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Aula 11 - CM
Aula 11 - CM
O Diagrama Fe-Fe3C
PG-MEC - TM703
Prof Adriano Scheid
2010
Diagramas de Fase
Diagrama de Fase Fe-Fe3C - Diagrama de Fase Fe-C
Introdução:
O estudo do sistema ou liga Fe-C é a base para o entendimento do comportamento
de dois dos mais importantes grupos de ligas metálicas que existem: Os Aços e
Ferros Fundidos.
Fatores como a abundância do elemento na natureza, a facilidade de transformação
do minério em elemento metálico, a larga faixa de propriedades que podem ser
obtidas dentro das subclasses e do baixo custo, fazem com que estes sejam
tratados na Engenharia como as Ligas Ferrosas e de forma separada e especial em
relação aos demais metais (que são enquadrados como não-ferrosos).
Em seguida serão apresentados os conceitos termodinâmicos mais importantes
relacionados à estabilidade de fases para estas ligas.
1539
Ferro
Delta
1400
Ferro
Gama
910
Ferro Alfa
25
Composição (at% C)
Temperatura (ºC)
Temperatura (ºF)
1130ºC
2,11
, Austenita
910ºC + Fe3C
723ºC
0,77
0,025
, Ferrita
+ Fe3C
Cementita, Fe3C
6,67
Composição (wt% C)
O Sistema Fe-Fe3C
- Fases Importantes
1493 ºC
Peritética 0,18 1492 L0,54%C + 0,10%C 0,18%C
1130 ºC
Eutética 4,30 1130 L4,3%C 2,11%C + Fe3C6,67%C
723 ºC
Eutetóide 0,77 723 0,8%C 0,025%C + Fe3C6,67%C
O Sistema Fe-Fe3C
- Solubilidade de Carbono em Ferro
O carbono é um elemento de pequeno raio atômico (0,71 ângstrons) em relação ao Ferro (CCC
- 1,24 e CFC – 1,27 ângstrons). Desta forma, desenvolve solução sólida Intersticial, ou seja, o
átomo de soluto (Carbono) posiciona-se nos interstícios ou espaços vazios de suas
estruturas cristalinas. Ferro e Ferro formam diferentes tipos de interstícios, os Interstícios
Octaédricos (a) e os interstícios Tetraédricos (b):
Espaço
ângstrons 0,19 (0,15R) 0,36 (0,29R) 0,52 (0,41R) 0,29 (0,23R)
O Sistema Fe-Fe3C
- Microestruturas nos Aços
Transformações no Estado Sólido –
Conforme Equilíbrio Termodinâmico.
A transformação Eutetóide ocorre pela
decomposição da Austenita em Ferrita e
Cementita, na forma de lamelas intercaladas.
Esta microestrutura é chamada de Perlita e é
uma mistura de duas fases.
Temperatura (ºC)
Contorno de Grão da
Austenita
Austenita
()
Austenita Ferrita ()
()
Ferrita ()
Cementita Direção de
Fe3C
Crescimento
da Perlita
Difusão do Carbono
A composição global:
O nº Fases:
0,77
0,025 A proporção de fases – Regra da Alavanca:
+ Fe3C
, Ferrita
A composição de química de Cada Fase:
A distribuição de fases:
O Sistema Fe-Fe3C
- Informações e a Regra da Alavanca:
Qual é a proporção de fase Alfa () pró-eutetóide formada a partir do resfriamento conforme
condições de equilíbrio termodinâmico em uma liga Ferro-Carbono contendo 0,80% em
peso de Carbono?
Constituição da Liga:
, Austenita 2,11
Temperatura (ºC)
Temperatura (ºC)
- próeutetóide
Perlita
Fe3C
eutetóide próeutetóide
+ Fe3C
Temperatura (ºC)
Perlita
Fe3C
próeutetóide Fe3C eutetóide
+ Fe3C
Perlita
Fe3C
próeutetóide
Composição (wt% C)
O Sistema Fe-Fe3C
- Influência de elementos de liga na Temperatura da reação Eutetóide:
PG-MEC - TM703
Prof Adriano Scheid
2010
Cinética das Transformações de Fase:
Nas transformações de fase aparece, em geral, pelo menos uma nova
fase, com características diferentes (físicas, químicas, estrutura
cristalina) daquela que a originou.
a- Homogênea:
Termodinamincamente, uma transformação de fase irá ocorrer de forma
espontânea se o G for negativo.
Líquido
Na solidificação, temos:
Sólido
Interface
Sólido-Líquido
Cinética das Transformações de Fase
a- Nucleação Homogênea
Partículas de sólido com raio crítico menor que r* são ditos embriões, enquanto
partículas maiores que r* são ditos núcleos.
A energia livre crítica G* que existe no raio crítico r*, corresponde ao máximo da
curva e é a energia livre de ativação necessária para a formação de um núcleo
estável.
Variação da Energia Livre, G
Substituindo r* em
a T1
raio, r
Menor T, menor r* e G*.
a T2
Cinética das Transformações de Fase
a- Nucleação Homogênea
O número de núcleos estáveis é dado por n* e vd corresponde à freqüência com que
os átomos do líquido se prendem ao núcleo sólido (depende da difusão) e são
expressos por:
Temperatura
Temperatura
Temperatura
Sólido
Superfície ou Interface
b- Nucleação Heterogênea
Temperatura
energia (barreira na nucleação) pela formação
de uma interface é reduzida, uma vez que já
havia uma interface (defeito).
Taxa de Nucleação
Cinética das Transformações de Fase
2- Crescimento
O crescimento inicia no momento que o núcleo se tornou estável.
Taxa de Crescimento, G
Temperatura
Onde: Taxa de
Transformação
Q é a energia de ativação e Global
C um termo independente da
Taxa de Nucleação, N
temperatura.
Taxa
Cinética das Transformações de Fase
2- Crescimento
Temperatura
Taxa Tempo para 50% de
Transformação
(escala logarítmica)
Cinética das Transformações de Fase
Cinética das Transformações no Estado Sólido
As transformações no estado sólido exibem comportamento cinético
conforme a expressão:
Fração Transformada, y
Equação de Avrami
Onde:
k e n são constantes
independentes do tempo.
Nucleação Crescimento
Tempo (s)
Transformada
Temperatura de
% Austenita
em Perlita
Transformação Final da
675ºC Transformação
Cinética
Início da
Transformação
Aço Eutetóide
Austenita estável Temperatura Eutetóide
Austenita
Instável
Temperatura (ºF)
Temperatura (ºC)
Perlita
Tempo (s)
Transformação Perlítica - Aço Eutetóide
Perlita Grossa
Temperatura (ºF)
Temperatura (ºC)
Fe3C
Perlita Fina
Transformação
Indica que a transformação
Austenita Perlita está ocorrendo
Tempo (s)
Perlita Grossa Perlita Fina
Esferoidização da Cementita
Temperatura (ºF)
Temperatura
Temperatura (ºC)
(ºC)
Tempo (s)
T eutetóide
Temperatura (ºF)
T eutetóide
Resfriamento Contínuo
+Fe3C
Representam as
Nariz
transformações estudadas Bainita
em condições próximas às
da realidade do
Temperatura (ºC)
Temperatura (ºF)
resfriamento dos aços a
partir da austenita Crítica
(tratamentos térmicos). T/ t Austenita Bainita
(ºC/s)
Austenita Martensita
Tempo (s)