se relata), circunscrita ao universo das respostas à questão
(ver Quadro 5.10). Não esgota, por definição, o problema. Antes,
serve de referência à sua definitiva compreensão.

536
5 — DIFICULDADES E FACILIDADES NA IMPLANTAÇÃO
DA REFORMA
5.1 — DIFICULTADORES E FACILITADORES EM
"ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO"
Declaram-se no campo de Estrutura e Organização 178 difi-
culdades per 120 facilidades, distribuídas era 27 dificuldades por
44 facilidades no sub-campo Estrutura e Organização Académica;
116 dificuldades por 14 facilidades no sub-campo Estrutura e Or-
ganização Administrativa; 35 dificuldades por 62 facilidades no
sub-campo Estrutura e Organização Departamental.
O campo é o de maior quantidade de declarações de facilida-
des. O sub-campo Estrutura e Organização Académica, de todos
os sub-campos, é o de menor quantidade de declarações de difi-
culdades:

5.1.1 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO ACADÉMICA

QUADRO 5.1
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DECLARAÇÕES EM ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO ACADÉMICA
UNIVERSA- UNIVERSA-
ELEMENTOS DIFICULTADOREs| FREQUÊNCIA L I D A D E " ELEMENTOS FACILITADORES FREQUÊNCIA LIDADE
Nao-Democratização Decisória 3 3 Sistema Básico Comum 6 3
Excesso de Ôrgâos Decisórios 6 7 Integração por Áreas 17 7
Inexistência do Colagiado de
Curso 5 2 Democratização Decisória 3 3
Não-Participaçâo Discente em
Colegiados 3 2 Colegiado de Curso 12 6
Participação Discente em
Colegiados 6 5
OCORRÊNCIA"' 27 OCORRÊNCIA 44

FONTE: Pesquisa direta, Convínio MEC/DAUUF8A/ISP. 1973,


' QUANTIDADE DE DECLARAÇÕES DO ELEMENTO
•• DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA DO ELEMENTO NAS 12 UNIDADES DE INFORMAÇAO
• • • QUANTIDADE DE DECLARAÇÕES DE DIFICULDADES OU FACILIDADES

A não-democratização decisória é, por ordem de generalidade


(os elementos comparecem nessa ordem), o primeiro dificultador
em Estrutura e Organização Académica. Sua significância é refor-
çada pela do facilitador antitético democratização decisória (é
ponderável reforço de significância o do dificultador pelo facilita-
dor antitético, e vice-versa: a ausência da democratização decisó-
ria, por exemplo, é tanto mais significativa quando se declara a
sua presença como facilitadora para a implantação). Declarada
em sua concreção-institucional, "composição inadequada de cole-
giados", não comporta a rigor maiores comentários: é a pura e
simples inexecução da determinação legal expressa no artigo 14
da Lei n. 5.540, podendo constituir-se em poderoso fator de resis-

537
tência à Reforma. Basta registrar-se que em sua formulação ex-
pressa — "democratização decisória" — chega a ser declarada
como elemento dificultador da implantação. Já a declaração da
condição de facilitador da democratização decisória constitui-se,
para fins de análise, em índice significativo de fertilidade da pro-
posição.
O excesso de órgãos decisórios é declarado enquanto que pro-
motor dos conflitos de competência: Conselho Universitário X
Conselho de Ensino e Pesquisa, Decano X Diretor, Diretor X Co-
legiado de Curso, Unidades X Departamento, Departamento X Co-
legiado de Curso. Sua significância se deve estabelecer por refe-
rência ao princípio genérico (estrutural e organizacional) de ra-
cionalização e consequente descentralização administrativa, posto
pela Reforma. O excesso de órgãos decisórios pode bem ser uma
contrafação da descentralização administrativa, mas sua declara-
ção pode igualmente resultar de uma incompreensão ou até mes-
mo resistência à operação da mesma: na primeira hipótese, os
conflitos de competência teriam indiscutível significação dificul-
tadora; na segunda, não passariam de uma regularidade sistémica,
inerente às experiências organizacionais inovadoras e de correção
progressiva no processo, cu mesmo seriam o preço de uma facili-
tação irreversível, a da descentralização administrativa. Em todo
caso, só uma específica perquirição da estrutura decisória acadé-
mica dirá da significância do dificultador em questão.

A inexistência do colegiado de curso tem sua significância


dificultadora reforçada pela do facilitador antitético colegiado
de curso. Como para a não-democratização decisória e demais
casos análogos, a evidência do fato circunscreve a perspectiva de
análise: trata-se também de não-execução de determinação legal,
a expressa no artigo 13, § 2.° da Lei n. 5.540. A declaração da
condição facilitadora do colegiado de curso, por sua vez, é cen-
trada na substância mesma de sua conceituação: "coordenação
didática dos cursos".
A não-participação discente em colegiados é de significância
dificultadorp reforçada pela do facilitador antitético participação
discente em colegiados. A declaração de ambos, contudo, não
ocorre em abstrato, mas enquanto fator do "não-envolvimento"
ou "envolvimento, discente na Reforma", o que os torna um sub-
produto conceituai da inexistência ou existência de estratégias de
envolvimento, dificultador e facilitador adiante abordados.
O sistema básico comum è o primeiro postulado da Reforma
que comparece expresso como facilitador, o que à primeira vista
levanta a suspeição do óbvio ou do tautológico. Mas se a Re-
forma é um iodo, não deixa por isso de ser processo; em conse-'
quência, há um potencial gerativo em seus instrumentos, a capa-
cidade de desencadear a implantação do sistema (pode-se dizer

538
que a implantação da Reforma facilita a Reforma). O próprio
sistema básico comum é o melhor exemplo possível do afirmado.
Sua declaração como facilitador ocorre em vários níveis, desde
a racionalização estrutural à produtividade do ensino, o que lhe
atribui inclusive excepcional significância: é o único caso decla-
rado de cumprimento do difícil itinerário que vai da modificação
da estrutura (meio) à qualificação do ensino (fim).
A integração por áreas é declarada, nessa formulação gené-
crioa, enquanto elemento "facilitador das interações docentes".
Mas igualmente em sua radicalização conceituai, o Centro, tendo
a "promoção de interdisciplinaridade" como razão de sua condi-
ção. Por outro lado, a Centro-radicalização conceituai chega a cor-
responder o Centro-radicalização estrutural, em sua declaração
de excludência da antiga Unidade, pondo-se em questão a alter-
natividade mesma proposta na Reforma. Ainda uma vez,_só o
recurso a outros índices dirá se aí se trata de uma elaboração da
consciência estrutural e organizacional, ou mera projeção de um
conflito de competência (Centro X Faculdade, Escola ou Insti-
tuto) .
5.1.2 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

QUADRO 5.2
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DECLARAÇÕES EM ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

ELEMENTOS U N I V E R S A i ELEMENTOS UNIVERSA-


DIFICULTADORES FREQUÊNCIA LIDADE FACILITADORES FREQUÊNCIA LIDADE

Inadequação da Infraestru-
tun 84 12 Sistema de Planejamento 7 3
Inexistência de Sistema Reflexos da Reforma Admi-
de Planejamento 7 3 nistrativa 2 1
Centralização Administrati-
va 14 7 Descentralização Adminis-
trativa 5 3
Adminiítrativismo 6 3
Nomeação Presidencial do
Diretor S 4

OCORRÊNCIA 116 OCORRÊNCIA 14

FONTE: Pesquisa direta. Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

O dificultador inadequação de infraestrutura comparece não-


especificado ou especificado: administrativa (23 declarações, ad-
ministrativo-acadêmica (5) e técnica (3). É invariavelmente de-
clarado: inadequação dos meios existentes às novas configurações
institucionais implicadas pela Reforma. Sua significativa frequên-
cia — a maior do campo — põe em pauta um dos problemas no-
dais da implantação. O que aí se declara é, na verdade, a rígida
dicotomização entre a superestrutura científico-cultural da Uni-
versidade e a infraestrutura administrativa do sistema,.como se
aquela pusesse unilateralmente as condições do organismo, res-

539
tando à instância administrativa o curioso papel de infraestrutura
sem" poder de determinação (com o exclusivo poder negativo de
sua dimensão burocrática). Os meios são descurados como se, na
perspectiva da transformação, adequassem mecanicamente uma
postulada neutralidade aos fins da Reforma. Mas outra é a re-
lação entre meios e fins, a só enunciação do facilitador reflexos
da reforma administrativa na reforma académica pondo com cla-
reza o problema: os meios existentes, se não transformados, por-
tam o compromisso da estrutura anterior; transformados, passam
a constituir-se em fator de impulsionamento da implantação da
Reforma. A leitura combinada dos dois elementos leva à acen-
tuada significância da reforma administrativa para a reforma
académica.
A inexistência de sistema de planejamento tem sua signifi-
cância dificultadora reforçada pela do facilitador antitético sis-
tema de planejamento. Reiterando a indissociação entre planeja-
mento e orçamento, é declarada fator da descentralização orça-
mentária, dificultação relevante como instrumento reincidente-
mente declarado da resistência à integração, pelas Unidades. In-
versamente, o sistema de planejamento é declarado fator de inte-
gração estrutural e racionalização administrativa, inclusive por
sua dimensão de centralização orçamentária (aqui se trata, evi-
dentemente, de centralização e descentralização orçamentárias ao
nível de planejamento, e não de execução).

O dificultador centralização administrativa, de significância


reforçada pela do facilitador antitético descentralização adminis-
trativa, é declarado como reivindicação de autonomia da Unidade
em relação ao Reitor, ou denúncia de seu exercício, enquanto de-
clarado pelo Departamento em relação à Unidade,. No primeiro
caso, a análise requer o enquadramento preciso da declaração.
Se se considera a tradição autonomista da Unidade (o objetivo da
Reforma é instaurar a Universidade), e o papel catalizador da
função Reitor para a integração do sistema, devem-se substituir
as colocações. A Reforma propondo uma descentralização estru-
tural (e náo consentida ou conquistada no jogo do poder), do que
se trata é da questão de sua execução — e aqui a departamenta-
lização entra em campo. Em todo caso, o que se descarta é a pos-
tulação de autonomia da Unidade. Mais ainda: sua ocorrência
é um seguro índice de departamentalização viciada. Em matéria
de centralização, tudo aponta na direção da significância dificul-
tadora da exercida pela Unidade, em relação ao Departamento
(não por acaso a descentralização é razão declarada da condição
facilitadora da departamentalização corretamente operada). Po-
de-se argumentar que a declaração adiante feita do "excesso de
Departamentos" como vício da departamentalização, torna a cen-
tralização pela Unidade quase um mal necessário. Mas a questão
real que aí se levanta é de se a alternatividade estrutural da Re-
forma tem foros de originária elaboração sistémica, ou racionali-
zação de hesitações da legislação.

540
O administrativismo — a ênfase no administrativo em detri-
mento do académico — opera no movediço terreno do equilíbrio
entre meios e fins. Ocorre em sua formulação genérica ou especi-
ficado como "daspianismo académico" (sic), subordinação dos va-
lores académicos aos critérios do DASP. Sua significância é forte-
mente reforçada pela implicação declarada com as obstruções ao
recrutamento e a inadequação salarial, elementos dificultadores
de significativa incidência em Recursos Humanos. Opondo-se à
primeira vista ao descuramento dos meios apontados na análise
da inadequação da infraestrutura, é pelo contrário mera projeção
do mesmo: trata-se do poder determinante da burocracia ali men-
cionado. Num caso, o que se declara é a ausência da positividade
dos meios; no outro a consequente presença da sua negatividade.
A nomeação -presidencial do Diretor é declarada como "pre-
judicial às relações Reitor-Diretor" ou "fator de ruptura da uni-
dade universitária". Se é significativo que 3 das 5 unidades de
informação que a declaram não são o Reitor, sua significação
maior, porém, é a da reposição da proposição do Grupo de Tra-
balho para a Reforma Universitária (consubstanciada inclusive
em norma do Ante-Projeto de Lei por este elaborado), e da reco-
mendação formulada no 1.° Encontro de Reitores de Universida-
des Federais: nomeação do Diretor pelo Reitor. Reabre-se, pois,
a questão.
5.1.3 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DEPARTAMENTAL

QUADRO 5.3
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DECLARAÇÕES EM ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DEPARTAMENTAL

ELEMENTOS UNIVERSA- ELEMENTOS UNIVERSA-


DIFICULTADORES FREQUÊNCIA LIDADE FACILITADORES FREQUÊNCIA LIDADE

Departamentalização V i c i a -
da 21 8 Departamentalização 60 11
Não-Autonomização do De— Autonomização do De-
partamento 14 1 parlamento 2 1
OCORRÊNCIA 35 OCORRÊNCIA 62

FONTE: Pesquisa Direta, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

Os vícios da departamentalização constituem-se provavelmen-


te no mais significativo elemento dificultador da implantação da
Reforma. A departamentalização podendo ser considerada o ins-
trumento sintetizador daquela, não chega a surpreender a con-
centração das forças de resistência em torno à sua execução. Os
vícios declarados, "catedratização do Departamento", "Unidades
sem abrangência", "excesso de Departamentos", em sua só enun-
ciação são intuitivas análises genético-intencionais dos procedi-

541
mentos da distorção: manutenção do poder do (ex)-catedrático,
não-incorporação de Unidades por princípio dissolúveis, indepen-
dência do grupamento docente resistente à integração. Mas, a
rigor, por trás dessas múltiplas noções o que ha é um só fato vi-
cioso: a reprodução por cissiparidade das Matérias (regime de
créditos e semestralização negativamente explorados) ou a suti-
leza epistemológica da delimitação de suas fronteiras por níveis
de especialização ou razões de aproximação fabulados na teo-
ria e inexistentes na prática. Uma coisa é certa: é decididamente
posto em questão o critério de afinidade de disciplinas para a de-
partamentalização, ao menos nessa formulação genérica e abs-
trata. Sua disponibilidade semântica tem-no reiteradamente
transformado no fundamento de racionalidade para a irraciona-
lização do sistema. A gravidade do risco envolvido pode ser afe-
rida ao observar-se que todo vício da departamentalização implica
necessariamente a duplicação de meios.

A "permanência da Unidade em relação ao Departamento''


é também declarada vício da departamentalização. Uma vez a
Unidade compreendida como etapa mediadora da departamenta-
lização, o que se há de determinar, no caso, é o estágio de matura-
ção do processo. Observa-se, contudo, que a dissolução da Uni-
dade exige o redimensionamento da estruturação departamental,
sob pena de se incorrer nas ilusões dos nominalismo.

O dificultador não-autonomização do Departamento é ainda


declarado vício da departamentalização. É individualizado em
razão da singularidade da declaração, feita exclusivamente pela
unidade de informação "Departamento", e tendo como razão de
sua condição a centralização (executiva) orçamentária pela Uni-
dade. Sua significância é reforçada pela declaração da autonomi-
zação do Departamento como elemento facilitador da implantação,
tendo por razão a descentralização (executiva) orçamentária em
relação à Unidade. O que aí se observa é mais um poderoso indi-
cador da insegurança conceituai do terreno: ao sabor das inter-
pretações ú\ departamentalização, a autonomia do Departamen-
to, em relação àquela, é uma exageração da noção ou uma trans-
figuração do conceito.

A departamentalização tem como razões declaradas para sua


condição de facilitador a "descentralização administrativa", a
"democratização da decisão" e a "desvinculação do docente à dis-
ciplina". Essa última levanta a questão de sua compatibilização
com a "polivalência docente" como especificação declarada do di-
ficultador sobrecarga docente, em sua dimensão qualitativa: é da
maior importância determinar-se se a desvinculação do docente
à disciplina está sendo aplicada ao nível interdisciplinar da inte-
gração de planos e programas, ou mera solução às pressões da
demanda.

542
5.2 — DIFICULTADORES E FACILITADORES EM "RECURSOS"
Declaram-se no campo de Recursos 561 dificuldades por 1 fa-
cilidade, distribuídas em 91 dificuldades por 1 facilidade no sub-
campo Recursos Financeiros; 297 dificuldades por 69 facilidades no
sub-campo Recursos Humanos; 173 dificuldades por 37 facilidades
no sub-campo Recursos Físicos.
O campo é o de maior quantidade de declarações de dificul-
dades e de menor quantidade de declarações de facilidades. De to-
dos os sub-campos, Recursos Financeiros é o de maior quantidade
de declarações de facilidades e Recursos Humanos o de maior quan-
tidade de declarações de dificuldades:
5.2.1 — RECURSOS FINANCEIROS
QUADRO 5.4
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DECLARAÇÕES EM RECURSOS
RECURSOS FINANCEIROS

ELEMENTOS UNIVERSA- ELEMENTOS UNIVERSA-


DIFICULTADORES FREQUÊNCIA LIDADE FACILITADORES FREQUÊNCIA LIDADE

Escassez de Recursos
Financeiros 91 12 Captação de Recursos 1 1
OCORRÊNCIA 91 OCORRÊNCIA 1

FONTE: Pesquisa direta. Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

A reiterada declaração do dificultador escassez de recursos fi-


nanceiros, sem qualquer razão apontada senão a insinuada no
eventual qualificativo "orçamentários", tem a feição absoluta das
situações endémicas ou das regularidades institucionais. Bem
mais significativa é a única declaração da captação de recursos
como elemento facilitador da implantação e, mais ainda, a inferên-
cia analítica que sua enunciação possibilita: a dificuldade que se
enuncia, é a escassez, não a não-captação de recursos. Por certo
não se pretende, com artifícios da análise da linguagem, dissolver
uma realidade inquestionável, mas tão somente demonstrar um
igualmente inquestionável índice da passividade do sistema, no
particular.
5.2.3 — RECURSOS HUMANOS

A escassez de recursos humanos é, por assim dizer, tota-


lizador conceituai dos dificultadores do subcampo, para ele con-
vergindo quase todos os demais, individualizados por nem sempre
implicarem a escassez e logo possuírem significação própria (por
essa mesma razão os elementos dificultadores em Recursos Huma-
nos frequentemente determinados uns pelos outros, comparecem
autónomos). Esta escassez comparece em sua formulação genéri-
ca ou especificada em escassez de recursos docentes (19 declara-
ções), administrativos (10) e técnicos (8). É declarada determi-

543
nada pelas obstruções ao recrutamento e, de referência aos recur-
sos docentes, pela sobrecarga (administrativa) docente, tendo por
razão de sua condição dificultadora a "ministração de aulas por
auxiliares de ensino e monitores", a seguir a ocorrência de auto-
nomia docente de ambos.

As obstruções ao recrutamento declaradas são a "defasagem


salarial em relação ao mercado regular de trabalho", os já men-
cionados ''critérios daspianos de pessoal" e o "regime legal do
RETIDE'', este por promover a "insegurança funcional docente".
Estas obstruções comparecem não-especificadas ou referidas ex-
pressamente ao recrutamento de pessoal docente (4 declarações)
e técnico (3), sem referência expressa ao pessoal administrativo.
Razão declarada de sua condição, de referência ao recrutamento
docente, é a "não-renovação dos quadros ensinantes". Sua insig-
nificância é reforçada pela do facilitador antitético recrutamento,
que tem no restritivo "por concursos" e na "renovação do docente"
razões declaradas para sua condição.

A não-promoção da qualificação é declarada enquanto não-


treinamento de pessoal técnico-administrativo (16 declarações) e
não-aperfeiçoamento docente (14); seu facilitador antitético pro-
moção da qualificação, como treinamento de pessoal técnico-admi-
nistrativo (1 declaração) e aperfeiçoamento docente (18). Am-
bos, em sua dimensão "não-treinàmento" ou "treinamento" repor-
tam-se à inobservância ou observância da Recomendação n.° 1 do
Grupo de Trabalho para a Reforma Universitária, suas razões de
dificultação ou facilitação sendo pressupostas ou postas naquela;
,em sua dimensão "não-aperfeiçoamento" ou "aperfeiçoamento"
docente, referem-se à não-implantação ou implantação da pós-gra-
duarno ou dos cursos de especialização e aperfeiçoamento previstos
em lei. Enfatiza-se a obrigatoriedade do aperfeiçoamento, o qual
tem na "formação de ideias inovadoras" razão declarada de sua con"
dição facilitadora.

A inadequação salarial é declarada ora corro implicando o não-


recrutamento, ora promovendo a evasão de recursos humanos,
ora em si mesma. Aqui, chega-se a declarar a sobrevivência do
salário-hora.
O dificultador não-extensão do. RETIDE, de reiterada decla-
ração é por vezes especificado na negatividade do regime de tra-
balho de 12 horas (sem que se proponha com isso a generalização
do RETIDE) . Há casos de declaração não-extensão fora do âmbi-
to docente, uma para o setor técnico e outro para o administrativo.
O facilitador antitético RETIDE é declarado como instaurador da
profissão universitária, em razão dos vínculos que se estabelecem
entre o docente e a instituição.

A sobrecarga docente é declarada sem especificação, ou repor-

544
tando-se à absorção do docente pelas atividades administrativas.
E declarada sobrecarga a "polivalência docente", como fator de
"rebaixamento do nível de ensino".
5.2.3 — RECURSOS FÍSICOS

QUADRO 5.5
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DECLARAÇÕES EM RECURSOS
RECURSOS HUMANOS

ELEMENTOS UNIVERSA- ELEMENTOS UNIVERSA-


DIFICULTADORES FREQUÊNCIA LIDADE FACILITADORES FREQUÊNCIA LIDADE^
Escassez de Recursos Huma-
nos 142 12 Recrutamento 7 7
Obstrução ao Recrutamento 16 7 Promoção da Qualificação 19 9
Não Promoção da Qualifica—
30 8 RETIDE 43 9
cão 32 8
Inadequação Salarial 63 10
Nao-Extensão do RETIDE 14 4
Sobrecarga Docente 297 OCORRÊNCIA
OCORRÊNCIA 69

FONTE: Pesquisa direta, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

Quadro 5.6
Universidades Federais
Declarações am Recursos Físicos

ELEMENTOS UNIVERSA- ELEMENTOS UNIVERSA-


DIFICULTADORES FREQUÊNCIA LIDADE FACILITADORES FREQUÊNCIA LIDADE
Escassez de Recursos F ísicos 35
Inexistência de Campus 11
2
OCORRÊNCIA 37 2

FONTE: Pesquisa direta, Convínio MEC/DAU-UFBA/ISP. '973.

A escassez de recursos físicos é declarada nessa formulação ge-


nérica ou especificada em escassez de espaço físico (25 declara-
ções) e de equipamentos tecnológicos (3).
A inexistência de "campus" é por vezes especificada no para-
doxo ou eufemismo "campus descontínuo" (17 declarações) . Mas
a equiparação dessas formulações ao nível das invariáveis razões
de sua condição dificultadora — duplicação de meios — repõe a
evidência da continuidade física como constitutiva ao "campus",
Assim é que essa é a base em que se assenta a declaração do cam-
pus como facilitador, enquanto fator de integração universitária
e racionalização de recursos.

Ainda a redistribuição do espaço físico é declarada elemento


facilitador da Implantação. Mas sua pouca frequência (2 de-
clarações) levanta o problema de se na inexistência de "campus"
nem ao menos é racionalizado o espaço físico, cu mesmo implan-
tam-se "campi" sem esse prévio procedimento.

545
5.3 — DIFICULTADORES E FACILITADORES EM "ENSINO"
Declaram-se no campo do Ensino 99 dificuldades por 119 faci-
lidades, distribuidas em 91 dificuldades por 112 facilidades no sub-
campo Ensino de Graduação; 8 dificuldades por 7 facilidades no
sub-campo Ensino de Pós-Graduação.

O campo é o de menor quantidade de declarações de dificul-


dades O sub-campo Ensino de Graduação, de todos os sub-cam-
pos, é o de maior quantidade de declarações de facilidades:

QUADRO 5.7
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DECLARAÇÕES EM ENSINO
ENSINO DE GRADUAÇÃO

ELEMENTOS UNIVERSA- ELEMENTOS UNIVERSA-


DIFICULTADORES FREQUÊNCIA LIDADE FACILITADORES FREQUÊNCIA LIDADE
Crescimento da Demande 15 5 Vestibular 4 3
Vestibular 22 7 1° Ciclo 4 3
Pre-Opção 3 2 Pré-Opção 5 2
Inexistência da Pre-Opçâo 4 4 Sistema de Créditos 77 10
Estrangulamento do 1 ? Ciclo 6 6 Revisão de Currículos 5 3
Não-Efetivaçâo do Sistema
de Créditos 15 6 Regime Semestral 15 5
Heterogeneidade Curricular 4 4 Sistema de Orientação 2 2
Não-Oferta de Disciplinas 11 3
Disfunção da Orientação 11 6
OCORRÊNCIA 91 OCORRÊNCIA 112

FONTE: Pesquisa direta. Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.

A declaração do crescimento da demanda é a da universal


dificultação, fator do desequilíbrio entre a quantidade e a quali-
dade do ensino. Nessa perspectiva, interfere diretamente na con-
ceituação do vestibular, a oscilação do qualificativo entre "clas-
sificatório" e "único" tornando-o elemento dificultador ou faci-
litador da implantação: o vestibular, enquanto que "único", é
declarado facilitador: enquanto que "classificatório", d ficulta-
dor, tendo como razão declarada para essa condição o "rebaixa-
mento do nível do ensino, por concessão às pressões da deman-
da".
Compensatoriamente, é ainda nesse quadro que o 1° ciclo
é declarado facilitador, precisamente pela "elevação do nível dis-
cente". Mas sua significância é abalada pela declaração do es-
trangulamento do 1.° ciclo como elemento dificultador (repondc-
se a questão do equilíbrio entre quantidade e qualidade), e a con-
fusa ocorrência da pré-opção ora como dificuiradora ora como
facilitadora, acrescida da declaração da inexistência da pre-opçào
como dificultadora. Uma conclusão pode emergir desse caos: ou
o que se declara é a ocorrência em separado de modelos perfeitos
de dificultação ou facilitação ou, o que é bem mais verossímil, essa
enumeração caótica é um indicador de que o 1.° ciclo está a me-
recer uma sondagem específica e em profundidade de sua im-
plantação .

546
A não-efetivação do sistema de créditos é declarada como re-
sultante de instrumentos de obstrução de extrema relevância:
"burla docente", "extensão minimo-curricular'', "excesso de pré-
e co-requisitos", e a pura e simples inexecução do sistema decla-
rada na fórmula do crédito como "não-moeda universitária", im-
possibilitando a circulação dos estudos preconizada inclusive em
dimensão nacional pelo Grupo de Trabalho para a Reforma Uni-
versitária. Essa é ainda a razão da heterogeneidade curricular
ser declarada como dificultadora, e seguramente o fundamento
da facilitação declarada na revisão de currículos. Por certo que
há a significativa declaração do sistema de créditos como elemen-
to facilitador, tendo na "flexibilidade curricular" a razão de sua
condição. Mas se a rigidez curricular da estrutura anterior dá
a qualquer ensaio de execução do sistema foros de positividade,
nem por isso dissolve-se a negatividade apontada quando da de-
núncia de não-efetivação. Aqui, como para a estrutura decisória
e o 1.° ciclo, só uma investigação particularizada dirá a última
palavra. Basta o registro de que o sistema de créditos chega a
ser declarado elemento dificultador da implantação, como promo-
tor de "sobrecarga" (!) e "dificuldades para o docente".

A não-oferta de disciplinas é declarada em sua só formulação,


sendo impossível determinar-se se se trata do estrangulamento de
níveis do ensino ou lacunas intersticiais da oferta dentro da se-
mestralização. Já o regime semestral é declarado como facilitador
da implantação.
A disfunção da orientação é de significância dificultadora re-
forçada pela do sistema de orientação como elemento facilitador.
A óbvia inferência é a de que a não-institucionalização em siste-
ma — o improvisado (ou eventual) professor "matriculador" —
implica a disfunção da orientação.

5.4 — DIFICULTADORES E FACILITADORES EM "PÓS-GRA-


DUAÇÀO','PESQUISA"E EXTENSAO"

De um total de 1.711 declarações de dificuldades e facilidades,


15 ocorrem em Pos-Graduação, 13 em Pesquisa, 2 em Extensão.
Os dificultadores declarados em Pós Graduação são sua pró-
pria inexistência (3 declarações), seu não-planejamento regional
(3 declarações) e a inexistência de orçamento específico (2 decla-
rações) ; e a própria pós-graduação é o elemento facilitador (7 de-
clarações) .
Os dificultadores em Pesquisa são o exclusivismo do ensino (7
declarações) e a inexistência de orçamento especifico (2 declara-
ções) ; os facilitadores, a própria pesquisa (3 declarações) e a pós-

547
graduação (1 declaração). Observa-se que a pesquisa ela mesma
chega a ser declarada elemento dificultador, por "marginali-
zar o docente da implantação da Reforma" e por ser "obrigató-
ria" (no RETIDE).
O dificultador em Extensão é a relegação dela mesma pela
CONCRETIDE (1 declaração); o facilitador, a própria extensão
(1 declaração).
Numa palavra: pós-graduacão, pesquisa e extensão dificultam
pelo flagelo da inexistência e facilitam pelo dom da existência.
Da pós-graduacão, da pesquisa e da extensão, ante os dados de-
tedtados nesta análise, o que cabe dizer é que são não-diretamen-
te significantes. Ou seja: sua significância é a significância di-
ficultadora de sua não-significação do sistema.
Q U A D R O 5.8
UNIVERSIDADES FEDERAIS
D E C L A R A Ç Õ E S EM ENSINO DE POS G R A D U A Ç Ã O
EM PESQUISA E EM E X T E N S Ã O

ELEMENTOS UNIVERSA- ELEMENTOS UNIVERSA-


DIFICULTADORES FREQUÊNCIA LIDADE FACILITADORES FREQUÊNCIA LIDADE

PQS-GRADUAÇÂO
Inexistência de Pós-Gra-
duaçáo 3 3 2 Pos-Graduação 7 5
Não-Planejamento Regio-
nal 3 2
Inexistência de Orçamen-
to Especifico 2 1
OCORRÊNCIA 8 OCORRÊNCIA 7
PESQUISA
Exclusivismo do Ensino 7 4 Pesquisa 3 1
Inexistência de Orçamen-
to Especifico 2 1 Pós-Graduação 1 1
OCORRÊNCIA 9 OCORRÊNCIA 4
EXTENSÃO
Relegação pela CONCRETIDE 1 1 Extensão 1 1
OCORRÊNCIA 1 OCORRÊNCIA 1

F O N T E : Pesquisa direta, Convénio M E C / D A U - U F B A / I S P , 1973.

5.5 — ELEMENTOS PROPRIAMENTE PROCESSUAIS

Q U A D R O 5.9
DECLARAÇÕES DE "ELEMENTOS PROPRIAMENTE PROCESSUAIS"

ELEMENTOS UNIVERSA- UNIVERSA-


DIFICULTADORES FREQUÊNCIA LIDADE ELEMENTOS FACILITADORES FREQUÊNCIA LIDADE:

Centralização peloMEC 2 2 Supervisão pelo MEC 1 1


Não-Supervisâopelo MEC 5 4 Pioneirismo 10 6
Legislação da Reforma 18 10 Posterioridade àReforma 23 7
Desconhecimento da Legisla-
ção 26 9 Rapidez Normativa 3 3
Não-Avaliação daLegislação 2 2 Planejamento da Implantação 2 2
Retardo na Implantação 13 8 Progressividade da Implan-
tação 2 2
Não Planejamento da lmplan- Não-Progressividade da Im-
tação 5 4 plantação 5 4
Não-Progressividade da lm Grupo de Implantação 9 4
plantação 14 4
Inexistência de Estraté- Estratégias de Envolvimento 10 6
gias de Envolvimento 49 8
Resistência à Implantação 133 133 Receptividade à Reforma 180 12
OCORRÊNCIA 267 OCORRÊNCIA 24S

548
Referidos ao processo de implantação em si mesmo, e com uma
ocorrência de 267 dificuldades por 245 facilidades, declaram-se os
elementos dificultadores e facilitadores que se seguem.
A centralização pelo MEC é declarada dificultadora em ra-
zão da "quebra da autonomia universitária", enquanto paralela-
mente a não-supervisão pelo MEC é declarada igualmente dificul-
tadora, pela "não-elucidação das ambiguidades da legislação", com
significância reforçada pela declaração da supervisão pelo MEC
como elemento facilitador.
A própria Legislação da Reforma é significantemente declara-
da dificultadora, por sua "ambiguidade", "obscuridade", "prolixi-
dade". "dispersão", "complexidade", "não-cristalização', por "con-
flitar com a legislação do ensino" e até com o "espírito da Refor-
ma", além de se contestar o "caráter técnico-legal" mesmo da im-
plantação . Por outro lado, o seu desconhecimento é reiteradamen-
te declarado dificultador, assim como a não-avaliação de sua im-
plantação.

O retardo na implantação é declarado dificultador como re-


tardo "normativo", ocorrendo declaração de "inexistência de Es-
tatuto". Inversamente, a rapidez normativa é declarada facilita-
dora.
O não-planejamento da implantação é declarado elemento di-
ficultador, e o planejamento, facilitador, enquanto a não-progres-
studade da implantação é declarada ora como elemento dificul-
tador ora como facilitador, a declaração de sua condição dificul-
tadora sendo reforçada pela progressividade da implantação como
facilitadora (a favor da progressividade ainda está a declaração
que se segue de estratégias de envolvimento como significante ele-
mento facilitador).
A inexistência de estratégias de envolvimento é significante-
mente declarada dificultadora, chegando a ser atribuída a 'vaida-
de institucional" dos dirigentes, enquanto que as estratégias de
envolvimento são declaradas elemento facilitador; enumeram-se
como estratégias, dentre outras, seminários e debates realizados
sobre a Reforma. Ainda nessa perspectiva, a constituição de
grupo de implantação é declarada facilitadora, em razão da "aglu-
tinação de reformistas".
A resistência à implantação é declarada com ênfase nos do-
centes antigos, enquanto a receptividade à Reforma o é em rela-
ção aos docentes jovens. (Quanto aos discentes, a maior ocorrên-
cia é da indiferença, índice evidente de sua não-integração ao
processo).
O pioneirismo em relação aos princípios da Reforma é decla-
rado elemento facilitador, assim como a posterioridade de Univer-
sidades à Reforma, declarada, em razão da "inexistência de es-
trutura anterior".

549
,6.6 —CONCLUSÃO
O objetivo desta tentativa de análise sendo subsidiar a cons-
ciência teórica e prática da implantação da Reforma põem-se as
condições que se seguem.
1. Chamem-se de operadores aos elementos facilitadores de-
clarados de consistência analiticamente comprovada que iiripor-
tem na pura e simples execução de determinações legais ou se
se quiser dos postulados da Reforma. Então nesse caso: o siste'
ma básico comum, a integração por áreas, a democratização deci-
sória, o colegiada de curso, a participação discente em colegiados,
o sistema de planejamento, a descentralização administrativa, a
departamentalização, a promoção da qualificação em sua dimen-
são, aperfeiçoamento docente, o RETIDE, o "campus".
Sua significação, com base na prática de sua execução, é não
obstante eminentemente teórica: são índices da consistência de
proposições da Reforma, e do já mencionado potencial gerativa
desses instrumentos, para o desencadeamento da implantação.

2. Chamem-se de propulsores aos elementos facilitadores, de


consistência analiticamente comprovada, decorrentes de procedi-
mentos criativos ou interpretativos, ou mesmo resultantes de reco-
mendações expressas, neste caso, conquanto de pouca frequência).
(o propulsor será quase sempre um facilitador de pouca frequên-
cia) . Estão nesse caso: a reforma administrativa, o fortalecimento
do Departamento, a captação de recursos, a promoção da qualifica-
ção em sua dimensão treinamento técnico-administrativo, a redis-
tribuição do espaço físico, a revisão de currículos, a institucionaliza-
ção da orientação em sistema e as estratégias de envolvimento.

Sua significação é eminentemente prática: o que cumpre è a


generalização desses procedimentos.
3. Chamem-se de resíduos aos elementos dificultadores, de
consistência analiticamente comprovada, que impliquem a per-
manência de formas e valores da estrutura anterior, em razão do
não-cumprimento da Legislação da Reforma ou a inobservância a
expressas recomendações. Estão nesse caso: a não-democratização
decisória, a inexistência do colegiado de curso, a inadequação da
infraestrutura enquanto não-execução da reforma administrativa,
a inexistência de sistema de planejamento, os vícios da departa-
mentalização, a inexistência de programas de treinamento técni-
co-administrativo ou dos procedimentos de aperfeiçoamento do-
cente.

Sua significação é obviamente prática: trata-se do puro e


simples cobro ao cumprimento das determinações legais ou à ob-
servância das recomendações.

550
4. Chamem-se de obstáculos aos demais elementos dificulta-
dores, de consistência analiticamente comprovada, que não de-
corram do descumprimento de leis ou recomendações (aqui, assu-
mem nítida relevância as dificultações referentes à estrutura deci-
sória, à implantação do 1.° ciclo e à execução do sistema de crédi-
tos) .

Sua significação é teórico-prática: o que cumpre é a investi-


gação desses elementos, visando à reposição de uma correta prá-
tica, ainda que ao preço das duras consequências da autocrítica.
Pode-se dizer, enfim, que à única exceção talvez do vestibular
classificatório, os postulados da Reforma em nenhum momento
são contestados. Mas — procedimento mais insidioso — sua im-
plantação é seriamente ameaçada. Por outro lado, das ameaças
pode-se dizer o que da lógica já se falou; nelas, não há surpre-
sas. São, por assim dizer, os mobilizados anticorpos do organismo
anterior. Noutras palavras: não há obstáculos intransponíveis,
pela cristalina razão de que a teoria põe as condições da negação
de si mesma.

551
QUADRO 5.10
UNIVERSIDADES F E D E R A I S
TOTAL DE RESPOSTAS A ULTIMA PERGUNTA DOS QUESTIONÁRIOS
6 — CONCLUSÕES
O desenvolvimento global deste estudo teve lugar segundo
uma linha de trabalho que se orientou, em seu primeiro passo,
pela fixação dos princípios gerais e elementos de conteúdo caracte-
rístico da Legislação da Reforma Universitária Brasileira. Detecta-
dos os campos de incidências da ação reformadora produziu-se,
pela combinação dos mesmos com os elementos de conteúdo, os
diversos instrumentos para a coleta de dados.
A fase de análise e os consequentes relatórios produzidos con-
substanciaram, então, o início da reversão do processo. Assim
visualizou-se, nas secções precedentes, como as diversas realidades
universitárias puseram em execução os elementos de conteúdo
da Reforma segundo os vários campos de incidência arrolados,
daí porque a própria organização deste Relatório se dá segundo
estes campos de incidência.
Estes, enquanto elementos refletores da própria vida das Uni-
versidades, constituem-se nas verdadeiras unidades de observação
para avaliar-se o impacto da implantação da Reforma nas Uni-
versidades Federais Brasileiras.
Assim, com base no "Esquema Teórico" transcrito a seguir,
elaborou-se o conjunto das conclusões gerais que se depreendem
deste trabalho.

A V A L I A Ç Ã O D A I M P L A N T A Ç Ã O D A REFORMA U N I V E R S I T Á R I A
ESQUEMA TEÓRICO

1. PRINCÍPIOS 2. CONTEÚDO 3. CAMPOS DE INCIDÊNCIA

Dimensão Socio-Cultural 3.1 — Estrutura e Organização


2.1 — Universalidade de campo 3.1.1 — Académica
de conhecimento 3.1.2 - Administrativa
3.1.3 — Departamental
1.1 — Não-duplicação de meios 2.2 Ensino de massa e alta
cultura
2.3 — Adequação da Universida- 3.2 — Recursos
de ao meio 3.2.1 — Financeiros
3.2.2 — Humanos
3.2.3 — Físicos
Dimensão Organizacional
2.4 — Departamentalização
1.2 — Integração Ensino-Pesqui- 2.5 — Sistema básico comum 3.3 - Ensino
sa- Extensão 2.6 — Sistema profissional 3.3.1 — Graduação
2.7 — Flexibilidade curricular 3.3.2 — Pós-Graduação
2.8 — Interescolaridade 3.3.3 - Outros
2.9 — Coordenação didática e 3.4 - Pesquisa
administrativa 3.5 - Extensão

O conjunto de conclusões completa, portanto, aquele processo


de reversão, definindo a situação da implantação dos elementos
de conteúdo e dos princípios gerais orientadores do processo de
Reforma.
553
Nesta perspectiva é que as conclusões mais generalizáveis
aqui se descrevem a partir das duas dimensões básicas norteado-
ras, e em verdade, disciplinadoras, do que deve-se conceber como
o processo de reestruturação e reforma do ensino superior brasi-
leiro, caracterizado neste trabalho pelas instituições responsáveis
por sua prática.

Há que se destacar que as considerações apresentadas neste


último tópico do relatório do estudo em questão não esgotam ou
finalizam cada um dos aspectos já descritos no decorrer das sec-
ções anteriores, daí não se poder considerá-las como um resumo
das mesmas. Aqui, sobretudo, pela dinâmica própria do desenvolvi-
mento do trabalho, agrupam-se elementos que anteriormente, na
definição do esquema teórico, constituiam-se em unidades isola-
das. Essa não dogmatização de conceitos foi responsável, assim,
pela modulação dos sub-tópicos das conclusões que, partindo do
esquema inicial, resultam da análise do caráter de incidência dos
elementos básicos na estrutura e funcionamento das instituições
de ensino, caracterizando assim a total interrelação de certos ele-
mentos. Isto conduziu a que se observasse que, de um conceito
teórico como o da universalidade de campo, componente do que
se denominou dimensão sócio-cultural da Reforma Universitária,
a medida de sua implantação se afirma na própria definição da
estrutura académica, no que diz respeito ao sistema básico comum
e sistema profissional.

De outra parte, aspectos tipicamente de prática académica


como a flexibilidade curricular e a interescolaridade, só se im-
plantam em termos efetivos a partir da real existência da pirâ-
mide organizacional da coordenação académica centralizada e irra-
diada nos diversos níveis estruturais e da efetiva implantação dos
departamentos.
Optou-se, por fim, por uma itemização como alternativa para
desenvolvimento das conclusões, as quais se caracterizam como
a medida mais próxima de avaliação da implantação da Reforma
Universitária, nos seguintes termos:

a) Dimensão sócio-cultural
1) Universalidade de campo de conhecimento;
2) Ensino de massa e alta cultura;
3) Adequação da Universidade ao meio.
b) Dimensão organizacional
1) Sistema comum e profissional;
2) Departamentalização e interescolaridade;
3) Coordenação académica e flexibilidade curricular;
4) Coordenação administrativa.

554
6.1 — UNIVERSALIDADE DE CAMPO DE CONHECIMENTO
Constitui-se num elemento de conteúdo essencial à caracte-
rização da Reforma, sendo que a sua implantação pode ser avalia-
da segundo dois planos primordiais: de conteúdo e estrutural. O
primeiro mostra-se efetivamente claro na medida em que a pró-
pria Legislação é explícita ao obrigar que se assegure a universa-
lidade de campo para as áreas fundamentais do conhecimento
humano:
"Lei n. 5.540 de 28 de novembro de 1968

(...)
Art. 11 — As Universidades organizar-se-ão com as seguintes
características:
(...)
e) Universalidade de campo, pelo cultivo das áreas fun-
damentais dos conhecimentos humanos, estudados
em si mesmos ou em razão de ulteriores aplicações
e de uma ou mais áreas técnicas profissionais''.
As áreas fundamentais já se encontravam definidas no De-
creto-lei n.° 252 — de 28 de fevereiro de 1967:
"Art. 3.° — O sistema de unidades previsto no artigo 2.° do
item II do Dec.-lei n.° 53, de 18 de novembro de 1966, refere-se
às áreas fundamentais dos conhecimentos humanos, estudados em
si mesmos ou em vista de ulteriores aplicações.
Parágrafo único — As áreas de que trata este artigo corres-
pondem às Ciências Matemáticas, Físicas, Químicas e Biológicas,
às Geociências, às Ciências Humanas, bem como à Filosofia, às Le-
tras e às Artes".
A medida de avaliação ai se circunscreve, obviamente, aos
termos de cumprimento no que concerne, de modo inequívoco, ao
conceito de "cultive das áreas fundamentais de conhecimento em
si mesmas, ou em razão de sua aplicação", buscando-se neste as-
pecto a sua dissociação, embora exclusivamente em virtude de
razões metodológicas, das soluções estruturais encontradas para
este fim.
Em verdade, por força da própria realidade, como primeira
medida para que fosse posta em marcha a implantação quanto ao
agrupamento das disciplinas afins e atividades de pesquisa.
Esta medida consciente do legislador, acredita-se imbuída da
visão objetiva da Universidade, naquele momento de profunda
transição. Mas, há que se deixar claro que a problemática da

555
transformação não se circunscrevia a um memento de reorgani-
zação do que já constituía quase que património da instituição,
porém, clara e explicitamente, a Reforma se caracterizava por
uma neva dimensão dada aos próprios conceitos já sedimentados,
quanto ao sistema de ensino brasileiro, pelo menos, no que con-
cernia ao ensino superior.
Daí é que, na análise da reorganização do existente, haveria
que interrogar-se ou concluir-se por nada menos que uma questão:
— Em que medida se verifica hoje o cumprimento da univer-
salidade de campo de conhecimento?
Como resposta a esta indagação básica, pode-se, sem receio
de erro, concluir que não foi possível ainda, até estes dias, o ver-
dadeiro cumprimento da disposição quanto à universalidade de
campo.
Isto porque, do ponto de vista das próprias áreas, grandes
lacunas ainda foram detectadas. A área de Artes, por exemple,
está totalmente ausente em 7 (UFPI, UFCE, UFSC, UFPB, UFOP,
UFRRJ e UFMT) das 31 Universidades objeto da pesquisa, além
de outras que a despeito da manutenção de Centros ou Unidades
onde se inclui o termo "Artes" na sua denominação, nenhuma
atuação foi identificada; há ainda casos em que a atuação se veri-
fica geminada a outras áreas, como na UFJF onde as disciplinas
"História da Arte" e "Estética" são ministradas no Departamento
de Desenho do Instituto de Ciências Exatas.

Outras áreas em menor escala também estão ausentes em


algumas Universidades, como na UFSCAR, as Geociências, ou, na
UFOP, as Ciências Humanas e as Letras.
Em verdade, em todos os componentes básicos da implanta-
ção da Reforma, está presente a ideia de processo. Acrescida a
esta, a característica de cada uma das Universidades no momento
da mudança.
Assim se destacam as antigas Universidades especializadas e
as de recente constituição, as quais, de modo geral, se organizam
a partir de unidades de ensino superior isoladas e pré-existentes.
Todavia, o quadro encontrado se configura numa só direção.
Isto é, a reestruturação significou uma atitude quase que isolada
e estática no tempo. No primeiro instante desenvolveu-se uma
ação para o agrupamento de disciplinas ajins, e a partir de uma
situação encontrada, este agrupamento foi considerado definitivo.
A medida da avaliação, no entanto, estaria na volta à inda-
gação: é possível o cultivo das áreas fundamentais do conheci-
mento, através do ensino e da pesquisa, quando ainda se iden-

556
tificam as mais diversas situações como disciplinas de áreas bá-
sicas, oferecidas em unidades profissionais? E que dizer-se do ar-
tigo 4.° do Dec-lei 252, de 28 de fevereiro de 1967, que estabelece:
"para os estudos relativos aos conhecimentos fundamentais, a que
se refere o artigo anterior, serão organizadas unidades ou sub-uni-
dades, conforme a amplitude do campo abrangido em cada caso
e a quantidade dos recursos materiais e humanos que devem ser
efetivamente utilizados em seu funcionamento, observado o dis-
posto no art. l.° do Decreto-lei n.° 53, de 18 de novembro de 19G6"?
Por conclusão, a universalidade de campo como característi-
ca de organização não tem sido preocupação básica de todas as
Universidades, mesmo daquelas que desenvolveram, em mais de
uma ocasião, trabalhos de reestruturação em cumprimento da Le-
gislação Reformadora.
6.2 — ENSINO DE MASSA E ALTA-CULTURA
Enquanto ainda se discute se o crescimento da oferta de va-
gas no ensino superior constitui um processo paralelo ou. conse-
quente à transformação estrutural das instituições de ensino com
o advento da Reforma Universitária, uma coisa é indiscutível: as
disposições normativas deste período tiveram em mente tal rea-
lidade .
Em verdade, o ensino de massa é força imperiosa para o de-
senvolvimento do país, até então com índices baixíssimos de pro-
fissionais de nível superior em relação à sua população ou mesmo,
em algumas áreas, aos reclamos do mercado de trabalho nacio-
nal.
Não se percam de vista, também, os efeitos do desenvolvi-
mento tecnológico universal como fator determinante dos an-
seios quanto a maior e melhor ensino pelas diversas camadas so-
ciais .
Aí estão as recomendações do "Grupo de Trabalho" consti-
tuído pelo então Presidente Costa e Silva e a sua tradução na
legislação em vigor reveladora da consciência da problemática.
No que concerne ao aspecto quantitativo, é o ingresso classi-
ficatório, talvez, a medida de maior alcance na expansão do en-
sino superior, e já adotado em todas as Universidades estudadas;
veja-se que de 67% de preenchimento das vagas oferecidas em
1966, nos vestibulares, o percentual alcança 83% em 1973. Ao
lado disso, está o próprio crescimento da oferta de vagas, uma
constante no período 66/73, na ordem de 114% . Considere-se que
de algumas Universidades não se obtiveram informações sobre a
questão e outras foram instaladas neste período, fato que não
invalida a afirmação, por constituir-se em amostra representa-

557
tiva do conjunto em estudo. Vale, ademais, destacar-se outra di-
mensão que também expressa esta expansão; os índices de clas-
sificados em exames vestibulares alcançam neste mesmo período
um aumento de 163% .
Outro aspecto quantitativo, a ser considerado é a demanda de
vagas nas Universidades, cujo índice alcança 305% em 1973, to-
mada a base 100 em 1966.
A matrícula comporta um crescimento relativo avantajado
na direção do ensino de massa, sobretudo nas Universidades de
pequeno e médio porte.
Entre as áreas do conhecimento, a expressão relativa desse
crescimento, verifica-se em termos mais acentuados para as Ci-
ências Exatas e Tecnologia em 8 Universidades, seguida de Letras
em 5, Biológicas e da Saúde em 4, nas Ciências Humanas e Artes
em 3. Não se dispôs da informação em 7 Universidades do con-
junto em estudo.
É válido que se destaque a primazia da área Tecnológica, que
se acentua em Universidades de pequeno a médio porte; Letras e
Artes, por sua vez, evidenciam-se entre as de médio para grande
porte.
Quanto à problemática da expansão de matrículas, merecem
destaque os altos índices das Universidades do Grupo denomina-
do Especial — (FUBER e FURG). O fato poderá revelar o acerto
da política de incentivo ao agrupamento de estabelecimento iso-
lados em Federações, ou Fundações, adotado pelo MEC/CFE, a
despeito de problemas de estrutura e funcionamento que, porven-
tura, possam surgir.

Três outros aspectos neste quadro requerem considerações


especiais.

Um deles é o da problemática da fixação de vagas que ainda


não encontrou mecanismos flexíveis e dinamicamente ajustáveis
à realidade que envolve a instituição bem como do ponto de vista
dos próprios organismos decisórios dessas Universidades quanto
ao dinamismo de sua oferta de cursos. Muitos desses cursos são
ainda refratários a revisão, às vezes, até da sua própria denomi-
nação. Em maior escala, não tem ocorrido o aproveitamento das
aberturas ao meio, como faculta a legislação através dos cursos
de curta duração e à criação de novos, ainda não regulados em
lei.

Veja-se que quanto aos cursos de curta duração, são apenas


44 nas 31 Universidades estudadas, num conjunto de 696 cursos
de graduação identificados. Ademais, são, de modo geral, antigos
558
cursos apenas redimensionados, em sua duração e criados an-
teriormente à Reforma. Desse conjunto destacam-se, em verdade,
como novas ofertas os Cursos de Computação (3) e Químico Ana-
lista Industrial (1).
É evidente, que uma questão permanece latente, no dimen-
sionamento do ensino de massa e das próprias medidas de corre-
ção da prática atual. É a da escolha da carreira pelos candidatos
às vagas ofertadas pelas Universidades. Observa-se a fixação nas
« c a r r e i r a s tradicionais, cabendo aí desenvolver-se uma ação maior
junto à própria comunidade, vez que ainda é por demais reduzido
o número de Universidades que atuam no sentido de orientação
específica aos que demandam seus cursos.
Como última consideração, e de capital importância para o
esforço de alcançar-se o ensino de massa, nota-se que, vem sendo
uma constante no período, o crescimento da oferta de vagas. Con-
tudo, para apreciável número de Universidades a continuidade
deste processo encontra-se sem perspectivas ou quase sempre de-
pendente de expansão de recursos das mais diversas ordens: finan-
ceiros, físicos e humanos.
Por conclusão, se a demanda vem-se revelando com índices
de crescimento relativo maiores que a oferta de vagas, e se se avo-
lumam as dificuldades para o aumento da oferta, a tendência
será, evidentemente, a volta ao crescimento vegetativo. Que acon-
tecerá com a crescente demanta insatisfeita? A Reforma do En-
sino de 2.° grau, realmente inverterá a tendência. A partir de
quando?
O que se convencionou denominar "alta cultura" constitul-
se, em síntese, no papel mais dinâmico e criador da Universidade,
sem perda de vista da deselitização do ensino através da expan-
são dos egressos de curses superiores e como resposta às exigên-
cias gerais do mercado ou da própria demanda social. É exata-
mente a "alta cultura" a dimensão inovadora e transformadora,
dialeticamente, em contrapartida à transmissão da cultura (latu
censu), e desenvolvida em níveis cada vez mais elevados atra-
vés da pós-graduação e da pesquisa.
A realidade encontrada revela-se deveras peculiar. A pos-gra-
duação tem recente implantação nas Universidades Federais, e
esta ação caracteriza a intencionalidade do Governo Federal na
sua crescente expansão, inclusive territorial. Enquanto nas áreas
mais desenvolvidas do país esta oferta e apenas uma parte do
total das matrículas em pós-graduação (62% na Guanabara e
257c em São Paulo), corresponde aos 100% em Pernambuco, Cea-
rá e Goiás.
Quanto às áreas de atuação, as Ciências Exatas e Tecnológi-
cas e as Ciências Biológicas e da Saúde, (67% do total) distan-
ciam-se em muito das Ciências Agrárias. Ressalte-se que nesta
área, com 21 cursos de pós-graduação em funcionamento, 30%
destes são oferecidos por uma única instituição: a UFV.

559
I

Em relação ao doutorado, ainda permanecendo a predomi-


nância das áreas das Ciências Exatas e Tecnolcgia e das Ciências
Biológicas e de Saúde, destaca-se a de Letras com 8 (oito) cursos
entre os 39 identificados.
Nesse nível, em verdade, 24 (vinte e quatro) cursos são ofere-
cidos pela UFRJ, seguidos de 7 (sete) da UFMG, 3 (três) da UFV
e 2 (dois) da UFRS; as demais, com um curso apenas, são a UFPA
e UFBA (Geofísica) e a UFPE (Direito). A menor expressão por
área está nos doutorados em Ciências Humanas — Direito — na
UFPE e UFMG.
Dos cursos de pós-graduação em funcionamento nas Univer-
sidades Federais, somente 44 estão analisados e credenciados pelo
CFE e há que se considerar que as preferências e prioridades de-
claradas quanto à criação de novos cursos pelas Universidades,
concentram-se nas áreas de Ciências Exatas e "Tecnologia, sur-
gindo em seguida Educação com seis indicações.

Do ponto de vista da implantação da Reforma, é medida


básica de discrepância com os seus dispositivos, a característica
dominante na organização dos cursos de pós-graduação. De modo
generalizado, estes não se constituem como atividade departa-
mental como tal; quando muito, um ou mais docentes integran-
tes de tais órgãos se deslocam para ministrar disciplinas em cur-
sos desse nível. Em larga escala esses cursos se constituem em
unidades organizacionais autónomas, sob denominações variadas,
tais como, coordenações ou programas, com estruturas, discipli-
nas e recursos humanos próprios. Não invalida a conclusão, a
existência de colegiados de cursos, nessas estruturas, em alguns
casos.

É de se esclarecer que a ausência do verdadeiro funcionamen-


to da estrutura departamental pode estar se constituindo no ele-
mento provocador dessa dissociação. A permanência do circulo
vicioso, entretanto, põe em risco os alicerces da própria Reforma.
No que concerne à Coordenação Central da função Pes-
quisa, atividade que revela ação institucional para o desenvolvi-
mento da "cultura" como tal, a realidade encontrada, caracteriza-
se, em larga escala, pela improvisação e falta de sistematicidade,
consignando a esta um "status" secundário e complementar no
contexto universitário.
Isto se confirma pela conotação sedimentada ainda no con-
ceito da individualidade na atuação em pesquisa. Veja-se que os
próprios regimes especiais de trabalho docente implantados, so-
bretudo para o estímulo a esta atividade, ainda partem dos pro-
jetos e relatórios individuais, a despeito das aprovações departa-
mentais requeridas. Se, ao contrário disso, fosse a atividade de-

560
partamental como tal, e em última instância os programas gerais
de pesquisas da Universidade, e elementos para decisões nesta ma-
téria, c caráter individual aí ocorreria, não como componente bá-
sico, porém como um dos instrumentos para a responsabilidade
na consecução e alcance dos objetives pretendidos.
De outra parte, o financiamento das pesquisas através de me-
canismos extra-instituição, somados à frequente ausência de Pro-
gramas Centrais de Pesquisa, conduz a que estas respondam, de
modo geral, aos interesses, perspectivas e ângulo dos órgãos fi-
nanciadores, podendo, em alguns casos, constituir-se em elemen-
tos desagregadores do desenvolvimento homogéneo da instituição,
previsto na Legislação Reformadora.
Alguns outros aspectos ainda são merecedores de atenção es-
pecial, de ponto.de vista estrutural. A exemplo, embora fossem
identificados órgãos Coordenadores Centrais de Pesquisa, sua po-
sição na estrutura das Reitorias varia de modos os mais diversos,
desde a concepção de uma vinculação direta aos Conselhos de En-
sino e Pesquisa, até a subordinação a um órgão executivo acadé-
mico maior, onde há uma tendência à absorção pela função Ensi-
no (de Graduação). Ora, é de clareza meridiana que as funções
básicas da Universidade são ensino, pesquisa e extensão, guar-
dada a independência de seus papéis, sem que se deva perder de
vista sua integração, porém nunca sua subordinação a uma dessas
funções super-dimensionadas.

A dimensão do seu papel secundário em alguns casos e suas


características individuais em outros, se reflétem sobretudo, na
ausência de Programas Gerais de Pesquisa, identificados em ape-
nas 5 Universidades, e no paralelismo cu superposição de compe-
tências para controle e avaliação das atividades desenvolvidas, em
muitos casos sob forma de mero registre. Acrescenta-se aí, a im-
possibilidade de algumas destas instituições, até para simplesmen-
te oferecer a relação das pesquisas em desenvolvimento.

Curiosa questão merece definição, por sua interferência no


desempenho efetivo das funções básicas da Universidade, de acor-
do com a Reforma Universitária. Trata-se do condicionamento
total e exclusivo que se denota surgente em algumas Universida-
des, das atividades de pesquisa às de pós-graduação, associação
esta que, embora extremamente fértil em si mesma, tende a reti-
rar a pesquisa do âmbito departamental, do qual, frequentemen-
te, já se dissociou a pós-graduação.

Por consequência, observa-se que a ausência ou a limitação


de direção no desenvolvimento que se verifica da função Pesquisa
está conduzindo a concluir-se pela impossibilidade de implantação
real da integração entr" o ensino e a pesquisa, princípio norteador
de todo o processo de transformação do ensino superior.

561
À margem de todo o quadro anteriormente descrito, é indis-
pensável que se destaque o seguinte fato, deveras relevante no
desempenho da "alta cultura", do ponto de vista de conteúdo.
Das informações obtidas para 22 Universidades sobre as pesquisas
em andamento, distribuídas estas segundo os departamentos de
origem, conclui-se pela existência de uma efetiva participação da-
queles componentes das áreas fundamentais do conhecimento,
florescidas com a implantação da Reforma. Dessa forma, se or-
ganizados e implementados os mecanismos estruturais e de fun-
cionamento, a nível das próprias Universidades e dos órgãos res-
ponsáveis pela orientação, supervisão e acompanhamento do fun-
cionamento destas, é possível, verdadeiramente, o caminho em di-
reção à "alta cultura", indispensável ao desenvolvimento do país,
sedimentando-se assim, para as instituições universitárias, o pa-
pel que lhes cabe neste processo.

6.3 — ADEQUAÇÃO DA UNIVERSIDADE AO MEIO


Este é talvez, o elemento da dimensão sócio-cultural da Re-
forma que associou maior expectativa aos produtos finais da ins-
tituição; constitui-se éle, também, naquele de máxima fragilidade
para a determinação de conclusões; a sua estreita vinculação à
condição dos produtos finais foi o motivo da sua inserção entre
os critérios da presente avaliação, a despeito de que nenhum dos
instrumentos legais se tenha expressado com clareza ou especifi-
cidade sobre a questão. Entretanto seu caráter subjacente é de
objetividade meridiana, quando estes mesmos dispositivos legais
possibilitam às Universidades decisões as mais diversas para me-
lhor adequar ao meio as suas funções básicas de ensino, pesquisa
e extensão.
A avaliação deste aspecto, comportaria assim a medida de
ctimizaçào do cumprimento das referidas [unções, em consonân-
cia com as necessidades do meio no qual se insere a instituição.
Neste ponto há que voltar-se para uma questão básica que
transcende os próprios objetivos deste trabalho: que se considera
o "meio" para a instituição universitária?
Territorialmente, é possível considerar-se como tal ao espaço,
enquanto unidade político-administrativa, na qual se localiza a
Universidade? Evidentemente, a resposta imediata seria pela ne-
gativa, pelo menos no que concerne a algumas das instituições es-
tudadas. Mesmo porque se trata de um universo composto de
instituições sediadas em pontos os mais diversos (capitais esta-
duais, municípios do interior) e sobretudo de dimensões as mais
variadas, com áreas de influência extremamente diferenciadas e,
em alguns casos, até mesmo de oferta altamente especializada.
A primeira grande dificuldade aqui envolvida reside, portan-
to, na compreensão e definição do que seria este "meio", ou me-
lhor, de sua precisa delimitação.

562
Os estudos até aqui empreendidos não autorizam a concluir-
se sobre a caracterização do mesmo como sendo local ou como
sendo nacional. Isto por que, ainda que o livre trânsito dos pro-
fissionais graduados se certifique em âmbito nacional, não seria
absolutamente correto admitir-se que "o meio" de uma institui-
ção como a UFRJ se identifique com "o meio" da FUAM ou da
UFPI, ou das antigas Universidades Rurais.

Admitindo-se a dificuldade de uma tal definição apriorística


do "meio" e ainda mais, partindo do suposto de que esta adequa-
ção deve ser em si mesma problemática, houve que buscar-se uma
estratégia que partisse de dentro da instituição para fora dela.

Assim, tratou-se de verificar como se definem alguns elemen-


tos tipicamente académicos das instituições, mas que, em situa-
ções de adequação ao "meio" deveriam revelar a incorporação de
motivações e inspirações provenientes do contexto (externo), e
não apenas considerações de ordem estritamente académicas.
Nesse sentido, visualizando-se a oferta de cursos de uma Uni-
versidade, pode-se considerá-la como possível indicador de ade-
quação, na medida em que a sua determinação responda, ou pelo
menos respeite a demanda oriunda do "meio". Evidentemente,
tal não se verifica na generalidade dos casos observados.
Do mesmo medo a oferta de profissionais, tanto em termos
quantitativos quanto qualitativos, não se vê de nenhum modo
determinada pelos traços típicos de qualquer espécie de "meio".

A comprovação de tais afirmações não demanda maiores es-


forços, sendo correntes, e até mesmo lugar comum, os enormes
descompassos entre as ofertas de cursos e de profissionais tal
como definidas pelas Universidades, e as demandas do "meio"
que as circunda, seja ele considerado como local, regional ou na-
cional .

Por outro lado, estes hiatos e assincronias só podem ser su-


perados mediante a mobilização do exercício de outra função: a
da pesquisa. Isto por que esta adequação, a realizar-se no plano
da atividade de ensino, só se consubstanciaria mediante o exercí-
cio da pesquisa com vistas a determinar, inicialmente, qual pode
ser considerado o "meio" desta instituição e em segundo lugar,
quais as demandas provenientes da realidade circundante previa-
mente definida.

Finalmente, o exercício da atividade de extensão é aquele que


mais facilmente pode revelar a interação entre Universidade e
meio, ainda que nem sempre assumindo a forma de ação adequada
às necessidades deste.
563
Isto por que a extensão se caracteriza, usando quase que os
termos da lei, por levar à comunidade as atividades exercitadas
intra-muros, ou seja, a pesquisa e o ensino, sob a forma de cursos
e serviços (art. 10 do Decreto Lei n°. 252 de 28.02.1967).
Ora se este exercício, já de si mesmo, não se adequa ao "meio",
poderá a extensão do mesmo fazê-lo, como por encanto?
Tome-se um aspecto concreto: os "campi" avançados. Na
medida em que a uma instituição se atribui uma área geográfica
absolutamente diversa daquela, regional, em que se insere a Uni-
versidade em questão, de modo a constituir um seu território
avançado, qual o impacto que ela poderá ter sobre este mesmo
território? A enorme diversidade visaria propiciar a que a insti-
tuição, ao tempo em que experimenta uma nova realidade, mobi-
lize seus instrumentos de conhecimento em benefício da comuni-
dade em questão. Mas é de indagar-se, qual o grau de "adequa-
ção" que se pode esperar desse impacto, e, assim, qual o sentido,
a congruência, do serviço que se presta (ponto de vista da comu-
nidade) e do aprendizado que se verifica (ponto de vista do es-
tudante) ?
Finalmente, algo há que ser ainda levado em conta. Anali-
sando-se as atividades ditas de extensão exercidas pelas Univer-
sidades, pode-se concluir que a oferta de cursos e serviços a uma
comunidade absolutamente diferenciada daquela que se poderia
denominar como "universitária", não chega a configurar situa-
ção de maior peso e frequência. Muitíssimo mais frequente é a
extensão que se poderia chamar "interna", onde o beneficiário
primordial é a própria comunidade "universitária" com os seus
atuais e/ou antigos componentes.

6.4 — SISTEMA BÁSICO E SISTEMA PROFISSIONAL

Estas são noções que surgem como imposições legislativas a


partir dos primeiros decretos-lei componentes do período de rees-
truturação. A dicotomia "sistema básico comum — sistema pro-
fissional", em vista do tratamento legal que lhe é conferido, nada
mais é que a expressão de um outro par dicotômico. de cunho me-
nos organizacional, expresso nos extremos universalidade e espe-
cialização.
Isto porque, seja no Decreto-lei n. 53, seja no de número 252,
fixa-se que as Universidades deverão expressar estruturalmente o
cumprimento do princípio da universalidade de campo de conhe-
cimento, sem que, para tanto, profissionalizem em todas as pos-
síveis áreas de atuação. Nesse sentido, a síntese entre a universa-
idade e a especialização, tem lugar exatamente no plano estrutu-
ral. mediante a formulação dos dois sistemas de unidades.

564
Assim, a universalidade de campo de conhecimento foi expli-
citamente imposta às áreas fundamentais, precisamente defini-
das na Legislação Reformadora (veja-se o Decreto-lei n.° 252, artigo
3o , parágrafo único). Já a especialização caracterizaria o outro
sistema, em vista da atuação da instituição em uma ou mais áreas
técnico-prof issionais.

Todavia, se nos Decretos-lei iniciais a contrapartida organiza-


cional (sistema básico e profissional) para este elemento do con-
teúdo sócio-cultural da Reforma (universalidade de campo versus
especialização) aparece explícita, tal não se verifica num outro
instrumento legal, básico por seu poder sintetizador, qual seja, a
lei n.° 5540. Nesta, obriga-se apenas o "cultivo" (sic) de todas as
áreas fundamentais e de uma ou mais dentre as técnico-profissio-
nais.
Com este tratamento, deixa-se em aberto a possibilidade de
criação de alternativas de expressão estrutural no que tange à
realização no plano organizacional, desta problemática do "culti-
vo" diferencial dos dois grandes patamares do conhecimento hu-
mano. Isto porque se bem que o artigo 2.° do Decreto-Lei n.° 53
impusesse a organização de unidades (no seu entender Faculda-
des, Escolas ou Institutos) para este exercício, não se lhes definia
o número, nem impedia as variadas possibilidades de agregação
entre as áreas básicas ou profissionais de atuação, dando lugar a
alguma margem de escolha. Com o Decreto-lei n.° 252, esta flexi-
bilidade torna-se ainda maior quando, em seu artigo 3.°, se ex-
plicita que o sistema básico pode ser implantado mediante a es-
truturação de unidades (definidas tal qual no Decreto-lei ante-
riormente referido) ou sub-unidades (forma então vigente para
denominar os departamentos)

Finalmente, com a Lei n.° 5.540 a situação flexibiliza-se ao


máximo na medida em que o "cultivo" destas áreas sequer obri-
ga, .explicitamente, a instituição a criar-lhe uma contrapartida
no plano estrutural.

É evidente que, se o dispositivo legal mais recente não invali-


da os anteriores, há que se supor a permanência destes em vigên-
cia, ainda que seja deveras estranha a omissão de qualquer referên-
cia, neste dispositivo legal, à problemática dos sistemas comum e
profissional quando todos os demais elementos primordiais do con-
teúdo da Reforma nele aparecem reafirmados.

Maior admiração causa a contestação de que algumas Univer-


sidades têm logrado obter, inclusive, a aprovação dos seus Esta-
tutos sem que se defina explicitamente, .esta dimensão estrutu-
ral. À guisa de exemplos podem ser citados os documentos relati-
vos à UFPI, TJFMT, TJFSCAR, TJFOP, FUG e UNB.

565
Concluindo estas considerações de ordem formal poder-se-ia
inquirir em que medida é possível assegurar a consecução do prin-
cípio da universalidade de campo de conhecimento para as áreas
fundamentais do saber humano se não fica claramente imposta,
no plano estrutural, a implantação do sistema básico comum.
No entanto, a problemática da constituição destes sistemas
não se esgota no plano normativo. Desde um ponto de vista de
conteúdo, talvez seja lícito afirmar, inclusive, que essa problemáti-
ca é, antes de mais nada, a problemática da criação do sistema bá-
sico em si mesmo. O seu "fiat" a partir do nada, em alguns casos,
e em qualquer caso, o seu adequado dimensionamento em "Unida-
des" ou "Sub-un(dades". Se, para o sistema profissional a lei fa-
cultou a especialização, a opção de ênfase, fazendo com que as
Universidades apenas tivessem que reestruturá-lo, para o sistema
básico a questão posta foi de ordem muito mais profunda: houve
realmente que acrescentar, que inovar, que criar, embora em mui-
tos casos (nas instituições já mais desenvolvidas) também hou-
vesse muito que reorganizar e com mais importantes consequên-
cias.
Nesse sentido cabe a crítica ao fato de que a implantação do
sistema básico comum dificilmente pode ser tratada, levando em
conta as instituições como um conjunto, na qualidade de um pro-
cesso. Isto porque o que claramente se depreende de um rápido
apanhado neste transcurso é o seu caráter eminentemente frag-
mentário. Ao que parece, as Universidades organizaram de al-
gum modo, nem sempre o mais racional, os conhecimentos funda-
mentais que desenvolviam quando do início do processo de refor-
ma, sem que este mecanismo fosse dotado de uma dinâmica pró-
pria para assegurar uma flexibilidade estrutural tal que o siste-
ma consiga responder, através a possibilidade de mudança, às al-
terações concernentes ao maior ou menor "cultivo" das suas áreas.
Isto porque se esta noção é, em termos estruturais, sensivel-
mente ampla, funcionalmente parece claro "cultivar uma área"
não se coaduna, por exemplo, à circunstância em que uma Uni-
servidade mantém um ramo ou setor do conhecimento apenas
em vista do seu caráter instrumental para o desenvolvimento de
um outro o qual, este sim, é verdadeiramente cultivado, na me-
dida em que nele se cria ou recria conhecimento.

Assim compreendida a noção de cultivo e cotejada com a


análise dos dados coletados, conseguiu-se concluir que o não ex-
pressar estruturalmente a atuação em uma área qualquer, di-
ficilmente deixa de significar a ausência de "cultivo" da mesma,
daí o caráter quase perfeito da associação entre ambas as carac-
terísticas .
Nestas condições, tomando-se esta expressão estrutural como
indicador de cultivo daqueles conhecimentos, pode-se considerar

566
que apenas duas das áreas básicas alcançam universalidade de
cultivo: as Ciências Biológicas e as Ciências Matemáticas, Físicas
e Químicas. Esta universalidade ainda está por ser atingida nos
setores das Letras, das Ciências Humanas e Filosofia e das Geo-
ciências. Por outro lado, é na área das Artes que ela se mostra
mais problemática, na medida em que nada menos que 13 institui-
ções não expressaram estruturalmente qualquer espécie de atua-
ção.
Destas condições depreende-se, de imediato, a primeira grande
falha dos sistemas básicos implantados, ao serem incapazes de
exercer a sua função precípua, qual seja, a de assegurar o cum-
primento do requisito da universalidade de campo de conhecimen-
to nas áreas fundamentais do saber humano.
Analisando-se as alternativas de estruturação destes conhe-
cimentos, observa-se que nas Ciências Humanas e Filosofia, assim
como nas Artes, as Universidades tenderem a criar unidades (Fa-
culdades ou Institutos) exclusivas para abarcá-las. Já nas áreas
de Letras e de Geociências a tendência dominante foi caracteri-
zada pela fusão ou anexação destas áreas com uma ou mais ou-
tras, de modo a constituir unidades do tipo conglomerado; veja-se,
por exemplo, o Instituto de Química e Geociências da UFGO, e cer-
tos Institutos de Ciências Humanas e Letras. Tanto no caso de
Letras quanto no de Geociências pode-se concluir que a opção por
Faculdades ou Institutos, exclusivos para cada uma das áreas,
mostrou-se típica daquelas instituições de maior porte; uma úni-
ca cxceção se verifica em Letras, onde a UFPB( apesar de suas
dimensões um pouco menores, criou uma unidade nestas condi-
ções) .
Outro tipo de solução estrutural para a problemática do sis-
tema básico encontra-se na criação dos chamados "Centros de
Estudos Gerais" (ou de "Estudos Básicos") responsáveis pela agre-
gação conforme o próprio nome o sugere dos conhecimentos desta
natureza.
Curiosamente, das três Universidades que optaram por este
tipo de solução, duas distinguem as Artes isolando-as em unida-
des próprias, deixando margem a que se compreenda como não
estando elas incluídas nesta categoria do conhecimento. Em to-
dos os três casos trata-se de instituições estruturadas em Centros
coordenadores de Departamentos. Se este tipo estrutural, como
ficou acentuado no transcurso deste trabalho, já revelou a ten-
dência à criação de unidades super-dimensionadas, com muito
mais razão tal se verifica nestas grandes unidades, resumo de
todo o sistema básico. Se bem que esta pareça ser uma razoável
alternativa de solução para aquelas instituições de pequeno porte,
nas outras de maiores dimensões muito claramente se tenderia
ao gigantismo; agregue-se a estas observações o risco de reviver-
se, pela sua abrangência, a antiga "Faculdade de Filosofia, Ciên-
cias e Letras", apenas sob nova denominação ou disfarce.

567
Se nestas circunstâncias tal revivescência é ainda um risco,
em outra ela se mostra realidade. Isto porque, dentre as soluções
precárias para implantação do sistema básico, ressalta-se a da
FUBER, que, por ser extrema, merece especial destaque. Nesta
instituição, conforme Estatuto aprovado no CFE a 25 de Junho
de 1970, a manirtenção da Faculdade de Filosofia, Ciências e Le-
tras era admitida até a implantação dos Institutos Básicos; após
três anos desta determinação, subsiste o órgão de existência con-
traditada pela Legislação da Reforma.

Tal fato vem em reforço a outra conclusão, anteriormente re-


ferida, pela qual se buscou caracterizar a implantação dos siste-
mas básicos como desprovida da conotação de um processo, como
tal, contínuo.

Ressalte-se que algumas instituições redefiniram o seu siste-


ma básico, mas não por uma preocupação em ampliar ou melhor
exercer o cultivo das áreas fundamentais. Estas foram mudanças
que se deram no bojo de outras de maior amplitude (a estilo das
alterações no modelo estrutural adotado) e que, por tal razão, não
se caracterizaram por alterar a composição qualitativa do sistema
básico, tal qual definido anteriormente; foram meros remaneja-
mentos estruturais, se analisados desta perspectiva.

O nível de problematicidade que circunda a questão do siste-


ma básico é de tal modo amplo que extrapola o âmbito da sua
implantação, envolvendo inclusive a compreensão de sua nature-
za. Como se não bastassem as definições contidas na Legislação
Reformadora e as considerações conclusivas dos "Encontros de
Reitores", o presente trabalho identificou que ainda impera o
desconhecimento do conceito de "sistema básico". Este desco-
nhecimento se revela inclusive no nível da Administração Central
dado que raros foram os Reitores que souberam caracterizar a
forma pela qual a sua instituição definiu este sistema, sem con-
fundi-lo com as noções de "ciclo básico" ou de "primeiro ciclo".

Estas incompreensões dizem respeito, basicamente, ao cará-


ter estrutural deste sistema, o qual se vê confundido com a sua
utilidade em termos funcionais.
Esta utilidade se revela, fundamentalmente, mediante o aten-
dimento a duas atividades: o cumprimento do 1.° ciclo, de estudos
e a oferta de disciplinas básicas componentes do ciclo de estudos
profissionais.
No que concerne ao 1.° ciclo, verifica-se que estas incom-
preensões atingem à própria denominação para ele adotada, fre-
quentemente confundida com a de "ciclo básico" (a qual inclui-
ria, ainda, as chamadas "matérias básicas" dos ciclos profissio-
nais) .

568
Observou-se que, enquanto ciclo comum a todos os cursos
ofertados, apenas em uma Universidade tal se verifica. Nesta, as
unidades do sistema básico mobilizam-se para a oferta de um con-
junto de disciplinas comuns a todos os cursos, diversificando-se a
utilização destas unidades básicas, quando do final deste ciclo,
pela oferta de uma única disciplina válida para cada área.
Na absoluta maioria das instituições pesquisadas, subconjun-
tos das unidades do sistema básico subsidiam subconjuntos de
cursos, ofertando disciplinas por áreas de conhecimento, essa ou-
tra alternativa de organização para o I o . ciclo, demanda um tipo
diverso de atuação subsidiária por parte das unidades estruturais.
O segundo plano onde se evidencia a utilidade funcional do
sistema básico diz respeito aos estudos fundamentais que se de-
senvolvem já nos limites do ciclo profissional. No desempenho
destas atividades, é que se veria realizar, no âmbito funcional, a
integração entre os sistemas básicos e profissional.
Contudo, pelas dificuldades de implantação do sistema co-
mum, observa-se que essa integração ainda não se verifica. Fato
contumaz, e que se evidenciará nas conclusões acerca da estrutu-
ra departamental, é que as unidades do sistema profissional
atraem para si a responsabilidade sobre a oferta desse tipo de dis-
ciplina, operando, assim, claras duplicações com relação ao siste-
ma de unidades básicas. A título de exemplo, pode-se apontar a
questão da disciplina "Anatomia Patológica", quase que univer-
salmente lotada nas unidades profissionais da área de Saúde, as
quais chegam a atrair inclusive, em vários casos, as próprias Pa-
tologias, ditas gerais.
Outro tipo de evidência para esta desintegração pode ser en-
contrada na organização de dois níveis em uma mesma área, no
próprio âmbito do sistema básico: o primeiro com uma unidade
que, em vista da amplitude de escopo dos conhecimentos abarca-
dos, assegura a sua utilização por cursos de variadas áreas; o se-
gundo, estanque com relação ao anterior, formado por outra uni-
dade, cujos conhecimentos ofertados, ainda que básicos, são de
demanda típica de uma área. Tal é o caso dos Institutos de Ciên-
cias Biológicas, por um lado, e os Bio-médicos (ou de Ciências da
Saúde), por outro. *
Esta situação é tão curiosa que a UFF situa, em seus docu-
mentos legais, o Instituto Biomédico (unidade básica) num Cen-
tro componente do sistema profissional (Centro de Ciências Mé-
dicas) . Com isto tem-se a exata dimensão da duplicação estrutu-
ral representada por este tipo de organização, (embora não tenha,
ainda, "a UFF implantado o seu Instituto de Biologia), a qual ten-
de a refletir-se na atuação da instituição ao tornar quase autár-
quica a sua área médica, negando, peremptoriamente, o princípio
de cooperação interescolar. Observa-se que todos os casos dessa
natureza situam-se na área bio-médica.

569
Finalizando, pode-se considerar que a implantação do siste-
ma básico demandou os maiores esforços por parte daquelas ins-
tituições caracterizadas por uma atuação especializada anterior-
mente à Reforma.
Contrariamente, o menor esforço foi dispendido pelas Univer-
sidades de maior porte que, por suas dimensões e amplitude de
oferta, praticamente já asseguravam, antes mesmo da reestrutu-
ração, a atuação no universo das áreas de conhecimento básico.
Finalmente, a despeito de toda a ordem de problemas que se
revelaram no decurso da implantação do sistema básico, em ver-
dade, seria deveras absurdo considerar-se, sob qualquer ponto de
vista, inválido o seu processo de constituição.
Isto porque tal era a duplicação, pulverização e atrofia que
dominava os setores básicos na situação pré-existente à Reforma,
que se pode, sem dúvida, concordar com o Professor Roberto San-
tos, em conferência proferida na PUC, em 1973, que esta situação
caracterizava-se pela "posição meramente ancilar dos setores bá-
sicos no âmbito das Universidades, recaindo toda a ênfase nas
disciplinas profissionalizantes. A reduzida produção na área dos
estudos humanísticos, e o estado de atrofia da grande maioria dos
dispositivos dedicados às ciências básicas eram consequências ine-
vitáveis da fragmentação, entre as várias faculdades, dos meios de
que dispunha a Universidade para esses fins".
6.5 — DEPARTAMENTALIZAÇÃO E INTERESCOLARIDADE
Na tentativa de eleger alguns dos aspectos mais típicos à Le-
gislação da Reforma, seguramente a departamentalização estaria
tntre eles. Assim, ainda que o primeiro dos Decretos Lei do pe-
ríodo inicial da reestruturação não se refira à sua existência, todos
os demais documentos legais impõem, como elemento de conteúdo
precípuo, a implantação da estrutura departamental.

Com vistas à constituição dos departamentos, uoservou-se que,


ainda que todas as Universidades pesquisadas houvessem indica-
do a existência de critérios orientadores deste processo, apenas
normatizaram estas exigências, incorporando-as a seus diplomas
legais. Depreende-se da análise, seja das normas, seja dos cri-
térios não normatizados, a dominância dos princípios de cunho
amplo, tais como "afinidade entre as disciplinas", "amplitude de
campo de conhecimento" e "unidade das funções de ensino e pes-
quisa", todos eles transposições literais do conteúdo da Legislação
Reformadora. Um número bastante reduzido de instituições reve-
lou ter agregado a esses elementos legislativos, requisitos mais
restritos, do estilo: "existência de serviço administrativo próprio",
"número mínimo de docentes" e "disponibilidade de instalações e
equipamentos".

570
Com base em critérios desta natureza, a fragmentação estru-
tural no âmbito dos departamentos verificou-se respeitando dois
traços fundamentais e correlatos: o tipo de estrutura académica
e as dimensões da instituição em questão. O espectro de varia-
ção resultante, no que concerne ao número de departamentos cria-
dos, e de uma'amplitude de tal que varia desde os 7 existentes na
UFSCAR até os 168 implantados na UFRJ.

Considerando-se os tipos estruturais subdivididos segundo o


seu porte, observa-se que as instituições de pequenas dimensões
revelaram como seria de se esperar, os menores números de de-
partamentos implantados. Contudo, esta fragmentação mostra-
se auantitativamente mais elevada quando se passa nos subconjun-
tos estruturados em Centro/Departamentos (C/D) para aqueles
em Unidades/Departamentos (U/D) e Centro/Unidades (C/U).
Tomando-se o conjunto das Universidades de maiores dimensões,
idêntica distribuição se verifica: o menor número de departamen-
tos por elas criados cabe àquelas estruturadas em C/D, sendo clara
a tendência à elevação deste número na medida em que se obser-
vam as estruturas Ú/D e C/U.

Considerando-se as Universidades grupadas segundo caracte-


rísticas definidoras do seu porte, confirma-se esta conclusão ob-
servando-se que, em média, o número de departamentos tende a se
elevar à medida em que se- percorre a linha ascencional quanto às
dimensões das instituições. Contudo este comportamento médio
encobre alguns casos de Universidades que empreenderam um grau
de fragmentação departamental claramente discrepante, se com-
paradas às soluções encontradas pelas demais componentes do gru-
po em que se inserem.

Assim, ressaltam-se pelo número excessivo de departamentos,


com relação às instituições de porte similar, as seguintes Universi-
dades: UFSE (34), UFRRJ (30), UFPEL (50), UFPB (74), UFGO
(76) e UFBA (106). Vale notar que a UFRJ apesar de revelar um
número elevadíssimo deles (168) não se inclui nesse conjun-
to simplesmente por não possuir equivalentes com os quais possa
ser comparada.
Entre as Universidades que sub-dimencionaram este número,
em vista das soluções encontradas por similares, estão: UFSCAR
(7), UFAL (19) e UFF (51).
A análise do grau de fragmentação departamental é de fun-
damental relevância na medida em que esta é uma das condições
essenciais para a qualificação do efetivo funcionamento dos de-
partamentos implantados. Assim, em condições de excessiva pul-
verização, muito provavelmente eles não serão uma realidade, de
sorte que dificilmente chegarão a se constituir nas verdadeiras
"unidades" universitárias, tal como a legislação mais recente pre-

571
tendeu. Por outro lado, considera-se também que a excessiva con-
centração que impede o funcionamento ideal do departamento no
sen'idn de que dificilmente com um número de docentes e dis-
ciplinas superdimensionado conseguir-se-á a integração e a parti-
cipação efetiva necessárias ao seu funcionamento.
Analisando-se a questão segundo as várias áreas do conheci-
mcnío. observa-se que o problema do maior ou menor fraciona-
mento da estrutura departamental tem lugar tipicamente em al-
guns destes setores do conhecimento humano.
Assim, no que tange ao número de departamentos criados ob-
serva-se ser ele menor nas áreas que não asseguraram sua comple-
ta participação na consecução da universalidade de campo de co-
nhecimento (a exemplo das Artes e Geociências) ou naquelas ou-
tras em que a especialização profissional das instituições fez com
que o nível de atuação na área básica se visse reduzido (a exem-
plo das Ciências Agrárias) ou ainda nas que criaram órgãos por
demais compactos reduzindo assim o número total (veja-se à
área de Educação).
Por outro lado, a excessiva fragmentação parece típica das
áreas dotadas de maior amplitude em sua oferta de cursos (Tec-
nologia, Ciências Sociais Aplicadas e Saúde), o que também, até
certo ponto, seria lícito pressupor.
Neste ponto porém, atinge-se um traço crucial à questão dos
elementos característicos das departamentalizações pelas diferen-
tes áreas. Isto por que idealmente seria de se esperar que a frag-
mentação departamental nas áreas básicas levasse em conta, fun-
damentalmente, a tentativa de consecução do princípio da univer-
salidade de campo de conhecimento, independentemente da oferta
de cursos na área; contrariamente, nas áreas profissionais o ca-
rater aplicado dos conhecimentos transforma o seu papel de Ins-
trumental para eminentemente terminal com relação à formação
do alunado.
No entanto, tal não se verifica. Vê-se, por exemplo, a área de
Letras onde modelos de departamentalização postos em prá-
tica decorrem diretamente da composição feita com as matérias
de ensino do currículo mínimo; isto revela muito claramente a
estreita correlação com a problemática dos cursos ofertados. Con-
trariamente, encontra-se a área de Educação na qual pouco coin-
cide a solução departamental com a oferta das habilitações pro-
fissionais .
Entretanto, para a compreensão das possibilidades de efetivo
funcionamento da estrutura departamental deve-se indagar não
só o número de departamentos criados, mas também o porte dos
mesmos, característica esta aliás correlata à anterior.
Esta associação é de tal modo nítida que, observando-se al-
gumas das instituições que optaram pela criação de um menor nú-
mero de departamentos, vê-se que elas se revelam semelhantes

572
àquelas caracterizadas pela implantação de órgãos superdimen-
sibnados. Esta característica é de tal modo importante que se
faz presente qualquer que seja o tipo estrutural adotado. Neste
sentido as Letras e as-Artes, por exemplo, revelam os mais ele-
vados valores nos indicadores do porte departamental adotado
(média de disciplinas por departamento, de docentes por departa-
mento e de disciplinas por docente) em todos os tipos estruturais.
Inversamente, observadas algumas das que fracionaram em
maior quantidade a sua estrutura departamental, verifica-se que
a área tipicamente dotada de micro-proporções é a das Ciências
da Saúde. Nela, as quantidades obtidas para os indicadores su-
pra-citados são de tal modo reduzidos que merecem referência
exemplificativa; veja-se a média de docentes por departamento
que é de 10, nas estruturas C/D, 8 nas C/U e 7 nas U/D. Este úl-
timo tipo estrutural, pelo maior número de Universidades abar-
cadas (16) e por incluir a maioria daquelas de grande parte (67%
delas) revela sempre e naturalmente, o maior número de departa-
mentos implantados, assumindo proporções especialmente avan-
tajadas nesta área de conhecimento.

Assim como o número de departamentos mostra-se associado


ao tipo de estrutura académica adotada, também o seu porte re-
velou tal associação. Dessa forma, um traço típico que pode ser
revelado diz respeito à clara tendência a que, na quase totalidade
das áreas de conhecimento adotadas, os tipos estruturais revelem
o mesmo ordenamento no que tange às dimensões dos seus de-
partamentos . Assim, excetuadas as Ciências Agrárias, Sociais Apli-
cadas e Educação, em todas as demais áreas os maiores departa-
mentos incluem-se no modelo C/D, seguindo-se em ordem decres-
cente, os tipos C/U e U/D. Nas três situações excepcionais, ain-
da que o predomínio da estrutura de Centros coordenadores de De-
partamentos seja mantido, opera-se uma inversão, revelando-se
a estrutura de Centros coordenadores de Unidades como a mais
fragmentária; ressalte-se que as diferenças entre as duas últimas,
assim, não se mostram substanciais, como o são frente à primeira.
Em algumas áreas ou sub-áreas mostraram-se particularmen-
te relevantes aqueles órgãos denominados "departamentos-curso"
Com esta terminologia não se quer afirmar que os mesmos sejam
infratores por excelência, do princípio da cooperação interescolar,
mas que concentram quase todas as disciplinas do ciclo profissio-
nal dos estudos de um dado curso. Tal é o caso das Ciências Ma-
temáticas, Físicas e Químicas, onde são extremamente frequentes
os departamentos de Matemática, de Física e de Química. Na área
de Tecnologia tal é também o caso de alguns dos ramos de Enge-
nharia (Mecânica, Metalúrgica e Elétrica). A nível das Univer-
sidades, também tem lugar nesta orientação, a UFMT: 12 cursos
c 12 departamentos, identificados, quase todos, com a denomina-
ção dos cursos oferecidos.

573
No que tange à constituição dos departamentos, deve ser con-
siderada ainda a problemática do cumprimento da imposição de
afinidade entre as disciplinas, com observância do princípio da
não-duplicação dos meios.
Concluiu-se que. apesar da extrema amplitude do critério de
afinidade entre as disciplinas (imposto através do artigo 11 da
Lei 5.540), revelaram-se extremamente frequentes aquelas cir-
cunstâncias em que um departamento apresentou um grau de he-
terogeneidade que chegava a ferir este tão amplo suposto. A pri-
meira e extrema evidência deste descumprimento pode ser obti-
da entre aqueles órgãos que por seu conteúdo de tal modo diverso,
não puderem sequer ser classificados em suma ou algumas áreas
de conhecimento para tratamento analítico. Sua composição, de
tal modo heterogénea, duplicava com outros órgãos, pondo em che-
que o cumprimento do princípio da cooperação interescolar.
Ao lado destes, alguns tipos de departamentos mostraram-se
particularmente problemáticos em vista das unidades mais am-
plas que os abarcavam. Assim, é muito frequente a inserção na
área das Ciências Agrárias, de departamentos cujo conteúdo do-
minante se refere às Ciências Humanas (básicas ou aplicadas),
sendo compostos por: Economia Rural, Sociologia Rural, Comu-
nicação, Elaboração e Avaliação de Projetos Agropecuários etc).
Na área das Ciências Sociais Aplicadas verifica-se que não
se inclui a quase totalidade das "Administrações" aplicadas a vá-
rios ramos do conhecimento (Enfermagem, Nutrição, Medicina,
Farmácia e Educação), especialmente aqueles lotados na área de
Saúde, onde verifica-se a tendência a dispersá-los pelas várias uni-
dades profissionais demandantes deste conhecimento.
Nos setores das Ciências Biológicas e da Saúde, algumas ou-
tras peculiaridades se fizeram notar. Inicialmente observou-se
que algumas instituições tenderam a processar a implantação das
unidades básicas mediante orientação tendente a assegurar au-
tonomia estrutural dos conhecimentos que,' embora básicos, se-
jam mais demandados pela área da Saúde, separando-os daqueles
extremamente gerais, comuns a qualquer das áreas. Desta for-
ma criam-se dois níveis no âmbito das unidades básicas, diferen-
ciados pelo seu grau de generalidade.
Outro aspecto, ainda diz respeito ao conteúdo dos departa-
mentos constituídos nesta área: a problemática da Patologia.
Ramo eminentemente básico, surge em inúmeras Universidades
de modo simultâneo nas unidades básicas e nas profissionais; e
não é sequer sob a forma de Patologia Geral e Anatomia Pato-
lógica mas sim como Patologia, propriamente dita, em ambos
os casos.
Finalmente, a área de Artes revelou, em termos do conteúdo
de seus departamentos, insistentes duplicações com relação a
ramos tangenciais dos conhecimentos de outras áreas (a exem-
plo de Fisiologia da Voz, Filosofia da Dança etc).

574
Outro critério para avaliação do funcionamento da estru-
tura departamental é dado pela condição funcional em que os
seus chefes exercem este cargo. Isto porque, independentemente
das características de constituição que orientaram a fragmenta-
ção do âmbito departamental, de nada vale a um órgão desta
espécie ser dimensionado em condições ideias se o seu condutor
não se dedica o tempo condizente com o volume das obrigações
decorrentes do seu efetivo funcionamento. E nesse aspecto as
condições mostraram-se por demais precárias.
Observou-se que apenas 37% dos chefes de departamento
exercem esta atividade em regime de 40 horas ou de dedicação
exclusiva, enquanto que a absoluta maioria (60%) atua apenas
durante 12 ou 24 horas. Note-se que nenhum dispositivo legal
impõe regimes maior dedicação às chefias, o que se revela como
um evidente impecilho à implantação destes órgãos. Por outro
lado, o regime de tempo integral é condição sine qua non para
o exercício da Direção de Faculdades, Escolas e Institutos, o que
denota o reconhecimento do volume dos encargos de natureza
administrativa no que tange a estas Unidades de Ensino, mas
não no que concerne àquelas (Departamentos).
Observando-se as várias áreas de conhecimento, depreende-se
que esta situação se revela particularmente problemática em al-
gumas delas, que chegam a apresentar percentuais menores que
a média global supra-citada. São elas: Ciências Sociais Aplica-
das, Artes, Saúde, Ciências Humanas e Filosofia, Educação e Le-
tras. Como áreas menos problemáticas revelaram-se as Ciências
Matemáticas, Físicas e Químicas, as Agrárias e as Biológicas.
Considerando-se as Universidades individualizadamente, estes
dados mostraram se particularmente expressivos na medida em
que apenas 6 instituições mantêm a maioria dos seus chefes de
departamento em regimes de dedicação intensiva (40 horas ou
DE).
Isto se revela, assim, um obstáculo da maior importância
para a efetiva implantação da estrutura departamental, sendo
altamente questionável o seu funcionamento naquelas circuns-
tâncias (áreas ou Universidades) onde as chefias não se ocupam
da sua tarefa precípua em regimes intensivos de dedicação.
Como último elemento de avaliação acerca das condições de
Implantação da estrutura departamental tem-se o próprio texto
de lei quando normatiza que "o departamento será a menor fra-
ção da estrutura universitária para todos os efeitos de organi-
zação administrativa, didático-científica e de distribuição de pes-
soal".
Vale frisar inicialmente a relativa impropriedade do termo
"menor fração" o qual induz à ideia da divisibilidade, abso
lutamente imprópria no caso, e que contradita os termos do pró-
prio artigo 11 onde ela aparece; este, em seu inciso "b", dispõe
que as Universidades caracterizar-se-ão por possuírem uma "es-
trutura orgânica com base em departamentos reunidos ou não
em unidades mais amplas". Depreende-se claramente do seu tra-

575
tamento que existiriam unidades mais e menos amplas, das
quais apenas estas últimas seriam de existência obrigatória.
Nestes termos, o departamento passa à condição de unidade uni-
versitária por excelência e, enquanto tal, é indivisível.
A análise de alguns indicadores selecionados permitiu ava-
liar em que medida os diversos grupos de Universidades cum-
priam o disposto em Lei. Algumas conclusões mais relevantes
encontram-se nos parágrafos seguintes.
Observou-se inicialmente que a infra-estrutura administra-
tiva própria faz-se menos presente seja quando se trata de Uni-
versidades dotadas de estrutura com maior número de níveis,
seja quando o número de departamentos se revela particular-
mente elevado. Nestas circunstâncias, o apoio se opera através
das Faculdades, Escolas ou Institutos; com isto configura-se uma
tendência ao fortalecimento destas últimas gerando uma enor-
me dependência operacional dos departamentos frente às unida-
des em que se inserem.
Apesar de definido como unidade estrutural por excelência,
só em condições excepcionais identificou-se o departamento sendo
tratado como unidade orçamentária. De acordo com os resulta-
dos obtidos, apenas duas Instituições revelaram esta caracterís-
tica (UFSCAR e UNB); talvez para estas tenha sido possível a
consecução deste objetivo uma vez que são Universidades carac-
teristicamente dotadas de "macro-departamentos" os quais se
aproximam, por seu porte, das Unidades mais amplas, típicas de
outras Universidades onde ocorre maior fragmentação no âmbito
departamental.
Um dos aspectos bastante reveladores da organização didá-
tico-científica pode ser encontrado na ausência da integração en-
tre as atividades de ensino, pesquisa e extensão; se o planeja-
mento da pesquisa mostrou-se uma irrealidade, o envolvimento
departamental em atividades de extensão ainda e sensivelmente
precário.
Questão fundamental à organização académica pode ser en-
contrada, ainda, no tipo de vinculação existente entre docente
e disciplina. Observa-se que o caráter permanente desta vincu-
lação ainda impera em cerca de 45% das instituições pesquisa-
das, sendo majoritário nas estruturas tipo U/D.
Se com relação a vários indicadores o tipo estrutural C/D
refletiu maior adequação aos aspectos da legislação, observa-se
que a marcante compactação da estrutura departamental, típica
destas instituições, também revelou inconvenientes.
O primeiro deles diz respeito ao grau de participação dos
membros do departamento nas decisões de relevo. Observou-se
que o grupo C/D mostrou o padrão de menor participação cole-
tiva em decisões tais como escolha da chefia.
Por outro lado, verifica-se a tendência ao descumprimento
do princípio da indivisibilidade dos departamentos, de modo que
é nelas que se encontra a maior incidência de fracionamento
interno permanente destes órgãos.

576
Finalmente, o super-dimensionamento dos departamentos nes-
te tipo estrutural opera uma concentração de poderes de tal or-
dem que os seus chefes reproduzem, na prática, o comportamen-
to dos tradicionais Diretores de Unidades.
Por outro lado, o tratamento conferido aos departamentos
pela Legislação Reformadora, enquanto "unidades" universitárias
por excelência, tem, como correlato imediato, a perda da proprie-
dade do curso por qualquer tipo de unidade de ensino. Isto por-
que, tal como definido, nenhum departamento é capaz de abarcar
todas as disciplinas necessárias a um curso sem ferir o princípio
da não duplicação de meios. Com isto, torna-se imprescindível a
cooperação entre as unidades responsáveis pela oferta de disci-
plinas que devem contribuir para um mesmo curso.
Vê-se assim, que esta cooperação revela-se uma decorrência
Imediata da efetiva implantação da estrutura departamental de
tal sorte que, em condições de funcionamento apenas nominal dos
departamentos, dificilmente a interescolaridade se manifesta.
Um aspecto que parece curioso decorre da reflexão sobre a
própria denominação cooperação interescolar, e não cooperação
interdepartamental ou interunitária (num sentido mais amplo).
Acredita-se que esta simples forma de rotular a atividade revela
o papel secundário que estão tendo os departamentos, em termos
de atuação prática na vida académica, e induz também a que se
admita a continuidade da concentração de importância naquelas
unidades mais amplas, preexistentes à extrutura departamental e
tornadas facultativas com a Legislação da Reforma as Escolas ou
Faculdades.
Os descumprimentos do princípio da cooperação interesco-
lar tornam-se evidentes quando se analisa a problemática das de-
partamentalizações das várias áreas de conhecimento.
O seu principal e mais evidente canal de infração encontra-
se nas disciplinas consideradas como "aplicadas" a outros setores
do conhecimento humano, tais como Sociologia Jurídica, Econo-
m : a Rural, Estatística Aplicada à Educação, Administração Hos-
pitalar e um vastíssimo número de outras. Nestas, nota-se mui-
to claramente que o adjetivo impõe-se ao substantivo definindo o
local de inserção destes conhecimentos e eliminando a possibili-
dade de recurso a outra unidade de ensino (no caso a competen-
te) para a oferta da disciplina em questão.
Nestes termos, quanto menor seja o papel dos departamentos,
também menor será a chance de cooperação interescolar e maior
a autonomia das antigas unidades no que tange à oferta de dis-
ciplinas aos cursos que lhes sejam mais próximos.
Em condições tais, reduzido papel restará aos colegiados de
curso, que constituem a contrapartida estrutural para o princí-
pio da interescolaridade, na medida em que lhes cabe a coorde-
nação e supervisão desta cooperação no que concerne a cada um
dos cursos Este raciocnio será claramente confirmado no tó-
pico seguinte em que será abordada a questão da implantação
desses órgãos.

577
Como última observação deve se ressaltar que, com todas as
deficiências anteriormente ressaltadas, a estrutura departamen-
tal exerce o seu papel na maioria dos casos, unicamente no que
tange à modalidade de cursos de graduação. Isto porque a autono-
mia dos de nível de pós-graduação é de tal ordem que praticamen-
te transitam à margem da estrutura departamental, pela cons-
tituição, na maior parte dos casos, dos chamados "Programas de
Pós Graduação" os quais, por vezes, não a mantêm em comum
com a modalidade de gradução, nem mesmo os docentes utilizados.
Fenómeno de observação tão universalizada, não pode encon-
trar sua explicação em meros caprichos de circunstâncias espe-
ciais. As razões desse afastamento da pós-graduação frente à
estrutura departamental ordinária, têm que ser buscadas na aná-
lise específica e mais detida. Por enquanto fica só o registro do
fulo e a advertência quanto aos riscos que ele parece encerrar
para alguns dos princípios originais da Reforma.
Estes "Programas', às vezes autênticos departamentos, em
muito pouco estão relacionados entre si, sendo irrelevante o ní-
vel de cooperação mútua, tal como pode ser verificado pela aná-
lise das disciplinas ofertadas por cada qual.
Desta forma, o seu caráter autárquico elimina a possibilidade
da existência de um arremedo, sequer, de cooperação interescolar
6.fi — COORDENAÇÃO ACADÉMICA E FLEXIBILIDADE
CURRICULAR
Numa situação de transformação eminentemente estrutural,
em direção à superação do modelo de Universidade vigente, com-
posto, na prática, por unidades conglomeradas, a problemática
da coordenação académica assume um papel de grande vulto nes-
ta busca de maior racionalidade na organização universitária.
A problemática desta espécie de coordenação deve ser trata-
da de duas perspectivas. Inicialmente, abordando-a em exten-
são através da caracterização dos seus traços primordiais como se
refletem estruturalmente, seja no plano setorial, seja no central.
Por outro lado vale destacar o impacto que os seus produtos geram
no funcionamento da instituição universitária, quando correlacio-
nados a outros elementos característicos da atuação reformadora.
Assim, as conclusões acerca deste tópico não devem perder a
perspectiva de que a coordenação académica importa aqui fun-
damentalmente em vista do seu papel de substrato para dois ele-
mentos de conteúdo, básicos à Reforma: a cooperação interesco-
lar e a flexibilidade curricular.
Isto porque, quanto ao primeiro desses elementos, verifica-se
que a partir do momento em que a antiga Unidade de Ensino per-
de o seu caráter autárquico e, logo, a propriedade sobre o(s) cur-
so (s) para os quais tem, oferta dominante, decorre a imposição
de uma contrapartida, no plano estrutural, na figura de um ór-
gão capaz de congregar todas as unidades (lato sensu) mobiliza-
das para esta oferta.

578
Nesse sentido, o exercício desta coordenação está vinculado
à existência e funcionamento de um determinado tipo de órgão
_- o Colegiado de Curso.
Considera-se que, sob o ângulo das normas acerca da dimen-
são estrutural, talvez sejam duas as mais importantes inovações
trazidas com a Reforma, em vista das cadeias de impacto suces-
sivas geradas nos demais setores, seja no âmbito estrutural, seja
no funcional. Seriam elas o Departamento, sobre cuja situação já
se teve oportunidade de concluir anteriormente, e o Colegiado de
Curso.
Se o primeiro ainda se defronta com enormes dificuldades para
a sua efetiva implantação, o segundo não poderia ficar imune a
esta circunstância na medida em que a coordenação da coopera-
ção inter-unitária apenas pode ter existência real na medida em
que as próprias unidades cooperantes também o tenham. Neste
sentido, perfeitamente esperável que, embora constituída em exi-
gência formal, haja vista a imposição do texto de lei, a sua im-
plantação pareça ainda bastante duvidosa e hesitante.
Os questionamentos a serem interpostos iniciam-se desde o
plano dos documentos legais destas instituições, na medida em
que um razoável número de Universidades ou não os prevêm, ou
assignam a órgãos de diversas naturezas atribuições típicas da
coordenação didática des cursos.
Constituídos os órgãos, observa-se, muitas vezes, que os er-
ros apenas tendem a se agravar. Assim, nada menos que 15 ins-
tituições criaram ou coordenações monocráticas (singulares) em
lugar de órgãos colegiados, ou assignaram colegiados de unidade
a atribuição que deveria ser conferida a órgão constituído tendo
o curso como referencial.
Onde o cumprimento dos dispositivos legais teve lugar, o Co-
legiado de Curso surge sob denominações não uniformes, tais como,
Congregação (ou Comissão) d; Carreira, Comissões de Curso, Câ-
mara Curricular e Coordenação de Curso.
A análise da prática destes órgãos, sejam eles regulares ou
não, do ponto de vista composicional, revela uma reduzidíssima
margem de atuação com relação a temas que lhes seriam básicos.
Se por um lado a sua atuação neste plano se mostra pouco marcan-
é no âmbito da interação com a estrutura departamental que está
se revela a n d a mais crítica. .Neste sentido os departamentos, ao
menos segundo opinião dos seus chefes, parecem guardar uma
precedência frente aos colegiados de tal sorte que não podendo
ser donos dos cursos, tornam-se proprietários das disciplinas que
ofertam, mesmo quando de utilidade para um maior número de
cursos, ignorando os colegiados no que concerne à definição, por
exemplo, dos programas para as mesmas.
Parece claro que o exercício da coordenação didática do cur-
so quando afeto a um colegiado de unidade revela tanto a fa-
lência do colegiado de curso quanto a do departamento; autoriza
ainda a presumir que a unidade continua detendo a propriedade
sobre o curso, na medida em que a composição do colegiado re-

579
flete o suposto de que sua representação pode se esgotar em uma
única Unidade. Com isto vai por terra o princípio da cooperação
interescolar. É nesse sentido que se deve entender o resultado
segundo o qual o colegiado de composição regular é dotado de
maior condição de funcionamento que o irregular.
Além da coordenação académica operada no âmbito de um
curso, restaria considerar aquela situada no nível central da Uni-
versidade, integradora das coordenações setoriais (cursos) e ope-
rada mediante a atuação dos órgãos que aqui se padronizam
como Conselhos de Ensino, Pesquisa e Extensão.
Nestas condições, uma questão primordial parece ser a da
^articulação entre estes dois níveis da coordenação académica.
Algumas Universidades adotaram uma solução que parece bas-
tante viável, com vistas à consecução dessa articulação. Assim,
associaram os órgãos em termos de sua composição, fazendo com
que representantes dos que detém em suas mãos a prática da
coordenação setorial, tivessem assento no de âmbito central, emi-
nentemente normativo.
Frequentemente observou-se a submissão deste órgão de co-
ordenação académica a um outro, caracteristicamente administra-
tivo: o Conselho Universitário. A insistência com que a este úl-
timo se confere o poder recursal sobre as decisões do primeiro, in-
dica a relação de precedência que guardam um frente ao outro.
Até aqui desenvolveram-se as conclusões acerca do papel da
coordenação académica enquanto substrato à consecução da co-
operação interescolar .
Contudo, resta ainda tratar um outro plano de sua atuação,
cujos produtos têm crucial reflexo no exercício da flexibilidade
curricular. Trata-se aqui de uma das mais importantes transfor-
mações no plano da atividade de ensino, trazidas com a implan-
tação da Reforma. Esta supõe, no entanto, a criação de um con-
junto de mecanismos, sobretudo no âmbito da coordenação aca-
démica, os quais possam propiciar ao aluno a chance de imprimir
uma especialização na sua composição curricular.
Neste sentido, o primeiro e crucial aspecto, ainda claramente
académico, é o da reestruturação dos currículos, de modo a per-
mitir a interação entre os currículos de cursos diversos, propor-
cionando ao aluno a escolha de disciplinas que satisfaçam as suas
tendências e interesses pessoais, assegurada a formação profis-
sional específica.
Para a consecução desse objetivo, duas figuras foram intro-
duzidas no âmbito da administração acadêmica.o sistema de cré-
ditos e a matrícula por disciplina, podendo a sua implantação ser
tomada como medida do cumprimento deste elemento de conteú-
do da Reforma.
Por outro lado, há que se considerar ainda, em conjugação
com os pontos anteriores, a questão dos critérios para fixação
de vagas-disciplina. porque parece estar surgindo na vida
académica uma nova figura que se constitui numa reedição do
antigo regime seriado.

580
Trata-se do que se poderia denominar como "regime seriado
«semestral", o qual apenas alterou a unidade de seriação do ano
para o semestre. Seus substratos são os mais diversos, seja uma
cadeia de pré-requisitos de tal modo rígida que não possibilite
margem de escola ao aluno para composição do seu programa. se
mestral. Sejam os chamados "conjuntos-sugestão" que contêm
previamente as disciplinas que a instituição "recomenda" que se-
jam cursadas, sob pena de não se responsabilizar pela oferta de
vagas em outras disciplinas no período ou daquelas sugeridas em
períodos posteriores.

Nestes casos a pressão se faz pari passu com o cumprimento de


um ritual, de matrícula por disciplina segundo o regime de cré-
ditos.
Todavia há casos em que não há preocupação de esconder a
sobrevivência de regime seriado. Tal é a situação de uma das ins-
tituições pesquisadas, na qual existe Resolução do Reitor esta-
belecendo identidade necessária entre o número de vagas de in-
gresso num curso e o número de vagas nas disciplinas do mesmo
curso.
Nestas condições a flexibilidade curricular não passa de um
mito, sendo supérflua a existência de uma coordenação académi-
ca central.
6.7 — COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA
O conteúdo sistémico foi aquele que orientou toda a análise
exaustiva da estrutura e organização das Universidades estudadas,
sobretudo no que concerne ao elemento da coordenação adminis-
trativa. Nesse sentido, identificaram-se na legislação como coor-
denações administrativas:
1) A nível central
a) obrigatórias — Conselho Universitário
— Conselho de Curadores
2) A nível setorial
b) facultativas — Faculdades
— Escolas
— Institutos
— Centros
Neste tópico, à guisa de conclusão, procura-se, sobretudo,
evidenciar como, e até que ponto foi possível às Universidades,
no que concerne à coordenação administrativa (quaisquer que te-
nham sido os caminhos preferidos para sua reestruturação, ou
mesmo organização, se criadas após a Reforma) atendem a alguns
dos mais fundamentais mandamentos das leis reformadoras:

581
a) " . . . assegurar a plena utilização dos seus recursos
materiais e humanos, vedada a duplicação de meios pa-
ra fins idênticos ou equivalentes" (art. l.° do Dec Lei
n.° 53 de 18.11.66);
b) "unidade de património e administração"; (alínea a
do art. 11 da Lei n.° 5.540 de 28.11.68).
c) "racionalidade de organização, com plena utilização
dos recursos materiais e humanos" (alínea d do art.
11 da lei n.° 5.540 de 28.11.68).
Assim, expressada a caracterização que se pretendeu dar ao
conceito de "coordenação administrativa", como "elemento de con-
teúdo" para implementação mesma da própria Reforma, em cada
instituição, segundo suas próprias intenções nos instrumentos
normativos elaborados, pareceu de capital importância o exame
da problemática de alguns "sub-elementos! desse conteúdo, sob
a forma de atividades de administração e planejamento a nível
central.

Neste ponto verifica-se a lacuna deixada pela legislação no


esquema de "coordenação" acima reproduzido está ausente dele
a Retoria, onde se situam as mais intensas e permanentes ativi-
dades de coordenação administrativa a nível central.

Cabe, então, destacar as transformações ocorridas nos órgãos


executivos, da administração central (Reitoria) em razão da im-
plantação da Reforma Universitária. Assim é que se procura iden-
tificar que as medidas foram adotadas para o processo de raciona-
lização administrativa, que se expresaam em maior parte nas
atividades do planejamento, orçamento, administração de pessoal,
material, património e espaço físico.

No tocante às atividades de planejamento, a maioria das Uni-


versidades informou manter em atividade órgãos encarregados des-
ta função. Em 15 Universidades, o órgão de planejamento foi cria-
do com a Reforma, 2 (duas) informaram que, mesmo antes da
Reforma, as atividades de Planejamento já se realizavam a nível
central, e nenhuma modificação ocorreu com o advento da mes-
ma. Sete outras disseram que os órgãos de Planejamento sofre-
ram um processo de transformação em decorrência da implanta-
ção da Reforma.

Contudo, por si só, a existência da atividade de planejamen-


to, a nível central, não se constitui em indicador do papel que
este possa representar no processo em questão. Verificou-se, em
última instância, que o planejamento como prática sistemática,
ainda é a meta a ser alcançada, na maioria dos casos.

582
Parece que a implantação dos regimes especiais de trabalho
começa a ter um papel de certa relevância para a efetivação des-
sas atividads. Isto se comprova na medida em que 35% das Uni-
versidades informaram que estes regimes possibilitaram a fixação,
nesses órgãos, de docentes, propiciando, assim melhores condições
de desempenho neste campo. Entretanto, nem sempre isto cor-
reu, pois as demais Universidades afirmaram que estes regimes
em pouco ou nada interferiram na atuação dos setores incumbi-
dos do planejamento.
Quanto ao Orçamento, é na totalidade do universo, elaborado a
nível central, isto é nas Reitorias, com participação praticamen-
te nula das Unidades Universitárias. Além disso, em algumas de-
las as tarefas orçamentárias ainda se realizam em moldes tradi-
cionais, voltadas com exclusividade para os aspectos financeiros
e contábeis.
De modo geral, acredita-se que a centralização do processo
orçamentário se dá por razões plenamente justificáveis:
a) escassez dos recursos a serem distribuídos internamente
b) concentração com a finalidade de melhor distribuição dos
recursos e
c) maior racionalização na alocação desses recursos.
Cabe ainda um destaque: o departamento como unidade or-
çamentária, só foi encontrado em 3 Universidades: UFJF, UNB e
UFSCAR (segundo suas declarações). Observa-se que é a UFSCAR
a Universidade do conjunto pesquisado que mantém o menor nú-
mero de departamentos, e que a UNB também se caracteriza por
uma estrutura departamental bastante compacta.

A administração de pessoal nas Universidades jâ se faz, de


modo geral, através um órgão centralizador destas atividades, ex-
ceção feita a FUBER, que informou não possuir tal órgão. Quanto
à vinculação desse órgão, em apenas 16 Universidades encontra-
se subordinado diretamente ao Reitor, como determina a legisla-
ção federal específica. Nas demais, a vinculação hierárquica é va-
riável, fugindo à determinação de norma citada.

Em relação à implantação de tais órgãos, em apenas 10 Uni-


versidades encontram-se ele totalmente implantados, nas de-
mais, "em fase de implantação"; apenas a UFJF, a FUBER e a UFF
admitem que estes órgãos estão ainda "por ser implantados".
As atividades básicas realizadas vêm sendo: classificação e
redistribuição de cargos e empregos; recrutamento e seleção, ca-
dastro e lotação, aperfeiçoamento e legislação de pessoal conforme
determina o Decreto 67.326.

583
Verificou-se que em apenas 4 Universidades — UFCE, UFMG,
UFRRJ e UFSC — o órgão central de pessoal é responsável pelo
recrutamento do pessoal docente. Nas demais, tal atividade é
executada pelos Departamentos, Unidades, Centros, Superinten-
dênias Académicas, Pró-Reitorias ou Gabinete do Reitor, entre ou-
tros órgãos.

É de se destacar a atenção dada ao aperfeiçoamento do pes-


soal técnico-administrativo em 22 Universidades, nas quais fun-
cionam órgãos específicos para este mister.

No processo de transformação para implantação da Reforma


Universitária, a relotação de pessoal docente e técnico-adminis-
trativo ocorreu efetivamente em apenas 17 Universidades, segundo
suas declarações.

Quanto à administração de material, esta já se faz de modo


centralizado em 29 Universidades, sendo que em 25 (vinte e cinco)
destas, através órgãos diretamente subordinados ao Reitor. Em re-
lação a este aspecto, ainda que admitida a centralização, como
solução mais racional, os obstáculos se apresentam no plano prá-
tico da própria escassez de recursos, no caso, de instalações físicas
adequadas para a armazenagem e distribuição, especialmente no
que se refere a equipamentos e material permanente. Em razão dis-
to é que a maioria das Universidades declara que, centralmente,
só é possível a estocagem de material de consumo.

A questão da unidade do património está definida na legis-


lação como característica da organização universitária reforma-
da . Verificou-se que, a despeito da existência, na maioria (ias ins-
tituições, de um órgão previsto para este mister, em muitas delas
não existe um verdadeiro sistema de controle patrimonial.

Em conclusão, a coordenação administrativa encontrou solu-


ções as mais diversas, nas estruturas universitárias. Em verdade,
é de admitir-se que, para um universo com as diversidades já tão
comentadas, não seria nunca possível e viável procurar-se solu-
ções idênticas, mas apenas diretrizes globais e generalizáveis, a
serem adaptadas a cada situação em especial.

O fundamental em tudo isso é que essa coordenação admi-


nistrativa assegure a melhor, mais plena e mais racional utiliza-
ção dos recursos de toda ordem. E isto, infelizmente em grande
parte ainda não ocorre.

584
COMENTÁRIO FINAL
Ao encerrar esta última seção, não é demais salientar que
dada a natureza particularmente extensiva da presente análise,
não se considerou aconselhável procurar resumir, no presente
tópico à guisa de "conclusões", as ideias já expostas em cada qual
das seções precedentes. Em outras palavras, poder-se-ia dizer
que não * este, em absoluto, uma seção do tipo "sumário".
Muito mas útil e apropriado pareceu buscar aqui "conclu-
sões" num segundo nível de generalização, por assim dizer, obser-
vando para isso, é claro, os estritos termos de referência do "Es-
quema Teórico" que presidiu a todo o trabalho.
Não é menos certo, por outro lado, que aos órgãos patrocina-
dores da pesquisa, que são, em realidade, os verdadeiros respon-
sáveis pela condução do processo de reforma e desenvolvimento
das Universidades Federais, é que deve caber, a partir do diagnós-
tico (ou avaliação) ora apresentado, a formulação de diretrizes
e de projetos de ação e intervenção sobre a realidade diagnosticada.
Não se estará desmentindo esta orientação, entretanto, se, à
guisa de mera explicitação do que já se pode inferir facilmente
da leitura feita, sugerir-se aqui uma atenção muito especial às 5
(cinco) questões abaixo arroladas, como possíveis pontos de es-
trangulamento ou áreas críticas, que estão a exigir maiores estu-
dos, reflexão- mais aprofundada, investigação vertical específica
cu mesmo, em alguns aspectos, intervenções imediatas de assis-
tência técnica e/ou financeira ao nível das instituições:

1 — Implementação efetiva da "coordenação administrativa"


como sistema;
2 — Funcionamento do 1.° ciclo geral de estudos;
3 — Efetivação da supervisão académica central e das coor-
denações académicas setoriais;
4 — Afirmação do departamento como unidade da organiza-
ção universitária brasileira;
5 — Adoção efetiva da interescolaridade e da flexibilidade
curricular.

585
ANEXO I
ESTRUTURA BÁSICA DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO AMAZONAS
Organizada sob a forma de Fundação (Lei n.° 4.069-A, de
1962), é formalmente constituída por 8 (oito) Unidades, congre-
gando trinta e dois (32) Departamentos, segundo discriminação
abaixo:
SISTEMA BÁSICO

Instituto de Ciências Exatas


Departamento de Matemática
Departamento de Física
Departamento de Química
Instituto de Ciências Biológicas
Departamento de Ciências Morfológicas
Departamento de Ciências Fisiológicas
Departamento de Patologia
Departamento de Educação Física
Instituto de Ciências Humanas e Filosofia
Departamento de Ciências Sociais
Departamento de Filosofia e História
Departamento de Biblioteconomia
Departamento de Contabilidade
Departamento de Economia

Instituto de Letras e Artes


Departamento de Língua e Literatura Portuguesa
Departamento de Língua e Literatura Estrangeira
Departamento de Música
SISTEMA PROFISSIONAL

Faculdade de Tecnologia
Departamento de Mecânica
Departamento de Construções
Departamento de Transportes
Faculdade de Estudos Sociais Aplicados
Departamento de Comunicações
Departamento de Administração
Departamento de Direito

587
Faculdade de Ciências da Saúde
Departamento de Odontologia Social e Preventiva ,
Departamento de Cirurgia e Clínica Odontológica
Departamento de Odontologia Restauradora e Reabilita-
dora
Departamento de Farmácia
Departamento de Medicina Especializada I
Departamento de Medicina Especializada II
Departamento de Cirurgia
Departamento de Medicina Tropical
Faculdade de Educação
Departamento de Psicologia
Departamento de Administração Escolar
Departamento de Métodos e Técnicas
Com base nesta estrutura a FUAM respondeu os modelos de
disciplinas e pessoal docente.
Contudo em toda a documentação disponível, recebida da
instituição em questão, encontramos acordo apenas quanto à no-
meação dos Institutos Básicos; no que tange às Unidades de En-
sino e Pesquisa Aplicada são constantes as referências às anti-
gas Faculdades e Escolas que parecem ainda existir.
Segundo a publicação denominada Dados Físicos-Acadêmicos
de junho de 1973 é a seguinte a estrutura básica da FUAM, cons-
tante de doze (12) unidades e quarenta e nove (49) departa-
mentos, a saber:
SISTEMA BÁSICO

Instituto de Ciências Exatas


Departamento de Física
Departamento de Química
Departamento de Matemática
Instituto de Ciências Biológicas
Departamento de Patologia
Departamento de Ciências Fisiológicas
Departamento de Ciências Morfológicas
Instituto de Letras e Artes
Departamento de Língua e Literatura Estrangeira
Departamento de Língua e Literatura Portuguesa
Departamento de Música

588
Instituto de Ciências Humanas é Filosofia
Departamento de Filosofia e História
Departamento de Teoria e Fundamentos
Departamento de Ciências Sociais
SISTEMA PROFISSIONAL

Faculdade de Direito
Departamento de Disciplinas Propedêuticas
Departamento de Direito Público
Departamento de Direito Penal e Medicina Legal
Departamento de Direito Privado
Departamento de Direito Judiciário

Faculdade de Ciências Económicas


Departamento de Contabilidade
Departamento de Administração
Departamento de Direito
Departamento de Economia
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
Departamento de História Natural e Psicologia
Departamento de Filosofia e Letras
Departamento de Comunicação Social e Biblioteconomia
Departamento de Educação
Departamento de Educação Física

Faculdade de Engenharia
Departamento de Matemática, Física e Química
Departamento de Hidráulica
Departamento de Mecânica e Eletricidade
Departamento de Estrutura
Departamento de Transporte
Departamento de Organização e Administração
Departamento de Construção
Faculdade de Medicina
Departamento de Clínica Médica
Departamento de Clínica Cirúrgica
Departamento de Medicina Tropical
Departamento de Ginecologia e Obstetrícia
Departamento de Medicina Especializada I
Departamento de Medicina Especializada II
Faculdade de Farmácia e Bioquímica
Departamento Farmacêutico
Departamento de Química Aplicada
Departamento de Análises Clínicas
Faculdade de Serviço Social
Departamento de Ciências Sociais
Departamento de Serviço Social
Departamento de Ciências Humanas
Departamento de Estágio e Supervisão
Faculdade de Odontologia
Departamento de Odontologia Restauradora e Reabilita-
dora
Departamento de Odontologia Social e Preventiva
Departamento de Cirurgia e Clínica Odontológica
Estamos ressaltando a discrepância entre as fontes, e não
simplesmente aceitando, como implantada, a estrutura prevista,
conforme a informação fornecida mais recentemente, vez que,
conconrtantemente a esta, o próprio Reitor da FUAM referiu-se
à existência de Unidades que eram informadas como extintas.
Além do mais, cinco Unidades de Ensino, tidas como inexistentes,
conforme a última informação fornecida pela Universidade, res-
ponderam, através dos seus Diretores (sic) os questionários que
enviamos a campo.
Assim, incapacitados de conhecer em definitivo a estrutura
vigente, fornecemos as duas alternativas referidas.
No que concerne aos órgãos suplementares, o Estatuto prevê
a possibilidade de criação dos seguintes: Biblioteca Central, Mu-
seu Amazonense, Editora Universitária, Centro Comunitário e
Centre de Processamento de Dados. O organograma não aponta
como existente qualquer dos enumerados.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARA
Compreende 9 (nove) Centros, 40 (quarenta) Departamen-
tos, 2 (dois) órgãos de Integração e 2 (dois) Órgãos Suplemen-
tares, abaixo discriminados:
SISTEMA BÁSICO

Centro de Ciências Exatas e Naturais


Departamento de Matemática e Estatística
Departamento de Física
Departamento de Química
Departamento de Geologia

593
%

Centro de Ciências Biológicas


Departamento de Biologia
Departamento de Patologia
Departamento de Morfologia
Departamento de Fisiologia
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de Filosofia e Psicologia
Departamento de Ciências Sócio-Políticas
Departamento de História e Antropologia
Departamento de Geografia
Centro de Letras e Artes
Departamento- de Língua e Literatura Vernáculas
Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras
Departamento de Artes (provisoriamente incorporado ao
Departamento de Língua e Literatura Vernáculas)
SISTEMA PROFISSIONAL

Centro Bio-Médico
Departamento de Clínica Propedêutica
Departamento de Medicina Integrada
Departamento de Medicina Especializada I
Departamento de Medicina Especializada II
Departamento de Medicina Comunitária
Departamento de Deontologia e Medicina Legal
Departamento de Odontologia
Departamento de Farmácia
Departamento de Anatomia Patológica
Centro Tecnológico
Departamento de Desenho e Arquitetura: embora as Nor-
mas determinem a existência de dois departamentos autó-
nomos, os mesmos funcionam conjuntamente
Departamento de Estruturas
Departamento de Hidráulica e Transportes
Departamento de Engenharia Mecânica
Departamento de Engenharia Elétrica
Departamento de Química
Centro Sócio-Econômico
Departamento de Direito Público
Departamento de Direito Privado
Departamento de Economia Geral

594
Departamento de Macroeconomia e Microeconomia
Departamento de Administração
Departamento de Contabilidade
Departamento de Serviço Social
Departamento de Biblioteconomia
Centro de Educação
Departamento de Fundamentos da Educação
Departamento de Administração e Planejamento da Edu-
cação
Departamento de Métodos Técnicos e Orientação da Edu-
cação
Centro Agropecuário — Referido no Estatuto mas não incluído
no organograma apresentado pela UFPA, fazendo crer que não te-
nha sido implantado.
São órgãos de Integração:
O Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, com a finalidade de
coordenação e síntese dos estudos referentes aos vários setores
conhecimento, em função da realidade regional, utilizando, para
esse fim, os recursos humanos dos vários Departamentos, cem os
quais constitui grupos de trabalho, possuindo um colegiado cons-
tituído por representantes dos vários Centros.
Núcleo de Patologia Regional e Higiene, voltado para a coor-
denação e síntese dos estudos referentes à anatomia e fisiologia
patológica, doenças infecciosas e as chamadas doenças tropicais,
dermatologia, higiene e medicina preventiva Vincula-se ao Cen-
tro Bio-Médico e possui um .colegiado composto por representan-
tes dos Departamentos envolvidos com os estudos mencionados.
Como órgãos Suplementares aparecem, com subordinação di-
reta ao Reitor, conforme seu regimento:
Vinculados funcionalmente à Coordenadoria de Assuntos
Culturais e Estudantis: Serviço de Rádio e Televisão Uni-
versitários, Serviço de Teatro Universitário, Serviço de
Atividades Musicais, Serviço de Assistência e Orientação
aos Estudantes, Serviço de Educação Física e Recreação.

Vinculados funcionalmente à Coordenação de Documen-


tação e Informática: Biblioteca Central, Imprensa Uni-
versitária, Serviço de Divulgação e Intercâmbio, Serviço
de Estatística e Computação.
Segundo informações do Reitor restaria por implantar ape-
nas o Serviço de Atividades Musicais.

595
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO MARANHÃO
Constituída por 11 (onze) Unidades, com trinta e seis (36)
Departamentos, congregados em 3 (três) Centros, um dos quais
destinado aos estudos gerais
São eles:
SISTEMA BÁSICO

Centro de Coordenação de Estudos Gerais


Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
— Departamento de Geografia
— Departamento de Sociologia
— Departamento de Psicologia
— Departamento de História
— Departamento de Filosofia
Instituto de Letras e Artes
— Departamento de Artes e Comunicação
— Departamento de Estudos Luso-Brasileiros
— Departamento de Letras
Instituto de Ciências Físicas e Naturais
— Departamento de Química
— Departamento de Matemática e Física (estava previsto
na estrutura formal da Universidade o Departamento de
Matemática; mas em outras informações aparece como
Departamento de Matemática e Física).
— Departamento de Morfologia
— Departamento de Ciências Fisiológicas
— Departamento de Parasitologia e Microbiologia
SISTEMA PROFISSIONAL

Centro de Coordenação de Estudos Sociais Aplicados


Faculdade de Direito
— Departamento de Direito Público
— Departamento de Direito Privado
— Departamento Jurídico Propedêutico
Faculdade de Ciências Económicas
— Departamento de Economia
— Departamento de Contabilidade e Administração

598
Faculdade de Serviço Social
Departamento de Metodologia e Aplicação do Serviço Social
Departamento de Teoria e Fundamentação do Serviço
Social

Faculdade de Educação
Departamento de Fundamentos e Teorias em Educação
Departamento de Métodos e Técnicas em Educação

Centro de Coordenação da Área Médica


Faculdade de Farmácia
Departamento de Medicina
Departamento de Pediatria
Departamento de Cirurgia
Departamento de Patologia
Departamento de Higiene e Medicina Legal
Departamento de Ginecologia e Obstetrícia
Faculdade de Odontologia
Departamento de Tecnologia Farmacêutica
Departamento de Farmácia e Pesquisas Clinicas
Faculdade de Enfermagem
Departamento de Prótese
Departamento de Cirurgia Oral
Departamento de Dentística e Clínica
Departamento de Odontologia Preventiva e Social

Faculdade de Enfermagem
Departamento de Enfermagem
Departamento de Enfermagem Clínica

O Estatuto prevê a possibilidade da existência de órgãos su-


plementares, entretanto o organograma fornecido não os inclui.
Os previstos no Estatuto são: Biblioteca Central, Museu, Estádio
Universitário, Editora, Serviço de Rádio, Telecomunicação e Au-
diovisual, Teatro Universitário e Casa do Estudante. O Catálogo
Geral — 1972 acusa a implantação unicamente da Biblioteca
Central.

599
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI
Organizada sob a forma de Fundação (Lei n. 5.528, de
12.11.1968), compreende 5 (cinco) Centros, dos quais 2 (dois)
ainda não implantados, com um total de treze (13) Departamen-
tos. São eles os abaixo discriminados:
Centro de Ciências da Saúde
— Departamento de Clínica Geral
Departamento de Medicina Comunitária
— Departamento de Odontologia e Técnica Laboratorial
— Departamento de Medicina Especializada
— Departamento de Patologia e Clínica Odontológica

Centro de Ciências Humanas e Letras

— Departamento de Geografia e História


— Departamento de Letras
— Departamento de Ciências Sociais e Filosofia
— Departamento de Ciências Jurídicas

Centro de Ciências da Natureza

Departamento de Bio-Ciências
— Departamento de Matemática
— Departamento de Físico-Química

Apesar de não implantado o Centro de Ciências da Educação,


existe o Departamento de Educação que funciona vinculado dire-
tamente ao Reitor.

Restam para ser implantados: Centro de Ciências da Educa-


ção e Centro de Tecnologia.
Esta Universidade não agrupou as suas unidades segundo os
sistemas básico e profissional.

Aparecem como órgãos suplementares, ainda não implantados,


todos os subordinados à Reitoria: Setor de Informática, Setor Co-
munitário e Esportivo e Setor de Artes.

Até o início do funcionamento do Setor de Informática, a Bi-


blioteca Central estará vinculada à Divisão de Assuntos Educacio-
nais e Comunitários.

602
1 - OBS: OS órgãos suplementares estão em f a s e de implantação

2 - OBS: A U n i v e r s i d a d e não c l a s s i f i c o u •• u n i d a d e s em u n i d a d e » de Ensino Basico e Profissionalizante.


Os responsavel pelo projeto c l a s s i f i c a r a m como Básica a s e g u i n t e U n i d a d e : C e n t r o de Ciência de Natureza.
Como P r o f i s s i o n a l i z a n d t e C e n t r o de T e c n o l o g i a , Centro de C i ê n c i a s da Educação, Centro de C i ê n c i a s da Saúda,
Como Básico e Profissional: Centro de Ciência» Humana» a L e t r a » ,
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA
A estrutura aba:xo definida foi aprovada pelo Decreto 71.882,
de 2 de março de 1973 e complementada pelas Resoluções da Rei-
toria de ns. 278 (29.06.73), 279 (25.07.73) e 280 (10.03.73).
Compreende 6 (seis) Centros, com 42 (quarenta e dois) Departa-
mentos, a saber:
SISTEMA BÁSICO

Centro de Ciências
— Departamento de Matemática
— Departamento de Estatística e Matemática Aplicada
— Departamento de Geociêncías
— Departamento de Física
— - Departamento de Biologia
— Departamento de Biologia Molecular e Bioquímica
— Departamento de Química Analítica e Físico-Química
— Departamento de Química Orgânica e Inorgânica
Centro de Humanidades
— Departamento de Letras Vernáculas
— Departamento de Letras Estrangeiras
Departamento de Biblioteconomia
— Departamento de Sociologia
— Departamento de Comunicação Social
SISTEMA PROFISSIONAL
Centro de Ciências Agrárias
— Departamento de Economia Agrícola
— Departamento de Fitotecnia
— Departamento de Engenharia Agrícola e Edafologia
— Departamento de Zootecnia
— Departamento de Engenharia de Pesca
Centro de Estudos Sociais Aplicados
— Departamento de Educação
— Departamento de Contabilidade
— Departamento de Economia Aplicada
— Departamento de Estudos Administrativos e Socio-Econô-
micos
— Departamento de Teoria Económica
— Departamento de Direito Público
— Departamento de Dreito Privado
— Departamento de Atividades Jurídicas de Integração
(não referido na estrutura formal fornecida pela Univer-
sidade, mas existente conforme informações fornecidas pe-
la UFCE para as Informações Gerais e Estatísticas).

605
Centro de Tecnologia
— Departamento de Estruturas
— Departamento de Expressão Gráfica e Estradas
Departamento de Hidráulica
— Departamento de Mecânica e Produção
Departamento de Termodinâmica e Electrotécnica
— Departamento de Arquitetura e Urbanismo
Centro de Ciências da Saúde
— Departamento de Medicina Clínica
— Departamento de Patclcgia e Medicina Legal
— Departamento de Saúde Social
— Departamento de Cirurgia Social
— Departamento de Morfologia
— Departamento de Análises Clinicas e Toxicológicas
— Departamento de Clínica Odontológica
— Departamento de Odontologia Restauradora
— Departamento de Farmácia
— Departamento de Fisiologa
O Estatuto de 1971 previa como órgãos suplementares, vin-
culados à Reitoria: Serviço de Bibliografia e Documentação, Im-
prensa Universitária, Laboratório de Ciências do Mar, Museu de
Arte, Casa de José de Alencar (todos implantados conforme entre-
vista de Reitor), Serviço de Assistência aos Estudantes (atualmen-
te com o status de Divisão) e Serviço de Rádio e Televisão Univer-
sitária; estes dois últimos não foram implantados, segundo as in-
formações disponíveis.O Reitor informou ainda a existência do
Centro de Processamento de Dados, de recente implantação.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
A estrutura abaixo discriminada é a indicada no Estatuto de
1969 e ainda existente. Há, contudo, uma nova estrutura, defini-
da no Estatuto de 1972, ainda não implantada, na qual se men-
ciona a existência de Centros em substituição as Unidades de En-
sino atualmente existentes.
São 14 (quatorze) unidades de ensino, com cinquenta e hum
(51) Departamentos, a saber:
Instituto de Física
— Departamento de Física Básica
— Departamento de Física do Estado Sólido
Instituto de Matemática
—• Departamento de Matemática Pura
— Departamento de Matemática Aplicada
Instituto de Química
— Departamento de Química Inorgânica
— Departamento de Química Orgânica
Instituto de Ciências Biológicas
— Departamento de Morfologia
— Departamento de Parasitologia e Microbiologia
— Departamento de Ciências Fisiológicas
— Departamento de Biologia
Instituto de Ciências Humanas
— Departamento de Geografia
— Departamento de História
— Departamento de Sociologia
— Departamento de Estudos Filosóficos
Instituto de Letras e Artes
— Departamento de Estudos Clássicos e Vernáculos
— Departamento de Línguas e Literatura Estrangeira e Mo-
dernas
— Departamento de Estudos Fundamentais
Escola de Serviço Social
— Departamento de Teoria e Fundamentos do Serviço Social
— Departamento de Metodologia e Aplicação do Serviço Social

609
Faculdade de Direito
— Departamento de Direito Público
— Departamento de Direito Privado e Social
— Departamento de Direito Processual e Prática Jurídica
Faculdade de Ciências Económicas, Administrativas e Contábeis
— Departamento de Economia
— Departamento de Administração
— Departamento de Contabilidade
Faculdade de Educação

— Departamento de Teoria e Fundamentos da Educação


Departamento de Teoria e Prática de Ensino
— Departamento de Administração Escolar e Planejamento
Educacional
Faculdade de Farmácia
— Departamento de Farmácia
— Departamento de Tecnologia Aplicada
— Departamento de Biologia Aplicada
— Departamento de Higiene e Saúde Pública
Faculdade de Odontologia
— Departamento de Patologia Oral
— Departamento de Odontologia Restauradora
— Departamento de Cirurgia
— Departamento de Odontologia Social
— Departamento de Clínica Integrada
Escola de Engenharia
— Departamento de Construções e Materiais
— Departamento de Eletricidade
— Departamento de Estruturas
— Departamento de Expressão Gráfica
— Departamento de Transportes e Via: de Comunicação
— Departamento de Mecânica
Faculdade de Medicina
— Departamento de Patologia
— Departamento de Medicina Clínica
— Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal
Departamento de Cirurgia
— Departamento de Medicina Preventiva e Social

610
— Departamento de Toco-Oinecologia
— Departamento de Pediatria e Puericultura
Departamento de Ortopedia, e Traumatologia
Vale ressaltar que o Reitor da UFRN referiu-se à extinção
dos 3 (três) Institutos Especializados anteriormente existentes:
O Instituto de Antropologia (incorporado ao Instituto de Ciências
Humanas e Museu de Antropologia), o Instituto de Biologia Mari-
nha (incorporado ao Departamento de Biologia) e o Instituto
Agro-Pecuário (transformado no Departamento Agro-Pecuário).
A Universidade, no entanto, nas informações Gerais e Estatísticas
remetidas, refere os mesmos como existentes.
São órgãos suplementares vinculados à Reitoria: Centro Ru-
ral Universitário de Treinamento e Ação Comunitária (CRUTAC),
Imprensa Universitária, Serviço Central de Bibliotecas, Labora-
tório Farmacêutico de Produção Industrial (LAFAPI), Núcleo de
Estudos Brasileiros, Rádio e Televisão Universitários, Centro de
Computação, Centro de Pesquisas Sócio-Econômicas, Escola Do-
méstica de Natal.

Na área das Unidades, temos: vinculados à Faculdade de Medi-


cina, o Hospital das Clínicas, a Maternidade Escola Januário Cic-
co e Escola de Auxiliares de Enfermagem. Vinculado ao Institu-
to de Letras e Artes, a Escola de Música, ao Instituto Agro-Pecuá-
rio, o Colégio Agrícola de Jundiaí.

611
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Compõe-se a UFPB de 18 (dezoito) Unidades duas das quais
situadas em Campina Grande, no Interior do Estado. O Estatu-
to permite a agregação de Unidades, salvo existindo congéneres
na UFPB. Os Departamentos somam sententa e quatro (74).
Há uma Resolução, de n.° 33—73, no CSEP, transformando a
estrutura da UFPB para Centros/Departamentos, aprovada em
sessão de 14 de setembro de 1973, do CFE, pelo Parecer n.°
1.485—73. Ainda quando não implantada, faremos a ela refe-
rência. Serão 5 (cinco) os Centros previstos, a saber: de Ciên-
cias Exatas e da Natureza, de Ciências Humanas, Letras e Ar-
tes, de Ciências da Saúde, de Ciências Sócias Aplicadas e de Tec-
nologia.
A estrutura em vigor no momento é a seguinte:
SISTEMA BÁSICO
Instituto Central de Matemática
— Departamento de Matemática
— Departamento de Estatística
— Departamento de Informática
Instituto Central de Física
— Departamento de Fís : ca Fundamental
— Departamento de Física Experimental
— Departamento de Física Teórica
Instituto Central de Química
— Departamento de Química Geral e Orgânica
— Departamento de Bioquímica
— Departamento de Química Analítica e Tecnológica
Instituto Central de Letras
— Departamento de Linguística e Literatura
— Departamento de Línguas Neo-Latinas
— Departamento de Línguas Anglo-Germânicas
— Departamento de Língua Portuguesa
Instituto Central de Ciências Biológicas
Departamento de Fisiologia
— Departamento de Patologia
— Departamento de Ecologia e Botânica
— Departamento de Genética e Evolução
Departamento de Morfologia Humana

614
instituto Central de Filosofia e Ciências Humanas
— Departamento de Biblioteconomia
— Departamento de Ciências Sociais
— Departamento de Filosofia
— Departamento de Geografia
— Departamento de História
Instituto Central de Geociencias (não implantado)
Instituto Central de Artes (não implantado)
SISTEMA PROFISSIONAL

Faculdade de Odontologia: a Universidade forneceu informações


contraditórias sobre os departamentos
— Departamento de Clínica e Patologia Odontológica
— Departamento de Odontologia Preventiva e Social
— Departamento de Odontologia Restauradora
Faculdade de Ciências Económicas
— Departamento de Economia
— Departamento de Contabilidade
— Departamento de Finanças e Administração
Faculdade de Educação
— Departamento Básico Educação
— Departamento de Metodologia Pedagógica
— Departamento de Administração Escolar
— Departamento de Orientação Educativa

Faculdade de Direito
— Departamento de Estudos Básicos
— Departamento de Direito Penal
— Departamento de Direito Privado
— Departamento de Direito Público
— Departamento de Direito Jurídico

Faculdade de Farmácia
— Departamento Farmacêutico
— Departamento de Farmacologia e Bromatologia
— Departamento de Indústria Farmacêutica
— Departamento de Análise Clínica

615
Escola de Engenharia
— Departamento de Estradas e Construções
— Departamento de Expressão Gráfica e Vias de Comunica-
ção e Transportes
— Departamento de Hidráulica e Saneamento
— Departamento de Eletrotécnica
— Departamento de Mecânica
Faculdade de Medicina

— Departamento de Medicina Legal e Anatomia Patológica


— Departamento de Medicina Interna
— Departamento de Promoção da Saúde
— Departamento de Cirurgia
— Departamento de Obstetrícia e Ginecologia
— Departamento de Medicina da Criança
— Departamento de Neuropsiquiatria
— Departamento de Enfermagem

Escola de Agronomia
— Departamento de Zootecnia
— Departamento de Biologia
— Departamento de Engenharia Rural
— Departamento de Economia
— Departamento de Fitotecnia
— Departamento de Química
Escola Politécnica (Campina Grande)

— Departamento Fundamental
— Departamento de Engenharia Civil
— Departamento de Engenharia Elétrica
— Departamento de Ind. e Expressão Gráfica
— Departamento de Sistemas e Computação
Faculdade de Ciências Económicas (Campina Grande)
— Departamento de Economia
— Departamento de Administração, Contabilidade, Direito
e Política
— Departamento de Ciências Sociais
Como órgãos Suplementares, vinculados à Reitoria, tem-se se-
gundo o Plano de Reestruturação aprovado em 1973: Biblioteca
Central, Centro Rural Universitário de Treinamento e Ação Co-
munitária (CRUTAC) e Núcleo de Processamento de Dados. Es-
tes órgãos parecem estar implantados .conforme a entrevista for-
necida pelo Reitor.

616
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
A UFPE se compõe de 21 (vinte e uma) Unidades, abaixo
discriminadas, distribuídas entre o sistema básico (11) e o siste-
ma profissional (10), entre as quais se incluem três (3) Institu-
tos Especializados, todos eles localizados no primeiro sistema. São
órgãos de pesquisa aplicada e colaboram no ensino de graduação e
pós-graduação. Os Departamentos alcançam o total de setenta e
três (73).
SISTEMA BÁSICO

Instituto de Física
— Departamento de Física do Estado Sólido
— Departamento de Ensino Básico e Pesquisa em Ensino de
Física
Instituto de Letras
— Departamento de Línguas
— Departamento de Literatura
Instituto de Matemática
— Departamento de Informática
— Departamento de Estatística
— Departamento de Matemática
Escola de Química
— Departamento de Química-Física Inorgânica e Analíti-
ca I
— Departamento de Química Orgânica
— Departamento de Tecnologia
Instituto de Geociências

— Departamento de Cartografia
— Departamento de Mineralogia
— Departamento de Geologia Aplicada a Minas
— Departamento de Geologia e Paleontologia
— Departamento de Ciências Geográficas
Escola de Artes
— Departamento de História das Artes
— Departamento de Desenho — Pintura — Escultura
— Departamento de Expressão Gráfica
— Departamento de Música
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
— Departamento de Ciências Sociais
— Departamento de História
— Departamento de Biblioteconomia
— Departamento de Filosofia
— Departamento de Serviço Social
— Departamento de Psicologia
Instituto de Biociências
— Departamento de Bioexperimentação e Oncologia Exoe-
rimental
— Departamento de Biofísica e Radiobiologia
— Departamento de Bioquímica
— Departamento de Botânica
— Departamento de Biologia e Patologia Gerais
— Departamento de Zoologia
— Departamento de Fisiolog,ia e Farmacologia
— Departamento de Morfologia
SISTEMA PROFISSIONAL

— Departamento de Morfologia
— Departamento de Economia I
— Departamento de Economia II
Faculdade de Educação
— Departamento de Fundamentos Sócio-Filosóíicos da Edu-
cação
— Departamento de Psicologia e Orientação Educacionais
— Departamento de Administração Escolar e Planejamento
Educacional
— Departamento de Orientação da Aprendizagem

Escola de Engenharia
— Departamento de Mecânica Aplicada
— Departamento de Hidráulica
— Departamento de Eletrotécnica e Eletrônica
— Departamento de Construção Civil
Faculdade de Farmácia
— Departamento de Produção de Medicamentos e Princípios
Ativos
— Departamento de Controle
— Departamento de Química Aplicada
— Departamento de Análices Clínicas

620
faculdade de Direito
•— Departamento de Direito Administrativo e Financeiro
— Departamento de Direito Processual
— Departamento de Direito Comercial e Trabalho
— Departamento de Direito Civil : e Romano
— Departamento de Direito Públ co
— Departamento de Direito Penal
acuidade de Medicina

— Departamento de Materno Infantil


— Departamento de Clínica Médica
— Departamento de Medicina Social
— Departamento de Medicina Tropical
— Departamento de Cirurgia
— Departamento de Neuropsiquiatria
— Departamento de Anatomia Patológica
Escola de Administração
— Departamento de Programação e Técnicas Administra-
tivas
— Departamento de Ciências Administrativas
— Departamento de Ciências Contábeis
Faculdade de Arquitetura
— Departamento de Planejamento
— Departamento de Representação
— Departamento de Teoria, História e Prática Profissional
Faculdade de Enfermagem
— Departamento de Enfermagem Médico-CIrúrgica
— Departamento de Enfermagem Materna e Comunitária
Faculdade de Odontologia
— Departamento de Básico Profissional
— Departameoto de Clínica Profissional
— Departamento de Clínica Especializada
INSTITUTO ESPECIALIZADO

Instituto de Nutrição (especializado)


— Departamento de Nutrição Experimental
— Departamento de Nutrição Aplicada

621
Existem ainda 2 (dos) Institutos Especializados além do an-
teriormente referido: Instituto de Antibióticos e Instituto de Mi-
cologia, que não possuem Departamentos.

O Estatuto menciona órgãos suplementares em número de 13


(treze), todos eles diretamente vinculados à Reitoria. São os se-
guintes: Centro de Energia Nuclear, Centro de Processamento de
Dados, Centro de Ensino de Ciências do Nordeste, Laboratórios de
Ciências do Mar, Centro de Recursos Naturais, Ginásio Desporti-
vo Universitário, Televisão Universitária, Imprensa e Rádio Uni-
versitários, Biblioteca Central, Centro Regional de Administração
Municipal, Centro de Recursos Audiovisuais, Cooperativa Escolar
Universitária e Oficinas Centrais da Universidade. Apesar do
Reitor haver confirmado a todos como existentes, o organograma
enviado pela Universidade contém as alterações seguintes: ex-
clui os 4 últimos, refere a Editora Universitária e cita a Televisão
e Rádio Universitários como um único órgão.
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
Constituída de 7 (sete) Unidades, sendo 3 (três) Institutos
e 4 (quatro) Escolas, das quais uma não implantada, a Escola
de Engenharia de Pesca, Florestal e de Alimentos. Os Departa-
mentos são em número de 18 (dezoito).
SISTEMA BÁSICO

Instituto de Ciências Humanas


— Departamento de Economia, Extensão, Psicologia e Le-
tras
— Departamento de Sociologia e Antropologia Cultural
Instituto de Ciências Exatas
— Departamento de Química
— Departamento de Física e Matemática
Instituto de Ciências Biológicas
— Departamento de Genética
— Departamento de Botânica, Oceanologia e Umnologia
— Departamento de Ciências Fisiológicas
— Departamento de Ciências Morfológicas
— Departamento de Zoologia e Microbiologia
SISTEMA PROFISSIONAL

Escola Superior do Ciências Domésticas


— Departamento de Habitação e Arte Decorativa
— Departamento de Vestuário e Têxteis
— Departamento de Nutrição e Saúde
— Departamento de Educação
Escola Superior de Agricultura
— Departamento de Agronomia
— Departamento de Engenharia Rural 9 Tecnologia de Ali-
mentos
Escola Superior de Veterinária
— Departamento de Zootecnia
— Departamento de Clínica
— Departamento de Sanidade e Saúde Pública
Escola de Engenharia de Pesca, Florestal e de Alimentos
Está prevista, mas não implantada.
625
O Estatuto classifica os órgãos suplementares em três cate-
gorias: Centros, Instituições de Ensino de Grau Médio e Servi-
ços, constituindo, todos eles, o Sistema Suplementar.
Os Centros são em número de 5 (cinco). O Estatuto men-
ciona apenas 2 (dois), mas outros 3 (três) foram acrescentados
no organograma de Informações Gerais e Estatísticas. São eles:
Centro de Formação e Treinamento de Professores Agrícolas,
Centro de Aperfeiçoamento e Especialização, Centro Audio-Visual,
Centro de Estudos Cooperativos e Centro de Estatística e Pro-
cessamento de Dados (os três últimos não constam do Estatuto).
Vale ressaltar que o Centro de Formação e Treinamento dos Pro-
fessores Agrícolas possui um Departamento — Educação Agrí-
cola.

As Instituições de Ensino de Grau Médio são o Curso (sic)


Colegial de Economia Doméstica Rural e o Colégio Agrícola S.
Lourenço da Mata. Apesar de não referido em qualquer dos do-
cumentos normativos a UFRPE citou, nas Informações Gerais
Estatísticas o Colégio Agrícola D. Agostinho Ikas, omitindo o
S. Lourenço da Mata.
Os Serviços compreendem a Biblioteca Central, a Imprensa
Universitária e o Museu Educativo (este não mencionado apenas
nas Informações Gerais e Estatísticas).

626
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
Compreende 6 (seis) Centros, dezenove (19) Departamen-
tos e 10 (dez) órgãos Suplementares, abaixo discriminados:
SISTEMA BÁSICO

Centro de Ciências, Exatas


— Departamento de Química
— Departamento de Matemática
— Departamento de Física
— Departamento de Geociênclas
Centro de Ciências Biológicas
— Departamento de Biologia e Morfologia
— Departamento de Fisiologia e Patologia
Centro de Ciências Humanas, Letras e artes
— Departamento de Estudos Sociais
— Departamento de Letras e Artes
SISTEMA PROFISSIONAL
Centro de Tecnologia
— Departamento de Engenharia Civil
— Departamento de Engenharia Eletromecânica e Arquite-
tura
Centro de Ciências da Saúde
— Departamento de Iniciação Clínica
— Departamento de Medicina e Odontologia Social
— Departamento de Medicina Interna
— Departamento de Medicina Especializada
— Departamento de Reabilitação
Centro de Ciências Sociais Aplicadas
— Departamento de Direito
— Departamento de Educação
— Departamento de Serviço Social
— Departamento de Economia, Contabilidade e Adminis-
tração
Segundo o Estatuto em vigor (10.09.73) são órgãos Suple-
mentares subordinados à Reitoria: Imprensa Universitária, CRU-
TAC, Cine-Teatro Universitário, Parque de Esportes, Museu, Ser-
viço de Bibliografia e Documentação (implantados), Núcleo de
Tecnologia, Rádio e Televisão Educativas. Segundo entrevista
do Reitor funcionam ainda dois órgãos não referidos no Esta-
tuto: Núcleo de Computação Eletrônica e Instituto Médico Legal
Estácio de Lima, este último ligado ao Centro de Ciências da
Saúde.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Organizada sob a forma de fundação (Decreto-Lei 269, de
28.02.67), compreende 10 (dez) Unidades, com 34 (trinta e qua*
tro) Departamentos, congregados em 2 (dois) Centros. Nas In-
formações Estatísticas houve referência a um Centro de Civis-
mo, Educação Física e Desportos, mas ele não aparece em ne-
nhum dos documentos básicos da Universidade.
São eles:
SISTEMA BASICO

Centro de Coordenação da Área de Ciências Exatas e Naturais


Instituto de Matemática e Física
— Departamento de Matemática
— Departamento de Física
Instituto de Química
— Departamento de Química Analítica, Geral e Inorgânica
— Departamento de Química Orgânica
— Departamento de Tecnologia
Instituto de Biologia
— Departamento de Biologia Molecular e Fisiologia
— Departamento de Morfologia e Morfogenese
— Departamento de Patologia
— Departamento de Zoologia e Botânica ,
Centro de Coordenação da Área de Humanidades
Instituto de Letras, Artes e Comunicação
— Departamento de Letras Vernáculas
— Departamento de Letras Estrangeiras
— Departamento de Ciência da Língua e da Literatura
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
— Departamento de História e Filosofia
— Departamento de Geografia
— Departamento de Ciências Jurídicas e Económicas
— Departamento de Ciências Psicológicas, Sociológicas e
Antropológicas

632
SISTEMA PROFISSIONAL

Centro de Coordenação da Área de Ciências Exatas e Naturais


Faculdade de Ciências Médicas
— Departamento de Clínica Cirúrgica
— Departamento de Clínica Médica e Odontológica
— Departamento de Clínica Obstétrica, Ginecologia e Pe-
diatria
— Departamento de Higiene e Medicina Preventiva
— Departamento de Medicina Legal e Anatomia Patológica
— Departamento de Prótese
Centro de Coordenação da Área de Humanidades
Faculdade de Serviço Social
— Departamento de Métodos e Técnicas do Serviço Social
— Departamento de Disciplinas Afins ao Serviço Social
Faculdade de Ciências Económicas e Administrativas
— Departamento de Administração
— Departamento de Contabilidade
— Departamento de Economia
Faculdade de Educação
— Departamento de Ciências Educacionais
— Departamento de Didática
— Departamento de Organização Escolar
Faculdade de Direito
— Departamento de Direito Público
— Departamento de Direito Privado
— Departamento de Ciências Penais
— Departamento de Ciências Processuais
Diretamente subordinados ao Reitor, existem os seguintes
órgãos suplementares: Biblioteca Central, Centro de Extensão
Cultural e Ação Comunitária (implantado) e Centro Superior de
Estudos Religiosos, e o Centro de Assistência ao Estudante, Centro
de Educação Física e Desportos (implantado).
Vinculado ao Vice-Reitor, aparece um Centro de Processa-
mento de Dados (implantado), como órgão suplementar, identifi-
cado em virtude de ter sido remetido o seu Regimento.

635
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Vinte e quatro (24) Unidades integram a UFBA, congregan-
do cento e seis (106) Departamentos, conforme abaixo discrimi-
nado:
Instituto de Matemática
— Departamento de Matemática Geral
— Departamento de Matemática Pura
— Departamento de Matemática Aplicada
— Departamento de Processamento de Dados
Instituto de Física
— Departamento de Física I
— Departamento de Física II
Instituto de Química
— Departamento de Química Analítica
— Departamento de Química Geral e Inorgânica
— Departamento de Química Orgânica
— Departamento de Físico-Química
Departamento de Biologia
— Departamento de Biologia Geral
— Departamento de Botânica
— Departamento de Zoologia
Instituto de Geociências
— Departamento de Geoquímica
— Departamento de Geografia
— Departamento, de Geologia Aplicada
— Departamento de Sedimentologia
Instituto de Letras
— Departamento de Letras Vernáculas
— Departamento de Letras Clássicas
— Departamento de Letras Românicas
— Departamento de Letras Germânicas
— Departamento de Linguística, Teoria da Literatura e His-
tória da Literatura
Instituto de Ciências da Saúde
— Departamento de Biofísica
— Departamento de Bioquímica

636
— Departamento de Histologia e Embriologia
— Departamento de Fisiologia
— Departamento de Anatomia
— Departamento de Farmacologia
— Departamento de Parasitologia
— Departamento de Patologia Geral
— Departamento de Microbiologia
Faculdade de Medicina
— Departamento de Medicina
— Departamento de Cirurgia
— Departamento de Neuropsiquiatria
— Departamento de Assistência Materno-Infantil
— Departamento de Anatomia Patológica e Medicina Legal
— Departamento de Medicina Preventiva
Faculdade de Direito
— Departamento de Teoria Geral e Filosofia do Direito
— Departamento de Direito Público
— Departamento de Direito Penal e Criminologia
— Departamento de Direito Processual
— Departamento de Direito Privado
Escola Politécnica
— Departamento de Ciência e Tecnologia de Materials
— Departamento de Construção e Estruturas
— Departamento de Transportes
— Departamento de Hidráulica e Saneamento
—! Departamento de Engenharia Elétrica
— Departamento de Engenharia Química
— Departamento de Engenharia Mecânica
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
— Departamento de Filosofia
— Departamento de Sociologia
— Departamento de Ciência Política
— Departamento de História
— Departamento de Antropologia e Etnologia
— Departamento de Psicologia
— Departamento de Estudos de Problemas Brasileiros
Escola de Belas Artes
— Departamento de História da Arte
— Departamento de Desenho
— Departamento ò!e Pintura
— Departamento de Escultura
Faculdade de Ciências Económicas
— Departamento de Teoria Económica
— Departamento de Economia Aplicada
— Departamento de Instrumentos de Política Económica
— Departamento de Contabilidade
Escola de Enfermagem
— Departamento de Fundamentos de Enfermagem
— Departamento de Enfermagem Materno-Infantil
— Departamento de Enfermagem de Saúde Pública
— Departamento de Administração de Enfermagem
Faculdade de Farmácia
— Departamento de Farmácia Básica
— Departamento de Farmácia Tecnológica e Administrativa
— Departamento de Farmácia Analítica
Faculdade de Odontologia
— Departamento de Medicina Oral e Clínica
— Departamento de Prótese
— Departamento de Cirurgia
Faculdade de Arquitetura
— Departamento das Geometrias de Representação
— Departamento da Criação e Representação Gráfica
— Departamento da Teoria e Prática do Planejamento
— Departamento da Tecnologia Aplicada à Arquitetura
— Departamento da Evolução da Arquitetura
Escola de Administração
— Departamento de Disciplinas Básicas
— Departamento de Administração de Empresas
— Departamento de Administração Pública
Escola de Música e Artes Cénicas
— Departamento de Música Aplicada
— Departamento de Composição, Literatura e Estrutura
Musical
— Departamento de Dança
— Departamento de Teatro
— Departamento de Integração e Educação Artística

638
Escola de Nutrição
— Departamento de Ciências dos Alimentos
— Departamento de Nutrição e Dietética
— Departamento de Administração e Saúde Pública
Escola de Biblioteconomia e Comunicação
— Departamento de Biblioteconomia
— Departamento de Documentação
— Departamento de Jornalismo
Faculdade de Educação
— Departamento de Ciências da Educação
— Departamento de Planejamento e Administração Escolar
— Departamento de Teoria e Prática de Ensino I (Ciências
Humanas e Letras)
— Departamento de Teoria e Prática de Ensino II (Mate-
mática e Ciências Experimentais)
Escola de Agronomia
— Departamento de Engenharia Agrícola
— Departamento de Química Agrícola dos Solos
— Departamento de Fitotecnia
— Departamento de Zootecnia
— Departamento de Economia Agrícola e Extensão
Escola de Medicina Veterinária
— Departamento de Anatomia dos Animais Domésticos
— Departamento de Zootecnia
— Departamento de Patologia Clínica dos Animais Domés-
ticos
— Departamento de Tecnologia dos Produtos Animais
Os órgãos suplementares subordinados à Reitoria são em
número de 6 (seis): Biblioteca Central, Hospital Prof. Edgard San-
tos, Maternidade Climerio de Oliveira, Museu de Arte Sacra, Cen-
tro de Estudes Afro-Orientais e Núcleo de Serviços Tecnológicos.

639
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO
Compõe-se a UFES de 8 (oito) Centros, um dos quais dedica-
do ao ensino básico, com 32 (trinta e dois) Departamentos, dos
quais 4 (quatro) ainda não estão implantados, conforme discri-
minação que se segue:
SISTEMA BÁSICO

Centros de Estudos Gerais


— Departamento de Biologia
— Departamento de Ciências Sociais, Filosofia e Psicologia
(a princípio funcionarão aglutinados)
— Departamento de Geociências
— Departamento de História
— Departamento de Letras
— Departamento de Matemática e Estatística (a princípio
funcionarão aglutinados)
— Departamento de Física e Química (a princípio funciona-
rão aglutinados)
— Departamento de Educação
Centro de Artes
— Departamento de Formação Artística
— Departamento de Fundamentos Técnico-Artístico
SISTEMA PROFISSIONAL
Centro Tecnológico
— Departamento de Estruturas e Edificações
— Departamento de Engenharia Industrial
— Departamento de Hidráulica e Saneamento
— Departamento de Mecânica e Elétrica
— Departamento de Transportes
Centro Agropecuário (não implantado)
Centro Biomédico
— Departamento de Clínica Médica
— Departamento de Clínica Cirúrgica
— Departamento de Clínica Odontológica
— Departamento de Prótese Dentária
— Departamento de Medicina Especializada
— Departamento de Medicina Sccial
Centro de Educação Física e Desportos
— Departamento de Ginástica
— Departamento de Desportos

642
Centro de Ciências Jurídicas e Económicas
— Departamento de Administração
— Departamento de Ciências Contábeis
— Departamento de Direito Privado e Serviço Social
— Departamento de Direito Público
— Departamento de Economia
Instituto Central de Artes (não implantado)
— Departamento de Administração Escolar
— Departamento de Didática e Prática de Ensino
— Departamento de Fundamentos da Educação
— Departamento de Orientação Educacional e Vocacionai
(ainda não implantados)
O Estatuto prevê a existência de 7 (sete) órgãos suplementa-
res, vinculados à Reitoria, devendo-se reger por Regimento pró-
prio. São eles: Imprensa Universitária (em implantação), Rádio
Universitária, Televisão Educativa, Biblioteca Central (em im-
plantação), Museus, Núcleo de Processamento de Dados (implan-
tado), Recursos Audio-Visuais.

643
— UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Compõe a UFMG 20 (vinte) Unidades, sendo 4 (quatro) ins-
titutos, um deles especializado, 8 (oito) Faculdades e 8 (oito) Es-
colas, com 85 oitenta e cinco) Departamentos a saber:
SISTEMA BÁSICO

Instituto de Ciências Exatas


— Departamento de Física
— Departamento de Matemática
— Departamento de Química
Instituto de Geociências
— Departamento de Geografia
— Departamento de Geologia
— Departamento de Cartografia
Instituto de Ciências Biológicas
— Departamento de Bioquímica
— Departamento de Botânica
— Departamento de Farmacologia
— Departamento de Fisiologia e Biofísica (na estrutura for-
mal aparecem separados)
— Departamento de Microbiologia
— Departamento de Morfologia
— Departamento de Patologia Geral
— Departamento de Zoologia e Parasitologia
— Departamento de Biologia Geral
Escola de Belas Artes
— Departamento de Artes Plásticas
— Departamento de Desenho
— Departamento de Comunicação Visual
Faculdade de Letras
— Departamento de Letras Românicas
— Departamento de Letras Germânicas
— Departamento de Letras Vernáculas
— Departamento de Letras Clássicas
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
— Departamento de Psicologia
— Departamento de Ciências Políticas
— Departamento de Filosofia
— Departamento de História
— Departamento de Comunicação
— Departamento de Ciências Sociais

646
SISTEMA PROFISSIONAL

Escola de Biblioteconomia
— Departamento de Biblioteconomia
— Departamento de Bibliografia e Documentação
Escola de Enfermagem
— Departamento de Enfermagem Básica
— Departamento de Enfermagem Aplicada
Escola de Educação Física
— Departamento de Ginástica
— Departamento de Esportes
Faculdade de Ciências Económicas
— Departamento de Ciências Económicas
— Departamento de Ciências Administrativas
— Departamento de Ciências Contábeis
Faculdade de Educação
— Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino
— Departamento de Métodos e Técnicas de Pesquisa
— Departamento de Ciências Aplicadas à Educação
— Departamento de Administração Escolar
— Departamento de Psicologia da Educação
Faculdade de Medicina
— Departamento de Anatomia Patológica e Medicina Legal
— Medicina Preventiva e Social
— Clínica Médica
— Cirurgia
— Departamento de Pediatria
— Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia
— Departamento de Aparelho Locomotor
— Departamento de Ginecologia e Obstetrícia
— Departamento de Psiquiatria e Neurologia
Escolade Engenharia
— Departamento de Engenharia Elétrica
— Departamento de Engenharia Eletrônica .
— Departamento de Engenharia de Estrutura
— Departamento de Engenharia de Vias de Comunicação
Transportes
— Departamento de Construção de Máquinas
— Departamento de Engenharia Sanitária
— Departamento de Engenharia de Produção
— Departamento de Engenharia de Minas
— Departamento de Engenharia de Materiais
— Departamento de Engenharia Térmica
— Departamento de Engenharia Metalúrgica
— Departamento de Engenharia Química
— Departamento de Engenharia Hidráulica
Escola de Música
— Departamento Musical
— Departamento de Teoria Musical
Faculdade de Farmácia
— Departamento de Biologia Aplicada
— Departamento de Tecnologia Farmacêutica
— Departamento de Química Aplicada
Escola de Arquitetura
— Departamento de Análise Crítica da História da Arqui-
tetura
— Departamento de Planejamento Arquitetônico
— Departamento de Urbanismo
— Departamento de Representação Gráfica e Expressão Ar-
quitetónica

Faculdade de Direito
— Departamento de Direito Público
— Departamento de Direito e Processo Civil e Comercial
— Departamento de Direito e Processo Penal e Direito Inter-
nacional
— Departamento de Direito do Trabalho e Introdução ao Es-
tudo do Direito
Faculdade de Odontologia
— Departamento de Clínica Patológica e Cirurgia Patológica
— Departamento de Odontologia Social e Preventiva
— Departamento de Odontopediatria e Ortodontia
— Departamento de Odontologia Restauradora
Escola de Veterinária
— Departamento de Medicina Veterinária Preventiva
— Departamento de Tecnologia e Inspeção
— Departamento de Zootecnia
— Departamento de Clínica Cirúrgica e Veterinária

648
Instituto de Pesquisa Radioativa (especializado)
São órgãos suplementares vinculados à Reitoria: Centro de
Computação, Biblioteca Universitária, Centro Audiovisual, Im-
prensa Universitária.
Como órgãos suplementares vinculados às Unidades temos:
Na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas: o Laboratório de
Estética e o Centro de Estudos Mineiros. Na Faculdade de Ciên-
cias Económicas: Centro de Desenvolvimento e Planejamento Re-
gional. Na Faculdade de Educação: o Centro Pedagógico. Na Es-
cola de Educação Física: Centro Esportivo. No Instituto de Ciên-
cias Exatas: o Observatório Astronómico. Vinculados cumulativa-
mente ao Instituto de Ciências Biológicas e ao Instituto de Geo-
ciências temos o Museu de História Natural e o Jardim Botânico.
Temos ao todo, portanto, 4 (quatro) órgãos vinculados à Rei-
toria, e 8 (oito) vinculados às Unidades.

649
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Constituída, conforme previsto em sua estrutura formal, por
10 (dez) Unidades, com 56 (cinquenta e seis) Departamentos
que se congregam em 4 (quatro) Setores, tudo conforme discri-
minação abaixo:
SISTEMA BÁSICO

Setor de Estudos Fundamentais


Instituto de Ciências Humanas e Letras
— Departamento de Filosofia
— Departamento de Letras
— Departamento de História
— Departamento de Geociências
— Departamento de Ciências Sociais
— Departamento de Psicologia
— Departamento de Ciências das Religiões
Instituto de Ciências Biológicas e de Geociências
— Departamento de Biologia
— Departamento de Bioquímica
— Departamento de Farmacologia
— Departamento de Fisiologia
— Departamento de Morfologia
— Departamento de Parasitologia e Microbiologia
Instituto de Ciências Exatas
— Departamento de Desenho
— Departamento de Física
— Departamento de Estatística
— Departamento de Química
— Departamento de Matemática
SISTEMA PROFISSIONAL

Setor de Tecnologia
Faculdade de Engenharia: não prevista formalmente, mas exis-
tente conforme catálogo de 1972
— Departamento de Levantamentos
— Departamento de Mecânica
— Departamento de Estradas e Transportes
— Departamento de Edificações
— Departamento de Estabilidade das Construções
— Departamento de Estruturas

652
— Departamento de Hidráulica
— Departamento de Circuitos Elétricos
— Departamento de Eletrônica
— Departamento de Instalações Elétricas
— Departamento de Energia Èlétrica
SETOR DE SAÚDE

Faculdade de Farmácia
— Departamento de Bromatologia e Controle Farmacêutico
Faculdade de Odontologia'
— Departamento de Odontologia Restauradora
— Departamento de Patologia e Clínica Odontológica
Faculdade de Medicina
— Departamento de Introdução à Medicina
— Departamento de Medicina do Tórax
— Departamento de Medicina do Abdome
— Departamento de Medicina Urogenital
— Departamento de Medicina da Criança
— Departamento de Neuropsiquiatria
— Departamento de Sistema Osteoarticular
— Departamento de Medicina da Cabeça
— Departamento de Medicina Preventiva
— Departamento de Patologia
SETOR DE ESTUDOS SOCIAIS

Faculdade de Economia
— Departamento de Administração e Contabilidade
— Departamento de Economia e Finanças
— Departamento de Análise Económica
Faculdade de Educação
— Departamento de Administração Escolar
— Departamento de Métodos e Técnicas de Educação
— Departamento de Fundamentos da Educação
— Departamento de Psicologia Educacioanl e Orientação
Educativa
Faculdade de Direito
— Departamento de Estudos Propedêuticos e de Direito do
Estado
— Departamento de Direito Civil e Comercial

653
— Departamento de Direito Penal e Criminologia
— Departamento de Direito Judiciário
— Departamento de Ccmunicações
— Departamento de Direito do Trabalho
— Departamento de Deontologia
Como órgãos suplementares, administrativamente vinculados
à Reitoria, mas a serviço das Unidades e Departamentos afins,
temos: Hospital-Escola, Centro de Documentação e Difusão Cul-
tural, Centro de Telecomunicações, Centro Recreativo e Assisten-
cial, Centro Olímpico, Centro de Processamento de Dados, Cen-
tro Pedagógico Centro de Pesquisas Sociais e o Centro de Integra-
ção Comunitária.
O Centro Pedagógico é integrado pelo Colégio Técnico Uni-
versitário e Colégio de Aplicação João XXIII.

654
(*) O organograma se refere ã Prefeitura como órgão suplementar, mas nao vimos base formal para tal
caracterização. Por outro lado omitiu o Centro de Pesquisas Sociais, que o Estatuto menciona.
Com base no plano de reestruturação, pode-se fazer referencia a um Centro de Integração Comuni-
tária, omitido no organograma e Estatuto da Universidades.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
Organizada sob a forma de Fundação (DL 570, de 8 de maio
de 1969) a UFV é constituída de 8 (oito) Unidades, com as de-
nominações de Institutos e Escolas, estruturadas em Departa-
mentos, num total de 19 (dezenove) como a seguir discriminado.
Instituto de Ciências Biológicas
— Departamento de Microbiologia
— Departamento de Biofísica
— Departamento de Biolcgia
Instituto de Ciências Exatas
— Departamento de Matemática
— Departamento de Física'
— Departamento de Química
Instituto de Letras e -Artes
Instituto de Geociências
Instituto de Ciências Humanas
Escola Superior de Agricultura
-»- Departamento de Economia Rural
— Departamento de Engenharia Agrícola •
— Departamento de Fitotecnia
— Departamento de Tecnologia de Alimentos
— Departamento de Zootecnia
Escola Superior de Florestas
— Departamento de Manejo Florestal
— Departamento de Recursos Naturais Renováveis
— Departamento de Silvicultura
— Departamento de Utilização e Tecnologia Florestal
Escola Superior de Ciências Domésticas
— Departamento de Economia Familiar
— Departamento de Habitação
— Departamento de Nutrição e Saúde
— Departamento de Pedagogia
Os três Institutos relacionados sem estruturação departamen-
tal estão previstos formalmente no Estatuto mas nenhuma refe-
rência aos mesmos foi encontrada no Catálogo Geral de 1973, nem
nas informações Gerais Estatísticas, daí imaginar-se que ainda
não estejam implantados.

657
Esta Universidade não agrupou as suas unidades segundo os
sistemas básico e profissional.
Vinculados à Reitoria, existem os seguintes órgãos suplemen-
tares: Centro de Planejamento e Desenvolvimento, Serviço de Re-
gistro Escolar, Biblioteca Central, Imprensa Universitária, Centro
de Experimentação, Pesquisa e Extensão do Triângulo Mineiro.
Eles estão referidos no Catálogo de 1973, sendo omisso o Estatuto.

Menciona, entretanto, o Estatuto, um Colégio Universitário


e a Escola Média de Agricultura Florestal, administrados ambos
pelo Reitor. Esses, contudo, não são consignados no Catálogo de
1973.

658
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
Constituída sob forma de Fundação (Decreto-Lei 778-69).
Integram-na 9 (nove) Unidades, sob a denominação de Ins-
titutos, Faculdades e Escolas, estruturadas em Departamentos, em
número de 13 (treze), conforme discriminado a seguir.
Escola de Minas e Metalurgia
— Departamento de Matemática
— Departamento de Física e Química
— Departamento de Técnicas Fundamentais
— Departamento de Engenharia Metalúrgica
— Departamento de Engenharia Geológica
— Departamento de Engenhadia Civil
— Departamento de Engenharia de Minas
— Departamento de Ciências Sociais Económica»
Escola de Farmácia e Bioquímica
— Departamento de Física e Química
— Departamento de Biologia
— Departamento de Farmacologia
— Departamento de Análises Clínicas
— Departamento de Formação Complementar
Instituto de Ciências Exatas
Instituto de Ciências Biológicas
Instituto de Ciências Humanas
Instituto de Letras
Instituto de Artes e Arquitetura
Faculdade de Estudos Sociais Aplicados
Faculdade de Educação
Estes Institutos são referidos no Estatuto, mas, tendo em
vista as Informações Gerais e Estatísticas, tudo indica não tenham
sido ainda implantados.
Esta Universidade não agrupou as suas Unidades segundo os
Sistemas básico e profissional.
O Estatuto menciona, sem esclarecer a vinculação, os seguin-
tes órgãcs suplementares: Biblioteca Central, Centro Comunitário,
Centro Desportivo, Centro de Processamento de Dados e Editora.

661
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE UBERLÂNDIA
Organizada sob a forma de Fundação (DL 762 de 14.08.69).
A respeito de sua estrutura básica algumas considerações precisam
ser feitas, preliminarmente.
O Estatuto de 1970 menciona, como integrantes da FUBER,
a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, responsável simulta-
neamente pelos ensinos básico e profissional, e as demais Facul-
dades profissionais, em número de 4 (quatro): Direito, Ciências
Económicas, Federal de Engenharia e Artes. Refere-se, ainda,
criados e enquanto não o forem a FFCL desempenhará- esse papel.
As Faculdades de Educação Física, Odontologia e Medicina
Veterinária aparecem nas Informações Gerais e Estatísticas, em
que pese o silêncio do Estatuto a respeito.
Quanto à Faculdade de Educação está referida no Organogra-
ma, assim como no Relatório de Atividades de 1972.
Assim, as Unidades de Ensino podem ser consideradas em
número de 10, uma simultaneamente básico-profissional (a Facul-
dade de Filosofia, Ciências e Letras) e nove outras exclusivamen-
te profissionais. Os Departamentos são em número de 46 (quaren-
ta e seis).
Feitos esses esclarecimentos, são Unidades da FUBER:
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
— Departamento de Letras
— Departamento de História
— Departamento de Geografia
— Departamento de Matemática
— Departamento de Ciências Biológicas
— Departamento de Química (em formação)
Faculdades de Artes
— Departamento de Artes Plásticas
— Departamento de Artes Musicais
Faculdade de Ciências Económicas
— lo. Departamento
— 2o. Departamento
— 3o. Departamento
— 4o. Departamento
Faculdade de Educação
— Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino
— Departamento de Métodos e Técnicas de Pesquisa
— Departamento de Fundamentos e de Ciências Aplicadas à
Educação
664
— Departamento de Administração Escolar e de Planeja-
mento
— Departamento de Psicologia da Educação
Faculdade de Direito
— lo. Departamento
— 2o. Departamento
— 3o. Departamento
— 4o. Departamento
Escola de Medicina e Cirurgia
— Departamento de Ciências Morfo-Biológicas
— Departamento de Ciências Fisiológicas
— Departamento de Patologia
— Departamento de Clínica Médica
— Departamento de Clínica Cirúrgica
— Departamento de Matemática
— Departamento de Medicina Preventiva e Social
— Departamento de Pediatria
Faculdade Federal de Engenharia
— Departamento de Mecânica
— Departamento de Estudos Físicos
— Departamento de Estudos Gerais
— Departamento de Química
— Departamento de Engenharia Civil
— Departamento de Engenharia Elétrica
Faculdade de Educação Física
— Departamento de Educação e Cultura Geral
— Departamento de Cultura Básica
— Departamento de Cultura Física
Faculdade de Odontologia
— Departamento de Ciências Básicas
— Departamento de Patologia e Clínica Odontológica (em
algumas informações da Universidade só aparece como
Departamento de Clínica Odontológica)
— Departamento de Odontologia Restauradora
— Departamento de Odontologa Social
Faculdade de Medicina Veterinária
— Departamento de Morfologia, Patologia e Clínica
— Departamento de Fisiologia, Microbiologia e Saúde Pú-
blica
— Departamento de Zootecnia
— Departamento de Tecnologia, Inspeção e Formação
Órgãos Suplementares — O Estatuto não os discrimina mas
as Informações Gerais e Estatísticas apontam como existentes os
seguintes: Casa da Cultura, Plano de Integração e Museu.

665
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Organizada sob a forma de Fundação (Lei 3.998 de 1961), é
integrada a UNB por 9 (neve) Unidades, cem 36 (trinta e seis)
Departamentos, como a seguir discriminados.
Instituto de Letras
— Departamento de Língua Portuguesa
— Departamento de Literatura
— Departamento de Línguas Clássicas e Modernas
Instituto áe Ciências Humanas
— Departamento de Ciências Sociais
— Departamento de Filosofia e História
— Departamento de Economia
— Departamento Não Especificado (com uma disciplina
Estudos Brasileiros)
Instituto de Artes e Arquitetura
— Departamento de Desenho (previsto na estrutura com
o nome de Artes Visuais e Cinema)
— Departamento de Arquitetura e Urbanismo
— Departamento de Música
Instituto de Ciências Exatas
— Departamento de Física
— Departamento de Geociências
— Departamento de Matemática
— Departamento de Química
— Departamento Comissão de Estatística
Instituto de Ciências Biológicas
— Departamento de Biologia Celular
— Departamento de Biologia Vegetal
— Departamento de Biologia Animal
— Departamento de Psicologia
Faculdade de Educação
— Departamento de Teoria e Fundamentos
— Departamentos de Métodos e Técnicas
— Departamento de Planejamento e Administração
— Não especificado (Departamento sem denominação
formal)

668
Faculdade de Tecnologia
— Departamento de Engenharia Agronómica
— Departamento de Engenharia Civil
— Departamento de Engenharia Elétrica
— Departamento de Engenharia Mecânica
Faculdade de Ciências da Saúde
— Departamento de Medicina Complementar
— Departamento de Medicina Especializada
— Departamento de Medicina Geral e Comunitária
— Não especificado (Departamento sem denominação formal,
responsável pelos estágios de internato) *
— Departamento de Educação Física
* No documento "Listagem das Disciplinas Oferecidas" no
segundo período de 1973 os internatos estão lotados nos de-
partamentos de Medicina Complementar, Medicina Espe-
cializada e Medicina Geral e Comunitária
Faculdade de Estudos Sociais Aplicados
— Departamento de Administração
— Departamento de Biblioteconomia
— Departamento de Comunicação
— Departamento de Direito
Os órgãos suplementares são em número de 5 (cinco): Biblio-
teca Central (diretamente vinculada ao Reitor), Centro Comuni-
tário e Centro Desportivo (sob supervisão do Decano), Centro de
Processamento de Dados (subordinado à APC e a Editora UNB,
cuja vinculação se dá por intermediação do Superintendente Exe-
cutivo, ressalvada a competência do Conselho Editorial.
Esta Universidade não agrupou suas unidades segundo os
sistemas básico e profissional.

669
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
São 13 (treze) as Unidades componentes da UFGO, uma das
quais um Instituto especializado, compreendendo todas elas setenta
e seis (76) Departamentos.
SISTEMA BÁSICO

Instituto de Artes
r
— Departamento de Materiais Aplicados à Arte
— Departamento de Música de Conjunto
— Departamento Vocal
— Departamento de Instrumentos de Teclado e Percussão
— Departamento de Matérias Teóricas
— Departamento de Complementos Artísticos
— Departamento de Artes Figurativas
— Departamento de Artes Plásticas e Técnicas Operacionais
Instituto de Matemática e Física
— Departamento de Matemática
— Departamento de Física
Departamento de Desenho Técnico e Geometria Descritiva
— Departamento de Estatística e Informática
Instituto de Química e Geociências
— Departamento de Químca Analítica
— Departamento de Química Geral e Inorgânica
— Departamento de Química Orgânica
— Departamento de Topografia e Geodésia
— Departamento de Geologia
— Departamento de Geografia
Instituto de Ciências Biológicas
— Departamento de Anatomia
— Departamento de Biologia Geral
— Departamento de Bioquímica e Biofísica
— Departamento de Botânica
— Departamento de Fisiologia e Farmacologia
— Departamento de Histologia e Embriologia
Instituto de Ciências Humanas e Letras
— Departamento de Letras Anglo-Germânicas
— Departamento de Letras Neo-Latinas
— Departamento de Letras Vernáculas
— Departamento de Geografia e História
672
Departamento de Economia e Política
Departamento de Antropologia e Sociologia
Departamento de Filosofia e Psicologia
Departamento de Comunicação
SISTEMA PROFISSIONAL

Faculdade de Direito
— Departamento de Direito Privado e Judiciário Civil
— Departamento de Direito Penal e Criminológico
— Departamento Complementar
— Departamento Básico
Escola de Engenharia
— Departamento de Construção
— Departamento de Eletrotécnica
— Departamento de Hidráulica
— Departamento de Engenharia Industrial
Instituto de Patologia Tropical (Instituto especializado)
— Departamento de Microbiologia
— Departamento de Parasitologia
— Departamento de Medicina Tropical
— Departamento de Medicina Preventiva
. — Departamento de Patologia
Faculdade de Farmácia
— Departamento de Farmaco-Químico Industrial
— Depar.amento de Controle Toxicológico
— Departamento de Controle Bioquimico
Faculdade de Educação

— Departamento de Biologia Educacional e Psicologia Edu-


cacional
— Departamento de Didática
— Departamento de Fundamentos de Educação
Faculdade de Odontologia
— Departamento de Medicina Oral
— Departamento de Reabilitação Oral
— Departamento de Odontologia Infantil
— Departamento de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial
— Departamento de Odontologia Legal

673
Escola de Agronomia e Veterinária
— Departamento de Clínica
— Departamento de Patologia
— Departamento de Zootecnia
— Departamento de Economia Rural
— Departamento de Fitossanitário
— Departamento de Horticultura
— Departamento de Agricultura
— Departamento de Engenharia Rural
— Departamento de Tecnologia
Faculdade de Medicina
— Departamento de Clínica Médica
— Departamento de Cirurgia
— Departamento de Patologia
— Departamento de Pediatria e Puericultura
— Departamento de Ginecologia e Obstetrício
— Departamento de Ortopedia e Traumatologia
— Departamento de Oftalmologia
— Departamento de Otorrinolaringologia
— Departamento de Medicina Legal
— Departamento de Psiquiatria
São órgãos suplementares, diretamente vinculados à Reito-
ria: Biblioteca, Central, Imprensa Universitária, Rádio Univer-
sitário, Teatro Universitário e Departamento de Assistência Es-
tudantil .
O Estatuto refere como integrando as Unidades os seguintes
órgãos: na Faculdade de Farmácia, o Instituto de Pesquisas e In-
dustrialização Farmacêutica; na Faculdade de Medicina, o Hos-
pital Veterinário; na Faculdade de Educação, o Colégio de Aplica-
ção, na Faculdade de Odontologia, a Policlínica.
Mencionado no Regimento, ainda quando silenciando a res-
peito o Estatuto, temos o Planetário, no Instituto de Química e
Geociências.

674
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO
Organizada sob a forma de Fundação (Lei 5.647, de 10.12.70),
compreende 4 (quatro) Centros, com 13 (treze) Departamentos.
Centro de Letras e Ciências Humanas: nomeado no Catálogo de
1973 como "Centro de Humanidades"
— Departamento de Letras
— Departamento de Educação
— Departamento de História (ainda não implantado): se-
gundo o Catálogo de 1973 este Departamento está situado
no Centro de Ciências Sociais
Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas
— Departamento de Matemática
— Departamento de Física
— Departamento de Química
— Departamento de Engenharia Civil
— Departamento de História Natural (até a implantação do
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, esse Departa-
mento se acha vinculado ao Centro de Ciências Exatas e
Tecnologia)
Centro de Ciências Sociais-
— Departamento de Ciências Contábeis
— Departamento de Geografia
— Departamento de Serviço Social
— Departamento de Direito
— Departamento de Economia
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
Este último Centro não está ainda organizado.
O Estatuto prevê a existência de 8 (oito) órgãos suplementa
res, mas eles ainda não foram organizados, sendo atribuição do
Conselho Diretor deíinir-lhes a estrutura e o funcionamento.

São eles: Biblioteca Central e Documentação, Divisão de Assis-


tência aos Estudantes, Educação Física, Desportos e Recreação,
Recursos Audio-Visuais (todos implantados); dos Museus previs-
tos apenas o Museu Rondon encontra-se em funcionamento. Não
implantados: Imprensa Universitária, Teatro Universitário e
Computação.
Esta Universidade não agrupou suas unidades segundo o sis-
tema básico e profissional.

677
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Constitui-se a UFRJ de 29 Unidades, sendo que uma não está
implantada, com 168 (cento e sessenta e oito) Departamentos,
congregados em 7 (sete) Centros, conforme discriminação abai-
xo. Cumpre ressaltar que não foi computado no total acima o
Instituto de Estatística, no Centro de Ciências Matemáticas e da
Natureza.
SISTEMA BÁSICO

Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza


Instituto de Química ..
— Departamento de Química Analítica
— Departamento de Bioquímica
— Departamento de Físico-Química
— Departamento de Química Geral e Inorgânica
— Departamento de Química Orgânica
Instituto de Matemática
— Departamento de Álgebra, Análise e Geometria
— Departamento de Computação e Mecânica
— Departamento de Cálculo
— Departamento de Matemática Aplicada
Instituto de Física
— Departamento de Física Aplicada
— Departamento de Física Experimental
— Departamento de Física Geral
— Departamento de Física Teórica
Instituto de Gecciências
— Departamento de Astronomia
— Departamento de Geclcgia de Engenharia
— Departamento de Geografia
— Departamento de Geologia Económica e Minas
— Departamento de Meteorologia
— Departamento de Geologia

Instituto de Biologia
— Departamento de Botânica
— Departamento de Ecologia
— Departamento de Genética
— Departamento de Biologia Marinha
— Departamento de Zoologia

680
Instituto de Estatística (previsto, mas não implantado)
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Escola de Educação Física e Desportos
— Departamento de Arte Corporal: previsto no Regimento
da Escola mas referido contraditoriamente nas Informa-
ções Gerais e Estatísticas
— Departamento de Corridas: previsto no Regimento da Es-
cola mas referido contraditoriamente nas Informações Ge-
rais e Estatísticas
— Departamento de Atividades Desportivas
— Departamento de Ginástica de Recreação: referido no re-
gimento como ginástica e acrobacia.
— Departamento de Jogos: previsto no Regimento da Escola
mas referido contraditoriamente nas Informações Gerais
e Estatísticas
— Departamento de Lutas: previsto no Regimento da Escola
mas referido contraditoriamente nas Informações Gerais
e Estatísticas
— Departamento de Ginástica: não previsto em Regimento
mas existente segundo as Informações Gerais e Estatísticas
— Departamento de Pedagogia: não é referido pelo Regimen-
to mas existente conforme Infor-nações Gerais e Estatís-
ticas
— Departamento de Biologia: não previsto em Regimento mas
referidas nas Informações Gerais e Estatísticas
Instituto de Psicologia
— Departamento de Psicologia do Ajustamento
— Departamento de Psicologia Geral e Experimental
— Departamento de Psicometria
— Departamento de Psicologia da Personalidade
— Departamento de Psicologia Social e do Trabalho
Instituto de Filosofia e Ciências Sociais
— Departamento de Filosofia
— Departamento de História
— Departamento de Ciências Sociais
Escola de Comunicação
— Departamento de Comunicação
— Departamento de Editoração
— Departamento de Jornalismo
— Departamento de Publicidade e Propaganda
— Departamento de Relações Públicas
— Departamento de Audio Visual

681
Faculdade de Educação
— Departamento de Administração Escolar
— Departamento de Didática
— Departamento de Biologia da Educação e Higiene Escolar:
referido contraditoriamente nas Informações Gerais Es-
tatísticas
— Departamento de História e Filosofia da Educação
— Metodologia da Pesquisa em Educação
— Departamento de Psicologia da Educação
— Departamento de Sociologia da Educação: referido con-
traditoriamente nas Informações Gerais e Estatísticas

Escola de Serviço Social


— Departamento de Política Social e Serviço Social Aplicado
— Departamento de Métodos e Técnicas
— Departamento de Fundamentos do Serviço Social
Centro de Letras e Aries
Escola de Belas Artes

— Departamento de Artes Bases


— Departamento de Integração Cultural
— Departamento de Análise e Representação da Forma: ape-
sar desta ser a denominação regimental aparece referido
contraditoriamente nas Informações Gerais e Estatísticas
— Técnicas de Representação
— Artes Industriais
— Artes Utilitárias
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
— Departamento de Estruturas
— Departamento de História e Teoria
— Departamento de Planejamento da Arquitetura
— Análise e Representação da Forma
— Departamento de Tecnologia da Construção
Departamento de Planejamento Urbano e Regional
Escola de Música
— Departamento de Instrumento de Arco e Cordas Dedi-
lhadas
— Departamento Vocal
— Departamento de Composição
— Departamento de Música de Conjunto
— Departamento de Instrumento de Teclado e Percussão
— Departamento de Instrumento de Sopro
— Departamento Teórico e de Matérias Aplicadas
Faculdade de Letras
— Departamento de Letras Clássicas
— Departamento de Linguística e Filologia
— Departamento de Letras Anglo-Germânicas
— Departamento de Ciências da Literatura
— Departamento de Letras Neo-Latinas
-— Departamento de Letras Orientais e Eslavas
— Departamento de Letras Vernáculas
SISTEMA PROFISSIONAL

Centro de Ciências Jurídicas e Económicas


Faculdade de Direito
— Departamento de Direito Civil
Departamento de Direito Civil
— Departamento de Economia e Administração
— Departamento de Direito Público e Constitucional
— Departamento de Estudos Gerais
— Departamento de Direito Penal
— Departamento de Direito Comercial e do Trabalho
— Departamento de Direito Processual
Faculdade de Direito: esta Unidade, com todos os seus De-
partamentos, apenas aparece referida nas informações so-
bre disciplinas, fornecidas pela UFRJ; estas não coincidem
com as disciplinas da outra Faculdade de Direito supra-
citada, fazendo supor a existência de duas Unidades di-
ferentes
— Departamento A
— Departamento B
— Departamento C
— Departamento D
— Departamento E
— Departamento F
— Departamento Q
Faculdade de Economia e Administração
— Departamento de Administração
— Departamento de Contabilidade
— Departamento de Ciências Descritivas
— Departamento de Economia
— Departamento de Direito
— Departamento de Estatística e Atuária
Centro de Tecnologia
Escola de Química
— Departamento de Engenharia Química
— Departamento de Engenharia Bioquímica^

683
Departamento de Processos Inorgânicos
Departamento de Processos Orgânicos
Escola de Engenharia
Departamento de Eletrônica
— Departamento de Tecnologia Mecânica
— Departamento Eletrotécnica
— Departamento de Engenharia Naval
— Departamento de Engenharia Metalúrgica
— Departamento de Engenharia Nuclear
— Departamento de Estruturas
— Departamento de Transportes
— Departamento de Expressão Gráfica
— Departamento de Mecânica Técnica
— Departamento de Engenharia Térmica
— Departamento de Engenharia Industrial
— Departamento de Engenharia Hidráulica e Saneamento
— Departamento de Construção Civil
Centro de Ciências Médicas
Faculdade de Farmácia
— Departamento de Farmácia e Administração Farmacêu-
tica
— Departamento de Tecnologia Farmacêutica
— Departamento de Higiene Social e Análises Clínicas
Departamento de Tecnologia da Alimentação e Toxicologia
Facilidade de Odontologia
— Departamento de Clínica
— Departamento de Ortodontia e Odontopediatria
— Departamento de Patologia e Diagnóstico Oral
— Departamento de Odontologia Social e Preventiva
— Departamento dé Prótese e Materiais Dentários: aparece
referido contraditoriamente nas Informações Gerais e Es-
tatísticas
Faculdade de Medicina
— Departamento de Cirurgia
— Departamento de Otorrino e Oftalmologia
— Departamento de Otordino e Oftalmologia
— Departamento de Pediatria
— Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal
— Departamento de Clínica Médica
— Departamento de Ortopedia e Traumatologia
— Departamento de Patologia
— Departamento de Medicina Preventiva
— Departamento de Radiologia
Escola de Enfermagem
Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica
— Departamento de Enfermagem Fundamental
— Departamento de Enfermagem Materno-Infantil
— Departamento de Metodologia da Enfermagem
— Departamento de Enfermagem e Saúde Pública
Instituto de Nutrição

— Departamento de Nutrição Experimental


— Departamento de Nutrição e Dietética
— Departamento de Patologia e Clínica da Nutrição
— Departamento Sócio-Econômico da Nutrição

Instituto de Ciências Biomédicas


— Departamento de Anatomia
— Departamento de Biofísica e Fisiologia
— Departamento de Farmacologia e Terapia Experimental
— Departamento de Histologia e Embriologia
— Departamento de Métodos Físicos e Análises Biológicas
— Departamento de Parasitologia
— Departamento de Bioquímica

Instituto de Microbiologia
— Departamento de Microbiologia Geral
— Departamento de Microbiologia Médica
— Departamento de Imunologia
— Departamento de Virologia
Menciona-se ainda, um Fórum de Ciência e Cultura, ao nível
de Centro. Seguem relacionados seus Departamentos e respectivas
Unidades.
Museu Nacional
— Departamento de Entomologia
Departamento de Invertebrados
— Departamento de Vertebrados
— Departamento de Botânica
— Departamento de Zoologia: não aparece referido no Regi-
mento do Museu Nacional
— Departamento de Geologia
— Departamento de Antropologia
— Departamento de Paleontologia: previsto no Regimento do
Museu Nacional mas não referido nas informações forne-
cidas pela UFRJ
Câmara de Estudos Brasileiros: não há referência a sua im-
plantação.

685
Na UFRJ desempenham papel especial os chamados Institu-
tos Especializados. Sem merecerem a definição de unidades de en-
sino, integram no plano pedagógico os Departamentos da Facul-
dade de Medicina, alguns, e outros do Instituto de Ciências Bio-
médicas, e da Escola de Engenharia; realizam, ainda, atividades
de pesquisa e serviços de atendimento ao público em geral. São
eles: o Instituto de Ginecologia, o de Neurologia, o de Psiquiatria,
o de Puericultura e o de Tisiologia e Pneumologia, vinculados à
Faculdade de Medicina, e o de Biofísica que integra o Instituto de
Ciências Biomédicas. O Instituto de Eletrotécnica que integra a
Escola de Engenharia.

Ao lado desses Institutos, encontram-se outros órgãos defini-


dos como suplementares, todos vinculados a unidades de ensino,
segundo a discriminação abaixo:
No Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza: o Obser-
vatório de Valongo e o Núcleo de Computação Eletrônica, ambos
com atividades de ensino, de pesquisa e com serviços à comuni-
dade.

No Centro de Ciências Jurídicas e Económicas: o Núcleo de


Planejamento Urbano Regional.
No Centro de Filosofia e Ciências Humanas: o Colégio de
Aplicação e o Colégio Universitário.
No Centro de Tecnologia: o Núcleo de Ensaios e Metrologia.
O Plano de Reestruturação mencionava, nesse setor, também o
Instituto de Engenharia Nuclear como órgão agregado; houve si-
lêncio a respeito, entretanto, no Estatuto. Pela aplicação dos ques-
tionários, identificou-se, ainda, o Núcleo Macro-Molecular
(NUMA), órgão de pesquisas ligadas aos polímeros.
No Centro de Letras e Artes: o Núcleo de Pesquisa Habita-
cional, ainda não implantado, como o objetivo de realizar pes-
quisas para ampliação e expansão das áreas urbanas.
No Centro de Ciências Médicas, além dos Institutos Especia-
lizados já referidos: a Maternidade Escola e o Hospital Escola São
Francisco, cobrindo a área de ensino, da pesquisa e da extensão.
Apesar de não referido pelo Estatuto a Coordenação dos Pro-
gramas de Pós-Graduação de Engenharia (COPPE) aparece como
órgão suplementar, vinculada ao Centro de Tecnologia. Vale res-
saltar que os programas que coordenam, funcionam como verda-
deiros departamentos congregando docentes e ofertando discipli-
nas para os diversos cursos de Pós-Graduação abarcados.

686
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ

1 ) I n s t i t u t o s Especializados
(2) A Universidade informou a e x i s t ê n c i a de duas Unidades
(3) Previsto mas nao implantado
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
Composta de 9 (nove) Unidades, todas elas denominadas de
Institutos. Três deles integram o sistema básico; os demais, o
profissional. Os Departamentos alcançam o total de 30 (trinta).
SISTEMA BÁSICO

Instituto de Ciências Sociais


— Departamento de Ciências Administrativas e Contábeis
— Departamento de Ciências Económicas
— Departamento de Ciências Humanas e Sociais
— Departamento de Economia do Lar
— Departamento de Línguas
Instituto de Matemática, Física e Química
— Departamento de Física
— Departamento de Matemática e Estatística
— Departamento de Química
Instituto de Biologia
— Departamento de Biologia Animal
— Departamento de Biologia Vegetal
— Departamento de Ciências Fisiológicas
— Departamento de Genética
SISTEMA PROFISSIONAL

Instituto de Educação
— Departamento de Ciências Pedagógicas
— Departamento de Educação Física e Desportos
Instituto de Florestas
— Departamento de Silvicultura
— Departamento de Ecologia
— Departamento de Produtos Florestais
Instituto de Tecnologia
— Departamento de Engenharia
— Departamento de Tecnologia de Alimentos
— Departamento de Tecnologia Química
Instituto de Veterinária
— Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública
Departamento de Medicina e Cirurgia
— Departamento Hospitalar

689
Instituto de Zootecnia
— Departamento de Produção Animal
— Departamento de Reprodução Animal
— Departamento de Nutrição Animal
Instituto de Agronomia
— Departamento de Fitotecnia
— Departamento de Geologia
— Departamento de Horticultura
— Departamento de Solos
Existem 3 (três) órgãos suplementares, a saber: Serviço de
Assistência ao Estudante, Centro de Produção e Centro de Pisci-
cultura e Pesca Continental. O Catálogo de 1973 refere-se ainda
aos seguintes: Serviços de Extensão e Coordenação de Pós-Gra-
duação.

690
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Integram-se 20 (vinte) Unidades com 51 (cinquenta e um)
Departamentos congregados em 4 (quatro) Centros, um dos quais
destinado aos estudos gerais. São eles:
SISTEMA BÁSICO

Centro de Estudos Cerais


Instituto de Física
— Departamento de Física
Instituto de Química
— Departamento de Química
Instituto de Matemática
— Departamento de Análise
— Departamento de Geometria
— Departamento de Matemática Aplicada
Instituto de Geociências
— Departamento de Geografia
— Departamento de Geologia: apesar de haver referência a
3 docentes neste Departamento, suas disciplinas estão in-
cluídas no Departamento de Geografia, conforme infor-
mações da UFF.
— Departamento de Cartografia
Instituto de Biologia: ainda não implantado
Instituto de Ciências Humanas e Filosofia
— Departamento de História
— Departamento de Ciências Sociais
— Departamento de Filosofia e Psicologia
Instituto de Letras
— Departamento de Literatura
— Departamento de Linguística e Filologia
Instituto de Artes e Comunicação Social
— Departamento de Comunicação e Arte (A Universidade
informou contraditoriamente a denominação de Departa-
mento) .
— Departamento de Documentação

69a
SISTEMA PROFISSIONAL

Centro Tecnológico
Escola de Engenharia
— Departamento de Engenharia Mecânica
— Departamento de Engenharia Civil
— Departamento de Engenharia Elétrica
— Departamento de Desenho Técnico
— Departamento de Engenharia de Produção
Escola de Engenharia Indiístrial Metalúrgica de Volta
Redonda
— Departamento de Metalurgia Física
— Departamento de Metalurgia Extrativa
— Departamento de Metalurgia de Transformação
Centro de Ciências Médicas
Instituto Biomédico — Básico (conforme o artigo 8.° do Es-
tatuto da UFF)
— Departamento de Morfologia
— Departamento de Fisiologia
— Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia
Faculdade de Farmácia
— Departamento de Farmácia
Escola de Engermagem
— Departamento de Enfermagem
— Departamento de Enfermagem Materno Infantil
— Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgico
Faculdade de Odontologia
— Departamento de Odontotécnica
— Departamento de Odontociínica
Faculdade de Medicina

— Departamento de Medicina Clínica


— Departamento de Patologia e Apoio Clínico
— Departamento de Cirurgia Geral e Especializada
— Departamento de Saúde da Comunidade
Faculdade de Veterinária
— Departamento de Patologia e Clínica Veterinária
— Departamento de Zootecnia
— Departamento de Tecnologia dos Alimentos
— Departamento de Nutrição — conforme organograma
fornecido pela Universidade o departamento liga-se dire-
tamente ao Centro de Ciências Médicas, sem Faculdade
que o coordene.
Centro de Estudos Sociais Aplicados
Faculdade de Economia e Administração
— Departamento de Economia
— Departamento de Administração
— Departamento de Contabilidade
Faculdade de Educação
— Departamento de Fundamentos Pedagógicos
— Departamento de Teoria e Prática de Ensino
— Departamento de Teoria e Prática da Orientação Educa-
cional e Vocacional
— Departamento de Teoria e Prática de Administração
Escolar

Faculdade de Direito
— Departamento de Direito Público
— Departamento de Direito Privado
Escola de Serviço Social.
— Departamento de Serviço Social de Niterói
— Departamento de Serviço Social de Campo
Como órgãos suplementares são apontados: o Núleo de Pro-
cessamento de Dados, o Núcleo de Documentação, a Coordenação
de Educação Física e Despertos e a Imprensa Universitária, ,todos
vinculados diretamente à Reitoria.
Na área das unidades existem o Colégio de Aplicação e o Co-
légio Universitário e ainda c Colégio Agrícola Nilo Peçanha, todos
relacionados com a Faculdade de Educação. Na Faculdade de Di-
reito registrou-se a presença de um Serviço de Assistência Judi-
ciária Gratuita, como órgão de estágio e de serviço à comunidade.
Trata-se de órgãos integrantes, vez que o Estatuto da UFF, em
seu artigo 17, impõe que os órgãos suplementares sejam direta-
mente vinculados ao Reitor.

695
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SAO CARLOS
Organizada sob a forma de Fundação (Lei 3.835 de 1960),
constitui-se, formalmente, de 3 (três) Centros, coordenando De-
partamentos .
Centro de Educação e Ciências Humanas
— Departamento de Tecnologia Educacional
— Departamento de Fundamentos Científicos e Filosóficos
da Educação
— Departamento de Administração Escolar e Estruturas
Educacionais
Centro de Letras e Artes
— Departamento de Letras
— Departamento de Artes
Centro de Ciências e Tecnologia
— Departamento de Ciências Biológicas
— Departamento de Ciências Físicas e Matemáticas
— Departamento de Computação e Estatística
— Departamento de Engenharia de Materiais
— Departamento de Química
A estrutura real, entretanto, em virtude da não implanta*
ção dos Centros, é a representada por unidades de ensino, coorde-
nando Departamentos.
Dos Departamentos previstos restam, por implantar, os se-
guintes: Administração Escolar e Estruturas Educacionais, Letras
e Artes. Os demais são atualmente coordenados por duas Unida-
des de Ensino: o Instituto de Tecnologia Educacional e o Institu-
to de Ciências. Não temos informação da Universidade sobre como
os Departamentos implantados estão distribuías por estes dois
Institutos.
O Estatuto refere-se a órgãos complementares, dividindo-os
em duas categorias: a) órgãos de apoio a atividades de ensino,
pesquisa e desenvolvimento dos objetivos da Universidade, como
tais compreendidos — a Biblioteca Central, a Divisão de Compu-
tação e a Divisão de Informação e Difusão Cultural; Divisão de
Integração da Comunidade Universitária e Divisão de Educação
Física e Desportos; b) órgãos de administração: Prefeitura, Edi-
tora Universitária, Divisão Social e Secretaria Geral.
Já o Boletim Informativo de março de 1973 réfere-os como
órgãos suplementares, suprimindo da relação a Prefeitura e Se-
cretaria Geral incluídas segundo o Estatuto.
Observa-se, portanto, certa perplexidade na definição dos ór-
gãos suplementares, mais não fosse pela curiosa particularidade
de se colocar como tal a Secretaria Geral.
Esta Universidade não agrupou as suas unidades segundo os
sistemas básico e profissional.

698
(*) A UFSCAR não classifica as unidades pelos sistemas basico e profissional.
(1) Na área das unidades os questionários revelaram a existência do Laboratório de Idiomas, no Departamento de Tecnologia Educacional que integra o
Centro de Educação e Ciências Humanas.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
A Universidade foi reestruturada, conforme Decreto 72.782/73,
compondo-se, hoje, de 8 (oito) Setores, estruturados em cinquen-
ta e cinco (55) departamentos. São eles:
SISTEMA BÁSICO

Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes


— Departamento de Ciências Sociais
— Departamento de Filosofia e Psicologia: estão funcionan-
do conjuntamente
— Departamento de História
— Departamento de Comunicação Social e Artes
— Departamento de Letras Clássicas e Estrangeiras Modernas
— Departamento de Letras Vernáculas e Linguísticas
Setor de Ciências Biológicas
— Departamento de Ciências Morfológicas
— Departamento de Ciências Fisiológicas
— Departamento de Genética
— Departamento de Patologia Básica
— Departamento de Botânica
— Departamento de Zoologia
— Departamento de Bioquímica
Setor de Ciências Exatas
— Departamento de Matemática
— Departamento de Matemática Aplicada e Desenho
— Departamento de Estatística Gerai e Aplicada
— Departamento de Química
— Departamento de Física Teórica
— Departamento de Física Experimental
— Departamento de Física Aplicada
SISTEMA PROFISSIONAL

Setor de Educação
— Departamento de Métodos e Técnicas da Educação
— Departamento de Teoria e Fundamentos da Educação
— Departamento de Planejamento e Administração Escolar
— Departamento de Biblioteconomia
Setor de Ciências Agrárias
— Departamento de Medicna e Veterinária
— Departamento de Zootecnia
— Departamento de Fitotecnia e Fitossanitarismo
— Departamento de Silvicultura e Manejo Florestal
— Departamento de Engenharia e Tecnologia Rural
— Departamento de Economia e Extensão

701
Setor de Ciências Sociais Aplicadas
— Departamento de Direito Público
— Departamento de Direito Privado
— Departamento de Ciências Penais
— Departamento de Direito Processual
— Departamento de Ciências Económicas
— Departamento de Administração Geral e Aplicada
— Departamento de Contabilidade

Setor de Ciências da Saúde

— Departamento de Patologia
— Departamento de Clínica Médica
— Departamento de Cirurgia
— Departamento Teco-Ginecologia
— Departamento de Pediatria
— Departamento de Saúde Comunitária
— Departamento de Medicina Forense e Deontologia
— Departamento de Estomatclogia
— Departamento de Odontologia Restauradora

Setor de Tecnologia
— Departamento de Construção Civil
— Departamento de Hidráulica e Saneamento
— Departamento de Transportes
— Departamento de Mecânica
— Departamento de Eletricidade
— Departamento de Arquitetura
— Departamento de Geociências
— Departamento de Tecnologia Farmacêutica
— Departamento de Tecnologia Química
Existem 9 (nove) órgãos suplementares vinculados à Reito-
ria: Biblioteca Central, Hcspital das Clínicas, Imprensa Universi-
tária, Centro de Computação Eletrônica, Centro de Estações Ex-
perimentais, Museu de Arqueologia e Artes Populares, Centro de
Educação Física e Desportes, Orquestra e Coral e Centro de Re-
cursos Audio-Visuais.

Na área das Unidades foram registrados os seguintes órgãos:


no Setor de Ciências Biológicas — Centro de Microscopia Eletrô-
nica. No setor de Ciências Exatas o Centro de Usinas Piloto, o
Centro de Estudes e Pesquisa de Hidrologia e Hidráulica, o Centro
de Pesquisa de Geodésia e a Comissão de Carta Geológica do
Paraná.

Há uma Pró-Reitoria para órgãos suplementares.

702
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR
MODELO D
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ' - UFPR
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Há 7 (sete) Centros, um dos quais de Estudos, Básicos, sendo
que dois deles, o de Desportos e o Agro-pecuário ainda não foram
constituídos. Os Departamentos são em número de trinta e
dois (32).
SISTEMA BÁSICO

Centro de Estudos Básicos


— Departamento de Biologia
— Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras
— Departamento de Psicologia
— Departamento de Língua e Literatura Vernáculas
— Departamento de Física
— Departamento de Química
— Departamento de Matemática
— Departamento de Filosofia
— Departamento de Sociologia
— Departamento de História
— Departamento de Geociências
SISTEMA PROFISSIONAL

Centro Tecnológico
— Departamento de Engenharia Mecânica
— Departamento de Engenharia Elétrica
— Departamento de Engenharia Civil
— Departamento de Engenharia Industrial
— Departamento de Ciências Estatísticas e da Computação
Centro de Educação
— Departamento de Métodos de Ensino
Centro Sócio-Econômtco
— Departamento de Ciências da Administração
— Departamento de Direito Processual e Prática Forense
— Departamento de Direito Privado e Social
— Departamento de Direito Público e Ciências Políticas
— Departamento de Ciências Contábeis
— Departamento de Economia
Centro Biomédico
— Departamento de Patologia
— Departamento de Clínicas
— Departamento Materno-Infantil

705
— Departamento de Reabilitação Oral
— Departamento de Saúde Pública
— Departamento de Fármacos e Alimentos
— Departamento de Processos Diagnósticos e Terapêuticos
Complementares
— Departamento de Enfermagem
— Departamento de Estomatologia
Centro de Desportos
(não implantado)
Centro Agropecuário
(não implantado)
Vinculados diretamente à Reitoria, existem os seguintes ór-
gãos suplementares: Biblioteca Central. Restaurante Universitá-
rio, Imprensa Universitária, Serviço de Processamento de Dados,
Museu de Antropologia, Planetário (referidos pelo Estatuto); o
Colégio Agrícola de Camboriú e Colégio Agrícola de Araquari (os
dois últimos aparecem no Catálogo de 1972).
Na área das unidades de ensino se apurou a existência de um
Colégio de Aplicação, vinculado ao Centro de Educação.

706
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Integram a UFRS 2 (deis) Institutos especializados, que se
destinam a cumprir objetivos especiais de ensino e de pesquisa
não contemplados nas demais unidades; compõe-se ainda de 8
(oito) Institutos, responsáveis pelo ensino básico além de 3 (três)
Escolas e 10 (dez) Faculdades responsáveis pelo ensino Profis-
sional.
Os Departamentos alcançam o total de oitenta e um (81) a
saber:
SISTEMA, BÁSICO

Instituto de Matemática
— Departamento de Matemática Pura e Aplicada
— Departamento de Estatística
Instituto de Física

— Departamento de Física
Departamento de Astronomia
Instituto de Artes
— Departamento de Arte Dramática
Departamento de Artes Visuais
— Departamento de Música
Instituto de Química
— Departamento de Química Inorgânica
—.Departamento de Química Orgânica
— Departamento de Físico-Química

Instituto de Letras

— Departamento de.Letras Clássicas e Vernáculas


— Departamento de Línguas Modernas
— Departamento de Linguística e Filologia
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
— Departamento de Filosofia
— Departamento de Psicologia
— Departamento de História
— Departamento de Ciências Sociais

700
Instituto de Geociências
— Departamento de Geografia
— Departamento de Geologia
— Departamento de Mineralogia e Petrologia
— Departamento de Paleontologia e Estigrafia
— Departamento de Geodésia
Instituto de Biociências
— Departamento de Bioquímica
— Departamento de Botânica
— Departamento de Fisiologia, Farmacologia e Biofísica
<— Departamento de Zoologia
— Departamento de Ciências Morfológicas
— Departamento de Microbiologia
— Departamento de Genética

SISTEMA PROFISSIONAL

Faculdade de Agronomia
— Departamento de Zootecnia
— Departamento de Fitotecnia
— Departamento de Solos
Faculdade de Educação
— Departamento de Estudos Básicos
-~- Departamento de Ensino e Currículo
— Departamento de Estudos Especializados
Faculdade de Odontologia
— Departamento de Cirurgia e Ortopedia
— Departamente de Odontologia Conservadora
— Departamento de Odontologia Preventiva e Social
Faculdade de Veterinária
— Departamento de Clínica Médica
— Departamento de Medicina Veterinária Preventiva
— Departamento de Patologia e Clínica Cirúrgica
Faculdade de Ciências Económicas
— Departamento de Ciências Administrativas
— Departamento de Ciências Económicas
— Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais

710
Faculdade de Direito
— Departamento de Ciências Penais
— Departamento de Direito Privado e Processo Civil
— Departamento de Direito Público e Filosofia do Direito
— Departamento de Direito Económico e do Trabalho

Faculdade de Medicina

— Departamento de Medicina Interna


— Departamento de Pediatria e Puericultura
— Departamento de Cirurgia
— Departamento de Patologia
— Departamento de Medicina Preventiva, Saúde Pública e
Medicina do Trabalho
— Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia
— Departamento de Ginecologia e Obstetrícia
— Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal

Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação


— Departamento de Biblioteconomia e Documentação
— Departamento de Comunicação
Escola Superior de Educação Física

— Departamento de Desportes
— Departamento de Ginástica e Recreação
Faculdade de Arquitetura
— Departamento de Arquitetura
— Departamento de Urbanismo
— Departamento de Expressão Gráfica
Escola de Enfermagem
— Departamento de Enfermagem Cirúrgica
— Departamento de Enfermagem Médica
— Departamento de Assistência e Orientação Profissional

Faculdade de Farmácia
— Departamento de Produção de Matéria Prima
— Departamento de Produção e Controle de Medicamentos
— Departamento de Análise
Escola de Engenharia
— Departamento de Engenharia Civil
— Departamento de Materiais
— Departamento de Engenharia Mecânica
— Departamento de Engenharia Elétrica
— Departamento de Engenharia de Minas
— Departamento de Metalurgia
-r Departamento de Engenharia Química
— Departamento de Engenharia Nuclear
INSTITUTOS ESPECIALIZADOS

Instituto de Ciências e Tecnologia da Alimentação

— Departamento de Ciências dos Alimentos


— Departamento de Tecnologia de Alimentação
Instituto de Pesquisas Hidráulicas
— Departamento de Hidromecânica e Hidrologia
— Departamento de Obras Hidráulicas
O Estatuto da UFRS menciona 8 (cito) órgãos suplementa-
res. São eles: Biblioteca Central, Centro Olímpico, Centro de Ori-
entação e Seleção Psicotécnica, Centro de Teledifusão Educativa,
Cinema e Teatro, Editora Museus e Centro de Processamento de
Dados.
Existem 11 (onze) órgãos denominados de auxiliares, vincula-
dos às unidades de ensino, os quais, em verdade, podem ser arro-
lados como verdadeiros órgãcs suplementares. São eles: no Insti-
tuto de Física, o Observatório Astronómico; no Instituto de Le-
tras, o Centro de Linguística Aplicada; no Instituto de Geociên-
clas, o Centro de Investigação de Gondwana; no Instituto de Bio-
ciências, o Biotério e Jardim Botânico; na Faculdade de Agrono-
mia, a Estação Esperimental Agronómica; na Faculdade de Edu-
cação, o Centro Integrado de Educação Primária e Média; na
Faculdade de Odontologia, o Centro de Pesquisas em Odontologia
Social; na Faculdade de Veterinária, o Hospital de Clínicas Veteri-
nárias; na Faculdade de Ciências Económicas, o Centro de Estu-
dos e Pesquisas em Administração e o Centro de Estudos e Pes-
quisas Económicas; na Faculdade de Direito, o Serviço de Pesqui-
sas e Preparação Profissional.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Compreende 1 (um) Centro de Estudos Básicos e 7 (sete)
profissionais, com quarenta e um (41 departamentos). Incluem-
se também, na UFSM, 5 (cinco) Faculdades agregadas. Elas con-
servam sua autonomia didática e científica, disciplinar, adminis-
trativa e financeira, entretanto, prestam contas das dotações re-
cebidas da UFSM (Lei 3.834, de 14.12.60).
Fala-se ainda em Colégios Integrados, estabelecimentos de
grau médio que ministram cursos de caráter propedêutico, técni-
co ou de aplicação. São, na verdade, órgãos suplementares vin-
culados aos Centros profissionais afins com o ensino por eles
ministrado, e por intermédio de um de seus Departamentos.

São os seguintes os Centros:


SISTEMA BÁSICO

Centro de Estudos Básicos


— Departajnento de Biologia
— Departamento de Filosofia, Sociologia e Psicologia
— Departamento de Física
— Departamento de Fisiologia
— Departamento de Geociências
— Departamento de História
— Departamento de Letras
— Departamentos de Matemática
— Departamento de Morfologia
— Departamento de Patologia
— Departamento de Química
— Departamento de Estudo de Problemas Brasileiros
SISTEMA PROFISSIONAL

Centro de Ciências Rurais


— Departamento de Agricultura
— Departamento de Cirurgia Veterinária
— Departamento de Clínica Veterinária
— Departamento de Educação Agrícola e Extensão Rural
— Departamento de Engenharia Agrícola e Florestal
— Departamento de Fitotecnia
— Departamento de Tecnologia Alimentar
— Departamento de Zootecnia
Centro de Ciências Biomédicas
— Departamento de Biofarmácia
— Departamento de Cirurgia
715
— Departamento de Estomatologia
— Departamento de Fala
— Departamento de Farmácia Industrial
— Departamento de Medicina
— Departamento de Odontologia Restauradora
— Departamento de Radiologia
Centro de Ciências Jurídicas, Económicas e Administrativas
— Departamento de Administração
— Departamento de Comunicação Social
— Departamento de Contabilidade
— Departamento de Direito
— Departamento de Economia e Finanças
Centro de Tecnologia
— Departamento de Engenharia Mecânica
— Departamento de Engenharia Elétrica
— Departamento de Engenharia Civil
— Departamento de Expressão Gráfica
Centro de Ciências Pedagógicas
— Departamento de Educação
Centro de Artes
— Departamento de Artes Visuais
— Departamento de Música
Centro de Educação Física
— Departamento de Educação Física e Desportos
Faculdades Agregadas
— de Direito
— de Filosofia, Ciências e Letras
"Imaculada Conceição"
— de Ciências Políticas e Económicas
— de Enfermagem "Nossa Senhora Medianeira"
— de Direito de Santo Angelo
O estatuto da UFSM não inclui as Faculdades Agregadas no
Sistema Profissional desta Universidade, enumerando-as separa-
damente no artigo 11.
Refere-se ainda aos seguintes estabelecimentos de nível médio
como integrantes da UFSM sem lhes dar, ao menos explicitamen-
te, o status de órgãos suplementares:

716
— Colégio Agrícola de Alegrete
— Colégio Agrícola de Santa Maria
— Colégio Agrícola de General Vargas
— Colégio Agrícola F. de Westphalen
— Colégio Técnicos-Industrial de Santa Maria
— Colégio Industrial "Álvaro Leitão" de Irai
Vinculados à Reitoria, sem o caráter de órgãos suplementa-
res, encontramos: a Biblioteca Central, um Departamento de Ad-
ministração Hospitalar, o Museu, o Planetário e a Imprensa Uni-
versitária.
Por outro lado com a designação de órgão suplementar, o
Estatuto refere a Assessoria de Planejamento e o Núcleo de In-
tegração e Desenvolvimento. Não se percebe bem porque esses
dois são suplementares e não o são os mencionados no parágrafo
precedente. Todos eles são dirigidos monocraticamente, por pes-
soas da livre escolha do Reitor.
A estrutura da Universidade, portanto, oferece algumas pe-
culiaridades que podem ser categorizadas como distorsivas.

717
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSM
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - TTFSN
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO RIO GRANDE
Organizada sob a forma de Fundação (D.L. 774 de 20.08.69),
constitui-se de 5 (cinco) Centros, com 25 (vinte e cinco) Depar-
tamentos, a seguir discriminados.
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
— Departamento de Ciências Morfo-Biológicas
— Departamento de Ciências Fisiológicas
— Departamento de Patologia
— Departamento de Medicina Interna
— Departamento de Cirurgia
— Departamento de Mateino-Infantil
— Departamento de Medicina Preventiva
— Departamento de Ciências Psicológicas
Centro de Ciências Exatas e Tecnologia
— Departamento de Matemática
— Departamento de Física
— Departamento de Química
— Departamento de Construção Civil
— Departamento de Construção Mecânica
— Departamento de Geociências
Centro de Ciências Humanas e Sociais
— Departamento de Ciências Jurídicas
•— Departamento de Administração e Contabilidade
— Departamento de Educação
— Departamento de Filosofia e História
— Departamento de Ciências Económicas
Centro de Letras e Artes
— Departamento de Língua Nacional Portuguesa
— Departamento de Línguas Estrangeiras
— Departamento de Expressão Gráfica
Centro de Ciências do Mar
— Departamento de Oceanografia Biológica
— Departamento de Oceanografia Aplicada
— Departamento de Oceanografia Geológica
Os órgãos suplementares também se integram num Centro,
denominado de Centro de Atividades Suplementares, vinculado à
Vice-Reitoria e são em número de 6 (seis): Centro de Processa-
mento de Dados, Centro de Informática, Centro de Pesquisas e
Orientação Industiial (CEPOI), Centro de Estudos e Pesquisas
Económicas e Administrativas, Biblioteca Central e Relações Pú-
blicas.
Vinculados à Sub-Reitoria Administrativa, são apontados pelo
Regimento da Reitoria como órgãos complementares, a Divisão
de Imprensa Universitária e a Divisão de Museus. Supõe-se que
não estejam ainda implantados já que não aparecem no questio-
nário do Reitor.
Esta Universidade não agrupou as suas unidades segundo os
sistemas básico e profissional.

720
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO RIO GRANDE - FURG ,

(*) A Universidade não classifica as Unidades pelos sistemas básico e profissional.


FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO RIO GRANDE - FURG
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Organizada sob a forma de Fundação (Decreto Lei 750, de
1969) constitui-se de 12 (doze) Unidades que a integram direta-
mente e mais 3 (três) unidades agregadas, com um total de 51
(cinquenta e um) Departamentos, a saber:
SISTEMA BÁSICO

Instituto de Sociologia e Política (era um Instituto especiali-


zado da UFRS, transferido como Unidade para a UFPEL, pelo
mencionado DL 750)
— Departamento de Ciência Política
— Departamento de Sociologia
Instituto de Ciências Humanas
— Departamento de Economia e Finanças
— Departamento de Psicologia
— Departamento de Introdução as Ciências Normativas e
Filosóficas.
Instituto de Física e Matemática
— Departamento de Física
— Departamento de Matemática e Estatística
— Departamento de Desenho .
Instituto de Química e Geociências
— Departamento de Bioquímica
— Departamento de Química Orgânica
— Departamento de Química Analítica
Instituto de Letras e Artes

— Departamento de Música
— Departamento de Artes Plásticas
— Departamento de História das Artes e Estética
— Departamento de Arquitetura

Instituto de Biologia
— Departamento de Microbiologia
— Departamento de Botânica
— Departamento de Fisiologia e Farmácia
— Departamento de Zoologia
— Departamento de Morfologia

7?3
SISTEMA PROFISSIONAL

Faculdade de Odontologia
— Departamento de Semiologia e Clinica
— Departamento de Odontologia Social
— Departamento de Cirurgia e Traumatologia
— Departamento de Odontologia Restauradora
Faculdade de Ciências Domésticas
— Departamento de Vestuário e Têxteis
— Departamento de Educação
— Departamento de Administração do Lar
— Departamento de Nutrição
— Departamento de Habitação
Faculdade de Agronomia "Eliseu Maciel"
— Departamento de Solos
— Departamento de Zootecnia
— Departamento de Fitotecnia
— Departamento de Engenharia Rural
— Departamento de Tecnologia Rural
— Departamento de Fitossanidade
— Departamento de Ciências S. Agrárias (o nome do Depar-
tamento encontra-se abreviado em virtude da UFPEL
assim ter fornecido a informação).

Faculdade de Veterinária

— Departamento de Higiene e Saúde Pública


— Departamento de Medicina Veterinária e Preventiva
— Departamento de Clínica Médica
— Departamento de Fisiopatologia da Reprodução
— Departamento de Clínica Cirúrgica
— Departamento de Patologia Especial
— Departamento de Tecnologia e Inspeçao de Produtos de
Origem Animal
Faculdade de Direito
— Departamento de Filosofia, Direito e Sociologia Jurídica
— Departamento de Direito do Trabalho
— Departamento de Direito do Estado
— Departamento de Direito Penal
— Departamento de Direito Civil e Comercial
— Departamento de Medicina Legal
— Departamento de Direito Internacional
— Departamento de Direito Processual

724
Escola Superior de Educação Física (não houve informações
sobre os departamentos em que a escola se subdivide)
Como instituições agregadas, nas quais a Universidade não
definiu seus sistemas básico e profissional, tem-se:
— Escola de Belas Artes "Dona Cármen Trápaga Simões"
— Conservatório de Musica
— Faculdade de Medicina
No tocante aos órgãos suplementares, o Estatuto da Funda-
ção menciona 7 (sete) com essa denominação e mais 2 (dois) que
classifica de complementares. O Estatuto da Universidade au-
mentou o número dos primeiros para dez (10) denominando os
segundos de órgãos de 2.° grau.
Como órgãos suplementares, tem-se: Estação Experimental
da Palma e Estação Experimental de Piratini, cuja vinculação foi
feita com a Faculdade de Agronomia; CETREISUL, Imprensa Uni-
versitária, Biblioteca Central, Museu, Casa de Estudante, vincula-
dos diretamente à Reitoria. E sem vinculação definida, os três (3)
acrescentados pelo Estatuto da Universidade: Centro Olímpico,
Centro de Processamento de Dados e Centro de Teledifusão Edu-
cativa.
Os órgãos complementares, ora denominados de órgãos do
2.° grau, são: Colégio Agrícola Visconde da Graça e Colégio de
Economia Doméstica Rural, ambos vinculados à Reitoria.

725
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - UFPEL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - UFPEL
ANEXO II
AMOSTRAS DOS ÓRGÃOS DE UNIVERSO VARIÁVEL
UNIVERSIDADES CUJAS AMOSTRAS NAO 'PUDERAM SER DETERMINADAS
COM ANTECEDÊNCIA A IDA A CAMPO

— Universidade Federal do Amazonas


— Universidade Federal de Alagoas
— Universidade Federal de Ouro Preto
— Universidade Federal do Espirito Santo
— Universidade Federal do Mato Grosso
— Universidade Federal de Uberlândia
UNIVERSIDADES CUJAS AMOSTRAS FORAM DETERMINADAS
PARA O PRE-TESTE

— Universidade Federal do Pará


— Universidade Federal de Sergipe
— Universidade Federal Fluminense
— Universidade Federal de Pelotas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARA
Centros: 8
— Filosofia e Ciências Humanas
— Ciências Exatas e Naturais
— Sócio-Econômico
— Educação
— Letras e Artes
— Tecnológico
— Bio-Médico
— Ciências Biológicas
Departamentos: 8
— Direito Público
— Educação *
— Engenharia Química
— Filosofia, Psicologia e Ciências Sócio-Políticas
— Língua e Literatura Vernáculas
— Matemática e Estatística
— Medicina Comunitária
— Morfologia
Colegiados de Cursos: 8
— História
— Letras
— Farmácia
— Pedagogia
— Geologia
— Biblioteconomia
— Engenharia Eletrônica e Eletrotécnica
— Ciências Biológicas

728
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Centros: 3
— Centro de Estudos Gerais
— Centro de Coordenação da Área Médica
— Centro de Coordenação de Estudos Sociais Aplicados
Unidades: 3
— Instituto de Letras e Artes
— Faculdade de Odontologia
— Faculdade de Economia
Departamentos: 6
— Departamento de Parasitologia
— Departamento de Estudos Brasileiros
— Departamento de Pediatria e Clinica Infantil
— Departamento de Enfermagem Clínica
— Departamento de Teoria e Fundamentos do Serviço Social
— Departamento de Métodos e Teorias da Educação
Colegiado de Cursos: 5
— Desenho
— Química
— Filosofia
— Medicina
— Direito

Média de questionários (total) por turno = 2,8.

729
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
Unidades: 2
— Centro de Ciências da Saúde
— Centro de Ciências Humanas e Letras
OBS.: Estão previstos mais 3 centros (Ciências da Natu-
reza, da Educação e Tecnologia) que segundo do-
cumento de 26.04.73 não estavam implantados.
Caso já estejam, ouçam os três).
Departamentos: S
— Departamento de Clínica Geral
— Departamento de Odontologia Técnica e Laboratorial
— Departamento de Ciências Sociais e Filosofia
— Departamento de Ciências da Natureza
— Departamento de Educação
Colegiados de Cursos (1): 2
— Conselho Departamental do Centro 1
__ 2

(1) O Estatuto da UFPI (art. 31) prevê que a Coordenação Didática, seja dos
cursos de graduação, seja dos de pós-graduação, estaria afeta aos Conse-
lhos Departamentais. Como há um por cento, pesquisar-se-á o Universo
dos Centros implantados. Cuidar com os Centros de Ciências da Natureza,
da Educação e de Tecnologia, pois apesar de não implantados os dois pri-
meiros possuem departamentos; verificar então se são fornecidos cursos
nestas 3 áreas; sendo, aplicar o questionário n° 15. a quem opera a coor-
denação didática destes cursos.

730
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA
Centros: 5
— Centro de Ciências
— Centro de Humanidades
— Centro Tecnológico
— Centro de Ciências da Saúde
— Centro de Estudos Sociais Aplicados
Unidades: 5
— Instituto de Biologia
— Faculdade de Ciências Sociais e Filosofia
— Escola de Engenharia
— Faculdade de Medicina
— Faculdade de Educação
Departamentos: 6
— Departamento de Cirurgia (Faculdade de Medicina)
— Departamento de Planejamento e Administração
— Departamento de Hidráulica
— Departamento de Comunicação Social
— Departamento de Biologia Geral
— Departamento de Fitotecnia
Cursos: 6
— Farmácia
— Economia
— Agronomia
— Letras
— Química Industrial
— Economia Rural (pós-graduação)

Média de questionários (total) por turno: 3,3.


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Centros: 3
— Centro de Estudos Básicos
— Centro de Ciências Aplicadas
— órgão Coordenador dos Institutos Especiais
Unidades: 6
— Instituto de Matemática
— Instituto de Ciências Humanas
— Faculdade de Odontologia
— Escola de Engenharia
— Faculdade de Educação
— Instituto de Antropologia
Departamentos: 6
— Departamento de Antropologia Cultural
— Departamento de Transportes e Vias de Comunicação (Es-
cola de Engenharia)
— Departamento de Direito Processual e Prática Jurídica
— Departamento de Medicina Preventiva e Social
— Departamento de Física Teórica
— Departamento de Estudos Fundamentais (Instituto de
Letras)
Colegiado de Cursos: 6
— Ciências Biológicas — Área Biomédica
— Ciências Contábeis — Área Humanística
— História — Área Humanística
— Engenharia Civil — Área Tecnológica
— Pedagogia — Área Humanística
— Química — Área Tecnológica

Média de questionários (total) por turno: 3,2.

732
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Unidades: 5
— Instituto Central de Física
— Instituto Central de Letras
— Faculdade de Ciências Económicas
— Escola de Agronomia
— Faculdade de Farmácia
Departamentos: 8
— Informática
— História
— Física Teórica
— Economia
— Direito Penal
— Promoção da Saúde
— Expressão Gráfica, Vias de Comunicação e Transportes
— Zootecnia
Colegiada de Cursos: 6
— Pedagogia
— Serviço Social
— Enfermagem — Saúde Pública
— Química Industrial
— Engenharia de Sistemas e Ciências de Computação (pós-
graduação)
— Tecnologia Farmacêutica e em Cosméticos (pós-gra-
duação)
OBS.: Conforme "Informações Gerais" havia em 1971
uma proposta de nova estrutura que abarcava 3
Centros Coordenadores de Departamentos (Tecno-
lógico, Biocientífico e Humanístico); como na pu-
blicação mais recente (Guia de Matrícula do 2.°
Período de 1973) não há referência que indique
da sua implantação, omitimos da amostra os 3
Centros. Verificando-se, em campo, que estão im-
plantados aplicar aos três o questionário de Uni-
dade.
Caso os cursos de pós-graduação não tenham. Cole-
giados de Curso que operem a coordenação didá-
tica, omita-os da amostra, aplicando os questioná-
rios de colegiados apenas aos quatro primeiros
relacionados.

Média de questionários (total) por turno = 3,0.


733
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Unidades: 7
— Escola de Administração
— Instituto de Engenharia
— Faculdade de Enfermagem
— Faculdade de Arquitetura
— Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
— Escola de Química
— Instituto de Geociências
Departamentos: 10
— Departamento de Planejamento
— Departamento de Biologia e Patologia Gerais
— Departamento Básico Profissional (Faculdade de Odonto-
logia)
— Departamento de Nutrição Humana
— Departamento A (Instituto de Matemática)
— Departamento I — Ensino Básico e Pesquisa em Ensino
de Física
— Departamento I — (Esc. de Química)
— Departamento de História
— Departamento de Economia — I
— Departamento de Orientação de Aprendizagem
Colegiado de Cursos: 8

— Licenciatura em Desenho e Plástica


— Arquitetura
— Odontologia
— Reabilitação
— Física
— Geografia
— Letras
— Administração

Média de questionários (total) por turno = 3,6.

734
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
Unidades: 4
— Instituto Central de Ciências Exatas
— Instituto Central de Ciências Biológicas
— Escola Superior de Veterinária
— Escola Superior de Ciências Domésticas
Departamentos: 5
— Departamento de Física e Matemática
— Departamento de Zoologia e Microbiologia
— Departamento de Economia, Extensão, Psicologia e Letras
— Departamento de Engenharia Rural e Tecnologia de Ali-
mentos
— Departamento de Zootecnia
Colegiada de Cursos: 3
— Zootecnia
— Medicina Veterinária
— Ciências Domésticas (Licenciatura)

Média de questionários (total) por turno = 2,3.

735
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Centros: 2
— Centro de Coordenação de Ciências Exatas e Naturais
— Centro de Coordenação de Humanidades
Unidades: 4
— Instituto de Química
— Faculdade de Ciências Médicas
— Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
— Faculdade de Direito
Departamentos: 4
— Departamento de Física
— Departamento de Zoologia e Botânica
— Departamento de Ciências Educacionais
— Departamento de Disciplinas Afins ao Serviço Social
Colegiada de Cursos: 4
— Congregação do Instituto de Química
— Congregação da Faculdade de Ciências Médicas
— Congregação do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
— Congregação da Faculdade de Direito

736
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Unidades: 5
— Instituto de Química
— Escola de Agronomia
— Faculdade de Direito
— Instituto de Letras
— Escola de Belas Artes
Departamentos: 10
— Departamento IV — Faculdade de Arquitetura
— Departamento III — Instituto de Geociências
— Departamento de Economia Agrícola e Extensão
— Departamento de Bioquímica
— Departamento. III — Faculdade de Medicina
— Departamento de Ciências da Educação
— Departamento V — Faculdade de Direito
— Departamento de Administração de Empresas
— Departamento de Letras Clássicas
— Departamento de Integração e Educação Artística
Colegiada de Cursos: 12
— Geografia
— Engenharia Elétrica
— Farmácia Comercial
— Nutrição
— Pedagogia
— Ciências Contábeis
— Letras
— Arquitetura
— Dança
— Direção Teatral
— Educação (mestrado)
— Química (mestrado)
— Patologia Humana (mestrado)

737
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Centros (*): 5
— Ciências Sociais
— Ciências Naturais
— Artes
— Saúde
— Tecnologia
Unidades: S
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
— Instituto de Ciências Exatas*
— Faculdade de Medicina
— Escola de Educação Física
— Escola de Arquitetura
Departamentos. 10
— Letras Românicas
— Ciência Política
— Biblioteconomia
— Cartografia
— Patologia Geral
— Técnico-Musical
— Clínica, Patologia e Cirurgia
— Ginastica
— Planejamento Arquitetônico
— Engenharia de Vias de Comunicação e Transporte

Colegiado de Cursos: 9
— Supervisão Escolar de 1.° Grau (licenciatura curta)
— Veterinária
— Violino
— Enfermagem Geral
— Engenharia Elétrica
— Mestrado em Direito
— Doutorado em Química
— Doutorado em Cirurgia
— Mestrado em Zootecnia

Média de questionários (total) por turno = 4,0.

(*) Por deficiência de informações supôs-se, inicialmente, que


a UFMG dispusesse de Centros.

738
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Centros (Setores): 4
— Setcr de Estudos Fundamentais
— Setor de Estudos Sociais
— Setor de Saúde
— Setor de Tecnologia
Unidades: 4
— Instituto de Ciêncas Biológicas e de Geociências
— Faculdade de Engenharia
— Faculdade de Farmácia
— Faculdade de Econcmia
Departamentos: 7
— Departamento de Desenho
— Departamento de História
— Departamento de Estabilidade das Construções
— Departamento Farmacêutico
— Departamento de Medicina da Criança
— Departamento de Deontologia
— Departamento de Administração e Contabilidade

Colegiada de Cursos: 5
— Física
— Letras
— Engenharia
— Odontologia
— Pedagogia

Média de questionários (total) por turno = 3,1.

739
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
Unidades: 5
— Escola Superior de Agricultura
— Escola Superior de Florestas
— Instituto de Ciências Exatas
— Instituto de Ciências Biológicas
— Escola Superior de Ciências Domésticas
Departamentos: 5
— Zootecnia
— Recursos Naturais Renováveis
— Química
— Microbiologia
— Habitação
Colegiada de Cursos: 3
— Engenharia Florestal
— Matemática
— Pedagogia

Média de questionários (total) por turno = 2,4.


OBS.: Há referência a 3 áreas de conhecimento que, ao que*
tudo indica, não funcionam como órgãos de adminis-
tração setorial, coordenadores de unidades afins. Caso
contrário, aplicar questionário de Centro às 3.
Apesar -de existirem cursos de pós-graduação, o Esta-
tuto da UFV não fixa um órgão competente para em-
preender a coordenação didatica dos mesmos, daí não
constarem da amostra.

740
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Unidades: 4
— Instituto de Ciências Biológicas
— Instituto de Artes e Arquitetura
— Faculdade de Tecnologia
— Faculdade de Educação
Departamentos: 9
— Matemática
— Biologia. Animal
— Economia
— Língua Portuguesa
— Música
— Engenharia Agronómica
— Medicina Geral e Comunitária
— Biblioteconomia
— Teoria e Fundamentos
Colegiada de Cursos: 6
— Química
— Psicologia
— Letras
— Engenharia Civil
— Biblioteconomia
— Pedagogia
OBS.: Verificar a listagem dos cursos de pós-graduação exis-
tentes e selecionar 2 (1 da área de Ciências e outro da
área de Humanidades) para aplicar aos Colegiados os
questionários respectivos. A seleção não pode ser feita
aqui por falta de informação atualizada.

741
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Unidades: 5
— Instituto de Ciências Biológicas
— Instituto de Ciências Humanas e Letras
— Faculdade de Direito
— Instituto de Patologia Tropical
— Escola de Agronomia e Veterinária
Departamentos: 9
— Departamento de Física
— Departamento de Topografia e Geodésia
— Departamento de Histologia e Embriologia
— Departamento de Comunicação
— Departamento de Administração Escolar
— Departamento de Veterinária
— Departamento de Clínica Médica
— Departamento de Eletrotécnica
— Departamento de Controle Toxicológico
Colegiado de Cursos: 4
— Ciências Biológicas
— Música
— Ciências Pedagógicas
— Química e Geociências
Média de questionários (total) por turno = 2,9.

742
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Centros: 6
— Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza
— Centro de Tecnologia
— Centro de Ciências Médicas
— Centro de Filosofia e Ciências Sociais
— Centro de Ciências Jurídicas e Económicas
— Centro de Letras e Artes
Unidades: 6
— Escola de Música
— Faculdade de Direito
— Escola de Comunicação
— Instituto de Ciências Biomédicas
— Escola de Engenharia
— Instituto de Química
Departamentos: Não há informação precisa acerca do
número exato de departamentos. Segundo "Pesquisa Explora-
tória 1972" há cerca de (sic) 170 departamentos. Os técnicos
em campo deverão determinar a amostra levando em conta:
— representatividade de todos os Centros
— representatividade de Institutos e Faculdades
— exequibilidade no número previsto; sugere-se em torno de
10% do total
— modalidades de cursos para os quais o departamento con-
tribui ofertando disciplinas.
Colegiado de Cursos: 6
— Arquitetura
— Ciências Estatísticas
— Pedagogia
— Farmácia
— Engenharia Química
— Geologia
OBS.: Não foi possível obter informações sobre os cursos de
pós-graduação existentes. O Regimento Geral obriga
(art. 226) que a Coordenação Didática dos cursos de
graduação seja efetuada pelo "Conselho de Curso" mas
faculta (art. 227) a existência de "Comissões de Coor-
denação" para os cursos de pós-graduação. Se estas
Comissões existirem, deve-se selecionar alguns cursos
de pós-graduação e, nas comissões referentes aos mes-
mos, aplicar o questionário de Colegiado de Curso.

743
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
Unidades: 5
— Instituto de Biologia
— Instituto de Matemática, Física e Química
— Instituto de Florestas
— Instituto de Educação
Colegiadas de Cursos: 4
— Engenharia Florestal
— Medicina Veterinária
— Administração de Empresas
— Licenciatura em Química
Departamentos: 4
— Departamento de Química
— Departamento de Economia do Lar
— Departamento de Solos
— Departamento de Educação Física e Desportos
Média de questionários (total) por turno = 2,4.

744
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Centros: 4
— Estudos Gerais
— Ciências Médicas
— Ciências Sociais Aplicadas
— Tecnológico
Unidades: 8
— Faculdade de Direito
— Escola de Engenharia
— Faculdade de Odontologia
— Faculdade de Educação
— Escola de Engenharia Industrial de Volta Redonda
— Instituto Biomédico
— Instituto de Ciências Humanas e Filosofia
— Instituto de Geociências
Departamentos: 7
— Desenho Técnico
— Economia
— Farmácia
— Física
— Linguística e Filosofia
— Patologia Geral
— Serviço Social de Campos
Colegiado de Cursos: 3
— Direito
— Enfermagem
— Química

745
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SAO CARLOS
Unidades: 2
— Instituto de Tecnologia Educacional
— Instituto de Ciências
Departamentos: 3
— Departamento de Tecnologia Educacional
— Departamento de Computação e Estatística
— Departamento de Engenharia de Materiais
Colegiada de Cursos: 3
— Licenciatura em Pedagogia (Orientação Educacional)
— Licenciatura em Ciências (curta duração)
— Licenciatura em Física
Média de questionário (total) por turno: 1,9.

746
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Unidades: S
— Instituto de Matemática
— Faculdade de Engenharia
— Faculdade de Veterinária
— Instituto da Bioquímica
— Faculdade de Economia e Administração
Departamentos: 9
— Higiene e Saúde Pública
— Microbiologia
— Biofísica
— Direito Processual
— Comunicação Social
— Letras Anglo-Germânicas
— Química Orgânica
— Fitotecnia
— Silvicultura e Froteção Florestal
Colegiado de Cursos: 5
— Engenharia Civil
— Gecgrafia
— Medicina Veterinária
— Direito
— História

Média de questionários (total) por turno = 3,0.


UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Centros:
Não existem.
Unidades de Ensino: 5
— Faculdade de Direito
— Instituto de Física e Matemática
— Instituto de Biologia
— Faculdade de Agronomia
— Instituto de Química
Colegiada de Cursos: 4

— Veterinária
— Direito
— Arquitetura
— Agronomia
Departamentos: 5

— Saúde e Higiene Pública


— Artes Plásticas
— Sociologia e Política
— Introdução às Ciências Normativas de Filosofia
— Matemática e Estatística
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Unidades: S
— Centro de Estudos Básicos
— Centro Bio-Médico
— Centro Tecnológico
— Centro Sócio-Econômico
— Centro de Educação
Departamentos: 5
— Departamento de Filosofia
— Departamento Materno-Infantil
— Departamento de Engenharia Elétrica
— Departamento de Direito Público e Ciências Políticas
— Departamento de Métodos de Ensino

Colegiado de Cursos (1): 6


— Ciências Sociais
— Enfermagem em Saúde Pública
— Engenharia Mecânica
— Direito
— Letras
— Odontologia (Pós-Graduação)
Média de questionários (total) por turno = 2,5

(1) A coordenação didática por cursos se opera, aparentemente


através da figura do integrador que, pelas normas, funciona
tanto na graduação quanto na pós. Verificar a viabilidade de
aplicar questionários de Colegiados.

74Í)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Centros: 4
— Ciências Exatas e Tecnologia
— Ciências Biológicas
— Filosofia e Ciências do Homem
— Letras e Artes
Unidades: 7
— Instituto de Química
— Faculdade de Arquitetura
— Faculdade de Odontologia
— Escola de Enfermagem
— Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
— Faculdade de Direito
— Instituto de Artes
Departamentos: 10
— Departamento de Física
— Matemática Pura e Aplicada
— Urbanismo
— Genética
— Patologia
— Desportos
— Biblioteca e Documentação
— Ciências Penais
— Música
— Línguas Modernas
Colegiados de Cursos: 4
— Arquitetura
— Enfermagem
— Ciências Sociais
— Instrumentos

Média de questionários (total) por turno = 3,6


OBS.: Apesar de existirem Comissões de Carreira estas só operam
a coordenação didatica dos cursos de graduação (cf. Esta-
tuto) . Daí não ter sido incluída em IV uma amostra dos
cursos de pós-graduação.

750
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Centros: 8
— Centro de Estudos Básicos
— Centro de Tecnologia
— Centro de Ciências Jurídicas, Económicas e Administra
tivas
— Centro de Ciências Biomédicas
— Centro de Ciências Rurais
— Centro de Artes
— Centro de Educação Física
— Centro de Ciências Pedagógicas
Departamentos: 8
— Filosofia, Sociologia e Psicologia
— Engenharia Elétrica
— Administração
— Bio-Farmácia
— Engenharia Florestal e Agrícola
— Música
— Educação Física
— Educação
Colegiado de Cursos: 6
— Comunicação Social
— Economia
— Direito
— Odontologia
— Veterinária
— Zootecnia

Média de questionários (total) por turno = 3,3.


FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO RIO GRANDE
Centros: 5
— Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
— Centro de Ciências Exatas e Tecnologia
— Centro de Ciências Humanas e Sociais
— Centro de Letras e Artes
— Centro de Ciências do Mar
Departamentos: 5
— Departamento de Medicina Interna
— Departamento de Física Industrial
— Departamento de Ciências Jurídicas
— Departamento de Línguas Estrangeiras
— Departamento de Oceanografia Geológica
Colegiado de Cursos: 5
— Medicina
— Engenharia Naval
— Economia
— Inglês
— Oceanologia
Média de questionários (total) por turno = 2,6
CONVÉNIO MEC/DAU - UFBA/JSP
AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DA REFORMA UNIVERSITÁRIA

INFORMAÇÕES
GERAIS E
ESTATÍSTICAS
ANEXO III

INFORMAÇÕES GERAIS

INSTRUMENTOS DE COLETA

1 — Os formulários que se encontram neste caderno consti-


tuem parte dos primeiros instrumentos de ccleta para Avaliação da
Implantação da Reforma Universitária nas Universidades Federais.

2 — Compõem o conjunto de formulários os MODELOS de 1


a 13, que se destinam à obtenção de dados estatísticos e elemen-
tos informativos de caráter geral sobre cada Universidade.

3 — Os formulários deverão ser preenchidos, atendendo às ins-


truções que se seguem em uma única via, e poderão ser entre-
gueis) ao(s) entrevistador (es) credenciado(s) pelo Centro de Ad-
ministração Pública (ISP) da UFBA, órgão executor do convénio
celebrado entre o Departamento de Assuntos Universitários do
MEC e a UFBA para a realização da pesquisa sob referência, os
entrevistadores acima mencionados estarão em visita a esta Uni-
versidade na segunda quinzena do mês de outubro para efeito de
aplicação de uma outra parte dos instrumentos de coleta que com-
põem a referida pesquisa.

MODELO 1 — CURSOS MANTIDOS

Usar um formulário por área de conhecimento.


ÁREA — Indicar a área de conhecimento a que esteja vin-
culado o curso.
NOME DO CURSO — Informar por extenso a denominação de
todos os cursos em funcionamento vinculados à área de conheci-
mento indicada anteriormente em campo próprio.
TURNO PREDOMINANTE — Indicar, conforme o caso, apon-
do as letras: M - matutino; V = vespertino; N = noturno, o tur-
no dia que o curso funciona predominantemente.
ANO DE INSTALAÇÃO — Registrar o ano em que começou a
funcionar cada curso.
TIPO DE CURSO — Marcar um "X" em campo próprio indi-
cando o tipo de curso; se tratar de curso de pós-graduação, indicar
a situação junto ao CFE.

874
MODELO 2 — CURRÍCULO
NOME DO CURSO — Registrar por extenso a denominação
do curso.

TOTAL DE CRÉDITOS — Informar o número mínimo de cré-


ditos exigidos para integralização do currículo pleno necessário à
concessão do diploma no referido curso.

CARGA HORÁRIA (MÍNIMA) EFETTVA — Informar o núme-


ro de horas exigidas para o cumprimento do currículo pleno do
curso, que importe na concessão do diploma.

TEMPO DE INTEGRALIZAÇÃO — Informar os números mí-


nimo e máximo de anos permitidos para a integralização do currí-
culo pleno.

NÚMERO DE ORDEM — Adotar uma série numérica, a partir


de "91" para todas as disciplinas a serem especificadas.
NOME DA DISCIPLINA — Registrar por extenso os nomes
das disciplinas componentes do curso.

PRÉ-REQUISITO — Registrar as disciplinas "pré-requisitos"


simplesmente pelo número de ordem que lhes tenha sido atribuído
no campo "N. de ORDEM".

TIPO DE DISCIPLINA — Indicar para cada disciplina espe-


fiçada, no campo "NOME DA DISCIPLINA" se a mesma é do cur-
rículo mínimo, complementar obrigatória, optativa, eletiva, etc.
de acordo com a tipologia utilizada nessa Universidade para a sua
caracterização.

CARGA HORÁRIA — Registrar nas quadrículas do campo


próprio uma letra ou outro código indicativo do tipo de atividade
e no verso do formulário esclarecer o seu significado. (Ex.: T =
aula teórica; PL = preleção; P = aula prática; L = laboratório;
E - estágio etc). Informar, a seguir, a composição da carga ho-
rária de cada disciplina por semestre discriminando-a por ativida-
des. (Ex.: 60 em T, 56 em P, 80 em E, 40 em L, 15 em PL etc).
Na coluna "TOTAL" registrar o somatório da carga horária da dis-
ciplina.

CRÉDITOS — Indicar o número de créditos atribuídos _à dis-


ciplina, distinguindo em cada sub-coluna, a sua composição, de
forma análoga ao campo anterior (CARGA HORÁRIA). Na co-
luna "TOTAL " registrar o somatório dos créditos.

875
MODELO 3 — DEPARTAMENTOS E DISCIPLINAS
ÁREA — Informar, se for o caso, a denominação completa da"
área de conhecimento onde se insere o Departamento.
CENTRO — Informar, se for o caso, a denominação completa
do Centro onde se situa o Departamento.
UNIDADE DE ENSINO — Indicar, se for o caso, o nome da
unidade de ensino (Escola, Instituto, Faculdade etc). onde se
localiza o Departamento.
NOME DO DEPARTAMENTO — Especificar, por extenso, os
nomes dos departamentos que se acham vinculados a Unidade de
Ensino, ao Centro ou à Área a que se refere este formulário.
DISCIPLINAS QUE CONGREGA — Mencionar todas as disci-
plina que integra cada departamento.
OBSERVAÇÃO: Logo que indicar um Departamento relacio-
ne no campo ao lado (DISCIPLINAS QUE CONGREGA) as disci-
plinas que compõem o Departamento. Somente depois passe ao
segundo Departamento, e assim por diante
CHEFE DE DEPARTAMENTO — Marcar com um "X" a ca-
tegoria funcional do chefe do Departamento (Ex.: Titular, Ad-
junto etc); seu regime de trabalho (12, 24 hs. etc.) bem como
seu regime jurídico (Estatutário, CLT etc.) e, finalmente, o núme-
ro de anos de serviço já prestados a essa Universidade.

MODELO 4 — INGRESSO E DIPLOMAÇAO POR CURSO E


ANO
CURSO — Relacionar por extenso o nome do curso, sempre
agrupando-Os por área de conhecimento.

VAGAS E CANDIDATOS —• (Inscritos e classificados) — In-


formar para cada curso e em cada ano solicitado, o número de
vagas oferecidas pela Universidade, o número de estudantes que
se inscreveram no(s) Consurso(s) Vestibular (es) realizado(s), o
número de classificados e o número de diplomados.
MODELO 5 — MATRICULA (CURSOS DE GRADUAÇÃO)
CURSO — Relacionar por extenso os cursos agrupando-os por
área de conhecimento.
ANOS/CICLOS — Indicar a matrícula de cada curso em ca-
da anc e ciclo, quando for o caso.
OBSERVAÇÃO: Ciclo básico — No caso de existirem, sem
pié-opção, alunos matriculados no Ciclo Básico por área, ou na
Universidade como um todo, esclarecer no verso essa situação.

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MODELO 5.A — MATRICULA (OUTROS CURSOS)
I — Incluir neste formulário todos os demais cursos agrupan-
do-os por área, que a Universidade oferece e que não sejam de
graduação tais como:
a) Pós-Graduação (stricto sensu): Doutorado e Mestrado.
b) Especialização (lato sensu): entendidos como tais, aque-
les regularmente oferecidos pela Universidade, anualmente ou com
outra periodicidade, e para os quais seja exigido um diploma de
nível superior.
c) 2.° grau
d) 1.° grau
e) Outros.
II — Não considerar cursos que tenham o caráter de exten-
são, intensivos, eventuais, etc.
III — Relacionar es Cursos em ordem decrescente segundo o
nível, isto é, começam peles de pós-graduação e concluir pelos de
1.° grau, se for o caso, e informar o número de matriculados por
curso em cada ano solicitado.

MODELO 6 — PESSOAL DOCENTE


OBS.: Deve ser preenchido um exemplar deste Modelo 6 para
cada ano, a partir de 1966 até 1973, inclusive.
CENTRO OU UNIDADE DE ENSINO/DEPARTAMENTO —
Registrar o nome de cada Centro e/ou unidade de ensino, seguido
dos nomes dos departamentos que o(s) compõem.
TITULAR, ADJUNTO, ASSISTENTE DE ENSINO, OUTRAS
CATEGORIAS — Informar, na linha de cada Departamento e na
coluna correspondente a cada categoria funcional, o número de do-
centes segundo o regime de trabalho (12 horas, 24 horas, 40 ho-
ras, DE).
TOTAL — Indicar com a horizontal dos números de docen-
tes dos diversos regimes de trabalho e categorias funcionais, em
cada Departamento.
OBSERVAÇÕES:
1 — Devem ser incluídos neste modelo todos os docentes da
Universidade, mesmo aqueles que se encontrem servindo em órgãos
centrais, em funções administrativas, bem como os que ministrem
o ensino de 1.° e 2.° graus. Para este último, não sendo aplicável
nenhuma das quatro categorias especificadas, poderão ser utiliza-
dos os campos com cabeçalho em branco.
2 — Caso a Universidade encontre dificuldade no preenchi-
mento deste Modelo 6, para os anos anteriores ao disciplinamento
mais definido das categorias docentes e regime de trabalho (pro-
piciado pela Lei 5.539—68 e Programa COMCRETIDE/1970) po-
derá elaborar e anexar, para esses anos anteriores, formulários
ou quadros que considere mais apropriados.

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MODELO 7 — COMCRETIDE
OBSERVAÇÃO — Neste modelo somente devem ser incluídos
docentes e monitores remunerados com os recursos oriundos dos
convénios com a COMCRETIDE. Os docentes em regimes espe-
ciais remunerados com recursos orçamentários normais da Uni-
versidade ou qualquer outra fonte, figurarão apenas no Modelo
6 (que inclui todo o pessoal docente independentemente da origem
dos recursos com que são pagos).
VALOR TOTAL DO CONVÉNIO — Registrar o valor total
do(s) convénio (s) desta Universidade com a COMCRETIDE, cor-
respondentes ao presente exercício.
DEPARTAMENTO — Indicar, por estenso, o nome do Depar-
tamento .
TITULAR, ADJUNTO, ASSISTENTE, AUXILIAR DE ENSINO
Registrar, por Departamento, o número de docentes beneficia-
dos pelo Convénio COMCRETIDE; neste exercício segundo o regi-
me de trabalho (24 horas, 40 horas).

TOTAL — (24, 40, DE) — Indicar a somatória horizontal


dos docentes agrupados por regime de trabalho.

TOTAL — Total geral que é igual ao somatório horizontal


das colunas (24, 40, DE) do campo anterior.
NÚMERO DOS MONITORES — Registrar, por departamento
o número de monitores remunerados com recursos da COMCRETI-
DE. Caso a Universidade mantenha Monitores também com ou-
tros recursos, indicar essa circunstância no verso do formulário, in-
formando o número deles e despesa total anual.

MODELO 8 — CONCURSOS (PESSOAL DOCENTE)


DEPARTAMENTO — Registrar, por extenso, o nome de cada
Departamento.
ANO/TITULAR, ADJUNTO, ASSISTENTE E AUXILIAR DE
ENSINO — Informar na linha cie cada Departamento e na co-
luna correspondente a cada categoria funcional o número de con-
cursos abertos para preenchimento de vagas. Indicando em "A"
a quantidade de vagas abertas e em "p" a quantidade de vagas
preenchidas.
OBSERVAÇÃO — Quando se tratar de concurso cujas inscri-
ções ainda se encontrem abertas na data em qua estão sendo pres-
tadas estas informações, indicar tal circunstância no verso do for-
mulário.

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MODELO 9 — EVOLUÇÃO DA RECEITA E DESPESA
Receitas Correntes e de Capital — Quanto à classificação ob-
servar os conceitos e critérios da legislação em vigor (Lei n.
4.320, de 17 de março de 1964).
CORRENTES:
Em "União" — considerar todos os repasses (Orçamento
Ordinário do MEC) feitos pelo MEC para as despesas correntes da
Entidade. Incluem-te es destinados a despesas de Custeio e Trans-
ferências Correntes, sendo excluídos auxílios de caráter eventual e
recursos da COMCRETIDE para regimes especiais de docentes e
monitoria. Considerar como receita de cada ano, não apenas par-
celas efetivamente repassadas pelo MEC dentro do exercício mas
também aquelas que tenham sido objeto de "diferimento", e porisso
somente entreguem à Universidade no exercício seguinte.
Em "Próprias" — Considerar os recursos provenientes da
cobrança de preços, taxas emolumentos e outras remunerações
de serviços prestados pela instituição. Incluern-se. portanto, os
recursos que a Universidade classifique, ou haja classificado no
passado, como Receitas Tributárias, Receitas Patrimoniais, Re-
ceitas Industriais e Receitas Diversas.
Em "Convénios e Outras" — Considerar todos os demais
recursos recebidos pela Entidade que não se enquadrem nas fon-
tes anteriores. Incluem se os provenientes de Convénios (mesmo
que se trate daqueles celebrados com outros órgãos do Governo
Federal). Ex.: Convénios com a COMCRETTDE. com o Ministé-
rio do Planejamento, e t c , e quaisquer outras contribuições re-
cebidas, inclusive as de caráter eventual, advindas do próprio MEC.
CAPITAL:
Os mesmos critérios definidos a respeito das Receitas Cor-
rentes.
Despesas Correntes e de Capital:
1) Quanto à classificação, observar como se recomendou para
as Receitas as disposições legais pertinentes.
2) Incluir todas as despesas empenhadas no exercício, ainda-
que não tenham sido efetivamente pagas dentro do ano fiscal
("Restos a Pagar") .
3) Nãò cogitar, nas informações sobre as Despesas, da ori-
gem da Receita. Isto significa que no caso, por exemplo, das des-
pesas com "Outros Custeios", deverão ser englobadas as que cor-
respondem aos recursos ordinários da União, as que sejam finan-
ciadas com receitas provindas de Convénios e ainda as que se
custeiam com a Receita Própria produzida pela Universidade, sem
qualquer distinção.

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CORRENTES:
Em "pessoal" — considerar, englobadamente, os gastos a
conta dos Elementos:
3.1.1.0 — Pessoal
3.2.3.0 — Transferências de Assistência e Previdência
Social
3.2.5.0 — Contribuições de Previdência Social
(e 4.1.2.0 — se for o caso).
Em "Outros Custeios" — considerar, englobadamente, as
aplicações a conta dos Elementos:

3.1.2.0 — Material de Consumo


3.1.3.0 — Serviços de Terceiros
3.1.4.0 — Encargos Diversos
3.1.5.0 — Despesas de Exercícios Anteriores
( 4.1.2.0 — se for o caso).
OBS.: Neste grupamento devem ser incluídos os gastos da
verba 3.1.3.1 (Remuneração de Serviços Pessoais).
CAPITAL

Em "Obras" — considerar as aplicações apropriadas ao


Elemento: •
4.1.1.0 — Obras Públicas
(e 4.1.2.0 — se for o caso).
Em "Equipamentos e Material Permanente" — considerar,
englobadamente, a efetuada nos Elementos:
4.1.3i.0 — Equipamentos e Instalações
4.1.4.0 — Ma terial Permanente
(e 4.1.2.0 — se for o caso).
Em "Outras" — considerar todas as demais despesas de ca-
pital realizadas pela Universidade e não não se enquadrem nas
duas colimas anteriores ("Obras" e "Equipamentos e Material Per-
manente") .
OBS.: Quando a Universidade utilizar o elemento 4.1.2.0
— Serviços em Regime de Programação Especial, e não tiver pos-
sibilidade de distribuir essa despesa entre os grupamentos apro-
priados ("Obras", "Equipamentos e Material Permanente", "Pes-
soal" e "Outros Custeies"), poderão esses gastos ser incluídos na
presente coluna ("Outras").

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...MODELO 10 — REPRESENTAÇÃO CORPO DOCENTE NA
COMPOSIÇÃO DO CONSELHO
Indicar ao lado do título do formulário a denominação do
Conselho (Universitário/Ensino, Pesquisa e Extensão/Curadores)
a ser informado.
NOME DO CENTRO OU UNIDADES DE ENSINO/DEPT0 —
Registrar o nome de cada Centro ou de Unidade de Ensino, con-
forme o caso, seguido do Departamento no qual esteja viculado o
representante do Corpo Docente.
CATEGORIA FUNCIONAL — Marcar com um "X" a catego-
ria do representante. Caso não se enquadre em nenhuma das
quatro categorias, indicar no espaço em branco a denominação
da mesma, existente nessa Universidade.

REGIME DE TRABALHO — Marcar com um X' o regime


de trabalho do representante docente. Caso não se enquadre em
nenhum utilize a coluna em branco indicando a denominação.
TEMPO DE SERVIÇO NA UNIVERSIDADE — Indicar o tem-
po de serviço, do representante na Universidade.

.MODELO 11 — ESPAÇO FÍSICO

UNIDADE DE ENSINO — Relacionar as unidades físicas


(prédios) que a Universidade utiliza para fins de ensino e pes-
quisa. Essa relação poderá ou não coincidir exatamente com o
elenco das Unidades de Ensino que compõem a estrutura da Uni-
versidade (Centros, Institutos, Faculdades ou Escolas, conforme
o caso). Devem, portanto, ser incluídas comunidades físicas au-
tónomas, os pavilhões de aulas e outros prédios de. uso comum.
TURNOS — Marcar um "X" na coluna em que figure o per-
centual que mais se aproxime da utilização efetiva do prédio em
cada um dos turnos durante o 1.° semestre do corrente ano. Na
hipótese de não funcionar o prédio em algum desses turnos, não
marcar nenhuma coluna.
MODELO 12 — ORGANOGRAMA
— Desenhar o organograma que represente a estrutura real
vigente nesta Universidade, esteja ela ou não baseada total ou par-
cialmente em documentos legais.
OBS.: 1 — Caso já exista um organograma da Universidade
desenhado e detalhado, solicitamos anexar ao formulário, se o
mesmo não coincidir "in totum" com a estrutura realmente em
funcionamento, solicita-se a indicação dessa circunstância, especi-
ficando-se detalhadamente os pontos em que diferem.
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MODELO 13 — PESQUISAS EM ANDAMENTO
TITULO DA PESQUISA — Relacionar as pesquisas que es-
tão em andamento nesta Universidade.

DEPARTAMENTO — Relacionar o(s) departamento (s) encar-


regado (s) da(s) pesquisa(s) listada(s) no campo anterior.

CATEGORIA FUNCIONAL DO RESPONSÁVEL E REGIME


DE TRABALHO — Marque com um "X" a categoria funcional do
professor responsável pela pesquisa indicando em campo próprio
o regime de trabalho nessa Universidade. No caso de utilizar os
campos reservados para OUTRA/OUTRO, categorias ou regimes,
pede-se a explicação dos mesmos no verso do formulário.

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