Desmistificando a leitura rítmica

Com Pedrinho Moreira

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autorização prévia do autor.

@Pedrinho Moreira produções

 Conteúdo

As figuras rítmicas
Figuras positivas e negativas
Quadro com as figuras
Compasso Simples
Barras de compasso:
 Simples
 Dupla
 Barra de final
Fórmula de compasso
Exercícios com Colcheias e semicolcheias
Pauta ou pentagrama
Notas com ligadura
Figuras com Ponto de aumento (notas pontuadas)
Anacruse
Contratempos
Sincopes
Compasso composto:
 Binário
 Ternário
 Quaternário
Quiálteras
Sinais ou símbolos utilizados nas partituras
Livros de apoio e consulta
• “Elementos básicos da música” Roy Bennet
• Bohumil Med Teoria da musica
• Pozzoli “Guia teórico-prático para o ensino do ditado
musical”
 As figuras rítmicas
As figuras rítmicas são símbolos criados para representar a duração
sonora das notas musicais e quando são combinadas entre si, possibilitam a
escrita da parte rítmica da música. Elas são classificadas como positivas e
negativas. As positivas são as notas que devem ser tocadas para produzir o
som e as negativas representam as pausas (ou silêncio). Elas estão dispostas
na seguinte ordem:

Semibreve 1

Mínima 2

Semínima 4

Colcheia 8

Semicolcheia 16

Fusa 32

Semifusa 64

Partes que compõem a figura rítmica

Observação: as figuras que possuem colchetes são a colcheia, semicolcheia,

fusa e semifusa.
 Colcheia - 1 colchete

Semicolcheia – 2 colchetes

Fusa – 3 colchetes

Semifusa – 4 colchetes

Exercícios para treinar a escrita

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Quando escrevemos uma partitura ou um trecho musical qualquer que

contenha sucessivas figuras rítmicas com colchetes, devemos ligar estes
colchetes.

Exemplos:

+ + +

+ +
 Exercícios para prática
Agrupar as figuras rítmicas abaixo:

+ + + + +

+ + + + + + +

Valores das figuras

As figuras rítmicas por si só não possuem um valor pré-estabelecido,
como se vê em alguns ensinos ou conceitos aplicados de forma equivocada,
mas sim uma relação estabelecida entre elas. Primeiro abordaremos as
figuras positivas.
 Como podemos observar no quadro anterior, há uma certa “hierarquia”
onde a semibreve é a figura que representa 1 INTEIRO e a partir dela
atribuímos os valores às demais figuras.

... e assim por diante até a semifusa.

Anotações:

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 Compassos
O compasso tem a função de agrupar, ordenar e dividir
quantitativamente os sons de uma composição ou trecho musical. Em uma
música há vários compassos e quando eles são escritos em uma partitura,
são separados um a um por barras verticais. São denominadas barras de
compasso e podem ser simples, duplas ou barras de final.

Barra simples

Usada para delimitar cada compasso da música.

Barra dupla

É usada para separar as diferentes seções de uma

música, por exemplo parte A, B, REFRÃO, etc. Ou para alertar alguma
mudança no compasso seguinte.

Barra final

Como o próprio nome diz ela é escrita no final da

partitura.

Tipos de compasso
Os compassos são classificados como simples ou compostos.
• Simples - quando conseguimos perceber uma divisão binária na
unidade de tempo, ou seja, cada tempo do compasso é divisível por 2.

• Composto - quando conseguimos perceber uma divisão ternária na

unidade de tempo, ou seja, cada tempo do compasso é divisível por 3.
 Fórmula de compasso
É uma espécie de fração que é escrita no início da partitura (ou em outras
partes quando houver necessidade de alguma mudança de compasso no decorrer
da música). Sua função é indicar a quantidade de tempos de cada compasso e a
figura rítmica que será a unidade de tempo.
* Unidade de tempo é a figura rítmica que preenche exatamente um tempo do
compasso
Se não existir a fórmula de compasso no início da partitura, não é possível
fazer a leitura rítmica, pois é ela quem define a quantidade de tempos e o valor
das figuras rítmicas.

*Uma boa dica para memorizar e ajudar na compreensão da leitura rítmica

São só 2 perguntas a se fazer:

QUANTOS? (Tempos)
X
Y
QUAL? (Figura rítmica)

Número de cima (numerador) - QUANTOS TEMPOS TERÁ O

COMPASSO

Número de baixo (denominador) - QUAL SERÁ A FIGURA RITMICA

a preencher um tempo (Unidade de tempo)
 Exemplos

Este compasso terá 2 tempos e a unidade de tempo será a figura 4 (semínima)

Este compasso terá 3 tempos e a unidade de tempo será a figura 4 (semínima)

Este compasso terá 4 tempos e a unidade de tempo será a figura 4 (semínima)

Este compasso terá 5 tempos e a unidade de tempo será a figura 8 (colcheia)

 Exercicios para a prática de leitura

1) Compassos binários (2 tempos)

A

B
2) Compassos ternários (3 tempos)

B
3) Compassos quaternários (4 tempos)

B
 C

Anotações:

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 Pausas
Para cada figura positiva há uma negativa correspondente (são as
pausas), como podemos verificar no quadro abaixo:

Exemplos:

Semibreve

Mínima
Semínima

Colcheia

Semicolcheia
* Obs.: No caso das semicolcheias há muitas possibilidades de utilização
das pausas, veremos esse assunto mais à frente quando trabalharemos a
memorização e internalização das células rítmicas.

Anotações:
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 4) Exercícios para prática de leitura.

* Nos próximos exercícios teremos também as pausas

B
C

E
 F

G
 H

Anotações:

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 Pauta ou pentagrama
Pentagrama é o nome dado ao conjunto de cinco linhas e quatro espaços,
onde escrevemos as notas musicais. As linhas e os espaços são contados de
baixo para cima.

Nota escrita no espaço Nota escrita na linha

Linhas e espaços suplementares

Linha suplementar superior

Linha suplementar inferior

Para as figuras rítmicas com hastes há a seguinte regra para a escrita:

Até a terceira linha as hastes são escritas para cima, e a partir da terceira linha as
hastes são escritas para baixo.

Dependendo da sequência das notas de uma melodia a disposição da haste na

terceira linha pode variar, passando a ser escrita tanto para baixo como para cima.
 Exemplos:

 No compasso 2 dos exemplos acima, as notas predominantes da melodia

são graves, fazendo com que as hastes fiquem todas voltadas para cima.

Claves
A clave é um sinal colocado no início da partitura e dá o seu respectivo nome à
nota situada na linha onde ela é escrita. Temos 3 claves: Clave de sol, de fá e de
dó.

Clave de sol - usada para instrumentos com sonoridade aguda (violino, flauta,
trompete, etc)

Clave de fá - usada para instrumentos com sonoridade grave (Contrabaixo,

violoncelo, fagote, etc)

Clave de dó - usada para instrumentos com registos médios (viola de orquestra)

 No caso do piano que utiliza a clave de sol e de fá, usa-se a pauta dupla com as
duas claves reduzindo-se assim o número de linhas suplementares tanto inferiores
quanto superiores. Como podemos observar nas duas pautas seguintes:

Pentagrama para instrumentos de percussão

Na escrita para os instrumentos percussivos sem altura definida das notas, usa-se
outro tipo de padrão.
Exemplo da pauta para bateria:

• Observação: podem haver alterações na disposição das peças da bateria no

pentagrama, quando isso ocorre, normalmente usam-se legendas.
 As pausas da Semicolcheia

No caso das semicolcheias há muitas possibilidades de utilização das pausas, como

podemos observar nas figuras abaixo:

Exercícios para pratica de leitura.

A
 B

E
 Notas com ligadura
A ligadura é uma linha curva que une notas de mesma altura fazendo com que o som
se prolongue de acordo com o valor das figuras rítmicas ligadas.
Exemplos:

Exercícios com ligaduras

B
C

F
 Ponto de aumento
O ponto de aumento como o próprio nome diz, aumenta a duração de
uma nota pela metade. Ele é colocado à frente da figura rítmica positiva ou
negativa (ou seja, tanto as notas quanto as pausas podem ser pontuadas).
Exemplos:
Vamos começar com a mínima.

Agora com a semínima.

E com a colcheia.
Exercícios com pontos de aumento
A

D
E

H
 Quando figuras de valores diferentes são agrupadas por colchetes (em um mesmo
tempo,) geram o que podemos chamar de “células rítmicas”.
Exemplos:

+ + =

+ + =

+ + =

Exercícios de leitura com as células rítmicas

A

C
 Compasso composto
Como vimos anteriormente, nos compassos compostos conseguimos perceber
uma divisão ternária na unidade de tempo, ou seja, cada tempo do compasso é
divisível por 3. Sendo assim, a unidade de tempo deverá ser representada por
uma figura pontuada.
*

Binário Ternário Quaternário

Exercícios com compassos compostos

A
B

E
F

H
 Assim como nos compassos simples as diferentes figuras agrupadas formam outras
células rítmicas, o mesmo acontece também nos compassos compostos.

Exercícios para pratica de leitura

B
C

F
 Anacruse
É a nota ou uma sequência de notas que antecedem ao primeiro compasso de uma
música.
Exemplo:

Síncope
É quando uma nota tocada no tempo “fraco” ou parte fraca do tempo for
prolongada até o tempo “forte” ou parte do tempo forte seguinte. Ela pode ser regular
ou irregular. Regular - quando as notas que formam a síncope têm a mesma duração.
Irregular - quando as notas não têm a mesma duração.
Exemplos:
 Quiálteras
Quiáltera é um agrupamento de figuras rítmicas (positivas ou também mescladas com
negativas) alteradas em seu valor primitivo. Ou seja, elas não obedecem à divisão ou
subdivisão rítmica normal das figuras. Elas são classificadas como regulares,
irregulares, aumentativas ou diminutivas.

Exemplos:

• Quiáltera aumentativa - quando altera para mais a quantidade normal de notas

Como podemos observar nos compassos circulados acima.
• Quiáltera diminutiva - quando altera para menos a quantidade normal de notas
Exemplos

• Quiáltera regular – quando as notas que a compõem possuem as mesmas

figuras rítmicas
Exemplo

• Quiáltera irregular – quando as notas que a compõem possuem figuras rítmicas

com valores diferentes.
Exemplo
Exercícios para prática de leitura
A

C
 Principais símbolos utilizados na escrita musical
Em um auto estrada há várias placas de sinalização que foram criadas para que os
condutores possam se orientar e chegar ao seu destino. Da mesma forma, uma
partitura pode conter vários símbolos ou sinais que têm como função orientar os
músicos sobre as diferentes seções, repetições, andamento, dinâmicas de volume e
outros detalhes da composição ou arranjo.
Símbolos:

Repetir o compasso anterior

Repetir os 2 compassos anteriores

Sinais de repetição

Significa que quando chegar a este

trecho deve-se primeiro tocar até a casa 1 e na repetição saltar para a casa 2.

D.C ou Da cappo (italiano) significa voltar ao início da música

Escreve-se o “Sinal” no trecho a partir de onde deve

ser tocada uma repetição quando esta não for “Da capo”.
Significa o trecho final da música

Significa que quando chegar a este trecho o músico deve “pular” para o Coda (parte
final da música)

Este sinal quando colocado sobre uma nota ou acorde significa que a nota deve ser
sustentada independentemente do valor da sua figura rítmica.

Sinais de dinâmica:

pp Pianíssimo
p Piano
mp mezzo piano
mf mezzo forte
f forte
ff fortíssimo
Análise da partitura