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IMPLANTAÇÃO
REFORMA
UNIVERSITÁRIA
UNIVERSIDADES FEDERAIS
Patrocínio:
Ministério da Educação e Cultura
Departamento de Assuntos Universitários
Planejamento e Execução
Universidade Federal da Bahia
Centro de Estudos Interdisciplinares
Para o Setor Público—ISP
Salvador — 1975
EQUIPE EXECUTORA
UFBA/ISP
TÉCNICOS
Ana Christina de Souza Caldeira — Bibliotecária
Alba Regina Neves Ramos — Socióloga
Ciomara Paim Couto — Socióloga
Francisco Leonardo da Silva Lessa — Licenciado em História
Lúcia Maria da Franca Rocha — Técnica em Educação
Luiz Henrique Azevedo Dias — Técnico em Administração
Márcia Abigail Earbosa Carneiro — Técnica em Educação
COLABORADORES ESPECIAIS
VOLUME 1
METODOLOGIA
CARACTERIZAÇÃO DO UNIVERSO ESTU-
DADO 17
L — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO
1.1.1 — Introdução 44
1.1.2 — A Implantação Legal da Reforma
Universitária 51
1.1.3 — Os Modelos da Organização Estru-
tural nas Universidades Federais .. 52
1.1.4 — As Coordenações Superiores 55
1.1.5 — As Coordenações Setoriais Adminis-
trativas 98
1.1.6 — As Coordenações Setoriais Acadê-
micas , 105
1.2 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DEPARTA-
MENTAL 124
1.2.1 — O Departamento e a Legislação Re-
formadora '. 127
1.2.2 — A Constituição dos Departamentos 126
1.2.3 — O Funcionamento da Estrutura De-
partamental 133
1.2.4 — A Departamentalização Segundo as
Áreas de Conhecimento 155
2 — RECURSOS
3 — FUNÇÕES
3.1 — ENSINO 422
6 — CONCLUSÕES
ENSINO SUPERIOR
SETOR PÚBLICO
1966 1972
DEPENDÊNCIAS
ABSOLUTO % ABSOLUTO %
Federal 464 35 927 33
Estadual e/ou Municipal 205 16 559 20
Particular 635 49 1.318 47
F O N T E: M E C / S E E C
ÁREAS DE
1 1966
NUMERO DE CURSOS
! 1972
CONHECIMENTO FEDE- ESTA- MUNI- PARTI- TOTAL FEDE- ESTA- | MUNI- PARTI- TOTAL
RAL DUAL CIPAL CULAR RAL DUAL CIPAL CULAR
O Ciências Humanas
20
218
9
91
—
30
4
512
33
851
30
288
8
140 91
- 6
575
44
1.094
L Letras (*)
— — — — - 52 30 16 156 254
u Artes 35 6 7 26 74 65 30 6 78 179
T Outros
O TOTAL
-
464
-
165
-
40
—
635
_
1.304
8
927
1
397
2
162
1
1.318
12
2.804
Ciências Exatas e Tecnologia 65 10 2 23 100 38 14 4 44 100
Ciências Biolog. Prof. Saúde 46 24
Ciências Agrárias 27
— 30 100 43 18 2 37 100
Ciências Humanas
61
26 11
—
3
12
60
100
100
68
26
18
13
—
8
14
53
100
100
% Letras (*) 21 12 6 61 100
Artes 47 8 10 35 100 36 17 3 44 100
Outros
T O T A L
—
36 13
— —
3
—
48
—
100
67
33
8
14
17
6
8
47
100
100
FONTE: M E C / S E E C
(*) Em 1966 a área de Letras encontrava-se integrada às Ciências Humanas.
19
Observa-se que, em maior ou menor grau, iodas as dependên-
cias diversificaram a sua oferta de cursos. Onde esta diversifica-
ção já se verificava, ou seja, nas instituições federais, os impac-
tos, ainda que existentes, atingiram-nas em menores proporções.
No entanto duas constantes ressaltam-se neste processo: em
primeiro lugar nas diversas dependências, em termos de compo-
sição relativa, em cada uma delas, sob qualquer forma que esta
diversificação tenha se operado, ela sempre se deu em prejuízo da
oferta nas áreas das Ciências Humanas e das Letras. Este pre-
juízo foi relativamente maior entre as instituições particulares,
onde estas áreas, em conjunto, decresceram de 81% (em 1966)
para 55% (em 1972). A segunda constante diz respeito ao incre-
mento experimentado pelas Ciências Exatas e Tecnologia em to-
dos os tipos de dependência administrativa.
A área das Ciências Biológicas e Profissões de Saúde, ainda
que tenha experimentado crescimento, apresenta proporções sen-
sivelmente menos elevadas que as Ciências Exatas e Tecnologia.
Em verdade, menos acentuado foi o crescimento dos cursos
na Área das Ciências Agrárias, da ordem de 33 %, crescimento este
concentrado nas instituições federais e particulares na ordem
de 50%.
O comportamento da matrícula oferece algumas indicações
que o diferenciam do comportamento da oferta de cursos. A título
exemplificativo, observa-se que, enquanto nas Ciências Exatas e
Tecnologia, a participação relativa do poder federal se mantém
coerente, seja em termos de cursos, seja de alunado, nas Ciências
Agrárias se evidencia a queda da participação relativa das matrí-
culas de 64% do total em 1966 para 61% em 1972, a despeito do
aumento do número de cursos no mesmo período 61% para 68%.
(Vide Quadro 3).
QUADRO 3
ENSINO SUPERIOR
CURSOS DE GRADUAÇÃO - MATRÍCULA SEGUNDO AS ÁREAS DE CONHECIMENTO E
DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
A análise da participação do Governo Federal, separadamen-
te, nas 5 Regiões do país, permite observar-se (Vide Quadro 4)
que enquanto nas Regiões Norte e Nordeste esta esfera de poder,
já majoritária em 1966, revela ascensão em 1972, na Região Su-
deste ocorre fenômeno inverso, quando a hegemonia da iniciativa
particular, marcante em 1966, se afirma ainda mais em 1972. A
Região Sul experimenta, por sua vez, uma transferência do pre-
domínio federal para o particular. Na Centro-Oeste, contudo, em-
bora ocorrendo um decréscimo da participação federal nas ma-
triculas no período, esta continua, ainda, com a maior percen-
tagem.
Considerado isoladamente o Setor Privado diante do Setor
Público como um todo, este ainda predomina em todas as Regiões
com exceção ú n i c a da Região Sudeste. (Vide Quadro 4).
QUADRO 4
ENSINO SUPERIOR
DISTRIBUIÇÃO DA MATRÍCULA REGIONAL NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO
SEGUNDO DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
(EM PERCENTUAIS)
1972
REGIÕES | FEDERAL | ESTADUAL MUNICIPAL | PARTICULAR TOTAI FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL | PARTICULAR TOTAL
QUADRO S
ENSINO SUPERIOR
DISTRIBUIÇÃO DA MATRÍCULA NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO, SEGUNDO AS DEPENDÊNCIAS
ADMINISTRATIVAS E SUA DISTRIBUIÇÃO PELAS REGIÕES
(EM PERCENTUAIS)
1966 1972
REGIÕES FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL PARTICULAR] TOTAL | FEDERAL ESTADUAL | MUNICIPAL 1 PARTICULAR TOTAL
FONTE: MEC/SEEC
CONCLUSÕES
Dimensão Organizacional
1.2 — Integração Ensino-Pesqui- 2.4 — Departamentalização
sa-Extensão
2.5 — Sistema básico comum
. 3.3 — Ensino
2.6 — Sistema profissional
3.3.1 — Graduação
2.7 — Flexibilidade curricular 3.3.2 — Pós-Graduação
3.3.3 - Outros
2.8 — Interescolaridade
2.9 — Coordenação didática e
administrativa 3.4 — Pesquisa
3.5 — Extensão
Com base, no esquema aqui exposto, descrito e fundamen-
tado, chegou-se, finalmente, e só então, a listagem dos elementos
a serem pesquisados, segundo as diversas unidades de informa-
ção, ponto a partir do qual pode-se definir adequadamente o con-
teúdo dos instrumentos de coleta. Estes, por sua vez, assumiram
três formas:
FUAM 9 49 9 18
UFPA 8 41 8 19
FUMA 6 36 6 17
UFPI 4 1 1 12 5 42
UFCE 5 2 1 41 7 17
UFRN 5 5 1 51 10 20
UFPB 8 74 8 11
UFPE 10 73 10 14
UFRPE 5 18 5 28
UFAL 8 19 8 42
UFSE 4 34 4 12
UFBA 9 3 1 107 12 11
UFES 7 28 7 25
UFMG 9 1 85 9 11
UFJF 7 56 7 12
UFV 5 19 5 26
UFOP 5 13 5 38
FUBER 8 46 8 17
UNB 9 35 9 26
UFGO 7 2 2 76 9 12
UFMT 5 12 5 42
UFRJ 15 167 15 9
UFRRJ 4 1 30 5 17
UFF 7 51 7 14
UFSCAR 3 7 3 43
UFPR 9 55 9 16
UFSC 5 32 5 16
UFRS 10 81 10 12
UFSM 6 2 2 41 8 19
FURG 4 1 1 25 5 20
UFPEL 5 4 50 9 18
34
QUADRO I I
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ORGAOS DE UNIVERSO FIXO ATINGIDOS PELA PESQUISA DIRETA
Na fase do pré-teste as equipes haviam sido uniformemen-
te organizadas com dois técnicos, sendo a equipe mínima exe-
cutora, responsável maior pela sua aplicação. Na segunda fase,
para aplicação nas demais Universidades, definiu-se como padrão
mínimo o grupo composto por um docente e um técnico, sendo
este mínimo acrescido de acordo com a complexidade ou dimen-
são de cada Universidade. A composição das equipes foi feita de
acordo com o Quadro 12.
QUADRO 12
NUMERO DE ENTREVISTADORES POR UNIVERSIDADES
COLETA GERAL
FUAM. FUMA, UFPI. UFRN.
UFPB, UFRPE. UFAL, UFES.
UFJF, UFV. UFOP. UFGO.
UFMT. UFSC. UFRRJ, UFSCAR.
FURG 17 2 34
UFCE. UFPE, UFBA. UFMG,
FUBER. UNB. UFPR, UFSM,
UFRS 9 3 27
UFRJ 1 5 5
TOTAL 31 74'
*10 (dez) dos entrevistadores visitaram 2 (duas) universidades em diferentes semanas e 3 (três) visitaram 3 universidades cada um. Des- I
ta forma este total representa o número de viagens realizadas pelos entrevistadores.
Q U A D R O 13
E N T R E V I S T A D O R E S POR A T I V I D A D E
E ÓRGÃOS DE O R I G E M
ORGAO DE O R I G E M ATIVIDADE
PROFESSOR TÉCNICO O U TOTAL
ASSESSOR
UFBA 20 28 48
Outras Universidades Federais 5 5
DAU/MEC 5 5
Outras Instituições 2 2
TOTAL 25 35 60
Coletadas as informações, teve lugar o exaustivo trabalho de
processamento dos questionários com 'vistas à confecção dos vá-
rios quadros propiciadores da análise. Conforme o tipo de ques-
tionário, definiu-se a espécie de processamento a ser encaminha-
da. De tal sorte que as unidades de informação de universo fixo
sofreram processamento manual, haja visto o seu reduzido nú-
mero. As unidades de universo variável deveriam, todas elas, so-
frer processamento por computador; contudo, excluiram-se deste
conjunto os questionários aplicados aos centros e aos órgãos da
coordenação didática (aqui nomeados genericamente como "cole-
giados de curso") vez que, a aplicação dos mesmos mostrou inú-
meros problemas que, como se viu em seguida, eram reflexo da
própria problematicidade de implantação dos órgãos em apreço;
esta peculiaridade fez com que estes questionários fossem pro-
cessados manualmente, ao contrário dos de "departamento" e
"unidade de ensino" que foram objeto de processamento ele-
trônico.
37
Estes, por sua vez, deveriam perder a conotação de relatos
acerca de cada uma das Universidades, haja visto que o convênio
não objetivava numa avaliação de Universidades mas da proble-
mática da implantação da Reforma Universitária Brasileira. Com
isto resolveu-se agrupar as instituições pesquisadas em dois con-
juntos: o primeiro, que, por meio de critérios combinados, definia
o porte da instituição e o segundo que agrupava os vários tipos
de organização estrutural.
QUADRO 14
UNIVERSIDADES FEDERAIS
GRUPAMENTO DE CRITÉRIOS COMBINADOS
GRUPOS DE
UNIVERSIDADES UNIVERSIDADES NÚMERO
GRUPOS
ESTRUTURAIS UNIVERSIDADES TOTAL
FUAM 43
UFPA 103
FUMA 26
FUFPI 53
UFCE 78
UFRN 74
UFPB 83
UFPE 54
UFRPE 116
UFAL 66
UFSE 56
UFBA 140
UFES 25
UFMG 101
UFJF 46
UFV 99
FUFOP 23
FUBER 55
UNB 75
UFGO ,68
UFMT 35
UFRJ 90
UFRRJ 28
UFF 68
UFSCAR 39
UFPR 70
UFSC 112
UFRS 38
UFSM 66
FURG 30
UFPEL 47
TOTAL 2.057
1 — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO
1.1. — ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA
1.1.1. — INTRODUÇÃO
44
cional; tudo o mais são coordenações ou serviços criados em últi-
ma análise para assegurar maior organicidade e eficiência ao seu
trabalho"... (1)
Contudo, este não foi sempre o tratamento dado aos depar-
tamentos ao longo dos próprios elementos legislativos que definem
o corpo disciplinador denominado Reforma Universitária.
Se se adota a periodização de Newton Sucupira (2), o depar-
tamento tem status deferenciados não só entre os períodos de "Re-
estruturação" e de "Reforma", como dentro do próprio período
inicial por ele denominado de reestruturação. Assim, o Decreto-
lei n° 53, de 18.11.66 sequer impõe a sua existência enquanto as-
pecto característico da nova forma de organização das Universi-
dades Brasileiras.
Com o Decreto-lei n° 252, de 28.02.67, surge a referência ini-
cial ao departamento, aí tratado como sub-unidade, "menor fra-
ção da estrutura universitária para todos os efeitos de organiza-
ção administrativa e didático-científica e de distribuição de pes-
soal" (art. 2 o § 1 o ).
Permanecia entretanto patente a ambiguidade gerada pelo
ato de que até então não houvera sido formalmente abolida a
cátedra, cuja existência fora unicamente omitida do corpo da
Constituição de 1967, em seu. dispositivo específico; esta privava
ainda os antigos catedráticos, do privilégio da vitaliciedade. Toda-
via, a existência simultânea de ambos os elementos era um obs-
táculo à implantação do mais novo deles — o departamento —
elo próprio alcance dos privilégios de que eram dotados os então
catedráticos, em que pese a transferência, pelo Decreto-lei 252, de
certas atribuições dos mesmos aos departamentos (programação,
'distribuição e coordenação das atividades docentes).
45
Afora os Departamentos, "tudo o mais são coordenações". Na
esfera da "administração de cursos", a Faculdade porventura exis-
tente, como o Instituto ou a Escola, será uma coordenação de de-
partamentos; o órgão setorial, se criado, será uma coordenação
de faculdades; e a Administração Superior, será uma coordenação
de órgãos setoriais, ou de faculdades, ou diretamente de departa-
mentos, conforme o plano adotado. Na esfera didático-científica
a coordenação se fará por meio de colegiados próprios constituí-
dos de representantes das "unidades", compreendendo-se como
tais as faculdades ou os próprios departamentos". (3)
Dentre as coordenações referidas algumas têm que necessa-
riamente existir, enquanto que outras são facultativas. São exi-
gências indeclináveis'.
a) a existência de órgão colegiado ao qual esteja afeta a
administração superior da Universidade, composto medi-
ante a participação de representantes originárins de ati-
vidades, categorias ou órgãos distintos, de modo a que
não subsista, necessariamente, a preponderância de pro-
fessores classificados em determinado nível, bem como
pela presença de representantes da comunidade, incluin-
do as classes produtoras (Lei 5.540, art. 14 e parágra-
fo único);
b) a existência, nas Universidades organizadas sob a forma
de autarquias, de um Conselho de Curadores, responsá-
vel pela fiscalização econômico-financeira da entidade,
composto, no seu terço por membros representativos da
comunidade e do Ministério da Educação (Lei 5.540, ar-
tigo 15 e Decreto-lei 464, art. 15);
c) a existência de órgãos centrais de supervisão das ativi-
dades de ensino e pesquisa, situados na Administração
Superior da Universidade (Decreto-lei 53, artigo 2 o , V e
parágrafo único) com observância do princípio de uni-
dade das funções de ensino e pesquisa (Decreto-lei 252,
artigo 7o) e constituídos mediante a participação de do-
centes dos vários setores básicos e de formação profissio-
nal (Lei 5.540, artigo 13);
d) a coordenação didática de cada curso a cargo de um co-
legiado constituído de representantes das unidades (Lei
n° 5.540, artigo 13, § 2o) que participem do respectivo
ensino.
Nota-se assim que se trata de coordenações funcionais de di-
ferentes tipos. Nos casos a e b, a referência do legislador nos pa-
rece claramente dirigida aos Conselhos Superiores de cunho niti-
damente administrativo — Conselho Universitário e Conselho de
Curadores. Nos itens c e d está presente a problemática da coor-
denação didática que apenas se bipolariza em vista cio seu trata-
mento em dois níveis: o de coordenação didática de um curso (ope-
(3) Chagas, Valnir, op. cit., pp. 1-16. Grifos nosso*.
46
SUPERIORES I SETORIAIS
ADMINIS
ADMINISTRATIVAS ACADÊMICAS TRATIVAS ACADÊMICAS
Õ '•
B Conselho Conselho de Colegiados
F Universitário Ensino e de Curso
I
G (CONSU) Pesquisa
A Conselho de (CEP)
T
O Curadores
R ( C O : autarquias
I
A
S
F
A
Faculdades
C
U Escolas
L Institutos
T
A Centros
T
I
V
A
s
51
A implantação da nova estrutura acadêmica decorrente da
Reforma Universitária foi, em alguns casos, objeto de planeja-
mento formalizado. Cerca de 45% das instituições pesquisadas
elaborou um plano de implantação. Três delas constituíram, além
disso, comissões para coordenação desta implantação (UFPA,
UFAL e UFSM). Tais planos foram mais frequentes nas estru-
turas de tipo C/D (50% das Universidades) que nas U/D (44%)
ou C/U (40%).
1.1.3 — OS MODELOS DA ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL NAS
UNIVERSIDADES FEDERAIS
55
A segunda categoria de atribuições foi qualificada como de
governo-predominante (G+), entendendo-se por tal as atribui-
ções lnsucetíveis de inclusão nas demais categorias, com a parti-
cularidade de traduzirem predominância de um órgão sobre o ou-
tro, em suas próprias atividades de auto-governo, ou no perti-
nente às que lhe são peculiares.
Como terceira categoria foram selecionadas as atividades de
ensino, pesquisa e extensão. Para elas adotaram-se sub-catego-
rias, atendida a diversidade dos órgãos colegiados de adminis-
tração superior e suas funções predominantes. Assim é que se
categorizou como ensino específico (E) a atuação dos órgãos típi-
cos de coordenação ou supervisão do ensino, da pesquisa e da
extensão; ensino predominante (E+) essas mesmas funções
quando representando interferência nas atividades de outros ór-
gãos da área da execução, supervisão ou coordenação do ensino-
diretamente (E/d) as atividades de órgãos não especificamente
da área da supervisão ou coordenação do ensino, mas caracteri-
zadas como atividades específicas de órgãos dessa última natu-
reza; ensino-indiretamente (E/I) as atividades não especifica-
mente da área da supervisão ou coordenação do ensino, mas com
repercussão indireta sobre as atribuições dos órgãos dessa última
natureza.
Uma quarta categoria se constituiu com as atribuições rela-
cionadas com a administração financeira (A/F), abrangendo tan-
to a elaboração quanto a execução do orçamento, além de sua
fiscalização. Caracterizou-se como administração financeira-indi-
retamente (AF/i) as atividades de órgãos da área do ensino com
repercussão sobre a elaboração ou execução orçamentária.
A penúltima categoria foi integrada pelas atividades de admi-
nistração do patrimônio (AP). E por fim a definida como admi-
nistração de pessoal (APes). Nesta, uma subcategoria aparece
indicada: administração de pessoal-indiretamente (APes/i), para
caracterizar atribuições com interferência nas deferidas a outros
órgãos mais especificamente responsáveis pela administração do
pessoal.
Essas categorias devidamente apuradas e tabeladas com re-
lação a todos os colegiados superiores, permitiram a qualifica-
ção desses últimos, partindo-se das premissas postas pelo legisla-
dor para a Reforma Universitária e aqui já salientadas inicial-
mente .
A qualificação dos colegiados superiores, entretanto, não se
afiguraria completa se deixasse de incluir a análise de sua com-
posição, uma vez que sobre ela dispuseram as normas legislati-
vas e disciplinadoras da Reforma Universitária, bem como dela
composição, podem ser retirados valiosos subsídios sobre o de-
sempenho do colegiado e sua fidelidade aos fins específicos que
a lei lhe ditou.
Isso posto, segue-se a descrição e análise da situação de cada
um dos colegiados em questão.
56
1.1.4.1 — CONSELHOS DIRETORES
57
de dificultar ou desvirtuar não só o esforço no sentido da im-
plantação da Reforma Universitária, como a atividade propria-
mente universitária, vale dizer o ensino e a pesquisa. Nesta úl-
tima situação pode-se apontar a competência atribuída a alguns
Conselhos Diretores para aprovar o Estatuto e o Regimento da
Universidade ou suas alterações; eleger o Reitor e o Vice-Reitor;
homologar a escolha dos auxiliares da imediata confiança do Rei-
tor; estabelecer diretrizes para as atividades universitárias; rever,
em grau de recurso, as decisões dos colegiados e dirigentes uni-
versitários; deliberar sobre vetos do Reitor a decisões do Conse-
lho Universitário, etc.
Postas essas considerações, tem-se o seguinte quadro, no que
diz respeito aos Conselhos Diretores (incluindo os Conselhos de
Curadores da UFSCAR e FUBER, que são em verdade. Conselhos
Diretores).
QUADRO 1.3
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CONSELHO DIRETORES
F
ONTES: Diplomas Legais das Universidades, Convênio MEC/DAU - UFBA/ISP, 1973
1.1.4.2 — CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO
59
tivo, como aprovação do quadro respectivo; estabelecimento de
normas para seu recrutamento, seleção, admissão, retribuição e
regime de trabalho, além de vantagens, movimentação, lotação,
e t c , apreciação da proposta orçamentária e deliberação na área
de administração financeira e patrimonial (v. g. autorização de
créditos especiais, fixação de taxas e preços, e apreciação das
contas dos responsáveis, aceitação de legados, etc.; autorização
para realizar doações, conceder subvenções, e t c ; autorização da
criação de fundos ou de sua utilização, e t c . ) . Nessa categoria,
entretanto, atendendo à existência, na estrutura da Universi-
dade, de um outro colegiado também com poderes na esfera admi-
nistrativa, tal como ocorre naquelas que prevêm Conselho Dire-
tor e Conselho Universitário, ou apenas Conselho de Curadores,
cabe a análise do ponto-de-vista de, até que ponto, algumas des-
sas atribuições representam duplicação ou criação desnecessária
de mais um nível de decisão. E o que se observa em verdade é a
ocorrência desse fato com alta frequência, podendo-se asseverar,
com tranquilidade, ser indefensável a existência de Conselhos de
Administração ao lado de Conselhos Diretores, Conselhos Univer-
sitários ou Conselho de Curadores sem que se proceda a uma re-
distribuição de atribuições, com definição precisa de áreas de
atuação, ou à eliminação de alguns desses colegiados. Essa aná-
lise será completada quando proceder-se ao exame dos Conselhos
Universitários, do ponto-de-vista de suas atribuições.
— Num segundo plano, tem-se as atribuições conferidas aos
Conselhos de Administração que extrapolam da área propria-
mente administrativa e interferem, com maior ou menor inten-
sidade, nas atividades de ensino e de pesquisa (algumas delas
são bifrontes, como já exposto relativamente aos CONDI'S) . Por
exemplo: a aprovação do quadro, incluindo o pessoal docente; a
regulamentação da administração do pessoal, inclusive o docente;
a apreciação da criação, modificação, extinção ou transformação
de órgãos de estrutura universitária, inclusive departamentos; a
homologação da transferência ou afastamento de professores; a
concessão de bolsas ou a fixação de normas para sua concessão;
a aprovação de reformas do Estatuto ou Regimento da Universi-
dade; a aprovação dos planos anuais de trabalho, ou dos planos
de expansão e desenvolvimento.
— Por último, atribuições relativas ao corpo discente, as
quais, embora não rigorosamente administrativas, também não
são especificamente de ensino, podendo ser deferidas aos Con-
selhos de Administração sem distorções. Assim, temos a disci-
plina dos órgãos estudantis; a elaboração e aplicação do Código
de Ética discente; a responsabilidade pela fixação de normas de
caráter disciplinar e o exercício da jurisdição, em grau de re-
curso, nesse campo.
O Quadro 1.4 proporcionará uma visão geral do que foi
exposto nos itens precedentes.
60
1.1.4.3 — CONSELHOS UNIVERSITÁRIOS
62
QUADRO 1.5
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CONSELHO UNIVERSITÁRIO - COMPOSIÇÃO
Nos Conselhos Universitários em que essas atribuições se so-
marem, em pequeno número, às da primeira categoria, a classi-
ficação do órgão pode permanecer como "fraco"; se em número
razoável, sem predominância das mais simples, foi caracterizada
como "equilibrado".
64
Quanto à administração de pessoal, as atribuições categori-
záveis como tal já foram enumeradas: são aquelas pertinentes a
pessoal docente, técnico ou administrativo, exercidas quer origi-
nariamente, quer em grau de recurso, por força do poder atri-
buído ao Conselho Universitário de rever as decisões do Reitor ou
de outros dirigentes ou colegiados administrativos da Universi-
dade.
De acordo com esta categorização, que se depreende apenas
dos Estatutos e Regimentos analisados, e que corre, por isso mes-
mo, o risco de não estar sendo confirmada pela prática, Poder-
se-ia considerar:
a — como Conselhos Universitários "muito forte": UFSM,
UFPI, UFCE, UFPR, FURG, UFJF, UFRJ, FUMA, UFF,
UFOP, UFV, UFRPE, UNB, FUAM, UFPEL, UFSCAR;
b — como Conselhos Universitários "fortes": UFPA, UFAL,
UFES, UFSC, UFSE, UFRN, UFMG, UFRS, UFGO, UFRRJ,
UFPB;
65
QUADRO 1.6
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CONSELHO DE CURADORES
1.1.4.5 — CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
67
QUADRO 1.7
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CONSELHO DE ENSINO. PESQUISA E EXTENSÃO - COMPOSIÇÃO
ou afastamento de professor; emitir parecer sobre regime de tra-
balho docente ou fixá-lo; opinar sobre plano de desenvolvimento
e expansão; fixar critérios para concessão de bolsas de iniciação
científica; dispor sobre lotação do pessoal docente ou opinar so-
pre ela; dispor ou opinar sobre admissão de pessoal; eleger com-
ponentes da COPERTIDE; opinar sobre a distribuição de funções
de monitores ou sobre a contratação de docentes; selecionar can-
didatos a pós-graduação; apreciar representações contra profes-
sores; aprovar programas de treinamento de docentes; revalidar
diplomas, validar estudos e dispor sobre adaptação dos mesmos.
A maior incidência de atribuições dessa natureza significa forta-
lecimento do órgão. Sua ausência, seu enfraquecimento, ainda
quando sem sua desnaturação, porquanto essas atribuições nem
representam grave distorção, quando conferidas aos CEPE, nem
o anulam, quando deles retiradas.
— Última categoria é a composta pelas atribuições com re-
percussão em outras áreas administrativas. A saber: dispor so-
bre a aplicação do fundo especial de ensino e pesquisa; julgar re-
cursos interpostos de atos do Reitor, Conselhos de Centros e ou-
tros colegiados setoriais ou das Unidades; propor diretrizes para
o orçamento programa; propor a destituição do Reitor ou Vice
Reitor; opinar sobre a criação, fusão, incorporação ou extinção
de unidades ou órgãos da estrutura universitária, inclusive de-
partamentos; manifestar-se sobre as modificações do Estatuto ou
Regimento Geral; aprovar a organização departamental: apro-
var a proposta orçamentária; avocar a competência de órgãos que
lhe sejam subordinados, se não exercidas oportunamente; reco-
nhecer diretórios acadêmicos, julgar as contas dos dirigentes.es-
tudantis e fiscalizar eleições para a representação discente; elabo-
rar o Código de Ética; constituir Colegiados de Cursos. Ou, como
ocorre especificamente na UFRJ, exercer diretamente uma série
de atividades de administração acadêmica
Aqui, dá-se o fortalecimento do órgão, com distorções, em
detrimento de outros da estrutura universitária, ou importando
duplicação de decisões, o que é também duplicação de atividades.
O estudo do poder recursal do Conselho Universitário, no que
diz respeito às decisões do Conselho de Ensino e Pesquisa, permite
caracterizar a força relativa deste último órgão.
QUADRO 1 8
DECISÕES DOS CONSELHOS DE ENSINO.
PESQUISA E EXTENSÃO
TOTAL
TIPOS DE RECURSO UNIVERSIDADES
LUTO
TOTAL 31 100
' Não existe CEPE; o Conselho Universitário pode criar uma Camara de Ensino e Pesquisa
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Nota-se, assim, que em apenas 19% das Universidades pes-
quisadas os CEPE'S não se encontram sujeitos ao poder ampliado
dos Conselhos Universitários. Tal poder mostra-se em condições
mais distorsivas na maioria do universo pesquisado (16 Universi-
dades), onde o grau de recurso mostra-se como o mais amplo.
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b) Conselho Universitário — Formado pela reunião dos
membros do Conselho de Administração e do Conselho de Cura-
dores. órgão com predominância evidente sobre o de coordena-
ção didática. Particularidade que merece relevo: nenhuma atri-
buição possui no que diz respeito à administração financeira, pa-
trimonial ou de pessoal, salvo em grau de recurso.
c) Conselho de Administração — Constituído pelos Direto-
res de Unidades e mais três representantes da comunidade. Suas
atribuições são as comuns de órgãos dessa natureza.
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b) Conselho de Curadores — Sem particularidades ou irre-
gularidades quanto a sua constituição, órgão minimizado em
sua atuação, tanto que só se reúne quando convocado extraordi-
nariamente .
c) Conselho Superior de Ensino e Pesquisa — Constituído
por representantes dos Centros, três discentes e um represen-
tante de cada categoria docente. Há o predomínio dos repre-
sentantes dos Centros.
Do ponto de vista de suas atribuições é um órgão forte, salvo
em relação ao Conselho Universitário, como salientado. Tem po-
deres de decisão com reflexo na área do orçamento da Univérsi
dade (aprova planos de trabalho, inclusive para fins orçamen-
tários) e interfere em termos de administração de pessoal do-
cente.
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d) Conselho Central de Coordenação — Constituído por ura
representante de cada Conselho Departamental, um represen-
tante dos órgãos suplementares, o Superintendente de Ensino,
Pesquisa e Extensão, um representante dos Coordenadores dos
Centros etc.
Suas atribuições, como no tocante aos demais colegiados, são
apenas enunciadas genericamente, impossibilitando a análise.
Universidade Federal do Piauí
74
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Registra a existência do Conselho Universitário, Conselho de
Curadores e Conselho Superior de Ensino e Pesquisa.
a) Conselho Universitário — Composto predominantemen-
te pelos Diretores de Unidades e Diretores dos Institutos Espe-
ciais .
Interfere no Conselho Superior de Ensino e Pesquisa quan-
do revê suas decisões, ainda quando restritas a aspectos de lega-
lidade, e se sobrepõe, praticamente, ao Conselho de Curadores.
b) Conselho de Curadores — Ccmposição sem problemas.
Tem suas atribuições restritas à fiscalização econômico-financei-
ra, enunciada assim genericamente, e exame das contas do Rei-
tor.
c) Conselho Superior de Ensino e Pesquisa — Composto
por um representante de cada Conselho Departamental, um de
cada Instituto Especializado, um dos órgãos suplementares e os
Pró-Reitores para Assuntos Acadêmicos e para Assuntos de Ex-
tensão .
órgão que exerce com amplitude as atribuições que lhe são
peculiares, não esquecido o poder de revisão do Conselho Univer-
sitário. Ainda lhe cabe manifestar-se quanto a admissão, lota-
ção, regime de trabalho, transferência e afastamento do pessoal
docente; organização departamental, criação, extinção ou incor-
poração de unidade; e bolsas de estudo em geral.
75
Compete-lhe apreciar a proposta orçamentária (a aprovação
é pelo Conselho Universitário), aprovar as contas, autorizar aber-
tura de créditos, fixar taxas, etc. Peculiar a atribuição que lhe
foi deferida de aprovar a tabela do pessoal extraordinário bem
como normas para sua admissão.
c) Conselho Superior do Ensino, Pesquisa e Extensão — Com-
posto por um representante de cada unidade, três da comunida-
de e dois discentes. Não guarda vinculação com os colegiados de
cursos. Tem representantes da comunidade, o que não é muito
comum em órgãos com finalidade eminentemente técnicc-especia-
lizada, mas pode ter suas vantagens na medida em que o órgão
exerça realmente funções de planejamento.
Quanto a suas atribuições, sofre algumas limitações do Con-
selho Universitário, não só em termos de recurso, como exposto,
mas pelo fato de apenas lhe competir fornecer elementos ao mes-
mo para fins de fixação da política geral, que compete ao Con-
selho Universitário; cabe-lhe também unicamente opinar sobre
criação de cursos, reservado ao Conselho Universitário o poder
de decisão. Por outro lado, entretanto, cumpre ao Conselho Su-
perior de Ensino e Pesquisa fixar normas para admissão do pes-
soal docente e seu regime de trabalho, autorizar as contratações
docentes, aprovar a aplicação dos regimes de tempo integral, ho-
mologar, decisões dos Departamentos sobre transferência ou
afastamento de professores e distribuir pelas unidades os cargos
docentes.
78
No que diz respeito às atribuições desta Câmara de Assuntos
Financeiros, são todas as normalmente deferidas aos Conselhos de
Curadores.
Quanto ao Conselho Universitário propriamente dito, é órgão
sem poder de revisão no que diz respeito ao Conselho de Coordena-
ção do Ensino e de Pesquisa. Tem as atribuições de governo e al-
gumas que interferem, indiretamente, com a área do ensino: trans-
ferência de professores, criação de unidades, sua transformação
ou extinção.
b) Conselho de Curadores — Dotado de composição irregu-
lar, a julgar pelas informações obtidas, pois não mantém um terço
de membros do MEC e da comunidade. Entretanto, isso foi respei-
tado na Câmara de Assuntos Financeiros, que é na verdade um
Conselho de Curadoras. Suas atribuições nada mais são que a du-
plicação das da Câmara de Assuntos Financeiros.
c) Conselho de Coordenação do Ensino e da Pesquisa — Cons-
tituído de representantes das Congregações ou colegiados equiva-
lentes de cada Unidade, um representante dos adjuntos, um dos
assistentes, um dos docentes livres, o Pró-Reitor e discentes em
número de dois.
Órgão soberano no que lhe é peculiar, inclusive nesse campo
suas atribuições são deferidas com amplitude, sem interferência,
também sem distorções para áreas afins, como de pessoal ou pa-
trimonial .
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Existem o Conselho Universitário, o Conselho de Curadores e
o Conselho de Ensino e Pesquisa.
a) Conselho Universitário — Constituído pelos Diretores de
Unidades, Diretores dos Centros (órgãos suplementares), um re-
presentante da congregação de cada unidade, um representante
de fada categoria da carreira docente, um representante do MEC,
outro do Governo do Estado e um último da Federação das Indús-
trias. prevendo-se ainda a representação dos estabelecimentos de
ensino médio (órgãos suplementares).
Assim numeroso, é também órgão com atribuições amplas, em
todas as áreas, inclusive órgão de recurso com relação ao Conselho
de Ensino Pesquisa. Deixa-se expresso que cerca de metade das
atribuições do Conselho de Ensino e Pesquisa são meramente opi-
nativas, reservando-se ao Conselho Universitário o poder delibera-
tivo.
b) Conselho de Curadores — órgão de composição numerosa,
ainda quando regular, porquanto, além do representante do MEC,
tem um outro da SUDENE e um terceiro do BNB, sem prejuí-
zo de um representante das pessoas físicas ou jurídicas que favo-
receram a Universidade com doações.
77
Quanto a suas atribuições, as peculiares, com razoável am-
plitude, ainda quando sujeitas a homologação pelo Conselho Uni-
versitário, que é realmente o órgão todo-poderoso.
c) Conselho de Ensino e Pesquisa — Constituído por um re-
presentante de Cada unidade, escolhido entre os chefes de Depar-
tamentos, um representante de cada classe da carreira docente, um
representante de cada Cntro (órgão suplmentar) e dos estabeleci-
mentos de grau médio (órgãos suplementares) e representantes das
seguintes entidades: Sistema de Extensão da Associação Brasileira
de Crédito e Assistência Rural em Pernambuco, Instituto de Pesqui-
sas Agro-Pecuárias do Ministério da Agricultura em Pernambuco
e da Secretaria da Agricultura do Estado. Também aqui um cole-
giado numeroso no que aliás prima a UFRPE.
As atribições peculiares, enfraquecidas, como já referido, pe-
la forte predominância do Conselho Universitário.
Característica que merece relevo: a coordenação dos cursos
lhe é deferida em grande parcela, conjuntamente com os Conse-
lhos Departamentais das Unidades, omitindo o Estatuto, bem como
o Regimento Geral, qualquer referência a colegiados de cursos ou
equivalentes.
78
c) Conselho de Coordenação do Ensino e da Pesquisa —•
Constituído pelos representantes dos Centros e das categorias do-
centes, inclusive auxiliares de enssino Há predomínio dos represen-
tantes dos Centros. Frise-se que a constituição desse órgão só
guarda vinculação com a dos Colegiados de Cursos por intermédio
do Pró-Reitoria de Assuntos Acadêmicos.
Órgão com a plenitude das atribuições que lhe são peculiares.
De maior relevo apenas sua atuação na área de bolsas de estudo,
que concede inclusive a docentes. É órgão de recurso das deci-
sões das Congregações. Sob esse prisma pode haver distorções, se
não entendida a ccmpetência como restrita à área do ensino e da
coordenação didática do curso.
Universidade Federal de Sergipe
Como órgão desse nível, existem o Conselho Diretor, o Con-
selho Universitário e o Conselho de Ensino e Pesquisa.
a) Conselho Diretor — Integram-no seis (6) membros,
sendo três (3) de livre escolha do Presidente da República, um
indicado pelo MEC, um pela Petrobrás e o último pelo Governo
Estadual de Sergipe.
Além da atuação peculiar na área de administração finan-
c e i r a e patrimonial, elege o Reitor e o Vice-Reitor em lista trí-
plice organizada pelo Conselho Universitário, elabora o Estatuto
e o Regimento Geral da Universidade, além de manifestar-se so-
bre criação de unidades e convênios.
b) Conselho Universitário — Cómpõem-no os coordenado-
res de áreas, os Diretores das unidades e um representante de
cada unidade, órgão, portanto, relativamente numeroso.
Do ponto de vista de suas atribuições atua em todas as áreas
e é, inclusive, instância máxima de recurso, mesmo em relação
ao Conselho de Ensino e Pesquisa, ainda quando, relativamente
a este último, em termos de estrita legalidade. Não há peculiari-
dades além das já referidas em análises de órgãos dessa nature-
za, caracterizados como fortes.
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Universidade Federal da Bahia
Existem, na UPBA, o Conselho Universitário, o Conselho de
Curadores e o Conselho de Coordenação.
a) Conselho Universitário — Compõem-no os Diretores
das unidades, um representante do Conselho de Coordenação,
dois discentes e dois da comunidade. Predomínio absoluto dos
Diretores de Unidades.
Quanto a suas atribuições é órgão que pode ser caracteriza-
do, inclusive, como colegiado desprovido de poderes que
poderiam, normalmente, ser atribuídos a órgãos dessa natureza.
Nenhuma interferência, nem direta, nem indireta no que diz
respeito a ensino, pessoal, administração financeira ou patrimo-
nial. Ressalvada apenas, cumpre frisar, sua competência para
aprovar os Regimentos de todos os órgãos da Universidade, inclu-
sive o seu Regimento Geral.
b) Conselho de Curadores — órgão sem problemas quanto
a sua composição. Ainda quando suas atribuições sejam de emi-
tir parecer (sobre a proposta orçamentária, alterações do orça-
mento, prestação de contas, aceitação de legados, projetos que
envolvam a utilização e fundos) a verdade é que, dada a inexis-
tência de outro órgão com poder decisório, esse parecer vale de-
cisão. Cabe-lhe ainda o exame, a qualquer tempo, dos documen-
tos da contabilidade, da Universidade.
c) Conselho de Coordenação — Constituído por representante
de cada Unidade, escolhido pelo Conselho Departamental, além
do responsável pelo Setor de Ensino, Pesquisa e Extensão da Rei-
toria. Deixa, portanto, de guardar qualquer vinculação neces-
sária com os colegiados de curso.
Forte na área de sua atuação, inexistindo, no âmbito da
Universidade, qualquer dirigente ou órgão com poder de revisão
em relação à mesma. Além das atribuições peculiares a um órgão
de coordenação didática, pronuncia-se sobre a distribuição dos
cargos de magistério, aprecia os nomes indicados para a CO-
PERTIDE, supervisiona a execução dos planos e projetos, fixa
normas e diretrizes sobre recrutamento, seleção, e regime de tra-
balho do pessoal docente.
Universidade Federal do Espirito Santo
— Como órgãos dessa natureza existem na UFES o Conselho
Universitário, o Conselho de Curadores e o Conselho de Ensino e
Pesquisa.
a) Conselho Universitário — Predominam em sua cons-
tituição os Diretores dos Centros, presentes ainda três (3) repre-
sentantes da comunidade, dois (2) discentes e o ex-Reitor.
80
Do ponto de vista de suas atribuições não se verifica projeção
sobre a área do ensino, de modo acentuado, porquanto as delibera-
ções do Conselho de Ensino e Pesquisa não se sujeitam a revisão
pelo Conselho Universitário. Atua este na área de administração
financeira, de modo amplo, aprovando a proposta orçamentária,
abertura de crédito, etc., bem como na área de administração do
patrimônio. Indiretamente interfere na área do ensino quando,
decide sobre criação de novos cursos ou cargos, manifes-
ta-se sobre transferência ou afastamento de docentes, aprova
o plano anual de atividades e delibera sobre o planejamento uni-
versitário.
81
c) Coordenação do Ensino e da Pesquisa — Composta por
quatro representantes de cada Conselho Integrante, um dos quais
obrigatoriamente o Presidente do Conselho além de dois discentes.
Sem direito a veto, têm assento na Coordenação alguns auxilia-
res imediatos do Reitor.
É órgão de recurso dos Conselhos Integrantes. Exerce, com
amplitude, as atribuições próprias de um órgão central de coordena-
ção didática. Além delas, opina sobre criação de unidades, plano de
expansão da Universidade, regulamenta matrículas em geral e
regime escolar e opina sobre lotação de docentes, criação de car-
gos, convênios, etc.
Peculiar seu relacionamento com os Conselhos Integrantes.
ao invés de se sub-dividir em Câmaras, com poder decisório, res-
salvado o recurso para o pleno, preíeriu-se a institucionalização dos
Conselhos Integrantes.
d) Conselhos Integrantes — Compostos de quinze (15) mem-
bros designados pelo Reitor, sendo três por Setor. O Conselho,
anualmente, organiza listas tríplices para designação, pelo Reitor,
de novos Conselheiros.
Suas atribuições são definidas como deliberativas sobre ma-
téria de sua competência específica, bem como opinar sobre o que
deva ser submetido à Coordenação do Ensino e de Pesquisa. Ca-
be-lhe, ainda, promover a execução ou executar os projetos apro-
vados .
82
b) Conselho de Curadores — Sem problemas quanto a sua
constituição, que é bem reduzida, entretanto. Suas atribuições
são restritas. Apenas se diz, genericamente, que lhe cabe a fis-
calização econômico-financeira da Universidade. Os elementos for-
necidos só o identificaram atuando quanto à prestação de contas
do Reitor .
c) Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão — Compõe-se dos
Coordenadores dos Colegiados de Cursos e dos Coordenadores de
Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação. Suas atribuições são muito
mais de opinar, reservada a deliberação ao Conselho Universitário.
Reconhece-se entretanto, ao órgão, a coordenação e supervisão na
esfera didática.
Universidade Federal de Viçosa
83
c) Coordenação do Ensino, da Pesquisa e da Extensão —
Constituição peculiar, dada a extinção, na UFV, de Conselhos
Técnicos, como se examinará a seguir. A Coordenação é integrada
pelos presidentes dos Conselhos Técnicos e mais um representan-
te de cada um deles e um professor por classe da carreira do ma-
gistério .
Como atribuições, fixa o número de vagas, credencia profes-
sores para pós-graduação, aprecia e propõe convênios, elabora o
Código de Ética, aprova os Regimentos dos Conselhos Técnicos,
propõe a admissão do pessoal docente, estabelece critérios para a
distribuição de recursos para ensino, pesquisa e extensão.
d) Conselhos Técnicos — Previstos em número de quatro:
Graduação, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão.
O Conselho de Graduação é constituído por um representan-
te de cada Câmara Curricular e um representante da Comissão
de Orientação e Seleção.
Compete-lhe fixar os requisitos mínimos do curso, opinar
sobre os currículos organizados pelas Câmaras Curriculares, so-
bre o número de vagas, elaborar o programa geral das atividades,
propor a criação de novos cursos; estuda e propõe convênios, pla-
neja a utilização das salas de aula e laboratórios.
Os demais Conselhos (de Pós-Graduação, de Pesquisa e de
Extensão) têm constituições peculiares: o de Pós-Graduação, pe-
los chefes de Departamentos envolvidos na pós-graduação e de
um representante de cada área de pós-graduação, eleitos por seus
pares. Suas atribuições são similares às do Conselho de Gradua-
ção, guardadas as peculiaridades. Os de Pesquisa e Extensão têm
sua composição formada mediante a escolha de seis nomes pelo
Reitor, em listas tríplices organizadas pelos Departamentos, Ca-
be-lhes promover o desenvolvimento da pesquisa e da extensão,
coordenar e compatibilizar os projetos respectivos e administrar
os fundos específicos.
Universidade Federal de Ouro Preto
Há Conselho Diretor, Conselho de Administração, Conselho
Universitário e Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão.
a) Conselho Diretor — Existentes, mas não foram obtidas
informações quanto a sua constituição e atribuições.
b) Conselho de Administração — Constituído pelos Direto-
res de Unidades, um Diretor dos órgãos suplementares, eleito por
seus pares, e os Sub-Reitores.
Quanto a suas atribuições, não comporta análise diversa da
que já fizemos para outros órgãos dessa natureza em estruturas
nas quais estão presentes um Conselho Diretor e um Conselho
Universitário.
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c) Conselho Universitário — Formado pela reunião dos
membros dos Conselhos de Administração e de Ensino, Pesquisa
e Extensão, órgão ainda não instalado, embora previsto for-
malmente.
d) Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão — Composição
regular: integram-no representantes das Congregações de Carrei-
ra, e mais três Sub-Reitores. Suas atribuições são peculiares a
órgãos dessa natureza, acrescidas de atuação quanto a admissão
e distribuição de pessoal docente.
Universidade Federal de Uberlândia
Registrada a existência do Conselho Universitário, Conselho
de Curadores e Conselho de Coordenação. Surpreende que, sendo
fundação, exista Conselho de Curadores e inexista Conselho Dire-
tor. Esta particularidade merece exame.
a) Conselho Universitário — Composto pelos Diretores de
unidades, um representante do Conselho de Coordenação, dois dis-
centes e dois da comunidade. Há predomínio evidente dos Dire-
tores de Unidades.
Suas atribuições não ultrapassam a área de governo, sem se
estenderem, nem direta, nem indiretamente, ao ensino, pessoal ou
administração financeira e patrimonial.
b) Conselho de Curadores — Centraliza todas as atribuições
na área da administração financeira e patrimonial. Exerce, com
plenitude, a fiscalização econômico-financeira da Universidade.
Quanto a sua composição, é pouco numeroso, mas sem apresentar
irregularidades.
c) Conselho de Coordenação — Composto por um represen-
tante de cada unidade, escolhido pelo Conselho Departamental,
é o responsável pelo setor de Ensino, Pesquisa e Extensão da Rei-
toria .
órgão que exerce com plenitude suas atribuições, não sofren-
do interferência de nenhum outro colegiado ou dirigente univer-
sitário. Além das que são peculiares a um órgão de coordenação
didática, cabe-lhe homologar os nomes indicados para a COPER-
TIDE, supervisionar a execução de programas e planos, fixar nor-
mas sobre recrutamento, seleção e regime de trabalho do pessoal
docente.
Universidade de Brasília
Existem o Conselho Diretor, o Conselho Universitário, o Con-
selho de Administração e o Conselho de Ensino e Pesquisa.
a) Conselho Diretor — Nada se ofereceu para análise de sua
composição e atribuições. Apenas se apurou que lhe cumpre ele-
ger o Reitor-e o Vice-Reitor.
85
b) Conselho Universitário — Ainda não instalado. Deverá
resultar da reunião do Conselho de Administração com o Conse-
lho de Ensino e Pesquisa. Formalmente, órgão muito forte como
todos os outros cuja composição resulta da fusão entre estes Con-
selhos .
c) Conselho de Administração — Compõem-no os Diretores
de unidades, os decanos de Assuntos Administrativos, Financei-
ros e Estudantis (esses decanos são designados pelo Reitor, com
aprovação do Conselho de Administração ou do Conselho de En-
sino e Pesquisa, conforme suas atribuições), um diretor de órgão
suplementar eleito por seus pares.
Suas atribuições são as peculiares de outros órgãos dessa na-
tureza, já analisados.
d) Conselho de Ensino e Pesquisa — Constituído per um re-
presentante de cada Congregação de Carreira (o que assegura a
vinculação com a coordenação didática de cada curso), os deca-
nos de Ensino e Graduação, Pesquisa e Pós-Graduação e o de Ex-
tensão.
Além das atribuições peculiares, opina sobre distribuição de
docentes, fixa normas para concessão de bolsas e dispõe sobre o
fundo especial de pesquisa e extensão.
Universidade Federal de Goiás
Existem o Conselho Universitário, o Conselho de Curadores
e o Conselho de Coordenação do Ensino e da Pesquisa.
a) Conselho Universitário — Constituído pelos Diretores de
Unidades, um representante dos docentes livres, um dos professo-
res com título de mestre ou doutor, e dois da comunidade.
Quanto a suas atribuições tem competência para reexami-
nar, em grau de recurso, as decisões de outros colegiados e de diri-
gentes universitários. No que diz respeito ao Conselho de Coorde-
nação, sua competência fica restrita aos aspectos de ilegalidade
ou violação de normas estatutárias. Já com relação ao Conselho
de Curadores nenhuma limitação se põe.
86
c) O Conselho de Coordenação do Ensino e da Pesquisa —
Constituído por um representante de cada unidade, eleito pelo
respectivo Conselho Departamental. Não guarda vinculação
imediata com os Colegiados de Curso mas apenas indireta, me-
diante a exigência de ser presidente do Colegiado de Curso o
representante da Unidade no Conselho de Coordenação.
Quanto a suas atribuições, sofre a limitação do poder de re-
visão do Conselho Universitário já analisado. Tem poderes, como
visto, de se pronunciar sobre a proposta orçamentária. Curioso
que ao disciplinar as atribuições do Conselho de Coordenação, o
Estatuto diz que o mesmo deve propor ao Universitário a criação
de cursos; viu-se entretanto que, expressamente, este só tem po-
deres de deliberar sobre extinção. Fica o reparo. Cabe ainda ao
Conselho de Coordenação elaborar normas para contratação e
recondução do pessoal docente e selecionar candidatos a pós-
graduação .
Universidade Federal de Mato Grosso
Estão previstos, como órgãos dessa categoria, o Conselho Di-
retor, o Conselho Universitário e o Conselho de Ensino e Pesquisa.
É daquelas Universidades instituídas sob a forma de fundação que
não possuem Conselho de Administração.
87
Suas atribuições se exaurem, praticamente, na área denomi-
nada propriamente de governo. Outras que lhe são deferidas são
opinativas ou de mera proposição, como, por exemplo, propor ao
Conselho Diretor a criação de fundos ou opinar sobre o orçamen-
to ou sobre o plano de expansão da Universidade.
e) Conselho de Ensino e Pesquisa — Compõe-se de um do-
cente por cada Centro, escolhido pelo respectivo Conselho Depar-
tamental, pelo Coordenador do 1.° Ciclo e por um representante
de cada classe da carreira do magistério. Não guarda portanto,
vinculação necessária com a coordenação de cursos, salvo a pre-
sença do coordenador do 1.° ciclo, ainda quando possa ocorrer, se
idêntica, a representação do Departamento no Conselho e no Co-
legiado de Cursos.
Suas atribuições são as peculiares de órgão dessa natureza,
sem distorções. Pela omissão do Estatuto, deve-se entender que
de suas deliberações não cabe revisão por outro colegiado no seio
da Universidade.
88
de natureza executiva que lhe sejam submetidos pelo Reitor ou
pelo Conselho Universitário; órgão consultivo. Particularidade
importante é que lhe foi deferida a atribuição de elaborar o pla-
no de ação anual da Universidade.
d) Conselho de Ensino de Graduação — Compõe-se do Sub-
Reitor da área respectiva, que é seu presidente, mais doze (12)
membros, dois por cada Centro, indicados pelos Conselhos de
Coordenação dos Centros. O CEG se renova, anualmente, por um
terço.
É órgão sui generis entre os similares. Além das atribuições
peculiares a um colegiado de coordenação e supervisão didática,
que lhe são deferidas com amplitude, aprova o plano global de
atividade, elabora planos e programas especiais sobre bolsas e
assistência financeira a estudantes, facilidades relativas ao livro
didático e material escolar, alojamento, alimentação, transporte
também de estudantes, além de assistência médica, social e jurí-
dica aos mesmos, bem como sobre orientação educacional, voca-
cional e profissional, atividades culturais, cívicas e recreativas,
etc. É órgão de assessoria da Sub-Reitoria na sua tarefa execu-
tiva, auxilia-a na coordenação dos cursos e na sua atividade admi-
nistrativa em geral.
Como órgão deliberativo, além das atribuições peculiares, de-
libera sobre a política de desenvolvimento da área, aprecia a lota-
ção dos docentes e se faz representar na COPERTIDE.
e) Conselho de Ensino para Graduados — órgão também
peculiar. Elabora programas especiais sobre informações biblio-
gráficas, atividades extracurriculares, pesquisas de mercado, etc.
Também é órgão de assessoramento do Sub-Reitor e tem funções
deliberativas não só no que diz respeito ao ensino como, por igual,
quanto a assistência a estudantes, nos termos já postos para o
Conselho de Ensino e Graduação.
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
89
b) Conselho de Curadores — Formalmente previsto, mais
não funciona. Deveria opinar sobre a proposta orçamentária,
aprovar as contas do Reitor, opinar sobre alterações patrimoniais.
Curioso que prevendo, formalmente, apenas a competência deste
Conselho para opinar sobre alterações patrimoniais e nada dis-
pondo o Estatuto, nesse particular, em favor do Conselho Univer-
sitário, quem decide na Universidade sobre a matéria?
90
c) Conselho de Ensino e Pesquisa — Integram-no os Dire-
tores dos Centros, um professor por cada Centro, dois represen-
tantes da comunidade e mais o Diretor do Departamento de Ad-
ministração Geral e o de Administração Escolar, assegurando 1/5
para a representação discente. Observa-se como particularidade
a ausência de vinculação com os colegiados de cursos, e a presen-
ça de pessoas da comunidade.
Suas atribuições são as peculiares, acrescidas com as que di-
zem respeito a normas para concurso do pessoal docente e sua
admissão sob qualquer regime.
Universidade Federal de São Carlos
A UFSCAR oferece uma particularidade. Organizada sob a
forma de fundação, ela não prevê um Conselho Diretor, sim um
Conselho de Curadores que exerce as funções normalmente atri-
buídas àquele. Prevê ainda o Conselho Universitário e a Câmara
de Ensino e Pesquisa. Nenhuma referência a Conselho de Admi-
nistração .
a) Conselho de Curadores — Faltaram indicações sobre sua
composição e atribuições.
91
d) Conselho para Assuntos Acadêmicos — No capítulo que
cuida da Reitoria, o Estatuto da UFSCAR menciona um Conselho
para Assuntos Acadêmicos, como órgão consultivo e deliberativo
para assuntos diretamente ligados à administração acadêmica,
inclusive de caráter econômicofinanceiro, dos Centros e dos órgãos
de apoio.
Sua composição se dá com o Vice-Reitor, que é seu presiden-
te, Diretores e Vice-Diretores de Centros, Coordenadores dos ór-
gãos de apoio, Coordenadores dos órgãos de administração, chefe
da Divisão de Assuntos de Alunos, Diretores dos órgãos de apoio
e 1/5 de discentes.
Seu papel real, o silêncio do Estatuto não permite perceber.
Universidade Federal do Paraná
São colegiados de administração superior o Conselho de Ad-
ministração, o Conselho Universitário, o Conselho de Curadores e
o Conselho de Ensino e Pesquisa.
a) Conselho de Administração — Constituído, predominan-
temente, pelos Diretores das Unidades Universitárias (Setores).
92
d) Conselho de Ensino e Pesquisa — Constituído por um
representante de cada Setor, indicado pelos Conselhos Setoriais,
mais o Coordenador de Graduação e o Coordenador de Pós-Gra-
duação e o Pró-Reitor de Ensino e Pesquisa.
Suas atribuições são as peculiares. Cabe-lhe ainda opinar
sobre criação, transformação ou extinção de Departamentos, bem
como sobre transferência de discentes.
94
Quanto a atribuições, cabem às Câmaras as peculiares aos ór-
gãos de coordenação didática na respectiva área, além de distribuir
bolsas e auxílios especiais, promover cursos de extensão e ativi-
dades culturais, intervir nos Departamentos e Comissões de Car-
reira, pronunciar-se sobre os efetivos docentes e demais meios ne-
cessários à realização dos objetivos traçados, definindo as corres-
pondentes prioridades.
O Plenário funciona como órgão de recurso das decisões das
Câmaras. Originariamente, cumpre-lhe traçar as diretrizes gerais
para o ensino, a pesquisa e a extensão, inclusive no que diz respeito
ao orçamento, bem como indicar representantes seus na COPER-
TIDE.
Universidade Federal de Santa Maria
A UFSM possui, como órgãos colegiados de administração
superior, o Conselho Universitário, o Conselho de Curadores e o
Conselho de Ensino e Pesquisa.
a) Conselho Universitário — Na sua composição predominam
os Decanos dos Centros, os quais têm assento igualmente, como
se verá, no Conselho de Ensino e Pesquisa, o que denota o poder
de que dispõem esses dirigentes universitários, que constituem
maioria em ambos os colegiados.
95
Formalmente, é órgão que exerce as atribuições que lhe são
peculiares, tendo alguma interferência na área do pessoal docen-
te, cuja lotação aprova.
Fundação Universidade do Rio Grande
Além do Conselho Diretor, existem o Conselho Administrati-
vo, o Conselho Universitário e o Conselho de Ensino, Pesquisa e
Extensão.
96
a) Conselho Diretor — Constituem-no o Reitor e o Vice-
Reitor, um representante do MEC, um representante do Governo
do Estado, um representante do Governo do Município, um repre-
sentante da rede bancária, um representante das Associações de
Classes seguintes, em Pelotas: Comercial, Industrial e Rural; e
três representantes dos professores indicados pelo Conselho Uni-
versitário. Composição peculiaríssima, portanto, onde se conju-
gam elementos da comunidade, delegados do poder público e pes-
soas que participam do próprio governo da Universidade.
Quanto a suas atribuições, é definido como órgão angariador
de recursos, supervisor da gestão econômico-financeira e respon-
sável principal pelas relações entre a Universidade e a comunida-
de. Exerce atribuições nas áreas de administração financeira e pa-
trimonial, aprova planos de trabalho, relatório anual. Nada lhe
foi deferido em termos de pessoal, como não lhe cabe aprovar Es-
tatuto da Universidade, ou seu Regimento Geral.
97
1.1.6 — AS COORDENAÇÕES SETORIAIS ADMINISTRATIVAS
QUADRO 1.10
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EXISTÊNCIA DE REGIMENTO DA UNIDADE
Grupo Especial
1? Grupo
66 17
25
83
25
17
75
- 100
100
2º Grupo —
1.4 13 17 79 —
4 100
3P Grupo 14 21 35 65 100
AP Grupo 30 20 50 50 — 100
5° Grupo 42 11 53 47
— 100
6º Grupo 72 14 86 14 — 100
-
TOTAL 30 14 44 55 1 100
GRUPO DE DESTINO % l .
UNIVERSIDADES INSTITUTO CENTRO DEPARTAMENTO I MUSEU EXTINTO NAO DECLARADO
TOTAL 26 16 36 4 12 6
Destacando os antigos Institutos de Pesquisa, em vista da
obrigatoriedade da sua transformação em Unidades de Ensino e
Pesquisa, sua presença verificava-se em 6 Universidades, segun-
do depoimento dos Reitores consultados. Três delas (UFCE,
UFPE, UFRS) organizaram-nos em Unidades de Ensino e Pes-
quisa; uma (UFSC) transformou-o em órgão de extensão, outra
(FURG) criou órgãos suplementares que os substituíram; a úl-
tima delas (UFSM) não declarou o destino do Instituto na nova
estrutura.
Todas as mudanças, até aqui relatadas, refletem as adequa-
ções necessárias à implantação dos dispositivos legais decorren-
tes da Legislação Reformadora. Assim os Institutos pré-existentes,
para tomarmos um exemplo, deveriam ser transformados em Uni-
dades de Ensino e Pesquisa se quisessem manter-se .como coorde-
nações setoriais administrativas; isto porque a Lei 5.540, em seu
artigo 11.° impõe a "unidade das funções de ensino e pesquisa"
reafirmando o conteúdo expresso no artigo 2.° do Decreto-lei 53/66,
pelo qual "cada unidade universitária — Faculdade, Escola ou
Instituto — será definida como órgão simultaneamente de ensi-
no e pesquisa no seu campo de estudos".
Q U A D R O 1.12
U N I V E R S I D A D E S FEDERAIS
C R I A Ç Ã O DE U N I D A D E S PROFISSIONAIS COM A R E F O R M A
EM P E R C E N T U A I S
102
enquanto que proporção similar teve lugar entre as Faculdades,
Escolas e Institutos (32%). Os menores percentuais de transfe-
rência localizam-se nas Universidades Federais do Pará, Ceará e
Mato Grosso.
A redistribuição de espaço físico ocorreu em 55% dos Centros
pesquisados. Todavia não foram afetados por este processo 75%
dos Centros da UFCE e 60% daqueles localizados na UFPR.
Entre os Institutos, Faculdades e Escolas a menor partici-
pação nos remanejamentos espaciais localizam-se nos grupos Ío. e
4o. Note-se que o 4o. grupo também mostrou baixos percentuais
de participação no processo de redistribuição de recursos mate-
riais . Assim configura-se a sua reduzida contribuição neste movi-
mento de transferências em todas as quatro espécies aqui tratadas
(disciplinas, recursos materiais,, físicos e humanos).
TOTAL 65 35 100
Q U A D R O 1.14
UNIVERSIDADES FEDERAIS
FUNÇÕES DOS CENTROS
(EM P E R C E N T U A I S !
73 11 16 100
c/u 39 11 22 2 15 11
C/D 100
TOTAL 48 11 20 2 11 8 100
TIPOS DE
COORDENAÇÃO | DENOMINAÇÕES UNIVERSIDADES TOTAL
o
L Colegiado de Curso FUAM, UFPA, FUMA, UFPI, UFRN, UFPE
E U F A L . UFBA, UFMG, UFJF, UFGO. UFMT,
G UFRRJ, UFF, UFPR, UFPEL 16
I Congregação de Carreira UFOP, UNB 2
108
Já a análise da prática da coordenação didática revela um qua-
dro nem sempre idêntico ao revelado no plano formal (Estatutos
e .Regimentos).
E no que tange aos cursos de pós-graduação, a situação apre-
senta-se ainda mais problemática que entre os de graduação.
Começando entretanto por estes, de graduação, verificou-se,
através das entrevistas da pesquisa em campo, que certas Universi-
dades que formalmente estipulavam a existência destes órgãos
ainda não os implantaram, enquanto que algumas chegam a man-
ter, além dos órgãos previstos, outros de diversa espécie.
QUADRO -1.16
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ÓRGÃOS QUE REALIZAM A COORDENAÇÃO DIDÁTICA DE CURSOS DE GRADUAÇÃO
110
Dentre as Universidades que optaram por outras alternativas
de nomeação para o tipo regular de coordenação (Congregação de
Carreira, Comissão de Carreira, e t c ) , apenas duas (UFOP e
UFES) não a implantaram.
QUADRO 1.17
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EXISTÊNCIA DE REPRESENTAÇÃO ESPECIAL DO DEPARTAMENTO DE OFERTA
DOMINANTE NOS COLEGIADOS DE CURSOS DE GRADUAÇÃO
GRUPOS DE SIM N.AO SEM IMUNIZAÇÃO TOTAL
ABS ABS X ABS X ABS X
1 %
GRUPO ESPECIAL 3 60 2 40 5 100
1° G R U P 0
3 75 | 25 _ 4 100
2° GRUPO 2 15 7 54 4 31 13 ,00
3 ° GRUPO 1 0 9 , 1 9 1 1 100
-
4 ° GRUPO 13 ' 49 12 44 2 7 27 100
6° GRUPO -
112
QUADRO 1.19
UNIVERSIDADES FEDERAIS
FREQUÊNCIA DE REUNIÕES DOS ÓRGAÕS DE COORDENAÇÃO DIDÁTICA DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO
EM PERCENTUAIS
Para o estudo do funcionamento desses órgãos foram os
mesmos agrupados em dois conjuntos quanto à constituição:
regulares e irregulares. Tornar-se-á o problema internamente a
cada subconjunto de modo a verificar se o tipo de constituição
mantém relação com o funcionamento do órgão, analisado nes-
tes termos.
O Quadro 1.20 mostra os resultados obtidos para os regula-
res, ou seja, de composição aqui padronizada pela referência
"colegiado de curso''.
115
QUADRO 1.20
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EXERCÍCIO DE FUNÇÕES DE COORDENAÇÃO PRATICA DE CURSOS DE GRADUAÇÃO PELOS ÓRGÃOS DE COORDENAÇÃO REGULAR
QUADRO 1.21
UNIVERSIDADES FEDERAIS
FUNCIONAMENTO DOS COLEGIADOS DE CURSOS DE GRADUAÇÃO
QUADRO 1.22
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EXERCÍCIO DE FUNÇÕES DE COORDENAÇÃO DIDÁTICA DE CURSOS DE GRADUAÇÃO PELOS ÓRGÃOS DE COMPOSIÇÃO IRREGULAR.
Um resultado interessante diz respeito ao critério de esco-
lha do coordenador. Verificou-se que em apenas uma Universi-
dade (UFBA) isto se dá por eleição entre os membros do cole-
giado. Em todos os demais cursos a escolha cabe a autoridade
superior. No entanto, os colegiados da UFBA, quando indagados
acerca do responsável pela escolha dos membros do órgão, reíe-
riram-se a autoridade superior; nestes termos, o que aparentava
ser um caso desviante dos demais está perfeitamente integrado
às condições dominantes. E, neste sentido, a escolha por opção
superior, o que era a exceção para os cursos de graduação passa
a ser a norma dentre os de nível pós-graduação. Isto, por seu
turno, também reflete a observação anterior quanto à grande
autonomia dos cursos nesta modalidade, frente às unidades de
ensino que colaboram em sua oferta.
119
No quadro anterior verificou-se que nenhuma Universidade que
efetua a coordenação didática por meio de órgãos irregulares, con-
forme os ditames da Legislação da Reforma, mostrou-os atuantes
no mesmo grau em que eles aparecem para as cinco Universidades
com colegiados de curso que receberam tal qualificação.
Apenas a UFF aproxima-se do modelo anteriormente carac-
terizado como "atuante" apresentando es órgãos como caracter, sti-
camente não atuantes em apenas um dos quatro indicadores; o
padrão não se mantém como antes, haja visto que nos três indi-
cadores restantes não encontramos estes órgãos como atuantes,
mas tão somente em dois deles.
A análise comparativa dos Quadros 1.21 e 1.23 mostra ainda que
das cinco Universidades com órgãos regulares atuantes, apenas a
UFPE mantinha simultaneamente órgãos irregulares. Buscando
analisar o funcionamento destes, verificou-se que se caracterizam
como não atuantes. Neste sentido, pode-se entender que a com-
posição revela-se um fator fundamental para o bom funcionamen-
to dos órgãos na prática.
Da visão conjunta destes quadros, verifica-se ainda que a au-
sência de acompanhamento da problemática de evasão de alunos
por parte dos órgãos de coordenação didática dos cursos parece
ser uma constante. Nenhuma instituição pode ser caracterizada
como dotada de órgãos atuantes neste setor. Talvez se explique o
fato por ser esta a função menos típica ou menos adequada para
esse tipo de órgão, dentre as arroladas, prestando-se, antes, nos
órgãos técnicos centrais das Reitorias.
O estudo do exercício da coordenação didática pode ser feito
também a partir das informações fornecidas pelos responsáveis
pela administração acadêmica. Os resultados que se obtêm são
bastante interessantes. Assim, verificamos que apenas na FUSER
tais órgãos têm funções distintas, as quais avançam sobre com-
petências de outros organismos de tal sorte que nas unidades au-
tónomas, os mesmos chegam a aprovar os orçamentos destas (sic),
além de funcionarem, em todas circunstâncias, como órgãos de
direção comitantemente às direções das Unidades.
Em todos os demais casos, as atividades desenvolvidas são
aquelas peculiares ao exercício da função de coordenação didáti-
ca de cursos.
Ainda conforme informação dos responsáveis pela administra-
ção acadêmica, em cinco Universidades os órgãos de coordenação
didática de cursos não têm qualquer participação na composi-
ção dos programas de disciplinas, cabendo esta função ao departa-
mento responsável por ministrá-las. São elas: UFPI, UFF, UFRPE,
UFBA e UFPEL. Note-se que as duas primeiras mantêm órgãos do
120
QUADRO 1.23
UNIVERSIDADES FEDERAIS
FUNCIONAMENTO DOS ÔRGAOS IRREGULARES DE COORDENAÇÃO DIDÁTICA DE CURSOS DE GRADUAÇÃO
tipo irregular, enquanto que nas três restantes a coordenação di-
dática é operada nos moldes previstos na Legislação Reformado-
ra. Deve-se observar ainda que a UFF e a UFBA, com base nos
indicadores anteriormente relatados, resultantes da pesquisa efe-
tuada entre os presidentes destes órgãos, mostraram-se como
Universidades dotadas de órgãos efetivamente atuantes, no que
tange à coordenação didática de cursos.
Finalmente ccnsiderou-se que a análise de todos estes dados
vem corroborar a hipótese de que a coordenação didática de cur-
sos de graduação ainda não é uma realidade na imensa maioria
das Universidades Federais Brasileiras.
Para estudo da prática da coordenação didática dos cursos de
pós-graduação, foram selecionadas 6 (seis) Universidades que,
além de manterem esta modalidade de curso, estipularam, em seus
diplomas legais, normas quanto à execução desta coordenação no
nivel pós-graduado. Para cada uma dessas, definiram-se amostras
dos cursos a serem pesquisados.
Os resultados quanto ao órgão que exerce esta coordenação
podem ser visualizados no Quadro 1.24.
QUADRO 1.24
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ÕRGAOS QUE REALIZAM A COORDENAÇÃO DIDÁTICA DE
CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO
UFCE 1 _ 1 _
UFBA 3 — — —
UFMG 3 — 1 —
UNB 1 1 — —
UFRJ — — 4 2
UFSC - - 2 2
TOTAL 8 1 8 4
124
a passar as Universidades Brasileiras. Marcos estes mais restriti-
vos que o simples critério de afinidade entre as disciplinas, o qual
pela sua extrema amplitude pode servir de pano de fundo justifi-
cador de qualquer alternativa de divisão em departamentos de
uma área de conhecimento. Neste sentido, a afinidade entre dis-
ciplinas pode ser tomada como elemento justificador para a cons-
tituição do "Direito", por exemplo, seja como um único departa-
mento (UNB), seja como uma unidade de ensino congregando
uma multiplicidade deles (UFBA), todos eles organizados com
base na "afinidade" entre as disciplinas ali reunidas.
Finalmente, esta primeira etapa da Legislação Reformadora
fixa, ainda, a, necessidade da cooperação interescolar para a con-
secução dos diversos cursos, estabelecendo que os departamentos
serão os elementos a partir dos quais constituir-se-ão os colegiados
encarregados de operar a coordenação didática dos cursos; estes
cursos, pela associação entre os princípios da interescolaridade e
da não duplicação de meios, deixam, assim, de ser "propriedade"
de uma única unidade de ensino ou departamento.
No que tange ao que houvera sido fixado anteriormente acer-
ca dos departamentos, a Lei n°. 5.540, de 28.11.1968, fez algumas
modificações que operam mudanças fundamentais na posição re-
lativa dos departamentos no seio da estrutura acadêmica.
125
Uma última alteração de relevo refere-se ao fato de que, como
critério-guia para os processos de departamentalização a serem
empreendidos, reafirma-se apenas o amplo requisito de afinidade
entre as disciplinas congregadas pelo departamento. Não se nota
aqui qualquer referência aos outros dois elementos contidos no
decreto-lei n°. 252, quais sejam: amplitude do campo de conheci-
mento abrangido e quantidade de recursos humanos e materiais a
serem efetivamente utilizados.
Em termos bastante sintéticos, estas seriam as principais re-
ferências da legislação ao departamento, enquanto um dos seus
elementos de conteúdo. Observa-se, inicialmente, o fato de que
uma mudança assim radical na realidade universitária brasileira,
como esta representada pela imposição da departamentalização,
apareça apenas precariamente delineada na legislação, em termos
de elementos orientadores do "arranco" neste processo.
Diante disto, não seria surpresa a multiplicidade de formas
de manifestação do fenômeno "departamentalização" que se viria
a encontrar na realidade, ao empreender a pesquisa direta.
126
Uma análise de conteúdo desses documentos permitiu classi-
ficar as exigências normatizadas segundo o que se denominou o
seu "grau de amplitude". Assim, os critérios mais amplos seriam
aqueles diretamente transpostos da legislação federal, a qual, por
se ter que aplicar a um universo bastante heterogéneo teria, ne-
cessariamente, que apresentar uma maior fluidez no que tange à
determinação dos mesmos. São eles: afinidade entre as discipli-
nas, amplitude do campo de conhecimento e unidade das funções
de ensino e pesquisa. Os critérios de menor amplitude seriam:
disponibilidade de instalações e equipamentos, serviço administra-
tivo próprio e número mínimo de docentes.
Pela dominância de um ou de outro tipo de critério, entre to-
dos aqueles referidos por uma dada Universidade, definimo-la
como mais ou menos ampla quanto a estes elementos normativos.
Naturalmente ocorreram situações onde esta dominância não se
verificou, caracterizando-se aquela instituição pelo equilíbrio en-
tre os dois tipos. No Quadro 1.26 são mostrados tais resulta-
dos, estando as Universidades agrupadas nos três tipos estruturais
já definidos neste trabalho.
QUADRO 1.26
UNIVERSIDADES FEDERAIS
NORMAS SOBRE DEPARTAMENTALIZAÇÃO
QUADRO 1.27
UNIVERSIDADES FEDERAIS
INCIDÊNCIA DO SURGIMENTO DE NOVOS DEPARTAMENTOS SEGUNDO OS TIPOS ESTRUTURAIS
TIPOS
ESTRUTURAIS SIM NÃO NAO RESPONDEU TOTAL
U/O 10 5 1 16
C/O 4 5 1 10
C/U 1 4 5
TOTAL IS 14 2 31
QUADRO 1.28
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTOS IMPLANTADOS
TOTAL 31
129
No que tange às Universidades de maiores proporções (mé-
dias e grandes), observamos que elas compõem a segunda metade
do terceiro intervalo de classe (41-60), além da totalidade da quar-
ta (61-80), quinta (81-100) e sexta (101 e mais) classes.
Três desvios se fazem notar de imediato: os casos da UNB, da
UFPA e da UFSC. Estas três Universidades, embora estejam in-
cluídas no conjunto daquelas de maiores proporções (médias e
grandes), apresentam um número de departamentos que as situa
no intervalo de classe que congrega as instituições de pequeno
porte (21-40).
Contudo, para obtenção mais imediata dos casos desviantes,
tendo em vista as características que definem o porte da institui-
ção. observa-se o Quadro 1 2 9 , que fornece, por Universidade
e por Grupo, o número de departamentos existentes, assim como
as médias para cada um dos grupos criados.
QUADRO 1.29
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR GRUPOS DE UNIVERSIDADES
GRUPO ESPECIAL 36 36
FUHU 25
FUBER 46
1° GRUPO 20 12
UFPI 13
UFSE 34
UFMT 12
2° GRUPO
UFRPE 18
UFRRJ 30 17
23.
UFOP 13
UFV 19
UFSCAR 7
UFPEL 60
3° GRUPO
FUAM 49
FUMA 36 40 44
UFRN 51
UFJF 56
UFAL 19
UFES 28
4 ° GRUPO
UFPA 40
UFCE 42 49 41
UFPB 74
UNB 36
UFGO 76
UFSC 32
UFSM 41
UFPR 55
5° GRUPO 79 72
UFPE 73
UFBA 106
UFF 51
UFMG 85
UFRS 81
6.° GRUPO
UFRJ 168
131
Verifica-se que, via de regra, as Universidades que mantêm
estruturas do tipo C/D tendem a ter um menor número de de-
partamentos. No entanto, o tratamento desta variável estrutu-
ral apenas produz resultados substantivos se associado às caracte-
rísticas que definem o porte das Universidades em questão. Isto
porque apenas instituições estruturais em Departamentos coor-
denados por Centros apresentam como característica singular o
número reduzido de departamentos. Se verificadas as estruturas
tipo U/D, nota-se que o âmbito de variação destes é tal que inclui
desde a UFSCAR com 7 departamentos à UFBA com 106.
Tal fato acarretou a subdivisão de cada um dos tipos estrutu-
rais (C/D, U/D e C/U) em dois subtipos, levando em conta o por-
te das Universidades nele incluídas. Assim, no subtipo C/D + in-
cluem-se as Universidades optantes por este modelo estrutural e
que apresentaram um maior porte (maior número de matrículas
e de cursos, instaladas a mais tempo): inversamente o subtipo
C/D — inclui aquelas que, mantendo estra estrutura, são caracte-
rizadas por suas menores dimensões.
O Quadro 1.30 mostra a distribuição do número de departa-
mentos segundo os diversos tipos e subtipos estruturais.
QUADRO 1.30
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTOS E SUBTIPOS ESTRUTURAIS
MÉDIA DE DEPARTAMEN
SUBTIPOS UNIVERSIDADES TOS POR SUBTIPO
QUADRO 1.31
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EXISTÊNCIA DE SERVIÇO ADMINISTRATIVO SEGUNDO
OS TIPOS ESTRUTURAIS
(EM PERCENTUAIS)
U/D 36 62 2 100
C/D 58 42 100
C/U 23 77 100
TOTAL 40 59 1 100
134
Vale ressaltar que a UFSCAR possui o menor número, de de-
partamentos entre todas as instituições pesquisadas (7), enquanto
que a UNB é, como se viu, uma constante exceção entre as Uni-
versidades de porte similar ao seu.
Um outro aspecto que parece especialmente relevante refe-
re-se à possibilidade dé manutenção, pelos departamentos, de me-
canismos para, por iniciativa própria, captar novos recursos fi-
nanceiros. A existência desta atividade se afigura um excelente
indicador do efetivo funcionamento da estrutura departamental,
relevando uma dose de autonomia bastante pronunciada, por par-
te do departamento, frente à Administração Central.
A análise das respostas fornecidas pelos chefes de departa-
mentos mostra que esta situação ainda não se tornou realidade
em cerca de 65% dos departamentos pesquisados. O Quadro
1.32 permite visualizar a universalidade deste traço, indepen-
dentemente do tipo estrutural em que se observe a sua incidência.
QUADRO 1.32
UNIVERSIDADES FEDERAIS
POLÍTICA DEPARTAMENTAL PARA CAPTAÇÃO
DE RECURSOS FINANCEIROS
SEGUNDO TIPOS ESTRUTURAIS
(EMPERCENTUAIS)
U/D 34 63 3 100
C/D 30 69 1 100
C/U 31 64 5 100
TOTAL 32 65 3 100
FONTE: Pesquisa direta, Convênio MEC/DAU - UFBA/ISP. 1973.
POLITICA DEPARTAMENTAL
GRUPOS DE EXIS- INEXIS- OUTRAS TOTAL
UNIVERSIDADES TENTE TENTE RESPOSTAS
QUADRO 1.34
UNIVERSIDADES FEDERAIS
POLITICA DEPARTAMENTAL PARA CAPTAÇÃO
DE RECURSOS FINANCEIROS
SEGUNDO PERÍODO DE IMPLANTAÇÃO DOS DEPARTAMENTOS
(EM PERCENTUAIS)
POLITICA DEPARTAMENTAL
ANO DE IMPLAN-
TAÇÃO DO DE- EXIS- INEXIS- TOTAL
PARTAMENTO TENTE TENTE OUTRAS
136
cia, é a falta de estrutura dos departamentos. Como se vê, estas
considerações sugerem que neste tipo estrutural (C/U) muito pro-
vavelmente os departamentos não tenham ainda encontrado as
condições ótimas para o seu efetivo funcionamento.
Todavia, nãc só os recursos financeiros devem ser tomados co-
mo elemento para análise da estrutura departamental. Importa
substancialmente detectar como essa estrutura se comporta quan-
to à utilização dos seus recursos humanos, sob dois ângulos: o do
procedimento para admissão de pessoal docente e o da existência de
uma política departamental para o aperfeiçoamento do corpo do-
cente nele alocado.
QUADRO 1.36
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ATUAÇÃO DOS DEPARTAMENTOS NO NIVEL
DA PÓS-GRADUAÇÃO
(EM PERCENTUAIS)
Grupo Especial 0
1° Grupo 0
2° Grupo 9
3 ° Grupo 2
4 ° Grupo 17
5° Grupo 29
6°;Grupo 33
Nota-se que, mais uma vez, o 2o. Grupo mostra-se algo dis-
crepante; tal fato pode ter a mesma explicação que se sugeriu
ao tratar das políticas para captação de recursos financeiros. Tra-
ta-se de um grupo muito específico com relação aos demais, por es-
tar reunido em vista de se tratarem de antigas Universidades es-
pecializadas. Algumas delas eram instituições altamente creden-
ciadas em suas áreas de especialização, tanto quanto algumas das
mais proeminentes e amplas Universidades brasileiras, no que res-
peita ao campo de conhecimento abrangido. Além do mais, a ida-
de está agindo aqui como grande variável explicativa; assim, ape-
sar de serem pequenas, em sua maioria (em vista de atenderem
apenas a alguns poucos ramos de conhecimento), estas Universi-
dades têm, pelo tempo de experiência no mercado brasileiro do
ensino superior, a maturidade e o status necessário à atuação em
nível de pós-graduação.
138
A organização da vida acadêmica, no âmbito departamental,
não se processa, em todo o universo, como seria de esperar, por se-
mestre letivo. Isto se pode inferir a partir da analise de alguns
indicadores. Por exemplo, a distribuição das disciplinas pelos do-
centes deveria, em condições ideais, processar-se sempre e quando
tivesse lugar a programação de cada semestre letivo. Verificou-
se todavia que tal não acontece.
QUADRO 1.37
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DISTRIBUIÇÃO DAS DISCIPLINAS PELOS DOCENTES
(EM PERCENTUAIS
U/D 32 53 6 9 100
C/D 16 66 0 18 100
C/U 31 46 5 18 100
TOTAL 27 56 4 13 100
CARÁTER DA V I N C U L A Ç Ã O
TIPO
ESTRUTURAL PERMANENTE TEMPORÁRIA OUTRAS TOTAL
RESPOSTAS
U/D 51 46 3 100
C/D 31 66 3 100
C/U 49 43 8 100
TOTAL 45 51 4 100
TIPO PERIODO
ESTRUTURAL SEMESTRAL ANUAL OUTRO OU NENHUM * TOTAL
U/D 50 30 20 100
C/D 57 16 27 100
c/u 49 23 28 100
TOTAL 52 25 23 100
FONTE: Pesquisa direta, Convénio MEC/DAU - UFBA/ISP, 1973.
(*) A magnitude dos números nesta categoria deve-se ao fato de que estão nela
computados, entre outros, os inúmeros departamentos que não planejam suas atividades
de ensino.
140
Note-se que, uma vez mais, o tipo estrutural C/D apresentou
o melhor escore, no sentido de encontrar-se mais próximo às pro-
posições reformadoras.
A análise por grupos segundo critérios de tamanho e idade,
mais uma vez mostrou as dificuldades por que passam os Grupos
Especiais e das antigas especializadas, (2o. Grupo). Eles foram os
únicos grupos onde menos que 50% dos departamentos planejam o
ensino para períodos semestrais.
QUADRO 1.40
UNIVERSIDADES FEDERAIS
PERIODICIDADE DO PLANEJAMENTO DO ENSINO SEGUNDO OS
GRUPOS DE UNIVERSIDADES
(EM PERCENTUAIS)
GRUPOS DE PERÍODO
UNIVERSIDADES SEMESTRE
j ANUAL OUTRO OU NENHUM TOTAL
TOTAL 52 25 23 100
(*) A coluna "não" refere-se a departamento que, apesar de oferecer disciplinas a mais de um curso, não possuem programas básicos para as mesmas, enquanto, em "outros"
estão lançados ps departamentos que fornecem disciplinas a um único curso; dai as magnitudes obtidas nesta última coluna, que indicam grande atrazo na adoção do principio
da interescolaridadé:
(**) A subdivisão desta categoria não é exaustiva, dai por que não se obtém a totalidade de 100% na horizontal.
Pelo exame do Quadro 1.41 pode-se verificar que a cooperação
interescolar ainda não parece ser uma realidade nas Universi-
dades Federais Brasileiras na medida em que a maioria destes te-
mas da vida acadêmica é decidida predominantemente no âmbi-
to exclusivo do departamento responsável por ministrar a discipli-
na em questão. Cremos que, para tal, contribui enormemente a
não implantação, em termos efetivos, dos colegiados encarrega-
dos da coordenação didática dos cursos, conforme determina
o artigo 13o., § 2o. da Lei n. 5.540.
QUADRO 1.42
UNIVERSIDADES FEDERAIS
COLEGIADOS DE CURSO E PROGRAMAS DE DISCIPLINAS
(EM PERCENTUAIS)
U/D 37 13 4 21 25 100
C/D 36 10 1 10 43 100
C/D 41 5 5 8 41 100
TOTAL 37 11 3 16 32 100
(*) Os altos índices que ocorram nesta categoria explicam-se pela inclusão na mesma dos
departamentos que se referem à inexistência de colegiados de curso em suas
UNIVERSIDADES
144
dimensões das duas Universidades, estão representados na amos-
tra em maior número. Tratando-se de instituições antigas e de
elevada posição relativa no sistema universitário brasileiro, suas
pesquisas fazem com que todo o Grupo C/U assuma a caracterís-
tica que as tipifica.
Um aspecto interessante a ser assinalado refere-se a que a
maior incidência, quanto à responsabilidade pela coordenação
departamental das pesquisas, concentrou-se em torno da figura
do chefe do departamento; esta incidência foi mais pronunciada
naquelas Universidades do tipo U/D.
Finalmente observou-se que a integração entre as atividades
de ensino e pesquisa não parece estar se processando do modo
ideal. Não se obteve para tal um indicador objetivo direto, mas
um forte indício pode funcionar aqui como indicador indireto.
Assim, tornou-se a compatibilidade entre a periodicidade dos pla-
nos e pesquisa e ensino como revelando, se não a integração en-
tre as atividades em questão, pelo menos a possibilidade de rea-
lização da mesma. Isto porque na medida em que o planejamento
do ensino não se verifica para os mesmos prazos que o planeja-
mento da pesquisa, muito dificilmente o exercício do ensino dar-
se-é de modo integrado ao exercido da pesquisa.
Vale ressaltar que a dependência de uma destas atividades
frente à outra seria a condição essencial para que a integração
entre elas se verificasse a despeito da compatibilidade entre os
períodos de programação.
QUADRO 1.43
UNIVERSIDADES FEDERAIS
PERIODICIDADE DO PLANEJAMENTO DA PESQUISA
SEGUNDO OS TIPOS ESTRUTURAIS DE UNIVERSIDADES
(EM PERCENTUAIS)
TIPO período
1 NAO NÃO HA
ESTRUTURAL SEMESTRAL SEMESTRAL PLANEJA- TOTAL
MENTO
U/D a 61 31 100
C/D 16 47 37 100
C/U 3 46 51 100
TOTAL 9 55 36 100
QUADRO 1.44
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DISTRIBUIÇÃO DAS DISCIPLINAS AOS DOCENTES
IEM PERCENTUAIS)
RESPONSÁVEL
TIPO
ESTRUTURAL CHEFE DEPARTAMENTO CAMARÁ PLENÁRIO ESCOLHA OUTROS TOTAL
DEPARTAMENTAL INDIVIDUAL
U/D 28 18 24 100
C/D
C/U
36
31
! 9
8
17
23
100
100
2 36
TOTAL 31 4 30 ' 14 21 100
C/D 39 1 3 38 19 100
C/U 88 2 2 5 3 100
TOTAL 65 2 6 15 12 100_
U/D 31 68 1 100
C/D 40 60 100
C/U 33 64 3 100
TOTAL 34 65 1 100
149
QUADRO 1.47
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CONDIÇÃO DOS CHEFES DE DEPARTAMENTO SEGUNDO AS ÁREAS DE CONHECIMENTO IEM PERCENTUAIS!
Inicialmente, no que concerne à categoria funcional, destaca-
se como primeiro descumprimento a existência de auxiliares de
ensino e de professores em outras categorias (que não as da car-
reiras) no exercício das chefias. No global estas situações consti-
tuem 9% dos departamentos, sendo particularmente relevantes
nas áreas de Educação (17%), Artes (16%), Letras (14%) e
Ciências Sociais Aplicadas (13%).
151
A análise das categorias funcionais revela que o exercício da
chefia por professores que não sejam de carreira concentra-se no
Grupos 1.° (21% dos departamentos) e 3.° (24%). Evidencia-se,
ainda, o inegável controle das chefias pelos professores titulares,
especialmente no Grupo Especial (83%) e no 4o. Grupo (63%).
Considerando-se as Universidades individualizadamente, no
que concerne aos regimes de trabalhos das chefias de departamen-
to, verifica-se que em apenas 4 delas (UFPI, UFV, UNB, UFSC)
76% ou mais destas chefias são exercidas por professores com 40
horas semanais ou dedicação exclusiva. Consideradas aquelas em
que a condição anteriormente referida constitui maioria (51% ou
mais das chefias em 40 horas ou dedicação exclusiva), obtém-se o
ínfimo percentual de 16%, somando-se a UFSM e a UFF àquelas
quatro supracitadas.
Finalmente sobressaem-se pelos reduzidíssimos percentuais
(com menos de 25% das chefias em 40 horas ou dedicação exclu-
siva) sete instituições: FURG, UFSE, UFOP, FUMA, UFES,
UFPA e UFPE.
Para maiores detalhes, veja-se o Quadro 1.49:
QUADRO 1.49
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DISTRIBUIÇÃO DOS DEPARTAMENTOS CUJOS CHEFES ATUAM EM
REGIMES ELEVADOS DE HORAS SEMANAIS
Para que se possa ter uma exata visão da situação das che-
fias em cada uma das Universidades pesquisadas, anexa-se a seguir
um quadro que permite visualizar os dados absolutos relativos a
cada uma delas
QUADRO 1.50
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CONDIÇÃO DOS CHEFES DE DEPARTAMENTOS SEGUNDO UNIVERSIDADES E GRUPAMENTO
Verifica-se, assim, que inúmeros são os fatores que contribuem
para dificultar a efetiva implantação da estrutura departamental.
Especial relevância adquire a condição dos chefes de departamen-
tos, os quais pelo pouco tempo de dedicação à instituição univer-
sitária dificilmente serão capazes de comandar a implantação de
um órgão cujo funcionamento tem um caráter verdadeiramente
transformador das condições estruturais até então imperantes.
1.2.4. — A DEPARTAMENTALIZAÇÃO SEGUNDO AS ÁREAS DE
CONHECIMENTO
155
As áreas ditas básicas foram definidas estritamente a partir
do conteúdo da Legislação Reformadora, consubstanciado no arti-
go 3.°, parágrafo único, do Decreto-lei n. 252, de 28.02.67.
Para composição das áreas aplicadas isolou-se, primeiramen-
te, aquelas oficialmente consideradas de expansão prioritária —
Saúde, Tecnologia e Educação —, sendo que esta última, inclusi-
ve, recebe um destaque todo especial na Legislação da Reforma,
pelo que concerne à questão da formação de professores e sua ex-
pressão na estrutura acadêmica.
Ao lado destes, dois outros setores foram distinguidos. Por
um lado, aqueles conhecimentos da área de humanidades mais
claramente aplicados e de menor comprometimento com o exer-
cício da cooperação interescolar, em vista do seu caráter extrema-
mente profissional (tais como: Direito, Administração, Serviço
Social...).
Por outro lado, distinguiu-se também as Ciências ditas Agrá-
rias pela grande importância que demonstram entre as áreas de
conhecimento aplicado; esta é a única área em que existiam, an-
teriormente à Reforma, Universidades com especialização. Vale
ressaltar que não se trata aqui de Escolas isoladas especializadas
(estilo Ouro Preto), nem de Universidades com dominância de
certos setores do conhecimento. Trata-se, sim, das chamadas "Uni-
versidades Rurais", objeto também especial de consideração por
parte da Legislação Reformadora, e que dão a dimensão do papel
das Ciências Agrárias no ensino superior.
A lotação dos departamentos pelas várias áreas de conheci-
mento teve, como instrumento auxiliar, a listagem das disciplinas
ofertadas. Assim, sempre que havia margem para dúvidas, tal
fonte era utilizada como recurso.
Como, para efeito de constituição dos departamentos, estas
áreas não são mutuamente exclusivas, é possível, e realmente se
verifica, a classificação de um único departamento em mais de
uma área de conhecimento. Como ilustração pode-se citar o caso
do Departamento de Letras e Artes da UFAL que, nestas condi-
ções, surge em ambas as áreas de conhecimento.
Uma outra observação, crucial para a compreensão desta lo-
tação, diz respeito a que um departamento foi incluído em uma
dada área sempre que os conteúdos dele e dela se identificavam.
Para tanto não importava onde a Universidade em questão o in-
cluirá. Tal caso pode ser exemplificado pelo Departamento Fun-
damental da Escola Politécnica da UFPB: este órgão, apesar de
ter sido inserido (por questões de descentralização geográfica)
pela instituição em questão numa unidade de Tecnologia, foi lo-
tado na área básica das Ciências Matemáticas, Físicas e Químicas,
visto serem todas as suas disciplinas deste setor de conhecimento.
Assim quando, no tratamento de uma área qualquer, uma dada
156
unidade de ensino é referida com os seus departamentos,trata-se
dos departamentos considerados objetivamente pertencentes àque-
la área de conhecimento; os que não sejam objeto de tal conside-
ração sao incluídos na área (ou áreas) de que mais se aproximem,
tendo em vista as disciplinas ofertadas.
Uma única exceção foi feita a este procedimento de lotação;
na área de Educação observa-se tendência, quase que universal, á
reunir na(s) sua(s) unidade (s) de ensino disciplinas que consti-
tuem oferta típica de outros setores do conhecimento. Este pro-
cedimento, longe de ser excepcional (tal como ocorre nas demais
áreas), constitui, em primeiro lugar, a regra geral e, em segundo
lugar, envolve a maioria dos departamentos da área Assim, man-
tido o critério geral de lotação, pouco sobraria à área de Educa-
ção, esta ver-se-ia, nesse sentido, inteiramente desfigurada de sua
composição típica; tal fato traria péssimas consequências ao tra-
tamento analítico da departamentalização deste setor.
Apesar da estratégia de lotação adotada, dez departamentos
não puderam ser incluídos nesta análise, visto ser impossível de-
finir a(s) sua(s) área(s) de atuação dominante. São eles:
157
A análise de suas disciplinas faria com que o mesmo fosse
incluído simultaneamente em nada menos que cinco áreas de co-
nhecimento, com a especial ressalva de que, das 11 disciplinas
opertadas, apenas uma (!) se relaciona à área de Saúde, onde a
UFRJ inclui o departamento em questão. São elas: Psicologia,
Estatística, Metodologia da Investigação Científica, Sociologia
Aplicada, Economia Aplicada, Inquéritos de Nutrição, Higiene, Es-
tudo de Problemas Brasileiros I e II, Pedagogia Aplicada à Nutri-
ção e Administração de Saúde Pública.
158
mais amplas, na impossibilidade de uma desagregação. Tal é o
caso, por exemplo, da UFCE e da FUMA; nessas circunstâncias
buscou-se contornar a situação lançando mão dos respectivos ca-
tálogos ou fontes equivalentes.
Observou-se que, sendo esta uma análise do universo de de-
partamentos, a fonte de informação precípua constituiu-se no
conjunto de "Informações Gerais e Estatísticas". Para aquelas
Universidades que não devolveram esse conjunto de formulários,
teve-se que criar soluções alternativas para suprimento dos dados
necessários. Assim, nos casos da UFSCAR e da UFJF recorreu-se
aos Catálogos Gerais respectivos. Para a UFPEL, entretanto, não
se pôde dispor de tal fonte, visto que esta Universidade apenas en-
viou um Catálogo de Cursos, listando as disciplinas que os com-
põem. Neste caso apenas se teve condições de nomear os depar-
tamentos segundo as diversas áreas, sem que se pudesse, infeliz-
mente, fornecer os indicadores quantitativos a eles referentes.
Finalmente, três outras Universidades devem ser objeto de
destaque especial: a UFOP, a UFSCAR e a FUAM. A primeira,
apesar de ter preenchido os modelos de "Informações Gerais e
Estatísticas", o fez de tal modo, no que se refere ao Pessoal Docen-
te, que tiveram de ser buscadas outras fontes para a verificação
do seu teor de veracidade. Numa relação nominal dos docentes
por departamento, encontrou-se dados mais consistentes, embora
apenas para a Escola de Minas, visto ter sido tal documento en-
tregue aos entrevistadores quando da pesquisa direta àquela uni-
dade de ensino. Nestas condições optou-se por fazer a substituição,
ressalvando aqui a reduzidíssima confiabilidade das informações
relativas à Escola de Farmácia e Bioquímica, que não puderam
ser cotejadas com qualquer fonte alternativa.
No que concerne à UFSCAR, nenhum documento disponível
informa acerca da inserção dos seus departamentos nas duas Uni-
dades em funcionamento, mas apenas naquelas formalmente pre-
vistas. Com isto as análises de inserção viram-se sensivelmente pre-
judicadas para esta instituição.
Finalmente a FUAM revelou duas estruturas sobre cuja im-
plantação não se tem condições de decidir, como é esclarecido
detalhadamente no Anexo I. Com isto foi necessário aceitar para
os efeitos desta análise, a estrutura que serve de base às "Infor-
mações Gerais e Estatísticas", sob pena de se ter que abandonar
o tratamento desta Universidade. Contudo, deve ser ressalvado
que boa parte da mesma parece não estar implantada, conforme
os resultados coletados na entrevista concedida pelo Reitor dessa
instituição. Crê-se que estejam implantados (apenas em termos
prováveis, haja vista a extrema contradição entre todas as fon-
tes) os Institutos Básicos e a Faculdade de Tecnologia.
Feitas estas considerações, passar-se-á ao tratamento analíti-
co de cada uma das 11 áreas de conhecimento, previamente cate-
gorizadas, e, em seguida, abordar-se-ão as soluções estruturais
encontradas para os conteúdos "Estudo de Problemas Brasileiros"
e "Educação Física".
159
1.2.44 — DEPARTAMENTALIZAÇÃO DA ÁREA DE LETRAS
Letras
161
curiosamente: Língua e Literatura Espanhola e Língua Espanho-
la I. Com isto, verifica-se uma pequena discrepância frente ao
modelo teoricamente antecipado.
No caso da UFF, às Línguas une-se a Linguística e às Lite-
raturas a sua Teoria, constituindo dois departamentos: de Lite-
ratura e de Linguística e Filologia.
A terceira modalidade de departamentalização mostrou-se
típica das estruturas dotadas de Centros coordenadores de De-
partamentos. Todas as Universidades incluídas nesta modalidade
são de pequeno ou médio porte, sendo que a maioria delas parti-
lha este tipo de organização estrutural, que parece caracterizar-
se pela criação de "macro-departamentos".
Desta forma nesta modalidade estão aquelas instituições que
optaram pela constituição de um único departamento de Letras.
São elas: UFPI, UFAL, UFES, UFJF, FUBER, UFRRJ, UFMT e
UFSM. Nota-se o porte destes departamentos pelo número de
disciplinas ofertadas; por exemplo: UFPI, 62 disciplinas; UFAL,
78 disciplinas; UFSM, 84 disciplinas.
O quarto modelo parece ser um desdobramento do primeiro
visto que, se neste observa-se um departamento de vernáculas e
outro de estrangeiras, nota-se agora uma fragmentação do setor
de estrangeiras em vários departamentos.
Esta fragmentação está estreitamente vinculada às denomi-
nações das modalidades de graduação no curso de Letras. A UFGO
inclusive rotula seus departamentos exatamente por meio destas.
Assim, notamos:
a) UFGO
1) Departamento de Letras Vernáculas
2) Departamento de Letras Anglo-Germânicas
3) Departamento de Letras Neo-Latinas.
b) UFMG
1) Departamento de Letras Vernáculas
2) Departamento de Letras Românicas
3) Departamento de Letras Germânicas
4) Departamento de Letras Clássicas.
Um quinto grupo pode ser formado por aquelas Universida-
des que destacam os conhecimentos básicos à área de Letras (Lin-
guística e Teoria da Literatura), constituindo um departamento
çom ambos ou com um deles.
162
b) UFPB — Há, além dos demais, um Departamento de
Linguística e Literatura.
c) UFSE — Além dos Departamentos de Vernáculas e Es-
trangeiras, constituiu-se um terceiro — Ciên-
cia da Língua e da Literatura.
d) UFBA — Há, a mais, um Departamento de Linguística,
Teoria da Literatura e História da Literatura.
e) UFRS — Há um Departamento de Linguística e Filolo-
gia, além dos de Línguas Modernas e Letras
Clássicas e Modernas.
f) UNB — Contrariamente às cinco Un'versidades prece-
dentes, que destacam a Linguística em um
Departamento, a UNB destaca a Teoria da Li-
teratura que, ao lado da Literatura e Cultura
Brasileiras, compõe unidade desta espécie. A
Linguística aparece, por sua vez, incorporada
ao Departamento de Língua Portuguesa, en-
quanto que as Literaturas Clássicas e Moder-
nas aparecem no Departamento relativo a es-
tas línguas.
g) UFRJ — Esta Universidade mantém dois departamen-
tos, um para cada uma das sub-áreas: Depar-
tamento de Linguística e Filologia e Depar-
tamento de Ciência da Literatura.
163
O mesmo tem lugar quando se observa a distribuição dos
modelos pelos grupos de critérios combinados. Um único traço
se destaca: todas as Universidades que não atuam nesta área es-
tão inseridas no grupo das antigas especializadas (2.° Grupo); no
entanto, tal característica não se aplica a todo o grupo na me-
dida em que a UFRPE e a UFRJ revelam atuação.
VINCULAÇÃO
ESTRUTURAL TIPO DE ÔRGÂO UNIVERSIDADES TOTAL
Instituto de Letras UFPB, UFPE, UFBA. UNB, UFRS e UFF 6
Instituiu de Letras e Artes FUAM, FUMA, UFRN a UFPEL 4
Instituto de Letras, Artes e Co-
municação UFS 1
Instituto de Ciências Humanas e
U/D Letras UFJF e UFGO 2
Instituto de Ciências Humanas UFRPE 1
Instituto de Ciências Sociais UFRRJ 1
Faculdade de Letras UFMG. UFRJ 2
Faculdade de Filosofia, Ciências
e Leiras FUBER 1
Centro de Letras e Artes UFPA,FURG 2
Centro da Ciências Humanas a
Letras UFPI. UFMT 2
Centro ou Setor de Ciências Hu-
C/D manas, Letras e Artes UFCE. UFPR 2
Centro da Estudos Gerais ou
Básicos UFES, UFSC, UFSM 3
Centro de Humanidades ou Ciências
Humanas UFAL 1
NAO HA DEPARTAMENTOS NA ÁREA UFOP. UFV, UFSCAR 3
TOTAL 31
166
QUADRO 1.53
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DA ÁREA DE LETRAS: ESTRUTURAS C/U
"NO departamento de Letra estão incluídos os docentes do departamento de Artes a Comunicação conforma informação do Catálago de Cursos de 1972.
FONTE: Informações Geral e Estatistica. Convênio MEC/OAU-UFBA/ISP, 1973.
QUADRO 1.54
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DA ÁREA DE LETRAS: ESTRUTURAS U/D
Apesar do menor porte em média, alguns departamentos ain-
da se fazem notar por suas grandes dimensões. O principal deles
é o de Letras Vernáculas, da UFMG, que oferta 90 disciplinas,
congregando 37 docentes; seu porte avantajado faz cem que esta
Universidade se destaque pelo elevado número médio de docentes
por departamento (19), se comparado à média apresentada pelas
outras Universidades. Pelo grande número de disciplinas oferta-
das destacam-se ainda os departamentos de: Línguas Modernas, da
UFR3 (60 disciplinas), e Letras Românicas e Letras Germâni-
cas. da UFBA (59 e 57 respectivamente)
O reduzide número de docentes caracteriza fundamentalmen-
te os seguintes departamentos: Línguas — UFRRJ (3); Letras
Clássicas — UFBA (4); Estudos Clássicos e Vernáculos (4) e Es-
tudos Fundamentais (5), ambos da UFRN. Esta última Universi-
dade, inclusive, destaca-se pela relativa baixa média de docen-
tes por departamentos (6,6).
'Era vista do reduzido número de docentes, alguns dos depar-
tamentos revelam uma relativa sobrecarga do seu pessoal. Tal é o
caso do supra-citado Departamento de Estudos Clássicos e Vernácu-
los da UFRN, que apresenta uma média de seis disciplinas por pro-
fessor. Nestas condições encontram-se ainda os de: Linguística,
Teoria da Literatura e História da Literatura — UFBA (5 disci-
plinas por docente) e Letras Anglo-Germânicas — UFGO (5).
No extremo oposto destacam-se três departamentos cujas mé-
dias de disciplinas por professor são inferiores a uma. Destes, dois
estão na UFPB — o Departamento de Línguas Anglo-Germânicas
e o de Língua Portuguesa. No primeiro deles pode-se entender o
baixo índice, vez que 89% dos seus docentes estão em regime igual
ou inferior a 24 horas semanais;\ o mesmo se verifica, ainda que
com um índice algo menor, no Departamento de Língua Portugue-
sa onde, dos 13 docentes, 10 (77%) estão em 24 ou 12 horas. O
terceiro departamento com número médio de disciplinas inferior a
um localiza-se na FUBER (Departamento de Letras). Observa-se.
que todos os seus docentes estão numa classe de regime de traba-
lho em princípio residual ("outros"), que não permite tirar con-
clusões .
Para uma vísão global comparada da departamentalização da
área de Letras segundo os tipos estruturais adotados pelas Univer-
sidades, aoresenta-se o Quadro 1.55' que, resumidamente,
permite a visualização das diferenças quanto à dimensão desses de-
partamentos .
Q U A D R O 1.55
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DIMENSÃO RELATIVA DOS DEPARTAMENTOS DA ÁREA DE
LETRAS SEGUNDO OS TIPOS ESTRUTURAIS
170
curso de Ciências Sociais. A heterogeneidade do referido currículo
impôs, na situação anterior, um departamento que aglutinasse to-
das as disciplinas do curso, inclusive as de formação do professor
do antigo nível médio, i.e., as "disciplinas pedagógicas"; isso
como consequência óbvia da inexistência, naquela época, de unida-
des especializadas na formação de professores.
Embora, com a reestruturação das Universidades, as coordena-
das disponíveis facilitassem o desmembramento dos antigos depar-
tamentos de Ciências Sociais em departamentos especializados em
ciências que, conquanto próximas pelo objeto comum de que tra-
tam (objeto material) mereceriam um tratamento científico (ob-
jeto formal) mais próprio em cada campo de trabalho docente e
de pesquisa, tais como departamentos de Sociologia, de História,
às Antropologia, muitas Universidades se limitaram à retirada de
disciplmas de outras áreas — v.g. as "disciplinas pedagógicas",
às vezes a Geografia, em quase todos a Estatística.
171
velmente disciplinas de teor sociológico, antropológico e de ciência
politica. Numa orientação perfeitamente aceitável, pela proximi-
dade do campo de trabalho científico da Sociologia, da Antropolo-
gia, e da Ciência Política, talvez acrescentada da possível dificul-
dade de distribuir as disciplinas em departamentos especiais a fira
de não correr o risco de permitir a existência de "micro-depar-
tamentos", esse critério não chega a causar maior perplexidade,
como nos casos acima apontados. A UFMG e a UNB enquadra-se
nessa situação.
Os "departamentos geminados", tal como foram aqui chama-
dos, estão presentes na estrutura de numerosas Universidades.
Rotulou-se "departamento geminado" a convivência, um tan-
to inusitada e artificiosa, de certos campos de saber e de certas
ciências.
Observa-se que esta convivência pode ser justificada nas cir-
cunstâncias em que as Universidades, na busca de assegurar a
consecução de universalidade de campo, tendo em vista suas fre-
quências optem como alternativa mais adequada a geminação de
áreas, ainda que próximas, não tão afins. Se tal não ocorresse,
a tendência seria ao indesejado fracionamento responsável pela
"micro-departamentalização' .
Além do caso especialíssimo do Departamento de Economia,
Extensão, Psicologia e Letras da UFRPE, que vai além do artificio
aceitável, há que se considerar outros tantos que não se enqua-
dram na situação de uma geminação provisória e justificável, co-
mo observou-se anteriormente. São eles:
a) o Departamento de Filosofia e História da FUAM que.
não se contentando com os parâmetros de sua denominação.
vai além, acolhendo as disciplinas Geografia Humana e Geo-
grafia Física.
b) o Departamento de Filosofia e Psicologia da- UFPA, com
sessenta e sete (57) disciplinas, mantém entre outras as de
Estatística. Direito da Igreja, Ecumenismo, Estudo Compara-
do das Religiões, Eclesiologia, Fontes da Revelação. A existên-
cia de um curso de Teologia na UFPA não explica, contudo, a
vazão daquelas disciplinas e de outras tantas, num departa-
mento de Filosofia e Psicologia
c) o Departamento de Ciências Sociais e Filosofia da UFPI
acolhe inexplicavelmente disciplinas como: Contabilidade Ge-
ral, Organização Municipal Brasileira, Técnicas de Chefia e
Liderança, Teodiceia, Legislação Tributária, entre muitíssi-
mas outras. A geminação Ciências Sociais/Filosofia desa-
parece quando se identifica as disciplinas, aparecendo, pelo
contrário, uma espécie de geminação, não explica no título do
departamento,, a de Ciências Contábeis/Administração Teolo-
gia . Ainda na UFPI há outra geminação, a do Departamento
172
de Geografia e História, onde aparece a disciplina Antropolo-
gia Cultural; esse departamento tem cinquenta e cinco (55)
disciplinas.
d) o Departamento de Sociologia e Antropologia Cultural
da UFRPE mantém, embora com tal título, disciplinas como:
Filosofia, Geogiafia do Brasil, História e Cultura Religiosa,
História Social, Política Econômica Geral, Constituição Brasi-
leira.
Ainda uma vez, a geminação expressa no título do departa-
mento não justifica o seu conteúdo disciplinar.
Poderiam se enquadrar na situação de uma geminação pro-
visória e justificável, não fora o extenso número de disciplinas que
os compõem, entre outros os seguintes departamentos:
a) o de História e Filosofia da UFSE, com cinquenta e cin-
co (55) disciplinas;
b) o de Economia e Política da UFGO, com vinte e quatro
(24) disciplinas;
173
peita de permanência de interesses grupais e/ou de antigas cá-
tedras, orientando a existência de seis (6) departamentos especia-
lizados na área de Psicologia.
É possível aventar algumas suposições bem amplas que ten-
tam explicar a existência de "macro-departamentos", "micro-de-
partamentos", de "departamentos geminados" e, mesmo de de-
partamentos que vêm ferir abertamente o princípio legal da Re-
forma — o da não duplicação — além daquele outro: o lógico-epis-
temológico, que é, aliás, uma consequência fundamental da não-
duplicação.
Como elemento de explicação mais geral, poder-se-ia consi-
derar que na implantação do sistema de reestruturação, a situa-
ção prévia, tipicável como de "universidades conglomeradas",
garantiu, através de um fenômeno de resistência a continuidade
de matérias (disciplinas), cargos (pessoas) e cursos (currículos que
se corporificam naquelas matérias/disciplinas) levemente remane-
jados em "macro-departamentos".
Ficam assim burlados os dois princípios: ,o da não duplicação
e o lógico-epistemológico. A relativa liberdade de aglutinação ofe-
recida pelos dispositivos legais da Reforma facilitou a continuidade
com nova rotulação, apenas.
Outros possíveis elementos explicativos podem ser encontrados
nos fatores a seguir relacionados:
a) A orientação dos currículos mínimos de cursos oferecidos
pelas Universidades conformando os departamentos (p.ex. o
Departamento de Ciências Sociais da FUAM, visivelmente
atendendo a um curso, o de Serviço Social. Vide disciplinas:
"Ética Profissional em Serviço Social"; "Serviço Social de
Casos", "Serviço Social de Grupo", "Serviço Social de Comu-
nidades") .
b) Currículos de cursos compondo integralmente o departa-
mento, e como consequência a inserção de disciplinas total-
mente fora da área numa organização esdrúxula. P. ex.:
Português e Inglês como disciplinas do Departamento de
Ciências Sociais, na UFPB.
c) Departamentc-Unidade-Curso(s) como o Departamento
de Ciências Sociais e Filosofia da ÚFPI, onde existem disci-
plinas como "Organização Municipal Brasileira", "Doutrina
Social da Igreja", "Estatística", "Teodicéia", entre outras,
com 57 disciplinas.
d) Desatendimento aos princípios básicos da reestruturação,
na organização de um departamento dedicado a disciplinas de
variadíssima origem científica e didática. Tal é o caso da fla-
grante confusão teórica, metodológica e didática do Departa-
mento de Economia, Extensão, Psicologia e Letras da UFRPE
174
onde se encontram disciplinas tais como: Português, Econo-
mia, História das Doutrinas Morais, Biologia Educacional,
Geografia Física, Humana e Geral, Recursos Plurisensoriais,
inglês e, inclusive, entre outras, Educação Física. Parece l í -
cito admitir que nem mesmo o fato de ser esta Universidade
originalmente especializada (Rural) e de pequenas dimen-
sões, em fase de transição para atender ao princípio da uni-
versalidade de campos de conhecimento, pode ser apresentado
como razão suficiente para justificar tal grupamento.
A análise da inserção estrutural dos departamentos da área
de Ciências Humanas e Filosofia revóla uma relativa uniformida-
de entre as alternativas adotadas.
Assim, observa-se que apenas cinco (5) instituições incluem
este setor caracteristicamente básico em Unidades que a prática
estigmatizou como abarcantes de conhecimentos nitidamente pro-
fissionais. São elas: FUAM (com o Departamento de Psicologia na
Faculdade de Educação), UFPB (com a Faculdade de Ciências Eco-
nômicas de Campina Grande englobando toda a área das Ciências
Sociais), a UFBA e a UFMG (com as Faculdades de Filosofia e
Ciências Humanas englobando toda a área de conhecimentos hu-
manos básicos), além da FUBER (com a sua Faculdade de Filoso-
fia, Ciências e Letras que abarca o Departamento de História).
Apenas seis Universidades lotaram as humanidades em mais
de uma unidade de ensino; são elas: FURG, FUAM, UFPB, UNB e
UFPEL, todas com duas unidades, além da UFRS com três. Vinte
e cinco outras lançaram mão de uma única unidade, com vistas a
abarcar os departamentos da área.
Note-se que estão apenas referidas 27 (vinte e sete) institui-
ções, haja visto que as quatro restantes (UFOP, UFV, UFSCAR e
UFMT) não têm departamentos nesta área. Destas, apenas uma
não tem, conforme as informações fornecidas, qualquer atuação
nestes ramos de conhecimento (UFOP). As três outras, apesar de
fazerem-no, não expressaram estruturalmente esta atividade; des-
ta forma, incluíram as disciplinas desta área em departamentos
característicos de outros setores do conhecimento humano. Tal é
o caso da UFMT, que inclui no seu Departamento de Geografia
toda a parte relativa a Antropologia, enquanto que as disciplinas
de conteúdo sociológico foram inseridas no Departamento de Ser-
viço Social. O mesmo se operou na UFV, onde as disciplinas de
Sociologia e Psicologia foram distribuídas por dois departamentos
(Economia Rural e Educação). Em São Carlos, o Departamento
de Fundamentos Científicos e Filosóficos da Educação abarca
disciplinas da área de Sociologia.
A opção quanto ao número de Departamentos na área das
Ciências Humanas básicas tem um amplo escopo de variação: to-
davia, a mais frequente orientou-se em direção aos pequenos
números. O Quadro 1.56revela que, para um intervalo total
de variação situado entre 1 e 9 departamentos, 81% das institui-
ções atuantes tem um número de departamentos igual ou menor
que quatro.
175
QUADRO 1.56
UNIVERSIDADES FEDERAIS
NÚMERO DE DEPARTAMENTOS NA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA
QUADRO 1.57
UNIVERSIDADES FEDERAIS
D E P A R T A M E N T A L I Z A Ç Ã O DA AR EA DE C I Ê N C I A S H U M A N A S E F I L O S O F I A SEGUNDO TIPOS E S T R U T U R A I S
QUADRO 1.61
UNIVERSIDADES FEDERAIS
NÚMERO DE DEPARTAMENTOS NA ÁREA DE GEOCIÊNCIAS
QUADRO 1.62
UNIVERSIDADES FEDERAIS
D E P A R T A M E N T A L I Z A Ç Ã O DA Á R E A DE GEOCIÊNCIAS. SEGUNDO TIPOS ESTRUTURAIS
181
Apenas 26% dos departamentos revelam nítida discrepância
com relação aos padrões médios que orientaram esta área de co-
nhecimento. Estes desvios orientam-se predominantemente em
direção aos "micro-departamentos" 17% do universo), antes que
em direção aos de tipo "macro" (5% apenas).
Como "micro-departamentos" destacam-se:
a) Na FURG, todos os departamentos da área, quais sejam:
Geociências, com 3 docentes; Oceanografia Geológica e
Oceanografia Aplicada, os dois últimos com 2 professo-
res;
b) O Departamento de Geografia da FUMA (5 docentes);
c) Os de Geologia Econômica e de Minas (2 docentes) e
Meteorologia (4), do Instituto de Geociências da UFRJ.
182
o Departamento de Geografia da UFMT vai mais longe ao ofer-
tar as disciplinas Introdução à Antropologia, Antropologia Cul-
tural I e II, Cultura Brasileira, História da Ciência (!) e Pers-
pectivas Contemporâneas. Nas mesmas condições encontra-se fi-
nalmente o Departamento de Geociências da UFSC, ofertante de
disciplinas tão discrepantes do seu conteúdo precípuo quanto:
Estudos de Problemas Brasileiros I, II e III; Desenho, Desenho
Técnico I e II; Desenho Geométrico e Geometria Descritiva.
183
QUADRO 1.63
UNIVERSIDADES FEDERAIS
Á R E A S DE I N S E R Ç Ã O DOS D E P A R T A M E N T O S DE G E O C I Ê N C I A S
U N I V E R S I D A D E S QUE Á R E A S DE INCLUS
M A N T Ê M CURSO N A Á R E A NIVEL ESTRUTURAL CURSOS E X I S T E N T E S DOS DEPARTAMENTO
185
QUADRO 1.64
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DA ÁREA DE GEOCIÊNCIAS
ESTRUTURAS CENTRO/DEPARTAMENTO
QUADRO 1.66
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DA ÁREA DE GEOCIÊNCIAS:
ESTRUTURAS UNIDADE/DEPARTAMENTO
1.3.4.4 — A DEPARTAMENTALIZAÇÃO DA ÁREA DAS CIÊNCIAS
BIOLÔGICAS
QUADRO 1.67
UNIVERSIDADES FEDERAIS
NUMERO DE DEPARTAMENTOS NA ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
FREQUÊNCIA DA CLASSE
CLASSES DE UNIVERSIDADES ABSOLUTO %SIMPLES % ACUMULADO
DEPARTAMENTOS
UFPI' UFES, UFMT. UFSCAR, UFAL, UFSC, UFOP. FUAM. UFV, UNB 10 32 32
1 -3
4-6 UFPA, FURG. FUMA, UFSE. UFF, UFRRJ, UFSM, UFRPE. FUBER, UFCE,
UFJF. UFRN, UFPEL 13 42 74
7 - 10 UFPB. UFPR. UFPE. UFRS. UFMG 5 16 90
UFGO. UFBA. UFRJ 3 10 100
11 - 16
TOTAL 31 100
QUADRO 1.68
UNIVERSIDADES FEDERAIS
D E P A R T A M E N T A L I Z A Ç Ã O DA Á R E A DE C I Ê N C I A S BIOLÓGICAS: E S T R U T U R A S C E N T R O - D E P A R T A M E N T O
QUADRO 1.69
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DA ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: ESTRUTURAS CENTRO - UNIDADE
193
No entanto, situações opostas também se verificam. Tal é o
caso dos Departamentos de Ecologia e Biologia Marinha do Insti-
tuto de Biologia da própria UFRJ, cujos docentes devem estar a
desdobrar-se, de acordo com a informação enviada, para cum-
prir cada um deles uma média de quase 10 disciplinas (!). Neste
mesmo Instituto o Departamento de Zoologia mostra situação se-
melhante, ainda que não tão grave, com quatro docentes para 32
disciplinas ofertadas. Sendo fidedignas as informações fornecidas,
apenas se pode aventar a possibilidade de que boa parte destas dis-
ciplinas não sejam reofertadas em períodos curtos de tempo, de
tal sorte que a média semestral verdadeira se reduza a um limi-
te compatível com acppacidade humana. Ainda assim parece que,
ocorrendo tal fato, cria-se uma enorme ameaça ao cumprimento
do princípio da flexibilidade curricular, o qual tem como um dos
suportes para a sua efetivação a constante reiteração na oferta de
disciplinas, tendo como base os curtos intervalos de tempo; so-
mente assim o aluno poderia, sem maiores impecilhos, compor o
seu programa escolar.
194
biomédica (Medicina, Farmácia, Odontologia, Veterinária e Ciên-
cias Biológicas). Com isto parece configurar-se um descumpri-
mento dos pressupostos da Reforma, por duas vias: a do departa-
mento-disciplina (possível revivescência da antiga cátedra) e a
ausência da execução da cooperação interescolar em toda a sua
extensão;
h) O Departamento de Histologia e Embriologia, também da
UFGO; oferta duas disciplinas: Histologia e Embriologia e Histolo-
gia Especial (esta para alunos de Odontologia).
Nestas referências a "departamentos-disciplina", já se pode
observar o caráter problemático que constitui o ramo da Patologia.
Nele as duplicações parecem particularmente frequentes, sendo
muito comum a existência de departamentos desta espécie con-
comitantemente nos níveis básico e profissional. Tal é o caso das
seguintes instituições:
i) UFPR com dois departamentos de Patologia, um no Setor de
Ciências Biológicas ('Patologia Básica") outro no Setor de Ciências
de Saúde ("Patologia");
j) UFGO com nada menos que três departamentos de Patolo-
gia, cada um deles vinculado a uma das seguintes unidades: Fa-
culdade de Medicina, Escola de Agronomia e Veterinária e Insti-
tuto de Patologia Tropical.
Estas duplicações parecem advir das dúvidas no que concerne
à lotação dos departamentos de Patologia, o que se assemelha
uma outra peculiaridade da departamentalização nesta área.
As Universidades adotam posições diferenciadas, ora in-
cluindo este ramo no setor básico, ora no setor profissional. O
Quadro 1.71 revela as hesitações a este respeito.
QUADRO 1.71
UNIVERSIDADES FEDERAIS
LOTAÇÃO DOS DEPARTAMENTOS DE PATOLOGIA
QUADRO 1.72
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DA ARE A DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, SEGUNDO TIPOS ESTRUTURAIS
PROFESSORES/DEPARTAMENTO DISCIPLINAS/DEPARTAMENTO
NA UNIDADE NA UNIDADE DISCIPLINAS / DOCENTES
196
Vale observar que nesta área de conhecimento faz pouco
sentido o tratamento das médias de disciplinas/docente, na
maioria dos casos; isto porque sente-se aqui muito claramente
que a única forma precisa de avaliar os encargos de ensino des-
tes professores seria aquela decorrente do tratamento da infor-
mação de turmas. Isto se deve a que tal área caracteriza-se pela
oferta de disciplinas e amplos setores profissionais e, com isto,
a grandes números de turmas na área básica. Desta forma ex-
plica-se por que os quadros revelam tão baixos quocientes de dis-
ciplinas/professor.
O estudo da inserção estrutural dos departamentos da área
de Ciências Biológicas revela peculiaridades bastante interessan-
tes. Para evidenciá-las ordenou-se as Universidades segundo os
modelos de inserção estrutural desses departamentos.
Observa-se, de imediato, a grande variedade de modelos de
serção dos departamentos das Ciências Biológicas em níveis
estruturais mais amplos. Oito são os modelos adotados, obser-
vando-se que em apenas dois deles esta área de conhecimentos
claramente fundamentais inclui-se unicamente em Unidades de
ensino e pesquisa básicos.
A primeira peculiaridade é dada pela excessiva quantidade
de modelos de inserção, os quais variam desde estruturas com
uma única unidade até outras com seis delas.
Uma outra peculiaridade diz respeito à existência de fracio-
namento desta área em dois subconjuntos, isolando os conheci-
mentos básicos orientados para a área da Saúde (tipo Anatomia.
Histologia...) daqueles ramos de extremo grau de generalidade
(tipo Botânica, Zoologia, Biologia Geral . . . ) , que são conjuga-
dos em uma unidade independente daquela anteriormente re-
ferida .
Com isto verifica-se uma duplicação de serviços de apoio
administrativo para atendimento a dois órgãos que, em última
instância, atuam em ramos igualmente básicos e de idêntica na-
tureza do conhecimento humano.
QUADRO 1.73
UNIVERSIDADES FEDERAIS
MODELOS DE INSERÇÃO ESTRUTURAL DOS DEPARTAMENTOS DA ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
FREQUÊNCIA
MODELOS UNIVERSIDADES ABSOLUTO %
ns Unidade Básica UFPA. UFPI. UFAL. UFSE, FUAM. UFRPE
UFV UNB. UFRRJ 9 29
Uma Unidade Básico-Profissional UFES. UFMT. UFOP 3 10
Duas Unidades Básicas UFBA. UFPEL
uma unidade Básica e Uma Unidade UFCE. UFPR. FUMA, UFJF, UFF, UFPE, 2 6
profissional UFMG
Uma unidade Básica e Uma Unidade Bá- 7 23
sica Profissional UFSC. UFSM. FURG
Uma Unidade Básica e duas ou mais 3 10
unidades-Profissionais UFRN, FUBER
Duas Unidades Básicas e duas ou mais 2 6
unidades Profissionais UFPB, UFGO. UFRS
Cinco Unidades Básicas e uma Unida- 3 10
Profissional UFRJ
Sem informação 1 3
UFSCAR
1 3
Fonte . informações Gerais e Estatísticas, Con venio MEC/DAU-UFBA/lSP, 1973. 31 1 0 0
197
Observa-se que não se trata aqui das frequentes situações em
que a unidade profissional de saúde atrai os conhecimentos bá-
sicos mais próximos de si, como já tivemos oportunidade de obser-
var para o ramo de Patologia, protótipo deste frequente tipo de
conduta.
UNIVERSIDADES FEDERAIS
NÚMERO DE DEPARTAMENTOS NA ÁREA DAS CIÊNCIAS
MATEMÁTICAS, FÍSICAS E QUÍMICAS
NÚMERO FREQUÊNCIA
DE UNIVERSIDADES
DEPARTAMENTOS ABSOLUTO .
% ACUMULA
2 UFPI, UFES, FUMA e UFRPE 4 13 13
3 UFPA, UFAL, UFSM, FURG, F U A M , U F V , UFOP, UFRRJ,
UFSCAR e UFMT. 10 33 46
4 UFSC, UFSE, UFJE, UFMG e UNB 5 17 63
5 UFCE, UFF, FUBER e UFPEL 4 13 76
6 UFRNeUFRS 2 6 82
7 UFPR 1 3 85
8 UFPEeUFGO 2 6 91
11 UFPBeUFBA 2 6 97
15 UFRJ 1 3 100_
TOTAL 31 100
200
A denominação "departamento-curso" tem a desvantagem dr
poder formar a ideia de que o departamento em questão detém a
propriedade do.curso, no que tange à oferta de disciplinas. O que
se verifica é que tais órgão congregam a quase totalidade das dis-
ciplinas profissionais do mesmo.
Contudo, optou-se por manter esta denominação haja vista a
extrema correspondência revelada entre a existência de um cur-
so e a presença do departamento correspondente ao mesmo. Para
evidenciá-lo, destacaram-se as 27 instituições que mantêm cursos
na área, analisando comparativamente a presença dos mesmos
e de departamentos desta espécie. Verificou-se que nada menos
que 70% das instituições mantém "departamentos — curso" nes-
ta área de conhecimento.
A fim de obter-se maior precisão tipologizou-se estas situa-
ções, criando duas categorias. A primeira delas agrupa as Univer-
sidades em que a analogia curso-departamento é perfeita, a exem-
plo da UFMT que mantém os cursos de Matemática, Física e
Química e os mesmos departamentos. Por outro lado, considerou-
se como situações de analogia imperfeita aquelas em que apenas
um dos ramos sofresse fracionamento em termos estruturais é o
caso por exemplo da UFCE, que mantém os cursos de Matemá-
tica. Estatística. Física e Química, mas que no plano dos departa-
mentos mantém os três primeiros como tal, fracionando contudo
o último ramo supra-citado em dois departamentos.
Outra situação que configura um "departamento-curso" de ana-
logia imperfeita tem lugar quando a Universidade mantém um
número de departamentos maior que o de cursos, por não graduar
alunos em todo os ramos de conhecimento. Nestas condições en-
contra-se por exemplo a FURG, que mantém três departamentos
— Matemática, Física e Química —, apesar de só ofertar curso
no primeiro destes ramos de conhecimento.
O Quadro 1.75 revela os resultados obtidos nesta classi-
ficação:
QUADRO 1.75
UNIVERSIDADES FEDERAIS
D E P A R T A M E N T O - C U R S O NA ÁREA DAS CIÊNCIAS
MATEMÁTICAS. FÍSICAS E QUÍMICAS
TOTAL 27 100
FONTE: informações Gerais e Estatísticas, Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP. 1973.
201
Uma conclusão que vale ser ressaltada diz respeito à inci-
dência destes "departamentos-curso" pelos vários tipos estrutu-
rais. A sua frequência entre as Universidades tipo tipo C/D chega ao
assombroso índice de 90%, reduzindo-se para 80% entre as estru-
turas C/U, e chegando ao limite mínimo no tipo estrural U/D,
com 44% das suas Universidades.
Na estrutura C/D quase todas as instituições que mantêm
cursos na área (exceção feita à UFPR) organizaram-se em "de-
partamentos-curso". A UFPR, convém ressaltar, de\taca-se, e
não apenas nesta área de conhecimento, pelo fracionamento da
sua estrutura departamental, altamente discrepante frente ao
grupo em que se inclui.
A referência aos "departamentos-curso" pode levar à conclu-
são errónea de que as Ciências Matemáticas, Físicas e Químicas
caracterizam-se pela dominância dos órgãos de grande parte,
isto é, do que tratamos aqui como "macro-departamentos". Tal,
entretanto, não se verifica. Os Quadros 1.76. 1.77 e 1.78, per-
mitem a visualização da situação de cada um dos departamen-
tos desta área, evidenciando o que aqui se afirmou. Através de-
les percebe-se que apenas 24% dos "departamentos-cursos" são
de tipo "macro", o que evidentemente afasta a possibilidade da
intercambiabilidade destas categorias.
202
QUADRO 1.76
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DA ÁREA DAS CIÊNCIAS
MATEMÁTICAS. FÍSICAS E QUIMICAS:
ESTRUTURAS CENTRO/DEPARTAMENTO
QUADRO 1.77
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DA ÁREA DAS CIÊNCIAS
MATEMÁTICAS, FÍSICAS e QUÍMICAS:
ESTRUTURAS CENTRO/UNIDADE
QUADRO 1.78
UNIVERSIDADES FEDERAIS
FREQUÊNCIA
T I P O DE I N S E R Ç Ã O UNIVERSIDADES ABSOLUTO %
-—Unidades individualizadas para um ou dois
dos ramos da área UFSE, U F F , U F R N , UFBA, UFRS, UFPEL 6 19
Unidade representativa de todos os ramais
UFPR, U F J F , F U A M , U F R P E , U F V . UFRRJ 6 19
desta área
Unidade representativa de um sub-conjunto UFPA, U F P I , UFCE, U F A L , UFES, F U M A .
das áreas básicas UNB 7 23
Unidade representativa de todas es áreas
básicas UFSM 1 3
Unidade básico-profissional UFMT, FURG 2 7
Unidade profissional UFOP 1 3
Unidade (s) basica(s) + Unidade(s) profis-
sional(s) UFSC. U F R J , UFPB, UFPE. U F M G . FUBER, UFGC 0 7 23
Sem informação UFSCAR 1 3
TOTAL 31 100
NÚMERO DE
DEPARTAMENTOS UNIVERSIDADES ATUANTES NA ÁREA ABSOLUTO % SIMPLES % ACUMULADO
QUADRO 1.82
UNIVERSIDADES FEDERAIS
D E P A R T A M E N T A L I Z A Ç Ã O D A Á R E A D E A R T E S S E G U N D O O S TIPOS E S T R U T U R A I S
208
A análise ma ! s detalhada da departamentalização desta área,
segundo es três modelos estruturais, vem reafirmar a grande im-
portância dos "macro-departamentos" para o setor das Artes. As-
sim, eles constituem nada menos que 75% do Grupo C/D e 44% dos
departamentos inseridos nas Universidades dotadas de Centros co-
ordenadores de Unidades. Para melhor evidenciar esta dominân-
cia, nenhum dos dois tipos estruturais referidos possui um depar-
tamento sequer que seja infradimensionado no que concerte ao
número de docentes e/ou disciplinas.
QUADRO- 1.83
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DA ÁREA DE ARTES: ESTRUTURAS CENTRO/DEPARTAMENTO
UFPA Centro d e l e t r a s e A r t e s
ai Não tem departamento na área
M É D I A DE M É D I A DE
DISCIPLI- DOCENTES M É D I A DE
UNIVERSIDADE UNIDADE DEPARTAMENTO N Ú M E R O DE N Ú M E R O DE NAS POR POR DEPAR- DISCIPLI
DISCI PROFES- DEPARTA- TAMENTO NAS POR
PLINAS SORES M E N T O NA NA DOCENTE
UNIDADE UNIDADE
212
apenas os departamentos para os quais foi possível obter dados,
concluiu-se que 80% daqueles diretamente coordenados por Centros
encontram-se nestas condições; por seu turno, 50% dos coordena-
dos por Unidades acham-se no mesmo caso, enquanto que 43% da-
queles inseridos em estruturas C/U apresentam esta característi-
ca . Com isto, verifica-se que a maioria dos departamentos de Artes
(53% revelou uma carga bastante elevada de atividade docente de-
senvolvida por cada um dos seus membros em termos médios.
213
No entanto tal parece não se verificar na UFGO. O Institu-
to de Artes desta Universidade oferta, através do Departamento de
Matérias Teóricas, as disciplinas Harmonia de I a VIII, Contrapon-
to I e II, Fuga e, além destas, Estética Musical f e II, cujo con-
teúdo não pode ser precisado em vista da ausência de fonte de
consulta acerca das ementas das disciplinas desta área no UFGO.
Todavia, no mesmo Instituto, a Estética volta a se fazer presen-
te, agora sob o rótulo de "Estética Aplicada" no Departamento
de Complementos Artísticos. Considerando-se que o Departamen-
to de Filosofia e Psicologia do Instituto de Ciências Humanas e
Letras oferta a Filosofia da Arte, também sob o rótulo "Estética",
não se consegue precisar qual pode ser o conteúdo da Estética
fornecida pelo Departamento de Matérias Teóricas haja vista que,
se não se quer incorrer em evidente duplicação, o mesmo não de-
ve ser Fuga, Contraponto, Harmonia e nem Filosofia da Arte.
214
Contudo, há circunstâncias em que nem mesmo esse caráter
angencial se verifica, tais como:
1) Administração Geral, Administração de Empresas,
Administração Orçamentária, Introdução ao Estudo
Histórico, Introdução à Economia, Problema Sociais
Econômicos, Direito Usual, Projeto Industrial de I a
III e Introdução à Pesquisa, ofertados pelo Depar-
tamento de Artes e Comunicação da FUMA;
2) Assombrosamente a UFPA listou entre as discipli-
nas do seu Centro de Letras e Artes, ao lado das
demais da área artística, uma História da Agricul-
tura (!);
3) Elementos de Administração Escolar, Estudos de
Problemas Brasileiros no Departamento de Artes
Musicais da FUBER;
Passando-se às alternativas de inserção dos departamentos
de Artes em níveis estruturais mais amplos, pode-se visualizá-la*
no Quadro 1.86:
QUADRO - 1.86
UNIVERSIDADES FEDERAIS
MODELOS PE INSERÇÃO ESTRUTURAL DOS DEPARTAMENTOS PE ARTE
FREQUÊNCIA
MODELOS UNIVERSIDADES ABSOLUTA %
Junção de Artes com Outra(s) Área(s)
Básica(s) em uma Única Unidade UFAL, UFPR, FUMA, UFF, FUAM 5 16
Uma Unidade de Artes UFES, UFSM, UFPE, FUBER, UNB, UFGO, UFRS,
UFPEL 8 26
Duas Unidades de Arte UFRJ, UFBA, UFMG 3 10
Uma Unidade Profissional UFRPE, UFV 2 6
Nilo tem Departamento na área UFPA, UFPI, UFCE, UFMT, UFSC, FURG, UFSE,
UFJF. UFRN. UFPB. UFRRJ. UFSCAR. UFOP 13 42
TOTAL 31
FONTE: Informações Gerais a Estatísticas. Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.
215
QUADRO - 1.87
UNIVERSIDADES FEDERAIS
NÚMERO DE CURSOS E DE UNIDADES NA ÁREA DE ARTES
UNIDADE COMPARTILHA-
N Ú M E R O DE CURSO(S) DA COM OUTRA(S) UMA UNIDADE DUAS U N I -
NA Á R E A AREA(S( PRÓPRIA DADES PRÓPRIAS TOTAL
4 FUMA
'H UFPE, UFSM, FUBER,
UNB, UFRS, UFPEL,
UFMG
UFES. UFGO 10
5 H 8 UFBA,UFRJ 2
Náo têm Curso mas t e m Atividade
Artística UFRPE.UFV, UFAL,
UFPR, U F F , F U A M 6
TOTAL 7 8 3 18
QUADRO - 1.88
UNIVERSIDADES FEDERAIS
NÚMERO DE DEPARTAMENTOS NA ÁREA
DE CIÊNCIAS AGRARIAS
NÚMERO DE FREQUÊNCIA
DEPARTAMENTOS UNIVERSIDADES ABSOLUTA %
1 UNB 1 3
2 UFF, UFPB, FUBER 3 10
3 UFMG 1 3
4 UFCE, UFPR, UFRPE 3 10
5 UFV, UFGO 2 6
6 UFBA, UFSM, UFRS 10
10 UFRRJ, UFPEL 2 6
NÃO TÊM DE- UFPA, UFPI, UFAL, UFES, UFMAT,
PARTAMENTO UFSC, FURG, FUMA, UFSE, UFRJ, FUAM,
NA ÁREA UFRN. UFPE UFOP. UFSCAR 16 52
TOTAL 31 100
NÚMERO DE DEPARTAMENTOS
NÚMERO DE CURSOS NA ÁREA 1 - 5 6-10
1 - 3 UNB, U F F , UFPB,
FUBER, U F M G ,
UFCE, UFPR, U F V , UFRS, UFPEL,
UFGO UFBA 12
4 - 6 UFRPE UFSM, UFRRJ 3
10 5 16
M É D I A DE MÉDIA DE
NUMERO NÚMERO DISCIPLINAS P/ DOCENTES P/ DISCIPLINAS
UNIVER CENTRO DEPARTAMENTO dE DE DEPARTAMENTO DEPARTAMENTO POR
SIDADE DISCIPLINAS | PROFESSORES NA UNIDADE NA UNIDADE DOCENTE
UFPA Não atua na área
UFPI Não atua na área
UFCE Centro de Ciências Agrarias Fitotecnia 32 24
Engenharia Agricola e Edafologia 16 13
Zootecnia 27 29
Engenharia de Pesca 25
0,9
UFAL Não atua na área 25,0
UFES Não atua na área
UFMT Não atua na área
UFPA Setor de Ciências Agrárias Medicina e Veterinária 24 22 1.1
Zootecnia 14 13 1.1
Fitotecnia e Fitossanitarisrrto 28 28 1,0
Silvicultura e Manejo Florestal 16 13 1.2
Economia e Extensão 10 17 18,5 18.6 0,6
UFSC Não atua na área
UFSM Centro de Ciências Rurais Agricultura 13 22 0.6
Cirurgia Veterinária 5 6 0.8
Clinicas Veterinárias 13 19 0.7
Engenharia Agrícola e Florestal 40 29 1.4
Zootecnia 29 17 1.7
Fitotecnia 8 18 0,4
Educação Agricola e Extensão 11 10 17,0 17,2 1,1
FURG Não atua na área
QUADRO- 1.92
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DA ÁREA DE CIÊNCIAS AGRARIAS: ESTRUTURAS UNIDADE/DEPARTAMENTO
0 departamento aparece com mais de uma denominação nas informaçoes fornecidas pela Universidede
de.
FONTE: Informaçoes Gerais a Estatísticas, Convênio MEC/DAU UFBA/iSP. 1973.
Da análise dos quadros acima depreende-se a acentuada fre-
quência com que se manifestam índices de "disciplinas por pro-
fessor" inferiores a uma unidade; esta situação caracteriza nada
menos que 36% dos departamentos no tipo estrutural C/D, 40%
nas estruturas U/D, ocorrendo em todos os departamentos da área
localizados nas Universidades que mantêm Centros coordenado-
res de Unidades.
O caso inverso observa-se apenas em dois departamentos nos
quais este quociente excede a 3 disciplinas. São eles o de Zootec-
nia da UFPB (5,3 de média) e de Engenharia Agronómica da
UNB (com 5,4). Este último parece conformar o caso mais cla-
ramente típico de "departamento-curso". Ao lado dele apenas
podemos situar o de Agronomia, da UFRPE, o qual também já se
destacara como um dos casos excepcionais por suas macro-pro-
porções, conforme outro indicador adotado.
Todavia, é a tendência às dimensões reduzidas que propor-
ciona a tónica a esta área de conhecimento, de tal sorte que a vi-
sualização do quadro-resumo abaixo mostra muito claramente que
se esta diante de um setor de conhecimento humano onde os in-
dicadores "media de docentes por departamento" e "media de
disciplinas por docente" mostram-se os mais baixos, sendo ape-
nas superáveis, no que se viu até aqui, pelo obtido para a área
das Ciências Biológicas; esta, provavelmente pelo seu caráter
tradicional, apresentou um grau de fragmentação aparentemen-
te influenciado pela antiga estrutura de cátedras.
QUADRO- 1.93
UNIVERSIDADES FEDERAIS
D E P A R T A M E N T A L I Z A Ç Ã O DA Á R E A DE CIÊNCIAS A G R A R I A S
221
Uma última situação discrepante, ainda que logo diferente
das anteriores, diz respeito também à problemática da inserção
estrutural dos departamentos. Trata-se da UNB, única institui-
ção que não criou uma Faculdade e/ou Escola e/ou Instituto na
área, inserindo o seu Departamento de Engenharia Agronómica
na Faculdade de Tecnologia.
O Quadro 1..94 revela os vários modelos de inserção dos
departamentos em níveis estruturais mais amplos. Sobressai,
como traça às estruturas C/D, a criação de uma única unidade;
todas as instituições atuantes na área, neste tipo estrutural,
encontram-se em tais condições. Por outro lado, a opção por
mais de uma unidade é característica das antigas Universidades
especializadas; fora desse grupo, apenas a UFBA e a UFRS man-
tém mais de uma unidade nessa área.
QUADRO- 1.94
UNIVERSIDADES FEDERAIS
MODELOS DE INSERÇÃO ESTRUTURAL DOS DEPARTAMENTOS DE CIÊNCIAS AGRARIAS
FREQUÊNCIA
MODELOS UNIVERSIDADES ABSOLUTA %
FREQUÊNCIA
NÚMERO UNIVERSIDADES ABSO-
LUTA %
0 UFSCAR 1 3
1 UFPI, UFRPE, UFOP 3 10
2 UFV", UFRRJ 2 6
3 UFAL, FURG 2 6
4 UFMT 1 3
5 UFES, UNB 2 6
6 UFSC, UFSM, FUAM 3 10
7 UFGO 1 3
8 UFPA, FUMA, UFRN, FUBER 4 14
9 UFF, UFPEL, UFRS 3 10
10 UFCE, UFPR, UFSE, UFJF, UFMG 5 17
13 UFPB, UFPE 2 6
18 UFBA 1 3
27 UFRJ 1 3
TOTAL 31 100
NUMERO DE FREQUÊNCIA
DEPARTAMENTOS ABSO-
UNIVERSIDADES LUTA %
0 UFSCAR 1 3
1 -5 UFPI, UFRPE, UFOP, UFV, UFRRJ,
UFAL, FURG, UFMT, UFES, UNB 10 32
6-10 UFSC UFSM, FUAM. UFGO, UFPA.
FUMA, UFRN, FUBER, UFF, UFPEL,
UFRS, UFCE. UFPR, UFSE, UFJF,
UFMG 16 53
1 - 15 UFPB, UFPE 2 6
16-20 UFBA 1 3
21 - 3 0 UFRJ 1 3
TOTAL 31 100
NÚMERO DE
CURSOS NÚMERO DE DEPARTAMENTOS DA ÁREA
OFERTADOS
NA ÁREA 1-5 6-10 11-30 TOTAL
TOTAL 10 16 4 30
FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convênio MEC/DAU-UFBA/ISP, 1973.
226
Esta peculiaridade no ordenamento dos tipos estruturais, se-
gundo o porte das mesmas, encontra-se refletida na tipologia dos
departamentos existentes. Assim os "micro-departamentos", ao
contrário das áreas de conhecimento anteriormente tratadas, do-
minam no tipo estrutural C/U, constituindo 31% dos departa-
mentos nele implantados. Nas estruturas tipo U/D alcançam per-
centual algo inferior, 23%, sendo insignificantes entre aquelas
Universidades organizadas em C/D (3%).
227
Os "micro-departamentos", órgãos compostos por um número
de tal modo pequeno de docentes que fazem lembrar as antigas cá-
tedras (neste sentido não se confundindo com os micro-órgãos,
aqueles simplesmente infradimensionados), revelam uma reduzi-
díssima incidência nesta área de conhecimento, cingindo-se a
apenas cinco casos. São eles:
1) — Departamento de Administração da Faculdade de Ciên-
cias Econômicas e Administrativas da UFSE com um (!) único
docente;
2) — Departamento de Publicidade e Propaganda da Escola de
Comunicação da UFRJ, com dois docentes;
3 ) — Departamento de Métodos e Técnicas da Escola de Ser-
viço Social da UFRJ, com dois docentes;
4) — Departamento de Economia da Escola de Agronomia da
UFPB, com um (!) docente. Notar que este departamento, além
disto, representa uma clara duplicação com relação ao de Eco-
nomia da Faculdade de Ciências Econômicas de João Pessoa, exis-
tindo ainda outro departamento desta espécie na Faculdade de
Ciências Econômicas de Campina Grande, até certo ponto justifi-
cável pela descentralização geográfica.
5) — Departamento de Ciências Sociais e Econômicas da-Es-
cola de Minas e Metalurgia da UFOP, com um (1) docente.
Toda esta análise, até aqui desenvolvida, visou a caracteriza-
ção, como um conjunto, da área das Ciências Sociais Aplicadas.
Contudo, como se disse, a grande heterogeneidade em sua compo-
sição dá lugar a inúmeras peculiaridades que só a análise dos ra-
mos nela abarcados pode destacar. Daí porque empreendeu-se, a
partir daqui, o tratamento dos quatro ramos de conhecimento em
que se subdividiu a área em apreço para efeito desta análise: Eco-
nomia, Administração e Contabilidade; Direito; Comunicação, Bi-
blioteconomia e Documentação; Serviço Social.
O grau de fragmentação departamental é claramente diverso
nos vários ramos considerados, conforme pode ser verificado no
Quadro 1.99.
QUADRO - 1.99
UNIVERSIDADES FEDERAIS
NÚMERO DE DEPARTAMENTOS SEGUNDO OS RAMOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
1 UFAL, UFRPE. UFOP UFPI. UFAL. UFMT. UFSM UFPA. UFSM. FUMA. UFJF UFPA. UFAL. UFMT.
FURG. FUAM, UNB UFPB, UFPE, UFGO UFPE, UFPB
2 UFMT. FURG. FUMA. UFV UFPA. UFES. UFF UFCE, UFPR, UFF. FUAM FUMA. UFSE. UFF.
UNB. UFGO. UFRRJ. UNB. UFRS UFRN
UFPEL
3 UFES, UFSC. UFJF. UFF UFCE. UFSC" FUMA, UFRN UFRJ
FUAM. UFRN. UFMG. UFRS.
4 UFPA. UFPR, UFSM, UFSE UFPR. UFMG, FUBER. UFBA. UFMG
UFRJ. FUBER UFGO. UFRS, UFSE
5 UFCE, UFPE UFPB. UFBA
6 UFPB UFJF. UFPE
7 UFPEL
10 UFBA UFRJ
14 UFRJ •
TOTAL DE
DEPARTAMENTOS 93 92 31 16
229
QUADRO- 1.100
UNIVERSIDADES FEDERAIS
PORTE DOS DEPARTAMENTOS SEGUNDO TIPOS ESTRUTURAIS E RAMOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
QUADRO- 1 . 1 0 1
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTOS DISCREPANTES SEGUNDO OS RAMOS DE CONHECIMENTOS E TIPOS ESTRUTURAIS
De imediato ressalta-se que a participação dos vários ramos
no total dos "micro-departamentos" é claramente variável. Nesse
sentido, a colaboração básica advém do Direito, como seria espe-
rável, que constitui 5S% dos "micro-departamentos". A menor
participação cabe ao setor de Serviço Social, com apenas 2 micro-
órgãos.
Confirmando a tendência às menores dimensões dos ramos do
Direito e Comunicação, é neles que os "micro-departamentos" têm
o menor peso relativo; representam 28% dos departamentos de
Direito e 22% dos de Comunicação.
232
QUADRO- 1.102
UNIVERSIDADES FEDERAIS
INSERÇÃO ESTRUTURAL DOS DEPARTAMENTOS DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
O número de unidades de ensino, receptoras destes departa-
mentos, tem uma tal variação que chega a atingir sete no caso
da UFBA. A explicação para tal advém do fato de que esta Uni-
versidade pulverizou os departamentos de Administração por
nada menos que três unidades (Enfermagem, Nutrição e a pró-
pria Escola de Administração); além do mais, o ramo da Econo-
mia inclui-se em duas unidades (Faculdade de Ciências Econô-
micas e Escola de Agronomia); com isto já se observa a existên-
cia de três Unidades receptoras que, numa melhor forma de lo-
tação, seriam consideradas supérfluas (Enfermagem, Nutrição e
Agronomia). Tornou-se o caso da UFBA por ser o exemplo extre-
mo; contudo, a existência de 5 unidades receptoras na UFPB e
UFRJ também se deve a fatores similares, que serão aprofunda-
dos nos tópicos seguintes.
234
Outras situações revelam, ao lado do descumprimento da
interescolaridade, uma evidente e não disfarçada duplicação.
Além daqueles relativos à Economia Rural, anteriormente referi-
dos, encontram-se:
1) O Departamento de Ciências Jurídicas e Econômicas da
UFSE, inserido no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas,
quando existem duas unidades, uma para Direito e outra para
Economia;
2) o Departamento de Economia e Administração da Fa-
culdade de Direito da UFRJ, quando existe nesta instituição uma
Faculdade de Economia e Administração;
235
QUADRO- 1.103
U N I V E R S I D A D E S FEDERAIS
D E P A R T A M E N T A L I Z A Ç Ã O DA Á R E A DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS: ESTRUTURAS C E N T R O / D E P A R T A M E N T O
QUADRO- 1.104
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DA ÁREA DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS ESTRUTURAS CENTRO/UNIDADE
NP DE FREQUÊNCIA
DEPTº UNIVERSIDADES ABS %
1 UFV, UFRRJ, UFPEL, UFPI, UFAL,
UFES, UFMT, UFSM, FURG, UFCE e
UFSC 11 36
2 FUAM, UFRPE, UFSCAR, FUMA 4 13
3 UFRN, UFRS, UFSE, UFPA, UFPR 5 16
4 UFPB, UFPE, UFBA, UNB, UFGO,
UFJF, UFF 7 23
5 UFMG 1 3
6 FUBER 1 3
9 UFRJ 1 3
Não tem
departa-
mentos
na área UFOP 1 3
TOTAL 31 100
FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convênio MEC/DAU-
UFBA/ISP, 1973. '
Segundo o tipo de estrutura, verifica-se, nas de tipo C/D,
que 8 entre as 10 Universidades que adotaram este modelo pos-
suem um único departamento, e em duas (UFPA e UFPR) são
estes em número de 3 (três). Entre aquelas de tipo C/U, ainda
que a maioria mantenha entre 2 e 5 departamentos, aí também
encontra-se aquela com maior número: 9 departamentos (UFRJ).
As de tipo U/D concentram-se entre 2 e 5 departamentos, em-
bora 3, do total de 16, mantenham só um departamento; ressal-
ve-se o fato de tratar-se, aqui, da Universidade de atuação res-
trita na área: UFRRJ, UFV e UFPEL. No limite extremo encon-
tra-se a FUBER, com 6 departamentos. No Quadro 1.107.demons-
trasse esta realidade.
Q U A D R O - 1.107
UNIVERSIDADES FEDERAIS
NÚMERO DE DEPARTAMENTOS NA ÁREA DE EDUCAÇÃO
SEGUNDO MODELO ESTRUTURAL
ESTRUTURA NÚMERO DE DEPARTAMENTOS TOTAL
1 23 4-5 6 9 Não
Atua
C/D 8 2 10
C/U 2 2 1 5
U/D 3 5 6 1 1 16
TOTAL 11 9 8 1 1 1 31
CLASSES DE
NÚMERO DE DIS
CIPLINAS OU DEPARTAMENTOS SEGUNDO DEPT°s SEGUNDO AS CLASSES
PROFESSORES AS CLASSES DE DISCIPLINAS DE PROFESSORES
ABS % ABS %
Até 5 7 8 9 11
6-10 10 12 18 22
11 - 3 0 45 56 31 37
31 - 5 0 9 11 3 4
51 - 8 2 7 8 — —
Sem informação 4 5 21 26
NÚMERO DE DEPARTAMENTOS
PROFESSOR/ U/D C/U C/D TOTAL
DISCIPLINA ABS | % ABS % ABS ABS | %
I*
1 13 28 5 22 1 7 19 23
2 9 20 4 18 3 21 16 20
3 5 11 2 10 2 14 9 11
4 3 6 1 5 2 14 6 7
5 1 2 4 18 5 6
8 1 7 1 1
Sem i n f o r -
mação 15 33 6 27 5 36 26 32
TOTAL 46 100 22 100 14 100 82 100
248
QUADRO- 1.113
. UNIVERSIDADES FEDERAIS
NUMERO DE DEPARTAMENTOS DA ARE A DE TECNOLOGIA
NP DE DEPAR- FREQUÊNCIA
TAMENTOS UNIVERSIDADES ABS
I %
0 UFPI 1 3
1 UFMT, FUMA, UFSE, UFRPE, UFSCAR 5 17
2 UFAL 1 3
3 FURG, FUAM, UFV 3 10
4 UFOP, UNB, UFRRJ 3 10
5 UFES, UFSC, FUBER' UFPEL 4 14
6 UFPA, UFCE, UFSM 3 10
7 UFRN 1 3
8 UFGO 1 3
9 UFPR, UFF 2 6
10 UFPB, UFPE 2 6
13 UFJF 1 3
15 UFBA 1 3
16 UFRS 1 3
19 UFMG 1 3
35 UFRJ 1 3
TOTAL 31 . 100
FONTE: INFORMAÇÕES GERAIS E ESTATISTICAS, CONVÊNIO MeC/DAU -
UFBA/ISP, 1973,
QUADRO 1.114
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTOS E CURSOS NA ÁREA DE TECNOLOGIA
11 e UFBA, UFRS
mais UFJF - UFMG, UFRJ 5
TOTAL 13 10 7 30
QUADRO- 1.115
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DA ÁREA DE TECNOLOGIA
252
\
253
8) Engenharia Química (Projeto e Planejamento e Indus-
tria I e II), Farmácia Tecnológica e Administração ("Economia
e Administração de Empresas Farmacêuticas") e Engenharia
Agrícola ("Biometria"), todos na UFBA;
9) Engenharia de Minas ("Geofísica Aplicada") u Tecnolo-
gia Farmacêutica ("Economia e Administração de Empresas
Farmacêuticas"), da UFMG;
10) Tecnologia, Inspeção e. Formação, da FUBER (com
"Economia Rural", "Estudos de Problemas Brasileiros" e "Edu-
cação Física");
11) Engenharia Civil, da UNB; responsável por "Planeja-
mento Urbano";
12) Departamento de Engenharia Industrial, da UFGO;
(ofertando "Normas Legais de Construção");
13) Engenharia Industrial ("Economia A e B", "Estudos de
Problemas Brasileiros") e Engenharia Química ("Desenho Téc-
nico" I e II), da UFRJ;
14) Engenharia Industrial da UFSC; ofertando "Adminis-
tração de Empresas", "Finanças Industriais";
15) Construções Mecânicas, da FURG; responsável por
"Projeto e Análise Industrial".
Outro tipo de descumprimento diz respeito à oferta, por de-
partamentos de Engenharia Civil, de disciplinas de Arquítetura
e Urbanismo, quando existe unidade especializada neste último
ramo do conhecimento. Isto porque esta oferta parece razoável
quando, inexistindo a unidade especializada, estes conhecimen-
tos, instrumentais para a Engenharia, sejam lá mesmo forneci-
dos, como forma de evitar a criação de micro-órgãos com 1 a 2
disciplinas. Tal é o caso da FURG, UFAL, UFGO, UFSC,
UFSM.
Entretanto tal não se verifica na UNB, onde o Departa-
mento de Engenharia Civil oferta "Planejamento Urbano", ou
na UFPE, onde o Departamento de Construção Civil oferece "Ar-
quitetura", existindo, em ambos os casos, unidades especializa-
das neste setor.
Um último aspecto a ser ressaltado diz respeito aos Progra-
mas de Pós-Graduação da COPPE, UFRJ. Sua autonomia é de
tal ordem que em nada se relacionam com os departamentos da
área, chegando a constituir, na prática, verdadeiros "novos" de-
partamentos, em grande parte duplicantes frente aos demais,
unicamente distintos pela modalidade especializada de cursos
(pós-graduação) a que atendem através das suas disciplinas ofer-
tadas.
254
Uma última questão a ser abordada no estudo desta área,
diz respeito aos modelos de inserção dos departamentos de Tec-
nologia em níveis estruturais mais amplos. Vide Quadro 1 116.
QUADRO 1.116
UNIVERSIDADE FEDERAL
INSERÇÃO ESTRUTURAL DOS DEPARTAMENTOS DE TECNOLOGIA
NÚMERO DE FREQUÊNCIA
UNIDADES
RECEPTORAS UNIVERSIDADES ABS %
QUADRO- 1.120
UNIVERSIDADES FEDERAIS
U N I V E R S I D A D E S SEGUNDO O N Ú M E R O DE D E P A R T A M E N T O S
NA AREA DE SAUDE
CLASSES DE
DEPARTAMENTOS J UNIVERSIDADES ABS.
%
ACUMULADO
11 - 1 5 F U M A , U F J F . U F P B , UFRS,
U F R N , UFPE. UFMG 7 89
21 - 2 6 UFRJ 1 100
TOTAL 28
A maioria das Universidades (64%) mantém entre 1 e 10 de-
partamentos na área, sendo que entre 6 — 1 encontram-se 11
destas instituições, cu sejam, 39% do total. Segundo a estrutura-
ção adotada, é naqueles de tipo U/D onde se observa a maior frag-
mentação, pois 7 entre as 14 que atuam nesta área mantêm entre
13 e 17 departamentos;
1 ) U F P B e UFRS — 13 departamentos
2) UFRN — 14 departamentos
3) UFPE e UFMG — 15 departamentos
4) UFGO — 16 departamentos
5) UFBA — 17 departamentos
Naqueles de estrutura C/U destacam-se, além da UFRJ (25
departamentos, as FUMA e UFJF (12 departamentos em cada).
Os Quadros 1.121,1122 e 1.123 apresentam, por Universida-
des e segundo os tipos estruturais, as soluções adotadas.
O número de disciplinas por departamento chega ao extremo
mínimo de uma disciplina, em quatro departamentos, todos em
Universidades de estrutura U/D:
1) FUBER
a) Departamento de Pediatria
2) UFGO
a) Departamento de Oftalmologia
b) Departamento de Otorrinolaringologia
3) UFPE
a) Departamento de Nutrição Experimental
Como limite máximo encontra-se 1 (um) departamento com
30 disciplinas, também em Universidade de tipo estrutural U/D:
UNB — Departamento de Medicina Especializada.
Caracteriza-se a área, sem a menor dúvida pelo reduzido nú-
mero de disciplinas por departamento. Observa-se que 42% e 43%
dos departamentos das Universidades de tipo C/U e U/D. respecti-
vamente, oferecem entre 1 e 5 disciplinas; no tipo estrutural C/D
este percentual é de 16%. Vide Quadro 1.124
Do total de departamentos existentes, 72% ofertam entre 1
e 10 disciplinas, o que reafirma a tendência para a "micro-depar-
tamentalização".
Em relação ao número de professores, o quadro não se apre-
senta com as mesmas características da oferta de disciplinas ob-
serva-se que 10% do total de departamentos são integrados por
1 a 5 professores, enquanto 6% mantém mais de 50professores.
263
QUADRO- 1.121
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DA ÁREA DE SAÚDE: ESTRUTURAS CENTRO/DEPARTAMENTO
5
Prótese e Materiais Dentá-
5 13 6.4 0.3
Instituto de N u t r i ç ã o NutriçãoExperimental 6 2 3.0
Nutrição e Dietética 16 10 1.6
Patologia e Clinica da Nu-
trição 2 1 6.0 4.0 2,0
Faculdade de Medicina Cirurgia 7 41 0,2
Otorrino e Oftamologia 4 18 0.2
Ginecologia e Obstetrícia 3 8 0.4
Pediatria 3 14 0.2
Psiquiatria e Medicina Le-
gal 3 4 0.7
Clinica Médica 21 103 0.1
Ortopedia e Traumatologia 5 9 0,5
Medicina Preventiva 5 13 0.4
Radiologia 6 24.0
Escola de Enfermagem Enfermagem Médico Cirúrgica l6 10 1,6
Enfermagem e Saúde Pública 12 5 2,4
Enfermagem Materno -Infantil 10 10 12,7 8,5 1.0
Instituto de Ciências Farmacologia e Terapia
Biomédicas Experimental 8 6 6.0 1.3
1FF Centro de Ciências Medicas Faculdade de Farmácia Farmácia 26 0,8 26.0 0.5
Escola de Enfermagem Enfermagem 24
13,0 Enfermagem Materno-lnfantil 6 0,3
Enfermagem Médico-Cirúrgica 11 0.6
Faculdade de Odontologia Odontotécnica 31 11.0
10 0.3
Odontoclinica 8 66 48,5 0,1
Faculdade de Medicine Medicina Clinica 86 9,0
13 0,1
Cirurgia Geral e
Especializada 16 97 0,2
Saúde da Comunidade Í5 36 14,7 73,0 0.4
Nutrição ** 13 14 13.0 14,0 0,9
Com 3 professora:
1) UFRJ
a) Departamento de Farmácia e Administração Farma-
cêutica
2) FUBER
a) Departamento de Medicina Preventiva e Social
3) UFGO
a) Departamento de Odontologia Legal
b) Departamento de Psiquiatria
4) UFPI
a) Odontologia Técnica e Laboratorial
b) Patologia e Clinica Odontológica
Com 4 professores:
1) UFRJ
a) Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal
2) UFBA
a) Departamento de Farmácia Analítica
b) Departamento de Nuntrição e Dietética
3) FUBER
a) Departamento de Pediatria
4) UFGO
a) Departamento de Oftalmologia
5) FURG
a) Departamento de Medicina Preventiva
b) Ciências Psicológicas
Com números reduzidos de professores existem departamen-
tos nas diversas sub-áreas de Saúde. É válido, contudo, observar-se
que estes "micro-departamentos", por exemplo na UFGO, são 3
num total de 9 departamentos da Faculdade de Medicina. Na
UFBA, os 2 (dois) departamentos com 4 professores constituem
a totalidade dos que integram a Escola de Nutrição.
269
QUADRO - 1.124
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTOS DA ARE A DE SAÚDE SEGUNDO
NÚMERO DE DISCIPLINAS
Entre aquelas com 50 e mais professores, à exceção de um
departamento de Odontologia na UFF, os demais se situam nos
ramos da clínica e da cirurgia médica; todos em Universidades de
maior porte:
1) UFRJ
a) Departamento de Clínica Médica — 103 professores
2) UFF
a) Departamento de Medicina Clínica — 86 professores
b) Departamento de Cirurgia Gerai e Especializada — 97
professores
c) Departamento de Odontoclínica — 66 professores
3) UFBA
a) Departamento de Medicina — 96 professores
b) Departamento de Cirurgia — 80 professores
4) UFMG
a) Departamento de Clínica Médica — 94 professores
b) Departamento de Cirurgia — 57 professores
5) UFRS
a) Departamento de Medicina Interna — 81 professores
6) UFCE
a) Departamento de Medicina Clínica — 50 professores
7) UFPR —
a) Departamento de Clínica Médica — 78 professores
b) Departamento de Cirurgia — 65 professores
8) UFSC —
a) Departamento de Clinicas — 50 professores
9) UFSM
a) Departamento de Medicina — 56 professores
O Quadro -1.125- apresenta os departamentos da área, se-
gundo os números de professores estratificados em classes:
QUADRO - 1.125
UNIVERSIDADES FEDERAIS
NÚMERO DE PROFESSORES NOS DEPARTAMENTOS DA ÁREA DE SAÚDE SEGUNDO TIPO DE ESTRUTURA DAS
1 - 5 9 14 12 9 / s 9 26 10
6 - 10 18 28 22 17 6 10 46 18
I I - 30 16 25 53 40 36 61 104 41
31 - SO 3 5 10 8 6 10 19 8
51 - 70 1 1 1 1 2 4 4 2
71 - 100 2 3 4 3 1 2 7 3
101 a mais 1 2
Sem informação 14 22 _
29 _
22 2- -
4 —
45 -
17
272
No que concerne à questão da duplicação de meios, é fre-
quente a existência da disciplina de Saneamento e/ou Saúde Pú-
blica e similares oferecidas, quase sempre, em mais de um de-
partamento, exclusivamente voltado para sua especificidade, a
exemplo de Saúde Pública e Saneamento, oferecidas duplicada-
mente para Medicina, Enfermagem e Odontologia.
Outra questão a ser observada é a oferta em vários depar-
tamentos profissionais, ainda, da Anatomia, da Patologia, da
Citologia, da Bioquímica entre outras, que são, caracterizada-
mente, disciplinas básicas.
Nesta perspectiva também, observa-se que, a despeito da
clara tendência à "micro-departamentalização", ao estilo do De-
partamento de Psiquiatria e Medicina Legal, na UFRJ, com 3
disciplinas (Psicologia Médica, Psiquiatria e Saúde Mental) ou
Medicina Legal e Deontologia, com 4 (quatro) professores, existe
paralelamente o Instituto de Psiquiatria, estruturalmente consi-
derado especializado e desenvolvendo um "Programa de Psiquia-
tria", com nada menos que 22 (vinte e duas) disciplinas: Psico-
logia Médica, Deontologia e Diceologia, Terapêutica Psiquiátrica,
Bioestatística, Didática Especial, Eletroencefalografia, entre ou-
tras. Em se tratando de um "Programa", como é denominado:
supõe-se voltado para cursos de mestrado e doutorado em Psi-
quiatria, o que, entretanto, se configura numa clara duplicação
de meios, além de caracterizar a dissociação entre as modalida-
des ou níveis de cursos oferecidos pela Instituição.
273
Nas estruturas U/D, os Departamentos de Nutrição Experi-
mental e Nutrição Aplicada, na UFPE, integram o Instituto de
Nutrição, indicado como instituto especializado. Na UFBA, o
Departamento de Farmacologia, com 5 disciplinas, encontra-se
no Instituto de Ciências da Saúde, a despeito da existência da
Faculdade de Farmácia, com os departamentos de Farmácia Bá-
sica e Farmácia Analítica.
Constitui-se, ainda, em aspecto de relevância, a existência
dos departamentos de Medicina Tropical e Medicina Preventiva
no Instituto de Patologia Tropical na UFGO; por outro lado,
como resquício da organização universitária, permanece, na
UFPEL, o Departamento de Medicina Legal na Faculdade de Di-
reito.
Na estrutura C/D, são de modo geral os Centros de Ciências
da Saúde ou Biomédicos os coordenadores dos departamentos
desta área profissional; entretanto, na FURG, um Centro de Ci-
ências Biológicas e da Saúde (básico e profissional concomitan-
temente) é o responsável por esta coordenação.
1.2.4.12 _ AS SOLUÇÕES ESTRUTURAIS FARÁ AS ATIVIDADES
DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DE ESTUDO DE PROBLEMAS
BRASILEIROS
Este último tópico distingue-se dos demais, na medida em
que não se trata aqui da análise da departamentalização de uma
área de conhecimento, mas das soluções estruturais encontradas
para a expressão de dois conteúdos: Execução Física e Estudo de
Problemas Brasileiros. A departamentalização revelou-se, em am-
bos os casos, uma das possíveis soluções estruturais adotadas, daí
o interesse na análise destas situações.
Por outro lado, o seu caráter extremamente peculiar levou a
que se isolassem estes departamentos das 11 amplas áreas de co-
nhecimento, encetando um tratamento em separado para os
mesmos.
Vale ressaltar que, por tratar-se de temas não-centrais à Le-
gislação da Reforma, o volume de informações coletadas a res-
peito dos mesmos é claramente inferior ao existente para outros
temas aqui abordados. Em vista disto, a reduzida extensão com
que estes conteúdos são abordados reflete a pequena disponibili-
dade de dados empíricos.
A — A inserção estrutural das atividades de Educação
Física
Baseando-se nos dados obtidos, conseguiu-se identificar três
tipos de soluções abrangentes de todos os órgãos atuantes em
Educação Física. São elas: a acadêmica, a administrativa e a
acadêmico-administrativa. Cada uma delas ainda revela varia-
ções segundo o tipo de órgão atuante, conforme se pode visualizar
pelo Quadro 1.126:
274
QUADRO- 1.126
UNIVERSIDADES FEDERAIS
TIPOS DE SOLUÇÃO ESTRUTURAL ADOTADA PARA A EDUCAÇÃO FftlCA
NÚMERO DE DEPARTAMENTO
EXISTÊNCIA SEM
DE CURSOS 1 I 2 e MAIS I INFORMAÇÃO TOTAL
TOTAL 6 4 1 11
* Departamento coordenado por um órgão suplementar (Centro de Civismo, Educação Física e Desportos)
FONTE: Informações Gerais e Estatísticas, Convênio MEC/DAU-UFBA/ISP. 1973.
FREQUÊNCIA
SOLUÇÕES ACADÊMICAS UNIVERSIDADES ABSOLUTO I %
TOTAL 31 100,0
QUADRO- 1.131
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTOS DE CONTEÚDOS DIVERSOS QUE OFERTAM "ESTUDO
DE PROBLEMAS BRASILEIROS"
NÚMERO DE DEPARTA-
MENTOS DE CONTEÚDO UNIVERSIDADES FREQUÊNCIA
DIVERSO
TOTAL 17
QUADRO-1.132
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DEPARTAMENTOS DE CONTEÚDO DIVERSO QUE OFERTARAM "ESTUDO
DE PROBLEMAS BRASILEIROS" POR ÁREAS DE CONHECIMENTO
FREQUÊNCIA DE
DEPARTAMENTOS
ÁREAS ABSOLUTO %
Geociências 1 2.0
Ciências Humanas e Filosofia 3 5,0
Letras 1 2,0
Artes 3 5,0
Saúde 6 10,0
Tecnologia 13 20,0
Educação 8 12,0
Ciências Sociais Aplicadas 23 37,0
Educação Física 1 2,0
Departamentos não Classificados 3 5,0
TOTAL 62 100,0
284
beneficiadas diretamente por programas patrocinados pela União
houve, por iniciativa própria ou por influência de trabalhos seme-
lhantes no âmbito federal e estadual, mudanças variadas. As mu-
danças por que passaram os órgãos universitários de administração
meio foram ocasionadas não só pela Reforma Universitária mas
também pelas reformas administrativas específicas. A criação de
cursos superiores de Administração em diversas Universidades e a
ênfase dada à racionalização administrativa nos últimos anos, con-
tribuiram sem dúvida para a melhoria da administração geral
universitária, que se vem reorganizando para atender à Reforma
Universitária, às crescentes exigências dos órgãos centrais do Mi-
nistério da Educação e Cultura e do grande incremento de ma-
trículas observado no ensino superior do país.
Não restam dúvidas, no entanto, de que parcela ponderável
das dificuldades que surgiram e que ainda perduram, ao melhor
desempenho das Universidades na fase atual, reside nos seus ser-
viços de apoio, a braços com grandes problemas, principalmente
de recursos financeiros e humanos.
É significativo assinalar que num universo de 31 Univer-
sidades Federais, das 26 que informaram, 25 dizem enfrentar pro-
blemas de recrutamento de técnicos especialistas para realizar
as atividades de apoio, quer em Planejamento, Administração
Geral ou Administração Acadêmica.
Apesar de várias Universidades preocuparem-se em criar Sis-
temas de Administração Geral, verifica-se que os órgãos na sua
totalidade não mantêm atuação harmónica, como seria inerente
ao próprio conceito de Sistema. A integração dos diversos órgãos
de administração geral na estrutura universitária não é a tónica.
Da Reitoria aos Departamentos, passando-se pelos Centros e
Unidades, observa-se grande distância entre esses órgãos, mesmo
aqueles que atuam na mesma especialidade nos diversos níveis da
hierarquia. A maioria dos Departamentos, por sua vez, não conta,
ou não sente a necessidade de contar, com apoio administrativo.
285
Verifica-se que a época da criação do órgão de planejamen-
to concide com as medidas governamentais de implantação da
Reforma Universitária (vide Quadro 1.133).
A pergunta sobre se as atividades de planejamento estão de-
finidas em algum instrumento legal, uma Universidade chegou,
porém, a responder que elas decorrem de determinação direta do
Reitor.
286
A análise dos diversos Instrumentos legais (Estatutos, Regi-
mentos, Resoluções, Atos, Normas, Organogramas) revela a si-
tuação a seguir. (As Universidades não citadas não permitiram
a análise por falta de documentação explícita sobre o assunto).
1. A Universidade Federal do Pará (UFPA) possui uma
Sub-Reitoria para assuntos de Pesquisa, Planejamento e Desen-
volvimento. Tem um órgão consultivo, criado no Regimento Ge-
ral, de assistência ao Reitor, sob a denominação de Comissão
Coordenadora de Administração Superior (CCAS), formada pe-
lo Reitor, Vice-Reitor, os 3 Sub-Reitores e 1 representante do cor-
po discente.
As principais finalidades dessa Sub-Reitoria são:
a) promover e supervisionar a elaboração e a execução
de programas e projetos de pesquisas culturais, ci-
entificas, tecnológicas e sócio-econômicas;
b) promover e coordenar a elaboração do Plano Anual
de Atividades da Universidade;
c) elaborar planos plurianuais;
d) projetar a expansão de vagas para docentes e dis-
centes;
e) coordenar o planejamento físico e financeiro;
f) elaborar o ante-projeto da proposta orçamentaria.
2. A Fundação Universidade do Maranhão (FUMA) tem
uma Superintendência de Planejamento e Desenvolvimento Edu-
cacional, cujas atividades expressas na documentação legal são:
a) planejamento acadêmico, físico e financeiro;
b) criar um Sistema de Informações;
c) criar um Plano de Desenvolvimento Global, com-
posto do Plano do "Campus" e Plano Diretor.
Subordinada à Superintendência existe uma Divisão de
Obras.
3. A Universidade Federal de Alagoas (UFAL), tem como
órgão de planejamento uma Assessoria.
4. Também a Universidade Federal de Pernambuco adota
a forma de Assessoria de Planejamento e Acompanhamento, que
orienta as Pró-Reitorias na elaboração e revisão das respectivas
propostas orçamentárias e consolida o orcamento-programa da
Universidade.
287
5. Na Paraíba, a Universidade tem entre seus órgãos a Ca
ordenação de Planejamento, composta de (5) cinco Assessorias:
a) Programação Orçamentária
b) Programação Educacional
c) Análise Administrativa
d) Avaliação e Controle
e) Informações Administrativas
6. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
tem, subordinada ao Pró-Reitor de Administração e Planejamento,
a Assessoria de Planejamento e Coordenação, que elabora o orça-
mento geral.
7. Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), além
das atividades de elaboração orçamentária ou outras ligadas ao
Planejamento, realizam-se estudos de espaço físico através da sua
Diretoria de Planejamanto e Desenvolvimento (DPD), dirigida por
um Diretor-Executivo.
8. Ao Sub-Reítor de Planejamento está subordinada, no Es-
pirito Santo, a Assessoria de Planejamento.
9. Ê dirigida "por um Presidente a Assessoria de Planejamento
e Coordenação da Universidade Federal de Goiás (UFGO), compos-
ta de:
a) Secretaria Administrativa
b) Setor de Racionalização Administrativa
c) Setor de Estudos Econômicos e Financeiros
d) Setor de Pesquisas e Estatística
e) Setor de Assuntos Especiais.
10. Brasília (UNB) apresenta uma Assessoria de Planeja
mento e Controle (APC), que elabora o seu orçamento e coordena
a implantação de sistemas de computação para o controle de di-
versos aspectos da Administração Universitária.
Q U A D R O - 1.133
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ÉPOCA DE CRIAÇÃO DO ÓRGÃO DE PLANEJAMENTO
N º DE
UNIVERSIDADES RESPOSTAS
N9 DE
UNIVERSIDADES RESPOSTAS
291
2. A Fundação Universidade do Amazonas (FUAM) possui
um Departamento de Finanças, com 3 Divisões e 6 Serviços.
3. Existe na Universidade Federal do Ceará um Departa-
mento de Finanças.
4. No Maranhão é a Superintendência de Planejamento e
Desenvolvimento Educacional que desempenha as atividades rela-
cionadas com o planejamento físico, acadêmico, administrativo e
financeiro.
5. Na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
há uma Divisão de Contabilidade e Orçamento.
6. Já a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
possui a Assessoria de Planejamento e Acompanhamento que
orienta as Pró-Reitorias na elaboração e reunião das respectivas
propostas de orçamento e consolida o orçamento-programa da Uni-
versidade .
7. A Coordenação de Planejamento da Universidade Federal
da Paraíba possui entre suas diversas Assessorias, as que cuidam
de programação orçamentária e educacional e de avaliação e con-
trole .
8. Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
a Pró-Reitoria de Administração e Planejamento, com sua Asses-
soria de Planejamento e coordenação, elabora o orçamento, enquan-
to que o Departamento de Contabilidade e Finanças controla sua
execução. Deve ser ressaltado aqui que a UFRN informa que as
Unidades elaboram propostas parciais a nível de Departamento.
9. A Secretaria Geral da Universidade Federal de Minas Ge-
rais (UFMG) possui um Departamento de Contabilidade e Finan-
ças. Deve ser registrado que a UFMG, por sua Diretoria de Plane-
jamento e Desenvolvimento, desenvolveu e utiliza critérios para
alocaçáo de recursos às Unidades baseados em»
a) número de professores, alunos e funcionários;
b) carga horária de aulas práticas e teóricas;
c) área útil;
d) carga horária docente contratada;
e) carga horária administrativa.
10. No Espírito Santo existem o Sub-Reitor de Planejamen-
to; a Assessoria de Planejamento e um Departamento de Conta-
bilidade e Finanças.
11. Já em Goiás há a Assessoria de Planejamento e Coordena-
ção que possui um setor de Estudos Econômicos e Financeiros.
12. A Fundação Universidade de Brasília conta para elabo-
rar o orçamento com sua Assessoria de Planejamento e Controle
(APC). Possui um Decanato de Administração e Finanças. O De-
cano superintende a Diretoria de Administração, pois é o Superin-
tendente-Executivo da Universidade. Essa Diretoria possui um
Serviço de Contabilidade que controla a execução orçamentária.
13. A Fundação Universidade Federal de Uberlândia tem em
sua Assessoria de Finanças atividades de Planejamento, Orçamen-
to e Contabilidade.
292
14. Uma Divisão de Contabilidade e Orçamento do Departa-
mento de Administração é o órgão apontado na Universidade Fe-
deral de Juiz de Fora.
15. Em Santa Catarina o Departamento de Finanças inte-
gra a Sub-Reitoria de Planejamento.
16. Além da Assessoria de Planejamento, a Universidade Fe-
deral do Paraná conta com um Departamento de Contabilidade e
Finanças na Pró-Reitoria de Administração.
17. A Universidade Federal Fluminense possui um Núcleo
de Planejamento, um Departamento de Administração Geral e
sua Divisão de Finanças.
18. Em Pelotas existe o Conselho de Planejamento e Desen-
volvimento (COPLAD) e uma Superintendência Administrativa
com Serviço de Finanças.
19. O orçamento é elaborado em Santa Maria pela Assesso-
ria de Planejamento. Existe ainda o Departamento de Contabilida-
de e Finanças.
20. Na Bahia, a Universidade elabora e acompanha a exe-
cução orçamentária através de uma Assessoria de Planejamento
que usa diversos critérios para alocaçáo de recursos às Unidades,
entre os quais:
a) alunos/disciplinas
b) carga horária
c) homens/horas docentes
d) número de servidores
e) área física
f) expansão da Unidade
Existe também uma Superintendência Administrativa que con-
trola a execução orçamentária sob os aspectos financeiros e con-
tábeis, através do Serviço de Contabilidade e Auditoria.
21. Na Fundação Universidade do Rio Grande existe uma
Sub-Reitoria Administrativa com uma Divisão de Orçamento-Pro-
grama.
22. A Universidade Federal do Rio de Janeiro possui uma
Sub-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento.
23. O Departamento de Contabilidade e Finanças controla a
execução orçamentária na Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro.
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul possui o Conselho
de Planejamento e Desenvolvimento com sua Secretaria Geral de
Planejamento. Outros órgãos a que estão afetas atividades de or-
çamento são a Equipe de Orçamento-Progràma da citada Secreta-
ria, a Comissão de Orçamento, do mesmo órgão e o Departamento
de Contabilidade e Finanças, subordinado à Superintendência Ad-
ministrativa.
293
1.3.4 — COMPUTAÇÃO
294
QUADRO- 1 . 1 3 5
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ÓRGÃOS ENCARREGADOS DA ADMINISTRAÇÃO DO USO DO COMPUTADOR
Ressalte-se que as Universidades Federais de Viçosa e Ouro
Preto, com cerca de 1236 e 805 alunos respectivamente, possuem
órgãos de processamento de dados. A Universidade Federal de Ou-
ro Preto declara utilizar computador em tarefas administrativas
sem especificar quais sejam, e a Universidade Federal de Viçosa, no
controle acadêmico e serviço de pessoal.
296
serviços de computação. Apesar de a Universidade Federal da
Paraná declarar processar eletronicamente apenas o Vestibular,
e a Universidade Federal de Santa Maria não ter fornecido maio-
res informações.
297
QUADRO- 1.136
UNIVERSIDADES FEDERAIS
UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR SEGUNDO OS GRUPOS DE UNIVERSIDADES
1.3.5 — ADMINISTRAÇÃO DO PATRIMÔNIO
Divisões
Departamentos
"Diretor de Material"
"Diretor Administrativo"
Serviços
Sub-Reitoria Administrativa
Secretaria Geral
Assessoria de Planejamento
Diretoria
"Área"
299
Q U A D R O - 1.138
UNIVERSIDADES FEDERAIS
LOCALIZAÇÃO DOS ÓRGÃOS DE CONTROLE PATRIMONIAL DE BENS MÓVEIS, POR ÃREA DE TRABALHO
NÚMERO DE ÓRGÃOS DE
CONTROLE PATRIMONIAL ÓRGÃOS ONDE SE LOCALIZAM
5 Contabilidade
10 Administração
9 Material
1 Planejamento
2 Órgãos próprios
Q U A D R O - 1.139
UNIVERSIDADES FEDERAIS
FUNCIONAMENTO DO CONTROLE PATRIMONIAL DE BENS MÓVEIS SOB A FORMA DE SISTEMA
NÚMERO DE
UNIVERSIDADES ATIVIDADES
6 Através de faturas e número de tombo
6 Registro mensal em fichas
6 Registro e controle geral
1 Contabilidade Patrimonial e Registro em livros
2 Controle executado oas unidades e Departamentos
3 Levantamento periódico
1 Perfuração de cartões com base em boletins
Nº DE
UNIVERSIDADES ATIVIDADES
4 Termos de Responsabilidade
2 Controle feito pelo Serviço de Patrimônio
2 Através de faturas, transcrição em fichas e plaqueta
de identificação
2 Levantamento periódico
2 Controle executivo nas Unidades
1 Não há controle efetivo
\
Há grande dificuldade de armazenagem de material perma-
nente e equipamento. Isto é devido, por certo, à falta de con-
dições dos locais de guarda e à preocupação em não mobilizar ca-
pital em estoques de bens, geralmente de valor elevado.
A maioria das Universidades 24 (vinte e quatro) só possui
material de consumo em estoque.
Em 4 (quatro) o material permanente e os equipamentos são
distribuídos pelos fornecedores diretamente às Unidades.
Já em 5 Universidades o material permanente e os equipa-
mentos entram escrituralmente no Almoxarifado Central e são
distribuídos às Unidades.
Duas Universidades informam que há estoques nos Almoxa-
rifados Setoriais.
Uma Universidade não possui rotina estabelecida (UFES).
A Universidade Federal do Pará (UFPA) possui uma Divi-
são de Material com um Almoxarifado Central, subordinado ao
Departamento de Administração que é vinculado ao Vice-Reitor.
A estrutura da Divisão de Material do Departamento de Ad-
ministração da Fundação Universidade do Amazonas (FUAM) é a
seguinte:
1) Reitor
2) Departamento de Administração
3) Divisão de Material
a) Serviço de'Patrimônio
b) Serviço de Compras
c) Serviço de Almoxarifado Central
A Universidade Federal do Ceará possui uma estrutura seme-
lhante .
1) Departamento de Administração Central
2) Divisão de Material
a) Comissão de Licitação
b) Seção de Compras
c) Almoxarifado Central
Na Divisão de Material da Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRPF.) existem:
1) Divisão de Material
a) Seção de Contabilidade
b) Seção de Orçamento
c) Almoxarifado Central
302
A estrutura do órgão de material na Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE) é a seguinte:
1) Reitor
2) Departamento de Administração
3) Divisão de Material
a) Seção de Almoxarifado Central
b) Divisão de Contabilidade e Orçamento
c) Divisão de Patrimônio e Serviços Gerais
Na Paraíba, o órgão está estruturado da seguinte forma:
1) Pró-Reitor para Assuntos Administrativos
2) Departamento de Administração
3) Divisão de Material
a) Almoxarifado Central
Existe uma Divisão de Material dentro do Departamento de
Serviços Gerais, que é subordinada ao Pró-Reitor de- Administra-
ção e Planejamento, na Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN).
Em Minas Gerais (UFMG), a Divisão de Material é órgão da
Secretaria Geral.,
No Espírito Santo (UFES), a Divisão de Material se localiza
no Departamento de Administração.
Em Goiás (UFGO) existe uma Sub-Reitoria com atividade de
Administração de Material, entre outras.
A Fundação Universidade de Brasília (UNB) possui o Deca-
nato de Administração e Finanças, que superintende a Diretoria
de Administração, onde está localizado a Serviço de Material, com
Almoxarifado.
Na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) a estrutura
é a seguinte:
1) Departamento de Administração
2) Divisão de Material
a) Seção de Almoxarifado
b) Seção de Compras
No Paraná, a Universidade Federal possui um Departamento
de Material e Almoxarifado Central na Pró-Reitoria de Adminis-
tração .
A Universidade Federal Fluminense possui um Departamento
de Administração Geral com várias divisões, entre elas a de Mate-
rial.
303
1) Departamento de Administração Geral
2) Divisão de Material
a) Almoxarifado Central
b) Seção de Tombamento e Registro de Bens Móveis
Na Superintendência Administrativa da Universidade Federal
de Pelotas (UFPEL) entre diversos Serviços está o de Material.
Já na Universidade Federal da Bahia (UFBA) a estrutura é
a seguinte:
1) Reitor
2) Superintendência Administrativa
3) Serviço de Material e Encargos.Auxiliares
a) Seção de Compras
b) Seção de Almoxarifado
c) Seção de Importação
d) Seção de Conservação de Bens Móveis
e) Seção de Duplicação de Documentos
Existem na Fundação Universidade do Rio Grande (FURG)
duas Divisões, de Material e de Almoxarifado, componentes da
Sub-Reitoria Administrativa.
Na Rural do Rio de Janeiro há um Departamento de Material
e Serviços Auxiliares subordinado ao Reitor.
304
Cidade Universitária ou ainda Prefeitura Universitária ou da Uni-
versidade, responsável pela execução de maior parte das ativida-
des.
Na UFPA, a Prefeitura, foi implantada em 1969 e está subor-
dinada ao Reitor; na UFCE foi criada em 1973, também subordina-
da ao Reitor; na UFRN está subordinada à Pró-Reitoria de Plane-
jamento e Administração e foi implantada em 1971; na UFPB,
está subordinada ao Reitor mas foi implantada antes da Refor-
ma, em 1964; a UFPE e UFRPE não informaram o,ano da criação
do órgão mas indicam que o mesmo está subordinado ao Reitor;
na UFAL a Prefeitura do Campus foi implantada em 1973 mas não
foi ainda definida sua vinculação hierárquica; na UFBA a Prefei-
tura do Campus foi implantada em 1971 e está diretamente su-
bordinada ao Reitor (anteriormente existia um Serviço de Enge-
nharia) na UFMG e UFRJ o órgão foi criada em 1968, subordi-
nado ao Reitor; na UFRRJ foi criada em 1972; nas UFSCAR,
UFPR e UFSM o órgão está subordinado ao Reitor, sendo que na
primeira foi implantado cm 1971, na segunda em 1973 e na ter-
ceira, em 1972.
Na FUAM, a maior parte das atividades é realizada ou por
instituições externas ou pelas Unidades, pois a Divisão de Obras
subordinada ao Gabinete do Reitor, foi implantada em março de
1973.
Na FUMA a Divisão de Obras foi criada em 1969 e posterior-
mente, em 1970, criou-se a Superintendência de Planejamento, su-
bordinada ao Reitor.
305
Físico, também vinculado à Proplan que cuida do planejamento
e do controle do uso dos espaços.
Na UFRPE além da Prefeitura do Campus, há o Departamen-
to de Engenharia e Arquítetura (DEA), criado em 1960 e subordi-
nado ao Reitor. A ASPLAN, também subordinada ao Reitor, foi
criada em 1973 sendo responsável pelo planejamento e controle
do uso dos espaços.
Na UFSE a Diretoria de Obras subordinada à Superintendên-
cia Administrativa foi criada em 1968, e, além de ser responsável
pelas atividades de elaboração de estudos e projetos arquitetôni-
cos, construção, fiscalização de obras e conservação e reparos,
presta assessoria direta ao Reitor em assuntos de Engenharia.
Na UFBA, a Prefeitura do Campus é responsável, desde 1971
por quase todas as atividades, como se pode observar no Quadro
1.141.Entretanto, em 1973, foi criada uma Comissão Especial para
estudo do espaço físico, composta de 2 Adjuntos do Reitor, repre-
sentando as áreas de Planejamento e Acadêmica, respectivamente,
e do próprio Prefeito do Campus, além de 2 professores especlali-
eados.
Na UFES a Superintendência da Planta Física, criada em
1971 e subordinada ao Reitor, executa todas as atividades con-
cernentes a espaço físico através de suas Divisões.
Na UFMG todas as atividades são executadas pela Prefeitura
com exceção do controle da utilização do espaço físico que ainda
não está implantado. O planejamento está a cargo do Setor de
Planejamento Físico, criado em 1966, subordinado à Diretoria de
Planejamento.
Na UFJF todas as atividades são executadas pela ETEC des-
de 1968, que é um escritório técnico da Comissão da Cidade Uni-
versitária .
Na UFV a Divisão de Administração, implantada em 1971 e
subordinada ao Reitor, executa a maior parte das atividades. O
Centro de Planejamento foi criado apenas em 1973, vinculado ao
Reitor.
306
QUADRO- 1.141
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS PELAS ATIVIDADES CONCERNENTES AO ESPAÇO FÍSICO
1 . 3 . 8 ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL
309
QUADRO- 1.142
UNIVERSIDADES FEDERAIS
SUBORDINAÇÃO DOS ÓRGÃOS ENCARREGADOS DA
A D M I N I S T R A Ç Ã O DE PESSOAL
NÚMERO DE
SUBORDINAÇÃO ÓRGÃOS
Reitor 16
Pró-Reitoria de Planejamento e Administração 3
Departamento de Administração 1
Superintendência Administrativa 2
Diretoria Administrativa 3
Divisão de Administração 2
Assessoria Administrativa 1
Departamento Administrativo -1
Secretaria Geral 1
Não tem órgão 1
TOTAL 31
NÚMERO DE
INSTRUMENTOS UNIVERSIDADES
Regimento da Reitoria 13
Regimento da Reitoria, Resoluções e Portarias
do Reitor 2
Resoluções e Portarias do Reitor 2
Estatuto da Universidade 2
Regulamentos e Normas de Pessoal 2
Leis e Decretos Federais 3
Normas em elaboração 2
Não há normas (nem Regimento interno) 3
Não responderam 2
TOTAL 31
NÚMERO DE
ÓRGÃOS UNIVERSIDADES
TOTAL 31
NÚMERO DE
DENOMINAÇÃO DO ÓRGÃO UNIVERSIDADES
TOTAL 31
NÚMERO DE
ESPECIFICAÇÃO OCORRÊNCIAS
Cursos 19
Seminários 10
Estágios 5
Treinamento em Serviço 2
Não houve e/ou não se aplica 9
TOTAL 45
314
i) T W I
j) Cozinha
1) Execução Orçamentária
m) Biblioteca
10) Fundação Universidade de Uberlândia
a) Administração Financeira, Material e Auditoria
b) Estágio no MEC
11) Universidade Federal de Goiás
a) Relações Humanas
b) Reforma Administrativa
c) Processamento de Dados
d) Português (elementos)
12) Universidade Federal de Mato Grosso
a) Administração Financeira e Material
b) Reforma Administrativa
c) Organização e Métodos
d) Administração de Pessoal
e) Jardinagem
f) Datilografia
3) Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
a) Administração Financeira e Orçamentária
b) Legislação de Pessoal e Administração Pública Fede-
ral
c) Administração e Legislação de Material
d) Processamento de Dados (iniciação)
4) Universidade Federal Fluminense
a) Relações Humanas
b) Desenvolvimento de Secretárias
c) Português e Redação Oficial
d) Arquivologia
e) Cursos de Preparação para Acesso
5) Universidade Federal de Santa Catarina
a) Relações Humanas
b) Reforma Administrativa
c) Datilografia
d) Assistente de Laboratório (Técnico e Laboratorista)
e) Administração de Pessoal
f) Orçamento e Organização
g) Vigilância
h) Processamento de Dados (noções)
i) Desenvolvimento de Secretarias
j) Bibloteca (Auxiliar)
1) Artes Culinárias
m) Higiene
n) Cozinha
o) Cliché Off-set
p) Português
q) Portaria e Zeladoria
r) Arquivologia
s) Motorista
16) Universidade Federal de Santa Maria
a) Curso de Formação de Agentes para a Reforma Ad-
ministrativa
b) Vigilância
17) A Universidade Federal do Pará, e a Fundação Universi-
dade do Rio Grande informaram haver realizado treina-
mentos diversos, mas não especificaram quais.
Lotação - Segundo os responsáveis pela Administração
Geral a nível central, 17 (dezessete) Universidades promoveram
relotação de seu pessoal docente e técnico-administrativo, em de-
corrência da implantação da Reforma Universitária.
Q U A D R O - 1.148
UNIVERSIDADES FEDERAIS
RELOTAÇÃO DE PESSOAL DOCENTE E TÉCNICO A D M I N I S T R A T I V O
EM V I R T U D E DA R E F O R M A U N I V E R S I T Á R I A
17 12 17 12 2
QUADRO - 1.149
UNIVERSIDADES FEDERAIS
A T I V I D A D E S DE A D M I N I S T R A Ç Ã O DE
PESSOAL NOS DEPARTAMENTOS
NÚMERO DE
ATIVIDADES UNIVERSIDADES
Controle de frequência 8
Controle de frequência, licença e férias 2
Diretrizes do DASP 1
Não hâ 20
TOTAL 31
NÚMERO DE
ATIVIDADES UNIVERSIDADES
Controle de frequência 6
Controle de frequência + férias 2
Controle de Frequência e Seleção de docentes 1
Controle de frequência + análise de atividades funcionais 1
Controle de frequência + férias + análise de atividades funcionais 5
Férias + registros de equalização 1
Controle de frequência + lotações + férias
+ contratação + seleção e treinamento + assistência jurídica
+ serviço expediente controle de processos 1
Controle de frequência + análise atividades funcionais
+ seleção e treinamento 1
Diretrizes do DASP 1
Não há 12
TOTAL 31
319
Esta nova fase da Universidade brasileira, fez surgir, assim
uma outra estrutura acadêmica, composta de uma gama variada
de normas, regulamentações e preceitos, capazes de orientar a co-
munidade envolvida, na adoção dos novos métodos de trabalho.
Contraditoriamente, entretanto, os parcos recursos de que dis-
puseram, via de regra, as Universidades, dificultaram e dificultam
ainda a formação de equipes capazes de gerir essa transformação,
em um ritmo contínuo e crescentemente aperfeiçoado. Com isto,
a máquina administrativa acadêmica não se desenvolveu tão bem
como se poderia esperar e desejar.
1.4.1 — ÔRGAOS CENTRAIS DE ADMINISTRAÇAO ACADÊMICA
Quem delibera:
a) 22 Universidades declararam que têm no seu Conselho
de Coordenação de Ensino e Pesquisa o "órgão deliberativo cen-
tral" para os assuntos acadêmicos;
b) na FUAM e na UFRRJ é o Conselho Universitário quem
desempenha este papel;
c) a UFOP possui o Conselho Diretor com estas atribuições
e a UFSCAR o Conselho de Curadores;
d) UFAL, UFCE, FUBER e UFMT declaram que esta tarefa
está atribuída a órgãos não colegiados.
Quem executa:
Apenas três (3) Universidades (UFV, UFOP e FUBER) não
possuem órgãos específicos para a função. Na primeira é o Con-
selho de Ensino e Pesquisa segundo declara, na segunda é a Rei-
toria, através de assessores, e na terceira são as próprias uni-
dades universitárias.
320
g) graduação e pós-graduação: UFRJ;
h) as demais atendem somente ao ensino de graduação.
Excetuadas a UFRN, a UFAL, a UFSE, a UFOP, a UFRRJ
UFSCAR, e em resposta para a UFSM, as Universidades de-
clararam, pelos responsáveis pela sua Administração Acadêmica,
que vêm realizando estudos de temas de Administração Acadê-
mica; contudo, quando a mesma pergunta é dirigida ao Reitor,
modifica-se o quadro pela declaração da não existência de estu-
dos desse tipo nas seguintes instituições: FUAM, UFRN, UFAL,
UFV, UFOP, FUBER, UFGO, UFRRJ, UFF, UFSCAR e FURG;
sem resposta dos Reitores ficaram: UFPA, UFRJ, UFPEL e a
UFSM.
1 4 2 _ FLEXIBILIDADE CURRICULAR
321
No que se refere à regulamentação específica sobre integra-
lização curricular 15 Universidades já o fizeram: FUAM, UFPA,
UFPI, UFCE, UFPB, UFPE, UFAL, UFSE, UFJF, UFV, UNB,
UFGO, UFMT, UFRJ e UFSCAR, enquanto que nada menos de
23 Universidades declararam que os seus alunos tem conseguido
terminar o curso no tempo médio previsto; 14 adotam o sistema
de co-requisito ou requisitos paralelos: FUAM, UFRN, UFPE,
UFRPE, UFAL, UFSE, UFES, UFV, UFGO, UFMT, UFRJ,
UFSCAR, UFPR e UFSC.
Para a FUAM, UFPA, FUMA, UFPB, UFMG, UFJF, UFOP,
UNB, UFGO, UFMT, UFRJ e UFSCAR já foram criados critérios
para revisão de currículos.
A fim de que as Universidades possam oferecer razoável mar-
gem de escolha aos estudantes, é necessário que haja reestrutu-
ração dos currículos, permitindo interação entre os currículos de
cursos diversos e, proporcionando ao aluno a escolha de disci-
plinas que satisfaçam às suas tendências e interesses pessoais.
Contudo, deve também estar assegurada a formação profissional
específica, e uma formação geral que relacione o estudante com
outros setores do conhecimento.
A flexibilidade curricular gerou o aparecimento de duas fi-
guras novas na vida acadêmica das Universidades brasileiras: o
crédito e a matrícula por disciplina.
1.4.3 — CREDITAÇÃO
322
Pelo que se observa no quadro, e pelo que foi coletado em
outras informações, pode-se resumir assim a situação*
Trabalho expositivo:
a)74% das instituições fixaram o crédito em 15 ho-
ras/aula;
b) a UFV o fez para 16 horas/aula;
c) a FUAM tomou por base a aula, e não a hora/aula;
d) a UFCE e a UFSC declararam não haverem ainda
regulamentado a questão;
e) não se obteve resposta de 13%, podendo então se
optar ou pela falta de normatização, ou simples-
mente, pela não obtenção da informação.
Trabalho prático:
a) 51% das instituições regulamentaram a equivalên-
cia de um crédito, para 30 ou mais horas de tra-
balho;
n) 12% não responderam;
c) a UFRPE e a UFSE afirmam a inexistência de rigi-
dez na norma;
d) a FUAM tomou por base a aula, e não a hora;
e) 16% consideram 15 horas equivalentes a um crédi-
to; (UFRN, UFPE, UNB, UFSCAR)
f) a UFCE, UFRS, e UFSC (9%) não fixaram valores
Estágio:
a) 22% apenas fixaram o correspondente a um crédito
como sendo 30 ou mais horas de trabalho;
b) não se obteve resposta de 41% das instituições;
c) 12% ainda não regulamentaram a matéria;
d) a UFSCAR fixou em 15 horas o equivalente a um
crédito;
e) 10% afirmam ser variável a quantidade de horas.
(UFF, UFGO, e UFMG)
324
_ MATRICULA POR DISCIPLINA
325
QUADRO 1.152
UNIVERSIDADES FEDERAIS
REGIME ESCOLAR
GRUPO ESPECIAL
FURG
FUBER
1° GRUPO
UFPI
UFSE
UFMT
2° GRUPO
UFRPE
UFRRJ
UFOP
UFV,
UFSC AR
UFPEL
3º GRUPO
PUAM
FUMA
UFRN
UFJF
UFAL
UFES
4° GRUPO
UFPA
UFCE
UFPB
UNB
UFGO
UFSC
UFSM
UFPR -
5° GRUPO
UFPE
UFBA
UFF
UFMG
UFRS
6º GRUPO
UFRJ
328
_ AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR
329
ciplinas com espaço reduzido entre os períodos letivos. •"Não ha-
verá dependência, nem exame de segunda época, o que é contrá-
rio à própria natureza do regime" afirma o Conselheiro Moniz
de Aragão (Indicação n.° 4/71 — CFE).
Dentre as Universidades que possuem mais de onze mil alu-
nos, apenas a UFBA mantém esta forma de recuperação dos alu-
nos.
32% das instituições estudadas (UFPA, UFCE, UFAL, UFSE,
FUBER, UFMT, UFSCAR, UFSC, UFSM) afirmam não ter-se cons-
tituído em problema a deficiência do rendimento escolar.
É interessante notar que a maior parte das Universidades di-
zem ser a área Tecnológica aquela onde incide a maior percen-
tagem de reprovações, seguindo-se a área das Ciências da Saúde.
Segundo os representantes estudantis, as deficiências do en-
sino médio e dos professores, as turmas com grande número de
alunos e a orientação precária, são as principais causas das re-
provações.
1.4.7 — DIPLOMAÇAO
330
Das 31 instituições, apenas 6 (197c) afirmam não possuírem
a figura do professor orientador — UFPE, UFMG, FUBER, UFOP,
UFSC AR, e UFPEL. Contudo, apenas 5 (16%) — UFCE, UFRPE,
UFJF, UFV, FURG — declaram que a sua orientação se estende
por todo o período letivo.
Vê-se, então, que poucas são as instituições que conseguiram
implantar o sistema. Tendo-se perguntado aos coordenadores de
cursos quais os fatos que motivam esta dificuldade, foram cita-
dos com maior incidência:
a) restrita disponibilidade dos docentes;
b) desinformação dos docentes;
c) não aceitação da orientação por parte dos estudantes.
Segundo os coordenadores de cursos que possuem professor-
orientador à disposição dos alunos durante todo o ano letivo, a
fixação dos horários, a escolha de disciplinas e o desenvolvimen-
to dos trabalhos acadêmicos representam as principais atividades
por eles exercidas.
A representação estudantil da UFPE declarou a existência
de professor-orientador durante todo o ano letivo, vindo de en-
contro à declaração do representante da administração acadêmi-
ca local.
Segundo os estudantes, a situação com relação ao assunto é
a seguinte:
a) apenas 13 Universidades (40% colocam professores orien-
tadores à sua disposição durante a matrícula: FURG,
UFAL, UFPB, UFRN, UFCE, UFPA, FUAM;
b) 9 não fazem (29%): FUMA, UFMG, UFJF, FUBER,UFF
UFSM e UFPEL.
331
A UFPEL não sentiu ainda necessidade de fazê-lo e a UFCE
o fez de forma apenas superficial. As Universidades FUMA e
UFSCAR regulamentaram apenas os trancamentos totais e a
FUAM, UFPE, UFJF, UFGO e UFSM o fizeram abrangendo ape-
nas os trancamentos de inscrição em disciplina.
332
.4.11 — JUBILAMENTO
1.4.13 — EVASÃO
1.4.13 — SELEÇÃO
333
É interessante notar que 19 Universidades (UFPEL, FURG,
UFSM, UFSC, UFPR, UFRRJ, UFGO, UFOP, UFV, UFJF; UFBA;
UFPE, UFPB, UFRN, UFCE, UFPI, FUMA, UFPA e FUAM) ado-
taram inicialmente o sistema de opção por áreas, e, destas, ainda
12 possuem remanescentes (UFPA, FUAM, UFPE, UFBA, UFJF,
UFV, UFOP, UFGO, UFPR, UFSC, FURG e UFPEL) por não te-
rem logrado consumir, ainda, a absorção total no curso desejado,
de todos os alunos classificados para o 1.° ciclo.
334
TFPI — UFMT e UFRPE
2 — Universidades que centralizaram parcialmente seus sis-
temas, criando a Biblioteca ou órgão Central, porém mantendo
AS Bibliotecas Setoriais:
QUADRO- 1.154
UNIVERSIDADES FEDERAIS
SISTEMA DE BIBLIOTECAS ADOTADOS SEGUNDO OS REITORES
NAO NÃO SE
GRUPOS DE U N I V E R S I D A D E S SIM NÃO SABE APLICA TOTAL
FURG IMPLANTADO X
FUBER X
UFPI
UFSE X
UFMT X X
UFRPÈ
UFRRJ
UFOP
UFV X X
UFSCAR X
UFPEL. _ x
FUAM
FUMA X
X X
UFRN
UFJF
UFAL
X X
UFES
UFPA X
UFCE X
UFPB x
UNB X
UFGO X
UFSC X
UFSM X
UFPR X
UFPE X
UFBA X
UFF X
UFMG X
X
UFRS
UFRJ X
TOTAL 7 13 3 8
F O N T E : Pesquisa Direta. Convénio MEC/DAU-UFBA/ISP - 1973.
Observa-se que das 31 (trinta e uma) Universidades, 13 (tre-
ze), apresentam um sistema parcialmente implantado, 7 (sete)
totalmente implantado, 3 (três) a ser implantado. Sobre as oito
restantes, não houve qualquer informação.
337
As Universidades do 3.° Grupo apresentam diversificação nos
sistemas de bibliotecas adotados. A FUAM e a UFJF não implan-
taram Biblioteca Central, embora prevista nos Estatutos respec-
tivos. A primeira apresenta grande identidade com as Universi-
dades de Sergipe e Pelotas. Seu sistema é descentralizado, sem
supervisão superior. Suas bibliotecas são totalmente autónomas.
A UFJF, não tendo Biblioteca Central, apresenta, entretanto, em
sua estrutura um Centro de Documentação e Difusão Cultural,
Órgão Suplementar vinculado 'à Reitoria (art. 47%, § 1 a , letra b)
do Estatuto. A UFES, como a FUMA, centralizou parcialmente es-
tas atividades mantendo a Biblioteca Central, órgão Suplementar
vinculado diretamente à Reitoria, em ambas as Universidades. A
FUMA, tem já instaladas Bibliotecas Departamentais, enquanto
a UFES, com o seu sistema, ainda, em implantação, mantém bi-
bliotecas por Centro. Com relação a essa Universidade, há certa
discrepância entre as respostas do Reitor e da própria Biblioteca.
O primeiro diz ser o sistema de Biblioteca Central e Biblioteca
por Centro; enquanto a Biblioteca informa ser o sistema, unica-
mente, Biblioteca Central. Na UFRN não existe Biblioteca Cen-
tral. A Universidade mantém um sistema de Bibliotecas Setoriais
coordenadas e supervisionadas por um departamento central —
o Serviço Central de Bibliotecas — órgão suplementar criado pelo
Estatuto (art. 8.a, item III), visando a coadjuvar a Universidade
na execução do ensino, pesquisa, extensão e serviços. A UFAL
apresenta uma sistematização bastante diferente das demais.
Possuindo um sistema descentralizado antes da Reforma, em de-
corrência desta efetuou centralização por áreas de conhecimento,
mantendo 4 (quatro) bibliotecas, supervisionadas por um órgão
Suplementar — Serviço de Bibliografia e Documentação — vin-
culado à Administração Central (art. 10, letra a dos Estatutos).
O 4.° Grupo apresenta coerência com o 3.° em termos de es-
trutura das bibliotecas; as UFPA, UFPB, UFGO, UFSC e UFPR
centralizam parcialmente seus sistemas; a UFCE mantém um
sistema descentralizado, enquanto a UNB e a UFSM apresentam
centralização anterior à Reforma Universitária. A UFPA centra-
lizou todos os seus serviços meios com a implantação da Biblio-
teca Central e Documentação, órgão Suplementar, está vincula-
do à Sub-Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis, com fun-
ções estabelecidas no seu Estatuto (art. 71, I), e no Regimento
Geral (art. 203). A UFPB criou a sua Bibliotecaa Central, como
Órgão Suplementar vinculado à Reitoria (art. 5. , letra c do Es-
tatuto) . Com a criação de sua Biblioteca Central, a UFGO cen-
tralizou parcialmente seu sistema. A Biblioteca é órgão Suple-
mentar vinculado à Reitoria de acordo com o art. 12 de seu Es-
tatuto. Reúne os serviços de administração, centralização e aqui-
sição e o processamento técnico enquanto as Setoriais são depo-
sitárias do material bibliográfico recebido e preparado na Cen-
tral. A UFSC centralizou parcialmente seu sistema com a im-
plantação da Biblioteca Central, órgão Suplementar vinculado à
338
Reitoria (art. 48, I do Estatuto), com atribuições, responsabili-
dades e normas de funcionamento definidas no Regimento Geral
da Universidade. Seu sistema encontra-se parcialmente implan-
tado. Quanto à UFPR, a sua Biblioteca Central surgiu em de-
corrência da Reforma, como órgão Suplementar vinculado à Rei-
toria, conforme art. 13, letra a do Estatuto. Além dela, o siste-
ma prevê a (oito) bibliotecas de setores que com a Biblioteca
Central, darão lugar à implantação total do sistema. Por enquan-
to, encontra-se ainda em projeto. A UNB, juntamente com a
UFSM. está entre as Universidades que mantêm um Sistema de
Biblioteca Central unificado não decorrente da Reforma Univer-
sitária. A Biblioteca Central da UNB já nasceu centralizada, sur-
gindo pela primeira vez como órgão Complementar no art. 14
do Estatuto da Universidade, aprovado pelo Decreto n.° 1.872
de 12.12.62. A UFSM instituiu sua Biblioteca Central em 1960,
vinculada à Reitoria. Seu sistema, como o de Brasília, já se en-
contra totalmente implantado. A UFCE, única do grupo a não
centraliz/ar seu sistema, dispõe de Bibliotecas Setoriais que fun-
cionam de forma autónoma, apesar da existência do Serviço de
Bibliografia e Documentação, órgão Suplementar vinculado à Rei-
toria (art. 8.° do Estatuto).
O 5.° Grupo, em termos de centralização, pode ser conside-
rado o mais homogéneo. Todas as Universidades centralizaram
seus sistemas, criando a Biblioteca Central como órgão Suple-
mentar, vinculado à Reitora e mantendo Bibliotecas Setoriais nas
nidades. A UFPE saiu de um sistema de Bibliotecas Setoriais
para uma centralização parcial com a criação da Biblioteca Cen-
tral (art. 19, inciso 10 do Estatuto). A UFBA criou sua Biblio-
teca Central através do Decreto 62.241/68 que reestruturou a
Universidade, optando, também, por uma centralização parcial.
A UFMG, como as demais, passou de um sistema descentralizado
de Bibliotecas Setoriais, sem qualquer articulação, para uma cen-
tralização parcial com a implantação da Biblioteca Central Uni-
versitária (art. 76, item 2, do Estatuto). A UFRS, anteriormente
à Reforma, dispunha de um sistema de Bibliotecas Setoriais em
funcionamento paralelo ao Serviço de Bibliografia e Documenta-
ção (sediado na Reitoria e responsável pela pesquisa bibliográ-
fica, catálogo coletivo e empréstimo entre bibliotecas»). A Biblio-
teca Central, órgão Suplementar vinculado à Reitoria através da
Superintendência Acadêmica (art. 28, item I do Estatuto), suce-
deu ao Serviço de Bibliografia e Documentação e forma, junta-
mente com as Setoriais, o sistema da UFSR que se encontra, ain-
da, em implantação. A UFF difere das demais do grupo, por não
implantar uma Biblioteca Central e sim um Núcleo de Documen-
tação (órgão Suplementar vinculado à Reitoria pelo artigo 17,
letra b do Estatuto) que veio substituir o sistema, vigente antes
da Reforma, de Bibliotecas Setoriais dispersas. O Núcleo incum-
be-se de prestar serviços que visam a coadjuvar as Unidades e
diversos setores no desenvolvimento de programas de ensino e
339
pesquisa. Representa a configuração de um Centro de documen-
tação, procurando congregar técnicas e recursos especiais, para
a reunião, sistematização e difusão da documentação bibliográ-
fica e audio-visual. Seu sistema, entretanto, encontra-se apenas
parcialmente implantado.
O 6.ª Grupo é constituído unicamente da Universidade Fede-
ral do Rio de Janeiro. Esta não processou qualquer centralização
no seu sistema; permanecem as bibliotecas setorialmente disper-
sas. Existe em sua estrutura uma Biblioteca Geral pertencente
ao Serviço de Documentação e Informação (art. 20, § único do
Estatuto) destinada à difusão cientifica e cultural e vinculada à
Superintendência de Difusão Cultural.
No Grupo Especial, apenas a FURG iniciou o processo de cen-
tralização com a criação da Biblioteca Central que substituirá
o antigo sistema de Bibliotecas Setoriais. A Biblioteca Central
absorveu todas as setoriais então existentes, permanecendo, entre-
tanto, a Biblioteca do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
que funcionava paralelamente à Central, sem um maior entro-
samento entre ambas. A FUBER não processou qualquer modi-
ficação no ses sistema, mantendo as Bibliotecas Setoriais super-
visionadas por um Serviço Central de Bibliotecas, órgão da Ad-
ministração Central.
1.5.3.1 — ACERVO
340
1.6.3.2 — PROCESSO DE AQUISIÇÃO
341
1.5.3.3 — INSTALAÇÕES FÍSICAS
342
problemas da Biblioteca. No 6.° Grupo, a UFRJ apresenta um sis-
tema descentralizado, de Bibliotecas Setoriais, instaladas nas Uni-
dades a que se acham vinculadas. De outras, embora, com Biblio-
tecas Centrais implantadas não se obtiveram informações sobre
as instalações físicas.
1 4.3.4 — RECURSOS HUMANOS
343
QUADRO- 1.157
UNIVERSIDADES FEDERAIS
FORMAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS PELA BIBLIOTECA
CENTRAL POR GRUPOS DE UNIVERSIDADES
No 3.° Grupo, o funcionamento de todo o sistema (Central e
Setorial) da FUMA se faz nos três turnos, enquanto na UFRN, o
Serviço Central de Bibliotecas funciona durante o dia, enquanto
Bibliotecas Setoriais o fazem durante os 3 turnos. Quanto à
SS, todo o sistema funciona somente durante os turnos matuti-
no e vespertino. Na UFAL, o atendimento ocorre durante os turnos
matutino e vespertino, atendimento este considerado regular pelos
representantes estudantis. No 4.° Grupo, as Bibliotecas Centrais
da UNB, UFGO, UFSC e UFSM funcionam, igualmente, nos três
turnos, enquanto as demais apresentam um funcionamento va-
iado entre as Bibliotecas Central e Setoriais. A UFPA tem a sua
biblioteca Central funcionando em 2 (dois) turnos: matutino e
vespertino, juntamente com as Setoriais. Na UFCE, suas Biblio-
tecas Setoriais funcionam somente durante o dia. Na UFPB, o
funcionamento da Biblioteca Central se processa nos turnos ma-
tutino e vespertino e, continuamente, nas Setoriais. Seu atendi-
mento, entretanto, é considerado, pelos estudantes, insuficiente.
UFGO apresenta um certo desequilíbrio de funcionamento en-
tre a Biblioteca Central e as Bibliotecas Setoriais. Enquanto aque-
la funciona, continuamente, nos 3 turnos, as Setoriais o fazem,
penas, durante as manhãs. Seu atendimento, contudo, é consi-
tado bom pelos estudantes. A UFPR tem seu sistema de Biblio-
tecas funcionando, apenas, em 2 turnos: matutino e vespertino.
ara os estudantes, o horário reduzido de funcionamento da Bi-
blioteca é prejudicial, apesar de considerarem bom o seu aten-
dimento.
345
1.5.3.6 — ABRANGÊNCIA E OPERACIONALIDADE DO SISTEMA
346
tado, exercerá uma atividade supervisora sobre as Bibliotecas
Setoriais, centralizando o intercâmbio, a orientação técnica e a
aquisição. A Biblioteca Central da UFGO exerce o papel de Órgão
controlador de todo o sistema; encontrando-se, parcialmente im-
plantado, centraliza o acervo, serviços técnicos, orientação técni-
ca e aquisição, tendo autonomia técnica e administrativa. A Bi-
blioteca mantém, como seu órgão máximo, o Conselho de Biblio-
tecas, a quem cabe estabelecer normas e fiscalizar as atividades
das Setoriais, tendo ainda a atribuição de estabelecer critérios
para a seleção e aquisição de material bibliográfico. A Biblioteca
Central da UFSC, com um sistema parcialmente implantado, exer-
ce um papel de órgão centralizador dos serviços técnicos e da aqui-
sição. Quanto à Biblioteca da UFPR, foi implantada visando a
maior uniformização de serviços técnicos, centralização de acer-
vos da mesma área, melhor utilização do pessoal disponível bem
como à centralização da aquisição, gerando maior controle do
sistema. As Bibliotecas Centrais da UNB e UFSM centralizaram,
totalmente, aquisição, serviços e acervos.
No 5.° Grupo, todas as Bibliotecas Centrais exercem alguma
centralização nos seus respectivos sistemas.
A Biblioteca Central da UFPE visando a maior uniformização
dos serviços técnicos e centralização de acervos em uma mesma
área, centraliza o acervo dos Institutos Básicos, os serviços técni-
cos, orientação técnica e aquisição. A UFBA tem o seu sistema
parcialmente implantado, com a Biblioteca exercendo um papel
centralizador de aquisição e pesquisa. Possui um acervo centrali-
zador de livros e periódicos de referência e elabora o catálogo co-
letivo de periódicos. A Biblioteca Central da UFMG exerce um
papel coordenador e supervisor das Bibliotecas Setoriais, centra-
lizando o processamento técnico dos acervos dos cursos profissio-
nalizantes enquanto que para o Ciclo Básico está previsto a cen-
tralização física. Na UFRS a Biblioteca Central coordena e su-
pervisiona as Setoriais, e é também, responsável pela orientação
técnica e aquisição centralizada. Com um sistema parcialmente
implantado, o Núcleo de Documentação da UFF, centraliza os
programas de aquisição, o processamento técnico, coordenando os
programas de levantamentos, indexações, análises bibliográficas e
intercâmbio.
Diante do quadro apresentado pelos sistemas de Bibliotecas
em vigência nas Universidades federais, verifica-se que a coor-
denação efetiva das Bibliotecas Setoriais por um Órgão Central
nas Universidades, ainda é incipiente. É pouco frequente a cen-
tralização de acervos e serviços, o processamento técnico ainda
não se verifica, centralizadamente, com ênfase no estabelecimen-
to de uma política de seleção e aquisição, do que resulta, conse-
quentemente, pouca produtividade do processo, no que diz res-
peito à sua qualidade. Essa deficiência se verifica em muitas das
Bibliotecas, prejudicadas que estão pelas restrições impostas a
todo o sistema, pelo condicionamento aos recursos de ordem físi-
ca, humana, material e financeira.
2 RECURSOS
2.1 — RECURSOS HUMANOS
2.1.1 — CONSIDERAÇÕES GERAIS
350
QUADRO 2.1
UNIVERSIDADES FEDERAIS
PESSOAL DOCENTE SEGUNDO A CATEGORIA FUNCIONAL
POR GRUPOS DE UNIVERSIDADES - 1973
(EM PERCENTUAIS)
GRUPOS DE AUXILIAR
UNIVERSIDADES TITULAR | ADJUNTO ASSISTENTE DE ENSINO OUTROS TOTAL
GRUPOS DE
UNIVERSIDADES 12 24 40 DE OUTROS TOTAL
TOTAL 46 32 4 16 2 100
QUADRO 2.3
UNIVERSIDADES FEDERAIS
CRESCIMENTO Q U A N T I T A T I V O DO PESSOAL DOCENTE
1966/1973
(Em números índices)
355
QUADRO 2.5
UNIVERSIDADES FEDERAIS
EXISTÊNCIA DE NORMAS INTERNAS QUE ORIENTAM AS DECISÕES
QUANTO A ABERTURA E PROCESSAMENTO DE CONCURSOS DOCENTES
RELATIVAS A RELATIVAS A
GRUPOS DE INICIO DE PROGRESSÃO NÃO NAO
UNIVERSIDADES CARREIRA NA CARREIRA HA NORMAS RESPONDEU
GRUPO ESPECIAL
FUBER X X
FURG X
1° GRUPO
UFPI X
UFSE X
UFMT X
2° GRUPO
UFRPE X
UFV X
UFOP X
UFRRJ X
UFSCAR X
UFPEL X
3° GRUPO
FUAM X
FUMA X.
UFRN X
UFAL X
UFES X X
UFJF X X
4? GRUPO
UFPA X X
UFCE X
UFPB X
UNB X
UFGO X X
UFPR X
UFSC X
UFSM X X
SP GRUPO
UFPE X X
UFBA X X
UFMG X X
UFF X
UFRS X
6° GRUPO
UFRJ X
TOTAL 14 9 15 2
TITULAR
Ato. 228 172 207 202 809 12
Nº Indices 100 75 91 89
ADJUNTO
212 290 280 963 14
181
NP índices 100 117 160 154
ASSISTENTES
Abs. 578 256 588 480 1902 27
Nº índices 100 44 101 83
AUX. ENSINO
719 659 86S 1038 3281 47
Nº Indices 100 91 120 144
TOTAL
A b s 1299 1950 2000 6955 100
1706
Nº índices 100 76 114 117
Pelas informações apresentadas vale ressaltar, também, que
entre as 21 Universidades que declaram a realização de concursos
para docentes, somente 10 (dez) o fizeram para professor Titular,
conquanto todas os realizassem para o início da carreira (Au-
xiliar de Ensino).
Quanto à execução do recrutamento e seleção de docentes, fo-
ram consultados os responsáveis pela Administração geral das
Universidades, obtendo-se as seguintes respostas:
QUADRO 2.9
UNIVERSIDADES FEDERAIS
RESPONSÁVEIS PELA REALIZAÇÃO DE RECRUTAMENTO
E SELEÇÃO DOS DOCENTES
FREQUÉNCIA
A
ÓRGÃOS UNIDADES ABSOLUTA
%
Divisão ou Departa- F U A M , UFSE, UFSM 3
mento de Pessoal 10
Centros UFPA, UFES, UFRJ 3
Superintendência de 10
Ensino, Pesquisa e
Extensão FUMA 1 3
Reitoria UFPI.UFPEL 2 6
Departamento UFCE, U F R N , U F V , UNB,
UFMT 5 16
Pró-Reitoria de A s -
suntos Didáticos ou
Acadêmica UFPB, UFPE, FURG 3 10
Unidades UFRPE, UFBA, UFOP, UFGO,
U F F , UFSCAR, UFRS, FUBER 8 27
Conselho de Ensino
e Pesquisa UFAL 1 3
Planejamento UFMG 1 3
Secretaria Geral de
Cursos UFJF 1 3
Departamento de A d -
ministração Geral UFSC 1 3
Sem resposta U F R R J , UFPR 2 6
TOTAL 31 100
2.1.3.2 — EVASÃO
ÁREAS DE CONHECIMENTO
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
UNIVERSIDADES CIÊNCIAS EXATAS CIÊNCIAS E CIÊNCIAS NÃO HA
E TECNOLOGIA HUMANAS PROFISSÕES DA SAÚDE AGRARIAS LETRAS EVASÃO
363
e) 10% apresentaram outras respostas;
f) 22% das Universidades nada informaram.
2) No que concerne à pesquisa
a) 35% das Universidades responderam que os regimes es-
peciais de trabalho determinaram uma expansão de
programas e linhas de pesquisa com aumento de produ-
ção científica;
b) 11% informaram que os regimes especiais possibilitaram
a pesquisa;
c) apenas 2 Unidades indicaram que os regimes especiais
atingiram um número reduzido de docentes;
d) 16% deram outras respostas;
e) 30% nada responderam.
3) Com respeito à extensão
a) 35% das Universidades indicaram que os regimes espe-
ciais de trabalho permitiram a ampliação dos programas
de extensão, aumentando a disponibilidade de docentes
para essas atividades;
b) 10% declararam que os regimes especiais ainda não atin-
giram as atividades de extensão;
c) 55% omitiram respostas.
4) Com relação ao planejamento
a) 35% informaram que os regimes especiais de trabalho
possibilitaram o desenvolvimento de atividades de plane-
jamento, determinando inclusive a formação e constitui-
ção de equipes voltadas para tais finalidades;
b) 13% revelaram que a função de planejamento não foi
ainda contemplada com regimes especiais;
c) 50% das Universidades nada responderam.
5) No tocante à administração acadêmica
a) 13)% apontaram que os regimes1 especiais de trabalho pos-
sibilitaram a formação de uma equipe atuando na área
de administração acadêmica;
3 6 4
b) 11% revelaram que os regimes especiais beneficiaram os
docentes em funções acadêmicas executivas e de coor-
denação;
c) apenas 2 Universidades indicaram que sem os regimes
especiais inexistiria a atividade de administração acadê-
mica;
d) 16% apresentaram outras respostas;
e) cerca de 50% nada informaram.
Por outro lado, as Informações captadas ainda a nivel de
administração acadêmica dão conta de que apenas 8 Universida-
des dispõem de normas estabelecendo requisitos para concessão
de regimes especiais de trabalho aos docentes, com recursos da
própria Universidade.
Verificou-se outrossim, que a COPERTIDE é o órgão contro-
lador e fiscalizador das atividades dos docentes incluídos em re-
gimes especiais de trabalho com recursos do convênio COMCRE-
TIDE mas também o fazendo em 50% das Universidades, para
aqueles mantidos com recursos próprios, e em 35%, inclusive os
remunerados com recursos de convênios ou outras fontes.
365
Quanto à especificação de áreas internamente definidas como
prioritárias para a expansão, obtiveram-se os seguintes resultados:
QUADRO 2.12
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ÁREAS DEFINIDAS PARA EXPANSÃO DE PESSOAL DOCENTE
TOTAL 31
367
QUADRO 2 13
UNIVERSIDADES FEDERAIS
MECANISMOS PARA APERFEIÇOAMENTO DOCENTE NOS DEPARTAMENTOS
(EMPERCENTUAIS)
ESTIMULANDO
ESTIMULANDO 0 COMPARECIMEN-
DOCENTE A R E A - TO A CONGRE-
L I Z A R CURSOS GAÇÃO E/OU
DE PÓS-GRADUA- TODA FORMA
ÇÃO DENTRO OU DE INTERCAM- PROGRAMANDO
FORA DO Â M B I - BIO COM O U - CURSOS DE
GRUPOS DE T O D A UNIVER- TRAS UNIVER- CURTA D U R A - NAO POSSUEM
UNIVERSIDADES SIDADE SIDADES ÇÃO OUTROS PREJUDICADA POLITICA
QUADRO 2.14
UNIVERSIDADES FEDERAIS
RECRUTAMENTO DE TÉCNICOS ESPECIALISTAS
NÃO HA NAOHA
GRUPOS HA DIFICULDADE DIFICULDADE RESPOSTA TOTAL
Grupo Especial PUBÉR FURG 2
1° Grupo UFPI, UFMT —
UFSE 3
2° Grupo UFRPE, UFV, —
UFOP, UFRRJ e
UFSCAR UFPEL • 6
3º Grupo FUAM, FUMA, —
UFAL, UFES e
UFJF UFRN 6
4? Grupo UFCE, UFPB, —
UNB, UFGO,
UFPR, UFSC UFPA, UFSM 8
SP Grupo UFPE, UFBA e
—
UFRS UFMG UFF 5
6° Grupo UFRJ 1
— —
TOTAL 23 3 5 31
370
No que se refere à formação profissional dos técnicos que
atuam nos órgãos responsáveis pela elaboração do Orçamento nas
Universidades citadas, observa-se que, num total de doze profis-
sões apontadas, o economista é o mais representado, seguido de
perto pelo contador, bacharel em Direito, e, um pouco mais dis-
tante, pelos arquitetos. Os estatísticos aparecem menos que os
engenheiros e, muito menos ainda, os matemáticos. Os adminis-
tradores têm uma participação inferior à dos arquitetos, porém
superior à dos engenheiros, estatísticos e matemáticos. Nota-se,
ainda, a existência de graduados em Pedagogia, Sociologia e Filo-
sofia, embora em escala reduzida. Não se obtiveram informações
de 8 Universidades (no 3o Grupo — FUAM, FUMA e UFES; no
4.° Grupo — UFCE, UNB e UFSM; no 5.° Grupo — UFF; e no
6.° Grupo — UFRJ).
QUADRO 2.15
UNIVERSIDADES FEDERAIS
PROFISSIONAIS RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO
GRUPO 2? 3? 4º
1° 5°
ESPECIAL GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO GRUPO TOTAL
Bacharel em Direito 1 3 3 4
Contador 1 2 3 _
4 2
5
6
16
18
Economista 2 2 4 5 2 7 22
Administrador 4 1 4
Matemático — — — 1
i1
Estatístico — — — —
t _1 2 4
Graduado em Filosofia — — — 1 1
Engenheiro — — — —
1 _1 4 6
Assistente Social - - - 2 2
Arquiteto — — — — _
10 10
Graduado em Pedagogia — — — —
1 — 2 3
Graduado em Sociologia - — —
1 —
— 3 4
"
TOTAL 4 7 15 14 11 45 96
372
tetos), respectivamente 10% em cada caso, relativamente ao nú-
mero total de técnicos do quadro; os estatísticos e técnicos em
Educação ou Pedagogia, que são 11 (onze) respectivamente de
cada uma destas duas formações, correspondem também, respec-
tivamente, a 5% de todo o conjunto. As demais profissões se fa-
zem representar em proporções mais reduzidas.
373
QUADRO 2.16
UNIVERSIDADES FEDERAIS
FORMAÇÃO PROFISSIONAL DAS EQUIPES TÉCNICAS QUE ATUAM NAS ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO
o 3.° Grupo forma equipes, na sua maioria, acima da
média geral do conjunto quanto à composição numérica.
Somente a Fundação Universidade do Amazonas com três
(3) técnicos encontra-se abaixo na média e a Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, está exatamente na mé-
dia geral (7 elementos). A inter-distiplinaridade maior
desse grupo, localiza-se na Fundação Universidade do Ma-
ranhão, com seis (6) profissões diversas, ao passo que
a maior concentração, em torno de uma mesma profis-
são, é verificada na Universidade Federal de Juiz de Fora,
com nove (9) bacharéis em Direito, numa equipe com
dez (10) participantes. As profissões mais representa-
das nesse Grupo são os bacharéis em Direito e os econo-
mistas (14 em cada caso);
no 4.° Grupo, a maioria das equipes encontra-se na mé-
dia global (sete elementos) ou acima desta. A maior in-
ter-disciplinaridade aparece na Universidade Federal do
Ceará (seis profissões diversas num total de sete técni-
cos) . O profissional mais presente é o bacharel em Admi-
nistração Pública (10), seguido pelos engenheiros (9);
no 5.° Grupo estão as maiores equipes de todo o conjun-
to. A maior diversificação profissional aparece na Uni-
versidade Federal da Bahia (9 tipos de profissões) que
também mantém a maior equipe dentre as Universidades
que responderam à questão. O profissional mais utilizado
nesse grupo de Universidades é o bacharel em Administra-
ção Pública (12), seguido dos economistas (9) e dos ar-
quitetos (8). A maior concentração em torno de uma só
profissão está na Universidade Federal de Minas Gerais
(5 elementos, todos arquitetos). Neste ponto uma ob-
servação se impõe. Nada autoriza acreditar-se que a
UFMG utilize exclusivamente um grupo de 5 arquitetos
para todas as atividades e aspectos do seu Planejamento.
O que seguramente se verifica aí é, ainda urna fez a co-
nhecida disparidade terminológica. Quem respondeu à per
gunta, na UFMG, teve em mente apenas o planejamento
físico — porisso apenas arquitetos foram mencionados.
A "contrário sensu", na UFBA foram enumerados 22 ele-
mentos — e nenhum arquiteto dentre eles. Claramente
referiu-se o respondente a toda a equipe de planejamen-
to da sua Assessoria, e excluiu o Setor de Estudo e Projetos
da Prefeitura do Campus da UFBA — onde estão lotados
os arquitetos que, em articulação com aquela Assessoria,
cuidam do planejamento físico.
o 6.° Grupo, com treze (13) componentes que integram a
equipe da Universidade Federal do Rio de Janeiro, reve-
la uma preponderância em torno dos bacharéis em Ad-
ministração Pública (7), seguidos dos estatísticos, enge-
nheiros e economistas, com representações idênticas (dois
para cada profissão).
375
Deve ser ainda explicitado que as maiores composições inter-
disciplinares relativas de todo o quadro, levando-se em considera-
ção não só a diversidade de profissões das equipes, como também o
número de técnicos que a integram, situam-se nas Universidades
Federais do Ceará, Rural de Pernambuco e de Pelotas.
Entre os responsáveis pelo planejamento nas Universidades
que declararam (28 destas), cinco (5) são economistas (17%),cin-
co (5) são bacharéis em Direito (outros 11%), seguidos dos arqui-
tetcs, engenheiros e bacharéis em Administração Pública, em nú-
mero de quatro (4) para cada caso (equivalendo cada um a 14%).
Observa-se que ocupam a maior quantidade de técnicos os
sistemas de planejamento e administração geral e financeira, com
60 técnicos entre os 174 (afora os responsáveis), que atuam nos
órgãos de planejamento das Universidades, ai encontrando-se 34%
do total.
Em Orçamento estão vinte e cinco técnicos (14% do conjun-
to); Planejamento Acadêmico ocupa dezessete profissionais (cer-
ca de 10% da totalidade); Planejamento Físico conta com qua-
torze elementos (correspondendo a 9%). A atividade de Assessor
em várias áreas de atuação, congrega treze técnicos (equivalendo
a 8%); Estatística,onze profissionais (6%), dos quais vale salien-
tar que dois são economistas e os outros nove são estatísticos). As
demais atividades são desenvolvidas por grupos compostos de
menos de 10 elementos.
A análise da situação por grupos de Universidades revela que
a) em todos os grupos as respostas indicam grande diversi-
ficação de atividades desenvolvidas pelos técnicos dos
órgãos de planejamento;
b) Nas Universidades do Grupo Especial não se obtiveram
informações;
c) no 1.° Grupo a atividade preponderante é Orçamento,
pois das três Universidades desse grupo, duas têm ele-
mentos envolvidos nessas tarefas; sendo esta a única das
atividades comuns a mais de um órgão do grupo;
d) no 2.° Grupo há respostas de duas Universidades para
cada uma das seguintes atividades: Sistema de Planeja-
mento, Planejamento Acadêmico e Orçamento. Quanto
às demais, há demasiada pulverização de respostas.
e) no 3. a Grupo predominam as atividades de Administra-
ção Geral e Financeira, seguidas de Orçamento, Plane-
jamento, como aquelas que concentram maior número de
técnicos;
f) ao contrário do grupo anterior, no 4.° Grupo a maior
ocupação dos técnicos é para Sistema de Planejamento;
seguida igualmente por Planejamento Acadêmico e Ad-
ministração Geral e Financeira;
376
g)no 5.° Grupo também a grande predominância é para
Sistema de Planejamento (ocupando doze técnicos), vin-
do então Orçamento (seis técnicos), Administração Geral
Financeira e Planejamento Físico (com cinco técnicos
respectivamente em cada atividade);
h) no 6o Grupo a concentração maior será em Adminis-
tração Geral e Financeira (quatro técnicos), seguida de
Orçamento (três técnicos), sendo que Sistema de Plane-
jamento e Estatística contam com dois técnicos cada
uma.
Do total de duzentos e dois (202) técnicos vinculados aos
órgãos de planejamento, apenas quarenta e quatro (44) — 22%
possuem algum tipo de formação pós-graduada ou especializada.
A maioria, entre esses quarenta e quatro, realizou cursos de espe-
cialização — 23 técnicos — correspondendo a 52%) destes.
No conjunto, é mínima a proporção dos que fizeram mestrado
(oito técnicos — 4% do total) e doutorado (somente dois técni-
cos), especialização 11% e outras modalidades de cursos (11 téc-
nicas — mais 5% do conjunto total).
Sem que se especifique a pós-graduação realizada "lato ou
strictu sensu" eis a composição das equipes de planejamento:
QUADRO 217
UNIVERSIDADES FEDERAIS
FORMAÇÃO PROFISSIONAL DOS RESPONSÁVEIS PELOS ORGAOS DE PLANEJAMENTO
BACHAREL GRADUADO
GRUPOS DE ECONO EM
ARQUITETO QUÍMICO ENGE- ESTA- MATE- AGRÓNOMO CM ADMINIS PEDAGOGO
UNIVERSI GEOGRAFIA
INDUSTRIAL NHEIRO TÍSTICO MÁTICO DIREITO TRADOR MISTA
DADES
Grupo Es
FURG
1° Grupo
X
UFPI X
UFSC
X
UFMT
2 º grupo
X
UFRPE
X
UFV
UFOP
UFRRJ
UFSCAR D
X
UFPEL
3° Grupo
FUAM X
FUMA X
UFRN X
UFAL X
UFES X
UFJF
4º Grupo
UFPA X
UFCE X
UFPB X
UNB X
UFGO X
UFPR X
UFSC X
UFSM X
5º Grupo
UFPE X
UFBA X
UFMG X
UFF X
UFRS X
6º Grupo
UFRJ
X
TOTAL
4 1 4 f 1 S 4 S 1 1
377
QUADRO 2.18
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ÁREAS DE ATUAÇÃO DOS TÉCNICOS INTEGRANTES DOS ÔRGÀOS DE PLANEJAMENTO
QUADRO 2 19
UNIVERSIDADES FEDERAIS
COMPOSIÇÃO OAS EQUIPES TÉCNICAS DOS ÔRGAOS DE PLANEJAMENTO SEGUNDO FORMAÇÃO POS GRADUADA
Grupo Especial
% ABSOLUTO
I» ABSOLUTO
%
FUBER
FURG
1° Grupo
UFPI 4 100 4 100
UFSE 3 43 4 57 7 100
UFMT 6 100 6 100
2° Grupo
UFRPE 2 50 2 50 4 100
UFV 4 100 4 100
UFOP
UFRRJ 1 100 1 100
UFSCAR 6 100 6 100
UFPEL 1 33 2 67 3 100
3º Grupo
FUAM 3 100 3 100
FUMA 1 10 10 90 11 100
UFRN 4 57 3 43 7 100
UFAL 8 100 B 100
UFES 6 60 4 40 10 100
UFJF 2 20 8 80 10 100
4 ºG R U P O 1 14
7
6
100
86
7
7
100
100
UFCE
UFPB 6 100 6 100
UNB 4 50 4 50 8 100
UFGO 4 100 4 100
UFPR 3 27 8 73 11 100
UFSC 1 13 7 87 8 100
UFSM 3 75 1 25 4 100
5° Grupo
UFPE 1 7 14 93 15 100
UFBA 7 32 15 68 22 100
UFMG 5 100 5 100
UFF 1 25 3 75 4 100
UFRS 4 100 4 100
6º° Grupo
UFRJ 13 100 13 100
2.1.4.1 — SELEÇÃO
380
QUADRO 2.20
UNIVERSIDADES FEDERAIS
MECANISMOS DE SELEÇÃO PARA PROVIMENTO DOS CARGOS
TÉCNICO ADMINISTRATIVOS
TOTAL 14
381
2.1.4.2 — APERFEIÇOAMENTO
GRUPO ESPECIAL 1
1° GRUPO 2 2 1
2º GRUPO 2 4
3º GRUPO 5 2 2 1
4º GRUPO 6 3 1 1
5º GRUPO 4 3 2 1
6º GRUPO
TOTAL 19 11 6 3 9
383
8.1.4.3 — PERSPECTIVAS QUANTO AO PESSOAL
TSCNICO-ADMINISTRATIVO
385
Vultosos investimentos, feitos anteriormente, na construção
e instalação de escolas, quer em áreas urbanas muito densas, quer
em "campi" planejados de acordo com parâmetros característicos
de um ensino eminentemente profissionalizante, exigiram cuida-
doso remanejamento do espaço físico.
Nesse sentido, o Governo estabeleceu critérios para a expan-
são do espaço físico, no art. 2o do Decreto 63.341, de 1o de outu-
bro de 1968.
Dentre esses critérios destacam-se:
1.) a importância do "campus", como local onde se concentra-
rão as construções universitárias;
2.) a preferência a ser dada, dentro de cada Universidade, à
construção das unidades do sistema básico;
3.) a necessidade de ser evitada a construção de novos Hospitais
de Clínicas
2.2.2 — SITUAÇÃO ATUAL
388
A FUMA diz ser "estruturas em quadros hiperstáticos de con-
creto aparente".
389
nelas de vidro com esquadrias de ferro. A cobertura é em chapa
Canalete — 90, de cimento amianto e o teto tem forro de isola-
mento térmico e acústico EUCATEX — FORRATEX. Na ilumina-
ção são colocadas lâmpadas de mercúrio e, quanto ao acabamen-
to, as áreas de massa fina estão em pintura plástica e o reves-
timento externo é de chapisco grosso, com pintura em cor bran-
ca, a fim de dar maior luminosidade.
Na UFRRJ as construções são em estrutura de concreto ar-
mado, vedadas com alvenaria de tijolo. Os revestimentos sim-
ples e as divisões internas do tipo celular.
Na UFSCAR as estruturas são metálicas e o piso dos labora-
tórios cimentado.
A UFSC procurou substituir, antes mesmo da Reforma, pré-
dios suntuosos por uma arquítetura flexível, econômica e de exe-
cução a curto prazo.
A UFSM procura aproveitar o espaço horizontal com prédios
de, no máximo, três pavimentos.
Na UFOP e UFRS as construções são moduladas sendo que na
UFRS procura-se evitar prédios altos procurando-se também criar
flexibilidade para a conservação e manutenção dos mesmos. A
FURG procura flexibilidade e variedade de utilização do espaço
e na UFPEL, visando a economia, as construções são de concre-
to aparente, tijolo à vista, prédios baixos com. no mínimo, um
pavimento e, no máximo, três.
2.2.2.3 — DISTRIBUIÇÃO DAS ÁREAS CONSTRUÍDAS SEGUNDO SETORES
DE ATIVIDADES
390
QUADRO 2.24
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DISTRIBUIÇÃO DAS A R E AS CONFORME SETORES DE ATIVIDADES
QUADRO 2.25
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ÍNDICE DE OCUPAÇÃO
GRUPOS DE
UNIVERSIDADES AREA CONSTRUÍDA POPULAÇÃO ESTUDANTIL (Em 1971) INDICE DE OCUPAÇÃO (M2/ALUNO)
FUBER 4754
FURG 27315 2079 13.1
UFPI 10030 1657
UFSE 18326 2435 6,0
UFMT 7.4
UFRPE 21366 1604 13.3
UFV 195269 1235 168,0
UFOP 805
UFRRJ 108309 2476 44,0
UFSCAR 8863
UFPEL
FUAM 3576
FUMA 12233 3540 3.5
UFRN 114560 4406 38.5
UFAL 55915 3162 18.3
UFES 66800 4377 15.2
UFJF 65805
UFPA 8482
UFCE 166455 8707 19.0
UFPB 134506 6817 19.7
UNB
UFGO 77978
UFPR 10048
UFSC 94220 6812 13,8
UFSM 134694 6531 20.6
UFPE 234397 11048 21.2
UFBA 207641 11837 17.5
UFMG 25S837 14107 18.1
UFF 97433
UFRS 11580
393
A UFSC classificou os espaços universitários em: a) de uso
específico e b) de uso múltiplo (preferencial e permissível). Os
de uso específico são os que exigem obras de vulto no caso de
remanejamento ou modificações, e os de uso múltiplo podem ser
utilizados para diversos fins, por suas características de conver-
sabilidade. A Comissão de Planejamento é responsável pela dis-
ciplina dos usos e o Departamento de Registros e Controles Aca-
dêmicos, pela programação dos espaços físicos que deve ser feita
semestralmente.
394
Pernambuco e Rio Grande do Sul com grandes áreas projetadas
nos seus "campi";
395
2.2.3.3 — IMPLANTAÇÃO DOS "CAMPI" UNIVERSITÁRIOS
NP DE U N I -
LOCALIZAÇÃO S I T U A Ç Ã O DO CAMPUS VERSIDADES
Um campus parcialmente construído 4
Um campus com projeto em elabora-
ção 1
Mais de um campus parcialmente construído 2
Campus e instalações i— parcialmente construídos 10
soladas início de construção 1
com projeto concluído 1
Campi e instalações i s o - parcialmente construídos 7
ladas com projeto em elaboração 1
Instalações isoladas com projetos concluídos 3
com projeto em elaboração 1
Um campus totalmente construído —
TOTAL 31
FUBER
FURG x' x'
FUFPI X X
UFSE
UFMT
UFRPE x'
UFRRJ X X
UFOP
UFV X X
UFSCAR X X
UFPEL X X
FUAM
FUMA X
UFRN X
UFAL
UFES ...
UFJF x' X
UFPA x X
UFCE X X
UFPB X X
UNB X X
UFGO X X
UFPR X X
UFSC
UFSM x' x'
UFPE X X
UFBA X X
UFF X X
UFMG X X
UFRS X X
UFRJ
FONTE: Pesquisa Direta, Convênio MEC/DAU-UFBA/ISP. 1973
400
2.3 — RECURSOS FINANCEIROS
3.3.1 — NOTAS PRELIMINARES
401
da classificação legal, consideraram-se grupos específicos de gas-
tos, assim entendidos:
a) PESSOAL, todos os relacionados com Pessoal como os de en-
cargos de previdência, salário família, inativos etc. e não
apenas os do Elemento 3.1.1.0 — Pessoal;
b) OUTROS CUSTEIOS, todos os classificados nos demais ele-
mentos da Despesa Corrente;
c) EQUIPAMENTOS, todas as despesas apropriadas aos Ele-
mentos Equipamentos e Instalações e Material Permanente;
d) OUTRAS, todas as demais da categoria econômica de Capital.
2.3.2 _ RECEITA POR ORIGEM
402
totais e os oriundos de transferências da União — se apresenta
bastantemente modificado, mas não desaparecido, como se colhe
do Quadro 2.31.
Verifica-se nesse ano e nesse quadro uma queda acentuada
da significação das transferências do Governo Federal ou, de ou-
tra forma visto o fato, um sensível incremento das "Outras Re-
ceitas" .
Opõem-se, isoladamente, a essa tendência, as Universidades a
seguir que, ao contrário de todas as demais, tiveram aumentados,
em termos relativos, os repasses da União. São apenas 4, duas
das quais situadas no setentrião brasileiro e duas outras locali-
zadas no extremo sul, respectivamente Pará e Amazonas e Santa
Maria e Rio Grande do Sul:
Q U A D R O 2.30
UNIVERSIDADES FEDERAIS
RECEITA POR GRUPOS DE ORIGEM - ANO DE 1967
GRUPO ESPECIAL
FUBER — — —
FURG — — —
1º GRUPO
UFPI — — —
UFSE — — —
UFMT — — —
2º GRUPO
UFRPE 85,2 14,8 100%
UFOP — — —
UFV — — —
UFRRJ 73.0 27,0 100%
UFSCAR — — —
UFPEL — — —
3º GRUPO
FUAM 54,7 45,3 100%
FUMA 94,9 5,1 100%
UFRN 82,4 17,6 100%
UFAL 99,2 0,8 100%
UFES 97.9 2.1 100%
UFJF — — —
49 GRUPO
UFPA 72,6 27.4 100%
UFCE 99,0 1,0 100%
UFPB 82,3 17,7 100%
UNB 92,9 7.1 100%
UFGO 85,6 14,4 100%
UFPR 97,0 3,0 100%
UFSC — — —
UFSM 76,7 23,3 100%
59 GRUPO
UFPE 99.5 0,5 100%
UFBA 91,5 8,5 100%
UFF 75,2 24,8 100%
UFMG 89,9 10,1 100%
UFRS 80,0 20,0 100%
69 GRUPO
UFRJ — — —
MÉDIA 85,7 14.3 100%
QUADRO 2.31
UNIVERSIDADES FEDERAIS
RECEITA POR GRUPOS DE ORIGEM - ANO DE 1972
GRUPO ESPECIAL
FUBER 32,3 67,7 100%
FURG 65,8 34,2 100%
1º GRUPO
UFPI 86.3 13.7 100%
UFSE 91,4 8.6 100%
UFMT 71,5 28,5 100%
2º GRUPO
UPRPE 67,7 32,3 100%
UFOP 62,8 37,2 100%
UFV 50,3 49,7 100%
UFRRJ 68,4 31,6 too%
UFSC AR — — —
UFPEL - - -
39 GRUPO
FUAM 67,5 32,5 100%
FUMA 89,9 10,1 100%
UFRN 62,7 37,3 100%
UFAL 69,4 30,6 100%
UFES 70,2 29,8 100%
UFJF — - -
49 GRUPO
UFPA 77,6 22,4 100%
UFCE 74,9 25,1 100%
UFPB 79,8 20,2 100%
UNB 75,5 24,5 100%
UFGO 83,9 16,1 100%
UFPR 72,8 27,2 100%
UFSC — — —
UFSM 92,2 7,8 100%
59 GRUPO
UFPE 77,1 22,9 100%
UFBA 84,7 15,3 100%
UFF 73,0 27,0 100%
UFMG 66,6 33,4 100%
UFRS 90,1
9.9 100%
69 GRUPO
UFRJ - - -
MÉDIA 73,3 26,7 100,0
QUADRO 2,32
UNIVERSIDADES FEDERAIS
COMPARATIVO DOS ÍNDICES MÉDIOS DE PARTICIPAÇÃO DAS
RECEITAS DA U N I Ã O . POR GRUPOS DE UNIVERSIDADES
GRUPOS DE
UNIVERSIDADES 1967 1972 DIFERENÇA
405
À parte deve ser considerado, no particular, o Grupo Especial
que ostenta o índice de apenas 49,0%, por suas próprias peculia-
ridades. É possível que tal índice seja apenas aparente ou nomi-
nalmente baixo.
Tomadas em função de maiores ou menores índices de signi-
ficação relativa da receita da União, as cinco primeiras Universi-
dades, em cada qual dos dois exercícios em estudo, assim se apre-
sentam, no Quadro 2.33.
QUADRO 2.33
UNIVERSIDADES FEDERAIS
POSIÇÕES DESTACÁVEIS DE PARTICIPAÇÃO DA RECEITA DA U N I À O
NOS ORÇAMENTOS DAS UNIVERSIDADES
406
QUADRO 2334
UNIVERSIDADES FEDERAIS
RECEITA POR CATEGORIAS ECONÔMICAS E GRUPAMENTOS ESPECIAIS - ANO DE 1967
QUADRO 2.35
UNIVERSIDADES FEDERAIS
RECEITA POR CATEGORIAS ECONÔMICAS E GRUPAMENTOS ESPECIAIS - ANO DE 1972
2.3.3 _ MECANISMOS DE AUTO-FINANCIAMENTO
QUADRO 2 36
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DISTRIBUIÇÕES DAS UNIVERSIDADES POR CRITÉRIOS DE COBRANÇA
DE MATRÍCULA
GRUPOS DE
UNIVERSIDADES/CRITÉRIOS POR ALUNO POR DISCIPLINA
Grupo Especial
FURG X
1º Grupo
UFPI X
UFSE X
UFMT X
2º Grupo
UFV X
UFRPE X
3º Grupo
FUMA X
FUAM X
UFRN X
UFAL X
4º Grupo
UFPA X
UFSM
UFPB X
UFGO X
UFSC X
5º Grupo
UFBA X
UFMG X
UFPE X
UFRS X
TOTAL 10 9
2.3.3.3 — ANUIDADE
410
Não cobram os serviços que prestam ou só o fazem de modo
eventual as seguintes Universidades:
411
Como seria natural e de esperar-se, as Unidades de Ensino
são a estrutura predominante entre os organismos geradores de
receita. Como Unidades de Ensino estão compreendidos Facul-
dades. Escolas, Institutos etc.
Sm seguida às Unidades de Ensino aparecem os diversos ór-
gãos de saúde, abrangendo hospitais, maternidades, ambulatórios
e laboratórios.
O terceiro lugar como estrutura produtora de recursos pró-
prios, é ocupado pelos serviços de imprensa e logo a seguir, na quar-
ta posição entre os órgãos produtivos figuram os centros e os ser-
viços de computação de dados.
Por último, dos órgãos especificados, os restaurantes são a
quinta unidade estrutural que mais contribuiu para as receitas
universitárias.
No quadro ainda são registrados, num grupamento de "Ou-
tros Órgãos", 11 unidades estruturais diversas que também fo-
ram citadas entre as que comparecem para a produção de receita.
São órgãos como Superintendências, Núcleos, Secretarias etc.
Observa-se dos dados exibidos e encontrados que há uma
crescente ampliação do que poderia ser chamado de rede estrutu-
ral captora de recursos à medida que se consideram os grupos das
Universidades, na ordem crescente de sua classificação.
QUADRO 2 17
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ESTRUTURA PRODUTORA DE RECEITAS
TOTAIS 8 ?2 16 19
413
se não observou), sem que com isto ficasse desmentida a predo
minância natural acima referida.
Em termos relativos, as duas mencionadas categorias eco-
nômicas de despesa apresentam-se, nos dois exercícios considera-
dos, na conformidade do Quadro 2.38, segundo os grupos em que
se acham classificadas as Universidades.
Registra e revela o aludido Quadro 2.38 alguns aspectos que
merecem ser assinalados e brevemente comentados.
QUADRO 2.38
UNIVERSIDADES FEDERAIS
DESPESA POR CATEGORIA ECONÔMICA
GRUPO ESPECIAL
FUBER — 89,0 — 11,0
FURG - 89,4 - 10,6
1°GRUPO
UFPI — 71,8 - 28,2
UFSE — 89,7 — 10,3
UFMT - 66,0 - 34,0
2° GRUPO
UFRPE 97,6 91,2 2,4 8,8
UFOP — 80,0 — 20,0
UFV — 71,0 — 29,0
UFRRJ 65,8 87,1 34,2 22,9
UFSCAR — — — —
UFPEL - - - —
3ºGRUPO
FUAM 68,3 87,5 31,7 12,5
FUMA 89,8 88,4 10,2 11,6
UFRN 92,4 87,2 7,6 12,8
UFAL 78,0 79,0 22,0 21,0
UFES 76,9 77,6 23,1 22,4
UFJF — — — —
4°GRUPO
UFPA 75,7 75,0 24,3 25,0
UFCE 93,6 93,4 6,9 6,6
UFPB 83,4 94,1 16,6 5,9
UNB 76,7 83,9 23,3 16,1
UFGO 83.0 84,8 17,0 15,2
UFPR 96,0 86,0 4,0 14,0
UFSC — — — —
UFSM 60.1 80,3 39,9 19,7
5° GRUPO
UFPE 90,8 93,6 9,2 6,4
UFBA 85,5- 93,0 14,5 7,0
UFF 62,5 92,1 37,5 7,9
UFMG 83,9 77,0 16,1 23,0
UFRS 81,0 86,4 19,0 13,6
6° GRUPO
UFRJ - - - -
MÉDIAS 81,1 84,4 18,9 15,6
GRUPO ESPECIAL
FUBER 77,4
FURG — 72.4 _ 42,5
-
1° GRUPO
UFPI
UFSE — 83.0 _ 71,0
2° GRUPO
UFRPE 79,1 78,8 37,5 32,1
UFOP 75,7
UFV — 86,0 _ 32.9
UFRRJ
—
50.5 74,5
— 28,6
62.0 35,4
UFSC AR
UFPEL _ _ _ _
- - -
3° GRUPO
FUAM 89,2 79,1 81,5 46.5
FUMA 64,0 84,8 27,4 41.2
UFRN 55,9 63.7 84.4 76.1
UFAL 73,9 75.0 58.9 75,0
UFES 91,7 72,3 77,2 78,5
UFJF
- - - -
4° GRUPO
UFPA 78,9 65,0 79,7 74,1
UFCE 77,8 80,0 61,2 66.8
UFPB 74,9 77,4 56,2 51.8
UNB 69,5 74,7 59,3 50,9
UFGO 79.1 78,9 49,7 71,3
UFPR 79.7 77,9 48,1
• UFSC _
UFSM — 84,3—
86,6 — 34,8—
62,7
5° GRUPO
UFPE 81,9 75.0 78.0 38.3
UFBA 82,9 66.4 47,1 58.2
UFF 84,9 74,1 31.4 27,7
UFMG 82,0 80,0 67.6 15.4
UFRS 79,2 77.9 64,1 37.7
6° GRUPO
UFRJ
- - - -
MEDIAS 76,9 77,6 54,29 5,03
QUADRO 2.41
UNIVERSIDADES FEDERAIS
PARTICIPAÇÃO DAS DESPESAS COM PESSOAL NAS
DESPESAS CORRENTES
QUADRO 2.43
UNIVERSIDADES FEDERAIS
ÍNDICES MÉDIOS DAS DESPESAS COM OBRAS POR GRUPOS
DE UNIVERSIDADES